quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A (IN)EFICÁCIA DA "CAGAÇÃO DE REGRAS"

No guest post do Robson sobre o que ele viu como exagero na reação do assassinato do leão Cecil pelo dentista, surgiram vários comentários interessantes.
Destaco os dois abaixo. A meu ver, a discussão sobre o que é chamado de "cagação de regras" -- ficar dando sermão e pregando o que deve ou não ser feito -- está muito longe de se restringir aos veganos. Estou pensando em feministas que vem dizer que mulher não pode ser mãe, ou usar maquiagem, ou (pasme) gostar de homem. Estou pensando em pessoas negras que pregam que negros não podem amar brancas, e até inventam um termo absurdo pros que fazem isso ("palmiteiros"). Estou pensando em gays e lésbicas que insistem que bissexuais não existem.
Boa parte do ativismo em todos os meios acaba caindo em ditar dogmas e cassar carteirinhas, e venho pensando na eficácia desse método, ainda mais pra quem já simpatiza com nossas causas. Pra quem odeia ativismo nada do que fizermos ou deixarmos de fazer fará qualquer diferença. Mas ao "cagarmos regras" não afastamos simpatizantes?

"É uma merda que tudo é feito à base de manteiga, leite, carne e ovos. Que você vai num restaurante self-service e não sabe se a galera refogou no óleo ou no azeite. É uma merda que achar chocolate vegan beira o impossível. É uma merda que são poucas as opções. 
Mas a MAIOR merda é essa cagação de regra. Ainda mais sobre pessoas que estão fazendo a transição e que estão BUSCANDO FORMAS DE SE TORNAREM VEGANAS.
Tenho um casal de amigos que veio para Brasília no ano passado. A esposa é vegan, o marido, não. Como eu os recebi? Sabendo da restrição dela, eu fui atrás de restaurantes que tinham opção de comidas veganas deliciosas.
Sabe como eu consegui a lista desses restaurantes? Com uma outra amiga vegan que ME AJUDA na transição. Com uma amiga que dá apoio e não fica nessa cagação de regra. Com uma amiga que também levou um tempo para fazer essa transição. 
E, sim, eu acho que a humanidade já evoluiu o suficiente para parar de depender da vida de outros animais para se alimentar. 
Vamos usar o Cecil como bandeira? MESMO SENDO ESPECISMO
Ou vamos ficar 'Ain, mimimi, como você é hipócrita e especista, porque vc come carne e está matando animais indefesos'." (Vbfri)

"O consumo de carne é algo cultural, muito enraizado e que existe em praticamente todas as culturas. No Brasil não se come cachorro, mas se come vaca e porco. Na Índia não se come vaca, mas se come carneiro e frango (inclusive os sanduíches dos McDonald's da Índia são na maioria de frango), em alguns cantos da China come-se cachorro, vaca, gato, até rato. Na Libéria come-se caramujo. As pessoas que vivem junto do lago Vitória literalmente comem mosca. 
Ou seja, é preciso séculos de desconstrução cultural (e eliminação da desigualdade social) para que o mundo vire vegetariano. Poderiam começar estimulando a redução do consumo de carne, pedindo o barateamento dos hortifrútis, divulgando receitas vegetarianas saborosas com bom balanceamento de nutrientes, enfim, muitos lugares por onde começar. 
Regras para namorar minha filha:
ela faz as regras
Um grupo vegetariano da faculdade em que eu estudo começou assim, fazendo campanha pra que todos fiquem um dia pelo menos sem comer carne em nenhuma refeição. Funcionou. Na rua da faculdade tem um restaurante vegetariano com uma comida deliciosa e por bom preço que até quem não é vegetariano frequenta. 
Um grupo de moças veganas começou a vender seus produtos por lá, que são muito bons, sem c*g*r regra, sem escândalo, sem ameaçar ninguém de morte, simplesmente mostrando que comidas diferentes podem ser gostosas. Elas vendem muito, muito mesmo, até pra quem não é vegano. E adivinha, todas essas iniciativas funcionam bem melhor do que sair por aí dizendo que quem come carne tem que morrer.
Mas pra muita gente não, tudo tem que ser resolvido na base do grito e da violência, da ofensa. Ou é oito ou é oitenta, ou você desliga o botãozinho da carne ou você merece ser eliminado da face da Terra. Engraçado é o quanto esse tipo de pessoa é a que mais adora reclamar da falta de respeito dos outros. Ah vá, viu! 
Ao invés de ficar ameaçando meio mundo, vão abrir um restaurante vegetariano ou um bufê vegano com comida BOA. Dona Carmem e dona Juju estão de prova que isso ajuda muito mais do que ficar estrebuchando de raiva na internet". (Anônimo)

190 comentários:

Anônimo disse...

Uma coisa é verdade, existe ZERO estímulo por parte do q quer q seja (política/educação/religião/ativismos etc.) em relação a se tornar vegetariano.

Eu mesma gostaria de deixar de comer carne, mas nem sei por onde começar, não sou eu quem faço a minha comida e nem a minha consciência "pesa", pq na cultura mundial não é anti-ético matar animais para comer/vestir/usar etc.

Anônimo disse...

"Estou pensando em pessoas negras que pregam que negros não podem amar brancas, e até inventam um termo absurdo pros que fazem isso ("palmiteiros")"

Você poderia indicar o nome de algumas pessoas públicas que fazem esse discurso?

Anônimo disse...

é o que eu quis dizer naquele post do câncer

eu faço a minha parte de nao estimular e incentivar o padrao estético

mas nao quero (e nem vou) "cagar regra" em dizer que outras moças nao devem usar maquiagem ou que nao devem comprar muitas roupas

Mila disse...

Comecei a reduzir meu consumo de carne devagar. Estou adotando algumas receitas veganas, outras vegetarianas como primeiro passo para provar que elas são sim gostosas. Uma coisa que me chamou a atenção são os preços dos alimentos. Alimentos que recebem a alcunha de saudáveis custam 30, 40% a mais em valores. 200 gramas de cogumelo custa mais que 1kg de carne de primeira. Quem é solteiro ainda precisa fazer um esquema especial para não desperdiçar alimentos. Então, antes de apontar dedos e chamar de assassinos, há um caminho longo para o vegetarianismo/ veganismo que fica ainda mais difícil sem acesso à informação, sem tempo e sem dinheiro.

13:04, o discurso contra palmiteiros é comum em alas mais radicais do movimento negro, chama-se relacionamentos afrocentrados. A justificativa é de criar "negritude" (termo de um membro que conheci deste movimento) e se proteger do racismo existente em relações entre pessoas de cores diferentes. Uma das minhas maiores críticas, além da cagação de regra absurda e da hermetização do negro, em vez do diálogo, também é a da objetificação da mulher negra.

mariana. disse...

pô, Lola, achei bem problemático para alguém que tenta fazer o recorte racial no debate feminista você simplesmente jogar isso dos "palmiteiros" assim, sem qualquer contextualização. Ridicularizar o sofrimento de mulheres negras que sofrem com a solidão da mulher negra e vêem-se ainda mais afetadas pelos padrões de beleza vigentes (porque a maioria dos homens não procura apenas mulheres jovens e magras para se relacionar, procuram mulheres brancas, e isso se repete com os homens negros tbm, infelizmente falta interseccionalidade no MN mesmo) me soa extremamente desnecessário e até desonesto, da maneira como foi feito. Pregar que "amor não tem cor" é tão ingênuo quanto falar que "o amor é cego", blindado às influências machistas, racistas, lgbtfóbicas, classistas e gordofóbicas da nossa sociedade, e pelos teus vários outros posts, sei que não é isso que tu defende. Enfim, não entendi mesmo a alfinetada gratuita nas mina, acho que ao invés de tu, enquanto mulher branca, criticar essa postura, seria mais coerente dar espaço pra uma mulher negra falar sobre a luta que é encampada diretamente por ela, e não por você.


Anônimo disse...

No post do leão, um anon me disse que a minha vida vale tanto quanto a de uma galinha!
Esse discurso não vai me convencer a deixar de comer carne mesmo!

Anônimo disse...

e por falar em cagação de regra, o que é a isabela fiorentino falando no insta da mulher vituosa???? (oi?), que fala baixo e silencia (como????????)
desculpe desvirtuar o post, mas é foda vc mulher pública e conhecia validando a porra do machismo.
10 mil likes, que porra é essa???

Manu

Anônimo disse...

"acho que ao invés de tu, enquanto mulher branca, criticar essa postura, seria mais coerente dar espaço pra uma mulher negra falar sobre a luta que é encampada diretamente por ela, e não por você."

É difícil para mulher branca entender quando se fala da solidão da mulher negra. Entender que não é frescura, não é um problema individual. E que é preciso falar sobre isso, apontar as razões para esse problema. E nada que uma mulher negra possa dizer sobre essa situação vai afetar prejudicialmente de forma alguma a mulher branca, mesmo que se use o termo palmiteiro.

Mila disse...

Ah, eu já tentei suscitar o debate da solidão da mulher negra aqui. Teve de tudo: mascu inventando estatística de facebook e feminista acreditando; radfem achando bom pq pelo menos elas não se envolvem com homem (sortudas); feminista achando que era mimimi por não ter namorado e até mulheres que se diziam negras, afirmando que nunca sofreram então não existe.
Algumas ainda se dispuseram a pensar no assunto e a ler os artigos que eu postei.
Fiquei decepcionada que até entre feministas haja recusa em discutir sobre os critérios de objetificação, sobre racismo em relacionamentos, sobre estética. E hipocrisia mesmo de algumas que adoram apontar os privilégios masculinos mas se recusam a entender que a mulher branca tem sim privilégio sobre as negras.

Ana disse...

Concordo que não é legal a "cagação de regra", e que acolher, entendendo a história, a liberdade, a individualidade e as limitações do outro sempre é melhor, até pra agregar mais à nossa causa.
Mas acho que existe uma "cagação de regra" das pessoas que defendem o "status quo", e isso também deve ser levado em consideração. Se somos feministas e temos atitudes libertárias e de empoderamento em nossas vidas, nós é que somos as radicais e agressivas (ainda que não tenhamos realizado nenhuma conduta agressiva, mas o fato de não aceitar um tratamento desigual já é tido por ruim); se vamos a uma festa entre amigos e comemos apenas a salada, mesmo que não façamos nenhum discurso contra a carne somos atacados, e ai de nós se respondermos, ainda com educação: nós é que somos os chatos e irritadinhos, não aqueles que ficaram a festa inteira nos enchendo o saco.
Fato é que ser diferente neste mundo, e sustentar a sua posição, não é fácil! Às vezes dá raiva sim, e temos que fazer um esforço pra não nos igualarmos à conduta que tanto criticamos com a tal cagação de regra.

Anônimo das 14h28: Acho que quiseram te dizer que a sua vida, pra você, vale tanto quanto a de uma galinha, pra galinha. Os animais são seres sencientes, e, assim como nós (apesar de manifestarem e funcionarem de maneiras diferentes), sentem dor, medo e têm instintos de proteção à vida. Acontece que nós somos mais fortes que elas, e temos o poder de fazer com elas o que quisermos... o que não diminui o sofrimento delas, mas, a meu ver, aumenta a nossa responsabilidade. Se somos tão inteligentes, se temos tanto o poder de destruição como o de criação, se não necessitamos da carne pra sobreviver, então por que fazemos isso? Por que infligimos tanto sofrimento a outros animais?

Capitalista disse...

Eu particularmente não suporto moralismo. Tanto de direita, como de esquerda. Belo post lola. Eu não vejo problema algum destes "ditadores de regra", de um religioso querendo proibir o casamento gay, aborto, etc.

Mona Azevedo disse...

Lola, copio aqui uma postagem que fiz no meu facebook em setembro, sobre esse lance do ‘palmiteiro’ e logo abaixo, um comentário que dei em resposta a um amigo.
Acho que resume bem minha opinião sobre o assunto.

“Essa semana descobri que existem as tais páginas e grupos que criticam homens negros que se envolvem com mulheres brancas. Palmiteiros.
Ok. Aceito e entendo que gosto é construção social, que a solidão da mulher negra existe SIM!!!! (SOU NEGRA E VIVO ISSO) e que tem um monte de preconceito, em diversas nuances. Mas não concordo, e nunca vou concordar, com essa ‘caça às bruxas’ que fazem com o assunto. Criar memes, fazer piadas, zoar... não concordo.
Meu pai, negão, segundo essa ~regra, foi palmiteiro. Casou com minha mãe, branca. Por mais que gosto seja construção social, viver quase 30 anos do lado de alguém não é ‘querer ascender racialmente’. Limpar a bunda de uma pessoa doente, dar banho, cuidar, alimentar... estar lá, para uma pessoa que está morrendo, não é construção social. É amor.
Então desculpa, sou negra e vc não vai me ver metendo o bedelho na relação alheia, querendo taxar o que é amor e o que não é. Acredito que existe uma distância muito grande entre tomar consciência de certas coisas e meter o bedelho nos relacionamentos alheios.

(...)

Eu sei que amor tem cor, tem raça, tem mulher pra casar, tem mulher pra trepar, tem travesti que vai passar a vida sozinha pq ninguém quer assumir. Existem mil problemas. MAS, acredito que essa militância, essas críticas exacerbadas, esse discurso ditatorial (pq não deixa de ser) enfraquece QUALQUER modo de lidar com isso. Que esse não é o caminho pelo qual isso vai ser debatido, trabalhado e, exponencialmente (um dia, espero) superado.

Para mim, a mesma linha de pensamento que proibia os casamentos de negros e brancos antigamente, sustenta essa vibe ~palmiteiro. Acho uma forma tão deturpada de tratar um problema. Me dá nos nervos.”

Capitalista disse...

Só uma correção. Onde disse "problema", quis dizer "diferença", desculpe pelo mal entendido.

Anônimo disse...

Mila,

se tua alimentação for a base de cogumelos vai ser caro mesmo...
Procure no face a pagina "veganismo popular" ou algo parecido
voce vai ver como é simples ser vegano !!!

NAO É CARO !!! (Dá pra ser caro ? Dá sim !!! Mas da pra comer de forma barata também)

Anônimo disse...

Off topic, buguei aqui meninas, gay, mulher e feminista cristão para mim e como...judeu nazista.
http://www.superpride.com.br/2015/11/casais-gays-cristaos-estao-evitando-fazer-sexo-antes-de-casar.html

Anônimo disse...

Ana,
Eu que postei o comentário de 14:28.
A maneira como você coloca é muito interessante e gentil mas, certamente, não foi assim que colocaram no outro post....

Anônimo disse...

Mulheres negras e mulatas também tem uma enorme preferência em se relacionar com homens brancos ou claros. O que eu mais vi no carnaval no rio foi mulher se oferecendo pra gringo, se exibindo como se fosse troféu. A política de branqueamento no Brasil colonial foi muito bem sucedida, até hoje pessoas de cor tem complexo de inferioridade e isso se reflete nas "preferências" delas

B. disse...

A Lola tá certa sim de citar esse exagero do movimento negro radical de chamar de "palmiteiro". Tá ficando ridículo! E a justificativa que dão pra isso é a solidão da mulher negra!

Ou seja, estão justificando os relacionamentos afrocentrados (!!!) por causa da solidão da mulher negra. Um cara negro que namora uma mulher branca/asiática/etc. é esculachado nesses movimentos, dizem que ele tá contribuindo com a "solidão da mulher negra" e que ele deveria namorar uma negra em vez da branca. Tive a infelicidade de ler numa página ridícula chamada "Amor não tem cor" uma guria dizendo que a namorada de um cara negro, que tava grávida dele, era "ventre sujo" e que o cara tava traindo sua raça! CHEGA DE RADICALISMO! Esse movimento, desse jeito, tá perdendo a credibilidade...essas páginas radicais estão c o mesmo discurso de segregacionistas!


Uma pergunta sincera p/negras daqui: se a solidão da mulher negra existe, como acabar com ela sem cair no segregacionismo? pergunta sincera mesmo. (pq as páginas do mov. negro e feministas do face tão de dar nojo)

Anônimo disse...

Acho que a questão não é a existência do problema.
Teria que ser bem ignorante (no sentido de ignorar mesmo) pra dizer que o consumo de carne e derivados de animais é ético e sustentável. Ainda mais com todos os novos dados que são apresentados sobre o efeito da pecuária no meio ambiente. Achar normal a morte de um ser pra que você o coma pode ser justificado com a cultura, mas muitos outros absurdos foram e continuam sendo justificados dessa forma.
Teria que ser bem cínico também para negar que a mulher negra tem mais dificuldade em estabelecer relacionamentos estáveis. E que isso é uma questão social e de percepção de valor, não do indivíduo, mas do recorte 'mulher negra'.
Eu acredito na existência desses problemas. O que se coloca em questão nesses comentários é a forma da abordagem das questões e como isso provavelmente é infrutífero paras as causas.
Sou vegetariana há anos e há anos venho diminuindo o consumo de alimentos de origem animal, agora estou vegana há 2 meses. Já passei muita raiva com pessoas que comem carne, muita ofensa, muito descaso, mas nunca me senti tão agredida quanto fui por alguns veganos. São todos agressivos? Não mesmo, muitos entendem que isso é um processo. Outros acham que só chegando com o pé na porta as coisas mudam. São escolhas de abordagem. Acredito que algumas abordagem segregam e causam repulsa em pessoas que poderiam ser simpatizantes da causa.

Mila disse...

B.
Para mim, a solidão da mulher negra perpassa pelo empoderamento e desconstrução de estereótipos.
A meu ver, a solidão da mulher negra se dá por critérios históricos, nos quais as negras eram relegadas ao trabalho escravo ou à condição de escrava sexual/amante/concubina de homens brancos. Com isso, surge a cultura da mulata tentação e que ela só serve para ser sexual. Então, destruir esse estereótipo de mulher negra sexualizada e/ou que só serve para ser doméstica seria um deles. Pensa só como foi o papel da mulher no começo do nosso país, como os homens colonos que detinham o poder faziam filhos nas negras e índias e como esses filhos eram párias na sociedade (e daí a gente pensa também no estigma da mãe solteira).
Questão 2, passa pela desconstrução de mulher como objeto. Aí que o machismo e racismo andam de mãos dadas. O homem entende a mulher como objeto, sendo a mulher branca o objeto cobiçado, um passaporte para ser tolerado entre os brancos. É por isso que vemos muito homens negros com dinheiro (pense em jogadores de futebol) ao lado de mulheres brancas. Elas representam status social para eles, algo que as negras não proporcionam.
Quando acabarmos com essa mania de atrelar aparência à status, estaremos tratando mulheres como seres dignos e não como ferramentas de promoção social. Do outro lado, também tentar limar a cultura de subvalorização do negro, isso implica também em redefinição em ser negro como algo bom, em vez de ser uma coisa ruim e como uma herança maldita. Acabando com a desigualdade de gênero e raça, ninguém vai apontar o dedo para o outro e se meter em quem ele deve ou não se relacionar.

Anônimo disse...

15:29 o contrário também vale. Tem branco que não quer enegrescer sua descendência.

Unknown disse...

Só lendo os ótimos comentários sobre a solidão da mulher negra, obrigada gente, aprendo muito com vocês.

E penso que concordo com a B. e a Mila e a Mona, há muito de político no gosto estético, portanto temos sim que debater os porquê do amor, dos gostos, das subjetividades.

Sobre abordagens e táticas de sensibilização, eu penso que infelizmente nós somos uma sociedade autoritária para caramba, e isso reflete inclusive nas práticas de diálogo sobre direitos e práticas de vida.

Pessoalmente sou muito reativa a qualquer tipo de discurso agressivo (hoje, há anos na terapia, entendi que isso é fruto da minha história com violência psicológica), fico possessa de raiva com quem escolhe ofender os demais para chocar.

Todavia, sendo um dedinho mais madura, percebo hoje que nem toda 'provocação' é inútil. As vezes uns bons petelecos morais são necessários para criar a necessidade de reflexão. Nunca será o meu meio de debate (a menos que eu seja muito provocada, por que né? Santa não sou, nem quero ser), mas tô tentando ser tolerante. Até porque, se eu aprendo com meus erros quando faço política, por que não os outros?

Quanto mais diálogo entre aquelas que discordam, quero acreditar, melhor fica a interação entre quem fala e debate. Por exemplo, eu confesso que adoro carne. Sou daquelas que foi criada no sítio, mato galinha, ajudo a 'carnear' boi (coragem para atirar na cabeça do boi, confesso que não tenho), carneiro, pesco peixe, mato, limpo, frito e como. Tudo no mesmo dia... Hoje tento repensar essa relação de violência com o que eu como, e me lembro que quando ouvi o discurso do veganismo pela primeira vez, não levei nem um pouco a sério.

Hoje já tô me programando para começar a ter dias da semana sem carne e ver se mudo os meus hábitos alimentares. Nem entrei em processo, estou pensando ainda, recolhendo informações, deglutindo, reunindo receitas (adoro cozinhar), essas coisas. Agradeço as veganas tranquilas do meu convívio que não pegam no meu pé, mas puxaram a minha orelha várias vezes quando eu as pentelhava com a questão da carne. Me cativaram para a reflexão. Vamos ver até onde vou nesse caminho.

Anônimo disse...

Ou quem sabe elas estavam atrás do dinheiro dos gringos

Lola Aronovich disse...

Mila, ADORARIA ter um guest post seu sobre a solidão da mulher negra. Escreve, por favor? Mona, B., ótimos os comentários de vcs também. Acho que vou destacar alguns e fazer um post com "assinoembaixo" em breve. Mas, se alguém quiser escrever um guest post mais trabalhado, fique à vontade.


Mariana, desculpe, mas não tem contextualização pra negrxs ACUSAREM negros de "palmiteiros", um termo horrível, segregacionista. Felizmente eu não estou no Facebook, então essas coisas que surgem lá eu só fico sabendo bem depois, por cima. Mas ultimamente tenho visto bastante gente falando contra esse radicalismo. Vi um pessoal super hostil criticando o Emicida porque ele postou uma foto com a namorada branca! (e não tenho muita certeza se ela é branca, pelo menos a julgar pela foto. Em outros países certeza que ela seria considerada parda). Mas pô, que luta é essa que fica criticando indivíduos, em vez de criticar o sistema? Não me parece nada eficaz. Também vi um print horroroso de gente negra atacando um casal formado por uma japonesa e um negro. Usavam termos como "ventre sujo" pra baixo. Diziam que a "japa" não escolheria o cara se ele tivesse um sub-emprego. Quer dizer, comentários realmente lamentáveis. Não estou dizendo nem de longe que esses comentários representam o movimento negro. Acho que são mais indivíduos não muito racionais no FB. Acontece demais com o feminismo também, a gente bem sabe. Mas não seria o caso de gente importante do movimento negro se pronunciar sobre esses termos absurdos? E, se o pessoal já se pronunciou, coloque o link, por favor. Este post é justamente sobre a EFICÁCIA desses métodos. Quem fica cagando regra (dizendo, por exemplo, que negro não pode namorar branca) não está afastando simpatizantes? Ou danem-se os simpatizantes, porque o que importa mesmo é fazer um ativismo pra meia dúzia de pessoas com raiva?


Jan Ribeiro disse...

Curioso que quem caga regra geralmente reproduz o discurso do opressor, se passa por ridículo e nem se dá conta d que tá fazendo? Tipo lésbica dizendo: "mulher minha não sai de saia curta!" Dá vontade de gritar "Mas você é mulher MULHER! Pare de reproduzir esse discurso machista!"

Quando eu era mais nova minha mãe dizia que eu era um pouco racista também, por nunca ter paquerado ou namorado com meninos negros. Me peguei pensando nisso que ela disse essa semana e percebi que isso se deu por eu ser uma negra privilegiada! Estudei em bons colégios, entrei na faculdade cedo, e até o segundo ano, quando chegou uma intercambista africana na minha turma de jornalismo, eu era A ÚNICA NEGRA DA TURMA. Bem... assim realmente ficava difícil escolher um namorado ou um paquera negro =P

Mila disse...

Lola, vou estar meio ocupada esses dias preparando uma palestra sobre cabelos cacheados, mas escrevo sim. Vou inclusive conversar com mais pessoas do movimento negro. Este assunto é espinhoso tanto para alguns setores do movimento negro (os que defendem relacionamentos afro centrados e os moderados, que se revoltam com o racismo no caso de relacionamentos). Até com algumas feministas negras já tive experiência desse assunto ser classificado como mimimi de mulher negra de classe média que tá chorando por não ter namorado branco como as amigas.
Como eu disse, a minha maior crítica a isso é que não se pensa da perspectiva feminista, que é o de desconstruir a objetificação feminina da mulher referendando o status do homem.
Eu, que sou mestiça, me sinto pessoalmente ofendida com afrocentrismo. Mestiços costumam estar no limbo em divergências entre raças, é como se fôssemos culpados por isso.

Anônimo disse...

Na verdade a solidão da mulher negra existe mesmo é para mulher da pele preta. Pardas (especialmente de pele clara) tem uma relação diferente com essa questão. Seria muito mais elucidativa, além de justo, dar ouvidos a uma mulher preta nesse caso.

Lola Aronovich disse...

Anon das 18:23, na verdade, pode ser mais de um post. É um assunto muito interessante esse, do qual muitxs de nós não temos conhecimento. E, como disse a Mila, é um tema sem consenso, espinhoso dentro do movimento negro. Por isso seria bom ter várias vozes, várias posições. Quem quiser escrever, é só mandar pra mim: lolaescreva@gmail.com

Anônimo disse...

Oi, Mila!

Lembro até hoje a primeira vez que li sobre o quanto muitas mulheres negras chegam a se sentir "invisíveis" ao sair à noite. À primeira vista estranhei, pois acho a mulher negra linda, mas depois entendi. O meu próprio apreço me cegava pra essa questão. Sou homem, branco (cheio de privilégios, sim) e me apaixono por pessoas, não cores. Mas notei que a reclamação era muito mais generalizada do que eu esperava e, infelizmente, é real - com uma força especial aqui no Sudeste. Uma grande bobagem, se forem me perguntar. Viva as mulheres!! TODAS, com suas lindas nuances, diferenças e belezas! Ahhh mas aquele cabelo ondulado... :-D

Anônimo disse...

Caramba, hein, Mona? Eu tambem fico doido com essa babaquice de "pra casar"... Olha, a pessoa + " pra casar " que eu conheci recentemente é uma morena linda, gente boa, estudada, com tantos outros "etc." que qualquer babaca que define "pra casar" como cor se espantaria quando eu mencionasse... bem, a cor. Ahhh, quanta tosquice!

Anônimo disse...

Está começando uma ~nova onda~ em que só pode falar e/ou defender o movimento X se vc estiver dentro dele, ou seja, se for falar do movimento negro só pode ser negro, se for falar do movimento feminista só pode ser mulher, se for falar no movimento LGBTT só pode ser LGBTT e por ai vai.

Não quis, não quero e nunca vou querer o destaque pra lutas que "não são minhas", mas me incomoda não "poder falar nada". Sinceramente não entendo o porque tanta pedrada e grosseria com pessoas que querem somar e aprender com as diversas lutas.
Entendo que há muita gente oportunista,machista, preconceituosa e trolls, mas esses não deveriam ser ignorados? (É claro que se houver crime essas pessoas tem de ser punidas)

Saiam dessa bolha - muitas vezes - universitária e achar que todo mundo têm a obrigação de saber de tudo. Aliás, você já parou pra pensar dos preconceitos que já despiu? Então, pronto! Não é só porque VOCÊ mudou que todos automaticamente mudarão.
Se não tiver paciência, não responda. Se tiver, seja didático. Repito: gente babaca a gente ignora, pois o que essas pessoas mais querem é audiência

Anônimo disse...

Sobre essa questão de cagação de regra relativa à cor, lembro de um ótimo episódio do ácido South Park sobre uma menina que era aluna nova da turma, e essa menina era negra e o sempre irascível, cruel, preconceituoso e cruel Eric Cartman pressiona que ela namore o Tolkien, o único menino negro da turma.
Mas ela fica afim do Kyle(que aliás torci pra ela ficar com ele). E eles começam a sair.
Por causa de intrigas do Cartman, a menina termina com o Kyle, e fica com o Tolkien.
Em uma cena do episódio os pais dela questionam se ela não ficou com ele por ele ser o único negro da turma. A menina começa a ficar confusa.
Ela e o Kyle voltam quando ele desmascara o Cartman, mas este inventa que é gay e tem um caso amoroso com o Kyle(falei que South Park era anárquico kk).
No final a menina fica com o Tolkien, o Cartman fala que "cada um tem que ficar com seu igual" e acaba alvo da paixão de uma menina gorda (e ele é bem gordo, mas decide fugir dela) mostrando que é um hipócrita, já que achava que os colegas negros deviam ficar juntos por pura questão racial e não de compatibilidade, e no entanto não quis ficar com uma menina gorda como ele!
Eu achei que tanto a visão do Cartman, quanto a visão dos pais da menina estavam errados!
Ela ficou com o Kyle porque ele era um menino bacana e inteligente não por ele ser branco (e aliás, judeu e vítima das piores ofensas do Cartman por esse detalhe) e ao mesmo tempo quando começou a sair com o Tolkien foi pra conhecer suas qualidades não por ele ser da mesma raça dela.

Resumindo, falei sobre esse episódio pra explicar que pessoas ficam com outras não por questão racial mas na maior parte das vezes por compatibilidade e afinidades em comum, e claro relações fúteis baseadas em status e dinheiro acontecem, afinal acho hipocrisia condenar o jogador de futebol negro que casa com a branca, mas achar o máximo o velho caquético que casa com a novinha.
Não vou generalizar, mas acho que no Brasil tem muito mais morenas e negras que brancas e boa parte delas(das negras) tem namorados ou maridos(independente da raça deste), sei que é mais fácil pra brancas arrumarem alguém, mas não acho que os homens geral sejam tão racistas pra recusar namorar ou casar com negras.
Vejo um número bem maior de homens suspirando pela Thaís Araújo do que pela Gisele Bundchen (as duas são lindas, mas Thaís ganha no charme e por exercer uma profissão de maior relevância, pelo menos acho).
Enfim, cada um sabe de si. E quem quer cagar regras sobre quem deve ficar com quem age como o Cartman.

Anônimo disse...

Todo mundo pode falar o que quiser sobre o Movimento que quiser. Mas falar sobre uma experiência que não viveu, como a da solidao da mulher negra, é, no mínimo, irrelevante.

Anônimo disse...

Depois que uma "vegana" Dolabelizou geral no post da pessoa que pedia RESPEITO a quem está passando por um câncer em sua vida, digamos que fica difícil sustentar uma boa impressão dessa gente antenada que caga regra pelo bem próprio e nunca de bicho algum.

Anônimo disse...

"Estou pensando em pessoas negras que pregam que negros não podem amar brancas, e até inventam um termo absurdo pros que fazem isso ("palmiteiros")."

Isso e cotton ceiling é pra fechar a conta de legitimidade de qualquer movimento, SÓ ACHO.

Anônimo disse...

Pra um vegan radical que fala de como os carnistas são horríveis, há uma lógica, e eu entendo os que agem assim.
Pra eles a morte e tortura de qualquer animal, só porque é cultural, é tão inaceitável quanto a morte e tortura de seres humanos. Imagina você dizer "gente, tá bom o mundo realmente não precisa ser racista, mas não dá pra cagar regra né?" e enquanto diz isso explora um negro dentro de casa com trabalho escravo e manda matar uns pra comer. Terrível né?
Vamos entender que pra um defensor da causa animal, cada carne que a gente come é um ser senciente a menos que eles conseguiram salvar e libertar, e que viveu e foi morto de forma horrível.

Anônimo disse...

"Pra eles a morte e tortura de qualquer animal, só porque é cultural, é tão inaceitável quanto a morte e tortura de seres humanos."

me mostra UM vegan que fiscaliza toda a cadeia produtiva de absolutamente tudo o que consome direta e indiretamente e aí falaremos sobre preocupação com tortura animal.

Anônimo disse...

É inadmissível apontar o dedo para um jogador de futebol, por exemplo, e acusá-lo de qualquer coisa por namorar uma mulher branca. Mas não é cagar regra problematizar e questionar porque jogadores só namoram mulheres brancas. O problema é confundir impressões pessoais, como a de que boa parte das mulheres negras tem marido ou que os homens preferem a Tais Araújo à Gisele Bundchen, com dados e reflexões que já são objeto de estudo das ciências sociais há tempos sobre um assunto que faz parte das demandas das mulheres negras.

Vicky_ disse...

Parem de usar "morena", vei, acho muito ofensivo. Digam parda.

Eu acho a expressão "A solidão da mulher negra" estranha, fica parecendo que as mulheres negras estão recorrendo ao pedantismo.

"Desvalorização (Histórica) da Mulher Negra nos relacionamentos" me soa melhor.

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Quanto ao veganismo:

Parece uma vez que estava lendo o site do Dr.Souto (Dieta Primal) e apareceu um cara dizendo que era vegetariano, que estava gostando do site e planejando adequar parte da dieta dele ao que era dito.

Então surgiu um cara vegano, que disse que ele era uma farsa, pois comia uma pedaço de carne a cada 40(!!!) dias, logo, era um pseudo vegetariano.

O primeiro cara falou que tudo bem, que não comia carne por opção, não ligava pra bandeira vegan. Então continuou falando sobre lacticínios.

O cara vegano ficou com cara de pastel no comentário seguinte. rsrsrs

Só vi UM site vegano feito por uma pessoa legal (vi o link aqui uma vez) até hoje, o resto mantenho distância. Dollabellização solta.

Sim, sim, façam as pessoas viverem com suplementos.

Anônimo disse...

Vicky, solidão da mulher negra é uma expressão escolhida pelas próprias mulheres negras para se referir a um assunto mais complexo do que desvalorização histórica em relacionamentos. Acho que sabemos do que estamos falando.

Ná M. disse...

Sim

Vicky_ disse...

Eu entendo esse ponto, mas sei lá, eu não sou branca, e esse termo me incomoda, não me soa impactante ou termo de protesto.
Lembre-se que "preta" é um termo apoiado por parte das ativistas negras, mas não por todas. Nesse segundo eu concordo em parte.

Anônimo disse...

A solidão da mulher negra passa por desconstruir estereótipos...nos homens.
Mas como desconstruir estereótipos machistas e objetificantes nos homens, se o feminismo rejeita a presença de homens no movimento.

Anônimo disse...

Recentemente vi um caso lamentável de um rapaz que foi excluído de grupos e páginas de ativismo negro, tudo que ele disse foi desqualificado e recebeu todo tipo de ofensas apenas por ter uma namorada branca. Ela também foi alvo de insultos e xingamentos apenas por ter "roubado" um homem negro que, segundo essas pessoas inúteis, deveria estar namorando uma negra.

http://prod.midiaindependente.org/pt/red/2015/09/544954.shtml

Não acho que precisemos ter paciência com pessoas raivosas e radicais, não temos obrigação nenhuma de ser educados com quem não trata a gente com educação. Se algum dia alguém vier me incomodar por isso, chamar de "palmiteiro" ou "negropeu" já tenho a resposta na ponta da língua: "prefiro ser negropeu do que negrozista".

Sim, porque é isso que são as pessoas que usam a palavra "palmiteiro" e xingam, insultam e excluem pessoas negras que se relacionam com pessoas de outras etnias, patéticos(as) afrohitlers que querem criar um ideal de pureza racial em pleno século 21, uma versão afro da eugenia. Racistas não passarão. Defensores de "pureza racial", de qualquer raça ou etnia, também não.

Anônimo disse...

Racistas não passarão. Defensores de "pureza racial", de qualquer raça ou etnia, também não."

Isso não existe. Por mais indelicado, preconceituoso e alienante que seja chamar alguém de palmito, não existe racismo de negros contra brancos.

Anônimo disse...

Isso nao existe. http://www.cartacapital.com.br/blogs/escritorio-feminista/racismo-reverso-e-a-existencia-de-unicornios-205.html

m. disse...

Tive uma professora na UFSC, vegana, que vivia cagando regra. Quando ia almoçar com amigos, assim que o amigo colocava um bife no prato, ela falava bem alto, para que as pessoas no entorno ouvissem: "Fulano, você vai comer um pedaço de cadáver, não tem vergonha?". É óbvio que com o tempo as pessoas foram ficando com aversão à Sonia e evitando fazer qualquer refeição perto dela por causa desse tipo de atitude. Já ouvi muita gente que ficou com nojo de veganos e vegetarianos porque acham que todo veggie é da patrulha do prato do tipo da Sônia.

Anônimo disse...

Sobre esse assunto da solidão das mulheres negras tenho uma dúvida sincera... Sou branca, minha melhor amiga é negra. Sou “feia" e ela é “bonita", sou gorda e ela é magra. Sempre que saímos juntas, os homens se interessam por ela, quase nunca por mim. Sempre se viram para olhar quando ela passa, brancos e negros. Será que mulheres gordas não são muito mais solitárias que negras magras?

Anônimo disse...

Talvez, mas é preciso não ficar em casos individuais somente e pensar no geral. Assim a sua experiência valerá como exemplo, mas não como regra.

Anônimo disse...

Depois que uma "vegana" Dolabelizou

HAHAHAHAHAHAHA Dolabelizou, fantásico, vou adotar!

Junto com a B12 tava na hora dessa gente suplementar o Simancol também.

Anônimo disse...

"Sobre esse assunto da solidão das mulheres negras tenho uma dúvida sincera... Sou branca, minha melhor amiga é negra. Sou “feia" e ela é “bonita", sou gorda e ela é magra. Sempre que saímos juntas, os homens se interessam por ela, quase nunca por mim. Sempre se viram para olhar quando ela passa, brancos e negros. Será que mulheres gordas não são muito mais solitárias que negras magras?"

O problema não é ser gorda ou magra, mas ter a autoestima na lixeira. Conheço mulheres belíssimas mas que ficam vendo defeito em tudo, acreditando em tudo que é merda que falam e são pessoas sem brilho, sem viço, não é gente que dá tesão ficar perto e conversar, a pessoa já fica meio pegajosa. Aí ninguém aguenta.

A minha irmã é beeeeem gordinha mas como ela tá cagando e andando e é super assumida, não fica tentado disfarçar nada (não é a famosa gordinha de preto), ela só fica sozinha quando tá a fim. Inclusive ela abriu um negócio de roupa plus size que tá bombando demais, ela que é a modelo. Gente assim, de bem consigo tem um brilho próprio que é imbatível e não tem nada no mundo mais atraente que isso.

Anônimo disse...

Por que Dolabelizou?
Não entendi, alguém me explica!

Anônimo disse...

Oi. Desculpem estar a mandar mensagem, mas escrevo-vos com um apelo - que peço que seja anonimo - que julgo ser urgente. Cá em Portugal existe uma plataforma "feminista" (é a única com sucesso em Portugal) liderado por duas apresentadoras famosas de tv cá, com vários textos escritos principalmente por mulheres brancas, cis, priveligiadas. Se elas falassem com um pouco de noção, não havia problema. A questão é que elas se comportam como sinhás, habituadas a mandar e a não se contrariadas. Sempre que uma negra ou pessoa trans demonstra desconforto com o que é lá escrito elas dizem que essa pessoa está vendo coisas, que é tudo boa intenção, etc!!!. É no-jen-to! Por favor nos ajudem a denunciar isso, o feminismo em Portugal está moribundo. Aqui vão algumas matérias para vocês se inteirarem do assunto:
https://www.facebook.com/mariacapaz.pt/posts/750355968398431
http://mariacapaz.pt/galeria/capazes-nas-ruas-a-nossa-senhora-das-bolinhas-por-ines-ferreira-leite/
http://mariacapaz.pt/sem-categoria/beach-body-por-joana-barrios/view-all/ fatshaming

po favo irmãs nos ajudem a denunciar esse asco.

Jac disse...

Acho bem problemático essa crítica a "cagar regra" porque isso pode ser usado para absolutamente tudo.

O seu vizinho tá espancando a esposa? É o jeito de eles se relacionarem, não vá lá cagar regra no relacionamento alheio.

O seu colega de trabalho acha que mulheres são menos competentes? Deixe ele ter a opinião dele, não vá querer cagar regra sobre como ele deve pensar.

Um homem mexe com mulheres na rua? Deixe ele agir como quiser, não vá lá cagar regra.

Um homem se masturba vendo vídeo pornô lésbico? Deixe ele se excitar com a sexualidade alheia, não vá lá cagar regra sobre os fetiches dele.

Ou seja, basicamente o que todos os movimentos sociais de esquerda fazem é "cagar regra" - cagar regras novas, melhores do que as regras que já estão aí cagadas a muito tempo no mundo.

Anônimo disse...

Terrível aquela vegetariana EGOCÊNTRICA, culpando as vítimas de câncer pela doença, no post sobre mulheres com câncer. Uma falta de humanidade, sensibilidade, semancol etc. É muita vontade de querer se exibir, aparecer... desrespeitosa, egocêntrica, desvirtuou totalmente o post. E agora, o que ficou em mim de impressão do movimento vegano? Que veganos são pessoas egocêntricas e insensíveis. Não dá pra entender essa gente. O método empregado não está funcionando. A atitude daquela pessoa vegetariana ilustra bem a tática desses movimentos: cagação de regras, inquisição, exibicionismo, egocentrismo. Por que alguém vai seguir o que ela fala? Me explica? A única coisa que ela conseguiu fazer foi despertar irritação profunda e desprezo pela causa vegana.

Lola Aronovich disse...

Jac, discordo. Você está falando, em muitos casos, de coisas que vão contra a lei (vizinho espancar a esposa, por exemplo), e de casos individuais. Estou falando de ativistas sociais cagarem regras -- inclusive para os próprios ativistas. É claro que o ativismo critica um monte de atitudes e comportamentos (inclusive, muitas vezes, critica o sistema, não o indivíduo). Mas uma coisa é criticar o sistema que exige que mulheres usem maquiagem, por exemplo; outra, bem diferente, é criticar uma mulher em particular que usa maquiagem; outra, talvez ainda pior, é dizer que fulana tal não pode ser feminista porque usa maquiagem. É isso que eu acho que não devemos fazer.
Não sei se estou conseguindo me expressar direito, estou exausta...

Anônimo disse...

Anon das 22:27

eu também acho uma falta de humanidade e sensibilidade alguém comer carne
você sabe que veio de um animal morto (e que essa morte nao foi natural)...e vai comer pra quê ? para contribuir com a morte de animais ? vai comer porque voce acha que seu paladar é mais importante ?

Nao sei dessa postagem que você falou,
mas deixar de se alimentar de cadaver nao é pra agradar vegano
é pra respeitar animais !
Se você nao se importa com os animais, nao posso fazer nada..,
mas acho meio forçado falar que despreza a causa por causa de alguns veganos (nem se fosse por todos os veganos... o movimento nao é pra eles, é para os ANIMAIS)

Rê Bordosa disse...

O cara quando é escroto, é escroto e pronto, independente da bandeira que carrega. Não é a toa que o Dado Dolabella (conhecido por bater em mulher) quando virou vegano, saiu destilando ódio... Enquanto o João gordo fez um canal no youtube onde a ideia é convidar uma pá de gente, (vegana ou não) para provar receitas veganas...

Dado Dolabela tripudiando sobre o câncer alheio:
http://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2015/09/1681415-vegano-dado-dolabella-associa-cancer-de-betty-lago-a-alimentacao-e-cria-polemica.shtml

João Gordo chamando a galera pra bater um rango:
https://www.youtube.com/user/panelacooficial

Jac disse...

Lola,

Na minha opinião, jamais deveríamos usar como argumento algo ser contra a lei ou não. Espancar a esposa é contra a lei? Sim, assim como abortar é contra a lei.

Entendo que você queira separar a crítica individual da crítica comportamental para evitarmos uma pressão individual, mas eu não acredito que possamos separar as coisas tão bem assim. Para mudarmos o comportamento, precisamos mudar o indivíduo.

Por exemplo, quando um homem assedia uma mulher na rua, ele merece ouvir um repúdio ali na hora. A mulher assediada pode chegar em casa e fazer um baita textão no face criticando esse comportamento de forma genérica, mas qual a chance de 1-essa crítica social chegar a ele, 2-ele se interessar por ela e 3-ele se comprometer a mudar?

Quando a gente aplica isso ao meio militante, eu particularmente gosto de um texto ótimo que já vi aqui no blog sobre a idéia de uma feminista (talvez seja a bell hooks, não tenho certeza) que basicamente separa o que você é das suas atitudes. Então você pode ser feminista, mas ainda ter atitudes machistas. Por exemplo, você pode ser uma feminista dona-de-casa. Ser dona-de-casa não é uma escolha inteiramente pessoal - ela vem com questões machistas ali no meio: por que cuidar da casa é papel da mulher? o marido teve essa opção de ser quem fica em casa? se sim, por que não é ele quem fica? a mulher ganha um salário igualitário para poder prover o sustento da família completa?

Então, quando uma mulher me diz que quer ser dona de casa, eu não saio falando "Fulana, você tem que ir trabalhar", mas eu penso sim que essa é uma atitude machista. E muitas vezes feministas são podadas de até criticar esses comportamentos que PARECEM tão pessoais como ser dona de casa, se maquiar, se depilar. Quantas vezes eu já não ouvi falar que feminismo é dar a mulher a "escolha". Se ela quer trabalhar ou ser dona de casa, se ela quer se maquiar ou não, etc.

E eu também discordo de que nunca, JAMAIS, podemos "caçar a carterinha" de uma pessoa que se diz feminista. Existem opiniões que não são consenso no meio feminista (prostituição, pornografia), mas existe sim uma base. Pense em uma situação absurda como: a mulher se diz feminista, mas acha que a mulher que desmaiou de bêbada merecia ser estuprada.

Enfim, só quero levar a discussão prum NEXT LEVEL, digamos assim ahahahha

Anônimo disse...



essa historia de solidão da mulher negra é bem estranha, tenho varios parentes negros, todos tem ou já tiveram namorados, vizinhos e vizinhas negros, casados, namorando.

Anônimo disse...

Eu tenho um namorado negro. Onde tem um posto de troca para eu doá-lo a uma mulher negra em troca de um branco da minha cor?
Porque pelo que eu vi é assim que funciona, né? As pessoas se relacionam pela cor e não por sentimentos... Homem negro deveria escolher mulher pela cor também, tipo quem escolhe objetos.

Anônimo disse...

Sério que o movimento negro quer impedir que negros e brancos se misturem?
Adolf Hitler está orgulhoso!

Anônimo disse...

Eu tinha visto essa segregação dentro do movimento negro só em séries americanas.
Brasileiro importa tudo que é porcaria.

Anônimo disse...

Como sugere a Anom das 0h20, essa conversa toda de "palmitagem" e problematizar os relacionamentos alheios costuma passar por um homem ir na vitrine de mulheres, escolher uma branca, novinha ou o que seja, embrulhar ela na sacola e levar pra casa. Só que não, né? Guess what, a maioria dos namoros hoje envolve a mulher querer namorar o dito cujo, sentir-se atraída por ele e tal, então a idéia toda é de um machismo desgraçado.

E desculpa, nesse caso a vivência da mulher negra solitária é tão confiável quanto a do mascu nerd beta. Ficar sozinha por muito tempo é uma merda, passei por essa já, e existem milhões de justificativas narrativas pra isso: peso, cor de pele, uso óculos, estudo demais, sou tímida e pá, mas para ver se temos mesmo um problema temos que comparar quantas mulheres negras estão sozinhas com quantas estão em um relacionamento, porque essas não sentem a solidão da mulher negra. Do que eu vi, não tem respaldo estatístico isso aí. Tem que lembrar que a gente só olha para o jogador de futebol que ficou com a moça branca (afinal, esse aí era preto e pobre, deve estar ascendendo socialmente) e não para os jogadores que ficam com moças negras, daí tudo parece gritante e desesperador mesmo, né?

Anônimo disse...

Vou ficar com homem negro sim, vou assistir pornografia sim, se não gostou que se foda. Se eu quisesse viver no meio de regras cagadas, estaria agora de joelhos perante a algum pastor.

Anônimo disse...

Você é uma inimiga de todas as mulheres disfarçada de feminista. Vc deve ter um falo no lugar do cérebro e devia mudar seu nome pra "Rola" Aronovich. Porca racista!

Anônimo disse...

A cada dia que volto aqui, fico mais e mais chocada. Quando a guerra dos sexos for vencida e o patriarcado derrotado, Lola terá de ser fuzilada, por sua terrível traição a todas as mulheres!

Anônimo disse...

Não existe solidão da mulher negra, existe solidão da mulher feia, seja ela negra, branca, parda, asiática ou indígena.

Anon 06:01

A Lola não é racista, até pq ela é parda.

Anônimo disse...

Obg disse tudo que pensei. Para a socieade veganos cagam tanta regra como feministas. Todos que desafiam e questionam o status quo serão atacados simplesmente por agir diferente, não precisa nem abrir a boca.

s disse...

Sim, concordo tem que problematizar sim, pq namora-se mais com mulheres brancas do que negras? Porém acho errado propagar essa ideia de que qualquer negro(a) que relaciona-se com branco seja taxado de palmiteiro. Minha mãe é negra e meu pai branco, desde a adolescência deles (conforme eles contam) ele sempre foi apaixonado por ela, fazia serenatas, um romântico! Atualmente ambos já completam mais de 30 anos juntos. Acredito em problematizar sim, existe preconceito, é lógico que existe, mas generalizar, ofender, criar esse termo "palmiteiro" para todo negro (a) que se apaixona por uma pessoa branca é ser ditador, é cagar regra.

Uma coisa simples que respeito muito, e é como penso que devíamos lidar com várias questões como religião, relacionamento, e etc. Eu tenho uma opinião formada sobre algo, e você tem outra, podemos discutir, conversar, e chegar a um consenso, porém eu não posso jamais obrigar você a ter a mesma opinião que eu, a ser do jeito que eu quero. A partir do momento que se passa a ditar regras do tipo "ou você faz que EU mando EU quero, ou esta fora do grupo!"Perde-se toda a lógica do discurso, perde-se a oportunidade de compreender o pensamento do outro, e de abrir a mente para novos conceitos, novas opiniões.

Enfim, é bem melhor respeitar as escolhas de cada qual, propagar as ideias, debater, demonstrar que existe sim aquela questão, mas sem querer ser ditador.

Anônimo disse...

Muito bom o post! Eu gostaria MUITO de virar vegetariana, mas ainda não consigo! Sou alérgica a leite, então isso já não posso comer (embora dê escapadas da restrição, às vezes). Depois de uma acidente com caminhão de vacas perto da minha cidade e do acidente do caminhão de porcos do Rodoanel, não tenho consumido mais carne de porco e de vaca. Agora, frango e peixe ainda não consigo e sinceramente não sei se irei conseguir um dia. Tenho tentado diminuir pelo menos. Obviamente sei que deveria parar! Tenho substituído ovos em receitas tb...mas enfim...Diminui muito o consumo de produtos derivados de animais, mas não parei. Uma colega veio então me falar que não adianta nada fazer isso (detalhe que ela é onívora), que se for só pra diminuir é melhor não fazer nada, e blabláblá. Não concordo!Acho que cada um tem sua hora de conscientização e que de pouco em pouco ajudamos simmm a acabar com a exploração animal. Até poucos anos atrás eu não via problema de andar de charrete ou nadar com golfinhos em atração turística, por exemplo...Hoje tenho pavor! Acho que um passo de cada vez e conseguirei ir longe na caminhada...

Anônimo disse...

Meninas, escrevem esse guest post por favor. Comentários como o de 01:50 mostram que feministas brancas realmente não tem a menor noção do que se trata a solidão (ou desvalorização histórica) das mulheres pretas. Comparar uma pauta tão importante com o mimimi dos mascus é de doer, miga. Se você estiver disposta a ouvir, vou fornecer algumas referências.

1. A primeira como a Mila elucidou para a B. e a Vicky também mencionou se trata de uma desvalorização histórica das mulheres negras. Sabe aquele ditado, "branca para casar, mulata para f¨der e preta para trabalhar"? Ele não veio de graça. No processo de formação histórica do nosso país, negras e índias eram mulheres com menos valor que as mulheres brancas. Tanto é que os filhos que elas tinham com os colonos brancos não eram reconhecidos, eram os bastardos. E quanto na história do Brasil, fazendeiros brancos vendiam seus próprios filhos com escravas negras como escravos também.
2. Baseado neste estigma, criaram-se outros. Mulheres mulatas, "da cor do pecado", morena tipo-exportação... Atrelada à imagem da "puta".
3. Por outro lado, há o estigma da estética. Não é uma coincidência que mulheres negras sejam minoria em concursos de beleza ou em profissões que exigem níveis de beleza. O caso da Taís Araújo é um clássico, é como se a mulher negra não fosse digna de ser bela.
4. 01:50 vc ofende mulheres negras ao compará-la com mascus. Sério que você vai jogar na lixeira uma desvalorização histórica por ser mulher e negra e achar que é a mesma coisa que homens que se acham no direito de ter a loira virgem, bombada e de cu rosa? Primeiro: com este assunto, não lutamos pelo status quo; não colocamos a culpa nos indivíduos, criticamos o sistema; não queremos obrigar ninguém a se relacionar conosco. Queremos que parem de nos julgar inferiores pela cor da nossa pele, que só servimos para sexo e para limpar o chão.

donadio disse...

"Estou pensando em feministas que vem dizer que mulher não pode ser mãe, ou usar maquiagem, ou (pasme) gostar de homem. Estou pensando em pessoas negras que pregam que negros não podem amar brancas, e até inventam um termo absurdo pros que fazem isso ("palmiteiros"). Estou pensando em gays e lésbicas que insistem que bissexuais não existem."

Como todo líder de seita (religiosa ou política, tanto faz) sabe, se você puder controlar a vida sexual dos seus seguidores, você consegue controlar todos os aspectos da vida deles. Em outras palavras, a castração simbólica produz fanáticos.

Portanto, regra número um para quem quer ser militante de qualquer causa mas não quer ser manipulado: não aceite nem imposições nem "sugestões" que busquem fazer você ficar "em dívida com a causa" por causa de quem você "come" ou deixa de "comer" (sem sexismo aqui - partindo do princípio de que as mulheres "comem" os homens tanto quanto o contrário. Ou de que as pessoas se "comem" juntas, sei lá).

(Eu diria também, "por causa do quê você come ou deixa de comer". Mas aí já é outra briga, que tem a ver com o conceito de extremismo: pra mim extremismo não é só método - a cagação de regra, a cassação de carteirinha, etc. - mas é também conteúdo. Quem quer acabar com as "raças" humanas através da miscigenação obrigatória não é menos extremista só por que "sugere" a miscigenação com bons modos em vez de exigi-la aos berros.)

Anônimo disse...

"Do que eu vi, não tem respaldo estatístico isso aí. Tem que lembrar que a gente só olha para o jogador de futebol que ficou com a moça branca (afinal, esse aí era preto e pobre, deve estar ascendendo socialmente) e não para os jogadores que ficam com moças negras, daí tudo parece gritante e desesperador mesmo, né?"

Um pouco de respaldo pra vc:

"No último Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, dados sobre a mulher negra brasileira chamaram a atenção. O levantamento apontava que, à época, mais da metade delas – 52,52% – não vivia em união, independentemente do estado civil" http://www.revistaforum.com.br/semanal/a-solidao-tem-cor/

http://www.ceert.org.br/noticias/genero-mulher/8970/vamos-falar-sobre-solidao-da-mulher-negra

file:///C:/Users/fcasagrande/Downloads/mulher-negra-RI.pdf

donadio disse...

"não existe racismo de negros contra brancos"

É claro que existe.

O que ele não é, é institucionalizado. Ele não conta com o apoio sistemático, acrítico e (quase) unânime da polícia, dos tribunais, da academia e da imprensa, por que essas instituições são hegemonizadas por brancos. Então o "racismo reverso" é irrelevante do ponto-de-vista social, como é irrelevante o "sexismo reverso" das radfems. Mas existir, existe.

Rafael disse...

Vou colocar dois centavos:

Eu, podemos dizer assim, sou "de fora". Não sou negro, não sou pobre, não sou discriminado, não sou pouco instruído e outros predicados "minorizantes" em nosso país.
Um ativista mais agressivo poderia dizer que eu sou um "privilegiado". Ok, que seja.

Todos os meus colegas são reaças. A maioria é machista. Olhando o primeiro parágrafo, é inegável que eu tenho TUDO para ser reaça opressor. Só que eu sou, segundo meus colegas, o único "esquerdista coxinha" do país.

Acompanho aqui no blog as postagens e comento de vez em quando. Não vou reivindicar carteirinha de feminismo, mas sou simpático à causa e antes de mais nada, avesso (completamente avesso) ao machismo.

Então, sob a ótica de alguém "de fora", posso dividir com vocês as minhas impressões sobre esses movimentos de minoria que acompanho:

Com eu já comentei uma ou duas vezes aqui, é impressionante (para muitas pode ser normal, mas para mim é inaceitável) que se discuta TANTO por tão pouco enquanto tem um mundo de merda ali fora.

Eu vejo muita briga interna, que para fins práticos e eficazes na estratégia de mudar o mundo em que vivemos, é completamente irrelevante.

Não interessa se o cara negro namora mulher branca ou amarela. Também é irrelevante se a feminista rad não gosta de homem. Tampouco importa se um homossexual questiona se existem ou não bis.

Façam todos, sério, uma autocrítica. Seja na alimentação, no sexo ou no gênero, quanto de ENERGIA está sendo DESPERDIÇADA por causa disso.

Porque em vez de bater no cara que come carne uma vez por mês, não bate (em mim, por exemplo) em quem come todo dia?

Porque em vez de tentar obrigar todos a pararem de comer carne, não se fiscaliza e procura saber se os abatedouros promovem morte indolor (eu faço isso)?

Porque em vez de ficar ranhetando com a colega de movimento que é chegada num pau, não vai conscientizar a não colega que é "chegada" num soco na cara às vezes?

Porque em vez de se preocupar com "palmiteiro", não se olha para o mercado de trabalho? Quem não vive no mundo corporativo não consegue imaginar o quão gigante é o racismo / sexismo.

Porque em vez de falar "bem feito" pra Lola no twitter (isso me deixou particularmente chateado) no episódio do site fake, não se alinha o discurso nos pontos comuns, deixando as diferenças para um segundo momento?

Porque me vez de ficar nessa ladainha de "roubar protagonismo", não se aceita TODA A AJUDA disponível, mesmo que ela venha do outro lado? Será que ninguém estuda história? Será que esse povo acha que os abolicionistas eram negros?


Há 50 anos, o mundo deveria mudar. Seria desejável. Hoje isso vai além de um desejo, é uma necessidade. PRECISA mudar. Tem gente demais, problema demais e união de menos.

Para cada momento em que ativistas de uma mesma causa brigam entre si, a sociedade opressora dá um passinho adiante.

Antes de destruir o opressor, aprendam com ele. Aliem-se aos inimigos do opressor, mesmo que não sejam do mesmo movimento que o seu. Atinjam primeiro o objetivo maior.

Divisão, desavença e cizânia entre os ativistas é exatamente o que quem oprime quer.

donadio disse...

"Se você nao se importa com os animais, nao posso fazer nada."

De fato, não pode.

"mas acho meio forçado falar que despreza a causa por causa de alguns veganos (nem se fosse por todos os veganos... o movimento nao é pra eles, é para os ANIMAIS)"

Os animais foram consultados?

O Cecil concordou em não comer zebras?

Os meus gatos me dizem que são completamente contra esses absurdos. Querem continuar a comer baratas, cigarras e gafanhotos, a caçar e matar passarinhos e morcegos, a roubar restos de frango, e, já que a vida é injusta, a comer ração preparada com "cadáveres" de outros animais.

Em uníssono, todos os três, Preta Garbo, Iznogud e Bukharin, gritam: Not in our name!"

Então, sim: o veganismo não é sobre animais, é sobre... veganos. Veganos e suas ideias sobre os animais, ideias absurdas e contrárias aos fatos...

Rafael disse...

"Então, sim: o veganismo não é sobre animais, é sobre... veganos. Veganos e suas ideias sobre os animais, ideias absurdas e contrárias aos fatos..."

Concordo com cada palavra

Anônimo disse...

Sim, é sobre Veganos e como eles se acham (ou tem certeza) de que são a última bolacha do pacote, os seres superiores vindo da galáxia dos superseres maravilhosos.

Rafael disse...

Já trabalhei com um cara assim. Na primeira vez que ele disse que eu comia cadáver, falei para ele passar a me chamar de hiena ou urubu e ir encher o saco de outro.

Jac disse...

"O Cecil concordou em não comer zebras?"

Ai, Deus. Olha o naipe dos argumentos contra vegetarianos/vegans...

Um animal carnívoro não cria fazendas, não força reprodução, não injeta hormônios, não cerra bicos, não mantém os animais em espaços minúsculos, não força alimentação, não [insira aqui qualquer maus tratos que você pode ver em filmes sobre como são abatedouros] e, além disso, um leão, gato ou whatever não come naturalmente grãos, verduras, legumes, frutas e nem pode transformar esses alimentos (criando massas, por exemplo).

B. disse...

Uma vez, acho que na mesma página do mov. negro que citei, teve uma briga pra saber quem era mais negro do que o outro (!!), negros dizendo pra brancos "calarem a boca", e para os pardos também, pq eram...pasmem "seres hibridos...." meu Deus, a que ponto chegamos????

Rafael disse...

Jac, dá para comer carne sem compactuar com nada disso que você disse. Os frangos e ovos da Korin são um bom exemplo.

B. disse...

Sobre o veganismo: acho a causa importantíssima e "naturalmente" me acho vegetariana, pq odeio carne, não curto o sabor mesmo! Então naturalmente prefiro coisas sem carne mesmo. Quer me torturar? Me chama p/ um churrasco.
Mas, sobre veganismo e, vou estender agora, sobre alimentação saudável: só eu que to sentindo um crescimento no radicalismo em relação a alimentação saudável? Não sei se me faço entender, mas hoje vejo uma enorme fiscalização se fulano come alimentos sem glúten, sem lactose, com vitaminas e nada de componentes químicos. Demonização de alimentos congelados e processados (ok, são uma merda rsr, mas muitas vezes recorremos a eles por falta de tempo ou opção). Tô vendo cada vez mais esse radicalismo: não pode comer chocolate, JAMAIS ir no McDonalds, NUNCA refrigerante, pq senão terá um fiscal. Mas tb não pode consumir nada de soja, pq é transgênico...tá um saco essa "ditadura da alimentação 100% saudável" (ortorexia, acho).

Anônimo disse...

Pra pessoa que cria gatos que caça insetos (lógicoooooo, é da natureza do gatoooooooo...dificil entender ?)

essa comentário está no mesmo nível do:

acho que eles nao sao veganos porque deve ter pisado sem querer em alguma formiga, é impossível nao pisar

claro que nao sao veganos, no plantação de alface deles tem larvar

nao são veganos nao, eles usam computador que nem sabe de onde vieram as peças

viu só ?! eles nao sao 100% ? sao iguais a mim que sou 0% !

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Sério que as vaquinhas concordaram em ir pro abate ?
sério que o cavalo sonhou em fazer hipismo ?

séria que a galinha adorou ser "criada de forma feliz" pra depois ser morta cruelmente por quem nao está nem aí pra ela ?


Sempre que eu vejo posts de veganismos eu tenho vontade de nao entrar,
mas acabei entrando e só me arrependo,
pq ao ler certos comentários sinto nojo.

QUAL O PROBLEMA DA PESSOA SER VEGANA ? O QUE ELA ATRAPALHA A SUA VIDA ? O QUE O MUNDO FICOU PIOR POR CAUSA DELA ?

Depois vem gente de "mimimi" a sociedade é horrível. É... mas contribuI matando animais...
vai entender.

humanos e seus "meu paladar é mais importante que vida de animal"...nojo

Rafael disse...

B, não é só você. Eu percebo bastante isso.

Da mesma forma que tem crente fiscal de cu, tem vegano fiscal de boca. Um saco!

Alessandro Bruno disse...

Carne é necessária sim. Os veganos dizem que a dieta dele é mais saudável porque eles vivem consultando nutricionista e quando falta algum nutriente, o nutricionista manda eles suplementarem com algum alimento ou com remédio mesmo.

Uma pessoa normal raramente considera um nutricionista e quando o faz é porque quer emagrecer ou algo assim, por isso sua dieta não é saudável. Se for comparar uma dieta sem suplementação nenhuma, a dieta onívora ganha porque a pessoa pode viver anos assim sem ter problemas graves.
Se for comparar dietas com acompanhamento de nutricionista e suplementação, qualquer uma serve. Fato.

Rafael disse...

"O QUE ELA ATRAPALHA A SUA VIDA ?"

A minha, atrapalha. Atrapalha tanto quanto um crente querendo me converter. Atrapalha tanto quanto um homem querendo ditar o que uma mulher veste.

Jac disse...

Rafael,

Se a gente se colocar no lugar desses animais, digamos que é... é preferível vivermos presos para sermos mortos do que vivermos presos, sofrermos diversos maus tratos para depois sermos mortos.

Eu, por exemplo, sou ovolactovegetariana, mas não fico me enganando que a produção de leite e ovos são isentos de sofrimento só porque o animal não morreu para isso.

donadio disse...

"Um pouco de respaldo pra vc:

"No último Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, dados sobre a mulher negra brasileira chamaram a atenção. O levantamento apontava que, à época, mais da metade delas – 52,52% – não vivia em união, independentemente do estado civil"
"

Mas qual é o termo de comparação? Qual é éssa percentagem, no que se refere às mulheres brancas? Segundo o IBGE, no mesmo censo de 2010, era de 50,28%. Ou seja, há uma diferença; mas a diferença não é abissal, não é a diferença entre "todas as brancas estão casadas, todas as negras estão solteiras/viúvas/divorciadas" (a diferença fica maior se dividirmos as mulheres negras como o IBGE faz, em pardas e pretas; é de 52,09% para as pardas, e de 54,98% para as pretas - e é aqui que se demonstra claramente o racismo implícito nessa diferença).

E depois, desde quando não viver em união é sofrer com a solidão? Não existem mulheres celibatárias por opção? Aliás, essa estatística inclui mulheres de todas as idades, e não apenas as maiores de 18 anos, ou as em idade fértil, portanto os números parecem bem mais impressionantes do que realmente são.

Não estou dizendo que o problema não existe; mas essa estatística não nos diz muita coisa sobre ele (até por que ele precisaria ser separado de outro problema, que é o da solidão da mulher idosa; os homens morrem mais cedo, mas a ideologia dominante praticamente exige que os casais sejam formados entre homens mais velhos e mulheres mais jovens - em resumo, a mulher se casa aos 20 anos com um homem de 30, o marido morre aos 70, e a mulher aos 80, resultando em 15 anos de viuvez feminina).

Anônimo disse...

Rafael,

sério mesmo que voce chama isso de atrapalhar ?
igual aos mascus que acham que feministas atrapalham a vida dele ?

Veja o tanto dos seus privilegios,
se para voce atrapalha,
o que voce faz com a vida dos animais que nome que tem?

(e nao, nao sou fiscal do prato alheio...Nao falo de veganismo em topico que nao é o assunto. Mas se começaram a falar, vou responder sim...como aconteceu nesse topico)

Rafael disse...

Jac, é bem por aí. Eu considero que a vida deles é menos pior. Isso hoje, me atende.

Não concordo com o tom do Soral, mas faço coro com o Alessandro. A carne é necessária se você quiser se alimentar de forma natural sem que isso vire um transtorno. Divide o prato em 4 partes, coloca carboidrato, verdura e proteína animal e tá pronto.

E antes de dizer que a na natureza não existem cativos explorados, pesquise sobre formigas que mantém outras espécies de insetos encarcerados para trabalho e alimentação.

donadio disse...

"Olha o naipe dos argumentos contra vegetarianos/vegans..."

Mas nem era um argumento contra o vegetarianismo. Você pode comer o que você quiser, e deixar de comer o que você não quiser. Não precisa inventar argumento (pseudo-)político para isso.

Anônimo disse...

Interessante esses comentários criticando os vegans, sinto cheiro de desencargo de consciência.

Não querem admitir que fazem algo errado, porque é tão bom, tão gostoso comer carne. Ixi... essa parte das mortes, das torturas? Gente, deixa isso pra lá, o importante é que é goxxxtosu, vou justificar falando do homem de milhões de anos atrás, quando não existia a tecnologia e informação que temos hoje.

Uffa, pronto, justifiquei, agora não preciso pensar nas mortes enquanto saboreio a picanha.

Rafael disse...

A mim, atrapalha.

Sobre o animal, é ele está sendo criado para me alimentar. Isso é decorrente da vida civilizada. O índio vai no mato caçar. Nós "terceirizamos" o processo.

Faço a minha parte para que os animais tenham uma vida digna. Eu já morei no interior, já criei bicho e sei que isso é perfeitamente possível de ser feito sem ficar pagando analista para vaca leiteira.

Sobre os mascus, sim, nesse ponto é igual mesmo. Eles reclamam, crentes reclamam, veganos reclamam.

Só que se mascus apenas fossem reclamões, não seriam perigosos. Não use de falsa simetria, eles vão além.

Jac disse...

Ai, desisto de vocês. É tão tóxico conversar sobre veganismo/vegetarianismo aqui quanto conversar sobre feminismo em qualquer ambiente não feminista.

@vbfri disse...

Óia! Entrei de alegre hoje aqui e vejo meu comment publicado. Sempre uma honra! :)

Vou ver o que tá rolando e volto depois.

Beijo

Anônimo disse...

"Anônimo disse...
file:///C:/Users/fcasagrande/Downloads/mulher-negra-RI.pdf
27 de novembro de 2015 09:24"

Achei que fossem só comentaristas do Instituto Mises Brasil que tivessem essa mania de colocar links começados em "file://" como fonte... para quem não sabe, links "file://" são absolutamente inúteis na internet, porque são arquivos que estão no SEU computador, e só isso, ninguém mais tem acesso a eles.

donadio disse...

"QUAL O PROBLEMA DA PESSOA SER VEGANA ?"

Nenhum, porra.

Qual o problema da pessoa não ser vegana?

donadio disse...

"Alain Soral disse...
...."E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra".... Gênesis 1:26
"

Só eu que vejo a ironia de citar um texto sagrado num post sobre "cagação de regra"?

É para isso que o vegetarianismo político serve: para desviar qualquer discussão (e tem muita coisa interessante para discutir nos termos deste post, da solidão das mulheres negras à dúvida cruel sobre se certos movimentos querem transformar a realidade, ou apenas criar um séquito de fanáticos, que se retroalimenta dos problemas que diz combater), para a igualdade fundamental entre a vida de uma pessoa e a de um frango (mas não, curiosamente, a vida de uma barata, caso em que mudaremos imediatamente de assunto).

Sério, isso parece white guilt: não sou negro, não sou judeu, não sou homossexual, droga, parece que não sou oprimido... vou inventar uma discriminação qualquer para me sentir igual às vítimas de Auschwitz ou Hiroxima: buáááá, me discriminam por que eu sou vegetariano.

Ah, tá.

Anônimo disse...

Qual o problema da pessoa nao ser vegana ?

Infelizmente os animais nao falam,
mas acho que nao precisa pensar muito para concluir que nao deve ser nada bom ter sua vida ceifada cruelmente

Se for muito dificil,
se coloque no lugar dos animais,
daí voce responde pra voce mesmo qual o problema em nao ser vegano

Anônimo disse...

Apesar de não comer carne de porco, eu adoro outros tipos de carne. Mas morando aqui no Nordeste, passei a comer mais carne de peixe e frutas. Isso me fez muito bem. Já tentei ser vegetariana, vez por outra passo por essa fase, mas o contato que tive para pegar informações foi nada amistoso. Tanto de vegano que veio falar que não adiantava eu continuar comendo produtos de origem animal. Sério, isso é um saco.

donadio, todo percentual é um número vazio sem análise aprofundada. O número pode parecer ínfimo, mas seria mais elucidativo a menção de pq as mulheres estão solteiras. Em outras pesquisas li que mulheres com mais tempo de estudo tendem a ter um número menor de relacionamentos e a se casar mais tarde. Visto que a maioria das mulheres estudadas são brancas, pode-se deduzir que elas não queiram casamentos por causa da carreira. Mas tudo o que sei de solidão da mulher negra é puro empirismo. A maioria das mulheres mães solteiras que conheço são negras e são pobres, quando um padrão começa a se repetir, não dá para não querer problematizar. Daí já dá para perceber que o problema existe, e a explicação de desvalorização histórica feita pelas comentaristas é mais pertinente para analisar o problema que números crus em si.

A.

donadio disse...

"Pra um vegan radical que fala de como os carnistas são horríveis, há uma lógica, e eu entendo os que agem assim."

Quando a sua lógica te leva a conclusões absurdas, então é por que as premissas não são boas.

Vicky_ disse...

Admito que não levei a sério essa "Se ama alguns animais, por que come outros?", não me atingiu.

Meu avô materno tinha gado, amava gado e só comia carne do gado, frango(Também criava) e as vezes, porco(idem), enquanto vivo.

Isso é incomum, por que a maioria daqui prefere carne de peixe ou come com frequência. Ele ajudava no trabalho pesado de limpar e vacinar as vacas, quando morreu venderam tudo por que sabiam que outro não se esforçaria igualmente.

O animal favorito da minha mãe são os cavalos, e adivinha? Quando morava em interior, comia carne de cavalo sem problemas. Hoje ela sabe que não é permito consumir essa carne no Brasil.

Quando menor, macacos eram meus animais favoritos, e sim, já comi uma vez. (Eu disse macacos, chimpanzés e bonobos não comeria)
Sei que é ilegal e ameaça de extinção essas espécies.


Não defendo maltratos aos animais, óbvio. Mas não dá pra colocar a vida de uma mulher no mesmo patamar que ao de um largato, pô. Nunca.

donadio disse...

"Qual o problema da pessoa nao ser vegana ?

Infelizmente os animais nao falam,
mas acho que nao precisa pensar muito para concluir que nao deve ser nada bom ter sua vida ceifada cruelmente

Se for muito dificil,
se coloque no lugar dos animais,
daí voce responde pra voce mesmo qual o problema em nao ser vegano
"

Então vamos ser claros:

Eu não tenho nenhum problema com a sua dieta.

Você tem um problema com a minha.

E essa é a diferença.

donadio disse...

"donadio, todo percentual é um número vazio sem análise aprofundada."

Exatamente.

"O número pode parecer ínfimo,"

O problema é o contrário; ele não parece ínfimo, ele parece assustador. Mais da metade das mulheres negras estão "sozinhas"! Que horror!

"mas seria mais elucidativo a menção de pq as mulheres estão solteiras. Em outras pesquisas li que mulheres com mais tempo de estudo tendem a ter um número menor de relacionamentos e a se casar mais tarde."

De fato. Se você abrir os números do IBGE, verá que as mulheres negras com menos de 25 anos estão menos propensas a não estar em uma união do que as mulheres brancas na mesma faixa etária. E aí começamos a desconstruir, entre outras coisas, a ideia de que "estar em uma união" é uma coisa boa, e não estar é uma coisa ruim.

"Visto que a maioria das mulheres estudadas são brancas, pode-se deduzir que elas não queiram casamentos por causa da carreira."

Ou que têm uma carreira por que não casaram cedo demais. Um tostines para quem resolver a questão.

"Mas tudo o que sei de solidão da mulher negra é puro empirismo. A maioria das mulheres mães solteiras que conheço são negras e são pobres, quando um padrão começa a se repetir, não dá para não querer problematizar."

De fato, o padrão precisa ser problematizado. Mas para problematizar o padrão, é preciso endendê-lo. Não é apenas que as mulheres negras em geral não estão em uma união; é que as mulheres negras em uma determinada faixa etária - a partir dos 25 anos - tendem a não estar em uniões, mais do que as mulheres brancas. E que, aparentemente, tendem a "não estar em uniões" de uma forma ruim - sem estudo, que foi interrompido por uma união precoce, e com filhos para criar sozinhas. A "solidão das mulheres idosas", que atinge a todas as mulheres a partir dos 50 anos, começa a atingir as mulheres negras mais cedo, a partir dos 25 (quando elas não estão ainda com os filhos criados, nem aposentadas).

"Daí já dá para perceber que o problema existe, e a explicação de desvalorização histórica feita pelas comentaristas é mais pertinente para analisar o problema que números crus em si."

Com certeza. Nesse contexto, os números "crus" em si mesmo tendem não a fortalecer os argumentos, mas a enfraquecê-los.

B. disse...

"Sério, isso parece white guilt: não sou negro, não sou judeu, não sou homossexual, droga, parece que não sou oprimido... vou inventar uma discriminação qualquer para me sentir igual às vítimas de Auschwitz ou Hiroxima: buáááá, me discriminam por que eu sou vegetariano."

Concordo muito com o Donadio nessa!

Aguardando dados disse...

Faltam dados estatisticos para embasar a solidão da mulher negra.
[1] quantas mulheres negras estão sozinhas comparados com mulheres brancas da mesma fixa etaria ?
[2] a pesquisa aborda a diferença entre sozinha (sem ninguem) e solteira (sem relação estavel, mas não necessariamente sem ninguem) ?
[3] a pesquisa diferencia negras de pardas e brancas?

Com estes dados é possivel visualizar a diferença e ver o tamanho do problema, mas sem estes dados é mais uma conclusão das vozes me disseram e um monte de observações sobre experiencias individuais sendo tomadas como regra geral ...

PS. em nenhum momento estou dizendo que não existe a solidão, mas sem os dados não se pode afirmar que ela exista.
PS2. outro recorte, porém mais dificil seria cruzar solidão x peso x idade, pois tb dizem muito que existe a solidão da mulher acima do peso ou da gorda .

Anônimo disse...

" E aí começamos a desconstruir, entre outras coisas, a ideia de que "estar em uma união" é uma coisa boa, e não estar é uma coisa ruim."

Pelo texto que eu li postado pelo anônimo lá de cima, as feministas negras se concentram mais em como a mulher negra é sim, digna e capaz de relacionamentos. Para problematizar o que vc falou, seria o passo seguinte, quando elas escolhem estar sozinhas por livre e espontanea vontade e não pq isso lhes foi imposto.
Também no texto há um questionamento interessante que talvez possa criar empatia em nós feministas brancas. Quando se estigmatiza mulheres negras e que o homem faz um favor de estar com elas, cria-se margem à relacionamentos abusivos.

A.

Unknown disse...

Sempre leio o blog mas não costumo comentar muito. Nesse assunto me senti envolvida pessoalmente. Não gosto também desse título de vegana, mas luto pelo direito irrestrito dos animais à vida e à liberdade. Há radicais como há em qualquer movimento, e costumo a lidar com agressões verbais devido à minha dieta e filosofia de vida há mais de 10 anos. Esse negócio de apontar pro outro para mostrar que ele está errado não funciona. Realmente no veganismo isso, algumas vezes, me parece agressivo. A desconstrução vai muito além disso. Mas quando posto algo NO MEU facebook, algum texto sobre reflexão ou dieta, chove de comentários de onívoros enchendo o saco, com coisas do tipo: "Vou lá comer meu bacon","por isso é assim magrinha" "escreve isso e depois vai na geladeira comer um salame", e pior que isso não tem como objetivo uma discussão sadia, é puramente uma ofensa. Me sinto assim também em relação ao feminismo quando entro em alguns locais, simplesmente sem paciência para argumentar com alguém que não quer discutir de maneira saudável. E já teve vez de eu ser grossa, de tanta besteira que já ouvi, com alguém realmente interessado sobre o assunto. De verdade, concordo com você, só não entendi o direcionamento tão explícito ao veganismo, esse teor radical existe e deve ser problematizado, mas não é exclusivo do veganismo, nem muito mais comum nesse espaço.

Anônimo disse...

13:11, o problema nisso é que pode não haver esses números, simplesmente pq essa questão não foi lançada como levantamento. Os números que encontrei no IBGE até agora não trazem nenhuma luz, nem de que há, nem de que não há.
Então se a gente só for começar a pensar em alguma coisa que já exista um número para isso, nunca iremos discutir nada. Talvez esses números não existam pq ninguém pensou em recortes tão profundos quanto estes.
Para esses fins, acredito que a análise histórica e a observação empírica sejam bons pontos de partida, mas que não se findem em si mesmos. O texto cita duas pesquisadoras que escreveram sobre isso, uma em Salvador e a outra em São Paulo. Por esses microcosmos, somado ao que as feministas negras dizem, já dá sim pra gente começar a pensar nisso.

A.

Anônimo disse...

Detesto caixa de comentários sobre veganismo, pois vira ambiente troll free.

Por que alguns não são mais honestos e assumem que não estão nem aí para animais, querem mais é que se explodam? Não é crime, e é um comportamento bem aceito pela sociedade. Poucos vão se importar se vcs ligam ou não para o sofrimento de animais de produção.

Anônimo disse...

(Viviane)
Veganos, vocês não ligam para o sofrimento de pessoas com câncer, como demonstrou a anônima que resolveu "movimentar" o post de sábado passado (21/11) desvirtuando o tema e ainda reclamando das críticas. Sinto muito, por mais que eu me solidarize com animais, nenhum deles, para mim, vale mais que meu semelhante.
Sejam vocês mais honestos e assumam que querem diminuir a população humana na Terra, único meio de fazer todos deixarem de comer carne.

Zrs disse...

Quanto desconhecimento, quanta ironia e ódio à causa animal. Não vejo diferença da galera que ta comentando, com os machistas que propagam por aí ( com seus argumentos "culturais", "historicos" e " biologicos" ), as suas vontades e visões de mundo, dando um "tô nem aí" para o sofrimento alheio, dado que o o que importa "é o meu umbigo, as minhas vontades".

Que bom que tem gente que se preocupa com a tortura com os quais os animais passam para que possamos saciar nossos desejos. Esse modo de vida, esse excesso de proteína nunca antes presente na historia da humanidade, está acabando com o nosso meio-ambiente (os relatorios mais conservadores da FAO apontam isso há tempos)

Não sou vegana, e reconheço as minhas limitações, mas apoio incondicionalmente a causa, e espero um dia entrar nessa fileira tb.

Anônimo disse...

(Viviane)
E quando questionada, teve a cara de pau de dizer que fez isso porque o post estava "parado" e ela achou uma boa oportunidade de trazer o tema do veganismo... Nojo define.
Para quem chegou agora, é por isso que a turma daqui está revoltada com os comentários dos veganos.

Anônimo disse...

Viviane é mais uma troll querendo atenção.

Aguardando dados disse...

é verdade, nem sempre é possivel esperar termos numeros para lutar, mas é dificil convencer os outros apenas com a sua palavra. Sem os numeros vc não conseguirá convencer, pois é apenas a sua palavra e a sua palavra não é o suficiente

não sei como são os dados, mas acho que não deveria ser tão dificil de extrair os dados de numero de pessoas solteiras x casadas x sexo por faixa etaria e cor ?

Anônimo disse...

eu me solidarizo com o sofrimento dos animais, mas não vou deixar de comer o meu churrasco.
não tenho problemas com veganos, só não venham me encher o saco sobre o que eu como.

Rafael disse...

"esse excesso de proteína nunca antes presente na historia da humanidade"

Zrs, o que você entende sobre evolução humana para falar isso? Tirou esse dado de onde? Do IPEVI (Instituto de Pesquisa Estatístca Vozes da Internet)?


O principal diferenciador que levou nosso cérebro a dobrar de tamanho a partir do ancestral comum comparado com os nossos primos primatas atuais foi justamente uma oferta maior de proteína, principalmente cozida. Estima-se que 30% da dieta paleolítica seja oriunda de proteína animal. Mais ou menos como é hoje, quando fala-se em 1/4 do prato preenchido com filé.


http://news.nationalgeographic.com/news/2012/10/121026-human-cooking-evolution-raw-food-health-science/

http://www.livescience.com/24875-meat-human-brain.html

http://www.nationalgeographic.com/foodfeatures/evolution-of-diet/

É aquele papo do telefone sem fio, um bacana lê na fonte original que era 30% ptn animal, que resulta em 70% vegetal, daí o cara já traz para o português dizendo com letras garrafais que A MAIOR FONTE de proteína era vegetal.
Daí para um desavisado leitor repetir como um idiota que o Neanderthal era vegano, não custa.

Zrs disse...

Caro Rafael, nunca tivemos na nossa historia uma produção tão grande de proteína animal, nunca.Não haviam industrias em larga escala, não haviam criações em larga escala, confinamento em larga escala.

Isso tudo está sim acabando com o nosso meio ambeinte. Todos os relatorios atuais, ONU e afins indicam isso. Ou mudamos essa maquina de produizr proteinas, ou acabamos com o nosso habit.

Isso para dizer o mínimo.

Zrs disse...

Mas, sem dúvida, a questão crucial do veganismo, começa com a tortura dos animais e o confinamento cruel para que possamos nos deleitar com nossas picanhas.

E olha que inteeessante, a mesma evolução (propiciada pela carne né, rsss) que nos troucxe até aqui, tb está sendo a responsável pela nossa ruína ambiental.

Irônico, se não fosse trágico.

Rafael disse...

Nunca antes tivemos na nossa história uma produção tão grande de proteína vegetal.
Nunca antes tivemos na nossa história uma produção tão grande de cocô.
Nunca antes tivemos na nossa história uma produção tão grande de lasca de unha cortada.


Nunca antes morou tanta gente nesse planeta, majoritariamente em centros urbanos.

Antigamente não existiam 7 bilhões de bocas para alimentar todo santo dia.

Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Estamos sim acabando com o meio ambiente, mas sua relação de causa e efeito está torta.

Zrs disse...

Verdade não tem nada a ver.

http://www.forumseculo21.com.br/noticias4836,onu-recomenda-dieta-sem-carne-e-sem-laticinios.html

Zrs disse...

recomendo

http://www.cowspiracy.com/

Rafael disse...

Zrs, você está fugindo da argumentação. Eu refutei sua afirmação de que o homem comia menos proteína animal antes. Isso está ERRADO.

Agora você esgarça o argumento apelando ao meio ambiente. Isso é inegável. Só se sustentará o crescimento populacional se for consumida MENOS proteína animal.

Mas não por causa do homem ou por causa do animal e sim por causa da QUANTIDADE de gente.

E na boa, tira o cavalo da chuva. Muito mais fácil ter fome e a natureza se encarregar de corrigir o número de humanos do que as pessoas em massa deixarem de comer carne. Não vai rolar. A carne só vai ficar mais cara.

Anônimo disse...

Lily

Não vou mentir, apesar de evitar comer carne, não abro mão do churrasco de família.
Respeito os vegetarianos e não vou impor meu estilo, assim como não quero que os mais radicais(digo os "mais" pq tenho amigas veganas que não me julgam) me condenem.
Todo mundo tem direito de ter suas opiniões e estilos de vida, desde que não confrontem os outros.

Zrs disse...

Rafa, qta raiva, ninguém vai tirar a sua ou a minha picanha do prato.

Você sabe que os grupos humanos são diversos, né? Até mesmo no consumo de proteína animal. Trabalho há quase 20 anos com populações indígenas, e sabia que historicamente o consumo de proteina entre eles sempre foi baixo? Momentos de caça eram momentos específicos, tendo como a base alimentar principal a produção agrícola! Pois é, isso sem falar que desconheciam o confinamento compulsório que nós, ocidentais modernos, montamos em larga escala.

E olha que interessante, no contato com a nossa sociedade, o consume de proteína subiu entre esses grupos, perguta se melhoraram os índices de saúde?

Pois é, existem grupos (alguns na Índia, por ex), onde o consume de proteína é bem restrito tb, como existem outros de consumo quase exclusivo de proteína animal (os Inuites, popularmente conhecidos como esquimós). Mas, acredito, óbvio, que o consumo de proteína animal não irá acabar, não fique nervoso. Por outro lado, essa forma sistemática de confinamento e tortura, esse esbanjamento de proteínas, creio que acabará, mas não acho que na nossa geração, fica de boa e bota bacon nesse prato.

Zrs disse...

Borá aumentar essa produção porque tá pouco

"De acordo com um novo relatório publicado pela FAO, órgão da ONU responsável pela agricultura e alimentação, a pecuária gera mais emissões de gás para o efeito estufa em termos de quantidade equivalente em CO2 - 18 por cento - do que os veículos. Além disso, a criação de animais é também uma das maiores causas da degradação da terra e da água.

Henning Steinfeld, chefe da FAO para a Seção de Políticas e Informações da Criação de Animais, diz: "A criação de animais é um dos fatores mais significativos que contribuem para os sérios problemas ambientais que enfrentamos hoje. Ações urgentes são necessárias para melhorar a situação."

Com o aumento na prosperidade, a cada ano as pessoas estão consumindo mais carne e laticínios. A projeção de produção de carne indica que a quantidade irá dobrar de 229 milhões de toneladas em 1999/2001 para 465 milhões de toneladas em 2050. A produção de leite irá saltar de 580 para 1043 milhões de toneladas".

Zrs disse...

"No estudo, a FAO expõe que somente a criação de animais responde por 14,5% dos gases de efeito estufa gerados por atividades humanas (acesse no link). De acordo com um estudo de 2012, a pegada hídrica dos produtos de origem animal é seis vezes maior para a carne bovina, e uma vez e meia maior para carne de frango, ovos e laticínios, comparada à pegada dos legumes.

Além disso, a expansão de pastos para animais de produção é uma das principais causas do desmatamento, especialmente no Brasil. Em todo o mundo, segundo a HSI, utilizamos mais terras para alimentar animais de produção do que para qualquer outro fim. Mais de 97% do farelo de soja e 60% da produção global de cevada e milho são usadas para alimentar animais de produção.

O impacto é tamanho que uma família americana de renda média que deixe de consumir carne vermelha e laticínios e os substitua por produtos de origem vegetal apenas um dia por semana terá, ao final de um ano, reduzido suas emissões anuais gases-estufa em volume equivalente ao emitido ao dirigir 1.600 quilômetros."

FGV- EAESP-

Rafael disse...

Zrs, nisso que disseste, eu não discordo de nada. Existem povos nativos que tanto comem mais proteína que nós, quanto menos. Depende muito mais do bioma em que eles estão inseridos do que de sua vontade.

Sobre a picanha e o bacon (sim, sei que foi ironia), obrigado! :-))

Zrs disse...

Link original dos estudos da FAO, do aumento absurdo do consumo de proteina animal no mundo e dos impactos devastadores ao meio ambiente.

Tá em inglês, mas diversos artigos e publicações já trazem o texto traduzido e debatido. Vale a pena a leitura.

http://www.fao.org/docrep/018/i3437e/i3437e.pdf

Zrs disse...

Não só do bioma Rafa, não mesmo.

Existe um equilíbrio bastante interesante desses povos com o meio em que vivem, muito interessante, pois poderiam muito bem confinar ou matar um número muito maior de animais para saciar o apetite por proteína animal, mas acabam por ter uma relação e visão dos animais, e ambiente como um todo, muito mais próximo do que chamaríamos de visão holística.
Não se sentem exclusivos, donos, autoridades suprema sobre todas as formas de vida (humanismo ocidental mandou lembranças).
E isso, faz muita diferença.

Anônimo disse...

Ah, sim, nada como uma dose de racismo num texto sobre vegans em um blog feminista. Não dá pra escapar mesmo, né? Existe ALGUM espaço seguro nessa internet em que não me sinto humilhada por ser negra?

Anônimo disse...

Anônima 16:23, se apontar onde está o racismo no post ou nos comentários, ajudaria muito. Até para a Lola ou as pessoas que comentam nos corrigirmos, e evitarmos repetir o erro.

Anônimo disse...

"Boa parte do ativismo em todos os meios acaba caindo em ditar dogmas e cassar carteirinhas, e venho pensando na eficácia desse método, ainda mais pra quem já simpatiza com nossas causas. Pra quem odeia ativismo nada do que fizermos ou deixarmos de fazer fará qualquer diferença. Mas ao "cagarmos regras" não afastamos simpatizantes?"

Você sabe qual é a tua pior falha? É esse seu encosto de colonizador. Acho sua mente extremamente capitalista e ultra-liberal. Sua falta de autocrítica não te deixa perceber todo o ranço patriarcal que você carrega em seus discursos.
Não existe bissexuais e simpatizantes da minha causa. Mais vale um inimigo confesso que um inimigo disfarçado. E é assim que eu vejo bissexuais, simpatizantes e fem liberais: inimigos disfarçados.

Vicky_ disse...

Zrs, coincidência que os povos que consumiam menos proteína e gordura animal (como a cultura indiana) sempre foram mais baixos?
Antes do Japão ter contanto com outras populações, consumia muito pouca proteína animal e gordura animal, eram pessoas com estatura abaixo da média para o padrão mundial da época.
Após a segunda guerra mundial, começaram a consumir os citados com mais frequência, bem maior. Hoje em dia, um homem médio japonês fica MUITO desconfortável ao entrar em um tanque ou submarino onde antes entravam japoneses com facilidade.
Como o território deles não é capaz de suportar criação grandes de gado como a maioria dos países, eles ainda são alguns centímetros mais baixo que nós.

Não é só o encéfalo que necessita, quase todo seu organismo se desenvolve melhor com produtos de origem animal de boa qualidade.

Rafael disse...

Zrs, creio que você está romantizando bastante os povos nativos. Essas comunidades são essencialmente nômades e o que determina seu trânsito é justamente o exaurimento dos recusos naturais da região em que se estabeleceram.

A diferença é que a natureza se recupera com rapidez quando são algumas dezenas. Diferente de nós, que somos milhares.

donadio disse...

"só não entendi o direcionamento tão explícito ao veganismo, esse teor radical existe e deve ser problematizado, mas não é exclusivo do veganismo, nem muito mais comum nesse espaço."

A mim me parece que o problema do veganismo não é o método, é o conteúdo.

Se alguém quer interferir na minha dieta (especialmente sem ser o meu médico ou nutricionista), e, na verdade, na dieta de todo mundo, não adianta muito fazê-lo com bons modos. Ainda é uma vontade deliberada de interferir no espaço pessoal alheio.

Esse não é o caso de movimentos sociais de verdade, que lidam na pior das hipóteses com conflitos entre espaços pessoais diferentes. É errado bater em mulher, por que mulheres são pessoas. Dizer que interferir em briga de casal é interferir no espaço pessoal alheio é admitir que a mulher que está apanhando não tem direito a seu próprio espaço, e que, portanto, não é gente. É por isso que a analogia é falha, e é por isso que somos todos mais propensos a tolerar quem faz uma crítica mal-educada do machismo.

Rafael disse...

Vicky, excelente ponto. Os "homens gabiru" do nordeste existiram porque tiveram uma dieta super deficiente de proteína na infância.

Anônimo disse...

donadio,

se sua dieta é baseada na morte de animais inocente, sim, me incomoda muito...e acho que já estava bem claro, nao omiti isso nao. Agora, que eu fiscalizo prato alheio, vc nunca viu e nunca verá.

as 09:48 vc pega um comentario que acho que nao tinha sido dirigido à vc e fala começa fazer mó viagem de que veganismo nao é animais... ahhhhh, dá um tempo né ?! qual a vantagem do veganismo pras pessoas ?
daí, por esse comentario... nao consigo pensar diferente de que vc tem algum problema com a minha alimentação.


Zrs disse...

Hmens baixos, versus consumo baixo de proteína...sério isso? Altura? Gabiru?! Nossa.
Enfim, não preciso nem linkar aqui os estudos que apontam sobre boa saúde versus consumo de proteínas, mas, né, vocês já sabem só de olhar.

Rafa, não romantizo os povos nativos não, estou há 20 anos nessa seara e digo que conheço um pouquinho do que falo, e sim, eles tem uma relação com o entorno muito mais equilibrada, uma relação da qual ainda precisamos compreender e aprender (e muitos já estão aprendendo com eles).

Sabe, o surgimento de grande parte das sociedade que conhecemos veio com o advento da agricultura. Não foi a organização em torno do consumo de carnes (esse motor para o nosso desenvolvimento cerebral, rsss) que nos fez o que somos hoje. Por outro lado, hoje, viramos uma máquina de confinar e produzir protéinas.

Enfim, hoje existem uma série de pesquisas bem interessantes, mostrando a influência de outras culturas alimentares (ao longo da história) no desenvolvimento do nosso cérebro (para além da picanha), dá uma pesquisadinha que vocês acham rapidinho.

Enfim, e como já disse, não se desesperem, o mundo é dos superiores carnívoros.
Bom churrasco.

Vicky_ disse...

Rafael, tive que pesquisar para saber o que são homens gabirus. XD

Mas há um exemplo que eu mesma observo, como vocês haviam falando, muitos povos indígenas consumiam pouca proteína e gordura animal, e é fato conhecido que índios amazônicos tem baixa estatura.

Pois bem, descendentes de indígenas que vivem(aqui no meu estado) no nosso estilo são mais altos e possuem massa muscular maior, tanto pelo fato da miscigenação ter ampliado os alimentos que estes poderiam consumir, quanto pelo fato terem tido uma alimentação diferente desde tenra idade.

Veja como os povo nativos do centro oeste e sudeste são mais altos e com maior massa muscular, os indígenas do Xingu, por exemplo, tinham a mesma estatura que a nossa, isso por que a alimentação dos mesmos era obviamente diferente das dos que viviam ao norte do país.

Essas diferenças, com certeza, não se tratam de mero acaso!
Se a carne fizesse tão mal ao ser humano, muitos povos africanos teriam sido extintos, visto que muitas dessas comunidades dependiam bem mais de fontes animais que vegetais (mais escassos, visto que não havia a prática da agricultura).
Há um povo onde 60% da alimentação consiste de sangue de boi misturado a leite fresco, estão vivinhos do silva.

Anônimo disse...

(Viviane)
Eu espero sinceramente que algum vegano que está comentando neste post tenha a decência de responder qual foi o motivo de ter enfiado esse tema no meio do post que falava sobre mulheres com câncer. Porque eu me recuso a levar a sério quem diz defender animais (ou qualquer outra causa) e trata seres humanos com tamanho desrespeito.

Anônimo disse...

Problema deste negocio de "palmitagem " é o seguinte -o problema existe- e e esta relacionado a hipersexualização da mulher negra, midia machista hipócrita que traça como desejáveis apenas um paecela ínfima da população. É errado absolutamente . Porém você julgar abertamente a relação de um casal, sem levar em consideração tudo que eles são , somente a cor é abominável. To vendo o dia que eu vou sair com meu namorado e vão jogar ovo nele, pq nos escolhemos há 10 anos atrás e lutamos muito pra conquistar cada pedacinho do que é nosso. Ou quando tiver um filho ouvir falar que meu ventre é sujo.Porra mano, isso é de chorar.O que querem, que sejamos igual o EUA, que a miscigenação ainda seja um tipo de tabu.A forma que amulher negra deve ser mudada , deve ser apreciada e comtemplada como bela, assim como cada tipo de mulher. Mas não a custo de determinar quem deve ficar com quem.

Alessandro Bruno disse...

As mentiras que os veganos contam:

"De acordo com um novo relatório publicado pela FAO, órgão da ONU responsável pela agricultura e alimentação, a pecuária gera mais emissões de gás para o efeito estufa em termos de quantidade equivalente em CO2 - 18 por cento - do que os veículos. Além disso, a criação de animais é também uma das maiores causas da degradação da terra e da água."

Basta analisar a emissão de CO2 por país e o tamanho de rebanho pra perceber que isso é uma baita mentira, Emirados Árabes Unidos, Catar, Kuwait são os maiores emissores de gás carbônico no mundo:

Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/paises-que-lideram-emissao-gas-carbonico.htm

E agora vejamos a lista dos maiores rebanhos bovinos do mundo, segundo essa tese seriam os mesmos: EUA, Brasil, China, UE e Índia.

Fonte: http://www.pecuaria.com.br/info.php?ver=16545


Só os Estados Unidos que apareceu nas duas listas, e ele além do rebanho tem o maior número de combustíveis. E agora?

E outra mentira, "eu não mato animais pra comer"

Acorda Alice, se você vive na cidade e compra comida no supermercado está financiando a morte de inúmeros seres sencientes do mesmo jeito. É muito mais ético e sustentável comer ovos e galinhas caipiras, por exemplo, criados em um sítio que algum produto industrializado pela Torfukey (multinacional que vende alimentos veganos).

Anônimo disse...

Lola porque você apagou o comentário de - merdas que libfems dizem - ?
Estava tão espirituoso e pelo que me lembre não havia nenhuma ofensa direcionada a ninguém em especial que justificasse você remover. Você deixa comentário de um monte de mascu mas apaga comentários inteligentes de radfems que você não consegue refutar. Antes que seja deletada também, já aviso que não sou radfem, embora goste de muitos pontos da corrente. Então me explica, porque a perseguição? Só porque a pessoa não segue uma mesma ideologia ou linhagem que você acha correta???

Lola Aronovich disse...

Anon, começa com "Merdas que feministas liberais dizem" e tá cheio de mentira. Quando radtroll age como mascutroll, vou deletar sem dó. Troll é troll. E isso de "deletou porque não consegue refutar" é a besteira mais usada por trolls.
Minha opinião? Feminista que vem trollar blog feminista deveria seriamente repensar seu feminismo em vez de ficar cagando regras.

Anônimo disse...

no meu mundo , nunca vai ser ético comer uma galinha caipira (dá vontade até de vomitar só de pensar nessa idéia)

eu gostaria que alguém me comesse ? nao ! nao vou fazer isso os outros animais

Anônimo disse...

16:57: o racismo está em ridicularizar a experiência de mulheres negras, ainda mais num artigo que nem tem nada a ver com o assunto.

19:53: eu achava ridiculo os americanos preferirem ficar com pessoas da sua própria cor, mas vamos ser sinceros, apesar de toda a miscigenação, o Brasil está décadas atrás dos EUA em questões raciais. Enquanto lá rola enormes protestos e reivindicações, aqui nem discutimos esses assuntos. Que chances temos de algum dia a mulher negra ter algum tipo de "valor" senão como empregada ou uma "trepadinha casual"? Talvez fosse melhor segregar tudo mesmo.

Vivi disse...

Estou cada vez mais convencida de que o veganismo se resume a uma ética estritamente pessoal. Ou seja, o fato de ser aceitável ou não para cada pessoa o fato de matar um outro ser vivo para comer. Todos os problemas acessórios que o veganismo supostamente resolveria, para mim são balela.

A criação extensiva de animais é prejudicial ao meio ambiente? Então o problema é a forma como os animais são criados, e não o fato de eles serem ou não explorados para produção de carne e outros produtos. A solução não surge necessariamente do veganismo. A diminuição do consumo desses produtos, aliada ao conhecimento da cadeia de produção e valorização do pequeno fazendeiro seria apenas um dos outros meios de se combater essa situação.

Não há pesquisas conclusivas demonstrando que o veganismo seja mais ou menos saudável para adultos, especialmente a longo prazo. Mas certamente mulheres grávidas e crianças e adolescentes precisam de nutrientes vindos dos produtos de origem animal. E não adianta dizer que feijão e cogumelo suprem a deficiência, porque não suprem. Também não me venha com suplementos. Não se sabe o suficiente sobre o complexo processo de absorção dos nutrientes pelo nosso corpo pra garantir que eles contêm o que precisamos. O que também acaba com o argumento do veganismo ecológico e economicamente sustentável, pois enquanto eu posso comprar ovos do meu vizinho, esses suplementos têm de ser manipulados em laboratório, fazendo quem os ingere dependente de companhias farmacêuticas. Não tenho dados sobre quanta água é gasta e quanta poluição é gerada por essas empresas, mas eu sei que uma galinha põe em média 2 ovos por dia e a sujeira que ela produz é 100% reaproveitável como adubo. Além de no fim da vida dar uma ótima sopa.

Acho que temos, sim, que repensar nossa relação com a alimentação. Por que comer carne todos os dias e em todas as refeições? Acredito que isso não seja necessário para boa parte das pessoas. Por que comer picanha e não comer língua ou rabada? Por que comer lombo e não comer nariz e pé na feijoada? Pé e pescoço de galinha podem ser ótimos. Da cabeça e das barbatanas do peixe se faz um caldo que propicia uma refeição. Acredito que quando utilizamos todas as partes do animal estamos agindo eticamente do ponto de vista ecológico e também de certa forma prestando respeito ao animal, aproveitando ao máximo o que ele nos oferece e também evitando (ou apenas adiando) a morte de outros animais.

Anônimo disse...

Do ponto de vista ecológico, a melhor forma de produzir alimentos é a Integração Lavoura Pecuária que utiliza muito menos agrotóxicos, aproveita muito melhor a terra e a deixa descansar entre uma cultura e outra - entre inúmeros outros benefícios.

Sem falar que o veganismo não é tão ecológico quanto eles querem acreditar, me lembro que há uns 4 anos atrás um grande portal vegano (vista-se) fez uma campanha pra boicotar a Sococo porque eles utilizam o trabalho de burros pra carregar centenas de cocos das plantações para a área de produção; detalhe:os animais eram bem tratados, cumpriam a mesma jornada que o tropeiro responsável que precisava que fazer um curso pra aprender a manejar o animalsem maltratos. A solução que os veganos propõem: utilizar tratores no lugar dos burros! Sério mesmo, só quem não pensa no impacto ecológico pra produzir um trator e o tanto de combustível fóssil que ele queima poderia pensar num absurdo desses.

Anônimo disse...

28/11 5h55
Mew, então se é assim vamos separar todo mundo, segrega os obesos, negros, pardos, brancos.Depois se separar dentro destes grupos também, menos obesos de mais obesos e assim vai. Segregar, diminuir ou ridicularizar a miscigenação é uma atitude direitistas e mesquinha. E pior não resolve o problema pois ataca as pessoas e não o sistema. E este problemas devem ser tratados com racionalidade e certeza e não atacando casais . Não existe racismo inverso, mas sim uma criação de mentalidade mediocre.Minha família é negra e miscigenada e ninguém vai mudar isso ou meter o bedelho nas nossas decisões. Temos conciência e representantes da solidão da mulher negra, que não está sozinha, tem a solidão da mulher sem recursos, da mulher acima do peso, da que é mãe solteira.E todas devem ser trabalhadas e exigidas para que mostrem o valor de todas nós. Eu não vou chegar nas minhas primas brancas, que conviveram comigo e com todos nós a vida toda e dizer "vai procurar alguem da sua cor ", isso não existe! E repito é um pensamento de direita e que culpa indivíduos dentro do sistema, não da solução e possivelmente terá pessimos resultados.Ataquem a mídia machista e racista, ataquem a moda, os filmes, mas nunca julguem o relacionamento das pessoas.

Sandra B.

Zrs disse...

No argumento da Vick, os Inuits (esquimos) com uma dieta quase 100% de proteína animal, deveriam ter uns 3 metros de altura, em média. Sem mencionar outros povos de baixa estatura, onde boa parte de sua dieta provém de proteína animal.

Enfim, me espanta que em pleno século 21, com acesso a tantas tecnologias, informações e pesquisas, as pessoas ainda insistem que o consumo de proteína é o que nos faz humanos, lamentável, para não dizer fruto da ignorâbnica mesmo.

Sem dizer, claro, a falta de empatia total para com a exploração sem medidas de outras formas de vida , incluindo aí o encarceramento, a tortura, a violência na forma de plantio com agrotóxicos, monocultura e afins.
Os dados atuais apontam que esse nosso humanismo, essa nossa pretensa superioridade, é o que está cavando a nossa cova ambiental. As pesquisas, as mais conservadoras, estão apontando para isso, mas, a ignorância, o dar de ombros, é sempre mais confortável, isso não tenho dúvidas.

Mas, é aquilo também, o planeta terra começou sem os homens, e terminará sem eles. Agora, pelo antropoceno.

Vicky_ disse...

Zrs, que 'argumento' fraco, fraquissimo.
Você pode alimentar um cachorro o quanto quiser e com o alimento que for e ele nunca terá o tamanho de um cavalo. Por que é um cachorro.

Falo de proporções humanas. Você SÓ usa falácias.
Que vantagem adaptativa nossa espécie adquiria tendo 3 metros ou mais?

Sempre que eu alguém posta um link de site vegano, eu li. E até hoje só encontrei dois links onde a matéria fazia o mínimo de sentido e a passou usa métodos interessantes.

Se você houver links que comprovem seu ponto de vista, os lerei com prazer. Mas SOMENTE se forem estudos dentro dos padrões internacionais estabelecidos, e usarem de métodos honestos e corretamente aplicados. Ou seja, estudos randomizados, comparativos (igualitários) e não financiados por companhias(vide a pobre manteiga sendo vilanizada para vender aquela porcaria de margarina, graças a multinacionais).

Por último. Poxa, não vai mais haver homens na terra?
Acho que vou ter que "virar" lésbica pra aproveitar esse mundo XX. Que coisa.

Aah, quis dizer "humanidade/pessoas"?

Algo que me diz que seu veganismo é focado em animal macho. Só digo.

Que métodos baixos.

Vicky_ disse...

Zrs, tem conhecimento de qual foi o período onde as cáries e o Patriarcado começaram a se instalar na humanidade? No Neolítico, início da agricultura. Há 10 mil anos atrás.

Foi com a agricultura que nos tornamos grupos sedentários, foi aí que começou a propriedade privada, a privação da mulher, a privatização da mulher.

Por último (veganismo me cansa), acha mesmo que vamos lidar melhor com algo que começamos há 10 mil anos que uma dieta que vivenciamos há milhões de anos? Do ponto de vista EVOLUTIVO.

Me responda. Somente estudos bem documentados.

Rafael disse...

Zrs, eu ia responder a primeira parte do seu argumento, mas a Vicky já o fez da forma melhor que eu falaria. A Vicky dissera anteriormente que falta de proteína prejudica. Isso é diferente de dizer que excesso de proteína faz crescer além do que foi determinado pelo genótipo.

Vou então focar na segunda parte. Demonizar a monocultura e os agrotóxicos, como eu já disse em outro post por aqui, só pode ser coisa de gente ruim de conta.

Vou repetir um número mágico: SETE BILHÕES de pessoas.

Dispondo de um único planeta Terra, você só alimenta essa gente toda com monocultura extensiva, fertilizantes sintéticos e agrotóxicos. É pior? É! Mas é o que tem. É o que dá para fazer hoje em dia.

Para alimentar esse povo todo na base do orgânico, da integração lavoura/pecuária, e outros métodos ecológicos mas sabidamente (e obrigatoriamente) menos produtivos, seria preciso pelo menos mais um planeta.

Não tem jeito. Ou todo mundo vira vegetariano, ou a gente corta as pessoas pela metade, ou comemos o que tem. Como as duas primeiras não vão rolar no curto prazo, o jeito é aceitar.

Rafael disse...

E aparentemente, a dieta dos inuits não é essa coca-cola toda não...

http://news.berkeley.edu/2015/09/17/what-the-inuit-can-tell-us-about-omega-3-fats-and-paleo-diets/

http://archpedi.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=502131

Anônimo disse...

Rafael,

Seu comentário foi bom, só queria esclarecer uma coisa:

"Para alimentar esse povo todo na base do orgânico, da integração lavoura/pecuária, e outros métodos ecológicos mas sabidamente (e obrigatoriamente) menos produtivos, seria preciso pelo menos mais um planeta."

Eu sou agrônomo, fiz meu TCC sobre a ILP, e posso te garantir que a produção é maior que a agricultura e a pecuária isoladas, então daria sim pra alimentar 7 billhões de pessoa com esse método, aliás eu acredito que no futuro ela vai ser obrigatória.

Fontes:
http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/dicas-de-sucesso/entenda-como-a-ilp-pode-ajudar-no-aumento-da-produtividade-da-pecuaria-67155/

http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/74464/1/Roberto-Giolo-de-Almeida-0000003112-p833-Zimmer.pdf

http://www.ipni.net/PUBLICATION/IA-BRASIL.NSF/0/37D541B90CDB2E1685257A84005C6490/$FILE/Jornal1-18-138.pdf

Rafael disse...

Anonimo 11:07, li seus links e meu conceito de ILP estava desatualizado. Agradeço imensamente o esclarecimento e entendo que o trecho em negrito deve ser ignorado na minha postagem.

Vicky_ disse...

Anon, eu havia lido pouco de ILP, apenas as poucas vezes em que foi citada no Blog, é ótimo saber de um meio viável e ecológico que podemos(devemos) implantar, lerei mais!

Anônimo disse...

Obrigado Rafael e Vick,

A culpa desse sistema não ser amplamente conhecido é do Governo Federal, que deveria fazer incentivos e divulgação mais eficientes;

Além da ILP, há outro benefício da pecuária que os veganos escondem, ela pode ser a solução para a desertificação, pode parecer estranho mais é verdadeiro:

http://www.codigoflorestal.com/2013/06/usar-pecuaria-para-reverter-processos.html

http://www.mma.gov.br/perguntasfrequentes?catid=19

Anônimo disse...

a ILP deve ser "muuuuuuito boa para" os animais de abate...
se eles falassem, com certeza ele iriam pedir pra serem abatidos, né ? !

nada novo de novo, especistas sendo especistas

Unknown disse...

Super concordo com vc. Ao invés de problematizar a questão da solidão da mulher negra fala que "amor não tem cor" - triste.

Anônimo disse...

Anônimo de 28/11/15, 15h01min.

É sempre assim, quando um vegano é confrontado de suas certezas e não tem uma resposta pronta joga essa pérola "animais não querem morrer, seu especistas". Só esquecem que os animais também morrem pra eles comerem e terem os luxos da vida moderna, esses podem? Não é especismos considerar uma espécie de praga? Não é especismo matar uma muriçoca só porque ela quer um pouco de seu sangue e vai te dar uma coceira passageira? Quem decide que morte de animais é necessária? Os veganos???

Unknown disse...

Shuashuashua, cara. Deixa te falar algo da "morte indolor" promovida por abatedouros. Não sou vegetariana, mas moro em Mato Grosso, que investe pesado na pecuária. Aqui o gado é criado de modo exensivo, porém por exigências da Rússia, maior compradora de nossa carne, sendo a produção voltada para o mercado de fora, também se cria em ambientes fechados (principalmente as grandes empresas). Nos últimos cinco anos, por exigência, o abate por marretada ou tiro foi substituída por uma vacina com anestesia, tornando tal procedimento indolor. Afinal, sem estresse pré-morte, a carne ficaria mais macia e saborosa. Alegando assim, o estado cumpriu, em 2012, se não estou errada, as exigências russas. Teve um pequeno probleminha: foi muito caro, afinal a vacina era vendida para os pecuaristas por eles, os russos. Teve algumas empresas que não conseguiram vender no mercado de fora e botou caminhão para vender picanha nas portas das casas por aí. Infelizmente, regrediu nesse caso. Mas fiquemos felizes, acabaram com a exigência do baby beef, que consistia em amarrar o bezerro por três dias "em pé". Apenas gostaria de compartilhar essa informação com você.

Zrs disse...

Meninos e meninas quanto stress, ninguém vai tirar a picanha do prato de vocês, disso tenho certeza.

Vick, foi você que trouxe para nós análises baseadas no seu olhômetro, fiz o mesmo, ué (com mais ironias, claro). Então, super frágil sua visão sobre altura versus proteína. E sim, concordo, traga aqui dados científicos (pesquisa das áreas biológicas, mas tb da arqueologia e antropologia física), para corroborar sua tese (leria com alegria).
Então, é isso mesmo, vc acertou, com o advento da vida social, veio tudo junto: patriarcado, propriedade privada (alguns povos até mesmo a desconhecem, enfim), etc. Tem gente, inclusive, que defende um retorno as cavernas, tipo "deu tudo errado galera, borá ficar longe de tudo que é sociedade". Acho digno se quiser pegar esse bonde.
Quanto aos sites veganos que você anda visitando, olha, não saberia dizer nada sobre isso, não sou vegana e não acesso sites veganos, apesar de achar a causa belíssima (de gente evoluída mesmo, tipo o cerebrão de proteínas que vcs estão defendendo aí). As informações que tenho, os debates que participo (de pessoas que tecem, inclusive, duras críticas as formas atuais de produção, tb impulsionadas pela máquina de produzir proteínas e tudo o que vem implicando ao meio ambiente) são da galera que come carne, e muita carne, mas que, olha só, são críticos desse sistema aí, não colocam os seus desejos e tradições frente as evidências claras do desastre que está batendo as nossas portas. Mas, a picanha continua lá (nossa herança das cavernas, né? rs).

Quanto aos demais colegas defensores da Monsanto, vou falar o que?! Com essa galera não tem argumento, é tipo viseira mesmo, só olham para a direção que o chefe mandar. Já o colega do TCC, acho que até já debatemos outras vezes, acho bom defender aqui seu estudo, mas ó, continuo mesmo é com outra galera, pesquisadores de ponta - e também produtores locais e comunidades tradicionais- , que estão indo agora, dado os estragos da rev. verde (em termos de perda gigantesca da biodiversidade, dependência das grandes empresas, perda da capacidade produtiva,doenças, etc, etc)para outra direção, com eles vejo alguma possibilidade de futuro para todos nós e para as outras formas de vida que habitam esse planeta. Parte dessa galera, óbvio, não quer abrir mão da criação, do confinamento, enfim, mas estão começando a ver os estragos que essa forma alimentar vem causando a todos e todas, estão dispostos a repensar o futuro.

Tem um rapaz bem bacana que já li outras vezes aqui no blog da Lola, ele é vegano e traz informações e dados científicos que embasam a galera, valeria a pena o contraponto dele aqui, sempre aprendo com ele. Mas acho que o debate aqui já terminou, seria legal ter um post novamente só para isso, aliás, seria bem oportuno, visto a COP 21 (debate mundial sobre mudanças climáticas) que começou hoje em Paris!

Besos e Keep Calm.

Vicky_ disse...

Você é que esteve ofendendo nossos comentários, Zrs, só não notou.
"Cérebrão de proteínas", quanta inteligência, deve saber tanto de bioquímica quanto conhece de cosmologia.

Não sei se se ligou, mas maior parte da população "carnista" que tanto agride, não vive de picanha, vivemos num mundo onde os alimentos não são bem distribuídos, também vivemos num mundo onde veganos acham de boa também alimentar multinacionais, só não percebem. Além da indústria farmacêutica.

Zrs, você apareceu primeiro, logo, você deveria ter mostrado os estudos antes de nós, avaliaramos o que enviou e depois responderiamos. É assim que funciona um debate, caralho. Não vou gastar meus links com alguém que recorre a espantalhos quando fala.

Poxa, então não é vegano?
Esse tempo todo estivemos falando com o Zé mané, pqp...
Vá lá matar suas plantas, indivíduo vegetariano.

Anônimo disse...

Anonimo de 28 DE NOVEMBRO DE 2015 16:47

coerencia tá gritando de saudade
mas..
vamos lá,
quem decide que uns devem ser comida e outros nao, sao voces carnistas

Eu nao como animais.
O seu mundo é muito egoista mesmo pra achar que eu vou me incomodar com muriçoca me picando.

Anônimo disse...

Caro, Anônimo de 29 de novembro de 2015 16:44

Usar eletrônicos, andar de carro ou ônibus, usar maquiagem, usar joias, usar qualquer coisa de metal ou energia elétrica etc e etc e etc só é possível com a morte de animais, mas os veganos não boicotam nada disso e não diga que isso garante a sobrevivência, assim como os Amish, monges e tribos isoladas, existe muita gente que vive sem os confortos da vida nas grandes cidades.

Então, se os veganos não fossem mesmo especistas viveriam sem tanto conforto pra salvar a vida dos animais, mas como na filosofia deles isso não é boicotado, eu repito, vocês escolhem algumas espécies pra proteger sim e outras, como as muriçocas não fazem nenhuma campanha de proteção.

Anônimo disse...

uso computador sim, porque preciso para o meu trabalho

nao uso maquiagem, odeio
nem joias

acho meio dificil viver sem energia eletrica, né ?!
e daí, por causa disso eu devo me alimentar de cadaver, já que eu uso energia eletrica, entao, nao faço nada valer a pena, e vou passar a ser uma pessoa que nao se importa com os animais ?

Pensa um pouco antes de falar.
Duvido que voce seja alguem que nao faz nada, que nao ajude em nenhuma causa,

sendo resgatando animais abandonados,
arrecadando fraldas pra asilos,
plantando arvores,
contando historias pra crianças doentes...

voce consegue resolver 100% dos problemas que a sua causa luta ? e por isso voce deixa de lutar ? Agora se voce nao faz nada... daí realmente fica dificil conversar.

Eu nao prego a morte de nenhum animal,
quem faz isso sao voces !!! E depois ficam de "mimimi" porque alguem teve cancer e foram falar da carne. (mas só pra deixar claro...nao estou nem aí pra sua saúde. essa nao é minha luta).


ainda bem que tipos assim só vejo na internet

Anônimo disse...

completando a postagem anterior

eu duvido que voce esteja preocupado com muriçocas
mas se vc realmente está preocupado com elas,
fique tranquilo, nao conheço nenhum vegano que pregue a morte de muriçocas.

E acho dificil de assimilar como voces, carnistas, nao se importam com os animais que comem...o que pra mim significa que pregam que esses animais devem morrer. Já tentou se imaginar no lugar deles ?

A maioria das pessoas que eu conheço come carne, mas a maioria se diz triste ao pensar que ali sao animais (apesar de incentivar a morte do mesmo jeito, pois continuam comendo),
mas o jeito que algumas pessoas aqui falam, como se nao estao nem aí,
ou estao trollando,
ou a situação é mais triste do que eu pensava.

Anônimo disse...

Lola,

voce poderia apagar os dois ultimos comentarios, e mais esse
fui eu quem os escrevi,
mas nao achei que estao bons
e tb queria falar que nao estou associando a carne com o cancer (nao tenho opiniao formada quanto isso) e que nao desejo cancer pra ninguem, e sei que eu mesmo posso vir a ter tambem
só quis dizer que na hora de comer, varios bradam que "estao no topo da cadeia alimentar" e esquecem que os animais sofreram antes de virarem comida, mas que em um momento de fragilidade (cancer) daí nao pode lembrar do animal que foi morto (desculpe, isso eu ouvi fora da internet, mas acabei misturando com o que escrevi de alguns tipos que só vejo na internet). Os tipos que eu só vejo na internet sao os que ficam falando que alguem é especista pq pisou sem querer na formiga, ou usa computador, ou toma remedio, etc

achei que ficou confusa, entao, se puder, queria que apagasse

donadio disse...

"acho meio dificil viver sem energia eletrica, né ?!"

Essa é muito boa... vivemos sem energia elétrica durante um milhão de anos, ou será que a sua Bíblia diz que Javé criou as hidrelétricas lá no Gênesis? Porque agora uma coisa que foi inventada há cem anos virou necessidade básica?

É claro que é "difícil" para nós hoje vivermos sem energia elétrica - ou até sem internet - mas o que isso significa? Para mim é difícil viver sem comer carne, mas desde quando isso é argumento?

donadio disse...

"Duvido que voce seja alguem que nao faz nada, que nao ajude em nenhuma causa,

sendo resgatando animais abandonados,
arrecadando fraldas pra asilos,
plantando arvores,
contando historias pra crianças doentes...

voce consegue resolver 100% dos problemas que a sua causa luta ? e por isso voce deixa de lutar ?
"

Nada contra quem faz essas coisas, são todas meritórias. Mas não são causas. Não são lutas. Não envolvem nenhum tipo de conflito social, não exigem nenhum posicionamento crítico, não incomodam os poderes estabelecidos.

donadio disse...

Voltando a um assunto sério...

"13:11, o problema nisso é que pode não haver esses números, simplesmente pq essa questão não foi lançada como levantamento. Os números que encontrei no IBGE até agora não trazem nenhuma luz, nem de que há, nem de que não há."

Os dados do IBGE estão aqui: http://www.sidra.ibge.gov.br/

Estão em formato interativo, isto é, você pode construir a tabela que você quiser, desde que os dados existam. Você pode ver alguns dados já trabalhados aqui: http://ideias.wikidot.com/solidao-das-mulheres-negras

Rafael disse...

"Essa é muito boa... vivemos sem energia elétrica durante um milhão de anos, ou será que a sua Bíblia diz que Javé criou as hidrelétricas lá no Gênesis? Porque agora uma coisa que foi inventada há cem anos virou necessidade básica?

É claro que é "difícil" para nós hoje vivermos sem energia elétrica - ou até sem internet - mas o que isso significa? Para mim é difícil viver sem comer carne, mas desde quando isso é argumento?"


Cara, tem certas coisas que não dá para viver sem. Eletricidade é uma delas. Você não consegue se inserir econômica e socialmente sem usar força elétrica.

Rafael disse...

"Nada contra quem faz essas coisas, são todas meritórias. Mas não são causas. Não são lutas. Não envolvem nenhum tipo de conflito social, não exigem nenhum posicionamento crítico, não incomodam os poderes estabelecidos."

Fala sério, né? Agora para fazer caridade precisa se inserir no "conceito" de luta correto??

Porra, o mundo lá fora está perfeitão, né? Só assim para justificar perder tempo com essa discussão inútil.

Vicky_ disse...

Não entendo mais nada do que falam.
Num dia, link[ei] estudos explicando como a nossa bioquímica funciona, sem tirar o direito de quem é vegetariano ser vegetariano.

Então a Patty me disse que veganismo não tem nada a ver com saúde... Ué, então, você adotam uma dieta independente dela lhes fazer bem, mas nós e que somos errados e vamos ter câncer?

Além do mais, vir com essa de "carne dá câncer" só demostra a que ponto a manipulação de sites vegan chegam.
(Os mesmos que lhe empurram uma série de Carboidratos de má qualidade e produtos com gordura poli-insaturada com o slogan "Por que os limites do veganismo não importam")

E usar "carnista" é uma baita contrariedade, já que na verdade, se tratam de onivoros. Inclusive eu.

Me desculpem por falar pouco de mulheres negras, causa que eu deveria me aprofundar mais que isso.Vou me atualizar quanto as ativistas.

donadio disse...

"Cara, tem certas coisas que não dá para viver sem. Eletricidade é uma delas. Você não consegue se inserir econômica e socialmente sem usar força elétrica."

O que significa que "não dá para viver sem" impactar o meio ambiente. Nem sem matar animais.

donadio disse...

"Fala sério, né? Agora para fazer caridade precisa se inserir no "conceito" de luta correto??

Porra, o mundo lá fora está perfeitão, né? Só assim para justificar perder tempo com essa discussão inútil.
"

Não. Fazer caridade não precisa se inserir no conceito de luta, correta ou incorretamente. Quem quer fazer faça; como eu afirmei acima, é uma coisa meritória. Há montes de coisas meritórias, ou necessárias, ou importantes, ou simplesmente prazerosas, que não são lutas nem causas. Afinal, a vida seria uma droga se as únicas coisas importantes fossem lutas ou causas, não seria?

Anônimo disse...

"uso computador sim, porque preciso para o meu trabalho"

Então de acordo com sua filosofia o seu trabalho é especistas, e não fui eu que inventei o termo só estou mostrando como é falho.

"Especismo - Espécie + ismo é o ponto de vista de que uma espécie, no caso a humana, tem todo o direito de explorar, escravizar e matar as demais espécies por serem elas inferiores. É a atribuição de valores ou direitos diferentes a seres dependendo da sua afiliação a determinada espécie."


"nao uso maquiagem, odeio
nem joias"

Isso é seu gosto pessoal, não uma luta do veganismo.


"acho meio dificil viver sem energia eletrica, né ?!"

Os povos Amish vivem bem, os monges tibetanos, as tribos isoladas da Amazônia etc. Quem escolhe viver nas cidades estão escolhendo um modo de vida não sustentável e especistas.

"e daí, por causa disso eu devo me alimentar de cadaver, já que eu uso energia eletrica, entao, nao faço nada valer a pena, e vou passar a ser uma pessoa que nao se importa com os animais ?"

Você se alimenta do que quiser, só não pode acusar de assassino quem come carne já que seu modo de vida também é baseado na morte de seres sencientes.

"Pensa um pouco antes de falar."

Eu faço isso. Quem reporduz um discurso que leu em um site sem refletir sobre ele e que não pensa muito.

"Duvido que voce seja alguem que nao faz nada, que nao ajude em nenhuma causa,

sendo resgatando animais abandonados,
arrecadando fraldas pra asilos,
plantando arvores,
contando historias pra crianças doentes...

voce consegue resolver 100% dos problemas que a sua causa luta ? e por isso voce deixa de lutar ? Agora se voce nao faz nada... daí realmente fica dificil conversar."

Eu ajudo na causa de difundir a ILP em todas as fazendas, alguém aí em cima falou na COP 2015, isso é uma das metas do Brasil nesse encontro. É uma causa boa, que ajuda muito mais a combater o aquecimento global que esperar que a pecuária vaia acabar nesse século, uma causa muito utópica porque mesmo se todo mundo virar vegetariano o gado é muito usado em muitas coisas, uma delas é na criação de fios cirúrgicos que são absorvidos pelo organismo, um fio para cirurgião no coração - por exemplo - é feito de tripa de porco, se o mundo fosse vegano mesmo não haveria operação cardíaca.

"Eu nao prego a morte de nenhum animal,
quem faz isso sao voces !!! E depois ficam de "mimimi" porque alguem teve cancer e foram falar da carne. (mas só pra deixar claro...nao estou nem aí pra sua saúde. essa nao é minha luta).


ainda bem que tipos assim só vejo na internet"

Não prega a morte mas se beneficia dela.

Rafael disse...

Donadio, aparentemente os dicionaristas discordam de você:

(lu.ta)

sf.

1. Combate corpo a corpo (tb. esportivo)

2. Conflito armado, guerra (luta civil).

3. Debate, controvérsia: "Paulo apresentava sinais visíveis da luta, que consigo tinha tido." (Sanches de Frias, Ercilia))

4. Empenho, esforço: "Não adianta olhar pro céu/ Com muita fé e pouca luta." (Gabriel o Pensador, Até quando?))

5. Ação de duas forças que agem em sentidos opostos (a luta da lei contra o crime).

6. Oposição violenta entre pessoas ou facções (luta contra a ditadura, luta de classes).

[F.: Do lat. lucta, ae]

Ir à luta
1 Bras. Pop. Agir, esforçar-se para conseguir algo que se quer ou necessita, enfrentando condições adversas (sem esperar passivamente, sem desanimar ou lamentar, etc.); ir à vida.

Luta de classes
1 Soc. Conflito ou contradição de interesses entre distintas classes sociais.
2 Restr. No marxismo, a relação de tensão e oposição econômica, social e ideológica entre as classes sociais, e que é entendida como princípio dinâmico de transformações históricas, e não como perda de complementaridade e equilíbrio ideais.

Luta livre
1 Luta entre dois contendores, na qual não há golpes ou chaves proibidos, cujo objetivo maior é fazer encostar no chão as espáduas do adversário durante certo tempo.

Luta romana/greco-romana
1 Tipo de luta livre na qual só se permitem golpes e chaves aplicados da cintura para cima.

Read more: http://www.aulete.com.br/luta#ixzz3szM7ttsg


(cau.sa)

sf.

1. Aquele ou aquilo que faz com que algo seja ou exista: A ausência é a causa da saudade.

2. Aquele ou aquilo que faz com que algo aconteça: Uma simples picada de inseto foi a causa da inflamação.

3. Razão de ser; EXPLICAÇÃO; MOTIVO

4. Conjunto de ideias, ideais ou crenças pelo qual se age, ger. em grupo: A defesa da natureza é causa comum a todos os ecologistas.

5. Jur. Questão levada aos órgãos de Justiça com a finalidade de se fazer respeitar a lei: Contratou um advogado para assumir sua causa.

6. Jur. O processo em si mesmo (causa cível)

7. Jur. O motivo que leva alguém a intentar uma ação na justiça (causa ilícita)

[F.: Do lat. causa (m). Hom./Par.: causa (v. causar). Ideia de 'causa', usar pref. etio -]

Causa eficiente
1 Fil. Na filosofia aristotélica, fator que, com sua ação efetiva, produz determinado resultado (p. ex.: o escultor é a causa eficiente da escultura).

Causa final
1 Fil. Na filosofia aristotélica, o fim ou objetivo com que algo é feito, aquilo que, orientando uma ação, gera o efeito desta (p.ex.: a ideia de uma escultura na mente do escultor é a sua causa final).

Causa formal
1 Fil. Na filosofia aristotélica, a categoria genérica de algo que, particularizado, torna-se objeto real (p.ex.: a ideia genérica de ' escultura' é a causa formal de uma determinada escultura).

Causa material
1 Fil. Na filosofia aristotélica, a matéria informe que se transforma em objeto real (p.ex.: o mármore é a causa material de uma escultura [em mármore]).

Em causa
1 Que está sendo tratado, observado, focalizado; em pauta, em discussão.

Justa causa
1 Jur. Em relação contratual ou regulamentar, motivo, alegação ou ação amparadas em lei ou no próprio contrato ou regulamento: Demitiu-o por justa causa.

Por causa de
1 Em razão de, por motivo de.

Por causa (de) que
1 Pop. Devido ao fato de que; porque; porquanto

Read more: http://www.aulete.com.br/causa#ixzz3szMdUn2F

Anônimo disse...

Vicky,

eu sou a anonima que escreveu tres posts seguidos durante a noite sobre vegganismo.
(vou responder pra voce porque achei que tudo que eu escrevi ficou bastante confuso).

Eu nao sou veg por motivo de saúde,
e sim pelos animais.

Assim como acredito que os nao veg possam ser saudaveis... (e sim, ser veg nao é garantia de ser saudavel, alguem pode ser veg e abusar diariamente da batata frita, por ex, o que nao é bom)
Nao acho que estou imune ao cancer (embora gostaria muito de estar), ninguém está imune a isso né.


E nao sei quem foi o anonimo pra quem eu respondi a postagem, mas quando disse que nao me importava com a saúde dele, nao quis dizer "espero que voce fique doente", quis dizer que nao vou ser hipocrita e dizer que as pessoas poderiam ser veg pelo motivo de saúde, porque a saúde nao é a minha preocupação. (Anonimo, caso voce estiver lendo, nao te desejo mal nao)

Eu peguei o bonde andando e nao acompanhei onde que alguem foi deselegante no topico do cancer ao iniciar o debate sobre a carne. Eu nao vi como começou. Mas acho falta de empatia culpar pessoas que estao doentes.

Só quis dizer que,
pelo menos no meio (essa parte é fora da internet),
vejo pessoas debochando que "vao morrer de qualquer jeito" , " preferem morrer feliz , "sao o topo da cadeia alimentar entao nao estao nem aí" ",etc...mas daí quando quando alguem comparou com um conhecido que está doente ( e nao, nao sabemos se tem relação com a alimentação, apenas foi comparado) começa o mimimi "coitado" ou o mimimi "tenho certeza que foi por outros fatores" (o que eu tb nao sei, pode ter sido, mas tb pode nao ter sido)
Eu sinto por ele sim ! Espero que se cure ! E espero que as pessoas tenham empatia com quem estao doente, com qualquer doença.
Mas isso nao me impede de ter empatia pelos animais.

E acho que as pessoas tambem deveriam pensar um pouco antes de falar "vou comer mesmo, estou nem aí pros animais". Se vai comer, come... mas nao precisa ficar jogando mais falta de empatia.




E tambem nao entendo porque tem gente que fica "olha, vc pisou na formiga sem querer, viu matou animais tb"..."vc deixa seu gato solto e ele caça ratos...viu, vc tá contribuindo pra morte tb"...Me desculpem, mas acho que isso nao é argumento pra ninguém. E acho que quem escreveu essas coisas só queria trollar mesmo, entao nao vou dar mais atenção.


Vicky_ disse...

Anon, não estava direcionando apenas a você, mas aos comentários de Zrs e alguns outros(inclusive o seu), não estou aqui para perseguir indivíduos.

E eu odeio essa gente do "admita logo que você tá pouco se fodendo pros animais" quando você diz que não é vegano, mas que se importa com a situação dos animais(e ambiente como um todo). Odeio isso.
A criatura ainda comenta isso de maneira completamente anônima.

Não use o termo "não veg", use "pessoa onivora", "pessoa vegetariana" e "pessoa veg[an]", o mundo não é formando com vocês como centro e "não vegs" na periferia, compreendeu?

Sim, falar que carne dá câncer não faz sentido. Se basearam em Ancel Keys? Nesse caso, estão atrasados em décadas.

Carne PROCESSADA aumenta a probabilidade de câncer, carne preparada em óleo vegetal, com muito sódio, no caso. Não só carne, mas TODO alimento (muito) processado.

Carne de qualidade e bem prepararada causar câncer se encaixar na "Morte por carne de coelho", deve conhecer esse termo.
Chega de mentiras.

Anônimo disse...

Vicky,

(sou a mesma anonima da madrugada)

o que é a morte por carne de coelho ? nao conheço nao.

Bom, eu concordo com voce que tambem acho desagradavel falar que algumas pessoas nao pensam em animais quando algumas pessoas ao menos fazem alguma coisa para eles. Conheço pessoas que reduziram o consumo de carne, ou que ajudam no resgate de animais abandonados. Nao tenho coragem de falar que elas nao estao nem aí, ou que elas nao fazem nada. Fazem sim !!!

Quando disse das pessoas que pregam morte de alguns animais, embora na verdade todo mundo que come carne está comendo o animal morto e concordando com isso, eu me incomodo mais é com os que acham legal, pregam e banalizam a situação, ou ficam defendendo o sistema e a pecuária de corte " ah... to nem aí... a carne é boa mesmo ", "sou o topo da cadeia alimentar e vou comer mesmo" , "esses animais nasceram pra gente comer mesmo", ah esse tipo de argumento que eu me refiro que as pessoas pregam a morte do animal. Como disse, conheço varias pessoas que tentam diminuir a carne, e se eu falasse que elas também estao pregando (porque ainda estao comendo) seria tirar todo o incentivo delas, oque eu nao faço. E sim, acho que o que elas fazem é de grande valia. Mas se nao quer reduzir a carne, se acha que nao consegue ou nao quer fazer nada pelos animais... porque ainda declarar "a carne é boa entao eles tem que morrer mesmo" ???

Na verdade, essa parte do meu desabafo era pra pessoas que eu conheço do mundo real...mas se serviu pra alguem daqui que sai pregando que "animais de abate tem que ser mortos mesmo pra saciar meu paladar"...tá valendo tb. A parte de doença tb foi relacionada ao meu mundo real,
todos nós corremos o risco de adoecer (por qualquer coisa) e ter que lutar pela vida. Entao deveriamos ter empatia por animais que também lutam pelas proprias vidas. (nao, nao tem nada de saúde nessa parte). Se nao conseguem parar de comer, pelo menos deveriam pensar como tratam essa vida "ah...estou nem aí pra morte de animais, pq a carne é muito boa" é muito falta de empatia, na minha opiniao. Sei que nem todo mundo fala dessa forma, mas a critica é para os que falam.

E acho muito chato (e isso é uma critica a algumas pessoas daqui, pq no mundo real eu praticamente nao vi esse tipo de comentario) é esse tal "caçar carteirinha" que alguns fazem " mas seu gato comeu bichinhos e vc nao faz nada" , "vc pisou na formiga sem querer" , "usa computador", "toma remedio"... isso eu acho totalmente desnecesário e nao sei a função, nao sei o que acrescenta ao debate, desconfio que é trolagem, mas nao tenho certeza.

Acho desnecessario associar veganismo com saúde, a prioridade no veganismo, que eu saiba, sao os animais. Mas como nao participo de nenhum movimento grande, nao sei exatamente o que estao pregando.


E pra finalizar, peço desculpas a vc ou a qualquer pessoa caso eu tenha sido indelicada. Nao foi a intenção, mas eu realmente estava esgotada em alguns comentarios.


Vicky_ disse...

Anon, bom saber que essa conversa não acabou em coisa pior, as vezes esses debates de Internet deixam qualquer uma estressada.

Perdão, e não, não consigo separar animais simplesmente como mascotes ou material alimentar. Sim, eu já vi como a maioria dos animais para alimentação são mortos.

Perdão, mas eu realmente não ponho outras espécie na mesma prioridade que a nossa, o que não quer dizer que vou resumi-los a rebanho. Nunca.

Quanto eu termo, é uma metáfora meio chatinha de explicar, mas há textos na Internet que explicam melhor do que eu.

Sei que eu poderia fazer mais por animais abandonados ou que precisam de tratamento, por exemplo, tomarei coragem para cooperar economicamente, ou sei lá.

Vicky_ disse...

No entanto, "animais"? Nós somos animais!
A saúde pode ser de boa prejudicada?
Se colocar como "não-animal" não seria uma atitude especista vinda de um ser humano?

Como o veganismo conseguirá ampliar sua filosofia para outras espécies? Se ao fazer isso com animais carnívoros, estariam diminuindo a expectativa de vida dos mesmos, além da própria qualidade de vida (de vocês).

São essas dúvidas e mais outras que pipocam na minha cabeça, anon. Estou buscando o que sustente a filosofia veg.
Obrigado pela educação.

Anônimo disse...

Vicky,

eu nao sei se entendi direito as suas dúvidas.
se voce explicar novamente, responderei sim.

Rafael disse...

Anônima, você já visitou um abatedouro? Eu já morei por uns anos no interior e estive mais de uma vez em um abatedouro de frangos.

Sem entrar no mérito da vida que o frango levou (de maneira geral, horrível, mas já existem criadores que os fazem dignamente), sua morte não é dolorosa.

E olhe que o abatedouro não era nenhuma Sadia.

Eu gostaria de aproveitar e pontuar uma outra ótica nessa conversa sobre animais:

O quão confortável é a vida de um animal na natureza? O quão estressante é estar PERMANENTEMENTE sendo alvo de predadores?

O quão estressante é estar sempre em busca de alimento? E pior: brigar muito para obter esse alimento.

Quão dolorosa é a morte na predação? A regra é ser devorado vivo e inteiro (se a diferença de tamanho o permitir) ou descarnado ainda consciente (caso de animais maiores).

O que muita gente que sempre viveu em cidades não sabe é que a galerinha amiga de Madagascar só existe no filme da Disney. A vida na floresta é duríssima.

Realmente tenho dúvidas se ser criado dignamente (existe manejo "confortável" para os animais) e morto de maneira rápida e indolor é realmente tão pior assim que viver na natureza...

Anônimo disse...

"Anônimo disse...
Racistas não passarão. Defensores de "pureza racial", de qualquer raça ou etnia, também não."

Isso não existe. Por mais indelicado, preconceituoso e alienante que seja chamar alguém de palmito, não existe racismo de negros contra brancos.
26 de novembro de 2015 21:02
"

"Anônimo disse...
Isso nao existe. http://www.cartacapital.com.br/blogs/escritorio-feminista/racismo-reverso-e-a-existencia-de-unicornios-205.html
26 de novembro de 2015 21:05"


Então me expliquem como devemos classificar o ato de chamar uma mulher de "ventre sujo" tendo como única motivação a raça-etnia-cor da pele dessa mulher e do companheiro dela.

Enquanto não inventarem um novo nome que defina um ato desses, vou continuar considerando isso como racismo, e dos mais nojentos.