terça-feira, 25 de agosto de 2015

GUEST POST: POR QUE ELES E NÃO EU?

Maíra, que tem um blog junto com seu marido, me enviou este texto curto (pros padrões aqui do blog). Segundo ela, quando foi comentar a situação abaixo no whatsapp, recebeu "tantas respostas absurdas que pensei que sou mesmo do outro mundo. Gostaria de ouvir os comentários dos seus seguidorxs". Então, lá vai. 

A desigualdade social existente no país é algo que sempre me incomodou bastante. Hoje, como trabalho com direito criminal, atendendo à parte mais desprezada da sociedade, incomoda-me ainda mais. Porém, eu brinco que o meu trabalho pode ser qualquer coisa, menos tedioso. Cada dia é uma novidade. Uma infinidade de desgraças.
Uma, em particular, me chamou a atenção esses dias. Havia uma criança chorando demais no corredor e atrapalhando o trabalho de todos. Fui lá conversar e pedir, educadamente, que a pessoa descesse com a criança, pois ela estava incomodando. A mãe, até envergonhada, me explicou que tinha levado a criança para o pai ver, porque o pai estava preso, e, como teria audiência naquele dia, era a oportunidade.
Eu perguntei então porque ela não levava a filha ao presídio, onde o pai poderia abraçar, ficar junto e tal. Afinal de contas ali ela só iria vê-lo, de longe, algemado nas mãos e pés, com um macacão laranja, uma cena que choca qualquer um, imagina uma criança. Ela me explicou que, para isso, a filha teria que ser registrada, e ela estava providenciando a documentação, já que o pai não tinha RG.
Eu fiquei embasbacada! Como alguém não tem RG no mundo de hoje! Em Santa Catarina, que é um dos melhores estados do Brasil, isso ainda existe! Fiquei pensando no futuro daquela menininha linda: negra, de cabelos cacheados, olhos expressivos e cheia de energia. Qual a oportunidade que essa menina terá dentro da nossa sociedade? Primeiro já não terá apoio de ambos os pais, pois um está preso e passará um bom tempo por lá. Segundo, enfrentará os piores desafios do mundo sendo pobre, negra e mulher. Por que alguns (como a maioria das crianças com quem eu convivo) têm tantos estímulos, boas escolas, natação, balé e etc e essa não tem nada? Por que uma desigualdade tão alarmante? 
Vivemos num país muito pobre e, pior, que tem uma das maiores desigualdades sociais do mundo. É muito triste de ver. Hoje, assim como ontem, anteontem ou amanhã, iremos nos deparar com a parte mais desprivilegiada da população. Voltarei pra casa agradecendo a Deus por tudo que tenho, mas o meu questionamento sempre continuará: por que eles e não eu?

200 comentários:

Anônimo disse...

Logica da esquerda, o estado nos tira 40% de tudo que produzimos em impostos, nos oferece serviços horriveis em segurança, saúde, educação, mas os esquerdistas dizem que a culpa pela desigualdade social e de quem produz, desenvolve empreeende e gera empregos.

Vicky_ disse...

Parabéns pelo seu trabalho. É necessário ser psicologicamente muito forte, espero que alcance seus objetivos na profissão.

No entanto... Surpresa pela falta de RG? Minha mãe só teve certidão de nascimento aos 7 anos, meu pai depois disso, ele só começou a estudar aos 11 anos, sendo que trabalhava numa madeireira ilegal no meio da floresta, o que fez ele desenvolver problemas nas costas ainda muito jovem. Minha mãe fez a mesma série por cinco anos, pois a escola da comunidade só tinha turmas até a sexta série.

Olha, eu sou representante de turma, aqui há um diálogo mais aberto com os alunos, e converso com vários deles que tem muitos problemas em casa, adolescentes com marcas de cinto NO ROSTO e dizendo que isso era corriqueiro dos pais, mais de duas pessoas com mais de 17 anos já me falavam "Eu parei na terceira série, meus pais deixaram. Voltei a estudar aos 14 anos, agora descobre que para arranjar emprego preciso pelo menos do ensino médio". Me falam que sabem que são burros/as, tem baixa autoestima, sinto um aperto no coração toda vez que ouço isso. A maioria tem muitos irmãos e os pais somem com frequência.
Eles querem vaga de menor aprendiz, nem ENEM dizem estar preparados.

Fora que na minha própria família há parentes que ridicularizam os próprios rebentos que planejam conseguir fazer uma faculdade. Dizem que é "se passar por rico".

Enquanto isso, um monte de caras reclamam que ainda não ficaram magicamente ricos aos 30 anos.

@vbfri disse...

Faço os mesmos questionamentos.

Hoje estava pensando sobre a ~meritocracia~.

Estudei nas melhores escolas que o dinheiro podia pagar. Viajei, morei fora, tudo às custas dos meus pais e avós.

Porque eu tinha uma situação privilegiada, fui para uma faculdade excelente (e particular), fiz estágios não remunerados (porque não precisava do dinheiro) e estágios remunerados (sem, também, precisar do dinheiro).

Quando me formei, participei de algumas seleções e comecei a trabalhar por um salário pífio (para as minhas condições familiares), num emprego que me permitia fazer cursinho para concursos.

Cursinho, aliás, pago pelos meus familiares.

Passei num dos primeiros concursos que fiz e hoje sou considerada elite do serviço público.

Aí tem gente que fala que eu "mereço" isso, porque eu "lutei".

Oi? Cadê a luta? Cadê o desafio?? Só porque eu passei num concurso público?

Eu nunca precisei trabalhar na minha vida. Hoje eu trabalho e me sustento, mas eu não preciso ajudar os meus pais, não preciso ajudar ninguém da minha família. Todo mundo nasceu em berço privilegiado e a única pessoa na minha família MESMo que passou dificuldade foi o meu avô. Que teve sorte (com muita luta, muita visão de futuro, muito tino para negócios).

Daí vem galerinha de 30 anos, que nunca trabalhou na vida, que mora na casa dos pais, que vive de mesada falando em meritocracia...

Ah, gente, para.

Vai ser honesto.

Rafael disse...

@vbri, mais gente como você e o país seria outro.
Mas não desmereça seu esforço, poderia ter tido essas chances e não aproveitado.

Já que tocou no ponto da meritocracia e acho que tem haver com o texto, o concursos público como está organizado atualmente é uma forma de manter essa mesma elite no poder e nos melhores cargos da administração pública. Veja bem, o caso da garotinha do texto, se ela não tiver acesso a boa educação, tempo para estudar,e ai passar em um, a tendencia é repetir a vida da mãe, talvez melhorar um pouco,mas dificilmente galgará cargos importantes, diferentemente de uma criança da mesma idade com chance de aproveitar todas as suas potencialidades.

É um raciocínio simples, que gente muito escolarizada se nega a fazer porque não quer desmerecer sua própria condição.

Anônimo disse...

Então esta justificado, o cara virou bandido porque não tem RG (sendo que e gratuito tirar, mas muitos que entram na vida do crime preferem não faze-lo, para dificultar a identificação) e a grande massa de pobres honestos neste país não passam de robôzinhos do sistema abobados, certo e que mete os canos na pequeno burguesia (roubar celulares em pontos de ônibus) estes sim são herois revolucionários contra o sistema e o status quo.

Anônimo disse...

Bem vinda ao mundo real moça do post.

Anônimo disse...

Exato, abaixo o mérito, sentem-se em um cantinho e esperem o grande estado dar tudo....opa, pera...

Rafael disse...

Não é essa questão anônimo das 13:32,falar em mérito em um país desigual como o nosso é hipocrisia.

Marussia de Andrade Guedes disse...

Já que vc agradece a deus por ter muito e outros nada , você deveria perguntar a ele .

Marussia de Andrade Guedes disse...

Eu concordo com o que vc diz . Mas tudo se perde quando se afirma que a bonança é uma dádiva de deus .

Unknown disse...

Olá Maíra

Só uma observação, nos não vivemos em um pais pobre, muito pelo contrario, o Brasil e um pais muito rico, tanto que ainda figura na lista dos 10 países mais ricos do mundo(só não sei por quanto tempo do jeito que estão as coisas).



Agora que as desigualdades sociais no brasil são brutais isso eu concordo.

Senhorita F. disse...

Nós produzimos essa lacuna social, somos todos responsáveis. Nós somos as pessoas que diminuem quem está "abaixo" nessa escala social, somos nós que repetimos incansavelmente, que até tem amigos negros, que até tem amigo gay...
Meus pais passaram fome, foram marginalizados, estudaram e foram até onde era possível (não no seu limite , mas onde a sociedade os deixou ir), eles repetem que nunca imaginariam ter uma filha formada , pós graduada e com conhecimento que eu tenho, não que eu seja fora do normal, mas sim vc ler e entender é conhecimento, vc interpretar uma noticia na tv acaba sendo conhecimento pra eles.
Não existe mérito pra quem nem tem o que comer, não existe mérito se as escolas não são iguais, não existe mérito onde um filho de um médico vale mais que um filho de um gari.

Anônimo disse...

esse papinho de todos temos culpa é ridiculo, que culpa tenho eu se o pai da garotinha é bandido ? a mãe dela vai ter que criar ela sozinha, é triste mas a culpa não é da sociedade.

Alessandra disse...

Comentários como os do Anonimo 12:37 e Anonimo 13:29 me levam a crer que essas pessoas não sabem interpretar texto. Só pode ser... Ou é a miopia delas para a realidade que não deixa?
Mas enfim, concordo com o Jonas, não vivemos num país pobre, e sim num país desigual. Gostaria que houvesse uma maneira simples de começar a acabar com a desigualdade, mas acho que não há. É preciso um esforço conjunto de governos e cidadãos e tb é preciso mudar a mentalidade desta nação, a começar a pensar no bem-estar de todos e não só no seu. É uma longa discussão mas é preciso começar a tê-la.

E sobre a meritocracia: hj li um artigo bem interessante que mostrava resultados de um estudo que dizem que não importa quanto o pobre se esforce para fazer tudo certo, ele não se sai melhor do que um rico que faz tudo errado. Segue o link:

http://www.washingtonpost.com/news/wonkblog/wp/2014/10/18/poor-kids-who-do-everything-right-dont-do-better-than-rich-kids-who-do-everything-wrong/

Anônimo disse...

No sistema capitalista, pra existir 1 rico precisa de pelo menos 2 nao-ricos. O capitalismo é o sistema que venho pra ficar... pra mudar de sistema, so se conseguirem 'resetar' a maldade humana.

Rafael disse...

Nem vou opinar, pois quase apanhei no post da maioridade penal. Vamos deixar para os meritocratas dessa vez.

Afinal, se essa criança se foder na vida, será porque é uma preguiçosa que não se esforçou o bastante.

Anônimo disse...

Mudar de classe social no Brasil é *oda. Um filho de pobre não vai ter nem de longe as mesmas oportunidades que um filho classe média tem (nem precisa ser rico). Não tem boas escolas, nutrição, estímulos culturais e intelectuais etc. Claro que alguns poucos conseguem chegar lá, mas achar que só depende de esforço próprio e batalha é burrice ou má fé.
Como resolver isso? difícil, mas não faltam ideias e sugestões. Porém a mais simplória, preguiçosa e idiota de todas é dizer que a meritocracia é uma bobagem e distribuir empregos e posições pra quem não tem capacitação para tanto. Isso é pura demagogia e a longo prazo só vai piorar a situação, pois não toca na origem do problema.
wagner

Rafael disse...

Taxar grandes fortunas e lucros/dividendos, como ocorre em QUALQUER país do mundo, já seria um bom começo.

Mas ao contrário do que dizem alguns boquirrotos que insistem em propagar a ignorância, não são os "geradores de empregos" os "empreendedores" que pagam a maior parte dos imposto, senão vejamos:

A carga tributária bruta atingiu 36,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008, segundo levantamento divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O órgão ressalta ainda que ela foi mais pesada para os mais podres, consumindo 53,9% dos rendimentos daqueles que ganham até dois salários mínimos. Já entre os mais ricos, com renda acima de 30 salários mínimos, a carga ficou em 29% dos rendimentos.
Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/carga-tributaria-dos-mais-pobres-de-54-diz-estudo-do-ipea-3127574

. As pessoas mais pobres e os trabalhadores assalariados são os responsáveis por 71,38% do montante de impostos, contribuições e taxas arrecadados pelo Fundo Público no Brasil.
Fonte: http://www.inesc.org.br/noticias/noticias-do-inesc/2014/setembro/carga-tributaria-brasileira-reforca-as-desigualdades-diz-estudo

“Não há dúvida de que a mulher negra é a mais punida pelo sistema tributário brasileiro, enquanto o homem branco é o mais favorecido”, diz o autor do estudo, Evilásio Salvador.
Fonte: http://www.parana-online.com.br/canal/guia-ir-2015/news/871254/?noticia=CARGA+TRIBUTARIA+E+MAIS+PESADA+PARA+POBRES+NEGROS+E+MULHERES

Mas claro, tudo isso deve ser mentira e vivemos em um mundo justo em que o único diferenciador entre nós é o mérito. Viva a meritocracia!

Katia Silva disse...

Nossa!! Como alguém ão tem RG hoje???Ela descobriu o Brasil.
Porque não quer querida,eu mesma se quiser consigo uns 3 rgs.

Anônimo disse...

Rafael, o Brasil só vai pra frente se comandado por ricos! Pq não precisam roubar, já tem dinheiro! Não gostou? vai pra Cuba!

Rafael disse...

Anon 15:07, não passe vergonha, não escreva besteira.

Por acaso algum pobre tinha dinheiro no HSBC leaks?

Por acaso algum pobre estava envolvido na operação Zelotes?

Por acaso a mídia divulga que ambos os escândalos são MUITO MAIORES que a Lava-Jato? Ambos da ordem de mais de 10 bilhões de reais?

Deixe de ser alienado.

Rafael disse...

Caro anon analfabeto político, só de evasão fiscal temos quase um TRILHÃO de reais. E sem "pobres bandidos" no meio. Só "ricos honestos que não precisam roubar".

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/04/150415_brasil_zelotes_evade_fd

Segundo uma pesquisa da Tax Justice Network (rede de justiça fiscal, em tradução livre, organização internacional independente com base em Londres, que analisa e divulga dados sobre movimentação de impostos e paraísos fiscais), este é o montante que o Brasil teria perdido, apenas em 2010, com a evasão fiscal - em 2011, ano de divulgação do estudo, isso equivalia a R$ 490 bilhões.

Alessandro Bruno disse...

A meritocracia é uma ilusão, ok não discuto. Mas, gostaria de saber dos que criticam tanto os concursos públicos qual é a alternativa mais justa pra empregar pessoas no serviço público? Indicação política com certeza não é? Além disso, seria viável contratar uma pessoa pra ser juiz (por exemplo) sem medir os conhecimentos dela em Direito?

Em minha opinião, mesmo com todos os defeitos apontados, o Concurso Público é a instituição que melhor funciona no Brasil.

Katia Silva disse...

Os esquerdistas esquecem de falar que isso é culpa do Estado que não quer reduzir a carga tributaria.,para sustentar os 39 ministérios do governo Dilma,200.000 cargos de confiança que os petistas indicam a família e aí a solução: bitributação.
Um carro que aqui vale 100.000 nos EUA vale uns 15.000.

Rafael disse...

Taty, você pode explicar porque um carro vendido no Brasil, recolhendo todos os impostos altíssimos, é vendido MAIS BARATO no México?

Você pode explicar porque, sendo a alíquota média de um carro na faixa de 40%, faz ele custar O TRIPLO no Brasil?

A maior falácia que existe é essa de que as coisas aqui são caras por causa de imposto.

Antes de propagar inverdades, procure se informar melhor: http://quatrorodas.abril.com.br/reportagens/carro-tao-caro-brasil-394648.shtml

As montadoras praticam aqui simplesmente as maiores margens de lucro do planeta.

Rafael disse...

E aos que faltaram às aulas de interpretação de texto: Não estou defendendo carga tributária mais alta ou mais baixa. Isso depende de outros fatores.

Eu defendo uma carga JUSTA. Uma carga compatível com o que se vê em outros países, onde quem ganha mais, paga mais.

No Brasil ocorre justamente o contrário.

Unknown disse...

Rafael

O que existe aqui no Brasil entre o governo e as montadoras de veículos, e uma parceria publico privada contra população, pois o governo cobra das montadoras um imposto altíssimo e elas pagam bem quietinhas, mas em compensação vendem aqui carros de péssima qualidade, que deixam para elas uma margem de lucro altíssima.

E com telefonia acontece a mesma coisa no brasil.

Jéssica disse...

Acho insano quando jogam a culpa de todas as merdas de algumas pessoas na sociedade inteira.
Que culpa eu tenho dessa garota viver nessas condições? Eu mandei o pai virar bandido, a mãe viver do jeito que vive, ter filho com bandido? Usam a mesma ladainha para defender menor bandido. Se é para culpar alguém, acho que os políticos de merda devem levar o crédito.
E reina um pensamento de pobre no Brasil inacreditável, veja a colega ali que teve tudo de bom, praticamente dizendo que n mereceu nada, n se esforçou em nada... estranho mesmo, na faculdade ela n estudou e deram notas para ela sem fazer nada? Trabalharam para ela nos estágios e ela levou o crédito?
Pra muita gente ser rico é ruim, bando de gente mesquinha e nojenta e ser pobre é uma maravilha, quer dizer q vc é bom, humilde. E ainda acham o máximo ter que sofrer e se fuder bastante para conseguir as coisas, se conseguir fácil n presta e n vale nada.
Pra ter o orgulho de dizer q é guerreiro, se fudeu bastante mas conseguiu.

Eva disse...

Imagino que tipo de comentário a autora do texto recebeu no whatsapp... Tem gente que não suporta ser incomodado no seu mundinho de privilégios. Ou de "méritos", né? Porque é claro que eles conquistaram tudo o que têm. Só que é muito fácil conseguir as coisas quando você tem um suporte para isso.

Uma vez uma colega de trabalho contou, em tom de reclamação, sobre a pressão que sofreu do pai para passar no vestibular. Ela é filha de empresário e estudou em uma ótima escola particular. Eu comentei que o pai estava certo, que ela não fez mais do que a obrigação em passar, afinal teve todo o suporte para isso. Ela não chegou a se chatear, mas deu para ver o desconforto em se dar conta de a aprovação não tinha sido um feito tão grandioso assim.

Aí tem gente que é contra cotas para estudantes de escola pública, por exemplo, porque, supostamente, vão tirar as vagas de quem "merece" mais, por ter notas maiores.

Essa é uma pergunta que eu me faço muito, Maíra. Já seria um avanço se mais gente fizesse também.

P.S.: Eu não ia comentar sobre isso, mas preciso. Embora a desigualdade social dificulte tanto a vida de muita gente no Brasil, não é justificativa pura para criminalidade. Prova disso é que os pobres (e eu me incluo aqui) estão todos se "fodendo" (já que é para usar esses termos) o tempo todo, e nem por isso vão por esse caminho. É uma minoria que vai, e não porque é pobre. Arranje todas as desculpas que quiser, mas não essa. É ofensivo associar pobres a bandidos. Nem todo pobre é bandido e nem todo bandido é pobre.

Katia Silva disse...

A pior falácia que existe é a pessoa negar que tudo é caro por causa do imposto.Eu vejo isso na minha fiscal quando compro produtos de $30,00 da renner,c e a etc a metade do valor é de imposto.
Uma empresária falou que é mais barato fazer um vestido de noiva na China,e exportar pra cá do que fazer um e lagar imposto aqui.

Anônimo disse...

afff !!! que perda de tempo.
se não gosta da vida que tem TRABALHE !!, não espere tudo vir em forma de bolsa....

Alessandro Bruno disse...

Recomendo a quem tem as mesmas indagações que a autora do Quest Post, a leitura da triologia "A Revolta do Atlas", se leem sem preconceito vão entender muitas coisa:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Atlas_Shrugged

Paulo Cunha disse...

Ótimo ver um post de alguém que não perdeu a sensibilidade, ou a humanidade, se quiserem. Algo corriqueiro por aqui, mas mesmo assim, alentador!

E valeu também Rafael, assinaria embaixo seus comentários.

Só tentando ajudar na interpretação de texto: dizer que a carga tributária não é alta (mas injusta porque atinge mais os pobres do que os ricos) também não significa dizer que o serviço publico seja bom. Há muito o que melhorar. Qualidade da água, serviço policial, educação crítica (no sentido de gerar pessoas capazes de formar juízo próprio), para nomear algumas coisas. Mas há bolsões de excelência em todas as áreas - o posto do SUS perto de casa é incrivelmente bom - que precisam ser universalizados.

Universalização, é disso que se trata, essa é a questão central.

Jéssica disse...

vão tirar as vagas de quem "merece" mais, por ter notas maiores.

Não to dizendo? A pessoa estuda, tira nota alta e n vale tanto assim porque n é pobre e tem privilégios... E ser aprovado em vestibular tem valor sim, como n? Parece q o fato de ter condições obriga a garota a ser um gênio, tem gente q n consegue n sabia? Tem gente q n tem facilidade nos estudos e isso n tem nada a ver com ser rico ou pobre.
A pessoa deve se sentir mal porque tem condição boa de vida kkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Agora esse povo vagabundo da Banânia

Leitor do Tio Rei detectado

Eva disse...

Jéssica, acontece que a escola pública do Brasil não oferece condições para que os alunos se preparem como os das escolas particulares. No meu estado, as únicas 3 escolas que tiveram boas notas no último enem são federais; as do estado não chegam nem perto. O ideal seria que todos, independente de classe social, tivessem a mesma chance nos vestibulares, mas não é assim. As cotas existem justamente para amenizar essa desigualdade e possibilitar o acesso das pessoas de classes mais baixas ao ensino superior.

Sim, passar no vestibular tem valor, mas não é a coisa mais difícil do mundo quando você passou a vida nas melhores escolas, fazendo cursos extras, sem ter que começar a trabalhar cedo, sem passar necessidade em casa... Então, não, não acho que uma aprovação ~nessas condições~ seja motivo para se vangloriar tanto.

Imagino que seja difícil sair da bolha de privilégio, mas faça um esforço. Nem todo mundo vive nesse mundo de arco-íris e unicórnios.

Eva disse...

Ah, dificuldade de aprendizado é um caso à parte, e não era o caso da moça que mencionei. A "revolta" dela com o pai era porque ele exigia resultados para o investimento que tinha feito na educação dela. Depois de ter garantido a ela a melhor educação possível, não acho que ele estava pedindo demais ao esperar que ela passasse no vestibular.

Anônimo disse...

A pobreza é uma doença, e deve ser erradicada desse planeta. Não existe conquista pessoal, não exitem vitórias, enquanto convivermos com esse mal a nossa espécie estará condenada ao fracasso e a miséria no mais baixo nível animal. Acabar com a pobreza não é uma questão moral, e eu ouso dizer que, talvez, nem seja uma questão social, é mais que isso, é uma questão evolutiva!

Melchior

Rafael disse...

Jonas, você não me compreendeu. Eu não defendo o preço dos bens no Brasil em relação aos seus iguais no exterior. Só trouxe dados que refutam a ideia de que um objeto aqui custa três, quatro vezes mais que nos EUA em virtude dos impostos.

Como disse nossa amiga indignada logo acima, um vestido da renner que custa metade em impostos tem alíquota de 50%.

Agora explique como uma alíquota de 50% faz algo custar três vezes mais.

Agora, comparar um vestido comprado em uma empresa que se compromete a não escravizar com um outro, trazido de onde as jornadas de trabalho são desumanas e porcamente remuneradas, chega a ser covardia.

Rafael disse...

Dubai é país? Saca tudo de Geografia o anônimo revoltado, hein?

Rafael disse...

Po... moderaram o Dubai do rapaz?

Anônimo disse...

Tava demorando para aparecer a galera do marxismo-cultural-anti-cristo-iluminatti por aqui.

lola aronovich disse...

Reparem que, pra reaças, desigualdade social e pobreza sequer são problemas. Problema é esquerdismo e ter que pagar impostos.
Reaça GOSTA de desigualdade social, porque isso aumenta seu amor próprio, sua autoestima. Se o reaça é classe média, ele pode se orgulhar de ter "merecido" chegar lá.
Imagina discutir algo que efetivamente pode ajudar a reduzir a desigualdade, como impostos sobre grandes fortunas! É só falar nisso que já chega o reaça de classe média pra defender o milionário que ele nunca será. E depois reaças chamam ativistas sociais de idiotas úteis... Idiota útil pra mim é o cara de classe média que defende o dinheiro dos ricos.

anon A. (radfem) disse...

''vai tirar as vagas de quem merece!''

"Os resultados dos prounistas [(alunos do PROUNI)] são superiores à média nacional e dos alunos de faculdades públicas."
http://www.brasil.gov.br/educacao/2014/11/bolsistas-do-prouni-possuem-melhores-notas-medias-do-enade-aponta-estudo
E tambem melhores que os alunos mais ricos: http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,bolsista-integral-do-prouni-tem-nota-mais-alta-no-enade,1586702

"Alunos cotistas tem melhor desempenho que alunos não-cotistas" (http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/11/cotas-alunos-cotistas-desempenho-superior.html)

E lamentavelmente não estou achando o outro estudo que mostrava que alunos cotistas estudam cerca de 8 horas a mais por semana que não-cotistas...

Mas cotas e PROUNI vão baixar a qualidade do ensino, e também não merecem a vaga, não é? E o que me dizem sobre a quantidade gigantesca de alunos classe média e ricos que ficam trocando de curso diversas vezes sem pensar, jogando literalmente vagas no lixo?

(Eu também me chamo Jéssica, me dá nos nervos imaginar que alguém pode ler os comentários dessa Jéssica aí e achar que sou eu)

anon A. (radfem) disse...

Um post sobre uma cotista, muito bom para os que acham cotas 'injusto':
https://aquiloquevocenaoquersaber.wordpress.com/2013/12/18/desabafo-de-uma-pre-vestibular-cotista/

Anônimo disse...

Vida de mulher negra, pobre, nordestina e ainda do sertão não é fácil mesmo não e pior ainda quando não tem muito apoio da própria família (que só quer saber de baixaria) para evoluir mais na vida. Não sei quantas feministas conhecem ou pelo menos tenha algum conhecimento dessa realidade.

Eu não tenho nada contra a pessoas brancas/ricas, mas não tem como negar que mesmo não se dedicando muito aos estudos essas pessoas conseguem sempre boas oportunidades quando querem, muitas vezes como dizem aqui no Nordeste, através do famoso "pistolão". Enquanto pessoas com menos privilégios financeiros e sociais são forçadas a serem gênios, as vezes até frios e calculistas (não no sentido de ser criminoso ou assassino) eu digo frio e calculista no sentido de nunca se abalar com nada e estar sempre alerta para alguma oportunidade que se passar já era e não achar mais outra. Precisam ser criaturas perfeitas onde praticamente se aproximam de super-heróis da ficção. Acho isso muito injusto e cruel. Pessoas negras/pobres não querem ser super-heróis, querem ser pessoas com oportunidades iguais a uma minoria de privilegiados que tem direito de mudar de ideia sobre qual profissão quer seguir, viajar, chorar e depois quando quiser e puder fazer sua faculdade e ir trabalhar com oportunidades iguais. Pessoas pobres não tem direito nem de chorar quando algo de ruim acontece porque enquanto está chorando está perdendo "oportunidades". Pessoas pobres que sofrem de tda-h, dislexia, discalculia e outras dificuldades de aprendizagem sofrem muito e antes já foi muito pior.

Agora eu concordo que é preconceito e racismo sim usar pobreza e cor de pele para dizer que alguém deve virar bandido. Infelizmente a dita esquerda gosta muito de usar esses argumentos e não percebem o quanto estão sendo racistas e preconceituosos.

Anônimo disse...

Brasil é uma India e suas castas, subliminarmente falando.A corrupçao ajuda em muito a manter isto.

Unknown disse...

Lola

"só falar nisso que já chega o reaça de classe média pra defender o milionário que ele nunca será."

Va me desculpa Lola, mas será que 40% de carga tributaria já não e o suficiente para fazer distribuição de renda e o que mais for?


Outra coisa você já ouviu falar em imposto de renda?

Jéssica disse...

Imagino que seja difícil sair da bolha de privilégio, mas faça um esforço

Kkkkkkk Eu sabia q ia dizer q nado em privilégios, acho q tem algum padrão de pensamento para rico e pobre, só pode. Adoram rotular só por uma opinião.
Moro numa comunidade, nunca fiz faculdade pq meus pais n podiam pagar, só pq discordo sou rica?
Primeiro q eu acho absurdo jogar todos os problemas dos pobres na sociedade inteira e tirar a nossa responsabilidade como se a gente n tivesse cérebro.
O caso do post, ser pobre n obriga ninguém a virar bandido, a mulher n foi obrigada a se envolver com ele , se a filha deles fizer péssimas escolhas, n dá para jogar a responsabilidade toda na "sociedade ".
Estar pobre n te obriga a morrer pobre, eu sei bem como funciona a escola pública pq já estudei em uma. E digo q tinha vários alunos q cagavam para as aulas, eu prestava atenção, estudava. Ia na biblioteca perto da escola para pegar livros. Não pude fazer faculdade, então arrumei um trabalho e consegui pagar um curso técnico, hoje tenho um salário bom, outros ESCOLHERAM outros caminhos.
Uma prima minha resolveu largar a escola, tem 3 filhos com 22 anos e um marido fdp.
Outro se droga, virá bandido...
Segundo, o q eu falei do pensamento de pobre, que eu vejo direto e aqui também. Demonização dos ricos, parece q tem q se envergonhar de viver bem pq tem gente pobre, como se tivessem culpa da nossa situação, as conquistas n valem muito pq são ricos, privilégio para lá e pra cá.
Ser pobre é ruim mas ser rico também, aí fica difícil. Basta ver no outro post ali, a mulher trabalhou, ganhou dinheiro, mas viajar para Disney é coisa de burguês? ?
É conheço gente q detesta rico e n quer melhorar muito de vida para n virar" riquinho esnobe" . A própria pessoa n quer viver melhor.
Quem me dera ser rica!

Rafael disse...

Jonas, lucros e dividendos são isentos desde 1995. Empresário não paga imposto de renda. Informe-se.

Alessandro Bruno disse...

O problema de quem é contra a meritocracia é que eles são fatalistas: nasceu pobre, vai ser pobre a vida inteira! Não querem nem saber dos inúmeros casos de pessoas que conseguiram virar o destino e mudar de vida, a maioria dos bilionários desde o Conde Francesco Matarazzo até Steve Jobs eram pobres, tiveram muita dificuldade na vida e conseguiram dar a volta por cima. Essa reportagem a Infomoney mostra alguns casos:

http://www.infomoney.com.br/carreira/gestao-e-lideranca/noticia/3133732/origem-humilde-riqueza-veja-bilionarios-que-eram-pobres-infancia

A maioria das grandes fortunas não fica muito tempo com uma mesma família, existe até um ditado "pai rico, filho nobre, neto pobre" que fala sobre isso, quem não lutou pra construir algo geralmente não valoriza e por isso acaba perdendo.

E falando em privilégios, eu sou professor do Ensino Fundamental, já lecionei em escola particular e em escola pública e posso afirmar com certeza que quando o aluno quer estudar, participa mesmo das aulas e não fica bitolado, tem muito mais rendimento e sucesso na vida profissional que o aluno que só quer brincar nas aulas, não importa em que escola estude. A minha mãe mesmo, era de origem humilde mas sempre fez com que todos os filhos estudassem além do que era ensinado na escola, e hoje todos sã formados e com pós-graduação. Quem qer estudar hoje em dia o Estado dá tudo, só falta parar de desculpa e "colar a bunda na cadeira".

Anônimo disse...

Havia exploração de mão-de-obra nas fábricas do conde Matarazzo. Sabia não?

Anônimo disse...

Eu reconheço que a vida hoje está menos difícil do que nos anos 90, apesar da crise e dos índices de violência nas ruas.

Alessandro Bruno disse...

Sabia, como em todas fábricas da época, mas isso não tira o fato dele ter conseguido ficar rico mesmo nascendo pobre.

Anônimo disse...

Concordando muito com você, Jessica

Rafael disse...

Alessandro, vou repetir pela última vez meu posicionamento a respeito:

1 - Quem é contra a meritocracia NÃO comunga do pensamento de que pobreza é irreversível, como você afirmou. Eu não disse isso e ninguém aqui falou que pobres estão condenados a serem pobres para sempre.

2 - Quem está desprovido de assistência (todo tipo de assistência) está em uma situação imensa de desvantagem perante o outro. Veja que não falo de ricos x pobres. Falo de gente que tem atenção, apoio e uma família estruturada (mesmo que seja de um pai só, duas mães ou qualquer forma de família).

3 - Se você não tem quem incuta na cabeça da criança a necessidade do estudo e da vitória pelo trabalho, não vai ser a rua que vai incutir. Nesse caso, família é importante.

4 - Tem mais gente que ganhou na mega-sena do que pobres que viraram bilionários. Pesquise. Seu exemplo foi esdrúxulo.

5 - Existe no Brasil um pensamento massificado pela mídia de que estudo é desnecessário e inútil. Nas novelas, nos noticiários, nos programas o dinheiro aparece como que por encanto. Poucos trabalham e os heróis das crianças na maioria das vezes ficaram ricos de forma incidental, como jogadores de futebol, artistas ou modelos.

6 - Novamente, para incutir a necessidade do estudo, da seriedade e do trabalho, é necessário um ambiente sadio em casa. Quem mora na rua está muito menos propenso a buscar trabalho/estudo do que um de nós aqui. Vamos além: quem emprega um morador de rua? Dependendo da função, não é incomum setores de RH filtrarem até mesmo moradores de comunidades carentes.

Eu acredito piamente na vitória através do trabalho, mas sendo o mercado de trabalho uma grande competição, não dá para achar normal que muitos larguem metros à frente, que outros corram carregando pesos ou mesmo tentem correr com as pernas amarradas. Eu NÃO acredito em meritocracia.

Eu respiro o mundo corporativo. Sou consultor e vivo transitando entre grandes empresas públicas e privadas (cara, eu tinha tudo pra ser coxinha-mor). Tirando um ou outro raro caso, negro só fica na faxina. Ainda existe um imenso preconceito contra negros e mulheres.
Mulheres são maioria nos bancos do ensino superior já há uns bons anos. Estudam em média mais tempo e costumam ser melhor qualificadas. Isso não se traduz em mais cargos de gerência ou vice-presidência ocupados. Onde está a meritocracia nesse caso?

Conheci há tempos uma mulher fartamente certificada em uma área de difícil mão de obra que vi mofar anos como analista sênior. Mulher e ainda por cima muito gorda. Prato cheio para nosso mundinho segregador. Há pouco tempo soube que ela é analista ATÉ HOJE. O novo chefe dela (que eu também conheço) não tem 30% da capacidade. Homem, branco, magro.


Mas as pessoas que vivem fora do mundo corporativo, ou em lugares de menor concorrência, como o serviço público, acham o máximo esse papo de meritocracia.

Aceitem, no Brasil, isso simplesmente não existe. Isso é papinho de Aécios que aos 20 anos eram diretores de banco público, por mérito.

Anônimo disse...

"Imagina discutir algo que efetivamente pode ajudar a reduzir a desigualdade, como impostos sobre grandes fortunas!"
_
Isto gera fuga de capitais, e frança tentou e viu que ia dar caca, reverteu. o dinheiro dos empreendedores gera empregos, faz a economia girar, com a fuga de capital empreendedor não se gera emprego, não se tira ninguém da miséria, Estado não produz nada, porque estado não e dono de nada, muito menos de inovação.
Eu quero ver vocês "distribuírem" uma riqueza que não existe( na verdade os socialistas querem e expropriar e nivelar a sociedade, não distribuir nada)
A unia coisa que socialistas distribuem por igual e miséria, a historia do Sec XX prova isto, vão estudar.

Rafael disse...

E por fim, Alessandro: mesmo pobre, você teve assistência da sua mãe, como dito em seu comentário.
Como no post da maioridade, muitos ainda confundem a pobreza financeira pura e simples (que sozinha não é um grande impeditivo) com indigência afetiva, ausência de pais, inexistência de lar, falta de alimentação / saúde adequada, e em casos mais extremos, abusos.

Anônimo disse...

Vá construir o que e seu Lola, e para de crescer o zoião no que é dos outros.

Rafael disse...

Anon das 20:03, você está desinformado sobre a realidade tributária na França: http://www.cartacapital.com.br/revista/842/as-licoes-dos-clientes-do-hsbc-na-suica-2848.html

Nos EUA a taxação de fortunas é feita de forma dura no momento da transmissão (herança), podendo chegar a até 40%. Isso mesmo, quarenta porcento de uma só vez. O capital não parece fugir de lá.

A ausência TOTAL de taxação de renda, patrimônio e herança dos mais ricos que vige no Brasil não encontra paralelo em nenhum lugar do planeta, exceto em paraísos fiscais.

Anônimo disse...

No brasil ( oficina de Gramsci) se aprendeu (doutrinou) que o estado deveria ser responsavel por nós, e não o contrario, que poderia se por na constituição o nivelamento de nossa felicidade patrocinada pelo papai estado, que empreender, inovar, investir e lucrar e um crime contra a humanidade, aqui gerar emprego privado e um crime contra a humanidade, mas escorar no estado que estupra a sociedade em impostos abussivos não.
Taí a formula de todo nosso atraso.

Anônimo disse...

Rafael, para de crescer o olho no que não e seu cara, isto e muito feio.

Vicky_ disse...

Sim, sim, a meritocracia é maravilhosa, e o capitalismo é um sistema maravilhoso. É o que é dito por quem está ou acha que está no topo.

Alessandro isso é tão ridículo que não seria nada diferente de você comentar "sim, ele também teve inúmeros escravos depois, mas isso não tira o mérito de ele ter conseguido deixar de ser escravo!"
Você sequer leu seu comentário antes de postar?

Pra mim esses caras não estão dizendo nada distante de "Pessoa preguiçosa, só por que você nasceu na favela, não teve apoio psicológico da família, já passou fome, ninguém mais acredita que tenha futuro, não te impede de conseguir um emprego tão bom quanto aquele garoto(filho de empresário, com curso pago, não precisa trabalhar) empenhado nos estudos!!!"

Taty e Jessica, vão pra casa do caramba, seus nojentos. Cês tem razão, rico sofre mmuuuuuuito, o governo deveria oferecer apoio para esses oprimidos pelas malvadonas recalcadas e faveladas, não?

Anônimo disse...

Por aqui não querem taxar somente "as grandes fortunas" isto e um cavalo de Tróia, ate porque o que se taxa nas heranças nos EUA e França e o dinheiro liquido, não o patrimonio bruto, isto pelo contrario estimula o empreendedorismo, e inibe a fuga de capitais. o que querem aqui e estatizar as empresas privadas de grupos e famílias, deixem de serem embusteiros, o socialismo comunismo nunca vai vingar no Brasil, NUNCA, nem que vocês gastem a te a ultima gota de seus sangues, NUNCA SEREMOS SOCIALISTAS/COMUNISTAS, aceitem que doí menos.

Alessandro Bruno disse...

Rafael,

Uma coisa eu concordo com você: a família presente, cobrando e dando exemplo é o fator mais importante pro sucesso de uma pessoa, e para isso não é preciso ter muito dinheiro. Por isso, eu sou a favor da meritocaria, pois valoriza os filhos dessas famílias que se dedicam mais que os filhos das famílias acomodadas que só querem saber de assistencialismo.

Quanto ao preconceito: seja contra mulher, negro quem for, a saída é políticas afirmativas, campanhas e incentivos à empresas que contratem - como é feito com os portadores de necessidades especiais hoje - não passar a mão na cabeça deles e falar, tadinho não conseguiu nada porque é pobrezinho, vamos dar esmola (seja bolsa família ou vaga na faculdade) ao invés de ajudá-lo a conquistar seu próprio espaço.

Por isso eu sou a favor do PROUNI e do FIES, pena que hoje ninguém consegue se inscrever no site, porque pra merecer a bolsa o candidato tem que ter nota alta.

Anônimo disse...

Vejam fotos de Cingapura hoje e há vinte anos atrás. E vejam como o capitalismo e "demoniaco' aposto que cada cidadão de Cingapura adoraria mudar de lá, e ir viver em Havana(SQN)

Rafael disse...

Anon 20:11, graças à minha qualificação e meu trabalho, não preciso de nada que não seja meu. Tenho uma excelente remuneração.

Mas não deixo de ter em mente que um excelente pai, uma mãe maravilhosa, bons colégios e bastante dedicação da minha parte me colocaram quilômetros à frente dos demais. Tenho meu mérito, mas ele é certamente menor perto da estrutura que tive à minha disposição.

Anônimo disse...

"Sim, sim, a meritocracia é maravilhosa, e o capitalismo é um sistema maravilhoso. É o que é dito por quem está ou acha que está no topo"

Obvio que não, veja a imagem destes Norte americanos fugindo de Miami para havana...opa pera..
http://mybelojardim.com/wp-content/uploads/2011/08/Cuban-boat-people.jpg

Rafael disse...

Anon palhaço das 20:15: Pesquise sobre Income Tax, Inheritance Tax e Estate Tax nos EUA. Só depois de ler a respeito, volte a comentar.

Mari disse...

Jéssica,

Gostei muito da sua forma de pensar, você é uma pessoa bem lúcida.

Não tenho ódio de pobres e muito menos de ricos, mas parece que as pessoas gostam de ainda ver o mundo como algo maniqueísta: Pobres são pessoas boas, coitadas, sofredoras que tudo merecem e ricos são os vilões que exploram.

Infelizmente, vivemos num país que é preciso se foder bastante para ter valor. Se você não acorda 5 da manhã, anda de transporte público e trabalha o dia inteiro por um salário baixo, não tem valor nenhum para a sociedade.

Quantas vezes vi pessoas trabalharem, estudarem e alcançarem seus objetivos e as pessoas dizerem que teve sorte, que só conseguiu porque ajudaram, deram apoio. Toda conquista tem seus méritos e deve ser comemorado por quem as consegue, não importa se é fazer uma receita de bolo, passar numa faculdade ou viajar para fora do país, seja rico ou pobre, cada um de nós tem seus desafios.

Alessandro Bruno disse...

Vicky,

Eu li sim o que escrevi, e ão mudo nada. Afinal não estou fazendo julgamento moral de um homem que morreu na década de 1930. O que eu falei é que a História está cheia de pessoas que não tinham perspectiva nenhuma de futuro e mesmo assim viraram ricos. Questões trabalhistas no Brasil antes do governo de Getúlio Vargas é outra coisa.

Rafael disse...

Anon das 20:20, já que citou americanos, veja o quanto estas 2,5 milhões de crianças são preguiçosas e indolentes, posto que são americanas e moram na rua:

http://www.homelesschildrenamerica.org/

Vicky_ disse...

Seus argumentos são tão rasos quanto a sua coragem para mostrar na cara, covarde.
Vá conversar com imigrantes que vão buscar "o sonho americano" e veja a tamanha satisfação deles/as. Ou você é mais um daqueles que não falam com gente pobre? UI.

Katia Silva disse...

Kkkk no Brasil o que eu vejo são os concurseiros,é incrível onde eu vou alguém tá estudando pra concurso,na facul concurso,nos grupos concurso todo mundo quer mamar nas tetas do governo,ninguém pensa em montar uma empresa,formar uma cooperativa, empreender.

Unknown disse...

Bom independente das teorias e discursos, eu só vou começar acreditar em socialismo, comunismo entro outras formas de esquerdismo, o dia que começar ver muita gente indo morar na coreia do norte, Venezuela ou qualquer pais semelhante, e convidando família para ir morar lá também depois de algum meses.


E Tchau que tenho mais o que fazer.

Anônimo disse...

Rafael migs, senta aqui e vamos dividir um burgão kkkk Na boa, não tenho paciência. Já realizei projetos na Casa Lar com jovens na faixa etária de 12 a 18 anos onde possuem possibilidade remota de reintegração familiar e adoção, e posso afirmar o quão doído que é.

Kittsu disse...

Tá linda essa discussão. Coisa rara, já que na maioria das vezes só aparece doido pra falar bobagem. Fiquei até emocionada.

Rafael disse...

Aceito o burgão, kkkkk. Minha irmã é faz frequentemente campanha de obtenção de mantimentos para abrigos de idosos, crianças, adolescentes e deficientes. É desesperadoramente entristecedor. Um nível de privação e carência afetivos que antes de acompanhar, sequer imaginava que pudesse existir.

Como dito por uma pessoa no post da maioridade: A pessoa deixa de ganhar um carro de controle remoto/barbie no natal e se acha habilitado para dizer que passou necessidade, lutou e venceu na vida.

É um buraco muito, muito mais embaixo.

Cão do Mato disse...

Fico imaginando a infinidade de pais que vieram da lama e fizeram das tripas coração para conseguir dar condições aos seus filhos para poderem conquistar tudo o que eles próprios não conquistaram. Aí aparece um bando hipócritas pra dizer que seus filhos "não têm mérito"...

Flavio Moreira disse...

Rafael, gostei muito dos seus comentários. São observações preciosas e precisas sobre a situação de muitas pessoas no Brasil.

Àqueles que se sentem incomodados com o fato de "colocarem a culpa da pobreza nas costas da sociedade", entenda que isso não é um ataque pessoal. Não é sua "culpa" (se é que essa é a melhor palavra) individualmente. Mas a partir do momento em que vivemos em sociedade e que para isso precisamos seguir um "contrato social" em que nossas ações e vontades determinam e são determinadas pelas ações e vontades das pessoas à nossa volta, acho que a questão da responsabilidade fica mais clara e menos um dedo apontando para eventuais culpados.
Nós somos responsáveis pelas escolhas que fazemos em sociedade e a maior manifestação disso são as escolhas políticas, tanto no sentido estrito de escolha pelo voto em eleições, como por nossas decisões sobre consumo, educação, trabalho, relações sociais e afetivas etc.

Para quem acha que o que "a esquerda" (gostaria que explicassem exatamente o que é/quem é essa "entidade" incorpórea que virou subitamente algoz de toda uma coletividade) quer é a implantação do comunismo (sério, pessoas? século 21 e a gente ainda pensa as dicotomias da guerra fria?), vale lembrar que já está mais do que provado que ele não funciona e nem parece que irá funcionar em algum momento no futuro. E se, de fato, ainda existe alguém que acredita no comunismo que come criancinhas no café da manhã, desculpem, mas parece que também acreditam em unicórnios e fadas do dente. Agora, porque o comunismo e uma certa ideia de socialismo não deu certo, preciso necessariamente abraçar a outra ideia radical de que o capitalismo e seu deus-mercado é de fato a solução para tudo? Não haveria uma forma menos danosa de se exercer os princípios do capitalismo, sem que ele se torne essa obsessão voraz pelo lucro a qualquer custo, que nos iluda com a falsa necessidade de consumo a todo custo (inclusive emocional, vide por exemplo, a indústria cosmética que, para manter seus lucros absurdos quer porque quer fazer com que as mulheres acreditem que são feias e que PRECISAM de seus produtos milagrosos, destruindo a auto-estima das pessoas)?
Se o capitalismo é inevitável, que pelo menos seja justo e igualitário, que ofereça, de fato, as oportunidades para que todos cresçam e sejam felizes de forma equitativa e que os indivíduos possam concorrer em situação semelhante às oportunidades que surgem.

Para quem acha que a crítica materialista busca uma "doutrinação marxista", que tal pensar que ela, na verdade, oferece uma alternativa à alienação pura e simples que o capitalismo nos impõe em suas diversas formas? Não é proibido ser consumidor, ter sonhos e aspirações, poder comprar roupas bacanas, tênis de marca, ou comida "gourmet", mas é possível se questionar até que ponto podemos aceitar ou rejeitar o mecanismo sedutor que o capitalismo nos impõe para que nos sintamos sempre incompletos por não POSSUIRMOS a roupa mais descolada, o celular de último tipo, o tablet mais transado e assim por diante. Claro que se apelarmos para o nosso senso crítico e para a nossa consciência o tempo todo, não teremos condições de conviver conosco: quem em sã consciência compra um iPhone pensando que por trás dele existe, provavelmente, na cadeia produtiva, uma criança que trabalha doze a catorze horas por dia, sem direito à infância e à educação e que provavelmente irá morrer de escorbuto ou qqr outra doença daqui a alguns meses devido às péssimas condições a que está submetida?
Como disse uma professora minha uma vez, "é difícil viver com a consciência 24 horas por dia". Para consumirmos desenfreadamente, como quer o mercado, precisamos apagar da nossa mente tudo o que o produto representa e como essa representação afeta nossa relação com o mundo.

Anônimo disse...

Lola: concordo com a Kittsu, bom post, incentivando belas discussões.

Vai a minha: como o Jonas disse, já pagamos bastante imposto, no nível de vários países europeus ricos, como Alemanha e Espanha, e muito superior a Portugal, Suíça, EUA e Coréia do Sul. Agora, sem dúvida, a carga tributário é mal distribuída, temos que reconhecer, pois a tributação é regressiva, em vez de ser progressiva.

Porém, acho esse negócio de imposto sobre grandes fortunas e herança "furada". Só vai pegar classe média e média alta. Rico consegue mobilizar o capital em segundos e transferi-lo para onde for mais conveniente. Ou então constituir empresa (chama-se holding familiar) transferindo o patrimônio para a empresa que, quase certamente não será atingida por tais tributos (pois se fosse, seria um tiro no pé, tributar a geração de empregos e a produção). Na holding familiar, o "sócio" morreu, a cota é automaticamente transferida para os outros sócios, conforme o contrato social, por preço histórico da cota. Tipo, o patrimônio da empresa pode ser de 10 milhões, mas a empresa só possuir 10 cotas, cada uma no valor de dez mil reais, totalizando 100.000. Na verdade, o patrimônio transferindo com a sucessão é de 10M mas para fins tributários e legais, é só 100 mil.

Por fim, devemos considerar que o País não tem orçamento para fornecer tudo o que a maioria da população quer ou acha ter direito: daí, serviços públicos de péssima qualidade, obrigando parte razoável da população a pagar duas vezes (uma, via imposto, outra, pelo serviço particular).

PAra distribuirmos riqueza (e não pobreza, como o socialismo tanto gosta) precisamos de crescimento econômico. Por isso a importância do ajuste fiscal, do enxugamento do Estado, da priorização de gastos, etc.
Forte abraço a todos.
Jeca

Anônimo disse...

Ela não termina este mandato, podem espernear a vontade, mas o socialismo no Brasil esta sendo velado.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/08/1673652-maioria-do-tse-vota-para-reabrir-acao-que-pede-cassacao-de-dilma.shtml?cmpid=fb-uolnot

Donna Nyckynha disse...

"Enquanto pessoas com menos privilégios financeiros e sociais são forçadas a serem gênios, as vezes até frios e calculistas (não no sentido de ser criminoso ou assassino) eu digo frio e calculista no sentido de nunca se abalar com nada e estar sempre alerta para alguma oportunidade que se passar já era e não achar mais outra. Precisam ser criaturas perfeitas onde praticamente se aproximam de super-heróis da ficção. Acho isso muito injusto e cruel. Pessoas negras/pobres não querem ser super-heróis, querem ser pessoas com oportunidades iguais a uma minoria de privilegiados que tem direito de mudar de ideia sobre qual profissão quer seguir, viajar, chorar e depois quando quiser e puder fazer sua faculdade e ir trabalhar com oportunidades iguais. Pessoas pobres não tem direito nem de chorar quando algo de ruim acontece porque enquanto está chorando está perdendo "oportunidades". Pessoas pobres que sofrem de tda-h, dislexia, discalculia e outras dificuldades de aprendizagem sofrem muito e antes já foi muito pior"

NINGUEM AQUI ENXERGA ISTO?!
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Eu vivo na parte de um bairro onde está os mais ricos e mais pobres.Muitas vezes esses pobres nao tem estrutura psicologica/afeto,compreensao somando a falta de estrutua financeira,ignorancia.Ai pra se safar vai lá e se mete no crime(mais um destes morreu esta semana).Isso é a verdadeiro portal do inferno.Inocentes morrem nas maos deles,eles sao apenas intrumentos do mal,nao a raiz do mal como muitos o tratam.Enquanto continuarem nessa ignorancia de trata-los como a raiz do mal,muitos deles se multiplicarão.

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E um adendo:O nordeste está começando se erguer agora.Isso que noto.Pq sera hein?Acho que por PSDB nao foi.

Rafael disse...

Jeca, nossa história infelizmente lhe contesta. Em pouco mais de 500 anos, um dos maiores ciclos de crescimento brasileiro ocorreu durante o "milagre econômico", de 68 a 73. Por incrível que pareça, este resultou em ganho salarial menor que a inflação e zero de diminuição da desigualdade. Pelo contrário. Saímos do "milagre" ainda mais desiguais. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Milagre_econ%C3%B4mico_brasileiro#Concentra.C3.A7.C3.A3o_de_renda

Por outro lado, na única vez em que houve alguma (ainda que modesta) distribuição nesses quinhentos e poucos anos foi justamente nos últimos 14, quando o crescimento econômico não foi nada impactante. Eu diria até discreto. Fonte: http://www.dw.com/pt/redu%C3%A7%C3%A3o-da-desigualdade-no-brasil-est%C3%A1-no-caminho-certo-diz-representante-da-onu/a-18091071

Sobre as cotas, realmente é uma ótima ideia. Até o herói-mor Joaquim Barbosa valeu-se desse estratagema para não pagar imposto sobre herança nos EUA sobre seu maravilhoso apartamento em Miami. Fonte: http://espaco-vital.jusbrasil.com.br/noticias/100616984/joaquim-barbosa-cria-empresa-para-comprar-imovel-em-miami

Ocorre que a exemplo da sociedade, a lei deve resguardar seu caráter evolutivo e nada impede que se instituam formas de evitar este "drible". O descasamento entre o valor das cotas e o faturamento / EBITDA das empresas é um dos pontos que mereceria mais detida atenção.

Vale lembrar também que movimentações suspeitas, mesmo que legais, constituem crime de sonegação caso reste comprovado que tiveram como objetivo minorar impostos.

Rafael disse...

Cão do Mato, duvido. Meu finado pai sempre me disse: Nem todos tem o que você e seus irmãos tiveram. Não desperdice. Meu pai não era babaca e tinha caráter.

Rafael disse...

Flávio, esse seu ponto é excelente. Uma aula de senso crítico. Só que para as pessoas compreenderem, precisam ir além das manchetes, enxergar através das notícias.

Com tanto analfabeto político aqui nos comentários e à nossa volta no dia-a-dia, começo a ver que essa habilidade está cada vez mais rara hoje em dia.

Anônimo disse...

Rafael: começando do fim.
Não podemos confundir sonegação/ evasão com elisão. A opção da holding familiar não constitui sonegação.
Sinceramente, acho complicado evitar o drible. Obrigar a atualização do valor das cotas iria gerar (ainda mais) custo com a burocracia tributária. Se tentassem cercar a holding, o que iria acontecer é a abertura de pequena empresas "quase de fachadas" (para os honestos. Os desonestos abririam de fachada mesmo), que receberiam o patrimônio da pessoa física a fim de evitar o imposto sobre herança ou grande fortunas. Tipo, uma confecção com dois empregados: o dono e o filho do dono. Para os mais "radicais", não nos esqueçamos que o Uruguai, fica aqui do lado: bastaria abrir uma empresa lá, e a empresa "estrangeira" comprar o patrimônio tributável existente aqui. Seria a mesmíssima holding, só que constituída no estrangeiro. Proibir isso seria inviabilizar o mercado financeiro no Brasil e centenas de investimentos estrangeiros diretos comuns (tipo, se não me engano, a Dufry, lojas de aeroportos, é uma holding com sede nas ilhas Caymann).

Enfim: o custo de conter essa elisão e obrigar o pgto do tributo sobre herança ou grandes fortunas, dificilmente compensa a cobrança. Sem falar que o País precisa incentivar a poupança interna, pois a taxa desta é ridícula e inferior aos investimentos, pressionando os juros.

Quanto ao Joaquim Barbosa: nos EUA "todo mundo" faz isso para pagar menos imposto, e é lícito. É a trust familiar.

Quanto à diminuição da desigualdade, não sou contra políticas distributivas como o Bolsa Família, desde que bem calibradas e fiscalizadas.

Observe que a desigualdade começou a cair após 98/99, com maior enfâse após 02/03.
Porém, um grande problema é sabermos se a PNAD reflete a desigualdade de renda real, pois ela se baseia, principalmente, na renda do trabalho, não conseguindo medir com eficiência outras formas de renda (investimentos, imóveis, etc), sendo que a representatividade da renda do trabalho vem declinando ao longo do tempo. Não nos esqueçamos que a migração trabalho rural - trabalho urbano também contribui fortemente.

(interessante notar que no período do "milagre", salvo engano, o câmbio era bem depreciado, a correção monetária incipiente, o tamanho das famílias pobres bem maior, a boa escolaridade "mais concentrada" nas classes dominantes, e a política econômica na linha desenvolvimentista/ nacionalista (aliás, nisso os milicos são iguais aos esquerdistas), tudo ajudando à concentração de renda.

Mas mesmo partindo do pressuposto que a PNAD reflete bem a realidade, parece-me que influiu bastante na diminuição da desigualdade a inflação controlada e a valorização cambial, sem se esquecer do aumento real do salário mínimo, que "puxou" os gastos com a assistência social. Mas nisso chegamos no limite (ou quase). Daí o Levy.

Contudo, ao contrário do que você disse, observe que tivemos um crescimento do PIB, para padrões brasileiros "recentes" (pós 1980), bem bonzinho, mostrando uma correlação positiva com a diminuição da desigualdade. Reforçando a tese que precisamos crescer. E não é com mais Estado que cresceremos. É com menos!

Anônimo disse...

Só complementando: é com menos Estado, mas com mais qualidade nos gastos públicos que poderemos crescer e diminuir as desigualdades sociais.

Para mim, creches públicas e ensino fundamental gratuito, em tempo integral, e de qualidade, deveria ser prioridade #1. A verdadeira "Pátria Educadora". Juntamente com saúde básica e assistência à gestante.

É isso, ao meu ver, que permite, a longo prazo, diminuir em muito a desigualdade social. Mas para isso, precisa se priorizar o gasto público (ex: diminuir enormemente o "bolsa empresário"), controlar sua eficiência (ex: nada adianta dobrar o salário dos professores se eles são, na maioria, fracos/ despreparados) e crescermos.

Precisamos de $. Dinheiro vem com crescimento e não com tributação. Estado não produz riqueza. Gasta (e mal) e distribui de forma ineficiente, conforme comprovamos na prática brasileira.

Do contrário, ficaremos muito tempo como estamos:

Anônimo disse...

Rafael, você está chamando os outros de analfabetos políticos do alto de seus previlégios, isso não é legal. Talvez muitas pessoas aqui não tiveram o suporte que você teve para adquirir conhecimento, então apenas aceite e cale a boca.

Anônimo disse...

Tá certo... n culpam ninguém individualmente, só todo mundo q vota.... É.....
Porque os mais pobres nunca votam.

Mais do mesmo, dá - lhe vitimismo.

Anônimo disse...

Joseph K

É sério, tive paciência de ler tudo até agora e não sei como o rafael aguenta discutir com argumentos tão rasos. Que sangue!

Cão do Mato disse...

Rafael, não se trata de "ter o que muitos não tiveram", mas sim a mania de desvalorizar o esforço de nossos pais. Tentam nivelar por baixo o filho de gente honesta com o filho do bandido.

Anônimo disse...

Tá com moderação?

Rafael disse...

A melhor forma de valorizar o esforço de meus pais é ir bem mais longe do que eles foram.

Isso não me impede de ter consciência de que isso não é o padrão e que muitos outros precisam de ajuda.

Rafael disse...

Anon 1:03, gostei dos seus argumentos, mas dizer que estabilidade econômica diminui desigualdade não encontra respaldo no último século. Nossa desigualdade cresceu de forma constante e consistente ao longo desses anos. Seja atravessando turbulências, seja durante períodos de mais pujança. Veja que durante o milagre econômico, o PIB cresceu a uma taxa média de 10% durante 6 anos. Um valor bastante respeitável só comparável com o recente ciclo da China.

E mesmo assim não distribuímos renda. O próprio Delfim Netto vinha a público dizer que era preciso "aumentar o bolo antes de repartir".

Se fôssemos uma Somália, eu concordaria. Precisa gerar riqueza antes de distribuir. Mas o que dizer quando temos o pior índice GINI dentre as grandes economias? O que dizer quando Botswana e Guatemala tem sociedades menos desiguais? Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_igualdade_de_riqueza

Rafael disse...

Anon 1:55, quem pode ir à caixa de comentários desfilar preconceitos e apoiá-los em informações inverídicas, pode muito bem ir ao Google e encontrar a verdade. Nesse caso, chamar de analfabeto político não é ofensa, é constatação.

Não podemos nos calar perante inverdades e injustiças, como os que dizem que nossa carga tributária é alta para todos (que é inverdade) ou mesmo aberrações que já vi e contestei fora daqui, do tipo:

- "Ah, o SUS é uma merda, mas nos EUA a saúde pública é de ponta."
- "Você viu que o Jean Wyllys criou um projeto de lei para legalizar a pedofilia?"
- "Você sabia que o filho do Lula é dono da friboi?"
- "São Paulo ficou sem água porque não choveu."
- "As faculdades federais eram ótimas na época do FHC. Os professores inclusive ganhavam mais que hoje."

Coisa simples, que 2 segundos de google resolvem. E que os analfabetos insistem em compartilhar sem checar antes.

Isso entre tantas outras.

donadio disse...

"Exato, abaixo o mérito, sentem-se em um cantinho e esperem o grande estado dar tudo....opa, pera..."

Olha, você está em um navio, o navio afunda a dois quilômetros da costa... quem se salva? Os melhores nadadores, certo? Mérito deles, não é?

Mas o problema não é esse, é o naufrágio. Os reaças acham o naufrágio maravilhoso, por que dá aos melhores a oportunidade de serem melhores (e livra o mundo dos "piores", isto é, aqueles que não sabem nadar ou não têm energia para nadar dois quilômetros).

Mérito, mérito, mérito, todo mundo têm. A questão é saber por que é que um exerce o seu mérito a partir de uma situação de relativo conforto (sim, passar em concurso para AGU ou diplomata ainda é difícil, mesmo se você estudou no Sion e sempre teve empregada doméstica para te poupar de arrumar a cama) e outros têm de exercer o seu mérito a partir de uma situação de absoluto desprivilégio (e, vamos e venhamos, dependendo de onde você vem, e da cor da sua pele, simplesmente ter um emprego de gari e se manter honesto e livre de encontros desagradáveis com a polícia demanda mais mérito do que ser juiz ou professor da Sorbonne para outros cuja vida sempre foi mais fácil). Enfim, por que é que o navio de alguns afunda na praia, e o de outros afunda no meio do mar? E por que é que o prêmio para quem se salva nadando desde o meio do mar não é maior do que o de quem se salva nadando vinte metros?

Rafael disse...

Donadio, essa foi a melhor definição de meritocracia que eu já vi. Vou passar a usá-la. Muito boa.

Anônimo disse...

Eu nasci numa favela. Meus pais eram analfabetos, muito pobres mas trabalhadores. Estudei em escola publica, num CIEP. Alguns parentes ( tios e primos) e alguns colegas de infancia se envolveram com o mundo do crime. Mas nem por isso deixei me levar por más companhias. Estudei, fiz faculdade publica. Passei numa epoca q nao existiam cotas. Hj sou funcionaria publica de um tribunal. Passei tb numa epoca sem cotas. Nao moro mais em favela. Tenho um bom apto e ajudo meus pais. Td isso gracas a meritocracia.

Alessandro Bruno disse...

O problema dessa comparação do Donadio é que os nadadores não estão competindo entre si. Se todos se salvarem ninguém sai prejudicado. O que não é a situação de um concurso público ou vestibular, nesse caso só há uma vaga quem merece ficar com ela? O concurseiro que passou 3 anos sem vida social estudando dia e noite ou outra pessoa que não teve o mesmo cuidado porque não tinha ninguém na família pra incentivar ele a estudar?

Anônimo disse...

Discussão excelente, mas ao mesmo tempo intimidadora porque dá pra perceber o conhecimento da galera aqui. Rafael, meus parabéns pelos argumentos, não só porque concordo com vc, mas por usar teu conhecimento pra ajudar a desconstruir essa maldita meritocracia. Quando fiz faculdade, as pessoas diziam que bolsista tinha mais é que perder a bolsa caso ficasse de dependência, e eu, muito alienada, concordava. Talvez o que eu acabei de dizer não tenha muito a ver, mas mostra como o pobre é constantemente lembrado de que ele tem sempre que lutar mais que os outros, e o pior, que isso é uma coisa boa, dignificante.
E outra, parem de citar pobres que ficaram ricos como exemplo. São tão poucos que a gente sabe até os nomes. Pra cada um pobre que "chega lá", dez ricos chegam com metade do esforço, não precisa estudar a questão minuciosamente pra perceber isso.

Dan

Rafael disse...


Donadio e meu xará são de uma clareza excepcionais, mas ainda assim, praticamente desenhando, tem gente que não vai ver o óbvio.

Katia Silva disse...

As pessoas esquecem que o brasileiro reclama de corrupção mas ele é corrupto,eu mesma conheço gente que nem FILHO PEQUENO tem e recebe bolsa família,os petistas pagam 20.0000 de salário para um cara que imita a Dilma,pagam vários sites esquerdistas como Brasil de fato etc pra continuar a propaganda esquerdista e o trabalhador só se f**** na empresa privada pra financiar os 39 ministérios de Dilma .
Por isso que todo mundo que conheço é concurseiro.

Cão do Mato disse...

Se esforçar para que os nossos filhos possam exercer a sua meritocracia a partir de uma "zona de conforto" para quê, né? Sempre vai ter alguém para nivelá-los ao nível do filho do bandido.

Rafael disse...

Sinto te informar Taty, mas o governo do PT não é de esquerda.

André disse...

Taty,

Cargos públicos remuneram decentemente, tem menos terrorismo contra o trabalhador, discriminam menos quanto ao gênero ou cor de pele, e é por isso também que atraem muitos concurseiros.

Cão do Mato disse...

Ninguém nasce rico ou pobre por acaso. Tudo tem uma razão de ser. A desigualdade é inerente à condição humana. Mesmo os países que são exemplos de igualdade de oportunidades, só o conseguem ser porque a desigualdade não existe apenas em nível local(países) mas em nível global. Afinal, quem você acha que mantém o padrão de vida dos países mais ricos do mundo?

Rafael disse...

Cão do Mato, eu acho (só acho) que o colonialismo ficou algumas boas décadas para trás.

Ou a Suécia / Noruega possuem colônias de exploração na África que desconhecemos? Não me consta que países escandinavos por exemplo sejam exploradores imperialistas que bancam seu bem-estar às custas de outrem...

Alessandro Bruno disse...

Rafael, já que você apareceu, poderia fazer o favor de responder à minha pergunta questionando a definição de meritocracia do Donadio: " Em situação de um concurso público ou vestibular, nesse caso só há uma vaga quem merece ficar com ela? O concurseiro que passou 3 anos sem vida social estudando dia e noite ou outra pessoa que não teve o mesmo cuidado porque não tinha ninguém na família pra incentivar ele a estudar? "

Unknown disse...

Para a Dan e os que aqui ficam atirando pedras na meritocracia, eu lembro que e muito fácil ser contra meritocracia enquanto ninguém (que não fez nem metade do que você precisou fazer) tomou de você algo que você teve lutar para conseguir, ai depois disso acontecer eu quero ver essa pessoa falar mal meritocracia.

Rafael disse...

Alessandro, um concurso serve para filtrar os mais qualificados. Isso é inegável. Logicamente aquele que tirar a maior nota deve ser aprovado.

Você está questionando o sintoma. Dizer que que as pessoas chegam em desigualdade de condições é óbvio. Você está chovendo no molhado.

Mas e a causa? Ninguém vai se preocupar com os motivos que levam a corrida a ser desigual? Ninguém vai refletir sobre o que disse o Donadio: "Enfim, por que é que o navio de alguns afunda na praia, e o de outros afunda no meio do mar?"

A grande e cristalina verdade é que todos mecanismos de "filtragem" sociais, raciais ou de gênero (sejam quais forem) encontram eco e aceitação em uma parcela significativa da sociedade.

Quem nunca ouviu dizer que mulher ganha menos porque a licença-maternidade é um "Prejuízo" para o empregador?

Rafael disse...

Jonas, ok, vamos conversar sobre "tomar" coisas.

Quem teve mais coisas "tomadas"? Nós ou um cara que deu o azar de nascer negro e pobre num vilarejo no interior do Acre?

Cão do Mato disse...

O colonialismo ficou para trás, sem dúvida... Assim como ninguém mais cogita um golpe militar no Brasil... E nem por isso a direita reaça desapareceu, né amiguinho? Mudaram apenas os métodos (já ouviu falar em empresas multinacionais, transnacionais?). E muito me admira você, que tanto critica aqueles que se valem de exceções para usar como exemplo, citar logo dois países que são exceção (pero no mucho) no quesito "dominação"... Citar Alemanha, França, Inglaterra ninguém quer, né?

Alessandro Bruno disse...

Então Rafael, o problema é que a sociedade é desigual, não adianta reclamar e nem se fazer de coitado. Por que os japoneses que chegaram ao Brasil, como refugiados no início do século XX, se tornaram os melhores e mais bem pagos engenheiros, empresários, investidores etc? Houve alguma política de inclusão dos japoneses nas faculdades e no mercado de trabalho? Ou foi por que a cultura deles é de não se conformar e se esforçar ao máximo? Por que a cultura no Brasil não pode ser voltada ao trabalho, ao esforço pessoal e não ao assistencialismo? É pedir demais dos pobres que, por estar em situação mais precária, que se esforcem e busquem um futuro melhor aos seus filhos? Se minha família, e muitas outras, conseguem isso porque não incentivar que as outras também busquem soluções aos seus problemas?

Anônimo disse...

Que tanto pobre é esse que ficou rico no Brasil? Nem pessoas de classe m´dia eu vejo enriquecendo tanto assim todo dia, quanto mais pobre, ainda mais se for negro e que nasceu lá nos sertões da vida onde a maioria esqueceu. Sem falar que tem casos de pobres que ficaram ricos quando encontraram uma maneira de explorar outros pobres tbm na medida em que foram melhorando de classe social.

Rafael disse...

Cão do Mato, a exploração entre países mudou completamente de sentido nas últimas décadas e não é mais como era antes. Se quiser, a discussão pode ir para esse caminho, mas não estas relações não se baseiam no maniqueísmo que você está pintando.

Você já esteve nesses países? Você sabia que a mobilidade migratória a partir de ex-colônias segue regras diferenciadas?

Já parou para ver quantos indianos estão na Inglaterra? Ou quantos argelinos estão na França?

Hoje existe muito mais entreguismo por parte dos países pobres do que exploração forçada por parte dos ricos. O imenso lobby para que nosso modelo de partilha do pré-sal seja revisto é uma evidência clara do que digo.

Anônimo disse...

O negro pobre da periferia tem que ter assegurada a chace de construir a vida dele, e isto se dá através da educação e universalização de oportunidade. O que ele NÃO TEM DIREITO, e de expropriar nada de ninguém.
O que socialistas utopicos unicornianos não entendem (E não entendem mesmo, não adianta dialogar com eles, estão estagnados não evoluem) E que não existe distribuição de renda que ´de resultados, você apenas nivela a todos na pobreza e na mediocridade , o que existe e GERAÇÃO DE RENDA, vejam os chamados tigres asiáticos, agora comparem com os países historicamente socialistas, e mais recentemente com a Venezuela, e verão de que lado esta a razão.

Anônimo disse...

Esse cara quer comparar a imigração japonesa/européia com os africanos que chegaram acorrentados? Poxa! E olha a conversa dele, "a sociedade é desigual, então se vc nasceu pobre e negro trabalhe o dobro sofrendo o dobro sem reclamar e sem questionar essa injustiça, que vc chega lá".

Anônimo disse...

Rafael todas as suas teorias foram refutadas por Mises, em economia ninguém mais leva nada disto que você citou a sério apenas em cursos de humanas, e eu gostaria ver você me provar que um sociologo ou estudante de filosofia entende mais de economia do que um economista?
passar bem.

Anônimo disse...

Esses países desenvolvidos que são exceção aos que foram colonialistas são ainda mais desenvolvidos que os países que colonizaram e exploraram os outros.

Anônimo disse...

LOgica esquerdista:
"Conservadorismo esta preso ao passado"
"Cotas são justas por causa de dividas históricas"

o.O

Cão do Mato disse...

Ha, tá... entendi! Agora não é mais exploração, é entreguismo...Tá certo...

Anônimo disse...

Quatro nomes para vocês refletirem>
Australia, Canadá,França e Inglaterra.

Refutados, game over.

Anônimo disse...

Quem se entrega se deixa ser explorado, na maioria das vezes isso faz sentido.

Anônimo disse...

"Conservadorismo esta preso ao passado". Oh, queria o que?
"Cotas são justas por causa de dividas históricas". E não é criatura?

Rafael disse...

Tava demorando para alguém citar Mises. Depois dos reaças conservadores agora discutiremos com reaças libertários.

Anônimo disse...

Ainda assim acho que os países escandinavos conseguem ser ainda mais desenvolvidos que Austrália, Canada, França e Inglaterra.

Cão do Mato disse...

Os imigrantes japoneses e europeus podem não ter sido escravizados no sentido literal da palavra, mas a vida deles também não era essa beleza que tentam fazer a gente acreditar. A impressão que se tem é que os imigrantes foram recebidos de braços abertos, o que é a mais absoluta mentira. Eram praticamente escravizados nas fazendas de café a tal ponto que houve uma época em que a Itália proibiu seus cidadãos de imigrarem para o Brasil. Por que vocês acham que as colônias alemã e japonesa são tão fechadas? Auto proteção contra exploração (e ainda são tachados de racistas...).

Cão do Mato disse...

Trocentos países detonados na África (sem falar na Índia, Palestina, China)... E o cara vem com dois exemplos que são exceção...Tá certo então: Joaquim Barbosa é exemplo que cotas não são necessárias! Que tal? Rsrsrs...

Anônimo disse...

"mas a vida deles também não era essa beleza que tentam fazer a gente acreditar". Nunca vi ninguém falar que a vida deles aqui no Brasil era uma beleza quando chegaram, nunca vi ninguém fazendo alguém acreditar num absurdo que seria dizer isso.
"A impressão que se tem é que os imigrantes foram recebidos de braços abertos, o que é a mais absoluta mentira". Quem teve essa impressão ridícula? Nunca vi ninguém que teve essa impressão tão mentirosa de que esse povo foi recebido como reis no Brasil. Isso é tão óbvio que vc mesmo mesmo nem precisa reafirmar que seria realmente uma grande mentira.

Eram "PRATICAMENTE" escravizados nas fazendas de café a tal ponto que houve uma época em que a Itália proibiu seus cidadãos de imigrarem para o Brasil. Por que vocês acham que as colônias alemã e japonesa são tão fechadas? Auto proteção contra exploração (e ainda são tachados de racistas...).

Olha só a diferença entre uma pessoa ser apenas praticamente escravizada com ser totalmente escravizada de verdade e ainda essa escravidão ser uma lei. Olha só a diferença entre uma imigração de um povo que simplesmente migrou por opção, com um povo que foi sequestrado e acorrentado para vir a força a um país. Depois esse cara quer que essas situações sejam consideradas parecidas? Ainda mais que esses imigrantes europeus não sofriam nem a metade da discriminação racial que aqueles que vieram sequestrados e acorrentados ainda sofriam contando com seus descendentes atualmente.

Várias colônias fechadas tem gente racista sim e isso não é segredo para ninguém porque alguns deles admitem isso abertamente apesar de serem latino-americanos. Mas é muita cara de pau essas comparações ridículas.

Anônimo disse...

E essas exceções são justamente mais desenvolvidas que aqueles que detonaram a África e outros.

Anônimo disse...

A India tem a desigualdade por questão cultural, e uma das maiores economias do planeta, e que forma maism estres e doutores no mundo hoje, ao contrario do Brasil, que só forma "filososfo, geografo e etc, nunca ganhou um Nobel, e nunca vai ganhar, porque demoniza a inovação

A China deve muito do seu atraso social a Mao Tsé Tung, e sua loucura comunista assassina (60 milhões de mortes) Assim que houve a reforma em 1979, a pís pode se dizer que avançou economicamente através do capitalismo de estado, mas não socialmente, a herança comunalha ainda preserva centenas de milhares de "escravos estatais" no interior do país" e quanto a colonização inglesa, visite Hong kong, e veja com seus próprios olhos.

E não existe palestina, nunca existiu antes da criação do Estado de israel Palestina, ou e egipcio ou jordaniano, mas palestino não, herança do terrivel imperio Turco otomano. vai estudar cara.

Anônimo disse...

Como vcs conseguem ter tanta paciência com esse cão do mato e o alessandro? Eles sempre repetem as mesmas besteiras.

Cão do Mato disse...

Se você nunca ouviu ninguém falar, problema seu...A imagem disseminada é essa, quer você queira ou não. E desigualdade sempre vai existir. Tentar desqualificar o sofrimento de uns porque o de outros foi "maior" é muita desonestidade intelectual...

Alessandro Bruno disse...

Quem foi escravo, quem foi "quase" escravo, isso é passado! Até porque nem todos pobres ou que recebem bolsa família/cotas são negros - existem as cotas sociais também pra aluno de escola pública! O ponto é que algumas famílias conseguem sair da pobreza e ser classe média/rico e até milionário com o seu trabalho e isso é o que tem que ser exaltado, alguém leu o livro "A Revolta do Atlas" que eu mencionei em outro comentário ontem?

Se você valoriza o trabalho, incentiva a pessoa sair da pobreza por si mesmo e não precisar dos outros pra ter dignidade. Se você dá algo de graça, a pessoa vai ficar acomodada e não vai buscar mudanças. Não adianta tentar mudar o passado, o que adianta é garantir o futuro.

Cão do Mato disse...

É, tem razão... A região da Palestina nunca foi ocupada pelos ingleses...Também não tinha gente morando lá porque não havia sido criado "oficialmente". A Inglaterra não dominou a Índia nem a China...

Anônimo disse...

"A imagem disseminada é essa, quer você queira ou não." Nossa coistado, imaguem criado só se for por gente igual a ele.

"E desigualdade sempre vai existir, a então que se foda todo mundo". Alessandro tem um clone, só pode.

"Tentar desqualificar o sofrimento de uns porque o de outros foi "maior" é muita desonestidade intelectual..." Quem aqui tentou desqualificar sofrimento de alguém seu troll sem vergonha, sem caráter e ignorante? Onde vc viu no meu comentário que os europeus tinham uma vida maravilhosa aqui no Brasil seu mau caráter mentiroso? O que vc seu troll mau caráter quer é que as situações de desigualdades sejam vistas de forma igual sendo que as situações que os africanos enfrentaram sempre foram bem piores que os asiáticos e europeus. Um mau caráter quer que situações que nunca foram iguais serem tratadas de forma igual. Depois vem falar em desonestidade? Mas é muito mau caráter mesmo.

Anônimo disse...

O cão do mato e o alessandro bruno parecem um eco um do outro.

Anônimo disse...

"Algumas famílias conseguem sair da pobreza... e ser até milionário com o seu trabalho" O governo do pt está tão bom assim é?

Anônimo disse...

Venezuela igualitária socialista hoje.
Inflação de 138%
PIB negativo de -7
La tem taxação de grandes fortuna, fim do direito de herança, regulação da mídia, estatização dos meios de produção, cotas pra tudo.
Viva o socialismo

Alessandro Bruno disse...

Esse pessoal que gosta de ranquear opressão, achar que negro é mais discrimanado porque foi escravizado ou qualquer coisa do gênero, me lembra de um post antigo da Lola, que ela chegava à seguinte conclusão: " Portanto, é inútil embarcar nessa Olimpíada da Opressão em que se tenta ranquear quem sofre mais. Todos sofrem, inclusive aqueles que discriminam. A sociedade sofre. Preconceito faz mal pra todo mundo."

Anônimo disse...

A esquerda continua acreditando que dinheiro dá em árvore ou cai do céu, mas só até chegar no poder e aí descobrem que não podem fazer dinheiro. Não se distribui riqueza sem antes prodduzi-la, e não se produz riqueza sem se obter lucro, o resto é pura demagogia ideologica.

André disse...

Eu penso que devemos sim incentivar o esforço pessoal e recompensá-lo. Mas é ingenuidade pensar que a sociedade não impõe condições desiguais para as pessoas.

Rafael disse...

Parece que todo mundo sabe a cor de seu gato favorito, a discussão fica em torno como ele caça o rato.

Há um fato, estatístico que não pode ser ignorado e toda pesquisa séria aponta isso, somos um país terrivelmente desigual, alias nem precisa de pesquisa, uma olhada na rua basta. E ai vem gente aqui dizendo que desigualdade é bom, é natural, até a natureza é desigual. Ok. Ok. que riqueza se cria e não se distribui, ok, ok.Mas a concentração de riqueza é um fato, ou acham natural que 1% da população está com a maior parte da riqueza?Não é, é fruto de uma história de 600 anos de patrimonialismo, de sermos uma terra de fidalgos, que lançou parte de sua população produtiva na pobreza após a abolição, que acabou com sua educação pública,que prioriza o capital especulativo e que replica esse estado de coisas ad eternum. As vezes, a histeria anti- comunista beira ao ridículo, parece para alguns que a desigualdade é fruto de anos e anos de politicas socialistas. Sinto informá-los, mas é justamente o contrário.

Anônimo disse...

Capitalismo não concentra renda, estatismo sim concentra renda nas mãos do estado.

Num sistema de livre mercado a habilidade financeira, talento, dedicação ao trabalho e que determinam o sucesso financeiro.
Contudo tal sucesso so e possível quando o ofertante e capaz de oferecer produtos e serviços que satisfaçam seus consumidores.
Os individuos mantem sua riqueza e capital apenas quando conseguem atender as necessidades dos consumidores, somente mantem suas riquezas artificialmente quando há intervenção pesada do estado impedindo a justa competição e criando carteis detentores do capital estatal, videm o capitalismo de estado chinês e suas estatais que não respeitam propriedade intelectual, e os senhores feudais do turismo cubano, todos proximos aos castro e ao partido comunista cubano.

Katia Silva disse...

Eles eram acorrentados,escravizados e vendidos pelos seus próprios conterrâneos da mesma raça,origem e cor de pele.
A escravidão era praticada antigamente e muitos "brancos" também já foram escravizados.

Anônimo disse...

Erroneamente ( ou por mau caratismo ideologico mesmo) se definem todos os africanos como uma unica raça, existem centenas de etnias africanas, e por la o racismo entre eles e pesado. Africanos exterminam uns aos outros ate hoje, basta ver a guerra civil somaliana, o massacre da minoria Tutsi em Ruanda, e o exterminio de minorias no Sudão.
Africanos são culturalmente racistas e escravagistas.

André disse...

Anônimo 13:39,

Foi o mercado ou o governo que desmembrou a Standard Oil e a AT&T?

André disse...

Taty,

Existem mulheres machistas. Então o machismo é correto? Não deve ser combatido?

Anônimo disse...

Exatamente,Taty.

E vamos deixar o momento atual como está?Os que estão aqui,no presente,pagarem pelo erro dos seus ancestrais?Eles que se virem como os trabalhadores brancos?
Negro ser confundido com bandido e nao com pessoas instruidas?Why?Vamos partilhar,amor.
Nem todos nascem com a sorte de ter um psicologico forte,minha linda,ser um afortunado negro nas circunstancias da vida.
Logo note um desafortunado e de psicologico fraco negro com o branco.
E bjus no coraçao.

Rafael disse...

Depois implicam quando eu chamo de analfabeto político. Vocês vem falar em Mises, em livre mercado, chegam à pachorra de falar "o capitalismo não concentra renda".

Falam de capitais, investimento e livre mercado.

Só esquecem que esse mesmo "livre mercado", na crise de 2007, jogou o mundo na merda por causa da ganância e da irresponsabilidade. Logo ele, o "livre mercado".

Qual deveria ser o resultado? Cada um com seus problemas, quando deu lucro, era privado, era "livre mercado", não é mesmo? Fez merda, deixa quebrar.

Mas não. O gigantesco prejuízo privado foi estatizado às custas de um programa de "socorro" chamado Quantitative Easing (google it) que custou ao contribuinte americano quase 2 TRLHÕES de dólares.

Nessa hora, em que o estado se meteu na economia, ninguém ousou bradar que era socialismo ou comunismo.

O livre capitalismos é lindo, até chegar a conta. Quando ela chega, lembram-se do Estado rapidinho e pedem pelo amor de Deus para que intercedam na economia. Foi assim no Brasil com o PROER.

Quando o dinheiro público entra no bolso do pobre, é assistencialismo, é compra de votos.

Quando o dinheiro público entra no caixa da empresa, é "fomento à economia".

É patético como alguns aqui demonizam o primeiro.

Rafael disse...

Pela lógica da Taty, ser abusado por um igual alivia a barra do abusador final.

Em muitos campos de concentração da segunda guerra, judeus na função de Sonderkommando oprimiam seus iguais.

Seguindo a mesma lógica argumentativa, os nazistas não tiveram culpa.

Flavio Moreira disse...

Obrigado, Rafael, por "desenhar" para as pessoas que acham que o Capitalismo não concentra renda. O debate tava bom e mesmo pontos de vista discordantes estavam surgindo de maneira bastante construtiva, até que começaram a pipocar os comentários sem argumentos só afirmando coisas como "aceita que dói menos" e chutando o defunto do comunismo e outros que tais.
Cansativo...

lola aronovich disse...

Um cara realmente escreveu as palavras "Capitalismo não concentra renda" ou eu tive um pesadelo?
Obrigada, Donadio e Rafaeis, pelos comentários lúcidos. Vou transformar alguns em post.

Unknown disse...

Rafael

"Mas não. O gigantesco prejuízo privado foi estatizado às custas de um programa de "socorro" chamado Quantitative Easing (google it) que custou ao contribuinte americano quase 2 TRLHÕES de dólares."

Eu sei bem do que você esta falando, acontece e que as empresas que foram salvas com aquele empréstimo do governo americano, não são quais quer empresas, são simbólicas para os EUA, além disso o que elas receberam foram empréstimos (para ser pago depois) e não doação de dinheiro publico, portando o contribuinte norte americano não perdeu um centavo sequer.

Eu particularmente não acho certo usar dinheiro publico para salvar empresas privadas, mas nem todo mundo pensa assim.

Rafael disse...

Jonas, apaga que ficou feio. O QE não foi o socorro às montadoras.

O QE foi dinheiro impresso ou criado de forma eletrônica para recompra de títulos públicos no mercado. A partir da compra, virou dinheiro de verdade, correndo pela economia através da liquidez maior dos bancos. O QE serviu única e exclusivamente para injetar liquidez e salvar bancos (alguns de varejo, outros de investimento) e evitar o que os economistas chamam de "risco sistêmico".

André disse...

Até mesmo os liberais missiânicos acreditam num estado que defina regras para a sociedade. E, assim como as demais ideologias acham, eles se acham no direito de definir quais são essas regras.

Unknown disse...

Rafael

apaga que ficou feio. eu que digo.

O que governo americano fez foi empréstimos sim, e eu não estou me referindo apenas as montadoras, mas também a instituições financeiras.


Rafael disse...

Da primeira vez você escreveu GM, Ford e Crysler.

Anônimo disse...

" O QE serviu única e exclusivamente para injetar liquidez e salvar bancos (alguns de varejo, outros de investimento) e evitar o que os economistas chamam de "risco sistêmico"."

Ou seja, mais uma evidência que o "livre mercado" não se sustenta sozinho. E que quando a coisa aperta vão correndo pedir ajuda pro papai estado.

Katia Silva disse...

Só sei que eu não consigo mais usar o uber,porque o bendito Estado quer me deixar nas mãos desses taxistas careiros e exploradores.

André disse...

Taty,

E qual a relação do Uber com os africanos que escravizam africanos?

Rafael disse...

Essa Taty... Os taxistas careiros pagam licenças altissimas para o Estado, nada mais justo que esse mesmo Estado haja em nome deles.

Em tempo o xará lembrou do Quantitative Easing, me fez lembrar do Proer.

Anônimo disse...

Capitalismo não concentra renda capitalismo gera renda, muitas vezes de forma desigual sim, mas sem fluxo de renda ele não se sustenta, porque precisa de um mercado consumidor para se sustentar
O que concentra renda e o estatismo
Isto e o básico do básico em economia

Anônimo disse...

E quando o dinheiro público entra no bolso de empreiteiros em cartéis com o estado e o que?
Mas daí vcs vão ter a solução não?! Estatizar empreiteiras e torna-las inchadas máquinas de mordomias estatal, inchada e ineficiente.

Rafael disse...

Anon 17:16, os EUA são capitalistas e tem uma economia muito livre.

Apresentam a maior concentração de renda e patrimônio do planeta (não confundir com desigualdade). Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/concentracao-de-renda-nos-eua-bate-recorde

Sua desigualdade social atingiu o maior patamar em mais de 100 anos. Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/desigualdade-nos-eua-atinge-maior-nivel-em-um-seculo-12452072

Malditos americanos comunistas!

Paulo Cunha disse...

Rafael, sua paciência é impressionante!

Resolvi googlar sobre o Gini americano. Batata, sabia que o Reagan era um vermelho estadista a serviço da URSS. Veja que concentração de renda gerou o reaganomics dele e o recrudescimento da estatização da China:

"The turning point for both countries [EUA e China], launching them into ever rising inequality, took place at almost the same time: late 1970s and early 1980s. With the election of Ronald Reagan to the U.S. presidency and the policies of high real interest rates and lower taxes on “unearned” (capital) income, income inequality in the United States jumped and then kept on rising throughout the 1980s and the 1990s, before eventually plateauing at a very high level in the naughts. The overall outcome was that, measured by the Gini coefficient, U.S. inequality went from around 35 to 45 Gini points—that is, from a mid-range OECD inequality level to an OECD outlier surpassed only by Mexico and Turkey.

China, under Deng Xiaoping, introduced private ownership of land in 1978, and thus began its 35-year period of unprecedentedly high economic growth and rising inequality. During that same period, Chinese inequality increased at a tempo outpacing even that of the United States: inequality in China rose from a level lower than in the United States to a level equal or slightly exceeding that in the United States today."

Branko Milanovic (ex-economista-chefe do Banco Mundial), em artigo no Havard Business Review. Bom artigo alias. Aproveitem que o HBR está aberto até fim de agosto.

Alessandro Bruno disse...

Eu não entendo de economia global e nem conheço como o capitalismo funciona nos EUA e China. O que eu sei é que existe desigualdade em qualquer país, algumas pessoas tem mais privilégios que outras no melhor governo do melhor Estado.

Chame de destino, sina, sorte, vontade de Deus - não importa, o fato é que algumas pessoas vão nascer com mais problemas que outras! Essas pessoas precisam se dedicar mais, tem que aprender o que é resiliência e como se tornar resiliente.

Por isso sou a favor de políticas públicas que gerem oportunidades, capital para ajudar pessoas empreendedoras a montar seus negócios, bolsas para os melhores alunos das escolas públicas fazerem faculdade, cursos pré vestibulares e pré concursos para jovens carentes etc. Por que o Estado não pode ajudar as pessoas a melhorar de vida através do seu esforço, ao invés de criar dependentes de ajuda externa?

André disse...

Alessandro,

Mas quase todas as políticas sociais exigem alguma contrapartida ou esforço pessoal.

Alessandro Bruno disse...

André,

QUASE mas não todas, o Bolsa Família mesmo é um programa de transferência de renda, exige no máximo a matrícula de crianças na escola mas se o moleque só for matriculado e não estudar o mínimo a família recebe do mesmo jeito.

O Farmácia popular dá remédios de GRAÇA pra quem tem diabetes e pressão alta, quem tem as outras doenças que se vire

Minha casa, minha vida só exige baixa renda.

E teve ter outros que eu não conheço.

Anônimo disse...

A solução para a desigualdade eu não sei mas certamente não é o Comunismo onde todos ficam na merda em igualdade, mas nem mesmo no Comunismo a igualdade é total pois líderes ditadores "democratas" que se perpetuam no poder por anos são ricos as custas não de trabalho mas da escravidão e trabalho de um povo inteiro.
E vai dar um pio ou achar ruim pra ver o que te acontece.
O Comunismo fica para o povo igualando todos na pobreza enquanto o Capitalismo fica para os "líderes" sustentados pelo povo, essa é a "igualdade desigual" do Comunismo.

Capitalismo pode não ser perfeito mas Comunismo muito menos, se fosse algo bom pessoas não arriscariam a sua própria vida tentando fugir dele, até mesmo porque sair por livre espontânea vontade em alguns lugares é proibido, tem que fugir mesmo como em Cuba, onde nem mesmo o direito básico de ir e vir a pessoa tem.

Melhor ser um pobre no Capitalismo com direito de ir e vir, estudar, batalhar, tentar melhorar de vida, mudar de trabalho, País ou seja ser Livre do que viver preso na igualdade miserável do Comunismo sem perspectiva alguma de vida e ainda ter que aguentar "líderes revolucionários" ricos, cínicos, dignos do inferno discursando a igualdade, sendo eles próprios os maiores perpetuadores da desigualdade (lideres x povo) ou da igualdade de miséria para o todos.


Capitalismo= distribuição desigual de riquezas.

Comunismo= distribuição igual de miséria exceto claro para "líderes" que detém o poder e os seus(concentração de riquezas).

Melhor viver na desigualdade e pobreza do Capitalismo do que viver na igualdade de miséria do Comunismo, ou acha que cubanos se lançam no mar para ficarem ricos e milionários nos EUA? Eles vao cobiçando a base da pirâmide a pobreza a desigualdade no Capitalismo que é muito mas digna que a igualdade de miséria no Comunismo.

Anônimo disse...

"Por isso sou a favor de políticas públicas que gerem oportunidades, capital para ajudar pessoas empreendedoras a montar seus negócios, bolsas para os melhores alunos das escolas públicas fazerem faculdade, cursos pré vestibulares e pré concursos para jovens carentes etc. Por que o Estado não pode ajudar as pessoas a melhorar de vida através do seu esforço, ao invés de criar dependentes de ajuda externa?"

So queria deixar um novo site aqui,o dialoga brasil do governo federal

André disse...

Alessandro,

O BF exige matrícula e vacinação em dia. O desempenho não dá para cobrar dos pais, muitas vezes analfabetos.

O FP é para facilitar o acesso a remédios de uso amplo que evitam enormes gastos futuros. Para os demais remédios tem desde os genéricos até os postos de saúde.

O MCMV é um subsídio, exige a contrapartida do beneficiado.

Apenas benefícios para idosos e deficientes não exigem contrapartida.

Rafael disse...

Alessandro, temos uma constituição garantidora, que ao contrário da americana, determina que o Estado deve prover saúde, educação e moradia. Ao que me recordo, em 88 o PT não estava no executivo Federal.

A Carta Magna passou a ser mais respeitada nesse ponto justamente em um governo de esquerda? Puxa, que bom, né?

Discorda? Simples: Faça campanha para mudar a constituição ou mude de país.

Ah, e antes que eu me esqueça: Não precisa ser rico para ter acesso às nossas leis. Basta ir em http://www4.planalto.gov.br/legislacao Nossa constituição é o primeiro link. Facinho, facinho.

donadio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
donadio disse...

"O problema dessa comparação do Donadio é que os nadadores não estão competindo entre si. Se todos se salvarem ninguém sai prejudicado. O que não é a situação de um concurso público ou vestibular, nesse caso só há uma vaga quem merece ficar com ela? O concurseiro que passou 3 anos sem vida social estudando dia e noite ou outra pessoa que não teve o mesmo cuidado porque não tinha ninguém na família pra incentivar ele a estudar?"

Olha, analogias são como liguinhas de borracha. Se esticar demais, arrebentam.

Agora, quando eu passei em um concurso público, eu não passei três anos da minha vida social, estudando dia e noite. Para falar a verdade, não gastei um único dia ou noite da minha vida estudando. E passei mesmo assim. É mérito meu? Tenho mais mérito do que o infeliz que passou três anos queimando as pestanas em cima dos livros, mas nas provas teve uma nota menor do que eu?

Mérito de qualquer forma não é sacrifício, ou não é apenas sacrifício. E não dá para justificar a nossa suposta "meritocracia" com o argumento de que quem passa nos concursos é quem se sacrifica mais, numa espécie de imitatio christi enlouquecida. Por que não é verdade: para alguns, passar em concurso é relativamente fácil, mesmo sem estudar. Para outros, é quase impossível, mesmo estudando muito - chegando ao ponto em que não vale a pena, é melhor se contentar com um emprego menos qualificado, e começar a receber um salário logo, do que desperdiçar a juventude tentando e dependendo da família.

De novo: tem mais mérito o diplomata que passou num concurso, depois de uma infância tranquila, estudando em colégio particular e universidade pública, ou o gari que simplesmente não se tornou aviãozinho do tráfico, apesar de uma infância povoada de desastres? Por que é que o mérito do primeiro, cuja faculdade foi paga pelo segundo, é melhor remunerado?

Katia Silva disse...

Qual o preconceito contra os garis?Só porque o cara é gari você já deduz que ele é pobre,mora na favela,teve uma infância povoada de desastres!!! Kkkkk o pai Dinah chegou!!
Conheço pessoas que tiveram famílias com boa condição financeira e perderam tudo por causa de drogas,outras se endividaram por causa do jogo,enfim VC passou num concurso facilmente seu filho vai ser igual VC? E se algum dos seus filhos se tornar viciados?
VC é um parasita estatal quero ver VC se f***** na iniciativa privada e passar em concurso.
Cuidado hein,os Estados estão endividados,vide o RS que não tem dinheiro para pagar seus funcionários públicos.

Manoela disse...

"Em Santa Catarina, que é um dos melhores estados do Brasil, isso ainda existe!"
Provavelmente a autora não irá ler todos os comentários, mas se alguém se der conta do meu, poderá me responder.
Se fosse no Pará, Amazonas ou Maranhão seria normal existir?! Não entendo esse tipo de pensamento!
"Santa Catarina, um dos melhores Estados, é inaceitável. Mas se fosse em outro, ah, faz parte ne?".
Assim que surgem os comentários sobre separação dos Estados, que SP sustenta o Brasil, o Sul é superior... Muito triste isso.

Vicky_ disse...

Creio que ela tenha falado isso por conta do IDH e essa ideia de que o sul é "quase perfeito em qualidade".
O meu comentário trata-se de Amazonas-Pará e já vi muito disso, ainda estou em dúvida se foi preconceito involuntário ou se não é preconceito.

Alex Mamed disse...

A comparação de mérito entre o Diplomata e o Gari é de uma falsa equivalência sem paralelo, pois a remuneração não tá atrelada apenas ao significado de esforço em si, mas à capacidade do indivíduo em realizar determinadas tarefas que outros simplesmente não podem: o Diplomata pode executar o serviço do Gari. O inverso não. É tão simples que beira o absurdo. A culpa não é do Diplomata, mas da estrutura carcomida do país, que suga 40% da renda nacional, impedindo que se possa ter uma remuneração melhor para o Gari.

André disse...

Manoela,

Santa Catarina é relativamente pequeno, bastante urbanizado, conta com uma rede de transporte relativamente ampla e taxa de analfabetismo menor, então é natural que se estranhe uma pessoa adulta desse estado não ter RG.

donadio disse...

"Qual o preconceito contra os garis?Só porque o cara é gari você já deduz que ele é pobre,mora na favela,teve uma infância povoada de desastres!!! Kkkkk o pai Dinah chegou!!
Conheço pessoas que tiveram famílias com boa condição financeira e perderam tudo por causa de drogas,outras se endividaram por causa do jogo,enfim VC passou num concurso facilmente seu filho vai ser igual VC? E se algum dos seus filhos se tornar viciados?
VC é um parasita estatal quero ver VC se f***** na iniciativa privada e passar em concurso.
Cuidado hein,os Estados estão endividados,vide o RS que não tem dinheiro para pagar seus funcionários públicos.
"

Estes dias alguém reclamou que eu ando sem paciência para opiniões contrárias.

Deve ser por causa de comentários como o seu, que demonstram o analfabetismo funcional que grassa por aqui. Não lê, não entende, atribui o conteúdo que bem entende ao que não leu nem entendeu, e sai xingando.

O nome disso, filhota, é babaquice. Não tenho paciência com isso mesmo; no máximo posso sentir pena.

Não há nenhum preconceito contra garis. Nem mesmo a ideia de que garis necessariamente nascem na favela.

Há uma comparação entre o mérito de duas pessoas: a primeira teve um infância de classe média alta, e se tornou diplomata. A segunda teve uma infância miserável, e se tornou gari. Sustento que a segunda tem mais mérito que a primeira - para você ver como não há preconceito algum. E pergunto: por que diabos o mérito da primeira vale R$ 15.000 por mês, com direito a viagens ao exterior pagas pelo Estado, estabilidade no emprego, promoções sistemáticas, e o mérito da segunda vale R$ 800,00 por mês, com direito a ônibus lotado todo dia, desemprego à espreita, e discriminação sistemática?

"Conheço pessoas que tiveram famílias com boa condição financeira e perderam tudo por causa de drogas,outras se endividaram por causa do jogo,enfim VC passou num concurso facilmente seu filho vai ser igual VC? E se algum dos seus filhos se tornar viciados?"

Eu tenho um filho viciado em drogas. Então não venha me dar lições de moral a respeito do assunto, sua escrota.

"VC é um parasita estatal quero ver VC se f***** na iniciativa privada e passar em concurso."

Parasita é você, que desperdiça o tempo e o esforço de todos com sua conversa ridícula sobre meritocracia e impostos. Eu trabalho e mereço o meu salário. E você não merece sequer o respeito que os outros convencionalmente te dedicam.

"Cuidado hein,os Estados estão endividados,vide o RS que não tem dinheiro para pagar seus funcionários públicos."

Cuida da sua vida, imbecil, que da minha cuido eu.

donadio disse...

"o Diplomata pode executar o serviço do Gari

É, mas se você tiver de escolher entre viver numa sociedade sem diplomatas ou numa sociedade sem garis... qual você prefere?

Alessandro Bruno disse...

Vamos por partes:

André,

“O BF exige matrícula e vacinação em dia. O desempenho não dá para cobrar dos pais, muitas vezes analfabetos.

O FP é para facilitar o acesso a remédios de uso amplo que evitam enormes gastos futuros. Para os demais remédios tem desde os genéricos até os postos de saúde.

O MCMV é um subsídio, exige a contrapartida do beneficiado.”

Cobrar que os pais cumpram com sua obrigação é diferente que dar benefícios a quem realmente quer fazer a diferença, não acha? No meu governo ideal só receberia dinheiro do governo quem realmente ia usar essa verba pra aumentar sua renda, seja sendo um empreendedor, seja estudando ou investindo. Mais ou menos como funciona o FIES, que eu aplaudo.

Rafael,

“Discorda? Simples: Faça campanha para mudar a constituição ou mude de país.”

Me lembrou do slogan de uma campanha da Ditadura Militar: “Brasil, ame-o ou deixe-o,” a CF me dá a Liberdade de expressão de ser contra as políticas públicas e emitir minha opinião. Além do mais, ser garantidora é muito vago: eu não sou contra o SUS e nem as escolas públicas, por exemplo, e isso é a garantia do Direito Constitucional de Saúde e Educação. O que eu critico é a forma como a distribuição de renda tem sido feita, acho que seria mais justo que o Estado ajudasse a pessoa a se qualificar e aumentar sua renda, bolsa até poderia existir, mas tipo o FGTS por tempo limitado e com a contrapartida de ter que se qualificar ou encontrar uma fonte de renda, algo assim.

Donadio,

“Olha, analogias são como liguinhas de borracha. Se esticar demais, arrebentam.”

Mas eu não estiquei a sua, só mostrei o erro conceitual. Em um acidente todos podem se salvar, e é bom que isso aconteça, mas na batalha por oportunidades, as vagas são limitadas, quando mais cobiçado o cargo, mais ainda, então estão todos concorrendo.

“Agora, quando eu passei em um concurso público, eu não passei três anos da minha vida social, estudando dia e noite. Para falar a verdade, não gastei um único dia ou noite da minha vida estudando. E passei mesmo assim. É mérito meu?”

Se você não usou nenhum meio ilícito, é sim, parabéns! Mostra que sua Educação foi impecável e sua capacidade cognitiva e interpretativa é excelente, mérito de seus pais também.

“De novo: tem mais mérito o diplomata que passou num concurso, depois de uma infância tranquila, estudando em colégio particular e universidade pública, ou o gari que simplesmente não se tornou aviãozinho do tráfico, apesar de uma infância povoada de desastres? Por que é que o mérito do primeiro, cuja faculdade foi paga pelo segundo, é melhor remunerado? ”

Merito no sentido de merecer, talvez os dois tenham. Mas como não existe maneira de ranquear quem se esforça mais melhor que quantificar os resultados obtidos, não vejo uma maneira mais justa de se empregar pessoas no Estado que o Concurso Público. Eu também sou concursado, me formei no interior do Tocantins e vim a Palmas (Capital) pra fazer um concurso na Prefeitura. Passei e consegui uma vaga que, se dependesse de padrinho político ou conhecer diretor de escola não teria. Sou melhor pro cargo que os outros que não passaram? Talvez não, mas sou qualificado e demonstrei isso, o que não é garantia de quem entra por contrato porque é parente de algum vereador ou algo assim.

Anônimo disse...

Donadio:
"E pergunto: por que diabos o mérito da primeira vale R$ 15.000 por mês, com direito a viagens ao exterior pagas pelo Estado, estabilidade no emprego, promoções sistemáticas, e o mérito da segunda vale R$ 800,00 por mês, com direito a ônibus lotado todo dia, desemprego à espreita, e discriminação sistemática?"

Não podemos nos esquecer que as disparidades salariais são fortemente (ou quase totalmente) influenciadas pelos princípio econômicos. Escassez da mão de obra, produtividade e lucro são fatores preponderantes (no serviço público tal influência é bem mitigada, daí uma das razões da ineficiência desse
Há menos pessoas disponíveis para ser um bom diplomata do que para ser um bom gari.
Um acordo comercial ou educacional negociado por um diplomata, pode valer mais do que o trabalho da vida toda do gari. E por aí vai...

É claro que pode haver (e há) muitas distorções, bem como uma zona cinzenta: o que vale mais: um médico de família que atende centenas por mês, um cirurgião cardiovascular que salva "só" 20 vidas por mês ou um bombeiro que expõe a própria vida para salvar outras? Mas não há dúvidas, por exemplo, que o serviço de um Diretor do Banco Central, pós-graduado em economia, deve ser muito melhor remunerado do que o de um professor de matemática do ensino fundamental.
Jeca

donadio disse...

"Se você não usou nenhum meio ilícito, é sim, parabéns! Mostra que sua Educação foi impecável e sua capacidade cognitiva e interpretativa é excelente, mérito de seus pais também."

E mérito dos pais dos meus pais, e dos pais dos pais dos meus pais. Recuando bem no tempo, mérito de alguém que era amigo do rei, ou tinha escravos, ou passou a perna em outro alguém. Não sei, não me interesso por genealogia - pelo menos, não a minha. Considerando a região do país (noroeste do Rio Grande do Sul), alguém aí era escravocrata ou ladrão de gado, ou as duas coisas. Mérito deles.

"Mas como não existe maneira de ranquear quem se esforça mais melhor que quantificar os resultados obtidos, não vejo uma maneira mais justa de se empregar pessoas no Estado que o Concurso Público."

De pleno acordo. Não é perfeito, mas é a menos imperfeita de todas as alternativas. Particularmente, é melhor que o velho método do apadrinhamento político.

Mas isso é o Estado, o setor público, o serviço público, os servidores públicos - aqueles que a Taty chama de "parasitas". Na iniciativa privada não tem concurso público, e o dono do Grupo OK não demonstrou, em nenhum momento, qualquer qualificação para ser dono do Grupo OK.

"Em um acidente todos podem se salvar, e é bom que isso aconteça, mas na batalha por oportunidades, as vagas são limitadas, quando mais cobiçado o cargo, mais ainda, então estão todos concorrendo."

Pois é, a analogia é imperfeita. Mas por que as vagas são limitadas? E por que quem não consegue uma delas deve ser condenado a uma vida de infelicidade, pobreza ou ignorância?

Se não é possível que todos ocupem aquela vaga no serviço público ou na Universidade, não seria pelo menos possível que todos tivessem uma vida decente - mesmo que não tivessem capacidade de exercer um cargo público ou estudar em um curso superior? Não dá pra todos se salvarem, se o critério for esse?

André disse...

Alessandro,

Não dá para querer que a pessoa vire empreendedor com R$80,00/mês, isso corresponde a um McLanche Feliz por semana, é para ninguém morrer de fome mesmo. Além disso, o fato de manter as crianças vacinadas e na escola já é um investimento no futuro. É mais do que o FIES faz.

Alessandro Bruno disse...

Donadio,

"E mérito dos pais dos meus pais, e dos pais dos pais dos meus pais. Recuando bem no tempo, mérito de alguém que era amigo do rei, ou tinha escravos, ou passou a perna em outro alguém."

Não acredito que só os filhos de famílias ricas que se dá na meritocracia, um exemplo: conheci uma garota, filha de família de boa condição, que o pai pagou Us$ 8.000,00 (oito mil dólares!) pra ela fazer um programa de Intercâmbio e morar um ano nos EUA, pois a menina não ficou 2 meses e a "mãe" americana a expulsou de casa, argumentando que ela só queria passear e não ajudava nada em casa. Assim como ela, muitos filhos de família rica não consegue o sucesso esperado pela família porque não se esforça, o que não deve ter sido o seu caso.

André.

E quem disse que o empreendedor ia receber uma mesa do Estado, só ia ganhar uma ajuda inicial de acordo com o projeto proposto, e poderia ser até em forma de empréstimo com juros baixíssimo e um ano pra pagar, ou algo assim.

André disse...

Alessandro,

Isso já existe em diversas modalidades. O objetivo do BF é outro: garantir um futuro mínimo para as crianças mesmo que a cisterna seque ou as cabras morram ou ninguém mais compre pipoca.

Rafael disse...

Alessandro, já ouviu falar de cartão BNDES?

Anônimo disse...

Sobre os mimadinhos que vão fazer intercâmbio fora e são expulsos é verdade mesmo! Existem vários "depoimentos" de mimadinhos que acham que a casa dos outros é extensão da sua própria casa e que podem fazer o que querem. Então, como ninguém é obrigado a tolerar cria mal criada de terceiros, acontece isso mesmo: a família gringa manda os mimadinhos de voltada pra casa.
E eles postam vídeos no youtube cheios de mimimi.
Afffff
Ellen

Anônimo disse...

Lacrei.

donadio disse...

"Não acredito que só os filhos de famílias ricas que se dá na meritocracia,"

Nem é esse o argumento. O argumento é: filhos de famílias ricas obtém muito mais resultado por unidade de "mérito" do que filho de famílias pobres. Evidentemente que uma pessoa originária de família rica pode por tudo a perder, se não tiver nenhum mérito. E eu sei, há inúmeras anedotas individuais para demonstrar isso. Mas não é a questão.

Por outro lado, "meritocracia" não é um lugar, "no" qual se pode estar.

um exemplo: conheci uma garota, filha de família de boa condição, que o pai pagou Us$ 8.000,00 (oito mil dólares!) pra ela fazer um programa de Intercâmbio e morar um ano nos EUA, pois a menina não ficou 2 meses e a "mãe" americana a expulsou de casa, argumentando que ela só queria passear e não ajudava nada em casa.

E ela volta para casa, leva uma bronca, e ano que vem tenta de novo. Se fosse filha de família pobre, a esta altura estaria ferrada pelo resto da vida, por que não há segundas chances para quem precisa começar a se sustentar ainda criança.

"Assim como ela, muitos filhos de família rica não consegue o sucesso esperado pela família porque não se esforça, o que não deve ter sido o seu caso."

É difícil a gente julgar a si mesmo. Mas provavelmente com o grau de esforço que eu coloco nas coisas, eu não teria o salário que eu tenho hoje se fosse oriundo de família pobre. Ou eu teria tido que me esforçar muito mais para obter o padrão de vida que eu tenho agora.

Não tem jeito, amigo: nascer em berço esplêndido pode não resolver todos os problemas - mas é uma ENORME mão na roda, totalmente independente de mérito, e totalmente dependente da contribuição de outras pessoas.

Vicky_ disse...

Ou seja, Alessandro, pobre erra e perde a chance dos próximo anos, filho de rico erra e tem a mesada suspensa por um mês. Tá serto.
Muitos comentários dessa caixa estão literalmente dizendo "SIM, conseguir a minha jaqueta transada por um preço 30% mais barato é mais importante que a dignidade de um punhado de escravos daqueles casebres"

Nada diferente de "Sim, conseguir o melhor para mim (principalmente econômica e sexualmente) é mais importante que a dignidade das mulheres".

Por isso digo que Patriarcado e Capitalismo são casados.

Katia Silva disse...

Então vcs críticos do capitalismo o que sugerem,o comunismo chinês?onde a miséria é distribuída pra todos igualmente e só os próximos do PC tem riqueza,poder e dinheiro?
Sou mãe e estou procurando deixar o melhor para meus filhos,por causa disso eu serei taxada de fazer parte da elite capitalista opressora,se outra mãe gasta todo dinheiro com drogas,bebidas etc e não faz nada pelo filho eu não mereço levar a culpa.
Se na escola não tem aulas sobre educação financeira o povo com certeza a grande maioria vão ser analfabeto financeiro.

Alessandro Bruno disse...

Só mais algumas considerações:

Se já existe o financiamento pra empreendedor, muito bom, ponto pro governo Dilma. Uma de minhas sugestões é real, só que o problema continua, 90% das micro e pequenas empresas do Brasil fecham no primeiro ano - logo, o dinheiro gasto com assistencialismo seria melhor empregado se esse financiamento fosse melhor empregado e mais divulgado. Ajudando os empresários, eles crescem e contratam, logo vai haver emprego pros pobres que no lugar de receber esmola vão se sustentar. Qual o erro desse raciocínio? O governo Federal tem dinheiro, tem um órgão pra isso: o SEBRAE, e mesmo assim essa situação não muda. Logo o problema não é com a meritocracia, nem com a vontade dos brasileiros de serem empreendedores. O problema é a falta de vontade política, deve ser porque é mais fácil conquistar voto assim, dando bolsa família.

Outro ponto. Se não houver a meritocracia, todos os funcionários de uma empresa devem receber o mesmo salário, independente da produção. Nesse cenário, quem vai querer fazer hora extra? Quem vai querer cargo de chefia com o dobro da responsabilidade - e do trabalho, afinal tem que cuidar do trabalho da equipe inteira e não só do seu? Qual o incentivo pro empregado procurar produzir mais? Acredito que isso nivelaria a produção por baixo, todos perderiam.

E Vicky,

"SIM, conseguir a minha jaqueta transada por um preço 30% mais barato é mais importante que a dignidade de um punhado de escravos daqueles casebres"

De onde você tirou isso? Qual a relação entre valorizar o esforço individual e aceitar o trabalho escravo?

E Donadio,

Se você é um gênio que não precisa se esforçar pra conseguir as coisas, é um mérito subjetivo seu. A meritocracia é valorizar quem consegue produzir mais, não quem tem mais trabalho pra conseguir algo.

André disse...

Taty,

Dizer que "a meritocracia não resolve tudo porque não exite meritocracia quando as condições de partida são desiguais" não é a mesma coisa (e é ridículo ter que explicar isso) que implantar o comunismo.


Alessandro,

Não é só ponto pro governo Dilma, já que alguns estados e municípios tem programas semelhantes. Se 90% das micro empresas fecham então, segundo o seu raciocínio, apoiar micro empresa é ruim e antimeritocrático. Nem todo problema se resolve com "vontade política", isso é só um chavão, vontade política apenas permite que programas governamentais sejam implantados ou não, se vão funcionar é outra história. O Sebrae dá uma força mas não resolve todos os problemas, e nem todo mundo tem acesso ao Sebrae. A sua fixação com o BF é bem esquisita, veja os indicadores já publicados: o BF não cria vagabundos e não desincentiva as pessoas a tentarem melhorar, muito pelo contrário. Analise os resultados do programa e supere esse preconceito.

donadio disse...

"Sou mãe e estou procurando deixar o melhor para meus filhos,

Se você quer de fato deixar o melhor para os seus filhos, então comece por parar e pensar o que é o melhor para os seus filhos. Dica: um mundo cheio de ódio e preconceito não é o melhor para ninguém. E um mundo que é uma merda para os filhos dos outros não vai ser o melhor para os seus filhos também.

"por causa disso eu serei taxada de fazer parte da elite capitalista opressora,"

Moça, não se iluda.

Você não é parte da elite capitalista opressora. Você talvez queira fazer parte dela, e você talvez tome essa elite capitalista opressora como role model para si mesma, mas você está a anos luz de ser parte da elite capitalista opressora. Ao contrário, com toda a certeza você faz parte da imensa maioria oprimida e explorada, e trabalha, como a grande maioria de todos nós, para enriquecer os que não trabalham.

"se outra mãe gasta todo dinheiro com drogas,bebidas etc e não faz nada pelo filho eu não mereço levar a culpa."

E por que você levaria a culpa? Aliás, quem disse que é uma questão de culpa? A gente tá num tribunal? Tão te acusando de alguma coisa? Ou você acha que pagar impostos é um castigo?

Não é. É o preço que todos temos que pagar para viver num mundo minimamente civilizado, com professores públicos, hospitais, polícia e corpo de bombeiros. Acredite, você não quer viver num mundo sem impostos, por que nele a maioria das coisas que você pensa que dá em árvore vai desaparecer: luz elétrica, internet, telefone, rua asfaltada, iluminação pública, etc.

"Se na escola não tem aulas sobre educação financeira o povo com certeza a grande maioria vão ser analfabeto financeiro.

Isso aí ficou meio perdido no seu texto. Você concorda comigo que para ter educação financeira na escola, é preciso, antes de mais nada, ter escola? Com tudo que escola implica, professores, biblioteca, material escolar?

donadio disse...

"Então vcs críticos do capitalismo o que sugerem,o comunismo chinês?onde a miséria é distribuída pra todos igualmente e só os próximos do PC tem riqueza,poder e dinheiro?"

Isso, moça, se chama falácia do terceiro excluído. É tipo, "se você acha que eu não deveria torcer para o Flamengo, então você está me dizendo para torcer pelo Madureira". Como se não houvesse outros times de futebol no mundo além do Flamengo e do Madureira.

Parte do "mérito" necessário para passar em concurso público é raciocínio lógico. Se você acha que tudo que não é cor-de-laranja é necessariamente verde-musgo, então seu mérito já começa prejudicado. Aí a meritocracia se vira contra você, e, acredite, ela pode ser implacável.

Há alguns outros absurdos na sua colocação.

A China tem sido, nas últimas décadas, o país cuja economia cresce com maior rapidez, no mundo todo. Então, do ponto-de-vista estritamente capitalista, a China não é exatamente um fracasso. Talvez o "comunismo chinês" não seja uma ideia tão ruim, para quem defende o capitalismo.

Por outro lado, só mesmo o Partido Comunista Chinês - e talvez nem ele - ainda acredita que o sistema econômico vigente na China é o socialismo. Faz muito tempo que o PCC tem criteriosamente implantado todo tipo de medida para possibilitar o desenvolvimento do capitalismo na China - inclusive criando bolsa de valores.

Algumas pessoas aqui sugerem, por exemplo, "melhorar o capitalismo" ou estabelecer limites para que as tendências mais destrutivas do capitalismo prevaleçam. Eu, pessoalmente, não acredito nisso, acho que é como enxugar gelo - você se cansa e se molha, e o gelo não seca. Mas implica algum grau de crítica ao capitalismo, sem significar qualquer tipo de apoio ao "comunismo chinês".

A vida é cheia de nuances, e querer reduzi-la ao preto-e-branco - se você não concorda em pagar salários de fome a quem não tem instrução você é a favor comunismo chinês, se você não bebe deve ser evangélico pentecostal, se não usa gravata deve ser viado, se é a favor da legalização do aborto é por que quer matar criancinhas - não vai fazer você se dar bem, nem vai ser divertido.

Luise Mior disse...

Porra,Donadio,esse foi o melhor comentário que você já fez. Tens Twitter ou Facebook?Gostaria de segui-lo. Abraços.