quarta-feira, 25 de outubro de 2017

BULLYING: NÃO É PIADA E NEM FORMA CARÁTER

Muito tem se falado de bullying devido ao massacre ocorrido semana passada numa escola particular em Goiânia, em que um aluno de 14 anos abriu fogo numa sala, matando dois colegas e ferindo quatro.
O menino pegou a arma do pai, que, assim como a mãe, é oficial da polícia militar. O pai disse, em depoimento, que nunca havia ensinado o filho a atirar e que não sabia que ele sofria bullying. A coordenadora da escola, Simone Maulaz Elteto -- uma heroína que convenceu o atirador a entregar a arma, evitando assim uma tragédia com maior número de mortos -- contou que não sabia do bullying. Mas outros alunos comprovam que o menino era chamado de "fedorento". 
De toda forma, o bullying é uma praga social que afeta inúmeras crianças e adolescentes e que, infelizmente, muitas vezes não é combatido. Conservadores (aqueles mesmos que defendem a liberação de armas) tratam o bullying como piada (vide o filme do Gentili) ou como um rito de passagem, algo importante para "formar caráter". 
É completamente absurdo pensar que um ritual que tem o potencial de arruinar a infância e adolescência de tanta gente pode ser benéfico. Eu nunca sofri bullying, mas quem sofreu sabe que não há nada de graça ou de aprendizado nisso.
Reproduzo o texto que Lucila Saidenberg publicou na sua página no FB.

Foi no final do primário que o bullying começou. 
Lá pela sétima, oitava série. Escola Milton de Tolosa, em Campinas. De repente, sem motivo aparente, eu passei a ser um alvo. Uma criança aleatória chegava e dizia: "Oi, você passa alguma coisa no cabelo? Que tal um pente?" E mais outras pequenas chacotas baseadas em aparência física. Eu era magra, cabelo comprido, estudiosa. Ignorei.
Mas a partir daí só aumentou. Passei a "bruxa" e a "louca". Nada do que eu dizia ou fazia era aceitável, tudo era motivo para riso.
Eu sabia que mudaria de escola em pouco tempo, e continuei ignorando, achando que no segundo grau isso ia parar. Ledo engano.
Continuou, piorou. Escola Vitor Meirelles, Campinas. Eu era a "mulher maluca", por ser estudiosa e ter minhas próprias opiniões. A "feminista" (antes até de saber que essa palavra existia) por não "arrastar asa" para os meninos, como as outras garotas. 
Onde quer que eu fosse, nos corredores ou no pátio, era abordada e assediada. Piadas maldosas, risos de escárnio. Minha aparência sempre tinha algo errado. Minhas roupas eram sempre motivo de riso, por mais normais que fossem. Passei a evitar acessórios, usava o uniforme escolar da maneira mais simples possível. Não adiantava.
Se eu falava alguma coisa, qualquer palavra que soasse diferente era motivo de riso. Me ouviam para distorcer o que eu dizia. Se eu classificava algo de "excepcional", ouvia de volta que havia falado "retardado". Parei de usar figuras de linguagem e metáforas. 
Estudava mentalmente todos os sentidos possíveis de cada palavra que eu ia falar. E nem assim adiantava. Passei a lanchar na porta da biblioteca, e a passar o recreio inteiro lá dentro lendo alguma coisa. Qualquer coisa. Desaparecia. Só assim me deixavam em paz. Eram tão limitados que nem se lembravam de que eu existia, se eu não estivesse à vista. Pensei que havia encontrado uma solução. O que eu não sabia era que estavam planejando algo pior.
Um dia ouvi de um menino no pátio um xingamento diferente. Ele apontou um dedo para o meu nariz e disse, em tom de acusação: "Judia!"
Eu sabia que um já falecido avô meu era judeu, eu tinha noções de religião e cultura judaicas, mas fora o sobrenome, eu não falava sobre isso na escola. 
"É verdade que os judeus enterram seus mortos debaixo do piso da cozinha?" Ele perguntava em tom de acusação. "Que usam o sangue de crianças cristãs em seus rituais?" Se eu tentasse esclarecer qualquer coisa, ouvia de novo, como se estivesse sendo acusada de um crime: "Judia!"
Só fiquei sabendo depois que ele era um desses nazistóides tupiniquins, essa gentinha complexada, que tem racismo de si mesma e que se acha muito "poderosa" ao assumir posturas fascistas. Provavelmente fazia parte de algum grupelho, e queria se afirmar. Achou a mim para perseguir.
Tentei negar, tentei explicar que só é judeu quem é filho de mãe judia. Não adiantou. Ele estava citando as leis nazistas de Nurenberg, que eu também desconhecia, que faziam de qualquer pessoa com pelo menos um avô judeu um candidato às câmaras de gás.
Me mandou "provar" que não era judia. "Como?" Eu perguntei. Ele me olhou bem nos olhos e me disse: "você sabe".
Naquele momento eu entendi que, para "provar" alguma coisa, eu teria de me transformar em alguém até mais antissemita do que ele. Negar meu pai, odiar meu avô, me transformar em um monstro. Era mais uma tentativa de me controlar, de conseguir me submeter à visãozinha de mundo tacanha dos meus agressores.
Nada do que eu tentasse "provar" seria o suficiente. Se eu sucumbisse, seria controlada, humilhada, inventariam mil coisas para eu fazer contra a vontade como "teste". Eu viraria o capacho da escola.
Mas eu sabia que a minha permanência naquela segunda escola também era temporária. Logo eu estaria fora de lá, também. Virei as costas para o nazistinha, deixei ele falando sozinho e foquei nos estudos, coisa que sempre foi o meu objetivo. Era para estudar que eu ia à escola. Nada mais.
O que eu realmente não esperava foi ouvir o "mulher maluca" dos brasileiros na terceira escola, Ayanot, supostamente frequentada por gente "mais bem educada", onde terminei o segundo grau já em Israel. Mas até lá eu já estava calejada e, após o choque inicial, mandei todos mentalmente à M*.
Aos meus perseguidores, eu só tenho uma coisa a dizer: malditos sejam, todos.
A quem sofre de bullying: eu rezo por vocês. Sejam fortes e nunca se calem. Busquem ajuda, falem com pais e professores, vão à polícia, reclamem por escrito na secretaria de educação de suas cidades. Vão à OAB e procurem assistência jurídica. Façam um escândalo! Não é porque vocês são crianças, que vocês não têm direitos. 
Aos professores e diretores de escolas: não esperem o bullying começar, nem tentem olhar para o outro lado. É preciso evitar que ele comece, antes de mais nada. Existem métodos pedagógicos para isso.
Isso tem que acabar.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

NA SUA CRUZADA MORALISTA, REAÇAS ATACAM CAETANO

Como ainda estão falando do "caso Caetano", vou dar meus pitacos, ciente que tudo que eu falar (ou não falar) será usado contra mim, pra variar. Talvez o pessoal que anda coletando assinaturas para fazer com que meu blog seja extinto da internet e eu seja expulsa "da universidade e do país" (conforme comentário deixado aqui) possa obter mais material para sua nobre causa. 
E qual é, afinal, o "caso Caetano"? Bom, a hashtag #CaetanoPedofilo chegou nos Trending Topics do Twitter no sábado e manteve-se lá o dia todo. O estopim pro levante reaça contra o artista é que ele e sua esposa Paula Lavigne entraram com uma ação contra o MBL e Alexandre Frota (que registrou a marca fantasia MBL em seu nome) porque o grupo tem feito posts que, segundo o casal, ferem sua honra. Tipo este ao lado, em que o MBL pegou uma imagem da performance polêmica do homem nu no museu e trocou o rosto dele pelo de Caetano, e o das meninas, pelo de Paula. 
Paula quando tinha 19 anos
Caetano tem hoje 75 anos e Paula, 48. Foram casados durante duas décadas, têm dois filhos, ambos músicos, se separaram em 2005, voltaram ano passado, e estão juntos novamente. Numa entrevista à revista Playboy, em 1998, Paula contou ter perdido sua virgindade com Caetano quando ela tinha 13 anos, e ele, 40. Em entrevista a Marie Claire faz um ano, Paula parece ter se arrependido de falar isso em público. "As pessoas não entendem que uma menina pode ter mais maturidade do que outras nessa idade?", questionou.
Não, não entendem. Quando se é menor de 14 anos, qualquer conduta sexual que um adulto tem com ele ou ela é considerado estupro de vulnerável, mesmo que o sexo tenha sido consentido (obviamente foi no caso de Paula e Caetano). A lei entende que um menor de 14 anos não tem capacidade para consentir. 
É complicado, porque se ignora qualquer agência ou vontade do menor de idade (eu com 14 anos era virgem e queria muito transar com um salva-vidas do clube que eu frequentava, que tinha 22 anos. Ele fez a coisa certa: não me deu corda. Cabe ao adulto essa atitude responsável, não à criança). E é isso que Caetano deveria ter feito 35 anos atrás. Não ter iniciado qualquer romance com a Paula de 13, ou, se foi ela que começou o flerte, o famoso artista deveria ter cortado tudo naquele momento.
Paula na sua festa de 15 anos
Mas não foi isso que aconteceu. Pela lei, o que Caetano fez é visto como estupro, ainda que, antes de 2009, havia uma interpretação de que podia não ser crime se não houvesse violência contra a criança. 
Para que Caetano fosse punido por ter feito sexo com Paula, os pais dela teriam que tê-lo denunciá-lo, ou a própria Paula teria que fazer uma queixa-crime quando completasse a maioridade. Ninguém denunciou. Na época, também havia uma lei absurda (que hoje não se aplica mais graças aos protestos de nós feministas) que dizia que, se o autor do estupro se casasse com a vítima, ele não seria punido. 
Caetano não poderia ser punido hoje porque seu crime prescreveu. Ainda que o Senado tenha aprovado em agosto uma PEC de autoria de Jorge Viana (PT-AC) que torna imprescritível o crime de estupro, o que vale para Caetano é a lei atual. Hoje o prazo para denúncia de um estupro pode chegar a vinte anos, quando a vítima é menor de idade. 
Em tempo: mesmo que eu adore o Caetano cantor e compositor, um gênio da música, como pessoa ele sempre me pareceu chato e arrogante, com visões políticas incoerentes. Mas gostar ou não de Caetano não é a questão. Reaças não gostam dele, nunca gostaram, e tem grandes problemas em aceitar que ele é heterossexual.
Enfim, se Caetano nunca foi denunciado, se Paula nunca se viu como vítima, se o crime já prescreveu há anos, por que os reaças estão fazendo todo esse esforço (memes e hashtags) para tachar o artista como pedófilo e estuprador? Só entre os dias 7 e 10 de outubro, o MBL publicou 24 posts sobre o casal.
Olha, é bem simples: porque Caetano e Paula foram os principais articuladores da campanha #342Artes, lançada no início do mês, se posicionando contra a censura e difamação promovidas sobretudo pelo MBL.
Seria bastante estúpido pensar que reaças dão a mínima para crianças. O que acontece é que eles notaram que a bandeira contra a corrupção perdeu o gás (principalmente depois que todo mundo viu que Aécio permanecerá livre, solto e com mandato, apesar das provas contra ele). 
Como os candidatos da direita ou têm projetos amplamente impopulares (privatizar e terceirizar tudo, aumentar a idade para a aposentadoria etc), ou não tem projetos (um dos filhotes de Bolso escreveu no Twitter: "Meu projeto para economia: acabar com o roubo"), a saída que encontraram para se manter em evidência foi apelar para o moralismo barato e hipócrita. 
Como seus seguidores são movidos a fake news e memes, não fatos, basta chamar o "homem nu" da exposição do MAM de pedófilo (embora não houvesse qualquer coisa sexual na sua performance), ou a artista que fez um quadro contra a pedofilia de pedófila (embora tivesse escrito no quadro: "O machismo mata, violenta e humilha"), ou a outra artista da obra "criança viada" de pedófila, ou qualquer pessoa que for contra fechar museus de pedófila, que pronto -- é tudo pedófilo! 
Junte essa indignação forçada com a certeza que os reaças têm de que a arte é um espaço de promiscuidade e degeneração, de que praticamente todos os artistas são de esquerda, logo, viciados em droga, homossexuais e/ou prostitutas, e sedentos para liberar a pedofilia, e temos combustível garantido para acender várias fogueiras. 
E isso que estamos em 2017, um ano não eleitoral. Imagine o inferno que vai ser ano que vem, se tivermos eleições. 

domingo, 22 de outubro de 2017

SERES HUMANOS FRUSTRADOS

Filmes pornô e Disney são responsáveis pelos seres humanos mais frustrados que conheço, diz cartunista
Onde diabos está o meu príncipe encantado, pergunta moça.
Onde diabos está minha prostituta insaciável, pergunta rapaz. 
E você, onde está? Concorda com o cartum? (às vezes eu falo furustarados, você não?)

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

DICAS PARA OS DOIS DIAS QUE PASSAREMOS EM BOGOTÁ

Como todo mundo que lê o bloguinho sabe, e como estou contando ansiosamente os dias (agora que tá tendo furacão no Caribe bem menos, admito), em dezembro irei pra Cuba. Já publiquei dicas maravilhosas da Martha sobre o assunto. 
Acontece que, tanto na ida quanto na volta, vamos fazer um pit stopzinho em Bogotá, Colômbia, que não conhecemos. Vai ser pouco mesmo, um dia na ida, e um dia na volta. Mas claro que vamos aproveitar pra ver o máximo possível da cidade, que tem fama de ser bonita. A Natali, de Portugal, fez questão de enviar várias sugestões. Fala, Natali!

Quando fui morar fora do Brasil, morei primeiro na Venezuela (Caracas), depois me mudei pra Bogotá, que eu amo de paixão, tenho imensa saudade e carinho por essa cidade. Te mando dicas com enorme alegria.
Vocês ficarão menos de três dias, certo? 
Será pouco, por isso acho que localização é super importante! Sugiro que se hospedem nos arredores do parque de La 93, pois é uma região em que vcs poderão fazer coisas a pé, tem lugares legais pra comer, ou na região da zona T, onde também tem transporte fácil, muita movimentação, centros comerciais etc. [Seguimos a dica da Natali e já reservamos, via Airbnb, um quarto na 93 pra ficar na ida e outro na zona G pra volta. Baratinho, R$ 185 os dois].
Certo, agora o que eu sugiro como imperdível:  
1) passear no centro histórico da Candelária, a partir da praça Simon Bolivar, e visitar o museu Botero e o museu do Ouro. Caso vcs gostem de museus, são dois que não se encontram em nenhuma outra parte do planeta. O acervo de peças do museu do Ouro é belíssimo e não existe outra oportunidade de ver as obras do Botero de um modo tão intimo e variado como no museu com seu nome. Ademais, esses museus são pequenos, nada que tome horas e horas do passeio pelo Centro. Vale muito mesmo. 
Pra descansar dos museus, tem um café delicioso no Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez, que tem uma livraria muito boa, ótima para conhecer e comprar uns livros. Tudo isso dá pra fazer a pé, bem tranquilo.   
2) subir o cerro Monserrate. Tem um teleférico que leva lá pro alto, a vista da cidade é muito legal, o lugar é bonito de se ver! Dica importante: subam com água e algo salgado pra comer, tipo um biscoito de água e sal; acontece que são mais de 3 mil metros de altitude. A primeira vez que subi passei um pouco mal por conta disso, das outras vezes que subi para levar amigas que estavam de visita, subi com líquido e coisas salgadas e ajudou muito! Desidrata um pouco e a água ajuda muito, e o biscoito salgado estabiliza a pressão. Os restaurantes lá do alto são caros e realmente a comida não vale o preço cobrado.
3) passear pelo parque de La 93, que é muito agradável. Dá pra ir caminhando até a zona T (ou vice versa) pela parte de dentro dos bairros e não pelas avenidas principais, sempre uma reta só, basta perguntar para alguém a direção correta. 
Vcs saberão qual é a avenida principal pelo volume de ônibus e carros, daí é só andar pelas paralelas, ou pela principal se quiserem ver o comércio. É fácil se localizar em Bogotá porque as ruas são numeradas, então basta perceber a numeração para saber a quantas quadras estão do hotel, por exemplo.
Essas duas regiões têm muitos restaurantes, cafés, bares, pubs etc.
Outra região deliciosa e famosa pela boa comida (Bogotá é ótima pra se comer bem) fica na zona G, só que de modo geral são opções mais caras, mas te mando aqui duas excelentes e saborosas exceções da região:  
El Khalifa, comida libanesa boa e farta. Essa rede de comida também tem em outras regiões da cidade, e trata-se de comida tradicional mesmo, feita por imigrantes, nada no estilo Habib's (sei disso porque meu marido é neto de libaneses e adoramos essa culinária). 
Outra deliciosa opção é a pizzaria Júlia. Íamos todos os fins de semana, uma delícia e ambiente gostoso, pizzas no estilo napolitano.  
Outro lugar imperdível e 100% colombiano para comer no estilo BBB (bom, bonito e barato) é o Crepes e Waffles. 
Dá pra tomar café da manhã, almoçar ou jantar e vocês nunca sairão decepcionados! Crepes incríveis, bons sorvetes, talvez o melhor sorvete da cidade. Além disso tudo, essa rede colombiana tem uma política de contratação de mulheres muito interessante, acho que vc vai gostar de saber. Aqui explica um pouco e de quebra tem fotos das comidas.
Outras comidas típicas para provar em Bogotá: o ajiaco (delicioso), 
uma sopa com base de frango e batatas variadas, uma maravilha; a arepa é uma tortinha de milho branco recheada de vários modos (tem também a cachapa, que é de milho amarelo, eu gosto mais; a cachapa é mais venezuelana, mas dá pra encontrar em Bogotá); patacons, que são bananas fritas em rodelas (muito saborosas). Aji é a pimenta colombiana, tem base de coentro e tomate, pra quem gosta de picante (como eu), é muito boa!
Outra dica que não dá pra deixar passar é a rede de hambúrgueres El Corral, acho os hambúrgueres incríveis! Estão por toda cidade, vale a pena provar! Vem acompanhados de cebolas fritas e suco de mandarina (nossa tangerina ou mexerica).  
Tô falando muito de comida, né? Sou meio Magali, viu, Lolinha? Adoro desbravar as comidas dos lugares.
Voltando pra cidade: tem um bairro em Bogotá que se chama Usaquen, parece um bairro do interior, gostoso de andar de dia ou de noite, tem um cinema de rua super legal com bar dentro, que eu frequentava sempre.  
O parque de La 93 também tem cinema de rua, se quiserem ver um filme do circuito alternativo aos cines de shoppings.
Caso sobre tempo, a uns 40 kms mais ou menos de Bogotá, fica a Catedral de Sal Zipaquira. 
É um passeio ótimo, os hotéis provavelmente têm esquema para ir e voltar de bus. A catedral fica dentro de uma mina de sal, com esculturas incríveis feitas de sal. Dá pra fazer o passeio guiado, que é bacana pra conhecer a história da catedral.
Olha, essas são as dicas de uma apaixonada pela cidade. Tenho imensa saudades da Colômbia. Pena que minhas melhores amigas da época em que la estive já não moram mais na cidade, ambas engravidaram e agora estão no México e na Suécia. Se ainda estivessem por lá, tenho certeza que hospedariam vcs com o maior carinho.
Se puder ajudar com mais alguma dica, dúvida, localização para se hospedar, links de lugares, é só me dizer! Boa viagem e aproveitem muito!
Cuba acho que você não vai querer voltar de lá, de tão surpreendente que é. 
Fui por uma semana e gostei demais, visitei uma escola pública e realmente é tudo tão bem cuidado, dá pra perceber a dedicação dos educadores no espaço escolar.