domingo, 5 de julho de 2015

"TÁ PARECENDO UM HOSPÍCIO"

Eu sempre gosto da Roxy, minha leitora antiga e comentarista menos habitual do que eu gostaria. 
Não concordo com tudo (nunca direi: Tô com o Fábio do Mingau; entendo que muita gente não goste do discurso "me salvei quando descobri o feminismo", se bem que é uma realidade e nada exclusiva do feminismo), mas gosto. Ela é muito lúcida. E, sim, algumas das criaturas que têm aparecido nesta caixa de comentários são mesmo surreais.

Então, tô com Fabio, que tem lá suas doidices, mas pelo tem senso de humor. E com a Raven, que é também a mais bem humorada e humana nessa caixa de comentários repleta de arquétipos.
O feminismo é realmente heterogêneo, porque as mulheres são heterogêneas, mas existem manifestações aqui que claramente não são manifestações feministas, enquanto manifestações políticas, são apenas um compartilhamento de experiências pessoais femininas (cheias de preconceito e intolerância, diga-se) que poderiam perfeitamente figurar numa seção de cartas a serem respondidas por especialistas nas antigas revistas femininas. 
Além desse movimento confessional (e catártico) tenho identificado uma tendência que tenho chamado de feminismo testemunha de Jeová, que criminaliza as formas hegemônicas do sexo e as contra hegemônicas, aquelas subversivas dos corpos abjetos também. Nesse balaio entram: 
- feministas radicais que insistem em negar a amplitude do gênero, da agência feminina, insistem em criminalizar o desejo feminino seja ele hegemônico ou abjeto, como disseram aqui outra vez, o estado islâmico do feminismo, uma interpretação estrita e bem antiga do gênero; 
- incluem também as feministas de ocasião que advogam em causa própria, normalmente uma causa que tem estreita relação com o conservadorismo e com o status quo (quem insiste em dizer que há uma ditadura do sexo anal e das relações poliamoristas) que criminalizam qualquer manifestação de vida ou expressão da sexualidade que estão à margem da visão estreita delas, ou colocam a experiência individual delas, seja com relação ao sexo, classe social, ou raça, no centro do debate. 
Essa última manifestação costuma vir acompanhada de uma expressão muito associada ao discurso evangélico: "depois que eu descobri o feminismo...", "foi o feminismo que me fez...". Não há espaço aí para uma leitura ampla da sociedade, ou seja, imagina-se (ou ao menos desejam) que as mulheres vivem em Vênus, e não aqui mesmo no planeta Terra onde existem homens (metade de população mundial) ricos, pobres, pretos brancos. 
Daí fazem comentários na linha "uzomi qualquer coisa". O interessante é que se reconhecem os homens como a ORIGEM de todas as mazelas, mas quando se resolve pensar no coletivo masculino para entender essa "origem", o feminismo está traindo a causa, está se preocupando com o "opressor" e não com a "oprimida". 
Daí que se quer destruir qualquer elemento que possa apresentar uma contradição. Pra mim isso e tacar pedra em criança do candomblé é exatamente a mesma coisa. Tem discurso aqui que está IDÊNTICO ao do Levy, como alguém bem observou.
Então eu só gostaria mesmo de manifestar a minha perplexidade, como o Fabio, de que tá parecendo mais um hospício, menos feminismo.

200 comentários:

Ariel disse...

Se está parecendo um hospício, é porque existe uma normalidade implícita.

Levando em conta que todo conceito de "normal" vem da norma e que ela muda conforme o espaço e o tempo (o que é normal em um lugar não é em outro, o que é em uma época pode não ser em outra), qual seria afinal a norma feminista à luz da pluraridade individual e do(s) movimento(s)?

Anônimo disse...

Cada vez mais me vejo concordando com as teorias das rads. Não consigo entender como uma travesti que se maquia e coloca uma saia, e e sente mulher, pode ser uma mulher. Não gosto de maquiagens ou de saias e não sou um homem por isso. Acredito cada vez menos nesse conceito de gênero de Butler. Nunca tirei da minha cabeça que fomos dominadas pelos homens por sermos mais fracas que eles fisicamente. E diante de toda essa dominação que nós mulheres sofremos por sermos mulheres, por sermos XX, me é muito estranho lutar contra a opressão de uma forma que não seja essa; unindo as mulheres e educando os homens.
Sem falar que o gênero é algo socialmente criado. Travestis então, ao meu ver, só podem ser mulheres de mentirinha. Não acho que as travestis sofrem ódio e discriminação com base no gênero. Acho que elas sofrem inclusive por esse motivo, mas por outros motivos também. Não acho que as mulheres são oprimidas por serem do gênero feminino, não de maneira primaria. A dominação vem por sermos do sexo feminino, aí é que está ao meu ver, a raiz da nossa opressão.

Anônimo disse...

Você percebe o fundo do poço de um blog feminista, quando quase cita com louvor, um débil mental de um mascu escroto em seu texto.

Unknown disse...

Olá Lola

Realmente a área de comentários do seu blog tem horas que parece um deposito de gente louca mesmo.

Agora quanto feminismo eu tenho uma visão um pouco conservadora (se e que se poder dizer isso)dele, de modo que penso quem quer se declarar feminista deve seguir a risca aquelas ideias originais do feminismo, sem querer fazer um revanchismo contra nada nem ninguém, o que eu vejo neste espaço são muitas "feministas" querendo na pratica e tomar o lugar do opressor tradicional (vamos dizer assim), para impor a sua forma de opressão, e as idealizadoras do movimento feminista com certeza não tinha isso em mente quando criaram o feminismo.

Isso tudo sem falar na mistura nada saldável, de feminismo com esquerdismo, sendo que são duas coisas com objetivos completamente diferente, e quando misturadas só quem ganha e em termos eleitorais e políticos e a esquerda.

Anônimo disse...

Sou leitora do seu blog há anos e não comento por esse motivo. O feminismo da "quarta onda" atingiu muita gente por meio da internet, mas ninguém sabe direito o que é, e vocação para estudar poucos têm. O discurso individualista é típico da geração Y, que acha que suas experiências são só o que importa. Fica difícil ser de outro jeito, infelizmente.

Anônimo disse...

Esses Jonas quando abre a boca não diz nada que preste. Não sei como as comentaristas habituais aturam ele. Eu não aturo. Por isso que outro dia mandei ele sair do lixo.

Anônimo disse...

já que aparece a Rê Bardosa para falar como ela é cool, e transona...

Rê Bordosa disse...
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Rê Bordosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rê Bordosa disse...

Aí é que está, Ariel.

Tem aquela frase que diz “Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade profundamente doente”... E eu concordo totalmente com ela.

Ultimamente, muitos comentaristas vivem uma "normalidade" (norma/regra) nada saudável: a normalidade do maniqueísmo e ódio.
Exemplo:
De um lado mascus que acham que mulher TEM QUE se depilar, mesmo que ela não queira (caso contrário não é mulher de verdade) e de outro fanáticas que acham que mulher NÂO PODE se depilar, mesmo que ela queira (caso contrário não é feminista de verdade).
No meio do fogo cruzado, ficam aquelas que acham até valido QUESTIONAR comportamentos, mas não JULGAR pessoas; que uma mulher não é obrigada nem proibida de fazer depilação, afinal a vida e o corpo é dela e cada uma faz o que quiser... Essas tomam pedrada de todo lado, dos mascus e dos fanáticos, apenas por defender a liberdade individual.
E vale pra tudo: substitua no exemplo acima "depilação" por ser mãe ou não, ser vaidosa ou não, gostar ou não gostar de homem, ser ou não ser solteira, dar ou não dar o cu, casamento fechado ou aberto, TUDO! Para fanáticos só existe uma norma, um caminho.
Tudo é motivo pra deixar o debate produtivo de lado, partir pra generalização e xingar homens e mulheres.
Uma realidade louca, onde a norma não é valorizar o conteúdo do que foi dito, mas "quem disse". Ex: alguém não concorda com o argumento de fulano, mas ao invés de ser racional, debater e dizer porque discorda, enriquecendo assim o debate e tendo a chance de convencer o sujeito discordante, trazendo-o para o seu lado... Resume a responder "tinha que ser mascu, mascu só fala merda. Homem tem tudo que morrer mesmo" (inclusive os homens que nem disseram nada e discordam do que o indivíduo disse). Ou então "tinha que ser essa fulana que só fala merda aqui no blog! Tomara que ela seja estuprada pra aprender a importância do feminismo" (cadê a coerência em defender feminismo desejando estupro a uma mulher?)

Daí quando as moças com esse discurso são comparadas com religiosos fanáticos e nazistas não gostam, mas veja as semelhanças:

"Judeus têm que morrer tudo! É da natureza deles! São todos ruins, todooooooos" (igual discurso de que todo homem não presta e tem que morrer)
"Jesus disse pra não julgar e amar os inimigos... Mas eu odeio esses ateus! São uns idiotas! Vou ficar feliz quando chegar o juízo final e eles forem queimados no inferno, aí vão dar valor pra Deus" (tipo aquela que acha que mulher machista deveria ser estuprada pra dar valor ao feminismo)

Claro, muitas vão dizer "o fanatismo religioso e o nazismo mataram milhões, feminista fanática nunca matou ninguém"... Nunca mataram porque nunca tiverem no poder pra isso, sempre estiveram na posição de oprimido e não de opressor... É por falta de oportunidade, não por falta de vontade. Nas atitudes não são iguais, mas em essência, são a mesma coisa.

É um tipo de feminismo que não visa um mundo mais justo, apenas trocar de lugar com o opressor.

Rê Bordosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rê Bordosa disse...

Comentários acima citando gratuitamente a minha pessoa ao invés de idéias só provam o que eu disse.

Julia disse...

Concordar com mascu é foda mesmo.
E eu já to cansada de xingar o Jonas, só não xingo de coisas piores por respeito ao blog.

Fábio disse...
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Fábio disse...

"As pedras que me atiras serviram para construir o castelo de vossa ignorância"

-Para choque de um caminhão qualquer, que passou em minha vida :P

Rê Bordosa disse...

Júlia, até um relógio parado está certo em algum momento do dia.
Não existe ninguém que não tenha defeito ou que não tenha qualidade alguma.
Se um dia um mascu disser algo que você ache relevante você vai discordar só pra contrariá-lo? Ou vai ignorar o sujeito e fingir que ele não disse nada bom? Você não acha que ignorá-lo nesse caso é ruim, pois apoiá-los quando dizem coisas certas pode ser um reforço positivo que os incentiva a melhorar enquanto pessoa?

Anônimo disse...

Rê Bordosa disse tudo, sem mais.

Julia disse...

"Para choque de um caminhão qualquer, que passou em minha vida"

Pena que não passou por cima de você, né?

Julia disse...

Rê, caso não tenha ficado claro, discordo de você.

Rê Bordosa disse...

Valeu anônimo 15:30!

Se eu tivesse um caminhão (para a decepção daqueles que acham que toda mulher que beija mulher tem um caminhão, bem, eu não tenho, rsrsrs) a frase que eu colocaria no parachoque seria:
-Eu não sou obrigada a fazer meu feminismo limpinho e cheiroso... Mas também não faço questão que ele seja lamacento.

Rê Bordosa disse...

Ficou claro o seu posicionamento, Júlia, mas como aqui é um espaço para debate, achei pertinente lhe fazer um questionamento, mostrar outro ângulo. Só isso, você não é obrigada a concordar comigo.

Anônimo disse...

Se eu não aceito que um homem barbado vestindo terno e gravata que se diz mulher seja de fato uma eu já era "transfóbica". Agora sou também parte do "estado islâmico de gênero" e não tava sabendo? Cara, serião. O que diabos vocês cheiraram, beberam, injetaram e fumaram ao mesmo tempo para serem incapazes de enxergar o tamanho do absurdo disso?

anon A. (radfem) disse...

E eu achando que o post ia criticar o termo "parece um hospício", que é um termo bastante cruel considerando a realidade dos hospícios... Anyway...

Vocês podem criticar o feminismo radical a vontade, é seu direito, mas por favor entendam de uma vez que nós não queremos uma "amplitude do gênero" ou uma "interpretação ampla de gênero". Nós não queremos que as pessoas possam escolher entre a caixa 'feminino' e a 'masculino', mas que elas não tenham que fazer essa escolha. Nós queremos destruir gênero, ou seja, esteriótipos de gênero. Não existe isso de mil e um gêneros onde o 'feminino' se define por fragilidade, ser um enfeite, usar certas roupas, ser submisso. Gênero é uma hirarquia, onde pessoas em é assumido que possuam vagina são tratadas pior do que quem se assume que tenha um pênis, desde o nascimento. Radfems não são contra homens usar saias e maquiagem, radfems não são nem mesmo contra pessoas transicionarem, já que entre os motivos para isso existem os homossexuais GNC que o fazem por sobrevivência e pessoas que sofreram traumas sexuais, não por "sempre me senti mulher!11!!!1!". O que somos contra é definir mulher e homem como uma pessoa que segue determinados esteriótipos de gênero, mas sim simplesmente como uma pessoa que possui determinado aparelho reprodutor (ou que isso foi assumido no nascimento, antes que alguém venha berrar 'intersex!'), isso independentemente de sua personaldiade ou hobbies.

"(...) da agência feminina, insistem em criminalizar o desejo feminino seja ele hegemônico ou abjeto (...)" Só posso assumir que vocês está achando ruim o fato de radfems criticarem e analisarem tudo, nada é considerado 'escolha pessoal', tudo é analisado de forma coletiva e social. Achar esse tipo de análise ruim é que é bastante suspeito.

anon A. (radfem) disse...

@anon 13:47
"(...) A dominação vem por sermos do sexo feminino, aí é que está ao meu ver, a raiz da nossa opressão."

*palmas!*

Anônimo disse...

O feminismo virou essa loucura depois da popularização da internet e redes sociais. Cada um cria o "seu feminismo" passa a militar em blogs e redes sociais e rejeita tudo aquilo que está fora do seu "universo feminista particular". Então existe feminismo que aceita trans, o que rejeita, o que pode passar batom e usar salto, aquele que não pode, o feminismo que condena a maternidade, o que glorifica, o que odeia homens, o que gosta deles, o que vive no mundo da fantasia da ilha da mulher maravilha, o que tem os pés no chão, e por aí vai.

anon A. (radfem) disse...

"Porque to desconfiado que boa parte destas radnazis anônimas são VC Júlia chatinha?!"

'A Raven tem fakes!!!!'
'A Julia tem fakes!!!!'

Espero que não seja mais uma caixa de comentários que vai pro saco por causa dessa discussão infantil. Mesmo se alguém por acaso tiver fakes, isso é irrelevante para a discussão, no final todo mundo que posta ainda é uma pessoa do outro lado da tela.

Anônimo disse...

Eu realmente gostaria de saber qual é a dificuldade para entender que se uma trans não usar o tão criticado "estereótipo feminino", ela não será lida como mulher. Se já é difícil ser chamada pelo nome social e ser tratada por pronomes adequados usando uma imagem universalmente aceita como feminina, imagine se não o fizesse.

Anônimo disse...

Radfem é tipo o Ministério Público, problematiza aquilo que é o do interesse delas e pro resto faz vista grossa.

Rê Bordosa disse...

Anon A.

A maior crítica do texto não é contra as ideologias das pessoas, mas como elas manifestam essas ideologias. Acho que de todas as "rads" que comentam aqui, você é a única que ainda argumenta.
Se você observar a caixa de comentários dos últimos textos, vai ver quanta baixaria apareceu. Teve "feminista" xingando gratuitamente outras mulheres de "cadelas de macho" e "mico de pirocudo", pelo simples fato de não concordarem com o que dizem ou com as escolhas que fazem na vida... Usando da desculpa de serem feministas para odiar e atacar (como se feminismo fosse uma ideologia de ódio).
Eu acho por exemplo, que não tem nada de mais você não acreditar em ideologia de gênero... Direito seu. Desde que você não use essa ideologia para ofender e atacar, como muitas fazem por aqui. Tem algum propósito para o feminismo uma "rad" chamar transexuais de piroco? O feminismo vai ganhar alguma coisa com atitudes de ódio a trans? Você deixaria de fazer a gentileza a uma pessoa chamando de "Maria" como ela gostaria de ser chamada, e não de João, só porque não acredita em gênero? Isso que está sendo questionado, atitudes.

anon A. (radfem) disse...

@anon 16:53
"Eu realmente gostaria de saber qual é a dificuldade para entender que se uma trans não usar o tão criticado "estereótipo feminino", ela não será lida como mulher. Se já é difícil ser chamada pelo nome social e ser tratada por pronomes adequados usando uma imagem universalmente aceita como feminina, imagine se não o fizesse."

a) E a porrada de mulheres que não 'usam' o esteriotipo feminino e são lidas como mulheres da mesma forma?
b) Como se 'usar' o esteriotipo feminino automaticamente fosse fazer uma mulher trans ser lida como mulher anyway.
c) Assumo que por esteriotipo feminino você não esteja se referindo a 'mulheres trans' tem usam terno, barba e bigode, não sofrem uma gota de machismo direcionado a mulheres, e querem se dizer 'mulher' ainda assim.

E principalmente: d) Existe uma diferença colossal entre uma mulher trans agir de forma 'feminina' para tentar ser mais aceita e ela dizer que é isso que define uma mulher. E a não ser que você esteja completamente desinformado, você sabe que é o segundo discurso o mais aceito. As pessoas trans que querem mudar de sexo e não associam isso com esteriotipos de gênero, por terem disforia sexual, são chamadas pejorativamente de "truscum" pelo proprio movimento trans. Hoje 'transgenero' é muito mais aceito que 'transexual' dentro do proprio movimento trans.

anon A. (radfem) disse...

"Radfem é tipo o Ministério Público, problematiza aquilo que é o do interesse delas e pro resto faz vista grossa."

Massa, diz aí algo que você considere que radfems não problematizaram. Estou esperando.

Rê Bordosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
anon A. (radfem) disse...

@Rê Bordosa

Também acho estranho o excesso de ofensas, elas não ajudam em nada. Mas também dê uma olhada que em vários posts aconteceu a bizarrice de aparecer uma radfem troll e surgir dezenas de comentários de ódio contra ela, enquanto isso simplesmente não acontece com os mascus e machistas que comentam.

Em resumo: As ofensas são bidirecionais. Eu ainda discordo com essas ofensas, anyway.

"Você deixaria de fazer a gentileza a uma pessoa chamando de "Maria" como ela gostaria de ser chamada, e não de João, só porque não acredita em gênero?"
Se essa pessoa trans estiver sendo lida como mulher, ou tentando ser lida como mulher, sim, eu chamaria de "Maria" para evitar que a pessoa passe por problemas por ser trans. Mas eu não consideraria, por exemplo, que ela não recebeu socialização masculina.
Se a pessoa "Maria" fosse uma daquelas 'mulher trans' que vive a vida como homem 100% dentro dos padrões, não sofrendo machismo nenhum por parecer mulher, e gosta de botar peruca e vestido nos sábados a noite e acha que isso é 'ser mulher'. Foi mal, mas eu chamaria de "João" mesmo.

Rê Bordosa disse...

E tem outra coisa que não entendo: muitas auto-intituladas "rad" adoram dizer que odeiam trans porque estão "desconstruindo o conceito de gênero"... Mas não largam a porra do gênero hora nenhuma! Porque em seguida dizem "trans nasceu com pinto, logo não presta, nasceu com pinto é macho e nenhum macho presta" ou seja, estão REAFIRMANDO gênero, estão dizendo que gênero define quem você é, que gênero define caráter.
Contradição total!
Parem de dar tiro no pé, galera!

Anônimo disse...

Anon A., lesbianismo.

Anônimo disse...

A caixa de comentários já foi bem melhor mesmo.

Eu sempre acompanhava, mas ultimamente tenho tido preguiça. Acho que, além dos machistas escrotos e óbvios, tem muito fake passando por feminista radical, de acordo com o estereótipo de feminista radical em que a própria Lola parece acreditar.

Desculpe, Lola, aprendi muito com vc, acho que vc é uma pessoa bastante séria e honesta intelectualmente, mas de onde vejo parece que vc tem escolhido demonizar o feminismo radical. Não acho que isso seja produtivo, são visões diferentes apenas... eu me identifico mais com o feminismo radical, sou hétero e tenho um filho. Essa relação entre feminismo radical e ódio aos homens e mulheres trans interessa a alguém, com certeza, mas não é às mulheres e ao feminismo.

Anônimo disse...

"Essa relação entre feminismo radical e ódio aos homens e mulheres trans interessa a alguém"

Tá, e a militância rad não prega misandria e transfobia? pff. É só olhar essa caixa de comentários.

Anônimo disse...

Essa re bardosa que de feminista não tem nada e esse jonas são um pé no saco, não falam porra nenhuma esse blog tá ruim esse post foi sem nexo.

Anônimo disse...

Anônimo anon A. (radfem) disse...

a) E a porrada de mulheres que não 'usam' o esteriotipo feminino e são lidas como mulheres da mesma forma?

R:É óbvio que alguém que nasceu num corpo feminino e se identifica com ele nunca precisou lutar contra o mundo para ser lida como mulher. É completamente diferente de alguém que nasceu num corpo masculino, mas não se identifica com ele. Depois de lutar contra si mesma para entender e aceitar que aquele corpo não representa a sua verdadeira identidade, vai ter que enfrentar o mundo para que entendam que é uma mulher. Se não fosse assim, nem estaríamos discutindo isso, pois vc é uma das pessoas que não aceitam isso.

b) Como se 'usar' o esteriotipo feminino automaticamente fosse fazer uma mulher trans ser lida como mulher anyway.

R. É verdade que usar o esteriótipo feminino não faz com que uma trans seja automaticamente lida como mulher. A transfobia não permite isso.

c) Assumo que por esteriotipo feminino você não esteja se referindo a 'mulheres trans' tem usam terno, barba e bigode, não sofrem uma gota de machismo direcionado a mulheres, e querem se dizer 'mulher' ainda assim.

R: Não. Me refiro a colocar prótese de silicone, vestido, peruca, depilação, tomar hormônios, salto, maquiagem. E o processo de mudança de imagem é gradual, e não instantâneo. Com certeza, todas as trans algum dia já se vestiram com "roupas masculinas".

E principalmente: d) Existe uma diferença colossal entre uma mulher trans agir de forma 'feminina' para tentar ser mais aceita e ela dizer que é isso que define uma mulher. E a não ser que você esteja completamente desinformado, você sabe que é o segundo discurso o mais aceito. As pessoas trans que querem mudar de sexo e não associam isso com esteriotipos de gênero, por terem disforia sexual, são chamadas pejorativamente de "truscum" pelo proprio movimento trans. Hoje 'transgenero' é muito mais aceito que 'transexual' dentro do proprio movimento trans.

R:Em momento algum eu disse que as roupas, acessórios e outros elementos estéticos que determinam quem é mulher e quem não é. Eu disse que o que determina é a identificação pessoal com o gênero feminino. E duvido que a maioria das trans se definissem antes de "se montarem" como homem, e só depois da mudança, se definissem "mulher".

Anônimo disse...

Então, tô com Fabio, que tem lá suas doidices, mas pelo tem senso de humor. E com a Raven, que é também a mais bem humorada e humana nessa caixa de comentários repleta de arquétipos

LOLA FOI VC MESMA QUEM ESCREVEU ISSO??
Nossa... alimentando ego de mascu tô chocada
tem tanta feminista boa que comenta aqui coisas relevante

Pelo menos ter senso de humor? eu nunca ia gostar de um machista só porque ele é bem humorado tipo Rafinha Bastos.
Nossa cara Fiquei decepcionada espero que tenha entendido errado mas acho que não.

Anônimo disse...

"D Stoffel disse...

LOLA FOI VC MESMA QUEM ESCREVEU ISSO??
Nossa... alimentando ego de mascu tô chocada

Pelo menos ter senso de humor? eu nunca ia gostar de um machista só porque ele é bem humorado tipo Rafinha Bastos.
Nossa cara Fiquei decepcionada espero que tenha entendido errado mas acho que não."

Então, D Stoffel, mais um motivo pra vc se juntar ao feminismo radical. Feminismo Liberal não é feminismo não, amiga. É masculinismo disfarçado.

Anônimo disse...

Concordo com você, Rê.
Eu sempre me pergunto se a Júlia é assim na vida real. Todas as vezes que vem comentar só trata as pessoas com agressividade. De tudo que mostrou aqui não parece ser uma pessoa disposta a dialogar.
Pessoas assim não são interessantes NA VIDA porque simplesmente só atacam. Reduzem uma boa oportunidade de conscientização para uma simples argumento de uma criança da terceira série.
Acabo concordando com alguém que disse em outro post:
"-Júlia, o pombo enxadrista"

Anônimo disse...

Eu gosto da Júlia. É autêntica. Combatividade também faz falta às vezes. E as pessoas não precisam ser iguais. Aliás, o "interessante" é isso. Acusar de louco, mandar "tomar remedinho" também soa um tantinho hostil. Ligeiramente discriminatório.

Panthro disse...

Quando todos os lados querem matar e destruir, fica meio complicado de se acreditar numa sociedade melhor. A menos que as pessoas estejam numas ondas pós-apocalípticas de que têm que destruir a sociedade pra começar tudo do zero. Dica: Tentem com macacos. Pelo menos dá um filme bacana.

Panthro disse...

Quanto às regras do feminismo e a necessidade de combatividade, eu penso que cada um sabe onde seu calo aperta. Lembram do post sobre dirigir carros e como mulheres são vistas como vítimas mais fáceis? É óbvio que isso é porque os bandidos são machistas, mas quem liga? Então uma mulher, sabendo disso, pode dizer: Foda-se, não vou me privar por conta dessa merda. Ou pode ficar com medo e não querer se expor ao risco. Não importa o que aconteça, tem que ser uma decisão dela.

Estava inclusive falando disso no Facebook ontem. Um amigo postou que sempre bate boca com taxista, com gente na fila do pão, enfim, com pessoas que pressupõem que podem compartilhar seus preconceitos com ele e que acham que ele vai concordar. Aí uma amiga dele disse que muitas vezes ela deixa de falar porque já foi ameaçada de agressão e é óbvio que a diferença é que ela é mulher.

Ao invés de dizer que ela não deveria ceder (e condenar a vítima de violência, olha só que coisa!) eu, que não sou mulher e por isso ganho mais voz, me sinto obrigado a falar no lugar dela. Até que mais mulheres se sintam seguras pra falar por si próprias, vou estar comprando essa briga sempre que puder. Podem me acusar de estar querendo roubar pra mim uma luta que não é minha. Mas isso é simplesmente imbecil. Se rouba coisas positivas. Não existe nenhum benefício em roubar uma luta. Eu não ganho nada além de stress ao defender pessoas de ataques. Mas se é o certo a fazer, eu vou fazer. E vou fazer isso por todo mundo até que a gente viva numa sociedade verdadeiramente democrática onde todas as pessoas possuam os mesmos direitos.

Anônimo disse...

Lola, não adianta essas radfems só querem saber de ódio, baixaria e agressões. Para elas não há diálogos e se alguma feminista sai um pouco do padrão delas, vira saco-de-pancadas. Só elas é que são as "verdadeiras" feministas e acabou. Esse é o único recado delas e não há mais nada o que se possa fazer. Se vc quer o seu blog cheio de trolls como elas problema seu. Tanto elas quanto os mascus usam as idiotices que o outro fala para justificar suas próprias idiotices. São pessoas igualmente sem caráter e cheias de ódio.

Panthro disse...

E tem outra coisa: O que impede um mascu de se passar por radfem aqui nos comentários? Maturidade? Não possuem.

Anônimo disse...

Panthro, o macho que só pq é gay acha que pode nos comparar com mascus. Não somos nós que ficamos de broderagem com os transpirocos.

Anônimo disse...

Apesar de ser homem sempre admirei as feministas sérias, que realmente se preocupam com o bem-estar das mulheres e seu progresso! Tenho filhas, esposa, mãe, irmãs, etc e o ponto principal nas relações humanas tem de ser sempre o respeito! O feminismo sério já fêz muito pela mulher e há de fazer muito mais pois a igualdade completa ainda não chegou! Agora, quanto à Internet e redes sociais, recentemente Umberto Eco deu uma declaração de grande lucidez: "Num mundo com 7 bilhões de pessoas, você não concorda que há muitos imbecis? Na internet, o imbecil pode opinar sobre tudo o que não entende".É isso aí: o blog é sério e respeitado mas é impossível ficar imune às hordas de imbecís venham de onde vierem!

Anônimo disse...

Some Pantro, não é pq você é gay que deixa de ser XY. Só vai faltar esse macho asqueroso falar que é uma mulher não binárie

Ana disse...

Só vejo hipocrisia nesse texto, Lola e várias aqui não se cansam de chamar quem discorde delas de mascu e ainda dão desculpas esfarrapadas: ah, só falo isso se me xingar, se falar igual mascu... To cansada de ver que basta discordar para virar mascu, nem precisa ofender.
Agora as Rad que aparecem aqui tb são mascus?? Isso que é incapacidade de aceitar que tem gente que pensa diferente.

Anônimo disse...

Olha lá, o macho asqueroso acha que tem o poder de decidir quem é e quem não é feminista séria! Acha que só pq tem filhas, esposa, mãe e irmãs vou me solidarizar com piroco? Ainda mais piroco que cita o pós-estruturalista do Umberto Eco. Que tipo de pessoa, ainda mais um "formador de opinião" reclama q hj em dia todas as pessoas podem se expressar e opinar sobre assuntos graças a internet? Tipo os reaças que dizem "maldita seja a inclusão digital"??? Tadinho, como sofre por ter que sair da bolhinha onde todo mundo concorda com ele e só diz o que ele quer ouvir. Chora, macho.

B. disse...

É claro que basta discordar delas pra virar radmascu. Viu o que fizeram com a radscum? Enxotaram ela daqui só pq ela discordava. A moderadora apagou um monte de comentários só pq ela discordava e dps simplesmente respondia distorcendo tudo que ela falava. Tipo falar que ela chamou a moderadora de "lambe-macho" soa horrível fora do contexto, mas o que ela falou na verdade é que mulheres eram silenciadas aqui, mas que os machinhos eram super lambidos". Tipo comum no feminismo liberal, mesmo aqui nos comentários vemos muito isso das comentadoras. Elas interpretam tudo da pior maneira possível e dps fazem uma tempestade em copo d'agua, transformam uma coisa mínima num terremoto e difamam as mulheres. Agem como sempre agiram todos os machos.

Anônimo disse...

"Roubar luta" é outra noção triste. Para mim é lutar junto, e isso não significa necessariamente roubar espaço dos grupos ou querer ser a voz deles para calá-los. Se a sociedade melhorar, todos (que se importam) se beneficiam e isso basta para justificar uma luta. Não enxergo necessidade de excluir, acho que preciso de óculos.
"São pessoas igualmente sem caráter e cheias de ódio" >>> e você também está uma pessoa cheia. De ódio aos 2 grupos. Ninguém está imune, não se preocupe.
Concordo com Panthro e sou fêmea, então imagino que posso te considerar um troll machistíssimo à vontade, bjsss. Quanta honra...

Anônimo disse...

"Isso tudo sem falar na mistura nada saldável, de feminismo com esquerdismo, sendo que são duas coisas com objetivos completamente diferente, e quando misturadas só quem ganha e em termos eleitorais e políticos e a esquerda."


Essa foi de cair o cu da bunda kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Faz tempo que não comento aqui, e esse ano resolvi dar um tempo , tirar férias mesmo de comentar em blogs por alguns períodos.

mas nesse post fiz questão de vir e dizer o quanto gosto dos comentários e admiro a Roxy.

inclusive, Roxy, minha primeira impressão sobre vc foi meio estranha porque tivemos um embate uns anos atrás...rsrsrs , mas sobre aquele assunto sabe que mudei minha opinião depois de viver a experiência na pele ? Prefiro não falar sobre isso em aberto, mas o dia que quiser meu contato por e mail, peça pra Lola me pôr em contato contigo que autorizo -:)

Fui vendo outros comentários seus em outros posts, até alguns em que dialogamos de uma maneira bem legal, e vi que vc é uma pessoa bem bacana, e que várias vezes tentou explicar a sua posição sobre um tema a pessoas de opinião contrária , com a maior paciência, sem agredir nem ofender,( um post sobre aborto, por ex, vc escreveu um livro em vários posts, eu não consigo nem tenho essa paciência rsrsr )
Admiro,porque não tenho essa paciência nek essa capacidade para escrever tanto, de uma maneira tão logica e coerente.

Sou sua fã !!

Beijos

Maria Valéria

Sou sua fã

Rê Bordosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rê Bordosa disse...

Anônimo 5 de julho de 2015 18:40,

Estou disposta a dialogar, mas fazer o quê né?
Deixo os intolerantes com a intolerância, sigo a vida...

Rê Bordosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rê Bordosa disse...

RadicaLesbian,

Percebo que sua capacidade de interpretação de texto é bem limitada, então vou desenhar pra você: quando eu disse "eu não sou obrigada a fazer meu feminismo limpinho e cheiroso... Mas também não faço questão que ele seja lamacento" era o mesmo que "feminismo não tem que ser miguxo, diplomático e educadinho sempre, mas não precisa ser baixaria e intolerância (como xingar outras mulheres de "cadelas de macho" em nome do feminismo). A palavra "lamacento" está em um sentido figurativo, não literal. Não me referia a sujeira física, mas de caráter.
Sugiro que estude mais, antes de sair despejando seu ódio por aí, te faria bem.

"Fala que é bi, mas nunca chupou xoxota. Casamento de verdade, sexo de verdade só com o macho, só com penetração."

As bocetas que chupei são da sua conta? Por acaso você é da "Agência de Fiscalização da Orientação sexual Alheia"? Se uma bissexual se casa com homem ela é menos bissexual por isso? Depois diz que eu é que sou preconceituosa.

Menos mimimi e mais estudo! Largue de ser ignorante.

Anônimo disse...

Estão vendo ômi incherido falando sobre o que não lhes diz respeito nos comentários? É por esse e outros motivos que ômi não têm que ter direito de piar dentro do feminismo. A começar por esse Jonas.

Ingrid Bezerra disse...

Sobre o Post eu também concordo com a D Stoffel. Mas o Blog é da Lola, ela tem direito de levar mais em consideração o comentarista que ela quiser, mesmo que a gente não concorde né... Mesmo que ele seja um mascu pela saco.

Sobre a questão das Trans eu concordo com as Rads sobre Gênero ter que ser desconstruído. Gênero é construção social. Mas o que rola é que nós temos essas culturas: "femininas" e "masculinas" e muitas vezes a gente se sente atraído mais por alguma delas, como é o meu caso (eu sou completamente cor de rosa, gosto de bordar, costurar, Hello Kitty, Cavalo de Fogo, Monsters High, coraçãozinho...), inclusive eu reafirmei ainda mais isso em mim depois de me declarar feminista (por razões pessoais que não vem ao caso dizer agora) mas de forma alguma é isso que me faz me sentir mulher, apenas tenho afinidade com essa parte mais fofa da cultura feminina. O que me faz me sentir mulher é mesmo a minha vivência nesse corpo com boceta com papéis definidos na sociedade na qual muitos deles não foi eu quem escolheu exercer, os desafios, a maneira como as pessoas me trataram ao longo da minha vida por isso... Isso me faz ser mulher. No dia que não houver mais essas coisas, todas essas obrigações e estereótipos eu não saberei definir o que é ser mulher (espero anciosa por isso!).

No caso das Trans, acho que as que são muito femininas, se sentem atraídas por partes da cultura feminina, como eu. E por razões que eu não entendo e jamais vou entender por ser Cis, elas sentem necessidade de se identificar como mulheres. Por mim, se elas querem ser mulheres, podem ser. Eu não esquento não. Chamo pelo nome social, respeito, divido banheiro, em fim. A vivência de uma mulher Cis elas não tem, mas tem a vivência delas que é obscura para mim. Só acho que deveria haver mais diálogo profundo e civilizado entre feministas e trans para entrar num consenso sobre gênero. Porque eu já ouvi sim, várias vezes de trans homens e mulheres o discurso de estereótipos para definir o gênero que eles se identificam. Isso acaba botando em xeque o teoria de que gênero é apenas construção social.

Mas tem outro lado, a desconstrução de gênero vai demorar muito muito tempo certamente. E por mais que nós não nos agradamos com isso, os gêneros continuarão existindo por um bom tempo. Por isso que digo que não me importo que as Trans se auto declarem como mulheres, porque gênero na cabeça das pessoas e sociedade ainda está muito vivo. Vide lojas, produtos, etc. Acho que a nossa luta deveria ser mais forte para destruir o que há de aniquilador nos estereótipos, as diferenças opressivas e discriminadoras entre o "masculino" e o "feminino" para começar. Daí acho que o restante vai se dissolvendo gradativamente. Desossando a carne o resto é mais fácil de destroçar.

Rê Bordosa disse...

B,

"Tipo falar que ela chamou a moderadora de "lambe-macho" soa horrível fora do contexto, mas o que ela falou na verdade é que mulheres eram silenciadas aqui, mas que os machinhos eram super lambidos"

Chamar a moderadora ou qualquer mulher de "lambe-macho" É horrível, em QUALQUER contexto. Não adianta tentar relativizar. Não foi uma vez nem duas que ela xingou a Lola e outras mulheres cis e trans, era praticamente rotina.
E que mulher era "silenciada" aqui? Desde quando DISCORDAR de alguém é o mesmo que SILENCIAR?
A nova modinha aqui é: alguém responde discordando da moça e vem um dizer "ain, tão silênciando a guria porque ela é radical", como se alguém fosse obrigada a concordar com tudo que a pessoa fala... E como se a Lola fosse obrigada a baixar a cabeça para alguém que a está ofendendo.

Rê Bordosa disse...

"vão chupar um canavial de rola suas doidas"

E o nível só caindo... Já virou palhaçada isso aqui.

Anônimo disse...

Não sou feminista, pq acho que tudo que tem que haver um bom senso, conheci o feminismo através de umas amigas "Jeovás feministas" rs... que falam que a vida delas mudou muito depois que conheceram o movimento e tals mas tudo que vejo é elas vendo opressão em tudo.

Tudo bem, nós sofremos muitos preconceitos. Só que eu acho que nem tudo dá pra ver pelo lado social, psico não sei o que, (não conheço todos os termos, não sou letrada nisso).

Acredito que homens e mulheres podem viver numa boa em sociedade desde que baixem as armas, às vezes vejo essa coisa de machismo e feminismo como guerra dos sexos, ninguém dá muito ouvido pro outro poder se explicar.

Mas eu gostei do blog e na maioria das vezes eu aprendo mais que desaprendo, apesar dos comentaristas um pouco loucos tem outras pessoas inteligentes que não se vitimizam e sabem argumentar.

PS: Não sou troll, ou mascu ou sei lá fake da Raven.

Marjorie.

Julia disse...

Eu sou "agressiva" porque alguém tem que ser.
Vocês que ficam batendo papo com mascu, passando a mão na cabeça, elogiando.. Para mim não dá. Como você está anônimo eu só to te respondendo direito porque você pode ser mulher, se eu tivesse certeza que era homem mandava só a merda mesmo.
Isso é ser agressiva? Mandar um homem a merda porque está cagando regra em quão agressiva eu sou nas respostas a mascus/machistas que não saem desse blog apesar de não serem bem-vindos?

Eu não acho.

19:14, obrigada pela compreensão :)


Anônimo disse...

A menina que falou 'lambe-macho' no outro post é uma extremamente transfóbica? Acho ela fanática... Feminismo já virou religião pra ela. Vai tarde. Não suporto gente extremista.

Rê Bordosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rê Bordosa disse...

RadicaLesbian,

Eu disse que NEM TODA lésbica é caminhoneira, ou seja, PODEM ser, só não é regra... Eu estava quebrando um estereótipo, coisa que o feminismo faz muito bem. Aff, com esse analfabetismo funcional todo fica difícil.

No dia em que você aprender a interpretar um texto simples e deixar de lado esse poço de ignorância/intolerância a gente conversa mais, ok? Vou perder meu tempo com vc não.
Não gosta de bissexuais? Problema seu. Fica aí com seu ódio, faça bom proveito dele.

Ingrid Bezerra disse...

RadicaLesbian, por que não é possível existir bissexualidade? Acha mesmo que seja impossível alguma parcela da sociedade se atrair por homens e mulheres da mesma forma? É tão natural quanto a assexualidade, demissexualidade, etc. Sexualidade é algo plural.

E porque pegar no pé da Rê Bordosa com isso? Se ganha o que com isso? Eu também já a questionei, mas como eu não estou dentro dela, só me resta respeitá-la e compreendê-la. Afinal ela tem a vivência dela a vida dela que a gente não conhece a fundo, portanto não temos direito de julgar. Julgar pra quê?!

Eu gosto da agressividade da Raven e da Júlia. Já vi várias vezes elas mandarem mascus tomarem no cu. Tem tipos que precisam ser tratados assim porque só vem para ofender e agredir. Uma vez que a Lola viajou e deixou o Blog sem moderação escreveram tanta merda que me deu até embrulho no estômago. Pra esse tipo é tomar no cu e tchau. Não sou como elas, mas também já fui grosseira e destilei arrogância e ostentação bucetaniana pra cima de uns sem dó.

Rê Bordosa disse...

Ingrid, a mina ta forçando a barra pra tentar dizer que eu ofendi quem não se depila (ou tem problema de leitura mesmo)... Procurando desculpa esfarrapada pra me xingar. Nem esquento, já larguei pra lá.

Ela implicou com o termo "limpinho". "Ativismo limpinho" é um termo muito usado. A Lola mesmo fala disso direto em vários textos e não tem nada a ver com depilação:


http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2012/09/bingo-do-vamos-mudar-de-assunto.html

"essas frases também servem como um manual de conduta de como um ativista limpinho e educado deve agir. Quem não tem nenhuma ligação com a causa (inclusive, é hostil a ela) exige que o ativista o ensine e prove tudo que disse, sem jamais ficar bravo por estar repetindo a mesma coisa pela milésima vez pra alguém que põe sua experiência e conhecimento em xeque."

Adoro seus comentários.
Bjus!

Anônimo disse...

Anônimo RadicaLesbian disse...
Continuo achando que vocês "bissexuais" nos oprimem com sua heteronormatividade. Não sabia que você era mesmo casada com macho, o fato de ser só prova como você é mais heterossexista do que eu pensava e tbm nos fetichiza muito mais do que eu pensava. Tá realizando fantasia sexual do seu macho né? Tadinha, tão oprimida por ser hetero...hahahaha


Não consegui entender como a "heteronormatividade" de alguém pode oprimir gays e lésbicas.
Da mesma forma que a homoafetividade não deveria ofender um hétero.

Death disse...

Nunca que as Rad's do meu rolê iam ficar de pataquada xingando sem motivo alguma mulher bissexual, invalidando o discurso de outra pessoa só pq ela não se encaixa nos comportamentos do grupo.

Sempre que falam que o feminismo perdeu suas características falam do feminismo liberal, da terceira onda, e agora inventaram uma quarta onda (kkkk). Acusam as pessoas as de inventarem seus feminismos e de que ninguém estuda, mas vem pro debate e não sabe nem interpretar texto, não conversa, só xinga, só reclama.

Não concordo com boa parte do que a Rê fala mas nem por isso eu vou xingar a pessoa dela. Espero que essa caixa de comentários um dia volte a ser como era antes.

Death disse...

Já me fodi grandão na mão de muita bi que não era sincera ao esconder que priorizava relacionamentos com homens, mas nem por isso acho que todas sofram de desvio de caráter.

A galera leva muito em conta sua experiência única, geralmente uma decepção ou um trauma pra querer crucificar quem não têm nada haver. Isso é falta de terapia.

Depois ainda reclamam da "quarta onda"(kkkk)

Anônimo disse...

Como assim bissexualidade não existe? Por que alguém ia querer ser bi se pode ser só hétero que é mais fácil?

Rê Bordosa disse...

Death, muito lúcido seu comentário.

Até acho bom que a gente não concorde em tudo, assim as diferenças geram debates e todo mundo sai ganhando.

"Se você tem uma maçã e eu tenho outra; e nós trocamos as maçãs, então cada um terá sua maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho outra, e nós as trocamos; então cada um terá duas ideias."
Bernard Shaw

Quando há diálogo e tolerância é muito produtivo. Quando não há, o que era debate vira baixaria e aí nem compensa.
Também torço para que a caixa de comentários volte a ser o que era.

Abraço!

Unknown disse...

A caixa de comentários já foi bem melhor mesmo... Não costumo comentar, mas frequento o blog há um bom tempo.
Tenho a impressão que essas briguinhas internas estão fazendo com que o feminismo perca seu foco. Sei lá, estou desiludida já.
Acho agressividade inútil, creio que o melhor é ignorar esse pessoal que só aparece para xingar. Curiosamente, há uma série de comentários agressivos por aqui que não foram apagados. Sei que é impossível ficar toda hora moderando, mas isso me faz lembrar da radscum, que, por menos, foi enxotada daqui. Continuo achando injusto o que ocorreu com ela, principalmente, porque ela tinha muito que contribuir aos debates.
Se não dá para apagar os comentários de todos, o melhor é não apagar de nenhum. Creio que o ideal é ignorar os ofensores gratuitos e debater com quem está disposto a discutir ideias...A RadicalLesbian, pelo jeito, só veio aqui para arrumar encrenca, não é melhor ignorar nesse caso? Enfim, cada cabeça sua sentença.

Anônimo disse...

Como você não é Bi-exclusionary se você tá aí dizendo que exclui bissexuais?

Death disse...

RadicaLesbian

Eu sei disso, pq já vivi isso. Já fui chamada de algumas coisas que vc citou aí, no começo eu me irritava e baixava pro nível da pessoa e a coisa ficava no pessoal. Mas acho que agora estou ficando velha e não tenho mais paciência para discutir pessoas. Se alguma libfem me chama de qualquer uma dessas coisas eu já paro de discutir com tal, na hora.

Podemos discutir ideias ou dizer "hey, vc não teve uma atitude legal, vamos pensar por outra ótica? quer escutar"? mas nunca dizer "vc é idiota, não sabe de nada!eu que sei", isso já compromete qualquer possibilidade da outra pessoa aprender, quando vc condena a pessoa em si e não o erro (nem digo condenar, mas elucidar, discutir), vc está matando o aprendizado não só dessa pessoa mas de qualquer outra que poderia estar de fora e também aprendendo.

Contrapor não é sinônimo de repressão.

Rê Bardosa

Gosto muito dessa citação do Bernard Shaw, muito bem lembrado.

Death disse...

Anônimo das 22:43 essa pergunta foi pra mim?

Panthro disse...

Infelizmente, essa coisa da agressividade inútil não é exclusiva do feminismo. Está se espalhando pela sociedade com uma velocidade impressionante. Uma coisa que eu acho que ajudaria aqui é acabar com os comentários anônimos. O problema é que em alguns casos eles são importantes, porque as pessoas podem querer dividir histórias de vida e não estarem preparadas pra assumi-las. Então tudo tem prós e contras. Mas do jeito que estão os comentários hoje, quem é que se sentiria amparado pra dividir histórias de vida de qualquer jeito? É um ambiente tóxico.

Anônimo disse...

Eu só tenho uma perguntinha: rads, se vocês não acreditam em educar os meninos pra que virem homens melhores, e nem em tentar trazer pro movimento homens que estejam abertos à reflexão a ao aprendizado sobre o feminismo, o que vocês sugerem então? Matar todos os homens da Terra? Erguer uma muralha e botar homens vivendo de um lado e mulheres do outro? Trancar os homens num campo de concentração a la Hitler? Ou fazer que nem os mascus e manter os homens escravizados, e matá-los no meio da rua? Porque do jeito que vocês falam eu simplesmente não vejo outra maneira.

Samantha disse...

Olha, não é fácil.

Estou apenas fazendo o que sempre fiz: apagando os comentários mais odiosos conforme minha disponibilidade de tempo. Se eu pego tudo? Não, porque eu não sou onipresente, onisciente e onipotente. Eu deleto aqui o que vejo como pior.

Radscum não foi enxotada "por menos". Ela ficou pelo menos um mês falando um monte de merda, xingando todo mundo, causando um mal estar do demônio antes de começar a ter comentários deletados. O último, antes dela trocar de nick pelo visto, foi me xingando e colocando minha mãe na jogada por conta do guest post que foi escrito aqui. Todos os comentários que eu deletei dela, TODOS, ofendiam alguém. Todos, sem exceção. Aquele que eu deixei intencionalmente, na qual ela chama a mim e várias leitoras "que adoramos lamber machinhos", foi apenas o menos pior dentre eles.

E assim ó: tudo que eu excluí está no spam e pode ser restaurado. Quando a Lola voltar e assumir o blog de novo, ela vai ter acesso a tudo que excluí e pode decidir por ela mesma se eu cometi "abusos" de moderação.


Se não aceitar ler babaquice dos outros e achar que ninguém merece ser ofendido é silenciamento e opressão, então tá, pegarei minha carteirinha de opressora witch-burn (foi isso? deve ter sido isso) com prazer.

E desculpem, eu particularmente não pretendo deixar comentários bifóbicos e que tem como intuito apenas atingir uma comentadora sem acrescer nada ao debate na caixa de comentários.





Anônimo disse...

Te enxerga samantha.
Todos os grupos feministas radicais do facebook já sabem que a 'moderadora do blog da Lola' é uma hater (de rads) e lesbofóbica. Coisa que a Lola pelo menos não era. Tu acha que tem realmente só uma radfem de olho em você e mudando o nick p vc n perceber? As rads estão é todas revoltadas com você. Estamos pelo menos em 5 aqui nessa caixa hj e TODAS tiveram os comentarios deletados apenas por serem rads. Inclusive as que não foram supostamente "bifobicas" como você diz. Sororidade de bosta a tua. Não tenho sororidade com mina branca, heterossexual e lesbofóbica. Fica esperta, babaca.

Anônimo disse...

Já que todo mundo é bi, qual o problema das pessoas em exercer ativamente a própria bissexualidade se relacionando com homens e mulheres sem ter que escolher "ficar pra sempre só com um"?
Se não quer mais saber de relações heterossexuais é homo, mas e se não quer fechar essa porta?

Eu hein, é muito controle da sexualidade alheia.

Death, a pergunta não era pra você. Até porque você nunca se declarou "bi-exclusionary" ou whatever.

Unknown disse...

Samantha, eu falei lá em cima que sei que é impossível ficar toda hora moderando. De fato, ninguém merece ser ofendido, mas acho extremamente cansativo ficar apagando todo comentário ofensivo que aparece por aqui, são tantos...Por isso, acho mais efetivo ignorar. Só estou fazendo sugestões...

Anônimo disse...

Esta caixa de comentários estava precisando mesmo de uma faxina. Tinha muito lixo espalhado.

Anônimo disse...

As "radfems" só querem saber de ódio, baixaria e discórdia.

RadicaLesbian disse...

"Anônimo disse...

Já que todo mundo é bi, qual o problema das pessoas em exercer ativamente a própria bissexualidade se relacionando com homens e mulheres sem ter que escolher "ficar pra sempre só com um"?
Se não quer mais saber de relações heterossexuais é homo, mas e se não quer fechar essa porta?

Eu hein, é muito controle da sexualidade alheia."

Pq bissexualidade = heteronormatividade. Aquilo que já conhecemos como bissexualidade é heterossexualidade/heteronormatividade. Gente bi oprime lésbicas e gays como até a própria Death parece assumir que sempre aconteceu com ela. Caiam fora do nosso movimento! Quem não se identifica como lésbica ou como gay mesmo tendo mais relações homoafetivas que heterossexuais não vai ter liderança no movimento de liberação lésbica e gay que já são em si movimentos separados. Quem vem com papinho de gostar de homem e mulher da mesma forma (ñ caio mais nessa) ou só fica com osexo oposto de vez em quando é heterossexual e só. Quem diz ter preferência em relação homossexual e ainda assim se diz bi não vai protagonizar meu movimento e nem falar por mim. Aceitem.

Anônimo disse...

Esse povo é muito cara de pau.

Atacam a caixa de comentários em bando, ofendem meio mundo e depois ainda querem se fazer de vítimas.

Samantha disse...

Pfffff. To muito preocupada para o que "o grupo de radfem no facebook" pensa a meu respeito. Vão fazer o que? Me chamar de libfem hipócrita? Dizer que eu não sou feminista? Me pegar na saída da escola? Me xingar muito no twitter e no facebook? Fiquem bem a vontade.

Todos os comentários que eu deleto, tem algum tipo de ofensa. Todos. Tenho até vontade de restaurar para mostrar que opa, não foi por ser radfem, mas eu não devo nada a vocês. E eu não tenho absolutamente nada contra nenhuma vertente do feminismo, tenho contra ofensas e babaquice mesmo. Não é minha culpa se as radfem que comentam aqui possuem um nível de maturidade tão babaca que não conseguem fazer um comentário sem ofender alguém.

Se enxerga você, anônimo covarde que é tão fodona que nem mostra a cara. Eu pelo menos facilito o trabalho de todo mundo: assino meu nome e assumo o que faço.

Caroline, sinto muito. Te interpretei mal. De fato, se ignorar, quem sabe esse povo suma. Mas as vezes é difícil ler tanta bosta e ficar quieto. Sério.

Anônimo disse...

O que esse post faz?

Debocha ou chama de ignorante aquela que não se alinha com os pensamentos da dona do blog...

Legal isso. Se a caixa de comentários virou um hospício, o blog virou o quê?

Tá parecendo um martelo que quer pregar ideias nas feministas à força e se não consegue chama a pessoa de louca, ignorante, debocha dela,...

Achei que só o machismo fazia isso com as mulheres. Decepção!

Anônimo disse...

Como bem disse uma irmã ai em cima, se dizem bissexuais, mas priorizam os pirocos para casamento.


só pq a pessoa é bi, ela é obrigada a casar com mulher? kkkkk fala sério

Roxy Carmichael disse...

Lola espero que esteja curtindo a viagem e engrosso o coro daquelas que estão ansiosas por seus relatos! De fato frequento esse blog faz uns bons aninhos e foi e continua sendo uma descoberta. Sempre me surpreendo com sua abertura, lucidez, esclarecimento e generosidade! Também adoro ler os relatos dos mais distintos temas, experiências de mulheres de todas as idades aqui, algumas muito parecidas com a minha experiência outras nem tanto, mas sempre muito válido tudo. Essa caixa de comentários tem leitoras e comentaristas brilhantes, já teve uma invasão mascutroll, mas sempre achei um mosaico de interessancias mil, mas ultimamente devo confessar que tá osso! Duas coisas: peguei pesado com o lance do Fábio, eu sei, foi uma provocação, mas a ideia era ilustrar que o mascu tava reinvindicando o desejo feminino enquanto a mulherada tava pintando uma caricatura de mulher que não deseja, não goza, exatamente como a caricatura pintada pelos machos. Nois sofre mas nois goza! Outra questão é que realmente hospício não é o melhor termo, mas nesse aspecto devo concordar com o que a Rê Bordosa disse sobre questionar a sanidade da normalidade. Maria Valeria eu lembro muito desse nosso primeiro contato e gostaria de me desculpar publicamente, aliás sinto muito a falta da sua lucidez por aqui. No mais eu respeito todas as vertentes do feminismo, a minha crítica é em relação à hiperindivuação do debate, seja tanto no sentido de despejar uma experiência pessoal como verdade universal, seja no sentido de partir pras ofensas pessoais em detrimento do diálogo. Feminismo é antes do que voz, ouvido. Se vamos dar voz às mulheres precisamos assegurar antes os ouvidos para ouví-las. Feminismo é afeto, não nos deixemos contaminar por ressentimento que é o principal expediente machista. No mais beijo na Rê, na Samanta, na Maria Valeria, no Patrick, na Raven, no Flavio e em muitos outros que topam o debate. Beijo no Jonas tb, aliás eu gostei do seu comentário, só a parte final me pareceu equivocada e deslocada.

Roxy Carmichael disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

"Já me fodi grandão na mão de muita bi que não era sincera ao esconder que priorizava relacionamentos com homens, mas nem por isso acho que todas sofram de desvio de caráter"

E porque você tem o coração puro Death, eu já me cansei destas "bi modinhas' que se fazem de bi para atrair lesbicas para o fetichismo de seus machos, desconsiderando o sentimento que isto envolve entre nós, como classe perseguida, somos tratadas como "fetiche de piroco escroto" e estas ditas bissexuais colaboram com esta pataquada toda, sempre se envolvem com a gente nós seduzem, mas depois querem envolver os maridos nojentos delas no meio, com ´propostas ofensivas.
Como bem disse uma irmã ai em cima, se dizem bissexuais, mas priorizam os pirocos para casamento.

Anônimo disse...

Anon das 13:58

Não use débil mental como ofensa, é ableísta. Não se pode combater uma opressão com outra.

Anônimo disse...

A verdade e que se sexualidade fosse opção, ninguém gostava de homem.
O debate na verdade e, em que nível isto pode ser desconstruído.

Fábio disse...

Como diria o poeta Cebolinha:
"isto e tudo falta de lola"

Ingrid Bezerra disse...

Obrigada Rê Bordosa, você é uma flor! <3

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Eu tenho um azar do cacete. Acompanho este Blog desde 2011, por aí, e nunca tive coragem de comentar como tenho feito nestes últimos tempos. Aí quando consigo participar, chego nessa vibe de guerra entre feministas na caixa de comentários. Realmente muito tóxico e chato o que está havendo.

Eu cheguei a fazer dois comentários faz alguns anos, nos quais eu escrevi como anônima e eu pedia ajuda nos dois. Fui ignorada porque a maior parte do pessoal neste tempo dava mais atenção aos mascus tentando convertê-los do que a muitas que apareciam pedindo conselho. Essa fase da caixa de comentário acabou e ficou um tempão só de debates bacanas e agora é essa nova onda...

Este aqui é pra Raven:

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Boa noite pra quem fica.

Beijos. :*

Anônimo disse...

Ingrid Bezerra do Orkut <3

Anônimo disse...

Só para deixar bem explicado:
Bifobia não existe, não insistam nisso, porque não é estrutural. Você não sofre por ser bi, você sofre por ficar com mulheres, porque ao ficar com homens você é bem vista pela sociedade. Ninguém vai te ver com uma mulher e pensar que você é bi, e sim que é lésbica, ou seja, o que vocês bissexuais sofrem são ESTILHAÇOS de lesbofobia, não bifobia. Além do mais, ao afirmarem que bifobia existe, vocês também afirmam que sofrem por ficarem com homens, como se isso as levassem a serem agredidas física e verbalmente, e, até onde sabemos, heterofobia não existe.
E parem de ficar comentando que lésbica oprime bissexual sim, parem de ficar falando que ser lésbica é mais fácil do que ser bissexual. Deve ser muito difícil usar lésbica e namorar homem para ser bem vista pela sociedade, não é mesmo?
Ana Clara

Fábio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Não tem como nós oprimirmos bissexuais. Não querer ficar com bissexual não é opressão, é proteção, afinal, bissexuais, em sua maioria, sempre preferem namorar homens a mulheres. Ou seja, USAM lésbicas como diversão fetichista de escrotos. Nós não oprimimos vocês, não temos esse poder.Bifobia não existe,não é estrutural pelo contrario e ate aceitável como status quo de omi escroto. Eu que pergunto a vocês, bis: não existe autocrítica aí não?Se você é bi, não apague a vivência de uma lésbica. Só quem é lésbica sabe o quanto bis gostam de ficar conosco só para mostrar pra macho, curtir com a nossa cara,agradar fetiche de opressor nojento, afinal, não temos sentimentos, não é mesmo?
Não fico mais c bissexual pq pra mim é chupar caldinho de piroca.
E eu não gosto de piroca de homem.
Ana Clara

Anônimo disse...

Óia, também não vejo opressão com bi do mesmo jeito que com homo não. Tem quem encha a boca pra dizer que é modinha, motivo pelo qual eu não comento minha sexualidade com muita gente. Mas não chega perto dos casos de homos segregados que já vi. Entendo a mágoa das meninas que ficaram com outras que alimentaram esperanças quanto a compromisso sério só para serem preteridas por uma relação hetero. Mas não precisa diminuir a Re Bordosa por conta disso, né? Estar casada com um homem não significa que a)ela já não tenha namorado uma menina, b)que ela tenha dado falsas esperanças pras meninas que ela ficou, c)que ela jogue chantagem emocional pra fazer menage pra agradar o marido, d)que ela separa "mulher pra satisfazer meu fetiche" e "homem pra casar".

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Raven Deschain disse...

Ué, entrando na discussão tardia, Ingrid: quem escreveu o post foi a Roxy, não a Lola.

E sobre bis e lésbicas: via de mão dupla. Sou bi e o fico com lésbica porque sempre foram experiências ruins. Elas se apaixonavam depois de um beijo e quando eu começava a ficar com um cara era aquela sofrência. Cobranças, como se estivéssemos casadas a anos e encheção de saco. Eu nunca "usei" mulher nenhuma como essa idiota dessa Ana Clara tá afirmando (troque de círculo social, migs) e tb nunca pedi pra nenhuma das meninas ficar namorado ou pa meu, que absurdo.

E gente, vcs estão sendo MUITO injustas com a Samantha. A Radscum encheu MUITO o saco. Teve um dia que a Lola tava apagando o Marcelo Mello e a Radscum pq o nível dos dois tava bem próximo. Eu vi.

Raven Deschain disse...

*e não fico


Teclado imbecil.

Raven Deschain disse...

Só deixando bem claro: EU não fico com lésbicas PQ EU TIVE experiências ruins. Não vão se ofendendo por merda.

Anônimo disse...

"Teclado imbecil."

Imbecil e a pecinha que tem atrás

Anônimo disse...

Batendo palmas de pé para a Ana Clara, sambou na cara do patriarcado e da validadoras servis de seus agentes, que insistem em erotizar sim, a própria opressão

Anônimo disse...

Nuuus falou tudo pra essa metida aí, depois deste se fosse ela eu sumia, vergonha alheia level hard

Anônimo disse...

Agora as Rads querem abolir o sexo casual, só pode se relacionar com quem você tiver a intenção de casar.

Anônimo disse...

Realmente e o ô ficarem usando lésbicas como fetiche de homem, e muito comum nos meios ditos alternativos e em ditas feministas mainstream, e injusto e absurdo, a forma como desconsideram os sentimentos das meninas, em prol de uma classe opressora, que não nutre nenhum sentimento positivo por mulheres.
Estas bi modinhas em vez de ficarem com raiva dando piti, deveriam aproveitar a oportunidade para aprenderem, reverem seus conceitos, e exercitarem empatia por suas iguais, e não reforçarem a opressão do status quo machista.

Anônimo disse...

Quantas destas bi modinhas aqui, vc vê afirmando que largou homem pra casar com mulher? E o. Contrário?
E fácil abandonar quem sempre foi marginalizado, e escolher o mais cômodo nesta sociedade machista de merda não?!
Quando vc sentir na pele,o que sente o grupo sempre preterido, VC pode abrir a boca pra falar em "sexo casual"

Anônimo disse...

Vc não e mulher

Anônimo disse...

Saudades Bruno S. Lorena. Valéria. Ai ai ai....


até do pervertido do Lord Anderson.

Bons tempos!

Anônimo disse...

Erotizo mesmo minha opressão, ai que delicia, adoro uma piroca.

Roxy Carmichael disse...

bem lembrado anônimo, valéria faz muita falta aqui. Também tenho muita saudade dos bons tempos com excelentes debates com bruno s., o lord do lord anderson. Essa caixa de comentários já foi o fórum mais inteligente da internet brasileira

Raven Deschain disse...

Otas vá se foder anônimOOOOOOOO pq tu é macho.

Nunca usei mulher nenhuma pq ao contrário de losers como vc, as pessoas QUEREM ficar comigo. ELAS QUEREM!!! Vai chupar uma rola!

Roxy Carmichael disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Raven Deschain disse...

Tá retarada caralho? Nunca chamri ninguém de misândrica. Pelo contrário, citando a Julia, acho que tá é pouco. E eu não "me fazia" de bi, boçal. Eu SOU bi.

Anônimo disse...

Kkkkk, tava cheio de lésbica aqui querendo comer a raven, mas ela jogou um balde de água fria em todas! Kkkkk

Death disse...

Então, sobre esse lance do "usar".

Acho que isso não seja uma questão particular das Bi's, eu já muita lésbica (nisso me incluo, pq já fiz, *vergonha*) querer seduzir ou até mesmo "usar" alguma "hétero curiosa". Depois que a merda tá feita e obviamente não dá certo (pq né? começar um relacionamento achando que pode moldar a sexualidade da outra pessoa só pode dar errado) a pessoa se coloca como vítima, disse que ELA que foi usada... e tals. Temos que tomar muito cuidado pq isso é um relacionamento abusivo, as duas pessoas vão se machucar (afinal cria-se uma expectativa que dificilmente será alcançada por ambas) e então não adianta querer demonizar, o lance é sermos adultas e discutirmos com educação para encontrar algo que seja bacana para todos os lados.

Enfim... eu ia completar o meu comentário contando uma histórinha mas acho que já ficou grande demais.

Anônimo disse...

Pronto, pior que rad, e mascu se passando por rad, e eles são tão toscos, que se percebe na hora.

Anônimo disse...

Lendo esse esses comentários acabei de chegar a conclusão que não sou e nunca serei feminista. Para ser feminista tem ser lésbica (bisexual jamais), tem que atacar, xingar e se possível matar quem discorda da opinião do movimento e claro odiar os homens.
parafraseando "cresçam gente cresçam" é muita picuinha para um movimento que ser levado a sério.

Anônimo disse...

Raven, você e linda, incrivel e quem segue este blog te adora, não se deixe abater por causa de gente doida e problematica e de pouca luz, você e exemplo pra muitxs que gostam de ler os cometários aqui.
Muita luz para você linda.
Clauduinho

Panthro disse...

Vocês já pensaram como o mundo seria se vocês usassem esse energia toda pra algo positivo ao invés de ficarem se atacando mutuamente? Vocês falam um bocado de sororidade e tal, mas tudo que eu vejo é umas atacando as outras. E atacando pessoalmente, nem é questionando idéias. O propósito do feminismo não é acabar com o patriarcado, a noção que homens são superiores e toda a estrutura social construída a partir dessa idéia? Então me expliquem como se eu tivesse 5 anos de idade como é que esse bate-boca contribui pra isso, porque eu realmente não consigo entender qual é o plano de vocês.

Anônimo disse...

Quanto chororô

Vamos crescer minha gente.
Todo mundo já passou por decepções amorosas, já se sentiu traído e usado, provavelmente também já despertou esse sentimento em alguém, mas a vida continua. Sacode a poeira e levanta.
Parece até que todo mundo aqui tem 14 anos com essas lamúrias do garoto(a) do colégio que não dá bola ou que partiu seu coração. Pessoas que não respeitam os sentimentos alheios têm aos montes. São homens, mulheres, hétero, gays e lésbicas, bis, pan.
Isso tá igualzinho ao choro dos mascus quando dizem que toda mulher é vadia, que prefere os cafajestes ao invés de caras legais.

Feminismo não é divã. Ninguém vai resolver seu conflitos pessoais ou decepções nas relações interpessoais na militância.


Anônimo disse...

Mascu falando de mulher tá igual rad falando de bis.

Mas né, comparar os dois é desonestidade intelectual, não pode porque se não vai começar a sessão xingamento "piroco" pra cá e "lambe macho" pra lá. Refletir bem sobre o que andam escrevendo, isso ninguém quer fazer.

Anônimo disse...

E não sei se é só comigo isso, mas tenho uma mente que funciona muito com imagens, até quando leio textos. Então sempre que leio essa bosta de "piroco" nos comentários das rads isso me lembra um pênis, cara que nojo. Eu acho que essas rads tem muita fixação com pênis, porque não é possível, é piroco aqui e ali, a cada 3 palavras uma é "piroco". Se dizem lésbicas mas adoram colocar um pênis no meio do discurso, não dá pra entender.

Anônimo disse...

Concordo em gênero, número, grau e flexão com você!

Brisa

Anônimo disse...

ahusesuese preparei até uma pipoca pra acompanhar essa caixa de comentários que está ficando cada vez mais bizarra, nota-se que nos ultimos tempos a guerrinha de rads e libs está crescendo e não é só aqui, você são tão bestas que estão se auto destruindo. Existe aquela frase "dividir para conquistar" que explica muito bem o que está ocorrendo com o movimento de vocês, vão ficar tão divididas e depois subdivididas que vão restar apenas pequenos grupinhos cada um com sua ideologia e quanto menor for o grupo menor será a aceitação da sociedade. Pra que mascus né? se o próprio feminismo tá destruindo a si mesmo, to adorando ver isso, sério, uma emoção indescritível sabor vitória.

Anônimo disse...

Antes aqui havia uma esforço para não alimentar trolls.

Agora, por favor, não alimentem picuinhas!

Brisa

Anônimo disse...

Então me expliquem como se eu tivesse 5 anos de idade como é que esse bate-boca contribui pra isso, porque eu realmente não consigo entender qual é o plano de vocês. (2)

Anônimo disse...

é muita picuinha para um movimento que ser levado a sério
(1298)

Isso é o que enfraquece...

Anônimo disse...

Manda mais, Ingrid ;)

Brisa

Mila disse...

Todo debate é válido desde que fundamentado e discutido em esfera racional, sem deixarmos nervos e emoções transparecerem. Como o feminismo é heterogêneo, deve partir de nós reconhecer que há múltiplas teorias para explicar diversos fenômenos. Cabe a nós ter humildade para reconhecer que não somos as donas da verdade e aprender umas com as outras.
Uma coisa que sempre me inquietou no feminismo foi a questão das transsexuais. Não se trata de negar que elas possuem suas problemáticas, mas em como a existência delas traz questões a serem debatidas entre nós, como a definição de gênero pelo patriarcado do ser ou não mulher (ex: quando dizem que determinada trans é mais feminina que muita mulher). Neste ponto, a visão do feminismo radical é a que contempla melhor o que sinto sobre gênero. Pode ser que eu mude de ponto de vista um dia, mas por enquanto, é a acepção que considero mais adequada.
Num espaço de debate como esse, todo mundo tem o direito de questionar e de não concordar com as outras. O que é inadmissível ocorrer num ambiente minimamente civilizado é troca de ofensas, xingamentos, que acarreta num clima hostil propiciando excessos para todos os lados. Chamar a outra de cadela e coisas muito piores (vide os últimos posts que todo mundo se sentiu no direito de dar pitaco na vida sexual alheia) é um indício para rever o que a pessoa considera como feminismo, sororidade e até o nível de argumentação. E reitero uma coisa que muita gente já disse aqui: pra nos por umas contra as outras já existe machismo, racismo, homofobia, transfobia, gordofobia. Vamos continuar brigando entre nós mesmas?

Anônimo disse...

Isso aí, só não existe bifobia.

Rê Bordosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rê Bordosa disse...

Anônimo 04:54, Death e Raven,
Obrigada por suas palavras!


Existem pessoas que enganam as outras alimentando expectativas e não cumprindo depois? Dizendo "eu te amo" quando não amam? Sim. E isso não se restringe a bissexuais, homem/mulher, hétero/bi/lésbicas fazem isso.
Eu tenho um relacionamento aberto com meu marido e já disse isso aqui outras vezes. Todxs que se relacionam comigo sabem disso, é a primeira coisa que eu digo "tem algo sobre mim que você tem que saber, eu tenho marido e não suporto relacionamentos exclusivos. Eu não nasci pra monogamia". Já tive relacionamentos estáveis com mulheres, paralelos ao meu casamento, alguns duraram bastante tempo e terminaram numa boa. Tenho grandes amigas que são minhas ex. Mesmo terminando o relacionamento tem muito carinho e amizade entre a gente, e elas sabem que podem contar comigo pra tudo.
Passei por outros casos que não foram tão bons e não terminaram tão bem. Por exemplo: teve uma moça à qual eu contei logo de início como as coisas funcionavam para mim. Daí ela disse "ok" e começamos a ficar. Só que ela começou com uns papos de "ainda vou te fazer largar esse cara" e "aposto que você só está com ele porque ele te domina, macho é assim mesmo, abusivo". Detalhe: ela nunca conheceu meu marido, tirou essas coisas da cabeça dela. Eu insisti com ela que não havia nada disso, que meu marido é um anjo de pessoa, mas que EU não nasci pra monogamia. Batemos boca sobre isso, ela me xingou, terminou comigo e saiu dizendo que eu a usei.
A maioria dos casos as moças nem chegaram a conhecer meu marido. Eu falo da existencia dele, explico como tudo funciona, mas não fico forçando a barra pra fazer menage... Se a moça é lésbica então eu nem proponho. Mas tem muita mulher que curte menage, eu curto! Essas se interessam, transam com a gente e todos terminam felizes, ninguém sai "usado", somos adultos.
E deixa eu contar mais uma coisa para as "inocentes/mimimi/objetificação": existe uma coisa chamada clube de swing, onde pessoas adultas, interessadas em menàge/swing vão para conhecer outras pessoas com os mesmos interesses. Portanto, eu não preciso ficar caçando "lesbiquinha inocente" pra levar em oferenda para o meu "marido malvadão".


E Ana Clara, não se preocupe, não to interessada em você, não quero te usar, nem usar pessoas como você, eu não tenho tesão em gente mimizenta.

Resolvam suas vidas, parem de demonizar quem pensa diferente e vive um estilo de vida diferente.
Anônimo 11:08 disse tudo:

"Feminismo não é divã. Ninguém vai resolver seu conflitos pessoais ou decepções nas relações interpessoais na militância."

Rê Bordosa disse...

Samantha, Beijos!
Obrigada por fazer a moderação, essa tarefa chata e complicada. Deve ser que nem síndico de condomínio, por mais que se esforce nunca agrada ninguém e é xingado um monte de todos os lados.

Anônimo disse...

Samantha não adianta mentir pra elas, 100% das bissexuais no mundo inteiro são sem caráter, que só usam as lésbicas, magoam e oprimem elas. É uma verdade universal (tudo bem que é baseada em experiências pessoais de algumas poucas pessoas, mas não deixa de ser verdade universal, entendeu?). É assim que as coisas funcionam, não adianta negar.

Raven Deschain disse...

"eu não preciso ficar caçando "lesbiquinha inocente" pra levar em oferenda para o meu "marido malvadão"".

This! Hua hua até pq meu nem meu marido nem as meninas que eu ficava são imbecis manipuláveis. Se vcs são, só tenho a lamentar.

Anônimo disse...

Ops quis dizer Rê Bordosa, não Samantha

Rê Bordosa disse...

É uma verdade universal (tudo bem que é baseada em experiências pessoais de algumas poucas pessoas, mas não deixa de ser verdade universal, entendeu?)

Verdade universal baseada na experiência de algumas poucas pessoas... Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Caralho, parece que algumas pessoas não tem a menor noção de método científico... Ou acham que o universo inteeeeeeeeeeeeeeeeeiro gira em torno do próprio umbigo.

Qual o tamanho do ego de um ser que diz ser a medida e o parâmetro de toooooooodo o universo?
IT'S OVER 9000!

Rê Bordosa disse...

Beijos, Raven!

Death disse...

Passando pra convidar a Rê e a Raven pra um chá de cogumelos na minha casa qualquer dia destes.

Podemos jogar baralho depois.E a Rê pode andar um pouquinho no meu caminhão, é VUC ... mas acho que já serve pra matar a vontade do fetiche dela.

;D

Rê Bordosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Samantha disse...

Rê Barbosa, tem que amar muito vocês e a Lola para aguentar isso tudo, viu?

Na realidade estou brincando. Faço com gosto. Só fico fula quando vem ANÔNIMOS questionar critérios ou dizer que estou abusando do super grande poder da moderação. Quando eu deixava comentários das rads e excluía só os misóginos, eu estava errada porque eu deixava os da rad. Agora que eu deleto tudo, eu estou errada porque eu não deveria deletar os comentários das rad, sendo que os comentários que foram deletados tinham dois pés na misoginia também.

Enfim, é uma tarefa ingrata, mas convenhamos: a caixa de comentários flui melhor quando não se tem que ler um monte de ofensas E acho o fim do mundo que comentaristas como você, a Raven, a Ingrid, a Roxxy e muita gente linda sejam ofendidas ou deixem de comentar por conta de comentários anônimos que só sabem ofender.

E não basta transfobia, terei que lidar com bifobia também? Dai-me forças.

Rê Bordosa disse...

Death,

Eu topo! Oba!

Obs: amei a foto da Morte do Neil Gaiman.
Adooooooooooooooooooooro Neil Gaiman!!!

Raven Deschain disse...

Beijo Rê e Samantha.

Death vou com cerveja! A gente joga PES.

Rê Bordosa disse...

Samantha,

Bifobia é o fim da picada mesmo, rsrsrs.
Parece que vão acabando as opções de grupos a serem odiados, mas a pessoa muito criativa não desiste e pensa "com quem ainda não impliquei? Ah, com os bissexuais, beleza, vou xingá-los". Taqui a pouco vai ter até odiador de jujubeiro. Tipo: "a jujuba azul de anis é muito ruim, devia ser proibida. Quem come jujuba azul certamente não tem caráter! Meu vizinho bandido come jujuba azul. Jujubeiros de jujuba azul deveria morrer, pois não fariam falta. Essa é uma verdade universal".
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Sou mulher, Júlia. Descobri o feminismo há quase um ano. Antes como toda qualquer pessoa tinha nenhuma vontade de saber sobre feminismo. Já li avidamente uns 40 posts da Lola por dia a fim de saber mais, tentar pensar diferente. Comecei a me questionar muito depois dos comentários de muita gente aqui.
Não sei se cabe a alguém a tarefa da agressividade ou de mandar os machistas irem capinar uma roça. Acredito no diálogo. E não estou no grupo que elogia os homens aqui. Às vezes até concordo que por um nada que eles falam já se faz um festejo. Não leio os comentários do Jonas, por exemplo, porque é muito ruim em conteúdo além de um português sofrível. Acho que ele deveria acompanhar mais o debate e escrever menos.
Dentre todos os posts que já li eu sempre vejo você com a mesma postura de fazer o papel de enxotar. Esse comentário que você me enviou talvez seja um dos mais longos seus que eu já tenha lido. Eu realmente presto atenção no que as pessoas falam e como falam. Qual a argumentação. Quero argumentar, questionar as pessoas machistas que passam pela minha vida. Quero mostrá-las o quanto são ridículas. Não é só enxotando que conseguirei. Esse comportamento só dá a elas o prazer de achar que surtei.
Nem sempre será possível um diálogo. Aí prefiro me calar a perder a razão.

Death disse...

Combinado então meninas. :D

Ah eu adoro Neil Gaiman também. Sou super fã.

Raven, traga Skol pls. E ah, quem gosta de jogar PES é linda, isso é uma Verdade Universal vc não sabia? kkkk


Agora eu vou mesmo trabalhar, antes que venha alguém aborrecer.

Anônimo disse...

Desacredito do pessoal chorando a radscum. Gente, ela foi RACISTA. Impressionante como a questão racial é facilmente desconsiderada pela galera.
Meu, eu escrevi um único comentário para ela (bem tranquilo, aliás, apenas perguntando pq, se a opinião de homens não é considerada pelo feminismo, a opinião dela de branca deveria ser considerada pelo movimento negro) e ela me chamou de NAZISTA. Detalhe: ela achou que eu era negra (sou branca). Em que mundo é ok uma pessoa branca chamar negros de nazistas?
Porra, melhorem.

Rê Bordosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rê Bordosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rê Bordosa disse...

Anônimo 16:46,

Meu marido não é obrigado a se relacionar com outros homens só para me agradar. Ele é hetero eu respeito isso... Da mesma forma que ele nunca me obrigaria ou forçaria a barra pra fazer algo contra minha vontade. Relacionamento saudável (conceito que você desconhece), é isso: respeito, reciprocidade e consideração.
Aliás, ficar com outros homens nem me agradaria, pois não sinto necessidade de outros homens na minha vida sexual, to super realizada só com meu marido e com as mulheres que me relaciono. Machista da sua parte dizer que eu necessito de homem para "igualar" a minha relação com meu marido. Que eu deveria, mesmo sem sentir vontade fazer menage com outros homens só pra me auto-afirmar e provar qualquer coisa pra gentinha que nem você que se mete na vida alheia.

Parece até discurso de mascu que diz "só lambe boceta? Ta faltando pênis na sua vida, boceta não satisfaz"

Eu PODERIA fazer menage com outros homens, SE eu quisesse, mas NÃO QUERO e NÃO SOU OBRIGADA.

Raven Deschain disse...

Fechou, então.

Rê Bordosa disse...

Não entendo esse povo... Primeiro dizem "aim, mimimi, ficar com homem é erotizar a própria opressão, feminista não pode ficar com homem, que absurdo". Depois dizem "só faz menage com mulher? Devia fazer menage com homem, tem que ficar com homem também que absurdo".
É pra ficar com homem ou não é pra ficar com homem?

Aliás, nem se dêem ao trabalho de responder, a pergunta é retórica. Quem decide minha vida sou eu. EU ESCOLHO com quem eu trepo ou deixo de trepar. O tesão é MEU!
Parem de cagar regra sobre quem eu escolho como parceiro sexual!
Vão capinar um lote, porra!

Rê Bordosa disse...

Anônimo 16:46,

"Difícil é ver omi fazendo menage com outros homens para satisfazer a "oficial"

Talvez nesse ambientezinho moralista que você vive seja difícil ver menage envolvendo uma mulher e dois homens. Talvez se você saísse do seu mundinho um pouco, perceberia que existem outras realidades.
Eu conheço relacionamentos que envolvem mulher e dois homens, homem e duas mulheres, 2 homens e 2 mulheres... Aliás, conheço Dommes que tem vários homens submissos e é uma dinâmica bem interessante, que foge totalmente à essas "caixinhas" onde você tenta enfiar e rotular o comportamento humano.

Obs: e essas pessoas não fazem nada disso só pra "satisfazer" alguém, fazem porque gostam, porque tem desejo sexual, porque são adultas e bem resolvidas.
Tente se desapegar dessa idéia tóxica de relacionamento, onde um vive se anulando pra satisfazer o outro. Em um relacionamento adulto e saudável, ambos são realizados e felizes, podem até fazer concessões, mas não se sacrificam, não se anulam.

Panthro disse...

Mila, você já parou pra pensar que o ódio das transexuais que chega ao extremo do assassinato na verdade é pura e simplesmente machismo? Pensa comigo, nós temos um "homem" que abdicou do seu lugar no patriarcado e "resolveu" ser mulher. Muitas aspas porque não tem nenhum vínculo com a realidade, mas é como as pessoas comuns percebem a questão. O problema não é não se identificar com o seu gênero, é querer ser mulher. Quando querem diminuir um homem, falam o que? Que é mulherzinha. Ser mulher é sinônimo de ofensa pra um homem na perspectiva machista.

Pois bem, dito tudo isso, temos pessoas que estão dispostas a encarar um mundo escroto desses e que sofrem tanto machismo quanto uma mulher com vagina, se não mais. Afinal, a expectativa de vida de transexuais FtM no Brasil é de menos de 40 anos de idade. E ao invés de dizer: "Porra, tá aí os efeitos mais violentos do machismo, temos que amparar essas pessoas que são vítimas do sistema escroto que queremos combater" vocês se negam a dar esse apoio. Não é de se questionar a sororidade?

Todas as vezes que eu leio aqui sobre a importância da vagina e do pênis eu fico pensando que pra ir pro machismo só falta a misoginia. Porque num outro post definiram muito bem o machismo como uma soma de sexismo e misoginia. E tem sexismo mais absurdo do que essa fixação em "meninos tem pênis e meninas têm vagina"? Outro dia li que mulher de verdade tem útero. Minha mãe fez uma histerectomia, agora ela é homem?

E outra: O que está se combatendo? Os homens ou o machismo? Porque são coisas completamente distintas. Um gay que luta contra os heterossexuais não é um gay que luta contra a homofobia. Um está lutando contra pessoas pelo que elas são, independente de como pensam. O outro está lutando contra uma ideologia. São coisas totalmente distintas.

A questão que eu ponho é: O feminismo radical luta contra o machismo ou contra os homens? Qual é o plano? É extinguir todos os homens porque eles são a fonte de todo mal porque possuem pênis? Ou é viver numa sociedade igualitária? Se vocês tiveram relacionamentos horríveis e ficaram traumatizadas com todos os homens, no que se diferenciam dos mascus que tiveram relacionamentos horríveis e ficaram traumatizados com todas as mulheres? O fato dos relacionamentos deles só terem acontecido na cabeça deles?

Anônimo disse...

Quanta besteira e ignorância a respeito da bissexualidade! Eu sou bi, casada com um homem e NUNCA propus a mulher nenhuma com quem me relacionei fazer um menage com meu marido, nunca. Para mim soaria estranho, invasivo, esquisito, eu nao tenho esse desejo, o que nao invalida o desejo de quem gosta e faz, lógico. Muito engraçado as mulheres reclamando que foram usadas por mulheres bi, em um tom tão ginasial, tão sem autonomia das próprias decisões..., e ignorando que uma relação , qualquer relação tem suas peculiaridades, singularidades e especificidades..., como conseguem julgar "as bis", como se fosse possível encaixar todas as experiências do mundo baseado somente em uma experiência individual. Inclusive , muitas mulheres bis descobrem ou compreendem ou realizam ou tomam consciência da bissexualidade mais tarde, bem mais tarde do que na adolescência , existem vários relatos de mulheres com essa experiência tardia, aliás as vezes bem tardia, depois de um casamento de décadas com um homem..., isso nao quer dizer que estavam se escondendo atrás de casamentos de fachada, mas muitas vezes tem a ver com algo que só ficou muito consciente e aflorado depois de muito tempo de vida..., parece impossível mas e algo muito comum...! Eu mesma conscientizei de fato meu desejo por mulheres depois de alguns anos casada e tive a sorte de ter um cara ao meu lado que acompanhou com muito respeito meus processos. Em qual categoria eu me encaixo para as que estão aqui desrespeitando as bissexuais, como se fossem canalhas e aproveitadoras de lésbicas? Por favor, muito infantil e imaturo estes argumentos...

Mila disse...

Já sim. Numa análise das estatísticas feitas pelo grupo gay da Bahia, vi que os assassinatos cometidos contra elas são por arma de fogo e por desconhecidos. Além disso, têm um mercado de trabalho restrito, expostas à procedimentos carniceiros etc.
Me questiono se a forma como elas percebem o feminino não fortalece o que já é imposto como tal no patriarcado. Já levantaram a questão da facilidade de "leitura", é claro que alguém será lido como mulher se se parecer com a noção comum de mulher. Na minha ótica, não se trata de negar a participação trans do feminismo, mas problematizar como as vivências delas interferem nos estudos de gênero feminino.
Quanto ao movimento rad não posso falar por elas. Me parece mais uma grande ramificação do feminismo, que já é tão plural. Li alguns blogs e por isso digo q temos q ter cuidado em supor que todas que comentam aqui representam o movimento rad em toda a sua extensão. Também não podemos afirmar nada sobre os relacionamentos delas pois cada um é cada um. Como eu já cansei de dizer aqui: pessoas estão expostas a passarem por experiências ruins, o negócio é como cada um lida com isso.

Anônimo disse...

Nossa, esse post me incomodou muito. Estou me sentindo bem ofendida em ver o Fabio ser elogiado depois dele ter ofendido centenas de pessoas aqui nos comentário. Acho um desrespeito com quem já foi vitima de suas grosserias e teorias nonsense.

Não sou radical, apesar de concordar com algumas coisas que as radicais defendem. Sou heterosexual, casada e tudo mais (que triste eu ter que revelar isso para ser "bem vista" em um blog feminista, mas enfim), mas ando achando essa perseguição as radicais um pouco problemática. Eles realmente são agressivas, mas tanto a Rê B. quanto a Raven também são. Bastante, até. Sinto como os comentários funcionassem como uma escola, onde a maioria não tem coragem de apontar as falhas das mais populares.

Raven Deschain disse...

Ué, anônima. Sou agressiva com quem é agressivo comigo. Eu tava aqui diboas, vivendo a minha vida, linda e faceira quando começaram as perseguições, deboches e indiretas. Tenho sangue de barata? Nope. Sou obrigada? Também não.

Tenho falhas? Tenho, inclusive muita gente aqui já me corrigiu e ensinou sem precisar me chamar de cadela, ou lambe macho ou mesmo mandar alguma indireta idiota (tipo escola mesmo). Chamar alguém de cadela por causa das preferências sexuais desse alguém, além de ser absurdamente machista, não é exatamente uma crítica construtiva.

E não há perseguição a rad nenhuma. Se elas soubessem comentar (como a Anon A faz lindamente), em vez de vir aqui chamar trans de pirocos e bissexuais de putinhas da moda, eu nem precisaria responder esse comentário.

Raven Deschain disse...

Quanto ao Fabio do Mingau, a Roxy explicou ali encima. Por favor, leia. Ela diz que foi deboche. Em uma caixa de comentários de um blog feminista, o único a defender liberdade sexual feminina era um mascu, pq outras "feministas" estavam nos chamando de cadelas e mico de piroco.

Eu acompanho essa caixa todo dia, o dia todo. E não tá fácil. Nem na minha voda offline vi tanta mulher escrota. E olha que conheço uma guria que bate na mãe.

Casal Motelier disse...

Quantas mil vezes vão precisar repetir que as rads não não "perseguidas", só pessoas sem noção que não sabem argumentar sem ofender? Já concordei com várias coisas que a Anon A. escreveu, sempre leio seus comentários porque são lúcidos e até didáticos (pelo menos pra mim, que não conheço a fundo o feminismo radical) mas, MEU, essa cagação de regra que tenho visto ultimamente nos comentários tá muito chata! Galera reclama que o patriarcado oprime a mulher, que a mulher é obrigada a isso e aquilo pra agradar os homens mas essas rads tresloucadas estão fazendo o mesmo! Se não dançarmos direitinho conforme a cartilha do feminismo "de verdade" de algumas delas, estão somos mascus disfarçadas.
Pra quê perder tempo atacando outras mulheres? Pra quê?
Queria muito ter conhecido o blog nesses tempos áureos que a Roxy citou.... quando a caixa de comentários devia ser bem mais construtiva e menos intolerante.

Casal Motelier disse...

Quantas mil vezes vão precisar repetir que as rads não não "perseguidas", só pessoas sem noção que não sabem argumentar sem ofender? Já concordei com várias coisas que a Anon A. escreveu, sempre leio seus comentários porque são lúcidos e até didáticos (pelo menos pra mim, que não conheço a fundo o feminismo radical) mas, MEU, essa cagação de regra que tenho visto ultimamente nos comentários tá muito chata! Galera reclama que o patriarcado oprime a mulher, que a mulher é obrigada a isso e aquilo pra agradar os homens mas essas rads tresloucadas estão fazendo o mesmo! Se não dançarmos direitinho conforme a cartilha do feminismo "de verdade" de algumas delas, estão somos mascus disfarçadas.
Pra quê perder tempo atacando outras mulheres? Pra quê?
Queria muito ter conhecido o blog nesses tempos áureos que a Roxy citou.... quando a caixa de comentários devia ser bem mais construtiva e menos intolerante.

Anônimo disse...

Pois é Fê, só provando do próprio veneno, eu to achando é bem engraçado. Não sei se vc tb é assim, mas cansei de ver feminista sendo desmoralizada, sendo chamada de mascu pq discordou das "feministas de verdade" aqui. Adoravam dizer que fulano é fake de ciclano pq ó concordaram no mesmo ponto que era diferente das fodonas daqui, tão aguentando o mesmo agora HEHEHEHE
Agora tão vendo como é bom HAHAHAHAHAHHAHAHA Só por isso já adoro as rad.

Panthro disse...

Pois é, Mila, as trans que eu conheço possuem mais estudo que a média e adivinha: Questionam comportamentos de gênero! Por mais que exista a questão da leitura existe também o machismo mesmo. Essas pessoas não cresceram numa bolha e, assim como um monte de outras mulheres, absorveram o machismo como algo natural e inquestionável. Quando conhecem textos feministas começam a justamente questionar o estereótipo. Aí as pessoas querem excluí-las?

Anônimo disse...

O problema da Radscum não é ser rad. Na verdade, acho isso um um ponto positivo e não discordo das posições dela em relação a gênero.

O problema dela é acreditar que a opressão à mulher deve ser observada como algo homogêneo e universal. Fácil para uma mina branca e heterossexual afirmar isso.

Ela faz, por exemplo, comentários racistas e simplesmente xinga quem apontar o problema.

radscum disse...

Dá um tempo anon das 07:12. Já até parei de comentar aqui e até agora tem gente com saudade falando de mim. Aliás, só estou aqui nesse momento pq me falaram no facebook que havia mais um post aqui criticando o feminismo radical e que não era só eu que tinha sido apagada, mas todas as rads que estavam comentando aqui e que tinha gente falando que eu era racista(!) Peloamor, tô cheia de trabalho aqui e pretendo não mais comentar nem responder qualquer comentário que surgir sobre mim daqui pra frente, mas é um absurdo a mina aproveitar minha ausência pra falar que eu sou racista pq disse (e não retiro) que homens negros também oprimem mulheres. Se você não discorda de minhas posições em relação a gênero, tu não entendeu a essência do meu pensamento: a de que gênero é hierarquia e TODAS as mulheres são oprimidas apenas por serem do sexo feminino. Uma mulher não deixa de ser oprimida por ser branca e heterossexual. E da mesma forma que existe mulher racista, existe homens negros misóginos, homens gays misóginos. Foi isso que falei. Que homens negros não deixavam de oprimir mulheres brancas. O marido da minha vizinha branca era negro e ele quase matava ela de bater. Esse mesmo cara uma vez foi preso pq havia estuprado uma moça. E a moça era branca. Então, não acho nem um pouco problemático eu falar que homens negros também oprimem mulheres brancas e heterossexuais. Oprimem até as negras no movimento negro, ué. Todos os homens oprimem as mulheres: brancos, negros, heteros, gays, ricos, pobres. A essência do feminismo radical é essa! Outra coisa, eu te chamei de neonazista pq eu citei vários nomes de feministas radicais negras que eu gostava e você sugeriu que o fato de eu ter livros delas era "tokenizar". Eu não suporto esses termos pós-modernos da terceira onda pq parecem terem sido criados só pra tentar silenciar o oponente quando os argumentos acabarem. O fato de eu ler feministas negras faz de mim uma "tokenizadora", uma ladra de protagonismo, mas se eu não lesse feministas negras eu seria racista! Tá difícil. Você foi bem neonazista, sim. E olha só, você é branca também. Você mentiu. Você disse que era negra e chamou mesmo a Lola de racista pq ela fez um post há um tempo atrás com o título "Não estamos numa olimpíada da opressão" e outro recentemente contando que foi identificada como negra.

Fábio disse...

RadFems são falofobicas, só não enxergou ainda não não quis.

Fábio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fábio disse...

E não existe feminista radical heterossexual, não tem logica nisto, elas mesmo afirmam que não tem como sentir atração pelo que elas consideram opressor.A maioria e lesbica ou no maximo assexual.
As lesbicas tem interesse homoerotico e desconstrutivismo hetero mesmo, As assexuais...estas só odeiam homens mesmo.

Anônimo disse...

Roxy,

Nem precisa pedir desculpas !

Águas passadas, e bom poder conversar com quem antes se teve um atrito. isso se chama amadurecimento :)

Leio esse blog desde 2010. Ler muitas coisas aqui me fez parar , refletir e abrir a cabeça : por ex : cotas, parto domiciliar,entre outros.

Não sou a mesma pessoa que escreveu o que escrevia em 2010, 2011, e por aí vai. A gente vai mudando. Eu tento mudar pra melhor.

Deletei meu blog porque já deu o que tinha que dar. Já fazia 10 anos que escrevia , e não tinha muito mais a acrescentar ali.

Tirei o ano para cuidar de mim, da minha vida. Da minha saúde. venho aqui de vez em quando porque gosto, mas me prometi não vir todo dia , toda hora exatamente pelas razões elencadas no seu texto.

Da vontade de escrever um post sobre aquele tema motivo do nosso atrito no passado, porque hoje tenho outra opinião. E vivo a experiência de perto, na pele. mas sabe... A gente não sabe o dia de amanhã, nem os problemas que poderia ter se começasse a mexer com vespeiro. Eu prefiro ficar quieta hehehehehe !!!

Quando quiser meu mail, pede pra Lola nos colocar em contato, seria um prazer
Bjs

Maria Valeria

Unknown disse...

"Todos os homens oprimem as mulheres: brancos, negros, heteros, gays, ricos, pobres.
A essência do feminismo radical é essa!"

Homem morador de rua = opressor
Mulher rica morando em mansão = oprimida
Marcos Kitano Matsunaga = opressor

Elize Matsunaga
Joanne Dennehy
Maria Catherina Swanenburg
Jeanne Weber
Aileen Carol Pittman
Shaquan Duley
Helen Caudwel
Fiona Donnison
Yvonne Freaney
Lianne Smith
Theresa Riggi
Dominique Cottrez

Todas "oprimidas" coitadinhas! SQN

A essência do feminismo radical é negar a realidade dos fatos e ser totalmente parcial, mesmo quando a mulher bate no marido, nos filhos, nos idosos, assassina outras mulheres, faz da vida de muitas outras um inferno, etc. ela ainda é a oprimida pelos homens, esses monstros mimimimimi

Eu não estou negando que muitos homens oprimem e matam mulheres, isso seria absurdo, mas não da para dizer que todos os homens façam isso, assim como não da para afirmar que todas as mulheres são assassinas como as que citei. O feminismo radical não quer que as mulheres e homens compartilhem dos mesmos direitos, criando assim uma sociedade mais justa e igualitária, quer uma guerra dos sexos. O feminismo radical pressupõe que todas as mulheres são incapazes de pensar por si mesmas e por tanto de fazer escolhas legitimas, sofrem de síndrome de Estocolmo por gostar de homem, pois esses são seu agentes opressores e elas validadoras da opressão. O feminismo radical é tão útil para compreender a sociedade, quanto um garfo para tomar sopa.

Roxy Carmichael disse...

que bom que resolveu dar um tempo pra descansar, Maria Valéria, mas quando tiver vontade volte porque seria muito bom ler e acompanhar esse aprofundamento de ideias, pontos de vista. eu também tento organizar os meus pontos de vista e aprofundar as ideias em textos. entrarei em contato com a lola sim quando ela voltar de viagem e assim trocamos endereços dos nossos espaços pra continuar com a troca de informações!

tenho acompanhado a revisão da normativa sobre a cesarea eletiva
também sobre a burocracia para a realização do aborto legal que afeta 64% das mulheres que recorrem a esse procedimento.
no mais, a organização holandesa women on waves esta com projeto sensacional de levar medicação abortiva em drones para países restritivos como a polônia. menciono esses tópicos já que podem te interessar em função da sua área de atuação.

mudando um pouco o âmbito, essa semana pude enfim ver o documentário sobre a nina simone no netflix e acho que aparecem ali questões fundamentais sobre gênero e especialmente raça, além de claro todo o prazer de acompanhar o talento dela em fase embrionária e no auge.

muitas coisas estão acontecendo e vejo esse espaço como muito adequado para pensá-las em conjunto, ainda que dos bons, muitos tenham debandado, e dos nem tão bons, muitos parecem disponíveis para julgar, criticar, agredir, desrespeitar opiniões, individualidades e até mesmo um espaço que sempre se apresentou como aberto, acolhedor e plural. isso devia ser motivo de celebração, mas do jeito que as coisas andam nesse brasil, os parâmetros estão um tanto quando distorcidos, não me surpreende que essa distorção tenha chegado aqui.

dá um certo desânimo ver minorias agindo de forma tão intolerante e conservadora, mas o debate e a luta ainda são justos, porque penso que não estão a serviço de indivíduos ontologicamente justos pelo simples fato de serem oprimidos, mas a serviço da única forma de se viver com justiça, ou seja, na igualdade.

beijão pra você e uma ótima semana!

Rê Bordosa disse...

Concordo, Donatien.
Gênero é um fator de opressão, mas não é o único fator de opressão, muito menos determinante comparado a outros fatores.
Cada ser humano é único e por isso a interação entre as pessoas é tão variada.
Existem tendências culturais, estatísticas, mas não regras rígidas.
Não dá para julgar uma pessoa baseando só em gênero, como não dá pra julgar baseando só em nacionalidade ou cor da pele ou religião ou filosofia de vida, etc... O contexto e os fatos devem ser levados em conta.
Caso contrário, acontecem casos lamentáveis de injustiça.

Esse caso por exemplo: https://www.youtube.com/watch?v=RB3njDUdLzU
Ela tinha o direito de tratar dessa forma o morador de rua, mestiço e paraplégico só porque é mulher e idosa? Aquele homem está de alguma forma oprimindo a senhora branca elitista? Aquele HOMEM parece um opressor, estuprador em potencial pra vocês, moçxs?

Unknown disse...

Rê Bordosa

Olá, tudo bem? ^_^

Então, eu concordo em parte com as rads com a questão da hierarquia de gêneros, mas acredito que elas levam isso ao extremo, não sendo possivel assim fazer um analise sociológica objetiva, sem preconceitos e dessa forma combater o que de fato deve ser combatido, que é a violência na sociedade.

As Mulheres do Nazismo

"Consultora do Museu do Holocausto, a norte-americana Wendy Lower mostra, em As mulheres do nazismo, como uma geração de jovens alemãs – enfermeiras, professoras, secretárias, entre outras – anestesiadas pela propaganda hitlerista e movidas por um fervor nacionalista doentio enxergaram o nazismo como uma opção profissional ou quase matrimonial e colaboraram com o regime, sem vislumbrar os horrores que viriam depois. No livro, que foi finalista do National Book Award e ganhou destaque na imprensa internacional, Lower tenta decifrar o que levou tantas mulheres a se transformar em assassinas durante a Segunda Guerra Mundial, revelando uma faceta pouco conhecida do conflito."

Escolha uma opção e baixe de graça ou leia online se preferir, aliás recomendo muito esse site, baixei vários livros por ele.

http://lelivros.red/book/download-a-triologia-wendy-lower-em-epub-mobi-e-pdf/

radscum disse...

Homem morador de rua: opressor de mulher moradora de rua.
Mulher rica morando em mansão: oprimida por homem rico morando em mansão.
Marcos Matsunaga: OPRESSOR total. Opressor de prostitutasm beneficiado pelo capitalismo, opressor da esposa e dx filhx.
Elize Matsunaga: Assassina, não opressora de macho.
Mimimi iuzomista de Donatien e Rê Bordosa ainda é livre. Agora vou mesmo. bjs

radscum disse...

Engraçado Rê Bordosa, pq essa velha branca elitista é uma ordinária, mas ainda assim pode ser oprimida por machos da classe e da idade dela. São exceções, queridinha. Se mulheres brancas, heterossexuais e ricas não são oprimidas, alguém vai ter que calar a boca de gente feito a Catharine MacKinnon, a Ti-Grace Atkinson, a Germaine Greer. São todas brancas e ricas hj em dia, acadêmicas. Na verdade a maioria das teóricas feministas que ainda estão vivas. Vocês são a cara do backlash, é incrível.
Bom, agora vou mesmo. Muito trabalho por aqui. Bye!

Unknown disse...

Roxy, adorei o seu último post! Fiquei curiosa com essa história dos drones, vou pesquisar. Sobre o documentário da Nina Simone, eu também fiquei pensando por horas na riqueza imensa daquela história única, tão doída e bela, ao mesmo tempo. Saudades de quando essa caixa de comentários era verdadeiramente amigável, mas acho também que são os 'ventos' do nossos dias, espero que passe.

Rê Bordosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rê Bordosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rê Bordosa disse...

Donatien,

Parece uma leitura bem interessante, valeu!

Rê Bordosa disse...

Radscum,

Opressão não se limita a pessoas da mesma classe social.
E não, aquela senhora do vídeo não é tão exceção assim.
Ja presenciei muita bizarrice até hoje. Exemplo:
-Síndica de condomínio tratando o funcionário da limpeza de maneira humilhante. Quando eu fui lá intervir ela teve a cara de pau de dizer "essa gente tem que tratar é assim, é a única língua que entendem".
-Na minha época de escola eu presenciei muito racismo por parte de colegas brancas contra colegas negros, nem uma nem duas vezes, incontáveis. tipo uma colega que disse que nunca ficaria com fulaninho, que tava afim dela, porque ele era um "preto". Quando falei que ela era racista, ela respondeu "não sou racista, sou higiênica". As outras moças brancas deram muita risada e depois começaram a fazer piadinha nas minhas costas por defender o garoto.
Tenho várias parentes que adoram uma "piada de preto" dá até vergonha.

Na boa, não vejo a necessidade de relativizar e dizer que esse tipo de situação é "exceção". Qual a dificuldade de reconhecer que o machismo é real, é horrível, que deve ser combatido sim... Mas que ele não é a única mazela na nossa sociedade? Temos que escolher uma única causa para lutar? Não podemos lutar ao mesmo tempo contra todo tipo de injustiça?
E podem me chamar de IUZOMISTA o quanto quiserem aqui no blog, como já fazem, mas eu me recuso a dizer "nenhum homem presta e todo homem tem mais é que se lascar", porque isso me colocaria em uma posição extremamente parcial, me impedindo de estar ao lado de um homem quando ele merecer/precisar, me impediria de ser JUSTA.

Ajudar homens, ser casada com homem, ter amigos homens nunca me impediu por exemplo de defender mulheres, de me colocar entre uma amiga e o parceiro violento, sob o risco de tomar porrada também, ou dizer a um babaca o quanto ele tava sendo babaca e tantas outras situações.

Rê Bordosa disse...

E mais: adotar o posicionamento "nenhum homem presta e todo homem tem mais é que se lascar" me privaria da companhia de pessoas incríveis e que por um acaso nasceram com pênis (ohhhhhhh).
Não me privo da companhia de pessoas com a cor da pele diferente da minha, nem de diferentes religiões, classes sociais, etc. Também não vou me privar da companhia de pessoas com a genitália diferente.
Feminismo que segrega eu to fora! Quero outro tipo de feminismo.
Pronto, falei! Que venha a inquisição me botar na fogueira.

Roxy Carmichael disse...

Rê, que bom que respondeu. O comentário tinha tantas lacunas que me deu aflição! Eu entendo que muitas pessoas aqui são bem jovens, não estão familiarizadas com a bibliografia do feminismo nem do racismo, portanto os textos e os comentários aqui são a principal fonte de informação para começar uma leitura crítica do gênero. Mas o que me estarrece, e eu deixei bem claro isso no meu comentário, é esse dogmatismo inpirado pela catarse de somente reconhecer uma leitura da realidade. E o pior de tudo,uma versão incompleta e distorcida desss lleitura"unica".e isso sendo propagado assim sem nenhum pudor tal qual os insultos racistas à maju. Eu acho que comentários que mostram uma ignorância completa à questão racial no brasil se conectam aos insultos porque claramente os dois estão se beneficiando de um privilégio. É muito cômodo ignorar a questão racial quando você não tem a marca da raça. é muito fácil você ficar brincando de guerra dos sexos quando você não é uma mãe negra desesperada pra garantir os direitos básicos do seu filho que estão sendo negados, quando ele é jogado na fogueira midiática e policial pra dar uma resposta adequada à sociedade quando um homem branco e rico é assassinadO no bairro mais nobre do rio de janeiro. E a organização das mães de maio no brasil (e das mães da praça de maio na argentina) tem tudo a ver com feminismo. As primeiras reivindicando o direito de serem mães de seus filhos não assassinados pela policia. A segundas pelo terrorismo de estado. O que sao exatamente a mesma coisa, um na democracia outro na ditadura. quando se fala em mulheres aqui eu sempre tenho a impressão de que estão falando sobre mulheres brancas porque se divide tudo em caixinhas,como se nao existisse uma combinação entre identidades subalternas levando a consequências politicas específicas, como é o caso da mulher negra. esse cenário de caixinhas independentes explicaria tudo muito mais facilmente. Uma pena que ele é completamente irreal. As pessoas acumulam identidades e daí saem combinações infinitas de relações de poder, vide por exemplo a mulher branca e o homem negro. Ou ainda a mulher branca e a mulher negra. quem é negro sabe muito bem como é passar a infancia aturando comentario racista de brancos, homens e mulheres. No primeiro caso como vc bem citou sendo preterido no mercado do amor, no segundo, sendo alvo de comentarios maldosos por seus traços negros. E de adulto a coisa fica infinitamente pior. Basta ver que varios dos comentarios deixados a maju sao demulheres, basta ver que toda a independencia feminina foi conquistada às custas do trabalho domestico da mulher negra. Pra concluir a carne negra é a carne mais barata do mercado (e to falando de homens e mulheres). E eu só acredito num feminismo que seja estruturalmente anti-racista. enquanto as feministas brancas brincam de guerrinha dos sexos, as mulheres negras lutam para manterem seus filhos e esposos vivos, vide o caso amarildo e tantos outros.

Roxy Carmichael disse...

Rê e Marcia por favor continuem porque vocês são um alívio. E tô confiante Marcia que essa onda vai passar. E podem saber que vocês duas estão contribuindo muito pra isso, para que passemos essa turbulência da forma mais suave possível.

Roxy Carmichael disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Roxy Carmichael disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rê Bordosa disse...

Perfeito seu comentário, Roxy!
Continuaremos sim.
Uma meia dúzia de anônimos nos xingando não vai mudar nossa vida.
Beijão!
;)

Anônimo disse...

Roxy,

Sobre a cesárea em planos de saúde, tenho lido muito absurdo de amigos/ colegas médicos, tipo " o comunismo ta ditando regra na saúde pública e na liberdade individual do corpo dos outros "
= oooooo

1o, que acho que essa questão tem exagero dos DOIS lados - do médico, que quer " agendar " a cesárea e inventa desculpas científicas , e da paciente que não aceita que o " seu parto " não seja feito pelo " seu médico " e sim pelo plantonista( que aliás, ta lá pra isso )
Cesárea agendada eh um acordo com conveniências para AMBOS os lados,( não estou dizendo que a paciente não eh o lado mais fraco e mais frágil ,ok)
Mas eh assim " ai, ninguém ta querendo obstetra disponível 7d/24h" - enchem a boça pra me dizer isso, mas na pratica não eh isso que vejo é escuto no meu dia a dia.

2o, que ( infelizmente ) , acredito que no Brasil existam poucos profissionais capacitados a fazerem o parto normal, eh uma pratica cada vez menos comum inclusive no ensino universitário . A maioria dos hospitais - escola atende partos de alta complexidade, de gestantes de alto risco, que acabam ( pela própria evolucao/ indicação clínica ) se tornando cesáreas.
Na época que estagiei em GO, tentavam corrigir essa deficiência nos mandando estagiar por um mês numa maternidade pequena da cidade de Botucatu, que recebia partos mais simples ( aliás ,somente os normais, só tinha sala de parto, nem tinha centro cirúrgico ).
E pela própria cultura da cesárea eletiva aqui no Brasil, pelos equívocos do ensino universitário ( aprendi um monte de coisas em GO que hoje vejo serem equivocos , como : episiotomia obrigatória, posição da parturiente, etc etc , que na época se ensinava como sendo " o certo " - não sei como está sendo ensinado hoje ) ; acredito que a tendência eh existir cada vez menos obstetras capacitados a fazerem o parto normal.... :(

Por fim, acredito que essa mudança eh longa , que não vai ser simples, e que depende não só do esforço dos GOs para perceberem o equívoco ( se no resto do mundo se faz de um jeito e só aqui se faz de outro eh caso de se pensar né ); mas também das gestantes entenderem que nenhum ser humano pode/ consegue ficar " disponível para fazer o seu parto normal na hora que quiserem" . Não se trata de encher a boca pra gritar " chora classe médica, vai ter que fazer parto normal no feriadao " , pura e simplesmente . A questão eh mais complexa do que isso. E envolve o parto humanizado, o combate à violência obstétrica( motivos pelos quais existe - e com razão - o " medo do plantonista"). se o parto fosse humanizado , não haveria por que ter " medo do plantonista " e exigir disponibilidade do " seu médico " para fazer o " seu parto " , concorda ??

Um grande beijo pra vc!!

Ando entrando menos aqui mesmo, entre outras coisas pra cuidar da minha saúde, ( desenvolvi de um ano pra cá uma enxaqueca que eh causada por desgaste de ATM e má postura do pescoço, ralando aquj pra me tratar com físio, fono, porque tomar soro na veia no PA a cada 40 dias não ta dando certo rsrsrs !!!)

Maria Valéria

Rê Bordosa disse...

Perfeito seu comentário, Roxy!
Continuaremos sim.
Uma meia dúzia de anônimos nos xingando não vai mudar nossa vida.
Beijão!
;)

Roxy Carmichael disse...

Maria Valeria, eu concordo em gênero, número e grau com o seu comentário!
Acho que muitas vezes o grande problema dessa discussão é que essa questão que tem origem numa série de fatores é reduzia aos "médicos mercenários que serão punidos com partos no feriado".
O comentário do seu colega me parece muito confuso mesmo, mas eu, que sou leiga no assunto, penso que poderia haver uma opção na hora de parir. compreendo que existem mulheres que tem verdadeiro pânico do parto normal. agora, isso (a possibilidade de escolher) deveria vir acompanhado de uma verdadeira revolução na forma como o parto é encarado e realizado no brasil. e isso envolve as escolas de medicina darem a formação em parto normal aos médicos, incluindo aí uma formação dos profissionais em parto humanizado, onde se poderia rever uma série de procedimentos desnecessários e danosos que são realizados. também uma disseminação de informação às mulheres para que pudessem conhecer melhor seus corpos, suas possibilidades e limites. eu acho que se tudo isso pudesse ser implementado de forma concomitante, as mulheres poderiam fazer uma escolha consciente e acredito até que poderiam optar mais pelo parto normal, mas penso que ainda assim a questão do parto deveria ser colocada como uma escolha, entendendo o que isso envolve: uma cirurgia que sempre incorre em riscos.

melhoras aí com a sua enxaqueca! precismos de você bem! como mulher e como profissional!

márcia, dá uma olhada nesse link sobre o drone: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/40842/drone+do+aborto+realiza+voo+entre+alemanha+e+polonia+veja+video.shtml

rê: é isso! os cães ladram mas a caravana não para!

um beijão pra vocês!

Mila disse...

Panthro

(Não respondi antes pq nunca abria o link no proxy aqui).
Creio ser improdutivo para o feminismo excluir mulheres trans, até pq, como já falei, elas trazem desafios sobre a percepção de gênero que podem e devem ser estudadas por todas as vertentes do feminismo, e por que não do radical, afinal é sempre bom termos leituras diferentes de várias vertentes. Aliás, pq não seria academicamente inválido? Não se trata de excluir as trans do processo, muito pelo contrário, mas de entender como e pq elas interferem na nossa percepção de feminino.
Não conheço a fundo o transativismo, então não sei se há uma luta para desconstruir gênero. Vale lembrar que nem todo mundo que é representado pelos movimentos é politizado, ou seja, nem toda trans quer desconstruir gênero, nem todo gay repensa a homofobia, nem toda mulher problematiza o machismo.

Dona Sancha disse...

Isso já deve ter sido falo nesse blog, mas só comecei à acompanhar o blog agora. Enfim, uma das coisas que mais me fizeram não se aproximar muito do feminismo é por discordar de algumas questões, especialmente no que tange a objetificação da mulher, e em 2° por tem muitas mulheres que se dizem feminista, mas adoram "50 tons de cinza" que vivem dizendo coisas como "homem não sabe mexer na cozinha", pra mim isso é pseudo feminismo, mas nunca ouvi de nenhuma feminista o que elas acham desse tipo de comportamento.