sexta-feira, 28 de agosto de 2015

CINCO VEZES LUANA: DOCUMENTÁRIO SOBRE RAPPER FEMINISTA, NEGRA E LÉSBICA

Amanhã é o dia da Visibilidade Lésbica, uma data necessária pra mostrar o óbvio que muita gente ignora: que lésbicas existem e devem ser respeitadas. 
Para comemorar o dia, eu ia falar de algo trágico como estupro corretivo. Este mês, uma repórter me procurou para saber se eu tinha conhecimento de casos em que mulheres lésbicas ou pessoas trans são violentadas para serem "corrigidas". Eu respondi que não. Trocamos vários emails, ela descobriu casos que acontecem até em saídas de baladas, e fez uma ótima reportagem
Um hospital em SP atende cerca de uma vítima de estupro corretivo por mês. Como estupro é o crime mais sub-notificado que tem, deve haver no mínimo outros dez, que não são nem denunciados.
Na mesma semana, vários veículos noticiaram que estupros corretivos são uma prática recorrente no Peru. Um estudo feito em Lima apontou que, de cada dez lésbicas, 4,3 já sofreram algum tipo de violência em família. 
Horrível e comum. Mas eu queria publicar um texto mais "pra cima" pra falar da visibilidade lésbica, e fiquei muito feliz ao descobrir Luana Hansen, rapper incrível que fará show amanhã no Largo do Arouche (SP). 
O texto abaixo foi escrito por Larissa Teixeira, estudante de jornalismo da USP e uma das autoras deste documentário fenomenal sobre Luana.
Foi no dia 8 de março de 2014, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a primeira vez que ouvi o nome Luana Hansen. 
Nesta tarde, eu e algumas amigas da faculdade decidimos participar de uma passeata pelos direitos das mulheres que percorreu as ruas do centro de São Paulo, organizada pela Marcha Mundial das Mulheres. Pintamos o rosto e descemos com a multidão pela Rua Augusta até a Praça Roosevelt, entoando gritos e palavras de força contra a violência e o assédio diário que sofremos.
A jovem MC Soffia
Ao final da caminhada, paramos em frente a um trio elétrico, onde haveria discursos de coletivos e partidos políticos. Além disso, algumas cantoras feministas iriam se apresentar, entre elas MC Soffia, Sharylaine e a MC Luana Hansen. 
Sharylaine
Eu nunca tinha ouvido nenhuma música delas, e fiquei para saber do que se tratava. Recebemos papéis com a letra da música "Ventre Livre de Fato", canção que fala sobre a hipocrisia de uma sociedade que não aceita o aborto. Cantamos alguns versos junto com a Luana:
“Um direito que em vários países já é estabelecido
No Brasil, quase sempre, passa despercebido
Hipocrisia, pra desconhecido é punição
Mas se for da família, é só tratar com discrição
Morre negra, morre jovem, morre gente da favela
Morre o povo que é carente e que não passa na novela”.
Saí da marcha feliz por saber que não estava sozinha. Centenas de mulheres caminharam juntas para exigir algo que não deveria ser necessário: os mesmo direitos que já são garantidos para os homens. As letras das músicas ficaram na minha cabeça por muito tempo.
Algumas semanas depois, na aula de documentário da Escola de Comunicações e Artes da USP, onde curso jornalismo, recebemos a tarefa de produzir um filme durante o semestre. Poderíamos escolher qualquer tema, e nossas discussões nos trouxeram algumas opções: artistas feministas, coletivos artísticos formados por mulheres, mulheres e quadrinhos, entre outros. 
Para clarear as ideias, eu e as outras meninas do grupo fomos até o Festival Autônomo Feminista, que ocorreu em São Paulo no final de março. Lá, assisti novamente ao show da Luana e ouvi os versos de "Flor de Mulher": "Sim eu sou mulher, estou pronta pra lutar. Sim eu sou mulher, vou sempre avançar. Sim eu sou mulher, ninguém vai me parar. Ninguém vai me parar”. No mesmo dia, eu e minha colega, Ana Carolina, conversamos com Luana e perguntamos se poderíamos marcar uma entrevista. Ela topou na hora.
No dia marcado, nos encontramos na Praça Roosevelt. Mas por que esse lugar? 
Luana nos contou que nasceu ali, no centro de São Paulo, antes de se mudar para a periferia e passar por outras cidades. A praça era um lugar de encontro, e também um ponto que frequentava para vender e consumir drogas. Foi um período difícil na vida dela antes de se encontrar na música. Resolvermos não dar destaque para isso na entrevista, valorizando outros aspectos que consideramos mais importantes: uma mulher negra, lésbica e da periferia que vive como rapper independente. 
ATAL posa com Caetano em 2010
Ela nos contou que, há 14 anos, no começo da carreira, fazia parte de um grupo de mulheres chamado ATAL. “Só que o grupo era sexista. Eram três negras sempre muito bonitas, sempre muito preocupadas com a estética. Eu tinha que ser uma barbie negra”, lembra. Além disso, ela tinha que lidar com o preconceito na própria banda por ser lésbica. Ao sofrer tanta discriminação nos shows e nos estúdios de gravação, ela se descobriu também feminista.
Foi uma virada na carreira. Hoje, Luana compõe e produz suas músicas em um estúdio caseiro, com a ajuda do irmão, de amigos e da namorada. Fala sobre violência contra a mulher, legalização do aborto, homofobia, racismo, preconceito, desigualdade social e legalização das drogas. Luta pelos direitos das mulheres e é presença confirmada em quase todos os eventos culturais, artísticos e políticos que falam sobre gênero e feminismo.
A conversa foi tão intensa e reveladora que, ao final, não havia mais nenhuma dúvida: faríamos um documentário sobre ela. O próximo passo foi conhecer a intimidade da sua casa, em Pirituba, na periferia de São Paulo.
Do lado de lá
Era um dia nublado e chuvoso quando chegamos à estação de trem Piqueri, na zona noroeste da capital paulista. Em Pirituba, como a Luana nos contou, a linha de trem separa o bairro em duas zonas: o lado mais “rico”, onde se encontram prédios, condomínios e até faculdades, e o lado “abandonado”, nas palavras dela, onde fica a favela. Luana mora na parte menos estruturada, em uma casa alugada perto de uma biqueira de drogas.
Lu com Mario e MC Bibol cantam
"Samba Brasil"
Ela nos buscou na estação e caminhamos juntas até o local. Após subirmos uma longa escada, ela abriu a porta da sua vida e da sua intimidade para cinco estudantes que nem sequer conhecia. Eu e a Ana, paulistanas, e outras três intercambistas que vieram estudar um período na USP: a Laura e a Inma, da Espanha, e a Helene, da França. Após uma breve apresentação do espaço, caímos diretamente no coração da casa: o estúdio. Discos, discos e mais discos chamaram a nossa atenção: havia de tudo, desde Jorge Ben Jor até grandes compositores de música clássica. 
O toca-discos é a maior relíquia da Luana, comprado com o dinheiro que veio do trabalho. Hoje, ela consegue manter a casa e as despesas apenas com a sua música. Passamos a tarde conversando, ouvindo música e aprendendo como as faixas do álbum foram produzidas de maneira independente.
Na cabine de gravação, ela cantou a música “Les Queens”, hino contra a lesbofobia. Na laje da casa, um dos lugares onde ela passa o tempo com os amigos ou sozinha, nos mostrou a divisão do bairro e falou sobre a relação com a família. 
A mãe, que no começo demorou a aceitar a orientação sexual de Luana, hoje é uma grande amiga e parceira. Nordestina e descendente de alemães, Sonia Hansen veio de Recife para São Paulo buscar uma vida melhor. Teve seis filhos, três não registrados pelo pai, e vive hoje na “melhor parte” de Pirituba, como costumam dizer por lá.
Luana fez questão de nos levar até a casa da mãe, em um condomínio fechado do outro lado da linha de trem. Dona Sônia é engraçadíssima, e fala com bom humor da infância tranquila e da adolescência conturbada da filha, quando assumiu que era lésbica. Branca, loira e de olhos claros, ela contou que já chegaram a duvidar que a Luana era realmente sua filha.
Policial com arma em punho na
casa de Luana: "normal"
Outro ponto alto -– ou chocante, se preferir -– do documentário aconteceu inesperadamente. Duas das meninas estavam com fome, e Luana resolveu levá-las até um mercado próximo para comprar alguma coisa. Nesse meio tempo, um policial apareceu na porta da casa e nos perguntou se havia entrado “alguém estranho” ali. 
Ana respondeu que não, enquanto ele apontava a arma para dentro do muro buscando algum suspeito. Por sorte, ou azar, ela estava filmando bem na hora. Quando Luana voltou, explicou que alguns meninos passaram por elas fugindo da polícia, enquanto as viaturas os buscavam. Segundo ela, essa invasão da intimidade de sua casa pela polícia é “rotina, nada que não aconteça todo dia”.
O resultado do nosso mergulho no mundo da Luana é esse
Obrigada a Drika Ferreira, companheira e backing vocal da Luana que nos ajudou tanto na produção do documentário. E um grande obrigada às minhas colegas da universidade que produziram o documentário comigo: Ana Carolina Marques, Gabriela Stocco, Inma Benedito, Laura Jotace e Helene Baras. 
Agradeço também a Lola por ceder o espaço para compartilhar esse processo tão enriquecedor. 
Por fim, obrigada a Luana por abrir as portas da sua casa e fazer com que nos sentíssemos acolhidas.
Espero que gostem e compartilhem! 

59 comentários:

Anônimo disse...

Desabafo :/
Otima oportunidade também para pedir que parem continuam achando que lésbica tem que ficar fazendo "cura hetero", que tem que ficar com vocês para ver se vocês "gostam de mulher mesmo". Sim, existe heterossexualidade compulsória, existe mulher presa a relacionamento com homem, mas isso é diferente de usar lésbicas e depois sair por aí falando "hahaha preciso ser curada, preciso de cura hetero hahaha". Vocês estão se aproveitando de mulheres, estão brincando com uma mulher. Isso não tem mais graça, já que tem muitas usam isso como desculpa para usar lésbica e depois nos descartar, como se fôssemos lixos.
Isso é tão lesbofóbico, isso é tão objetificador. Usar mulheres pra depois descartá-las. Não somos brinquedinhos e não somos nenhuma "cura hetero".
E também que Não tem como nós oprimirmos bissexuais. Não querer ficar com bissexual não é opressão, é proteção, afinal, bissexuais, em sua maioria, sempre preferem namorar homens a mulheres. Ou seja, USAM lésbicas como diversão. Nós não oprimimos vocês, não temos esse poder.
Se você é bi, não apague a vivência de uma lésbica. Só quem é lésbica sabe o quanto bis gostam de ficar conosco só para mostrar pra macho, curtir com a nossa cara, afinal, não temos sentimentos, não é mesmo? Tá doendo ler que vocês são assim? Se não fosse verdade, talvez não estivesse incomodando tanto vocês.
Ah, e se você não faz isso, entendam que vocês não são a regra e pronto, não vistam a carapuça.
Absurdo é ter que ouvir que bifobia existe e que não ficar com bi é ser bifóbica, absurdo é ter que conviver com bi fingindo ser lésbica e usando mulher, absurdo é ser obrigada a ver tudo isso todos os dias.

Anônimo disse...

Eu vi a reportagem, o fato de um transsexual que foi estuprado e não abortou deve ser um tapa na cara dessas feministas que defendem o aborto! Imagino elas falando que é difícil pra uma mulher cis que não quer ter o filho ficar grávida por 40 semanas, a dele deve ter sido mil vezes pior, mesmo assim, aposto que se perguntarem ele iria falar que não foi um erro ter tido sua filha. Lição de humanismo que as defensoras do aborto deveriam ouvir.

Anônimo disse...

É comum as pessoas acharem que lésbica e gay são "tudo igual" pelo fato de gostarem do mesmo sexo. Esse discurso tão comum esconde as especificidades do ser mulher lésbica e contribui para a nossa invisibilidade e silenciamento.

Para começar, ainda que no dicionário a palavra "gay" signifique homem ou mulher homossexual, socialmente é necessário entender a diferença que existe entre ser gay e ser lésbica e a importância de fazer essa distinção.

E aí precisamos entender o papel da mulher na sociedade patriarcal: que é o de ser submissa aos homens, estar sempre à disposição dos mesmos, bloquear seus desejos e vontade em prol do prazer masculino, se casar com homem, ter filhos, cuidar do lar.

É radicalmente negado à mulher a possibilidade de se relacionar com mulher, tanto que as que ousaram e romperam com essa lógica patriarcal de relacionamento foram queimadas na fogueira ou foram mortas nos campos de concentração nazistas.

Nossa história é de dor e resistência. É de diariamente enfrentar o machismo e a lesbofobia, e no caso das lésbicas negras ainda há o racismo que acaba nos invisibilizando dentro próprio meio lésbico. A pauta da lesbianidade é sempre secundarizada (ou tratada de forma geral sem levar em consideração nossas especificidades), seja no meio feminista, seja no LGBT. Quando buscamos reivindicar nossa voz somos acusadas de querer fragmentar o movimento.

Outra fala muito comum é de que lésbicas são mais aceitas que gays. Isso não é verdade. Lésbicas são vistas como algo "sexy" (caso as duas estejam dentro do padrão de beleza, senão correm sério risco de serem fisicamente agredidas) para homens heterossexuais. São vistas como objetos para o prazer masculino. É recorrente a situação de homens heterossexuais ao ver duas mulheres juntas ter a pachorra de pedir para elas se beijarem - como se nossa sexualidade existisse para fonte de excitação masculina. Portanto, somos nojentamente fetichizadas, e isso está longe de ser aceitação.

Lésbicas também estão expostas a sofrer estupro corretivo, fruto da lógica lesbofóbica de que mulher que fica com mulher é porque nunca experimentou "homem de verdade".

As situações expostas acima são apenas algumas do cotidiano lésbico do qual os gays não vivenciam, e por isso a necessidade em entender que o gostar do mesmo sexo não torna lésbicas e gays iguais.

http://www.festivalmarginal.com.br/porai/homossexualidade-feminina-x-homossexualidade-masculina/

Anônimo disse...

Libertador, eu acredito que o lesbianismo social e o futuro do empoderamento feminino social.
Cada dia mais, vejo meninas se descobrindo lésbicas,e quesejam bem acolhidas e protegidas entre nós.A heteronormatividade foi uma das maiores invenções do patriarcado para nos manter sob controle.
Li.

Anônimo disse...

Solidão da mulher negra e lésbica!

Algumas coisas que vou dizer aqui são polêmicas, são dificeis de dizer, mas acontecem, o movimento negro é extremamente heterocentrado, o homem negro é cultuado dentro do movimento, vide a visibilidade da história de Zumbi e o anonimato de Dandara. O feminismo negro tambem é heterocentrado, quando se fala da solidão da mulher negra quase sempre se fala da mulher negra hetero, quando se fala de relacionamentos afrocentrados, quase sempre se refere a relacionamentos heteros, isso me deixa mal, me afasta, pois enquanto preta e lesbica percebo que aquele discurso nao me inclui. Não trata das minhas especificidades. A negra lesbica é invisivel pra todos, inclusive pra sua familia, a primeira coisa que minha mãe disse quando descobriu minha sexualidade foi:
"você já corre muito risco por ser negra, nao precisa ser lesbica".
Em espaços afrocentrados nunca fui encorajada a ter orgulho da minha lesbianidade (Penso que justamente por ser um espaço heterocentrado) me dói muito perceber o quanto é dificil ter representatividade dentro desses espaços e se lésbicas são tratadas como predadoras e negras como animais, uma lésbicas negra é uma besta pronta para devorar sua presa a qualquer momento. A insegurança permeia nossas relações, temos medo de sermos descartadas o tempo todo, temos medo de que nosso amor não seja levado a sério. Temos medo de que nossas parceiras não vejam na gente alguém com quem compartilhar seus medos, alguém com quem elas podem planejar e construir coisas e não temos muitos espaços para conversarmos entre nós e compartilharmos nossas vivências, ser lésbica e preta é quase sempre, estar sozinha.

Anônimo disse...

Por que a mãe da Luana, que é branca e hétero, mora na parte "mais rica" do bairro e ela mora na favela, a parte "abandonada"?

Anônimo disse...

Muito obrigada por mostrarem a história da Luana. Sou mulher cis hétero e embora eu realmente não entenda o que pessoas como ela passam, é sempre bom poder olhar as coisas pelo ponto de vista dessas pessoas que sofrem tantos absurdos que eu nunca verei jogadas na minha direção. Obrigada por mais essa visita à vida de alguém tão dfierente de mim e mais parecida comigo do que qualquer um poderia imaginar. Tudo de bom pra Luana, pras documentaristas e pras outras mulheres incríveis mencionadas no post.

Anon nojento das 11:54 foi ESCOLHA desse homem trans manter a gravidez, ouviu? ESCOLHA. Essa palavrinha que vocês machistas assassinos odeiam e querem a todo custo tirar da vida das mulheres. Bom, pode pegar seu machismo e enfiá-lo em todos os orifícios do seu corpo, porque nenhuma MULHER vai abrir mão do direito de ESCOLHA apenas porque vocês machistas são um bando de cagão que querem transformar mulheres em bonequinhas infláveis vivas pra não ter que tratá-las como seres humanos.

Anônimo disse...

"Deve ser lindo ser lésbica, queria tanto"

"Queria tanto ser lésbica pra não precisar mais aguentar macho"

"Deve ser tão lindo amar outra mulher"

NÃO, APENAS PAREM DE DIZER ISSO!

Não tem nada de lindo em ter medo de demonstrar afeto por sua namorada na rua!
Não tem nada de lindo em ouvir que você "está querendo virar homem"!
Não tem nada de lindo em você estar na rua e olharem pra você como se você fosse "anormal"!
Não tem nada de lindo em ter medo de se assumir para o mundo (principalmente sua família) que você ama mulheres e somente mulheres!
Não tem nada de lindo em você ser expulsa de casa porque ama de "forma diferente"!
Não tem nada de lindo em você ser apagada em toda parte da sua vida com frases como: "Você já namorou homem e agora tá querendo me dizer que é lésbica?", "isso é só uma fase daqui a pouco passa", "você já transou com homem pra saber?", "isso é porque você ainda não achou o ~~cara certo~~", "tá legal ser lésbica, mas porque se vestir que nem homem? Desnecessário isso", e mais infinitas frases que nos apagam.
Não tem nada de lindo em ouvir que sua forma de amar é "errada"!
Não tem nada de lindo ter medo a todo momento de sofrer um estupro corretivo "para aprender a gostar de pênis" não tem nada de lindo na nossa vivência! Na vivência lésbica tem nada de purpurina!
Não somos gays somos LÉSBICAS não sofremos homofobia e sim LESBOFOBIA!
Não somos válvula de escape para a sua carência ou porque "nenhum homem presta".
Não precisamos que vocês relevem nada por sermos lésbicas.
Na hora de falar que ama as irmãs tão aí, mas "Deus me livre ser confundida com sapatão só porque sou feminista" ou "olha, não é toda feminista que é lésbica, não".

SÓ PAREM!

A lesbofobia de vocês dá para sentir de longe! Continuamos existindo e cada vez com mais voz e cada vez mais alto! Não somos a diversidade somos a resistência!

http://www.festivalmarginal.com.br/inspiracao/deve-ser-lindo-ser-lesbica-queria-tanto/

Anônimo disse...

"Queria tanto ser lésbica pra não precisar mais aguentar macho"
_
Ta bem paro, mas que seria ótimo seria, rsrsrs.
E horrivel sentir atração pelo agente que nos oprime, um processo de desconstrução diário extremamente estafante se policiar neste sentido.

lola aronovich disse...

Anon das 11:54, pois é, foi "um tapa na cara dessas feministas que defendem o aborto" alguém engravidar e não abortar! Incrível isso, porque nós feministas saímos por aí exigindo que mulheres grávidas abortem, e ai daquelas que seguem com a gestação! É assim mesmo que funciona, champs! E um homem trans ser estuprado, engravidar e ter o bebê é algo que faz feministas terem convulsões mesmo! Como pode alguém que engravidou com um estupro não abortar?!
Vc tá muito confuso ou confusa. O que feministas defendem é ESCOLHA. Escolha de poder abortar se quiser, de poder ter o filho se quiser. Não temos essa escolha hoje. Até em casos de gravidez decorrente de estupro -- um dos 3 casos no Brasil em que aborto é permitido --, é dificílimo conseguir realizar um aborto. A maior parte das meninas com menos de 14 anos que engravidam (quase sempre por estupro, na maior parte das vezes por pai ou padrasto) não conseguem abortar. Isso porque o aborto seria teoricamente permitido pra elas -- afinal, é um risco grande engravidar e parir quando o corpo ainda está em formação, e porque elas foram estupradas. Mesmo tendo direito a um aborto legal, mesmo querendo um aborto, elas não conseguem. Isso sim é um tapa na cara. Não só na cara de nós feministas, mas de todo mundo!

lola aronovich disse...

Anon das 12:20, pelo jeito a mãe da Luana tem mais condições financeiras para pagar por um apartamento ou casa boa em Pirituba que a Luana. Ou talvez Luana tenha mais afinidades morando onde mora.



Anon das 12:17, muito forte o seu relato. Obrigada. É pra se pensar. Não creio que lesbofobia exista apenas na comunidade negra, mas em todo lugar. Por outro lado, vc sabe melhor do que ninguém sobre o que vc passa e sente.

Anônimo disse...

12:36

Não tem como mudar sua orientação sexual, pare, sério. Você vai se anular e vai sofrer por isso, eu falo por experiência própria, tentei me tornar Assexual, mas não dá, é impossível sair na rua e simplesmente deixar de ser hétero, não se interessar pela pessoa do sexo oposto que é definitivamente atraente e está te atraindo, o melhor é tentar se relacionar com pessoas mais parecidas com sua forma de pensar e não tentar mudar sua orientação, isso simplesmente não existe por mais que você force.

Anônimo disse...

12:56 estude sobre o conceito de construções sociais, e verá que tem toda uma superestrutura que no leva a acreditar que certas coisas são inerentes a nós, quando não são.
pergunto; se gênero como conhecemos e uma clara construção social, porque sexualidade exercida não?

Anônimo disse...

Anon das 13:01 você conseguiria fazer isso? Quer dizer, deixar de gostar do sexo que você gosta e só transar com gente do sexo pelo qual você não sente atração? Você consegue? Teste essa sua teoria primeiro sobre você mesmx então venha contar pra gente os resultados. Antes que venha com seu mimimi, eu sou hétero e nunca tive nenhuma vontade de "experimentar" sexo com outras mulheres nem fui treinada pra gostar de homens.

Anônimo disse...

Pergunta para a anônima das 12:36, porque você tentou se tornar assexual?

Anônimo disse...

Se os gêneros como conhecemos são claramente construções social, o padrão homem/mulher, então o que nos leva a sentir atração sexual por determinado gênero não pode ser também uma construção? Ou a genitália define algo?
Um homens trans, que nasceu com vagina mas se identifica como gênero masculino, se tiver relação com uma mulher cis, este relacionamento e hétero ou homossexual? E porque diferenciam uma pessoa como lésbica ou homem trans somente pela construção de estilo? (cabelo curto, roupas masculinas, trejeitos) Este estilo dito como masculino também não e uma construção social?
Uma mulher cis que se relaciona com um homens trans e considerada hétero pela ideologia de gênero, concordo plenamente. mas será que ela gosta de homens e não de pênis?

Um a mulher trans lésbica, em relacionamento com outra mulher cis, esta mulher em muitos casos e considerada hétero por se relacionar com alguém que possui um pênis, porque se a outra se considera mulher?

Lux Noahide disse...

O estupro corretivo é antigo, é também uma tática de guerra. Então o sexo, além de prazer, ele também é uma arma de guerra. Ela na psique humana remete a dominância, você domina seu adversário pelo sexo, você o destrói humilhando-o pelo sexo. Homens odeiam contatos com outros homens porque se sentem emasculados, eles perdem a sua honra. As mulheres precisam aumentar o sentido de honra. Precisam libertar das agruras da sociedade que lhe impõe uma forma de vestir e de ser apenas para agradar homens. As mulheres deveriam se sentir envergonhadas em ir e ter relações com qualquer homem, porque em última análise quando o sexo não é por motivos de procriação ele é apenas por motivos de subjugação.
Por isso eu aconselho a esse post anônimo, que ao invés de desistir, procure forças e persista em anular seus desejos físicos e lutar pela verdade

Anônimo disse...

Lola apagando comentário de uma ativista lésbica dentro de um post feminista sobre visibilidade lésbica.
"Cada vez melhor"

Eva disse...

"Um homens trans, que nasceu com vagina mas se identifica como gênero masculino, se tiver relação com uma mulher cis, este relacionamento é hétero ou homossexual?"
Também tenho essa dúvida quanto ao termo correto a se utilizar em casos assim.

Anônimo disse...

Lésbica se for feminina, é sexualizada se não for é ridicularizada, as pessoas não levam as mulheres a sério. Se for feminina está a prazer do homem porque é mulher né, e se for masculina é ridícula querendo imitar homem.

lola aronovich disse...

Qual comentário eu apaguei, anon das 14:07? O único coment que deletei neste post foi um anon -- e isso porque estava igual ao coment de Lux. Então para de criar intriga, vai.


Eva, um homem trans é homem. Portanto, se ele sentir atração afetiva/sexual só por mulheres, ele é hétero. Se sentir por homens, é gay. Se sentir por homens e mulheres, é bi.
Lembrando que "ter relação com" é bem subjetivo. Uma mulher pode ter relação com outra mulher e não ser lésbica. Um homem pode ter relação com outro homem e não ser gay. Vou publicar um texto muito interessante (e polêmico, evidentemente) sobre isso semana que vem.

Anônimo disse...

Existem vários tipos de sexualidade na escala kisney, além de ter o demissexual,greyssexual, hétero, homo,bi,pan. Pois é são infinitas as possibilidades as pessoas se prendem a uma só, mulheres no máximo são bissexuais, mas como falaram ficam com homens. Me lembro da Raven falando que não gostava de lésbica pq elas se apaixonam, se toca garota, se faz de bi mas tá na cara que gosta mesmo é de macho.

Anônimo disse...

Eu acho que as mulheres, são meio que obrigadas a gostar de homem. As mulheres desde sempre são incitadas a amar homens e odiarem a si próprias e a todas as mulheres, os homens não.
Se vocês perceberem tem homem que nem fica com mulher pq gosta de mulher, tem muito homem que submete a mulher as práticas que são comuns aos gays. Não estou sendo preconceituosa mas podem perceber,as vezes eu acho que é uma forma de negar a feminilidade da mulher, forma de humilhar ela por ser mulher, não é exagero. Muito homem odeia mulher no fundo odeiam seus corpos e vaginas.
Eu percebo que eles querem sim negar as suas vaginas e vulvas, as mulheres nunca podem negar seus pênis, se não são taxadas de esquisitas.

Anônimo disse...

Anônimo de 14:59, VAI TOMAR NO CENTRO DO SEU CU. #PRONTOFALEI.

Eva disse...

Não vejo o menor sentido nisso de "querer se tornar lésbica" para "não aguentar macho". Sério. Todo o meu respeito às lésbicas e suas lutas, mas cada relacionamento é único. Nem todo relacionamento hétero é abusivo, nem todo relacionamento lésbico é um mar de rosas só porque não tem homem envolvido. Quem faz a relação são as pessoas envolvidas, são humanos que cometem erros independente da orientação sexual.

Já vi violência doméstica dentro da minha própria casa (não comigo, mas com minha mãe; pai alcoólatra/violento) e já conheci um casal lésbico no qual uma delas (a que saía para trabalhar todo dia) era abusiva com a outra (que era a "dona-de-casa"). E aí? Duas mulheres e ainda assim havia opressão. "Tornar-se lésbica" não é solução para se livrar dos abusos que podem vir com um relacionamento.

Espero que não confundam meu comentário com preconceito contra lésbicas ou com "orgulho hétero", porque não é nada disso, não mesmo. Só acho que algumas pessoas estão generalizando demais e até cobrando uma atitude que não faz o menor sentido, sugerindo que homossexualidade é questão de simples escolha.

Unknown disse...

Pelo visto para a mídia as Lesbicas são socialmente invisíveis mesmo, pois "dia da Visibilidade Lésbica" eu nunca tinha nem ouvido falar disto, de qualquer forma este dia tem a sua importância.

Anônimo disse...

Mascuzinho de 15:24, VAI TOMAR NO CENTRO DO SEU CU 2: O RESGATE. #prontofaleidenovo. Tenho dois irmãos, lindinho, posso ficar fazendo isso até 2032.

Anônimo disse...

Fui eu que tentei me tornar assexual, a resposta é pq é simplesmente conveniente pra mim não desejar sexo, não pensar em sexo e não me atrair por ninguém, são motivos pessoais mesmo.

Quanto à sexualidade ser uma construção social eu sou totalmente contra esse argumento, uma coisa é dizer que "macho" e "fêmea" são construções sociais, eu até concordo, são termos criados e aceitos por meio de um CONTRATO SOCIAL (pesquise se não sabe o que é, essa expressão é importante para entender meu argumento) e que podem ser mudados ao longo do tempo. Agora quanto à questão da sexualidade, da atração, não há contrato social, você simplesmente sai pra rua e se for hetero vai se sentir atraídx por alguém do sexo oposto, se for gay vai se sentir atraídx por alguém do mesmo sexo e se for bi vai se sentir atraidx por ambos, por mais que você tente mudar isso simplesmente não existe, se vc me disser que era hétero mas que ao longo do tempo foi sentido atração pelo mesmo sexo então eu digo que você apenas se descobriu bissexual, simples assim. Eu sou hétero e sinto ojeriza ao me imaginar com outra pessoa do mesmo sexo que eu, por mais que eu quisesse forçar ser homo/bi eu não conseguiria e seria um martírio, uma anulação do meu ser. Eu tentei a assexualidade e eu afirmo, é impossível, totalmente IM POS SI VEL não sentir atração pelo sexo oposto, eu acabei ficando como idiota, pois evitava olhar pra pessoas do sexo oposto na rua ou até mesmo conversar e isso não é deixar de sentir atração é só forçar a barra pra algo que nunca vai acontecer.

E seu argumento sobre atração sexual tem mais uma falha gravíssima: O principal argumento dos reaças escrotos contra o público homossexual é que isso é um comportamento, ou seja, uma escolha, que é como se simplesmente uma mulher hétero saisse na rua e dissesse "Ah quer saber, hoje tô lésbica, vou chupar umas minas", isso é irracional pra caramba. As pessoas ao longo da vida vão descobrindo o que lhes causa atração e o que não lhes causa e isso é algo imutável, dizer que é uma construção social é concordar com reaças escrotos que gays são pecadores e que eles escolheram ficar com pessoas do mesmo sexo, sendo que toda história que vemos de homossexuais a gente sabe que não funciona assim e que a discriminação é pesada.

Anônimo disse...

Qual é a desse pessoal com a Raven? Sério, tá parecendo paixonite da 6ª série...
Volta, Raven S2.

Lux Noahide disse...

O movimento dos assexuados é grande, a meu ver são os que mais sofrem discriminação. Você não está sozinho anônimo

Anônimo disse...

Ué, se sexualidade é "construção exercida", então o Malafaia tem razão e é possível mudar a homossexualidade para heterosexualidade e vice versa. Arrasou, lindx. sqn.

Anônimo disse...

Lux Noahide

Eu não sou assexual, quem me dera ser, eu reportei nos meus comentários que na verdade eu tentei por um tempo "virar" assexual, mas que orientação sexual é algo imutável.

Lux Noahide disse...

Orientação pode ser imutável... Mas a sexualidade humana é muito complexa pra se determinar qualquer coisa... Principalmente sem embasamento científico

Anônimo disse...

Se alguma mulher me quisesse eu ia querer mas nenhuma mulher me paquera, nunca vi nenhuma mulher me paquerar na rua.

Anônimo disse...

quanta gente bizarra

Anônimo disse...

COLOQUEI LESBICA NO GOOGLE E APARARECEU SEXO LESBICAS PORNO, COLOQUEI GAY E NÃO APARECEU ISSO.

Anônimo disse...

A verdade é que muito homem não gosta da molhada, e estão se fazendo de héteros por aí. tenho nojo de homem que se faz de hétero

Anônimo disse...

Eu sou doida pra fazer sexo com mulher mas não tem nenhuma lésbica que conheço :(, sou hétero por falta de opção, e minha mãe não deixa eu ir pra esses lugares lgbts.

S. disse...

Não sei como alguém pode achar que atração sexual é construção do patriarcado. Impossível isso, não tem como nos forçar a gostar de homem, você sente atração e pronto, como não podem forçar gays a gostarem de mulher e o mesmo com lésbicas.
O que fazem é forçar as pessoas a fingirem que gostam do sexo oposto para não sofrerem preconceito, porque só casal hétero é normal.
Tenho dois parentes homossexuais, uma lésbica e outro gay, os dois fingiam que eram héteros, mas nunca gostaram de verdade, nem sentiram atração pelas pessoas que namoravam.

Anônimo disse...

"Uma mulher pode ter relação com outra mulher e não ser lésbica. Um homem pode ter relação com outro homem e não ser gay"
-
??????

S. disse...

Vi isso de estupro corretivo no filme Meninos não choram, a história é real, estupraram a mulher para ver se ela virava hétero, é nojento demais. Não são seres humanos, nem animais são, não sei o que essa gente é.

Anônimo disse...

A questão e ; o que e ser mulher, e o que e ser homem? Quem define estes padrões?

Anônimo disse...

Alguém aí em cima disse que macho e fêmea são construções sociais?

Anônimo disse...

Mascu das 16:38 sinto muito, sua patética tentativa de se passar por mulher no blog da Lola deu errado. Aguarde 30 minutos e bata a cabeça na parede até seus miolos saírem pelas suas orelhas e tente novamente. Boa tarde.

Mascu das 17:48, 18:00 e 18:06 foi detectado auto nível de burrice, infantilidade, loserice e frescura no seu comentário. Favor injetar 200 ml de Gardenal no olho, aguardar 30 minutos e tentar novamente. Boa noite.

Anônimo disse...

*Alto nível de burrice, infantilidade, loserice e frescura.

Larissa disse...

Resposta para anônimo das 12:17:

A Luana mora na favela por opção. Ela mesma diz no documentário que se identifica muito com a favela, que cresceu ali, que começou a cantar ali. Ela não quer morar com a mãe no apartamento, ela prefere pagar o aluguel da sua casa e ter mais liberdade, vivendo no lugar onde conhece todos os vizinhos.

Larissa disse...

Corrigindo, a resposta era para o anônimo das 12:20 rs

Anônimo disse...

não seu burro eu disse que se fetichizam lébicas, colocar lesbica no google aparece porno já colocar o nome gay aparece matérias sobre, só pode ser um mascu analfabeto. façam isso e verão

Kittsu disse...

Amiguinhos vocês estão precisando de um pouco de amor na sua vida. ó: http://www.tudogostoso.com.br/receita/115068-bolo-de-maca-facil.html
Troque a farinha por farinha de arroz ou farinha sem glúten e o óleo por manteiga derretira. Divida com seus familiares ou amigos em um momento de descontração e confraternização. Acabei de fazer isso, é muito bom. Amor nos seus coraçõezinhos S2 S2 S2

Eli disse...

Se eu ganhasse 1 real a cada "ain queria ser assexual" ou "vou me tornar assexual" que eu ouço eu já estaria rica. Se eu já to de saco cheio, imagino as minas lésbicas que tem que ouvir esse tipo de comentário em relação à lesbianidade.

No mais, amei o post e os comentários das minas que vieram falar sobre lesbofobia e os problemas que elas enfrentam e gostaria de ver elas terem mais voz mesmo aqui no blog da Lola (1 post por ano é muito abaixo do suficiente, né não?).

lola aronovich disse...

Eli, de fato, o discurso do "eu queria ser assexual", ainda mais numa data como esta, é bem desrespeitoso. Agora, aqui no blog são publicados bem mais que um post por ano sobre lésbicas. Só que eu também dependo de guest posts, porque tem muita coisa com essa temática que eu desconheço totalmente. Então repito o convite: lésbicas, por favor, enviem guest posts pro meu blog, sobre qualquer assunto relacionado à lesbianidade ou lesbofobia que vcs achem interessante. Meu blog está aberto para publicar vcs!
(O mesmo vale para pessoas de outros grupos historicamente oprimidos, lógico).

Anônimo disse...

N entendo pq desejar ser assexual é desrespeitoso, quando eu digo isso eu aponto que ser assexual é algo totalmente positivo, pelo menos na minha visão, é a orientação sexual que eu vejo com mais positividade. Bem, eu quero mudar de opiniao se for preconceito mesmo, mas n vejo o pq...

lola aronovich disse...

Bom, anon das 23:25, não vejo nada de muito errado em querer ser assexual, mas o timing é ruim, né? Porque a gente está falando de lesbianidade. Que é uma orientação sexual (assim como assexualidade e heterossexualidade). Então por que não focar nesse tema, ainda mais porque estamos falando em Visibilidade Lésbica?

Alessandro Bruno disse...

Eu acho que o que incomodou as lésbicas é a pessoa querer escolher uma sexualidade. Se fosse possível isso, as pessoas que falam que elas "escolheram" ser lésbicas e que devem ser "curadas" teriam um pouco de razão!

Antes que alguém me interprete mal, NÃO ACHO ISSO, sei que orientação sexual não é escolha e, apesar de ser hétero, não vejo mal nenhum nas pessoas terem uma orientação diferente da minha.

Mila disse...

Acredito que a visibilidade lésbica é um dos temas pouco falado no feminismo e no mov lgbt. Enquanto temos grande visibilidade da cultura gay e seus símbolos, o mesmo não vale para as meninas lésbicas. O volume de espaços voltadas para as lésbicas, imagino, seja ínfimo comparado ao dos homens gays. Além disso, a homossexualidade feminina ainda é submetida aos aspectos machistas qnd as representações sociais lésbicas são dentro do padrão de beleza, femininas e jovens, visivelmente voltadas para o prazer visual masculino.

Anônimo disse...

Nossa Lola, sabia que vc ia postar algo sobre tema. Eu conheci a luana por um canal chamado: canal das bee. Aliás, fique a vontade para conhecê-lo pq é um canal super informativo, feito por jovens gays e lésbicas mas é um canal LGBT e eles sempre chamam pessoas com histórias interessantes, pessoas de todas as letras. https://m.youtube.com/watch?v=7iVPApZYHB4

Anônimo disse...

A sociedade é totalmente voltada para o prazer do homem (branco, heterossexual...). Mulheres são socializadas para serem objeto do prazer masculino. As lésbicas são aquelas que se recusam a dar prazer sexual, afetivo a um homem e se dedicam a outra mulher. Na nossa sociedade, recusar se relacionar com homens é revolucionário, é resistência. A relação heterossexual não é revolucionária (ela está totalmente dentro dos padrões impostos pela sociedade)Lésbicas, por serem lésbicas fazem revolução porque elas levam uma vida que vai contra o que é de mais importante na nossa sociedade: o prazer masculino. Eu não estou culpando as mulheres hetero de se relacionarem com homens, só que isso é tudo o que a sociedade espera. Estar dentro dos padrões impostos pela sociedade não é revolução. As lésbicas por estarem fora do padrão sofrem consequências terríveis por isso como estupro corretivo, muitas vezes violência em casa por gostar de mulher, fetichização, entre outras. E mesmo sim negam homens. Porque não gostam mesmo, não porque tem raiva.

Nós mulheres nascemos pra dar prazer ao homem. Negar prazer ao homem em uma sociedade onde o correto e esperado de toda mulher é dar prazer ao homem é sim revolução e resistência.

Infelizmente mulheres hétero numa sociedade patriarcal não tem como definir o que e prazer ou o que e opressão romantizada nas relações com homens.

Anônimo disse...

Na sociedade em que nós vivemos mulheres são objetos de prazer do homem. Objeto não sente prazer, a propria palavra ja diz, objeto dá prazer e somente isso. Por conta do machismo a concepcao de prazer da mulher é muito disturbada. O prazer masculino é o que importa nessa sociedade, não tem como ignorar isso. Não tem como! Tudo girar ao redor do homem branco e seu prazer nesse mundo.

Anônimo disse...

Eu não sei de onde surgiram essas malucas e que drogas elas usam para querer transformar a homossexualidade feminina em ideologia.