segunda-feira, 22 de junho de 2020

MENOPAUSA, O MOMENTO DE DIZER ADEUS, OU NÃO

Aos 53 anos, devo estar na menopausa há um bom tempo. Não registrei exatamente quando parei de menstruar, e óbvio que não sinto falta. 
Como nunca senti qualquer vontade de ser mãe, e não associo ser mulher à fertilidade, não tive qualquer crise. Até agora, não tive nenhum dos sintomas da menopausa, salvo uma noite ano passado ou retrasado em que acordei com um calorão. 
Quando os sintomas chegarem, se chegarem (minha pele continua oleosa, ainda tenho espinhas), não quero tomar hormônios. Quero encarar a menopausa do jeito mais natural possível.
Sabem quantos posts sobre esse período marcante na vida das mulheres eu já publiquei nesses doze anos e meio de blog? Nenhum. É uma vergonha, eu sei. É que grande parte do meu leitorado é jovem. E é também porque esta ainda não é uma experiência que eu possa chamar de minha. Mas gostaria de ouvir mais relatos sobre quem já passou ou esteja passando por isso. 
Jacqueline Vallejo, assistente social com trabalho em saúde mental, feminista e militante de esquerda, decidiu falar sobre o tema, sobre a sua experiência. Que venham outros relatos!

Para falar da menopausa é importante contextualizar. Ela é particular para cada mulher, pois possui intrinsecamente questões emocionais e biológicas que se fundem -- e confundem a nós que já carregamos tantas normas culturais, tanto senso comum que ditam o que é, o que não é, e como devemos agir. 
Falar da menopausa é derrubar um tabu. Existe vida feliz e sexualmente plena após a vida reprodutiva, que vamos lembrar que não é reprodutiva para todas as mulheres.
O meu climatério [a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo] chegou num momento complicado em minha vida, quando havia ainda uma esperança de engravidar. Eu tinha passado por uma cirurgia de retirada de miomas, e meu útero estava íntegro e limpo, com aparentemente todas as possibilidades de receber um embrião. Só que além de muito trabalho e mudança de moradia, havia os cuidados com meus pais (papai com demência vascular, bexiga neurogênica, sequelas de dois AVC, e mamãe no auge do Alzheimer, iniciando os episódios de convulsão). 
Nesse panorama eu tive o meu primeiro atraso menstrual na vida, aos 43 anos, o que nos levou a pensar numa possível gravidez. Após vários testes de farmácia, exame laboratorial e ultrassonografia, caiu a ficha (detalhe: sou teimosa): o climatério havia chegado. 
Passei a ficar na torcida para a menstruação não voltar, mas ela voltou por dois anos, dava umas pausas e voltava com toda a força com que ela sempre me acompanhou. Finalmente, logo após o falecimento do meu pai, ela me deixou de vez.
Aí começaram os sintomas: secura vaginal, calorão, irritabilidade. Comecei a me observar e relacionar os sintomas com o meu momento de vida, os sintomas com o turbilhão de coisas que estavam acontecendo. Percebi que a secura vaginal se resolve com sacanagem, palavras obscenas ao pé da orelha ou lubrificante, caso não tenha tempo para grandes preliminares. 
O calorão geralmente aparecia quando eu estava exausta, ansiosa, com algum desiquilíbrio emocional. Parecia que os glóbulos brancos queriam combater algo que estava na minha alma. Quando compreendemos nossas frustrações, nossos desejos, nossos lamentos, e buscamos não sofrer, viver um dia após o outro, oferecendo o nosso melhor para tudo e todos que mereçam, ah, como diminui, como fica mais fácil! Mas o percurso é difícil, o autoconhecimento passa por uma leve depressão, por um período de passar a limpo sua vida, e isso é dolorido. O bom é que passa... Tudo passa.
E a irritabilidade? Vamos combinar: como não ficar irritada com falta de dinheiro, imensidão de responsabilidades, um luto que você não pode processar, vivenciar, uma mãe que você tem um amor imenso e que possui uma doença degenerativa e que depende totalmente de você, um trabalho de conclusão de curso pra fazer, um marido que se sente renegado ao 28º lugar de prioridades na sua vida, e os anos passando... 
Tem que ter humor, tem que saber falar uns palavrões, tem que ser mulher. Ser mulher numa sociedade dominada pelo patriarcado, que lhe impõe o papel do cuidado com o outro, da subalternidade, da reprodução, é lutar dia após dia contra preconceitos, contra padrões, contra tudo que foi construído para acreditarmos que não somos as mulheres maravilhosas que somos.
A menopausa pra mim foi libertadora. Desencanei de ter filhos, parei de me esvair em sangue, passei a me entender como ser desejante, mais madura, mais plena como mulher. Me livrei de absorventes e o martírio de pensar se vazou, se manchou a roupa etc. Hoje sou livre das amarras que nos prendem à fertilidade e reprodução. Minha fertilidade está na minha mente, na minha criatividade, na vida que passo aos outros e que me inspira sempre a ser melhor. Isso sim é ser fértil.

90 comentários:

Abda Medeiros disse...

Que bacana!Mulher despida de qualquer necessidade de satisfazer aos "padrões" biológicos e culturais.

Anônimo disse...

É um tema que quase não vejo abordado em sites ou perfis feministas de modo geral, nem mesmo naqueles sobre ginecologia com foco em sexualidade e empoderamento (por exemplo o "ginecologista sincera" no Instagram e Facebook).Quando vejo, é sempre cheio de frases e imagens clichês, terrorismo, como se as mulheres de 50 anos do século 21 fossem todas iguais e vivendo como as mulheres de 50 anos nos anos 1980, sei lá. Na mídia de modo geral, a representação é quase sempre estereotipada. A impressão que tenho, é que não são mais consideradas "mulheres", como se tivessem se transformado em outra coisa, em algum ser de outro planeta, as vezes tratadas como se tivessem se transformado em homens ou santas ou bruxas, qualquer coisa exceto "mulheres".

Anônimo disse...

Uma mulher que chega à menopausa sem ter filhos, é muito egoísta, é inconsequente, é antinatural, vai contra a própria existência natural dos seres vivos (nascer, viver, procriar e morrer). A pessoa só tem utilidade e motivo pra viver, se deixar descendentes. Imaginem um mundo em que 100% das mulheres decidisse não deixar descendentes: a humanidade seria extinta, finalizada, ZéFini, de uma hora pra outra. É antinatural, é um atentado contra a própria espécie. Os animais, desde as amebas, as esponjas, os unicelulares, os protozoários, os moluscos, os répteis, os mamíferos. TODOS sabem, naturalmente, o que tem que ser feito, para a manutenção das espécies. Só algumas feministas que acham que não. As mães delas deviam ter pensado como elas, então. Absurdo!

Anônimo disse...

Mas dizer adeus a quê, necessariamente, fora a possibilidade de engravidar?


Anônimo disse...

Caro Anônimo das 21:04 "Uma mulher que chega à menopausa sem ter filhos, é muito egoísta, é inconsequente, é antinatural...MIMIMIMIMIMI"

O que mais tem é gente sem filhos, sem descendentes e contente feliz da vida. Muito mais satisfeita e realizada, ao contrário de você, pelo visto. Seres humanos, homens e mulheres, são diferentes dos outros animais, acho que isso é bem óbvio, não? Primeiro lugar, ninguém tem que procriar, isso é opção de cada um, ninguém tem obrigação de "perpetuar a espécie". Depois, gerar filhos depende de uma série de fatores. Se você acha tão importante procriar e ajudar a perpetuar a espécie, faça vc sua parte, case-se ou se relacione com uma mulher (pelo seu comentário, suponho que você seja um homem, ressentido, por sinal) e tente ter filhos com ela e deixe as outras pessoas em paz. Largue mão de criticar as outras pessoas, o que cada um decide para si e cuide da própria sua vida.

Anônimo disse...

ZéFini... kkkkkk só espero que esse sujeito não se reproduza!

Unknown disse...

Tá louco?! A população mundial não para de aumentar.

Anônimo disse...

Anons das 00:08 e 02:16, pra infelicidade de vcs, sou mulher, amada, MÃE orgulhosa de uma adolescente de 17 (brava e propensa à idéias esquerdistas, como toda adolescente, imatura ainda), à qual estamos planejando o ingresso em uma Universidade menos ruim possível, tendo em vista a dominação política e cultural das mesmas, no BR ( talvez a opção seja no exterior); um lindo menino, inteligente, cópia do pai, vergonhoso, de 12 anos; e a caçula, de 05 aninhos, feliz, gorduchinha serelepe, arteira e muito espontânea! Não imagino minha vida sem eles, são a razão do meu existir! Toda a família dedicada aos filhos, aos alicerces morais e aos bons ensinamentos, proteção e cuidado. Por isso acho que a mulher sem filhos é decorrência de algum trauma na infância, algum problema interno tem. Pq não é natural!

Juliana disse...

Um relato muito sensível e empático sobre a menopausa. Obrigada Jacqueline. Tenho 33 anos e trabalho com mulheres mais velhas, sendo que algumas já estão na menopausa e elas relatam sensações, angústias e modificações físicas que me deixam com medo... Quero indicar seu relato para elas, para que vejam que há dias ruins e dias bons na menopausa, assim como em qualquer fase da vida. Beijos e abraços fortes.

Anônimo disse...

Tive menopausa precoce aos 40 anos e sempre quis ter filhos, apesar de nunca ter me casado. Enfim, a vida quis assim. Ainda não tenho dinheiro para congelar óvulos e nem adianta ter esperança. Claro que eu posso adotar algum dia. Nunca recebi empatia das feministas em relação a minha situação, só comentários cheios de frieza e individualismo. Fui sempre tratada com grosserias por médicas ginecologistas mesmo elas sendo mulheres, a maioria delas muito machistas. Eu só queria ter filhos quando tivesse minha total independência financeira e minha própria casa, mas infelizmente por conta de vários fatores principalmente familiares, essas conquistas não ocorreram durante meu período fértil.

Anônimo disse...

Provavelmente o anonimuso do dia 22/06/2020 das 21:04 é "pró vida" , mas quando algo dá errado com uma criança ou adolescente pelos mais variados problemas, fatores é o primeiro a culpar a mãe, é a favor da menoridade penal, teria um orgasmo múltiplo caso fosse aprovada a pena de morte, mesmo para menores, comemora incêndio em favelas, massacres em escolas, ruas e chacinas em periferia. Conheço discurso vindo de mentes preconceituosas, mesquinhas. Mulher não é animal de reprodução, quem decide se vai ter filhos ou não é ela e uma em sã consciência passa longe de gente estúpida como o anonimuso.

MATILDE disse...

triste comentário do Anônimo 22 de junho de 2020 21:04.....e pensar que é uma mulher

Anônimo disse...

Triste o comentário do Anonimo de 22 de junho de 2020 21:04......você não sabe a história de vida da mulher que não teve filhos.....nem sempre é uma opção

Anônimo disse...

Criatura: se vc decidiu casar e ter uma penca de filhos, a decisão foi sua, problema seu, a vida é sua e tudo bem. Agora muitas mulheres perfeitamente saudaveis física e mentalmente NAO querem mesmo ter filhos por motivos variados, vivem muito bem com isso e daí? Aceita isso de uma vez e não tente impor seu achismo aos outros e sair rotulando as pessoas. Guarda esse seu discurso para seu grupo, só funciona para quem pensa o mesmo que você. Aceite que muitas pessoas não pensam como você, isso é normal. Isso sim é que é natural. Parece que quem tem problema interno ou cognitivo aqui é você.

Anônimo disse...

(...)Ela é particular para cada mulher (...)

Isso deveria ser a primeira coisa que vem na mente quando se trata dos processos biológicos que acontecem exclusivamente no corpo das mulheres - Menstruação, gravidez, parto/puerpério, amamentação e climatério/menopausa.
Para a Maria essas experiências podem ter sidos indolores, assintomáticas. Para Josefa podem ter sido o inferno na terra.
Não é raro ver mulheres, incluindo (principalmente?) feministas que se intitulam empoderadas diminuindo esses problemas como se cólicas menstruais, ondas de calores, dores durante o parto etc. fossem construções exclusivas do patriarcado e do capitalismo! =0
Diminuir, ridicularizar esses sintomas ou tratar mulheres como pobres vítimas do sistema que devem ser tuteladas por terem ondas de calor insuportáveis também é torna-las invisíveis e sem voz.

Não existe modo correto de enfrentar essas fases. JAMAIS deveria existir uma cartilha para isso. Algumas mulheres vão enfrentar o climatério/menopausa/menstruação/parto/amamentação sem maiores transtornos e sem precisar de ajuda farmacológica. Outras não vão conseguir viver normalmente sem ela - E NÃO HÁ ABSOLUTAMENTE NADA DE CONDENÁVEL OU DEMÉRITO SOBRE ISSO!!!!

E falando sobre ajuda médica/farmacológica: Já é difícil lidar com a invisibilidade social e o machismo. Você só tem valor enquanto puder reproduzir. É quase como ser tratada como uma daquelas pobres matrizes reprodutoras que quando atingem o fim de sua "utilidade" são mandadas para o abatedouro.
Para mim tão ruim quanto ou até mais, beirando a crueldade e negligencia é a invisibilidade perante a comunidade médica e científica.
Muito pouco se pesquisa sobre climatério/menopausa. Muito pouco é feito para ajudar as mulheres que sofrem com sintomas que as deixam quase incapazes de funcionar plenamente. Muitas mulheres sofrem POR ANOS sem obter nenhuma ajuda para seus problemas.

Temos muito que falar sobre climatério/menopausa. Sobre menstruação, gravidez, parto etc. Mas jamais esquecer a frase mais importante desse post - Ela é particular para cada mulher!!!

Jane Doe

Jackie Vallejo disse...

Queremos é a felicidade de TODAS as mulheres, que elas sejam o que quiserem ser, com filhos, gerados no útero ou no coração, sem filhos, porque não pode ou não quis, simplesmente todas. Sem culpa, sem remorso, sem neuras. Quantas mulheres acabam criando seus filhos projetando seus desejos, ou mesmo inconscientemente rejeitando-os, quantas crianças em abrigos, ou em situação de rua por não suportarem a violência doméstica. Quantas mulheres infelizes por acreditarem que seus sentimentos não são compatíveis com o que se espera de uma mulher. Basta, somos mais do que isso, temos sentimentos, desejos, temos dimensões conscientes, cognoscitivas, valorativas e teleológicas, que nos fazem diferentes dos outros seres vivos. Vamos ter mais respeito e menos preconceitos e julgamentos.

Renata Pamplona disse...

"Minha fertilidade está na minha mente, na minha criatividade, na vida que passo aos outros e que me inspira sempre a ser melhor."
PERFEITO.
É isso.

Jackie Vallejo disse...

Obrigada, fico feliz de com meu relato poder trazer esse tema para discussão e incentivar outras mulheres. Somos diversas e vivenciamos cada qual esse período de uma forma, mas é certo que podemos transformar as nossas vidas, e sempre há o amanhã. Beijos no coração.

Edmara disse...

A gestação não é a única forma de ser mãe e laços não são construídos apenas através de traços genéticos. Se ser mãe é o seu sonho, adote! O que não faltam no sistema são crianças que o maior sonho é serem filhos de alguém! Escreva a sua história do seu jeito! ♡♡♡♡

Ana disse...

Quanta merda escrita.
Não é obrigatoriedade da mulher ser mãe.
Maternidade não é obrigatório.
Nós não nascemos para sermos parideiras e colocarmos mais gente em um mundo cheio de imbecis. Você é uma idiota.

Jackie Vallejo disse...

Por isso que precismos acabar com esse tabu, continuamos maravilhosas e plenas após a menopausa, quando mais falarmos a respeito, mais ressaltaremos sua característica biológica e por isso natural. Chega de tratar esse tema com tanto sofrimento, dor, como deixássemos de ser o que somos.

Anônimo disse...

E "ZéFini" a discussão... kkkkkkkk

MarciaR disse...

Essa pessoa que se apresenta por Anônimo, que nem tem coragem de deixar pelo menos o primeiro nome, recebeu tantas bênçãos da Vida mas não aprendeu a ser respeitosa com as escolhas das outras mulheres. Quanta amargura no íntimo de alguém tão privilegiada pelo Universo.

Jackie Vallejo disse...

Chorei, suas palavras são perfeitas, temos muito que falar sobre esses temas.

Anônimo disse...

Se as mães de vcs decidissem não ter filhos, vcs nunca existiriam. Pensem nisso! Reflitam e veja se vcs concordariam com essa decisão dela.

Dri Caldeira disse...

Nunca me senti tão representada por um post quanto esse. Entre ser mãe e viver plenamente, fiquei com a 2a opção e não me arrependo dela. Tenho tempo para minha mãe de 83 anos e que precisa de mim, tenho tempo pra mim mesma, pra lutar contra a depressão. E não contribuí para a miséria do planeta colocando mais um ser humano nele que poderia ser de direita, conservador, negacionista, antivacina, cidadão de bem e bolsonarista.

Dri Caldeira disse...

Brava!!

Cintia disse...

Egoísta é uma pessoa que deixa filhos em um mundo que está consumindo seus recursos naturais...e netos que viverão atulhados em poluição e lixo.

Anônimo disse...

A pessoa se entulha de filho e vem encher o saco...se fosse tão bom não estaria em um blog feminista implorando atenção.

Anônimo disse...

Grande bosta viver nesse mundo horrendo e cheio de violência.

Clarice disse...

Lindo relato !!!! Inspirador ...... <3

Jackie Vallejo disse...

A decisão seria dela, e eu não existiria para poder concordar ou não. E tudo bem, se ela se sentisse feliz com isso, parabéns. Nossas escolhas vão além de suposições, como diria uma amiga... "SE minha mãe tivesse duas rodas seria uma bicicleta".

Jackie Vallejo disse...

É isso, fico feliz por você. Beijo no coração.

Unknown disse...

Reflita você, porque isso não faz o menos sentido 😆😆😆😆

Anônimo disse...

"Ain mas já pensou se sua mãe tivesse te abortado ou não quisessem ter filhos mimimimi..."
E daí? A decisão seria dela, ninguém tem que concordar ou discordar de nada, o fato de termos nascido não nos coloca em dívida com absolutamente nada, não temos dívida com a sociedade por causa disso, não temos obrigação de ter filho para cumprir cota ou pagar algo. Não devemos nada a ninguém.
Isso não anula em nada o sagrado direito das pessoas de NÃO terem filhos se elas julgarem que é a melhor escolha para suas vidas.

Unknown disse...

Egoísta foi sua mãe quando decidiu deixar vc nascer e agora nos obriga a ler esse comentário ridículo. Vai cuidar das suas crias, vá limpar fralda cagada e para de encher o saco.

Anônimo disse...

É isso. O post é sobre um assunto e a defensora da maternidade obrigatória vem aqui atacar outras mulheres. Totalmente fora, nada a ver com o tema do post. Só posso concluir que essa pessoa tem algum problema e quer atenção

Léia disse...

Querida Lola,

Obrigada por escrever sobre esse tema.
Recentemente, me peguei pensando que essa fase já deve estar chegando para mim.

Então, lendo seu texto, penso que deveríamos nos preparar para esse momento, buscar orientações, esclarecimentos e, principalmente, apoio emocional.

Gostei muito dos relatos.

Bjs

Anônimo disse...

Pode ser um homem a se passar por mulher, porque não? Caso seja homem é um misógino ressentido, caso contrário? Está no lugar errado, deveria procurar um blog de misoginia para ver se consegue biscoito, pois vida de mulher coprofaga de misóginos é assim, além de ter DCP acha ter algum tipo de privilégios, vantagens em ser subserviente.

Anônimo disse...

Eu não entrei na menopausa, mas caso aconteça como no caso de minha mãe, ela não teve nenhum tipo de sintomas parecidos com os citados por ginecologistas. Eu faço atividades físicas todos os dias, sou vegetariana há vinte um anos, faço uso de colâgeno em pó, spirulina, embora não sei como será mesmo com todos estes cuidados, também não tive filhos, mas minha avó e as irmãs dela tiveram muitos filhos e passaram por todos os sintomas da menopausa.

Leandro Rossi disse...

Por que uma mulher conservadora, que ama e cria seus filhos e é serva e submissa ao seu marido, como manda as sagradas escrituras, irrita tanto? Por que teve tanta gente revoltada com uma mãe nesses comentários?

Gabi Doimo disse...

"É antinatural" HAHAHA Mano to rindo demais desse comentário, nem perdi tempo lendo o resto, se bem que deve tá bem cômico.

Dri Caldeira disse...

❤️

Anônimo disse...

Ela querer ser coprofaga de misóginos ou subserviente a um machista? Problema dela, mas vir aqui impor isso a outras pessoas? Está no lugar errado, como você provável crente em um deus tirano,contraditório, castrador, malévolo, cruel, vingativo, imagem e semelhança de tipos como você e a coprofaga subserviente.

Unknown disse...

Deve ser porque ela tá falando asneira num post excelente.
Submissa por causa das "escritura sagrada"... Sei, aham... Prefiro chamar de lavagem cerebral de milhares de anos ou paternalismo mesmo.
E antes que venha falar "essas feministas solteiras sem filhos" eu sou feminista, casada a uma década tenho dois filhos pequenos que foram muito desejados. Só para lembrar sempre lugar de mulher é onde ela quiser.

Unknown disse...

Ninguém tá revoltada porque você é mãe (oi, tb sou) e sim pelas coisas estranhas que você escreveu. Parece que você acha ok uma sociedade onde as tuas filhas valem menos que o teu filho, onde as opiniões, ideias e trabalho e até a vida delas vale menos que a dele. Porque é essa mesma sociedade que só vê algum valor na mulher enquanto ela pode se reproduzir ou está desempenhando o papel de mãe e deixa todas as suas outras possibilidades de lado.

Lariinthesky disse...

Lola, gostei muito do texto da Jacqueline! Tira o estigma (e medo) da menopausa de alguém jovem como eu. Algo tão natural...
E achei muito importante vc ter tocado no tema da reposição hormonal. É um mal terrível! Com a idade, aumenta-se a chance de desenvolvermos câncer, correto? E os cânceres de mama e colo de útero são hormônio-dependentes. Então a diminuição da produção hormonal atua como uma proteção natural contra o câncer. A reposição hormonal quebra essa proteção e aumenta muito os riscos. Muitos ginecologistas e geriatras não recomendam mais a reposição por este motivo. Inclusive, no tratamento de câncer de mama e colo de útero, são prescritos medicamentos que diminuem a produção hormonal! É um assunto muito importante e pouco falado...

Anônimo disse...

Não, ninguém aqui está revoltado nem irritado com ninguém.
Em primeiro lugar, essa mulher entrou aqui fazendo comentários totalmente fora do tema da postagem, que é menopausa e climatério, e não gravidez ou ter ou não ter filhos. Como se não bastasse, já entrou despejando insultos e sendo desrespeitosa achincalhando mulheres que não desejam ter filhos. Todo mundo merece respeito, com ou sem filhos, sendo mãe ou não. Ser conservadora, religiosa, serva,submissa a marido, seguir escritura, ser mãe e amar filhos não torna nenhuma mulher melhor que outra. Ser ou não ser tudo isso é uma escolha de cada uma, ou deveria ser. Apenas isso.
Essa muher é que parece estar revoltada e irritada e sente-se muito afetada com as escolhas diferentes de outras mulheres. Quem fala o que quer, e da forma como quer, ouve o que não quer. E o discurso dela só cai bem para convertidos. Aqui não deu certo.

Unknown disse...

Vai dormir animal! 🤦🏻‍♀️

Anônimo disse...

Egoísmo. Simples assim. Como a falta de caráter, a desonestidade, não há lei proibindo. Não é ilegal, mas é imoral, indecente. Vai do senso de moral e justiça de cada um. Depois não reclamem dos políticos desonestos, já que quando a cobrança vai pra vcs, vcs escapam da responsabilidade. Simples assim. Honestidade, caráter e retidão não são leis, ordenamentos jurídicos. São noção do certo e do errado. Por isso que pessoas que pensam assim, tiveram certamente uma falha na formação do caráter, falha familiar, um trauma psicológico, violência na infância, etc etc e etc. Pode ter sido qquer coisa, mas que há uma falha evidente na formação psicológica desse indivíduo, isso não há como negar. Os loucos nunca admitem a própria loucura. Normal.

Jackie Vallejo disse...

Me parece que ela foi a revoltada, que julgou, condenou e destilou todo tipo de preconceitos. Respeitar o outro, seu posicionamento, sua crença, sua história de vida, tem que ser base pra qualquer relação social. Opinar em algum assunto é expor seu ponto de vista, não necessariamente atacar o do outro. Acho que essas atitudes também se encontram nas sagradas escrituras.

Anônimo disse...

Márcia R., se eu já fui atacada de todo jeito nesse espaço, a troco de nada, sem mesmo sem me identificar, imagina se eu deixasse meu contato aqui. Fui atacada por ser normal, por ter sido abençoada por Deus, por ter um marido íntegro, inteligente, fiel, trabalhador e decente, e por ter 3 filhos lindos perfeitos (aos meus olhos e aos olhos de Deus). Ou seja, uma família tradicional. Se isso irrita tanto vcs, o problema é com vcs, não comigo. Vcs simplesmente tem inveja da vida honesta e decente das outras mulheres, só posso concluir isso. Meu primeiro nome é Célia, moro no estado de MG, em um pequeno município do Triângulo Mineiro. E isso basta pra vcs saberem. Fiquem com Deus, e que ele tenha piedade da alma de vcs! Amém!

Anônimo disse...

Por que uma mulher que não corresponde a essa ilusão patriarcal irrita tanto os homens?
Por que tem tanto macho revoltado com as mulheres nesse blog?

Lídia Domingues disse...

Muito bom falarmos sobre a menopausa. Talvez seja um dos maiores tabus que sofremos e que são determinados pelas próprias mulheres. Não tenho filhos e por isso não sei o que é amor. Não vivo o clássico na menopausa e falo muito sobre isso e por isso sou louca. Tenho 55 anos e não menstruo há 1 não. Agora é menopausa! Antes, no climatérico tive fome. Fome de querer um boi inteiro na madrugada. Como não tinha comia arroz, feijão e ovo mesmo. Nada de doce. Não era uma fome minha. Tinha um ser me abdusindo. Sempre comi muito certinho. Mas percebi que minha fome era mesmo de vida! Não tive calorão, nem secura nenhuma, nem falta de libido, ao contrário. Tenho três amigas pra xingarmos e falarmos dessa coisa do caralho (assim que nos referimos), mas no geral, nem uma ginecologista tem mais a falar do que - é assim mesmo. Logo passa.- Fala sério! Deveria haver alguma pesquisa pra buscar uma qualidade decente de vida. Não deveria ser o fim para nada ou aceita a velhice chegando (ouvi isso). Bastante triste e irritante, muitas vezes, porque há sofrimento físico e emocional e nada de compreensão e respeito. Foi bom ler esses depoimentos. Lola vc é incrível!!

Anônimo disse...

Defina "normal", Célia. Difícil né? O que é normal ou certo para você pode não ser para outras pessoas, no caso aqui outras mulheres. O problema está em você, uma mulher adulta que não entende isso, se recusa a aceitar que as pessoas são livres para fazer suas escolhas. Isso é a vida real, não o que gira em torno do que você acha ou "despacha". Vc fez sua escolha, ninguém aqui te julga por isso mas deixe as outras, não rotule, não ataque gratuitamente quem vc não conhece só porque tem uma realidade diferente da sua. Quem é você para dizer o que é ou não normal, o certo ou errado? Você é quem começou a atacar e ser desrespeitosa com outras mulheres e achou que ia ganhar biscoito por isso. Guarde seu deus,e a piedade e as bençãos para você.

Anônimo disse...

Do que vc está falando? Tem certeza que veio para o blog certo? Já leu leu o post? O que tem a ver justiça, legalidade, egoísmo, retidão, honestidade com menopausa e climatério???

Anônimo disse...

Bem, se não houver contra indicação para meu caso específico (já que cada mulher responde de um jeito) eu vou sim optar por tratar com reposição hormonal porque não quero passar um monte de perrengue desnecessário, perder vitalidade, disposição e tudo mais se tiver a terapia a disposição. Quando chegar o momento, tendo possibilidade vou querer fazer sim.

Anônimo disse...

Acho que é isso, cada mulher vivencia de uma maneira. Depende de muitas outras coisas. Ainda mais hoje em dia, as mulheres chegando na menopausa hoje são completamente diferentes das que chegavam nessa fase há uns trinta anos atrás. Antes a expectativa de vida era mais curta, mulheres atuavam menos fora do espaço doméstico, chegando aos 40 ou 50 anos como se fossem velhas, resignadas, satisfeita por terem chegado nessa idade e terem conseguido casar, cuidar da casa, ter e criar filhos e depois netos, sem ter mais expectativas quanto a si próprias ou outras aspirações profissionais, pessoais, emocionais etc. As pessoas de modo geral iam apenas cumprindo scripts do que era esperado para cada faixa etária ao longo da vida e pronto. A vida era muito mais linear, não multifacetada como agora. Hoje é diferente, o grupo de mulheres chegando a menopausa é extremamente diverso, como em outras faixas etárias. Acho que a forma como cada mulher lida com a chegada a menopausa depende muito de como é a sua vida. Tenho 45, tenho meu trabalho, trabalho bastante, minha rotina é movimentada, sou solteira sem filhos, tenho meus hobbies, provavelmente quando eu chegar na menopausa, vou lidar diferente de uma mulher da mesma idade que é casada, dona de casa ou aposentada, com filhos adultos, já avó, vivendo só para família. Só não sei dizer se vou lidar melhor ou pior :(

Marília Moreno disse...

credo, pessoa! que raio de manutenção da espécie! enlouqueceu? ainda que fosse o caso, tem bastante gente no mundo! será que você pessoa anônima fica assim revoltada com abandono parental? e com a quantidade de criança esperando ser adotada, você fica? eu hein...

Anônimo disse...

Anonimo das 20:04 procure ajuda médica, assistência psicológica, psiquiátrica, sei lá o quê, o mais rápido possível, pois você sim parece carregar um trauma, uma falha de formação que não foi resolvida. Mas é possível tratar.

joana alboy disse...

Muito mesmo...Eu tenho 66 anos ...completo hoje 24/06/2020
Fui mãe duas vezes, por uma necessidade emocional..

Anônimo disse...

Eu já falei desse assunto até faltar voz, mas em 2020 ainda ter TANTA gente tão devotada a ideia de que mulheres tem algum tipo de obrigação moral de reproduzir... eu deveria estar blindada, mas não tem como - ainda me dá náusea...

As previsões para 2100 são que a população mundial vai chegar aos 10 bilhões. 10 fucking bilhões!!!
Muito antes da humanidade terminar por que "as vadias anormais/egoístas/histéricas/demoníacas não querem parir", vamos viver surtos de catástrofes ambientais (algumas por eventos geológicos naturais, outras pelas próprias mãos humanas), outras pandemias, surtos de fome por dificuldade de produzir alimentos, falta de água potável etc...
O que vai exterminar os humanos é a imensa burrice dos humanos!!!

E se como sempre, se essa explosão de aneurisma por causa das "vadias anormais/egoístas/histéricas/demoníacas não querem parir" é por que "ainnnnnn quem é que vai pagar minha aposentadoria" - um pequeno conselho - se eduque financeiramente!!! Seja um pouco mais esperto e não espere que o pai governo venha na tua casa limpar a tua bunda - isso não vai acontecer!!!

Por último, mas não menos importante - se minha mãe tivesse pensado como eu, ou me abortado eu não teria que em 2020 ler esse tipo de chorume. Isso teria sido um grande alívio!!!

Jane Doe

Yllix-network-afiliadolink disse...

Adoro seu blog, a muito vejo suas postagens sempre muito bem feita, assuntos diversos.. Uma dica porque VC num usa publicidades banners do Yllix, uma plataforma simples e confiável.. Testa lá pra você ver,pagamento PayPal com mínimo apenas um dólar ..!! Já vi alguns sites com anúncios deles são bem leve num atrapalhar visitantes.. Se quiser saber mais este comentário fiz através de lá.. Fica salva aq o link da página.. Abraços.. Paz a todos..

Anônimo disse...

O anônimo falando de procriar e deixar descendentes, eu não sei vocês, mas eu cansei de lidar com gente burra, que possui acesso a informação e mesmo assim continua com esse pensamento grotesco e retrógrado, primeiro MULHERES não tem obrigação nenhum em colocar criança no mundo, segundo os recursos naturais estão cada vez mais escassos, terceiro a vida na terra é só questão de tempo pra chegar ao fim, quarto e último vai a MERDA anônimo, tenha o mínimo de inteligência que esse cérebro humano comporta.

Anônimo disse...

Minha primeira reação é que esse comentário é tudo mentira de mascu, o que é bem possível. Mas sou obrigada a me lembrar que, se certas pessoas da minha família escrevessem sobre isso, elas diriam a mesma coisa. Então, Celia, vamos fazer um exercício. E se for mesmo por culpa de um trauma que essas mulheres que não querem ter filhos? Qual é a sua proposta? Pq vc deve saber q xingar pessoas traumatizadas na internet não vai resolver o trauma.

Vc concordaria então com serviço psicológico e psiquiátrico para todas as pessoas? Pago pelo governo, é claro. Pq nem todas as mulheres traumatizadas vão poder pagar né. E aquelas que depois de anos de tratamento não se “curarem,” a gente faz o q com elas?

Qual seria a solução do “problema” pra vc?

Não vale falar q é pra aceitar Jesus. Tem q dizer tb o q teria q ser feito pra que todas as mulheres aceitassem Jesus. E também o q a gente ia fazer com as q não aceitassem.

Será q a sua resposta vai parecer com as ideias de um certo regime autoritário? Será q o q vc queria mesmo era q as mulheres fizessem exatamente o q vc acha q elas deveriam fazer? Se não fizessem, vc quer q elas vão pra cadeia ou pra forca direto?

Juliana(FREEda) disse...

Eu ainda estou com 39 anos, mas já tenho minhas preocupações com relação a esse tema.

Amei o texto...Sempre digo para a Jackie que aprendo muito com ela, todos os dias.

E cada texto dela, abre mais uma porta para que eu possa me conhecer mais.

Menopausa é um tema tabu, pouco falado, quase não se vê instruções pra esse tema, e ler relatos de outras mulheres faz com que eu consiga analisar bem como será o meu momento, e como eu vou conhecer ainda mais o meu corpo, e como vou vivência esse período.

Por mais textos assim.

Simplesmente perfeito.

<3

Juliana(FREEda) disse...

Na verdade, vc ter filhos, um marido, uma família " tradicional" não te torna melhor que ninguém.

Eu tenho família, tenho filhos, tenho marido, e sou feminista, e entendo e tenho total empatia com quem tem a opção de não seguir esse caminho.

Tenho mais empatia ainda, com quem não tem filhos, pq a natureza não quis lhe conceder seja por problema ou não.

Não adianta se achar mais mulher que as outras só pq teve filhos, pq ser mulher vai muito além do gênero, ou do ato de parir...Ser mulher e mãe, é questão de caráter, de dom, de amor, de tempo, de possibilidades, de pensar no futuro, de ter uma boa condição financeira, ter um bom psicológico.

Ser mãe engloba tanta coisa, não é só por no mundo e pronto me tornei uma mãe/mulher e tanto.

Não moça...A gente precisa primeiramente ensinar os filhos a ter amor ao próximo, independente de quem ele seja, como seja.

Amá-lo incondicionalmente como a gente gostaria de ser amado.

Infelizmente a senhora é mãe sim, mas é um ser de espírito podre, um ser fútil, medíocre, que a única coisa que consegue passar adiante é ódio, rancor e amargura.

Sabe...Pq da senhora é impossível transbordar AMOR.

Anônimo disse...

Bom dia!
"E se for mesmo por culpa de um trauma que essas mulheres que não querem ter filhos? Qual a sua proposta?"
Primeiro e mais importante passo, é a pessoa aceitar que tem um problema psicológico, um trauma, que pode e precisa ser tratado. Isso é o mais importante e o mais difícil, pois assim como a " Jackie Vallejo ", autora, a negação do problema é a primeira reação, assim como em 99% das reações das mulheres sem filhos que comentaram aqui. É como o alcoólatra ou o drogado, eles demoram muito, e às vezes nunca admitem que tem um problema. E sem a admissão do problema, a cura é impossível. Esse seria o primeiro passo.
Segundo passo: Diminuir a revolta, o ódio e as atitudes grosseiras, que não conquistam e afastam boas pessoas. Trabalhar a aceitação e as boas maneiras, compreender o papel da mulher no mundo e na sociedade. Cuidar da aparência e elevar a autoestima, ser sorridente e amável.
Terceiro passo: integralizar-se em uma comunidade de boas pessoas.
Naturalmente surgirá a pessoa certa para o início de um relacionamento duradouro, que culminará com a formação de uma família e de um lar abencoados.
Mas, para isso, precisa ser dado o primeiro passo. E esse só pode ser dado por vcs. Aceitem!
Fico em oração por todas vcs.
Que Deus lhes dêem sabedoria e proteção.
Att,
Célia

Jackie Vallejo disse...

Precisamos cada vez mais atuar em toda as áreas, firmar o nosso protagonismo e valorizar o trabalho das que seguem fortemente na luta contra o patriarcado, essa luta é para TODAS, e podermos ter incentivos como o seu Freeda é gratificante. Unidas somos mais fortes, não ao machismo e seus métodos de nos submeter ao seu bel prazer e conforto. Beijos no coração, muito obrigada.

titia disse...

Jakcie Vallejo muito obrigada pelo seu texto. Eu sinceramente não sei como vai ser minha menopausa mas confesso que quero que ela chegue. Tenho horror à maternidade e saber que eu não poderia de jeito nenhum engravidar seria um alívio imenso. Dia sim dia não quando estou menstruada penso em como eu queria ter nascido sem útero, ou com essa porcaria malformada demais para manter gestação. Prefiro ondas de calor e secura vaginal a gravidez e maternidade.

Dona Célia, se não for fanfic de mascu, por que mulheres felizes e bem resolvidas em não serem mães te incomoda tanto? Por que mulheres que não querem limitar sua vida a casamento e filhos te irrita? Por que você se revolta quando vê mulheres que não veem sua vida como padrão e que estão felizes assim? Por que mulheres que lidam bem com a não maternidade (como a Jakce Vallejo) te revoltam? Bom, no geral é porque a esposa e mãe virtuosa no fundo NÃO está feliz com sua vida e, mesmo que não admita nem pra si mesma, gostaria de ter feito diferente. Porque está infeliz com a escolha que fez de csar e ter filhos, mas como seria cruficicada pel socedade, defende-se psicologicamente reafirmando para si mesma mais que para os outros que é feliz e sua vida é perfeita.

Se não está 100% feliz com sua vida, até porque ninguém é, pode desabafar. Pode admitir. Aqui é um espaço para as mulheres falarem a verdade sobre os mitos do casamento e da maternidade. Pode dizer que está esgotada, que seus filhos a exaurem, que seu marido te deixa sozinha e o fardo é muito pesado. Pode dizer que a maternidade real não é nada parecida com o que te contaram e às vezes dá vontade de voltar atrás e fazer tudo diferente. É normal se sentir assim. E se você quer falar de religião, ora, não esqueça que nem todos os grandes nomes da Bíblia eram família margarina. O apóstolo Paulo, que escreveu quase metade do Novo Testamento, e Maria Madalena, a primeira a testemunhar a ressurreição de Jesus, não casaram nem tiveram filhos. Isso não os fez menores do que ninguém e você não deveria usar esse padrão para julgar as pessoas.

Leandro Rossi faz esse discurso para as fêmeas na natureza que matam a cria ou a abandonam a predadores por não ter instinto materno. Melhor ainda, faz esse discurso pra cachorra do vizinho que matou TODAS as ninhadas que teve, ou pra minha cachorra que só foi castrada depois de velha e nunca teve uma gravidez psicológica que fosse, que fugia de filhotes como vampiro fugindo de sol. A gente sabe que o cara nunca assistiu nem documentário no Discovery Channel quando ele vem falar merda sobre a natureza porque não suporta ver mulheres livres e felizes sem o cabresto da maternidade.

Anônimo disse...

Juliana FREEda

Você tem palavras sábias, porém a pessoa que provavelmente as leu(eu duvido muito; pois quem tem DCP entende o que convém, não compreende ou não passa da quinta linha). Pessoas com preconceitos enraizados são mesquinhas demais e soma tudo isso ao fanatismo religiosista pior ainda. É o tipo de pessoa a desprezar um morador de rua, é conivente com homens que abandonam namorada, esposa grávida, também não encara como egoísta homens que não querem ter filhos ou formar família, taxa uma mãe solteira de parideira de bastardo, faz "caridade "para enaltecer o próprio ego e complexo de superioridade, pois tem nojo de pessoas miseráveis e pior, veio em um blog que não condiz com a podridão e mesquinhez dela cagar regra, tumultuar, pois o texto tem haver com climatério, sintomas da menopausa tão ignorados pela ciência, classe médica.

Anônimo disse...

Jackie, a comentarista das 08:32 está dizendo que vcs tem traumas e problemas psicológicos, assim como os alcoólatras e os drogados.

titia disse...

E todo esse papo de trauma mimimi bla´bláblá pra condenar mulheres sem filhos... porra, quem não tem traumas emocionais nessa vida, mano? Numa sociedade abusiva e sádica como a nossa, em que acidente e morte na rua é espetáculo, em que qualquer boato bobo já junta turba de linchamento, TODO MUNDO tem traumas emocionais. Não adianta dizer que apanhou e não tem problema nenhum porque tem sim, só não quer admitir.

Pais e mães agridem seus filhos fisicamente, psicologicamente e emocionalmente. Pessoas despreparadas, pessoas egoístas, pessoas infantiloides. E em que universo ser tratado com violência pelas pessoas que deveriam te proteger quando você é completamente indefeso, das quais você depende até pra sobreviver, não causa traumas e problemas psicológicos? Causa sim, sempre, em todos. Eu mesma tenho sim um componente de trauma na minha decisão, eu vim de uma família agressiva, com zero inteligência emocional (principalmente do lado paterno), cheia de gente sádica que agredia criança por qualquer besteira, e às vezes nem dizia o que tínhamos feito de errado pra apanhar.

Sabendo que eu sou de uma família cuja regra mor pra criar e conviver é a violência, que foi isso que eu aprendi desde pequena, que sou tremendamente impaciente (traço de personalidade que tenho desde a infância), que não tenho instinto materno nem gosto ou vocação pra cuidar das pessoas, por que CARALHOS DE ASA AMARELA eu ia arriscar ser uma mãe agressiva, violenta, sem vontade de cuidar que causaria no filho os mesmos traumas que eu tive? E antes que digam que eu preciso me cuidar, eu me cuido sim, fiz terapia por 12 anos, no momento não dá pra continuar pro causa da covid-19 mas fiz muita. E foi nela que eu entendi que não tenho a vocação ou a personalidade necessárias pra ser mãe.

É, colega, porque não é só questão de trauma não. Porque pra ser mãe você precisa ter vontade e prazer em cuidar, tem que ter paciência infinita, tem que ter inteligência emocional. Se você encara cuidado como obrigação você não pode ter filho, você tem que GOSTAR de cuidar. Você tem que ter paciência infinita porque criança testa, se rebela, briga, agride, e mesmo assim você não pode se descontrolar e bater. (continua lá embaixo que vai ser textão mesmo).

titia disse...

Aí a gente vai pro outro lado. Gente que foi traumatizada e tem filhos POR CAUSA do trauma. Gente que foi negligenciada emocionalmente ou agredida pelos pais vai e pensa "Vou fazer um filho pra provar pra mim mesmo que sou diferente dos meus pais, que sou melhor do que eles". Aí botam uma criança no mundo sem condições de criar. Não bate como os pais faziam, mas negligencia, não dá amor nem segurança emocional. Não deixa faltar comida como os pais faziam, mas não se incomoda em dar educação e a criança vive na miséria. Ou não deixa faltar comida mas agride, resolve tudo na violência.

Ou então deposita expectativas nos filhos, usa-o pra tentar realizar seus sonhos e quando o filho não corresponde aos seus ideais, se não faz o que os pais desejam, abandona. Ou humilha, ou maltrata. Sem contar os caras que engravidam a mulher pra prendê-la, depois larga a família pra farrear e encher a cara. E aí a pessoa vai e bota uma criança indefesa num mundo cheio de preconceitos, guerras, doenças, desastres, onde a exploração do trabalho em regime semi-escravo, o abuso moral e sexual, a violência, são a norma do convívio social.

Você jogaria uma criança numa selva cheia de predadores embaixo de cada arbusto só porque seus pais disseram que você não conseguia? Não, né, não faria. Mas tem um filho numa sociedade em que gente é carne para o sistema moer, escravo pra elite fazer festinha em iate de luxo, sem pensar se tem o mínimo de inteligência emocional pra criar ou se o salário vai dar pra pagar o aluguel, a comida, a água e ainda mandar o filho para a escola-tudo isso porque quer fazer birra contra os pais incapazes. Aí você vai e repete o erro deles, achando que seus traumas, seus padrões de comportamento e os traços da sua personalidade que te fazem um péssimo cuidador vão desaparecer magicamente. Não vão. Você vai repetir os erros dos seus pais e traumatizar seus filhos como você foi traumatizado, apenas talvez numa área diferente. E o ciclo de sofrimento vai se repetindo eternamente, sem que alguém pare pra pensar em como encerá-lo, apenas indo e fazendo mais um componente para essa roda porque "Me disseram que é assim".

E gente como eu, que escolhe não arriscar a vida e o emocional de um inocente, é que somos egoístas? Nós, que lembramos o que sofremos nas mãos de pais incapazes e não queremos fazer o mesmo com crianças indefesas, é que somos os problemáticos? Nós é que precisamos de oração, internação, suicídio? Não, obrigada. Guardem as suas orações para os seus filhos, porque se eles não forem os traumatizados, serão as vítimas deles. Oração mal-intencionada ninguém quer, fiquem pra vocês mesmos, orem pra ter mais duzentos filhos mas fiquem longe da gente - fisicamente, com a língua e os pensamentos. Agradecemos muito.

Anônimo disse...

Célia cagadora de regras insistindo que mulher não tem filho é porque obrigatoriamente tem problema e precisa tratar. Só reconhecer que tem problema. O criatura cabeça de pedra, de tanto bater na parede vai rachar.

Anônimo disse...

E as que não se “curarem”? E as que fizerem tudo cortinho e não conseguirem marido? E as inférteis?

Mas vc acredita piamente q todas vão “se curar” né? Vc tem certeza absoluta de q todo mundo quer viver exatamente como vc. Vc tá tão dentro de vc mesma, com a cabeça tão enfiada no cu, que vc não consegue ver nenhuma pessoa q pensa diferente sem imaginar q ela esteja doida.

Vc, claro, é o bastião moral da sociedade. Celia, a correta, é para quem devemos perguntar o q fazer, pq ela sabe. Celia, a feliz, sabe o q a faz feliz, portanto é sempre feliz, e sabe o q todo mundo tem q fazer pra ser feliz. Celia deveria ser presidente do mundo.

Celia nunca errou. Todas as decisões q a Celia tomou no passado foram acertadas. Logo, Celia deduz que nenhuma ideia q ela tenha agora está errada.

Todos se curvem diante da Celia, a perfeita. A que fala em nome de Deus e de todas as mulheres. Amém.

Jackie Vallejo disse...

Nós mulheres ao longo da história das civilizações já fomos comercializadas, queimadas nas fogueiras, tratadas como animais, largadas em hospícios quando queriam simplesmente se livrar do estorvo, tivemos nossos corpos assediados, abusados, estuprados, fomos dominadas, educadas para servir. Só que acabou, e se tem mulher que quer manter essa relação de dominação, que mantenha, mas não venha ditar normas pra gente, que lutamos até para ela, se for sua vontade, bancar o papel de esposa e mãe feliz e satisfeita, somos nós que lutamos para ela e todas nós não sermos vítimas de violência doméstica, de assédio sexual, de ser silenciada. Muito triste a opção dessa senhora em querer destilar seu ódio, que mais parece inveja. Atacar mulheres que só querem ser feliz, do seu jeito, livre fãs amarras dessa sociedade machista.

Jackie Vallejo disse...

Titia, obrigada pelo relato, pela lucidez e pela mulher combativa que vc é. Por mais mulheres com sua força e sensatez, discurso perfeito. 👏🏼👏🏼👏🏼

Anônimo disse...

Titia

Parabéns pelas suas palavras e relatos de experiência. É lamentável virem aqui pessoas a cagarem regra num blogue não condizente ao tipo de pensamento retrógrado, mesquinho e pseudo moralista delas, pior ainda, quer impor a sua "verdade" e desvia completamente do assunto abordado no post. Eu não leio ou visito blogs de conteúdo violento, misógino, reacionário, mas quem é assíduo(a) leitor (a) insiste em vir aqui para tumultuar, insultar, ofender, pois a verborragia e virulência são as "lições" de gurus, pastores dessas pessoas, pode ser um de igrejas neopentecostais ou mesmo o cambalacheiro boca de peido da Virgínia. O deus de gente assim é a ganância, mesquinhez.

Anônimo disse...

Sra. Jackie, cumpre-me esclarecer que não há ódio, há muito mais dó do que ódio. Inveja as pessoas tem do que é bom, não do que é ruim, péssimo, como é a vida de vcs. Também que não há dominação, há parceria e colaboração, com muito respeito. E há uma coisa que vcs, feministas sem família, desconhecem: amor. Não adianta tentar trazer vcs pra luz, pois vcs preferem as trevas. Nessas horas suspiro e agradeço a Deus, lavo minhas mãos, sabendo que a linhagem torta de vcs desaparecerá quando vcs forem prestar as contas. E aí vcs verão o que lhes espera. Passar bem, Sra "Jackie".
Att,

Jackie Vallejo disse...

Estou percebendo nas suas palavras que não há ódio, se leia e perceberá como seu coração está repleto de desamor, diferente do que vc escreve, lhe falta coerência. E família não se caracteriza somente no modelo que a senhora quer impor. Eu tenho uma família maravilhosa, um companheiro sensível e amoroso, cuido com muito amor da minha mãe. Não venha me falar que não tenho família, que não tenho amor. E fique com seu Deus, com seus julgamentos, com as contas a serem prestadas e tudo que foi escrito num livro a 20 séculos atrás, e que falta ser atualizado, eram outros tempos, e eu vivo nesse, onde as mulheres são mais que parideiras.

Anônimo disse...

Dona Célia, desista, fique você com seu deus e suas rezas, ninguém aqui quer nada disso muito menos sua luz. Prestar contas a quem?? E linhagem torta é o cacete, vai pregar e rogar praga em outro lugar.

titia disse...

Obrigada, Jackie Vallejo. Obrigada, 12:38. O importante é falar mesmo, lutar contra todos os cabrestos que querem nos impor e valorizar nossa vontade ao invés da alheia. Mulheres livres sempre apavoraram a sociedade, então vamos continuar fazendo esse povo se borrar de medo até que sejamos todas livres.

Dona Célia, dona Célia, não bote suas palavras na boca de Deus. Você nunca deve ter lido a Bíblia, ou saberia que ter filho nunca foi exigência divina; os únicos a quem ele disse "Crescei e multiplicai-vos" foram Adão e Eva. Todo o resto do mundo é livre pra ter ou não ter de acordo com a própria vontade. Caso esteja falando do tal "Aiiiin, vocês vão morrer sozinhas, feminazis malvadas que não querem parir!": a maior parte dos abandonados nos asilos tem filhos. Parir não é garanta de nada, nem de companhia na velhcie. Aceite.

E dizer que sua vida não tinha amor até você casar e parir só mostra que eu estava certa quando falei de traumas; você nunca se sentiu amada pelos seus pais e teve filhos pra se afirmar como melhor do que eles. De fato é muito triste que você não tenha sido amada até casar e ter filhos, e isso só mostra o quanto é importante refletir sobre seus motivos antes de sair fazendo filhos. A Jacke Vallejo está certa; sua fala jorra desamor e despeito pelo bem estar alheio. Procure terapia, porque você provavelmente está fazendo com os seus filhos o mesmo que seus pais fizeram com você. Repetindo erros.

Essa é pra todos os mascus que vieram aqui falar em "Linhagem": essa baboseira de "Linhagem" foi invenção dos homens ricos pra garantir que seus bens só passariam para seus filhos biológicos. Nada mais. E é usado até hoje por gente sem autoestima nem amor próprio para amainar o complexo de inferioridade. "Linhagem" é um tecido de linho tosco, utilizado para embalar.

Kasturba disse...

Odeio quando eu chego atrasada nos comentários... Tomara que a discussão ainda esteja acontecendo... Vou então dar meus pitacos e 2 dedos de contribuição...

Anom de 22/06 – 21:04.
Realmente, é “antinatural” uma fêmea fértil passar pela vida sem procriar. Mas sabe também o que é antinatural? Vacinas e cuidados médicos. As fêmeas mais selvagens precisam ter muitos filhotes, porque uma parcela bem pequena deles chegarão à vida adulta. Então quanto mais filhotes, mais chances da espécie continuar existindo. Felizmente os seres-humanos desenvolveram um intelecto grande, que possibilita que um número bem alto de filhotes sobreviva, o que livra a fêmea humana dessa obrigação de reproduzir ao máximo. Nosso maior problema é gente de mais no mundo, e não de menos. Então não precisa se preocupar, sempre haverão algumas mulheres dispostas a fazeremesse enorme sacrifício que é por filhos no mundo e educar, e isso já será suficiente para a humanidade continuar existindo.

Anom de 23/06 – 09:01
Que bom que você é mãe e ama seus filhos. Mas seu umbigo não mede o mundo. Sua felicidade está nos seus filhos, mas isso não quer dizer que a felicidade de todas as mulheres também está aí. Por coincidência, eu também tenho um bebê, de pouco menos de 2 anos, e ele também é a minha vida. Tudo que faço é pensando no meu bebê, e nada é mais compensador pra mim do que saber que meu bebê é muito saudável e feliz. Inclusive, estou planejando ter outro filho biológico, e depois quero ter pelo menos um filho adotivo... Mas essa é a MINHA escolha. Uma vontade MINHA.
E, se quer saber com sinceridade, quando paro pra pensar o que me faz gostar de ser mãe (eu AMO ser mãe), eu realmente não sei responder. Um bebê exige DEMAIS dos pais; o tempo todo que ele está acordado, temos que estar vigiando ele pela casa, pois ele quer mexer em tudo, quer subir em tudo - entendemos que ele precisa disso, de explorar o ambiente e gastar energia (principalmente agora, preso dentro de casa), mas é MUITO CANSATIVO PRA GENTE. Nos períodos que ele dorme (de 30min a 2horas durante o dia, e depois de noite, acordando a cada 2 ou 3 horas pra mamar) temos que fazer TUDO, desde cuidar da casa, lavar roupa, tomar banho, comer, descansar, conversar, transar, dormir (e agora, fazer homeoffice)... Estou há quase 2 anos com sono atrasado (meu bebê ainda acorda pra mamar durante a noite), não podemos mais sair pra cinema, barzinho ou mesmo restaurante (mesmo antes da quarentena), a casa está sempre um caos, não conseguimos fazer uma refeição direito, não conseguimos assistir a nenhum filme inteiro sem fazermos pausas, não conseguimos transar direito (tem que ser rapidinho nos intervalos de sono do bebê e de olho na babá eletrônica pra caso ele acorde), não consigo nem fazer cocô com calma!!!
Até o casamento sofre com isso, porque eu e meu marido estamos sempre cansados e sem tempo pra fazer as coisas básicas, menos ainda pra investir no nosso relacionamento.
Não me arrependo de ter tido meu filho, até quero outros, como falei. Mas realmente não sei te explicar o motivo. Talvez seja uma questão biológica mesmo, ou talvez simplesmente não haja explicação.
Mas quando alguém me diz que optou por não ter filhos, sinceramente, eu considero essa uma escolha muito sensata, e te confesso que sinto até uma certa inveja quando vejo minhas amigas sem filhos com tanta liberdade para se cuidar e se divertir... Não sei daqui a quantos anos vou poder voltar a desfrutar de uma simples noite de sono...

Kasturba disse...

Anom de 22/06 – 21:04.
Realmente, é “antinatural” uma fêmea fértil passar pela vida sem procriar. Mas sabe também o que é antinatural? Vacinas e cuidados médicos. As fêmeas mais selvagens precisam ter muitos filhotes, porque uma parcela bem pequena deles chegarão à vida adulta. Então quanto mais filhotes, mais chances da espécie continuar existindo. Felizmente os seres-humanos desenvolveram um intelecto grande, que possibilita que um número bem alto de filhotes sobreviva, o que livra a fêmea humana dessa obrigação de reproduzir ao máximo. Nosso maior problema é gente de mais no mundo, e não de menos. Então não precisa se preocupar, sempre haverão algumas mulheres dispostas a fazerem esse enorme sacrifício que é por filhos no mundo e educar, e isso já será suficiente para a humanidade continuar existindo.

Célia:
Que bom que você é mãe e ama seus filhos. Mas seu umbigo não mede o mundo. Sua felicidade está nos seus filhos, mas isso não quer dizer que a felicidade de todas as mulheres também está aí. Por coincidência, eu também tenho um bebê, de pouco menos de 2 anos, e ele também é a minha vida. Tudo que faço é pensando no meu bebê, e nada é mais compensador pra mim do que saber que meu bebê é muito saudável e feliz. Inclusive, estou planejando ter outro filho biológico, e depois quero ter pelo menos um filho adotivo... Mas essa é a MINHA escolha. Uma vontade MINHA.
E, se quer saber com sinceridade, quando paro pra pensar o que me faz gostar de ser mãe (eu AMO ser mãe), eu realmente não sei responder. Um bebê exige DEMAIS dos pais; o tempo todo que ele está acordado, temos que estar vigiando ele pela casa para ele não se machucar, pois ele quer mexer em tudo, quer subir em tudo - entendemos que ele precisa disso, de explorar o ambiente e gastar energia (principalmente agora na quarentena, preso dentro de casa), mas é MUITO CANSATIVO PRA GENTE. Nos períodos que ele dorme (de 30min a 2horas durante o dia, e depois de noite, acordando a cada 2 ou 3 horas pra mamar) temos que fazer TUDO, desde cuidar da casa, lavar roupa, tomar banho, comer, descansar, conversar, transar, dormir (e agora, fazer homeoffice)... Estou há quase 2 anos com sono atrasado acordando de madrugada para amamentar, não podemos mais sair pra cinema, barzinho ou mesmo restaurante (mesmo antes da quarentena), a casa está sempre um caos, não conseguimos fazer uma refeição direito, não conseguimos assistir a nenhum filme inteiro sem fazermos 200 pausas (isso quando conseguimos ficar acordados pra tentar ver um filme), não conseguimos transar direito (nas RARÍSSIMAS vezes que temos disposição, tem que ser rapidinho nos intervalos de sono do bebê e de olho na babá eletrônica pra caso ele acorde), não consigo nem fazer cocô com calma, porque sempre tem um bebê batendo na porta gritando “mamãe”, ou quando meu marido não está em casa, tenho que levar o bebê pro banheiro comigo!!!
Meu casamento, que antes era QUASE de “conto de fadas” (eu e marido sempre fomos muito parceiros e nos divertíamos demais juntos) também está sofrendo e se arrastando depois que o bebê chegou, porque eu e marido estamos sempre esgotados e sem tempo pra fazermos coisas básicas, menos ainda pra investir no nosso relacionamento.
Não me arrependo de ter tido meu filho, até quero outros, como falei. Amo a oportunidade de criar essa criança, dou MUITO amor a ele, e acho o máximo acompanhar o desenvolvimento desse novo ser-humaninho. Mas realmente não sei te explicar o motivo. Talvez seja uma questão biológica mesmo, talvez seja uma lavagem cerebral que me fizeram desde criancinha pra eu achar que é bom passar por isso tudo, ou talvez simplesmente não haja explicação.
Mas quando alguém me diz que optou por não ter filhos, sinceramente, eu considero essa uma escolha muito sensata. E te confesso que não raro sinto inveja quando vejo minhas amigas sem filhos com tanta liberdade para se cuidar e se divertir... Não sei daqui a quantos anos vou poder voltar a desfrutar de uma simples noite de sono...

Aline disse...

Célia, ninguém está te agredindo por ser feliz com uma família. Você está sendo desonesta. Foi você quem chegou agredindo mulheres sem filhos. Muito desonesta a sua tática. cada mulher é de um jeito, se é da família tradicional de bem então pelo menos educação a senhora tem que ter.

Anônimo disse...

Eu não quero dizer adeus a nada, não quero viver nenhum tipo de luto, nem reinventar nada, nem deixar de ser quem sou para tornar outra pessoa. Só quero continuar sendo a MULHER que eu sou, trabalhando, fazendo as coisas que gosto, vestindo as roupas que gosto, ouvindo as músicas que amo, fazendo minha ginástica, enfim vivendo a minha vida. Quero continuar me reconhecendo ao me olhar no espelho. Não quero abrir mão da minha individualidade, de quem sou. E vou usar qualquer recurso que estiver disponível, dentro de minhas possibilidades, se for necessário.

Anônimo disse...

As pessoas dão muita importância para gravidez.

Anônimo disse...

Vejam o cartaz da live apresentada no link abaixo sobre orgasmo feminino, organizado por mulheres que se consideram feministas empoderadas:

https://www.sympla.com.br/bate-papo-orgastico__916039

Tão vendo?! Porque nunca tem palestrante com mais de 60 anos nesses eventos?? Nem mesmo palestrante que tenha ou aparente estar na casa dos 40 ou 50 anos!!!
Será que o tema não é de interesse também dessas mulheres? Por acaso mulheres com mais de 40 anos não transam? Não tem sexualidade, desejos, preferências etc como qualquer outra??
Ah mas alguém só é considerada "mulher" até os 40 anos? Depois disso é o quê?? Virou homem? Virou ser assexuado?? Uma "sinhora" que deve ser tratada com "reixpeitu", seja lá o quê que for isso??

Anônimo disse...

Na boa, se eu vejo um evento ou palestra sobre orgasmo feminino, relacionamento, amor, sexo, desejo, autoestima, beleza, e outras questões de sexualidade feminina e não vejo palestrante com mais de 40 anos, eu entendo que eu, com apenas 45 anos, não sou bem vinda como público alvo, estou excluida, me passam a mensagem que esses assuntos não sao para mim ou não deveriam ser, pois seria considerada velha demais para tanto. Acho que isso é a pior coisa da menopausa e depois, não ser mais tratada como uma mulher e os outros acharem que teria que se contentar com migalhas da vida. Os problemas físicos podem ser resolvidos ou contornados com reposição hormonal, exercícios, boa alimentação, cosméticos e etc, mas o que fazer quando a gente começar a ser tratada como um estereótipo de "sinhora"? Até quando as pessoas em pleno século 21 vão continuar tratando a mulher com mais de 40 do mesmo jeito que na década de 1950? Essas são as questões que me afligem, mesmo que eu não esteja na menopausa por enquanto.