Como eu amei o Festival de Dança de Joinville deste ano! Bom, não é novidade. Não é só este ano. Esta já é a 27a edição. Ano passado eu não pude ver nada, porque estava em Detroit. E ano retrasado devo ter visto bem pouquinho, porque estava me preparando pra ir pra Detroit. E eu não lembro de absolutamente nada que aconteceu em julho de 2007, por causa dos preparativos da viagem. Uma amiga minha jura que passou três noites aqui em casa na semana anterior a nossa viagem, mas eu e o maridão não acreditamos nela. Ela diz até que jogamos pôquer e vimos Clube dos Cinco juntas. Não pode ser, eu teria notado. É muito engraçado quando comento isso com o maridão, porque ele não tem a menor recordação d'ela ter ficado aqui em casa. Aí eu penso: se ele não percebe que uma moça linda passou três noites na nossa casa, não existe nenhuma chance d'ele me trair.
Tá, tá, mas tô falando do Festival. Eu adoro como fica a cidade nos dez dias de dança. Cheia de gente alegre, jovem, bailando pelas ruas. E é ótimo porque há apresentações em shoppings, praças e fábricas. Ano passado saiu no Guiness que é o maior festival de dança do mundo. Eu acho o máximo que a cidade seja conhecida por algo tão legal quanto a dança.
Este ano fomos a três noites de apresentações, duas competitivas e a Noite de Gala. Numa competitiva, vimos sapateado e balé clássico de repertório. Esta última é um tanto chatinha, porque sempre acaba tendo apresentações repetidas - três mocinhas dançando Harlequine, por exemplo. Mas as mostras competitivas sempre me emocionam mais. É, eu sou do tipo que às vezes chora vendo um número de dança. A outra noite que vimos, que teve balé clássico e danças populares, foi até melhor. Eu não entendo necas de dança, pra mim todo mundo se apresenta bem, mas o grupo que mais gostei nas danças populares foi sem dúvida um de senhoras de Nova Veneza, SC. Elas pareciam estar patinando! Faziam movimentos que não pareciam possíveis de serem realizados por pessoas sem patins. E como as saias delas iam até o chão, eu me convenci que sim, elas estavam de patins. Vou morrer jurando isso. Ah, elas ficaram em segundo lugar, maravilha.Deixamos pra comprar os ingressos em cima da hora e, portanto, pegamos os últimos lugares. Mas aí, olha a surpresa: a Fundação Cultural me mandou dois ingressos pra Noite de Gala. No camarote, muito chique (que na realidade não é tanto melhor que na arquibancada. É quase a mesma altura. A diferença é que as cadeiras são melhores e, principalmente, que dá pra apoiar os pés no chão. De alguma forma, isso faz as costas doerem muito menos após três horas sentada). Quem se apresentou nesta noite de gala foi a São Paulo Companhia de Dança, grupo criado ano passado pelo governo de SP. Saiu uma reportagem interessante falando que houve uma seleção em que 800 bailarinos concorreram a 40 vagas. Hoje esses 40 trabalham 44 horas semanais, com registro em carteira, e os salários variam de mil a 6,5 mil reais. Não é muito, se a gente considerar que a carreira de um bailarino é bem curta. Enfim, a apresentação deles foi dividida em duas. A primeira, com a coreografia Les Noces, eu não amei tanto assim. Mas a segunda (Serenade), nossa. Foi incrível. No final, três moços levantaram uma bailarina no alto. Mas é difícil explicar o que eles fizeram. Não foi um pulo, não foi que ela escalou e subiu lá no alto e ficou. Ela meio que se materializou em cima deles, e virou estátua. E eles começaram a se mexer, e ela continuou imóvel. Nem uma tremidinha, nada. Sabe quando o público lança um oooohhhh coletivo? Foi assim. Pra humilhar, teve uma hora que ela lá em cima, estátua, se inclinou pra trás. E saiu carregada do palco dessa forma. É complicado pra uma leiga como eu explicar. Mas acredite, todo mundo que tava lá sentiu que viu algo fenomenal. Ah, encontrei uma foto, que não faz justiça ao desafio à gravidade que presenciamos.Ano que vem, se a gente ainda estiver morando em Joinville (e, pelo andar da carruagem da preparação pro meu concurso... ahn, não quero falar sobre isso), vou querer ir ao Festival todas as noites. E minha querida Yallah, que tem uma escola de dança do ventre em Brasília, por que você não vem se apresentar aqui? Venham todos pra Joinville prestigiar o Festival! (mais fotos aqui).
Tá, tá, mas tô falando do Festival. Eu adoro como fica a cidade nos dez dias de dança. Cheia de gente alegre, jovem, bailando pelas ruas. E é ótimo porque há apresentações em shoppings, praças e fábricas. Ano passado saiu no Guiness que é o maior festival de dança do mundo. Eu acho o máximo que a cidade seja conhecida por algo tão legal quanto a dança.
Este ano fomos a três noites de apresentações, duas competitivas e a Noite de Gala. Numa competitiva, vimos sapateado e balé clássico de repertório. Esta última é um tanto chatinha, porque sempre acaba tendo apresentações repetidas - três mocinhas dançando Harlequine, por exemplo. Mas as mostras competitivas sempre me emocionam mais. É, eu sou do tipo que às vezes chora vendo um número de dança. A outra noite que vimos, que teve balé clássico e danças populares, foi até melhor. Eu não entendo necas de dança, pra mim todo mundo se apresenta bem, mas o grupo que mais gostei nas danças populares foi sem dúvida um de senhoras de Nova Veneza, SC. Elas pareciam estar patinando! Faziam movimentos que não pareciam possíveis de serem realizados por pessoas sem patins. E como as saias delas iam até o chão, eu me convenci que sim, elas estavam de patins. Vou morrer jurando isso. Ah, elas ficaram em segundo lugar, maravilha.Deixamos pra comprar os ingressos em cima da hora e, portanto, pegamos os últimos lugares. Mas aí, olha a surpresa: a Fundação Cultural me mandou dois ingressos pra Noite de Gala. No camarote, muito chique (que na realidade não é tanto melhor que na arquibancada. É quase a mesma altura. A diferença é que as cadeiras são melhores e, principalmente, que dá pra apoiar os pés no chão. De alguma forma, isso faz as costas doerem muito menos após três horas sentada). Quem se apresentou nesta noite de gala foi a São Paulo Companhia de Dança, grupo criado ano passado pelo governo de SP. Saiu uma reportagem interessante falando que houve uma seleção em que 800 bailarinos concorreram a 40 vagas. Hoje esses 40 trabalham 44 horas semanais, com registro em carteira, e os salários variam de mil a 6,5 mil reais. Não é muito, se a gente considerar que a carreira de um bailarino é bem curta. Enfim, a apresentação deles foi dividida em duas. A primeira, com a coreografia Les Noces, eu não amei tanto assim. Mas a segunda (Serenade), nossa. Foi incrível. No final, três moços levantaram uma bailarina no alto. Mas é difícil explicar o que eles fizeram. Não foi um pulo, não foi que ela escalou e subiu lá no alto e ficou. Ela meio que se materializou em cima deles, e virou estátua. E eles começaram a se mexer, e ela continuou imóvel. Nem uma tremidinha, nada. Sabe quando o público lança um oooohhhh coletivo? Foi assim. Pra humilhar, teve uma hora que ela lá em cima, estátua, se inclinou pra trás. E saiu carregada do palco dessa forma. É complicado pra uma leiga como eu explicar. Mas acredite, todo mundo que tava lá sentiu que viu algo fenomenal. Ah, encontrei uma foto, que não faz justiça ao desafio à gravidade que presenciamos.Ano que vem, se a gente ainda estiver morando em Joinville (e, pelo andar da carruagem da preparação pro meu concurso... ahn, não quero falar sobre isso), vou querer ir ao Festival todas as noites. E minha querida Yallah, que tem uma escola de dança do ventre em Brasília, por que você não vem se apresentar aqui? Venham todos pra Joinville prestigiar o Festival! (mais fotos aqui).
18 comentários:
Lola, venho por aqui no seu blog a algum tempo... Me impresciona a maneira como escreves lindamente e com tanto prazer (mas isso vc já tá pelada de saber, porque todo mundo te diz!). Mas não sabia que moravas em Joinville. Eu moro em Floripa e nunca fui ao festival. Agora senti vontade. Quem sabe no ano que vem...
Estou inciando neste mundo Blogger e, quando eu crescer, quero escrever que nem vc.
Beijos!
Nossa!!!
Ivana falou o que todo mundo quer te dizer pessoalmente.
Valeu!!!
Por você ter essa facilidade de nos fazer e desejar as coisa. Bom demais!! ... continua, tá!
..beijos.
Adoro ler seus textos! Uma coisa me chamou logo a atenção foi esse seu concuros na UFC. Sou de Fortaleza, já fui professora de Inglês e até já fui aluna do curso de letras da UFC, mas não concluí. Também adorei esse post agora sobre o Festival de Joinville. Cresci ouvindo falar nestes festivais. As academias de dança daqui estão sempre concorrendo, muitas vezes com bons resultados...
Enfim, adoro seu blog!
Beijos
Obrigada pelo carinho, Ivana e Alba. Que fofas! Espero não ter passado a impressão que estou convocando vcs pra virem pro Festival de Dança DESTE ano, que já acabou (ontem). Mas vcs têm um ano inteiro pra se programarem e virem aqui ano que vem. E Ivana, de Floripa pra Joinville são duas horinhas... Vale muito a pena vir. Muito boa sorte com o seu blog! Alba, isso de “ter facilidade de nos fazer e desejar as coisas” é um elogio imenso, obrigada.
Vanessa, aceito sugestões de hotéis pra ficar aí em Fortaleza, please! Esqueci de falar nesse post que tem uma escola de dança de Fortaleza que deu um show: a Vera Passos. Conhece? Deve ser muito grande, porque concorre em todas as modalidades, ganha montes de prêmios, e participa do festival há anos. Na noite do sapateado a aparesentação que eu mais gostei certamente foi delas. Eu ia até dizer que poderia ser visto como um bom sinal pro meu concurso que uma escola de dança de Fortaleza se destacou aqui em Joinville, mas é besteira. A Vera Passos dá show muito antes de eu sonhar em prestar concurso!
a dança. ah, os dançares... hehehe
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o festival de Joinville é realmente um evento ímpar.
Sobre a mostra competitiva, tenho sérias ressalvas.. competição em arte é complicado né?
Ainda que avaliações 'melhor' e 'pior' sempre existam, elas são relativizadas quando ficam no campo individual... mas quando se institucionaliza isso, acho que a arte perde =S
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besotes!
Lola,
sou do tempo do festival ainda pequenininho, quando eu ainda dançava (dança contemporânea). Há muito tempo só acompanho o festival de longe, infelizmente... É mesmo uma festa muito bonita e uma ótima vitrine para bailarinos de talento serem 'pescados' pelas melhores escolas e companhias.
Quanto ao balé das senhoras de rodinhas, você nem imagina o trabalhão que isso dá! Na verdade os passos são minúsculos e a gente tem que literalmente 'andar pra frente', sem deixar que o corpo se movimente mudando de altura. Esse tipo de dança é bem comum nas companhias folclóricas eslavas; vi o Beriozka fazendo isso e é mesmo de chorar de emoção. Pena que esses grupos praticamente se desintegraram depois do fim da URSS.
Lola, morta de inveja, rs, brincadeira! Mas, queria muito ter ido ao festival, gosto muito de dança! Sou uma quase bailarina, frustrada em seus planos por uma maldita escoliose, descoberta devido ao balé.
Mas, fiquei com o gosto da dança na boca. Faz parte das minhas promessas, um dia assistir ao festival. bjs
Lolinha, minha filha, deixa comigo que de dança eu manjo... nasci pobre, feio, fudido... ando dançando em tudo nessa vida! mas vô levando, sacume, né!
A propósito, você espera que o CM se lembre do que aconteceu a um ou dois anos atrás? tá de gozação, né... todo gênio é distraído, prestenção! Agora, esse negòcio de "uma moça linda" passar 3 dias na sua casa e ele não lembrar... sei não!
Ps.: não briga com ele por minha causa... estou torcendo por uma boa performance dele em Sampa!
Ah!LOLA,quase pude "ver"o festival através do seu relato.Um dia quero ir.Nessa escola de Dança aí em Joinville tem uma menininha daqui de Guarapuava que ganhou uma bolsa,dizem os entendidos que ela é mto boa.Hugs.
Ótimo relato sobre o Festial de Danças, Lola. Parabéns. E peço licença para extender os parabéns ao governo de São Paulo (ano passado já era o Serra, não?) pela iniciativa a que você se refere no texto. Que bom que isso aconteceu! Márcia
Desculpe, esqueci-me de elogiar suas fotos. São simplesmente breathtaking! Márcia
Draupadi, até entendo suas reservas quanto a competir na arte. Mas isso é também ver a arte como algo acima das demais coisas, não? Há competição pra quase tudo. E acho que há subjetividade em tudo tb, não apenas pra julgamento de arte. A seleção pra uma vaga de emprego não é subjetiva?
Mônica, vc fazia dança contemporânea? Que legal! Olha, muitíssimo obrigada por me explicar como funciona a dança dos patins. Tinham me falado isso dos passos minúsculos, mas não consigo acreditar! Porque elas não se mexem. Não dá pra ver os pés se mexendo. Elas parecem estátuas que andam pelo chão... com rodinhas. Eu acho que elas deviam levantar as saias no final até os joelhos pra provarem que não estavam usando patins!
Patricia, espero que um dia vc possa vir ao festival. Pena que vc não pôde continuar com a dança. Mas é uma vida meio sofrida demais, nénão? Vem sim! E aproveita e me traz um peso de porta em forma de gatinho!
Mario, ah, tô me sentindo igual sobre estar dançando... Sobre o episódio da minha amiga dois anos atrás, ela se lembra de TUDO naqueles três dias. Lembra até do maridão brigando por telefone com a escola onde trabalhava pra poder receber tudo que eles lhe deviam (só recebeu quase um ano e meio depois). E ele não se lembra de nada. Aliás, nem eu. A gente tava correndo pra viajar, embora, àquela altura, já estivesse tudo pronto. Vc não viu o comentário que eu deixei respondendo um outro coment ontem, né? Eu disse que minha vida com o maridão é muito melhor. E até reclamei que vc não estava presente pra registrar esse momento histórico. Agora anota aí.
Ah, vc viu a segunda partida? Tadinho, ele não vai voltar às quinze primeiras mesas tão cedo... Dureza esses torneios que ele pega pra jogar. Eu hein?
Merinha, imagina! Meu relato tá tão pobrinho... Eu nem sei os termos técnicos pra descrever os passos de dança. Ah, a escola de dança daqui é ótima. Venha assistir ao festival ano que vem!
Marcia, cruz credo, as fotos não são minhas! São fotos de profissional. Eu peguei do blog que deixei o link no texto e do jornal A Notícia, do qual sou colaboradora, e que sempre faz uma cobertura muito boa do festival. Sobre a Cia de Dança de SP, de fato, acho uma realização muito boa do Serra. É bom pra uma cidade ter uma companhia nesse nível. Aliás, o Serra estava presente na Noite de Gala. Assim como o governador, o prefeito, e montes de secretários. O legal foi que, ao contrário das edições anteriores do festival, os apresentadores não pediram aplausos pros governantes. Eles apenas “registraram a presença” deles, mas sem dar espaço pra aplausos ou vaias. Nas edições anteriores a gente era basicamente forçada a aplaudir o prefeito corrupto do PSDB e o Luiz Henrique (no meu caso, eu vaiava, óbvio).
Oi, Lola,
Tudo bem? Como estive em Fortaleza “bancado” pela organização do Congresso, já que coordenei um dos Simpósios Temáticos do evento, fiquei em um hotel mais caro na orla (curtindo a doce vida burguesa!). Mas algumas orientandas minhas ficaram em uma pousada, tipo albergue, bem legal, também na Praia de Iracema. Lá tem o aposento coletivo característico de um albergue, mas também tem quartos privativos de casal. A diária de casal está em torno de 80 reais, com direito ao café da manhã. O endereço é Av Beira Mar, 814 - Praia de Iracema – Fortaleza – Telefone: (085) 3219-0658. Um colega gaúcho ficou em uma pousada barata perto da universidade. Vou mandar um e-mail para ele, pedindo as referências. Assim que receber a resposta, entro em contato com você.
Beijos.
Ps. Como está a preparação para o concurso?
lolíssima... mas eu acho que a arte está acima de todas as coisas sim huhahahah
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e óbvio que não sou besta de tentar defender essa idéia. Guardo-a no meu imaginário que sonha com um mundo onde todos dancem e pronto. hehehe
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mas agora falando sério... acima ou abaixo de todas as coisas, gosto de pensar que a arte pode [ou na verdade precisa] ser um espaço para que algo diferente seja feito. O espaço do descondicionamento, pois. Assim sendo, o fato de que tudo na vida é competição não justifica, pra mim, uma mostra competitiva de dança.
Sei que é uma utopia - mas pra isso existem as utopias =)
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E desculpa o fato de meu primeiro comentário no seu blog - que já acompanho com certa frequencia - ser uma ressalva... Faltou dizer do quanto gosto de tudo que se faz por aqui... e do quanto esse espaço me faz sentir 'menos só, menos sozinha; menos pó, menos pozinha'... ;-)
Obrigada"
Tbm amo festivais d dança... além de um ótimo exercicio, tem cultura, arte... tuuuuuuuudo
só pra elogiar
há braçosssssssssssss
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