terça-feira, 23 de setembro de 2014

GUEST POST: ODEIO SER MÃE

Num post de uma leitora que estava sentindo-se pressionada a ser mãe, apareceu a menção a um blog que ocasionalmente fala que a maternidade não é nenhum mar de rosas. 
A J., autora do blog, decidiu entrar em contato comigo e me enviou seu relato:

Olá Lola! Costumo ler seu blog de vez em quando e qual a minha surpresa quando vejo que estou sendo mencionada em alguns comentários. Já tinham me dado a sugestão de escrever para você, mas eu sou muito tímida e na época tinha sofrido uns ataques de um tal de fórum mascu ou coisa que o valha. Em suma, não estava a fim de mais gente me insultando, mas agora sinto-me um pouco melhor para expor-me aqui.
Eu sempre quis ser mãe, brinquei de boneca até os dezessete anos, todas as minhas amigas diziam que eu era do tipo que ia casar primeiro e ter filhos. Apesar de desejar ser mãe, não tinha a intenção de engravidar cedo, porém as coisas mudaram quando conheci meu marido, trinta anos mais velho do que eu. Vivemos no início um romance à distância, nos víamos uma ou duas vezes no ano e só fui finalmente morar com ele depois de ter terminado a faculdade.
Quando passei a viver em Portugal sentia-me muito sozinha e a vontade de ser mãe começou a aflorar. O problema era que meu marido havia feito vasectomia, pois já tinha dois filhos adultos e não desejava mais embarcar nestas aventuras. Ele conseguiu segurar meu desejo por três anos, quando resolvemos fazer uma fertilização in vitro que acabou por dar errado. Eu chorei, resolvi me dedicar a outras coisas, trabalho voluntário, voltei a fazer faculdade, desta vez o curso que eu sempre me identificara. Mas ao mesmo tempo, me inscrevi em um hospital público do Porto, fui às consultas, repeti os exames, e exatamente um ano depois do primeiro tratamento, eu  estava esperando ansiosa pelo exame de sangue. 
Naquele dia, na véspera de Natal, descobri que estava grávida. Nossa, foi uma alegria só! Resolvemos guardar segredo para a família durante os três primeiros meses e como um mau presságio, passei-os em cima da cama com sangramentos e risco de aborto.
A gravidez foi completamente diferente do que tinha imaginado: eu super ativa, em forma, vi-me transformada em uma gelatina ambulante, engordei muito, tinha várias mudanças de humor, mas na maior parte do tempo sentia-me triste e angustiada. "Será que vou amar este filho? Quando será que vou ser arrebatada por este amor tão forte e incondicional de que as mães tanto pregam?"
Ele nasceu de parto normal, senti-o saindo de meu ventre, escorregando pela minha vagina. Pari um filho, mas não pari o tal amor incondicional. Ele não veio em um pack junto com um choro estridente. Olhei para ele e não senti nenhuma paixão especial, só estranheza.  
Depois de um mês minha mãe foi embora, meu marido continuava a trabalhar (ele não tinha direito a férias nem licença) e eu fiquei sozinha com um recém nascido. Encolhi-me. Estava restrita a uma cama de casal e assim fiquei por três meses. Fazia as coisas automaticamente, cuidava, dava banho, amamentava. No fundo esperava, mas esperava o quê? Alguma mudança para melhor em minha vida, quando será que ela começaria a ter realmente algum significado? 
Hoje reconheço que tive depressão pós parto. Não sei ao certo quando iniciou; no entanto, quando percebi estava imersa em pensamentos horríveis. Tive medo de mim. Era como se ouvisse vozes sussurrando para fazer mal ao meu filho. Tinha momentos em que olhava para a moleira dele pulsando e sentia-me hipnotizada, imaginava uma faca transpassando-lhe. Outra vez, quando voltava da consulta semanal no posto de saúde, avistei um caixote de lixo e imaginei-me a colocá-lo lá e sair andando. 
Eram pensamentos tão pavorosos que eu tinha vontade de morrer antes de concretizar qualquer coisa. Contei ao meu marido, mas ele não levou muito a sério e sequer desconfiava o quanto eu estava enlouquecendo aos poucos. O meu refúgio foi a comida, comi, comi, comi até engordar os dez quilos que tinha perdido após o parto. Eu só saía da cama para questões biológicas e dar banho no bebê, o resto tudo eu fazia nela, almoçava, via TV, embalava-o e o amamentava. O que me tirou deste torpor foi a vinda da minha sogra e a posterior ida ao Brasil para que a família o conhecesse.
Meu filho sempre foi uma criança exigente. Nunca sequer ficou em uma espreguiçadeira, balancinho ou bebê conforto que fosse mais que o tempo de perceber que estava sozinho. Por consequência, eu não tinha como tomar banho ou fazer qualquer tarefa doméstica se não fosse ao som de gritos. Tinha momentos que eu começava a chorar também e às vezes aproveitei os gritos dele para dar os meus, enquanto soluçava sozinha no quarto. Eu tinha raiva de quando me diziam que isto era a melhor coisa que podia acontecer a uma mulher. 
O quê? Fraldas, cocôs, choros, noites sem dormir? Sentia-me sugada e velha como uma meia murcha. Todas as necessidades que importavam eram as do bebê. A perda da identidade talvez tenha sido a que até hoje custa-me recuperar. Mesmo contando isto agora, parece-me que foi em outra vida. Acho que o sofrimento psicológico foi tão grande para mim que as memórias ainda me vem meio que anuviadas como se não fossem totalmente reais. 
Não era possível que eu estivesse tendo uma experiência completamente diferente do que todos me falavam. Doía-me ver qualquer coisa que tivesse a ver com a exaltação da maternidade, qualquer mãe que me dissesse as maravilhas que sua vida tinha se tornado, qualquer propaganda de dia das mães... Ah, o dia das mães, eu tinha raiva que me parabenizassem, que me marcassem em fotos do Facebook, que me perguntassem como andava minha vida agora que finalmente "descobri" o que é o amor. Decidi então que a melhor forma de lidar com isto era interpretar uma personagem, aquiescer com as verdades sóbrias da maternidade-sacrifício e dar-me por vencida nesta luta interior para ser eu própria.
A maior parte do tempo, criei meu filho longe da família (o que em termos de críticas por um lado foi bom), sem apoio a não ser do meu marido -- que ajuda bastante e, por incrível que pareça, tem muito mais paciência do que eu.
Escrevi aquele desabafo no meu blog (único lugar em que me permiti tal fato), que era até aquele momento pouquíssimo lido, talvez por meia dúzia de amigas virtuais que me acompanharam desde a infertilidade em um fórum português. Como não tinha os comentários moderados, não sabia que havia tantos acessos, até me deparar com mais de uma dezena de comentários certo dia. 
Pois então, eu odeio ser mãe, me saiu pelos dedos em um momento de desespero, depois de tanto tentar absorver meus sentimentos com relação à maternidade. Eu sabia que filho dava trabalho, que ia me varrer noites em claro, que ia me tirar (quase) toda a liberdade e que em alguns momentos me faria desejar atirá-lo ao Tejo. Eu sabia. Mas depois de citarem a via crucis materna, elas diziam no final que compensava. Todos os sacrifícios compensavam. Ninguém nunca havia se arrependido de ser mãe, por que eu haveria? No início achei-me um monstro, pensava que se eu não conseguisse sentir aquele amor arrebatador pelo meu filho então eu era um lixo, não valia nada. E com culpa, admiti em silêncio que gostava mais do meu marido do que do meu próprio filho.
Quando eu digo que odeio ser mãe, não quer dizer que eu seja negligente: eu cuido dele, leio e brinco, educo, xingo, interesso-me pelo percurso escolar, levo a passear como qualquer mãe. Resolvi ficar com ele em casa até ele completar um ano porque achava importante ele ter esta maior atenção que não teria em uma creche, mas senti-me imensamente feliz quando voltei à faculdade. Fomos pegos pela crise de Portugal, voltamos ao Brasil por mais de um ano e agora estamos em outro país. E novamente sozinhos, eu e ele. Meu marido está na outra ponta da França, em um novo emprego que se der certo, provavelmente voltaremos a morar juntos em três ou quatro meses.
Acho muito bom que meu blog, apesar de não ter a intenção de focar apenas na maternidade, seja conhecido por mais mães que permanecem na penumbra e no anonimato, e só de lerem ou desabafarem este sentimento, saem de lá mais leves. Admito sem dúvida que, se pudesse, voltava atrás nesta decisão. 
Tem um filme do Nicolas Cage, Homem de Família, que explica bem o que penso, mas o meu caminho seria o oposto ao que ele escolheu. As pessoas julgam e desejam coisas terríveis para nós e no entanto, conheço tantas histórias de super mães de Facebook e fóruns de puericultura que não fizeram as opções que fiz nem se sacrificaram como eu, uma mãe que fica quase 24 horas com o filho, que está há mais de um ano sem uma escapadinha a dois, mas ainda se acham no direito de criticar e insultar. 
Cada um sabe como vive a sua vida entre paredes, e como dizem os portugueses, "quem está no convento é que sabe o que lhe vai dentro". Mas eu acho fundamental que seja dito que o tal amor incondicional materno não é uma verdade incontestável. Sendo muito mais uma construção do que um toque de mágica. Há mulheres que o sentem, e fico feliz por elas. Mas não há unanimidade neste cenário. Nem sempre, nem para todas, vale a pena ou compensa ser mãe.

239 comentários:

«Mais antigas   ‹Antigas   201 – 239 de 239
Anônimo disse...

Somos duas....infelizmente tb nao pude fazer um aborto e agora tenho uma criança q não é feliz por minha culpa. Sou uma mãe seca, cuido, dou conforto e sustento, mas tudo como uma obrigação.

Anônimo disse...

Compartilho do mesmo sentimento... Minha mãe também não gosta muito de mim, o que já me trouxe bastante sofrimento. Hoje em dia compreendo que laços de sangue não são necessariamente de amor. Fazer o que?

Anônimo disse...

Meu maior arrependimento foi nao ter feito um aborto. Nao gosto do ser q esta se desenvolvendo dentro de mim.Ha dias que penso em tentar um aborto mesmo que tardio e arriscar minha vida... Ja disse ao pai do bebe que nao quero ele e ele que se vire para cuidar desse bebe. Tenho muito arrependimento...

Jaqueline disse...

Parabenlizo pela coragem de admitir, e acho que muitas outras mães deveriam ter coragem também de admitir.
Desde muito nova sempre dizia que iria casar com um homem que já tivesse filhos para não me pedir filhos, pousadas sempre soube que não os queria. Estou casada ha 10 aos e antes do meu atual marido eu fui noiva por 8 anos e o dito cujo tentava me engravidar e eu fugia igual diabo foge da cruz. Depois dessas tentativas frustradas pra ele (ex-noivo), coloquei na minha cabeça que casaria com homem que tivesse pelo menos dois filhos assim não corria o risco dele querer. De fato aconteceu e somos felizes na vida que escolhemos. Uma vez tive uma recaida de tanta pressão da família e tentei engravidar por 2 meses, mas durante esse período sofri muito e fui chorando para meu marido pra pararmos pois eu não estava feliz e tinha medo. Tenho duas irmãs que tiveram filhos e uma delas foi clara ao dizer que ama seu filho mas se pudesse escolher não teria tido. A outra cuida dos dois filhos mas não passa amor, a gente percebe que ela cuida e zela mas sempre que pode viaja sem filhos. E pior, eu percebo que no fundo ela tem inveja da decisão que eu tomei em não ter, porque me sobra tempo e dinheiro para viajar e curtir a vida. Eu decidi não ter porque amo minha liberdade e não me vejo acordando na madrugada pra cuidar de crianças, não me vejo tentando acompanhar estudos, aliás acho tudo isso um porre. Só de ver o trabalho que meus sobrinhos e enteadas dão, eu agradeço por ter tomado a decisão certa. Portanto não acredito em amor incondicional, amor se constrói com tempo de convivência. Li recentemente uma frase que dizia "acredito em teSão a primeira vista, acredito em ódio, raiva a primeira vista. Mas amor não. Amor se constrói com tempo". Portanto não se recriminé, nem todo mundo sentiu ou sentirá esse tcham logo de cara, uns pode chegar outros nunca. Bjus

Júlia disse...

Querida se ao nascer essa criança, você continuar com esses sentimentos, dê pra adoção, não tenha medo dos julgamentos, pior será você ser infeliz de um lado e a criança do outro.

Júlia disse...

Kkkkkkkkk, foi o que eu pensei, você não precisa amar ou concordar pra ajudar.

Júlia disse...

Kkkkkkkkk, foi o que eu pensei, você não precisa amar ou concordar pra ajudar.

Júlia disse...

Querida se ao nascer essa criança, você continuar com esses sentimentos, dê pra adoção, não tenha medo dos julgamentos, pior será você ser infeliz de um lado e a criança do outro.

Anônimo disse...

Bem eu. Amo, cuido e dou minha vida por eles, mas não gosto de ser mãe, de dependerem de mim dos meus cuidados de ser responsável pela criação de outro, definitivamente não gosto.

Anônimo disse...

Júlia, como é bom saber que existe alguém igual a mim.

Anônimo disse...

somos 3 então . só que no meu caso são 2 filhos , o pai deles me abandonou e eu não vejo mais saída na minha vida.

Anônimo disse...

Realmente o filme sobre Kevin é incrivelmente claro em relação ao q a mãe sente pelo filho, mas não se pode deixar de lado o comportamento do menino, que era duplo. Perto do pai era brincalhão, divertido, com a mãe chorava e fazia birra. Isso n pq ele não gostava da mãe, mas n conseguia manipular ela como fazia com o pai, pq o menino era um sociopata. É bem diferente de uma criança sem esse distúrbio.

Anônimo disse...

Se o que você está relatando é verídico, com toda certeza ela já tinha um lado emocional mais abalado e certa carência, q achava q iria suprir com a criança, mas q na mente dela se tornou uma concorrente de atenção. Bom, isso se o q você forneceu é correto. E alguém assim, precisa de acompanhamento profissional sim. Não sou mãe, apoio o pensamento de que maternidade não é a 7° maravilha do mundo, não planejo ter filhos. Porém, passei uma parte da infância e adolescência ajudando a cuidar do meu irmão e eu sei os sacrifícios que minha mãe fez e faz por ele. Não acho q toda mãe tem amor condicional, e não penso q isso seja errado. As pessoas esquecem q o filho não foi feito pra ser seu, as crianças crescem, criam personalidade e tem suas vidas.

Unknown disse...

Gostei muito de ler esse relato. Nunca senti o tal 'instinto materno' e optei por não ter filhos. Muitas vezes me senti mal por essa decisão, até pq não é algo bem aceito pela sociedade, uma mulher dizendo não gostar de crianças. Já ouvi que sou egoísta, que no futuro irei me arrepender dessa decisão, que ser mãe é a melhor coisa do mundo e que ninguém jamais se arrepende de ter filhos. Mas vejo relatos assim e percebo que isso não é verdade. Que até poderia ser uma boa mãe, mas a que custo? Ou pior, ser uma mãe ruim, já que não desejo isso, e uma criança inocente que não pediu para nascer acabar pagando por isso. Vejo mães que claramente não deveriam ter tido filhos. E me sinto com sorte de ter percebido isso, que não nasci para ser mãe, a tempo. Acho que passou da hora de destruir esse tabu e começar a falar sobre o assunto, para que as que não tiveram filhos ainda possam analisar a situação de forma mãos realista, e as que tiveram se sintam mais apoiadas, menos sozinhas.

Unknown disse...

Acredito que medos todas as mães têm, estranho e errado seria se vc não os tivesse. Mas isso não quer dizer que deva ignorá-los. Pense bem, talvez seja uma boa colocar o pé no freio só um pouquinho, até ter a certeza absoluta do que quer. Hj em dia com os avanços da medicina, praticamente qualquer mulher pode engravidar, independente de idade ou outros problemas, então pense em tirar um ano oi algo assim dessa questão, afinal é algo para a vida toda. Não existe ex-filho. Assim, se no futuro decidir insistir na maternidade, será com maior confiança e sem os receios que possui hj, alvo que poderia estragar essa experiência para vc. Boa sorte e que a decisão que vc tomar, seja ela qual for, te faça muito feliz!

Unknown disse...

Sinto muito que se sinta assim. Discordo em parte do que disse, não acho que seja tudo apenas paixão passageira. Muitas mulheres são felizes em seus casamentos e muitas são felizes com seus filhos. Mas isso não quer dizer que isso seja para todas, e acho que aí é que está o X da questão. Talvez vc não tenha o perfil para casar. E talvez não tenha o de ser mãe. Isso não te faz melhor ou pior que ninguém. Talvez te faça um pouco mais triste, por não saber disso antes. Por isso diálogos como esse são importantes, para que quem vem em seguida possa analisar bem a situação e não repetir os mesmos erros.

Anônimo disse...

Homem em quase sua maioria apoiam a gestação POR QUE NÃO TEM QUE PASSAR 9 MESES SOFRENDO com uma criança dentro da barriga e depois sofrendo sem dormir, sem comer em paz, sem tomar banho direito, sem ter vaidade, liberdade, espaço, tempo pra VIVER! Francamente as pessoas medem demais pra falar! O problema é sim, o trabalho em excesso, o estress físico e mental, as frequentes sessões de tortura regadas a gritos e choro, SEM FALAR DE VIVER PREOCUPADA COM UM SER QUE NÃO DA PRA CONTROLAR, NEM NA INFÂNCIA, NEM NA FASE ADULTA. Na boa, eu me abstenho! Tenho 25 anos e definitivamente NÃO QUERO ISSO PRA MIM! Definitivamente não sou obrigada! SE NÃO É ERRADO O HOMEM TRABALHAR, SAIR E SE DIVERTIR, POR QUE PRA MULHER A TANTA COBRANÇA??????????????? O mundo tem que parar de hipocrisia, parar com essa mania DE ACHAR que tem que procriar pra "ser feliz". Felicidade é Deus no coração, paz na alma, condição pra viver bem! MATERNIDADE NÃO É OBRIGAÇÃO, É OPÇÃO! QUER QUER ÓTIMO, QUEM NÃO QUER TEM QUE SER RESPEITADO!

Anônimo disse...

Não julgo essa senhora ,mais eu não consigo entender ,mais respeito,no meu caso eu não tenho filhos mais espero em Deus ansiosamente por um dia ele me da uma oportunidade de ser mãe ,eu já amo antes de existir ,oro todos os dias ,fiz o que pude em médicos ,e espero que Deus me escute ,eu vou da o melhor de mim ao meu filho.eu desejo essa senhora que Deus toque em seu coração e que em um momento ela possa sentir esse amor,ela ama mais ainda não sabe,o importante também é que você não abandonou seu filho.

Anônimo disse...

Vdd, admirável a coragem dela. Mas no meu caso eu tenho certeza do meu amor por meu filho, amo até antes de mim mesma, mas esse amor não me faz uma mãe feliz, odeio cuidar da casa, odeio o modo como as pessoas dão palpites na nossa criação mas não movem uma palha p nos ajudar! As pessoas amam julgar. Aconselho a todas a não evitar os sentimentos. Sempre sejam sinceras consigo mesmas, procurem as respostas das suas perguntas e procurem sempre buscar o q vcs gostam nos seus pequenos. Eu sou uma mãe super impaciente, explodo fácil, meu baby tem 3 anos e ja percebeu isso, toda vida q ver q vou explodir diz logo :"desculpa mamãe " aí a raiva vai passando. E o q eu digo é q com tempo vai melhorando, vão ficando mais dependentes e vcs vão amadurecendo mais, entendendo coisas q antes não entendiam... Desejo tudo de bom a vcs!!! Que Deus as ilumine. Bjs

Anônimo disse...

Olá, tenho 34 anos e sou casada há quase 8 anos. Eu não tenho filhos e não gostaria de te-los, mesmo assim recebo muitas criticas pq nasci mulher e não gerei ng. Imagino como deva ser complicado pra quem tem filhos e não gosta da maternidade, e ainda mais em um mundo em que as pessoas se acham no direito de julgar nossos sentimentos. Parabéns a todas vcs por dividirem isso.

Cadeta disse...

Somos três.

Unknown disse...

O filme Precisamos falar sobre Kelvin, fala sobre uma criança com tendências psicopáticas, ou seja uma criança que poderá ser um futuro psicopata! Não tem nada haver com depressão pós parto, e/ou ideologias sociais sobre a maternidade e constituição de família! O recomendável é ler o livro Mentes perigosas, antes de ver esse filme!

Anônimo disse...

Nossa vc deve ser a Sra perfeição né? Q tedio me dá essa gente q julga, julga, julga, como se fossem os paladinos da justiça e da verdade

Anônimo disse...

Somos duas...

Anônimo disse...

Fato, realmente basta somar 2+2 pra perceber a armadilha q é ser mãe. Prisão perpétua sem direito à condicional

Lilian Trondoli disse...

Falou tudo! 👏

Jaqueline disse...

Meu filho tem 14 anos e até aqui foi possível fingir não ver, mas agora td ficou muito pior, não temos afinidades, as vezes ele me parece um peso, pois ainda depende da minha presença para muitas coisas, sei que nunca fui uma mãe exemplar, posso ter sido cruel com as palavras algumas vezes, pra piorar meu marido só piora as coisas, tirando minha pouca autoridade, estou a um passo de largar td!!

Anônimo disse...

Eu entendo você plenamente.Não sei se eu tive depressão pós parto, mas a minha gravidez foi super perturbada, o pai do meu filho era um completo idiota, a minha familia até hoje sempre se intrometeu, e não para me ajudar, para me criticar e fazer comentários horriveis sobre o meu filho, desde de bebê ele sempre me deu muito, muito trabalho, eu resolvi me divorciar e criar meu filho sozinha, ele hoje tem 8 anos, e até hoje eu não consigo achar uma qualidade se quer nele, não admiro meu filho, sinto raiva dele, ele é um aluno ruim, uma criança egoista e cheia de maldade, não gosto nada de quem ele é, nunca gostei, vamos juntos ao psicologo desde de que ele começou a frequentar a escola, com quase dois anos de idade, essa personalidade dele vem com ele desde bebe. Também tenho dificuldades de entender que maternidade é essa que as mulheres compartilham que é cheia de amor incondicional. Eu tenho plena certeza que eu não sentirei pena alguma do meu filho se um dia ele se der muito mal na vida, pq eu estou vendo oq ele esta plantando. Todos me diziam que era uma fase e conforme ele fosse crescendo ele ia melhorar. Ela não vai, esse é ele, eu já me senti muito culpada por não admirar meu filho, mas sabe de uma coisa, ele nasceu assim, é como dizem que Gays nascem gays, ngm cria um filho gay, ele nasce assim, e o meu filho nasceu com essa personalidade. É triste, é cansativo, mas é a vdd.

Anônimo disse...

Comentário atrasado, mas é que já fazia muito muito tempo que não lia o blog... A verdade é que a maternidade não é fácil para ninguém. Os primeiros anos então nem se fala... Acho que temos todos que parar de romantizar as coisas e as encararmos como realmente são processos e ciclos de altos e baixos. Sou mãe de uma menina de 2 anos e estou grávida do segundo filho. Eu sei que terei anos difíceis pela frente mas estou ok com isso. E quando eu quero surtar eu surto e ninguém tem nada a ver com isso. Mas a verdade é que quando vão crescendo as coisas se tornam melhores, posso ver isso com minha filha de 2 anos... E todos os momentos ruins são gratificados pelos sorrisos maravilhosos que recebemos.
Estava comentando com meu marido ontem que não faço a mínima ideia de quem eu seja ou estou me tornando no momento com todo esse processo, ele disse que também não faz... rimos da situação e seguimos em frente. Se cobre menos

Anônimo disse...

Bom, vamos lá, são quase uma e meia da manhã, e estou aqui aguardando p colocar minhas filhas no berço. Sim, tive gêmeas. AMO muito elas, porém ODEIO ser mãe.Antes que algumas pessoas ignorantes falem que não tive planejamento, SIMMMM tive, pacote completo, parto, enxoval, tudo dentro das nossas condições, mas graças a Deus não nos faltou nada e não sou um ser irresponsável, casei , aguardei depois engravidei rs. Aaaaa não estou aqui p julgar ninguém,se aconteceu algum acidente, faz parte e imagino que não seja nada fácil!!!!! Só quem passou p saber.. bom...era meu sonho, desde de criança, amava boneca, bebezinho...enfim...esperei muito , mas finalmente me tornei mae. E com essa mudança veio, um cansaço , dores na coluna, o ouvido chega a arder de tanto choro, grito, dia e Noite.. o início são de 2 em 2 horas... Vc pode estar podre de canseira, mas vc tem que estar lá...aaaa fora as amáveis visitas. .. que olham o caco que vc está , e esperam que a gente fala que está tudo m a r a v i l h o s o! Não conseguimos tomar banho, comer um simples prato de arroz e feijão em silêncio é um luxo. Tem o coitado do marido, que no meu caso , morria de dó de mim...mas ele tb é uma pessoa. Tem sentimentos...... E assim vai. Quando a criança fica doente, aiiiii siiiiiimmmmmmm!!!! prepare se para apenas escovar o dente correndo e beber água ...claro que no consultório médico na sala de espera, junto com outras mães que fazem dias que sabem o que é dormir.... Querem me chamar de egoísta???ouuuu "aaaa é depressão pós parto" ouuu sei lá o que.... Bom quem sabe das minhas dores, alegrias, noites em claro, e o ouvido calejado de tanto grito sou EU e DEUS... Que se D A N E sua opinião...guarde pra vc... Coloque outra coisa na busca do Google ou vá lavar louça...( Pra não falar outra coisa :D) Quero parabenizar todas as mães que não enfeitam a maternidade com laço rosa ou azul, que falam a VERDADE!!!!!! é difícil desgaste.... Dói... Cansa..... ...pensem bem, coloque numa balança TUDO! E para aqueles que acreditam... Confie em Deus!!!!!!

Anônimo disse...

Eu não tive depressão pós parto e me arrependo de ter tido filho

Anônimo disse...

Seu comentário é muito antigo mais é muito bom

Anônimo disse...

Somos 3

Anônimo disse...

Exato

Cristi disse...

👏👏👏👏👏👏

Cristi disse...

Disse absolutamente tudo!

Cristi disse...

Perfeito

Cristi disse...

Que bom que ela pôde contar com sua compreensão e apoio.

Cristi disse...

Amei seu comentário

«Mais antigas ‹Antigas   201 – 239 de 239   Recentes› Mais recentes»