quinta-feira, 9 de maio de 2013

ESTATUTO DO NASCITURO PODE CALAR TODAS AS DISCUSSÕES SOBRE ABORTO

A bíblia combina melhor com o projeto

Estamos falando muito menos da legalização do aborto do que deveríamos. Há uma ameaça no ar. Uma ameaça pesada que atende pelo nome de Estatuto do Nascituro, e que pouca gente conhece. O projeto de lei foi proposto em 2005, e arquivado dois anos depois. Mas há um projeto semelhante, o PL 478/2007, prestes a ser votado. A ideia é a mesma: considerar um embrião uma pessoa já nascida, digna de todos os direitos jurídicos. E criminalizar ainda mais a mulher que aborta. 
Se aprovado, o Estatuto determinará que a vida do embrião é mais importante que a de uma mulher. Isso quer dizer que, se uma mulher estiver grávida e com câncer, os médicos não poderão tentar curá-la do câncer, porque a quimioterapia afetaria o embrião. Não é ficção, é realidade. Aliás, aconteceu faz pouco tempo em Goiânia: um juiz negou o direito ao aborto de uma jovem com câncer. O pedido só foi aceito em segunda instância. Com o Estatuto do Nascituro, essa mulher não teria a menor chance de abortar. Morreria de câncer.  
Se aprovado, toda e qualquer mulher que sofrer um aborto espontâneo (o que acontece naturalmente em 25% das gestações) será investigada pela polícia, que terá que verificar se ela perdeu o feto acidentalmente, ou se é uma criminosa que merece ir pra cadeia. Queremos mesmo ser como El Salvador, que proíbe a interrupção da gravidez em todos os casos e que condenou uma mulher a 40 anos de prisão por ter tido um aborto espontâneo? Só pra constar: isso pode acontecer com você, mulher, com a sua mãe, sua irmã, sua filha. Imagina que bacana a mulher estar sofrendo porque perdeu o bebê, e ainda ser ameaçada de cadeia por causa disso.
Se aprovado, uma mulher que engravidar de um estupro não poderá abortar. O Brasil já tem uma das leis mais retrógradas do mundo em relação ao aborto -- unicamente por sermos a maior nação católica do planeta e por não vivermos num Estado laico. Por enquanto, o aborto só é permitido em casos de estupro, de risco de vida pra gestante, e no caso de fetos anencéfalos (o que só foi aprovado ano passado). Com o Estatuto, nem isso. Além do mais, o mesmo projeto institui a bolsa-estupro. 
Se aprovado, mais mulheres morrerão vítimas de abortos clandestinos. 
Ah, e tem uns bonus tracks também. Se o Estatuto for aprovado, será o fim da fertilização in vitro e das pesquisas com células-tronco embrionárias (que o Supremo Tribunal Federal autorizou desde 2008). Ou seja, um retrocesso total. Que beleza, hein?
Se você não quer que o Brasil retroceda nos direitos humanos e fique ainda mais nas mãos de fundamentalistas cristãos, assine e divulgue esta petição contra o Estatuto do Nascituro. O assunto é sério mesmo.
Publico abaixo um texto que a Suelen me enviou sobre uma discussão que teve recentemente sobre a descriminalização do aborto. E que mostra que nem nas discussões sobre aborto o Estatuto do Nascituro dá as caras. Mas, se for aprovado, será a proibição do aborto em todos os casos. O fim das discussões.

Pra começar a contar a história, preciso explicar algumas coisas. Sou “casada”, apesar de ter 20 anos. Eu e meu namorado decidimos morar juntos há um ano e meio, ele é poucos meses mais velho que eu. Aliás, essa é uma história que daria outro post, já que eu frequentemente sofro preconceito por ser “casada” com esta idade. Tanto eu quanto meu companheiro somos feministas, lutamos juntos. Nós também somos veganos e ateus. 
A maior parte da minha família é composta por católicos fervorosos. Creio que, por enquanto, eu seja a única ateia da linhagem. Uma das minhas primas é extremamente religiosa mas nos damos muito bem, nos respeitamos. O problema mesmo é o marido dela, que é o estereótipo do cristão ultraconservador, do estilo que posta coisas no Facebook como: “Mulher, não coloque na vitrine o que não está à venda. Se dê ao respeito”. 
Quando o Conselho Nacional de Medicina se manifestou a favor do aborto até a 12ª semana de gestação, eu declarei meu apoio à decisão na minha página do Facebook, assim como todas as outrxs lutadoras. Antes disso eu sempre publiquei coisas favoráveis ao aborto. Qual não foi minha surpresa quando este cara, que expliquei acima, católico fervoroso, fez um post na página dele todo dedicado a mim, só que não diretamente. 
Quanta hipocrisia é alguém que se diz defensora dos animais se dizer a favor do assassinato de uma criança humana”. Com esse tipo de frase, ele formou um texto enorme. Ao ler, eu fiquei naquela dúvida cruel: respondo ou não? Geralmente tenho essa dúvida ao entrar em discussões pelo Facebook, até porque este é o perfil de conservador que nunca vai mudar.
Mas depois de refletir, eu não me aguentei, e acabei por responder ao post. A minha resposta foi a primeira de todas as outras centenas que vieram abaixo me massacrando. E é aí que eu queria chegar. Eu falei a respeito da hipocrisia que é achar que as mulheres deixam de abortar simplesmente por isto ser proibido em lei, e ressaltei o número de mulheres pobres que morrem tentando realizar o processo em casa. Também falei das mulheres ricas, que realizam o aborto em clínicas seguras. 
Tentei, inutilmente, falar que lutar pela descriminalização do aborto não é o mesmo que sair distribuindo panfletos incentivando as mulheres a abortarem. Por fim, contei sobre o medo que eu tenho de andar sozinhas nas ruas e ser estuprada, esse medo cruel e diário. E após o estupro? A criança gerada? Deve ser um fardo para a mulher? Encerrei mais ou menos assim minha resposta. E ah, disse que um homem não deveria falar sobre esses assuntos sem entender o lado da mulher.
A minha maior tristeza, acho que não posso usar a palavra decepção, foi ler o depoimento de diversas mulheres, cristãs, que condenam veementemente o aborto. Que me disseram que “elas eram mulheres e então poderiam falar no lugar dele”, que aborto é assassinato e dane-se a mulher e suas escolhas. Conseguiram me dizer que se estupradas, achariam forças para gerar o filho, já que a criança não merecia ser morta apenas pela situação que a gerou. Eu fiquei muito, muito triste com essas respostas. E fiquei me perguntando quando que nossas brasileiras aprenderão sobre seus direitos.
Eu sei que todas aquelas mulheres que me condenaram, na verdade, vêm de uma criação machista, e que desde bebês elas aprenderam que as escolhas das mulheres devem vir em segundo plano, tudo baseado no nosso belo sistema patriarcal. Isso até me permite compreendê-las, mas não aceitá-las. Até quando tantas mulheres deixarão de lado o seu direito de escolha acima de tudo, sobre seu corpo, seus atos, seus relacionamentos? Até quando colocarão uma crença à frente do nosso poder de decisão sobre nosso próprio útero? 
Não sei, mas a pergunta me entristece. Espero -- e muito -– que as respostas venham com as próximas gerações, que, vamos lutar, para que sejam menos machistas.

233 comentários:

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Livia Siqueira disse...

Eu acho o debate a respeito dessa lei importante por uma questão de escancarar o fundamentalismo religioso que está se alastrando pelo Congresso, mas, sinceramente, acho dificilíssimo ela passar.
E, se passar, pode ter certeza que o STF (que, vale lembrar, foi quem aprovou o aborto de anencéfalos, não o Congresso) a considerará inconstitucional. Pq é o que essa lei é - INCONSTITUCIONAL. Ela fere os direitos fundamentais da mulher, retira sua dignidade humana.

Barbie Furtado disse...

Isso pra mim é tão absurdo que me deixa enjoada. Não consigo nem conceber. Me sinto completamente inútil, o que a gente pode fazer?

I don't want to live in this world anymore.

Anônimo disse...

toda e qualquer mulher que sofrer um aborto espontâneo (o que acontece naturalmente em 25% das gestações)
-De onde veem estes numeros, cadê a fonte ?

Larissa Ferraro (L@r|) disse...

Sou mãe, e abortaria se engravidasse de novo. E acho que só sou mãe hoje porque não tive dinheiro pra procurar um método que não me matasse.

Marina Moura disse...

Lola, o país ser de maioria cristã não é o único motivo pra nossa legislação sobre aborto ser tão medieval. Países como Itália, Portugal, Espanha, tbm tem esse perfil mas avançaram muito mais que o Brasil na visão sobre o aborto. Gostei muito desse artigo que li essa semana, está aí pra quem se interessar. http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/27651/23819

Anônimo disse...

Anônimo 13:02

As estatísticas do aborto espontâneo podem ser dramáticas. Esse tipo de aborto ocorre em cerca de 25 por cento de todas as gestações. No entanto, isso pode ser um dado incorreto. Muitas mulheres, antes de descobrirem quem uma nova vida começou a se formar em seu corpo, podem abortar sem nem saber do que está acontecendo – achando que seu aborto é apenas um ciclo menstrual mais forte. Portanto, a taxa de aborto pode chegar a 40 ou 50 por cento.

The Other Side of Pregnancy: Coping with Miscarriage and Stillbirth por Sherry Lynn Mims Jimenez, Englewood Cliffs: Prentice-hall, Inc., 1982.

lola aronovich disse...

Anônimo das 13:02, não há muitos dados sobre aborto espontâneo, porque a maioria não é notificada. Não são todos os abortos espontâneos que têm que passar por curetagem, por exemplo. Mas o dado aceito é que entre 15 a 25% das gravidezes sofrem aborto espontâneo. Este site de medicina fala em 25%. Nesta reportagem, fala-se em até 20%.
Mas aqui diz que o número pode chegar a até 50%, se contados os casos de mulheres que nem sabiam que estavam grávidas.

Mirella disse...

Olha só o que um médico disse, em entrevista ao Dr. Drauzio Varella (acho que todos conhecem, né?)

http://drauziovarella.com.br/mulher-2/gravidez/abortos-espontaneos/

"Se considerarmos o total de gestações a partir do momento em que ocorre e fecundação, de 30% a 40% terminam em abortamento espontâneo".

OU SEJA, 25% de abortos espontâneos é até uma estimativa bem baixa.


Ademais, sou pró-escolha e, para casos mais extremos, sou pró "minha mão na sua cara" (mas só na minha imaginação, por enquanto).

Patty Kirsche disse...

Ai, que preguiça... Isso é tão absurdo... Cada delírio aparecendo para ser votado como lei... Dá uma raiva...

Aninha Silveira disse...

Concordo com a descriminalização do aborto, que deveria ser mais fácil abortar quando a mulher corre risco de vida; nos casos de fetos com má formação. Concordo plenamente com todas as linhas de pesquisas, também com a fertilização in vitro.

Mas concordar com Larissa Ferraro já é demais para mim. A pessoa faz sexo sem proteção por vontade própria e depois quer ir ali fazer um aborto?

Se tem tanta convicção que não quer outro filho, se previna. Use 2 métodos contraceptivos ao mesmo tempo, como a pilula e a camisinha.

Eu tenho a certeza que não quero ser mãe ... Então tomo minha pilula religiosamente e não faço nada se meu marido não usar a camisinha. Simples assim.

Anônimo disse...

Essa lei é incostitucional, fere as garantias e direitos fundamentais da mulher. Se a mulher estiver gravida e no hospital correndo risco de vida é obrigação do médico salva-la em detrimento do feto mesmo que a mãe queira o contrario.
É muito comum existirem esses projetos de lei que não atenta aos principios da constituição, se for aprovado se tornara incostitucional.

Anônimo disse...

Até onde eu sei, o primeiro projeto realmente queria criminalizar qualquer hipótese de aborto. Mas esse projeto de 2007 é mais brando, visa basicamente instituir a "bolsa estupro" para a mulher que decida continuar com a gravidez. Ele não vai mudar o Código Penal. Aborto é crime no Brasil, mas o Código Penal traz a excludentes de ilicitude, que são o caso de estupro e o caso de doença grave da mãe, além disso tem o caso do anencéfalo, conforme decisão do STF. Esse projeto de lei, caso seja aprovado, não vai mudar essas excludentes de ilicitude. E se mudasse, provavelmente não seria sancionado por se inconstitucional. A legislação não pode regredir! Larissa

Roberta disse...

O que mais me deixa abismada, além do fundamentalismo religioso e da hipocrisia dessas pessoas que pregam "o bem", é que elas nem sequer aceitam que existam pessoas diferentes, que acreditam em coisas diferentes e que têm o direito de fazer suas próprias escolhas sem levar em consideração um livro escrito há milhares de anos.

Me entristece ver que as pessoas não se importam tanto com o coletivo e olham para o próprio umbigo como o dono da verdade universal!

Roberta disse...

Aninha Silveira:
Não li a Larissa falando "Faço muito sexo desprotegido pra engravidar de novo e de novo e de novo e fazer váááários abortos". Bom senso, por favor!

Ela disse q SE engravidasse de novo. Escolha dela. Ela tem q ser punida com mais um filho pq vc é contra ela poder fazer escolhas q vão afetar mais a vida DELA (q vai ter q criar a criança) do q a sua?

Anônimo disse...

"A pessoa faz sexo sem proteção por vontade própria e depois quer ir ali fazer um aborto?"

Ninguém "quer ir ali fazer um aborto", aborto nunca será visto como "anticoncepcional", que pessoa iria fazer sexo sem proteção, para depois ter de passar por um processo agressivo desses?

"Então tomo minha pilula religiosamente e não faço nada se meu marido não usar a camisinha" Método infalível, hein?

Anônimo disse...

Gente, quem não leu o projeto de lei tá aqui o link http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=345103

http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=CE0FB1E02724EC798A7F8981801D1AFF.node1?codteor=443584&filename=PL+478/2007

De fato, o projeto é absurdo, aumenta as penas do aborto, inclusive. Mas não modifica nada em relação ao aborto necessário(Art. 128 do Código Penal), que é no caso de estupro ou para salvar a vida da gestante. Então, parte dessa discussão é desnecessária. Larissa

larissa disse...

Gente, parte dessa discussão é desnecessária, pq o projeto de lei, apesar de absurdo, não modifica nada em relação ao aborto necessário(art. 128 do Código penal) que são os casos de estupro ou de risco de vida da gestante. Leiam o projeto de lei: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=CE0FB1E02724EC798A7F8981801D1AFF.node1?codteor=443584&filename=PL+478/2007

Ale disse...

Seria o fim dos estudos com as células tronco EMBIONÁRIAS, mas o estudo com células tronco (mesenquimais, reprogramação celular -IPS) ainda continuaria - só corrigindo o texto.

vera disse...

eu sou contra aborto,cansei de ver com conhecidos ,aqui nesse blog e em outros sites a quantidade de pessoas que não querem se previnir direito e não é por falta de esclarecimento.
esses dias um colega do meu irmão,disse q pagou para namorada abortar,ela engravidou pq nem se deram ao trabalho de usar camisinha.

realmente fica parecendo que as pessoas acham mais fácil abortar do que usar camisinha e tomar pílula.
mas querer prender quem tem aborto espontâneo é absurdo.
seria melhor uma campanha sobre uso de preservativo,parece que o povo ainda n consegue entender direito.
naõ entra na minha cabeça,metodos é que n faltam,engravida quem quer e irresponsável.
ai n quer assumir a besteira que faz e é mais fácil abortar.

letícia disse...

Isso me dá uma sensação tão ruim...saber que existe a possibilidade desse tipo de lei ser aprovada, por causa de religião. Direitos civis não deveriam se misturar com religião. Nunca.

Assinei a petição e irei divulgar para mais pessoas assinarem.

(Eu fico imaginando se isso acontece com alguém que eu conheço, o desespero que deve dar, de se sentir de mãos atadas por uma situação absurda).

Leila disse...

ué, Aninha, eu até voltei para ler o comentário da Larissa, onde está escrito que ela fez sexo sem proteção? Pode ser, mas ela não disse isso ali. Engraçado como apedrejamos rápido a mulher. Eu também nunca quis filhos e considero que tive muita sorte, quando olho para trás penso que tanta coisa poderia ter acontecido...acho que inclusive deixei da fazer sexo por isso, mas ninguém é obrigada, né?
Quanto a essa proposta de lei, só posso dizer que dá muita raiva de pensar que algum enérgumeno se dá ao trabalho de escrever isso ao invés de fazer alguma coisa de útil para a humanidade.

Amanda Tôrres disse...

Eu tenho 18 e quando eu nasci meu pai tinha 18 e minha mãe 21. Eu sei como é viver em uma família que de repente se ve em uma situação de gravidez precoce. Meu pai não tinha nem terminado a escola e minha mãe estava começando a faculdade. MInha família não é rica e na época não chegava nem a classe média baixa, o resultado, os dois tiveram que parar de estudar. Agora eu fico pensando, se houvesse uma legalização do aborto na época, quanto sofrimento não teria sido poupado ? Eu acho esse negócio de " fez agora se vira" argumento de quem não tem nada melhor pra falar. Porue pro homem e extremamente fácil se ver livre da criança, e a mulher ? Vai ser obrigada a carregar o fardo pro resto da vida, por conta de 5 minutos de desatenção ( ou sei lá)? Aconteçe. E a criança ? O tanto de criana que é largada em orfanato, ou pela rua, e que cresce em condições extremamente insalubres porque os pais cometeram um erro. Todo mundo se esquece da criança. No Brasil onde eu vivo os orfanatos são bem diferentes daqueles mostrados em Chiquititas e crianças aandonadas são praticamente ignoradas pelo governo. Eu sou a favor do aborto. Quem carrega o filho é a mulher, ela é a única pessoa capaz de dizer se quer ou não continuar com aquilo. Aliás, é muito mais fácil julgar quando não é você na situação, não é mesmo ? Quanto a parte religiosa. Eu sou budista e ainda acho um absurdo a Igreja ter tanto poder na sociedade atual, qualquer Igreja, não só a católica. Pra mim, isso é coisa de país atrasado.
Beijos
barradosno-baile.blogspot.com

letícia disse...

Eu fico desesperada/revoltada com isso.

E ai nós mulheres sofremos a ameaça de perdermos o pouco direito que temos sobre nossos corpos por causa de que? Religião (em grande parte). Toda essa coisa de que a vida começa em células e dizer que está assassinando uma criança. E pior: já é horrível a mulher não poder decidir sobre o aborto, ainda querem tirar o direito de haver aborto nos casos de exceção.

Eu fico imaginando se isso acontece com alguém que eu conheço/comigo...o desespero e a raiva que deve dar, de se sentir de mãos atadas.

Assinei a petição e vou divulgá-la.
Nesse quesito (e em muitos outros) parece que nosso país gosta de caminhar dando passos pra trás.

Ian disse...

Aqui estão os dados que vão de frequencia de abortos espontaneos, a risco de defeitos geneticos, sindrome de down, diabetes e preeclampsia (??) de acordo com a idade da mulher
http://edition.cnn.com/2010/HEALTH/04/22/pregnancy.over.40/index.html

letícia disse...

Outra coisa sobre o aborto, que foi dito em um dos comentários: que se a mulher não quer engravidar, que se proteja.

E ok, é bom tomar cuidado.
Mas e se falhar?

Eu uso dois métodos anticoncepcionais (pílula e camisinha) e ainda assim fico com uma parcela de medo, pq por mais que seja uma pequena possibilidade, pode ocorrer de engravidar.

Ontem mesmo, no G1, eu li uma reportagem de uma moça que só descobriu a gravidez quando estava quase de 9 meses. E ela usava injeção anticoncepcional. E isso é um caso em vários.

Eu fico pensando o que eu faria numa situação dessas (além de ficar desesperada, ja que eu não quero ser mãe) e seria bom ter a opção do aborto (que eu nem sei se faria), mas saber que existe a possibilidade SEGURA de optar em não ter o filho por causa de um acidente.

Daqui a pouco vão falar que a melhor maneira de prevenir é abolir o sexo.

letícia disse...

Meu comentário foi 2x (eu reescrevi o segundo) só para não achar que to falando a mesma coisa de novo.

Anônimo disse...

Lola,

pode ser que eu esteja sendo otimista demais, mas mesmo nesse cenário devastador do nosso congresso, acho que isso não será aprovado, não com algumas alterações fundamentais.

Me lembrei de uma reportagem que vi no G1 essa semana, contando casos de mulheres que só descobriram que estava grávida perto de ganhar o neném.

A maioria das mães disse que foi um susto e tudo mais, mas que agora o filho é o amor da vida delas e tals. Mas tinha uma mãe que deixou bem claro que, como descobriu só no oitavo mês, teve que ter o filho e aguentou as consequências, mas que nunca se acostumará com a maternidade.
Ela foi esculhambada nos comentários por todo tipo de gente. Ou seja: ela não pode ter uma opinião (não está maltratando o filho nem nada, só preferia não ser mãe).

Enfim.

Para a autora do texto.
Eu particularmente acho que já desisti de opinar sobre o que quer que seja no facebook. Esse site é um antro de conservadorismo burro. Evito até mesmo falar que sou a favor dos direitos dos homossexuais, por exemplo. Evito chamar atenção para o quanto nossa sociedade é machista. Evito falar que a mulher é vítima do machismo.

Imagina falar sobre aborto, que é de longe o assunto mais polêmico das nossas pautas? eu mesma tenho algumas ressalvas sim.

Acho que o aborto deva ser descriminalizado por uma questão de saúde pública, mas concomitante a isso, é imprescindível que aulas de educação sexual sejam implementadas em todas as escolas do país. Deve-se ter uma conscientização eficaz para que ninguém precise chegar ao ponto de ter que realizar o aborto para evitar uma gravidez idesejada.

E ainda que o aborto seja descriminalizado nos casos em que não há risco de vida para a mãe ou no caso em que a mãe não foi estuprada, deve-se sim estabelecer um limite.

De fato, ninguém deve levar uma gravidez adiante se não quiser, mas ninguém deve sofrer as consequências pelos atos de ninguém. O feto não merece sentir dor, de modo que eu sou favorável a interrupção até o terceiro mes (ou até o momento em que o feto não sente dor, não tenho conhecimento científico para dizer quando é isso. Nos demais casos, a interrupção deverá poder ser feita a qualquer tempo, embora seja mais humano que ela seja sempre feita no início).

Fernanda disse...

Acabei de chegar da França, onde morei por 7 anos. La, conheci muitas brasileiras de diversas regiões mas também convivi bastante com francesas. O aborto voluntario la é permitido até 12 semanas de gestação. Coincidência ou não, qual não foi a minha surpresa ao constatar que 80% das amigas brasileiras ja tinha abortado, enquanto que esse indice era muito inferior para as francesas. Contei isso so para confrontar aqueles que acham que quando se descriminaliza o aborto as mulheres saem desarvoradas abortando três vezes por mês.

Anônimo disse...

PARECE QUE MEU TESTE DEU CERTO.ALGUÉM JÁ HAVIA ME ALERTADO DE QUE SÓ ERAM PUBLICADOS NESTE BLOG COMENTÁRIOS DE PESSOAS QUE CONCORDAM COM SEU PONTO DE VISTA.BINGO!MEU COMENTÁRIO NÃO FOI PUBLICADO.
LOLA VOCÊ É PATÉTICA.TENHO PENA DESSAS OTÁRIAS QUE ACREDITAM EM TUDO QUE VOCÊ DIZ.
AH,SOU MULHER ,MAS NÃO SOU OVELHA.

Fernanda disse...

Ah, e so para constar: sou filha de uma adolescente que engravidou aos 16 anos e sou completamente a favor do aborto. Eu JAMAIS colocaria no mundo uma criança indesejada. (E eu fui muito amada, podem acreditar).

Jéssica disse...

@Aninha Silveira

Em média:
- chance de falha de anticoncepcional: 1%
- chance de falha de camisinha: 10%
- chance de falha de anticoncepcional + camisinha: 0.1%

Espero que você concorde que 0.1% é bem diferente de 0%. Em outras palavras, para uma mulher garantir que não engravidará só sendo infertil.

E outra coisa: Como assim "Não se protegeu, se ferra agora!", criança é castigo? Uma mulher tem que ser obrigada a criar um filho que não quer e uma criança tem que ter uma mãe que não a deseja por "castigo", é sério? Você tem noção da gravidade do que você falou?

Anônimo disse...

"toda e qualquer mulher que sofrer um aborto espontâneo (o que acontece naturalmente em 25% das gestações)
-De onde veem estes numeros, cadê a fonte ?"

Livros de medicina da área... abra q vc descobre...

Unknown disse...

larissa,
no link que vc postou está escrito:
"Art. 13 O nascituro concebido em um ato de violência
sexual não sofrerá qualquer discriminação ou restrição de direitos"

E ainda tem coisas como:

"Art. 26 Referir-se ao nascituro com palavras ou
expressões manifestamente depreciativas:
Pena – Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses e multa.
(...)
Art. 28 Fazer publicamente apologia do aborto ou de
quem o praticou, ou incitar publicamente a sua prática:
Pena – Detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa."

http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=CE0FB1E02724EC798A7F8981801D1AFF.node1?codteor=443584&filename=PL+478/2007

Ana Carolina disse...

Sobre a lei: é tão inconstitucional que se por um acaso for aprovada, cai no STF. Só que apesar da pouca repercussão jurídica, a repercussão simbólica desses tentáculos teocráticos que querem nos estrangular é gigantesca. E esse é o maior perigo de todos.

Bia disse...

À autora do texto e demais: avise às pessoas que cada um deve ter o direito de fazer o que quiser. Se elas são contra ao aborto, bom pra elas, mas não queiram se meter na vida dos outros. Cada um deveria poder tomar as próprias decisões sobre o próprio corpo...

Anônimo disse...

Anônimo das 13:02, você deve ser homem, ou no mínimo uma mulher sem informação e que nunca conversou com um bom ginecologista (o que não é raro em um país como esse). Mais de 20% das gestações terminam em aborto espontâneo sim! Algumas mulheres engravidam e abordam sem nem saber que estiveram grávidas, pensam que a menstruação apenas "falhou." É super comum, todo médico sabe disso.

Ana Carolina disse...

Sobre o aborto, quem aborta, etc: sempre penso que quem sou eu pra julgar os outros. Sim, o certo é usar proteção - mas e quando a proteção falha? O que acontece com relativa frequência?

E mesmo as que abortam por "irresponsabilidade" (com muitas aspas): melhor abortar do que jogar no mundo uma criança pra ficar largada, sem amor, com uma vida miserável. Até pela história do velho mito do amor materno: nem toda mulher quer ser mãe. Nem toda mulher gosta de ser mãe (vide reportagem do G1, claro que hoje a moça deve gostar do seu bebê, mas tem a coragem de dizer o que muitas não dizem, que preferiria não tê-lo). Acho muito difícil julgar os outros, saber da vida dos outros, suas necessidades, desejos e medos. Então não dá pra julgar ninguém por abortar.

Vera disse...

Fernanda
como é o uso de preservativos na frança?
Porque no brasil muitos n se protegem direito.

Vanessa disse...

não é que não acredite em você Lolinha, mas tive que ir até o site da câmara e conferir isso, e ainda estou pasma por saber que algo assim existe mesmo...
a gente mal se lembra em quem votou pra deputado, senador e vereador, e por isso mesmo não nos ligamos nas leis que eles fazem em nosso nome.
acabei de perder a fé no curso que estou fazendo na faculdade, todos os meus intuitos se esvaíram, direito com certeza não é o que eu pensei que fosse...

EURONYMOUS DEMOGORGON disse...

não sou contra aborto, se o brasil legalizasse a população iria ser controlada. ate porque lidar com gente desse país tem que ser na ignorancia mesmo, não adianta mostrar o caminho mais inteilgente pra eles. mas eu não sou tolo de ficar transando sem camisinha só porque mulher odeia camisinha. engraçado é que muito homerda nessa sociedade vive se gabando que é mestre no sexo e come elas na pele porque elas gostam, que eles arquem com as consequencias, cada um tem o que procura, e as mulheres que odeiam camisinha tambem tem o que procuram.

Teodora. disse...

Que HORROR pessoas:
Tirando os casos de estupro, má formação do feto, riscos para a saúde da mãe, eu sou totalmente contra aborto. Nem sei pra que eu fui ler esse comentário: - Larissa disse: Sou mãe e abortaria se engravidasse de novo.Onde esse mundo vai parar? Egoísmo do ser humano é a chaga da humanidade. Só pensa no próprio umbigo e no próprio conforto.
MULHERES : O CORPO É SEU: se você não quer engravidar: PROTEJA-SE. (SIMPLES). Mil métodos: Coloca um DIU e transe com camisinha que tenho certeza que um filho não vai ser gerado.Pessoas que defendem aborto pelo simples fato de ser gerado na hora errada: PENA DE VOCÊS. Vocês não tem amor ao próximo, só sabe olhar para o próprio umbigo. Provavelmente vão passar a velhice sozinhas. Mas sei lá, vai ver que arrancar um feto depois de gerado seja melhor do que uma criança ouvir a vida toda que a culpa da vida infeliz do casal é culpa deles.

Samia disse...

"seria melhor uma campanha sobre uso de preservativo,parece que o povo ainda n consegue entender direito.
naõ entra na minha cabeça,metodos é que n faltam,engravida quem quer e irresponsável.
ai n quer assumir a besteira que faz e é mais fácil abortar."

Céus. O que se passa na cabeça de uma pessoa que diz que abortar é fácil?! Eu juro que não consigo decidir se é má fé ou ingenuidade das mais absurdas. E desde quando camisinha previne TODAS as gravidezes não desejadas? Na verdade, não existe NENHUM método contraceptivo que seja 100% seguro.
Gravidezes não desejadas acontecem, sempre aconteceram e vão continuar acontecendo (o aborto sendo legal ou não). Uma vez que isso é um fato, qualquer pessoa consegue prever que muitas dessas gravidezes serão, além de não planejadas, INDESEJADAS. Daí, eu não entendo que ser humano com um mínimo de compaixão acha ok obrigar uma mulher a levar uma gravidez adiante contra a vontade dela. E o bacana é que o problema (pra esse povo) parece ser só isso, né... interromper ou não a gravidez. Não é como se a criança fosse uma responsabilidade pra vida inteira, como se ela estivesse mais sujeita a riscos econômicos e sociais por ter sido concebida de maneira indesejada... imagina. Aí, depois é só jogar os meninos de 16 anos tudo na cadeia, que resolve tudo! (Acho incrível a hipocrisia de quem criminaliza o aborto e defende a redução da maioridade penal... duas das bandeiras favoritas dos conservadores de plantão).

Sara disse...

Posts como esse me dão um profundo desânimo, fica a impressão de q o mundo caminha para traz, o q vem acontecendo na Europa com passeatas
contra casamento de homossexuais, os varios estupros coletivos q se ouve falar, e aqui no Brasil esse estatudo estupido q estão querendo aprovar, tb me decepcionou pra caramba algumas mulheres segurando plaquinhas dizendo q o feminismo não as representa, e vi q varios grupos feministas deram essa noticia e chamaram essas mulheres de alienadas e ingratas, (o q eu concordo ) eu só NUNCA vou entender qual a diferença dessas mulheres para aquelas muçulmanas carregando plaquinhas bem semelhantes e pra mim de mesmo teor, pra mim são tão alienadas e ingratas quanto.
Se formos pensar que se trata de um problema cultural como é falado no seu post Lola, as mudanças NUNCA virão, se continuarmos a ter q respeitar culturas e religiões q promovem essas injustiças todas, a minha tolerância esta acabando , me desculpem.
Estou cansada muito cansada disso tudo...

Tânia B. disse...

Terminei a primeira parte do texto com o queixo na mesa. A possibilidade de que isso venha a ser aprovado é incrivelmente assustadora.

Anônimo disse...

Compartilho da tristeza da Suelen, a 'menina' do texto, tão lúcida e madura, 'apesar dos 20 anos'.
Também fico muito triste ao constatar que muitas mulheres ainda não entenderam que tem direito ao próprio corpo e às próprias escolhas e condenam o aborto, entre outras validações da cultura machista.
Tentei participar de uma discussão sobre aborto no Facebook e fiquei chocada com a quantidade de mulheres que se dizem contra, xingam e até desejam a morte daquelas que abortaram, independente do motivo. E o mais estranho é que o perfil de quem começou a discussão é de um homem que, obviamente, é contra o aborto, mas só mulheres opinaram. Quase todas contra, acho que eu fui a 'voz dissonante'. E o dono do perfil sempre posta sexismos e elas, as amigas-seguidoras, acham graça nas postagens, validam e compartilham.

Um ponto nessa discussão do aborto é - ou deveria ser - muito simples: mesmo que a pessoa seja totalmente contra e acha que jamais faria, não tem o direito de condenar quem faz, porque cada um sabe de si e escolhe o que melhor lhe convém. Ser mãe deveria ser uma escolha consciente, muito bem pensada e desejada. Nunca uma imposição.

Outro ponto que parece que confunde as pessoas: a legalização do aborto não é pra se ter mais um método anticoncepcional, mas sim para a mulher que engravida sem querer ter o direito de escolher não ser mãe naquele momento e poder interromper a gravidez sem riscos pra ela. Nenhuma mulher 'gosta' de abortar, apenas quer exercer o seu direito de escolha.
Sou mãe e, como a Larissa, se engravidasse novamente, faria um aborto. E sem drama de consciência, simplesmente porque escolhi ser mãe só uma vez.

E por fim, minha filha também tem 20 anos. É feminista, mas namora um rapaz machista e controlador. Imagine os conflitos que advém desse relacionamento desigual e conturbado. Saber que o companheiro da Suelen é feminista e luta pela causa junto com ela, foi inspirador. E esperançoso. Voltei a ter fé no ser humano.

Anônimo disse...

Querida autora do texto, querida Lola,

Não bate um desânimo tem hora? Sim, porque as coisas não vão melhorar, nem a curto e nem a médio e nema a longo prazo, já que rumamos para uma teocracia do pior tipo, que é velada,entranhada nas instituições. Então, não bate um desanimo?

Rafael

Marussia de Andrade Guedes disse...

Será que uma petição basta? Não deveríamos organizar manifestações ? Lola , vc que tem muitos seguidores, tenta organizar uma manifestação em fortaleza!

Anônimo disse...

Gente,

Eu acho que a discussão fundamental é a ênfase na educação sexual.

Eu já fiz trabalho voluntário em escolas e é alarmante o número de adolescentes desinformados a respeito do seus próprios corpos.

A maioria não sabe como funciona a pílula anticoncepcional ou como se coloca uma camisinha masculina ou feminina. A maioria ainda fica tímida para perguntar, questionar, tirar dúvidas e acabam que, na hora da prática, prefere nem se proteger para não se passarem por inexperientes.

E nós, adultos, mesmo sabendo das impliacações todas, muitas vezes somos também negligentes.

É claro que mesmo combinando 2 métodos ainda há margem para falha, mas o fato é que na maioria das vezes, os métodos não são usados corretamente, nem combinados... Não vamos ser hipócritas. A maioria das gestações indesejadas advem de descuidos que poderiam ser evitados se não tivéssemos sido negligentes.

Esse fato, de jeito nenhum, deve ser argumento para os "pró-vida". Só porque erramos não precisamos levar a gravidez adiante.

Mas eu acho SIM que devemos avitar ao máximo chegar ao ponto de precisar fazer um aborto, que é algo ruim para a mãe e o feto (sim, o feto sentirá dor. eu considero o feto uma vida, mas relativizo a sua importância perante esses casos. mas sendo uma vida, não deve-se banalizar a situação: deve-se evitar gerá-la se indesejada).

vera disse...

Samia

eu n acho que aborto deve ser fácil,a atitude de muita gente é que dá essa impressão ,li aqui mesmo ,uma mulher dizendo q nunca vai tomar pilula do dia seguinte,com a desculpa de efeito colateral,ela prefere engravidar,abortar do que tomar a pilula.
qualquer remedio q a gente tome tem efeito colateral,nunca vi uma pessoa doente deixar de tomar por isso.

nenhum metodo é 100% seguro,por isso tem que usar os 2,pilula e camisinha.eu acho muito estranho,tanta gente falando q se protege direito mas q engravidou sem querer,enquanto eu uso de tudo e com quase 40 anos nunca engravidei.
a realidade é essa as pessoas n se previnem direito,acho que nem lembram das doenças.

e eu acho q maioridade penal deve ser reduzida,se cometeu um crime,matou,não precisa pagar pq é adolescente?
o problema é a péssima condição das prisões e o pouco investimento na educação,isso tem que ser melhorado,deixar um pessoa de 16,17 anos que mata,estupra,sem punição nenhuma também não vai resolver nada,se é capaz de fazer isso,tem q se capaz de arcar com as consequências dos seus atos.

Anônimo disse...

Gente, eu não sei se eu sou simplista mas p mim (que sou religiosa) a questão é a seguinte.

Legaliza o aborto e cabe àqueles que acreditam que abortar é errado passar esta mensagem as pessoas, falar que não concorda e tal, e ai a mulher envolvida decide se ela passa a acreditar desta forma ou não e aborta ou não, ponto

Anônimo disse...

A pior parte do PL é essa:

Art. 13 O nascituro concebido em um ato de violência
sexual não sofrerá qualquer discriminação ou restrição de direitos, assegurando-lhe, ainda, os seguintes:
I - (...)
II - direito a pensão alimentícia equivalente a 1 (um) salário
mínimo, até que complete dezoito anos;

Rapha disse...

Honestamente, sou a favor do aborto até certo tempo da gravidez. Em visita ao Brasil Hillary Clinton, visitou uma maternidade em Salvador, mostrando-se horrorizada com os casos de mulheres com seqüelas de abortos malfeitos. Hillary chegou a filmar o hospital para exibir as cenas mais chocantes nos Estados Unidos — para demonstrar como fica ruim a vida das mulheres em países onde o aborto não é legalizado.

É amplamente divulgado um estudo que comprova a ligação da legalização do aborto nos anos 70 com a diminuição da violência nos anos 90 nos EUA.

Além do que, gravidez e maternidade são coisas tão pessoais que deveria caber apenas e APENAS a mulher tomar a decisão se manter ou não a gravidez.

Letícia disse...

Engraçado vcs ficarem falando "meu corpo" mas na hora do aborto,não é a mulher que vai ter a vida interrompida.

Se aborto for legalizado,aí que isso vai aumentar.As pessoas são burras mesmo,toda vez que escuto alguém dizendo que engravidou "sem querer" foi porque não se protegeram direito.

Letícia disse...

Eu já fiz trabalho voluntário em escolas e é alarmante o número de adolescentes desinformados a respeito do seus próprios corpos.

A maioria não sabe como funciona a pílula anticoncepcional ou como se coloca uma camisinha masculina ou feminina. A maioria ainda fica tímida para perguntar, questionar, tirar dúvidas e acabam que, na hora da prática, prefere nem se proteger para não se passarem por inexperientes.


São desinformados porque querem,internet está ai pra isso,muita coisa eu aprendi pela internet porque tinha vergonha de perguntar a alguém.

Beatriz disse...

Engraçado o cara dizer q são as mulheres q pedem pra não usar camisinha... Nos relatos de post e comentários daqui sempre é o contrário. Como o q aconteceu com a menina q ficou com o professor e ele pediu pra não usarem camisinha. Não tenho amigas q costumam pedir pros parceiros a não usar camisinha... Por mais q possa ter mulheres q façam isso o mais comum são mulheres q cedem a pressão do parceiro...

Bianca disse...

Eu não sei o que dizer sobre isso sinceramente. São as proprias mulheres aqui na discussão. Eu penso que se este estatu fosse aprovado eu sairia do Brasil, não tem como uma mulher viver sob uma ameaça tão grande.

Anônimo disse...

Letícia, leia meu comentário até o fim.

Acho que a deseducaçaõ sexual é tanta que se estivéssemos um pouquinho mais avançados nesse ponto, não precisariamos apelar para um aborto, porque as pessoas saberiam evitar uma gravidez. Afirmei que mesmo quem sabe, é negligente e não se cuida, daí põe a culpa no 0,00000000000000001% de chance de falha dos métodos.

SIM: há chance de falha. MAS a maioria das vezes foi negligencia mesmo.

PS: GENTE, de uma vez por todas. Ngm vai convencer um contrário ao aborto com o argument da escolha, cada um vive como quer.
A primeira coisa que eles responde é: "ahh então tá. Se vc acha que latrocínio é errado, respeite quem não acha, naõ queira impor blablabla"

sandra disse...

isso é uma vergonha,falam tanto em vida e a vida da criança que está por vir?

gravidez n acontece sem querer ,acontece por pura irresponsabilidade e dai ninguém quer assumir as consequências dos seus atos.
faz 1 mês que descobri que meu filho de 17 anos engravidou a namorado e o idiota era muito esclarecido ,eu e seu pai sempre falamos disso abertamente.
mesmo assim,os dois idiotas ,ele e a namorada,não usaram nada,eu não entendo uma coisa dessa!
e ainda disseram que queriam abortar,nós não permitimos e nem a familia dela,não fizeram? agora tem que cuidar,sabiam muito bem como evitar mas não se importaram,assumiram os riscos.

os dois vão se virar para cuidar da criança,vamos dar apoio ,mas eles que corram atrás,ninguém mandou fazer merda.


Letícia disse...

Eu li tudo Mariana, só disse que fica desinformado quem quer.
concordo com vc,muitos engravidam por negligência.

Roxy Carmichael disse...

1. eu acho que esse projeto nao passa (ACHO!), mas que ele entre na pauta e seja discutido, ja faz com que eu nao tenha vontade de viver no brasil. imagine ser negro num país que discute no congresso a volta da escravidão, por exemplo?
2. o classe media sofrismo de letícia pisca em neon. vc tem quantos anos, criança? 12? seus pais tao sabendo que vc esta sendo educada pela internet?
3. aos que dizem que é só usar métodos contraceptivos, eu digo: vocês também são a favor de que os remédios para os portadores de HIV não sejam gratuitos?uai, quem não usou camisinha que se foda pra pagar os remédios, quis fazer sexo sem proteção e a populaçao deve pagar por isso?porque quem acha que filho é castigo pensa que aids é justiça divina! é o mesmíssimo raciocínio. o desafio é: como ser pró-vida e achar que doença e filho tem a mesma função, ou seja, castigar, punir.

Marina P disse...

"Gente, eu não sei se eu sou simplista mas p mim (que sou religiosa) a questão é a seguinte.

Legaliza o aborto e cabe àqueles que acreditam que abortar é errado passar esta mensagem as pessoas, falar que não concorda e tal, e ai a mulher envolvida decide se ela passa a acreditar desta forma ou não e aborta ou não, ponto"

Não achei simplista, achei simples e lúcido o seu raciocínio! Se o Estado é laico, temos que criar leis que permitam que as pessoas possam fazer suas escolhas. Eu, pessoalmente, penso que não conseguiria abortar em nenhuma situação. Agora, entre pensar que eu não abortaria e estar em uma situação difícil e realmente agir dessa maneira, vai uma enorme diferença...! De qualquer forma, acho que as mulheres devem poder escolher.

Roxy Carmichael disse...

mariana, mariana
espero que vc nunca, nunquinha na sua vidinha de branquinha do cabelo lisinho cometa nenhuma "negligência", nao beba acima da conta, nunca chegue atrasada, obedeça seu patrao,o papa, seu papai e sua mamãe, pague seus impostos direitinho, multas de transito idem, nunca reclame, pra cagar regra pra vida de todo mundo, especialmente das mulheres que vc nao conhece, nao sabe o contexto em que vivem, o que sentem, pra generalizar ( MAS a maioria das vezes foi negligencia mesmo) e afirmar com essa propriedade (bem característica das pessoas privilegiadas como vc) que elas sao levianas dessa forma que vc tá pintando.

Rafaella disse...

Opinião de quem tem família religiosa e cresceu num ambiente evangélico extremamente conservador: pessoal, NÃO ADIANTA discutir com eles! (Desculpem o Caps Lock e o ponto de exclamação, mas não teve outro jeito). Quanto mais você argumenta mais resistentes eles ficam. E o que vocês tem que entender é que pra eles não é só uma questão de "aborto é assassinato". Tem todo o controle da sexualidade da mulher por trás disso ou, em outras palavras, eles nunca vão ceder. Sério mesmo, desistam de discutir com eles. É inútil e eu tenho experiência de sobra na coisa. A única possibilidade que eu vejo de frear essa onda conservadora no Congresso é que as pessoas influentes se manifestem (principalmente as pessoas no poder - que decepção com a Dilma!), e ajam! Alguém falou em passeatas públicas e tal. Eu não tenho propriedade pra falar sobre a eficácia disso ou não, mas vejo como algo de efeito limitado. Tanta passeata pra derrubar o Feliciano e ele tá lá, dando risada da gente. Tenho a impressão que passeatas são bem mais eficazes quando se concentram em problemas locais, o que não é o caso.
Enfim, não sei muito o que fazer. É desesperador ver que a gente tá regredindo nos direitos das mulheres. Muito muito triste.

Roxy Carmichael disse...

vera, mas que surpresa!!
achei tão surpreendente vc ser contra o aborto e a favor de reduzir a maioridade penal! acho o maximo quando as pessoas me surpreendem assimzzzzzzz

Roxy Carmichael disse...

Teodora, espírito de Madre Teresa de Calcutá acaba de baixar na mãe de santo aqui do lado da minha casa, ouço gritos dela implorando pra você ensinar a ela como é mesmo esse negócio de amor ao próximo, porque depois de ler seu comentário, ela confessou que morreu sem saber o que é isso e que gostaria muito de aprender contigo, mesmo depois de morta.

Anônimo disse...

Só para aumentar a discussão:
http://br.noticias.yahoo.com/insemina%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-vetada-mulher-50-anos-104500724.html

Anônimo disse...

"Conseguiram me dizer que se estupradas, achariam forças para gerar o filho, já que a criança não merecia ser morta apenas pela situação que a gerou. Eu fiquei muito, muito triste com essas respostas." Essas mulheres não sabem nem do que estão falando. Não sabem qual é a gravidade de um estupro para a vida de uma mulher. Não sabem qual é a gravidade de uma gravidez precoce na vida de uma menina. Não sabem qual é a gravidade de uma gravidez indesejada na vida de uma mulher pobre. Tempos atrás atendi em meu trabalho uma moça de 16 anos que veio com um bebê de dois meses. Ela veio da Bahia para trabalhar como babá em "casa de família" em SP. Moça muito humilde e ingênua, recebia 80,00 reais p/ trabalhar. Engravidou por um acidente de um rapaz com quem ela saiu uma vez. As pessoas não sabem do que falam. Não pensam para além de seus próprios umbigos. Enquanto isso agente vai se conformando de viver em um país injusto e mulheres pobres continuam morrendo, crianças gerando crianças e pessoas pobres ficam sem nenhuma perspectiva. Essa é a nossa realidade que precisa mudar urgente. Não é da vida de gente de classe média com mentalidade mediocre que estamos falando. Ragusa

Anônimo disse...

Um adendo: dizer que determinado método tem 1% de falha e que essa é chance na vida inteira de uma mulher que o usa engravidar é desconhecer estatistica. Essa é a chance a cada uso, e as chances são cumulativas.

Valéria Fernandes disse...

Estou grávida neste momento e caminhando para os 4 meses, gravidez que se não era esperada, já que tentava havia muito tempo e nada. Enfim, acho uma graça quando alguém associa filho/a á castigo. Tente imaginar uma criança crescendo ouvindo ou sentindo isso, que é um peso, um castigo. Outra graça é acreditarem que métodos contraceptivos são infalíveis, não são. Mais outra é acharem que 25% é muita coisa quando se trata de aborto espontâneo. Aliás, é tanta recomendação e cuidado antes dos três meses completos que fica parecendo um reforço da idéia de que o corpo feminino é um corpo perpetuamente doente. Enfim, se leis como esta passarem, ser mulher neste país torna-se cada vez mais perigoso.
Bem, falando neste estatuto - que não deve ser aprovado e se aprovado deve cair no Supremo - é de uma violência sem tamanho contra as mulheres. Aliás, mulheres que não tem o direito nem de escolher se querem se esterilizar, ou não. Acho a laqueadura precoce um equívoco, mas deveria ser direito de qualquer mulher optar por métodos definitivos, caso desejasse, sem poréns, sem imposições (*vide Lei 9.263/1996). Da mesma maneira, é absurdo que nossas leis sobre direito de aborto sejam tão atrasadas, e que o acesso a métodos contraceptivos e educação para planejamento familiar sejam obstruídos ou dificultados pela incompetência, corrupção ou interesses de grupos religiosos.

E terminando, sou protestante, nascida e criada em família religiosa. Não existe essa impermeabilidade toda. O radicalismo é muito mais evidente nos mais jovens e em lideranças que desejam se projetar. Mulheres, e muitos homens, especialmente acima dos 45 anos, são bem compreensivos em relação à questão do aborto, desde que sentemos e conversemos de forma coerente. E mais, a questão do aborto não é bandeira só dos evangélicos, muito mais preocupados e mobilizados contra os homossexuais, é algo defendido principalmente pelos católicos conservadores e pelos espíritas. Aliás, um dos relatores deste PL , Luiz Carlos Bassuma (http://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Carlos_Bassuma), e representa exatamente essa corrente que, embora bem menor, tem gente muito bem colocada nos lugares certos para fazer avançar ou retardar leis. Feliciano é só o pavão, um sujeito vulgar e fogueteiro; há gente muito mais perigosa e poderosa agindo de verdade contra nós.

Unknown disse...

Rafaella

Onde assino?

É uma droga viver com medo de engravidar e isso atrapalha muito a vida sexual.
Mesmo tomando pílula e usando camisinha eu simplesmente nunca consegui relaxar o suficiente para ter uma vida sexual saudável. E é isso que essa gente quer, frear a sexualidade feminina com terrorismo sobre "ter filhos como modo de castigo" por ter tido a ousadia de transar.

Anônimo disse...

Lola, nem li o post todo, pois o enunciando ja disse tudo; e ja estão rolando faz tempo discussões sobre isso no facebook.
So tenho uma coisa a dizer: Tenho NOJO, asco dessa gente que em vez de se preocupar em legislar sobre causas realmente importantes, fica perdendo tempo com esse tipo de coisa.
Beijos,

Carlota disse...

Assim como autora do texto eu também me casei nova: 19 anos. Sabia o que queria, então, decidi casar. Sofri preconceito por isso, principalmente na faculdade, sempre era um ti-ti-ti sobre minha nova vida de casada. Meu marido é 14 anos mais velho que eu, ele sempre quis ter filho e eu sabia que eu não queria ser mãe nova. Então, como o corpo é meu, decidi que ninguém iria se meter na minha vida , mesmo pressionada pela família, amigos e mesmo sabendo do desejo do meu marido, ficar grávida ia ser quando eu estivesse pronta. Até quer ouvir que ele já tava ficando velho pra ser pai e eu não podia deixar ele esperando. Ou que só era macho quem é pai.
Hoje tenho 24 anos, e ainda não sou mãe, pois não me sinto preparada. Gravidez é planejamento, e estou planejando uma possível gravidez para o ano que vem, por isso parei de tomar anticoncepcional.Mas, nesses anos todo, em nenhum momento eu parei de me cuidar. Sempre usei anti-concepcional, tomava certinho e se por uma acaso eu esquecesse algum dia e transasse eu tomava pilula do dia seguinte, agora só usamos camisinha. Estou grávida?Não. Não queria ficar grávida e não fiquei, pois eu me cuidei. Sobre o discurso de fazer aborto, por motivo de não está 'preparada'. Quem não está preparada, se cuida. Agora vem querer que os hospitais abram as portas, para as mulheres que dão mais que chuchu na feira(isso não é problema), mas que na hora de virar os olhinhos, ninguém lembrou de ser cuidar.Daí abortar 1,2,3,4,5 vezes, vai resolver o problema? NÃO. O problema é educação sexual,
Claro, existe muito casos que o aborto, deve sim ser permitido. Respeito muito as pessoas que optaram por não ser mães, isso é escolha individual de cada um. Mulheres, que tem o útero é vocês, ou seja: só cabe a nós mesmo nós proteger. Quer ter filho tenha, não quer não tenha.
A maioria dos que são a favor do aborto pensa assim: Ah com 12 semanas não existe vida, então tenho até 11 semana pra decidir se quero ou não. Até descobrir que estão grávidas, tomar decisão, levantar a grana e achar um clinica que faça já se passaram as 12 semanas, daí que lindo: povo aplaudindo assassinato de bebês. Respeito que faz aborto (decisão individual) mas não concordo e não quero que o dinheiro dos meus impostos seja destinados para esse fim. Quem quer fazer aborto que faça, mas estejam preparadas para pagar psicólogos nos próximos anos da vida de vocês, não é só tirar o feto/criança que vai resolver o problema, o buraco é mais embaixo. Nosso instinto maternal acaba gritando mais cedo ou mais tarde, e daí a pessoa começa a lembrar do que ela fez no passado.

tricia disse...

Vi esse vídeo e achei que tem tudo a ver com o tema:
http://www.youtube.com/watch?v=E4yXL6l8Yns

Vale a pena assistir.

lola aronovich disse...

Parabéns, Valéria querida! Não sabia que vc estava grávida! Aliás, sou sempre a última a saber de tudo... Que bom, fico feliz por vc.

Anônimo disse...

Tomara que seja aprovado esse projeto.
Aborto é um crime abominável.
O mais engraçado no texto e nos comentários, é que no texto ela diz com todas as letras que quem pensa diferente é pq é alienado, vítima do machsmo,etc. Ou seja, as pessoas não possuem autonomia para discordar da visão da autora. E aqui nos comentários as leitoras se perguntam como pode essas pessoas autoritarias que querem impor sua opinião sobre todos; Só vcs nao notam o quanto são contraditórias.

vera disse...

e como deve ser pra vc roxy? até os 17 matar e roubar está liberado,depois dos 18 ja pode responder pelo que faz?

ja percebi que vc é mais uma adepta do vitimismo,adolescentes capazes de matar são coitadinhos,que não tem a mais pálida idéia do que fazem,por isso n podem ser responsabilizados por nada,ai, assim que fazem 18 magicamente começam a entender tudo e por isso ja podem responder os crimes que cometeram !!!kkkkkk só rindo.

queria ver vcs dizerem isso para as familias que perderam entes queridos pelos mãos desses pobres adolescentes que n sabem o que fazem.

e pelo seu comentário para mariana,vc acha que só pobre n se protege dado ao contexto social que vivem,engraçado que eu n faço parte da elite,sou pobre e mesmo assim ,n estou rodeada de filhos.

é assim mesmo,sempre tem uma desculpa pra tudo,para tirar a responsabilidade pelos próprios atos.

Anônimo disse...

Roxy Carmichael

Não cansa minha beleza não e não fale o que você também desconhece.

Se sua interpretação de texto estivesse em dia, você teria notado que eu sou A FAVOR da legalização do aborto.

Apesar de ser a favor, acho que não é coerente legalizar sem - ao mesmo tempo - também fornecer educação sexual aos nossos jovens (e muitos adultos).

O aborto ser uma alternativa não o torna desejável ou confortável nem para a mulher (por motivos óbvios), nem para o estado (é mais barato fornecer pílula do que pagar um médico para realizar um aborto. Assim como é mais barato distribuir camisinha do que fornecer o coquetel anti-aids, mas por pressões externas, o estado parece abrir mão de campanhas educativas, infelizmente).

O que eu tentei dizer também, Roxy Carmichael, é que eu tenho motivos para acreditar que as relações sexuais de grande parte das pessoas - sim estou sendo pessoal - não é protegida como deveria. A maioria das minhas amigas, por exemplo, só usa pílula (camisinha é raro raro). É muito grande a chance de uma gravidez indesejada, no entanto ela sabe do risco que corre... Poderia evitar ter que recorrer a algo tão punk quanto um aborto ou ter um filho num momento não propício...


Mas entenda: eu não acho de modo algum que alguém que não se protege adequadamente tenha menos direito de fazer um aborto do que alguém que fez tudo direitinho.

Eu só gostaria que as pessoas se conscientizassem do quão traumático em vários aspectos (físicos, psicológicos e financeiros) pode ser um aborto (ou um nascimento) e evitassem passar por qualquer um dos dois se protegendo.


Beber demais não é desculpa para estupro e nem para OPS já era (até porque o porre não vai durar até o dia seguinte e OI existe pílula para depois). :)




Anônimo disse...

Roxy Carmichael disse...
espero que vc nunca, nunquinha na sua vidinha de branquinha do cabelo lisinho cometa nenhuma "negligência"



Preconceito, racismo!!! Se fosse o contrário, se dirigindo a uma pessoa negra do cabelo enrolado, o comentário não seria nem publicado.

Mari disse...

Carlota, só o que eu posso dizer a você é o seguinte: você nao tem que concordar ou não com o que os outros fazem com seus corpos, isso nao diz respeito a você! E sobre o dinheiro dos SEUS impostos pagar pelo aborto alheio pode ficar tranqüila, as mulheres que fazem abortos também pagam impostos então você nao vai estar pagando nada para elas, elas estarão apenas usufruindo dos direitos delas como cidadãs.

Bruna Guerra disse...

http://geekfeminism.wikia.com/wiki/Anita%27s_Irony - The comments on any article about feminism justify feminism

Mari disse...

Anônimo das 22:21, o seu comentário nem sequer é digno de resposta, você realmente acha que existe racismo contra pessoas brancas?

Cereja disse...

Basta você procurar no Google "mulher presa aborto" e você encontra uma série de notícias de mulheres presas suspeitas de induzir aborto e boa parte delas dá pra ver de longe que não foi induzido, como uma notícia que li de uma guria que nem sabia que estava grávida e foi acusada de provocar o aborto com Buscopan. Por coincidência, tenho aqui uma caixa de Buscopan comigo e na bula diz apenas que "devem ser observadas as precauções habituais" quanto a tomar o medicamento na gravidez. Ou seja, uma acusação completamente infundada.
Quer dizer, na prática, a vida da mulher é bem difícil quando se trata de direitos reprodutivos.
Eu passo muito mal com pílula e não estou tendo facilidade com métodos contraceptivos. A minha ginecologista disse que a chance da camisinha falhar é de 20% (isso são palavras dela, não minhas), mas insiste que minha única opção pra combinar com a camisinha é pílula.
Procurei me informar sobre laqueadura, já que jamais quero ter filhos, e vi que é difícil até pra mulheres que já tem filhos, imagine pra mim. DIU é outra novela, além de nenhum médico ter me oferecido essa opção, pesquisei por aí e descobri que planos de saúde são obrigados por lei a cobrir a colocação do DIU, mas u link que encontrei da UNIMED diz outra coisa (que eles não cobrem colocação de DIU hormonal, sendo que o mesmo além de ser contraceptivo e portanto obrigatória a cobertura, também é usado no tratamento de endometriose).
Pelo que li em páginas feministas no Facebook, entregar filho pra adoção não é nada fácil aqui no Brasil também. Ou seja, parece que querem forçar a maternidade a qualquer custo, não importa o quanto a tecnologia avance pra nos ajudar nesse aspecto.

Agora o que faz a minha mão quase se fundir com a testa de tanto facepalm é essa ideia de que com a descriminalização do aborto as mulheres o fariam "pra nao precisar usar camisinha".
Pergunte a qualquer mulher que já fez um aborto se elas gostaram. Pergunte a qualquer mulher pró escolha se elas anseiam pela oportunidade de fazer um aborto. A resposta é bastante óbvia. NINGUÉM QUER PASSAR POR ISSO. A gente não ta aqui lutando pra poder matar fetos à vontade sem precisar usar método contraceptivo.

(e é bem fácil xingar a mulher que engravidou por não ter se cuidado, mas mais fácil ainda é os caras sugerirem transar sem camisinha. Já deixei de transar várias vezes por isso)

Uma coisa é fato, existem várias páginas pela internet com estatísticas mostrando que o número de abortos cai em países onde ele se torna legal. Não vou me dar ao trabalho de colocar links aqui porque é bem fácil encontrar essas informções.

Eu sou a favor da descriminalização do aborto porque toda mulher deve ter o direito de escolha e de ser tratada com segurança e respeito, toda criança tem o direito de ser desejada e porque criminalizar não diminui a prática.
Mas também acredito ainda que com a prática LEGAL de aborto, com um controle maior sobre os números e o perfil das mulheres que abortam, ficaria mais fácil criar políticas de planejamento familiar, o que é importante pro desenvolvimento de qualquer país.

Cereja disse...

Outra coisa que eu gostaria muito de entender é como o meu aborto afeta a vida de pessoas que nem me conhecem.
Quer dizer, você passa a vida toda sem saber que a sua amiga da faculdade fez uma aborto quando tinha 17 anos, que a sua tia fez antes de se casar, que a sua avó ajudava outras mulheres a abortarem nos anos 60, e você continua vivendo e amando essas mulheres. Mas quando o direito a um aborto seguro é sugerido pela comunidade médica, sujeitinho fica lhoco, que isso é um assassinato e que quem faz isso deve ser presa, condenada e depois queimar no fogo do inferno por 7 eternidades.

Eu pergunto: que diferença isso faz na vida de quem nunca precisa decidir se vai ou não fazer aborto?

Rebeca disse...

Sou mãe, e abortaria se engravidasse de novo. E acho que só sou mãe hoje porque não tive dinheiro pra procurar um método que não me matasse.

Achei estranho esse comentário da Larissa Ferraro, coitado/a do filho/a dela, parece que ela queria abortá-lo, se entendi bem...

Lygia disse...

Gente, acho tããão engraçado (só que não) quando as pessoas falam que é "muito fácil" evitar uma gravidez não planejada, já que "é só usar pílula" e que a taxa de falha é de 1% (isso quando não usam o 0,1%)!

Em primeiro lugar, não é qualquer mulher que pode ou consegue usar pílula... Por exemplo, a pílula é contra-indicada em mulheres fumantes maiores de 35 anos, pra dar 1 exemplo. Sem contar efeitos colaterais, possível perda da libido (é gente, a mulher não engravida mas também não quer sexo, comofas?) e etc... "Ah, troca a pilula pra uma com menos efeitos".. É mas essas tem menor dosagem de hormônio, ou seja, a eficácia é menor... Hmmm...

Agora a taxa de falha... Gente, vcs erram num ponto básico de conceito. Esses números baixíssimos são os divulgados pela indústria farmacêutica, baseado no USO PERFEITO do método. Que seria: tomar todos os dias rigorosamente no mesmo horário, não tomar outras medicações junto (anticonvulsivantes, antibioticos, antifungicos, etc etc etc), não ter vômitos ou diarréia, não ter qualquer tipo de alteração intestinal (doença inflamatória, constipação crônica, etc), entre muitos outros...

Gente, é praticamente impossível o uso perfeito.. Pra isso existe a taxa de falha do USO TIPICO... Que para a pilula é, pasmem, de até 10% (sim, igual a camisinha). E esse é a taxa que vale.

Então vamos parar de usar argumentos rasos pra justificar gestações indesejadas, ok?
Beijos

Rachel disse...

A minha liberdade termina onde começa a dos outros.Me disseram isso na segunda série do primário...

Não abortaria meu filhinho se ficasse grávida em um contexto difícil.Provavelmente o colocaria para ser adotado..acredito que por mais estranho e traumático que tenha sido sua gestação,concepçao,ou genitores,esta criança ainda tem o direito de VIVER.
Não posso matá-lo porque ele não veio no tempo em que eu queria,ou do pai que eu queria.
Prefiro lutar como estudante da área da saúde para promover maior acesso a meios anticoncepcionais,maior informação e meios de vida para os meninos e meninas que nasceram(ou que quase não nasceram).
A roupa que vc usa não mata ninguém,o salário igual pelo qual vc luta também não o faz.Mesmo sendo feminista,o aborto é algo que eu nunca vou fazer como médica.

Lillian Cardoso disse...

Ah, o Brasil. O país onde as pessoas defendem ferrenhamente um punhado de células em formação, mas vibram com a morte de criminosos e sonham com o dia em que menores de 18 anos frequentarão cadeia comum.

Anônimo disse...

Engraçado Carlota insinuar que toda mulher um dia precisará muito ser mãe, ou que toda mulher que optar por não ser mãe vai se arrepender tanto a ponto de precisar de psicoterapia para superar tamanho trauma.
Desculpe mas não é assim, a começar pela dona do blog em que comentamos, que aos 45 anos sempre disse que nunca quis ser mãe. A menos que o "instinto materno" dela venha relativamente atrasado e aflore de uma hora para outra. Ainda mais agora que passou dos 50, nada de fertilização.
Portanto corra, Lola, corra.

Mari disse...

Lígia, você tem toda a razão! Nunca tinha parado para pensar, mas isso que você falou fez todo o sentido, anticoncepcionais falham mais do que as pessoas pensam!
É verdade que deveriam existir mais campanhas de conscientização para o uso de contraceptivos, mas só isso nao vai resolver o problema, por que contraceptivos NUNCA são 100% mesmo quando são combinados.

Anônimo disse...

O país onde as pessoas defendem ferrenhamente um punhado de células em formação, mas vibram com a morte de criminosos e sonham com o dia em que menores de 18 anos frequentarão cadeia comum.

bela comparação,um punhado de células nunca matou nem estuprou ninguém.
crime é crime,seja quem for que cometa.
vc por acaso vibra de alegria quando uma pessoa mata a outra? pq a reação geral é sentir raiva.
ninguém fica com raiva de quem n comete crime.

segundo vcs se a mulher n abortar e dar a criança para adoção,é 100% de chance de que ela vire um marginal,sendo assim,seria incoerente ser contra o aborto,se depois ia vibrar com um criminoso sendo preso.
é verdade,todos somos 100% influenciados pelo meio que vivemos,nosso carater e personalidade nada tem a ver com isso,todo mundo que passa dificuldade ,todos que vão para adoção,todo pobre,vira bandido.

como se nenhuma pessoa rica ou classe media caisse na criminalidade.

cansativo.

cezar disse...

Anônimo das 22:21, o seu comentário nem sequer é digno de resposta, você realmente acha que existe racismo contra pessoas brancas?

mais uma que acha que só negros são vitimas de racismo.

brancos,indios,judeus,japoneses... ? não,né. só negros,sei.
pode n ser tão forte quanto o racismo contra negros,mas negar esse fato é burrice.

Anônimo disse...

Coso o aborto um dia seja discriminado por total, um medico que se negue a realiza-lo por questões morais intimas, poderia perder sua CRM ?

Rory disse...

Os abortos realizados nas clínicas de fertilização in vitro mandaram BEIJOS! Sim, vc não sabia? os médicos implantam mais ou menos uns 5 óvulos fecundados no útero, pra ter chance gde de pelo menos um "pegar". Se dois ou mais "pegarem", eles MATAM com injeção de solução salina.

Cruel, em? Vamos lá nas clínicas ricas protestar? Ou o aborto(múltiplo, no caso) qdo é com objetivo de ter um filho(o embrião q "pegou" no útero e teve sorte de não ser salinizado e eliminado) é OK?

Anônimo disse...

Eu sou mãe de duas lindas meninas, a mais velha de oito anos (que veio no "susto", quando eu tinha 18 anos) e a mais nova que tem 19 meses. A gestação da mais velha foi tranquila e apesar de não esperada foi aceita por mim e meu namorado na época. Nunca passou por minha cabeça abortar. Tive que ir contra a vontade de minha sogra, ela me incentivava a abortar, mas sempre tive o apoio de minha mãe.
Acabei criando minha filha sem a ajuda do pai, terminei o namoro quando ela tinha um ano por vários motivos e hoje não gosto que a família dele veja ela. Raramente eles a procuram, mas quando isso acontece eu não gosto, mas também não posso privar minha filha da convivência com eles. Imagina se ela fosse fruto de um estupro, eu nunca levaria ela para ver o pai. Mato ele se chegasse perto dela, isso se eu não chegasse a fazer um aborto. Será que eu conseguiria olhar para minha filha sem culpa-la? Será que não teria raiva dela, quando deveria ter raiva do agressor (seu pai). Nunca passei por isso, mas me pergunto eu conseguiria ser mãe e amar minha filha se ela fosse fruto de um estupro? Não seria melhor abortar do que me traumatizar e a criança crescer humilhada e cheia de traumas? Eu não condeno quem é estuprada e faz um aborto e nem quem mantém a gestação e consegue separar as coisas. Cada mulher tem que decidir o que é melhor para ela.

É muito difícil para uma mãe falar em aborto. Não me imagino sem minhas filhas, mas vejo tantas crianças maltratadas, mortas por serem indesejadas pelos pais. O que seria melhor um aborto quando se tem apenas um embrião ou um assassinato de uma criança? Não estou defendendo esses pais que matam e maltratam seus filhos, apenas acho que não deveriam ter filhos.

A mais nova foi uma gravidez planejada de risco e muito difícil. Passei meses na cama com dilatação, contração e pre eclâmpsia. Chorava todos os dias pensando que ela poderia não sobreviver. E se ela não sobrevivesse? Eu ficaria com a trauma de perder minha filha e de brinde ganharia 40 anos de prisão.
Eu fico pensando nos motivos por nosso país ser assim tão fanático por religião. Se formos parar para pensar no que foram as cruzadas já é um bom motivo para abolirmos a religião de nosso país. E as mulheres, não consigo acreditar que uma mulher possa ser feminista e religiosa, a não ser que ela não tenha lido a bíblia, onde diz que as mulheres devem ser submissas ao homem, devem ficar caladas, são a origem do pecado, tudo de ruim é atribuído as mulheres. Se uma mulher for estuprada seu agressor deve pagar uma indenização ao pai da vítima e casar com ela que fica tudo resolvido, se um homem se endividar ele pode vender sua filha. São por coisas absurdas assim que não tenho religião, não acredito na bíblia e em religiões, e nem por isso sou uma pessoa ruim. Para os religiosos um assassino que tem Deus no coração é melhor que eu que não acredito que exista um deus. Eu acredito no amor, no perdão, no respeito, na educação. Acho que essa lei e esses maníacos religiosos não conhecem a palavra respeito, respeito as opiniões. Deus mandou e pronto. Deus mandou não matar nos dez mandamentos, mas nas cruzadas mandou matar seus inimigos. Deus mandou não cobiçar a mulher do próximo, mas é conivente com estupros. Deus mandou amar o próximo como a si mesmo, mas é homofóbico.

vou parar por aqui se não viro a madrugada...

é muita contradição.

espero que esta lei não seja aprovada e que a bancada religiosa perca força no senado.

Carlota disse...

Querido anônimo das 23:41

Eu não disse que 'toda mulher precisará ser mãe'. Disse que o extinto maternal nosso grita, cabe a nós decidir se queremos ou não ter filho. Pode ocorrer também desse extinto maternal nunca existir na pessoa. E olha, não estou criticando quem não quer ter filho, tenho muito respeito por essas pessoas. Cada um sabe das suas prioridades na vida. Eu por exemplo, amo viajar, e não me sentia preparada para ser mãe até uns meses atrás, pois gosto da minha liberdade e aventuras. Não cedi à pressão da sociedade para me tornar mãe cedo e não precisei fazer nenhum aborto:Como?Me prevenindo. Quantas vezes eu fiquei com medo de estar grávida, pois já era difícil ser casada nova, imagina com um filho nas costas?. A pessoa que fez um aborto quando era jovem e depois o instinto maternal começar a gritar, é obvio que isso vai trazer sérios problemas psicológicos.

rafaela disse...

Esse é um assunto em que ambos os lados são agressivos geralmente, o que impede uma discussão saudável. É um assunto que desperta sentimentos intensos, é verdade. Eu mesma já fui muito agressiva ao me referir a quem fazia um aborto e venho tentando me comportar de forma diferente. Continuo achando que, pessoalmente, não abortaria, mas acho que o aborto deve ser legalizado, para que não haja mulheres sofrendo por, além de terem que se submeter ao aborto, terem que fazê-lo clandestinamente, com medo e sujeitas a complicações. Porém acho que deveria ser levado em consideração o trauma que um aborto pode causar. Um aconselhamento seria bem-vido, um atendimento psicológico não obrigatório. Às vezes a mulher aborta por não se sentir apoiada na gravidez. Às vezes aborta por pressão do marido ou da família - já vi isso acontecer. E sim, na minha concepção, um nascituro já é um ser humano - não que tenha mais direitos que a mulher, mas talvez o mesmo direito à vida. Minha posição não tem nada a ver com religião, não tenho religião definida.

Anônimo disse...

eu também acho que mesmo conscientizando toda a população, o máximo que o bom uso dos métodos contraceptivos combinados irá trazer é uma atenuação dos problemas, mas nunca uma erradicação total.

Eu penso que, nos países desenvolvidos onde o aborto é autorizado, as pessoas, em geral, também tem mais informações e praticam mais o sexo seguro. Então, os índices de aborto lá são mais baixos do que países como o Brasil não só porque o aborto é legalizado, mas também porque a população é mais consciente e faz sexo seguro.

O fato de nossa população não ter atingido esse grau de maturidade se deve as políticas públicas falhas. Lamentável.

O que eu penso é que o abordo deve ser autorizado, mas quanto menos gente precisar recorrer a ele, melhor (melhor pra todo mundo), de modo que não há nada de ruim em incentivar a educação sexual, o sexo seguro. Pelo contrário, só teremos a ganhar com isso.

Erradicar uma gravidez acidental (e consequentemente um aborto) é impossível, mas reduzir esses índices para algo satisfatório é algo bem palpável.


Não acho saudável essa campanha que ocorre nos comentários falando como os métodos são falhos. Sim, são. Se estão dizendo isso para conscientizar e incentivar a combinação de métodos para tentar reduzir essa margem, ótimo. Mas se estão dizendo isso como justificativa para legalização do aborto, acho bobagem.


Temos que incentivar o uso da camisinha, as visitas ao ginecologista para poder adotar um segundo método adequado.. isso sim!! E se mesmo assim não resolver (na maioria dos casos irá resolver), é pra isso que estamos aqui, lutando pela legalização do aborto! :

Anônimo disse...

Bem, falando neste estatuto - que não deve ser aprovado e se aprovado deve cair no Supremo - é de uma violência sem tamanho contra as mulheres.
-
Mas eles pensam em tudo, os mensaleiros do PT no CCJ, ja tem uma pec no forno para castrar o supremo também.

Fernanda disse...

Gente, desculpe desviar a discussao so um pouco, mas...nao entendi pq o projeto proibe a fertilizaçao in vitro! Penso em fazer uma...alguem sabe pq? Fora o fato de o projeto inteiro ser um equivoco? Tipo, qual o argumento, nesse caso?

Sphynx disse...

Li um caso muito curioso julgado pela Corte francesa em 2000, reconhecendo o "direito de não nascer".

Foi o seguinte. Uma grávida suspeitava estar com rubéola, e decidiu que interromperia a gravidez se fosse detectado qualquer problema. O laboratório falhou em detectar a doença, e a criança nasceu surda, parcialmente cega e com graves problemas mentais. Assim, os pais foram à justiça como representantes do filho, e a criança teve direito a uma indenização por ter nascido.

Quem quiser saber mais, existe uma dissertação de mestrado sobre o caso:
http://www.scribd.com/doc/49575379/Caso-Perruche-e-o-Direito-de-nao-nascer

Carlota disse...

Alguém, por gentileza, me explica a lógica feminista? (não sou troll)

Caso:
Dois adultos transando: a mulher sabe que ela tem um útero, logo, se ocorrer uma gravidez será ela quem vai ter que aguentar as consequências. Mas, ela tem um namorado (ou não). Numa noite qualquer, o clima esquenta e eles transam. (Mesmo ela sabendo das consequências da gravidez), o namorado não usou camisinha, ela estava tomando anticoncepcional, porém, teve dois dias que ela esqueceu do contraceptivo. No outro dia (depois do ato) ela se lembra desse detalhe.
Ela, uma pessoa que recebeu educação sexual em casa, sabia que ainda tinha tempo de se prevenir de uma futura gravidez, era só ela ter ido numa farmácia e comprado a pílula do dia seguinte. O problema é que essa mulher, andou muito atarefada, e a noite passada foi muito boa e cabeça dela andava na lua, passou os dias e ela esqueceu desse detalhe de tomar a pílula. Um mês depois, a menstruação atrasa, porém, ela não se lembra daquela noite que ela não usou camisinha, mas ela não associa o atraso da menstruação com sexo feito na noite caliente. Ela achou normal nos primeiros dias, pois ela tinha o período desregulado.


Estranhado tantos dias de atraso da menstruação, a mulher então, começa a se lembrar de todas as transas que teve naquele mês, e relembra do dia que ela não usou camisinha.
O coração dela gela, veio na sua mente a noite caliente com o boy. Corre pra farmácia, faz o teste de e bingo: Grávida.

O que ela faz começa se desesperar e pensa com ela: Minha vida acabou e agora?. Conversando com o namorado, a mulher expõe que não quer filho agora, pois está começando sua vida profissional, tem uma oportunidade de trabalho fora do país. Ela argumenta, se fosse em outra ocasião jamais faria isso, mas terá que fazer um aborto, pois a vida dela vai acabar. O namorado não dá nenhum apoio moral, mas também não concorda.

Nesse processo de decisão, ela já está com 6 semanas. Sem apoio do namorado, a mulher então, vai na farmácia, compra um abortivo e toma, porém, o remédio não fez efeito e ela não conseguiu abortar com esse método. A situação piora pois ela não conseguiu o resultado esperado, pois agora se o feto permanecer, poderá nascer deformado.
O que ela faz? conta para um amiga mais próxima e elas decidem procurar um matadouro, quer dizer, uma clínica de aborto. Porém, o processo vai lhe custar 3 mil reais. Ela não tem essa grana e a amiga tampouco. Ela então percebe que vai demorar pelo menos uns 15 a 20 dias pra levantar a grana. No fim, a mulher com 10 semanas, duas a menos para o feto 'ter vida' consegue fazer o aborto. Tudo foi feito sem o consentimento do namorado, pois ele é daqueles tipico bundão, que não quer a responsabilidade, mas também não quer ser parte do processo de aborto. A mulher deprimida por conta do processo, começa a refletir, lembrou então que ela poderia ter evitado toda essa situação com o simples fato de ter se protegido, mesmo com os métodos não 100% o risco diminuiria muito se ela tivesse feito da forma correta.

Para desencargo de consciência ela resolve escrever um guest post para Lola, onde sabe que a maioria das feministas apoiam essa causa.

Comentário ( o melhor de todos aqui)
- Sou mãe, e abortaria se engravidasse de novo. E acho que só sou mãe hoje porque não tive dinheiro pra procurar um método que não me matasse.

- (...) Coincidência ou não, qual não foi a minha surpresa ao constatar que 80% das amigas brasileiras ja tinha abortado(...)

(continua)

Carlota disse...

Gostaria de uma explicação, (quem puder me dar) Porque a maioria das feministas aqui ficam indignadas com relatos de casos de mulheres que não teve oportunidade de dirigir, que não teve os mesmos direitos dos irmãos, que os pai não deixava a mãe trabalhar (dentre outros casos). Mas quando é a mulher que comete um crime (aborto), algumas feministas aqui, aplaudem? No caso do aborto, a mulher tem propriedade para decidir ou não se quer uma gravidez. (exceto caso de estupros) . E porque as feministas, fazem questão de defender essa prática abominável?. A maioria das feministas são a favor do aborto? Entendi certo?. Quer dizer que o caso que eu criei, tá certo a mulher abortar, só porque ela não se preveniu (apesar de várias opções de métodos contraceptivos?).

Posso ter até viajado na maionese, pois faz pouco tempo que navego no blog, mas sinceramente, se for para ser feminista defendendo a prática do aborto, só porque que a mulher não se cuide e depois ela pode fazer o que quiser com o feto/bebê, prefiro não ser feminista.

ps: O que eu estou tentando entender é a visão feministas, não estou criticando o movimento, nem muito menos sou machista. Para as críticas que virão, sim, pois aqui não se pode ter uma visão diferente, que a mulherada já vem com seus sutiãs esfregar na nossa cara, deixem pelo menos minha integridade moral fora das críticas. Obrigada, de nada.

Anônimo disse...

Estou confusa, segundo a legislação se a gravidez significa riscos para a vida da mulher ela pode abortar sim, portanto no primeiro parágrafo onde diz que "se uma mulher tem câncer nao poderá fazer quimio" nao é verdade, ela teria o direito de abortar sim. Talvez os médicos lhe explicassem formas alternativas de combater o câncer enquanto ela estivesse gravida, so isso.

Digo isso porque eu tive uma gravidez que significava riscos para a minha saúde (tenho duas valvulopatias em estado grave, fui operada duas vezes) e tive a opção de abortar sim. Felizmente tive um aborto espontâneo mas os médicos nao me colocaram nenhum empecilho.

Saúde!

Emy disse...

É Lívia Siqueira, graças a Ala (isso foi uma ironia), o STF existe e não foi rebaixado a análise/aprovação do Congresso (e nem será, assim esperamos!). PELAMORDEDEUS! Dá uma tristeza umas coisas dessas. De boa. Ô vontade de chutar o balde tem hora viu. Mas aí me lembro do (In)Feliciano, do Malafaia, do Edyr Macedo e de um bando desse povo por aí que luta por aquilo em que acredita. Isso me faz pensar e refletir. Se eles lutam por coisas tão absurdas e estúpidas (ao meu ver), já vou especificar antes que algum evangélico fanático me jogue pedra né, eu é que não vou desistir de combater esse fundamentalismo infernal. Mas enfim, é isso aí, trabalho de formiguinha. E vamos lá. Bola pra frente.

Fernanda disse...

Bolsa Estupro = "Estupra, mas não Mata"
Vergonha!!!!

Abigail de Souza disse...

Cara Carlota,
ninguém aqui estimula outra pessoa a cometer um aborto, defendemos sim, caso necessário, que a mulher tenha essa OPÇÃO.

Engravidei usando pílula, quando a camisinha rasgou durante a relação. Portanto, nem toda a gravidez não-planejada é consequência de noites calientes sem proteção.

Depois, a descriminalização é importante, não por ser um estímulo a prática - lembre-se que o fato de ser proibido, nunca impediu ninguém de fazer -, mas para reduzir as complicações e a invalidez de mão-de-obra, o que tem custos econômicos e sociais bem maiores.

Não recomendaria um aborto ninguém, pelo simples fato de ser uma cirurgia e TODO ATO CIRÚRGICO ENVOLVE O RISCO DE MORTE.

Você é livre para concordar ou não com o aborto - enquanto procedimento ou política pública - e continuar sendo feminista.

Não precisa ficar com comentários quilométricos, de casos imaginários, trollando a galera.

Sara disse...

Ao ler o cometário do anônimo 9/05 as 22.16hs e saber q infelizmente muitos pensam assim, a causa do feminismo parece uma causa perdida.
Como em tão poucas palavras a ignorância fica tão bem expressa...
Será q vale alguma pena dizer a essa criatura q nem nome se aventura a por em seu cometário esdrúxulo, q quem advoga a favor do direito ao aborto não pensa de maneira alguma impor esse ato a todas as mulheres, e sim apenas q as que por motivos varios e imperiosos não deseja a maternidade naquele momento apenas.
Como é possível dizer que estamos impondo alguma coisa , quando é justamente ao contrário disso q acontece e querem nos restringir mais ainda.
Me desculpe pessoa sem rosto e sem nome que fez esse comentário asqueroso, mas vc envergonha a raça humana.

Mirella disse...

Sim, campanhas de educação sexual são ótimas.
Para isso, precisamos de uma educação sexual sem tabus, que possa ser conversada livremente com adolescentes. Não só para tratar o assunto de gravidez, como também as DST e a própria sexualidade. Desmistificar e remover a imagem de que sexo é sujo e pecaminoso.
Ok, tudo isso é ótimo. Vamos assumir que se comece um programa desses agora, e que ele não encontre resistência nenhuma (ha ha). Demoraria alguns anos até surtir efeito. E mesmo assim haveria gravidez não planejada acontecendo. É o tipo de coisa que ACONTECE.

E acho tão legal comentaristas dizendo "AI SÓ GENTE BURRA ENGRAVIDA, SEUS PREGUIÇOSOS".

Bom, então tenho certeza de que os gênios da fertilização que fazem este tipo de comentários estão cientes de que:

- nem todas mulheres podem tomar hormônio sintético.
- existem vários tipos de anticoncepcional, todos com efeitos colaterais. Como todo organismo é diferente, estes efeitos variam de corpo a corpo, e podem por em risco a saúde da mulher.
- mesmo anticoncepcionais tradicionais e "antigos" podem ter efeitos sérios (não ouviram falar no Diane 35 recentemente? Vi a notícia na internet e avisei correndo a minha mãe. Só então ela foi perguntar para a ginecologista dela, que a mandou parar de tomar imediantamente)
- muitas pessoas tem alergia a látex, o material das principais camisinhas, e nem sabem. Acham que a dor e o desconforto ocorrem por qualquer outro motivo, não conhecem camisinhas de outros materiais. Não saber disso é MUITO comum. Exemplo: eu só fui saber que alergia a látex existia quando a Nádia, do Cem Homens, fez um post explicando. E eu tenho acesso a internet, médicos. Imagina quem não tem (acho que as pessoas poderiam entender melhor certos assuntos se percebessem que o mundo não gira em torno do seu umbigo de classe média)?
- nada no mundo é 100%. O que faz pensar que um remédio hormonal de uso diário seria? Sem contar que, mesmo que você tome o anticoncepcional direitinho, nos horários certos, de forma correta, se você tiver diarreia ou vômito, é como se tivesse pulado aquele dia. E MUITAS pessoas não sabem disso.

Com essa quantidade absurda de variáveis dizer que "só engravida quem quer" é, no mínimo, cruel. E, claro, já vem com um delicioso julgamento de brinde.

Anônimo disse...

Leiam o texto do estatuto, só oito páginas, vocês vão se deparar com isto, entre outras coisas:
-art 31: aborto passa a configurar crime hediondo, iniciativa de Givaldo Carimbão (PSB-AL)
-art 23: Modalidade culposa do aborto (ingestão imprudente de substâncias que provoquem o aborto) será penalizada 
-"por incoerência de nosso ordenamento jurídico, o aborto não está incluído entre os crimes hediondos, quando deveria ser o primeiro deles", da promotora Maria José Miranda Pereira. Mais hediondo que estupro.

Triste, viu

Anônimo disse...

"Imagina que bacana a mulher estar sofrendo porque perdeu o bebê"

Porque ela sofreria? Afinal, a maternidade é apenas uma convenção social, não é?

Mirella disse...

Carlota,

ok, vamos lá.

"E porque as feministas, fazem questão de defender essa prática abominável?."

Abominável?
Tudo bem, já começou com julgamento moral.

Ninguém defende o aborto. Defende-se a ESCOLHA.
Muitas feministas que defendem a escolha não fariam, elas próprias, um aborto. A Lola já falou isso aqui. Se você quer respostas, não custa procurar. Afinal, você tem acesso a elas, tanto quanto a mulher fictícia que você criou. Poderia consultar a dona do blog (só um exemplo das muitas feministas por aí) antes de generalizar.

Entendeu a diferença? Só porque "eu" não faria um aborto, não posso obrigar uma mulher a levar a termo a gravidez DELA, que ocorrerá dentro do corpo DELA, que irá alterar a vida DELA, só porque EU não faria. Então, eu defendo que ELA escolha o que vai acontecer no útero DELA. No meu útero, mando eu. No útero dela, manda ela. Ficou claro? Se você acha abominável uma mulher escolher o que acontece no próprio corpo, paciência.

"A maioria das feministas são a favor do aborto? Entendi certo?"

Não, entendeu errado, e logo de cara, como expliquei acima: ninguém defende o aborto. Ninguém acha legal enfiarem instrumentos cirúrgicos dentro de você e rasparem seu útero, ninguém chama isso de "diversão no sábado a tarde". Ninguém acha o máximo isso. Apenas NINGUÉM.

Agora, se boa parte das feministas são pró-escolha, acredito que sim. O feminismo não é uma seita, portanto não é necessário seguir uma cartilha para receber sua carteirinha em casa, então acredito que algumas pessoas feministas podem se dizer contra a escolha. Apesar de não fazer sentido para mim, não vou sair recolhendo a carteirinha de ninguém.


"Quer dizer que o caso que eu criei, tá certo a mulher abortar, só porque ela não se preveniu (apesar de várias opções de métodos contraceptivos?)."

"Tá certa". Bom, primeiro que não cabe a mim julgar. Só não acho que ela esteja cometendo um crime, não acho que ela deve ser presa, e acho que ela deve ter acesso a um método seguro. E, pessoalmente, eu acho melhor que uma pessoa que não quer ser mãe simplesmente não seja.

Vem cá, me diz honestamente. Por que você acha justo com a criança ser obrigada a nascer de uma mãe que não a quer?
Por que criança é um castigo? Algo com o que a mulher terá de arcar por ter transado sem proteção? Não faz sentido, para mim, defender a vida e, ao mesmo tempo, achar que essa vida é uma consequência, um castigo.
Perceba que você está punindo a mulher porque ela transou sem prevenção. "Ah, bem, feito, poderia ter se prevenido e não o fez, então agora aguenta." Por que isso?

Vou morrer sem entender a posição dos "pró-vida-do-feto".
Vejo o cenário assim:

- Com a descriminalização do aborto, o cenário é: mulher não quer ser mãe, então não será mãe. E só. Ninguém mais vem ao mundo e a vida segue. Ninguém vai perceber, nascer, nem nada. A mulher se recupera e só.

Com a criminalização do aborto:
- a mulher não quer ser mãe.
Recorre a algum açogueiro e morre.
Ou ela sobrevive ao açogueiro e fica estéril.
Ou ela não aborta, tem um filho indesejado, precisa parar de estudar ou de trabalhar.
Ou ela entrega o filho para a adoção, e este torce para ser adotado enquanto bebê, se tudo der certo.
Ou ela joga a criança na rua.
Ou ela consegue fazer o aborto e vai presa.

É, realmente, não sei como não me tornei ~pró-vida~ antes. É só alegria! O cenário é BEM melhor do que o de uma descriminalização do aborto.

Sobre a mulher cometer um crime e ser "aplaudida" ou defendida: claro, porque se tem algo que a gente faz quando uma mulher passa por um aborto é comemorar, soltar fogos e sair cantando marchinhas. Imagina só, aborto não é uma cirurgia delicada, com efeitos colaterais físicos e psicológicos, não. É como tomar um chopinho no calçadão. (continua)

Mirella disse...

(parte final)

E sobre ser crime: o fato de o único tipo de aborto a ser proibido ser o "voluntário" já explica o caráter MORAL da criminalização.
Também já tivemos fatos que, atualmente, são crime, sendo que no passado não o foram: racismo, estupro (considere a atualização da lei em 2009), em breve a homofobia e misoginia. Assim, o fato de algo ser crime ou não tem de ser analisado. Um marido que estuprava a esposa não cometia crime há algumas décadas. Felizmente, a sociedade muda e evolui.

Mirella disse...

E né, vale a pena lembrar: ninguém será obrigada a abortar. Ok?

A diferença é que as mulheres que querem poderão fazê-lo de maneira segura. As mulheres que irão fazer de qualquer maneira, poderão ter acesso à segurança.

Onde o aborto foi descriminalizado, o número NÃO aumentou. Entenderam?

Tem este post da Feminista Cansada
Ser a favor da descriminalização do aborto é ser a favor da vida
que irei colar, caso alguém tenha preguiça de ir lá ver.

"Em um estudo em escala global , feito pela World Health Organization em Geneva e o Guttmacher Institute em New York, e publicado no Lancet (disponível aqui, em inglês) foi concluído que o número de abortos em países em que o aborto é legalizado e países em que é proibido ou restrito é estatisticamente IGUAL."

Bom, é isso.
Mais do que isso não posso dizer.

Talita disse...

Ai Lola, que tristeza! Assinei a petição, mas nada de divulga-la ou dizer o que penso.

Minha família é católica, assim como boa parte das pessoas que me rodeiam. Eu sou católica também. Essa é uma religião que fez muito bem para os meus pais, para os meus irmãos e também para mim. Entendo que muitas vezes ela é ridicularizada por pessoas que não sabem do que estão falando, que nunca deram uma olhadinha no Catecismo da Igreja Católica(a Bíblia é aberta para diversas interpretações, o Catecismo é a interpretação dos católicos.) pra saber o que essa religião diz a respeito de determinados assuntos e o senso comum vai reproduzindo muitas asneiras...

Infelizmente no caso do aborto a igreja é mesmo beeem taxativa. Não e pronto!
Eu até compreendo o ponto de vista dessa religião, já que a frequento e tudo, mas também sou a favor da LIBERDADE DE ESCOLHA (tão pregada pelos católicos quando lhes convêm!). Acredito que enquanto católica, tenho que pensar no que minha religião me diz, mas independente disso eu nunca tive que decidir por manter ou não uma gravidez, quando tiver quero poder dizer sim ou não de livre e espontânea vontade. Quero que uma mulher que esteja passando por um momento desses possa fazer isso também. E se ela não é católica, o que interessa o pensamento da igreja?
Eu entendo isso, mas não é uma discussão que meu pai ia achar legal ou que muitos amigos católicos compreenderiam, então por enquanto falo com quem acho que poderia compreender =/

Mirella disse...

Jênio das 11:15, que não sabe o que é convenção social.


O instinto materno NÃO é inerente a todas as mulheres. Até aqui vc consegue entender?

A convenção social diz que todas as mulheres tem instinto materno. (Até aqui vc tá entendendo ou tá muito complexo?)

Logo, dizer que o instinto é uma convenção social significa dizer que não, não são todas as mulheres que querem ser mães. Tá entendendo?

Isto é bem diferente de dizer que nenhuma mulher quer ser mãe.

Consegue entender?
Me avisa, porque se for algo muito complexo para você entender, a gente começa a conversar sobre algo mais simples, tipo charadas "o que cai de pé e corre deitado", algo mais do seu nível.

Anônimo disse...

é,lan house n existe, dois reais por uma hora de navegação para se informar de como se evitar algo que pode atrapalhar muito sua vida.

Denise disse...

Esse PL é, como tantos outros, mal redigido e mentiroso. Na parte de justificação, o idiota do autor cita uma legislação dos EUA atribuindo "personhood" ao feto. Ele só esqueceu de dizer que o direito ao aborto foi excluído dessa legislação. A lei só vale quando for cometido uma ato violento, que por si só já é crime, e como resultado desse ato a mulher sofrer um aborto.
Eu acho interessante essas pessoas pro-vida (sério, pró-vida?) que só querem saber do bem estar do feto. Depois que nasce ninguém quer saber. A mãe que se vire, né? E ela vai ter que pagar pelo que fez! Ou seja, pare essas pessoas, filho é a punição que a mãe sofre por ter transado (com ou sem anticoncepcional). Então, antes de nascer o feto é sagrado, depois que nase passa a ser um castigo. Lindo...
Eu tive uma filha depois dos 40. E gravidez tardia aumenta,e muito, as chances de ter um filho com problemas. Por mais que eu quisese ter um filho, ou até mais de um, eu sempre disse que se detectasse problemas com o feto, eu tiraria. E ainda bem que moro em um lugar onde o aborto não é crime e é minha escolha.
Outra coisa por sinal imbecil desse PL. De acordo com ele, exames que podem causar aborto podem ser proibidos. Como fica então os exames de amnio e CVS? Os riscos de aborto são relativamente baixos, mas os malucos podem achar que é risco demais.
E pensar que um dos autores é do PT...

Anônimo disse...

Só um adendo pra Carlota... meu anjo, pílula seguinte tem uma carga hormonal altíssima, se você toma como deu pra imaginar ao ler... bem, faça uns bons exames, porque o risco de câncer é beeem preocupante.

A prioridade da pílula seguinte é em casos de urgência, em que a mulher, p. ex., é estuprada. Como é difícil uma pessoa ser estuprada, sei lá, 4 vezes em um ano só, a pílula não faz tão mal.

Quanto à pílula anticoncepcional e à camisinha, nas quais NÃO HÁ perfeição, e cujas taxas de ineficácia foram explicadas com maestria pelxs colegas, nem comentarei porque é chover no molhado e francamente você não parece afim de entender.

Só para ilustrar, tive uma professora que durante anos fez tratamento para nunca mais engravidar, ela já tinha filhos e se considerava satisfeita com eles. Tratamento finalizado, teve relações normalmente com seu marido, sem os métodos anticoncepcionais. Resultado? Engravidou no mesmo ano. Religiosa, ela chorou muito, mas sempre soube que levaria a gravidez adiante. Não acho que seja um caso de superação. Me pergunto, se a situação acontecesse com alguém aqui? Seria certo, por uma falha médica, levar uma gravidez até o fim?

Anônimo disse...

O que mais me incomoda nessa questão é que os argumentos utilizados contra o aborto tem, quase sempre,um caráter religioso.

O conselho de medicina já se mostrou a favor, o aborto não gera qualquer tipo de dor no feto,nem física,nem psíquica.

Portanto, se é uma questão de vida, vamos criminalizar a masturbação masculina também, não é justo que milhões de vidas sejam desperdiçadas todos os dias.

Sara disse...

Sei q muitos ja falaram a respeito de engravidar mesmo tomando precauções, alias pelo q eu saiba a maioria das gestações não são planejadas, acontecem.
Só para constar aconteceu comigo tb, engravidei da minha primeira filha , mesmo procurando um médico que me garantiu q por problemas hormonais eu não poderia engravidar, inclusive ele disse que eu só poderia engravidar fazendo um tratamento muito caro, como não era minha intenção engravidar no momento, nunca fiz o tal tratamento, mas fui surpreendida com uma gravidez em um momento muito ruim para mim e meu marido na época, é verdade q não passou pela minha cabeça fazer um aborto, pois eu desejava filhos, e achei por bem seguir adiante com minha gravidez, mas sou perfeitamente capaz de entender q ha muitas mulheres em situação imensamente piores do q foi a minha, e que não tem outra opção mais viável do que interromper a gravidez.
Acho perturbadora a atitude de quem fica afirmando q só quem quer fica gravida, o organismo humano é cheio de variantes, é muita pretenção fazer esse tipo de afirmação, pois não é bem assim que na vida acontece.
Quanto a opção absurda que muitos propõem de levar uma gravidez ao termo e entregar o filho para adoção, ao q parece desconsideram totalmente o desgaste e dificuldades que uma gravidez traz ao corpo da mulher, enfim deveria ser apenas da mulher o direito de decidir sobre seu corpo e o q pode acontecer com ele em uma gestação.

Letícia disse...

O conselho de medicina já se mostrou a favor, o aborto não gera qualquer tipo de dor no feto,nem física,nem psíquica.

e como foi provado isso? como sabem que o feto n sente nada?

jorge disse...

mulher é um ser cruel,faz a merda que é transar sem se proteger e quem paga é o filho.
com essa desculpa ridícula de "meu corpo".
cientistas provaram que fetos n sentem dor?kkkkkkk
é mesmo?como podem saber,são eles que são assassinados por um acaso?

Mirella disse...

Letícia,


Porque não tem sistema nervoso central até a 12ª semana.

Anônimo disse...

Nem sei o que dizer... To cansada de engolir a seco essas barbaridades que acontecem nos órgãos governamentais do Brasil...

Selene disse...

Minha mãe realizou um aborto na adolescência que deixou complicações para a vida inteira. Por conta do procedimento mal feito, sempre que engravidava, perdia. Nasci prematura e com 30% de chances de sobreviver, fiquei mais de dois meses na incubadora, minha mãe e eu corremos risco de vida no parto... Se o aborto tivesse sido realizado com segurança, é bem provável que nada disso teria acontecido. Já foi muito dito isso aqui, mas reitero: o fato de ser ilegal não vai impedir que mulheres abortem, só vai colocá-las em risco. Ninguém fica feliz e saltitante em abortar. É muito fácil se referir a mulheres que abortaram como se fossem seres frios e sem alma, que abortam como quem vai fazer uma limpeza nos dentes. Não é assim. Ninguém sabe as circunstâncias para sair julgando, tampouco o que cada mulher sente diante dessa situação.
E outra: isso de toma pílula e pronto implica em uma pá de complicações, não apenas as margens de ineficácia como já foram pontuadas, como o fato de que muitos ginecologistas não recomendam o uso da pílula para mulheres que tem histórico de câncer de mama na família, por exemplo. Hormônios sintéticos não são que nem balinha de menta, muitos organismos não podem lidar com eles.

Luiza disse...

"In reviewing the neuroanatomical and physiological evidence in the fetus, it was apparent that connections from the periphery to the cortex are not intact before 24 weeks of gestation and, as most neuroscientists believe that the cortex is necessary for pain perception, it can be concluded that the fetus cannot experience pain in any sense prior to this gestation. After 24 weeks there is continuing development and elaboration of intracortical networks such that noxious stimuli in newborn preterm infants produce cortical responses. Such connections to the cortex are necessary for pain experience but not sufficient, as experience of external stimuli requires consciousness. Furthermore, there is increasing evidence that the fetus never experiences a state of true wakefulness in utero and is kept, by the presence of its chemical environment, in a continuous sleep-like unconsciousness or sedation. This state can suppress higher cortical activation in the presence of intrusive external stimuli. This observation highlights the important differences between fetal and neonatal life and the difficulties of extrapolating from observations made in newborn preterm infants to the fetus.

...The implications of these scientific observations for clinical practice are such that the need for analgesia prior to intrauterine intervention, for diagnostic or therapeutic reasons, becomes much less compelling. Indeed, in the light of current evidence, the Working Party concluded that the use of analgesia provided no clear benefit to the fetus."

Pronto, espertões.

Luisa disse...

"Hormônios sintéticos não são que nem balinha de menta, muitos organismos não podem lidar com eles."
Isso é muito verdade. Eu não posso tomar por exemplo nenhum tipo de hormônio sintético.

E aí a gente descobre que as opções são bem menos do que se imaginava: O DIU pode dar mil complicações assustadoras e o preservativo tem o tal do índice de falha... e muitos poucos médicos ainda fazem medição de diafragma que é um dos métodos mais inofensivos possíveis.

Sabe o que REALMENTE funciona pra reduzir taxas de aborto? Maior informação e livre acesso aos métodos anticoncepcionais. Mas os conservadores também não querem isso...

Todos esses comentários do "prevenir é muito fácil" devem tá vindo das pessoas que não tem nenhum problema para usar a pílula e o custo da mesma é irrisório para o orçamento mensal. Já conheci muita menina que engravidou porque não tinha dinheiro pra compra pílula, usava só camisinha e um dia ela estorou...

Aí vc que é contra o aborto vem e diz "ah, então se vc não pode bancar uma anticocepcional, não faça..." - bingo... é mais ou menos esse o ponto em que querem chegar não é? O "problema" não são as crianças que não nascem... mas essa mulherada toda trepando por aí...

Acho estranho também as mulheres que vem ser contra o aborto com a argumentação de "eu nunca abortaria" não é essa a questão. Ninguém vai te obrigar, você tá no seu direito. Mas o seu "eu nunca abortaria" você não pode estender para os outros. E não é não deve. É não pode mesmo, por que muitas abortariam e abortam. A questão que você deve levantar é, você acha que elas devem morrer por isso? Porque é isso que a lei tem como resultado.

Anônimo disse...

Sawl - The Rebel

Caro mascu-troll.
Sim, muitas mulheres não se previnem, mas, a maior parte que recorre ao aborto se deve a fatores que podem arruinar sua vida: estupro, feto anéncefalo, risco de vida, etc.
Sr "moralista-sei tudo" antes de vomitar moralismo e pré-conceitos, tente entender uma situação da qual você NUNCA fará parte por seu gênero!
Homem também é um ser cruel. Mas, eu digo "certos homens", assim como existem "certas mulheres" que também são cruéis, mas, claro por vc ser um completo IMBECIL e IGNORANTE prefere generalizar, invés de avaliar cada situação.
Sim, o corpo da mulher é DELA! Não to defendendo aborto,e sima escolha. É fácil pra vc como homem(ou diria, pseudo-homem) apontar o dedo pra cara das mulheres quando vc pode engravidar VÁRIAS e NUNCA se responsabilizar, pode tirar o teu C... da reta!
Se uma mulher que vc não gosta engravidar de vc, duvido que vc seja homem pra assumir o filho. Um tipinho como vc condena aborto até o momento que uma "eventual transa" engravide,e aí meu caro, um homenzinho como vc é o PRIMEIRO a dar dinheiro pra mulher fazer o aborto.
Não julgue uma situação da qual vc não conhece.
O dia que vc tiver uma: irmã, filha, mulher estuprada e que engravidou do estuprador, e vc CUIDAR da criança, aí venha dizer o que acha de aborto!
Babaca machista e moralista!



Sawl - always the rebel

Anna disse...

Como já falaram, é meio triste e revoltante ver como as pessoas contra legalização do aborto agem como se ter um bebê fosse punição. E pra quem fala ''fez bobagem, agora arque com as consequências'', fazer aborto já é arcar com as consequências, já é passar por algo q vc não quer!

Comentários como esse da sandra me deixam até mal.. Tipo, a menina não queria seguir com a gravidez, vcs não permitem q ela escolha e ainda chamam isso tudo de fazer merda? Pô, ai fica complicado, são contra o aborto e dão ''apoio'' à grávida vindo aqui dizer q são idiotas, q fizeram merda.. nossa!

Acho q jamais faria um e não sairia por ai aconselhando outras a fazerem mas ser a favor da legalização do aborto pra mim é um dos pontos básicos de ser feminista. Escolher é um direito.

Fabiana disse...

Sobre a discussão sobre o aborto acho ótimo o argumento que já li por aqui de que "se os homens engravidassem o aborto seria legal desde sempre". Aliás, os homens abortam, abortam seus filhos nascidos vivos, abandonando-os material e emocionalmente. Sobre o projeto de lei, nenhuma novidade. Mulheres que chegam em um pronto socorro em razão de um aborto espontâneo são explicitamente humilhadas, acusadas de terem causado aborto proporcionalmente.

Unknown disse...

Cara, é preocupante como as pessoas não sabem usar a pílula do dia seguinte!
Não é pra usar essa pílula "quando esquecer a pílula regular", não! Isso porque a pílula do dia seguinte tem uma quantidade bem maior do que a da pílula regular, podendo fazer uma bagunça, tanto na sua saúde quanto no tratamento hormonal (né, porque tomar pílula é isso, é tratamento hormonal).
Além disso, esquecer de tomar a pílula é um evento recorrente, e tomar a pílula do dia seguinte mais de uma vez por ano já reduz a eficácia. Quanto mais vezes você tomar a pílula do dia seguinte, menor será sua eficácia, além de ferrar com sua saúde.

Nenhum gineco responsável te aconselharia a fazer isso, Carlota. O que eles dizem é para você ficar mais atenta quando esquecer (tipo combinar mais métodos), e não combinar pílulas a la loca (até 12 horas do esquecimento você pode tomar a pílula que esqueceu, depois de 12 horas não - a regra pode mudar de acordo com a marca da pílula, mas não dá pra tomar pílula do dia seguinte).

Anônimo disse...

Alguém tem que avisar o promotor do Colorado que fetos são só amontoados de células sem direitos porque estão querendo dar pena de morte para Ariel castro pelos abortos feitos em Michelle Knight. Imagine só, que absurdo!

sandra disse...

anna

transar sem camisinha,sem usar pilula quando se tem acesso a isso é fazer merda e ser burro.
só pq é meu filho n vou passar a mão na cabeça dele quando fizer besteira.

vamos dar apoio ajudando a cuidar da criança.

Anônimo disse...

Queria fazer um convite, que vcs visitem orfanatos com crianças frutos de abortos mal sucedidos, que triste. Eh dificil pra mi me posicionar sobre esse assunto, sei que eh dificil pra mim pq sou mãe, mas acho, que a mulher deve sim ter o direito de escolha, sou pro escolha tb, mas como mãe vejo essa escolha de uma forma mais dolorosa, mas eh importante que ela seja das mulheres, so quem vive o momento e a situaçao eh que DEVE decidir, apesar que deve ser muito doloroso. Torço muito tb por melhores politicas de educaçao sexual e que os pais sejam mais esclarecidos para ensinar seus filhos tb em casa, como se previnir, nao so de uma gravidez mas das doeças tb que sao bem alarmantes e acabam com tantas vidas jovens tb.

Bj Lola. K

Julia disse...

Apesar de nunca ter sido católica, estudei numa escola católica por muito tempo e gente, era absurdo como o aborto era discutido ali. Todo ano a professora de Ensino religioso fazia uma apresentação de slides com textos tristes, como a famosa Carta do Bebê, e fotos de fetos mortos jogados em sacos de lixo. DETALHE: para alunos na média de 12 a 18 anos.12 ANOS!! Também eram passados trabalhos sobre o tema e aí eramos nós, alunos, que tinhamos que montar os tais slides. Um professor de filosofia que nunca passava tarefa de casa, um dia mandou um texto de 18 páginas com argumentos contra a legalização do aborto (com argumentos "brilhantes" como o de que 50% dos fetos eram do sexo feminino então essa história de direitos da mulher era uma besteira). Eu, com 13 anos na época, achei que essas tais mulheres que abortavam eram monstros sem coração. Ainda bem que o feminismo existe e me mostrou que não era bem assim.

André disse...

Fabiana,

Os homens são relapsos e querem fugir da responsabilidade de criar os filhos (portanto seriam os maiores interessados no aborto) e ao mesmo tempo são contrários ao aborto? Vai ter que desenhar pra mim.

Luisa disse...

Fabiana disse:
"Aliás, os homens abortam, abortam seus filhos nascidos vivos, abandonando-os material e emocionalmente."

Disse tudo. E isso nem é visto como a pior coisa que um cara pode fazer, simplesmente "homem é assim". Ah a hipocrisia...

Sara disse...

anon 20.05 hs é lamentável demais que entre todos os crimes horrendos que esses monstros hediondos que sequestraram as tres meninas nos EUA, é justamente os abortos que esses estrupicios de gente provocaram atraves de fome e espancamentos que tem chamado a atenção do público.
Não da nem pra comentar sobre tanta atrocidade, faz até mal falar nesse assunto.

Anônimo disse...

Eu acabei de abortar. Acabei. E pra quem é contra, não faça, é uma situação horrivel, a gente lida com culpa, com sonhos, com hormobios e com um sentimento de rejeição horrivel. Mas não adianta ( as mulheres, assim como eu, abortam quando escolhem assim) enfiar sua opiniao no utero alheio, adianta ferecer meios pra que nós, mulheres que decidimos, apesar da dor, interromper uma gestaçao, não morramos por isso. Saiba que é uma coisa que a gente carrega pra sempre.
E a culpa é mais do machismo que da religiao. Ao machismo e ao patriarcado importa manter dominada e inferiorizada metade da população. As nossas grandes religioes sa fruto do patriarcado, mas o mal em si é o patriarcado, senao nao haveriam as catolicas pelo direito de decidir ou tantos movimentos religiosos de emancipaçao da mulher. Meu namorado é cristao e feminista, por exemplo.

Mirella disse...

Anônimo monstruoso das
20:05,

Se você é tão misógino que acha normal um homem sequestrar uma mulher por dez anos, estupra-la seguidamente e depois chutar a barriga dela até que ela aborte, então vou passar seu endereço para ele, seu nojento.

Anônimo disse...

Anon 22:49 que trollagem mal feita é essa? Povo dando de novelista agora...

Iara De Dupont disse...

Levando em conta o que vem acontecendo neste país e as lideranças que se fortalecem em torno de uma religião,muito me surpreende que nós mulheres ainda podemos sair a rua vestindo saias.Porque do jeito que vai é questão de tempo,sermos obrigadas a usar burca e proibidas de sair de casa,incrível pensar como ainda não estão acendendo as fogueiras nas praças.A única coisa que pode nos salvar é o voto,pra varrer toda essa liderança,porque eles já deixaram claro que não discutem os direitos da mulher porque nem consideram que a mulher existe.....

Anna disse...

Mirella, eu não sei quais são as intenções do anon, mas concordo como é notável em como estão falando em pena de morte por causa dos fetos! Tipo, o homem tranca as mulheres por volta de 10 anos, faz todo tipo de atrocidade, mas o q eu vejo a cnn falando por exemplo é nos abortos e como por causa disso estão querendo a pena de morte. Parece q tudo q as mulheres sofreram (como por ex os abusos para q abortassem) não é nada comparado a ''morte'' dos fetos..

Lillian Cardoso disse...

Acho incrível como no Brasil as pessoas têm uma dificuldade enorme de diferenciar "defender o direito de" e "obrigar a". Quando você se diz favorável ao direito dos homossexuais de se casarem, já falam em "ditadura gay", como se a partir da oficialização desse tipo de casamento, todos serão obrigados a se casar com alguém do mesmo sexo. O mesmo vale para o aborto: quando nos dizemos favoráveis ao DIREITO DE abortar, logo nos tomam por abortadoras cruéis e pensam que, uma vez instituído o direito, abortar será obrigatório. Não sei até onde essa dificuldade é ignorância ou má vontade. Só sei que, enquanto as pessoas não criarem consciência de que o que é certo para fulano pode não ser o melhor para ciclano, permaneceremos emperrados em muitas questões sociais.

No mais, acho incrível como praticamente todo argumento contrário ao aborto sempre desemboca no mesmo lugar: na culpabilização da mulher que transou. No fundo, pouquíssimas pessoas têm alguma preocupação genuína com o feto em si, a grande maioria só quer "dar uma lição" na vagabunda que transou (como se não houvesse um homem por trás disso). Agora, se tratar um feto como "castigo", "punição", "lição ou "consequência" é ser pró-vida, fico satisfeita em ser parte dos "contra-vida", pois para mim um feto é simplesmente um ser humano, e se ele não tiver em condições dignas de vir a este mundo, talvez seja melhor ficar em outros planos por mais um tempo.

Carlota disse...

Caro(a), Unknown

1. Em primeiro lugar obrigada por responder.
2. Meu comentário foi sim quilométrico, pois queria demonstrar como algumas pessoas são a favor do aborto, por coisas simples, até mesmo quando o casal não se protege. (Arrancar um feto ou assassinar um bebê por irresponsabilidade, isso é certo?)
3. Não estou trollando ninguém, acho que deixei claro no início do meu texto. Que tal parar com essa mania de perseguição de trolls?. Obrigada.

Carlota disse...

Mirella.

Obrigada por responder, você tem um visão diferente da minha, porém, foi muito educada e souber me mostrar alguns pontos de vistas que eu vou refletir melhor. Na verdade, era isso que eu esperava, uma resposta sensata e não ataques a minha integridade moral(como vejo sempre por aqui) quando alguém tem uma opinião diferente. A questão do aborto é um caso delicado, sou uma pessoa muito aberta, mas quando chego nesse assunto parece que sou do século passado. Aborto( por falta de responsabilidade) serei eternamente contra, mas, você deixou bem claro que não cabe a nós não julgar os atos dos outros e isso pra mim foi o suficiente para refletir. Obrigada novamente ; )

Carlota disse...

Carolina Lucas Paiva,

Obrigada por responder. Sobre a questão da pílula do dia seguinte, eu sei que são para casos de emergências, porém, quando a ocorre do ato sexual sem proteção, e em caso de dúvida, é o melhor método. Esperar até saber que tá gravida para recorrer abortivos é muito pior, não?. De qualquer maneira acho mais válido a mulher usar camisinha, DIU, colocar um chip anticoncepcional, pílula do dia seguinte, fazer laqueadura do quer se submeter a um aborto.

Anônimo disse...

Sara,

Nao que tenha sido o que mais chamou atencao do publico, mmas foram as unicas mortes ocorridas la e homicio e o unico crime que pode resultar em pena de morte.


Mirella,

Nao concordo com nada que ele fez, mas ate que provem que ele matou alguem que e considerado digno de direitos nos EUA, ele nao pode ser condenado a pena de morte e isso so vira instrumento de promocao..

Roxy Carmichael disse...

muita gente!
começo pela mariana: são 7 bilhões de pessoas no mundo, com vidas parecidas e vidas radicalmente distintas da sua. educaçao sexual é maravilhoso e proporciona ótimos resultados, mas também nao compactuo com essa ideia de repetir esse mantra da educaçao sexual, como se fosse resolver toda a questao. o mesmo com relaçao ao acesso á informaçao. as pessoas tendem a achar que tudo se resolve milagrosamente com acesso a informaçao. é importantíssimo, mas nao é tudo pq as coisas sao complexas demais e envolvem variáveis demais pra ser reduzido a isso. existem subjetividades, ethos que nao irao milagrosamente se igualar em funçao do acesso à inofrmaçao e da educaçao sexual. mas essa formulazinha, quase positivista, essa conta nao fecha pra mim, sorry. e tudo bem que seja assim, a vida é complexa demais. só me irrita esse mantrinha. educaçao e informaçao sim, que todos tenham esse direito, nao se iluda, nao to defendendo privilégios.

vera:
meu conselho pra vc: vai estudar
te dou uma forcinha:http://revistaepoca.globo.com//Sociedade/eliane-brum/noticia/2013/04/pela-ampliacao-da-maioridade-moral.html

carlota:
seu comentário-narrativo nao será respondido pq ele nao cumpre com requisitos básicos da lógica
1. vai na farmacia e compra o abortivo?qualquer pessoa que tem o mínimo de informaçao (esta patente que vc nao tem, por isso e claro, por outros cliches descabidos do seu texto) sabe que abortivos nao sao vendidos em farmacia. é por isso que existe o mercado negro, e é por isso que existem organizaçoes de direitos humanos que enviam o medicamento às pessoas que necessitam, mas que vivem em países que nao respeitam esses direitos. agora dê uma olhadinha nesse mapa, dos países que tem legislaçoes mais flexíveis e legislações inflexíveis com relaçao ao direito ao aborto: http://www.womenonwaves.org/pt/map/country
como vc pode ver, coincidentemente, os países mais atrasados do globo, compartilham entre si, a negaçao de direitos das mulheres em relaçao aos seus proprios corpos. agora, sambe pra tentar justificar como países que tem as piores condições de vida no planeta sao mais "esclarecidos com relaçao à vida" do que países com os maiores indices de desenvolvimento humano do mundo.
por fim, vc se embolou toda nessa historinha fajuta de instinto materno. dizendo que o instinto materno grita e nao tem como fugir da culpa e dizendo respeitar mulheres que nao tem filhos. se contradiz e me poupa o trabalho (facil,confesso) de destruir esse seu argumentinho medieval.

pessoas do meu brasil:
o aborto é sempre difícil por ser uma intervençao cirurgica. e mesmo quando é feito com medicamentos, é um processo agressivo para o corpo, nao tenham a menor dúvida disso.
mas falemos das tais consequencias psicologicas "que se carrega pra vida toda". parem de repetir isso como um mantra. quando vcs dizem isso vcs estao dizendo que a mulher se resume ao utero, à maternidade, igualzinho aos machistas que defendem que mulheres devem ganhar menos (isso se ganhar), pq afinal, tem filhos, se resumem ao utero e nao só dá mais preju, como é dificil se comprometer com qualquer atividade que nao seja a maternidade, ja que mulher = utero = mãe. só quem acredita nisso, acredita que a mulher vai ficar eternamente se martirizando por ter feito um aborto, ou seja pq ela feriu os preceitos do seu ser, que é, o ser mãe. existem mulheres que ficam deprimidas? claro que existem! existem outras que se sentem aliviadas de ter realizado o procedimento? claro que sim! existem aquelas que anos depois (poucos, muitos) nem se lembram? tenha certeza que sim! mas pra quem acha que só se deprime quem aborta, afinal, a mulher tem que arcar com o custo dessa rebeldia que é se negar a cumprir a sua missao na terra (ou seja, ser mãe) vcs ja ouviram falar numa coisa chamada DEPRESSÃO PÓS-PARTO? não? então ela existe!

Roxy Carmichael disse...

ah sim carlotinha
tem mais uma coisinha pra vc
que ja demonstrou saber tanto quanto o leleco sobre pílula. se você é nova aqui nao vai saber o que to falando, mas as outras sabem e tao rindo nesse momento.
quando vc esquece de tomar a pílula, a idéia é que vc tome quando lembre, até certo tempo depois. caso tenha ultrapassado esse tempo, vc deve evitar ter relaçoes sexuais na proxima semana, e caso tenha, deve ter sim ou sim o método barreira. esse método deve ser utilizado com muita atençao até vc começar outra cartela. pq isso? pq se vc tomar a pílula do dia seguinte, vai te desregular toda, e seu corpo que funcionava como reloginho com pílula anticoncepcional, vai levar um bom tempo até entrar nos trilhos de novo. acho que vc deve ir no ginecologista pra receber mais informação, pro seu proprio bem claro (muito importante) e pro bem de todos aqui que nao merecem ler esse bando de baboseira que vc escreve. aproveita e pesquisa quais os requisitos pra se fazer laqueadura no brasil e depois vem aqui comentar com a gente...(tá todo mundo sabendo por aqui, pq esse assunto é bem comentado nesse espaço, vou te dar a dica: uma comentarista ja mencionou aqui nesse post mesmo)

Roxy Carmichael disse...

"Agora vem querer que os hospitais abram as portas, para as mulheres que dão mais que chuchu na feira"
(da brilhante carlota)

que tal conhecer melhor o perfil das mulheres que abortam no brasil antes de repetir esse clichê machista abestalhado?

"Para os autores do levantamento, o alto número de abortos feitos por mulheres que já têm filhos (entre 70,8% e 90,5%) reforça a tese de que o aborto seria medida de planejamento reprodutivo, empregado em último caso, quando os outros métodos contraceptivos falharam. "Ao contrário do que se imagina, essa não é uma solução para a gravidez indesejada de uma mulher que desconheça o sentido da maternidade", afirma a pesquisadora.

Outro dado que corrobora essa tese é o uso de métodos contraceptivos pelas mulheres que interromperam a gravidez. Segundo a pesquisa, mais de 50% das que abortaram nas regiões Sul e Sudeste usavam algum método anticoncepcional, principalmente pílulas. Já na região Nordeste, a porcentagem oscila entre 34% e 38,9%."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u397652.shtml

vera disse...

roxy

eu li o q vc indicou roxy,tá escrito mais ou menos o que eu penso, tem q melhorar a educação,dar condicões melhores a todos,melhorar a prisão,dar cursos aos presos, mas n vejo como continuar propagando a impunidade vai ajudar em alguma coisa.

se um adolescente n pode pagar pelo seu crime por ter um vida sofrida,por que assim q ele completa 18 ja pode ir preso?o passado sofrido dele n é apagado assim que se torna maior de idade,esse argumento sinceramente é ridículo.
vamos liberar qualquer bandido que tenha tido uma vida ruim,faz muito sentido ,pobreza é desculpa pra tudo mesmo.

mas eu fico pasma como sempre tem gente que adora defender os direitos dos bandidos,aqui o depoimento de um pai q teve a filha morta,torturada e estuprada por bandidos e no meio deles um adolescente,muito fácil falar quando vc n é vitima desses adolescentes sofredores.
o pai dela n deveria ter ficado triste nem com raiva,afinal o pobre jovem q a matou com 16 facadas ja deve ter sofrido muito.

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/videos-veja-entrevista/ari-friedenbach-pai-da-vitima-de-champinha-nao-seria-exagero-chama-lo-de-besta-no-sentido-demoniaco-da-palavra/

nadia disse...

Gostei da parte do auxílio para as mulheres vítimas de violência sexual que que resolverem levar gravidez até o final e queiram ficar com a criança. Até vejo o discurso das pessoas de bem: "A vadia sai vestida na rua com roupas provocantes pra atiçar os homens, vai pra noitada, bebe, aí é estuprada e vai rebeber o Bolsa Estupro do governo. E quem paga a conta? EU, com os MEUS IMPOSTOS, até o marmanjo completar 18 anos! O que vaí ter de putinha por aí dizendo que foi agarrada à força! Se pelo menos reduzirem a maioridade penal para os 12 anos..."


Anônimo disse...

Eu dou risada com o PUDOR com que as pessoas tratam a questão do aborto... quanta bobagem. Ranço religioso puro e simples.

A lei atual NÃO FAZ DISTINÇÃO se a mulher engravidou usando camisinha, pílula anticoncepcional, DIU, SIU, pílula do Frei Galvão, tabelinha ou o que seja. Para a lei, NÃO INTERESSA. Engravidou, amiguinha? Vai ter que parir. Pode até abandonar legalmente depois (deixar para adoção), mas vai ter que passar pela gravidez e ponto final.

E ao contrário do que foi dito, aborto praticado por médico em caso de estupro é crime sim. No Direito brasileiro, as palavras têm um efeito absolutamente mortal. NÃO É CRIME é totalmente diferente de dizer que NÃO SE PUNE e isso é tão verdade que em vários lugares no Brasil ainda se exige alvará para a prática do aborto nessa situação. Alvará nada mais é do que o amém do juiz para a prática de um ato que, a rigor, você não teria o direito de fazer. Aí essa mulherada toda, do Brasil inteiro, corre aqui pra São Paulo pra buscar o atendimento desburocratizado do Perola Byington, do Hospital Jabaquara (graças à Erondina, o primeiro hospital a oferecer o incorretamente chamado "aborto legal" mas hey, se não se pune dentro do que a lei determina, não tem porque não fazer. Aliás o argumento da então prefeita paulista foi exatamente esse).

Em alguns lugares são colocados obstáculos, a começar pela ABSOLUTAMENTE ILEGAL exigência de boletim de ocorrência do estupro. Primeiro que B.O. é notificação da autoridade policial e acredite, você não é obrigado a notificar nada se não quiser. Ser obrigado a fazer o que a lei não obriga tem nome, é constrangimento ilegal. Mais um para a conta das mulheres estupradas que, pra piorar, engravidaram. Essa exigência não é amparada pelo nosso sistema legal para a execução do aborto nessa circunstância.

E por fim, tem a objeção de consciência do médico, que de fato só pode ser obrigado a praticar esse ou aquele ato se disso depender a vida do seu paciente, que não é o feto azarado filho de estuprador e sim a mulher que o carrega. E tá cheio de médico se recusando a fazer aborto até na situação em que a mulher corre risco de vida, "porque tem medinho de processo" (o kct que tem) e nada acontece com eles. Super legal.

Eu sou a favor DO ABORTO e DA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO porque sim, se o filho é indesejado, eu to cagando e andando pro feto - como todos vocês, aliás. Mas se a cabecinha de ostra da nossa população não aceitar isso, eu já me daria por satisfeita se colocassem lá no Código Penal que NÃO É CRIME o aborto em caso de risco à gestante e gravidez decorrente de estupro. Já resolveria muita coisa e não precisaria nem ter levado a questão dos anencéfalos ao Supremo, porque gravidez nessa situação é de risco, um risco amplamente documentado pela ciência e a lei já prevê o não punir nesse caso desde 1940.

Aborto legalizado é precoce, medicamentoso, não requer internação, a mulher faz em casa e só vai pro hospital pra ver se deu tudo certinho. Portugal que o diga. E sai bem mais em conta pro sistema do que tratar mulheres com complicações de aborto mal-feito nas coxas, com cabide, com ervas, com sonda. Não legalizam porque não querem, porque são umas OSTRAS e têm exatamente o tipo de legislação que merecem.

Eu TORÇO pela aprovação do estatuto do nascituro. Vai ser divertidíssimo ver um bando de gente desesperada sem poder comprar pílula do dia seguinte (que na concepção desse povo é abortiva, já que tem como efeito secundário dificultar a implantação de um eventual óvulo fecundado - tá na bula gente, é só ler) e a mulherada tendo que parir 6,7 filhos porque redução embrionária não poderá ser feita. Aliás não pode hj em dia, mas fazem. Sim, vou adorar ver como em um instante o clamor pela mudança de legislação irá surgir. Choque de hipocrisia na canalhada que tá SE LIXANDO pro feto e faz tudo, qualquer coisa pra regular o que entra e sai do corpo feminino. Mulheres, inclusive.

Roxy Carmichael disse...

o pai dessa menina deve sofrer tanto quanto o pai de ou mãe de um jovem que morreu atropelado por um outro jovem podre de rico que andava embriagado ao volante da sua bmw. e vc pode ter certeza absoluta que as vitimas de todas as classes sociais de atropelamentos (vide filho da cissa guimaraes) sao beeeem, mas beeeeem maiores que as vítimas de classe média de homicídios bárbaros como esse que vc citou. frisei o classe média, porque como sabemos ninguem tá se mobilizando pra garantir uma vida digna pros pobres, que dirá garantir a segurança deles. agora, me diga, se tem algum político querendo restringir a produção de carros aqui no país, a concessão de carteiras de habilitação? se tem algum político querendo melhorar o transporte público? depois vc me diz se tem alguem da classe média disposto a abrir mão do seu carro pra uma cidade menos poluída, menos congestionada, que os investimentos para estacionamentos ou mais ruas, ou mais pontes, fossem direcionados pra melhorar o trasporte público, que os acidentes fossem reduzidos e punidos com mais rigor, que os filhos de eike batistas pudessem ser devidamente punidos por assassinar um ciclista.
porque se vc tivesse lido o mesmo texto que eu li, teria visto que "Vale a pena registrar ainda que o número de crimes contra a pessoa cometidos por adolescentes diminuiu – e não aumentou, como alguns querem fazer parecer. Segundo dados da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, entre 2002 e 2011 os casos de homicídio apresentaram uma redução de 14,9% para 8,4%; os de latrocínio (roubo seguido de morte), de 5,5% para 1,9%; e os de estupro, de 3,3% para 1%."
agora compare os números com os números de crimes cometidos por adultos e veja se faz alum sentido esse ódio todo de adolescentes infratores, "essas pedras nos nossos sapatos que a gente tem que engolir os progressistas defendendo SÓ porque sao pobres!" agora pobreza é desculpa pra tudo. eu tenho uma resposta: pra mim, como sempre, a massa de manobra, na qual vc provou fazer parte com maestria com esse seu ultimo comentario, prefere endossar medidas demagógicas de políticos ineficientes, que visam SEMPRE fazer o mais fácil, atingindo SEMPRE o lado mais fraco, do que enfrentar um problema realmente grande e enfrentar o ator social mais poderoso.
agora se vc acha esse argumento ridículo, de tentar encontrar um consenso sobre que idade a pessoa pode se responsabilizar por crimes, ou seja, o princípio da maioridade penal, vc deve pensar que uma criança de 6 anos que comete um crime, e sim, elas existem, e um adulto de 40 tem exatamente a mesma cabeça, a mesma formação, entao porque nao botar na cadeia crianças de 7, 8, 9, 10 anos?
e eu devolvo a provocação: é muito fácil falar quando vc nao nasceu em condições sub-humanas, quando vc nao tem um lar completamente desestruturado, que nao provê nao só equilibrio e carinho, mas itens básicos de sobrevivencia, como por exemplo, COMIDA, água potável, quando vc sofre violencia daqueles que deviam te proteger desde a mais tenra idade, tanto seus pais, quanto o próprio estado que prefere fechar os olhos quando vc e seus amigos sao mortos por grupos de extermínio simplesmente por serem negros, pobres, e estarem ENFEIANDO as cidades. nao vou dizer que vc é uma pessoa lamentável, mas esse seu comentário "vamos liberar qualquer bandido que tenha tido uma vida ruim,faz muito sentido ,pobreza é desculpa pra tudo mesmo." me dá NOJO.

Roxy Carmichael disse...

no mais,
obrigadíssimo vera
por deixar registrado aqui
que os pró-vida são na verdade um bando de classistas, desesperados por manter seus privilégios e por adquirir outros (o ideal de 100% segurança) enquanto caga e anda pras outras vidas (mais numerosas inclusive) de pretos e pobres que ficam aí se vitimizando por terem condições de vida sub-humanas, ou seja, essa bobeira, e ainda por cima, engana os trouxas que acabam por defender essa gente preguiçosa e naturalmente má, que adora justificar seus defeitos com essa bobeira chamada miséria.

Anônimo disse...

Alguém 1 diz: "um pai q teve a filha morta,torturada e estuprada por bandidos e no meio deles um adolescente"

Alguém 2 responde: "o pai dessa menina deve sofrer tanto quanto o pai de ou mãe de um jovem que morreu atropelado por um outro jovem podre de rico que andava embriagado ao volante da sua bmw".

Sinceramente, eu acho que NÃO.

Anônimo disse...

Depois que li que o Brasil é a "maior nação católica do mundo" já desisti de ler o resto. Antes de escrever, se informe. O México é o maior país católico!! E nem precisa ser religiosa pra saber disso... aff

Anônimo disse...

"A lei atual NÃO FAZ DISTINÇÃO se a mulher engravidou usando camisinha, pílula anticoncepcional, DIU, SIU, pílula do Frei Galvão, tabelinha ou o que seja. Para a lei, NÃO INTERESSA. Engravidou, amiguinha? Vai ter que parir. Pode até abandonar legalmente depois (deixar para adoção), mas vai ter que passar pela gravidez e ponto final."

exatamente, por isso que eu fico p************* da vida quando leio essa conversa mole de "vai virar método contraceptivo", "primeiro tem que fazer isso isso e aquilo pra depois legalizar", uma palhaçada mesmo que vem inclusive de gente "moderna" que se diz pró-escolha, pró-escolha coisa nenhuma, ninguém tem nada a ver se a mulher e o cara usaram 2,3,4 métodos, essa cobrança é ridícula e ninguém fora o casal tem alguma coisa a ver com isso. Esses aí que se dizem preocupados com a banalização do aborto não são pró-escolha e sim pró-a minha escolha.

Anônimo disse...

Ninguém fica feliz e saltitante em abortar.

Eu fiquei. Tinha 18 anos, acabado de entrar na faculdade, de arrumar um emprego legal aí PUMBA, aconteceu a merda. Fiquei muito em pânico, meu namorado então nem se fala. Aí a minha irmã mais velha me ajudou a arrumar citotec, tomei mas não aconteceu nada, fui a um médico e contei toda a verdade e no fim ele que fez o aborto para mim (eu tava grávida de seis semanas só, percebi rapidinho). O alívio que eu senti foi a coisa mais maravilhosa do mundo, aquilo que estava dentro de mim não era um filho, jamais foi, era um problema e uma desgraça na minha vida e para meu futuro (penso assim até hoje).

Não vejo a menor necessidade de colocar o aborto como um fardo horroroso para a mulher, que vai à clínica de luto, vestida de preto e depois passa um mês chorando dentro de casa. Duas amigas minhas abortaram também e elas falaram a mesma coisa, de felicidade, de alívio, de solução para um problema insolúvel e que aquilo no útero NÃO É FILHO E NUNCA FOI FILHO, passa a ser filho quando a mãe aceita e deseja essa gravidez. Antes disso é só tormento. Engraçado que quando é em caso de estupro, todo mundo entende isso mas se o sexo foi consensual, prooooooonto muda tudo. Muda o que, gente? É a consensualidade do sexo que determina se a mulher deve ou não viver com aquilo? O feto não importa nada, então, já que no caso de estupro pode matar que tudo bem. Feto normal, saudável e tudo mais. Quem pensa assim deveria repensar bem direitinho ver o que de fato é importante nessa história.

Outra coisa que eu acho uma babaquice sem tamanho é essa cobrança de tem que usar cem mil métodos contraceptivos, canso de ler mulher inventando historinha de que a pílula falhou, a camisinha furou, a pds falhou, tudo falhou e o feto Super Homem resolveu ser concebido do mesmo jeito, geeeeeeeeente, para com isso! Não é da conta de ninguém o que você tomou ou deixou de tomar, isso não é problema dos outros é só seu! Eu engravidei no vacilo mesmo, odiava camisinha (até hoje me machuca inteira, apesar que agora tem umas q não são de latex que dão bem menos problema pra mim), não tomava comprimido e o namorado gozava fora, um dia gozou dentro e aí aconteceu. Passei a me cuidar e não engravidei mais, tenho 33 anos, mas aonde que tá escrito que a gente é obrigado a tomar anticoncepcional? Lugar nenhum! Nem na lei fala, pra que essa cobrança então? Se a mulher vai abortar 1 3 10 vezes isso não é da sua conta, você não é ninguém pra julgar qualquer aborto que não seja o SEU aborto e acabou, quem não dá o aval pra legalização se não for assim assim e assado é um pró-vida enrustido e devia sair do armário.

Até parece que alguém aqui liga de verdade pro feto que está na barriga dos outros. Que conversa. Acha ruim? Faça diferente então na sua vida, use todos os métodos ao mesmo tempo, faça o que bem entende porque a vida é suaaaaaaaaaaaa e deixa os outros cuidar da vida deles, sem hipocrisia.

lola aronovich disse...

Anônimo das 22:40

Pois é, troll. Continue lendo que talvez vc aprenda alguma coisinha. O Brasil é mesmo o maior país católico do mundo, já que a população aqui é maior que a do México. Mesmo que "só" 79% da população daqui seja católica, contra 87% do México, em números absolutos isso dá muito mais católicos no Brasil: cerca de 145 milhões contra 123 milhões no México.
Tô achando que essa lista tá meio defasada, já que o Brasil já está mais próximo dos 200 milhões de habitantes. Mas foi a primeira que encontrei sem muito esforço na internet. Talvez vc devesse fazer o mesmo antes de tentar corrigir os outros com tanta arrogância, pequeno gafanhoto.

Anônimo disse...

Sobre % de católicos no Brasil, é importante ressaltar que como católico entra quem foi batizado e só. Batismo, como casamento na igreja, é hábito social e não exatamente uma questão de fé. Desse modo, o número de pessoas que efetivamente têm e praticam a fé católica é significativamente menor.

Anônimo disse...

Quem é a favor da legalização do aborto é PRÓ-ESCOLHA e quem é contra não é pró-vida (tanto que um monte de mulher morre, essa gente vai e mata médicos de clínicas que fazem aborto) e sim ANTI-ESCOLHA. Seria bacana que nós começássemos a divulgar a terminologia correta.

lola aronovich disse...

Anônimo das 00:10, tenho quase certeza que essas estatísticas da % de católicos no Brasil (e nos outros países) são feitas através de auto-declaração. O Censo pergunta a religião de cada pessoa, e a pessoa responde, ué. Não tem teste pra ver quem é católico de verdade ou não. Já tivemos uma outra discussão faz um tempinho aqui no blog (não lembro em que post) em que eu mencionei um termo muito comum na minha época -- católico relaxado. Eu pensei que esse termo ainda era usado pra definir católicos brasileiros, mas a galera jovem daqui nunca tinha ouvido falar. Mas continuo achando uma ótima definição. E, sabe, não acho um termo pejorativo. Só quer dizer que brasileiro não segue todos os dogmas do catolicismo -- ainda bem!

Anônimo disse...

" E, sabe, não acho um termo pejorativo. Só quer dizer que brasileiro não segue todos os dogmas do catolicismo -- ainda bem!"

Ainda bem "naquelas", né Lola, porque essa mesma gente aí que pula carnaval, faz sexo antes do casamento, usa métodos contraceptivos não naturais etc. é a mesma gente que lota essas passeatas pela vida e vota contra a legalização do aborto... é muita hipocrisia sobreposta. Pela vontade de muita gente isso aqui seria pior que a Irlanda.

Mirella disse...

Anonima das 23:09,

Acho que você não entendeu direito o ponto (ou vai ver entendeu e trouxe um aspecto diferente à discussão).
O que eu penso é: ninguém gosta de precisar fazer um aborto. Entre fazer um aborto e apenas não engravidar, acredito que todas as pessoas escolheriam não engravidar e não precisar passar por isso, gastar esse tempo, esse dinheiro, lidar com os efeitos colaterais.
Não tem muita relação com ficar de luto, se sentir culpada. Na verdade, seria excelente se nenhuma mulher se sentisse assim.
Mas acredito haver diferença entre se sentir aliviada por ter acesso à IVG e achar que é divertido fazê-la.

Sara disse...

Sempre achei uma infâmia associar a pobreza e miséria com a criminalidade, não bastasse essa camada fazer todo o tipo de malabarismo p sobreviver com alguma dignidade que lhes é negada, ainda por cima levam essa pecha de serem marginais.
Eu posso até não fazer mais parte dessa camada da população, mas um dia eu fui parte deles, e digo que a maioria absoluta não é marginal, e sim refem da marginalidade.
Qualquer pessoa não interessa a idade que não saiba viver em segurança com os demais tem q ser contido de alguma maneira, o estado deveria ser capaz de fazer isso, não é possível que continuemos a ter q conviver com verdadeiros monstros , que praticam crimes horrendos só pq não tem a idade legal para serem punidos.
A pobreza e a miséria não são desculpasa para monstruosidades.

Anônimo disse...

Sou radicalmente contra o aborto. Acho um absurdo alguém pensar em matar um serzinho dentro do ventre materno, e não um serzinho qualquer, um ser humano que é filho da assassina que o rejeita. E não vejo lógica em permitir o aborto em caso de estupro, afinal, a maior vítima do crime é que pagará com a vida? Que mal fez esse bebê, que culpa ele tem de ter um pai bandido? Assim como em qualquer gravidez "indesejada", a mãe tem a opção de entregar a criança para que seja adotada. Milhares de pais ansiosos fazem fila para adotar bebês, é uma alternativa justa e saudável inclusive para a grávida, que não terá que arcar depois com o peso de uma decisão trágica como a de matar seu próprio filho no ventre. Trauma sobre trauma. Não tem como isso ser bom para uma mulher.

Fora do caso estupro, eu tenho ciência que métodos contraceptivos falham, nenhum é perfeito, em todos eles existe a possibilidade, ainda que mínima, de não funcionar. Porém, a pessoa faz sexo consciente desse risco, não faz? E quando engravida, quer matar o "acidente"? E que isso não seja crime? Por favor... no homicídio culposo, a pessoa mata sem querer querendo e ainda assim é responsabilizada. Por que quando se trata do assassinato de um bebê planejado pela própria mãe tem que ser diferente?

Em caso de risco de vida para a gestante, a ciência já avançou o suficiente para que essa hipótese de real ameaça seja cada vez mais rara, as mulheres fazem pré-natal precocemente e de graça na rede pública então tem que ser verificado bem direitinho se é risco mesmo ou se é mais uma das muitas fantasias abortistas sobre gestação. Falaram de anencefalia ser causa de gravidez de risco, isso é absurdo, e vamos lembrar da menina Marcela, anencéfala que chegou a completar um aninho de vida porque sua mãe, bem orientada, não cedeu à sede de sangue dos matadores de crianças. Risco maior é sempre o da criança, de morrer precocemente pelo egoísmo de pessoas frias que desprezam a vida se ela não for perfeita (na visão deles).

Ninguém precisa usar argumentos religiosos para defender a vida. A ciência já determinou que a vida começa na concepção e o direito no Brasil defende a gravidez e a gestante em todos os momentos. Legalizar o aborto afronta a Constituição, já que todos nós temos direito a viver, seja uma pessoa já nascida ou no ventre. A lei abortista nunca passará, a menos que mudem a Constituição fazendo uma completamente nova, porque as cláusulas pétreas são irrevogáveis.

O Estatuto do Nascituro seria uma garantia extra à vida do concepto e nunca é demais garantir a vida. Infelizmente ele não mexe na questão do estupro, que eu acho lamentável, mas pelo menos dá mais uma opção para que a mulher não seja empurrada para um aborto. Ela, que vai matar o filho, ela que vai sofrer sozinha toda a culpa, todo o amargor, todos os transtornos psicológicos conhecidos por quem toma essa decisão monstruosa. O Estatuto está protegendo a mulher também!

Uma sociedade que pretende eliminar os indesejados, condenando-os a morte, aproxima-se dos regimes totalitaristas, como o nazismo por exemplo. Se é esse o exemplo que o Brasil segue, só me resta lamentar. Porém, tenho forte esperança que o povo brasileiro não vá permitir que tal coisa aconteça. A população em geral é contra o aborto, mesmo nas camadas mais humildes existe a noção que devemos proteger a vida. Isso me dá esperança de que aqui também não exista o genocídio silencioso de milhares, talvez milhões de crianças, meninos e meninas privados do viver por egoísmo e maldade de seus pais inconsequentes.

Sara disse...

anon 13.43 hs e vc vem aqui falar em assassinato, então me dê uma palavra q qualifique o que vc esta propondo aqui , q não seja a morte de milhares de mulheres,q em desespero não querem o filho q esperam, seja lá por q causa tenha sido, a sua hipocrisia vai a níveis estratosféricos.
Gente como vc FEDE....

Anônimo disse...

"anon 13.43 hs e vc vem aqui falar em assassinato, então me dê uma palavra q qualifique o que vc esta propondo aqui , q não seja a morte de milhares de mulheres,q em desespero não querem o filho q esperam, seja lá por q causa tenha sido, a sua hipocrisia vai a níveis estratosféricos.
Gente como vc FEDE...."

Ora, é só não abortar e entregar para adoção. Zero mortes.

Sara disse...

anon 18.29hs com TODA CERTEZA, vc ou é um homem ou uma mulher q NUNCA foi mãe, pra ter alguma pálida idéia do desgaste fisico e emocional q uma gravidez provoca, seus dentes, cabelo, pele,seu fisico em geral sofre perdas e danos em uma gravidez, exigir q uma mulher passe por isso totalmente contra sua vontade é de uma violência sem tamanho, apenas para satisfazer delirios de religiosos ou machistas que desconsideram o DIREITO q a mulher tem sobre seu próprio corpo.

Anônimo disse...

"anon 18.29hs com TODA CERTEZA, vc ou é um homem ou uma mulher q NUNCA foi mãe, pra ter alguma pálida idéia do desgaste fisico e emocional q uma gravidez provoca, seus dentes, cabelo, pele,seu fisico em geral sofre perdas e danos em uma gravidez, exigir q uma mulher passe por isso totalmente contra sua vontade é de uma violência sem tamanho, apenas para satisfazer delirios de religiosos ou machistas que desconsideram o DIREITO q a mulher tem sobre seu próprio corpo."

Tenho 4 filhos.

Sara disse...

anon 05.30hs se é verdade o q eu duvido, vc deve estar arcando com as consequencias de todas essas gestações, q não são poucas, o organismo feminismo tem um desgaste enorme em uma gravidez, é um absurdo completo exigir que mulheres passem por isso como se fosse alguma atitude simples e sem nenhuma consequência, pq infelizmente gerar um filho não é simples de nenhuma maneira, então pra esses q falam q basta q a mulher leve adiante uma gravidez q ela não deseje, para depois dar o filho em adoção , pra mim é uma proposta indecorosa.

Nardo disse...

Mas que absurdo, O Estatuto do Nascituro não é nada disso que escreveram ai na matéria a cima, segue o link PROJETO DE LEI No
478, DE 2007, Estatuto do Nascituro para que vocês possam ter uma real visão do que se trata: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=4E0DC1343E82CA54D2FE0F8CC8318743.node2?codteor=770928&filename=Parecer-CSSF-19-05-2010

Anônimo disse...

"Anon 05.30hs se é verdade o q eu duvido, vc deve estar arcando com as consequencias de todas essas gestações, q não são poucas, o organismo feminismo tem um desgaste enorme em uma gravidez, é um absurdo completo exigir que mulheres passem por isso como se fosse alguma atitude simples e sem nenhuma consequência, pq infelizmente gerar um filho não é simples de nenhuma maneira, então pra esses q falam q basta q a mulher leve adiante uma gravidez q ela não deseje, para depois dar o filho em adoção , pra mim é uma proposta indecorosa."

Indecoroso, na minha opinião, é matar bebês porque um "acidente" aconteceu. Acidente esse que não pode ser evitado 100% por nenhum método contraceptivo, já que todos possuem um índice de falha (até laqueadura reverte, às vezes). Isso, presumindo que todo mundo faz uso deles, o que sabemos não ser verdade.

Sara disse...

indecoroso mesmo é dar mais valor a uma possibilidade de vida em detrimento de uma vida ja estabelecida por questões religiosas e de convicções egoistas.

Cora disse...


Sara,

custo a acreditar q pessoas defendam um absurdo tão grande q é dar status de pessoa autônoma a uma possibilidade de vida, enqto retiram de uma pessoa autônoma de fato esse mesmo status.

fazer isso é desumanizar de forma irremediável a mulher. é reduzir de fato e sem nenhuma sombra de dúvida toda mulher a uma incubadora. é reduzir de forma cabal a mulher à sua biologia. como pode uma coisa assim ser elaborada em pleno séc. xxi e numa sociedade q se pretende democrática?

outra coisa, qdo as pessoas entenderão q ter o direito de interromper uma gestação é diferente de interromper uma gestação?

aliás, este direito deveria estar garantido por lei desde sempre.

já disse (eu e muitas outras pessoas) inúmeras vezes aqui e em outros espaços, q este direito não impede programas de planejamento familiar, campanhas sobre sexo responsável e de valorização da maternidade e da paternidade.

mas, elevar um embrião e feto no estágio inicial de desenvolvimento ao status de pessoa já formada me parece tão nonsense. isso entrega o corpo da mulher à tutela do estado e da sociedade!!

como q essa galera tão avessa à regimes ditatoriais e autoritários pode defender algo assim?

.
.

Lola,

ocorreu um problema aqui e se eu enviei o comentário duas vezes (ou mais), por favor publique apenas uma.

beijos e obrigada.

Sara disse...

verdade Cora querem dar o tratamento as mulheres de simples parideiras sem nenhum direito a nenhuma aspiração ou vontade, pois se nem mesmo dos frutos do estupro conteplam com a possibilidade de assistência do aborto.

Ana Carolina disse...

se isso acontecer terei de arrumar um jeito rápido de ir embora desse país. to sentindo náuseas agora, passando muito mal.

Denise disse...

Fernanda disse...
"Gente, desculpe desviar a discussao so um pouco, mas...nao entendi pq o projeto proibe a fertilizaçao in vitro! Penso em fazer uma...alguem sabe pq? Fora o fato de o projeto inteiro ser um equivoco? Tipo, qual o argumento, nesse caso?"

Fernanda, não sei se alguém já te respondeu e eu estou bem atrasada no comentário, mas vamos lá. O projeto proíbe a fertilização in vitro porque considera que a partir do momento em que houve a fecundação o embrião é considerado uma “pessoa” e por isso tem todos os direitos jurídicos, entre eles o direito da vida. Fora que o projeto também veda qualquer manipulação de embrião (como o congelamento). E na fertilização in vitro, como vc deve saber, é feito a coleta do óvulo, a fertilização em laboratório e depois os embriões são congelados e inseridos de 2 em 2 (geralmente) na mulher a cada mês de tratamento. Então sempre há manipulação de embrião e muitas vezes descarte se a mulher/casal não usar todos.

Essa é uma das partes mais absurdas do projeto e que não vi muita gente discutindo. Não vou nem entrar na questão do aborto de feto com 1, 2, 3 meses de gestação (a principio sou a favor do direito de escolha da mulher), mas querer criminalizar um procedimento médico que ajuda milhões de casais a ter filho só demonstra o absurdo desse projeto e quão temerário é se querer legislar sobre o direito de escolha do cidadão. Sim, porque começa proibindo o aborto no caso da mulher que não usou método contraceptivo (em tempo: precisa também de um espermatozóide pra fazer um filho, mas curiosamente a culpa/responsabilidade recai sempre da mulher...), depois querem proibir o aborto em caso de feto anencéfalo, depois em caso de estupro, até chegar ao cúmulo de criminalizar a pílula do dia seguinte e a fertilização in vitro!

Aí é demais pra mim, dizer que um simples embrião fertilizado tem mais direitos que a mulher/mãe é simplesmente inaceitável!

Claro que essa lei não vai passar, e claro que se passar vai ser barrada pelo STF por ser absolutamente inconstitucional. Mas isso não afasta o fato de ser um absurdo que um projeto de lei desse naipe fique anos rodando no Congresso, gastando dinheiro público para ser analisado, discutido, votado. E ainda receber veto do Eduardo Cunha (sempre ele...) na Comissão de Finanças por ser inviável do ponto de vista orçamentário! Ah, tá, porque do ponto de vista humanitário é super viável....

Anônimo disse...

O Artigo 128 não será alterado. Mulheres estupradas podem abortar se quiserem. A "bolsa estupro" é apenas para aquelas que DECIDIREM manter a gravidez.

Anônimo disse...

"indecoroso mesmo é dar mais valor a uma possibilidade de vida em detrimento de uma vida ja estabelecida por questões religiosas e de convicções egoistas."

Nenhum argumento religioso é necessário para constatar o que a ciência já constatou: a vida humana começa na concepção. Convicção egoísta é uma "mãe" assassinar o filho, livrando-se de um "problema" que, em primeira, segunda e terceiras análises, ela contribuiu para causar. E vai pagar o preço, "resolvendo" esse problema, a custo de trauma, depressão, problemas psicológicos e físicos, todos documentados como decorrência de se praticar o assassinato (aborto). E ainda chamam isso de feminismo, de empoderamento! Só lamento.

Anônimo disse...

Aliás, o fato de ninguém ter contestado meus argumentos e sim a minha pessoa mostra quão frágeis são as idéias abortistas.

LuTTy disse...

Lola, algumas considerações sobre o seu texto:
1º) Não é verdade que uma grávida com câncer morreria por não poder fazer quimioterapia. O Código Penal, em sua redação atual, prevê a possibilidade de se fazer o aborto se não há outro meio de salvar a vida da gestante. O Estatuto do Nascituro em nada altera esse dispositivo. A decisão de Goiânia que você citou, exatamente por não ter amparo legal, foi reformada em segunda instância, exatamente como você falou.
2º) Não localizei dispositivo que indique explícita ou implicitamente a obrigatoriedade de investigação da grávida que sofre aborto espontâneo.
3º) Também não localizei nada que indicasse a proibição de fertilização in vitro.

Para finalizar: é certo que uma pessoa adulta sempre terá mais direitos e será mais respeitada do que um “aglomerado de células”, que é a expressão por muitos utilizada para referência ao nascituro. Mas também é certo que a maioria dos abortos é praticada em decorrência de gravidezes indesejadas, sim, mas que são fruto de ato sexual plenamente consentido, e na devastadora maioria dos casos sem proteção alguma. Então o direito da escolha se deu no momento do ato sexual!!! Por que penalizar um ser humano – sim, um ser humano, cujo coração já se vê batendo às 6,7 semanas – que simplesmente não teve opção?

Joane Farias Nogueira disse...

No caso de estupro, o substitutivo garante assistência pré-natal, com acompanhamento psicológico para a mãe; e o direito de ser encaminhado à adoção, caso a mãe concorde. Identificado o genitor do nascituro ou da criança já nascida, este será responsável por pensão alimentícia e, caso ele não seja identificado, o Estado será responsável pela pensão.
http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/7564/saude-publica/estatuto-do-nascituro-e-aprovado-pela-comissao-de-seguridade

Anônimo disse...

Legal essa de "se não se preveniu,se vire".A mulher merece ser punida A VIDA INTEIRA porque filho é pra isso.Não se importam com a criança de fato,pois se a criança importasse,estariam preocupados em não deixá-la como PUNIÇÃO para a mulher e ter uma existência largada à própria sorte (legal ser um objeto de punição ,né? Seus pais vão lhe amar pra caramba!).Projeto absurdo,país atrasado e muito falso moralismo.Vou ali vomitar e já volto.

Anônimo disse...

"Mas também é certo que a maioria dos abortos é praticada em decorrência de gravidezes indesejadas, sim, mas que são fruto de ato sexual plenamente consentido, e na devastadora maioria dos casos sem proteção alguma. Então o direito da escolha se deu no momento do ato sexual!!! Por que penalizar um ser humano – sim, um ser humano, cujo coração já se vê batendo às 6,7 semanas – que simplesmente não teve opção?"

Concordo totalmente. Já citei aqui mesmo que NÃO EXISTE MÉTODO CONTRACEPTIVO INFALÍVEL, todos têm uma possibilidade de erro, que obrigatoriamente consta da bula.

Inclusive, recomendo a quem quiser pesquisar no Google sobre "falha estatística e falha real dos métodos de contracepção", vocês vão encontrar uma pesquisa que mostra que, por exemplo, a pílula anticoncepcional tem um índice de falha ideal de 1%, enquanto que o índice real chega a bem mais que isso. O tal índice real deve-se à forma como as mulheres realmente fazem uso, sem levar em consideração as mil coisas que podem levar o contraceptivo a falhar (uma simples diarréia por exemplo, baixa imunidade, stress, interações medicamentosas). No caso da camisinha, o índice real de falha é alarmante, chega a 20%. E nenhum método está isento, até laqueadura e vasectomia revertem.

Pois bem. Então a pessoa CONSCIENTEMENTE faz sexo. Aí engravida e quer abortar? Qual a lógica nisso?

Se eu estou dirigindo meu carro e mato alguém, ninguém vai dizer "ô tadinha, ela matou sim mas foi sem querer, dirigir carro não é crime, não é proibido, é um direito". Vão querer minha cabeça. O Código Penal fala em dolo e culpa, sendo o dolo a vontade deliberada de praticar um ato que vai produzir certo resultado e a culpa, quando esse resultado advém de ações que poderiam ser evitadas se a pessoa não tivesse agido com imprudência, negligência ou imperícia.

Se você engravida tomando métodos, foi acidente. Se você engravida sem ter se precavido, foi acidente ou mera consequência da natureza?

E é o SER HUMANO indefeso no ventre que vai pagar por isso, com a própria vida?

Não sou a favor do aborto nem em caso de estupro, que dirá nesses tais "acidentes" do sem querer querendo. É muito abuso. É muita forçação de barra. É tanta barra forçada que mil argumentos são usados inclusive para tentar fazer crer que aquele ser no ventre materno sequer é humano, sequer está vivo, tudo para atender a interesses sabe-se lá de quem. E já disse isso também: nenhum argumento religioso é necessário para defender a vida quando a CIÊNCIA diz que a partir da fecundação, ao menos um novo indivíduo passa a ser formado. Digo ao menos um, porque pode ser mais de um. Mas um ou mais, nenhum deles será uma abóbora, um cachorro ou um pedaço de pau. É de um BEBÊ que estamos falando, uma VIDA HUMANA, que não teve nenhuma opção e ainda querem lhe tirar a vida. E depois são os PRÓ-VIDA que são insensíveis...

Michelle disse...

Sabe, gostaria muito de, quem sabe, fazer um guest post sobre minha experiência com relação a engravidar e querer abortar. Pq não é nada fácil vc querer abortar e simplesmente ninguém da sua confiança te dar apoio! Mês q vem, nasce meu terceiro filho, o qual eu não queria e q estou esperando pq uma pílula do dia seguinte falhou, mas por não ter grana p/ abortar de forma segura, resolvi assumir, visto q já tenho 2 filhos e pensei q eles precisam de mim. Hj, no Brasil, é bem arriscado abortar por conta própria, já q Citotec falsificado é oq mais a gente vê por aí, arriscado pra mãe e pro embrião tbm.
Parece q as pessoas preferem q a gente gere uma criança (oq, diga-se de passagem, não é tão fácil como parece!) e a abandone, sei lá, em um lar do q interromper a gravidez.
Sei q com tantos métodos, cada um deveria se responsabilizar por seus atos, mas e qndo o método falha?
Aborto sem controle, tbm acho q viraria bagunça, mas como mencionado no texto, é estupidez negar q isso aconteça na clandestinidade e colocando em risco tantas mulheres sem condições de pagar uma clínica clandestina.

Unknown disse...

Vou ser bem sincero..
Primeiramente, essa lei é realmente um absurdo.. por todas as consequencias que ela vai gerar, desde bolsa-estupro até o fim da fertilização in-vitro.. Isso é o rosto do retrocesso.
Entretanto, eu consigo entender o lado dessas pessoas que se dizem contra o aborto, foi assim que elas foram criadas e é essa a opinião delas, essa mulher que contou a história não tem o direito de critica-las por pensar desse jeito, afinal, quem disse que estão erradas em defender uma vida?
Eu, por exemplo, sou contra o aborto em determinadas situações, como um sexo com seu namorado sem proteção.. Não pode matar uma criança por imprudência do casal.
Mas em caso de estupro, ou risco tanto pra mae como para criança sou totalmente a favor

Unknown disse...

EU NÃO ACHO ESSA LEI ABSURDA, ACHO ABUSIVA. CONCORDO COM A PROIBIÇÃO DO ABORTO, POIS A MULHER AO TER RELAÇÃO SEXUAL, SEJA PROTEGIDA OU NÃO, ASSUME O RISCO DE ENGRAVIDAR E UM BEBE NAO É OBJETO PRA SER DESCARTADO. E SE TAL FOR FEITO PROPOSITALMENTE MERECE, SIM, PUNIÇÃO. AGORA, CRIMINALIZAR MULHERES Q ABORTARAM ESPONTANEAMENTE É RIDICULO!!! CADA CASO É UM CASO E NÃO PODE HAVER UMA LEI Q GENERALIZE TODOS ELES. MAS CONTINUO AFIRMANDO Q SOU E SEMPRE SEREI CONTRA O ABORTO.

Mona Nadeshiko disse...

Confesso que não li todos os comentários, portanto posso estar repetindo algo que já foi dito, mas me assusta ver pessoas falando em fazer aborto como algo natural e corriqueiro.

Um aborto NUNCA é uma escolha, mas um necessidade. Só quem já passou pelo processo extremamente agressivo de um aborto e curetagem pode se posicionar. Por mais mulher que vc seja, jamais conseguirá opinar apenas com base em especulações. Vc não sabe o que é ter de fazer um aborto.

Vc não tem ideia do que é se submeter a uma cirurgia delicado com risco de morte, tomar anestesia (que sempre se configura um risco), ser muitas vezes mal tratada pela equipe do hospital(por puro preconceito) e tudo isso com o o lado emocional e psicológico abaixo do chão.

Não defendo o direito do aborto apenas para quem foi violentada, corre risco ou tem feto anencéfalo, mas pra toda aquela que não se sente confortável em fazer do seu corpo hospedeiro de outro corpo. Os motivos pelos quais essa gravidez veio a acontecer podem ser vários, mas uma mulher só decide por um aborto depois de muito refletir.

Eu jamais faria um aborto e morro de desespero de sofrer outro espontâneo, não por que o condeno, mas pq não tenho coragem de me submeter a todo aquele tormento hospitalar mais uma vez.

Fazer um aborto é antes de tudo um ato de coragem, que não deve jamais precisar passar por nenhum crivo além daquele a quem pertence o corpo.

Unknown disse...

Eu, como a maioria, também fiquei chocada com a aprovação do Estatuto do Nascituro hoje. Vi o texto original da Lei e é tão absurdo que nos deixa sem palavras. Mas eu não havia visto ainda que o texto original já tinha passado por alterações.

Este é o original, em toda sua "glória": http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=D50E93A1E05CD2ED4AE659485A5A0458.node1?codteor=443584&filename=PL+478%2F2007

E este é o texto aprovado hoje: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=770928&filename=SBT+3+CSSF+%3D%3E+PL+478%2F2007

Resumindo: a mulher continua tendo o direito de interromper a gestação em caso de estupro e risco de vida. No entanto, da forma que o "estatuto" está formulado, casos de bebês anencéfalos e uso de embriões em pesquisas de células-tronco e fertilização in vitro ficam meio nebulosos. Pelo menos foi o que eu entendi.

Jemima disse...

1. se eu fosse estuprada, e não pudesse abortar matava: primeiro, tentava abortar, porque é mais fácil;segundo, matava o estuprador, se não conseguisse abortar, porque criança nenhuma merece um doador de material biológico tão desqualificado; e terceiro, me matava, pois conviver com um abuso não é fácil.

2. pílula é falha, camisinha é falha, e eu conheço homens que furam a camisinha de propósito;

3. se aprovarem esse, o próximo que aprovam é a não-distribuição gratuita de anticoncepcionais e camisinhas em postos de saúde.

Se o problema é o meu pecado, não o seu, é meu e eu resolvo.

Que brasil triste, que falta de amor ao povo brasileiro, quando eu amo tanto essa terra.

A R E M disse...

Temos que ler as insanidades contidas nesse projeto de lei e ainda ver que tem gente que compara, aqui nos comentários, o ato sexual à dirigir um carro. Realmente ridículo. Muito fácil e simples julgar as pessoas, dizer que elas que se fodam se o(s) método(s) contraceptivo(s) falhou/lharam, difícil mesmo é compreender que somos seres sexuais e e esse é um ato necessário à vida e que a humanidade vai continuar fazendo (e muito, em muitos casos!) com ou sem proteção, com ou sem aborto, o que é BEM DIFERENTE DE DIRIGIR! Antes de postar asneiras, as pessoas precisam pensar nas analogias e relações superficiais que fazem, tipo essa, de matar alguém no trânsito e engravidar por acidente. Essas pessoas conservadoras ao extremo só me fazem ser a cada dia mais a favor do aborto e do feminismo!

A R E M disse...

Ah, isso merece um destaque também (ainda estou para ler o resto do comentário):

"Sou radicalmente contra o aborto. Acho um absurdo alguém pensar em matar um serzinho dentro do ventre materno, e não um serzinho qualquer, um ser humano que é filho da assassina que o rejeita. E não vejo lógica em permitir o aborto em caso de estupro, afinal, a maior vítima do crime é que pagará com a vida?"

A MAIOR VÍTIMA DO CRIME É QUEM PAGARÁ COM A VIDA????????

Sério?

A maior vítima do crime é A MULHER, Sr. Anônimo, ou Sra. Anônima! Saiba disso!!!!!!!

(Sério mesmo que as pessoas não percebem que a mulher é a maior prejudicada de um estupro?)

Tem ainda os vocábulos irritantemente romantizados, como "serzinho dentro da barriga". Parem de romantizar a maternidade! Ser mãe não é só passar por coisas lindas, ser mãe não é NADA fácil. Além disso, complicado engolir gente que prefere defender uma vida muitas vezes nem completamente formada em detrimento de uma vida já inserida completamente na sociedade, uma vida de uma mulher que ainda é constantemente vítima de preconceitos, moralismos e conservadorismos. Ninguém mais importante do que aquele que já está nesse mundo que é certamente quem vai sofrer MESMO. Não acho lindo o aborto, não o romantizo, porque o aborto, assim como a maternidade, é uma realidade complicada, uma possibilidade que acarreta consequências sérias e definitivas. Então, acreditem, defensores da moral e dos bons costumes, cagadores de regras: ninguém vai fazer aborto por diversão. Outra: como um casal (marido e mulher, de papel passado) vai evitar 100% a concepção e ter uma vida sexual saudável se nem ao menos a esterilizaçã é possível de ser feita por pessoas sem filhos? Ou vocês ainda são do tipinho que defendem o coito para reprodução, exclusivamente? Pensem, pensem no lado do outro, lembrem que vocês já não mais o centro da discussão, vocês heteros, casados, com 32893812 filhos. Vocês ja conquistaram seu lugar na sociedade, ninguém recrimina vocês porque em teoria vocês são "normais". Agora, é a vez de héteros que não querem ter fihlos, homossexuais, transexuais, etc, ou seja, é o tempo das minorias, dos novos grupos, de pessoas que ESCOLHEM outro estilo de vida. Vocês, padronizados, não deviam meter o bedelho onde não tem condições de opinar com suas mentes fechadas e rancorosas. Vocês escolheram seguir o padrão social? Ótimo! Todo o direito! Mas não são só vocês que tem direitos!

Renato Corrêa disse...

Gostam de usar a Bíblia como argumento contra o aborto, certo?

Saibam que a Bíblia diz que a vida dos filhos é propriedade dos pais e que, para matar um filho, bastava os pais fazerem um requerimento junto a um levita.

Ou seja, a Bíblia não condena uma mãe que mata o seu próprio filho, pois o filho é propriedade da mãe.

amendoilson disse...

A vida começa desde que a célula tenha condições de começar a se dividir, pois é isso que determina se um organismo é vivo ou não. E se essas células tiverem condições de se dividir e criar um ser humano isso quer dizer que uma intervenção nesse processo é um assassinato, pois aquelas células por mais que não sejam um ser humano visível ainda, sua informação genética, por meio da divisão celular, ira formar um ser humano vivente.
Já sobre a autora do artigo eu acho que deveria ir lavar uma louça
por sua falta de fonte e por seu pensamento totalmente feminista/nazista/comunista e nada cientifico. Quem deve determinar esses assuntos é a verdadeira ciência(sem posições politicas), essa que já determinou que a vida começa na célula, quando começa a se dividir. Por favor, só me responda quem vier com dados científicos reais, e não manipulados por uma revista ou jornal.

Elisa disse...

Acho um absurdo a câmara, sinceramente cogitar pegar meu imposto pra uma merda dessas. Essas pessoas não se tocam que o público é diferente do privado.

O aborto é uma questão de saúde pública, de política de respeito a mulher e deve ser descriminalizado e ser parte do serviço de saúde. Agora, eu individualmente tenho o direito de escolher entre abortar ou não e minha escolha é não. A minha escolha individual não pode ser imposta a todos. O estado deve estar preocupado com a maioria e não com a "ética cristã", que nem isso sou. E concordo com a autora.

Nimloth Undomiel disse...

Acreditar que uma criança (potencial) não deve ser morta "apenas" por culpa da violência que a gerou e pensar que "acharia forças para superar" em razão dessa crença é uma argumentação válida. É um posicionamento pessoal. Discordo da menina que se disse triste por isso. Ela pode discordar mas não pode deixar de reconhecer que é um direito destas pessoas pensar isso.

O que não tá dando é que essas pessoas querem empurrar a forma de pensar delas por lei, é isso que tem q ser atacado e não a crença delas, como vejo atacarem.

Sinto que o lado do feminismo perde várias lutas (ao menos aqui no BR) por focar mais os defeitos do (vamos chamar de) oponente e menos naquilo que realmente seriam as fraquezas estratégicas deles.

Para que essa lei pudesse ser aprovada, teria-se que forçar estas pessoas, antes de mais nada, a debater os motivos pelos quais elas afirmam que o "nascituro" já deveria ter direitos civis. Só aí já teríamos um ponto coplicado porque, qual é a razão? "Minha fé diz que é um ser humano"? Tá na bíblia? Ok crianças, constituição e bíblia são livrinhos diferentes e olha, tá cheio de gente aqui nesse terrenão chamado brasil que pratica umbanda, etc etc, então acho que não podemos guiar todo mundo com o livrinho de vocês.

Eu concordo com os argumentos sobre o aborto espontâneo, e os direitos da mulher em último plano, mas gente... Argumentar com isso ali, evidente que não vai funcionar! E uma briga de dois lados que nunca vão concordar.

Sugiro que ao invés dessa briga de foice com argumentos, se alguém puder fazer isso, busquemos motivos nas leis mesmo, na constituição, pra mostrar que essa merda é inconstitucional, que fere os direitos humanos, os direitos civis, etc, e não pode passar. É o único jeito. Se depois de mostrar a inconstitucionalidade nego ainda aprovar... Pega a consituição e rasga, e vambora, pq vivemos num país religioso e foda-se, não é nossa terra.

É o que eu sinto.

Abraços.

Unknown disse...

Muito simples dizer que "os métodos contraceptivos estão aí".

E no caso do homem que bate na mulher se descobrir que ela está tomando pílula e se recusa a usar camisinha?

E no caso da menina de 15 anos que está descobrindo o sexo agora?

E no caso do 0,1% de falha camisinha + anticoncepcional (que não é pouco e representa 1 em cada 1000 relações)?

Fácil julgar, difícil é estar na pele.

Existem muitos casos e motivos mil para o aborto.

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