sexta-feira, 29 de junho de 2012

PROFESSORA DE INGLÊS TEM QUE ANDAR BONITA E ARRUMADA?

Camiseta feminista em modelo baby look

A T. me enviou um email revoltado anteontem, que publico aqui. Eu respondo (na realidade, peço ajuda aos universitários) depois.

Estou passando por uma situação que nunca nem sequer imaginei passar. Sou professora de inglês, por enquanto. Sempre amei inglês e estudava em casa até poder pagar um cursinho que fiz durante um ano e meio para conseguir um certificado e poder dar aulas. Este ano vou prestar o Enem para Letras. 
Entrei numa franquia de escola de idiomas há quase dois meses, e como já conheço a metodologia fica mais fácil para eles. O salário é ótimo e as pessoas também. Minha amiga que me indicou me falou sobre o dono,  que ele gosta que as mulheres usem maquiagem, salto e tenham sempre as unhas feitas. Bom, isso é um problema pra mim porque anos de uma ansiedade ridicula me levaram a roer minhas unhas até não existirem mais. Salto alto? nunca usei. Maquiagem? já tentei e francamente me sinto uma verdadeira palhaça. Não consigo usar batom, parece que não sou eu quando me olho no espelho, então não uso. Também não uso roupas justas no corpo, tenho 1,61 e peso atualmente uns 75 kg, ou seja, sou gorda. 
Logo na primeira semana de trabalho conversei com a coordenadora e pedi uma blusa de uniforme G. O dono me parou no meio do corredor com alunos em volta e perguntou por que eu estava usando blusa de professor e não de professora, e apontou para uma outra professora (magérrima) que estava por perto e comentou que gostava que as professoras se vestissem daquela forma, baby look. Como consequência, me deram uma blusa baby look EGG. Eu fico me perguntando que imbecil é capaz de fazer uma pessoa usar uma roupa EGG quando ela pode usar uma G, ou M que lhe veste bem. Mas, nãoooo... baby look é feminina. A outra não. Como se o fato d'eu usar uma blusa do meu tamanho diminuísse minha sexualidade. 
A blusa, mesmo sendo EGG, é justa e curta, eu estou sempre trabalhando incomodada e quem é professora sabe, preciso dos meus braços livres, preciso abaixar sem ter a necessidade de me preocupar que meu cofrinho vai aparecer. Além disso, é proibido usar casaco nem fino ou da mesma cor que a blusa do uniforme. Aumentem o ar, faça o que for mas não coloque casaco dentro da unidade. Eu disse dentro, não é quando você dá aula, ou está com alunos ou pais. É DENTRO da unidade. 
Enfim, hoje tinha sido um dia muito tranquilo. Eu estava bem comigo mesma, estava achando meu cabelo bonito, e o trabalho tinha sido muito agradável. Pois bem, chego em casa e minha amiga vem me contar que a coordenadora irá conversar comigo por que o tal dono quer que eu use calça apertadinha -- é isso mesmo que vc leu. Nada de roupa larga, pelo menos um batom, nada de franja, e tenho que começar a pintar as unhas. Isso me arrasou. Eu estou com muita raiva e minha vontade é de manda ele enfiar o narcisismo dele no meio do c*. Os poucos homens que trabalham lá (o dono prefere contratar mulheres; diz que são mais fáceis de lidar) podem usar a roupa que quiserem (o único requisito é vestir a camiseta), mas as mulheres não?
Todas as meninas que trabalham na recepção do curso são bonitas. É requisito para se trabalhar ali. Eu queria saber desde quando beleza interfere na sua excelência em sala de aula, ou melhor, no seu trabalho. O dono está sempre na unidade e eu estou sempre fugindo dele porque detesto o modo como me olha, eu me sinto um lixo. Há professoras bem gordinhas no curso, até bem mais do que eu e elas se vestem da maneira como ele quer, mas é patético! As blusas as vestem como o ursinho Pooh, nunca cobre tudo! Se levanta o braço a barriga fica toda de fora, e eu, independente de ser magra ou gorda, acho isso o fim! Minha barriga é coberta de estrias e eu morro de vergonha delas. Imagine deixá-las a mostra? Eu nunca fui à praia por causa disso...  
É inacreditável você não poder usar uma roupa que lhe vista de modo que você se sinta confortável! Lola, estamos em 2012 e eu não consigo acreditar que isso seja uma realidade e que eu esteja vivendo isso. As pessoas têm medo do dono da escola, tudo no curso gira em torno da figura poética que ele mesmo criou para si ali dentro. Dá medo, dá pena. Hoje eu estava tão bem, rs. Estava.

Minha resposta: Me solidarizo contigo, T. Acho que todo mundo na vida já pegou um chefe xarope. A maior parte dos chefes que tive foram ótimos, mas tive um que só falava besteira e que, por fazer quase tudo fora da lei, precisava se esconder na agência de propaganda sempre que a fiscalização aparecia. E um dos meus primeiros chefes era um idiota total, desses que acham que função de secretária júnior (meu emprego na ocasião) era comprar presente pra amante e mentir na cara dura pra esposa. 
E vou aproveitar seu email pra dizer com todas as letras: odeio baby look! Argh, odeio. Já fui forçada a usar isso também. É horrível. Não é confortável, não é bonito, e sempre tive a impressão que quem criou esse troço não quis apenas que as mulheres pareçam bebês (como diz o nome), mas que pareçam ter alguma deficiência mental mesmo. E vc não mencionou, mas outra coisa que eu odeio é meia calça. Faz a gente se sentir uma salsicha. Até acho que deixa as pernas bonitas, mas a que custo? Tem um episódio ótimo de A Sete Palmos em que uma personagem rebelde fantasia um número musical contra a imposição de ter que vestir meia calça (encontrei, tá aqui!).
Ok, agora chegando ao X da questão, creio que a escola de idiomas não pode exigir que suas professoras usem maquiagem, salto alto, calça apertada, cabelo de uma certa forma, esmalte nas unhas etc. Até entendo que recepcionistas tenham que usar isso (ossos do ofício), mas sinto que, ao menos que essas exigências babacas estejam especificadas no contrato, a escola não pode te despedir se vc não "entrar na linha". Seria discriminação, não seria (advogadas, respondam! Responderam: É assédio moral).
E não sei se isso é ilegal, mas recomendo que vc grave algumas conversas que a coordenação ou seu chefe tenham contigo a respeito dessas imposições. (Perguntei a advogadas/os e responderam que não só não é ilegal -- desde que quem grave seja um dos interlocutores -- como é recomendável). Aproveite e faça algumas perguntas, do tipo "Além da minha aparência, tem mais alguma coisa do meu trabalho que vcs não estejam contentes?". Porque isso pode provar (aí é que tá: serve como prova?) que, em caso de demissão, ela ocorreu unicamente por causa de vc não aceitar as normas de conduta que não são importantes pra você desempenhar sua função.
Outra coisa é procurar o sindicato pra se informar sobre como proceder. Talvez eles já tenham alguma experiência com um caso assim... Não sei se entra como assédio moral, mas quase, né? 
E imagino que conversar com o dono seja difícil, mas eu tentaria. E contaria pra ele algumas das coisas que vc colocou neste email, inclusive dizendo que algumas mulheres gostam de andar arrumadas, outras não, e que impor que todas as mulheres se comportem do mesmo jeito tem um nome. Machismo. Talvez ele já tenha ouvido falar?

140 comentários:

Mordechai disse...

Machismo de um lado, privilégio para mulheres do outro, afinal, se a autora do post tem dificuldades de se adaptar às exigências do emprego, homens não são nem contratados devido a preferência do dono por contratar mulheres. Agora imagina isso replicado pela maioria dos estabelecimentos e você vai entender porque falamos de "sociedade bucetista".

aiaiai disse...

Putz, que horror!

Eu acho que os conselhos da Lola são bons e serão complementados por quem entende de leis, não é o meu caso. Mas, se eu estivesse na sua situação ia começar a procurar outro emprego. Ta na cara que esse sujeito não vai mudar com conversa. Eu arrumaria outro emprego e entraria na justiça contra ele. Po, a gente tem que começar a denunciar algum dia, né?

Me lembrou uma situação q vivi qd tinha 18 anos: queria entrar para a marinha e tava superempolgada. Mas, quando fui fazer a inscrição para a prova estava escrito no documento q eu tinha q assinar que - se eu entrasse - iria passar por uma periodo de avaliação e que nesse periodo teria que demonstrar ser capaz de cumprir as regras impostas às mulheres na marinha. Entre as regras: se apresentar todas as manhas, às 7 horas, maquiada, mãos manicuradas, penteada e com o uniforme completo...desisti. Eu já não gostava de maquiagem naquela época e achei aquilo um abuso, mas não tinha a consciência de q não era só abuso, era machismo mesmo.
Pois é, deixei de seguir uma carreira por causa da exigência de maquiagem. Segui minha vida, me formei e sou muito feliz na minha profissão, mas de vez em quando vem uma tristeza por ter tido q desistir de um sonho...até quando?

Priscila Boltão disse...

Não acho que conversar com o dono seja boa idéia, pq ele obviamente é um idiota. Se fosse o tipo de pessoa que escuta alguém, não faria oq faz.
Ele não trabalha com mulher "pq é mais fácil". Mulheres são ensinadas desde o berço a obedecer. E a serem atraentes. E tenho certeza de que ele acredita que assim vai conseguir mais alunos. Exibindo mulheres bonitas. Não vejo outra razão pra querer que vcs estejam sempre de roupa justa, sem casaco. É pra associar a imagem do lugar com mulheres bonitas.
Meu conselho pessoal seria - pula fora dessa. Eu sei q não é fácil, a gente tem q trabalhar, tem que se virar, tem conta pra pagar, mas não acredito q vc não encontre outro lugar pra trabalhar que não seja agressivo a sua dignidade como esse.
Não sei se gravações podem ser usadas, mas acho que sim, em casos trabalhistas. Gravações não autorizadas acho que só podem ser consideradas inválidas em casos mais sérios. Se bem q uma vez, quando fiz estágio no tribunal, lidei com um caso de estupro cuja gravação ilegal ajudou o criminoso a sair livre, invalidando a acusação.
De qualquer modo, acho que antes de mais nada, você deve conversar com um advogado trabalhista. Ver se vc pode fazer algum tipo de gravação ou coisa assim como prova. De qualquer modo, veja se no contrato de trabalho tem alguma cláusula a respeito, mas duvido muito.
Acredito de verdade q vc devia era sair desse emprego e processar seu chefe. Mesmo que o contrato tivesse alguma coisa sobre aparência, eles não podem exigir de você algo que não interfere em nada com seu desempenho profissional, é ridículo.
Aff, to muito passada com essa história.

Priscila Boltão disse...

aiaiai, maquiagem a manicure pra entrar pra marinha??? Gente, que horror.
Mordechai já chegou de palhaçada. Mas eu acho q já falei no meu comentário - ele contratar só mulheres é o oposto de privilégio, é totalmente o machismo de querer "bibêlos" na sua instituição.

lola aronovich disse...

Eu sabia que algum mascu totalmente ignorante como vc, Mordechai, ia aparecer pra dizer uma besteira desse tipo. Nós feministas, ao contrário de vcs, somos contra discriminação por gênero. Nem para homem, nem para mulher. Tem muito mais emprego em que “mulher não entra” do que homem. Mas somos contra também que homens não sejam contratados para profissões predominantemente feminininas (e justamente por isso, que costumam pagar menos), como babá, empregado doméstico, professor primário etc. Mas vc não deve ter notado que estamos criticando o dono dessa escola de inglês.
E qual é o privilégio feminino num caso desses? Ter que abdicar de qualquer resquício da sua individualidade pra obedecer a um padrão imposto? Grande privilégio, esse! O privilégio dessa história é MASCULINO, animal (com todo o respeito aos animais). O dono contrata professores, que não precisam fazer nada além de usar uma camiseta.
E claro que vc não percebeu a nuance do cara preferir contratar mulher porque elas são mais fáceis de lidar. Por que será que somos mais fáceis? Porque fomos ensinados por essa sociedade b*cetista, como vcs dizem, a obedecer. A baixar a cabeça e dizer sim. Entende a nossa luta ou é muito complexo pra vc?


E eu podia fazer uma enquete perguntando quantas pessoas acham que Arnold e Bruxo Nefastinho são o mesmo mascutroll babaca, mas seria dar muito holofote pra pouco defunto.

Bruna B. disse...

Eu duraria meio dia em um emprego desses.
Se a forma de se vestir passa alguma credibilidade eu estou ferrada porque meu 'uniforme' diário é tênis, calça jeans, camiseta e meia dúzia de casacos (porque o RS é um gelo nessa época), não uso nada de maquiagem (sem sei usar) e odeio pintar a unha.
O preconceito contra mulheres que não se emperiquitam é grande.
Às vezes os clientes chegam aqui na sede da construtora e perguntam por mim, sem que tenham me visto antes, a poker face deles quando são encaminhados à minha sala e me encontram diz tudo. As outras 2 engenheiras e 3 arquitetas vivem de salto alto, maquiagem, unha feita... eu sou um tipo de ET no meio delas.

Sara disse...

Tb achei suas sugestões ótimas Lola, e a ilustração do ursinho Pooh é a melhor descrição de como sinto com esse tipo de camiseta rrsss.

André disse...

Mordechai,
Troque bucetista por sexista que eu concordarei contigo. Ou demonstre que todo brasileiro babaca tem uma buceta no meio das pernas.

Bruna B. disse...

correção

(NEM sei usar)

Admin disse...

Eu não manjo de direito, mas isso que o escroto do chefe da menina tá fazendo não é assédio sexual?

Mordechai disse...

Lola, a maioria dos empregos em que mulheres "não entram" são indesejáveis para mulheres e pagam menos do que os empregos medianos em que mulheres predominam. Não existe luta por igualdade na estiva, ou no canavial. A luta é pela igualdade nos CEOs, vocês olham para cima e vêem os homens em posições dominantes na sociedade e acham que todos são privilegiados por isso, mas a maioria dos homens não é CEO assim como a maioria das mulheres não está dentro do padrão de beleza exigido para elas, e existem muito mais cargos de assistência administrativa do que de comando, e esses cargos são ocupados primordialmente por mulheres, daí a ideia de um privilégio feminino no mercado de trabalho (não sei quanto às estatísticas brasileiras, mas nos EUA o desemprego masculino é bem maior do que o feminino, e isso levando em conta somente pessoas que buscam emprego, ou seja, não contabilizando donas de casa).

De qualquer forma, abdicar de qualquer resquício da sua individualidade pra obedecer a um padrão imposto é basicamente a vida de todo homem, ou você acha que somos aceitos se não nos encaixarmos no padrão de masculinidade vigente que exige que sejamos agressivos, estoicos e dominantes o tempo todo? E existe muito menos tolerância para homens que desviam desse padrão do que para mulheres que desviam do padrão feminino. Norah Vincent quando fingiu ser homem para escrever Feito Homem disse que o mundo dos homens é um baile de máscaras, onde todos fingem ser algo que a sociedade exige que eles sejam e a individualidade está escondida dentro de uma camada espessa de armadura.

Barbie Furtado disse...

Gente, que absurdo, isso! Dou aula de inglês na Cultura Inglesa -- e menciono o nome porque respeito muito a escola e sua atitude em relação a tudo -- aqui em Fortaleza, e nunca nem me passou pela cabeça que alguém pudesse querer interferir no meu modo de me vestir ou se eu uso maquiagem, salto ou coisa do tipo. Aliás, quando eu fui começar lá, perguntei uma colega de trabalho se podia usar bermuda no joelho, que fiquei com medo de mostrar as canelas, sei lá, não sabia se era permitido. Ela falou, "Pode, ué." Mas ninguém lá interfere como você se veste ou parece.

Uma colega que ensina em outro curso falou que lá todas as professoras são obrigadas a usar maquiagem! Imagina!!! Eu nunca daria aula num lugar que me obrigassem a usar maquiagem! Ia me sentir completamente manipulada e denegrida! Fiquei completamente revoltada com isso. Como assim as professoras tem que passar um negócio no rosto, que muitas vezes dá alergia e faz elas se sentirem desconfortáveis, porque alguém está mandando? Ah, vá!

Acho que se você vai trabalhar num lugar, claro, existem regras a serem seguidas. Você deve se portar de certa maneira, chegar no horário, tratar as pessoas com respeito, mas daí a usar roupa justa, passar maquiagem, e o escambau, é demais pra mim. Eu acho que mandava logo a pessoa ir se lascar e partia pra outra. Que eu sou atrevida assim mesmo.

Anônimo disse...

Mordechai

Sociedade bucetista ou sociedade machista? Afinal, se o dono tem preferência por contratar mulheres, com o único objetivo de tê-las como objetos decorativos, trata-se de machismo, que prejudica também os homens.
Culpar as mulheres por isso faz tanto sentido quanto culpar os homens. Onde reside a culpa? Na sociedade como um todo, que nega a existência de uma ideologia arcaica, que limita homens e mulheres a papéis de gênero sem sentido.

Bru Holmes disse...

Que nem a outra Bruna, eu também (acho) que não duraria meio dia no emprego.
Em compensação, tem o lado financeiro; nem sempre é tão fácil e simples sair de um emprego.Se arranjar outro logo em seguida beleza, mas e se não?

Bom, quanto ao caso: fico triste aos aber que para mantermos nosso ganhã pão, tem que se submeter. Pensem no quanto perdemos:

as mulheres já ganham menos que os homens, de modo geral. Maquiagem, salto alto NÃO é barato. Já viram quanto do salário se vai nisso , em roupas e depilação. Acho cruel que o sexo que ganha menos é o mesmo que tenha que gastar mais com (como diz a Lola) "manutenção".

Questão do tempo: se arrumar, pintar a unha, depilar, se maquiar são coisas que demandam TEMPO. Vamos supor que uma mulher entre no serviço as 8h. Quanto tempo antes ela tem que levantar para se arrumar? Já pararam para pensar?
O homem se levanta, se veste, se lava, toma um café e sai pro trabalho ( estou generalizando).

A mulher em alguns casos, levanta, se veste, se arruma, se maquia, lixa a unha, etc e aí toma café quando dá. Ah, esqueci, mulher não come. (ironia)

Mordechai disse...

Aliás, vocês realmente acham que existe uma clivagem na educação entre homens e mulheres, onde homens são educados para o comando, e mulheres para a obediência? O que eu lembro da minha educação, eu tinha que obedecer aos meus pais, aos professores, aos mais velhos e às figuras de autoridade assim como todo mundo, nunca fui educado de forma à achar que eu poderia mandar em alguém só pelo fato de ser homem, eu até acredito que os filhos da elite sejam educados para o comando, para assumir a empresa da família, e se acostumem a exercer domínio dentro de casa com empregados e empregadas, e como mulheres só tem olhos para os homens top vocês achem que a maioria é assim, mas não se enganem, a maioria dos homens também é criada para obedecer. Só que nós nem temos a oportunidade de exercer essa obediência, já que enquanto vocês lamentam ter que usar maquiagem no emprego, nós nem somos contratados.

Sofia disse...

Isso é assédio moral, cara leitora! "E o que é assédio moral no trabalho?

É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego." http://www.assediomoral.org/spip.php?article1

Procure seus direitos e imponha sua postura. A única coisa que um empregador pode exigir de seus funcionários é: usar uniforme (e aí vc poderia usar a blusa masculina G, pq é uniforme), que a pessoa esteja vestida adequadamente ao ambiente de trabalho (o que não inclui roupas justinhas e curtas, definitivamente), que tenha higiene pessoal, ou, em algumas profissões, que se use cabelo preso e tal. Em resumo, que a pessoa use roupas limpas e adequadas, e que tenha o mínimo de preocupação com a aparência a ponto de estar limpa. Agora, exigir maquiagem, unhas pintadas e roupa "apertadinha" e qualquer coisa que o valha, não pode. Acho que nem de uma recepcionista se poderia exigir isso; exige-se porque virou algo "cultural" da nossa cultura machista que as mulheres esteja maquiadinhas e perfumadas.
Não fazer a unha nem usar calças justas não é motivo pra demitir ninguém, faça valer seus direitos, se imponha, e se for demitida por se impor, mesmo sendo uma profissional competente, processe!

Anônimo disse...

Aliás, sociedade "bucetista" é um termo misógino. Não é muito coerente usar destes termos para referir-se ao sexismo, pois é um termo sexista em si. É contraditório, sabe?
Sobre a "igualdade só em posições de CEO", sugiro que pesquise mais sobre as reivindicações. Não se trata de querer privilégios, mas de questionar a falta de equilíbrio nos cargos de poder, afinal, estamos em uma sociedade democrática e quanto mais representatividade, melhor. Ter somente um padrão no poder é questionável sim.
Sobre mulheres em papéis mais pesados, um filme ótimo sobre o tema é Terra Fria, com Charlize Theron. Mostra bem que profissões mais pesadas, vistas como masculinas, podem representar um ambiente hostil às mulheres. Do mesmo modo, há mais empregadas domésticas e babás mulheres do que homens, justamente por essa divisão de papéis de gênero da ideologia machista.
O que questionamos? Justamente essa divisão em papéis de gênero e como isso afeta a sociedade.

PS: você dá bom dia aos garis na rua, por exemplo? Para mudar essa ideia de que há trabalhos "menos dignos", o ideal é que nós parássemos de tratar esses profissionais como invisíveis.

lola aronovich disse...

Mordechai, e vc acha que a maior parte das mulheres está tentando vaga para CEO, ou vaga para empregada? A luta do feminismo é pela igualdade, incluindo aí que mulheres possam ter os mesmos empregos dos homens. Se vc acha que mulher não quer ser mineira, estivadora, canavieira (sério? Vc acha que não existem mulheres nos canaviais?), elas querem sim – tanto quanto os homens. Leia Backlash, de Susan Faludi, que fala o que aconteceu nos EUA assim que uma lei nos anos 70 foi aprovada, lei que proibia pedir um homem pra uma determinada função. Milhões de mulheres foram tentar empregos tradicionalmente masculinos. Há montes de cidades que só tem uma fonte de emprego, uma fábrica, por exemplo. E até os anos 70 essas fábricas só aceitavam homens. Isso significava que as mulheres daquela cidade só podiam ser donas de casa, empregadas ou garçonetes, empregos que pagam muito pior que os de fábrica. Imagina a revolução que foi as mulheres poderem disputar os mesmos empregos que pagavam bem. E veja Terra Fria para entender como as mulheres foram (mal) recebidas. Terra Fria, aliás, fala de mulheres mineradoras.
Mulheres ganham 30% a menos que homens. Isso é um dado estatístico. Há pesquisas provando que até quando exercem a mesma função na mesma empresa, mulheres recebem menos. Mas o principal fator dessa enorme diferença é justamente a divisão de trabalho. Ser pedreiro e porteiro (funções bastante comuns para homens de baixa escolaridade) pegam muito melhor que ser empregada ou manicure de periferia.
E sobre os homens terem que usar máscaras, concordamos totalmente. Falei disso no meu post de ontem. CRITICAMOS esse modelo ultrapassado de masculinidade. Esse mesmo modelo que vcs mascus festejam... E que só faz mal a vcs e ao resto do mundo.


Barbie, que bom que nem todas as escolas de inglês insistem nessa besteira...

Bruno S disse...

De um lado temos o IBGE dizendo que os homens ganham 25% a mais que as mulheres e que o desemprego é maior entre elas.

De outro, temos o Mordechai dizendo que há privilágio às mulheres no mercado de trabalho.

Em quem devemos confiar?

Sofia disse...

Além disso, por que diabos um chefe faria esse tipo de exigência das funcionárias, se não por ser um escroto tarado? Ela se declara gordinha, um pouco desconfortável com sua aparência, e relata que o chefe usa as bonitonas como referência. Então, o que eu entendo é, ele só não deve assediar SEXUALMENTE as funcionárias que não estão dentro do padrão dele de beleza. Mesmo a leitora do relato sendo gordinha, e talvez não "fazendo o tipo" dele, ele quer que ela esteja feminina e maquiada, pra que seja mais agradável de ser olhada por ele. Então, se ela fosse uma gostosona (pelos padrões de beleza brasileiros - magra, bronzeada, "sarada" e peituda), será que ele se contentaria só em olhar? Ele trataria com respeito? Ou é aquele tipo de chefe que joga cantadinhas e olhares lascivos pras funcionárias?
Daqui a pouco ele vai usar a desculpa da aparência pra mandar a leitora fazer dieta, ir à praia, pintar o cabelo e depilar a virilha por completo!

Bruno S disse...

Voltando ao tema do post de hoje, as exigências são inacreditáveis.

Assédio moral mesmo. Acho que a moça faria bem em juntar evidências.

No dia que não aguentar mais ou que for mandada embora não deixe de processar um babaca desses.

lola aronovich disse...

ATENÇÃO: Fiz a pergunta sobre gravar a conversa e vários advogad@s responderam. Disseram que é PERFEITAMENTE LEGAL e inclusive recomendável gravar a conversa, desde que vc seja um dos interlocutores. Então fica aí uma arma poderosa.


Ai, coitadinhos homens, Moderchai. Não têm emprego, né? Ganham menos.... Primeiro que o que vc fala do desemprego masculino não é bem verdade. Aliás, agora na “recuperação” americana após a grande crise de 2008, o desemprego tem diminuído, mas o desemprego feminino com bem menos força que o masculino. Sobre educação que recebemos, vc não sabe do que está falando. Pesquise sobre “entitlement”. Saiba o que é ser educado pra ser o rei do universo, e o que é ser educado pra ser escrava, ou, no cenário “positivo”, princesa. Menino pode sair, brincar fora de casa, se aventurar. E menina tem que cuidar da casa quando ainda tem 5 anos de idade. Sério que vcs mascus não têm irmãs e não vêm essa diferença de tratamento?
“E como mulheres só tem olhos para homens top”-- olha, mais uma dessas idiotices mascus que vcs tentam passar como verdade, e eu deleto.

Carlo disse...

Dado estatístico, pesquisa comprovando, engraçado como não aparecem as fontes dessas coisas.

Sobre o post em questão, o chefe até é babaca, mas a exigência dele é de uniforme, ele não se importa se a mulher é gorda ou feia, então acho que esse processo não deve ir muito longe.

Luma Perrete disse...

No lugar da pessoa que escreveu o e-mail, eu já estaria procurando outro emprego.
Já que a escola é franquia, será que não vale uma denúncia pra sede? Franqueados têm que cumprir certos padrões e duvido que esse tipo de coisa seria tolerada, pois mancha a imagem da franquia toda.

Anônimo disse...

"mas é melhor ganhar pouco e receber privilégios porque transa com o chefe do que não ganhar nada"

Claro, nosso maior privilégio é sermos prostitutas de luxo da sociedade bucetista. Aliás, toda mulher tem uma carteirinha profissional para usar seu "bucetapower" com chefes, sabia não?
Mulher ascender na carreira por mérito próprio? Isso não existe no dicionário vitimista dos homens de bem...

lola aronovich disse...

Ok, Mordechai. Vc está sendo deletado. Preconceito idiota e mentiroso demais num só comentário. Vc pode escrever essas besteirss nos fóruns e blogs mascus, que lá todo mundo acredita e propaga isso. Mas aqui não. “Todo chefe quer uma funcionária do sexo feminino” (é muita idiotice! Mulheres são discriminadas pelo simples fato de engravidarem... pra começar), “mulheres com baixa escolaridade têm mais possibilidades de almejar empregos que exijam mais qualificação do que elas possuem caso elas sejam relativamente atraentes” (alguma pesquisa além das tradicionais do Instituto Mascu As Vozes me Disseram comprova essa bobagem?), “você pode argumentar que [mulheres em fábricas] ganham menos, são submetidas a "abuso sexual" e tudo mais, mas é melhor ganhar pouco e receber privilégios porque transa com o chefe do que não ganhar nada”. Vá VC ser abusado sexualmente pelo chefe pra ver se é melhor isso do que estar desempregado, seu infeliz! ADEUS. Não preciso que meu blog seja infestado por tipos completamente idiotas como vcs.


Carlo, outro mascu que não sabe ler.... A exigência é de uniforme? Sério? VC LEU O POST, seu idiota? (Pro pessoal que não é mascu, perdoe minha má educação, mas hoje estou especialmente de saco cheio de troll). E por que estou discutindo com essa gente? Tenho mil e uma coisas pra fazer!

Beatriz disse...

Acho que a situação caracteriza assédio moral. Outra dica que dou é, se a escola for uma franquia, procure a franqueadora. Vc pode denunciar o dono por más práticas e ele sofrer sanções. (franqueadoras são grandes e não querem se comprometer de jeito nenhum).

Mordechai, vc está dando um exemplo muito pontual de uma determinada faixa de escolaridade. Realmente mulheres têm mais facilidade em encontrar trabalho de secretária, por exemplo (até pq é uma profissão com uma carga sexista grande). De doméstica tb. Mas têm mais dificuldades em todo o resto. E a diferença aumenta qto maior for a escolaridade, o que é bem injusto. (uma amiga teve aula sobre isso na pós, tem dados de uma pesquisa bem recente q diz q isso acontece até em países bem igualitários, como a Islândia). Qdo vc é mulher pós graduada, a diferença salarial é gritante, muitas vezes em relação ao seu colega de cargo que trabalha do seu lado fazendo exatamente a mesma coisa.

Anônimo disse...

Lola

A sua "grosseria" é justificada. Abuso sexual é coisa séria, não pode ser tratada como se fosse um privilégio nosso, ou algo da nossa cabeça. Revoltante essa culpabilização da vítima.
Não precisamos desses tipos aqui.

Cristal disse...

eu sei, eu seeeei q meu palavreado é sempre baixíssimo, mas eu tenho q dizer: esse tarado desgracento usar suas funcionárias como material pra punheta. quer ter pra onde olhar, não gente competente. ai que raiva q eu tenho desse tipo de pessoa! nunca lidei com gente assim, mas tenho nojo só de ouvir falar.

Beatriz disse...

Lola, tô amando a tolerância zero, o blog melhorou muito com isso.

Cristal disse...

ooops. era pra sair "QUER usar suas funcionárias..."

teachermi disse...

Trabalho como professora de Inglês em escolas de idiomas e é exatamente isso que acontece. No meu primeiro estágio, a chefe (uma mulher) chamava minha atenção o tempo todo porque não fazia as unhas. Trabalhei em uma escola em 2010 que, depois de um ano, a dona confessou que me contratou não pelo currículo - o meu é bom para o mercado -, mas porque eu fui à entrevista usando maquiagem.
Agora, estou em uma renomada rede de escola de idiomas (sim, eu toco bastante de emprego porque perco a paciência). Além de termos MUITO trabalho extraclasse (o dobro das horas em sala de aula, sem receber um pila), recebemos emails da diretora falando sobre a importância de estarmos sempre maquiadas, bem vestidas, de salto alto. A diretora nos para nos corredores para corrigir saia, decote, fazer comentários sobre a falta de esmalte. Já contei que os professores homens, além de não precisarem seguir todos esses requisitos, recebem mais por hora-aula?
Agora vou explicar como, infelizmente, funciona uma escola de idiomas:
Alguns sugeriram que ela conversasse com o dono da escola. Acho que seria uma boa ideia para que ela pudesse gravar a conversa, e só. Eles vão cavar motivos na reunião para arrumar encrenca.
Se você quer continuar no ramo de idiomas, não entre com ação na justiça. É uma bateção de telefone danada, todos se conhecem e buscam referências, e vai ser bem difícil arrumar emprego depois.
Gostaria de perguntar se você é contratada como professora ou instrutora. Explico: até existe um sindicado que protege instrutores, mas não é regido com a mesma seriedade do SINPRO.
Sugiro que você junte provas, testemunhas e leve o caso ao Sinpro. Temos que unir forças contra esses abusos. Também estou juntando as minhas.

Camila Fernandes disse...

Sabe, eu vejo certas pessoas (como o dono da tal escola de idiomas) e fico me perguntando se é POSSÍVEL que alguém seja tão obtuso e totalmente fora da realidade. Isso não entra na minha cabeça, mesmo.

Marina disse...

Minha primeira reação ao ler o post foi que eu já teria pedido demissão há muito tempo, porque eu não aguentaria trabalhar com um babaca desses. Fico impressionada com as outras professoras que aceitam esse tipo de exigência absurda. Faça um favor a todas elas e processe esse cara.

Laila disse...

Não acredito que o contrato de trabalho tenha alguma cláusula prevendo unha feita, maquiagem e camiseta baby look.
Se não estiver no contrato, não vejo fundamento legal pra que o chefe exija isso tudo.
Uma gravação onde fique constatado que ela terá que mudar a aparência é uma ótima forma de fundamentar uma reclamação trabalhista.
Hoje em dia qualquer smartphone tem aplicativo de gravação de voz, é só colocar no bolso e começar a conversa.

Carlos disse...

Beatriz disse...
Essas pesquisas feitas por pessoas da area de "estudo de genero" que dizem que a mulher ganha menos na mesma profissão me parece bem tendenciosa por que quem faz a pesquisa geralmente esta interessado em provar um ponto.Tem alguns outros estudos que dizem que discriminação salarial pura e simples é pontual mulheres geralmente ganham menos que os homens por que os homens,ficam mais tempo na mesma empresa, optam por sub-áreas mais lucrativas e por horários que pagam mais.

Mas supondo que discorde totalmente deste argumento ,e que acredite piamente que é verdade que as mulheres ganham 20% menos para fazer a mesma tarefa.Se isso for fato por que não há empresas contratando só mulheres e quebrando a concorrência ?

Maicon Vieira disse...

Realmente ele não pode exigir isso? Lembro dessa notícia aqui que a empresda pode exigir que o funcionário não use barba:

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/940188-para-tribunal-empresa-pode-vetar-funcionario-com-barba.shtml

Nih disse...

Instituto de Pesquisa As Vozes Me Disseram Bombando.

Por isso que precisamos não discutir com imbecis. Para cada dado estatístico que você der, eles virão com alguma babaquice do tipo "mulheres dão pro chefe e conseguem privilégios" ou "mulheres têm menos dinheiro porque gastam em sapatos". Tem dó!

E sobre os que duvidam da diferença de salários: ouviram falar da lei que acabou sendo vetada? Ela previa punição para empresas que pagassem menos a mulheres. O governo teve que recuar por ameaças das empresas. Vão à merda seus merdas!

Unknown disse...

Meus conhecimentos de direito do trabalho estão embotados na memória (não estudo essa matéria desde o final da década de 1990...), mas é assédio moral, sim. Porém, entre os donos de cursos e escolas há muito corporativismo. Mesmo o/a profissional estando certo/a, o dono de um estabelecimento desses pode criar dificuldades pra que um trabalhador tido por "encrenqueiro" encontre trabalho, mesmo que ele/ela seja competente e esteja com a razão do seu lado. Enfim, infelizmente quem está certo nem sempre leva a melhor. É preciso pensar nisso também antes de tomar alguma atitude. Talvez o melhor seja encontrar outro local de trabalho, onde esse tipo de exigência não exista. Meio difícil opinar. A autora do texto ainda nem entrou na universidade. Tem toda uma vida de estudos e de trabalho pela frente. É uma situação horrível. Com certeza cabe até uma indenização por danos morais.

lola aronovich disse...

"Fedida e mal amada", Roberto? Mais um mascu que se despede de comentar neste blog. Tchau. Me antecipando à choradeira: se vc não entende por que "mal amada" é um termo sexista, enquanto "merda" é genérico e, por isso, mais inofensivo, vc não aprendeu nada enquanto leu este blog.
Além dos mascutrolls típicos que são sempre deletados, hoje se juntaram à lista Mordechai, Carlo e Roberto. Mais algum?

Maicon Vieira disse...

Foi comentado que mulheres ganham 30% a menos que homens, mas também elas trabalham menos que homens. Essa diferença na carga horária seria responsável por quantos porcentos dessa diferença salarial?

Allice disse...

"Tá cheio de homem c/doutorado fazendo concurso p/gari pq é dificílimo competir c/mulheres q usam o corpo p/conseguir os melhores empregos".


Sério? eu sou mulher, magra, ruiva, estudada e tô me acabando de chorar porque acho que nunca vou ter um bom emprego na vida! kkkkk E olha que tô na graduação e já estou nesse nível de desespero! Imagina se tivesse mestrado? Cruzes! Estaria maluca.

Nih disse...

Trabalham menos? Says who?

Allice disse...

Eu trabalho/estudo muito quando não tô de férias e ganho pouco. Fico 14 horas do meu dia fora de casa!

Maicon Vieira disse...

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1059067-mulher-ganha-menos-que-homens-mas-carga-horaria-e-menor-diz-ibge.shtml

Nih disse...

Mascu pra mim é merda é ponto final. Um sujeito que acha bonito uma PESSOA ganhar menos por ser mulher pra mim é escória e ponto final. Ficou ofendido? Dá o c* que passa!

Allice disse...

Ai ai
Mande a real: saia do armário.




Tadinho.

Allice disse...

O bom do feminismo é que economizamos o tempo da depilação, salão de beleza, cirurgias doloridas e etc.

Como estou cansada de dizer: o feminismo te liberta de muita prioridade inútil.

Não é crime andar bonita, é um crime obrigar/querer moldar um ser humano ao seu bel prazer como se fosse um enfeite de mesa, pior ainda, estão a exigir diplomas E estética. É o dobro da exigência pela metade do preço.

Nih disse...

Ai Minha Nossa Senhora dos Pentelhos de Aço!

O que nós contestamos, obviamente, está em duas frentes:

1 - Salários menores para funções tradicionalmente femininas. (pedreiro e estivador ganham muito mais do que empregada doméstica)

2 - Salários menores para mulheres que desempenham o mesmo cargo e trabalham a mesma quantidade de horas. Entendeu agora?

Pesquisa de órgão internacional: http://www.brasil.gov.br/secoes/mulher/desigualdade-de-generos

Allice disse...

A cada vez que esse sujeito posta eu sinto mais dó dele.
E não estou sendo irônica.
Precisa de um psiquiatra.

Nih disse...

Muito doente mesmo...rs

Precisa de carro para se tornar atraente? Putz, que mente limitada!

Sem comentários!

Allice disse...

Meu namorado é magrelo ,anda de bicicleta pra cima e pra baixo e eu não troco por nenhum bombado de BMW porque eu já faço o meu, por mais pessimista que eu seja, lá no fundo sei que vou ter meu salário e minhas coisas.
Não preciso encostar em ninguém, se esse cara anda com mulheres tão machistas, tadinho.
Está realmente perdido. Porque o machismo oprime tanto homens quanto mulheres.

André disse...

Bruno S.
A diferença existe mas é menor que 30%: http://meusalario.uol.com.br/main/salario-e-renda/Salario-Check.

André disse...

E, pelo menos no interior de São Paulo, uma diarista já ganha quase o mesmo que um pedreiro.

Nih disse...

Você deve estar confundindo com os ajudantes de pedreiro. Os pedreiros, apesar do trabalho pesado ganham relativamente bem.
Se você comparar com as funções de secretária e recepcionista vai dar muita diferença.

Sabe quanto oferecem para uma secretária executiva bilingue? Entre 800 e 2500 reais (isso porque elas representam o top da elite das secretárias.
Uma recepcionista ganham 1 salário mínimo e olhe lá, cheio de descontos.
Um dias desses vi uma vaga de 700,00 para PsicologA. Isso mesmo: uma mulher com nível superior completo ganhando um pouco mais do que um mínimo.

Iara De Dupont disse...

Texto deprimente ! Realista, verdadeiro e triste.
Passei anos trabalhando como atriz e acreditava que essas exigencias nojentas aconteciam apenas no meio que eu circulava, agencias de atores e testes.Já fui chamada de canto pela minha mania de usar tenis, atrizes sérias não usam para ir aos testes, elas vão de havaianas e trocam na hora de entrar, colocam os saltos. A saia justa, a blusa colada, fugi disso a vida inteira e agore vejo que é regra em grande parte do mercado de trabalho .Pena que eu não sei lidar com isso, tenho um certo asco a me vestir assim, não me sinto bem e acredito que a competencia no que for não vem da roupa.
Se for em SP,eu já posso até adivinhar onde essa moça trabalha.Me chamaram para uma entrevista o ano passado,mas eu me senti muito mal durante a entrevista com o dono,um libidinoso nojento, tive a sorte de não passar na entrevista,mas sou a favor de processos, acho que ela deveria processar a escola.Não tem outro jeito de mudar o mundo,o machismo tem que ser afetado no bolso, tem que processar mesmo.

T. disse...

Bom, a carteira é assinada como professora mesmo. E, de verdade, não adianta ele não contratou um professora com um puta curriculo, minha amiga e ex-coordenadora, por que o dono de outra unidade disse que não era p fazê-lo. E, sem motivos, por pura sacanagem. E, o pior é que são tudo da mesma igreja o que só complica, já que eles tem a ilusão de que são tudo irmãos e amigos.
Quanto a desistir, estou lá apenas 1 mês, pensei que fosse passar, não sou de desistir fácil e fora que como disse anteriormente, o salário é bom, a gente trabalha por que precisa. Mas, depois dessa novidade resolvi chutar o balde.

Nih disse...

Reúna provas contra o cara. Just in case.
Depois você vai se arrepender de não ter feito nada. E depois que tiver provas disto reunidas, vá trabalhar de uniforme, mas sem cumprir exigência alguma. Quando ele resolver te demitir, coloca a boca no trombone. Coloca algum grupo de defesa dos direitos humanos em cima, sindicato, o que for. Se for para fazer alguma coisa, faça bem feito, faça com que seja público e escandaloso. Acho que depois disto qualquer curso pode pensar duas vezes antes de fazer este tipo de merda.

Unknown disse...

A situação de T. é bastante delicada. Ela está coberta de razão, mas, enquanto um processo tramite na justiça, ela vai viver de que se nenhum dono de curso ou escola lhe der emprego? O ideal é ela passar num concurso público. Mas isso também demanda tempo. Agora percebo porque as mulheres se dedicam mais do que os homens ao estudo pra concursos. Pelo menos fazendo um concurso elas não precisam se preocupar com essas bobagens de roupa x, esmalte y, maquiagem z... É meritocracia e ponto. A iniciativa privada é muito cruel com as mulheres. Horrível.

Carolina disse...

Reúne todas as provas que conseguir e 'taca' na justiça djá!!!

Clara Morais disse...

Uptime?

T. disse...

Sim, Marcelo! irei seguir vários conselhos daqui. Menos o seu.

Nih disse...

De fato, a idéia do concurso público é boa sim. Não porque ela seja "despreparada" ou "inadequada", mas sim porque uma sociedade onde tal atrocidade é possível é inadequada, para dizer no mínimo.

Nih disse...

Tinha que ter um ridículo para querer colocar a culpa em uma funcionária que foi/está sendo humilhada. Esses mascus, viu.

Nih disse...

Um detalhe interessante: eles frequentam a mesma igreja. Por que será que eu não me surpreendo com esses "crentes de rabo quente"?

Muito cristão sexualizar as funcionárias e praticar assédio moral.

UP! - UFRRJ disse...

Continuem exaltando "feministas" como Valéria Popozuda que vamos seguir sendo vistas como objetos sexuais.Isso aí nada mais é do que assédio,nada tem a ver com "algumas mulheres gostam de andar arrumadas e outras não" ou "individualidade".Tem a ver com o modo de como somos vistas pela sociedade e que infelizmente,tem sido encorajado por muitas "feministas" que chama a auto-objetificação das mulheres de "escolha".

Cris Aguiar disse...

Minha filha é professora de inglês e na escola que trabalha só solicitaram que não fosse dar aulas de tênis e que não vestisse blusas decotadas ou saias e vestidos curtos. Embora ela use maquiagem (bem leve), acho que não trabalharia na escola caso fosse exigido que usasse salto e estivesse com as unhas pintadas.

Anônimo disse...

Hayashi

Claro, porque tudo é culpa da mulher, essa teimosa que não quer "se dar o valor" para ser respeitada. Tsc tsc, as eternas evas e pandoras.
Seguindo a sua lógica, o estupro também só existe pq as mulheres saem por aí mostrando a pele... Não é o machismo não, é o comportamento das mulheres sempre.

lola aronovich disse...

Pelamor, Hayashi! Vc tá falando como se nós feministas tivéssemos culpa pelo comportamento machista do chefe da T! Chefe que, aliás, deve DETESTAR a Valesca. Deve achá-la a reencarnação do demo, como ele deve achar uma feminista.
E sim, escolha ainda é importante pra muitas feministas. O q vc propõe, proibir a maquiagem e o salto alto? Não é mais producente processar o chefe da T. por discriminação e assédio moral?

Marques-Samyn disse...

A maior parte dos absurdos do relato já foi bastante abordada no próprio post, pela Lola, e aqui na caixa de comentários. Queria apenas destacar o quanto lamento a (compreensível) vergonha que a T. manifestou a respeito o próprio corpo. É algo compreensível, já que todos, mas incomparavelmente mais as mulheres, somos bombardeados o tempo todo com modelos de beleza; mas é lamentável que isso ocorra, e que as pessoas ainda se sintam mal com seus próprios corpos por nao se adequarem aos modelos tidos como ideais (diga-se de passagem, incutidos `a base do Photoshop). É muito triste que T. nunca vá `a praia por ter vergonha de sua própria aparencia, que se prive de algo que poderia ser prazeroso por ter vergonha de si mesma. E, como se nao bastasse, ainda vem esse cretino, mais preocupado com sua aparencia do que com sua competencia profissional. Como se a beleza fosse realmente padronizável; como se tivesse algo a ver com caráter ou profissionalismo. Muito triste que seja este o mundo em que vivemos. E que haja instituiçoes, como a escola de idiomas em que T. trabalha, nas quais esses valores distorcidos sao transformados em normas.

Nih disse...

Coloque a culpa no culpado. Princípio básico que deveríamos tod@s seguir.
Para muitas mulheres de comunidade do Brasil, a Valesca é uma voz de empoderamento. Fica fácil vê-la como simplesmente uma mulher "vulgar" olhando de cima do AP da Zona Sul.

Nih disse...

Quando a sua perspectiva de vida é ter o primeiro filhos aos 14 anos e tentar sobreviver em meio à violência doméstica e urbana, as coisas são bem diferentes e uma voz que se levanta dizendo "e eu dou pra quem quiser que a porra da buceta é minha", dentre outros refrões do funk carioca é praticamente um oásis de democracia sexual.

Luana disse...

Nossa que putaria. Aliás adorei o seu blog, você escreve muito, o texto me chamou a tenção no começo ao fim.
Ela tem que tomar alguma atitude, não pode deixar as coisas assim não,m ela vai acabar ficando sempre deprimida e desconfortável e a saúde mental vai pelos ares também.

Bjs

Julia disse...

teatchermichele, eu me recuso a acreditar que os professores homens ganham mais de hora/aula só por serem homens. Não é possível. Se isso for verdade as professorAs daí tem que se unir, TOMAR UMA ATITUDE. Até quando vamos aguentar calada essas coisas??

E não duvido nada que o diretor do post tenha colocado câmeras no banheiro das mulheres.

PS: Lola, adorei sua agressividade. Joga duro com esses cretinos!

Penkala disse...

pedir pra usar uma blusa que não cobre direito teu corpo, pedir pra usar calça justinha... isso é assédio moral. além de contratar mulheres pra ficar olhando pra elas, ainda coloca as funcionárias em situação degradante. e nem vou comentar sobre o nível de escrotidão desse machismo.

Penkala disse...

dizer que mulher é privilegiada quando é contratada pra ser tratada do jeito que esta professora de inglês tá sendo é tão fora da noção que eu nem saberia como começar a comentar uma coisa dessas. é a realidade do mundo machista se dobrando sobre si mesma: os homens que não estavam satisfeitos em tratar mulher como igual, agora começam a desdobrar sua choradeira porque o mundo é LEGAL COM AS MULHERES? faça-me o favor. em que mundo esta criatura Mordechai vive?

Anônimo disse...

Lola, desculpa, estou no post inapropriado pra comentar... Meu nome é Ela é subitamente senti a necessidade de postar a minha história de horror, e demorou um pouco pra cair a ficha de que essa é uma história de horror. Não a contei pra ninguém ainda, nem em terapia, e não sei dizer exatamente o porquê.
Aconteceu dois anos atrás. Eu tinha dezoito anos recém completos, já leitora desse blog, e há muito me considerando feminista. Fui à uma exposição de arte com um cara que tinha conhecido há pouco, divertido, bonito, nada demais, um pouco atraente. Fazia o mesmo curso que eu na faculdade, mas em uma instituição muito mais cara (a mais cara de São Paulo, acredito eu), e era quase 10 anos mais velho. Me convidou pra ver seu estúdio de fotografia, e eu, que amo fotografia, pensando, de fato, em conhecer o estúdio e quais equipamentos ele tinha, tapadíssima - porque algumas horas depois me dei conta que esse convite dele já levava um tom de voz malicioso. Chegando lá, o que ele menos me mostrou foram equipamentos, me ofereceu cerveja e maconha (não bebo e não fumo) e logo quis ficar comigo. Beijei. Meio sem ter certeza se queria beijá-lo ou não, mas beijei voluntariamente. Mas o que ele quis depois não foi tão voluntário assim. Arrancou minha blusa, no que logo eu o empurrei. Começou a me puxar e a forçar a barra com as mãos pro caminho por entre minhas pernas (eufemismos fazem tudo parecer menos terrível, não é?). Entrei em pânico. Ao mesmo tempo que eu não queria sexo ou nada muito próximo disso com ele, eu ESTAVA de fato sozinha no estúdio (que também era apartamento dele), e eu o tinha beijado de livre e espontânea vontade. Eu, conscientemente, sempre tive como óbvio pra mim que isso NÃO significava, DE FORMA ALGUMA que eu tinha "obrigações" para com ele, porém alguma parte de mim pensou, por breves segundos que, por eu estar ali naquelas circunstâncias, eu teria que ser "dele" e fazer o que ele quisesse. Finalmente me manifestei, disse que não (e fui ignorada), o empurrei (o que não adiantou nada), disse mais claramente que "NÃO" (e adivinha? ele continuou insistindo), até que gritei (alto) e bati (forte) nele repetidas pra que ele me soltasse, e ele ficou chocado - "como assim?!" e insistindo e querendo me puxar. Saí chorando e quase correndo, meio perdida.
O rapaz passou semanas me mandando mensagens no celular (não respondi nenhuma), sem entender como é que eu poderia recusá-lo.
O que mais me choca é como eu, uma mulher consciente, criada num lar totalmente respeitoso perante às mulheres, que sempre fui muito de bem com a minha sexualidade, que gosto de mim, que leio textos feministas e concordo com a grande maioria, como, COMO eu fui pensar, mesmo que por alguns instantes, que eu tinha a OBRIGAÇÃO de transar com um cara com quem eu não queria transar? Isso me arrepia até o fundo da alma quando penso a respeito, e infelizmente acho que vou pensar nisso ainda muitas e muitas vezes na minha vida.

Anônimo disse...

Não sei se você está me colocando numa categoria chamada "feminazis", "Tyler Durden", mas se você ler o meu texto com um pouquinho de atenção, perceberá que o tal rapaz que você esteriotipou como um "ricaço mimado" era claramente um abusador, um cara sem limites, e eu o vejo dessa forma, muito claramente.

Anônimo disse...

Evidenciei no relato que o cara pertence à uma classe social mais alta pra mostrar que esse tipo de abuso acontece sim por caras que "estão no topo do mundo" e que, dentro de um (estúpido) pensamento social comum podem "ter qualquer mulher" - que não, não podem.

Renato Corrêa disse...

Tyler:

(prezadas feministas: o que está escrito abaixo é uma conversa de homens hetero. Sinto muito por ter lhes invadido o espaço, mas tive que faze-lo depois de ler o que o Tyler escreveu. Pode ser até esclarecedor pra vocês verem diferentes posturas masculinas perante o feminismo. Ou pode ser um monte de bobagens também, caso não tenham interesse em observar o espírito masculino)

Resolver o problema masculinista geral - o medo de se tornar um "capitão salva putas" - é muito fácil:

Basta o homem comum procurar por uma mulher comum, deixando de lado as "destacadas", as mulheres vazias que só tem corpo e aparência, mas lhes falta um pingo de consciência ou raciocínio que não seja direcionado para seus próprios egos.

Então, quem seria esta mulher comum? Uma companheira? Uma "parceria" (gíria da minha terra para designar pessoas com um alto grau de empatia entre si)? Uma pessoa humilde, virtuosa e tranquila?

Sabe aquela guria nerd esquisita que ninguém presta atenção por causa das "gostosas" que todos babacas babam em cima delas? Pois bem, essa pobre moça se destaca (e se cobra muito) no trabalho e nos estudos por causa da sociedade MACHISTA que a menospreza por não estar de acordo com o padrão de beleza imposto pela MÍDIA e pela cultura vigente. Quem sabe aquela outra abobada que vive com a cabeça nas núvens? A gordinha ta bom? Quem sabe uma magrinha... Experimente romper com a necessidade de aprovação alheia, experimente abandonar a obsessão de pegar a gostosa e ser o "fodão" do grupo. Experimente também ser pego por uma mulher. É divertido, basta abrir um pouco a cabeça e se libertar do jugo, da máscara social e da prisão emocional que a cultura pseudo-machista te impõe. Pensa bem: quantas mulheres legais não existem por aí, esperando que algum paspalho (sedento de aprovaçao dos outros machos) honre suas bolas e a chamem pra sair? Quantos de nós (homens) se tornam uns forever alone por ter tanto medo da rejeição, medo psicológico de não se encaixar nos padrões estabelecidos pela sociedade? (consigo ouvir daqui os pensamentos negativos do tipo "ah, eu não tenho carro" ou "não sou musculoso fortão" ou "sou muito estranho, nunca vou ser amado")

Se tu acredita mesmo que a mulher tem menos desejo sexual que o homem? Iniciativa é provável que não tenha, depois de séculos de opressão sobre seus corpos. Mas desejo? Cara, uma mulher pequenina, no período fértil, derruba um gigante. E nós homens só podemos ver isto com diferentes mulheres graças à tecnologia moderna, que permite que elas possam desfrutar de umas trepadas gostosas sem correr o risco de engravidar ou pegar uma DST. E, graças ao feminismo, elas tem a opção de serem tão livres sexualmente quanto nós. Será que não é evidente que a condição masculinista é perpetuada, por entre outras coisas, pelas mulheres machistas que se aproveitaram das conqistas do feminismo pra incitar os homens a lutarem agressivamente entre si por causa delas? Graças ao feminismo, elas podem trabalhar e viver bem, podendo dispensar o tal do macho alfa e pegar um zé ninguém humilde e trabalhador, que não liga em ser o primeiro, o fodão, qualquer um, inclusive tu mesmo. Ja parou pra pensar que graças às feminazis (defendoras de algo tão imoral quanto os "direitos iguais") tu pode sair na rua por aí, conhecer uma amiga, foder muito com ela, se divertir bastante e não ficar se sentindo mal por ser feliz de modo tão fácil e simples?

Ah, outra coisa: a cobrança social do tipo "homem que não pega mulher é um fraco" também é resultado do machismo.

Renato Corrêa disse...

Ah, mr. Tyler, mais uma coisa:

Acho engraçado tu chamar o Anderson de metrossexual (sem nem conhecer o cara) e desconhecer o fato de que muitas feministas hetero adoram caras cabeludos barbudos, peludos, que tomam cerveja com elas no bar e que curtem um futebol. Homens que podem ser machos à vontade e não precisam diminuir elas pra se sentirem bem.

Renato Corrêa disse...

" E claro que vc não percebeu a nuance do cara preferir contratar mulher porque elas são mais fáceis de lidar. Por que será que somos mais fáceis? Porque fomos ensinados por essa sociedade b*cetista, como vcs dizem, a obedecer. A baixar a cabeça e dizer sim. Entende a nossa luta ou é muito complexo pra vc?"

Lola, sou teu fã. Vou morrer discordando de ti quanto à psicologia evolucionista, mas ninguém mais neste mundo seria tão clara e afiada nesta resposta.

Renato Corrêa disse...

Ah, mais uma coisa (eu tenho que trabalhar, mas esta discussão está roubando "ciclos de processamento" do meu cérebro):

Feminista que se preze não aceita receber privilégios de gênero.

Pili disse...

existe jurisprudencia do tema =)

a 1ª Turma do TRT da 2ª Região (SP) decidiu pela reintegraçao de uma empregada, demitida após acidente de trabalho provocado pela vestuário (salto alto).

a lesão foi constatada pelo inss, ela recebeu auxilio doença e, pela legislaçao, teria estabilidade no emprego.
mesmo assim empresa a demitiu alegando que sua própria imprudencia provocara a queda e que precisava evitar que novos acidentes acontecessem visto que a contratada tinha muita facilidade em levar tombos.
.... que preguiça que me dá...

Dri Caldeira disse...

Sei q a situação não tá mole pra ninguém, que emprego bom e na área em q escolhemos pra atuar está difícil, mas é inconcebível que uma mulher adulta se sujeite à esse tipo de pressão em 2012!! Fiquei com raiva sim, mas dela ser tão boba e se permitir ser humilhada dessa forma. Acorda, vai pra vida, e tome as providências EXIGÍVEIS nesse caso: processo. E troque de emprego!!

Cheshire cat disse...

Sou professora de inglês há 16 anos. É minha profissão, não um "bico". Nunca, em nenhum dos lugares que trabalhei (foram vários) passei por uma situação como essa. Posso trabalhar de tênis, sem maquiagem, de qualquer jeito, desde que de maneira adequada a um local de trabalho. Eu passo horas do meu dia em frente a várias pessoas, a última coisa que eu quero é que minha barriga ou meus braços chamem mais atenção que minha aula.
Quanto a entrar na justiça, faça, por favor. Esqueça essa história de que vai ficar "queimada" na área. Professores de inglês são tratados como lixo em algumas instituições (hora-aula ridícula, falta de registro e agora até assédio moral!) porque ninguém denuncia com medo de ser queimado. Dica: instituições sérias (como a que eu trabalho hoje) olham sua formação, sua experiência. Há uma carência enorme de bons profissionais na área (muito curioso que passou um ano na Austrália e não tem a menor ideia de como se ensina inglês) Bons professores, bem qualificados, nunca ficam sem emprego. Boa sorte!

Nih disse...

Arnold batendo ponto por aqui com outro perfil? Que bunitin!

Gente boa: colocar a culpa do assédio moral na vítima é o fim né. Informação importante: as pessoas não trabalham porque estão a fim, mas porque precisam.

Liana hc disse...

Minha primeira reação é dizer 'processa!'. Mas também é cada um sabe onde lhe aperta o calo. Um email não resume toda a situação dela, seja no trabalho ou fora dele.

Ponto pacífico é se informar bem antes de tomar qualquer atitude, buscar orientação legal, inclusive ir procurando outro trabalho. Saber que tem outros lugares para ir ajuda a dar mais segurança para tomar decisões, mesmo que no final essa opção nem seja a escolhida.

Também acho que seria melhor conversar primeiro com um advogado e depois conversar com o chefe, mesmo que não se tenha muita esperança de entendimento entre as partes. É preciso tentar resolver dentro da empresa antes de dar início a um processo. Se informar sobre o posicionamento da franqueadora para estas situações também me parece uma boa pedida. Pode ser suficiente para resolver isso sem maiores desgastes emocionais e financeiros para todos.

Samantha Pistor disse...

Dri Caldeira,

Entendo sua revolta, entendo sua raiva, mas cuidado. Sem querer você está culpando a vítima.

Nós não sabemos o quanto ela precisa do trabalho. Quem precisa trabalha e se submete, até pelo menos arrumar coisa melhor. Não sabemos de onde ela vem e como está o mercado de trabalho ou se ela conta com ajuda financeira e familiar. Ela não é formada. Pode precisar do salário para pagar a faculdade.

E nós não sabemos o que a fez se submeter. Necessidade? Criação? Medo? Há tantas mulheres que se submetem a coisa pior em pleno 2012 por diversos fatores.

Samantha Pistor disse...

Eu não sou advogada trabalhista. Mas sou advogada e conheço alguma coisa da área. Permitam por favor apresentar um contraponto.

Infelizmente, existem regras implícitas de trabalho na sociedade. Eu, como advogada, não posso comparecer frente a um cliente de tênis e camiseta, sob pena de perder meu emprego. Preciso usar terninho, sapato, cabelo arrumadinho, nada de piercings. Está no meu contrato de trabalho? Não. Eu posso ser demitida por má apresentação pessoal? Sim, serei e provavelmente não ganharei nada na justiça trabalhista.

Experimente você, como advogada MULHER comparecer perante um juiz de jeans e camiseta. Ok, talvez você não perca a causa, mas vai perder uns pontos e se não for autônoma, o emprego. É injusto, deve ser combatido mas ainda é admitido. Devemos nos conformar? Nem um pouco.

No caso da T., eu entendo que o cara seja um cafajeste de primeira linha. Mas, a menos que ela comprove que ele deu em cima das funcionárias ou fez algo incorreto, as exigências dele podem ser vistas como boa apresentação pessoal. E, ainda, ele pode dizer que ele fez essas exigências dela porque faz com todas as suas funcionárias, e queria garantir um tratamento igualitário entre elas. Não estar no contrato de trabalho, não quer dizer nada. Funcionários devem seguir as normas da empresa e podem ser demitidos por isso.

Se os homens dessa escola possuem uma vestimenta padrão para eles, tampouco prospera os argumentos de que o tratamento é desigual entre homens e mulheres. Sexos distintos, roupas distintas. Tenho por mim que a T. tem grandes chances de perder essa. Ela não sofre um assédio moral porque o tratamento do cara é igual para todas. A menos claro, que todas as professoras movam ações, aí a coisa muda de figura.

Deixo claro que não culpo a T. pelo que ela sofre, não a condeno por se submeter a isso e muito menos concordo com o que o cara faz. Apenas estou tentando passar a defesa que ele pode vir a apresentar, caso ele sofra uma ação judicial.

Juliana disse...

Vou comentar!!!!!!!

Acho que ele não quer necessariamente roupa justa, quer que vc ande bem arrumada, pra dar uma boa impressão. Quanto às unhas, eu também roía, mas parei desde que meu marido começou a notar que todo mundo ia no salão, e eu nem ai pro visual. Como cuidei da unha, parei de comer, mas elas estão sempre curtas pq não são fortes.
Outro caso: meu marido é vigilante e eles exigem barba feita todos os dias, cabelo cortadinho, pele boa, roupa bem passada, e isso é o que???? querem passar uma boa impressão da empresa.
Vou compartilhar uma coisa com vcs: meu marido trabalhou 5 anos numa empresa de segurança muuuito conhecida (carrinho amarelo), até que entrou em depressão e quis se matar. Numa das conversas minhas com a Gerência eles me perguntaram se ele tinha comentado alguma coisa a respeito do cabelo dele. Eu disse não. Daí ele me falou que eles sempre falavam pra ele cortar o cabelo, e olha que o cabelo dele é curto, mas ao invés de cortar todo mês,ele devia cortar de 3 em 3 meses. Coisa que eu nunca tinha reparado, mas pra ele ter me perguntado e porque eles devem ter pego muuuuito no pé dele.Eu acho que o problema não é uma sociedade machista ou feminista, nesse caso, o negócio é que todo mundo vai pela imagem. E o final dessa história foi que ele foi mandado embora da empresa quando ele mais precisou. Mas graças a Deus se recuperou e está numa empresa muito boa.

Samantha Pistor disse...

Outra coisa: sem querer defender o sujeito, mas já defendendo (eu sou advogada do diabo), talvez ela exija isso também da T., para não dizerem que ele obriga apenas as "gostosas" a se vestirem dessa forma. Se ele a deixasse se vestir livremente, poderia sofrer processo das outras funcionárias, e com toda a razão.

De novo, eu discordo do que ele faz, acho um absurdo exigir roupas coladas, salto e maquiagem MAS, não posso negar que a forma como ele faz isso, exigindo para todas as funcionárias, inobstante peso, altura e idade, fica difícil ver isso como uma conduta indevida ao invés de uma norma interna da franquia.

Liana hc disse...

Me parece abusivo e constrangedor, inclusive do ponto de vista legal, exigir de uma professora que ela use uma blusa pequena a ponto dela ter que limitar seus movimentos para não aparecer a barriga ou "cofrinho" e também a proibição de usar casaco (??!!). Independente se as outras professoras - e professores - também o fazem.

Sem contar que esse tipo de vestimenta não é o que se espera como padrão de um ambiente formal de uma instituição de ensino. Elas não são contratadas de uma grife para desfilar com blusas curtas. Uma coisa é exigir roupas formais de professorxs, outra é exigir especificamente roupas sensuais quando isso não tem nada a ver com a função desempenhada. Normalmente se quer as professoras vestidas sem grande apelo sexual. Então eu não entendo a base legal para as exigências do chefe da T.

(Aos homens também é exigido o uso de roupas apertadas e proibido o uso de casacos dentro da unidade?)

Renato Corrêa disse...

Se é norma da instituição que a pessoa esteja dentro de uma padrão de apresentação, e essa norma deve ser seguida por TODOS da empresa, então a empresa está certa de cobrar da professora que ela se vista de acordo com a norma apresentada.

Eu, particularmente, acho esse tipo de coisa uma babaquice sem sentido pra profissão dela. O ser vivente que vai pra aula, vai pelo conhecimento, vai pra aprender e não pra reparar no visual alheio. Até é bom deixar os professores a vontade, pois assim podem se concentrar mais na didática e no atendimento ao aluno, sem a ânsia de estar atendendo a alguma norma de conduta.

Samantha Pistor disse...

Renato, eu concordo com você. Mas eu estou dando um parecer jurídico. Moralmente, eu acho isso repugnante e sei que isso é fruto do machismo. Agora juridicamente... não acho difícil fazer uma defesa para ele.

Há diferença entre "uniformes" de homens e mulheres. E tal qual o início da vida, a boa apresentação ainda não foi definida. Não me entendam mal, mas eu achar que ela não ganha uma trabalhista não quer dizer que eu ache que o chefe tenha razão.

Renato Corrêa disse...

Samantha,

Poisé, no caso dela, a discriminação de gênero foi muito clara, pois os homens podem ficar à vontade e as mulheres tem que seguir um padrão.

Quanto a estar bem vestido, ou o que quer que seja estar bem vestido, é bom lembrar que, por mais que as meninas se esforcem, sempre vai ter um Clodovil ou outra machista pra esculachar o visual. Para os meninos, é muito mais simples, basta não ser um macaco peludo/cabeludo/barbudo nem ir de bermuda. Em caso de dúvida, é melhor procurar agradar quem te paga: se o empregador faz questão que os meninos se vistam de Etevaldo e as meninas de Etecetera, tem que obedecer. (ou esticar o dedo do meio e vazar dessa joça, se não estiver satisfeit[o|a] )

Samantha Pistor disse...

Renato,

Antes de entrar na faculdade, eu usava cabelo vermelho, piercing e camisetas de banda. Ao arrumar meu primeiro estágio, na procuradoria de uma Autarquia, eu fui para a entrevista com saia longa, blusa, cabelo pintado da cor natural e no piercings.

Por que eu fiz isso? Porque eu sabia que se não o fizesse, não seria contratada. A minha chefe, assim, no feminino, ficou surpresa ao saber que eu era rockeira. Ela me disse que jamais me contrataria se soubesse.

Ok, eu sei que isso não se compara a usar roupas coladas, ser obrigada a usar maquiagem e andar de salto, mas todos nós temos de nos curvar a um sistema eventualmente, o que não nos impede de lutar contra ele.

O que a T. deve analisar, é até onde ela está disposta a ceder pelo emprego. Agora processar por isso? Eu não o faria. Trabalharia lá até arrumar outro trabalho e depois me demitiria.

Quanto a distinção de gênero, concordo plenamente. Agora provar que ele faz distinção na hora dos uniformes é complicado... ainda mais se ele nunca deu em cima das funcionárias.

Renato Corrêa disse...

Carlo,

Cara, essa luta entre os mascus e as feminazis (zoação igualitária :P ) me lembra muito isso:

http://www.youtube.com/watch?v=OAEpsfA1usE

7:14

"Quem vai ganhar?! São os meninos?! São as meninas?!"

Analisando rapidamente os dados do link, deu pra ver que a coisa melhorou mais pros homens porque foram abertas mais vagas no setor privado que no público, onde elas predominam. Mas a taxa de desemprego delas é menor, e elas tendem a ficar menos tempo desempregadas.

Agora vem a "puta falta de sacanagem": Na força de trabalho ativa, 37.1% das meninas tem alguma graduação, enquanto só 34.9% dos meninos tem o tal nível de educação. Mas entre os trabalhadores ativos, os meninos com graduação ainda superam (em número) as meninas. Mas elas vão nos vencer em um futuro próximo. Isso que eu nem comentei o salário, quesito no qual elas continuam perdendo.

Ou seja, se tomarmos os gringos como exemplo, é melhor mandar os mascus irem pra facul ao invés de ficarem postando merda e se lamentando nos seus fóruns fechados. Caso contrário, vamos continuar rumando da sociedade caralhista para a sociedade bucetista.

Ah, manda eles pensarem algo a respeito disso:
"Whatever women do they must do twice as well as men to be thought half as good. Luckily, this is not difficult." ~Charlotte Whitton

hauhaahauahuhaauhahahuahahah

Renato Corrêa disse...

Samantha,

Por isso que eu gosto de trabalhar com programação: pra mta gente, ser vadi@ com o visual é símbolo de desapego às vaidades mundanas. Em trabalhos de mais criatividade, que não exijem contato com público, da pra ter o visual que se bem entende.

Eu tive uma professora de inglês (e hoje é minha melhor amiga) que tinha cabelo curto e ia dar aula de pijama. E ela é fodástica dando aula, genial mesmo. Mas ela enfrentou muitos problemas em lugares mais tradicionais, problemas que eram, de certa forma, relevados por ela ser uma excelente profissional.

Maicon Vieira disse...

Renato, provação infeliz esse comentário em inglês.

Renato Corrêa disse...

Por que, Marcos?

Elas querem competir de igual pra igual e ainda estão perdendo.

Vi essa frase num poster da minha academia. E a foto era de uma loira alpinista. Sempre passo pelo pôester e penso no quanto nós, homens, nos diminuímos por causa da pressão social pra não sermos machistas, enquanto não competir de igual pra igual ainda é uma forma de discriminação de gênero.

Duda disse...

O que sempre achei um absurdo é a exigência de salto alto. É inaceitável que o uniforme de trabalho seja algo que cause dor e deformidade músculo-esqueletética. Se o objetivo seja de a funcionária pareça formal e elegante, que exija-se sapatos finos e sociais, mas não com saltos.
Quanto à maquiagem: acho que é aceitável em estabelecimentos comerciais em que haja a venda de produtos estéticos e de maquiagem.

Renato Corrêa disse...

"The unemployment rate averaged 8.6 percent among women in 2010. Data for March 2011 shows that the economic situation is improving for women, who have seen their unemployment rate decline to 8.3 percent. However, while the private sector has added 1.7 million jobs over the past 12 months, the public sector has lost nearly 400,000. Since women are disproportionately likely to work in the public sector, their unemployment decline has been smaller than that experienced by men. The unemployment rate for men averaged 10.5 percent in 2010 and has declined to 9.3 percent in March 2011. However women continue to have a lower unemployment rate than men, are less likely to be long-term unemployed, and have a median duration of unemployment that was 1.9 weeks shorter than men's in 2010."

Digamos que a taxa de melhora foi maior pros homens, mas a quantidade de homens desempregados ainda é maior, conforme pode ser visto no Gráfico 1. (detalhe da inclinação do gráfico de desemprego, que é mais acentuada para a linha verde).

Renato Corrêa disse...

Ah, tem ainda a questão eterna da diferença de tratamento dos gêneros: É mais difícil termos faxineiros e pedreiras. É nese tipo de profissão que se vê claramente como os gêneros são diferentes: em média, somos mais fortes fisicamente, e elas são melhores em multitarefa. E o mercado valoriza mais os pedreiros que as faxineiras.

Daqui a um tempo essa discussão vai ser inútil, pois vamos ter robôs fazendo esse tipo de trabalho.

Anônimo disse...

Esse tipo de emprego nao serviria para mim.
Eu se fosse a moca, pediria demissão na hora.
Há lugares melhores.
Fiz alemão no instituto goethe em sao Paulo, nem ali que e a escola mais conceituada aqui no Brasil tem essas exigências ridículas com as professoras.alias, tive uma professora gordinha, linda e muito charmosa no goethe, sempre muito bem arrumada, mas dentro das possibilidades do corpo dela, claro.-:) e dava banho em muitA magra que conheço.
Bjs-;))

T. disse...

Respondendo a questão que foi levantada pela Dri Caldeira, gostaria de dizer que estou no emprego apenas há alguns meses e logo achei que a situação fosse parar no casaco. Ainda não falei diretamente com minha coordenadora portanto, não sei onde tudo isso vai parar já que foi recente. Eu acho que uma pessoa adulta se submete a certos requisitos para trabalhar tal como a advogada que tem que vestir terninho, até mesmo pq não sou formada, PRECISO do dinheiro e faltam opções onde moro, já fiz entrevistas p cursos aqui que pagam 7 reais a hora, você tem noção do que é isso Dri? E, de repente vc conseguir um emprego a 30 minutos da sua casa que lhe pague 21?Você precisando ou não com certeza iria pensar duas vezes antes de largá-lo. Até então eu estava convivendo com isso, pq a empresa tem direito de exigir uniforme...o problema agora é a invasão do MEU espaço pessoal... mesmo pq nenhuma mulher do curso reclama muito, ahh a barriga aparece? ahh ok...meus alunos vão ver minha barriga, vou ficar o tempo todo ajeitando a blusa durante a aula, ahh ok!!! E, eu ainda não sei que atitude tomar legalmente pq como foi dito dificilmente conseguirei provas de discriminação já que provavelmente todas as outras mulheres do curso estão "satisfeitas" ou não tão insatisfeitas a ponto de se moverem a meu favor. Bom, é ai que entram as escolhas que fazemos, eu podia muito bem me enfeitar que nem uma árvore de natal, empinar a barriga que nem o Pooh e me adequar a empresa. Bom, minhas escolhas nunca foram as faceis, e Darwin iria se decepcionar com minha capacidade de adaptação. E ainda preciso saber qual atitude o curso irá tomar perante a minha postura. Porém, é muito fácil julgar e me chamar de boba por sofrer alguma pressão em 2012. Bom, vc sendo mulher, c ctz deve ter sofrido alguma durante sua vida. O que nos define é como iremos responder a elas. E, a minha resposta não será nada boa.

T. disse...

Ahhh, Lola! vc vai amar isso!
Completando o que o Carlo disse, tenho um tio que tinha uma boa posição em uma empresa grande e uma das responsabilidades dele era a contratação de novos funcionários. Bom, ele e minha tia são casados há mais de 20 anos e ela sofre muito com TPM, a ponto de se autoflagelar. Todas sabemos que a TPM não é fácil mas eu acredito que TPMs extremas dessa forma são casos isolados. Enfim, fiquei sabendo que ele não contrata mulheres por causa da TPM.
só p ilustrar a estatisticas.

Renato Corrêa disse...

Se o grupo H tiver mais representantes que o grupo M, e o critério de escolha for igual entre eles, então a taxa de variação deveria ser igual também, pois ela é proporcional à razão entre a quantidade de escolhidos e o total de represntantes do grupo.

Cara, ja demonstro isso (23h, no máximo),tenho um esquema fudido pra fazer.

Challenge Accepted.

Samantha Pistor disse...

Renato,

Eu sabia no que estava me metendo ao escolher direito como profissão. Mas eu amo o que eu faço, e estou disposta a abrir mão do meu visu descolado no horário de trabalho. Claro que eu tenho limites, e se me exigissem mais do que eu acho socialmente correto para a profissão, eu provavelmente declinaria e sairia do emprego.

O mundo é tão machista, mas tão machista que a dona do escritório onde eu estou, atualmente, apesar de ser linda, magra, bem vestida, feminina e reservada, já ouviu comentários de clientes homens a respeito do seu cabelo seco. Ela não era mera associada, era a dona da bodega, o escritório leva seu nome e foi ridicularizada em uma reunião profissional por seu cabelo não estar impecável.

E dizem que nós somos coitadinhas que queremos privilégios...

Anônimo disse...

Vcs já viram empresas pedindo pra funcionarias de cabelo Crespo alisarem o cabelo???
Eu já vi e ouvi falar de varias.
Ridículo, eu com cabelos cacheados e sabendo que mais de 60% das mulheres brasileiras tem cabelos cacheados , me sinto ofendida quando fico sabendo de algo assim....

Renato Corrêa disse...

Samantha,

Quem esculachou tua chefe deve ter feito isso por um dos dois motivos:

a) Era o Clodovil em pessoa,

b) Tava querendo coisinha ela, e resolveu dar uma mostra de personalidade ao esnobar o cabelo dela.



Gurias em geral (Duda, Maria Valéria, miss T, etc): tem um livro de antropologia que li a muitos anos (me cobrem se tiverem curiosidade) que mostrava, em diferentes culturas, os rituais de "embelezamento" que as mulheres fazem. Há quem afirme que as africanas que põe argolas no pescoço sofrem menos que as ocidentais com todos os milhões de coisas que têm de fazer - todos os dias - pra ficarem bonitas.

Por essas e outras que considero a mulher machista a grande rival do feminismo.

T. disse...

Estou cobrando o nome do livro por ter curiosidade, Renato Correa. rsrs

Renato Corrêa disse...

De um like se vc acha que o Nessahan Alita e a Valerie Solanas foram feitos um para o outro.


Ops, aqui não é o facebook ^^'

Renato Corrêa disse...

Tzinha,

Desmond Morris - A Mulher Nua Ilustrações.pdf

Ás vezes ele parece um alienígena comentando imagens de fêmeas da espécie homo sapiens sapiens.

Anônimo disse...

Renato,

Bem que deveriam pôr like no blogspot mesmo.
Isso (Nessahan S2 Solanas) eu costumava comentar com uma de minhas exs, que era feminista lesbiana. (Olha que cute, um nessahianita e uma feminista lesbiana).

Renato Corrêa disse...

Caro Tyler,

Sai dessa, cara. O Nessahan Alita se diz muito objetivo, mas da pra perceber claramente que ele escreve são fruto da percepção trágica que ele tem quanto ao gênero feminino, e esta percepção é imersa em simbolismos e subjetividade.

E ninguém sabe quem ele é de verdade, o cara pode estar em casa lambendo uma perereca enquanto muitos tentam viver o inferno da solidão que ele tanto pregou por aí.

Anônimo disse...

Alias, um fato seguido de uma história triste sobre o Nessahan...

Ele NUNCA foi masculinista(ohhh). Ele era um psicólogo espritualista que compôs uma obra sobre o sofrimento amoroso do homem e propôs uma doutrina de disciplinamento emocional.

Alguém diz: Duuuhh, mas os masculinistas amam ele....

Nem sempre foi assim: Quando ele divulgou a obra e as ideias dele, ele foi recebido de forma ambivalente. Por fim, quando ele rejeitou completamente qualquer manifestação de machismo ou movimento de neo-machismo, ele foi vaiado, humilhado e expulso sendo rotulado de "puazeiro barato". Muuito tempo depois, quando ele já havia sumido, é que "de repente" ele foi visto como um "Jesus" do mundo masculino, e suas obras foram usados para respaldar algo que ele foi contra: Guerra dos Sexos.

Renato Corrêa disse...

Raphael,

Bem que o Nessahan podia mostrar a cara e desfazer o mal entendido.

gostei da idéia de fazer uma campanha Nessahan S2 Solanas.

Vamos acabar com a guerra dos sexos, isso ja tá demais.

Anônimo disse...

Entendendo Nessahan Alita;

Ele era um psicólogo espiritualista e estudante gnóstico. A Teologia Gnóstica diz que nós humanos estaríamos presos em uma prisão de desejos e angústias que se alimenta infinitamente através da reencarnação, a única forma se livrar de tal prisão seria a austeridade em relação aos desejos e a disciplina mental.

Ele reconhece que sua teoria não é absoluta, ortodoxa e nem mainstream, porem ele reconheceu uma lacuna literária: O Sofrimento Amoroso do Homem.
Ele afim de colaborar em preencher essa lacuna(pois era um profissional de humanas), resolveu escrever uma série de livros, os quais ele deixou bem claro em seu prefácio, que tais ideias eram apenas ideias, e que seu objetivo eram despertar a reflexão em um campo pouco estudado.

Vaiaram ele pacas por ele não colaborar com "movimentos pró-homem", e por fim, quando ele sumiu, tornaram-no um Messias.

Anônimo disse...

Ai que está, ele chegou a ano retrasado divulgar umas mini-obras tentando desfazer o mal entendido. Ele lançou reedições de suas obras em que dizia em prefácio e rodapés que sua obra não tinha haver com "machistas dogmáticos", e sim com reflexões particulares que queriam despertar um debate. Mas os Guerreiros censuram essas obras com desculpas como "O texto se tornou prolixo e pode confundir os novatos".

Ele não aparece porque provavelmente ele não se importa. Ele está lá, feliz na Funai estudando a espiritualidade dos Índios, tem a família dele, e um certo desapego ao mundo material. Acredito que ele acha que dá a cara simplesmente seria perda de tempo, mesmo porque, diriam que é fake.

Florzinha disse...

Eu achei absurda essa situação da T. Sou formada em Letras e há alguns anos trabalho em cursos. Nunca tive esse tipo de problema. É claro que quando dava aulas in company, eu tentava me adequar ao código estético da empresa. Aqui no Rio tem uma franquia especificamente (que tem várias irmãzinhas) que faz esse tipo de exigência, mas onde qq um que "fale" inglês pode dar aula. Ou seja, estão mais preocupados com a aparência do que com a qualidade do ensino.

T., 7 reais a hora???? OMG! No primeiro curso que eu trabalhei há uns 5 anos pagavam 8! É uma total desvalorização do profissional...


E pra quem acha que nós mulheres somos privilegiadas no mercado de trabalho, eu tenho pós (o q não é nada hj em dia!) e ganho uns 1,000 reais a menos que o meu marido, que nem curso técnico tem.

T. disse...

É, Florzinha e sem pagar os feriados!!!

Penkala disse...

de todo trabalhador, seja homem ou mulher, deve ser ESPERADO o cuidado com a higiene e a boa apresentação. dos trabalhadores que lidam com público, a empresa pode EXIGIR uma aparência de acordo com o perfil do cargo (de homens e mulheres).

o que é, então, adequado que um professor vista? a não ser pelo uniforme (que a empresa tem o direito de pedir ou não), TODOS OS PROFESSORES devem manter boa aparência (eu sou professora, tenho estilo bastante peculiar, e cuido muito disso, pra que minhas roupas não sejam inadequadas pro ambiente em que estou trabalhando). e isso é do bom senso (por exemplo, não ir pra aula com uma camiseta onde está escrito alguma coisa ofensiva, não usar calça rasgada, não abusar de saias muito justas ou curtas, etc).

desculpa, Samantha, querer me meter no teu parecer, que é profissional, mas se no ambiente de trabalho a) só as professoras têm exigências absurdas quanto à aparência (incluindo aí unhas pintadas) e b) entre as exigências estão CALÇA JUSTA e camisetas que mostrem barriga e não permitam conforto na hora de desempenhar o papel profissional ao que o professor está relacionado, isso pode não estar NUMA LEI, mas se configura, SIM, como abuso, assédio moral e, finalmente, MACHISMO. no caso desta professora, inclui humilhação, já que ela sente vergonha em mostrar aquilo que a roupa a que é obrigada a vestir mostra.

não estar no contrato não quer dizer nada, ok. mas boa aparência não tem nada a ver com obrigar alguém a RESSALTAR SEUS ATRIBUTOS FEMININOS, nem MOSTRAR O CORPO EM CAMISETINHAS MÍNIMAS nem ANDAR COM CALÇA JUSTA. especialmente pra um professor.

Renato Corrêa disse...

Carlo,


Desculpe pelo atraso, estava resolvendo umas coisas do trabalho e mais um monte de pendências. Perdi o desafio por causa do tempo marcado (e pela mania de tornar complexo algo que é simples), mas, por questão de honra (ou 4fun) , tenho que te mostrar meu raciocínio.


Seja M e H as nomeclaturas óbvias. x é a proporção de desempregados de uma parte em relação a outra e D é a quantidade total de uma das partes. d é a taxa de desemprego de uma das partes e N é a quantidade total de uma das partes na população economicamente ativa. p é a taxa de variação de desempregados de um dos tipos.

dH = DH/NH (eq1)
dH: taxa de desemprego dos homens , dM: taxa de desemprego das mulheres
DH: total de homens desempregados


xM = DM/(DM + DH) (eq2)
xM: proporção de mulheres desempregadas em relação ao total de desempregados.

logo: xH = 1 - xM
para fins de simplicidade, vamos considerar que x = xM e que NM = NH = N (total de pessoas na pop. economicamente ativa é o mesmo, ou a dif é irrelevante)
assim:
x = DM/(DM + DH) (eq3)
DH = (1-x)*D (eq4)
DM = x*D (eq5)


Então, se v vagas foram abertas, temos, em média*, que:
vH = (1-x)*v : vagas que homens pegaram (eq6)
vM = x*v vagas que as mulheres pegaram (eq7)
*pra desconsiderar o efeito sorte

A variação proporcional de vagas de homens, é:
pH = vH/DH (eq4)/(eq6)
pH = v*(1-x)/D*(1-x) = v/D (eq8)
pM = v*x/D*x = v/D (eq9)

assim, juntando as equações 8 e 9, temos que:

pH = pM


Podemos concluir, através desse modelo bem (ultra) simplificado, que a variação proporcional dos dois grupos não depende só da proporção de um dos grupos em relação ao outro.

Usando os valores apresentados por ti no exemplo, supondo que de 100 pessoas desempregadas, tivéssemos 70 H e 30 M, e 10 vagas fossem abertas, então:
x = 30/100 = 0.3
vH = (1-0.3)*10 = 7 vagas ganhas por homens
vM = 3 vagas ganhas por mulheres

pH = 7/70 = 0.1
pM = 3/30 = 0.1

Se tivéssemos um bias em relação a uma das partes, então vH != (1-x)*v e vM != x*v .
Dessa forma não conseguiríamos simplificar as eq 8 e 9 e a variação proporcional seria diferente pra ambas as partes.

















Carlo,


Desculpe pelo atraso, estava resolvendo umas coisas do trabalho e mais um monte de pendências. Perdi o desafio por causa do tempo marcado (e pela mania de tornar complexo algo que é simples), mas, por questão de honra (ou 4fun) , tenho que te mostrar meu raciocínio.


Seja M e H as nomeclaturas óbvias. x é a proporção de desempregados de uma parte em relação a outra e D é a quantidade total de uma das partes. d é a taxa de desemprego de uma das partes e N é a quantidade total de uma das partes na população economicamente ativa. p é a taxa de variação de desempregados de um dos tipos.

Renato Corrêa disse...

dH = DH/NH (eq1)
dH: taxa de desemprego dos homens , dM: taxa de desemprego das mulheres
DH: total de homens desempregados


xM = DM/(DM + DH) (eq2)
xM: proporção de mulheres desempregadas em relação ao total de desempregados.

logo: xH = 1 - xM
para fins de simplicidade, vamos considerar que x = xM e que NM = NH = N (total de pessoas na pop. economicamente ativa é o mesmo, ou a dif é irrelevante)
assim:
x = DM/(DM + DH) (eq3)
DH = (1-x)*D (eq4)
DM = x*D (eq5)


Então, se v vagas foram abertas, temos, em média*, que:
vH = (1-x)*v : vagas que homens pegaram (eq6)
vM = x*v vagas que as mulheres pegaram (eq7)
*pra desconsiderar o efeito sorte

A variação proporcional de vagas de homens, é:
pH = vH/DH (eq4)/(eq6)
pH = v*(1-x)/D*(1-x) = v/D (eq8)
pM = v*x/D*x = v/D (eq9)

assim, juntando as equações 8 e 9, temos que:

pH = pM


Podemos concluir, através desse modelo bem (ultra) simplificado, que a variação proporcional dos dois grupos não depende só da proporção de um dos grupos em relação ao outro.

Usando os valores apresentados por ti no exemplo, supondo que de 100 pessoas desempregadas, tivéssemos 70 H e 30 M, e 10 vagas fossem abertas, então:
x = 30/100 = 0.3
vH = (1-0.3)*10 = 7 vagas ganhas por homens
vM = 3 vagas ganhas por mulheres

pH = 7/70 = 0.1
pM = 3/30 = 0.1

Se tivéssemos um bias em relação a uma das partes, então vH != (1-x)*v e vM != x*v .
Dessa forma não conseguiríamos simplificar as eq 8 e 9 e a variação proporcional seria diferente pra ambas as partes.

Renato Corrêa disse...

Carlo,

A própria pesquisa aponta que o bias favorável aos homens pra recolocação foi aumentado pelo fato de que abriram mais empregos na iniciativa privada (de maioria masculina) e menos vagas no setor público (predominantemente feminino).

Outros fatores não foram levados em consideração nesta análise e são motivo de muuuuuita discussão.

Essa brincadeira me ajudou a tirar a poeira dos meus livros probabilidade e estatística. Fiquei tentando ainda usar os dados da pesquisa com probabilidades (teorema de bayes, valor esperado, média, etc) até ver que eu ia perder muito tempo sendo demasiadamente prolixo.

De acordo com a regra do nosso desafio, a vitória é tua, pois não entreguei a resposta no horário prometido. Mas se tu quiseres continuar o jogo e mostrar o porquê de eu estar errado, aceito o desafio novamente ^^

Samantha Steil. disse...

Lola querida,
Dá pra entrar com pedido de rescisão indireta (justa causa no empregador) por assédio moral. Processo longo, chato, que depende de provas, mas serviria de lição pro chefe da moça. Afeta o bolso né?

lola aronovich disse...

Querido Renato, até agora tenho gostado dos seus comentários, mas se vc quiser dialogar ou desafiar um mascutroll como o Carlo, por favor, escolha outro terreno pro duelo. Vc é bem vindo, mas Carlo e vários outros estão banidos neste blog, e tudo que eles escreverem será deletado assim que eu ler. Aliás, eu nem leio. Só vejo o nome deles e deleto.

Renato Corrêa disse...

Lola,

Desculpe o incômodo, fugimos muito do tópico principal. Apesar das grosserias do Carlo para contigo, não acho que ele seja um mascutroll, pelo menos não como os retardados que aparecem por aqui, como o cara lá que ia pedir dinheiro pra mãe dele pra comprar teu livro, por exemplo. Apesar dos pesares, o blog é teu e tu decide quem posta ou não. Prometo que essa é a última, tá?


Carlo,

Entendi o teu ponto, eu ia até tentar fazer uns testes de hipóteses pra tentar ver algum viés, pois o declínio absoluto é realmente maior para o maior grupo. Talvez seja uma questão de ponto de vista, pois eu estava com o percentual da taxa de variação na cabeça e tu com a variação em si, mas só vendo no lápis pra ter certeza absoluta disso. No mais, tirei meu argumento pelas próprias palavras dos autores do artigo.

E outra coisa: é difícil encontrar um espaço onde pensadores de verdade, com idéias tão polêmicas e diferentes como as tuas e as da Lola, discutam com liberdade e, principalmente, sem trollagem.



No mais, uma boa noite pra todos vocês!

Renato Corrêa disse...

Arnold é o nome do retardado que eu citei no comentário anterior.

EneidaMelo disse...

"Como se o fato d'eu usar uma blusa do meu tamanho diminuísse minha sexualidade."

E como se você precisasse da sua sexualidade pra dar aula de inglês.

Aliás, sempre que vejo a propaganda daquele curso de inglês on-line (OpenEnglish), tenho a impressão de que eles estão vendendo a professora e não o curso de inglês.

T. disse...

Não, de fato não preciso. Mas a minha vida inteira as pessoas demonstraram um interesse especial pelo tipo de roupa que eu uso, inclusive alegando que por causa dele eu era lésbica ou menos mulher, por isso fiz essa defesa.

Anônimo disse...

Só um recado pra autora do post: também sou professora de inglês, e se você for de BH, menina, fala comigo que eu te recomendo uma rede de ensino mais razoável pra trabalhar!

Spring Warrior disse...

Isso eh um caso explicito de assédio moral. Tah na hora das professoras deixarem o dono dessa escola na mão, sem doh nem piedade. Eu sou uma mulher que curte maquiagem e cuidados estéticos. Mas, eh uma coisa qe eu gosto e nao acho que todas as mulheres do mundo devem se importar tanto com a aparência como eu me importo. Nunca em meus empregos sofri pressão pra me enquadrar no perfil de beleza, talvez por que sou magra e alta. Mesmo assim, eu acho o cumulo do absurdo pressionar uma pessoa a fazer o que nao precisa ser feito. Estou sofrendo um tipo de pressão deste nível no trabalho: querem que eu assuma o departamento comercial simplesmente por que sou mulher. Isso por que me sujeitei 2 anos e meio a assumir 3 departamentos (a empresa eh pequena). Quero me dedicar a área técnica e intelectual ao processo de trabalho, pois estudei pra isso!

Anônimo disse...

Manda a real pra esse teu chefe babaca e vai atrás d'outro lugar pra lecionar, porque se você tem vocação pra isso e talento, então tem. E trabalho não há de faltar. O problema não é o cara, porque uma vez mané, sempre mané. O problema é ter funcionárias que aceitam essas imposições dele. :)

T. disse...

É, tá dificil! cada dia fico sabendo de uma nova! Até agora não falaram comigo já vi que vou ter q chegar na coordenadora como quem não quer nada e perguntar. Hoje conversando com a menina responsável pelas matrículas descobri que ela faz prancha pq o imbecil nao gosta de cacheado nem ondulado. Pq elas ainda fazem? E, outra, unha pintada, só se for de vermelho. E, pra fechar com chave de ouro, ele queria padronizar as bijos das meninas...msmos cordões, msm aneis, msm brincos. Puta kill pariu, desculpem-m mas tah virando circo dos horrores.

M. Ulisses Adirt disse...

Lola, desculpe-me, mas existe um ponto que não me pareceu muito bacana na sua fala. Vc disse "creio que a escola de idiomas não pode exigir que suas professoras usem maquiagem, salto alto, calça apertada, cabelo de uma certa forma, esmalte nas unhas etc. Até entendo que recepcionistas tenham que usar isso (ossos do ofício)". Peraí... Pq é machismo exigir das professoras e não é exigir das recepcionistas? Para mim, parece tão machista e inaceitável quanto. Não dá para ter essa de "ossos do ofício". Ou dá e eu q não estou vendo algo por aí?

T. disse...

Ulisses, infelizmente para as recepcionistas é dito durante o treinamento pq elas são consideradas a "fachada" do curso. Agora, não concordo nem nunca concordarei com ele metendo o dedo em como é seu cabelo, a cor de esmalte q vc usa, o brinco, etc!
detalhe a menina do marketing está apenas com uma blusa do uniforme pq a outra está muito apertada mas ela teve q comprar pq ele queria q ela usasse PP, e olha q ela jah eh magra hein!
N

Julia disse...

Tem gente que trabalha com a imagem também, é a primeira imagem que o cliente terá de uma empresa. Lembro que uma vez fui ao salão e a manicure estava com as unhas detonadas e o cabelo todo desgrenhado. O serviço não foi tão bom, mas a imagem dela contribuiu para eu nunca mais voltar lá.

Saulo disse...

Interessante notar a atenção ao detalhe da camiseta feminina. A mulher negra foi colocada na frente da mulher branca para não haver risco de acusação de racismo.

Abraço