Esta é a terceira e última parte da entrevista que a psicanalista, escritora e feminista Regina Navarro Lins deu ao blog. (Re)leia a primeira e a segunda parte antes.
Você acha que a sociedade está mudando rapidamente? Essas mudanças não seriam menos traumáticas numa sociedade mais secular? Como a religião emperra as mudanças? É possível ser livre e ser religiosa?
Duas boas perguntas são: “O que há de errado no prazer sexual?”; “Por que ainda existe tanta repressão?” O psicoterapeuta José Ângelo Gaiarsa, que foi um grande libertário, acredita que uma explicação possível reside no fato de que, quanto mais o indivíduo vai ampliando, aprofundando e diversificando sua vida sexual -- e isso significa transgredir --, mais coragem ganha para fazer outras coisas, questionar outros valores. Começa a viver com maior vontade e decisão. Pode começar a se tornar perigoso. "Não deve ser à toa nem por acaso que as forças repressoras de todas as épocas se voltaram tão sistemática e precisamente contra a sexualidade humana”, diz ele.
As grandes transformações na moral sexual fizeram com que homens e mulheres não acreditassem mais, conscientemente, que o ato sexual seja pecado. Mas os antigos tabus ainda persistem no inconsciente. O sexo continua sendo um problema complicado e difícil, com muitas dúvidas. A maioria das pessoas dedica um tempo enorme de suas vidas às suas fantasias, desejos, temores, vergonha e culpas sexuais.
Muitos acreditam ser o sexo uma coisa impura e nada humana. A vergonha e a culpa sexuais podem se manifestar diante de um pensamento, de um desejo ou da simples intenção de agir de determinada maneira. Afinal, não foram poucos os séculos de repressão. As religiões tentam conter qualquer forma de viver que escape aos modelos, que não possam ser controlados. Desconheço pessoas religiosas que pensem livremente, afinal, as religiões são baseadas em dogmas.
Vi que você faz uma diferenciação entre mulher autônoma e mulher independente. Você pode explicar isso melhor?
Estamos no meio de um processo de profunda transformação das mentalidades, mas não podemos esquecer que as mulheres foram oprimidas durante cinco mil anos e só há menos de 50 elas passaram a reivindicar igualdade de direitos em relação ao homem. Muitas mulheres alcançaram independência financeira, mas ainda não são mulheres autônomas. Uma mulher autônoma é aquela que já se libertou dos padrões de comportamento impostos para a mulher na sociedade patriarcal, como: a mulher deve sempre tentar agradar o homem, não pode demostrar que gosta de sexo, jamais deve tomar a iniciativa, precisa de um homem ao lado para protegê-la, se não tiver um parceiro fixo e estável é desvalorizada, etc...
Em todo o meu trabalho tento contribuir para a mudança das mentalidades. Acredito que só assim as pessoas poderão viver de forma mais satisfatória. Não me causa constrangimento falar na TV. Pelo contrário, sinto que muito mais gente vai refletir sobre sua visão do mundo. Um bom exemplo foi o quadro sobre os contos de fadas no programa Amor e Sexo, em que eu disse ser um absurdo as mães ainda contarem a história de Cinderela, e de todas as outras princesas que vivem em coma esperando serem salvas pelo príncipe. Mostrei que essas histórias não incentivam as meninas a desenvolverem seus talentos e capacidades, e sim a acreditar que só podem melhorar de vida se forem salvas por um homem. Recebi diversos emails de mães agradecendo, dizendo que nunca tinham pensado nisso.
Com tantas ideias que vão contra o senso comum, você tem muitos trolls? Como você lida com eles?
Qualquer pessoa que tenha ideias diferentes do senso-comum é atacada. Sou psicanalista há 40 anos, mas há 20 tenho programa de rádio, coluna em jornal, dou muitas entrevistas para jornais e revistas, portanto, já estou acostumada. Mas o que mais me chama a atenção é o fato de as pessoas que discordam não serem capazes de discutir ideias. Elas partem para a agressão pessoal. As que não sabem que sou casada, e muito satisfeita no meu casamento, dizem que sou mal amada, solteirona recalcada, abandonada, e por aí vai... jorram preconceitos. O que sabem que sou casada dizem que meu marido é corno manso e tal (rs). Até hoje, nunca vi alguém discordar com algum argumento.
Você gostaria de deixar algumas últimas palavras pra galera jovem que acompanha o meu blog?
Até recentemente só foi aceito quem se enquadrasse em modelos. Isso é nocivo porque aniquila as singularidades. É provável que no futuro existam formas variadas de se viver as relações amorosas e sexuais. No momento, os valores tradicionais não dão mais respostas satisfatórias e assim abre-se um espaço para cada um escolher sua forma de viver. Quem quiser ficar 40 anos com uma única pessoa, fazendo sexo só com ela, tudo bem. Mas o fato de se desejar vários parceiros também será visto como natural. Para nos livrarmos do modelo tradicional de amor precisamos coragem para abrir mão das nossas antigas expectativas, torcendo para que mais pessoas façam o mesmo. Descobrindo outras formas de amar, podemos experimentar sensações até agora desconhecidas, mas não menos excitantes.
37 comentários:
Fantastic! *___*
Essa Regina tem a capacidade de por em palavras qse tudo do q eu penso Lola, tb sempre admirei Angelo Gaiarsa, embora a época q eu mais ouvisse o q ele tinha a dizer, eu vou confessar q estava envolvida com a religião, e muitas vezes o q ele falava me chocava, pois é inegavel o poder q a religião exerce sobre o pensamento dos seus fieis, e o meu era profundamente embotado com ideias religiosas.
O q a Regina falou sobre a midia tb bate exatamente com o q eu penso, o pouco que é permitido que ela fale nesses programas, já é muito benéfico q quem a escuta.
Sei q muitas feministas odeiam a midia, alias muitas criticam o FEMEN por ele se escancarar para a midia, na marcha das vadias de 2012, vi as organizadoras do movimento expulsando profissionais da imprensa, q procuravam depoimentos das participantes, e achei isso profundamente ERRADO, mas respeitei pq respeito a liderança delas, mas penso que deveríamos aproveitar todas as oportunidades para falar de nossos ideais e causas, e o FEMEN embora chame atenção para o corpo das ativistas, passam suas menssagens as midias que as procuram, é uma pena q elas sejam muito jovens e tão pouco preparadas, se tivessem mais apoio do restante das feministas , quem sabe poderiam passar menssagens mais substânciais.
Tb concordo com cada letra q a Regina pensa sobre quem se livra da culpa que a sexualidade carrega, vivemos com um medo enorme de desagradar nossas familias, a religião em q fomos criadas, enfim a sociedade, quando descobrimos q ha vida depois q damos uma banana pra tudo isso e procuramos por nossa felicidade e realização, nos tornamos subversivos a todo um sistema.
Cada dia mais vou nutrindo admiração por essa mulher Lola e por vc tb por dar voz a ela.
Esse negócio dos contos de fadas fazem tanto sentido! Minha filha ganhou uma Barbie de aniversário e eu surtei!
Gostaria de conhecer autorxs infantis que dão outra perspectiva às meninas... Minha filha gosta muito de ler e, apesar de pequenina, já tem alguma visão crítica das coisas, então acho que se eu ler coisa boa com ela, ela mesma vai chegar a conclusão de que Barbie e Princesas não são tudo.
HALP, galera!
Quando a Regina fala sobre religião, ela está se referindo à instituição religião. Conheço pessoas que não seguem uma religião instituicionalizada, e são extremamente religiosas, acreditam em algo, mesmo que seja a vida material que elas levam.
mais um post para defender promiscuidade
Simplesmente maravilhoso!!!
eu nem me importo com esse conceito cristão de promiscuidade. ja transei com mais de 25 mulheres ao longo da minha vida. mas hoje em dia eu sou taxado de puritano por passar sextas e sabados a noite em casa. eu me tornei um semi-asceta, não por causa de religião, e sim filosofia e reflexão sobre a vida. levo uma vida solitária por opção
não condeno as mulheres que querem dar pra muitos homens, mas quem vai numa balada, tem o que procura, afinal, é um lugar onde tem drogados, marginais, playboys violentos, assassinos ou seja, a mulher que quer frequentar o mesmo tipo de lugar que essa escória frequenta, está querendo se dar mal.
Larissa Faro,
não sei quantos anos a sua filhinha tem, mas quando ela tiver uns 8,9, acho que você devia presenteá-la com Harry Potter.
Ok, o harry é um garoto, mas sua melhor amiga, Hermione, é a personagem racional e que muitas vezes salva o Harry.
Ao longo da série você conhecerá várias outras personagens femininas que não tem necessariamente os típicos atributos femininos (são fortes, inteligentes, racionais).
Tenho certeza que ela vai adorar e tirar vários bons exemplos daí.
Quando eu tiver filhos, certamente eles lerão Harry Potter e provavelmente passarão longe de contos de fada enquanto não puderem entender que é só um conto, podendo ler sem tirar lições disso.
estou com vc mariana,harry potter é incrível!
Mariana,
Sempre que a minha filha brinca de princesa eu dou um jeito de dizer pra ela que ela é uma princesa guerreira que também tem espada e ajuda a matar o dragão.
Gostei da entrevista como um todo.
Vou comentar quem está entusiasmado com o Harry Potter: gente, calma lá. Do mesmo modo que hoje os contos de fada soam problemáticos, também o Harry Potter começará a ser criticado e algumas coisas ali soarão absurdas, conservadoras etc. Trocar preconceitos do passado por preconceitos do presente é algo quase inevitável. Mas acho que podemos evitar essa entrada pouco crítica em ficções, sejam elas Harry Potter ou contos de fadas. Afinal, o problema não é ler isso ou aquilo, mas constituir um espírito autônomo, investigativo, curioso, em relação a todo tipo de narrativa.
Concordo, Harry Potter. Quem não ama a Minerva, e ainda mais depois de conhecer a história dela no Pottermore?
Ah Larissa, literatura, no geraaal, eu não conheço mto. Eu lia mto Lá vem História, que tem vários mitos e contos de fada no geral, em especial fábulas, que envolvem animais e tdo mais.
O q eu li MTO durante a minha infância foi mangá. Eu li mto Sakura Card Captors, Guerreiras Mágicas de Rayearth, Angelic Layer, Chrono Crusade, InuYasha, Evangelion, Nausicaa, Tokyo Babylon... Enfim.
Por outro lado, apesar de ser feminista, eu adoro contos de fada, mesmo que envolvam princesas e príncipes e afins. A diferença é que atualmente, eu observo essas histórias com um olhar muito mais crítico. Talvez, ao invés de 'censurar' o conteúdo para a sua filha, talvez vc possa ajudá-la a desenvolver esse senso crítico. Assistir junto e comentar algumas passagens, como meu pai fez comigo quando eu era mais nova. Ele sempre comentava 'Nossa, mas as princesas poderiam fazer alguma coisa né?'. Antes eu ficava brava, mas hoje eu noto que foi a forma que meu pai encontrou de me dizer que aquele comportamento, de estar sempre indefesa e em espera, é danoso de alguma forma. Tanto que os meus contos de fada favoritos envolvem princesas que pelo menos tentam se livrar da situação ou conseguem fazê-lo.
Em todo caso, eu assisti mta animação japonesa -também- quando eu era mais nova. Totoro, Nausicaa Do Vale do Vento, Princesa Mononoke, Laputa, Serviço de entregas de Kiki, O Reino dos Gatos, enfim, no geral, todos os filmes do Studio Ghibli. E uma coisa que eu noto é que as personagens femininas no filme são extremamente ativas e apesar de me lembrar de alguns coadjuvantes masculinos, não consigo me lembrar de uma que tenha terminado ou ficado com um deles no final. Acho que só Ponyo..
Enfim, minha sugestão de primeira viagem é O Reino dos Gatos. Princesa Mononoke é MUITO bom, mas possui um pouco demais de sangue, então né rs...
Eu continuo achando a Regina Navarro, ao menos em entrevistas, um tanto radical e superficial.
Pra mim, contos de fada têm quase tanto efeito na vida de uma pessoa como acreditar em Papai Noel. As revistas femininas, essas sim, por mais que se digam voltadas aos interesses femininos, têm um papel muito mais pernicioso e eficiente na divulgação e perpetuação de um modelo de mulher que jamais estará completa sem um homem, ou melhor, um príncipe.
O único mal que contos de fadas podem causar, na minha opinião, é promover a crença na vitória automática do bem contra o mal, mas isso eles não fazem sozinhos: há toda uma indústria cultural voltada para isso.
E ela dizer que nunca viu rebaterem-na com argumentos, só com ofensas... Vou aceitar como hipérbole...
Antônimo, a que tipos de conservadorismo você se refere?
concordo que eles são um pouco formais, mas vejam bem, eles são ingleses rs.
Há coisas absurdas: eles são bruxos.
No mais, adorei quando a autora disse que o Dumbledore era gay; ou quando a irmã do melhor amigo do Rony não dá a mínima para o que os irmãos acham da movimentada vida amorosa dela.
ahhh! Harry Potter é legal também porque no esporte deles, quadribol, não existe time de menino e time de menina. Eles jogam juntos. Não há cavalheirismo dentro do jogo, é uma equipe onde todos são importantes. Acho sensacional.
Entrevista muito boa.
Quanto aos livros gosto de Jogos Vorazes, a protagonista é forte e decidida.
Esse projeto também é interessante, estou acompanhando para comprar o livro quando sair:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=518570428203232&set=a.490147531045522.1073741825.409409589119317&type=1
Regina e Lola no mesmo lugar é muuuito amor!!!Suas lindas!
Jogos vorazes também é sensacional.
*irmã do amigo do Harry (gina).
gente eu sei que não tem nada a ver, mas vcs viram isso aqui? pra justificar que a marca não fabricará mais peças em tamanho GG o babaca vem com uma dessas?
http://publicitariopobre.com/2013/05/09/oi-meu-nome-e-abercrombie-e-eu-sou-a-marca-mais-babaca-do-mundo/
Eu discordo da Regina Navarro com argumentos. Desafio ela a me mostrar por A mais B que na média as pessoas solteiras fazem mais sexo que as pessoas casadas em idade sexual ativa. Isso foi o que ela disse no post anterior. Quero saber onde estão os dados que embasam o que ela está dizendo. Caso ela não prove isso ela está mentindo e ela como alguém que tenta trabalhar com o método científico (Ou deveria)sabe que mentira em ciência é a derrocada de qualquer linha de pensamento. Achismo não é ciência.
Isso sobre os contos de fada, acho que não é a primeira pessoa que fala sobre isso. Já li a respeito dos contos de fadas nas suas versões originais vs. versões da Disney, que são as mais populares. A maioria dos contos de fada eu conheci através do programa que passava na TV Cultura, que eram um pouquinho mais fiéis aos originais, mas nem tanto. Eu fiquei decepcionadíssima quando assisti a Pequena Sereia da Disney e ela não morria no final, como a história que eu conhecia.
Não que eu torcia pela morte da moça, mas porque mesmo quando eu era criança, eu entendia que existia uma razão pra sereia não se casar com o cara.
As versões da Disney são as piores, todas mostram princesas submissas, românticas, salvas por nobres prícipes. Por mais que eu curta a qualidade dos desenhos, das animações, falha muito nesse aspecto.
É por isso que eu gosto de Once Upon a Time, onde as princesas não se apaixonam de uma hora pra outra, pegam em armas e até salvam os príncipes pra variar.
Olha os comentarios dessa reportagem, Lola, dá nojo:
http://cgn.uol.com.br/noticia/52258/ao-fazer-test-drive-jovem-saca-arma-e-leva-carro-de-concessionaria
A estudante de direito roubava carros usando sua 'beleza' como especifica a reportagem.
E eles estão comentando que ela deveria fazer programa que conseguiria facil o carro. Pq mulher só serve pra isso, né?
Engraçado que ninguém diz pra os bandidos oferecerem o buraco deles pra conseguirem grana. tsc
Eu jamais daria Jogos Vorazes pra uma criança ler, principalmente pq a segunda metade é emocionalmente bem pesadinha. Um adolescente lidaria melhor... Mas super recomendaria pra alguém com seus 13 anos pra frente.
Harry Potter eu acho uma opção bacana, pq além de ser BEM mais leve, há uma quebra constante de arquétipos.
Mas sinceramente, dependendo da idade dela é muito complicado ter opções bacanas... Se ela for muito novinha, tem muitos livros infantis com estrutura de fábula onde os personagens não tem gênero definido.
Se você topar quadrinhos...
Eu acho Turma da Mônica, principalmente as edições contemporâneas, uma grande pedida pra incentivar a ler, já que o tio Maurício tende a se atualizar.
Mafalda tbm é legal e estimula reflexões bem interessantes.
Eu tomaria cuidado com mangás... Card Captor Sakura tem umas coisas complicadíssimas na minha opinião, tipo uma guria de 10 anos e um professor de (mais de) 30 noivando. A série lida muito com fantasias infantis e muitas meninas de fato se "apaixonam" pelos professores, mas eu não acho legal uma criança ler que é bonito ser correspondida romanticamente por um adulto. Na verdade, por mim, a gente fazia uma fogueira com tudo o que o CLAMP produziu :V, mas fora Sakura é só por eu não gostar mesmo. Se houver interesse em mangá, eu acho Fruits Basket (que tem vários tipos de personagens femininas) e Sailor Moon (cuja quantidade de poder é ligada a quanto poder ela acredita ter, acho uma mensagem bem legal) bem bacanas, apesar do anime de Sailor Moon ser super fraco.
E claro, se for passar um anime pra uma guria, recomendo fácil qualquer coisa do estúdio Ghibli, eles tem filmes infantis ótimos como Ponyo e A Viagem de Chihiro... O resto pode ser maduro demais dependendo da idade). E Utena na adolescência.
"Quem quiser ficar 40 anos com uma única pessoa, fazendo sexo só com ela, tudo bem. Mas o fato de se desejar vários parceiros também será visto como natural. Para nos livrarmos do modelo tradicional de amor precisamos coragem para abrir mão das nossas antigas expectativas, torcendo para que mais pessoas façam o mesmo."
Agora sim. Nas primeira parte da entrevista parecia que as pessoas que escolhessem isso deveriam ser repudiadas. Ok, podemos torcer pra as pessoas pensem como a gente, mas querer definir como as pessoas vão se relacionar, não tem nada de inovador.
Luis talvez a Regina não tenha falado sobre uma estatistica concreta e sim simples constatação, é capcioso vc questionar esse fato pq bem poucos, talvez por vaidade gostam de admitir q fazem pouco sexo, ainda mais estando casados, principalmente os homens q adoram posar de machões, não sei se é o seu caso, mas entre mulheres q são amigas é muito comum essa queixa, de que depois de casadas o interesse sexual do marido diminue muito isso qdo não desaparece de vez.
Fico curiosa por saber com quem esses maridos andam fazendo tanto sexo, pq certamente não é com suas esposas.
Já que Harry Potter surgiu nos comentários, hoje mesmo assisti a um vídeo da J.K. Rowling falando sobre as mulheres dos livros:
http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=l5Pj-MPN_co&NR=1
Beijos.
Eu discordo que todos os desenhos da Disney são de princesas submissas. Com exceção de Cinderela, Bela Adormecida, Branca de Neve, vá la.
Mas no Mulan, no Aladin (que a Jasmin é bem estupida com o Aladin e bate nos bandidos que estragam o casamento dela) tem muitos outros que não são assim.
Lembro que eu adorava a Xena desde criança e ainda adoro ela até hoje pela bravura, coragem, pela força. Acho que sempre me inspirei nela pra nunca deixar um babaca vir se engraçar comigo.
lola olha que absurdo
"Varejista deixa de fabricar tamanhos G e GG para não atrelar "gordinhas" à marca"
http://br.financas.yahoo.com/noticias/varejista-deixa-fabricar-tamanhos-g-181800773.html
MonaLisa, concordo que nem todas as princesas são submissas, mas na verdade as exceções são as que não são... Mulan, Pocahontas, Jasmine, Tiana e Bela (a única princesa que sabe ler xD ) são as que eu consigo pensar. Agora submissas são indiscutivelmente as mais famosas, né não? Aurora, Branca de Neve, Cinderela, Ariel... Concordo que a Disney vem se atualizando, mas se você contar que a Mulan e a Pocahontas não são consideradas princesas apenas porque não ficaram com um homem no final... D:
Realmente, nem todas as princesas da Disney são submissas, mas as mais lembradas são sim: Cinderela, Bela Adormecida, Branca de Neve, Bela (da fera), Pequena Sereia. Quando você vê produtos com a marca Mulan, Pocahontas, e essas outras princesas dos anos 90? É muito bom que já faz uns 20 anos que a Disney começou a criar princesas com um perfil diferente, até porque a demanda é diferente, mas a Branca de Neve, que representava aquele modelo de mulher dos anos 40 ainda é muito mais lembrada e muito mais utilizada em brinquedos e produtos infantis do que a Mulan (racismo contribui muito pra isso, claro).
Sobre quem faz mais sexo:
Primeiro eu acho que muita gente mente sobre sua vida sexual. E a causa disso está no título da entrevista. Sem contar que a vida sexual de solteirx ou de casadx nao é uma constante - com ccerteza haverá períodos de muito sexo e outros período de... digamos... seca!!! hehehe
Já comentei na outra parte da entrevista e repito: acho que as pessoas devem ser livres de tabus e medos e escolherem o que é melhor pra si. E a igreja, o governo, pai, mae, vizinho cachorro nao tem nada a ver com isso.
Sobre as princesas:
Minha mais do que pessoal opiniao: O papel da princesa é o constante lembrete de qual é nossa "verdadeira" funcao na vida - ser enfeite e matriz reprodutora. Por que é isso que princesas sao - enfeites em vestidos de seda e matrizes produtoras de herdeiros!
Os contos de fada nao seriam de todo ruim se fosse explicado que aquilo é ficcao! Assim como sabemos que nao existe a Terra Média, Hogwarts ou Pandora nao existe principe encantado e que se as mulheres nao tirarem a bunda da cadeira e irem viver a vida por si só ninguém pode fazer isso por elas!!!
Valente. um dos filmes mais recentes da Disney mostra uma personagem feminina nada submissa. Recomendo!
Essa foi a parte da entrevista que eu mais gostei!
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Ana C, mto obrigada meeeesmo por falar sobre esse vídeo! aqueceu o meu coração em diversos pontos, inclusive ver a J.K. Rowling afirmando que se considera feminista ♥
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Outro livro infantojuvenil que eu amei foi a trilogia Fronteiras do Universo, do Philip Pulman - não se deixem enganar pelo filme "A Bússola de ouro", ele é mto bem escrito sim. Faz muito tempo que eu li, mas me lembro de como a Lyra da língua mágica é uma personagem forte. Ela é a principal no primeiro livro, e uma das nos outros (junto com o Will). Algo que tanto Harry Potter e His Dark Materials faz é não deixar a impressão de que meninas não podem ser heroínas, não são companheiras valorosas, não são pessoas capazes. Que elas só servem pra atrapalhar e atrasar e serem salvas - noup, not in those books. Enfim, que elas não tem que se diminuir pra que as qualidades dos personagens masculinos brilhem mais.
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A Mulan não é princesa pq não é filha de rei e rainha, imperador ou imperatriz, chefe de tribo (Pocahontas) nem se casou com algm que fosse (o Shang não é filho do imperador ou algo assim). Sei que estou sendo chata dizendo isso, mas o que eu gostaria de afirmar é o seguinte: meninas não deveriam achar que precisam ser princesas pra terem valor. Confesso que tenho ainda uma queda por definições de "princesa" como no livro (e no filme) "a Princezinha"... Mas talvez esteja na hora de abrir para mais papéis de heroínas, ao invés de ficar valorizando apenas variações do rótulo. A Mulan é uma heroína de guerra, e isso já deveria ser phoda o bastante.
[podemos combinar que o "tipo" princesa não é algo que persiga meninas só pela Disney? E, acho que mesmo dentro dela, uma personagem não deveria precisar se enquadrar especificamente nesse rótulo para ser valorizada... poderiam ser as mulheres da Disney, as heroínas da Disney, etc... assim talvez a Lilo entrasse tb... :/ Sei que estou delirando aqui, xDD ]
Esse negócio de "frequência sexual" pra mim é uma balela.
Tem gente que não faz, tem gente que faz de vez em quando, tem gente que faz todo dia.. vai de cada um.
Acho que a 'sociedade' pressiona muito para que as pessoas tenham uma vida sexual "dentro da média".
Às vezes, mesmo pessoas que não são tão fãs de sexo assim se cobram pra fazer mais sexo porque a revista tal disse que tem que fazer sexo tantas vezes por semana pra ser realizado sexualmente.
Do jeito que falam, parece que quem faz mais sexo é mais feliz, mas esquecem que pra algumas pessoas a quantidade não é tão importante e que pra outras pessoas, não tem importância NENHUMA.
Li esses dias uma análise muito boa sobre as princesas da Disney nesse blog: http://capitalismoemdesencanto.wordpress.com/2013/05/06/mas-quem-lavara-quem-cozinhara-as-princesas-disney-como-trabalhadoras-e-subalternas/
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