Uma pessoa me enviou um link prum vídeo recente do Luiz Carlos Prates, em que ele direciona sua raiva a "homens covardes e impotentes que batem e matam suas mulheres".
Não gosto do Prates. Sempre o considerei um fascistóide. Mas é interessante ver que, pouco depois que ele foi demitido da RBS, em janeiro de 2011 (foi expulso por causa da repercussão da sua queixa de que "hoje qualquer miserável pode ter um carro", depois de décadas falando bobagem, inclusive muita bobagem machista), ele começou a mudar.
A demissão, após 23 anos de RBS (maior monopólio midiático do sul do país) certamente deve ter sido um baque pra ele. E sua vida não estava fácil. Em março de 2011, Prates foi fazer uma palestra na Furb, em Blumenau, e teve que enfrentar estudantes e professores que protestavam com faixas como “Blumenau não dá as mãos a preconceituosos. Fora Prates” e “Prates Almofadinha, o povo vai te colocar na linha”. Parece que colocou.
Um mês depois do protesto da Furb, Prates, então já contratado pelo SBT, fez a coisa certa: em declaração sobre o massacre de Realengo, disse que Wellington era um misógino, e questionou por que jornalistas e psicólogos não falavam isso claramente.
Prates continua, a meu ver, um super reaça -- creio que ter saudades da ditadura militar e defender pena de morte, linchamentos, justiça com as próprias mãos etc é coisa de reaça --, mas não é a primeira vez que ele se põe ao lado das mulheres e contra feminicídios e violência doméstica. Tanto que os mascus, que antes o idolatravam, agora o chamam de mangina, lambe salto, capacho e outras palavras que eles distribuem sem pestanejar a qualquer um que não é misógino feito eles.
Acho que casos de "transformação" como o de Prates mostram que, pouco a pouco, as coisas estão mudando. Ele percebeu que não era aceitável continuar sendo machista, que talvez fosse até economicamente inviável, que insistir no preconceito poderia representar o fim de sua carreira. Não estou dizendo que ele fingiu mudar de discurso movido por interesses comerciais. É bem possível que ele tenha mudado de ideologia, por que não? Eu acredito que as pessoas podem mudar. Talvez alguém tenha afetado aquela cabeça dura, vai saber.
Mas é um pouco de tendência. Veja o Papo de Homem, um site tocado por ex-publicitários que largaram seus empregos e decidiram investir em ganhar dinheiro com a internet. Não faz tanto tempo, o site era quase tão machista e homofóbico quanto tantos outros por aí (por exemplo, como o Testosterona -- que esta semana finalmente perdeu o patrocínio da MTV, ueba! -- só que não se escondia por trás do "é só uma piada"). Não gosto do PdH ainda hoje, não o recomendo, desculpe, não vou nem linká-lo, mas a mudança na sua linha editorial é bem visível, e ele eventualmente publica textos contra o machismo. Obviamente que o site não é ativista, é uma microempresa que visa o lucro, mas talvez um ou dois de seus fundadores tenha aberto um pouco a mente e percebido que vai ficar cada vez mais difícil sobreviver com discurso retrógrado.
Claro que ainda há espaço de sobra pra idiotas machistas. Como explicar um Pondé, que segue com coluna na Folha? Bom, primeiro que ainda existe um vasto público pra reaças, pra gente que vai escrever algum "guia politicamente incorreto sobre [insira aqui o assunto que você quiser, por exemplo: Guia Politicamente Incorreto das Jujubas Amarelas]. É um público que sente-se tremendamente incomodado porque não pode mais manifestar suas ideias preconceituosas sem ser criticado, contestado, e considerado um babaca. É o povo que brada que a ditadura do politicamente correto é a pior praga do mundo, pior que a fome e a miséria, e -- óbvio! -- muuuuito pior que racismo, homofobia e machismo, essas coisas que nem existem de verdade. Essas pessoas precisam, e ainda vão precisar por um bom tempo, de gurus reaças que lhes digam que, imagina, elas não são machistas, machismo é uma invenção, e o problema mesmo são essas feministas mal-comidas sem senso de humor, que não riem de suas piadas tão originais e divertidas.
A Folha tem esses ultraconservadores entre seus colunistas porque, se eles não seguem fielmente a linha editorial do jornal, ao menos se aproximam bastante dela. Com quem a Folha tem mais afinidade, com feministas ou com machistas? Com ativistas negros ou com gente que é contra as cotas raciais e tem certeza que o racismo não existe no Brasil? Mas a Folha também gosta de polêmica, gosta de chamar a atenção, e nesses tempos em que os jornais vão perdendo sua influência, é bom ter um colunista "controverso" (sinônimo de preconceituoso).
A Folha se acha moderninha, hipster e cool, e muitos de seus leitores, também. Daí ela tenta vender um Pondé num estilo "Olha que gracinha nós somos! Tão conservadores, mas de maneira cínica, que somos hipsters!". Veja só aonde chegamos: o preconceito tá ficando tão fora de moda que ser preconceituoso agora é hipster!
Só que, no caso da Folha, louca pra emplacar um novo Paulo Francis, um novo Nelson Rodrigues, não tá funcionando muito bem. Porque niguém dá bola prum Pondé. Ele é amplamente ignorado. Quem gosta dele é gente como mascus, que recomendam seu livro por ter poucas páginas e muitas ilustrações (não tô inventando!).
Os tempos mudam. Já se foi o tempo em que um jornal de esquerda, O Pasquim, podia publicar toneladas de linhas machistas e ainda ser visto como bacana. Era isso que acontecia nos anos 70, época de revolução sexual, mas também de matar para lavar a honra. No ótimo artigo "Zombaria como arma antifeminista: instrumento conservador entre libertários", Rachel Soihet fala de uma característica pouco lembrada do Pasquim -- sua misoginia.
De acordo com Soihet, o Pasquim costumava adotar estereótipos antigos contra as feministas: "entre outros, a feiúra, a menor inteligência ou, inversamente, o perigo da presença desse atributo, a inconseqüência, a tendência à transgressão, a masculinidade com vista a identificar negativamente aquelas que postulavam papéis considerados privativos dos homens. Não poucas matérias registram tais 'qualidades' das feministas, o que aproxima os libertários desse jornal do momento da contracultura dos misóginos de outras épocas. Na verdade, lançar o descrédito sobre aquelas que ousavam ameaçar a ordem tradicional dos gêneros era o objetivo de sempre".
Todo mundo que já ouviu falar no Pasquim conhece a lendária entrevista com Leila Diniz -- lendária mais pelo número de palavrões, coisa que hoje em dia não faria ninguém erguer as sobrancelhas. Mas poucos lembram da vez (em 1971) em que Millôr, Paulo Francis, Jaguar, Ziraldo, Tarso de Castro e Ivan Lessa, entre outros, entrevistaram um dos ícones feministas, Betty Friedan, chamando-lhe de feia na cara dura (ao que ela respondeu à altura -- com um "F*ck you!").
Os membros do Pasquim ridicularizavam o sistema (no caso, o governo militar) com a mesma frequência com que ridicularizam o movimento feminista. Quer dizer, o Pasquim fez uma entrevista de destaque com Esther Vilar! Ok, talvez você não saiba quem foi a figura, mas ela é uma psicóloga argentina adorada pelos mascus (digamos que a única mulher que os mascus aprovam). Ela falava coisas assombrosas, como que o trabalho doméstico pode ser feito em duas horas, e chamava a mulher de parasita, que para de pensar ao casar. Gente finíssima!
Naquela época, o Pasquim podia escrever barbaridades machistas como esta -- "Depois as mulheres se queixam quando a gente manda elas pro tanque, pra cozinha, pra cama, esses lugares enfim onde são mais úteis, chateiam menos e podem usar melhor a cabeça " -- e ainda ser visto como libertário. Hoje, ficou mais difícil. E vai ficar cada vez mais. Ainda bem.
Não gosto do Prates. Sempre o considerei um fascistóide. Mas é interessante ver que, pouco depois que ele foi demitido da RBS, em janeiro de 2011 (foi expulso por causa da repercussão da sua queixa de que "hoje qualquer miserável pode ter um carro", depois de décadas falando bobagem, inclusive muita bobagem machista), ele começou a mudar.
A demissão, após 23 anos de RBS (maior monopólio midiático do sul do país) certamente deve ter sido um baque pra ele. E sua vida não estava fácil. Em março de 2011, Prates foi fazer uma palestra na Furb, em Blumenau, e teve que enfrentar estudantes e professores que protestavam com faixas como “Blumenau não dá as mãos a preconceituosos. Fora Prates” e “Prates Almofadinha, o povo vai te colocar na linha”. Parece que colocou.
Um mês depois do protesto da Furb, Prates, então já contratado pelo SBT, fez a coisa certa: em declaração sobre o massacre de Realengo, disse que Wellington era um misógino, e questionou por que jornalistas e psicólogos não falavam isso claramente.
Prates continua, a meu ver, um super reaça -- creio que ter saudades da ditadura militar e defender pena de morte, linchamentos, justiça com as próprias mãos etc é coisa de reaça --, mas não é a primeira vez que ele se põe ao lado das mulheres e contra feminicídios e violência doméstica. Tanto que os mascus, que antes o idolatravam, agora o chamam de mangina, lambe salto, capacho e outras palavras que eles distribuem sem pestanejar a qualquer um que não é misógino feito eles.
Acho que casos de "transformação" como o de Prates mostram que, pouco a pouco, as coisas estão mudando. Ele percebeu que não era aceitável continuar sendo machista, que talvez fosse até economicamente inviável, que insistir no preconceito poderia representar o fim de sua carreira. Não estou dizendo que ele fingiu mudar de discurso movido por interesses comerciais. É bem possível que ele tenha mudado de ideologia, por que não? Eu acredito que as pessoas podem mudar. Talvez alguém tenha afetado aquela cabeça dura, vai saber.
Mas é um pouco de tendência. Veja o Papo de Homem, um site tocado por ex-publicitários que largaram seus empregos e decidiram investir em ganhar dinheiro com a internet. Não faz tanto tempo, o site era quase tão machista e homofóbico quanto tantos outros por aí (por exemplo, como o Testosterona -- que esta semana finalmente perdeu o patrocínio da MTV, ueba! -- só que não se escondia por trás do "é só uma piada"). Não gosto do PdH ainda hoje, não o recomendo, desculpe, não vou nem linká-lo, mas a mudança na sua linha editorial é bem visível, e ele eventualmente publica textos contra o machismo. Obviamente que o site não é ativista, é uma microempresa que visa o lucro, mas talvez um ou dois de seus fundadores tenha aberto um pouco a mente e percebido que vai ficar cada vez mais difícil sobreviver com discurso retrógrado.
Claro que ainda há espaço de sobra pra idiotas machistas. Como explicar um Pondé, que segue com coluna na Folha? Bom, primeiro que ainda existe um vasto público pra reaças, pra gente que vai escrever algum "guia politicamente incorreto sobre [insira aqui o assunto que você quiser, por exemplo: Guia Politicamente Incorreto das Jujubas Amarelas]. É um público que sente-se tremendamente incomodado porque não pode mais manifestar suas ideias preconceituosas sem ser criticado, contestado, e considerado um babaca. É o povo que brada que a ditadura do politicamente correto é a pior praga do mundo, pior que a fome e a miséria, e -- óbvio! -- muuuuito pior que racismo, homofobia e machismo, essas coisas que nem existem de verdade. Essas pessoas precisam, e ainda vão precisar por um bom tempo, de gurus reaças que lhes digam que, imagina, elas não são machistas, machismo é uma invenção, e o problema mesmo são essas feministas mal-comidas sem senso de humor, que não riem de suas piadas tão originais e divertidas.
A Folha tem esses ultraconservadores entre seus colunistas porque, se eles não seguem fielmente a linha editorial do jornal, ao menos se aproximam bastante dela. Com quem a Folha tem mais afinidade, com feministas ou com machistas? Com ativistas negros ou com gente que é contra as cotas raciais e tem certeza que o racismo não existe no Brasil? Mas a Folha também gosta de polêmica, gosta de chamar a atenção, e nesses tempos em que os jornais vão perdendo sua influência, é bom ter um colunista "controverso" (sinônimo de preconceituoso).
A Folha se acha moderninha, hipster e cool, e muitos de seus leitores, também. Daí ela tenta vender um Pondé num estilo "Olha que gracinha nós somos! Tão conservadores, mas de maneira cínica, que somos hipsters!". Veja só aonde chegamos: o preconceito tá ficando tão fora de moda que ser preconceituoso agora é hipster!
Só que, no caso da Folha, louca pra emplacar um novo Paulo Francis, um novo Nelson Rodrigues, não tá funcionando muito bem. Porque niguém dá bola prum Pondé. Ele é amplamente ignorado. Quem gosta dele é gente como mascus, que recomendam seu livro por ter poucas páginas e muitas ilustrações (não tô inventando!).
Os tempos mudam. Já se foi o tempo em que um jornal de esquerda, O Pasquim, podia publicar toneladas de linhas machistas e ainda ser visto como bacana. Era isso que acontecia nos anos 70, época de revolução sexual, mas também de matar para lavar a honra. No ótimo artigo "Zombaria como arma antifeminista: instrumento conservador entre libertários", Rachel Soihet fala de uma característica pouco lembrada do Pasquim -- sua misoginia.
De acordo com Soihet, o Pasquim costumava adotar estereótipos antigos contra as feministas: "entre outros, a feiúra, a menor inteligência ou, inversamente, o perigo da presença desse atributo, a inconseqüência, a tendência à transgressão, a masculinidade com vista a identificar negativamente aquelas que postulavam papéis considerados privativos dos homens. Não poucas matérias registram tais 'qualidades' das feministas, o que aproxima os libertários desse jornal do momento da contracultura dos misóginos de outras épocas. Na verdade, lançar o descrédito sobre aquelas que ousavam ameaçar a ordem tradicional dos gêneros era o objetivo de sempre".
Todo mundo que já ouviu falar no Pasquim conhece a lendária entrevista com Leila Diniz -- lendária mais pelo número de palavrões, coisa que hoje em dia não faria ninguém erguer as sobrancelhas. Mas poucos lembram da vez (em 1971) em que Millôr, Paulo Francis, Jaguar, Ziraldo, Tarso de Castro e Ivan Lessa, entre outros, entrevistaram um dos ícones feministas, Betty Friedan, chamando-lhe de feia na cara dura (ao que ela respondeu à altura -- com um "F*ck you!").
Os membros do Pasquim ridicularizavam o sistema (no caso, o governo militar) com a mesma frequência com que ridicularizam o movimento feminista. Quer dizer, o Pasquim fez uma entrevista de destaque com Esther Vilar! Ok, talvez você não saiba quem foi a figura, mas ela é uma psicóloga argentina adorada pelos mascus (digamos que a única mulher que os mascus aprovam). Ela falava coisas assombrosas, como que o trabalho doméstico pode ser feito em duas horas, e chamava a mulher de parasita, que para de pensar ao casar. Gente finíssima!
Naquela época, o Pasquim podia escrever barbaridades machistas como esta -- "Depois as mulheres se queixam quando a gente manda elas pro tanque, pra cozinha, pra cama, esses lugares enfim onde são mais úteis, chateiam menos e podem usar melhor a cabeça " -- e ainda ser visto como libertário. Hoje, ficou mais difícil. E vai ficar cada vez mais. Ainda bem.
242 comentários:
«Mais antigas ‹Antigas 201 – 242 de 242Que bonitinho esse Luís Eduardo ele acha mesmo que é alguma coisa muito importante pra dizer com o que nós devemos nos indignar e como devemos militar.
Essa conversa não é sobre você mesmo e fique bem ciente disso,vocês homens querem ser o centro de tudo até mesmo de algo como o feminismo que luta pelas mulheres contra SÉCULOS de patriarcado.
Pare de tentar fazer o sofrimento dos homens ser igual ao das mulheres,não VAI ACONTECER.
Quanto ao "Essa conversa não é sobre você", não quer dizer que você não possa fazer parte da discussão, mas que o feminismo não está aí para ficar cheio de dedos aos tecer críticas à sociedade por causa dos homens exceção. Vocês não são o foco.
Alguém já havia postado o link pro texto do Ativismo de Sofá, mas pelo visto foi ignorado.
"Ninguém está dizendo que não existem homens bons que de fato respeitam as mulheres e suas vontades. Mas o fato de existirem esses homens não impede que a cada 20 segundos uma mulher seja espancada no Brasil. Não impede que sejamos estupradas, violadas, humilhadas todos os dias pelos homens em geral. Não impede que continuemos a ser julgadas, reprimidas e destratadas pela roupa que usamos. Ser um homem “bom” é ótimo,mas o fato de você se preocupar apenas em ser reconhecido por isso não faz os homens ao seu redor bons também, ou seja, não transforma a nossa sociedade e não altera a nossa vida de maneira geral."
http://ativismodesofa.blogspot.com.br/2012/07/birra-da-excecao.html
Parece que na Índia também temos mascus.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/26962/associacoes+de+homens+na+india+pedem+fim+do+terrorismo+de+genero.shtml
putz!!
até agora não entendi qual é o problema desse raphael comigo.
larga do meu pé, cara.
se vc quer debater comigo, questione coisas q eu REALMENTE disse. não coloque intenções q são suas em escritos q são meus.
não compreendeu o q eu disse? peça esclarecimento.
vc encheu seus comentários de absurdos completamente infundados e deu a entender q eu é q estava dizendo aquelas sandices!!
te digo novamente: presta atenção, rapaz!!
eu partilho da luta contra a homofobia há mais tempo q vc. já defendi a causa homossexual em espaços muito mais agressivos q este aqui, de participantes sempre bacanas e educados.
então dobre a língua qdo for me atribuir preconceitos e escrotices q eu não tenho.
leia meus comentários novamente antes de dizer besteira!
a dona do sexo e a roxy disseram basicamente o q eu disse de uma forma mais contundente e direta.
qual é o problema com meu comentário? foi sutil demais pra vc entender?
"Logo essa coitadisse toda por parte da Cora n faz sentido algum. "Ah, cala boca q vc não é mulher pra saber..." (E, antes que digam q é desonesto fazer essas quotagens, isso foi basicamente oq ela disse só q de forma menos grosseira)."
se vc costuma ser grosseiro com quem tá sendo educado, o problema é seu, mas não espere resposta.
eu não respondo comentário de gente babaca e mal educada q modifica minhas falas pra ter razão.
não sabe debater? não sabe contestar pontos de vista? não sabe discordar?
então aprenda.
como eu disse, a persistência é uma virtude. pare de ser desonesto e aí, quem sabe vc consiga alguma resposta da minha parte.
ou então, larga do meu pé!
Dona, não é ódio ao feminino, é ódio a características que por razões culturais são atribuídas ao feminino. Para ser homem eu só preciso atender alguns pré-requisitos, ter o cromossoma Y e ter identidade de gênero masculina. Não é o fato de não me relacionar com mulheres, ter trejeitos efeminados, não ser bruto e demonstrar sentimentos que me torna menos homem doq a maioria dos homens. Assim como uma mulher valente e corajosa n deixa de ser uma mulher, correto?
Os homens e mulheres, em geral, só seguem essas características por razões culturais. O pensamento patriarcal que define esse padrão e não vejo sentido algum isso.
Toda vez que alguém diz que determinadas características são masculinas e eu não as tenho eu entendo que a pessoa está querendo dizer que eu sou uma "mulher de pênis" não um homem como todo e qq homem.
Quanto a questão da homossexualidade, a homossexualidade masculina sofre muito mais intolerância pq para os machistas é como se o homossexual desonrasse a sua condição de "homem", como se o pré-requisito para ser homem fosse o mesmo que ser machista misógino. Para machistas um gay é pior que uma mulher, tanto é que há muito maior incidência de casos de assassinato de homossexuais masculinos que femininos. Segue um link sobre a legislação relacionada a homossexualidade no mundo inteiro:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Legisla%C3%A7%C3%A3o_sobre_a_homossexualidade_no_mundo
Como pode perceber, a maior parte dos países condenada a homossexualidade masculina, muitas vezes sob pena de morte, mas não proíbe a homossexualidade feminina.
Por fim, oq estou querendo afirmar. O machismo só coloca em posição privilegiada o homem tradicional. Pai de família, assalariado, etc. Qq homem que fuja a esse padrão, seja um homossexual, seja um dono de casa ou algum dos outros inúmeros casos, ele é tão desumanizado quanto uma mulher que fuja do conceito de mulher tradicional.
Oq eu percebo nesses comentários é que mtas ativistas por aqui defendem que o machismo é algo nascido do homem quando na vdd é algo muito maior doq isso. Mulheres machistas tem tanta parcela de culpa nessa história quanto os homens. Citei o caso da minha família, poderia citar outros, onde mulheres condenam homens que não seguem esse padrão. Enfim... espero que tenha me entendido.
"O Luís Eduardo e o Raphael são aqueles tipos de caras que querem que as feministas sejam feministas desde QUE expliquem bonitinho as coisas e nunca /MÚSICA DE SUSPENSE AO FUNDO
Ofendam os homens di benzZZZZz"
É, desisto de argumentar, ou, espero, apenas você não tenha entendido agora tudo o que tenho falado. Não é "ofender os homens di benzZZZz", é tecer qualquer comentário preconceituoso em geral. O fato de ser minoria não tornar um argumento preconceituoso menos burro. Entendeu isso? Se entendeu, por favor também ver todo o resto do meu discurso anterior que não existem vilões quando se fala em ideologias (mas existem quando se fala em crimes).
E anônimo que postou sobre a pesquisa de Dale Spender. É interessante, faz pensar sobre o sexismo, mas seria mais interessante se também houvesse uma contra parte, com 32 homens e 5 mulheres. Do mesmo jeito que há sexismo (não nego), o fato desses 5 homens terem ocupado 50% também pode ser entendido como uma (infame) construção de dois grupos rivais, onde cada um ficou com 50% do tempo.
luís,
o nome “kit gay” foi a forma infame como contrários ao programa federal de combate à homofobia passaram a se referir ao material do governo. foi assim q ele passou a ser chamado por td mundo, começando pela imprensa, por iniciativa de jornalista e comentaristas contrários ao material. e aí o nome “pegou”.
é, obviamente, uma forma de desqualificar o material, diminuir sua pertinência e modificar seu sentido.
(mais ou menos o q o raphael tem feito com as minhas falas aqui – modificar o sentido)
qdo a gente diz “kit gay”, parece q estamos falando de material para “se tornar gay”, como se isso fizesse algum sentido. sabe, tipo kit de ferramentas?
então. e funcionou. todo mundo é contra e, apesar, de estar na internet desde o início, a maior parte das pessoas nem sabe do q se trata o tal “kit”.
o material faz parte do “programa escola sem homofobia” do governo federal e era destinado aos alunos do ensino médio. outra inverdade q acabou se tornando “verdade” pra população, é q o material se destinava às crianças. e outra mentira é q continha cenas de sexo explícito.
eu tentei, na época, esclarecer sobre o material em todos os espaços (virtuais ou não) q eu frequentava. escutei e li tanta inverdade sobre isso!!
o “kit” é formado pelo caderno do educador, boletins para os estudantes e 5 vídeos (eu só conheço 3, que abordam transexualidade, bissexualidade e o relacionamento de duas garotas lésbicas). os vídeos são delicados, abordam a questão do ponto de vista do estudante mesmo, inserido no ambiente escolar, não tem nada de sexo e pretendem apenas servir de subsídio para debates sobre cidadania, preconceitos e aceitação. com a péssima repercussão, nem sei se disponibilizaram os outros 2 vídeos.
ninguém pretende orientar crianças sobre sexualidade. o foco é a compreensão do outro, o preconceito, a tolerância.
uma pena q o sentido do material tenha sido tão deturpado (e q grande parte da população aceite tão facilmente inverdades tão gritantes e fáceis de serem desfeitas).
"Oq eu percebo nesses comentários é que mtas ativistas por aqui defendem que o machismo é algo nascido do homem quando na vdd é algo muito maior doq isso. Mulheres machistas tem tanta parcela de culpa nessa história quanto os homens."
Chega a dar preguiça.
raphael,
“Oq eu percebo nesses comentários é que mtas ativistas por aqui defendem que o machismo é algo nascido do homem quando na vdd é algo muito maior doq isso.”
.
.
se vc percebe isso aqui, precisa ler melhor o q é escrito aqui.
todo mundo fala do patriarcado o tempo td. acabei q responder ao felipe, em outro post, sobre isso, sobre cultura.
ninguém acha q machismo nasce do homem. falamos de validadoras o tempo td aqui. falamos q é CULTURAL O TEMPO TODO!!!!!!!!!
essa sua fala não faz o menor sentido qdo dirigida às pessoas q comentam aqui e muito menos à Lola.
entenda, raphael, q vc tem uma ideia distorcida e errada do q lê aqui.
por isso, leia novamente. vc contesta e questiona posições q não são adotadas por ninguém aqui.
ps. não precisa responder. não pretendo falar com vc novamente. se faço este esclarecimento, é apenas pq sua falta de entendimento do q é postado aqui provocou uma polêmica sem sentido no post.
e luís,
vc está se queixando até agora de q pessoas não entendem o seu posicionamento, mas não faz esforço algum pra entender o nosso.
na verdade, todas já entenderam seu ponto de vista. mas vc, não compreendeu ainda, o q foi dito pra vc.
muitas pessoas explicaram os pontos de vista de formas diferentes e ainda assim, vc não faz a menor questão de compreender ninguém aqui, ao mesmo tempo q cobra a concordância de todas (não compreensão, pois todas já compreendemos).
o feminismo tem uma pauta básica (ou fundamental) q é clara: a libertação do feminino do jugo patriarcal, do jugo masculino.
se vc é feminista, vc entende isso em sua totalidade (em sua profundidade) e não precisa de ressalvas, já q está claro o q significa libertar o feminino do jugo masculino. pelo menos está claro pra td mundo q se reconhece feminista.
será realmente necessário dizer q a "luta é libertar o feminino do jugo masculino, lembrando q existem representantes do sexo masculino q não oprimem diretamente mulheres e q existem representante do sexo feminino q compactuam com a opressão masculina"?
não é evidente pra td mundo q existem mulheres e homens lutando juntos? e q tb existem mulheres e homens resistindo juntos?
a falta de compreensão aqui, é sua.
Raphael, quem disse que você é menos homem porque é gay? Com certeza essa conclusão é machista, logo não tem nada a ver com feminismo. Então porque você fica batendo nessa tecla o tempo todo?
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Anon 18:59,
Tipo o que o Raphael e o Luis Eduardo estão fazendo nos comentários desse post, né?
Não posso aceditar que isso é real.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/26962/associacoes+de+homens+na+india+pedem+fim+do+terrorismo+de+genero.shtml
Qual o nível de cinismo a que uma pessoa pode chegar? E um grupo de pessoas? Pelo visto é ilimitado.
Anônimo disse...
“Dale Spender fez uma pesquisa analisando o que acontece quando homens entram em espaços feministas. A gravação de um workshop sobre sexismo e educação em Londres mostrou que, num público com 32 mulheres e 5 homens, os homens monopolizaram 50% do tempo de discussão. Em um espaço reservado para falar de problemas de gêneros, foram os 5 homens que definiram os parâmetros da conversa.
http://weirdward.wordpress.com/2012/12/05/time-for-a-timely-quote-or-no-more-what-about-teh-menz/
Só pra ilustrar. Entendedores entenderão.”
3 DE FEVEREIRO DE 2013 18:59
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exatamente o q aconteceu aqui.
e dessa vez a causa sequer valeu a pena. tem assuntos q acho até q vale algum desvio, em função de pontos de vistas polêmicos e falaciosos.
priorizar os assuntos a serem debatidos, escolhendo o q vale a pena ser rebatido e, perincipalmente, a partir do ponto de vista de quem o assunto deve ser tratado.
precisamos urgentemente prestar mais atenção nisso.
ótimo seu comentário. q fique de alerta.
Ju,
alguns homens são completamente incapazes de enxergar qq coisa além deles mesmos.
"Ninguém está dizendo que não existem homens bons que de fato respeitam as mulheres e suas vontades. Mas o fato de existirem esses homens não impede que a cada 20 segundos uma mulher seja espancada no Brasil. Não impede que sejamos estupradas, violadas, humilhadas todos os dias pelos homens em geral. Não impede que continuemos a ser julgadas, reprimidas e destratadas pela roupa que usamos. Ser um homem “bom” é ótimo,mas o fato de você se preocupar apenas em ser reconhecido por isso não faz os homens ao seu redor bons também, ou seja, não transforma a nossa sociedade e não altera a nossa vida de maneira geral."
Trecho de artigo bastante obtuso.
Então quer dizer que o fato de existirem homens bons, respeitadores, cidadãos de bem, pacíficos, que não agridem mulheres, não torna a violência contra elas algo menor do que poderia ser, caso todos os homens fossem violentos, inescrupulosos, espancadores e estupradores?
Sim, torna. Portanto, esse fato altera a vida das mulheres, de maneira geral. E para melhor, evidentemente.
Aprendes a raciocinar, antes de se propor a escrever sobre temas importantes.
“Mas o fato de existirem esses homens não impede que a cada 20 segundos uma mulher seja espancada no Brasil.”
E se esses homens não existissem, a cada milésimo de segundo, uma mulher seria espancada.
“Não impede que sejamos estupradas, violadas, humilhadas todos os dias pelos homens em geral.”
Pelos homens em geral, não. Prove que os homens, em geral, são estupradores, antes de espalhar as suas calúnias por aí.
“o fato de você se preocupar apenas em ser reconhecido por isso não faz os homens ao seu redor bons também, ou seja, não transforma a nossa sociedade e não altera a nossa vida de maneira geral."
O fato de homens bons continuarem bons, não se desviarem do caminho da civilidade e da cidadania, do respeito aos direitos dos outros seres humanos, é evidente que isso, por si só, já diminui os riscos de violência contra as mulheres, pois, caso contrário, eles seriam mais um contingente de homens capazes de agredir e estuprar as mulheres, e a violência contra elas seria ainda maior.
Cora,
Estou elaborando a minha resposta, do nosso debate no outro post.
As suas respostas foram elucidadoras para mim, consegui compreender o seu ponto de vista.
Em breve, publicarei os meus comentários lá, para que possamos dar continuidade ao debate, que para mim, está sendo muito produtivo.
E aproveito para pedir desculpas a Lola, por antecipação :)
É que o texto vai ficar extenso, espero que ela tenha paciência para publicar, hehe.
Vejam só que coisa.....
um diretinha se coloocu no lado das mulheres o que é muito dificil... mas se colocou...
e aquela imbecil retardada da sherazade falando um monte de baboseira machista sobre as policiais mulheres.... surpresas da vida.
se bem que , volto a falar, não é dela o texto, é do não menos imbecil carlos nascimento... no entanto, foi ela que falou e quem fala,também assina embaixo.
Agora esse Luis eduardo deixou de ser o herói da mascusada..haha
kkkkkkkkkkkkkkk
boa, gostei de saber que a mtv parou de sustentar aquele resto de aborto que escreve o blog do testosterona!!!
agora só falta a revista alfa parar de publicar seus lixos impressos!!
boa!!!! feminstas WINS!
No Vida de Suporte há bastante machismo, sim. A usuária é ridicularizada por sua aparência física em diversos posts.
Consegui a proeza (ou não) de confundir o Pondé com o Coutinho, da Folha. Quem falou sobre gordofobia foi o Coutinho. Mas é quase tudo a mesma coisa.
Isso prova que nessahan é um NADA....
um plagiador da misogina insana ester vilar
Excelente post. Enfim, algumas boas notícias, como a MTV finalmente ter caído em si (demorou!) e desfeito a parceria com o Testosterona.
Quanto ao Pasquim, infelizmente, muito da verve machista– e homofóbica– do jornal continuou em seus sucessores (ambos extintos): a revista Bundas e o jornal Pasquim 21. Uma pena ver o talento gráfico de cartunistas desperdiçado em preconceitos ultrapassados.
"Dona, não é ódio ao feminino, é ódio a características que por razões culturais são atribuídas ao feminino. Para ser homem eu só preciso atender alguns pré-requisitos, ter o cromossoma Y e ter identidade de gênero masculina. Não é o fato de não me relacionar com mulheres, ter trejeitos efeminados, não ser bruto e demonstrar sentimentos que me torna menos homem doq a maioria dos homens. Assim como uma mulher valente e corajosa n deixa de ser uma mulher, correto?"
foi isso que falei,quem é feminista tenta parar de enxergar o que feminino e masculino.Nao existe masculino e feminino no feminismo.Releia meu ultimo comentario.
Uma mulher é estuprada,uma lesbica corre esse risco duas vezes.Logo homossexualidade feminina permitida.Permitir algo que nao existe.É assim que se enxerga a homossexualide feminina,algo inexistente pq mulher é estupravel.
A invisibilidade lesbica junto aos preconceitos homofobicos de mulher-macho ou pelo simples fato do anormal está com mesmo sexo, mais o fato dela ser mulher a torna sim muito atras do homens gays.
homossexuais:Homens são espancados,mulheres estupradas(e isso ainda vem certas vezes com espancamento).
O gay nasce homem,ele é homem,é privilegiado,ele é gay,ele é rebaixado pro mesmo patamar de uma mulher,nao é mais privilegiado(parcialmente se tiver características da sociedade, masculinas,que não o denunciem).
A lesbica nasce mulher,ela é mulher, é rebaixada,ela é lesbica,(todas as coisas que falei sobre homossexualidade feminina acima)é ainda mais rebaixada.
A PLC 122 irá ser algo especifico pra homossexuais no combate a homofobia.
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quanto a "homens e mulheres fossem cuidadoras de gente,podia ser que os dois tivessem agindo com violencia no mesmo grau que se encontra mulheres cometendo esse tipo de barbarie. + estupro dos homens"
Quis colocar mesmo grau,no sentido de estasticas,estarem em numeros iguais os de mulheres.Nao fui clara.
Acho que foi isso que voce quis dizer que nao entedeu.
Bem aqui termino.
Laurinha (Mulher modernex) É triste que masculinismo tenha surgido bem em cima da hora que feminismo na India tenha ganhado mais folego.
É por isso que essa coisa ridicula pode sair as ruas.E ainda com mulheres apoiando.
Se fosse um matriarcado opressor(digo opressor pq ate hj nao se tem registro de nenhum matriarcado opressor) masculismo do que diz nao ter nada contra feministas teria razao de existir e o da Real,e outros misoginos, seria uma valeria solanas da vida.
Luís Eduardo, vou tentar te explicar melhor o que eu acho (reli e vi que não fui muito clara nos comentários anteriores).
Esse post da Lola "o machismo não fica mais impune" está falando de machismo e misoginia. Citou Wellington, Pondé, O Pasquim.
Os comentários iniciais estavam se referindo ao texto, ao machismo e misoginia. O que é sempre discutido aqui, como impedir machismo e misoginia.
Aí começou com o comentário do Vitor (01/02, 12:58):
"Mas o que eu noto nas feministas, é que não se pode falar ou escrever um texto com aspectos negativos de uma mulher, que vocês já caracterizam como misógno, a mulher é tão humana e imperfeita quanto o homem."
As 17:22, veio o seu comentário:
"Mas, ainda assim, me sinto um tanto triste quando vejo algumas postagens, o que se faz é um horrível discurso de "nós contra eles"; por favor, isso não existe.
Não há como querer dar mais atenção a um feminicídio quando, em números brutos, há mais atentados a homens (principalmente em massacres)- mas o fato de ter mais atentados a homens também não diminui casos de feminicídio, logo ambos devem ser tratados como iguais, são pessoas (ou, melhor, civis) morrendo."
Até então, todos os comentários estavam se referindo explicitamente ao machismo e misoginia. Reli todos e não achei nenhum generalizando (o "nós contra eles" que te deixou triste).
O massacre do Realengo foi um crime misógino. O que pega aqui não é "dar mais atenção a um feminicídio", o massacre recebeu atenção suficiente, mas a misoginia dele foi ignorada pela mídia.
A Sara, as 18:34, já resumiu bem o que nós todas estamos dizendo desde então:
"Esse post falava sobre a violência contra a mulher especificamente, e nesse setor da uma GRANDE raiva quando vem alguem aqui querer fazer comparações com esse tipo de violência sofrida por homens."
Esse comentário seu que se segue é bastante ilustrativo:
"Não importa se é feminicídio ou não, é assassinato. O sexo, nesse caso, é o que menos importa (é questão de segurança pública), e, se importasse, teríamos medidas para proteção do sexo masculino."
Se importasse, teríamos medidas para proteção do sexo masculino...
Nós falamos aqui de crimes de ódio direcionados especificamente a um gênero. A misoginia.
E logo depois, você cita misandria. Como se desse pra colocar misandria e misoginia num mesmo patamar. Como se tivessem o mesmo alcance. Como se homens assassinados por mulher em crimes de misandria fossem comparáveis a mulheres assassinadas por homens em crimes de misoginia.
Tudo isso não é comparável, mas você segue comparando. O gênero faz toda a diferença!
Os comentários seguintes seguem a mesma linha. Você segue reafirmando uma vilanização dos homens, sendo que o tempo todo estávamos falando de machismo e misoginia.
(continua)
Luci
O Raphael chegou as 10:51 do dia 02 falando de misandria e homofobia. Sendo que o assunto do post da Lola e o papo nos comentários até então era sobre machismo e misoginia especificamente.
Talvez você perceba que vocês começaram a (tentar) desviar o assunto. Não estou dizendo que a misandria ou a homofobia não possam ser assunto de discussão; estou dizendo que a discussão aqui era sobre machismo e misoginia.
Você citou várias vezes um estudo sobre violência doméstica, eu continuo interessada (googlei e não achei).
Raphael disse:
" "O comportamento violento do homem que tem que ser estudado e combatido.". Não, isso não é misandria? O que é misandria, então?"
Reconhecemos que vivemos em uma sociedade patriarcal, que incita homens a serem violentos. Concordam? Muitos homens são de fato violentos, tanto contra outros homens, como contra mulheres. Estudar e combater esse fenômeno não é misandria. Misandria é ódio aos homens em geral. Estudar um comportamento violento de homens não é a mesma coisa que dizer que todos os homens são violentos.
Vi vários comentários respondendo ao Raphael, dizendo exatamente isso que eu estou dizendo agora.
Você reafirmou:
"Vamos lá mais uma vez, quando eu falei sobre a violência doméstica praticada por mulheres, eu não quis ignorar a violência praticada por homens, apenas dizer: OS GÊNEROS SÃO IGUAIS, MESMO NOS DESVIOS DE CONDUTA."
O fato de estarmos discutindo misoginia aqui mostra que não são iguais.
Se vocês afirmam que os gêneros são iguais em desvios de conduta, então não faz sentido discutir misoginia. Quando eu disse "é bastante estranho chegar aqui e dizer que ela não existe porque não te atinge", estava me referindo a isso. O combate a misoginia é o combate a um crime de ódio específico. Nós afirmamos que é necessário combater esse crime de ódio específico. Vocês dizem que violência é violência, deve ser combatida do mesmo jeito independente do gênero.
Respondendo as suas perguntas direcionadas a mim:
"E, quanto ao "Essa conversa não é sobre você", já li e sou contrário. Qualquer assunto que envolva a sociedade e irá interferir a minha vida é sobre mim, também. Não deveria por a minha opinião sobre homofobia por quê não tenho nenhum relacionamento com homens? Não devo por a minha opinião sobre cotas porque eu estudei em escola particular, por isso não tenho direito a elas?"
Você leu a birra da “exceção” que te indicaram lá atrás? Está explicando bem o "essa conversa não é sobre você": http://ativismodesofa.blogspot.de/2012/07/birra-da-excecao.html
Também recomendo esse texto http://interney.net/blogs/lll/2011/01/23/o_assunto_nao_e_voce/
Luci
Isso, Felipe, o texto do Ativismo de Sofá é que é obtuso. Convenhamos, o que essas feministas estão fazendo ao invés de distribuir o cookie de ativista do ano pra cada homem que não violenta uma mulher?
Raphael perguntou:
"Qual é o meu privilégio diga-me por favor? ^^"
Recomendo esse ótimo texto:
http://airtonmoreirajr.wordpress.com/2011/07/09/breve-ensaio-sobre-a-nocao-de-privilegio/
Recomendo também ler esse blog, ler depoimentos de mulheres, tentar se colocar no lugar da outra...
Luci
Raphael competidor fortíssimo nas Olimpíadas da Opressão. Realmente, as lésbicas não são nem um pouco oprimidas, e estupro corretivo é só uma expressão vazia.
Cora, as usual, arrasando.
É aquela coisa: se os homens participam de discussão feminista eles têm que concordar com tudo; se discordam de algo são misóginos; se comentam mais do que as mulheres são misóginos querendo chamar a atenção; se não comentam são misóginos que não querem participar e logo vem uma pra falar "Nossa, como eu queria que tivesse mais homens feministas". Depois vocês ainda se perguntam por que as pessoas vêem o feminismo com maus olhos.
Obs: Se você for homem, branco, de classe média e heterossexual, nunca entre em uma discussão feminista porque os seus argumentos são descartáveis na proporção dos seus privilégios.
Cora, admito ter me precipitado em relação a esse programa do governo quanto a conscientização sexual. Só discordo do "fato" de todas terem entendido, o que não ocorreu, o que chega a ser engraçado que uma falou que sexismo seria se alguém chegasse mandando calar a boca e soltasse ofensas ao sexo feminino, o que, mudando o "sexo feminino" para "sexo masculino", foi o que ocorreu.
Gosto de ver o seu ponto de vista, você me lê, ainda que eu me posicione de maneira contrária ao que você diz (em parte, não tudo), você não usa isso para soltar ofensas gratuitas. Agora, quanto mesmo alguém toma essa "verdade" que estou defendendo os "homens bons", não dá para acreditar (eu falo que, mesmo aqueles que resistem a tal igualdade sexual não são "antagonistas", do mesmo jeito que alemães criados com o nazismo não são "antagonistas", eles apenas aprenderam algo distorcido, que deve ser consertado), é um total discurso pronto, mas tentarei relevar, é tano troll que aparece por aqui que muitas já devem estar calejadas. Sei que vai ter mais alguma que irá vir só para me chamar de canalha misógino (?) e que a discussão não está levando a gente a lugar nenhum.
P.S.: e, se ainda não acredita, acha mesmo que comentários como esses "Agora esse Luis eduardo deixou de ser o herói da mascusada..haha" levam a gente a algum lugar? Talvez só prove uma tese que pode ser vista no final de Bastardo Inglórios, quando os judeus fuzilam os nazistas: toda minoria pode ser igual a sua "parte opressora", basta lhe dar uma chance.
P.P.S.: quanto ao texto dum outro blog sobre os "homens bons", por favor, vejam o segundo comentário.
Laurinha Mulher modernex to passada com esse link q vc postou, até onde a sociedade indiana vai chegar no tratamento cruel, assassino, e injusto com as suas mulheres, não da nem pra comentar o tamanho da desfaçatez desse caras, vão ser cretinos assim em plutão e bem longe aqui da terra...
a Luci arrasou no didatismo. ficou perfeito, Luci.
agora q está tudo muito bem explicado, espero q o luís perceba o q todo mundo aqui tem dito pra ele de diferentes formas desde ontem.
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Mirella, agradeço o carinho.
beijo grande pra vc.
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luís,
pra encerrar de fato a confusão sobre "o outro post"...
o post de outro blog q a anônima das 11:59 e eu comentamos, não tem nada a ver com "homens bons". é um texto de um trostkista criticando a marcha das vadias e usando, em certos momentos de sua crítica, argumentos muito semelhantes àqueles usados por conservadores e masculinistas para criticar o movimento.
o meu inconformismo foi com o fato de alguém, extremamente crítico ao sistema, usar argumentos semelhantes aos mantenedores do sistema q ele critica.
foi isso.
a retórica dele não tem a ver com a retórica masculinista. nada de "homens bons incompreendidos" e esses maniqueísmos tontos tão ao gosto de mantenedores do sistema ou saudosos do patriarcado severo.
espero q isso esclareça essa confusão desnecessária e tola sobre "o outro blog".
é preciso q as pessoas entendem q falamos da sociedade e não de pessoas específicas. falamos de padrões de comportamento exigidos e como eles podem ser opressivos e limitantes para todos.
Não, Cora,a gora fui eu que errei. Não era sobre esse das marchas das vadias (céus, quem inventou esse nome? Mas entendo, a merda que aquele policial disse merece uma retaliação). O que falei foi sobre a "síndrome da exceção", aquele que fala sobre sempre ter um homem "mas eu não sou assim", o segundo comentário dele é bem interessante.
"o meu inconformismo foi com o fato de alguém, extremamente crítico ao sistema, usar argumentos semelhantes aos mantenedores do sistema q ele critica."
E esse é meu inconformismo também, voltemos a cena dos judeus fuzilando os nazistas ao fim de Bastardos Inglórios...
ah, um p.s.: Luci, Dona do Sexo, Roxy, Mariana e outras comentaristas também vão ao ponto. Não tenho o que acrescentar, mas não posso deixar passar em branco tanta gente certeira e articulada!
Anônimo,
"Isso, Felipe, o texto do Ativismo de Sofá é que é obtuso. Convenhamos, o que essas feministas estão fazendo ao invés de distribuir o cookie de ativista do ano pra cada homem que não violenta uma mulher?"
Na ausência de argumentos para opor aos meus, tu inventou uma ironia e quis transparecer que ela saiu de minhas palavras, para que tu pudesse impingir aos meus comentários uma ideia ridícula que tu mesma inventou.
Não deu certo.
Limite-se a criticar o que eu disse. Nada além disso.
ihh, parece que um cookie não é suficiente pra alguns aqui.
Talvez uma medalha?
Aprenda a ficar QUIETO quando você estiver errado, ao invés de apelar para a sua cretinice habitual.
luís,
não estamos falando da mesma situação, não.
sua crítica:
A discrimina e mata B.
B ao ter oportunidade, mata A.
A = nazistas
B = judeus fuzilando nazistas em bastardos inglórios
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minha crítica:
A tem posicionamento político-ideológico muito diferente de B, então
A critica B
B critica A
A e B, apesar de terem posicionamento político muito diferente um do outro, usam mesmos argumentos para criticar C
A = conservadores
B = representante da esquerda revolucionária
C = mulheres participantes da marcha das vadias
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como vc vê, nosso inconformismo é bem diferente.
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