sábado, 26 de janeiro de 2013

GUEST POST: RACISMO NUM SITE DE MATERNIDADE

A Luiza, uma produtora teatral, me enviou uma ótima reflexão sobre um caso que rendeu muitas críticas esta semana. 
Na quinta, o site de uma maternidade publicou um post com o título "Minha filha tem o cabelo muito crespo. A partir de qual idade posso alisá-lo?". Escrito por uma empresa terceirizada, o site nem tocou na questão de que não há absolutamente nada de errado em ter cabelo crespo. Pra contrastar com a foto da menininha negra, no cabeçário do site vemos uma família branquinha e feliz.
Depois de vários protestos nas redes sociais (e depois dizem que ativismo de sofá não é importante), o site removeu o post. Fica o texto da Luiza:

Li aqui algumas vezes posts sobre racismo e sobre como isso agride pessoas (especialmente mulheres).
Eu sou branca, beeeem branca e tenho o cabelo muito liso e muito fino. Cresci ouvindo mulheres que diziam ter inveja do meu cabelo. E, claro, como nunca estamos felizes com aquilo que temos, meu sonho é ter cabelos volumosos e cacheados. Acho as mulheres negras estonteantes. Eu acho essa minha cor de lagartixa muito sem graça, pouco charmosa. Sei que é possível que se eu tivesse nascido diferente do que sou, e tivesse desde a infância aturado preconceitos e bullying racistas, talvez não pensasse dessa forma e vivesse alisando o cabelo.
Hoje [dois dias atrás, mas a Luiza escreveu isso no momento, antes do site ser retirado] vi um post no site de uma maternidade. O texto é pequeno em comprimento e imenso em estupidez, ignorância e preconceito. Em tese, serve como um alerta para a saúde das crianças que terão seus cabelos "crespos ou rebeldes demais" alisados. Ao ler, esperava que houvesse (para dizer o mínimo) algum questionamento do porquê de as mães terem a necessidade de alisar cabelos de bebês e crianças. Ao invés disso, me deparei com a seguinte frase: "Com a adesão cada vez maior às técnicas de alisamento, algumas mães recorrem a essas alternativas para deixarem as crianças mais bonitas." O que isso quer dizer? Meninas de cabelos crespos e rebeldes são não-tão-bonitas assim?
Ao invés de tentar conscientizar as mães, o texto da maternidade dá respaldo a esse comportamento e ainda assina embaixo de que as crianças de cabelos não-lisos poderiam ficar mais bonitas, caso suas cabeleiras não fossem como são. E, pra completar, em seguida fornece as opções de escova e de alisamentos que podem ser feitos em crianças, segundo eles, "sem causar danos".
Eu gostaria muito de saber desde quando a maternidade passou a ter, além dos médicos e obtetras, especialistas em estética infantil. Tenho certeza de que a maternidade não se acha racista, mas que apenas está zelando pela saúde das crianças, as quais teriam seus cabelos alisados de qualquer maneira pelas mães, que também querem o melhor para suas filhas -- ou seja, que querem que suas crianças sejam "mais bonitas" e que não sofram com a sociedade que não aceita o cabelo das mulheres de origem negra. 
Mas o texto da maternidade em momento algum questiona o porquê de sofrer por ter um cabelo crespo. É motivo para sofrer? Que tal questionar por que o sofrimento e a dor do alisamento, das escovas e das químicas, é preferível ante o sofrimento psicológico de não se enquadrar numa estética imposta e que não condiz com a realidade?
A meu ver, as mães que se perguntam "Minha filha tem o cabelo muito crespo. A partir de qual idade posso alisá-lo?" devem ter sofrido com seus cabelos ou são incapazes de reconhecer a beleza que a mídia, não declaradamente, não aprova.
Isso me lembra o vídeo "The colour of beauty", que vi aqui no seu blog, sobre como a indústria da moda não aceita mulheres negras e, quando aceita, são mulheres de traços caucasianos "tingidas" com a cor negra. Em um dado momento, a modelo chega ao casting que seleciona meninas para a semana de moda de NY e o produtor diz que as modelos negras tendem a ter mais curvas e "a little wild hips" ("quadris um pouco selvagens"; acho que nem preciso comentar a parte do "selvagens".
[Luiza, acho que precisa explicar, porque tem gente que nunca pensou no assunto: vemos poucas modelos negras na mídia, mas, em geral, quando elas aparecem, muitas vezes vêm associadas a algo animalesco, selvagem, que precisa ser domado. A questão de alisar o cabelo vai na mesma linha: equivale a querer domá-lo, pacificá-lo, dominá-lo, e a querer fazer o mesmo com a dona do cabelo].
Na minha livre tradução, o que esse produtor realmente quer dizer é "mulheres negras não foram feitas para o mundo da moda" ou "o mundo da moda não é feito e não se importa com as mulheres negras". Ele também diz que nunca ouviu "não queremos uma modelo negra", mas que já ouviu "queremos uma modelo negra, mas a modelo negra certa". Ou seja, como disse um cliente dele, "precisamos de uma modelo negra, MAS ela precisa ser uma menina branca banhada de chocolate".
Na minha opinião, querer uma modelo negra que pareça ser branca não é menos racista do que só aceitar modelos caucasianas. É um jeito de dizer "viu só? Nós não somos racistas, temos até uma modelo negra no nosso porfólio!" E a própria modelo do documentário diz que as grifes parecem fazer isso: contratar uma modelo negra só para despistar as acusações de preconceito.
O post da maternidade não é um caso isolado de racismo travestido de "dica de beleza". Ele apenas reproduz um comportamento típico da sociedade, o comportamento das mães que não aceitam a si mesmas e, portanto, também não aceitam o cabelo natural de suas filhas; o comportamento da indústria fashionista que só vende um padrão de beleza com a desculpa de que a cor negra não vende ou que negros não querem comprar determinados produtos (a fácil saída de "não é que a gente seja racista, é que o público negro não é nosso alvo").
No documentário um fotógrafo ainda diz "ninguém quer investir em uma modelo negra para fazer Gucci, Prada ou Valentino. Porque elas são negras, e negras não vendem. O dinheiro é verde, e os brancos é que têm dinheiro. Pessoas brancas comprarão de pessoas brancas."
É um ciclo vicioso e venenoso:
Brancos compram de brancos, porque modelos negras não vendem -> modelos negras não vendem porque negras não são o alvo da indústria -> negras não são público-alvo do mundo fashionista por terem "certos traços", como "quadris selvagens" -> "certos traços" não fazem parte do mundo da moda -> "certos traços" não fazem parte do mundo da moda, então a moda não é feita para mulheres com "certos traços" -> mulheres com "certos traços" só consomem uma mídia caucasiana, livre daqueles "certos traços" -> a mídia é caucasiana porque as mulheres negras tendem a ter "certos traços" que são um "problema de ajuste" no mundo da moda -> mulheres caucasianas se encaixam no mundo da moda por não terem "problemas de ajuste" -> mulheres "sem problemas de ajuste" vendem -> mulheres caucasianas, que não têm "problemas de ajuste", continuam comprando de caucasianos sem "certos traços".
Para mim a questão é: brancos e negros compram de brancos por não terem sequer a opção de ter um produto vendido por uma modelo negra, aquela que tem "problemas de ajuste" por causa dos "certos traços", como "quadris selvagens" e "cabelos crespos e rebeldes demais".
Me parece que, no que diz respeito à indústria da moda e à mídia, antes da ética e do bom senso, o que mais pesa ainda está nas mãos do consumidor. A mídia e o mundo fashion têm um papel de extrema importância na perpetuação do racismo, e de uma maneira muito sorrateira, que atinge diretamente o subconsciente do público em geral. Mas a indústria precisa servir ao público que tem. Acho que é trabalho de cada um entender quais as atitudes que podemos adotar como consumidorxs para ter uma mídia e uma indústria da moda menos racistas. Mas se a indústria fashion dita comportamento, como conscientizar os consumidorxs a mudar seu comportamento?
Não sei as respostas, e nem acho que seja a única solução -- afinal, educação, incentivo à cultura e projetos de conscientização são ferramentas mais do que valiosas. Talvez o mero  questionamento já seja um caminho.

111 comentários:

Priscila disse...

Lola, você viu "Brave", o último filme da Disney/Pixar? Apesar de a princesa ser branca, acho que nunca antes uma princesa da Disney teve o cabelo tão crespo (e olha que já teve uma princesa negra). Sem falar que é provavelmente a primeira princesa da Disney que não se casa com um príncipe no final. Eu pessoalmente achei o filme lindo, adoraria ler uma resenha sua!

Para quem não viu, aqui vai o trailer (em português): http://www.youtube.com/watch?v=rEyNTMb55XA

Flávia disse...

Priscila,

Eu tenho cabelo enrolado e ficava me perguntando por que não havia desenhos com personagens com meu tipo de cabelo.

Bom, pelo menos em animação de computação gráfica descobri o porquê. Meu namorado, que trabalha na área, me falou que é algo tecnicamente bastante difícil. Mesmo os pelos são complicados de fazer. Monstros SA foi um dos primeiros a inovar e ter pelos nos personagens. O cabelo da Melinda tb foi um desafio e por isso inovador.

Mas sinceramente, não acho Brave algo muito inovador na mensagem que passa às meninas.

ViniciusMendes disse...

@Priscila

Oficialmente ela não é uma princesa Disney (já que a Pixar é comercializada a parte da marca Disney, e as equipes criativas que fazem os filmes são diferentes tbm). Vai ver por isso ela não casa! :P

Anônimo disse...

Oi, Pricila!
Sobre Valente, acho legal dá uma conferida no post que a Valéria do Shoujo Café fez lá: http://www.shoujo-cafe.com/2012/07/comentando-valente-brave-2012.html

Lia disse...

Doulas sao proibidas nesta maternidade, que tem quase 100% de cesareas. O que mais se poderia esperar?

Jux disse...

Alem da escrotidao racista, trago uma questao que me incomodou imenso: desde QUANDO criancas TEM que ser bonitas?
Criancas tem que ser saudaveis. Ponto.

Apaixonada por elas disse...

"Minha filha tem o cabelo muito crespo. A partir de qual idade posso alisá-lo?"

Sério? Uma mãe/pai falando uma coisa dessas? Não sei o que dá na cabeça de alguns pais não! É no minimo desesperador!

Anônimo disse...

depois de ler o post de hoje ,decidi nunca mais alisar meus cabelos, percebi q agindo assim posso dar minha contribuiçao para q o preconceito um dia desapareça, sou branca mas tenho cabelos enrolados e vão ficar assim "abaixo preconceito contra cabelos enrolados!"

Jux disse...

Antes que alguem argumente "eh, mas a culpa eh dxs proprixs negrxs, que nao se aceitam, nao aceitam seu cabelo crespo, sua cor, ficam se discriminando bla bla bla whyskas sachet", soh digo o seguinte:
A eficacia da opressao se configura na medida em que os oprimidos internalizam e reproduzem as praticas opressivas antes de exercicio exclusivo do opressor.

Anônimo disse...

As pessoas que dizem que isso " nao tem nada de mais" normalmente são aquelas que nunca sentiram na pele o que e ter cabelo Crespo e ser insultada,na adolescência o que mais eu ouvia era " bozo" , John lennon" , " Einstein" ( porque alem de tudo eu usava óculos e na opinião de alguns ' colegas' era a cara dos dois últimos,,.) realmente, nao tem nada de mais,..vamos experimentar trocar de lugar??;)) faria bem a alguns,
Passei um período da minha vida( 2008/ 2009) alisando, e hoje uso solto, cacheado, so aliso a franja pra dar um contraste e ficar mais legal, mas o resto uso solto e com os cachos balançando por ai,
Hoje, comparando as fotos em que eu estava loira de cabelo alisado, me sinto bem melhor assim, castanho, cacheado, ate dei uma escurecida,porque acho que combina mais comigo.loiro e alisado me envelhecia muito e ficava muito " esticado" ...pude ver pelas fotos
Se eu que sou branquinha de pele, olhos claros, ja sofri horrores na adolescência por ter cabelo Crespo...que dirá as mulheres negras....!!!
So sabe que existe o problema quem passou por ele, fato.pimenta nos olhos dos outros e refresco...
Esta e a minha opinião, Lola.;))
Beijos

ViniciusMendes disse...

Agora que li o texto da Lola, os links do texto da Lola e os links dos links do texto da Lola, um comentário sobre o assunto:

-Sim, a industria da moda é mega racista... Houve até um caso de um estilista brasileiro que quis usar só modelos negras em um desfile e não conseguiu pq as agências nem tinham negras contratadas o suficiente. Tbm lembro de assistir America's Next Top Model (me julguem :P), apresentado e produzido pela modelo Tyra Banks que por ser negra ela mesma e conhecer as dificuldades do mercado, assumidamente priorizava modelos negras no programa dela... E ainda assim ela tbm assumia que não podia ignorar o quanto era comercialmente viável a modelo ser "etnicamente ambígua", ou seja, poder sair nas fotos sem ter traços marcantes de "nenhuma" etnia (já que vivemos num mundo estranho onde os traços brancos são considerados standarts e os traços das outras raças variações do traço branco).

-Quando a gente sai do mercado da moda, não sei se isso é martelado com TANTA força... Desculpem, mas a Beyoncé pintada de branca pela L'oreal que a Lola postou continua não passando por alguém com traços europeus, do mesmo jeito que você pode pintar a Thais Araújo da cor que for e os traços negros dela vão continuar bem evidentes... Nos States isso possivelmente ocorre pq a industria do entretenimento deles é assumidamente divida entre branca e negra (não preciso falar qual é mais exportada pra gente, né?), a parte negra da industria obviamente abraça padrões de beleza que remetem mais aos traços típicos negros.

-O quanto racista é colocar mulheres negras pra posar como animais selvagens é algo que eu acho que nem merece discussão. Racista e sexista. MANS, o link reclama também da representação de mulheres negras usando estampa animal, e aí eu já não sei se é necessariamente uma visão racista... Estereotipada sim, mas não sei se necessariamente racista... Até o design africano abraça esse tipo de coisa por ser algo típico de lá, e se for usado como forma de representar um background cultural eu não consigo ver problemas... Embora eu consiga ver problemas em assumir que TODOS os negros tenham alguma ligação emocional com a Africa e as mulheres negras SEMPRE com estampa de animais.

Julia disse...

O Filme 'Valente" tem muitos problemas, mas o cabelo da Merida é um personagem a parte. É lindo!

Priscila disse...

Flávia,

pois é, eu li em algum lugar que a Pixar levou três anos (!!!) para fazer o cabelo da Merida. Isso torna as coisas mais compreensíveis em caso de animação em 3D, mas... e os filmes da Disney em 2D? Não entendo lhufas de animação, mas me parece que em 2D não existiria esse problema...

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Vinícius,

verdade, oficialmente ela não é uma princesa Disney, mas me parece que a Disney vai adicioná-la à franquia das "Princesas" mesmo assim. Já tem até uma versão 2D dela: http://corinawrites.com/2013/01/04/meridas-coronation-scheduled-for-july-2013/

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Anônimo das 15:09

Li a crítica e achei um tanto pessimista, apesar de concordar com alguns pontos. Para um filme da Pixar, Valente já foi bem mais feminista que eu esperava. Eu não tinha atentado para o fato de que é sempre a mãe que é mostrada como a fonte dos conflitos da menina, nunca o pai, mas acho que não tinha como ser muito diferente já que ela passava a maior parte do tempo com a mãe. O pai meio que foge do problema, deixa as decisões na mão da mãe para evitar se comprometer.

Mas vou parar por aqui para não floodar (mais ainda) os comentários com um assunto paralelo... o dia em que a Lola resenhar o filme eu escrevo mais. :)

Sara disse...

Tenho uma amiga mulata, q é muito bonita, mas ela não tem os traços mais caracteristicos dos negros, exceto os cabelos, ela foi adotada, e nunca cheguei a conhecer seus pais verdadeiros.
Eu sempre percebi q ela tem verdadeira obsessão por alisar os cabelos, hje ela tem sua familia e seus filhos, e um deles é uma linda menina.
O marido dessa amiga é branco europeu, e essa menina nasceu bem branca tb, mas tem os cabelos caracteriscos da raça negra, desde bem nova la pelos 10 anos essa minha amiga começou a alisar os cabelos da filha.
Por várias vezes eu ja vi minha amiga "consolar" garotas, q muitas vezes ela nem conhece, quando ela vê q são meninas com cabelos muito rebeldes e volumosos, uma vez dentro de um elevador em um hotel onde estavamos hospedadas, entrou uma garotinha muito bonita com os cabelos bem rebeldes, essa minha amiga não se conteve e abraçou essa menina q era uma desconhecida pra nós, e disse pra menina que ela não se preocupasse, pois agora havia o tal do alisamento japones, e pegava uma mecha dos seus cabelos o mostrava para a menina, dizendo q os cabelos dela (da minha amiga) eram iguais aos da menina e ela sabia o quando a menina devia sofrer por isso, a pobre da menininha não disse uma palavra, e eu fiquei constrangida com essa cena, mas não tive coragem de criticar minha amiga, pois percebi o quanto isso era importante pra ela.
Eu tb acredito q nós mulheres sofremos uma verdadeira lavagem cerebral desde q nascemos impondo aquele padrão q todas nós sabemos qual é.
E para todas aquelas q não conseguem se encaixar nesse padrão, que é a imensa maioria, o que eu vejo é a mesma luta ardua pra tentar se adequar.
Acho q aos poucos esse padrão vai se quebrando aqui e ali, hje ja temos algumas modelos e artistas que representam a mulher negra, embora, ainda acho q estamos mais na linha do politicamente correto , de inserir um ou outro negro nas produções, mas espero q isso mude.

Aline Araujo disse...

Depois que vi o documentário "Bad Hair" do Crhis Brown em que mostra uma mãe fazendo relaxamento no cabelo da filha de 2 anos, nada mais me surpreende, infelizmente.

ViniciusMendes disse...

@Priscila

Eu não sou nenhum especialista de animação, mas estudei um pouco na facul... e até consigo ver sim uma série de dificuldades em se retratar cabelos crespos em 2d, nada que levasse 3 anos de estudo, mas dependendo do grau de realismo e de como quisessem trabalhar o movimento desse cabelo, o liso é sim mais fácil (até pq e o mais feito, já sabem como fica bom e talz, a técnica já existe).

Obviamente isso não é desculpa pra porcaria nenhuma e não deixa de ser uma escolha preguiçosa e racista... Mas parece que esse tipo de racismo é bem enraizado lá... não por acaso eles criaram as mais eficientes técnicas de alisamento.

suelen disse...

A realidade é essa,só deixam negros participarem de qualquer coisa,para não serem chamados de racistas.

Em comerciais de tv são uns 10 brancos contra 1 negro.

Concursos de beleza e de modelos,que muitas vezes são mais lindas que as outras,não vencem pq só estão ali para cumprir a cota.

Natália disse...

Tenho cabelos cacheados. Quando eu era mais nova, era horrível ser diferente do resto das meninas. Minha mãe nunca me deixou alisar e eu agradeço muito a ela! Hoje aprendi a gostar dele, afinal, é a minha identidade. Onde eu vou tem alguém falando "que lindo seu cabelo, queria ter igual". Ngm está satisfeito com o que tem mesmo!

Anônimo disse...

É uma pena que Valente não tenha saído anos atrás, teria feito a minha infância e a aceitação dos meus cabelos [e da minha mania de brincar com "coisas de menino"] muito mais fáceis.

E sim, eu li que Valente demorou em média uns quatro ou cinco anos para ser feito. Eles se empenharam tanto na criação do cabelo da Merida e na tecnologia de pelos e cabelos do filme que tiveram apenas 6 meses para fazer [visualmente] todo o resto do filme.

Aliás, a Brenda Chapman, que estava dirigindo o filme, planejava uma história completamente diferente [e provavelmente não envolvia ursos]. Ela planejava algo mais assustador, mais aterrorizante e mais tenso, e ainda envolvendo a rainha Elinor para ajudar a filha a salvar a "situação". Dá pra ver isso por esse trailer

http://www.youtube.com/watch?v=tYg0VgPy6Uk

Que é da época que a Brenda Chapman ainda o dirigia. Houve um desentendimento entre a Pixar/Disney e a Brenda, um conflito de idéias pelo que foi divulgado e Brave passou na mão de um diretor q eu nem me lembro. E bem, saiu o que saiu.

Não é a toa que quando você vê os trailers e assiste o filme, fica com um "?" na cabeça. A impressão que o trailer passa é completamente diferente da do filme.

A propósito, já que está aberto o debate, alguém aqui joga Skyrim? Se sim, já reparou como o jogo consegue um excelente balance entre os papéis de gênero? Tem ferreiras, rainhas, bandidas, mineiras, heroínas lendárias e tudo mais. Dá até uma vontade de chorar.

Sara disse...

Já é uma tortura para um adulto alisar um cabelo,imagina para uma criança.
Essa mãe devia tomar vergonha na cara.
Eu alisei o cabelo umas 3 vezes e não faço mais,é realmente uma tortura,arde a cabeça,os olhos.parece q a cabeleleira quer arrancar nosso cabelo enquanto faz a escova,sem falar das queimaduras da prancha.

Anônimo disse...

No Facebook onde este post do hospital começou q ser viral tem muita gente reclamando dessa "mania" de verem racismo em todas as situações. Isso acontece por que a grande maioria não entende que racismo não é apenas xingar um pessoa ou dizer pra ela sair por que ela é da cor ou raça X. Racismo é um conjunto de comportamentos em que não se aceita e se respeita o outro devido a sua aparência física. Não é preciso xingar o outro de "macaco" pra ser racista, basta não dar o emprego por que não tem perfil.

Anônimo disse...

Olá,

Minha avó era negra de cabelo crespo mas puxei o lado da família do meu pai e tenho o cabelo liso, lambido, daqueles q não seguram grampo, presilha, etc.

Em todas as fotos o meu cabelo é sempre o mesmo, independente do corte.

Se eu tivesse cabelo crespo, assumiria sem problemas pq acho lindo e tb pq detesto perder horas no salão de beleza - rs

Ter o cabelo oleoso me obriga a lavá-lo todos os dias, mesmo num frio daqueles e se usar o secador, volta a ficar oleoso, pesado e c/cara de sujo...

Minha sobrinha alisou o cabelo aos cinco anos (uma tal de escova de açúcar, sem formol - "ah, tá...") e após receber uma reclamação da escola seus pais passaram a ameaçá-la q se ela não se comportasse, seu cabelo enrolaria novamente #absurdo

Bjos,

Marie

Habib disse...

Foi apenas uma pergunta. A mãe achou por bem alisar o cabelo da filha, e estava perguntando como fazer. Ou agora a mãe não tem o direito de alisar o cabelo da filha?

Habib disse...

Francamente. Se fosse a situação inversa ("Minha filha tem os cabelos muito lisos... Como faço para encrespá-los?") ninguém de cabelos lisos ia manifestar-se contra este "racismo".

Anônimo disse...

Eu acredito que passou da hora e nos feministas nos posicionarmos de forma mais contundente contra este padrão de "feminilidade" que nos e vendido a secúlos. porque meninas tem que ter cabelo comprido ? algo desconfortável no calor, incomodo, so para demostrar "feminilidade"?
Porque nos usamos cabelos compridos, se e bem mais pratico te-los curtos como os homens ?
E junte-se a isto depilações absurdas, saltos deformantes, pintar unhas, alisar e tingir cabelo entre outros absurdos. E para que tudo isto ? para estimular a competição entre as mulheres ? nos adornar para atrair a atenção masculina, e sua aceitação ? qual a importáncia que isto deve ter para uma feminista exclarecida ?
Eu sei que e difícil se livrar destas amaras, mas nos como praticantes do feminismo, devemos por em pratica tudo o que aprendemos aqui, lutar para descontruir não só o padrão de masculinidade, mas também de feminilidade que nos é imposto.
Ana.

Sara disse...

Anon 17.33hs eu tb acho absurdo isso de alisar cabelos de crianças, mas vejo isso direto e reto, até mesmo o "filho" de outra amiga minha , mas q não tem ascendência negra, mas tem cabelos muito encaracolados, alisou o cabelo do filho pq o menino queria muito isso, adivinhe porque ??
Todos nós somos atingidos por essa imposição de um padrão.
Eu só não tive coragem de criticar minha amiga, pq por mais q vc fale pra ela que um cabelo natural tipo afro é belissímo, ela não acredita nisso, e talvez por ja ter sofrido bulling quando menina ela tem tanta empatia quando vê alguma garota q lembre seu passado.

Anônimo disse...

Muito simples de resolver, cortem seus cabelos, e se libertem.

Anônimo disse...

Que topa abrir mão de sua feminilidade construida socialmente, em nome so feminismo ?
Cobrar que os homems abram mão de sua masculinidade e facil ne ?! quero ver vocês abrirem mão de sua indentidade feminina ? raspem a cabeça, parem de se depilar.

Selena disse...

eu sei que todos sofremos com padrões mas essa mãe devia ter o minimo de bom senso,ela quer encher a cabeça de uma criança de quimica?!

esses dias li uma reportagem sobre cabelo cacheado que dizia que os homens acham esse tipo de cabelo bonito,claro,agora que eles aprovam ,nós podemos usar nosso cabelo natural.
deprimente isso,é tudo para servir aos homens.

e por mais que digam que uma escova n tem formol ou tem pouco,é tudo mentira,o permitido pela anvisa é 0,2% e só com isso n alisa nada,portanto,usam mais que o permitido.

minha tia quase morreu fazendo uma progressiva,a cabeça dela começou a queimar,se ela n tivesse corrido ao hospital,o médico disse que provavelmente teria morrido.
teve que raspar a cabeça para o produto não ficar mais em contato com a pele.
ela ficou cheia de hematomas roxos e pus saindo da cabeça,felizmente agora está melhor.

Ana (26 de janeiro de 2013 18:28)está certa,cabelo curto é bom demais,o meu n está mais tão curto,quero cortar logo,mas falta coragem de aguentar um salão de beleza!!

eu odeio ambiente de salão,n entendo até hj porque as mulheres pareciam tão felizes lá dentro,enquanto,eu ficava angustiada,querendo ir embora logo.
agora só vou em salão cortar cabelo,hidratação e outras coisas faço sozinha.

Unknown disse...

Imagine que foram os meus cabelos crespos e cacheados a salvarem a minha identidade estetica aqui na Italia, país onde moro há mais de 20 anos! No inicio, quando cheguei por aqui, sentia o desejo de me esconder na "benditas" escovinhas... Não queria parecer tão diferente das italianas, tanto no estilo, na moda como nos cabelos.Queria ficar na penumbra,as encondidas e ser deixada em paz! Com o tempo percebi que estava reproduzindo o mesmo modelo vivido no Brasil, em Recife, onde me impuseram a ideia que somente as mulheres com os cabelos lisos tem acesso ao Monte Olimpio da beleza. Foi aí que cai na real, quiz me libertar dessa escravidão e modelo cultural atavico imperante no Brasil. Passei a me valorizar e a me aceitar assim como sou, unica, na aparencia e no modo de ser. Hoje sou orgulhosa das minhas madeixas, é um motivo de orgulho, não de distinção, mas de aceitação completa de como sou, seja fisicamente que culturalmente. Essa minha experiência foi narrada num conto feitos alguns anos atras para um concurso literario, posteriormente publicato numa coletania. Um abraço e parabPns pelo seu bolg :-)

Patty Kirsche disse...

Um colega meu fez o TCC dele sobre modelos negras. Ele percebeu que a indústria se interessa por dois tipos de modelos negras: as chamadas "negras brancas" e as "exóticas". As primeiras são essas que alisam os cabelos e não têm muitos traços negroides na aparência. As últimas são aquelas que raspam a cabeça e assumem um papel de personagem étnico em campanhas.

Li S. Nascimento disse...

Muito estranho essa "Ana" querer vomitar um padrão para seguirmos que seja oposto ao da tradiconal 'feminilidade', querendo impor isso como... vejam só: MODELO para se tornar feminista.

Feministas lutam justamente contra MODELOS, PADRÕES impostos.

E viva a autonomia de cada um! E isso significa viver em pluralidade... pq cada um é um só.

Portanto, caro mascu Ana, faça como Raulzito: "tente outra vez!" ;)

Patty Kirsche disse...

@Habib: Não, mães não têm o direito de alisar (ou permanentar) os cabelos das filhas. As filhas podem decidir por isso depois de adultas, mas as mães não podem escolher fazer filhas passarem por processos químicos como alisamento, permanente e tintura. É uma violência muito grande, tanto física quanto psicológica.

Anônimo disse...

Tem, mas seria muito melhor que ensinasse a criança a se aceitar e a contestar os padrões sociais que fazem com que a pessoa cresça se achando pior que as outras por suas características.

lola aronovich disse...

Patty, muito interessante isso sobre os dois padrões de modelos negras. Pede pro seu amigo escrever um guest post pra mim? Por favor?


Habib, é mesmo, vc tem razão. A ditadura do cabelo liso não tem nada a ver com racismo, é só gosto pessoal. Aliás, racismo nem existe. É só uma alucinação nossa. Vai catar esfihinha.

lola aronovich disse...

Perdão por trazer esta discussão pra cá, mas o post em que este comentário foi postado já ultrapassou os 200 coment, e depois disso o blogspot não permite mais destacá-los. Então copio aqui o coment da Daniela e a minha resposta:


Daniela disse...

A elba é reacionária do pior tipo ! tive o desprazer de escutá-la (ainda essa semana) atacando um coletivo feminista de pernambuco durante seu show na bienal da UNE. Gastou 5 minutos só para explicar, em cima do palco, diante de uma multidão de estudantes, o porquê de abortar ser o mesmo de dar um tiro na cabeça de um estranho na rua... Com direito à música de padre marcelo rossi e tudo no final ! Uma bosta, sinceramente. A elba é uma ótima cantora, podia guardar esse tipo de opinião para si e continuar cantando APENAS.


Lola disse...

Putz, Daniela, que droga. Mas alguém me explica por que uma entidade como a UNE convida alguém como a Elba Ramalho? Ela canta bem, é uma ótima artista, mas está fortemente associada com os movimentos mais conservadores do país. Desculpe apelar pra lei de Goodwin, mas mesmo que Hitler tivesse sido um pintor maravilhoso, eu não o chamaria pra expor na minha galeria de arte.

Anônimo disse...

Aham... senta lá, Cláudia:
http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/por-que-a-ideia-que-temos-sobre-alguem-muda-de-acordo-com-a-quantidade-de-roupa-que-ela-esta-usando/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super

Rachel Mourão disse...

Fiz meu primeiro alisamento aos 14 anos. Ou seja, faz mais de 12 anos que não sei como é meu cabelo natural. Se eu tinha maturidade pra tomar essa decisão? Provavelmente não. Minha mãe e irmã mais velhas faziam, e sempre diziam que a gente tinha um "pé na África". Depois da primeira vez, sempre achei que fosse OBRIGADA a continuar fazendo, apesar do processo ser doloroso e longo, mas não queria ficar com o cabelo meio liso, meio natural. Na verdade, sequer lembro de como é o meu cabelo natural. Nas fotos que eu tenho ele sempre estava preso em coque, cheio de gel.
Ano passado decidi não fazer mais escovas definitivas, e tá sendo bastante difícil com a pressão dos outros. Hoje tenho o cabelo meio liso e meio cacheado, mas estou seguindo firme por que eu realmente acredito que cabelo é um ato político. Obrigada por esses posts!! =)

Anônimo disse...

Mulheres negras não são tão bonitas. Essa é a triste realidade.

lola aronovich disse...

Não são tão bonitas PRA VOCÊ, banana racista que não tem nem coragem de assinar o nome. E parabéns! Seu "gosto pessoal" é igualzinho ao de uma sociedade racista com um único padrão de beleza. Imagino que vc se considera muito livre...

Anna disse...

mas por que a daniela acha que a elba deveria guardar a opinião dela para si mesma? gente, essa é a opinião dela, ela tem todo direito de expressa-la da forma que achar melhor. se todos que ouvem concordam ou não é outra estória.

Julia disse...

Que a indústria da "beleza" rege as escolhas de tanta gente, é fato inegável e lamentável. Mas pais cabeça de vento querendo encaixar os filhos nos padrões que esta estabeleceu ainda me soa pior.
Minha filha é negra, como meu esposo. Com uns 8 meses o cabelo, que era liso, começou e ficar cacheado, e eu sinceramente amei. Acho lindos os traços que mostram sua origem afro, sou apaixonada.
Só que cabelos crespos requerem muito mais cuidado do que o meu, que basta lavar e usar um condicionador qualquer e eu até hoje não sei bem como cuidar.
Me joguei no google pra tentar descobrir, pois os produtos pra bebê não hidratam o bastante, não definem os cachos, e encontrei várias mães fazendo comentários no estilo "o cabelo da minha filha é muito ruim e não sei o que fazer". Chegava a me dar calafrios! Essa mãe vai detonar a estima da criança em dois tempos!
Mas adorei encontrar um post de uma cabeleireira que respondia sempre às mães "preocupadas" que hidratar é tudo que se deve fazer além de estimular a criança a gostar de seu cabelo, porque o cabelo afro é lindo. Virei fã dela!
Tá, descobri que tem que hidratar muito, que os cachinhos ficam maravilhosos... mas onde eu encontro produtos que funcionem? Não há quase nada nacional (Natura tem a linha trá lá lá, Johnsons não funciona e tem mais algumas marcas que não se destinam a bebês tão pequenos) e os importados nem mereceriam comentário (pagar um salário mínimo por um kit com 5 produtos de 150ml? Nem que fosse de litro!). Aí me dei conta que a indústria não perde tempo com esse mercado.
Resumindo, cabelos crespos são lindos, e serão sempre incentivados aqui em casa, mesmo que seja o ó ter que sair "garimpando" algo que não nos custe os olhos da cara.
Ah, Lola, e tú imaginas o quanto sai caro assumir os cachos de um cabelo afro bem característico, como o da atriz Juliana Alves? Por isso tanta gente alisa. Sai muito mais barato aderir ao padrão do que assumir com orgulho seu cabelo crespo!

Leandro disse...

O problema das mulheres não é o padrão de beleza. O problema é que vocês vivem para o EGO. Sim, o texto da Lola está certo: "o que mais pesa ainda está nas mãos do consumidor". Mas qual é o desejo das mulheres consumidoras destes produtos? Ser atraentes. Se "sentir melhor", ou seja, ter o ego inflado, chamar a atenção dos homens. Vocês não aceitam ser rejeitadas. Ficam depressivas por não ter um monte de homem inflando o ego. Então, estas mulheres, pouco atraentes, que não tem o ego inflado com os homens, algumas piram, outras tentam mudar artificialmente a aparência (recorrendo às maquiagens, a cirurgias plásticas, silicone, alisam o cabelo, etc). Enfim, fazem de tudo para chamarem a atenção e terem o ego inflado. Ou começam a reclamar do "padrão de beleza machista".
Aí que vemos como o feminismo piorou a vida das mulheres. Vê se nos anos 50, havia esta preocupação com a beleza como há hoje. Vê se nossas avós se preocupavam tanto com a beleza. Então, ai que a gente vê que o feminismo destruiu a vida das mulheres, objetificando as relações.

Qual o segredo para mudar isso? Em vez de se valorizar como um objeto em nome da tal "liberdade sexual" e viver à base do Ego, ou culpar o "padrão de beleza machista" por não serem atraentes, etc. tenham uma vida honrada, sejam mais modestas e recatadas. Enfim, não será a maquiagem ou um discurso feminista culpando o padrão de beleza que vai melhorar a vida de vocês, será a HONRA. Enquanto vocês continuarem ególatras, promíscuas...continuarão sendo mulheres deprimidas, vivendo a base de antidepressivos, com 30 gatos em casa, culpando o "padrão de beleza machista" por não serem atraentes e terem o ego inflado, ou não ter um homem provedor inflando o ego.

Anônimo disse...

A Lola namora um Alemão e critica quem gosta de branco...

Anônimo disse...

Lola o cara só não acha mulheres negras atraentes, um direito individual dele não ?
Mulheres também apresentam este comportamento, eu trabalho com uma que só fica com homens negros, não acha brancos bonitos.

Apaixonada por elas disse...

"Mulheres negras não são tão bonitas." Então vejo miragens diariamente!O que o que eu vejo de negras lindas( e sexys) todos os dias não é brincadeira!

lola aronovich disse...

Leandro, acho que vc perdeu a discussão da semana passada, quando chegamos a um consenso, junto com seu coleguinha mascutroll Fabio, que o que realmente piorou a vida das mulheres e dos homens, e por tabela acabou com o casamento tradicional, foi o fato da namorada não preparar mais o mingau pro carinha. Esse terrível mal aconteceu contigo também? Ou é pior ainda? O pelo dos nossos trinta gatos insiste em cair no seu mingau?


Anônimo, meu marido é brasileiro. De Osasco, SP. Eu o considero lindão e adoro muitas coisas nele, mas a cor pálida certamente não é uma de suas maiores qualidades.

Anônimo disse...

Leandro, faz um favor? Se joga da ponte!!!

Leandro disse...

Quem falou em mingau, Lola? Eu mesmo faço o meu mingau, passo o meu café e não tô nem aí pra isso. O que importa é que eu sigo o meu próprio caminho e não preciso de ninguém pra isso.

Mas como eu disse, eu tava falando em HONRA. Por que em vez de viver em função do Ego, e da vaidade. Enfatizem a honra, o recato, a modéstia, uma vida simples e austera. Se libertem do Ego, pelo próprio bem vocês, se libertem. Só assim para vocês se sentirem bem consigo mesmas, sem enriquecer a indústria da beleza.

Mas já ví que estou perdendo o meu tempo. É inútil dialogar com feministas. Realmente, eu só queria ajudá-las.

Chuva disse...

Nada a ver com o assunto, mas já que perguntaram:

Anônimx das 16:59:

eu também jogo Skyrim! E notei sim como há mulheres em papéis diversos. Senti mesmo um equilíbrio e também adorei isso!! E acho mais lindo ainda que as guerreiras parecem guerreiras MESMO, usam armadura eficiente, cobrindo o corpo. Afinal, armadura é pra proteger e não pra sensualizar!

Quando jogo sempre chamo a Lydia pra me ajudar \o/

E de um modo geral, acho muito interessante os jogos que permitem ao jogador criar o seu personagem. Sentia falta de jogar com personagens femininos!

Anônimo disse...

ego e bexiga são sinônimos? ou ego são aqueles balões metalizados de vários formatos que tem pra vender no shopping?

Anônimo disse...

Mascultrolzinho Leandro me lembrou de uma coisa : Quando eu frequentava fórum masculinista para rir das pérolas deles e sempre lia discursos que mulher tinha que ser recatada, não podia ser rodada (nome que dão a mulheres que já fizeram mais sexo do que eles farão em uma vida inteira) e tal. E havia muitos argumentos religiosos,permeados entre posts sobre garotas de programas. Ué, na bíblia não tá escrito que sexo deve ser feito apenas depois do casamento? Mas os mascu fazem...com garotas de programas e querem criticar a liberdade das outras mulheres. Tinha outra coisa também, a obsessão que eles têm pela estrutura da organização dos leões. Eles gostariam que a sociedade fosse igual a um grupo de leões;quero ver quando eles vão parar de comprar carne e frango no supermercado e vão caçar o próprio alimento...
Desculpe desvirtuar o tópico, mas esse Leandro (ele é o Leleco?), o Fabio do mingau e o Nivaldo Fanfarrão são patéticos, só isso.

Ivna Pinna disse...

Ah, já perdi as contas de todas as vezes que as pessoas me olham e exclamam: tu AINDA não alisou esse cabelo??

Beijos

K disse...

Cara, cabelo afro é uma coisa linda, e fazer as crianças não gostarem do próprio cabelo, dizendo: "ele é ruim, mas não se preocupe, quando der a gente alisa e ele vai ficar bonito" é a coisa mais imbecil que se pode fazer. Porque depois a pessoa cresce e fica frustrada com o cabelo.
Claro, ela tem a liberdade de decidir se quer alisá-lo ou não, mas o que as pessoas não entendem é que ela precisa ter uma opinião formada sobre isso e decidir por si, sem ninguém enchendo o saco falando que o cabelo dela é ruim, e a pessoa só começa a formar opiniões mesmo depois de crescida, crianças não deveriam nem se preocupar com essas coisas, mas com isso dai de ficar levando no cabeleireiro pra alisar e ouvir desde sempre que cabelo liso é mais bonito a tendência de ficar brigando com o cabelo é MUITO maior, e isso é triste. Deixem as crianças, pô, as pessoas reclamam que elas estão cada vez menos sabendo aproveitar a infância, ou sequer sabem o que é isso, por que será? Muita gente não deixa elas serem crianças. Desculpa Lola, eu tinha que desabafar...

Ah, Lola, desculpa em fugir do assunto... Mas tenho que dizer às duas pessoas que falaram sobre Skyrim: é um jogo MUITO bom mesmo *-* eu vejo que as mulheres tem uma grande influência no jogo, tanto quanto os homens, e isso é sensacional, sem contar as armaduras, não tem toda uma apelação com personagens femininos, mulheres assumindo postos importantíssimos e o herói da história (o Dragonborn) pode ser heroína, e isso é MUITO lindo. Skyrim é daqueles jogos que dá gosto de jogar, sem contar a jogabilidade ótima, as histórias, missões e as raças que são muito interessantes, é um jogo que eu recomendo pra todo mundo *-*

Fábio disse...

Quanto a este negocio racial, e de uma besteira sem tamanho( quem tem raça e cachorro, somos humanos com caracteristicas unicas individuais), eu acho mulheres negras lindas, gosto também de loiras e asiaticas, não sou muito chegado em baixinhas, devido ao trampo que da ( tenho um metro e noventa e três) mas isto e gosto pessoal, não considero as baixinhas uma raça inferior não.

Anônimo disse...

Ei psil, aonde o cabelo da mulher e mais crespo ?

Magalli Sampaio disse...

Não me admiro que existam mães assim, porque a minha é desse jeito. Desde pequena ela mexe nos meus cabelos. Sou branca e tinha os cabelos bem claros na infância, mas, pra infelicidade dela, eles não eram lisos com o dele, mas cacheados. Lembro de ter vistos em algumas fotos eles lindos, com uns cachinhos lindos! E logo depois, em todas as outras fotos, meus cabelos não passavam dos ombros. Só depois descobri que era o jeito de tirar os cachos, que ficavam mais nas pontas. Lembro do meu cabelo meio volumoso na adolescência, pq ela me fazia pentear seco, que, como todo mundo sabe, não ajuda a manter os cachos, mas desmancham. Com menos de 13 anos, fiz relaxamento e, quando meu cabelo começou a escurecer ela começou a pintar. Hoje ela tenta repetir isso com minha irmã de 9 anos, mas longe dos meus olhos, claro. Muito difícil ter mãe preconceituosa. =( Me adota, Lola!? Rrsrsrs. :D

Anônimo disse...

seguem dois posts com idéias pra cuidar dos cabelos diferentes das que geralmente vemos (pq em geral só vemos para cabelos mais pra lisos):

http://www.belezasemfronteiras.com/2009/09/o-que-aprendi-com-as-francesas.html

http://www.belezasemfronteiras.com/2012/01/low-no-poo.html

ainda não tentei o primeiro - pq o meu cabelo não aguenta tanta hidratação -, mas vale a pena tentar. O segundo me ajuda mto. Abraços.

Anônimo disse...

Sobre os cachos nos desenhos da disney: não vi os animadores terem problemas pra fazer os (lindos) cachos da vilã de "enrolados". Aliás, esse sim é um filme que prova bem o quanto o /ironia gostar de cabelo liso e loiro é una escolha pessoal /ironia: a pobre princesa têm os mágicos cabelos loiros. Quando pedem o poder mágico, os cabelos dela ficam castanhos. A bruxa má têm os cabelos pretos e cacheados. Cabelos loiros e lisos = mágico, cabelos castanhos e lisos = pobre menina normal, cabelos pretos e cacheados = malvadeza pura. Mas era só o gosto pessoal das pessoas que fizeram o filme.

Anônimo disse...

qual o problema de gostar de ser branco tambem, gente? tem que gostar de ser o que é e nao achar que tem que ser. ta insatisfeito? vai ali que a plastica resolve. La na China uma mulher ganhou uma cirurgia porque nasceu feia (não feia "normal", mas sim mais feia que cão chupando manga), só nao façam isso querendo ser a modelo-mais-sexy-photoshopada-do-mundo. a pessoa quer ser o que nao é, quer ter o que nao tem. isso pode até ser estigma social, mas a propria Lola quer ter traços que ela não tem, ou seja, o branco, o negro, o asiático, o indío tem que infeliz agora, porque tem que querer ter o que o outro tem e assim promovemos a igualdade?? Igualdade, sim, mas gosto muito da minha pele pálida, do meu cabelo louro escuro ondulado e do meu olho claro, não tenho que ficar querendo ter uma etnia que não tenho para ser feliz e acho muito errado ficar fazendo os outros engolir isso.

Brizza disse...

Força, Rachel! Estou com seis meses de transiçao após 15 anos de alisamento. Tem sido dificil, mas reconhecer ou conhecer seu cabelo é libertador. Um abraço.

Unknown disse...

O documentário é realmente bom! Mas acho que chama "good hair", não? O que fica claro no filme é que o racismo é uma questão de mercado também. É uma ideologia que rende milhões e milhões ao redor do mundo.

Unknown disse...

Eu gosto de cabelo liso, mais em mim do que em outros, confesso. Admiro muito quem consegue ter "longos lindos cachos"(ainda mais que é uma delicinha brincar com eles), mas não me vejo assim.
Geralmente meu cabelo é bagunçado, mas quando estou bem(e ando ficando cada dia melhor), meu cabelo é alisado, corte reto e simétrico. Tenho alguma "fixação" por simetria e padrões matemáticos formais. Mesmo minha movimentação, se eu estiver bem, tende a seguir padrões geométricos rígidos.

Mas admiro MUITO quem consegue domar os cachos, mas a última vez que cacheei meu cabelo direitinho, quase pirei com o fato dos cachos dos dois lados serem diferentes e em um lado ter um cacho de um formato e posição que o outro não tem.


Já a minha Dona é uma mulatinha linda, mas ela gosta de índios e alisando o cabelo dela fica igualzinha uma índiazinha linda e toda querida!!! ^___^


Nem todo mundo que alisa o cabelo o faz por imposição eurocêntrica =)

Unknown disse...

Leandro,

Não existe isso de "anular o ego", o próprio ato de anular o ego não é mais que trocar um arquétipo de ego por outro e se achar melhor por isso. A partir do momento que tu se torna um homem "simples, áustero e independente", tu não és um homem sem ego, tu és um homem que se orgulha de ser "simples, áustero e independente".

Mesmo a anti-egolatria da Real falha porque vocês não se livram do Ego, e sim assumem um padrão de ego coletivo.

O que ocorre é que a maioria de nós meio por cultura e meio por acaso sabe que o mais apropriado não é anular o ego, mas aperfeiçoar o ego desenvolvendo assim uma "Personalidade", tal personalidade que pode ser diligente e trabalhadora sem deixar de ser linda, vaidosa e cativante. =)

Anônimo disse...

Julia (resposta)
O melhor mesmo é investir em creme para penjtear, leave in.
Para o dia a dia, o melhor é o da L'oreal, que não deixa o cabelo muito engordurado; ou os da linha natuhair.
Como shampoo e condicionador, os da Tresemme são bons. Na verdade eu nem uso o condicionador, eu uso o shampoo e o creme de hidratação (potão mesmo) no lugar do condicionador.
Mas cremes para cabelo crespo são na base da tentativa mesmo, não tem um específico que sirva para todos.
As vezes é preciso passar 2 cremes para pentear, um para mante-los hidratados e outro para os cachos; mas aí depende do que vc busca para o cabelo da sua filha.
Ah... e não pentea-los secos, pois isso quebra o cabelo. Deixe para fazer isso na hora do condicionador, mecha por mecha com pente de dentes largos.
Espero ter ajudado!
Camila

Anônimo disse...

Prefiro trinta gatos que esse Leandro!

Priscila disse...

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaw, que dozinha do Leandro às 23:04! Partiu meu coração.

Realmente, rapaz, é perda de tempo. Some daqui.

Lays, mãe e tudo o mais. disse...

Mulheres devem viver com honra, modéstia e recato. Burcas no balcão ao lado.

Paulo Magno disse...

"Não são tão bonitas PRA VOCÊ, banana racista que não tem nem coragem de assinar o nome. E parabéns! Seu "gosto pessoal" é igualzinho ao de uma sociedade racista com um único padrão de beleza. Imagino que vc se considera muito livre..."

Desculpe me entrometer, mas onde está escrito que quem escreveu isso é homem? A impressão que tenho é que mulheres se preocupam bem mais com os próprios cabelos e com os cabelos das outras. Você não pode simplesmente classificar como homem qualquer um que tem idéias racistas, ou que discorde de você (até parece que todas as mulheres pensam igual...). Chega a ser sexista de sua parte.

Paulo Magno disse...

"E acho mais lindo ainda que as guerreiras parecem guerreiras MESMO, usam armadura eficiente, cobrindo o corpo. Afinal, armadura é pra proteger e não pra sensualizar!"

Realmente, em muitas mídias em que aparecem mulheres guerreiras, armaduras mostram mais do que protegem. Coisas como decotes enormes (afinal, o coração e os pulmões não são tão importantes assim para merecer uma proteção, né?) ou mostrar o umbigo, são comuns. Uma das mais conhecidas comc certeza é a Xena, uma personagem bem forte e independente. Mas dá só uma olhada nessa "armadura":

http://images1.fanpop.com/images/image_uploads/Xena-Dangerous-Prey-Season-6-xena-warrior-princess-1213298_951_1200.jpg

Não tem flecha ou espada que penetre, né?

Erica disse...

Eu acho que o que aconteceu comigo é exatamente o que aconteceu e acontece com a maioria das meninas de cabelos crespos.
Uma tia (que sempre alisou os cabelos) resolveu dar um "relaxamento" no meu quando eu tinha 6 anos. Cresci sempre ouvindo as pessoas elogiarem o cabelo de minha irmã, beeem lisinho, e depois falando do meu como se fosse algum tipo de erro de percurso.

Depois disso meu cabelo já viu de tudo! Teve uma época em que eu só saia de casa com o cabelo escovado, tinha muita vergonha do meu cabelo natural. Já tive cabelo rosa, azul, roxo - e as pessoas me olhavam na rua como se eu fosse um ET e eu não tinha vergonha como eu tinha do meu cabelo natural. Graças às descolorações, pinturas e alisamentos, meu cabelo começou a cair e foi aí que eu processo de transição começou. Comecei a passar químicas mais fracas e meus cachos permaneciam e fazem 3 meses desde a ultima vez que fiz química e resolvi não fazer mais.

Manter o cabelo natural é um ato político e eu sei que eu só comecei a realmente me enxergar como negra depois de aceitar meu cabelo - pq minha pele é clara e eu fico com um aspecto branco com cabelo alisado.

No início foi bem difícil, as pessoas apontam, criticam, perguntam se tô de mau com a chapinha, dizem o quanto eu fico bonita de cabelo liso.

Mas quando a gente entende de onde vem essas coisas, fica mais fácil de enfrentar, fora que eu sei que servi de inspiração pra muitas outras pessoas ao meu redor. Hj eu tenho orgulho dos meus cachos livres e das minhas origens.

Anônimo disse...

Minha mãe me levava ao salão para relaxar o cabelo quando eu era criança. Não lembro direito, sei que não foram muitas vezes, mas isso acontecia sim.

Quando eu era adolescente, eu sempre fazia escova. Quando meu cabelo estava natural, deixava ele preso. Eu só parei de ir ao salão depois de um relaxamento desastroso que DESTRUIU meu cabelo, precisei cortar bastante e demorou demais para crescer, foi um inferno. Hoje em dia eu amo meus cachos, não aliso nem se me pagarem!

Quando eu ia ao salão, a cabeleireira vivia insistindo para que eu fizesse progressiva, mas eu nunca quis. Descobri recentemente que escapei por pouco de um problemão: tenho alergia a esmalte, e o dermatologista que eu consultei me disse que é por causa do formol. Se eu tivesse feito progressiva, provavelmente eu teria parado no hospital, ou morrido. Agora, como um procedimento que causa tão mal pode ser incentivado assim???

Anônimo disse...

Obrigada, Camila! Tô aprendendo a cuidar dos cachos dela aos poucos... Uma hora encontro o ideal pra ela. Da Loreal tenho usado o leite umidificador, mas tive medo de uma reação alérgica, pois ela tem 18 meses. Produtos pra bebês é que são raros e ineficientes. Parece que meninas de cabelos cacheados deveriam "domá-los" e prendê-los, mas eu gosto mesmo de deixar solto, natural. E torço para que quando adulta, ela goste dele tanto quanto eu! Julia

Bru disse...

"esses dias li uma reportagem sobre cabelo cacheado que dizia que os homens acham esse tipo de cabelo bonito,claro,agora que eles aprovam ,nós podemos usar nosso cabelo natural.
deprimente isso,é tudo para servir aos homens."

Concordo!!!
Isso me lembrou uma vez que li por aí que as mulheres deviam parar de se preocupar com a dieta e assumir seus corpos mais "gordinhos" ( quem fosse gordinha né). Aí pensei : nossa, que bacana..." só que não!! O motivo? Por que os homens preferem mulheres mais cheinhas/gostosas...pode?

Anônimo disse...

"Isso me lembrou uma vez que li por aí que as mulheres deviam parar de se preocupar com a dieta e assumir seus corpos mais "gordinhos" ( quem fosse gordinha né). Aí pensei : nossa, que bacana..." só que não!! O motivo? Por que os homens preferem mulheres mais cheinhas/gostosas...pode?"

Pouquíssimos homens gostam de mulheres magras. A maioria prefere um corpo mais bem-proporcionado. Mulheres tentam ser magras não tanto para serem atraentes para homens, e sim para impressionar outras mulheres. Parece que sempre queremos nos adequar aos padrões de alguém, e nos esquecemos de prestar atenção às nossas próprias idéias e opiniões.

Star disse...

O cabelo é só um dos problemas com o fenótipo negro. O nariz achatado, os lábios desproporcionalmente grandes, tudo é exagerado.

Priscila disse...

Paulo Magno às 09:07,

desculpe me intrometer, mas onde, no trecho que você copiou e colou, há qualquer distinção de gênero?

Maressa disse...

Esse Leandro é fogo na roupa, viu.

"É inútil discutir com feministas. Eu sou queria ajudá-las blablablá".

Quem aqui pediu sua ajuda, guri? Padrões de beleza sempre existiram, o feminismo nunca o inventou. Na verdade, todo esse lance de vaidade, moda, maquiagem e os escambau foi sempre usada como arma contra os direitos das mulheres. A mídia alardeava que as mulheres por estarem se instruindo ou profissionalizando, perderiam a "feminilidade". A indústria de cosméticos sempre precisou manter as mulheres no cabresto para venderem seus produtos. Nos anos de avanço do movimentos das mulheres os produtos de beleza tiveram uma queda drástica nas vendas.

Dizer que não havia preocupação com a aparência nos anos 50 é simplesmente ignorância. Cosméticos pipocavam nessa época e eram recomendados às mulheres como um modo de "deixar a vida familiar mais feliz", "chamar mais atenção do marido", etc. etc.

Mas vamos esquecer tudo! Vamos esquecer que a sociedade sempre colocou o valor das mulheres na aparência e que elas nunca foram incentivadas a serem mais que um pedaço de carne. Vamos esquecer a misoginia com que grande parte dos homens sempre tratou as mulheres.

Eu recomentaria Backlash, da Susan Faludi pra você, se eu achasse que você pode tirar algum proveito disso...

Não tenha a audácia de querer dizer como as mulheres devem se comportar. Eu já estou cheia disso.

Anônimo disse...

Adoro cabelos cacheados. Infelizmente o meu é aquele bem ondulado. Minha irmã já saiu com os genes mais fortes e tem o cabelo crespão, ela aprendeu a cuidar(depois de alisamentos e muuuuuuuuito sofrimento)e hoje em dia é o que a destaca lá na Alemanha, no meio dos lisos infinitos. Tenho outra amiga que alisava até se ''assumir'' e ficou linda demais, hoje em dia ela tem orgulho do cabelo e deixa ele bem solto e afro!

Selena disse...

Bru ,isso é dar nojo né? Já li varias reportagens desse tipo ridiculas:
"como fazer o homem delirar na cama"
" que roupa usar num encontro para o homem achar bonito"
"strip tease para deixar o homem doido"
"existem homens que adoram mulher de cabelo curto(agora a gente pode usar)"

e enquanto isso o q eles tem que fazer para nos agradar? Nada.

ViniciusMendes disse...

@ Paulo Magno

A armadura padrão da da Xena era essa aqui:

http://4.bp.blogspot.com/-CmquhV9l6G0/T_usNNsypVI/AAAAAAAAn6A/FSOvg9fLtfI/s1600/photo%2B3.jpg

E francamente, não era muito mais reveladora que as roupas que os homens usavam...

http://images.wikia.com/hercxena/images/d/db/Xena_and_Ares_Death_Eye_Ice.jpg

http://www.crazyabouttv.com/Images/xenawarriorprincess.jpg

O figurino de Xena de forma geral parecia muito coisas saidas de um porno ruim... :P

Anônimo disse...

que a gente vê que o feminismo destruiu a vida das mulheres, objetificando as relações.

O feminismo não destruiu minha vida. Pelo contrário, deixou tudo melhor :)

Paulo Magno disse...

@ViniciusMendes, eu sei, só quis usar como exemplo. Aliás, foi bom você ter citado que isso acontece com homens também. É só ver o He-man e o Conan, por exemplo, cujas armaduras são bem... Reveladoras. Realismo é algo raro nesse tipo de mídia, de qualquer forma...

Samira disse...

Star...

Sério? Essa proporcionalidade é baseada em que? No padrão "normal" caucasiano?

Não tem nada exagerado no fenótipo negro, exagerado é o seu preconceito.

Lígia disse...

Aaaaah, como eu odeio essa coisa de alisamento (não teria nada contra se as pessoas alisassem por opção, não por imposição)!

Eu sou loira e tenho o cabelo muito fino, mas não liso. Na adolescência, ele era bem cacheado, e até hoje ainda tem muitas ondas.

Hoje, adoro meu cabelo, de vez em quando uso ele mais liso, às vezes natural, às vezes até dou uma forcinha pra ele ficar mais ondulado...

Mas, quando tinha uns 13, 14, 15 anos, sofri imensamente com meu cabelo. Todas as minhas amigas tinham cabelos lisos, e eu achava, de verdade, que tinha o cabelo mais feio da escola. Tentava de tudo para deixá-lo o mais liso possível, mas o resultado nem sempre era dos melhores.

Eu, que em muitos quesitos me enquadro no que é considerado o padrão de beleza (branca, loira, magra), sofri (de verdade, por muitos anos tive a auto-estima muito baixa e me achava feia) por anos pelo simples fato de não ter cabelo liso. Só consegui me achar bonita depois dos 20 anos (tenho 28).

Tenho uma prima de 16 anos que é negra (ela não é minha prima biológica). Ela é linda, sempre foi, desde que nasceu. (por sinal, ela foi vítima de estupro pelo companheiro da mãe e engravidou, tem uma filhinha de 1 ano . até onde eu sei, o filho da puta está foragido, mas esse é outro assunto).

Sempre lutou com o cabelo, que também é lindo, cheio de cachos, para tentar deixá-lo liso. Um sofrimento, um gasto absurdo de dinheiro e de tempo.

Uma vez, ela, vendo a marca de relógio no braço de um tio meu, que é branco, e perguntou o que era. Ele disse que aquela parte ficava mais branca porque não tomava sol. Ela disse que gostaria de usar um relógio daqueles, mas no corpo inteiro, pra poder ser mais branca. Foi uma das coisas mais tristes que eu ouvi na vida. Muito, muito triste mesmo.

Tanta gente sofrendo tanto causa da cor da pele, ou textura do cabelo, chega a ser ridículo.

Falando nisso em cabelos e beleza, Lola, li um post em que você comenta que alguém falou mal dos seus cabelos numa foto e que você diz que adora o jeito que eles estavam na dita foto. Cliquei na foto e, concordo! Seu cabelo estava mesmo muito bonito. Ah, e nas suas fotos de novinha (acho que você postou algumas com 12, 13 anos, não é?) você também estava muito bonita!!!


Bjinhos!

Anônimo disse...

cabelo liso é mais glamour, mais beleza, mais tudo, meu bem! e quem não tem que se vire na química.
enfim, essa discussão é uma grande bobagem, pois, se cabelo ruim fosse bonito, os salos não teriam lista de espera pra alisar cabelo... (rita)

Lígia disse...

ah, e alguém mencionou num post anterior sobre meninas de cabelo curto...

Tenho uma amiga que há anos usa o cabelo bem curto. Foi o corte que mais caiu bem para ela. Ela já comentou várias vezes comigo de ter achado que ela era lésbica só por causa do cabelo (claro, porque mulher feminina, bonitinha e que gosta de homem só se for de cabelo comprido!)

E eu, quando tinha uns 7, 8 anos, quis cortar o cabelo curtinho, por causa da irmã de uma amiga, que usava o cabelo curto e eu achava lindo. Pois TODO SANTO DIA, quando eu chegava na escola, o porteiro, "de brincadeira" dizia "oi, menino".

Lillian Cardoso disse...

Excelente post. Sabia que esse assunto não passaria desapercebido por aqui. Mas acho que, além do racismo, que é o mais evidente e preocupante na situação, há outro absurdo contido na pergunta da mãe e na resposta do hospital: o da sexualização precoce. Por que diabos a criança tem que ser "bonita"? Criança tem é que ser feliz, viver suada, com pés e meias sujos o cabelo desgrenhado. Mas cada dia mais você vê estojinhos de maquiagem "própria para as crianças", gloss, esmalte, meninas de 8 anos celebrando o aniversário no cabelereiro... se mesmo adultas já devemos nos questionar sobre padrões de beleza, quando o assunto é crianças, o questionamento tem que ser redobrado.

Sophia disse...

O comentário da Paty me fez lembrar de um professor meu, que disse, que o negro até pode ser aceito na sociedade/mídia, mas só se ele tiver fenótipos europeus, ou se ele for "estiloso", com black power, roupas étnicas e está sempre no papel de "orgulho e ativismo". Essa separação é muito visível, ao menos aqui em Salvador, onde eu moro, ou são as 'negalora' de cabelo liso, ou são as caricatas.
Meu cabelo é bem cheio, cacheado. Já ouvi várias vezes que é um cabelo que só fica bonito em "preto", e eu sendo assim cor de papel deveria alisá-lo. No inicio da adolescência cedi a pressão de escovar e chapar a todo momento, até que um professor (por quem nutri uma paixão platônica) ao me ver de cabelos naturais(acho que tinha cometido o "desleixo" por causa de uma prova dele), me pergunta: Como assim seu cabelo é cacheado? Eles são lindos, combinam mais com você, tão autênticos e sedutores quanto a dona.
Depois disso, há dez anos, só escovei em duas ocasiões.

ViniciusMendes disse...

@Paulo Magno

Apesar de eu assumir que acho lindo, eu acho mais bizarro ver a mulherada lutando de salto em filme e jogo (mais em filme pq sei que é dois palito pra atriz/duble se quebrar).

Chuva disse...

Sobre animação de cabelos cacheados em 2D: acho que desenhar cabelos cacheados é mais difícil mesmo, mas não tão absurdamente mais difícil a ponto de justificar a ausência de princesas de cabelos crespos.

Anônimo das 00:29: também me incomodei com Enrolados. Tudo bem que é legal pro design dos personagens que a heroína e a vilã tenham características opostas ou bem diferentes, mas associar "coincidentemente" o loiro/liso ao bem, e o cacheado/preto ao mal é tenso... Por estas e outras que tem mãe querendo alisar o cabelo das crianças pequenas :/ Não é culpa delas, elas estão inseridas nesta cultura do "liso é bonito, o resto nem tanto". Sem contar a questão do loiro= mágico, castanho=comum, que me deixou com meus cabelos castanhos=comum arrepiados.

Aliás, já reparam como quando surge um cabelo crespo/cacheado/ondulado na mídia, em geral, é um cacheado falseta de babyliss? Já vi muitas propagandas com moças negras assim, parece que alisaram o cabelo da moça pra depois "recachear" da maneira "certa". Aff,o cacheado natural é muito mais bonito!

KahSan: *.* Sim, é maravilhoso! Fiquei contente em saber que outras pessoas sentiram o mesmo ao jogar \o/ É interessante, também, que o decorrer da trajetória (pelo que sei) não é alterado por conta do gênero que você escolheu.

ViniciusMendes e Paulo Magno: verdade, há vários guerreiros semi nus também, nada prático (Swuazzenegger Conan que o diga...). Citei a questão das mulheres guerreiras porque gosto de desenhar, e com frequência busco referências no Google Imagens. Daí quando vou procurar uma de guerreira... Lá vem as moças de biquíni de metal e paninhos! Por isso vibrei com as guerreiras do Skyrim. Finalmente mulheres com maior expectativa de vida num campo de combate.

Mas Paulo Magno, me intrometendo também, assim como a Priscila disse, a Lola não citou o gênero da pessoa, na resposta lá sobre o racismo.

E não sei se nós mulheres realmente nos preocupamos tanto à mais com a questão dos cabelos femininos. Minha impressão é que isso é um tanto variável, até porque já vi muitos homens que encanam muito com o comprimento do cabelo da parceira. Bem, entendo que há muita mulher que fala de cabelo (já que isso é dito como sendo do nosso "universo", segundo o que a sociedade diz...), mas não creio que sejamos apenas nós que ligamos, é isso que quis dizer!

Poxa, escrevi um monte =P Tenho este problema.


Julia disse...

Star, avisa pra todo mundo que os lábios exageradamente grandes da Angelina Jolie são um grande problema. Ah, mas ela é branca, né? É diferente.


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"não sou muito chegado em baixinhas, devido ao trampo que da (tenho um metro e noventa e três) mas isto e gosto pessoal, não considero as baixinhas uma raça inferior não."


Poxa Fabio, que bom. Eu do alto dos meus 1,60 respiro aliviada que você não me acha inferior..

(Confesso que ri mais desse comentário do que o do mingau.)

ViniciusMendes disse...

@Chuva
Já conhece?
http://womenfighters.tumblr.com/

Anônimo disse...

Sofri a vida toda com o cabelo cacheado. Foram tantos apelidos que nem lembro, mas, assumi, desde sempre que era assim meu cabelo e pronto. Nos últimos anos tenho notado que quase ninguém mais mantém o cabelo cacheado... até que comecei a querer (não querer, mas, sucumbir) à moda de alisar... não fiz! Li esse post e vi Brave... no salão me perguntaram: Por que não alisar? Fica mais elegante! E eu tive coragem de responder: E quem disse que quero ser elegante?

Marcelly disse...

Leandro...
adoooro minha promiscuidade..e sou muito feliz com ela..!!
guarde seus valores arcaicos pra vc..o que eh ser promiscua heim?

aff...¬¬


Lola...acostumeicomcomentarios machistas..mas ver comentarios racistas aqui me deixam muuuuuuuito deprimida sabia?..=/

Edna Mara disse...

Existe por um acaso discriminacao contra cabelo liso? Voce precisa se informar mais.

Zâmike disse...

É triste! É que essa pessoas só vivem a mercê da mídia, de uma única mídia, basicamente. Não se abrem pra outras opiniões e continuam vendo e ouvindo o "Você precisa domar o seu cabelo!".

Já vi várias mulheres brancas casadas com negros dizendo "Só quero ter meninos, pois menina vai dar trabalho com o cabelo". É zoado!

Patty Kirsche disse...

@Lola: Já mandei uma msg pra meu colega, mas ele não respondeu. Qualquer coisa, eu te aviso.

@Sophia: Isso mesmo, ou a negra se ocidentaliza, ou ela se coloca numa posição de exotismo étnico. Na verdade, não existe liberdade de expressão visual fora desses dois estereótipos. O que sai desse lugar comum vira "inapropriado".

Má disse...

Nossa, Lola, vc tem toda razão quando fala do "ativismo de sofá". No momento em que começou a ser divulgada essa página, eu fui uma das que mandou comentários para o blog da maternidade, nesta matéria, me mostrando indignada com a postura do hospital. as redes feministas bombavam de gente comentando e questionando. Pouco tempo depois a página estava fora do ar.
Podemos nos questionar sobre a resposta padrão deles, sem intenção de ofender ninguém e bla. Eles provavelmente continuam sem ver problema algum nisso.
Mas pelo menos é um local a menos de conteúdo que propague a naturalização do racismo e padroes de beleza.

Paulo Magno disse...

@ViniciusMendes, brigar usando salto alto deve ser impraticável mesmo, mas se alguém conseguisse conseguiria dar uns chutes arrasadores.

Sphynx disse...

"Paulo Magno disse...
@ViniciusMendes, brigar usando salto alto deve ser impraticável mesmo, mas se alguém conseguisse conseguiria dar uns chutes arrasadores."

Tipo a Mulher-Gato nesse último filme do Batman, hehe.

lela disse...

eu acho que no documentário eles dizem wide hips (quadris largos) e nao wild hips

Anônimo disse...

Na boa, não aguento isso...me desculpem, mas o cabelo liso é muito mais bonito SIM! Pelo menos na minha opinião!
Não alisaria o da minha filha por questão de saúde...que é prioridade (ou devia ser) pra qualquer mãe.
Agora, essa é MINHA opinião, alisaria pq fica bonito..não por causa dos outros, até pq graças a Deus nunca sofri preconceito! Essa história de "se aceitem, bla bla bla" é balela...faça o que VC se sente feliz! Se vc se acha mais bonita, harmoniosa, de cabelo crespo...deixe-o assim e pronto. Não ligue pra padrões...me poupem, essa história de pressão é coisa pra gente de miolo mole, q faz tudo q os outros fazem!

Priscila disse...

Anoniminho querido das 17:29,

você, evidentemente, não entendeu NADA.

Luciana Ribeiro disse...

Tenho uma prima de cabelos cacheados liiindos e a mãe fez uma chapinha com 3 anos de idade. A menina chorou copiosamente ao se olhar no espelho enquanto a mae falava: mas vc está linda! minha mae é madrinha dela. Esse ano em seu sexto aniversário ela pediu uma Barbie que vem com uma chapinha e tinge de colorido enquanto passa a prancha nos cabelos. Será que isso a atingiu? Será que a gente vive numa sociedade que quer o controle sobre o que é legal, bonito? Acho, SÓ ACHO, que sim. Pq isso movimenta MUITA GRANA. É esse o cenário da maternidade, fazer girar lucro, custe o que custar, e essa matéria é umaa simples ilustração da pratica dos médicos e sistema fofo que circula em torno da maternidade. Por coincidência bem perto do anuncio da mesma maternidade sobre a proibição das doulas. Hmmmm....

Anônimo disse...

Nao agüento essa história de se assumir. Durante anos assumi minha juba e sofri muito preconceito por causa de minha aparência. Quando resolvi alisar minha autoestima subiu, fiquei mais feliz. Depende de cada um, assume quem quer. E ninguém acredita quando digo que meu cabelo nao e liso.

Anônimo disse...

Priscila querida (Sim, vc das 18:10)
Acho que quem não entendeu foi vc...entendi que a mãe da menina quer alisar o cabelo pra deixá-la mais bonita, o que no meu ponto de vista aconteceria mesmo, mas isso não vem ao caso...
Minha opinião é que podemos condenar nessa mãe APENAS o fato de fazer esse tipo de intervenção no cabelo de uma CRIANÇA, pois pode trazer danos à saúde, ela não devia se preocupar com esse tipo de bobagem tão nova, etc etc.
Agora, se vc já é crescidinha e prefere seu cabelo liso, alise. Se vc prefere seu cabelo com cachos, deixe-o natural...e assim vai.
Ridículo mesmo é essa IDIOTICE de "pressão pra ser assim...pressão pra ser assado", nós como mulheres inteligentes deviamos fazer o que BEM ENTENDEMOS...e não ficar discutindo esse tipo de baboseira e se sentindo pressionada pelos padrões da mídia
Vamos discutir coisa séria, meu povo!
E antes que venham me cruxificar....sou mulher, já ouvi dezenas de coisas do tipo "vc ficaria linda se perdesse uns quilinhos" ou "vc devia tomar uma corzinha"..
O fato é que eu não dou a mínima, sou feliz assim, me amo e tenho quem me ame também..graças a Deus!!!
Acho que na verdade não tenho tempo pra perder discutindo o que os outros pensam ou não...
Bjokas

Unknown disse...

Gostei desse post.Já vi manisfestações de racismo contra amigos meus e me revolta.
Alguém já viu uma modelo negra na capa da revisa Elle Brasil,por exemplo?Só servem pra editorias,nas capas só colocam mulheres brancas de biotipo europeu.Infelizmente o racismo é uma praga.

Duda Resende Felizardo disse...

Vale muito a pena ler: "Sem perder a raiz. Corpo e cabelo como símbolos da identidade negra". Autora: Nilma Lino Gomes. Editora Autêntica.

Fernanda Resende disse...

Lola, você é a mãe da paciência... Há cada comentário aqui!!! (Não precisa publicar isso!) Gosto muito de seus textos e os uso em minhas aulas. Bj! Fernanda. :)

Priscila disse...

Anônimo das 16:57,

eu ainda estou procurando onde foi que o texto contradisse você.