Tradução do meu querido Flavio Moreira, que encontrou e traduziu este artigo.
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A comediante Amy Schumer diz não |
Há algo muito errado com a diferença entre essas duas capas de revista.
Na imagem acima, que foi compartilhada pela comediante Amy Schumer, a capa da revista Boy’s Life apresenta a seus leitores um futuro com oportunidades aparentemente ilimitadas de carreira, enquanto a capa da revista Girl’s Life limita-se a reduzir os sonhos de suas leitoras a primeiros beijos e parecer bonita.
As duas edições foram lançadas em setembro de 2016, provando que, apesar do quanto a igualdade de gênero tem avançado, ainda há muitos espaços que divulgam essas expectativas de gênero ultrapassadas e estereotípicas.

Quando a designer Katherine Young viu as capas lado a lado, decidiu redesenhar a capa da Girls’ Life — com algumas alterações importantes.


Young pôs as fotos lado a lado em seu blog com a legenda “Podemos fazer melhor”, e quando ela postou o trabalho feito no Photoshop no Twitter, ele rapidamente viralizou.
É claro que Young não é a única que já se sentiu pessoalmente vitimizada (para usar uma frase de Garotas Malvadas) por capas de revistas que promovem estereótipos de gênero batidos como esse.


Antes mesmo que as meninas atinjam a puberdade elas são soterradas com imagens do que a sociedade considera que deve ser o visual da mulher ideal.

Após ser constantemente bombardeada com mensagens sobre como vestir, que estilos de cabelo são bacanas e dicas de exercício para adquirir um “bumbum da hora”, não surpreende que meninas adolescentes e pré-adolescentes por vezes tenham uma autoestima tão baixa e que estudos mostrem que a mídia continua a cobrar seu preço enquanto elas crescem.
Isso posto, há exemplos na mídia que mostram uma melhora.
A revista Teen Vogue tem publicado algumas histórias poderosas recentemente sobre o estado de nosso mundo político. Mulheres de tamanho médio e plus size aparecem em capas de revistas de moda e de estilo de vida. E até mesmo homens começaram a se tornar os porta-vozes de marcas tradicionalmente dirigidas a mulheres. [Dúvida da Lola: isso é bom?]
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Modelo "plus size" |
Pouco a pouco a paisagem midiática está mudando, mas ainda existe um longo, longo caminho a percorrer.
Será que as revistas femininas precisam se livrar de todas as suas dicas de maquiagem e das seções de “copie o estilo dessa celebridade”? Não. Maquiagem e roupas podem ser coisas divertidas para muitas mulheres. Revistas segmentadas por gênero que continuam a reforçar estereótipos batidos, entretanto, não deveriam ser tão polarizadas.
Por exemplo, muitos homens (héteros e gays) gostam de cuidar do cabelo e usar maquiagem e esmalte também. Se as revistas masculinas falassem para esse público, talvez esses homens não sofreriam tanto julgamento?

203 comentários:
«Mais antigas ‹Antigas 201 – 203 de 203Você é que é limitada e acha que isso machuca o coração alheio, kkkk
Novidade: não machuca, não faz diferença, não melhora em nada a vida de nenhuma mulher, não garante nem lacração na caixa de comentários do blog da Lola
Buá buáaa buáaaaa!!!
Pode chorar.
Chora mais.
Ih, falou pra chorar mais
Destruiu o patriarcado toda
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