segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

ENTREVISTA COM UMA MERETRIZ

Gosto muito de fazer perguntas, e já entrevistei algumas pessoas aqui no bloguinho. Planejo realizar várias outras.
Sempre quis entrevistar a Monique. Minha história com ela é a seguinte: pouco depois de eu entrar no Twitter, em agosto de 2010, passei a ser seguida por uma moça (ok, mais de uma) inteligente, carinhosa e divertida. Era a Monique. E, lógico, comecei a segui-la também. 
Aí, em setembro de 2011, a YouPix fez uma matéria sobre garotas de programa no Twitter, e perguntou a alguns blogueirxs o que achavam delas. Eu fui uma das entrevistadas, e respondi que não via nada de mais, que eram pessoas como todas as outras e mereciam respeito, embora eu não seguisse nenhuma prostituta no Twitter. Então a Monique chegou pra mim e quis saber: "Ué, e eu?". E eu, sempre a última a saber: "Vc é prostituta?".
Desde então, fiquei morrendo de vontade de entrevistá-la pro blog. Mas a danada sempre fugia das minhas investidas. Até que ela publicou um excelente guest post no blog da Cynara Menezes, outra pessoa que eu admiro, e eu fiquei com inveja. Como assim? O que a Cynara tem que eu não tenho, fora uma reputação a zelar? Daí retomei a ideia da entrevista com a Monique, e desta vez ela topou, pra minha felicidade.
Claro que a entrevista ficou gigantesca, e terei que publicá-la em três posts. Este é o primeiro. Perguntas mais "políticas" (tudo é político!), sobre legalização da prostituição, ficaram mais pra frente, mas vamos chegar lá.
Não quero falar muito sobre a Monique porque acho que ela fala (brilhantemente) por si. Basta saber que ela atua como prostituta em Porto Alegre. Minhas perguntas estão em itálico/negrito, e as respostas dela, na fonte habitual. 

Eu: Como você prefere ser chamada na sua profissão: prostituta, garota de programa, acompanhante de luxo, profissional do sexo, algum outro termo ou nenhum desses?
 
Monique: Acho agradável e sonoro usar meretriz, mas sempre que preciso falar de mim, e da minha atividade, uso "prostituta". É interessante: o termo gera reações fortes, muitos amigos e amigas pedem que eu não use, por que não me veem "assim"... Não me veem como uma prostituta. O termo em si carrega um peso imenso, um tom agressivo, de modo que às vezes acabo usando "acompanhante" mesmo. Dispenso o "de luxo" por uma série de questões que abordaremos no decorrer da entrevista.
A diversidade de termos usados para definir nosso trabalho é impressionante. Descobri, semana passada, que em alguns cantos do Paraná, por exemplo, usa-se "polaca", em referência às moças polonesas (e de outras nacionalidades) expulsas de casa e enviadas ao Brasil para a prostituição (conta-se que das moças "desonradas" tosava-se os cabelos,  pendurando-os depois num prego, e isso era tudo o que a família guardava delas depois da expulsão -- polonesas, alemãs, judias).
Essa diversidade semântica certamente não contribui para que nos vejamos como "categoria". A maioria das garotas que atua através da Internet não se vê como prostituta -- a prostituta seria aquela que exerce seu trabalho nas ruas, ou em lugares "baratos". Do mesmo modo, a prostituta de rua mantém certa distância das garotas de site, não as vê como "putas de verdade". Essa falta de entender-se como grupo, como classe, atrapalha bastante na hora de brigarmos por direitos e visibilidade.
 
Você pode me falar um pouco da sua experiência na prostituição? Como você começou, há quanto tempo, quanto você cobra?
 
Comecei por curiosidade. Estagiava num escritório de importação e exportação, ganhava menos de um salário mínimo. Encontrei um anúncio por aí que me oferecia ganhos de um salário mínimo e meio diários, não tive dúvidas. Cabe ressaltar que naquele período o poder de compra do salário mínimo era ridículo e o desemprego uma dura realidade. Mas muito antes disso eu já era fascinada pelo "meio", pelas histórias que procurava conhecer, e pela ideia de sexo com desconhecidos. Hoje, posso dizer que conheço bem o meio... Ocupei vários "papéis" nele, mesmo o de cliente eventual, quando casada (algumas poucas vezes contratei mulheres acompanhantes para casal. Nunca me interessei em contratar a companhia de homens, sempre considerei desnecessário, a oferta de sexo grátis e casual para mulheres é ampla. E não creio que me sentiria bem pagando).
Estive "fora" por um bom tempo. E voltei. Por razões bastante pessoais e nem todas ligadas diretamente à necessidade financeira, voltei a atuar no ramo, desta vez de modo individual, como prostituta. "Construí" a Monique conforme meu gosto e o que achava mais adequado para o momento (2009). Teve um impacto extraordinário, surpreendente. Fazia ensaios "conceituais", amadores mas de extremo bom gosto, que passaram a ser imitados pelas colegas aqui no RS. Meu blog tinha um sucesso extraordinário, acabei "ensinando" para muita gente como tirar partido da internet em seu trabalho, indo muito além do MSN. Toda essa coisa acabou de forma muito engraçada, com o surgimento de muitas candidatas à Monique (loucura), que imaginavam que eu ganhava rios de dinheiro (vã ilusão).
No meio disso, tive muitas dúvidas sobre essa minha escolha. Quem entende o que está fazendo sabe que as coisas não são leves. Procurei ajuda na psicoterapia e, durante mais de um ano, fiquei meio que "parada", atendendo apenas a clientes conhecidos. Procurei outros caminhos, mas sentia essa jornada incompleta. Decidi por ficar "até o fim". Deste momento em diante, fiz a volta, minhas fotos atuais são as mais clichê possível, a forma como propagandeio os serviços também. Conheço a importância da Monique-personagem, mudei o ambiente da coisa -- embora isso tenha sido um "efeito colateral" não antecipado, não planejado.
Sempre tive dois interesses, o sexo e escrever, e, atualmente, procuro separar mais as coisas do que fazia no início. Para isso, passei a usar o Twitter mais como expressão do que eu penso e menos para a promoção de uma personagem.
Cobro, hoje, menos do que considero adequado, e mais do que a maioria. Rejeito a ideia de "elite" na prostituição -- é uma ideia que glamuriza o que, em verdade, não possui glamour algum. O que quer que pareça luxuoso por aqui é falso: podes frequentar bons hotéis, estar em festas chiques, acompanhar em viagens maravilhosas -- mas nada daquilo é real, nada daquilo é teu. Posso, em certo sentido, comparar isso ao trabalho da babá de uma família de milionários: ela cuida de crianças, deve educá-las, mas não pode amá-las, não pode se envolver. Tem seu conforto garantido enquanto está empregada, enquanto é útil, mas pode ser dispensada a qualquer momento. Pode desfrutar de viagens e algum luxo, mas sempre se mantém "em seu lugar". Tem uma importância ilusória, seu papel naquela história, embora pareça muitas vezes importante, é apenas coadjuvante. Nada disso lhe pertence, essa não é a sua vida.
Para desestimular quem pense em entrar no ramo com a ilusão do glamour, posso mesmo dizer que os melhores momentos, os de maior luxo, as viagens mais interessantes, fiz enquanto fora do ramo. Isso que querem nos "vender" como luxo na prostituição são, na verdade, pequenas migalhas.
 
As pessoas mais próximas a você sabem que você é prostituta? Você já sofreu algum tipo de discriminação ou risco?
 
Há uma certa aceitação social bem maior do que eu imaginava em princípio, mas não suficiente para que eu me exponha excessivamente... Todas as pessoas que são importantes pra mim sabem o que faço -- e é também para não acabar prejudicando essas pessoas que eu procuro me preservar. O risco existe, é constante.
Há uma curiosidade muito grande sobre o tema também, bem maior do que em outros momentos. A impressão que me passa é que há um certo desespero em justificar determinadas atitudes da parte de algumas meninas, ou uma vontade maior de dar o passo... É preocupante. Pode parecer estranho, mas eu sinto uma certa ilusão de quem está de fora a respeito de como funcionam as coisas no mundo do sexo pago, e isso me assusta.
Sobre discriminação, já sofri, sim. Às vezes, não percebemos, ou deixamos pra lá, mas mesmo nos motéis, que, em sua maioria, vivem da atividade das acompanhantes, somos eventualmente discriminadas e tratadas de modo grosseiro. É só um exemplo daquilo que acontece quotidianamente, mas nem quero me estender muito a esse respeito. Cansa.
 
Você é muito ativa na internet, tem milhares de seguidores no Twitter, e parece se relacionar bem com todo mundo. Você não tem troll não? Não tem moralista que quer te converter? Como é isso de participar de uma rede social sendo parte de uma profissão que muitas vezes é mal vista pela sociedade?
 
O Twitter é uma plataforma muito rápida nas reações às opiniões. Tem muita gente que começa a me seguir pensando que vai encontrar algo tradicional, mulher pelada, twitcam, dancinha sexy... e encontra outra coisa. E gosta. Ou não. Por outro lado, há muitas pessoas que começam a me seguir, e interagir, que não se dão conta tão de imediato de que sou prostituta [Nota minha: conheço alguém assim!]
A ideia da mulher bonita, autônoma e de opinião embasada é revolucionária no Brasil atual. Pode parecer loucura essa situação em pleno século XXI, mas não é. Quem dá abertura para isso é a mídia com a hiper exposição e estereotipia das loiras e popozudas, as quais não se permite que tenham conteúdo outro que não aquele esperado. Obviamente existe espaço para algo diferente aí, mas a obtusidade vigente não enxerga.
Isso me permite surpreender e fazer as coisas ao meu jeito, moldar a relação com os seguidores de um modo que seja aceitável pessoal e socialmente. É divertida, e também importante pra mim, essa interação. Foi um modo de, por assim dizer, "sair do armário". Essa minha presença virtual constante me tirou do isolamento em que estava, me fez muito bem, aprendi muita coisa. Por outro lado, só uma pessoa bastante ingênua pensaria que todos ali estão por admiração, carinho, amizade [Nota minha: também conheço pessoas assim!]... 
Há muita gente que me odeia me seguindo, cuidando meus passos, ironizando minhas palavras. Aprendi com o tempo a não amplificar o grito dos trolls, nem dar grande espaço pra quem nada de bom vê em mim. Quanto ao "bullying" dos religiosos e conservadores, já foi bastante comum acordar cedo, ligar o telefone e encontrar dezenas de mensagens me ameaçando com o fogo do inferno ou me prometendo o perdão divino. Inferno e Céu, na minha visão simplista, são aqui mesmo, e o perdão divino não me interessa. Não o perdão desse deus deles, punitivo e sádico... Sei muito bem quem sou, o bem e o mal que faço, e os ignoro. 
[Aqui a segunda parte e a terceira parte da entrevista].

233 comentários:

«Mais antigas   ‹Antigas   201 – 233 de 233
Mirella disse...

Sigo a Monique no twitter após ler o texto sobre a profissionalização da prostituição. O texto é extremamente didático por ser escrito por alguém que vive a situação. Então, é livre de lugares-comum, preconceitos e ideias rasas. Imagino que se não fosse a favor da profissionalização antes, seria depois de ler o texto.


E penso sempre nisso quando vejo a exploração de uma mulher prostituta. Isto é uma forma de escravizar. Quando passo pela Augusta e ouço os caras anunciando "peitinho 10 reais, bucetinha 15 reais" tenho vontade de vomitar. A profissionalização poderia evitar esse tipo de exploração e ajudar a prender esses criminosos. Apesar de a exploração JÁ SER CRIME, fiscalização não existe.



(Tales, conforme a Cora comentou, falar com certas pessoas é perda de tempo.

Num debate, o comentarista em questão inventou umas porcentagens aleatórias, e quando eu questionei a fonte delas ele disse que EU as havia fornecido ahahahahahaa. É uma piada, releve.)

Anônimo disse...

Lola, nem precisa publicar este comentário. Apenas envio o endereço de um artigo da Monique publicado hoje por um jornal de Porto Alegre. Na minha opinião, vale a pena você botar um link pra ele nas próximas seções da entrevista. É um ótimo artigo.

http://www.sul21.com.br/jornal/2013/02/o-direito-de-existir-eu-como-voce/

Sonado Alaikor disse...

@Yula2

"bem...
cabe uma pergunta o que é melhor?

pagar um garoto de programa que não tem como te ver de novo (a menos que vc queira depois)... ou pegar o cara do escritório e correr o risco dele te difamar na empresa inteira ou te filmar sem vc saber jogar na net?"

Um ponto para alem da contestação!

Tales disse...

Em primeiro lugar, obrigado aos comentários dizendo para não perder tempo com algumas conversas. Seja pessoalmente, seja atrás de uma telinha, eu acho que respeito deve fazer parte de qualquer diálogo. Chegar e dizer que alguém não sabe interpretar é levemente agressivo e, nesse caso específico, bem mal interpretado =D

Dito isso, estava lendo o comentário da Cora logo após cruzar com um texto lá do Blogueiras Feministas (http://blogueirasfeministas.com/2013/02/os-meninos-esquecidos-que-nao-tem-nome/). Fiquei pensando no ponto de vista econômico que já foi levantado nos comentários e me peguei refletindo sobre o que é possível *fazer* (gosto muito da teoria, sou defensor eterno, mas de vez em quando sinto falta de um gostinho de *ok, é isso que estou fazendo*) a respeito... nesse caso, da prostituição.

A primeira coisa que vem à cabeça é a regulamentação da profissão. Imagino que isso sirva pelo menos para oferecer algum direito de recurso contra explorações mais óbvias. Evidente que isso não resolveria tudo, muito menos o estigma (bizarro, mas potencialmente real) de alguém olhar "Prostituta, 2007-2013" na carteira de trabalho e agir preconceituosamente.

O que eu não consigo pensar, e aí entra o texto que linkei, é: e os casos que são invisíveis? As mulheres que são exploradas sexualmente como prostitutas? As pessoas que vivem nas ruas? Como se age frente a essas questões? *Quem* age frente a essas questões?

Sonado Alaikor disse...

@Capa Preta @Maicon

Não somos lobos, se fossemos alguém poderia se declarar "alfa", mas não somos. Se alguém quiser declarar-se a min como meu superior sera meu inimigo e eu tentarei o destruir, pois não serei oprimido, se alguém declarar-se inferior irei desmentir por ter todos por iguais (e possivelmente irei recomendar um psicologo amigo meu).

Também não julgo a maioria das pessoas por não ter inteligencia emocional e se deixar iludir pelas pessoas. Eu sou assim também, emocionalmente burro. Por isso somos iludid@s por pessoas de má fé e acabamos sendo magoad@s. Isso não é preferencia.
Também não julgo que prega sexo livre, como um companheiro de trabalho que tem 4 mulheres com quem vai para a cama. Ele deixa bem claro que não é monogâmico e não vai passar a ser, que tem parceiras regulares no sexo mas que não vai ficar só com uma. Ele é mais ético do que muita gente, pois joga limpo, elas sabem exatamente com quem e como estão lidando. Umas duas vezes ele magoou alguma delas, mas justamente por nutrirem ilusões, mas a maioria das ex parceiras dele ao que descobri em conversa, simplesmente conheceram outro alguém, casaram (ele tem 30 anos) ou algo assim e ainda são amigas dele.

Agora, quanto ao "destacado", podem me explicar o diabos significa o termo? Espero que não seja mais um termo de segregação social que estão tentando implementar.

Fábio disse...

Cora, concordo com tudo o que você falou, não tenho como negar que milenios e opressão e castração sexual, tenham criado no subconciente feminino amaras que prejudicam sua expressão sexual.
Mas acredito que isto também explique o fato de mulheres não procurarem serviços sexuais como os homens. o homem tem profundo fascinio, admiração ,curiosidade pelo universo e pelo corpo feminino.
Já as mulheres eu noto que não dão a minima para as coisas relacionadas ao masculino, tanto que não vemos mulheres consumindo nu masculino.Muitos de nos entramos em espaços como o "bloguinho da professora" para saber omo pensam as mulheres, ja o contrario não acontece, percebo que mulheres no geral não tem interesse em entender a mente masculina, a opressão natural que a mulher sente em relação ao homem um tipo de pensamento " todos os homens são inimigos, ate que provem o contrario".
E isto se reflete no campo sexual também, a mulher não precisa fazer esforço algum pra atrair a atenção do homem, já o homem precisa de um diferencial para atrair a atenção feminina, o nos masculinistas chamamos de " fetiche"
Por isto não existe demanda de Prostitutos para mulheres, e existem muitos prostitutos sim ( eu conheço um monte, os chamados "miches") mas o publico deles acaba sendo quasse que total formado por gays, e o homossexual masculino, não deixa de ser homem por ter uma opção sexual pelo mesmo gênero, portanto tem a libido e a atidude de corte masculino.
Os homens quando contratam os serviço de uma profissional do sexo, ele não ve nada demais nisto, apenas um serviço que vai atender uma necessidade fisica sua.
Já as mulheres sentem profunda desvalorização se tiverem que pagar por sexo, eu trabalhei na noite por quatro anos, em casa noturnas, meu trabalho era observar pessoas, e se nota que a maioria das mulheres se sentem desvalorizadas ate se tiverem que tomar a inicitaiva na paquera,elas no maximo jogam um charme, e esperam o rapaz tomar a iniciativa,quantas vezes eu ja ouvi " ain eu tenho que chegar nele, ele que devia tomar uma atitude, que cara mole"
As mulheres gostam de comandar o mercado sexual, não de dividi-lo.
Quanto mais contratar um profissional do sexo, ou seja não tem demanda, lei da oferta e da procura.

Anônimo disse...

anônima de várias horas: desde que 80% dos estupros e abusos acontecem dentro de casa, que tal incluir (e priorizar) a discussão de como nos defender de nossos pais, irmãos, tios e avôs? segundo: my bad. peço desculpas pois o que eu quis dizer foi que as MULHERES com diversas fragilidades (econômicas, educacionais E psicológicas) são alvos mais fáceis para abusos e estupros. acho que o empoderamento da vontade da mulher (empoderamento 'psicológico') e sua instrução a salvam em quase todos os casos e são a verdadeira (ou a melhor, de longe) prevenção às mais diversas violências.

Anônimo disse...

Rafinha,
concordo com a sua opinião. O que mais me incomoda é a preocupação "social" com a necessidade sexual masculina. No entanto, nunca vi ninguém se preocupar com a vida sexual de mulheres com algum comprometimento motor ou de saúde, nunca ouvi falar de terapia sexual para mulheres. Já ouvi falar até de asilos que contratam prostitutas para os velhinhos, mas nunca ouvi falar de contratarem "prostitutos" para as velhinhas.

Sara disse...

Nossa Fabio como vc esta mudando seu estilo de escrever, parece q esse blog esta te fazendo muito bem, vc esta melhorando muito como pessoa, não concordo com tudo o q vc disse, mas pelo menos seus argumentos são bons.
Com relação aos blogs masculinistas bem antes de conhecer a Lola, eu lia com muita frequencia, cheguei até eles nessas pesquisas malucas do google, e fiquei muito chocada com o q vcs escreviam ali, ao saber desse N Alita, senti muita raiva ao perceber como vcs pensavam, e se li esses blogs tanto tempo, foi pq tb tinha interesse em saber como os homens pensam. Só q o tratamento q vcs dão as mulheres q tentam deixar suas opiniões nesse tipo de blog é totalmente opressivo, vc pode até dizer q algumas mulheres tb dão um tratamento rude aos homens q vem expor seu machismo aqui, mas vc é um grande exemplo, de q se vc coloca seus pensamentos de uma forma clara e sem ofensas ou instilando ódios gratuitos a Lola publica na boa, mas o mesmo não acontece nesse blogs, q sumariamente não publicam comentários contrarios ou se publicam logo em seguida vem uma enxurrada dos piores palavrões e xingamentos sem motivo algum.
De qqr forma agradeço a esses blogs masculinistas pq foi através deles q de tão aborrecidos com meus comentários começaram a me mandar em peso a sumir de lá, e recomendaram q um bom lugar para eu fazer meus comentários era aqui na Lola, ha um bom tempo atraz resolvi seguir o conselho deles e foi muito bom p mim.
Espero q vc continue evoluindo, e quem sabe lendo os comentarios que todas as mulheres fazem aqui, vc aprenda q somos muito diversas, q temos sonhos e modos de viver e pensar diferentes umas das outras, mas q todas merecemos os mesmos direitos q vcs homens sempre tiveram, q não odiamos os homens muito pelo contrario a maior parte quer ser feliz ao lado de um de vcs, mas não quer se anular pra conseguir isso.

Anônimo disse...

felipe barreto, querido, posso ter usado uma linguagem machista, mas a grande questão é que a sua vidinha vai continuar sendo deprimente, você vai continuar INFELIZ.

e vai continuar ignorando que seu primeiro comentário não foi sagaz como gostaria. aliás, você não é sagaz, o que se espera mesmo de gente cheia de preconceitos.

so, mulheres tem tanto desejo sexual quanto homens, desculpa te falar.

Unknown disse...

Fábio,

Achei tua colocação bastaaante interessante. Realmente, eu sinto e percebo que há algo de errado com a psique coletiva feminina em relaçãos aos homens e masculinos.

Só vou te dar meu exemplo.

Sempre fui do tipo boazinha/bonzinho empática/empático cuidadoso/cuidadosa e caprichosa/caprichoso.

Quando eu era menino, a reação das mulheres era do naipe:

- Ai, Deus, como ele sabe o que eu penso? Estou com medo.

- Ain, mais um psicopata pseudo bonzinho.

- Ah, ele diz isso para todas.

Agora que eu sou menina, as reações são do naipe:

- O que essa gatinha tão linda e carinhosa faz sozinha?

- Mais que fofa, posso levar para casa?

- Sim, sim, cuida de mim que eu te protejo! 8-8

Bizarro.

Também sempre fui do tipo beta falho. E agora que sou menina, as minhas amiguinhas passam horas conversando e aconselhando. Quando eu era menino, não davam uma singela foda.

Só um facto: Uma amiga minha tem mais empatia por mim do que pelo próprio namorado.

Tem alguma coisa errada.

jacmila disse...

Concordo totalmente c/ anonimx das 12:25: empoderamento das mulheres em todos os sentidos.

Depois de ler isto

http://marchamulheres.wordpress.com/2013/02/20/apagar-a-luz-vermelha-acender-a-chama-do-feminismo/

fiquei balançada sobre a regulamentação

Anônimo disse...

Anônima das 11h47:
(sou a anônima reincidente, rs)

"acho que o empoderamento da vontade da mulher (empoderamento 'psicológico') e sua instrução a salvam em quase todos os casos e são a verdadeira (ou a melhor, de longe) prevenção às mais diversas violências."

Concordo com a sua ideia do "empoderamento psicológico". E creio que vc vai concordar comigo se eu disser que discutir, estar e crescer com outras mulheres, pessoal ou virtualmente, é vital ou ao menos útil nessa conquista, não?

Creio que discordamos é na ideia de que no sexo casual pode haver riscos específicos para a mulher, algo que parece ter importância secundária pra vc(me corrija se eu estiver errada, por favor).
Para mim, o fato do risco da agressão física ser estatisticamente menor no sexo casual (já que a maior parte acontece em situações familiares, com vc bem apontou)não faz o risco menos importante. Se houver 1% de risco, acho que ele merece atenção. Fora os constrangimentos a que muitos mentecaptos acham que podem submeter uma mulher no sexo casual.
Aí pergunto por que não discutir riscos específicos do sexo casual e possíveis maneiras de lidar com eles. Eu realmente não vejo como isso possa castrar a mulher em vez de empoderá-la...

Cora disse...


fabio,

a opressão sexual prejudicou mulheres (q perderam o direito ao desejo, q só muito lentamente vamos reconquistando) e prejudicou homens (q acreditaram q mulheres não tinham desejo e q existiam unicamente para servi-los).

esse nó a gente tá tentando desatar às duras penas, e o masculinismo brasileiro não ajuda muito nisso. pelo contrário. vc sabe melhor do q eu como os masculinistas tratam a mulher q faz sexo. o homem machista ainda quer se apropriar da sexualidade feminina. não à toa vcs querem as novinhas, inexperientes, bobas q se acham espertas, e sofrem MUITO na mão de homens mais velhos. eu conheço muitas meninas de 13, 14, 15 anos grávidas e abandonadas. muitas, apaixonadas, ficam felizes com a maternidade, até serem chutadas pelos namorados de forma humilhante, na maior parte das vezes, antes mesmo do bebê nascer. se vc soubesse como elas ficam... elas se fazem de forte, pq a pressão da família e da sociedade não é fácil. param de estudar, começam a trabalhar em serviços de baixa qualificação e baixa remuneração, é tudo tão triste.

isso sem contar a violência. acompanhe qq blog machista e veja por vc mesmo, fabio. aqueles caras do cafajeste não sei das quantas diziam q iam finalizar a mulher, e olha q eles eram legais. querem transar e se livrar da garota imediatamente após o sexo. qq tentativa de conversa por parte da garota e o cara já se queixa, como se a garota quisesse passar o resto da vida lá. falam de forma degradante das parceiras casuais... humilham sempre q podem.

agora frequente qq blog de mulher q fale sobre seus relacionamentos casuais. a conversa é totalmente diferente. não há humilhação dos parceiros, pelo contrário, eles são tratados com carinho e consideração. os relatos são muito excitantes. a diferença de tratamento é gritante. mulheres não humilham homens.

e vc vem me falar q homem tem fascínio pelo universo feminino? alguns tem sim, mas nunca machistas e masculinistas. muito pelo contrário. o q eu vejo é só desprezo e humilhação.

os blogs de machistas são muito frequentados por mulheres, fabio. como a Sara disse, é impossível uma mulher frequentar um blog masculinista e continuar com vontade de se relacionar com um homem. eu fiquei muito mais desconfiada depois q conheci o movimento de vcs e eu nem frequento seus espaços. leio pouquíssimo, pq sempre me faz ficar de estômago embrulhado.

e olha q eu sempre convivi com muitos homens. sempre tive relacionamentos tranquilos. eu dou espaço, pq gosto de espaço. nunca passei por situação de violência com amigos ou namorados. nunca mesmo. conheci homens muito bacanas. sempre tive muitos amigos. e nunca, antes de começar a ler sobre masculinismo e ver blogs e páginas machistas, imaginei q o machismo estivesse tão vivo e tão violento. eu fiquei chocada!!

eu conheci a violência masculina nas cantadas de rua. e só. eu sou alta e comecei a ouvir merda na rua aos 11 anos. eu nem tava ligada em garotos e ouvia coisas absurdas qdo estava apenas indo pra escola, de uniforme e perfeitamente vestida. o machismo pra mim era isso e algumas piadas idiotas de professores. essa violência e esse desprezo eu conheci só depois de acessar espaços masculinos na internet. e, confesso, mudou um pouco a forma como eu via os homens. percebi q conheci muitos homens exceção (só pra usar uma expressão masculinista).

vc não respondeu a minha pergunta do outro comentário, q não era pra vc. se vc puder ler tb. eu sei q homens fazem programas. atendem outros homens e, às vezes, casais. mas o homem heterossexual, seria gp? faria sexo apenas para satisfazer a mulher?

eu acho q há demanda sim, fabio. o problema é q há tb muito julgamento. de homens inclusive. de masculinistas como vc, principalmente.

Anônimo disse...

Fabio e Raziel, vcs estão mesmo falando sério?

Existe toda uma indústria editorial (por mais ridícula e clichê que seja) de dicas e matérias voltadas para as mulheres sobre como agradar os homens, como saber o que os homens pensam, o que fazer caso ele faça x, o que pensar caso ele faça y, como se portar no primeiro encontro, que tipo de roupa usar pra chamar a atenção de tal homem, que assuntos falar, o que fazer na cama pra agradar...
Óbvio que vocês não vão ver isso em sites feministas, mas nos outros...

P.S: Acho estranho escreverem que vem aqui pra saber como as mulheres pensam, já que parecem estar mais interessados em nos dizer como as mulheres pensam.

Anônimo disse...

Maicon estou compadecida da sua miséria intelectual, se achasse seu chapéu deixaria umas esmolas p vc..
______________
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Agora, qual é a obrigação que as mulheres comuns têm em se relacionar com homens desinteressantes? Você se relacionaria com uma mulher que você acha feia, pouco presente e que não tem nada de novo pra te mostrar?

Os homens que acham que "merecem" mulheres só porque andam na linha são na verdade mimados e preguiçosos.
_______________

amigo, vc não viu nada ainda....
vc precisa ver quando a lola postava assuntos sobre friedzone...

a choradeira era INSUPORTÁVEL!!!
esses malucos ACHAM que mulher tem obrigação de dar pra eles e ponto final.
um verdadeiro nojo!
ah...não é qualquer mulher... SÓ AS GOSTOSAS PANICATS....
mulher feia e sem gaça eles dispensam!

Anônimo disse...

tem gente nova por aqui e isso é bom...
quero da um conselho desde já....

IGONOREM completamente os masculixos pelo bem do blog, eles não merecem a minima atenção.
somente nosso desprezo e risadas.
Não alimente-os.

Anônimo disse...

Impressionante com o CAPA preta faz absoluta questão de ingnorar fatores culturais, sociais e RELIGIOSOS que rege essa situação.

Anônimo disse...

a cora ta dando um show como sempre!

Anônimo disse...

eu quis dizer IGNOREM!

eta teclado viu....

Anônimo disse...

cora, não é porque você era alta que começaram a mexer com vc qdo vc tinha 11 anos. essa é a idade média, parece, com que as meninas começam a ouvir grosserias nas ruas. entre na página cantada de rua do fb, tem centenas de relatos e muitíssimos trazem essa idade. que também foi a minha. quando os mascus falam de novinhas, eles falam de meninas de 12 anos. inda são pedófilos esses crápulas. pra querer crianças basta ser machista. meu deus, como é triste isso!!! eu me pergunto, sério, da noção de felicidade desses homens/meninos. tem que não ter empatia nenhuma com o outro, não ver mulher como humanos, mesmo, pra ficar feliz aterrorizando a gente. ESCÓRIA!

Anônimo disse...

anônima reincidente: eu não vou entrar nisso porque a gente vai chegar a uma única conclusão: sexo casual é arriscado e não tem muito como saber quem é legal ou não, então, não faça; depois, a gente vai dizer que, mesmo que a gente esteja namorando um cara, não dá pra saber se a qualquer hora ele vai se tornar um lunático ou não, então não case; depois, a gente vai dizer que nunca dá pra saber, olhando na cara dos vários pais, quem abusa ou não, então não nasça. viver é perigoso, já dizia guimarães rosa e pra quem nasce mulher é muito mais. ninguém corre tanto risco nesse mundo qto uma mulher negra e pobre (olha o congo, pra vc saber). por isso, continuo afirmando: quanto mais forte é uma mulher (psiquicamente, fisicamente tbm, pq não?, mas o psíquico é mais importante que o físico - conheço mulher que nunca puxou ferro nem fez aula de luta que deixou marmanjo chorando); quanto mais esclarecida é uma mulher (feminismo, VIVA!); experiência também conta (não é só idade, é viver); dinheiro também conta porque é empoderador para todo mundo - quanto mais isso tudo, mais segura uma mulher vai estar. mas ainda não vai estar completamente segura porque existem crápulas e muitos nesse mundo. existem os só machistas, os masculinistas, e ao ladinho deles, os psicopatas - todos achando que a mulher é o mal, que a mulher é inferior, que a mulher lhes deve a costela de adão. enfim, não sei onde vc quer chegar, mas de mim não vai ter mais que isso. precisamos mudar os homens, pra ontem!

Maicon disse...

Eu tava falando sobre como as mulheres se objetificam quando elas aceitar disputar meia dúzia de cafas, alfas e destacados. Aí o Leandro Terra vem com isso:

“Cara, você tá complicando de mais. "Cafa, alfa e destacado" nada mais são do que os homens mais interessantes do que você. Nem precisava ter inventado essas gírias, são estereótipos que você adotou e se considera inferior a eles por vontade própria. Não teve uma vez que eu me preocupei com as farras dos jogadores de futebol, dos atores famosos ou com a opinião da Monique Evans, por que eu deveria?”
- Eu também kago e ando para o que acontece com a vida dos famosos. Falo isso justamente para mostrar que, ao contrário do que dizem, elas não gostam de homens "românticos", "legais" e blablabla, o q importa é o PODER. Se vc não consegue compreender algo tão simples, só lamento.

E dou muita risada de ver a Monique Evans reclamar em ser objetificada, sendo que ela mesmo se objetificou.


“Agora, qual é a obrigação que as mulheres comuns têm em se relacionar com homens desinteressantes?”
Elas não tem nenhuma obrigação. Por isso, vou direto ao ponto e pago para ter sexo. rsrs


“Os homens que acham que "merecem" mulheres só porque andam na linha são na verdade mimados e preguiçosos.”
- A mesma coisa eu digo destas feministas que tem uma vida promíscua, tem preguiça de cuidar da aparência, e acham que merecem homens. E depois reclamam do "padrão de beleza machista", dos homens e blablabla.

Cara Valentina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

As mulheres aprendem rápido que não existe homem "romântico e bonzinho", todos os caras erram, todos os caras tem instintos baixos, e aquele que é incapaz de enxergar esse lado em si mesmo vai se fazer de vítima ao invés de tomar responsabilidade pela própria participação na merda do mundo.

Hey, quando eu era menino eu era bonzinho-romântico que cuidava, amava e escrevia poesia o dia inteiro. Agora é a mesma coisa, só que sou boazinha romântica auhwa.

(Aham, uma travesti lésbica semissexual

Unknown disse...

Uma travesti lésbica semissexual masoquista/submissa serve totalmente de parâmetro para falar dos homens segundo experiências de primeira pessoa... ¬¬

(olha que foi nessa que virei mascu. Acho que tenho de fazer Terapia Cognitiva Comportamental para eu parar de achar que sou comum e todo mundo é igual a mim ¬¬ )

Anônimo disse...

Um cara que diz que mulheres encarquilham quer mesmo acreditar que é um cara legal, que merece ser valorizado. Credo.
Ainda bem que o próprio sabe e confessa que não é uma pessoa interessante.

Anônimo disse...

quando eu falo de empoderar as mulheres 'psicologicamente' falo disso: de que mulheres não sejam mais vítimas de gente como esse namorado da ta-chan. daqui pra frente, namorado que reclamar de qualquer coisa do corpo da garota vai ser simplesmente dispensado. tem que ser assim ou eles nunca vão parar.

jacmila disse...

"Legalização não tem sido emancipação. Tem resultado, pelo contrário, no tratamento terrível, desumano e degradante das mulheres, porque declara aceitável a compra e venda da carne humana"
http://marchamulheres.wordpress.com/2013/02/22/por-que-nem-amsterda-quer-as-casas-de-prostituicao-legalizadas/

Anônimo disse...

Nunca me interessei em contratar a companhia de homens, sempre considerei desnecessário, a oferta de sexo grátis e casual para mulheres é ampla. E não creio que me sentiria bem pagando

nao se sentiria bem pq? uma questao de ego/poder de seduçao?

ou a objetificaçao dos homens soa ruim? eu só poderia aceitar melhor a ideia de prostituiçao se homens fossem tao objetificados quanto mulheres.

e que mulheres sao essas que tem ampla oferta de sexo gratis e casual? só mulheres bonitas. da mesma forma que homens bonitos tb tem ampla oferta de sexo gratis. a maioria das pessoas nao vive nesse mundo de gente bonita rs

radfem com orgulho disse...

NÃO EXISTE PROSTITUTA FEMINISTA.

radscum disse...

"Quando a guerra dos sexos for vencida, prostitutas deveriam ser fuziladas pela sua terrível traição a todas as mulheres." - Julie Burchill

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