segunda-feira, 10 de outubro de 2011

TENHO TANTA INVEJA DA BELEZA DA GISELE QUANTO ELA TEM DO MEU DOUTORADO

Tradução: Você não tem que ser como ela.

Vamos começar pelo óbvio. Gisele Bundchen não tem absolutamente nenhuma inveja de mim. Ela não sabe quem eu sou. Ela não precisa de um doutorado em literatura pra nada. Ela não precisa nem de um diploma universitário. Ela deve ser a modelo mais bem-sucedida da história, é muito profissional, e merece colher os frutos. E não é só que ela é linda, mas que ela também é vista como inteligente. Ninguém seria tolinho a ponto de pensar que Gisele não tem um cérebro privilegiado. Não se chega onde ela chegou só pela sorte e aparência. Sem falar que Gi, além de multimilionária, também parece realizada em sua vida pessoal, com marido e filho. Certamente ela não tem inveja de ninguém no mundo, muito menos de uma desconhecida como eu.
Acho que ficou claro. Agora vamos pra segunda parte da frase. Essa é mais difícil de provar. Você está sentado? Prepare-se. Pois bem, eu não tenho absolutamente nenhuma inveja da beleza da Gi. Minha vida não seria diferente se eu estivesse dentro do padrão de beleza. Eu ainda seria xingada por quem me odeia pelo que penso e escrevo, só que em vez de me chamarem de gorda, me chamariam de palito. Tenho certeza que ainda diriam que sou o dragão mais horrendo que existe e que a natureza foi cruel comigo. E esses insultos me afetariam tanto quanto me afetam hoje (pausa pra esmagar um mosquito no meu braço. Obrigada. Isso me afetou).
Ao contrário do que tanta gente sabe, nem todas as mulheres no mundo pensam que sua missão na vida é ser decorativa. Nem toda menina quer ser miss ou top model. Eu, por exemplo, nunca quis. Essa realmente nunca foi uma fantasia minha. E olha que eu fui uma criança bonita, do tipo que as pessoas que nunca viram grandes olhos verdes param na rua. Mas, se com 5 e 7 e 12 anos eu já achava estranho ser elogiada por algo que eu não fazia nenhum esforço pra ter, não seria quando eu ficasse mais madura que mudaria de opinião. Quando veio a puberdade e, com ela, os quilos a mais que fazem parte do meu biotipo, eu não me desesperei. Verdade, fiz as dietas que todas as gordinhas fazem e, tal qual 95% (índices oficiais) das pessoas que fazem dieta, engordei tudo de volta e mais um pouco. Ainda assim, sempre estive em Pasárgada, onde era amiga do rei, onde tinha o homem que queria na cama que eu escolhia. Nunca faltou homem por eu estar acima do peso. Eu não tinha nenhum relacionamento mais sério, só sexo, porque eu não queria (o que fazia os carinhas muito desconfortáveis ― homem diz que só quer sexo, mas quando vê que a mulher quer exatamente a mesma coisa, vem com frescuras de sentir-se usado e tal). Tive muitos amantes. Não lembro direito deles, nem com quantos transei. Quando, com 23 anos, tive vontade de fazer sexo com amor e de ter um relacionamento não só sexual, mas também afetivo, conheci o maridão. Foi o primeiro relacionamento sério de ambos. Estamos juntos há 21 anos. Monogâmicos como os católicos e os pombos, porém mais limpinhos (refiro-me aos pombos). Nunca quisemos filhos, nunca tivemos filhos. Temos tudo que queremos e não queremos o que não temos.
Então me explique, por obséquio: se eu nunca quis ter uma profissão que dependesse da minha aparência, se eu me vejo bem bonita do jeito que sou (depende do dia: às vezes mais, às vezes menos; imagino que nem a Gisele se acha bela todos os dias), se eu não acho que é minha função no mundo excitar homens ou embelezar o universo, se eu estou numa relação monogâmica e tenho um homem que me ama como sou, por que mesmo que eu deveria invejar a Gisele? Se sua única resposta é porque eu sou mulher e você acha que toda mulher deve ser bonita e só é bonita quem está dentro de uma ditadura da beleza e mulher morre de inveja uma da outra, bom, aí o problema é seu, não meu. É você que precisa ampliar um pouquinho seus horizontes.
Só que você não quer (quiçá nem possa) ampliar seus horizontes, porque você está convicto que tem razão. Você cresceu achando que toda mulher sonha em ser capa de revista e que aquela que diz que não só pode estar mentindo. Que toda mulher quer ser bela e deslumbrante, assim como todo homem quer ser rico ou piloto de Fórmula I ou os dois. Num artigo muito bom chamado “How to F*ck a Fat Woman”, no ótimo livro Yes Means Yes, Kate Harding expõe o seu pensamento (minha tradução): “A primeira ― se não a única ― prioridade de uma mulher é ser atraente para os homens. Não importa que seja uma mulher hétero que tenha outros interesses, ou lésbicas que não queiram atrair homens. Se você nasceu com uma vagina, sua obrigação básica desde o início da sua adolescência e durante toda a sua vida adulta será fazer-se bonita para o prazer de homens héteros. Não apenas para os homens com quem você não gostaria nem de conversar, quanto mais de fazer sexo ― mas para todos os homens”.
Eu sei, eu sei. Mesmo que eu insista que só tenho que ser bonita pro meu homem (e olhe lá), você não me permitirá este direito ― o que me fará duvidar do seu apreço pela liberdade individual. Você continuará dizendo que devo ser linda pra todos os homens, e patrulhando qualquer homem (começando pelo meu) que ousar me achar bonita. Assim como minha missão na Terra é ser bonita na opinião de todos os machos, a sua será me dizer, várias vezes por dia, o quanto eu falhei miseravelmente no único quesito que importa pra uma mulher. Sei que posso contar contigo: você estará sempre por perto pra me convencer de como sou infeliz por não ser a Gisele. E não vai adiantar nada eu jurar de pé junto que não invejo a Gi nem ninguém (quer dizer, no momento tô invejando qualquer pessoa que tenha fins de semanas e feriados e durma mais de três horas por noite). Porque você sabe muito mais a meu respeito do que eu mesma.
Pra ser justa, se eu não tivesse que fazer nada, eu gostaria de, num piscar de olhos, acordar vinte quilos mais magra e cinco centímetros mais alta e, por que não, treze anos mais jovem (mas com a serenidade de espírito que tenho hoje). Da mesma forma, imagino que, se não precisasse fazer esforço, a Gisele não dispensaria um titulozinho de doutorado no seu currículo. Mas não faria a menor diferença pra ela ser doutora. E nem pra mim ser linda. Apesar de você.

194 comentários:

Luísa Schenato disse...

Perfeito o texto! Parabéns Lola!

letícia disse...

Se vc fosse igual a Gisele B. em aparência, iriam achar um defeito para te insultar...Seja pela magreza, altura...enfim.

"...eu já achava estranho ser elogiada por algo que eu não fazia nenhum esforço pra ter..." EXATO! Eu acho estranho quando recebo algum elogio. Um dia, uma conhecida me disse "seu nariz é tão bonito" e eu não sabia o que responder, só um "ah, obrigada!" porque eu não escolhi ter a aparência que eu tenho, então não entendo mto essa de elogios porque vc tem atributos X ou Y.

"porque sou mulher e você acha que toda mulher deve ser bonita e só é bonita quem está dentro de uma ditadura da beleza e mulher morre de inveja uma da outra, bom, aí o problema é seu, não meu. É você que precisa ampliar um pouquinho seus horizontes. " essa parte eu assino embaixo!

Existe um padrão de beleza e a maioria se baseia nela para sair julgando aparência alheia.
Se vc não usa maquiagem, está acima do peso, não tem o cabelo liso...sempre vai ter alguém para fazer algum comentário.
(Eu mesma, aqui no meu serviço, raramente uso maquiagem - tenho alergia à maioria delas - e já ouvi de gente que não tem a mínima intimidade comigo, dizer que eu deveria usar maquiagem).

E detalhe: houve época, que se eu ia trabalhar mais arrumadinha, ouvia os comentários "ahhh, ta apaixonada! ta vindo assim porque quer conquistar algum moço!" como se né, mulheres só tenham interesse em passar um batom ou arrumar o cabelo (por exemplo) porque querer conquistar um homem.
Chega ser entediante.

Essa coisa de "vc criticou fulano e por isso vc tem inveja" é tão infantil. A maioria acha mesmo que o sonho de toda mulher é ser bela dentro dos padrões, mas existem muitas formas de ser bela. E ai se vc faz algum comentário sobre alguém que é considerado bonito, vc é invejoso...

Nammyee disse...

Eu fico imaginando essa imposição de invejar a Gisele como uma obrigação, quero dizer.

A maioria dos homens que conheço, já vieram reclamar que eu achei um absurdo o comercial, porque, né? Eu deveria estar invejando aquele corpo e seu poder de sedução na hora de argumentar algo. Acho que a maioria das pessoas ESPERAM que tenhamos inveja de modelos assim, para quem sabe, sermos que nem elas?



E realmente, como a leticia disse ali, é só eu vir arrumada no serviço que meio mundo pergunta se eu comecei a namorar e/ou estou a fim de algum aluno - Trabalho de uma Universidade aonde alunos SÃO -ou deveriam ser- adultos.
As pessoas impõe que você seja linda, magra e maravilhosa o tempo todo e inveje as mais bonitas.

A minha sorte é que depois de uns 6 anos ouvindo isso, aprendi a não ligar. O importante é eu impor o meu padrão de beleza, que é o: Estou me sentindo bem? Então, não preciso de mais nada.

(:

Bruna disse...

Lola, acho q tem um erro no finalzinho do seu texto. Ficou meio confuso. "Não faria diferença para a Gilese ser linda" ??

Fabiane Lima disse...

Ah, Lola! Mas é tão ruim ser feia! A gente sofre tanto por ser feia! É gente olhando torto, ou eu mesma duvidando se excito mesmo meu namorado, se sou boa o suficiente pra ele... É gente falando de outras meninas "fulana é chata, mas eu aguento porque é bonita, se fosse feia metia o pé".

Sim, eu não tenho nenhum respeito por mim mesma, acho sim que minha vida seria bem melhor se eu fosse bonita, mesmo que minha profissão não envolva nada relacionado a aparência e eu queira fazer mestrado, e minha auto-estima é mais negativa que a temperatura dos polos terrestres.

E sim, eu sei de tudo isso que você falou, li "O mito da beleza" e achei maravilhoso, mas sabe quando a gente simplesmente não consegue se convencer de que é boa o suficiente nunca pra nada? Será isso doença? Será isso por causa da minha depressão?

Eu só sei de uma coisa: se ser bonita não trouxesse nenhuma vantagem ninguém se esforçaria pra ser.

Anônimo disse...

'homem diz que só quer sexo, mas quando vê que a mulher quer exatamente a mesma coisa, vem com frescuras de sentir-se usado e tal'

Outra generalização estúpida, pra variar.

Anônimo disse...

SOBRE A RELEVÂNCIA DA BELEZA.

Ganhar dinheiro com a aparência - como a gisele - só sendo muito dentro dos padrões. Eu a acho linda.

Mas a beleza mais comum, mais ou menos dentro do padrão, de pessoas que não tem pretensão de virar modelo ou miss, também te sua utilidade, não há como negar. Mesmo que isso seja errado, que não concordemos, etc, o fato é que ajuda (e não só a auto estima). Ajuda você a conseguir um emprego, por exemplo. duas pessoas com qualificações equivalentes, um bela e uma feia (homem ou mulher), quem vocês acham que será contratado?

Eu SEI que isso de beleza é muito relativo, que seja. PROVAVELMENTE o empregador vai levar outros fatores que não seja o curriculo em conta. Simpatia, capacidade de se comunicar, e sim, beleza (nem que seja o conceito pessoal de beleza).

aiaiai disse...

Caramba! Eu nem ia comentar, pois concordo com tudo. Mas o comentário da Fabiane é uma explicação involuntária do post. Sim Fabiane, vivemos em uma sociedade que nos diz a cada segundo que devemos ser lindas e que ser linda é atender ao padrão. Vc pode estar deprimida por causa disso e não o contrário, entendeu?
Vc odeia a sua aparência e gostaria de ser "linda" pq toda a sociedade - começando pela mídia e terminando na pessoa q vc nem conhece e q te deu um olhar torto por achar vc feia - EXIGE q vc se importe com a beleza.

É exatamente para mudar isso que a gente briga. Para mostrar que isso não é o "normal" como eles pregam. Que, sim, podemos ser felizes mesmo não tendo o padrão de beleza das modelos de capas de revista. Que o meu marido/companheiro/namorado pode me amar e respeitar mesmo eu não tendo um corpo escultural .

Anônimo disse...

Belo texto. Realmente, os padrões são adotados e impostos como naturais. Os próprios comentários, do tipo, "Mulher tem inveja uma da outra", "mulher se veste bem pra dar inveja nas outras mulheres" e etc, são uma tentativa de fazer o comportamento fruto de séculos de submissão, ser natural.

Eu sou magro pra caralho, existe a moda da academica, de ser o macho alfa que levante seil á quantos kg... Essa porra toda.

Sinceramente, fico pensando, eu sei que sou magro, muito magro, mas cada vez que falam que sou magro demais, me sinto melhor, como se tivesse atingido o objetivo. Como se fosse anoréxico. Depois, parei pra pensar. No fim das contas, ser magro não é xingamento, no fim das contas, ser magro ainda é um objetivo cumprido e, ser muito magro é a exposição do Real da magreza.

É o que supostamente há por trás da ideologia do peso. Ser muito magro, abaixo do peso ideal, com ossos aparecendo é o símbolo mais puro dessa ideologia e, mesmo com saúde, deve também ser evitado.

Se ser magro é a exposição de um certo complexo de relações de poder, onde há a imposição da beleza, das funções sociais e etc, ser magro demais se torna a exposição crua disso. É o evítável, é como ver os corpos dos mortos em um acidente de carro no Datena. Isso é evitado, mas não é evitado ver os corpos dos palestinos, por exemplo, ja´que, por sua vez, naõ estão localizados em nossa realidade objetiva.

Valéria Fernandes disse...

Perfeito.

Serge Renine disse...

Fantático Aronovich!

Essa foi muito boa! Parabéns!

samya disse...

Eu fiquei com uma preguiça imensa de ler o post até o fim. Mas a pergunta que fiz logo no começo quando vi o titulo ficou aqui ainda: Por que você tem que justificar tanto a tua aparência fisica? Por que é tão necessario falar pra todo mundo: eu sou feia mas transei bastante? Sabemos todas que a beleza é um conceito relativo não? Então qual a necessidade de fazer mil posts repetindo a mesma coisa?

Sinceramente sei que a partir de agora serei chamada de troll, mas quando se fala em mil mulheres que querem agradar pela beleza e vivem em função da aprovação dos outros você não esta fazendo a mesma coisa não? Esta procurando e acredito que ja encontrou um nicho, o blog, onde as pessoas te admiram, te respeitam, algumas até te adulam beirando o ridiculo, pra ser aceita e admirada também?
Veja bem, eu não coloquei em discussão o teu blog, gosto muito de passar por aqui, acredito que você seja uma mulher fantastica, ja li coisas muito pertinentes. Mas sinceramente, esse tipo de post é so auto afirmação ou ele é realmente necessario?
Não quero te pautar não, é so uma pergunta mesmo.

Anônimo disse...

qualquer crítica no blog da lola a pessoa já chega com "não que eu seja troll" ou algo parecido. Pior que anda sendo necessário: criticou, é troll. :/

Serge Renine disse...

A minha mulher é extremamente bonita; loira, olhos azuis e tal, mas ela tem um jeito de agir que é exatamente o que você esceveu. Da a impresssão que a beleza não tem peso na vida cotidiana dela.

É uma coisa bem legal.

Rita Gomes. disse...

Eu MORRO de inveja da Gisele pq ela é milionaria!!! a mesma inveja que tenho do bill gates! eu trocaria facil minha belezinha basica por rios de dinheiro.. tipo se me oferecessem uma boa grana pra engordar 50 kilos eu o faria sem pensar 2 vezes haahahhah

André disse...

Sem falar da total inutilidade de se ter inveja da Gisele por algo que a maioria não conseguiria obter nem com um monte de cirurgia plástica.

Mariana de Lacerda disse...

Também acho tão esquisito esses posts, Lola. Como a Samya bem apontou, são muito repetitivos (quantos desses no blog? Não se contam nos dedos das duas mãos!).

Tem sempre esse lance de "sou gorda porque é meu biótipo" - e não por comer até três barras de chocolate em 24 horas, como vc já postou aqui.

Sempre, sempre a questão do quanto você já transou nesta vida. Pra não mencionar que, sempre que você fareja uma oportunidade mínima, trata de mencionar o doutorado. Tantos leitores aqui têm doutorado, imagino (Não, não tô dizendo que é a maioria)! Mas só quem tem que gritar isso aos quatro ventos periodicamente é você.

Para mim é só mais um post de auto-afirmação que você publica semana sim, semana também.

Maíra disse...

Você é lindíssima! E faz toda a diferença. ;)

Niemi Hyyrynen disse...

Hum...passa.

Bom se a pessoa é feia, é feliz sendo feia, beleza bom pra ela. Mas se a pessoa é feia e quer ficar bonita ela está sendo uma feia menos auto suficiente? Ceder a pressão não é fraqueza de espirito, pelo menos ao meu ver.

Vejo aqui em vários posts e nos comentários que há a valorização da auto estima, de ligar o "foda-c" para o mundo, mas parece que isso traz tb uma carga equivalente negativa para quem não consegue fazer isso.

Não adianta, vc pode acordar bem, dizer pra si mesma estou/sou linda e me gosta mucho assim.

Mas se alguem te para fazer qualquer tipo de comentário não tem como vc não pensar no comentário, nem que seja para um "ah, beleza champs"

Acho meio paradoxal essa questão aqui no blog da Lola de um lado temos "queremos que vc faça o que der na telha, seja livre, seja feliz" do outro temos "não dê importância para os outros" e por fim "vc é feia?se aceite!não se deixe levar pela ditadura da beleza!"

Oi? em quem vou acreditar? Não dá pra seguir tudo isso de uma vez só...

R disse...

Se vc fosse igual a Gisele,Lola,iriam te chamar de burra,pq mulher bonita não pode ser inteligente de acordo com eles
Vc podia ter esse e mais mil doutorados,ia continuar sendo uma loira burra.Saca,não tem como fugir
Haters Gonna Hate

darkgabi disse...

"eu já achava estranho ser elogiada por algo que eu não fazia nenhum esforço pra ter"

"homem diz que só quer sexo, mas quando vê que a mulher quer exatamente a mesma coisa, vem com frescuras de sentir-se usado e tal"

brigada. sem mais.

ah, tem mais sim: tb NUNCA entendi pq as mulheres devem invejar e odiar as outras mulheres...

Renata de Melo disse...

Liga não, Lola.
Pessoas especiais, geniais, fortes como você, não tem o direito de expor "intimidades", percebe. Entendo perfeitamente a sua postura perante esse assunto, como ser humano que quer, sim, ser compreendido, ao mesmo tempo que tenta se compreender. E respeito o seu desabafo, não só por ser a Lola (muito também, hehe), mas por ser um ser humano, poxa. A Lola é gente, galera!! Deixa ela respirar que ela merece!

Milady Carol disse...

Samya, na minha percepção a Lola quer demonstrar que não é necessário estar dentro de tal ou tal padrão de beleza para conseguir ir para a cama com quem gostaríamos. Não é auto-afirmação, é uma explicação. E se foi dito varias vezes, talvez seja porque tanta gente acha que isso não é verdade, que acaba sendo preciso explicar DE NOVO. Pelo jeito não foi o suficiente.

lola aronovich disse...

Bruna, obrigada por apontar o erro! Tava errado mesmo, agora já corrigi. Devo estar ficando disléxica!


Fabiane, mas “feiura” (tem acento?) é muito relativo, não acha? Quem determina se alguém é feia ou não? A mídia? As capas de revista? Desconhecidos na rua? Haters na internet? Que tal se fosse vc, e só vc, que determinasse isso? Por que não? Não estou dizendo que a vida não é mais fácil pra quem está dentro do padrão de beleza. Vários estudos mostram que sim. Que as pessoas vão sorrir mais pra vc, que será mais fácil conseguir um emprego, que será mais fácil ter uma boa autoestima. Mas pergunte a pessoas bonitas se a vida delas é um mar de rosas. Claro que não é! Elas têm problemas como todo mundo. Pra piorar, se for mulher, existe o preconceito de que mulher bonita é burra. Esse é um ponto. O outro é que a maioria da população está muito distante dos padrões de beleza, e se isso for determinante pra vc ser infeliz, you're doing it wrong. Acho que a vida é muito importante, muito única (eu acredito que teremos apenas esta), pra ser deserdiçada pensando “Ah, não vou ir à praia antes de emagrecer 10 quilos”, ou “não vou casar antes de caber no vestido de noiva cinco tamanhos abaixo do meu”. A gente sabe que tem muita mulher que faz isso! E é um desperdício, um sacrifício à toa. Em boa parte da Europa, as mulheres têm uma autoestima bem superior à nossa. Por quê? Porque pra elas há muitas formas de realização, e nem todas incluem “ser bonita”. No Brasil somos meio obcecados pela cultura do corpo. Mas temos que ser?

R disse...

Na real,beleza para mim é SUPER relativa.
Super mesmo.Assim como tem coisas que acho linda nos homens e minhas amigas odeiam tem um cara que acha lindo coisas em uma mulher que os amigos odeiam.
Acredito mesmo que toda panela tem sua tampa.
Não sei pq essa discussão ainda esta em voga,a beleza REALMENTE esta nos olhos de quem vê.O mundo é assim,pq tentam distorce-lo só para vender cosmeticos e anti-depressivos?
Eu odeio o Edward Cullen,ele tem cara de bundão e o amigo dele o Jacob tem mais peitos que eu!
EM compensação o Conrad Veidt,magrelo e com aquele sorrido distorcido e satanico faz super meu tipo.Pq padrões de beleza só "existem" para os corpos femininos enquanto nós mulheres somos capazes de enxergar beleza em todos os corpos masculinos?É obvio que isso é uma construção patriarcal,uma discussão que para mim a muito não vale mais a pena.
Repito:A beleza esta nos olhos daquela e daquelE que ve.

Paola disse...

Lolinha
Sempre tentam depreciar pessoas com personalidade forte e q expressam a sua opinião.
Isso é pq o seu sucesso incomoda.
E além de tudo, vc é uma mulher bonita.

Anônimo disse...

alguém falou aí que não existe padrão para o homem, só pra mulher.

Claro que existe. O gordinho baixinho é sempre ridicularizdo ou corno, comandado pela mulher (como se mulher tomar decisão fosse absurdo e nenhum macho pudesse se submeter a isso). Olhem só a propaganda do tigre, em que tudo o que o cara fala para o engenheiro, a mulher fala o contrário. Vcs imaginam o david Backham (é assim que escreve?) fazendo esse papel? NÃO! ele faz é comercial de barbeador, carro, coisa de homem. Pro comercial da tigre o baixinho gordinho é melhor.

Exemplos não faltam.

Enfim, ver beleza em quem tá fora do padrão é algo comum pra mim. Especialmente depois de conhecer a pessoa. E também já achei algumas pessoas dentro do padrão não mto atraentes. O Jacob (de crepúsculo, por exemplo), que as meninas suspiram, nossa, se dependesse só da beleza ia levar um fora meu hahaha.. E também a Megan Fox. |Tipo, ela é unanimidade, e eu não a acho feia, mas pra mim tá longe do todo de mulher mais bonita/sexy do mundo. Muito longe.

Niemi Hyyrynen disse...

Compliado e ironico

Quem diz que se incomoda com os textos de "auto-afirmação" da Lola não é pq já tem uma opnião formada sobre o que acha que a Lola é e está tentando aqui auto afirmar isso?

hum.... isso é interessante

Liana hc disse...

Lola, alegar inveja é uma forma de tentar te convencer de que você precisa daquilo para ser feliz.

Tem diferença entre auto imagem e o modo como as pessoas te enxergam. O problema maior acontece quando se confunde uma coisa com a outra. A pessoa deixa de perceber a si mesma, perde a sua autonomia, para só considerar como válida uma opinião externa. É como uma "experiência extra corpórea" na qual ela se vê por detrás dos ombros de uma outra pessoa ou como se escutasse um narrador.

Bem, eu como leitora já entendi seu ponto, esse foi um post que não me acrescentou muito comparado com outros tantos ótimos posts que você faz. Mas, não estou te dizendo o que fazer, não. Sei que isso ainda precisa ser muito reafirmado. E quem não gostou do post ou não se interessou que não leia, simples. Eu não leio todos os posts de todos os blogs que eu frequento. Mania chata de reclamar com os donos de blogs sobre frequencia de temas, de ficar dizendo "parte pra outra, já deu". Isso não é trollar, mas também não vejo a menor necessidade disso. Mas, enfim, né cada um com a sua auto crítica.

EdFurtado disse...

R, concordo contigo, esse lance de beleza é muito relativo. Eu conheci uma garota que só de olhar pra ela achei feia, nariguda, esquisita. Depois quando a conheci melhor gostei dela, da sua personalidade e passei a achá-la bonita, bonita mesmo. Quando eu passo a gostar de uma pessoa começo a procurar suas qualidades e é bem engraçado isso, parece que a imagem da pessoa muda pros meus olhos. Acho que todo mundo faz isso, então esse negócio de padrão de beleza não é tão importante assim, pelo menos não para quem gosta da gente.

lola aronovich disse...

Cabanadeinverno, obrigada pela contribuição. Muito relevante. Não dá pra negar que a “moda da academia” exerce grande pressão sobre os rapazes.


Gente, muito obrigada pelo carinho.

bike disse...

Inveja é não conseguir parar de falar de alguém ! um post atrás do outro e sempre sobre Gisele ! e não tem inveja ? e o que é esta fixação doentia ? pare de falar na Gisele , ela não fala de vc , nem sabe que vc existe ...

um conselho ,
siga a vida ...

lola aronovich disse...

Samya, Madame Papillon, nossa, quanta agressividade, hein? Acho que até agora vcs não entenderam o conceito de troll. Troll não é quem chega e discorda, mesmo tão agressivamente como vcs. É quem vem aqui insistentemente pra fazer isso, e só isso. Não sei o que as críticas de vcs têm de construtivas, mas não são coisa de troll.
O post inteiro é uma resposta a algo que ficou na minha cabeça desde que surgiu a campanha da Hope. Isso de que só criticamos o comercial por inveja. E eu andei refletindo e vi que não tenho a menor inveja da beleza da Gisele. E vai ver se eu tô na esquina, Samya. Eu não falei que sou feia! Eu me considero bonita. Tá no post que vc teve preguiça de ler. E sim, tenho que falar que transei bastante porque 1) é verdade, 2) faz parte da minha história de vida, e 3) tem gente que acha que pessoas fora do padrão de beleza não fazem sexo, o que é uma grande mentira.
Tem vários posts aqui sobre autoaceitação, mito da beleza, aceitação do corpo. FAT IS A FEMINIST ISSUE. Tem livro com esse título. Autoaceitação é extremamente importante, porque é fácil dominar quem se odeia. E, enquanto estamos obcecadas com a nossa forma física, acabamos sendo subtraídas em muitas outras questões. Além do mais, a maior parte dos textos que publico sobre aceitação do corpo são GUEST POSTS. Muita gente me escreve falando sobre isso, e quando publico esses posts, são sempre muito comentados, geram grande identificação. Sinal de que É um problema. Mas vcs estão me dizendo que, no meu blog, não posso tratar de um problema que afeta a tantas mulheres. Como devo responder a isso? “Puxa, é mesmo, vcs têm razão”?!
Comecei e continuo o blog pra me comunicar, pra dizer o que penso. Sempre escrevi, e lamento dizer: quase todo mundo que escreve quer ser lida. Escrevemos para buscar aceitação? Talvez. Desconfio que, num nível ou outro, todo mundo quer ser aceito. Mas se eu escrevesse meu blog com esse propósito, seria muito mais tranquilo fazer um blog fechado, só pra convidad@s, um blog pequeno, com opiniões mornas. Um blog como o meu atrai muito ódio. Claro que o carinho que recebo é muito maior, mas se eu não fosse casca grossa, já teria parado com o blog faz tempo.
Mas talvez vc tenha que refletir por que este post te deixou tão irritada.


Madame, leia minha resposta pra Samya. E posso te mandar passear também? Pô, só porque eu já comi 3 barras de chocolate em 24 horas não quer dizer que eu faça isso com frequência! Sei que vc conhece MEU biotipo muito melhor que eu mesma, mas... E o que é isso de eu mencionar meu doutorado? Vc viu o título do post? Toda a analogia que faço no post? Como vou fazer isso sem mencionar meu doutorado? Se tiver tempo de sobra, recomendo que vc leia outros posts e procure quando eu “farejo uma oportunidade de mencionar o doutorado”. Como se eu desse grande importância pra títulos!

R disse...

Mariana,sei lá,um homem pode ser gordinho,careca e tudo mais,mas ele ainda tem a chance de ser feliz tornando-se um homem rico.No patriarcado não existe homem feio,existe homem pobre.
O gordinho nerd pode se dar mal com as garotas na escola mas para ele ainda há a esperança de se tornar um empresario rico e bla,bla,bla.É o que se ve nos filmes nerds estadunidenses.Os nerds magrelos ou gordos ou muito feios começam a botar a cuca para funcionar,humilham o saradão bonitão e ficam com a mocinha sexy dentro do padrão.Ou seja,eles ainda tem opções para se darem bem,eles.Elas não,a nerd gordinha nunca vai ficar com o mocinho sexy a não ser que ela tome um banho de loja,faça uma chapinha,tire os oculos e entre para o padrão.
Por isso que penso que não existe padrão para os homens,beleza para eles é um bonus,para nós uma obrigação.

Babi disse...

Eu nao me esqueco de uma vez, quando eu tinha entre 9 e 11 anos, que me senti extremamente ofendida quando a minha avó me disse que eu era linda e tinha que "virar modelo". Me senti a pior das criaturas, e disse para ela, que nao queria ser conhecida pela minha aparência, mas pelo meu cérebro! E eu tinha no máximo uns 11 anos!!! Bom, ainda nao sou conhecida, e nem tenho mais essa ambicao, mas estudei, me formei, e estou batalhando meu lugar no mundo, com a minha inteligência, e nao aparência! Assim como você, Lola, aliás, estava pensando e vou iniciar a campanha: LOLA PARA PRESIDENTE!!!

Anônimo disse...

Mas quem falou que queremos ficar com o sarado sexy?

Olha a Lola. Ela não está dentro dos padrões. Não usa roupas caras, não faz chapinha e não usa esmalte na unha. Ela está com o saradão? Não, está com o maridão, que é com quem ela quer estar.

Sabe o que me irrita muito? Vejo muitas mulheres por aí dizendo que os caras só buscam beleza física, só querem ficar com garotas magras, peitudas, cabelão, etc.. Mas que caras são esses? Os bonitões! Então a moça fora dos padrões quer ficar com o bonitão? Não quer ser julgada ou preterida pela sua aprarência, mas também não olha para o baixinho gordinho? Olha para o sarado etc...

Sei lá.

samya disse...

A tua resposta so reforça o que eu ja pensei depois de ler esse que deve ser o enésimo post onde você busca "carinho e aceitação" basta alguém não te achar o maximo o tempo todo que você insulta, manda passear, agride. Mas numa coisa você tem razão o blog é seu, e você pode escreve-lo como bem entender.
Que pena que você precise de tanta agressividade para responder a qualquer um que te contrarie, bom dia pra você.

R disse...

Aff Mariana rsrsrs
No coment anterior eu estava observando do ponto de vista do patriarcado,não do ponto de vista pessoal.

rizk disse...

É até meio óbvio de dizer, mas é interessante ressaltar que é possível SIM ser uma mulher gorda, feminista e ter uma vida sexual ativa e satisfatória.
Afinal, lá no discurso "deles" essas características não existem ao mesmo tempo na mesma pessoa, né? "feminazi é mal comida", "feminazi é baleia" e "baleia é mal comida"! Porque a 5ª série nunca acaba!
Eu acho bacana que a Lola reforce isso.

A idéia, Samya e demais, é que NÃO TEM QUE SE ENVERGONHAR.

Escarlate disse...

A beleza ajuda sim, isso é fato né. Eu estou mais ou menos no padrão de beleza, depois de anos de bullying incansável na escola. Ainda aparece alguns colegas me paquerando "nossa Carol, vc ficou tão bonita" como se fossem conseguir alguma coisa.

Mas eu não me sinto bem com gente me elogiando por causa da beleza. E isso acontece as vezes na minha família e a do meu namorado. Eu sinceramente não preciso disso. Prefiro que elogiem meu intelecto, meu esforço em estudar, meu emprego em uma boa empresa, minha luta contra o preconceito. Mas não, isso não é importante para uma mulher. O bom é ser bonita, ser bem arrumada, ter um namorado bonito tb.

Eu sei q pode parecer reclamar de barriga cheia, mas eu não quero q fiquem reparando na minha "bela carcaça". Um dia eu vou envelhecer e aí? E se eu me iludir com isso, o q vai acontecer? Provavelmente vou me sentir um lixo.

R disse...

Realmente.Isso não é só irritante mas triste.Nesses filmes e nesse sistema cuja ideia esta centrada numa especie de sucesso padrão as pessoas são peças de um jogo e outras são premios par ao vencedor.Os homens são peças,peões,cavalos,torres e etc.
As mulheres são o premio fora do tabuleiro.E como um troféu de ouro devem ser belas e reluzir.É assim que imagino o padrão de beleza dentro do patriarcado.

Anônimo disse...

R.. a parte do "sabe o que me irrita muito?" não inclui na resposta pra você.

Mesmo assim discordo do que você disse. A mulher "feia" tem sim esperança. ela pode ser dar bem financeiramente e sim, ter o cara que quiser do lado. Mas é verdade, é mais comum ver uma mulher bonita com um cara feio do que o contrário.

Fabiane Lima disse...

Lola, a beleza pode até ser relativa, mas a feiura não. Nariz grande demais, pelo demais, olho pequeno demais, magreza demais... Nem todo mundo acha a Gisele bonita, mas ninguém tem dúvida da feiura da Quasimodo.

Milady Carol disse...

Fabiane, "todo mundo acha a Gisele bonita" é falso. Isso depende de muitas coisas, inclusive do padrão de beleza vigente na civilização da qual a pessoa faz parte.

Flávio Brito™ disse...

Lola:

Pequenas observações de um “troll sério”

Leio sempre seu blog apesar de não trollar sempre.
Acredito que ha coisas que já estão um pouco batidas como: Rafinha bastos, Gizele e mascu (o único lugar que já ouvi falar sobre mascu foi aqui)

Esses temas tomam espaço de outros temas deveras importantes.

Achei que fosse comentar algo sobre o caso das mulheres multadas na França por usar burca, o que abriria um grande leque de discussões.
Achei que ia ver post seu furiosa: Como assim multar uma mulher pela roupa que ela esta usando?

Também acreditei que escreveria algo sobre as três mulheres que receberam o Nobel, mas nada foi escrito.

As vezes me parece que só interessa ao feminismo falar da mulher vitimizada)

Enfim, estou sempre por aqui!

Nammyee disse...

Eu juro que tento entender, mas vamos lá.

Ninguém aqui, ao meu ponto de vista DEFENDE/Paga-Pau para a autora do Blog, mas defende o argumento que ela expôs no post. As pessoas confundem opinião com a pessoa, logo, se eu não gostei do post vou ofender diretamente a pessoa? Acho que não vale a pena postar uma reclamção direcionada à Lola simplesmente por ela 'escrever mais do mesmo' ou 'querer ser elogiada'.

Ela está simplesmente algo que ela gosta e quem realmente não sente interesse e não gosta, procure apontar, como: "Não gostei disso porque acho uma coisa chata e blablablabla"

Evitem ofender aos demais. (:

Lord Anderson disse...

Nammyee

Concordo com vc.

Tem pessoas que parecem ficar incomodados com alguns posts da Lola, e mais incomodado pelo fato da maioria dos comentaristas concordar com ela.

Nunca vi ninguem pagando mico ou sendo ridiculo só p/ agrada-la, mas pessoas sendo ridiculas apenas para discordar ou falar mal de algum post (ou da propria Lola)aparecem aos montes.

Anônimo disse...

Mais uma vez, vou destoar um pouquinho,rs:

Eu gst de me sentir bonita, não para alguém especial,mas para mim mesma. E claro, gosto quando recebo elogios, SINCEROS elogios.Cm disse no post das cantadas de rua, não vejo problema em receber elogios sinceros, mesmo que sejam de desconhecidos. Isso, pelo menos pra mim, faz bem!
Olha, não sei se a Gisele é tão feliz cm vc disse, não!O que vemos é só um recorte da realidade da vida dela. Ela tbm deve ter seus problemas, e tbm deve ter inveja de algo!Não acho ela linda, a acho muito carmosa e muito competente, mas não linda.
Acredito 100% no que vc diz! Tbm estou muito bem com a mminha vida! Nunca quis ser modelo. Pra vc ter idéia (Cof!cof!), já fui descoberta três vezes por olheiros, mas nunca me interessei. Pensei nas oportunidades que teria, nos lugares que viajaria, no dinheiro que ganharia e por isso que até quis, mas cm era menor, minha mãe não permitiu. Depois, as outras duas vezes q fui descoberta, já era maior de idade, já trabalhava, estudava e não quis.Nada contra a profissão, que é uma bela profissão!Eh um trabalho árduro e exige competência, cm qualquer outro, mas eu nunca quis usar minha imagem para ganhar algo.

Lord Anderson disse...

Flavio.

Não ter conhecido os mascus antes, depõe ao seu favor. rs

Mas basta digitar no Google que vc encontra varias das paginas desse pessoal.

Luiz Prata disse...

Algumas considerações:
- Concordo com a frase "a inveja é uma m&rda", até porque a inveja paralisa. Deixa-se de viver a própria vida para "viver" a vida alheia.
- Para mim, a beleza é relativa, múltipla, diversa. Também não gosto de padrões rígidos, como a cultura do cabelo-sempre-alisado. Como já comentei em outro post, adoro os textos da Elisa Lucinda, e concordo com ela nesse aspecto– ela repudia (com bom humor, diga-se) essa obsessão pelo alisamento, bem como os termos (de origem racista) "cabelo bom" e "cabelo ruim". De uns tempos pra cá, parece que os cachos estão sendo mais valorizados, felizmente.
- Não entendi muito bem a imagem do filhotinho de gato "lendo", mas tudo bem. A imagem é legal.

Aoi Ito disse...

Luiz, gatinhos nunca são demais. Gatinhos são sempre relevantes. Quanto mais gatinhos, melhor. :)

Caos disse...

E o comercial da Hope tá no ar de novo. Fiquei uns dias sem ver, e ontem, exibiu novamente.
Não sei se fui eu que fiquei dias sem olhar pra TV ou se realmente não tava passando.. mas enfim.

E concordo com a Letícia. Indiferente da aparência de uma pessoa, alguém que tem uma opinião forte (que vai contra a maioria), sempre vai ser insultada e, na maioria das vezes, o insulto vai ser em relação à aparência física.

Oliveira disse...

Samya:

Você acabou de descrever a Lola em toda sua extensão. Só ela acha que não é assim.


O engraçado é que antes era comigo e mais um ou dois trolls, como ela chama que a contraria. Agora até as mulheres estão sendo vítma da sua prepotência.

É a coisa está mudando.

Oliveira disse...

Fabiane Lima:

Você está certa. Feio é feio, bonito e bonito e fim de papo. O resto, esse negocio de padrão de beleza, é justificativa de gente feia querendo um bálsamo para suportar uma vida insatisfatória.

Anônimo disse...

Desculpem, não acho que a Lola agrediu ninguém!

Giovanni Gouveia disse...

Lembrei de Carla Camurati, dizendo que vivia sendo elogiada pela beleza exterior, e que ninguém notava que, além da beleza externa, ela tinha talento. Um dia ela se arretou e raspou as sobrancelhas pra ver se alguém notava ela...

Luiz Prata disse...

Acabo de ler uma notícia sobre Bárbara Evans, filha de Monique Evans, que tem a ver com o assunto do post.
Satisfeita com seu corpo, ela não pensa em emagrecer para "se adaptar a novos trabalhos" como modelo.
http://entretenimento.r7.com/famosos-e-tv/noticias/-nao-vou-emagrecer-diz-barbara-evans-filha-de-monique-evans-20111010.html?question=0

MARIA, L.P. disse...

Puxa, eu não havia reparado no gatinho... rsrsrs

Lola, o texto é muito bom.
Mas, até mencionei no Twitter, o título é muito bom! Achei muito apropriado.
Parabéns!

Michelle Silva Toti disse...

Estou lendo o Mito da Beleza e discutindo algumas partes com meu marido. É engraçado, ele fica perplexo de ver como algumas atitudes dele/minha/sociedade são machistas e a gente nem percebe, considera naturais. Como quando alguém passa em um concurso na área dele (exatas) e logo vem a pergunta: "Ela é bonita?" O que não acontece quando são homens. E tb já ouvi: "- Ah, eles só aprovaram ela pq estavam cansados de ficar vendo só homens todos os dias".
Homem não precisa ser bonito (mas precisa ser bem-sucedido e ter uma mulher bonita). Mulher precisa ser bonita, por outro lado, se é bonita tem que ralar p/ provar que é inteligente e capaz, pq sempre vai ter alguém (homens e mulheres) dizendo que conseguiu algo por causa da beleza.
Outra coisa que me incomoda muito é ver que nossa aparências (das mulheres) faz parte da quantificação do sucesso do homem: rico, bem sucedido, inteligente e tem uma mulher bonita. Aí quando a mulher sai dos padrões tem que trocar por outra né, se não o status dele diminui. Piadinhas do tipo: "nossa, esse é guerreiro"; "ele trabalha demais pq a mulher que ele tem em casa é uma baranga"; etc.
Agora nós ficamos brincando e tudo que vemos dizemos: nossa que machismo! o pior é que a maioria das coisas é mesmo.

Maria Luiza disse...

Primeira vez que escrevo aqui, lá vai:

Tô apaixonada no blog, e quando crescer quero ser segura como vc, Lola, no momento eu não gosto muito de mim, não. Eu não encaixo no mundo, é assim que eu vejo.
Enfim, eu já li quase todos os seus textos e ainda não passei por nenhum ponto que eu discordasse...
Vc não escreve nem demais, nem de menos, é na medida... E eu não entendo pq as pessoas perguntam pq vc fala sobre ter transado ou ter doutorado. Até onde eu sei o blog é sua visão de ver o mundo, é seu e sobre você, então...

Manu SA disse...

Quanto de nossa essência é preservada em nosso "eu social"?

Acredito que a maioria de nós humanos, sejamos naturalmente seres sociais, logo, temer a não aceitação de nossos pares e dos círculos nos quais estamos inseridos é comum e, ser apontado como "diferente", é quase sempre traumático.

O fato é que na atualidade, os padrões, sejam eles de beleza, felicidade ou sucesso, são quase que globalmente homogeneizados, ao menos no que concerne à sociedade tida como capitalista ocidental, onde o fluxo de informações e ideias é aberto, intenso e cada dia mais veloz.

Alguns códigos visuais mudam, aqui e ali de acordo com o país, o estado ou mesmo a região, mas é quase unanimidade entre os admiradores/consumidores (ñ apenas dos objetos, mas do estilo de vida "ideal" vendido por eles) de Versace, Victoria's Secret, Valentino, Bulgari, Ralph Lauren, Tommy Hilfiger, Dolce & Gabbana, entre outros grandes nomes da moda mundial, que Gisele Bündchen e todas as demais modelos que emprestam seus corpos às marcas, são lindas, felizes, estilosas e, portanto, padrão a ser "perseguido".

Se iludem aqueles que acham, que por não comprarem peças destas marcas mais famosas (e muito caras, diga-se de passagem), não consomem mesmo que indiretamente, alguns dos padrões por elas ditados. Desde as confecções nacionais com maior publicidade até as mais modestas no Brás, baseiam suas produções nos Bureaus de Moda e Estilo das gigantes mundiais. Os óculos de sol, as bolsas, os relógios e os tênis da 25 Março, são cópias fidedignas dos produtos destas marcas.

O problema é que estes padrões imputados pelo mercado de moda, sobretudo os físicos, são sempre (ou quase sempre) inalcançáveis p/ a maioria das pessoas, o que torna, em meu ver, esse mercado nefasto e desumano. Como fugir dele, então? Como não ceder à pressão, não ter medo de ser apontado como diferente, não ligar para quando respondem às nossas críticas à este ou àquele comportamento/ideal, como inveja, desdém de quem quer comprar ou frustração pura e simples?

Claro que a resposta é difícil e muito complexa, talvez tarefa para cientistas sociais, antropólogos e psicólogos. Não sou ingênua a ponto de acreditar que tenhamos a capacidade de - imersas/os até o topo da cabeça no mundo do consumo (de serviços, objetos e ideologias) - sair ilesas/os, acho q a frustração e insatisfação estarão presentes em nossas vidas sempre, em menor ou maior grau. Mas eu sinceramente acredito, que quanto mais exercitarmos nossa capacidade crítica e quanto mais nos conhecermos, mais fácil se torna entendermos o quê e quanto de tudo que consumimos, valorizamos e desejamos, é realmente nosso e o quanto não é pura, simples e preguiçosamente, mimetização do que o meio nos impõe como padrão.

Abs

Anônimo disse...

"Não sou ingênua a ponto de acreditar que tenhamos a capacidade de - imersas/os até o topo da cabeça no mundo do consumo (de serviços, objetos e ideologias) - sair ilesas/os, acho q a frustração e insatisfação estarão presentes em nossas vidas sempre, em menor ou maior grau. Mas eu sinceramente acredito, que quanto mais exercitarmos nossa capacidade crítica e quanto mais nos conhecermos, mais fácil se torna entendermos o quê e quanto de tudo que consumimos, valorizamos e desejamos, é realmente nosso e o quanto não é pura, simples e preguiçosamente, mimetização do que o meio nos impõe como padrão. "


Adorei, Manu!Acho que resumiu td que eu penso!

Oliveira disse...

Ah, esqueci:

Eu acho que a Lola está muito certa num ponto.

A Gisele não tem nenhuma! inveja da Lola.

Luiz disse...

Há pouco tempo vi um excelente programa do Canal Viva. No quadro "Debatendo a Piada" temos a personagem Agripina Inácia, a “socióloga da Unicamp”, caricatura de uma feminista vivida por Regina Casé no excelente TV Pirata, já lá se vão quase 25 anos. O Brasil e a televisão, na média, eram mais inteligentes. Quadros de humor daquele programa seriam considerados, hoje em dia, sofisticados demais para as massas.
vai abaixo o link;

http://www.youtube.com/watch?v=iiO7QV84nSo&feature=player_embedded

O país viviam o clima da constituinte de 88 e havia um valor a ser preservado, que não atendia ao grupo A, B ou C e dizia respeito a todos: a liberdade de expressão — que, felizmente, foi garantida na Carta e, a depender dos militantes militontos, será em breve revogada e os programas de humor deixarão de fazer graça, chistes etc. para se transformar em minitratados sociológicos. Como inexiste graça que não tenha um tanto de generalização, será preciso definir as categorias que podem e as que não podem ser personagens de piadas. Mas ai vem a questão principal. Quem decide o que pode e o que não pode ser motivo de piada. Vamos supor que a Senhora Iriny Lopes seja a encarregada de decidir sobre isso.

O que distingue o discurso de Iriny Lopes do de Agripina Inácia? Nada! Ocorre que a primeira pretende ser levada a sério, e a segunda era uma caricatura. Há quase 25 anos, reitero, ironizava-se essa discurseira imbecilizante do politicamente correto. Não que a incorreção seja um bem em si mesmo. Não é! O quadro, no que tinha de, vá lá, sério, alertava para o fato de que o humor se faz justamente desconstruindo as, digamos, “doxas”, mesmo aquelas virtuosas. Porque é da natureza humana captar uma pitada de ridículo mesmo nos gestos mais heróicos ou nas ações mais generosas.

Fico cá a pensar no Brás Cubas, de Machado de Assis, a olhar com distanciamento crítico a bondade de coração dos simples, onde via um grãozinho de parvoíce. Certas igrejas pentecostais picaretas (não estou dizendo que todas sejam; leiam direito) o mandariam para o templo para tirar o capeta do corpo; Ira-ny poderia enviá-lo para um campo de reeducação companheira…

No vídeo acima podem ver a Agripina Inácia? Como foi que ela analisou a piada sobre a moça grávida que vomita no avião e que vai ter de casar? O que distingue o discurso de Iriny Lopes do de Agripina Inácia? Nada! Ocorre que a primeira pretende ser levada a sério, e a segunda era uma caricatura. Há quase 25 anos, reitero, ironizava-se essa discurseira imbecilizante. Não que a incorreção seja um bem em si mesmo. Não é! O quadro, no que tinha de, vá lá, sério, alertava para o fato de que o humor se faz justamente desconstruindo as, digamos, “doxas”, mesmo aquelas virtuosas. Porque é da natureza humana captar uma pitada de ridículo mesmo nos gestos mais heróicos ou nas ações mais generosas.

Fico cá a pensar no Brás Cubas, de Machado de Assis, a olhar com distanciamento crítico a bondade de coração dos simples, onde via um grãozinho de parvoíce. Certas igrejas o mandariam para o templo para tirar o capeta do corpo; Iriny poderia enviá-lo para um campo de reeducação social para assuntos dos bons costumes.

Luiz disse...

A Agripina Inácia da vida (i)rreal, a tal Iriny, em um comentario sobre a propaganda das lingeries Hope, aquela estrelada por Gisele Bündchen disse o seguinte. Comparem com Agripina:

“A publicidade forma opinião, e isso [a propaganda] é estereotipar a mulher como um indivíduo na sociedade que, para ter uma condição igual ou para interromper um processo de agressão, ou para não sofrer nenhuma repreensão, precisa usar o corpo para isso. Quando a mulher pode usar a cabeça, a boca, como qualquer ser humano. Nada contra o humor. Mas nessa caracterização do que é certo e do que é errado, há uma indução à manutenção da imagem da mulher como veio sendo construída secularmente, de ser secundarizada, ser subalterna”.

Há, admito, uma outra diferença entre elas, a “Agripina” se expressa com um pouco mais de clareza “a nível de” indivíduo, né? É de estarrecer. A piada ganhou um cargo na Esplanada dos Ministérios. Eu sou fascinado por esses raciocínios que acatam, como premissa, uma regra universal da convivência e, em seguida, apelam a uma conjunção adversativa para negar o que acabaram de sustentar. Notem ali:

1) “Nada contra o humor” (ela aceita uma regra universal da convivência);
2) “Mas (conjunção adversativa), há uma indução à manutenção da imagem da mulher”…
Pronto, ela já recusou a premissa universal que supostamente admitira. Há uma construção na linguagem popular que explica esse raciocínio: “Maria casa com quem quisé desde que seja com o José” — nesse caso, em vez da adversativa, emprega-se a condicional.
Todos os tiranos podem pensar como Agripina — digo, como Iriny. Stálin ou Hitler não diria coisa diferente: “Sou a favor da divergência de opiniões, mas, nesse caso…” Iriny não sabe, mas ela própria é a piada.

A ministra não ficou só nisso, não! Também justificou, deixando claro que acredita ter feito o certo, o envio de um ofício à Globo sugerindo que Aguinaldo Silva, autor da novela “Fina Estampa”, dê o tratamento adequado à personagem espancada pelo marido e ao espancador. Os fascistas — os de direita e os de esquerda — acreditam firmemente que a estética tem de ser uma ética. O socialismo soviético apoiou o chamado “realismo socialista”. Jdanov, o ministro da Cultura de Stálin, incentivava as obras de arte que exaltavam o caráter revolucionário da classe operária e a disposição das massas de colaborar para a criação da pátria da classe operária. Já o nazismo era neoclassicizante, exaltando um ideal de volta à harmonia da natureza, sem os apelos decandentistas da sociedade então moderna.

Nos dois casos, aspirava-se a uma pureza ideológica livre de desvios e da sujeira da diversidade humana. O que o nazismo considerava “decadente”, o socialismo considerava reacionário e pequeno-burguês. Assim é dona Iriny. Ela acredita na novela como um instrumento de educação (Tenta impor isso usando a mão forte do Estado) — ou de deseducação, como pensavam, por exemplo, os acusadores de Flaubert quando resolveram mandar “Madame Bovary” (1857), o livro — na verdade, a personagem — para o banco dos réus, o que resultou numa das frases célebres nas polêmicas públicas. Perguntam a Flaubert, de modo inflamado, quem, afinal de contas, era aquela Madame Bovary devassa de seu livro, que ousava trair Charles, um marido perfeito e cidadão exemplar. Só lhe restou dizer: “Emma Bovary c’est moi”. Os reacionários da época não aceitavam o que consideravam uma ofensa aos costumes; a reacionária Iriny não aceita o que considera uma ofensa à militância militonta. Iriny censura Madame Bovary 154 anos depois.

Luiz disse...

Propaganda, novela, obra de arte, música, pintura etc. não têm de servir a propósitos considerados “nobres”. Sempre que se tentou esse caminho, produziu-se lixo retórico. Nas sociedades livres — e talvez venhamos, um dia, a conhecer uma…—, essas manifestações são tanto mais interessantes quanto mais questionam a ordem estabelecida (inclusive aquela das pessoas “corretas”). Se servem a um partido, a uma causa, a uma militância, então passam a ser apenas um discurso ideológico, de caráter instrumental: LIXO!

A melhor coisa que Iriny faz nestes dois casos é fechar a boca. Não porque seja mulher, obviamente, mas porque é Iriny, a insaciável.

Lord Anderson disse...

Luiz.

esse texto é seu?

ele parece similar em estilo a um certo blogueiro...

Sara disse...

É isso ai Lola vc é mais vc sempre, não tem mesmo que ter inveja de quem quer que seja, muito pelo contrário, muita gente é que queria ser amada e admirada como vc é.

Oliveira disse...

Isso, abaixo, é importnate para quem se diz feminista, não ficar se auto-elogiando.



A Atriz iraniana Marzie Vafamehr é condenada a 1 ano de prisão e 90 chicotadas10/10/2011UOL Cinema - EFEfalseUOL Cinema1@UOLCinema #UOL
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10/10/2011 - 13h44
Atriz iraniana Marzie Vafamehr é condenada a 1 ano de prisão e 90 chicotadas

Teerã, 10 out (EFE).- A atriz iraniana Marzie Vafamehrha foi condenada a um ano de prisão e 90 chicotadas por sua participação no filme "Teherane Man Haray", informou nesta segunda-feira o site "Kalameh".

Depois de tomar conhecimento da sentença no último domingo, decretada por um tribunal de justiça do Teerã, o advogado de Marzie apresentou um recurso à instância superior, acrescentou o site.

Mulher do cineasta iraniano Naser Taghvai, Marzie foi detida no final de junho, segundo a mesma fonte, por ter atuado em um filme que narra os problemas de uma jovem artista para viajar à Austrália.

Taghvai declarou ao site "Kalameh" que outras pessoas envolvidas no filme também foram presas, mas somente Marzie foi condenada. Segundo o cineasta iraniano, o filme contava com a permissão do Ministério de Cultura e Orientação Islâmica.

"Marzie está em uma prisão de Garchak, em uma província de Teerã. O local é um antigo galinheiro que não apresenta as mínimas condições higiênicas", completou o marido da atriz.

Produzido há quatro anos por Garanaz Musavi, uma cidadã iraniana que reside na Austrália, o filme foi resultado de uma tese universitária e contou com a participação de muitos estudantes, todos com a permissão das autoridades.

Apresentada em vários festivais, o filme chegou ao Irã por vias desconhecidas e acabou sendo distribuído no mercado negro. "Antes, o filme era vendido por menos de US$ 1. Agora, devido ao processo, está custando US$ 6", completou Taghvai.

A pressão sobre os artistas, especialmente mulheres cineastas e atrizes, aumentou muito nos últimos meses no Irã e várias delas foram detidas, processadas e condenadas com diversas penas

Relicário disse...

O texto do Luiz é do Reinaldo Azevedo...colunista de queM????

Ora, da tão amada e idolatrada VEJA!

Anônimo disse...

Oliveira,
Não entendi sua colocação.

Lord Anderson disse...

Relicario

Pois é.

Mas eu estava esperando que o leitor que colocou o texto, lembra-se que é de bom tom vc indicar a fonte quando cita alguem, e ainda mais quando cola o texto todo.

Maria Caú disse...

Quando eu tinha 11 anos eu já tinha 1,70 e era magra de dar dó (de ser sacaneada no colégio por isso etc.), então TODO MUNDO falava que eu tinha que ser modelo. Mas por conta da criação que eu tive, eu achava que ser modelo não era para mim. Nunca fui atrás e recusei pequenas propostas nesse sentido.
Estou no Mestrado e pretendo começar um doutorado após essa fase. Acho que se eu fosse modelo (ainda que de sucesso) invejaria muito as pessoas com esses títulos. :D

Hel disse...

Esse negócio de padrão de beleza é muito doido.

Por exemplo, a Mulher Melancia. Acredito que a maioria das pessoas de classe mais privilegiada ache ela feia e gorda. Ela poderia ser só mais uma. Mas ela construiu para si uma certa imagem e tá cheeeio de gente achando ela linda e gostosa.

De uma maneira totalmente oposta, a Apnea (modelo alternativa, ex-Suicide Girl, botem no Google aí)
Ela é magrela, peito pequeno e cara de rato. E também faz o maior sucesso.

Moral da história: encontre o seu nicho? hahahha

Não sei, só sei que não acho a Gisele grandes coisas não. Ela é bonita, mas é uma beleza meio plástica demais, sem sal. E eu achei ela meio ridícula no comercial. O jeito dela não estava nada sensual, sei lá. (eu não gostei do comercial, mas acho que pedir pra tirar do ar é exagero, e é justamente a publicidade que eles queriam)

Niemi Hyyrynen disse...

O Oliveira tá cagando pras mulheres.

Mas vêm com esse papinho só pra contrarirar.

É o mesmo principio do "Ah mas pq vc's não combatem a fome na África?"

Oliveira, pq não vai vc o Flasht e o Dig Din morar lá no Irã?

Giovanni Gouveia disse...

No contraponto da sua afirmação, Luiz


Haveria algum "grito contra o fascismo de estado" caso a propaganda colocasse, no lugar de Gisele Bündchen, Taís Araújo, dizendo que a "melhor forma de falar com o patrão, pra que não seja colocada no pelourinho, levando chibatada, era seduzindo-o e indo pra cama com ele?
Ou então um homem dizendo que pra não perder o emprego a forma "certa" seria ser sodomizado pelo patrão, que assim não se importaria com as merdas que ele fez no serviço...

Qual seria a reação daqueles que defendem a tal "liberdade de espressão"?, que aliás só vale se for pela mídia estabelecida, caso contrário é "ataque".

Só tem direito à opinião quem detém a propriedade dos meios de comunicação, então?

Nenhum outr@ da sociedade, dentro ou fora dos podres estabelecidos, pode se manifestar? Perdão, mas isso não é "liberdade de expressão", muito ao contrário, trata-se, tão somente, da ditadura midiática.


Em tempo, um bom post sobre o mesmo tema está aqui:

http://www.blogcidadania.com.br/2011/10/a-mulher-que-enfureceu-a-midia/

Giovanni Gouveia disse...

Onde se lê "podres estabelecidos", leia-se "poderes estabelecidos"...

Liana hc disse...

"..Mas.."

Sempre vai existir um "Mas". Sinto dizer. É do direito de qualquer um criticar. LIXO, no meu entender, acontece quando perdemos o senso crítico e a empatia.

E favor não confundir expressão artística com exploração mercadológica do status quo (atolado em preconceitos e decadência) para encher continhas bancárias de meia dúzia de empresários malandros que dominam uma fatia considerável do mercado de entretenimento e que não estão nem aí para arte, liberdade de expressão ou conjunções adversativas desde que o dinheiro continue entrando.

Ginástica retórica, nada mais, para dizer que não se deve ir contra o status quo ou que devemos ser passivos e deixar que um grupinho fale por toda uma sociedade. Não obrigada.

Anônimo disse...

Fiquei com preguiça de ler essa enorme crítica. Mas vcs estão falando tanto, que vou ler.

Renata Lins disse...

Genial o texto. Me lembrou uma discussão surreal q tive outro dia com uma amiga bonita, bem-sucedida etc, porque disse que me preferia hoje do que há dez anos. Ela quase brigou comigo... como se fosse uma ofensa a todas as mulheres. Fiquei impressionada porque é alguém que prezo, que tem doutorado e que nunca me pareceu uma louca que só cuida da aparência. Pra você ver.

Sara disse...

Samia vi que vc acompanha o blog da Lola ha muito tempo desde 2008, talvez por isso já conheça mais sobre ela, e alguns assuntos como esse do post de hoje vc já saiba qual a posição dela a respeito, e pra vc talvez seja um assunto repetitivo, mas tem muita gente que conhece esse blog ha pouco tempo, e não teve oportunidade de ler sobre esse assunto em postagens anteriores, acho perfeitamente normal voltar a certos assuntos na dinâmica de um blog, primeiro porque quem já havia lido anteriormente possa acrescentar mais alguma coisa relevante, e pra quem não conhecia ter a oportunidade de aprender com a Lola também.
Já vi comentários muito bons que vc fez aqui, sinceramente não acho mesmo que a Lola tocou nesse assunto de aceitação de si mesma pra se exaltar e sim pra dar exemplo pra muitas de nós que estão procurando justamente por isso.

elen mars disse...

muito bom,arrasou!

Liana hc disse...

A propósito, a única "arte" que eu vi no comercial da Hope foi a "arte de ganhar dinheiro insultando seu público alvo". A baixa auto estima e a noção de valor próprio por essas terras são tão incipientes que, pasmem, funciona!

Mayara Arend disse...

"Nem toda menina quer ser miss ou top model. Eu, por exemplo, nunca quis." Nem eu. Aos 7 anos, mais ou menos, queria ser jornalista, pois queria que escutassem minhas opiniões. No momento em que notei que as opiniões dos jornalistas não eram deles e sim de um conglomerado qualquer, desisti - virei publicitária e blogueira, especialista em internet que é onde as pessoas comuns são ouvidas.
Sempre fui magra e tive um corpo razoável - por uns anos, fiquei em 48kg e não conseguia engordar. Agora engordei 8kg em 1 ano, estou me sentindo gorda. Pode ser a "ditadura da beleza" mas eu não gosto. Posso ficar assim - acordo e durmo sem maquiagem, me visto como dá vontade. Mas me recuso a usar 42. Aliás, não quero nem precisar do 40. Não tenho peito (basicamente) então ter quadris enormes me fazem ficar horrível e eu não gosto. Não vejo nada de errado com se cuidar ou querer ser melhor/mais bonita/mais magra/etc. O problema é ficar neurótica ou depressiva por isso.
Tenho inveja da Gisele, por ter sido bonita e inteligente, por ter conseguido chegar onde está e por ser feliz. Ainda chego lá - a inveja também pode ser produtiva, movimenta, motiva. É só usar como degrau, não como sepultura.

Anônimo disse...

May,

Sua história é idêntica a minha!Só que me formei em Artes!
Porém, uso 40, ás vezes 42. Eu gst, já que não tenho peito, algo compensa,rs.

Marussia de Andrade Guedes disse...

Eu tenho inveja sim da beleza , da juventude. Algumas vezes eu fico pensando o quanto a vida pode ser cruel. Se quando eu tinha beleza e juventude tivesse a cabeça que tenho hoje teria aproveitado muito mais. Mas não trocaria o meu conhecimento e a minha maneira de pensar por beleza e juventude. Agora, se fosse possível ter os três seria ótimo. O que eu quero dizer é que ter inveja é algo normal. A inveja ( não patológica) é o motor da humanidade. Se não fosse a inveja não sairíamos do lugar. Então eu não vejo problema nenhum em dizer que tenho inveja de alguém belo (não estou dizendo que vc tem Lola). Quem não sente atracão pelo belo? Qual o problema de querer ser belo para atrair os homens? É bom lembrar que quando vc vai pra cama com um homem vc também ganha prazer. As mulheres não querem atrair os homens só para agradá-los não . Elas querem ter prazer. E os homens também querem ser belos. Só não são tão cobrados , pois a mulher foi culturalmente programada pra não valorizar tanto a beleza. Sabe Lola, dizer que o obeso tem as mesmas possibilidades sexuais de quem está " mais dentro do padrão" não convence. Principalmente a mim que já fui magra, gorda, magra novamente, gorda de novo. Mas acho que vc não é a pessoa ideal pra falar disso pois vc está há 21 anos fora do "mercado" , como vc mesma diz. Eu amo alguém que, acho, me ama também . Mas não passa pela minha cabeça que ele não vai desejar outras mulheres e nem que eu não vá desejar outros homens. Então eu queria ter beleza e inteligência . Se tivesse que optar, claro, optaria pela segunda. Mas se fosse possível ter as duas coisas seria ótimo.
Não sei a quem vc se dirige neste post. Mas em certo momento vc duvida do apreço da pessoa pela liberdade individual. E eu pergunto: quando se refere ao seu marido como seu homem, não é do seu apreço pela liberdade individual que temos de duvidar? Uma coisa é monogamia e outra é exclusividade sexual. Os pombos são monogamicos, os católicos também , mas não mantém exclusividade sexual. Os únicos seres que mantém exclusividade sexual são vermes que vivem no intestino de determinado peixe que quando tem uma relação sexual se fundem e aí são impedidos de dar aquela puladinha de cerca. Leia O Mito da Monogamia de Barash, David P. E sabemos também que muitos católicos nem monogamicos são . Quantos mantém casos extraconjugais durante anos ? Inúmeros! Neste caso a amante vive na sombra, sem direito a nada, só pra respeitar a tal forjada monogamia.
Então é impossível associar monogamia e exclusividade sexual com liberdade. Vc pode até dizer que quando vc ama isso é natural. Aí eu vou dizer pra vc que neste caso a prisão é o amor. E vc fala , algumas vezes, como se o seu marido fosse um troféu. Eu acho estranho ouvir isso de uma feminista. Eu acho que as feministas tem a missão de fazer as mulheres entenderem que elas podem viver sozinhas, que não precisam de um marido ou filhos para serem realizadas. É difícil fazer isso quando vc fala do seu marido como um troféu. Se as mulheres não imaginassem que tem obrigação de casar e de ter filhos para serem realizadas seria muito mais fácil dizer não para os machistas e mascus que povoam o mundo. Poderíamos mais uma vez driblar a seleção natural. Imagine só: só casaria aquele homem que não fosse machista que respeitasse a liberdade feminina. Mas falar disso quando se defende as prisões da monogamia e da exclusividade sexual é difícil. Pelo menos para mim.

Clarisse disse...

Lola, sempre leio seu blog, sou fã de carteirinha, sempre fico caladinha, só "ouvindo" mas hj recebi a indicação de uma amiga de um texto condenando essa propaganda da HOPE e explicitando o quanto o machismo é ruim para mulheres, homens, enfim, toda a sociedade.

Sei que quem acompanha seu blog há mais tempo, como eu, já está careca de saber disso, mas acho que é sempre bom pra mostrar o dano que o sexismo causa a todos.

O link do texto é esse aqui: http://sergyovitro.blogspot.com/2011/10/bundchen-tambem-discrimina-os-homens.html?showComment=1318201339962#c5555332429711345366

Em tempo: não conheço o blog, só li esse texto, mas espero que agregue nas discussões. Beijos

Escarlate disse...

Nossa, agora forçou legal. A Lola tá mostrando o maridão como troféu? HAUAHUAHUAHUAHUAHUAHUHA aff gente, tem q ver isso aí viu.

As pessoas confundem quando se fala da sua vida pessoal com desejo de se mostrar. Se você fala que é bonita/rica/casada tá se achando. Se fala dos seus problemas, é vitimista e só sabe se lamentar.
O único modo de agradar essas pessoas é ser um locutor invisível, sem sentimentos, sem vivência.

E de novo o papo que monogamia/exclusividade sexual é prisão e etc.? Cansou né, troca o disco.

Oliveira disse...

Pois é Relicario:

Nós os maus da direita temos: a Veja, a Globo, o Manhathan Connection, o Reinaldo Azevedo, e vocês, os bonzinhos da esquerda, tem: Carta Capital, Record News (afllhada do Lula), o drog... digo o blog do Nassif e a... Lola!

Aonde vocês acham que vão chegar?

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sara disse...

Marussia vc tem razão em muita coisa, mas nuncaaaa amaior parte das mulheres vão abrir mão da monogâmia, isso é utopia pura esquece.

Niemi Hyyrynen disse...

Oliveira

Esse discurso de mulher isso mulher aquilo nesse blog não cola. Vc que é troll antido da Lola já deveria saber disso.

Agora esse papo de "ralé" é muita boçalidade né? kkkk só rindo mesmo.

Será que vc não consegue nunca dar um argumento que presta aqui sem tentar apelar?

se toca, vai viver numa bolha

lola aronovich disse...

Vixe, hoje o clima aqui nos comentários (pelo menos alguns deles) tá tão agressivinho que até o Oliveira, um troll pra lá de antigo, decidiu ressurgir das cinzas. O Oliveira, pra vcs verem a estirpe, defende que só algumas pessoas (que ele escolher) possam votar. Isso excluiria analfabetos, feministas, pessoas de esquerda, ateus, gays, e não sei quem mais. Ele já defendeu essa ideia várias vezes neste espaço. É um democrata! Além do mais, ele tem uma admiração patológica por mim, e uma inveja enorme do meu marido, como qualquer leitor mais antigo pode comprovar. É triste, viu?
Então pergunto: hoje que o Oliveira ficou tão saidinho, tá na hora de voltar a deletar seus comentários sem ler? Tipo: vejo o nome do energúmeno, deleto? Como faço com o minitroll?
Acho que sim...

Serge Renine disse...

Marussia:

Quanta sinceridade e integridade numa pessoa só.

Eu gostaria que você pudesse ser bonita novamente, como você se achava quando era mais jovem. Você merece muito!

Rê_Ayla disse...

Eu admito que tenho inveja da Gisele: MORRO DE INVEJA DA CONTA BANCÁRIA DELA!

Se você fosse bonita, dentro dos padrões, te chamariam de burra. Tenho duas graduações, especialização, mestrado, cursos em outros países, falo 4 línguas. E daí? Sempre a loira burra! Mas quer saber: o importante é ligar o botão escrito FODA-SE, viver sua vida e a opinião alheia que se dane. Sempre acharão o que criticar, o que falar mal... a melhor opção é deixar falarem e fim.

Niemi Hyyrynen disse...

Conclusão do post

os trolls adorariam ser a Lola

lola aronovich disse...

Marússia, entenda: uma coisa é defender relação aberta. Dou o maior apoio. Não acho que monogamia seja a única opção, nem de longe. Acho que qualquer casal que quiser ser poliamoroso deve ir em frente sem medo. Mas outra coisa é dizer que casais que adotam a monogamia vivem numa prisão. Aí já é um pouquinho demais. Respeite a decisão dos outros, pô! Só porque monogamia não funciona pra vc, não quer dizer que não funciona pra mais ninguém. RESPECT.


E hoje tá fogo. Clima tão pesado que uma leitora me mandou por email uma oração da Mãe Iemanjá. Descobri várias coisas que não posso mais mencionar no meu blog:
1) dizer que tive muitos parceiros antes de casar. Ninguém quer saber disso! É autoafirmação! E além do mais ninguém vai acreditar que uma gorda faz sexo!
2) dizer que tenho doutorado. Só estou me exibindo e esfregando minha titulação na cara de quem não tem doutorado!
3) falar do maridão. Assim eu o exibo como troféu! E isso é antifeminista! (desculpe, Marússia, vc foi bem educada no seu comentário; não merece ser igualada às comentaristas que acordaram com o pé direito hoje).
4) falar da Gisele. Já tá mais que na cara que eu tenho inveja dela.

Tem mais alguma coisa que eu esqueci? Posso falar dos meus gatinhos ainda ou também estarei buscando desesperadamente a aceitação dos leitores?

Serge Renine disse...

Tenha cuidado Aronovich, quem gosta de gato é gente auto-suficiente e individualista, gente bacana gosta de cachorros.

lola aronovich disse...

Ah sim, gente! Não tenho a MENOR VONTADE de ver a caixa de comentários do meu blog infestada por textos do tio Rei. Ainda mais sem citar a fonte. Nem de qualquer outro lugar. Se alguém achar que um texto totalmente off topic é essencial pra discussão, explique um pouquinho com as suas próprias palavras porque aquele texto dialoga com este post, cite o autor, e deixe o link. É simples. E muito mais elegante que copiar post alheio de gente de direita num blog de esquerda.


Vcs notaram como o Flasht subiu de estatura moral desde que o Mr. Dig Din apareceu? Ele tá quase parecendo um intelectual em comparação! Infelizmente, mascus não têm salvação não. Olhem o que ele diz serem "erros de mulheres" -- uma mulher que casou, foi traída, se separou... Qual foi o erro dela? Ah, tá: ter nascido mulher!

Relicário disse...

Oliveira, ainda assim acredito que minhas fontes são mais fidedignas...ao menos os patrões são diferentes...

Liana hc disse...

Que coisa, esse discurso de monogamia-prisão.. Nem quando estou nos meus relacionamentos abertos eu fico colocando defeito em quem está "exclusivo". Isso me soa a insegurança e insatisfação com o rumo da própria vida amorosa e sexual. E sei lá, inveja não me move, não.


Lola, rsrs Flash t evoluindo, tipo gremlin, só que ao contrário? Vai ficar fofinho, será? Só não pode molhar nem alimentar após a meia noite.

Lady Sybylla disse...

Parabéns pelo texto, Lola.

E quanto ao cidadão que falou dos gatos aí em cima, sou auto-suficiente e sou muito bacana. Quem não sabe o que dizer, não diga.

Abraço!

Julise Ribeiro disse...

Perfeito!

Num mundo ideal é claro que você não precisaria perder tempo escrevendo sobre isso, mas como tem muita gente limitada que insiste em criticar sua opinião de QUALQUER forma, é realmente necessario mostrar que nós, mulheres, temos objetivos muito superiores a busca do padrao de beleza.

Na minha visão, foi pra isso que o texto serviu. Não pra exibir seu doutorado, seu marido, ou seus parceiros sexuais. Eu entendi o que você quis dizer e admiro muito a forma como você conseguiu colocar isso.

Mas como dizem: haters gonna gate.
Porém seria ótimo se eles buscassem entender o que você quis mostrar falando resumidamente sobre a sua vida: que nem toda mulher faz questão de estar dentro do padrão pra agradar sociedade.

Admiro você, um beijo.

Bruna disse...

Sybylla, acho q ele foi ironico...

Relicário disse...

Lola, eu ainda não tinha comentado sobre o post em si...mas tendo em vista os comentários inclusive de mulheres que se dizem feministas aí vai:
Eu simplesmente não entendo como algumas pessoas que buscam lutar contra as diferenças teimam em estabelecer MUITAS, muitos dos comentários são evidenciando motivos pessoais e inclinações para um lado ou para outro, e ainda cismam em criticar a autora do texto, oras bolas, quem não concorda em ser feliz gordinha, que emagreça, quem não gosta de monogamia, que estabeleça uma relação aberta, uma coisa é vc apontar que muitas de nossas decisões cotidianas são embasadas em padrões pré estabelecidos, outra é vc acreditar que só o seu exemplo ou o seu pensamento vai servir pra todos, é um novo padrão, quem sinceramente também não me serve.

Death Neko disse...

Lindo o texto, Lola, não costumo comentar aqui mas todo dia espero ansiosamente pelo seu novo post já há mais de um ano. Triste ver a quantidade de trolls presentes aqui. Gente que parece que não cresceu nunca, alienados, que quando se encontram sem argumento passam pra ameaças ou ofensas. Nunca teria a paciência que você tem pra lidar com isso. Força!

natalia disse...

Bom, eu concordo com a minha ex-chefe, corregedora da CGU que disse numa entrevista "tenho o direito de ser feia". Sim, porque este direito parece não caber às mulheres. Se queremos os mesmos direitos dos homens, porque não o de ser feia e ainda assim, ser realizada? Muitos homens são. Muitas mulheres,também. Só que quando falam que estão em paz com a aparência, muita gente não acredita, mas eu sim. Como já comentei uma vez por aqui, sempre tive o corpo bonito e o rosto normal, nem bonito nem feio, mas vou muito bem obrigada. Valorizo tudo que consegui por meu próprio esforço, uma vez que não sou bonita o suficiente para atordoar um homem. E,além de ter conseguido conforto material, ainda tenho boa cabeça para entender como funciona o mundo e nunca me permitir ser massa de manobra.

Ághata disse...

Sabe o que é engraçado? É que eles devem achar que só mulheres fora do padrão de beleza querem desesperadamente ser belas, as beldades pouco se importam, sabe? Só se 'cuidam'.

aiaiai disse...

Lendo os comentários e pensando: maridão a essa altura tá se achando, né? kkkkkkkkkkkkkk

Elaine Cris disse...

Ah, Lolinha, como sempre irretocável, mas achei desnecessário.
Sobre esse assunto você já disse tudo e muito bem, nos posts anteriores.
Quem continua batendo na mesma tecla é porque não tem argumento e só sabe discutir na base do feia, boba, chata, invejosa... e sempre pra mulheres claro.
Ainda têm a ilusão que vão conseguir calar a boca de alguma mulher que tenha um mínimo de inteligência não argumentando com as idéias, mas partindo pra xingamentos bobos, ofensas vazias, que só depõe contra a capacidade de argumentação de quem usa.

Elaine Cris disse...

Agora vou confessar uma coisa muito feia. Eu tenho invejinha do seu doutorado em Letras, rsrs...
Mas é inveja branca, como dizem, aquela que tem mais a ver com admiração, de querer tudo de bom pra pessoa e querer pra gente também.
Mas um dia eu chego lá, rs.
Abçs!

Sara disse...

Marussia eu tambem concordo com vc que a monogamia é uma prisão, mas não só isso pra mim, a monogamia feminina é um dos pilares do machismo, veja o que li em um blog bem asqueroso e machista.
“eu reconheço que o islamismo tem uma impressionante compreensão do sexo feminino. Na verdade, nenhuma outra religião compreendeu tão bem o sexo feminino quanto o islamismo. O controle sexual é uma das coisas mais importante do islamismo. Por quê? Essa religião como nenhuma outra compreendeu totalmente as conseqüências da promiscuidade feminina para a família e os relacionamentos. O islamismo não acredita no bom senso da mulher fora de um projeto de vida instituído pela religião.” “ Se os religiosos instituíram algo como a família, o casamento e a monogamia, não há evidentemente nenhuma burrice ou superstição nisso. Pelo o contrário, isso foi o que manteve a sobrevivência de muitas culturas e sociedades durante séculos e milênios.”
Mas a imensa maioria das mulheres se sentem confortáveis nessa situação, ainda que seja uma situação totalmente ilusória como vc tantas vezes falou, e a monogamia só seja cumprida efetivamente por parte da mulher, o padrão é a monogamia, e a mulher que deseja sair fora de uma relação dessas por qualquer motivo que seja muitas vezes paga com a vida , ou com represálias impostas pela sociedade, pois isso não é esperado por parte dela.
Muitas mulheres aqui nesse blog mesmo falam que é muito simples basta escolher o tipo de relação que se quer ter, como se fosse muito fácil fazer isso numa sociedade machista como a nossa.
Parece até que não vêem TV ou lêem jornais, ou mesmo o blog “QUEM O MACHISMO MATOU HOJE” para saber que não é tão fácil assim sair de uma relação monogâmica.

Nefelibata disse...

Lindo texto, Lola! Parabéns! Queria participar do debate nos comentários, mas agora você é pop, tem muitos pra ler e estou sem tempo, hahaha.

Mas acho que talvez seja interessante compartilhar minha experiência. Namoro a mesma pessoa há 8 anos, e quando começamos, eu não a achava bonita. Hoje acho, mas reconheço sem qualquer resistência que ela é baixinha e gordinha, portanto, fora do padrão de beleza. Da parte dela, também nunca me achou lindo nem nada parecido, e igualmente não tem a menor dificuldade para assumir que também estou distante do padrão de beleza masculino. E ninguém nunca poderá dizer que nós não nos amamos. De maneira semelhante, a pessoa por quem me apaixonei mais perdidamente não era nenhuma modelo. Talvez porque eu nunca tenha me deixado ser adestrado para ir apenas pelas aparências.

Não conheço muito do Vinícius de Moraes, e do que conheço, admiro somente duas poesias. Mas sei que é dele a infame frase que diz "as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental". O que conforta meu lado sádico é que as mesmas pessoas que valorizam isso são as que sofrem depois de serem trocadas por alguém mais superficialmente atraente. Ao ter beleza como fundamental, o relacionamento fica meio mercantilizado, uma espécie de negociata... é como trocar de carro, por um mais novo e potente, havendo oportunidade. E no caminho, os corações vão se partindo...

Enfim, o tema do texto nem era esse... mas é necessário explicar tudo isso de novo pra quem não quer fazer outro raciocínio que não esse torto do "então é inveja".

Abraços!

Mauricio disse...

"Monogâmicos como os católicos e os pombos, porém mais limpinhos (refiro-me aos pombos)."

Aos pombos, é? Sei... Hahahaha!

Vi uns comentários ai em cima, e pra mim, doutorado não é genético nem presente de Natal: se conseguiu, é porque ralou e tem mesmo é que falar que tem. Sem nenhuma vergonha disso. Tem muita gente aí que morre de inveja de gente bem sucedida e com estudo.

Transou com um monte de gente mesmo fora do padrão estético vigente? Tem um blog (somente seu, diga-se de passagem) e quer falar a respeito? Tem mais é que! Ou será que nem o "Cem Homens" pode falar de sexo agora?

"Policiamentozinho" chato, né?

IGN-UP! disse...

Para iluminar a cabeça ainda impregnada de machismo de muitas de vcs:

"Os homens mostram profundo desconforto quando outros homens se colocam como meros objetos sexuais. As mulheres, em contrapartida, não só aceitam as mulheres que se portam como objetos como, pior que isso, ainda “pagam pau” para elas. Eu realmente acho surpreende como mulheres como Tiazinhas, Feiticeiras, Carlas Perez, etc, têm fãs do sexo feminino. E o motivo principal para as mulheres pagarem pau pras mulheres-objetos é que, se não o fizerem – e, pior, se as criticarem- serão chamadas de invejosas. E ser invejosa é o mesmo que assinar seu atestado de incompetente, feia e burra. Como nenhuma mulher quer passar essa imagem, elas acreditam que não podem ser contra as “mulheres-bunda”. Simpatizar com as “mulheres-bunda” é, na cabeça delas, uma forma de mostrar que não as invejam, o que, por sua vez, significa dizer “tenho boa auto-estima”, “eu também sou bonita”, etc. (Também há o fator sociológico fortemente enraizado nessa problemática. Podemos ver isso como uma das facetas mais marcantes da dominação: o indivíduo não enxerga os instrumentos simbólicos utilizados para manter sua dominação. Como não enxerga o poder de tais instrumentos e discursos sobre sua condição, os reproduz, reforçando, assim, a estrutura de dominação da qual é alvo)."

fonte:http://angustiaetica.blogspot.com/search/label/baixaria%20na%20tv


sobre as conseu~encias da objetificação da mulher:

http://www.defensoria.df.gov.br/sites/300/380/00000497.pdf

Portanto,que tral pararmo de ficar "vanglorizando" mulheres-objetos e falarmos daquelas que morreram por nós? que tal tomarmos Dilma como exemplo ao invés de mulheres-corpo que só reforçam esteriótipos machistas?

ana gabardo disse...

Por que é tão difícil entender que nós não temos inveja da Gisele? Eu acho ela estranha, magra demais, boba demais. Aos meus olhos, acho Adele, por exemplo, muito mais linda e talentosa. Me desculpe, mas.. que talento Gisele tem? Desfilar? Posar pra fotos? Fazer propaganda meia boca com sua "sensualidade" brasileira? Sei lá ein..
Eu nunca fiz dieta e sou feliz assim, podendo comer o que quiser. Acho incrível a cara de espanto que as pessoas fazem quando veem uma mulher que come muito e de tudo, sem ter vergonha disso.

Paloma Varón disse...

Disse tudo, Lola! Maravilhoso.
Beijos

Luísa Schenato disse...

A discussão é muito interessante, mas essa coisa de falar que casamento/namoro/exclusividade sexual é prisão ou ilusão é piada. Prisão/ilusão é acreditar que só uma forma de viver é "a ideal", acreditar que ninguém ou que todo mundo faz determinada coisa, pensa de determinada forma.
Todas as formas de vida, de fazer sexo e de relacioanmentos são válidas e podem ser boas, desde que envolva pessoas capazes de escolher.
Ter uma mente "aberta" é saber respeitar as escolhas alheias, independente de concordar ou de aplicar elas na sua vida.
O que importa é viver de acordo com o que gostamos e que nos faz feliz.

Sara disse...

Tambem concordo com vc Luisa a maior parte das mulheres não considera a monogamia uma prisão nem uma ilusão,ao contrario qrande maioria espera por isso na sua vida, mas que não da pra negar que a monogamia feminina é a coluna principal de todas as sociedades machistas.
Não estou dizendo que as mulheres não se submetam a monogamia por opção, mas as consequencias para as mulheres que não querem isso pra sua vida, em um numero absurdo de vezes é fatal.

Anônimo disse...

"Todas as formas de vida, de fazer sexo e de relacioanmentos são válidas e podem ser boas, desde que envolva pessoas capazes de escolher.
Ter uma mente "aberta" é saber respeitar as escolhas alheias, independente de concordar ou de aplicar elas na sua vida. "

Maravilhosos, Luisa!

Letícia disse...

eu não li todos os comentários, mas só digo uma coisa: se vc, Lola, estivesse dentro do padrão de beleza brasileiro, certamente ouviria piadinhas no trabalho por ser bonita demais pra ser inteligente. já vi isso acontecer várias vezes. a questão não é exigir a sua "beleza" e sim te diminuir de alguma forma... se vc é bem sucedida, bem resolvida e "feia", usarão a sua aparência contra vc; se vc é bem sucedida, bem resolvida e "bonita", farão o mesmo. o ideal é vc não ser bem resolvida nem bem sucedida... seja um capacho doméstico ou qq coisa assim e vc será uma mulher no seu devido lugar! mas não se esqueça de ser bonitinha, hein?

Annah disse...

denise, sei que você está louca para se livrar do seu marido, mas algumas pessoas conscientemente optam por monogamia e são felizes assim. Sério mesmo.
O problema não é a monogamia em si, mas como é vista pela nossa sociedade. Outro problema é que as pessoas são incapazes de ter empatia uma pela outra, então fica impossível mesmo ter relacionamentos completos.
Agora, eu e namorado estamos juntos a anos e nenhum de nós precisa sair "galinhando" por aí, justamente porque temos tudo que precisamos juntos, nosso relacionamento tem completude intelectual e emocional. Ir atrás de outra pessoa seria total perda de tempo em nossas perspectivas.

Anônimo disse...

Denise, eu não concordo com vc.
Concordo que a monogamia pode até ter sido sim, uma forma de prisão para muitas sosciedades, mas não acho que seja pra todo mundo, e não acho que pessoas monogâmicas são infelizes.
Eu nunca tive vontade de ter vários relacionamentos e nem de ter mais de um ao mesmo tempo. Nunca foi prioridade em minha vida, mas desejo me casar e ter um marido como amigo,amante e companheiro. E não minto quando digo que não tenho a MÌNIMA VONTADE de ter relacionamentos abertos. Pode até ser que sei lá, um dia eu queira, nunca podemos dizer nunca, mas se eu disser que estou com um homem só por "obrigação social", estou mentindo.
Agora, respeito totalmente sua posição!

Annah disse...

E até parece que simplesmente falar "agora só vale relacionamento aberto" ia resolver o problema do sexismo. Acho que só tornaria as pessoas mais individualistas, que é justamente uma das maiores causas da falta de empatia e, por conseqüência, discriminação e agressão contra o "outro".

Sara disse...

Que chances de sair do relacionamento monogamico que a MARIA ISLAINE de Belo Horizonte teve,que chances teve a MERCIA NAKACHIMA de sair do relacionamento monogamico que ela tinha, que escolhas essas mulheres, e milhares de outras tiveram???

Annah disse...

E o que isso tem a ver com monogamia? Se alguma delas estivesse em um relacionamento aberto, o cara podia da mesma forma ter uma crisse de ciúmes e cometer o crime do mesmo jeito.
-
O machismo é o problema, não o tipo de relacionamento.

Annah disse...

aliás, pqp ficar citando esses casos super explorados pela mídia, hein?

desliga a TV um pouco, denise.

Liana hc disse...

denise, acho que você supervaloriza esses casos extremos. nem toda mulher vai ser morta porque terminou um relacionamento. nem todo homem tá nessa vibe homicida, apesar de tudo eles são minoria.

Sara disse...

Não acredito que elas quisessem galinhar, mas também se quisessem o problema era delas não dessa sociedade machista em que vivemos, talvez apenas quisessem outra chance de se envolver em outro relacionamento monogâmico quem sabe?
Mas sair de um relacionamento assim não é tão fácil como vcs pensam aqui.

Annah disse...

Dayanne: não podemos ignorar que crimes contra mulheres ocorrem justamente porque a sociedade é machista e as pessoas não conseguem se relacionar vendo-se como iguais.

Porém, para além disso, a monogamia em si não é o problema. É uma opção de relacionamento como qualquer outra.

Annah disse...

denise: eu terminei meus dois namoros anteriores numa boa. em nenhum dos casos os rapazes me ameaçaram ou qualquer coisa do tipo.

Sim, tem homem que não aceita, mas não são todos. E o problema é a cultura machista, não o fato de estar em um relacionamento monogâmico.

Quando falei em "galinhar" estava falando tanto de homens ou de mulheres que querem "ficar com todo mundo". É uma opção. Quem gosta, vai em frente. Mas não é todo mundo que quer ter apenas relacionamentos superficiais.

Sara disse...

Se fosse tão facil sair da monogamia e fosse apenas uma opção da mulher ser monogamica ou não , a violencia contra a mulher não seria a principal causa de morte prematura de mulheres, não sou viciada no datena nem na TV, muito menos numa vibe homicida apenas, tenho olhos pra ver e ouvidos pra escutar.

Sara disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sara disse...

Vc H B é uma sobrevivente, pelas estatisticas, muita gente que eu conheço não teve mesmo a sua sorte.

Annah disse...

Acho que você não entendeu ainda, Denise: o problema é o machismo, não a monogamia.

Annah disse...

"Se fosse tão facil sair da monogamia e fosse apenas uma opção da mulher ser monogamica ou não , a violencia contra a mulher não seria a principal causa de morte prematura de mulheres"

A violência contra mulher existe porque existe machismo, não porque existe monogamia.
Denise, sei que você é obcecada com isso, sei que você é lenta, sei que você tem um casamento ruim, mas presta atenção!

Sara disse...

Vc pelo jeito HB não leu meu comentario com o texto do blog machista, não fui eu quem escreveu aquilo entre aspas, esse é o pensamento machista que permeia essa e muitas outras sociedades.
A monogamia feminina é o pilar do machismo.
Não sou eu quem diz isso.
Se o padrão não fosse esse tantas mulheres não morreriam.
Mas enquanto as mulheres continuarem a defender a monogamia por opção e os homens por imposição o que pra mim da na mesma, nada vai mudar nesse mundo.

Annah disse...

E você dá atenção ao que um blog machista fala, denise? Como se fosse uma grande teoria intelectual? Por favor, né?

Olha, não vejo de que forma relacionamentos individualistas resolveriam os problemas.

E, repito: o problema é a existência de machismo. Se continuasse a existir sexismo com relacionamentos abertos, não faria grande diferença, só que as pessoas seriam ainda mais indiferentes umas as outras.

Annah disse...

E a questão que, você ainda não entendeu, é que tem mulheres E homens que defendem como opção.

Aqueles que não querem permitir a opção que são o problema. Tem várias sociedades monogâmicas onde havia igualdade entre os gêneros. Vá ler alguns livros de antropologia ao invés de perder tempo num blog de moleques.

Sara disse...

HB vc me acusa de ser lenta, mas se examine gata, se o padrão fosse os relacionamentos abertos nenhum homem nunca teria a ideia de se julgar dono , proprietario de nenhuma mulher, e portanto se sentindo no direito de matar caso seu bem lhe seja subtraido.

Annah disse...

Denise, não venha com condescendências, se você se esforçasse um pouco mais, perceberia que é o sexismo que faz os homens se verem como donos das mulheres, não a monogamia. É só ver como nas baladas onde "ninguém é de ninguém" a cultura sexista continua prevalecendo.

Duas pessoas podem ter um relacionamento "fechado" a vida inteira e não se considerarem donas uma do outra. Podem ter um relacionamento baseado em intimidade e amizade.

A maioria das pessoas não têm porque temos uma cultura de individualismo e desigualdade nos relacionamaentos. E não porque existe monogamia. Você está vendo por um ponto que não vai levar a nada, nem é praticável.

É muito mais produtivo tentar acabar com o sexismo do que se meter no tipo de relacionamento que as pessoas querem ter.

E esse é meu último post.

Luísa Schenato disse...

Denise essa lógica não faz sentido. Muito mais pessoas tem optado por relacionamentos abertos hoje, do que a 30 anos, por exemplo. E nem por isso essas pessoas são menos machistas, violentas e opressoras.
Como já falaram antes o problema não é a monogamia ou a falta dela. O problema são os indivíduos que agem dentro de uma sociedade machista e individualista, que a creditam piamente que pessoas são divididas em "tipos" e que alguns "tipos" devem ser controlados e/ou excluídos.

Sara disse...

É compreensivel vcs são muito jovens e cheia de idealismos e sonhos com principes encantados em cavalos brancos, tomara que encontrem o que procuram e que o principe não se transforme em dragão de komodo.

Aline disse...

Fabiane Lima,
Com certeza ter depressão afeta no seu poder de aceitação. Como as meninas que tem anorexia que continuam se achando gordas, mesmo sendo magérrimas.
você é muito bonita, eu já te disse isso.
E a beleza está nos olhos de quem vê.
Beijos Aline

Anônimo disse...

Denise, não acho que seja apenas pela idade. Vc esta agindo cm se td homem fosse assassino.
Aliás, ás vezes noto isso aqui. Ás vezes acho que as meninas levam a coisa muito ao extremo!Quase fazendo uma capa de proteção!parece ateh que tem medo de homem, ou que os homens são inimigos! (NAO TODAS, GENTE!), ou que ser mulher, de uma forma mais "tradicional", seja pecado!

Liana hc disse...

yumehayashi

rejeitar o estereótipo é diferente de rejeitar quem se encaixa nele. e não costumo ver por aqui gente que glomurizando essas figuras rebolativas como um ideal feminino.

vivemos em sociedade e o movimento feminista deve se dirigir a tod@s. precisamos da crítica ao sistema de valores que leva essas mulheres a se reduzirem dessa maneira, mas não acho que seja papel do feminismo excluí-las porque discorda do modo como lidam com a sexualidade. isso é papel do machismo, lembra?

no mais, concordo que precisamos falar sobre aquelas que conquistaram bons espaços, ampliaram possibilidades e celebrar suas realizações.

Anônimo disse...

Olhem um exemplo: A Lola é feminista, luta por seus direitos, mas se casou, é feliz em seu casamento. Ela teria que levantar uma bandeira de que todos os homens são machistas, de que tudo no mundo é machista, inclusive o casamento? Não acho que seja bem por aí.
Além do mais, vivemos em uma sociedade, a sociedade traz uma cultura e somos, querendo ou não, influenciados por essa cultura. Não dá pra viver vigiando os próprios passos, os próprios pensamentos.

Luísa Schenato disse...

Perfeito: " Não dá pra viver vigiando os próprios passos, os próprios pensamentos."
Isso sim é a falta suprema de liberdade, é não ser livre nem para si mesmo.

Caos disse...

Oi cambada.. Só queria deixar um texto aqui que gosto muito:

Somos mulheres ..
.. não apenas corpos
Temos cérebros não apenas seios
Somos mulheres não utensílios
Fazemos cultura não apenas filhos
Enquanto umas se vendem por pouco, outras só pensam no seu corpo Outras se preocupam com a beleza
E se acham esculturas da natureza
Não se esqueça que existe gente
Mulher que é inteligente
Pois sabe do seu potencial
Por isso que é especial
Somos mulheres, não bonecas infláveis
Temos idéias não somos manipuláveis
Somos mulheres não vagabundas
Temos talento, não apenas bundas
Enquanto umas se jogam fora
Sendo usadas e se achando da hora
Pensando que são as maiorais
Sendo as vezes galinhas demais
Outras se preocupam com a inteligência
E lutam firmes pela consciência
Dessa nação machista e alienada
Que acha que cultura é mulher pelada
Somos mulheres não somos trouxas
Temos informações não apenas coxas
Somos mulheres não diversão
Temos capacidade não apenas sedução


E não é?
Até a próxima!

Arlequina disse...

Não é se libertar do casamento, é se libertar da sensação de ser 'incompleta' sem ter um homem do seu lado.

De só se sentir apreciada se um homem te aprecia. E esse sentimento acomete tanto aos que vivem noitadas sem fim, relacionamentos abertos ou monogamia. Mesmo aos que vivem sem relacionamento algum.

É preciso combater o machismo e combater tudo que causa a falta de auto-estima no sexo feminino.

Li esses dias no Opera Mundi uma notícia sobre o movimento feminista francês tentar erradicar a idéia arcaica de perguntar: "Madame ou Mademoiselle?". Qual a necessidade de saber o estado civil da mulher? Ainda guarda resquícios da cultura de que a moça [mademoiselle] só se torna igual ao homem [que é sempre monsieur], quando ela casa.

E é essa a idéia de inferioridade enquanto sozinha [que, historicamente, pode parecer ligada à monogamia, mas que é possível disassociar, com um pouco de conhecimento, opção e boa vontade] que é preciso combater.

Luiz disse...

Bom Lord Anderson, o texto é sim do Reinaldo Azevedo. A omissão do autor neste primeiro momento foi proposital (Certamente um texto dele é impossível de ser plagiado). Explico. Assim que eu dissesse que este texto foi escrito pelo Reinaldo, maioria das pessoas que discordam dele iria desqualificar o texto sem ao menos se darem ao trabalho de ler. Iriam fazer sua análise tendo como parâmetro quem era o autor. Não entrariam no mérito e no conteúdo do texto. Pode se perceber aqui que alguns comentaristas agiram dessa forma assim que o identificaram como o autor. Uma leitora disse: Mas esse é um colunista da Veja. Ora, ser contra a Veja quer dizer apenas que você é contra a Veja. Eu particularmente, não gosto da maioria das reportagens da revista, mas dai a concluir que tudo que é escrito lá é porcaria é uma tremenda forçada de barra.

O que mais vejo atualmente são pessoas que não leram e não gostaram de um determinado tema. A essas pessoas eu costumo chamá-los de "Pensadores de Manual". Como age um pensador de manual? Simples, se ele se diz de direita ela sai por ai defendendo um monte de idéias tidas como de direita ou de esquerda simplesmente para ser classificado como tal, não importa que seja uma boçalidade. Para essas pessoas não faz muito sentido ouvir as vozes dissonantes. Essas pessoas formam suas idéias a partir de um processo de catequização doutrinária. Raramente formam suas convicções a partir da busca do novo. Tem medo de sair do seu mundinho de idéias pré concebidas e por isso rechaçam o diferente. Vivem em uma bolha com seus dogmas. São intolerantes com quem divergem. Matam em nome da tolerância. O argumento mais elaborado intelectualmente é dizerem "mas esse ai é de esquerda (Ou de direita" ou recorrerem a pesados xingamentos na ausência de argumentos, pois na maioria das vezes são pessoas que não se esforçam intelectualmente para rebater essas idéias e que preferem ficarem ali vivendo dentro da sua bolha de conforto e recorrem a xingamentos e agressões para eliminar seus adversários, no sentido figurado do termo e em alguns casos vão para as vias de fato. Muitos cadáveres foram levados a cova por alguns "tolerantes", como Stalin e Robespierre). O alvo desses extremistas varia de acordo com a "religião" em que foi doutrinado.
Um texto sobre feminismo é necessariamente bom? Não necessariamente. Os textos de Andreia Dorkwin que eu li até hoje, na minha opinião, são lixo puro. Não achei nenhum dela que prestasse. Já os textos de Naomi Wolf são bem mais sofisticados intelectualmente. A mesma coisa vale para essa discussão sobre direita e esquerda. Não necessariamente ser de direita é ruim e ser de esquerda é bom. Isso é uma grande boçalidade. Tem autores direitistas muito bons como José Guilherme Melquior e outros estúpidos como Hitler. Da mesma forma há autores esquerdistas extremamente qualificados como Florestan Fernandes e Sergio Buarque de Holanda. Há outros que são lixo como Mao e seu livro vermelho.

Neste aspecto acho esse texto do Reinaldo irretocável. Quer discordar dele pode discordar, mas façam isso rebatendo ponto a ponto os seus argumentos. Sem agressões e retóricas apelativas do tipo, não vou discutir com colunista de Veja. Isso é um limitante.

Luiz disse...

Concordo com ele quando ele critica essa estípida decisão da Ministra Iriny Lopes.O que eu não concordo é com as pessoas defendam que a Ministra das Mulheres tenha o direito de tirar do ar tudo aquilo que ela julga que é inapropriado. E ela fez sim pressão para o CONAR para tirar a propaganda do ar. Isso para mim é intromissão indevida do governo. Vou te dar um exemplo.

Morei na Alemanha durante meu doutorado. Voltei de lá ha pouco tempo. Os germânicos também tem lá um Ministério das Mulheres no governo conservador de Angela Merkel liderado pelso Democratas Cristãos. É um direito do governante montar a estrutura que ele quiser. O diabo todo é que a ministra das mulheres de lá, a Frau Schröder, defendia idéias diametralmente o opostas as defendidas pela Senhora Iriny Lopes. Na opinião da ministra dos assuntos femininos alemã, as mulheres devem ficar em casa cuidando da família, da casa e dos filhos restabelecendo a antiga estrutura familiar. Isso foi pauta de campanha. Os Democratas Cristão ganharam com esse discurso. Não enganaram ninguém. E aponta possíveis vantagens disso (Na opinião deles. Isso não é opinião minha). Redução do desemprego, aumento da taxa de fertilidade (os alemães tem um problema sério de envelhecimento populacional), redução da violência, pois as mulheres teriam mais tempo de educar os filhos. E por ai vai.

Para corroborar as suas idéias, Die Frau Schröder, fez uma pesquisa entre as famílias muçulmanas que moram na Alemanha (A taxa de fertilidade das alemãs muçulmanas é mais alta que das não muçulmanas. O número de muçulmanas que trabalham fora é mais baixo). Foi nessa parte que entrou em ação uma personagem que vocês devem conhecer, Alice Schwarzer. Protagonizaram discussões violentíssimas, pois Die Frau Schwartzer não tem a menor simpatia pela vestimenta islâmica usada pelas mulheres e pelo modelo feminino islâmico. O pau quebrou.

Hoje tem-se no governo brasileiro uma ministra que defendem idéias que vocês apoiam. Neste sentido a ideia da ministra de usar o rolo compressor do governo para esmagar uma ideia contrária é amplamente apoiadas por vocês. Neste sentido a pressão do ministério sobre o CONAR é uma crítica justa pois é um método para sobreporem sobre os seus adversários. Mas agora imagine que os conservadores ganhem as eleições no Brasil em 2014 e nomeie para ministra alguém do perfil da Schröder (não me lembro do primeiro nome dela) e a "Hope" decida vender ternos (a roupa) para mulheres que trabalham fora. Hora! Provavelmente a senhora Schröder brasileira vai ficar furiosa. Pois na opinião dela as mulheres tem que ficarem em casa e aciona o CONAR para tirar do ar a propaganda. O que vocês fariam?

Eu continuaria contrário a intervenção do CONAR. Não mudaria nada. Continuaria contra o estilo Iriny Lopes como método de atuação. Você manteria a sua defesa do direito do CONAR intervir neste caso?

PS. Parece que a chefe da Ministra Iriny Lopes, presidente Dilma Rousseff não anda nada contente com essa estapafúrdia decisão da sua subordinada, segundo informações da Folha de São Paulo. Acho que eu, Reinaldo Azevedo e Dilma pensamos de maneira parecida.

Caroline disse...

Uma vez eu li numa revista essa frase dela:

"Sinto não ter curso universitário, pois, vai que acontece alguma coisa, eu não terei direito a cela especial."

Mesmo que o diploma servisse somente pra isso no caso dela, é triste ver um diploma resumido a direito de ter cela especial.

Abraços, Lola!!

Li S. Nascimento disse...

Críticas que envolvem mulheres comumente é rotulada como algo pessoal. Em uma palavra: ridiculo.

Osorio Salamanca disse...

Lola você é linda. Sorry maridão, mas a Lola é linda. Se Gisele lesse este pequeno, singelo, verdadeiro e espirituoso texto ela sentiria sim um pouquinho de inveja de você. No mundo de Gisele, tenho certeza, faltam mulheres interessantes como você. Gisele é uma modelete, pode ser a a top das tops, mas é uma modelete, oca, vazia que vive apenas da sua bela casca. Um dia esta casca não será mais a mesma. Então neste instante o que restará a Gisele? Apenas as lembranças de uma época que se foi. Esta é a triste cina das modeles. Conheço bem algumas que envelheceram e diga-se antes do tempo. Uma tragédia. De dar pena. A Gi não tem o seu doutorado, não tem o seu recheio. Sinto pena dela ao vê-la naquele comercial tão comentado aqui e em outros blogs. Falta-lhe discernimento para entender o papel triste que fez. Você diz que ela é inteligente, esperta, afinal ela não chegaria lá sem inteligência. Sou obrigado a discordar. Existem vários tipos de inteligências e o que mais vejo são imbecis ricos e famosos. Se Gisele fosse inteligente não seria casada com um jogador de futebol americano. Seria? Se Gisele tivesse algum anseio intelectual seria casada com alguém que lhe proporcionasse além de sexo uma conversa interessante. A Gi não teve tempo para desenvolver este tipo de anseio. Infelizmente a Gi não linda como você e nunca será Lola. Deus queira que ela não leia este seu blog. Seria covardia.

Giovanni Gouveia disse...

Luiz provavelmente defenderia o "sagrado direito" da mídia divulgar, na hora do almoço, cenas de um estupro na TV, afinal o Estado não pode intervir na "liberdade de expressão"...

http://www.heliopolis.kbahia.net/curiosidades-2/3291-08-10-tv-rede-de-tv-da-paraiba-exibe-cenas-de-estupro-snuff-movie

Anônimo disse...

'Neste sentido a ideia da ministra de usar o rolo compressor do governo para esmagar uma ideia contrária é amplamente apoiadas por vocês. (...) Mas agora imagine que os conservadores ganhem as eleições no Brasil em 2014 '

Resumindo, dois pesos, duas medidas.
Tudo bem um governo inchado impondo o que ele diz que é certo nos outros, contanto que eu tb concorde que aquilo é o certo.

Anônimo disse...

'Explico. Assim que eu dissesse que este texto foi escrito pelo Reinaldo, maioria das pessoas que discordam dele iria desqualificar o texto sem ao menos se darem ao trabalho de ler.'

Mas não tenha a menor sombra de dúvida.Isso se chama FALÁCIA e os esquerdinhas acham o máximo.
Não só ad hominem mas tb argumentum ad absurdum, esse último aí a lola adora, parece que ela pensa que é ironia, alguma coisa assim.

Matheus disse...

Parabéns pelo texto, Lola!

Eu gostaria de abordar algumas questões levantadas nos comentários, e, para isso, as dividirei por itens.

1) Lola escreveu sobre inveja e formou-se uma discussão sobre realização pessoal x inveja, na qual a inveja foi classificada como algo desprezível.

A meu ver, e como poucas pessoas mencionaram, a inveja é um sentimento inerente à natureza e não deve servir para invalidar o que alguém diz ou escreve. Não posso dizer se Lola sente inveja de Gisele ou não porque não sou telepata (embora desconfie, pelo que ela escreve no blog, que não sinta), entretanto, mesmo que sinta, a suposta inveja não invalidará o texto, que, na minha interpretação, expõe que há outras fontes de realização pessoal além da beleza física e da aceitação social pela aparência.

Ao entrarmos na querela e na especulação de Lola ter sido invejosa ou não, deixamos de lado o que ela expressa, que é exatamente a lógica nefasta da subjugação da mulher a mero objeto decorativo - razão única e exclusiva de ser das mulheres, pelo visto.

2) "Lola está se promovendo ao exibir suas qualificações e sua vida sexual". Novamente, entramos em uma discussão pertinente à escola do professor Charles Xavier, da série X-Men. Como vamos saber se a real intenção dela foi se promover ou não? Por acaso já há telepatas entre nós e eu fiquei para trás na corrida evolutiva?

Assim como Lola (e todos nós) é bombardeada diariamente por mensagens e padrões que querem ditar como ela deve viver, ela tem todo o direito de se levantar e gritar que não é assim que quer conduzir a própria vida.

Ela pode e deve se "promover" (embora a mim não pareça ter sido este o propósito do texto) e expor como a sua vida é alternativa aos padrões vigentes excludentes. Não me recordo de tê-la visto retratar as magrinhas que não fazem muito sexo como "perdedoras", por exemplo.

3) Não considero que a monogamia consciente seja uma causa do machismo. A imposição da monogamia feminina (especialmente em contraponto à tolerância ou até mesmo ao incentivo à poligamia masculina), sim, se mostra como um dos instrumentos do machismo.

Quando duas pessoas, de livre e plena consciência, optam por um compromisso afetivo-sexual exclusivo, estão apenas estabelecendo uma maneira de conduzir suas vidas enquanto casal. Enquanto isso se limitar ao referido casal, excelente; quando o casal tentar impor a sua forma de relacionamento aos demais, aí sim será desagradável.

Na minha concepção, o argumento de que "monogamia é prisão" equivale ao argumento de que determinada mulher foi violentada sexualmente por ter usado roupa curta demais, ou que certos jovens gays tomaram porrada na rua por serem afeminados. Então quer dizer que o problema é a escolha/personalidade/jeito em algo que não atenta contra a integridade física e moral de ninguém? Não concordo, não...

Matheus disse...

[CONTINUANDO...]

4) Controvérsia sobre a suposta liberdade de expressão e o papel do Estado.

Toda sociedade é regida por valores morais (ou éticos, a depender da linha teórica que se queira abordar) e, conseqüentemente (não vou aderir ao Novo Acordo Ortográfico, ok? Neste ponto serei sempre saudosista e não abandonarei o trema), o Estado também.

O Estado, portanto, sempre agirá de acordo com os valores da sociedade que o compõe. O que se deve discutir, na minha visão, é se o Estado agiu em conformidade com os valores da sociedade brasileira, que são codificados pela Constituição Federal e pelo ordenamento jurídico nacional como um todo.

Nós somos uma sociedade que preza (ao menos em teoria) os valores de igualdade, liberdade e justiça social, certo? Quando uma propaganda publicitária veicula um anúncio que reforça uma estrutura de submissão feminina e objetificação do corpo e da existência da mulher, está contribuindo para os nossos ideais de igualdade, liberdade e justiça social? Penso que não.

Se tal campanha publicitária vai de encontro aos nossos ideais, aos nossos pilares sociais, cabe ao Estado agir para trazer as relações sociais ao que a nação busca para si.

Mas e a liberdade de expressão? Não é um ideal brasileiro? Sim, é, mas não é irrestrita e não deve ser usada de maneira permissiva. A liberdade de expressão não pode permear e nutrir a desigualdade e a injustiça sociais.

Se o Estado não pode intervir nas relações sociais, para que deve existir mesmo? Qual é o regime de poder que prega a inexistência do Estado? A anarquia. Ou seja, não, obrigado.

Anônimo disse...

não boto fé que a discussão caiu na parada da monogamia de novo... e a denise DE NOVO tá dizendo que quem opta por viver assim é infeliz, só pq ela é.

sério, essa mulher cansa minha beleza. ainda se tivesse um argumento que prestasse....

Oliveira disse...

Dayane com Y!

A Lola não é casada, é amaziada, que é bem diferente.

Pra você que, certamente, não conhece a palavra amaziado vou traduzir.

Amaziar é um "casamento" de gente desclassificada. Entendeu?

Sara disse...

Mariana minha linda, volte pra escola aprenda a ler e descubra que em frase alguma dos meus comentários proferi que quem vive um relacionamento monogâmico é infeliz.
Infeliz são seus comentários.
E mais, por incrível que pareça eu não sou infeliz.

Gabriel disse...

Vc ta falando isso pra quem? só pra eu me situar um pouco... Pq não entendi a revolta... desculpe... na verdade nem terminei de ler tudo pq ficou cansativo e deu um tom de que "vc odiou ser chamada de feia ou coisa do tipo" por alguém e ainda dizer que vc tem inveja da Gisele...

bom, no mais, fica a dúvida... t+

Jackeline disse...

ué... não entendi toda a discussão sobre o mérito ou necessidade desse post.
Pra mim parece claramente uma resposta a comentários que devem ter sido recebidos por aquela crítica sobre as reações no caso da Giselle e aquela ministra. Pra quem não tem argumentos nem senso crítico, criticar = falar mal = sentir inveja. E isso me cheira um pouco a projeção, também. Muito frustrante ver uma crítica bem feita sendo rebatida por gente que não pensa e vai logo soltando ""argumentos"" nesse teor.
Achei o post meio como um "mais do mesmo", pra quem acompanha o blog sempre - mas não foi uma desculpa pra autoafirmação e sim alguém que tá tentando explicar, desenhando, o porquê de 2 + 2 ser igual a 4, se usando como exemplo.

Luiz disse...

Giovanni Gouveia, se você ainda não sabe o que sustenta os três pilares basicos do que chamamos de liberdade de expressão, que são a liberdade de criação artística, liberdade de opinião e liberdade de organização, torna se impossível discutir isso com você. Uma pessoa que não sabe conceitualmente o que é uma pedra não tem condições de discutir sobre pedras.

Caso tenha interesse de saber um pouco mais sobre o conceito de liberdade de expressão sugiro que leia "A Liberdade" de Stuart Mill. Neste livro Mill argumenta que a liberdade de discurso, a liberdade artística e a liberdade de organização são condições necessária para o progresso intelectual e social da humanidade. Diz ele que permitir que uma pessoa expresse publicamente uma opinião, inclusive as falsas, é produtivo por dois motivos: primeiro, os indivíduos são propensos a abandonar crenças errôneas se eles se envolvem em uma discussão aberta de idéias; segundo, ao forçar os outros indivíduos a re-examinar e reafirmar suas crenças no processo do debate, estas são protegidas da depauperação em um mero dogma. Leaia o livro e reflita sobre ele.

Matheus, o Estado deve agir de acordo com os valores morais de qual parcela da sociedade? Dos religiosos pentecostais? Dos ateus? Dos consevadores? Muito subjetivo essa sua tese. Um dia já foi moralmente aceitável ter escravos. O que garantiu a reconceituação do princípio escravrocrata foi a contestação desse norte moral. Na Arábia Saudita, no Irã e no antigo governo Talebã do Afeganistão recorre-se dia sim e dia também ao método Iriny Lopes de ação para garantir a manutenção daquilo que estes valentes julgam ser os valores morais do islamismo (No Irã e na Arábia os encarregados de fiscalizar como as pessoas estão vestindo e se estão se comportando de acordo com o que eles julgam serem os princípios morais islamicos recebe o sugestivo nome de polícia moral).

Neste aspecto eu acho que não existe meio termo para liberdade de expressão (Defini acima o que acredito ser liberdade de expressão). Ou existe ou não existe liberdade de expressão. Por exemplo. Em Cuba existe liberdade para dizer o que você quiser desde que você não fale mal do comunismo. Ora, convenhamos que onde existe liberdade de expressão pela metade não há liberdade de expressão.

Zatonio Lahud disse...

Seu texto é irretocável e vai além: em nenhum momento pede que a propaganda seja retirada do ar, é assim que se combate preconceitos, com ideias melhores. Meus parabéns. Ganhou um fã. Gordinho. Beijo!

Matheus disse...

Luiz,

O Estado deve agir de acordo com os valores morais da maioria da população. É para isso que, em países democráticos, políticos são eleitos para o Legislativo e, em muitos casos, para o Executivo também.

A minha subjetiva "tese" é o que embasa as democracias, especialmente as ocidentais, às quais são atribuídos valores de liberdade, como a de expressão.

As leis regulamentam as relações sociais de um país e quem as faz são os representantes populares que compõem o poder Legislativo.

Sim, já houve Estados que, legitimados pela sociedade (especialmente pelas classes dominantes), instituíram e perpetraram a escravidão. É absurdo aos olhos atuais, pós-Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas, por incrível que pareça, não era à época.

Sim, ao citar países teocráticos e regidos pela Sharia, você apenas concorda comigo que o Estado age em função dos valores da sociedade. A grande discussão, que eu acredito que você queira trazer, tange a quais valores sociais são aceitáveis ou não.

É natural que os valores sociais mudem com o passar do tempo, pois as pessoas e as sociedades não são estáticas. Dou um exemplo: A homossexualidade era crime na Inglaterra e no País de Gales até a década de 60, e na Escócia e na Irlanda do Norte até a década de 80. A sociedade britânica, contudo, evoluiu e, de acordo com o Alto Comissariado Europeu para Direitos Humanos, o Reino Unido se tornou o país que melhor administra políticas anti-discriminação, à frente inclusive da França (onde a homossexualidade não é crime desde o século XVIII), da Holanda (primeiro país a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo) e da Dinamarca (primeiro país do mundo a ter um sistema de união estável para pessoas do mesmo sexo).

Sendo assim, na discussão entre quais valores sociais são melhores, eu fico com os de igualdade, liberdade e justiça social, que são os que, a meu ver, o atual governo vem tentando assegurar, ainda que a duras penas.

A liberdade, a partir do momento em que afeta a integridade moral e física alheia, não pode ser irrestrita. Como disseram os Contratualistas, é exatamente ao ceder parte de sua liberdade irrestrita que os seres humanos se organizam em sociedade.

Deve-se, claro, ficar atento para evitar que a liberdade também não seja tolhida ao máximo, especialmente em assuntos de cunho estritamente pessoal, o que também é prejudicial ao desenvolvimento social.

alice disse...

sério, esses partidários da suposta "liberdade de expressão absoluta" n percebem q ela acaba servindo apenas aos donos da mídia?

um trabalhador não tem 5 milhões pra chamar a dona gisele a fazer um comercial pregando o oposto do que a hope propõe. então o povo acaba recebendo apenas um tipo de mensagem, que não é benéfica pra quase ninguém e bem prejudicial pra maior parte da população.

da mesma forma, um trabalhador comum não tem uma emissora de tv ou, pelo menos, um programinha como CQC, com milhões de espectadores. mais uma vez: o povo só ouve a mensagem de um grupo interessado, nunca o posicionamento contrário.

eu até poderia escrever isso lá na coluna do reinaldo, mas adivinha só? eles CENSURAM os comentários q vão de encontro ao posicionamento da revista... justo eles q pregam liberdade de expressão, que ironia! deve ser por isso q as pessoas q discordam dele nem se dão ao trabalho de ler algo assinado por esse cara, pq sabem q 1)vai ser algo ofensivo e 2) n haverá espaço pra debate (como há aqui no blog da lola, a ploticamente correta "pro-censura")

fica a dúvida: será que o grande problema da irany, que está sendo tachada de louca, é apenas o fato de trabalhar para o governo?

se ela fosse de uma ONG que lutasse pelo direito das mulheres (e, portanto, tivesse uma voz com menos força e credibilidade) estaria tudo bem ela denunciar a propaganda?

o problema de vcs não é com liberdade de expressão, é com o discurso feminista. se assumam, machistas. parem de se esconder atrás do discurso da liberdade de expressão. tenham a honestidade de admitir q nao viram machismo no comercial, é mais simples.

Anônimo disse...

Lola, a troll da Gisele... convenhamos, cara blogueira, cada dia que passa vc se entrega mais... mas deixa pra lá... na verdade, me perdoe, mas, entre vc e a Gisele, fico com nenhuma... ela por ser muito magrela e vc por ser muito "robusta"... prefiro a loira gostosa que posou com o rafinha... é loira... mas isso pouco importa, se é que me entende... no mais, continue assim, castigando os paradoxos... até mais cara "dotora"...

Anônimo disse...

Matheus, recomendo-lhe ler "O Imbecil Colelivo"... vai lhe esclarecer algumas contradições que acometem os meridianos... suadações...

Anônimo disse...

Luiz disse em 11 de outubro de 2011 01:15... meu caro, eu não saberia colocar com tal primazia as situações que nos demonstrou... isso elucida muitas das questões que hora nos atormentam... mas o discurso da esquerda é vendido ou disfarçadamente inocente quando se trata de política familiar ou de costumes... diria hipócrita... para alcançar os efeitos que se dispõe a concretizar, a esquerda coloca em curso políticas sociais que trazem em seu bojo a destruição completa e sistemática do tecido social com intuito fascista de trazer à população a desagregação familiar e a dissolução dos laços afetivos e tradicionais (leia-se sabedoria) que ligam uma geração a outra... querem dominar a população tornando-os zumbis a seu serviço e diria mais, se possível forçar a situações que levem a população a sofrer queda em sua curva de nascimentos e posterior aumento de políticas facilitadoras de situações de risco, muitas vezes apregoadoras, ainda que as escondidas, de crimes de ódio, homicídios, parricídios, entre outros, que colocam em risco a população adulta do pais, tudo sob a égide das boas intenções... torcem o direito, adotam a reforma como meio de concretizar seus planos nazistas... e dizem ainda que são os conservadores os culpados pelo atual quadro de desagregação familiar que ronda a sociedade mundial... quem mais acredita nessa FALACIA?...

Anônimo disse...

'se possível forçar a situações que levem a população a sofrer queda em sua curva de nascimentos '

Blue Eyes, vc tem que se perguntar QUAL população.

Sara disse...

teoria da conspiração aqui é mato heimmmmm afffffffff

Anônimo disse...

denise, não é teoria da conspiração,tem gente que sempre quis que o poder que os pais tem de formar o caráter dos filhos fosse passado pro governo, e hora nenhuma eles escondem isso

Anônimo disse...

se vc duvida, abra a boca e fale de home school, que nos EUA funciona bem demais, pra vc ver a horda de adoradores do governo jogando pedra em vc.

Sara disse...

Sopa de letrinhas eu só te digo uma coisa vivi o suficiente pra saber que qualquer grupo que almeje poder quer sempre a mesma coisa, e com toda certeza não é o bem do povo.
O poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente.

Caos disse...

Flasht, aueuhaeuhea, entendo que seu trabalho aqui no blog da Lola é trollar, então, fique feliz com a sua opinião, porque de fato, não vale pra joça nenhuma, só pra pentelhar mesmo!

Fica bem, tá trollzinho?

Bié disse...

HAHAHAHAHA. Gente, ela é bonita, ganha muito dinheiro só sendo isso.
Desculpa você que teve que estudar pra não ter nem 0,00000000001 do que ela tem.

Anônimo disse...

Perfeitamente Denise... o poder absoluto corrompe e é isso que a esquerda mundial, incluso a nossa, quer... poder soberano e incontestável... vide a Venezuela, Cuba, Coreia do Norte... paises que consideram-se democraticos para com o seu povo... mas vai la e tente fazer um protesto contra o machismo em praça publica... depois vc me diz... antes fosse teoria da conspiração... observe as ultimas modificações nas legislações pertinentes a temas como familia, educação e segurança... observe como a esquerda tratou dos temas... sempre procurando o rompimento do tecido familiar, seja atraves da separação de fato do casal, seja atraves da solapagem do patrio poder, entregando o mesmo a um estado falido, em todos os sentidos... para a bandidagem facilitaram... viu a ultima da Dilma, assinando aquela malfadada MP das fianças?...

ntwrdprss, num contexto mais abrangente me referi a população mundial de classe media... observe que o Obamas nos USA e demais politicos europeus estão implodindo propositadamente suas economias para destruirem a clase media local e instituirem um regime de excessão sem ter quem possa confronta-los... enfraquece-se o inimigo e depois da-se o golpe final... so não podemos esquecer que esse tratamento é homeopatico e não cirurgico... é feito passo a passo, sem levantar suspeitas... é a velha tactica de cozinhar o sapo devagar... o sapo nem vai notar quando estiver cozido...

Sara disse...

Blue eyes eu concordo com vc que todos esses governantes que vc citou são verdadeiros lixos pelo menos em minha opinião, também concordo com vc que o nosso governo aqui em matéria de corrupção deixa o MALUF envergonhado, falam tanto do COLLOR e da corrupção que houve no governo dele, que motivados na época pela descoberta de um valor que foi classificado como sobras de campanha mal explicadas, a sociedade se organizou e conseguiu depo-lo, me causa estarrecimento que já tenha se descoberto quantias infinitamente maiores solapadas dos cofres públicos por esse governo atual em maracutaias diversas, e não vejo ninguém mover uma única palha, nem vi ninguém pintando a cara para protestar.
Agora ao que me pareceu pelo seu comentário o que mais te preocupa , não é essa bandalheira toda e sim os valores morais e familiares que vc acha que esse governo esta destruindo, é meu caro sinto em te comunicar que pra mim é justamente essa a única qualidade que vejo nesse governo.
A esquerda é mais tolerante com opções individuais e propõe mais respeito por elas.
Como já te disse tenho por principio desconfiar de todos e de quaisquer políticos sejam de esquerda ou sejam de direita, todos são havidos por poder e pra defender seus próprios interesses que por conhecidencia são sempre os mesmos.

Anônimo disse...

Obrigado Caos, por confirmar o que eu já tinha dito e que muita gente aqui tb já notou: esse blog ta cheio de gente burra como tu, incapaz de focar nos argumentos.

Anônimo disse...

Denise disse: "A esquerda é mais tolerante com opções individuais e propõe mais respeito por elas."... nas aparencias sim... mas estude mais profundamente o caso e vc vai se supreender... como ja dito, como na sinuca, bate-se em uma bola para acertar noutra... te dou um exemplo... se eu falar que a lei "Maria da Penha" é ruim para a sociedade, a longo prazo, como foi instituida, vão me apedrejar... mas explico... antes de promover a solução do conflito familiares, seja atraves de amparo psicologico, economico ou de politicas sociais mais abrangentes, simplesmente se parte ao meio a familia, que já carrega em teu seio problemas devastadores, e impõe um afastamento, muitas vezes mal orientado, ao convivente masculino, deixando de se observar que, em muitos casos, uma simples conversa ou orientação resolveria o caso em tela... mas o intuito é exatamente esse... desagregação familiar... ainda que sob a tutela da boa intenção ao preservar a segurança da mulher... poderia-se aplicar uma legislação mais humana e eficaz... em muitos casos, aumentou a violencia contra a mulher que, com receio de ver seu companheiro preso, deixa de buscar ajuda para tentar resolver sua situação... mas os legisladores que apoiaram essa lei inconstitucional não ligam para isso... que importa mesmo são os resultados praticos para a revolução de costumes aplicada a dominação social...

Anônimo disse...

http://blogdomaurosilva.files.wordpress.com/2011/10/hipo_hope.jpg

Hope “ensina” as mulheres a darem más notícias aos maridos…
"Querido, queimei o feijão... mas você acha que este biquini me deixa gorda'?

Premio IgNóbil de Educação 2011 – Experiências, estudos ou pesquisas que não podem e nem devem ser repetidos na Educação.
Menção desonrosa especial: Hope e sua campanha que “ensina” mulheres a se despirem quando forem dar más notícias aos seus maridos ou companheiros. No Século das Mulheres, a HOPE “ensina” brasileiros e brasileiras a se comportarem como nossas reprimidas avós viviam há 30 anos…
http://blogdomaurosilva.wordpress.com/

Liana hc disse...

"deixando de se observar que, em muitos casos, uma simples conversa ou orientação resolveria o caso em tela... mas o intuito é exatamente esse... desagregação familiar... ainda que sob a tutela da boa intenção ao preservar a segurança da mulher...'


ah tem que ter paciência. então é assim que se trata agressores de mulheres: com "uma simples conversa e orientação". que ridículo.

se alguém te agride na rua, pode dar queixa. se um homem agride a esposa em casa, conversinha.

será que vamos dizer que as demais leis também aumentaram os índices de criminalidade, ou isso só vale pra mulher que toma porrada em casa.

"mulher deixa de buscar ajuda.." como se recebece antes. nem se falava no assunto, mulher era criada para apanhar calada em nome da moral e dos bons costumes.

e adivinha, se houve agressão é porque já há desagragação familiar! não é lei nenhuma que faz isso. que raciocínio mais tosco.

o que aumentou a violência não foi a lei, foram esses agressores que enraivecidos por finalmente serem confrontados, reagem como se seu pequeno feudo estivesse sendo invadido. é o preço que pagamos, mas ainda é um mal menor comparado a se doer calada e jamais sair da situação.

a maioria das pessoas sempre foram hipócritas, a diferença é que hoje tá mais difícil de esconder isso. muita loucura nesse mundo, e ainda vem gente falar em conversinha.

eu apoio e divulgo a Lei Maria da Penha. isso é caminho sem volta. mulheres estão cada dia menos tolerantes com as porradas que levam em casa e para seus agressores, a LEI.

Sara disse...

Blue Eyes, vc tocou num ponto extremamente delicado para mim como mulher, eu apoio essa lei Maria da Penha, mas ainda acho que ela é inócua para o tamanho do problema o qual ela foi proposta a resolver, sinceramente nem eu que já fui vitima como também presenciei muitas mulheres vitimas de violência domestica, saberia te dizer o que mais é possível fazer para pelo menos minorar esse problema que em minha opinião é o maior de todos que nós mulheres enfrentamos, eu não consigo vislumbrar nas atitudes que vc propôs como solução ao invés da aplicação dessa lei como sendo válidas, simplesmente porque já passei por isso e com certeza o caminho não é esse que vc esta propondo.
Eu só consigo imaginar que deva haver penas muito mais severas pra homens que praticam esse tipo de violência, e mais medidas protetivas para a mulher como abrigos, facilitação de empregos para independência financeira da mulher vitima entre outras.

Anônimo disse...

Liana, não ha necessidade de se descabelar... compreendo sua indignação, mas vai ai um questionamento... vc milita na área? alguma vez acompanhou casos em uma delegacia? teve que confrontar a situação frente a frente? ouviu o depoimento da vitima e do agressor, em tese?... claro que há casos e casos... estou falando de situações em que não houve agressões fisicas ou morais... ha muitos casos em que se usa a legislação em causa propria, ou vc acha que não há mulheres maquiavelicas?... não generalizei e nem tratei o tema como algo comum, desmerecedor de observação...

Denise disse: "eu apoio essa lei Maria da Penha, mas ainda acho que ela é inócua para o tamanho do problema o qual ela foi proposta a resolver"... com certeza, cara Denise... acho-a muito simploria para o tamanho do problema proposto a resolver... deveria ter mais obrigações de amparo por parte do poder publico... mas não... criou-se mais uma lei parcial e que não se dispos a ajudar em nada as vitimas da situação... o nossos lesgisladores são muito bons em aumentar encargos para a população e muito ruins em fazer o estado cumprir com suas obrigações, levando-se em conta que supostamente temos o estado do bem estar social... saudações...

Sara disse...

Blue Eyes só posso te dizer que concordo que alem da Lei Maria da Penha deveria haver outros tipos de políticas públicas para que esse problema seríssimo diminuísse, INCLUSIVE voltadas não só as mulheres mas para os homens também, campanhas massivas para atingir o público masculino. Na rede pública de saúde profissionais que prestem atendimento psicológico de homens envolvidos em casos de violência contra a mulher, como vc mesmo propos.
Vc acusa esse governo de ser responsável por desagregação familiar, eu não entendi em que sentido vc faz essa afirmação.
O atendimento que esse governo tem prestado a mulher esta longe de ser o ideal, mas pelo menos só agora nesse governo é que tem sido dada alguma atenção a esse tema, que antes era ignorado.
E no passado quantas e quantas mulheres não foram mortas com o beneplácito da própria Lei com a EXDRUXULA brecha chamada "LEGITIMA DEFESA DA HONRA".

Liana hc disse...

já accompanhei tanto na minha intimidade quanto como voluntária em grupos de amparo a mulher dos quais participo ativamente. além do que tem policial, asssistente social e muitos advogados na minha família. e francamente, nem precisava tanto porque basta olhar para os lados, ler jornais, depoimentos, conversar com outras pessoas, violência doméstica está em todo lugar, é generalizado. conheço bem de perto vários agressores e vítimas.

dizer que tem "mulher maquiavélica" não é argumento válido contra essa lei, até denúncia de falso sequestro e falso assassinato existe e ninguém aqui, eu acho, vai se opor às respectivas leis por causa de um punhado de oportunistas, então não vejo porque seria diferente com a LMP.

outra coisa, falsas denúncias não são esse número alto todo não. nossa sociedade não lida bem com casos de violência na famíla, seja pedofilia, incesto, violência doméstica. quem é vítima de um desses crimes muitas vezes prefere que ninguém saiba porque vira um estigma, a pessoa é alvo de desconfiança, fica a idéia de que a culpa é dela, que ela fez algo por merecer. isso é o tratamento comum dado às vítimas, inclusive em delegacias e pela justiça, por isso esses mecanismos foram criados. esses crimes que acontecem na intimidade causam vergonha. a maioria não vai cair na asneira de fazer uma falsa denúncia e depois ter que arcar com isso.

também desconfio de tudo o que a justiça considere como "falsa denúncia" (assim como desconfio dos tais "autos de resistência" e por aí vai) já que a tendência é que não se investigue direito nem se acredite na vítima. aqui no Brasil temos um alto índice de casos não solucionados e com sentenças erradas, se somar isso ao machismo dá para desconfiar da realidade desses números.

e como a Denise bem lembrou, as leis já foram usadas contra a mulher e isso em passado bastante recente. ainda temos uma cultura a ser mudada.

olha, se descabelar é pouco diante da gravidade do problema.

Sara disse...

Poxa vida Liana dessa vez vc disse tudo, esse argumento de que mulher possa usar essa lei para de alguma forma prejudicar o homem por simples "maquiavelismo"chega a ser risivel, acho que um homem nunca sabera o quanto é dificil e vergonhoso pra nós mulheres denunciar uma violencia como esta, e em tudo o que esta envolvido ao fazer uma denuncia assim.
Se não fosse assim não veriamos casos e mais casos de mulheres que sofrem ha anos e não fazem a denuncia.
Se é que existam mulheres que se prestem a fazer esse tipo de denuncia só no intuito de prejudicar algum homem, o que sinceramente nem acredito que existam, porque não vejo em que elas teriam alguma benesse ou lucro com isso.
Que nem da pra incluir como real possibilidade um caso desses.

Debora Regina M. Diniz disse...

Lola, só pra dizer que adorei o texto, adoro quando vc fala de vc porque eu acabo refletindo sobre minha própria vida tb. Quanto aos comentários, até comecei a ler, mas sabe, foi me dando náusea... Beijos.

Anônimo disse...

Seja qual for a abordagem, Gisele B. sempre dá pano pra manga em blog brasileiro. Em blog americano, esse post passaria praticamente em brancas nuvens... assim, não é apenas o padrão de beleza definido pelo aspecto sócio-cultural, as considerações psico-intelectuais tb.

Anônimo disse...

Lola,
esse é um dos meus posts preferidos!
Gostaria de agradecer de verdade pelo seu blog - em especial os com a tag de "aceitação do próprio corpo". ♥
Sei que isso vai soar muito tiete, mas o seu blog me faz bem até quando discordo de vc, ele sempre me ajuda a me tornar uma pessoa mais próxima da que eu gostaria de ser.
Muito obrigada por tudo.

Sofia

Lun4tika disse...

li esse texto a uns bons anos atrás, logo que foi publicado e de vez em quando em uma conversa de feminismo me lembro dele e volto aqui pra pegar o link e divulgar e então dessa vez resolvi deixar um agradecimento com todo direito de ser hiperbólico: esse texto mudou minha vida! gratidão lolinha! <3