Um rapaz que não quer se identificar, o L., enviou o email abaixo. Imagino que muita gente vai se identificar. Toda a teoria de performance diz que atuamos o tempo todo. Temos papéis fixos para cada tipo de relacionamento. Não somos a mesma pessoa com nossos pais, namoradxs, filhxs, chefes, professorxs.
E talvez o papel que desempenhamos com mais afinco seja mesmo o de gênero. Como diz Judith Butler, o gênero é uma performance. Pra ser "másculo", o cara tem que ser uma caricatura de um machão que ninguém consegue ser. Lembra do Zeca Bordoada do TV Pirata? Pois é, não dá pra ser essa caricatura de homem sem ser homofóbico.
Lola, já faz certo tempo que venho acompanhando o seu blog, embora raramente comente em seus posts. Devo ter comentado apenas duas ou três vezes. Senti vontade de escrever sobre algo que passei nos últimos meses e de como isso me fez perceber que muitos ainda estão presos a imposições retrógradas. Escrevo de forma anônima, pois as coisas que digo aqui não seriam encaradas com naturalidade pela maioria das pessoas que vivem, estudam e trabalham comigo.
Tenho 22 anos e, assim como a maioria dos homens em nosso país, venho de uma família machista e aparentemente incapaz de enxergar além do mundinho em que vive. Quero mesmo é falar sobre essas imposições comportamentais às quais muitos homens precisam se submeter para serem aceitos em seus círculos sociais. Não apenas por parte da família, mas por todos: colegas de trabalho, amigos, familiares etc.
Não sei se é por causa dos novos tempos, sei lá, (talvez sempre tenha sido assim), mas existe toda uma pressão para que você fique provando a sua masculinidade. Acho até que eu, entre boa parte dos meus amigos, sinto com mais força essa pressão, pois ela não parece natural pra mim. Não corresponde à forma que realmente sou. Talvez para os outros seja apenas o jeito "normal" de ser.
Meus amigos são daqueles que veem um gay na rua e viram o rosto. Não são rudes, não provocam ninguém diretamente e não são pessoas ruins, mas são assim... Homofóbicos contidos/moderados? Se alguém lhes perguntar o que acham dos homossexuais, a resposta será aquela padrão: “Nada contra, mas...”. E tem essa coisa de todo momento precisar afirmar a própria macheza, seja no modo de falar, na maneira de se referir a mulheres, de brincar com os amigos. O que me incomodava era que eu tinha (e ainda tenho um pouco) esse comportamento.
Tem um conto chamado “Os Buracos da Máscara” [ou, em outra tradução, "A Máscara Vazia"], do escritor Jean Lorrain, que mostra bem a forma como me sinto. Nesse conto um homem se encontra numa sala em que outras pessoas estão com as faces escondidas por máscaras. Quando ele puxa as máscaras dos rostos delas ele percebe que não há nada por trás. Mas o pior é quando ele se vira para um espelho e percebe, no reflexo, que também está usando uma máscara. A meu ver esse conto diz muito sobre mim, pois é como se eu precisasse usar sempre uma máscara para poder ser reconhecido, mas sem haver nada por trás dela.
Crise de identidade? Acho que está mais para crise de aceitação de algo que faz parte de mim e que agora vejo com mais clareza. Enfim... Não quero me alongar muito. O que eu quero falar mesmo é como um amigo, tão machista como todos os outros, que tece comentários do tipo “olha aí, isso é falta de cinto na bunda quando era criança” se referindo a gays, simplesmente, num momento de descontração e na maior espontaneidade, segurou o meu rosto e, sem se dar conta da linha que estava cruzando, me beijou. E como um cara com um comportamento idêntico ao dele -- eu -- retribuiu.
Não estou dizendo que todo machista no fundo é gay, mas sim mostrando como é triste ter que enganar a si próprio e todos ao redor. Estou falando sobre como muitos usam o machismo como forma de se integrarem ao meio em que foram criados e participar das rodas de amigos que perpetuam essa maneira arcaica de ser.
Passado o momento de euforia veio o medo: “Nos beijamos... E agora?”.
Para ele, se isso viesse à tona, toda a forma como existimos até ali simplesmente ruiria. O que nossos amigos e pais diriam? Mas pra mim, naquele momento, tudo já tinha desmoronado. A máscara se quebrou e percebi (não de imediato, mas após ficar bastante perturbado pensando no assunto) que havia sim algo atrás da máscara. Não estou falando que me descobri gay do dia pra noite, mas sim que me dei conta de que não preciso ser esse robô que sempre fui. Que não preciso e não devo reproduzir preconceitos e que posso, ao menos parcialmente, ser eu mesmo. Por mais clichê que isso possa parecer.
Minha breve resposta: L., querer ser você mesmo não é clichê. Clichê é continuar nessa farsa de fingir ser quem você não é. Não é que você ou seu amigo sejam homossexuais. Mas vocês repararam que não precisam ser homofóbicos. Vocês não têm que provar nada pra ninguém.
Um estudo do ano passado apontou o que muita gente já desconfiava: que homofóbicos, na verdade, têm desejo por homossexuais. Primeiro verificou-se a intolerância de alguns homens diante da homossexualidade, e depois todos os objetos da pesquisa viram filmes pornôs gays. Adivinha qual grupo ficou mais excitado? Os homofóbicos.
Parece óbvio: se você não se sente atraído por alguém, você não passa o tempo todo falando naquela pessoa. Por exemplo, eu não gosto de banana. Portanto, não como banana. Não fico pensando em banana, nem fico falando pra todo mundo o quanto eu odeio banana, nem pregando que gostar de banana é anti-natural, e muito menos vou sair por aí esmagando bananas no supermercado.
Então, L., cada vez mais tem-se a certeza que a homofobia é uma máscara.
E talvez o papel que desempenhamos com mais afinco seja mesmo o de gênero. Como diz Judith Butler, o gênero é uma performance. Pra ser "másculo", o cara tem que ser uma caricatura de um machão que ninguém consegue ser. Lembra do Zeca Bordoada do TV Pirata? Pois é, não dá pra ser essa caricatura de homem sem ser homofóbico.
Lola, já faz certo tempo que venho acompanhando o seu blog, embora raramente comente em seus posts. Devo ter comentado apenas duas ou três vezes. Senti vontade de escrever sobre algo que passei nos últimos meses e de como isso me fez perceber que muitos ainda estão presos a imposições retrógradas. Escrevo de forma anônima, pois as coisas que digo aqui não seriam encaradas com naturalidade pela maioria das pessoas que vivem, estudam e trabalham comigo.
Tenho 22 anos e, assim como a maioria dos homens em nosso país, venho de uma família machista e aparentemente incapaz de enxergar além do mundinho em que vive. Quero mesmo é falar sobre essas imposições comportamentais às quais muitos homens precisam se submeter para serem aceitos em seus círculos sociais. Não apenas por parte da família, mas por todos: colegas de trabalho, amigos, familiares etc.
Não sei se é por causa dos novos tempos, sei lá, (talvez sempre tenha sido assim), mas existe toda uma pressão para que você fique provando a sua masculinidade. Acho até que eu, entre boa parte dos meus amigos, sinto com mais força essa pressão, pois ela não parece natural pra mim. Não corresponde à forma que realmente sou. Talvez para os outros seja apenas o jeito "normal" de ser.
Meus amigos são daqueles que veem um gay na rua e viram o rosto. Não são rudes, não provocam ninguém diretamente e não são pessoas ruins, mas são assim... Homofóbicos contidos/moderados? Se alguém lhes perguntar o que acham dos homossexuais, a resposta será aquela padrão: “Nada contra, mas...”. E tem essa coisa de todo momento precisar afirmar a própria macheza, seja no modo de falar, na maneira de se referir a mulheres, de brincar com os amigos. O que me incomodava era que eu tinha (e ainda tenho um pouco) esse comportamento.
Tem um conto chamado “Os Buracos da Máscara” [ou, em outra tradução, "A Máscara Vazia"], do escritor Jean Lorrain, que mostra bem a forma como me sinto. Nesse conto um homem se encontra numa sala em que outras pessoas estão com as faces escondidas por máscaras. Quando ele puxa as máscaras dos rostos delas ele percebe que não há nada por trás. Mas o pior é quando ele se vira para um espelho e percebe, no reflexo, que também está usando uma máscara. A meu ver esse conto diz muito sobre mim, pois é como se eu precisasse usar sempre uma máscara para poder ser reconhecido, mas sem haver nada por trás dela.
Crise de identidade? Acho que está mais para crise de aceitação de algo que faz parte de mim e que agora vejo com mais clareza. Enfim... Não quero me alongar muito. O que eu quero falar mesmo é como um amigo, tão machista como todos os outros, que tece comentários do tipo “olha aí, isso é falta de cinto na bunda quando era criança” se referindo a gays, simplesmente, num momento de descontração e na maior espontaneidade, segurou o meu rosto e, sem se dar conta da linha que estava cruzando, me beijou. E como um cara com um comportamento idêntico ao dele -- eu -- retribuiu.
Não estou dizendo que todo machista no fundo é gay, mas sim mostrando como é triste ter que enganar a si próprio e todos ao redor. Estou falando sobre como muitos usam o machismo como forma de se integrarem ao meio em que foram criados e participar das rodas de amigos que perpetuam essa maneira arcaica de ser.
Passado o momento de euforia veio o medo: “Nos beijamos... E agora?”.
Para ele, se isso viesse à tona, toda a forma como existimos até ali simplesmente ruiria. O que nossos amigos e pais diriam? Mas pra mim, naquele momento, tudo já tinha desmoronado. A máscara se quebrou e percebi (não de imediato, mas após ficar bastante perturbado pensando no assunto) que havia sim algo atrás da máscara. Não estou falando que me descobri gay do dia pra noite, mas sim que me dei conta de que não preciso ser esse robô que sempre fui. Que não preciso e não devo reproduzir preconceitos e que posso, ao menos parcialmente, ser eu mesmo. Por mais clichê que isso possa parecer.
Um estudo do ano passado apontou o que muita gente já desconfiava: que homofóbicos, na verdade, têm desejo por homossexuais. Primeiro verificou-se a intolerância de alguns homens diante da homossexualidade, e depois todos os objetos da pesquisa viram filmes pornôs gays. Adivinha qual grupo ficou mais excitado? Os homofóbicos.
Parece óbvio: se você não se sente atraído por alguém, você não passa o tempo todo falando naquela pessoa. Por exemplo, eu não gosto de banana. Portanto, não como banana. Não fico pensando em banana, nem fico falando pra todo mundo o quanto eu odeio banana, nem pregando que gostar de banana é anti-natural, e muito menos vou sair por aí esmagando bananas no supermercado.
Então, L., cada vez mais tem-se a certeza que a homofobia é uma máscara.
90 comentários:
Não entendi.. o L se descobriu gay depois que beijou o amigo?
L., que lindo texto, adorei! Muito rica a sua reflexão.
não, anônimo, ele escreveu isso. Não se descobriu gay (e se fosse?), apenas se permitiu um momento afetivo com um amigo e puderam abrir mão dessa máscara por um momento. Nada mais saudável.
heterossexualidade e uma imposição biológica, o mundo pensante e livre, e gay.
Acho que só vamos conseguir "ser nós mesmos", seja lá o que isso signifique, quando formos capazes de ir além de todos esses rótulos, não sermos nem gays, nem héteros, nem homofóbicos: apenas humanos.
Gustavo arantes.
O mundo é GAY!!” É o que muita gente diz por aí, incluindo todos os tipos, estilos e vertentes de seres humanos, sejam hetero, homo, bi ou nenhum destes. Mas, e daí? O mundo sempre foi gay, ninguém sabia disso?
Primeiro que a palavra “gay” acabou ganhando a conotação para designar homossexuais, mas o termo em inglês era tão somente para se referir a pessoa alegre, depois, desde que o mundo é mundo e a gente é gente, sempre existiu animais com as mais variadas tendências sexuais. Nossa espécie inclusa, óbvio.
Mesmo com o sinal claro da Mãe-Natureza, essa bitchie desnaturada que pouco se importa com seus filhos, as sociedades seculares juntas e misturadas condenaram práticas de homossexualismo durante séculos, principalmente orientadas (diga-se mal de passagem), pelos ditames da Igreja Católica Apostólica Roubando do Sétimo Dia. Só que as sociedades sempre estiveram na corda-bamba da hipocrisia, onde um senhor pai de família podia muito bem virar purpurina quando ninguém importante estivesse por perto para ver, ou vocês acham que é de hoje que aquele senhor bigodão de família passeia pelas ruas em busca de jovens mancebos dispostos a lhe dar a ré no quibe?
Nesse ponto faço uma observação pertinente: As sociedades mais antigas, desde antes do domínio da Igreja, eram menos bitoladas e escrotas com suas tendências pederastas e lesbianas. Vários homens, desde donos de escravos, cidadãos com privilégios e até imperadores, foram exemplos de que o amor é lindo e o desejo e a atração pelo mesmo sexo podia ser consumado sem grandes transtornos. Até aquele filme mostra que Alexandre O Grande (que ao menos no filme não era tão grande assim já que foi interpretado pelo Colin Farrel) também tinha seu namoradinho, apesar que um Complexo de Édipo cai bem com uma mãe do naipe da Angelina Jolie. Na Roma antiga, Nero casou-se com um homem e Adriano, outro imperador que não o do Flamengo, tinha o jovem Antínoo como amante, só para citar alguns. Mesmo séculos depois, com a imposição da Igreja que condenava e condena ainda as práticas homossexuais entre pessoas do mesmo sexo (mas hein?), as pessoas simplesmente sentiam que aquilo não tinha nada a ver e se você se sentisse atraído por outra pessoa do mesmo sexo que o seu, isso devia ser mais que Impulse, e Deus devia ser um bom filho-da-puta, para permitir que você fosse torturado com tal desejo. Isso sem contar os caso de homossexualismo no seio (ho ho) e em outras partes anatômicas da própria igreja, onde monges, padres, frades e coroinhas não se aguentavam embaixo de suas batinas com o fogo ardente do desejo por um bom consolo.
Com o avanço dos séculos, das guerras, dos movimentos e do pensamento, os homossexuais naturalmente começaram a clamar para que as sociedades passassem a admiti-los em pé de igualdade, o que é justo afinal de contas são pessoas como qualquer outra. O problema nos dias de hoje, que nem acho que seja um problema tão antigo assim, é a cisma das instituições cristãs, em especial as igrejas evangélicas-neopentecostais-do-advento-do sétimo-dia-do-quinto-dos-infernos-e-que-os-raios-que-te-carreguem, que não hesitam em condenar as tais “práticas abomináveis” perante o Senhor. O mesmo Senhor, o dos Exércitos, que mandava apedrejar crianças desobedientes e rasgar a barriga de mulheres grávidas. Que moral alguém que tem leis tão tacanhas pode ter para querer ditar como os outros devem se comportar.
Os gays são gays e nem Deus, se é que tal existe, pode ou quer fazer algo a respeito. Na verdade se Ele quisesse seria mais fácil não lhes dar a vida, mas quem sabe os desígnios divinos? Conheço espíritas que dizem que é carma, mas como provar? O fato mais aceitável é que gays são gays, não sendo exatamente uma questão de opção. A pessoa se reconhece nesta condição e daí decide o que fazer consigo. Muitos saem do armário, muitos outros não saem, e alguns tentam manter a aparência de que são algo diferente. Aí tem fatores particulares, familiares e coisas que não interessam à nossa alçada. O importante é não fazer mal a ninguém, daí qual o problema de alguém ser gay? Ou porque alguém tem que se meter na vida de outrem por uma simples preferência sexual. Sexualidade é coisa de foro íntimo de cada um, sendo um direito inalienável, ou como bem dizem isso é “problema sexual” seu, ou de cada um.
A heterossexualidade nunca foi algo convicto como dizem, homens sentem admiração muito mais por homens, do que por mulheres, logo, basta um empurrãozinho para se libertarem desta imposição social.
Acredito que em poucas gerações,com o a desconstrução desta imposição besta de homem, provedor, protetor, visto que as mulheres já não precisarão, e nem sentirão m,ais necessidade mais de ter contato com homens, devido a sua alto suficiência social, o mundo será definitivamente gay.
E nos homens livres entre nos, para exercer o verdadeiro amor romântico, que só pode existir entre iguais.
Só um homem entende outro homem :)
Gostaria de um opinião...Ah os gays... Nada contra, mas um colega meu que foi diretor de uma escola teve uma situação constrangedora com nada menos alunas lésbicas. A regra na escola, principalmente por tinham crianças das séries iniciais, era não ter contato intimo, mãos dadas até podia. Primeiro que escola é para estudo. Numa situação o diretor observou as duas em altos agarramentos no intervalo e chamou as duas e disse que não era permitido tal ato. Um ato que não permitido nem para casais heteros. Pronto foi o auê espalharam para todo mundo que o diretor era homofóbico, preconceituoso etc. Quer dizer que você chamar atenção pelas regras é ruim? Isso da impressão que os homossexuais e bissexuais podem tudo e em qualquer lugar? Isso não foi o primeiro caso. E no final o diretor sai como um vilão? Outras lésbicas fizeram a mesma coisa. Foi pedido numa situações se comportassem e tal. Os casais heteros foi ok mas o casal de moças protagonizaram cenas ao vivo que até eu fiquei constrangido e os país presentes também. E ainda o casal se achava que estava na "moral". Os homens gays merecem meu respeito porque respeitam os outros. São mais discretos. Compreendem a situação. Ai a pergunta: "Lésbicas são feministas?"
Paula evangelista.
eu sempre disse que estes machistas, masculinistas, na verdade são gays com serios problemas de alto-aceitação, ele porojetam nas mulheres suas frustrações, afinal não encontram nelas a admiração que esperam, mas sim em outros homens. quem admira a masculinidade, os corpos viris, homens ou mulheres ?
Obvio que são os homens, as mulheres pelo contrario sentem-se oprimidas por tudo o que se refere a masculinidade.
Vamos fazer um exercício de reflexão, Porque acham que homens adoram estes "clubes do bolinha" aonde somente há homens, e mulheres não são bem aceitas? simples, porque nestes ambientes os homens podem ser eles mesmos, podem se admirar, se tocar, se soltar das amarras socialmente construídas de aceitação , não ´precisam serem os provedores, protetores, apenas se divertirem entre si.
Eu ja presenciei um comportamento padrão entre amigos ditos héteros, quando estão entre si são soltos, livres, mas quando chega uma namorada/ amante de algum, logo ele muda o comportamento, e poe uma mascara, como a Lola bem disse no texto.
Será que esta namorada aceitaria bem o fato de seu companheiro sentir mais admiração por homens do que por ela ?
Somente quando derrubarmos esta heteronormatividade, e e o padrão ' homem provedor protetor' e que seremos livres de verdade.
Eu sou uma mulher trans,e trabalho com meu corpo, digo com certeza, que a maioria dos meu crientes vive uma mentira, quase todos são casados, e procuram em mim, uma liberdade que não encontram no casamento, muitos detestam suas mulheres, mas fazem de tudo para manter as aparencias, amam os filhos, mas não o casamento, são cidadãos considerados héteros acima de qualquer suspeita, mas na verdade são oprimidos por uma sociedade machista.
acredito sim que a maioria dos homens seja gay.
Se é a homossexualidade que NÃO é natural,pq é a heterossexualidade que precisa ser tão afirmada? e a todo momento,por todos os meios possíveis,principalmente por homens?
E muito duro você ver a pessoa que você ama, mantendo um relacionamento de fachada, para manter as aparências na sociedade, só nos sabemos como nossos corações sofrem, ver seu amado com alguém que nem o admira como você, nem o deseja de forma natural, pura sem interesses,sentimentos como somente um homem pode sentir por outro homem.
Ricardo :(
texto lindo, mais triste, ate quando ...
O amor entre dois homens, e sempre lindo e completo.
Anons...
12:11,
12:11,
12:45,
12:48,
Vejo que temos vários mascus andrófilos no armário. Tipo Esparta e Macedônia mesmo. Legal.
Paula Evangelista,
Ao menos na minha época os "Guerreiros da Real" eram sujeitos que gostavam de mulher mas só levavam fora por serem tímidos, eram abduzidos por misóginos(que faziam suas "expedições da real" em foruns nerds) e doutrinados no "Realismo". o_o
So existe amor verdadeiro, entre iguais.
Só eu que reparei ou os comentários hoje estão realmente mais machistas que o comum com essa história de só um homem pode amar um outro homem de maneira completa, ou entender perfeitamente, ou homens só são livres e verdadeiros quando estão longe das mulheres... Coisa esquisita.
Lola, essa da banana foi ótima...ri muito aqui...kkkkk... lembrei na hora do Malafaia. É tão contra os gays mas não tem outro assunto.
Falando em homofobia, acho que para muito além dos espancamentos, xingamentos, demissões injustas... está um outro tipo de violência silenciosa e talvez até pior. Acho que para os homofóbicos compreenderem do que se trata, só se um filme contasse uma história de uma "realidade paralela" onde heterossexuais são minoria numa sociedade gay.
Refiro-me ao fato de você se apaixonar por alguém, amar alguém, querer passar a vida ao lado desta pessoa... mas não poder compartilhar isso na maioria das vezes, não poder dar um beijo de despedida no aeroporto, não poder andar na rua de mãos dadas, não ter direitos civis garantidos por esta união, ouvir em todas as mídias que seu amor é uma doença, ver milhares de pessoas numa Marcha para Jesus dizendo que "deus" não aprova seu amor, ver representantes políticos lutando para seu amor ser "curado"... e o mais humilhante de tudo, ao levantar-se contra essa violência, ser chamado de intolerante por todos os caras-de-pau que cotidianamente são autores desta violência.
E os autores da violência, em sua maioria, não são burros. Eles sabem muito bem distorcer fatos e argumentos para defender seus preconceitos. Enfim, são simplesmente hipócritas e desonestos.
Esse texto, muito bonito e triste também, me fez pensar numa coisa: qual a necessidade de se decidir por se afirmar sendo hetero ou bi ou homo? por que precisam existir essas "categorias"? por que de verdade, elas só servem pra estimular o preconceito, se ninguém fosse nem bi, nem hetero nem homo, todo mundo poderia se relacionar com quem bem entendesse sem que isso fosse um significado para a sociedade em geral, quando na real só tem que significar afeto, amor. Não se estou conseguindo me expressar, mas o que eu quero dizer é que na verdade isso nem precisava existir, todo mundo podia ser, sentir, existir, exatamente do jeito que se é sem ter que apresentar uma palavra para ser entendido pelos outros.
Querida Lola, "banana menina tem vitamina banana engorda e faz crescer"
Brincadeirinha....
Bjs, vou comer uma banana( que coincidência!)
Amor não escolhe lado.
"Acho que para os homofóbicos compreenderem do que se trata, só se um filme contasse uma história de uma "realidade paralela" onde heterossexuais são minoria numa sociedade gay."
Estão fazendo um filme cujo tema é esse, eu acho que é capaz dos homofóbicos distorcerem e compreender como um "sinal de como será o futuro" e uma "crítica" a isso...
"Só eu que reparei ou os comentários hoje estão realmente mais machistas que o comum com essa história de só um homem pode amar um outro homem de maneira completa, ou entender perfeitamente, ou homens só são livres e verdadeiros quando estão longe das mulheres... Coisa esquisita."
Eu acho que é gente infiltrada pra forjar e justificar um discurso do tipo "a homossexualidade é uma afronta a heterossexualidade", como se a bandeira levantada por nós, homossexuais, fosse a seguinte: "abaixo o padrão heterossexual, vamos instituir o padrão homossexual", e aí vão falar em DITADURA GAY e o blá, blá, blá de sempre...
Eu sou gay e afirmo, apesar de ser desnecessário pra quem tem bom senso que NÃO, nós não queremos impor "a homossexualidade como padrão", queremos na verdade ACABAR com os padrões e permitir que cada um seja aquilo que está inclinado a ser, sem imposição, sem constrangimentos
DISTORCER o discurso dos grupos oprimidos é uma bobagem típica dos grupos opressores, fazendo parecer que a situação buscada é uma REVERSÃO DOS PADRÕES e não uma reforma dos mesmos
Tentando explicar de uma forma simbólica, é como se você tivesse uma arma apontada na sua cara e sugerisse como solução que o seu opressor abaixasse a arma e a destruisse, o que o opressor vai fazer?
Vai chorar, espernear e dizer que você quer "arrancar a arma da mão dele e atirar na cara dele"
Só uma mulher pode entender perfeitamente outra mulher. Só uma mulher pode amar uma mulher de maneira completa. As mulheres só são livres e verdadeiras quando estão longe dos homens.
Lindo relato, L.
Os eventos que nos forçam a ver claramente as máscaras que assumimos são difíceis de viver, mas bastante libertadores.
Que busquemos, todos os dias, nos libertar das visões de mundo que nos empurram goela abaixo!
Gustavo Arantes é o nome do autor daquela resposta enorme?
Se for, Gustavo Arantes, te amo.
\o/
Oi lola, Outro dia meu namorado me falou quase isso também... Ele tem 24 anos e eu fui a primeira namorada dele, e agora ele finalmente pode deixar de ligar se gostar daquilo ou falar algo vai soar gay, ou sei lá...
Eu vim pedir uma ajuda aos administradores e criadores do blog, achei ele muito interessante e gostaria de perguntar se vcs topariam uma parceria? Eu tenho uma pagina do face, que está começando agora, eu sou estudante e ainda estou reunindo alguns professores meus de história, arte, filosofia pra me ajudar com a pagina e vim perguntar se vcs não se interessariam em ajudar a administrar ou divulgar, acredito que seria bom para a divulgação do blog, todo mundo ganha entendem??
Bom o tema da pagina é o anticapitalismo, falaremos sobre a alienação, o machismo, o sistema, a precariedade da saúde, transporte e educação publica, a homofobia e etc... Vcs se interessam?? Obrigada pela atenção.
Um comentário mais machista que o outro por aqui, hein? É um fato triste, mas verdadeiro: a homossexualidade e a misoginia caminham de mãos dadas desde a Grécia Antiga. Com exceções cada vez mais recorrentes nos dias modernos, felizmente.
Lola, estou notando certo machismo nos comentários. Como assim só há amor entre iguais e homens só são livres e eles mesmos longe das mulheres? Mais uma vez, as mulheres como o problema do mundo...
Vocês já perceberam que em toda discussão sobre homofobia - e aqui não foi diferente - aparece alguém que "não tem nada contra", mas viveu uma situação onde dois gays/lésbicas estavam se agarrando em público, e a pessoa que os repreendeu foi "vítima" de protestos (esses gays são muito intolerantes!). Participo de várias páginas no Face, sempre vem alguém com essaa historinha.
Gente, ou eu estou vivendo em outro país, ou estou cego. Porque estou na rua todo dia, ando de metrô, a pé, de ônibus, de avião, sempre saio no final de semana... e NUNCA vi nenhum excesso em público que não fosse de homem+mulher. Até porque a gente mal pode andar de mãos dadas que corre o risco de levar uma fluorescente na cabeça. Agora eu fico espantado com tantos relatos de "excessos em público" por parte de gays e lésbicas. Me contem, por onde vocês têm andado???
Aos mascus andrófilos no armário que ficam com esse papo de "só iguais podem se amar".
http://www.youtube.com/watch?v=H-QeIBZOTgg
Esse clipe é LINDO =')
Clarissa, eh a tal misoginia entre gays.
Sempre achei homofobia coisa de gente que não tem coragem de assumir a própria homossexualidade. Por que não é normal sentir ódio de pessoas que tiveram coragem de assumir o que realmente gostam.
"Só uma mulher pode entender perfeitamente outra mulher. Só uma mulher pode amar uma mulher de maneira completa. As mulheres só são livres e verdadeiras quando estão longe dos homens".
Deixa eu adivinhar: post de um mascu tapado se passando por mulher, pra depois fazer um print e colocar nos fóruns da "real" e dizer: "olha só como as feministas pensam"... Parece que estamos lidando com adolescentes.
http://g1.globo.com/parana/noticia/2013/01/vou-tentar-recomecar-diz-mulher-que-foi-violentada-mando-do-ex.html
Cada um vive de acordo com o que prefere, mas eu percebo, é que relacionamentos entre pessoas do "mesmo sexo" tende a serem pautados muito mais na admirção e carinho mutuos , há muito mais companherismo neste tipo de relação.
Enquento que entre "hetéros", me parece háver muita troca de interesses, mas não estou generalizando.
Bjos
"Deixa eu adivinhar: post de um mascu tapado se passando por mulher, pra depois fazer um print e colocar nos fóruns da "real" e dizer: "olha só como as feministas pensam"... Parece que estamos lidando com adolescentes."
É exatamente o que eu relatei ali em cima, esses mascus estão postando anonimamente pra gerar intriga entre grupos, tanto é que tem muita gente aqui falando "é a misoniginia dos gays" aff
Po gente, aquele post da Lola sobre a "misoginia dos gays" eu compreendi muito bem, assim como eu, homossexual, poderia falar da "homofobia das mulheres", e se existe até "mulher machista" e "gay homofóbico" (e não são poucos), como poderiam ser estes assuntos proibidos?
Mas generalizar um grupo como se ele TODO fosse intolerante eu não admito
Bom, é uma coisa que eu digo sempre: se os masculinistas fossem inteligentes, com certeza seriam aliados da causa LGBT e dariam uma forcinha ao feminismo (por mais que esse ultimo tenham os homens como inimigos).
Boa parte dos problemas que os homens - mesmo os heterossexuais - enfrentam hoje em dia é por conta da homofobia. Todos os homens devem provar que são machos. E provar isso o tempo todo é difícil e toma cada aspecto da vida dele, sobre como deve se portar, o que deve ou não consumir, o time que torce (quando torce), etc. Um exemplo banal é o torcedor do São Paulo Futebol Clube ser chamado de bambi (aquele veado da disney).
Para esse modelo masculino, só há duas emoções permitidas: raiva e tédio. A ele é proibida a expressão de outros sentimentos, pois denota fraqueza. Insegurança? Nem em sonho! Psiquiatra? Só para loucos! E é bem por isso que é comprovado que o número de suicídios é 4 vezes maior entre homens se comparado com mulheres. E seria importante que muitos homens pudessem contar com algum tipo de auxílio nesse período de transição, tendo em vista que muitos estão inseguros, já que houve aumento nas obrigações (até mesmo o orgasmo feminino virou obrigação dos homens, pois é das mulheres que vem o selo de virilidade, tão importante para manter a imagem de macho).
Em muitos casos a homofobia anda de mãos dadas com a misoginia. Afinal, o homem tem a obrigação de trabalhar (sim, obrigação). Se ele for dono de casa, é um vagabundo que faz nada (mesmo que ele faça as tarefas domésticas). E isso é encarado como se o trabalho doméstico fosse menos digno (provavelmente porque é executado geralmente por mulheres). Além disso, a obrigação que o homem tem de ser viril cria também alguns problemas para as mulheres, como aqueles irresponsáveis que somem quando veem que a parceira engravidou e o constante assédio na rua (a cantada de pedreiro geralmente acontece porque um cara está tentando provar aos seus amigos que é viril, embora a vítima do assédio seja a mulher que recebeu a cantada), só para citar alguns exemplos.
Diante disso temos, por exemplo um cenário: um homem apanha da esposa em casa. Se reagir, 12.340 nele e cadeia sem dó nem piedade. Se denunciar, é um banana, um frouxo, não é homem. Além disso, pode responder processo por violência moral, pois - de acordo com um policial amigo meu - pela lei o homem está sempre errado. Ou seja? Cadeia nele, de novo. Se ficar calado, vai apanhar mais ou até mesmo morrer pelas mãos de sua esposa. O que fazer diante disso? E este não é o primeiro nem o último dilema. Mas é o mais fácil de lembrar porque pesquiso bastante sobre a questão da violência doméstica.
Diante dessa insegurança, em parte por causa dos avanços necessários para a vida das mulheres, muitos homens acabam recorrendo àquele modelo falido para saber como agir. E se agarram a isso como sendo as suas pedras de salvação, tendo em vista que pela ótica feminista, os homens são os culpados pela existência do machismo e do patriarcado. E essa visão antiquada de mundo é defendida pelas igrejas, como sendo a sua principal fonte de lucro, criando um conflito inevitável contra os movimentos LGBT e reafirmando o modelo machista/misógino de masculinidade.
Mas voltar atrás e regredir aos tempos do machismo exacerbado não me parece ser uma opção boa (aliás, é uma péssima ideia). Mas prosseguir do jeito que está também vai ferir os homens, tal como ou pior do que o descrito por Christina Hoff Sommers em The War Against Boys. O masculinismo brasileiro não tem um nome sério que seja. Sendo que os únicos candidatos a bons exemplos de masculinistas que conheço - o instituto papai - se identificam como feministas, mesmo não lutando por direitos para as mulheres. Acho às vezes que é por vergonha dos pirralhos mascus. Eles denegriram o movimento masculinista e tornou fútil qualquer tentativa masculina de se organizar para lutar por seus direitos.
E agora? O que fazer?
P.S.: Estava pensando em escrever um e-mail com a Lola falando mais ou menos isso, mas pensei um pouco e achei que ela não iria postar aqui um guest post que acabaria sendo uma crítica ao feminismo. E não achei uma forma de escrever esse post sem dar ao menos uma alfinetada ou mudar a minha opinião. Eu queria escrever esse comentário como seria o post, mas acabou saindo um desabafo grande.
Somente um homem pode admirar a masculinidade em todo a sua beleza, e não há mentira nenhuma nisto, muito menos misoginia.
Achei que pelo menos em um espaço feminista, encontraria compreeensão
"...e dariam uma forcinha ao feminismo (por mais que esse ultimo tenham os homens como inimigos)."
Inimigos? Sério??
Luci
Espero a resposta ate hoje, se o feminismo e um movimento igualitário, porque o prefixo femini?
Não acham que esta nomeclatura e por demais sexista ?
Ainda não conheci uma feminista capaz de responder esta pergunta.
"Cada um vive de acordo com o que prefere, mas eu percebo, é que relacionamentos entre pessoas do "mesmo sexo" tende a serem pautados muito mais na admirção e carinho mutuos , há muito mais companherismo neste tipo de relação.
Enquento que entre "hetéros", me parece háver muita troca de interesses, mas não estou generalizando."
COMO ASSIM não está generalizando?!! Amor, carinho, lealdade, segundas intenções, traições, brigas podem ocorrer em QUALQUER realcionamento de QUALQUER natureza entre QUAISQUER pessoas sejam lá quem forem.
Você está, sim, estereotipando e generalizando casais gays e héteros.
Por favor, reveja seus conceitos. Não há porque rotular e distinguir entre as diferentes formas de amor. Existe, apenas, o amor.
Sou o 1° anônimo. Li o post ontem - a Lola publicou sem querer, eu acho. Eu comentei, estava sem a resposta dela pra ele ainda. Só perguntei porque acho que beijar uma pessoa do mesmo sexo na boca não te faz gay.. então concordo com vc, anon 11:18.
Nossa, isso aqui virou uma guerra dos sexos???
Relacionamentos heteros não são perfeitos. Relacionamentos homos não são perfeitos. Em ambos podem acontecer tanto romantismo, companheirismo, afeição quanto, infelizmente, agressão e opressão.
Os gay não querem gayzar o mundo. As lésbicas não querem matar todos os homens. Nem as feministas.
Não parece óbvio???
Como é petulante esse anônimo das 19:44.
Ninguém tem que responder porra nenhuma! A justificativa para o uso da palavra "feminista" está mais do que documentada, por várixs autorxs.
Vai dar um Google! Mexa essa sua bunda!
No exemplo da banana a Lola disse pouco mas disse tudo.
Na MINHA opinião homofobia pode ser sim uma homosexualidade enrustida como pode ser também apenas um medo (que pode ser tanto cultural como religioso), uma preocupação de ser algo que para o homem é tido como vergonhoso, motivo de piadas, rejeições, ridicularizações, perda da masculinidade e outras perdas como amizades, aprovação familiar, respeito... esses medos e preocupações gera no homem uma obsessão de não ser aquilo que para ele seria "ruim", então como uma forma de defesa começa a buscar uma formas de firmar sua masculinidade então começa a ofender, julgar, fazer piadinhas, ridicularizar, agredir física e verbalmente... os homosexuais e quanto mas agem dessa forma infantil, doentia, obsessiva, desumana mas esses comportamentos se voltam contra ele mesmo na forma de confusões, conflitos e um medo que aumenta cada vez mais quando ele tem esses comportamentos, pois ele mesmo temerá ser algo que considera repulsivo, vergonhoso e que ele próprio julga ruim, muitos então acabam assumindo uma homossexualidade que muitas vezes nem tinham em si, foram seus comportamentos e obsessões doentias que acabaram causando isso, e o "assumir" seria como colocar um ponto final em conflitos e opressões crescentes que foram gerado por ele próprio com seus comportamentos dito acima.
Um conselho meu para homens se libertarem desses conflitos se a razão da homofobia for um medo: Veja o homosexual como um ser humano, uma pessoa igual a você uma pessoa com defeitos, qualidades, sentimentos, emoções, necessidades, alegrias, tristezas... e não como uma pessoa que é motivo de piadas, chacotas, ridicularizações; pare de ofender, de julgar, de agredir verbal e fisicamente, pare de se escandalizar hipocritamente para se sentir o machão seje apenas homem, pare de julgar e se escandalizar hipocritamente para se sentir o espiritual (no caso de religiosos), seje espiritual como Jesus disse para ser; Amando.
Seje um Homem e não um menino adulto.
Agora na questão dos homossexuais tem ALGUNS que não respeitam mesmo, eu mesmo já foi difamado de machista e preconceituoso por não querer nada com um(gay), sendo que em momento algum faltei com respeito a ele, mas apenas o fato de não ser gay e rejeitar as "investidas" dele já foi motivo de ser ser rotulado injustamete. Na mentalidade desrespeitosa de ALGUNS gays o fato de um hétero não querer nada com eles não é porque simplesmente ele é hétero mas é porque é machista, preconceituoso, segue convenções, blá blá...
Inclusive foi essa história mesma que ouvi que o mundo é gay(no sentido homo) que homens se amam melhor, que antigamente os romanos ou grego sei lá "comiam" uns aos outros... e que as mulheres eram apenas para procriação e outros blá blá heterofóbicos e misóginos.
Também tem ALGUNS que ficam insinuando que é o machismo e o preconceito que impede de se ter algo com eles ficam se "espantando" e achando anormal um hétero não querer nada com eles(insistências desrespeitosas). Se for para se "espantar" também me espanto, não sei como tem homens que não gostam de mulheres(afetiva, erótica), não sei como existem homens que não gostam duma perereca não é possível, não é normal; Se eu disser isso para gays é homofobia, machismo, desrespeito agora o inverso pode ser dito ou insinuado por ALGUNS sem problema algum.
O respeito deve ser mútuo, de héteros para homossexuais e de homossexuais para héteros, muitos homossexuais tendem a se esconderem atrás de um mimi de homofobia mas reproduzem o mesmo preconceito e intolerância que lutam contra.
Na questão de gays (homens) e feminismo tem muitos que estão se "pendurando" no feminismo("o feminismo me liberta") para assumir sua homosexualidade "nada contra nem a favor" não estão no feminismo por uma preocupação com a mulher estão por interesses própios e muitos dessas pessoas são claramente misóginas.
abraços e beijos
pedro08
A homofobia se origina da misoginia, e é uma forma de manifestação da mesma. O ódio é perpetuado rotineiramente contra as mulheres (contra mulheres que ajustam-se com a feminilidade e especialmente contra aquelas que não ajustam-se), e também contra homens que são percebidos como não sendo suficientemente "masculinos". É tudo sobre perpetuar o ódio contra a classe das fêmeas. Mas só porque alguns homens recebem o ódio misógino de outros homens não significa que eles não são criados e internalizados com privilégios da classe masculina. Homens "femininos" ou feminilizados ainda possuem maior poder, com relação às relações de poder da classe sexual, que qualquer mulher.
Lola,mais uma vez,OBRIGADA!
Eu sou a leitora anonima que comentou pedindo a voce que falasse dos mascus e sobre esse comportamento...na falta de encontrar uma definicao melhor,"neo misogino" de alguns caras!
Essa coisa de nao odiar explicitamente,mas satirizar o genero feminino e fazer sarcasmo com a sexualidade feminina.
Como eu te disse no meu último comentário,esse tipo de comportamento tá crescendo e encontrando lugar no argumento de que tudo nao passar de "humor".
Hipocrisia! Eles falam pra te irritar,pra te colocar "no teu lugar",fazem piadas com a sua suposta burrice e sexualidade pra te humilhar e mostrar,de forma suuuuper bem humorada,que voce é a femea da história,e eles,os machos!
Me faz vomitar ver a realidade por trás disso e perceber que mesmo com muitas mulheres e homens questionando,ainda temos as validadoras e os machistas!
Nao pense que os leitores/consumidores desse tipo de humor nao levam essa performance a sério...eles levam sim, e isso transforma qualquer cara legal num BABACA!
Meu ex namorado é uma pessoa maravilhosa e talvez exemplifique perfeitamente o efeito danoso que legitimar esse machismo "engracadinho" causa.
Ele é um cara muito legal,honesto,respeitoso...comigo,quando ninguém está vendo! Quando convivia com os amigos,simplesmente virava um babaca,do tipo que diz que queria ser professor universitário e que nao via nenhum problema em dormir com alunas em troca de,sei lá,aprovacao em um semestre...!
Sei que isso é ridículo,absurdo e pouco provavel de acontecer,mas só o comentário mostra o que a mentalidade machista pode mudar em um homem!
E todos esses amigos dele,tipo mais comum por aqui,nos arredores da UFSC,pensam de uma forma parecida e as vezes,até assustadora!
Nós temos um amigo em comum,e uma vez,em uma conversa,logo quando eu tinha chega em Florianopolis,ele me disse pra dormir logo com esse meu ex namorado porque senao,eu acabaria sendo "drogada" e forcada a fazer algo mesmo!
E pasme,Lola:falou isso com a maior naturalidade do mundo!
Eu estou estudando pro vestibular,mas os dois já sao universitários da UFSC e frequentadores assíduos das festinhas que rolam por aqui!
Se isso soou tao normal pra esse cara,é porque ele já deve ter visto ou ouvido de coisa do tipo rolando!
Isso é ABSURDO!
Temos que cortar a mentalidade machista pela raíz!
Eu to fazendo a minha parte da maneira que posso.
Estou estudando pra prestar vestibular no final do ano pra direito e quero muito passar e ter a oportunidade de expor as minhas opinioes e minha indignacao com esse tipo de coisa! Cansei de me revoltar pras paredes!
Torca por mim,Lola! ;)
E mais uma vez: use a voz que voce tem e direcione essa luta justamente pro humor,pra esse machismo que em nome do "politicamente incorreto",está nos forcando a pensar que absurdos sao coisas naturais nas relacoes de genero!
Beijaaaaooooo!!!!
LC, quando eu disse misoginia entre gays eu quis dizer ALGUNS gays. Eu tenho um amigo muito querido que eh gay e cometia excessos misoginos de vez em qdo, ate eu comecar a repreende-lo pra ele se tocar.
Acredito que alem do machismo natural, tem uma coisa de auto-afimacao ai: "se me sinto atraido por homens, tenho que odiar essas rachas e tudo que remeta a elas."
Nao eh mentira e eu n vi acontecer so com uma pessoa. Mas de forma alguma atribuo isso a coletividade dos gays.
"heterossexualidade e uma imposição biológica, o mundo pensante e livre, e gay."
heterossexualidade não é imposição biológica, é uma imposição social.
Mais uma vez sustentando o preconceito de que homofobia é coisa de gay, hein dona Lola? Enquanto isso héteros podem lavar as mãos, incólumes, já que isso não tem nada a ver com vocês não é mesmo? Se lutam contra a homofobia é porque são pessoas benevolentes, especiais, muito melhores que os demais e merecem no mínimo uma medalha, já que isso não é problema seu. Aqueles gays, bichas e sapatões que se entendam e parem com toda essa homofobia do mundo.
Nós temos um problema sério de cuidar da vida dos outros, principalmente quando é diferente da nossa. A sexualidade de uma pessoa diz respeito somente a ela e a mais ninguém.
A homofobia se origina da misoginia, e é uma forma de manifestação da mesma. O ódio é perpetuado rotineiramente contra as mulheres (contra mulheres que ajustam-se com a feminilidade e especialmente contra aquelas que não ajustam-se), e também contra homens que são percebidos como não sendo suficientemente "masculinos". É tudo sobre perpetuar o ódio contra a classe das fêmeas. Mas só porque alguns homens recebem o ódio misógino de outros homens não significa que eles não são criados e internalizados com privilégios da classe masculina. Homens "femininos" ou feminilizados ainda possuem maior poder, com relação às relações de poder da classe sexual, que qualquer mulher.(2)
Perfeito!
Li uma vez (acho que aqui nesse blog mesmo) que homens espertos de verdade seriam a favor do feminismo porque em última análise isso também os libertaria: deixaria de existir a necessidade de ser "machão" e provar sua masculinidade a todo momento.
Acho que é exatamente isso que o "L" tá querendo dizer, por que no fim das contas eles também estão presos a papéis pré definidos e rótulos que uma sociedade machista impõe. Imagino que para alguns deles a obrigação de manter essa imagem seja tão pesada quanto a mulher ter de manter a "imagem de moça de família".
Anyways, esse post me fez pensar nesse curta que assisti e acho que tem relação com o que foi dito:
http://www.youtube.com/watch?v=kZyu1lRW7RYhttp://www.youtube.com/watch?v=kZyu1lRW7RY
PS.: Lola, A-DO-RO seu blog.
"Homens "femininos" ou feminilizados ainda possuem maior poder, com relação às relações de poder da classe sexual, que qualquer mulher."
Tipo... oi??
Homens femininos sofrem preconceito proporcionalmente a sua "feminilidade" (porque isso de comportamento dos generos é uma imposição...) são motivo de chacotas desde cedo, na família, no trabalho,com alguns "amigos"...
Isso sem falar que depedendo da carreira escolhida... se for algo mto tradicional, o cara tá mal. Em certo lugares nem emprego conseguirá.
Mulher não. Já existem leis de proteção à mulher. As mulheres conseguiram o divorcio, a liberação sexual (ainda em andamento!), direitos trabalhistas própios, entre outros. Agora leis pros gays... Isso que vc falou só é válido no sec. XIX ou então no mundo islâmico, se o cara mentir... pq se descoberto cai nesta situação...
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/09/090911_turingbrowng.shtml
Por que um post sobre afirmação da afetividade precisa de todo um discurso sobre homofobia para existir?
Bom dia, Lola!
Gostaria de dar uma sugestão... escreva algo sobre a visão reacionária, que sempre está presente quando se fala em racismo, em homofobia, em machismo e qualquer outro tipo de preconceito.
Só pra dar alguns exemplos: os reacionários VIBRAM quando surge uma notícia do tipo "mulher espanca marido", ou "homossexual assassina família", etc., pois parece que isso apaga toda a homofobia e o machismo já praticados... do tipo "Viu só? Os gays se queixam de homofobia e tem gay aí matando a família porque não concordam com sua conduta (sic)"! E o mais assustador quando essas notícias são publicadas são os comentários... 99,9% são comentários estúpidos, dizendo que mulheres, gays e negros se fazem de vítimas. Será alienação/burrice? Ou será desonestidade mesmo?
Levanta a mão quem não leu ou não sentiu curiosidade de ler 50 Tons de Cinza. A Bíblia da submissão. Quarenta milhões de "leitoras" fizeram essa leitura. O que vocês tem a dizer sobre isso?
Meu comentário nada tem a ver com o post de hoje, mas é de chocar:
http://g1.globo.com/parana/noticia/2013/01/vou-tentar-recomecar-diz-mulher-que-foi-violentada-mando-do-ex.html
Mulher foi violentada a mando do ex-marido, incoformado com a separação. Onde essa vingança machista contra a liberdade das mulheres vai parar?
sempre achei um paradoxo um homem que ja nasce privilegiado na nossa sociedade se assumir gay, mais incompreensível ainda são aqueles q se travestem de mulher, como é possível abrir mão de privilégios e ter desejo de se juntar a parte oprimida?
Ainn adorei o texto do L. Parece um escritor... me senti retratada, sabe?Tem um quê de universal nessa fala...
Olá anonima das 22:01
Moro na ilha de SC e tenho um filho fazendo geografia na UFSC e, confio, pela educação não machista q lhe dei, ele jamais engrossaria o coro nesses comentários criminosos q vc citou. Bom q vc estude direito e se engaje do lado esquerdo=oprimido, está fazendo muita falta no sistema jurídico pessoas feministas, com mentalidade arejada. Peço sua permissão para reproduzir o seu relato na minha página no FB Machismo na Ilha da Magia. Aguardo sua resposta. Bjs
O que eu acho mais curioso são pessoas exaltando a Grécia e a Roma antigas como um lugar maravilhoso e um paraíso gay, como se essa situação não se devesse ao fato deles considerarem as mulheres inferiores em todos os aspectos e só vissem amor digno e verdadeiro entre dois homens. Sem contar a belicosidade que impunha padrões rigidos e inflexíveis de conduta para homens e mulheres.
Anônimo escreveu: "sempre achei um paradoxo um homem que ja nasce privilegiado na nossa sociedade se assumir gay, mais incompreensível ainda são aqueles q se travestem de mulher, como é possível abrir mão de privilégios e ter desejo de se juntar a parte oprimida?"
Pois é, amigo Anônimo, isso por si só já diz muito sobre o quanto a sexualidade seria uma "escolha". Ainda assim pastores nazievangélicos e mascus insistem em dizer (baseados em...?) que homossexualidade é uma escolha (Mesmo que fosse escolha, não mudaria em nada a necessidade de respeitar). Nem mesmo em Uganda onde homossexualidade é criem, gays deixam de ser gays... vai ver é masoquismo, não?
@ Nivaldo Brás: sexo vende. C'est tout. O fato de o livro estar fazendo sucesso com muitas mulheres (e homens também! já vi vários por aí, lendo) não significa necessariamente que há um desejo de estar no lugar da protagonista ou desempenhar o mesmo papel de submissão.
Talvez alguém já tenha comentado (não estou com muita paciência para ler os comentários), mas o estudo a que você faz referência, sobre homofobia, não é do ano passado, mas de 1996. O vídeo pode ser visualizado neste endereço do Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=F0wTXsTBLPY . Logo no começo o narrador fala que em 1996, psicólogos da Universidade da Georgia... Acho que os que se excitaram com os filmes pornôs gays não são necessariam gays. Acredito que uma parte deles seja, sim, gays enrustidos, mas acredito, também, que uma parte, talvez até maior, seja bissexual (enrustidos também...). Enfim, se há desejo por pessoas do mesmo sexo, das duas umas, ou se é gay, ou se é bissexual. Mas acredito que os bissexuais sejam mais numerosos que os gays. É assim desde o Relatório Kinsey, não acredito que isso tenha mudado. Acho que o autor do texto está simplesmente saindo da adolescência e virando adulto. Na adolescência é comum se abrir mão de uma boa parte da própria identidade pra se adequar ao grupo com o qual se identifique. Mas quando se começa a crescer, e não importa muito a idade cronológica, a pessoa começa a perceber que não precisa pensar e agir como os demais em quase tudo. Ser aceito pelo grupo (seja família, sejam amigos...) perde boa parte da importância. Pois é. O beijo homo ajudou o rapaz a crescer.
Me entristece ver como muitos homoafetivos masculinos não compreendem que o amor não tem fronteiras. O amor não pergunta por cor, origem ou gênero, ele simplesmente se manifesta. É uma bobagem sem tamanho essa história de que apenas iguais se entendem. Iguais em pensamento e ideais, talvez, mas nenhuma dessas características dependem de gênero para existir.
O sentimento tem de ser de união, só assim viveremos numa sociedade baseada no respeito ao ser humano.
Quer respeito e direitos? Não esqueça de incluí-los em seu dia-a-dia.
PS: Sou gay.
Logo que soube do que tratava o livro não senti vontade de ler, nem um pingo de curiosidade.
Anon das 9:50
Simplesmente, na Vida, existem outras coisas importantes além de "privilégios".
Paula evangelista.
eu sempre disse que estes machistas, masculinistas, na verdade são gays com serios problemas de alto-aceitação, ele porojetam nas mulheres suas frustrações, afinal não encontram nelas a admiração que esperam, mas sim em outros homens. quem admira a masculinidade, os corpos viris, homens ou mulheres ?
Obvio que são os homens, as mulheres pelo contrario sentem-se oprimidas por tudo o que se refere a masculinidade.
Vamos fazer um exercício de reflexão, Porque acham que homens adoram estes "clubes do bolinha" aonde somente há homens, e mulheres não são bem aceitas? simples, porque nestes ambientes os homens podem ser eles mesmos, podem se admirar, se tocar, se soltar das amarras socialmente construídas de aceitação , não ´precisam serem os provedores, protetores, apenas se divertirem entre si.
Eu ja presenciei um comportamento padrão entre amigos ditos héteros, quando estão entre si são soltos, livres, mas quando chega uma namorada/ amante de algum, logo ele muda o comportamento, e poe uma mascara, como a Lola bem disse no texto.
Será que esta namorada aceitaria bem o fato de seu companheiro sentir mais admiração por homens do que por ela ?
Somente quando derrubarmos esta heteronormatividade, e e o padrão ' homem provedor protetor' e que seremos livres de verdade.
------
Isso é verdade homens se abraçam, dão tapinha na bunda. dão "apertadas" no pênis um dos outros quando estão em grupos. Quando chega uma mulher se fecham.
Têm gente que relaciona capitalismo com machismo/patriacardo. Como se o capitalismo querece que milhares de mulheres deixassem de trabalhar para virarem donas de casa, seria uma perda imensa de consumo. Com os gays tambem, muitos casais gays possuem uma renda alta e consomem muito.
Bom eu odeio pedofilos, então eu sou pedofilo ou tenho amor por eles?
Eu tenho a minha máscarazinha de macheza, também. Ela não se manifesta em homofobia, mas em coisas mais bobinhas do tipo gostar de filme de gângster e detestar comédia romântica, hehe (nesse caso é que eu não gosto mesmo, mas, se gostasse, teria receio de dizer, por exemplo).
Sei como você (L) se sente. Sou lésbica bem resolvida, mas nem sempre foi assim, e acho que ter crescido numa família homofóbica não ajudou muito... Lá pelos 13 anos comecei a descobrir os meus desejos, e não fiquei nada contente com isso! Primeiramente me apaixonei por uma professora, e ficava "fugindo" dela(Medo do que eu sentia? Talvez.). Afirmar uma "falsa-heterossexualidade": Quando estava com minhas tias, eu chamava os galãs das novelas e artistas musicais(masculinos) de "gostosos", "gatos"... Era tudo da boca pra fora, secretamente amava as t.a.t.u.(dupla russa que fazia performances lésbicas nos videoclipes e shows), mas toda vez que escutava alguém chamá-las de "sapatas" eu metia aquela empolgação no saco, e de lambuja com uma sensação de culpa!E ainda hostilizava outras meninas gays. Tipo, eu não ficava xingando nem perseguindo, mas sempre deixava algum lugar quando via uma lésbica se aproximar, e mais, toda vez que a Ana Carolina(cantora que hoje admiro muito) aparecia na TV eu a chamava de "sapatão chata", e fazia cara feia, não suportava sequer ouvir a voz dela( Mais uma vez, tentando "fugir"). Hoje, com 20 anos, me livrei deste fardo todo! Não faço mais questão de sustentar esse "personagem", e entendi que devo me aceitar e permitir a aproximação de pessoas que não me diminuam. Amo mulheres e gosto do que sinto! Acho que você deveria fazer o mesmo.
Procure pessoas que te aceitem! Não é você que tem que fingir, são os outros que tem que aprender à respeitar!
Ah, amei o comentário da Lola com as bananas. Foi uma associação tipo a do Guzzo com os espinafres, só que visando o efeito oposto.
:)
Anônimo escreveu: "Bom eu odeio pedofilos, então eu sou pedofilo ou tenho amor por eles?"
Que vocês acham pessoal, a pessoa é burra mesmo ou é só cretina e faz de conta que não entendeu?
Gustavo arantes.
Se esse for mesmo seu nome, você ganhou um fã, rs.
As pessoas não se arriscam em uma relação com alguém do mesmo sexo por que têm medo da hostilização da sociedade que é embasada pelas religiões. Enquanto isso, MILHÕES se envolvem às escuras para não serem atacados com lâmpadas na Paulista.
Nivaldo, NÃO! É óbvio que em uma escola não é um lugar apropriado pra homossexuais e heterossexuais demonstrarem seu afeto de maneira explícita. Imagino que por elas sofrerem tanta reprovação dos pais, da sociedade, elas acabem querendo brigar contra tudo e todos ao mesmo e de uma maneira errada. Se não existisse tanta reprovação por parte da gloriosa sociedade, talvez elas não agissem assim. Não fica elogiando gays como se eles fossem exemplos de comportamento, pois em escolas também têm aqueles que não sabem se portar. Eu, gay que sou vejo algumas cenas protagonizadas por gays que não perdem pra cenas lésbicas. Mas que, talvez, isso também ocorra por conta dessa repressão.
A Raíssa falou das "categorias", que, a meu ver, realmente são inexistentes, mas existem pra aquelas pessoas "moralmente" corretas. Sendo que o nosso corpo, com seu complexo sistema nervoso responde a estímulos e não importa qual seja o gênero que está excitando-o, ele simplesmente responderá. Daí, me arrisco a dizer, que não existe homem, mulher, gay, bi e lésbica, o que existe são seres dotados de sensibilidade (erógena ou não), um único gênero. Claro que uma pessoa que (supostamente) tenham nascido inteiramente hétero "opte" por não se relacionar com alguém do mesmo sexo e ache até feio e nojento, embora, pra mim, isso aconteça devido ao que falei acima, a sociedade te pressiona a viver exclusivamente com o sexo oposto, do contrário, você é só mais uma aberração. E ninguém quer ser hostilizado, violentado, agredido em vias públicas.
Ainda falta muito pra humanidade amadurecer, ela ainda é infantil e, na maioria das vezes, arcaica e misoneísta, mesmo a homossexualidade sendo mais antiga que vários desses preceitos religiosos.
Anon 07:51
eu acho que é tudo isso junto e ao mesmo tempo.
Delia Short um dia quando os homens selvagens não mais habitarem o planeta, haverá uma harmonia maravilhosa entre mulheres e homens, porque ambos estarão sintonizados na energia feminina, que nas mulheres(salvo raras exceções) já esta em plena atividade, mas nos homens(salvo exceções) ainda está apenas latente. Sou otimista por natureza e sei que todos que lutam pela justiça verão isso acontecer.
Lindo o texto do L.
comentarios sobre como "apenas homens compreendem/admiram outros homens/a masculinidade": deve ser pq homens e mulheres sao criados como inimigos pelo patriarcado, como sexos opostos, sem interesses em comum, que só podem se conciliar na cama.
daí o feminismo tenta quebrar isso (e tem conseguido, felizmente) aproximando homens e mulheres, deixando-os livres para gostar do q bem entenderem.
conheço um monte de meninas que adora games violentos, filmes violentos, cerveja, futebol, ciências exatas e coisas tidas como masculinas.
conheço meninos que gostam de romances/dramas, dança, artes, relações interpessoais, ciências humanas e coisas tidas como femininas
e nada impede que um menino ou uma menina tenha interesses diversos, tanto femininos, quanto masculinos. acredito até que hoje isso seja o mais comum.
nada impede tambem que nos relacionemos com pessoas que nao gostam exatamente das mesmas coisas que nós, cada elo em comum que construimos numa relaçao já é suficiente para que as pessoas se entendam, como amigos ou como parceiros.
e sinceramente eu acho que nao há problema em dizer que é homem e só gosta de homem/pessoas masculinas, desde que: 1) nao generalize isso numa teoria conspiratoria, atribuindo sua homossexualidade a outros homens, e 2) nao desrespeite as mulheres/pessoas femininas só pq elas nao te atraem
anônimo de 24 de janeiro de 2013 18:52
"dariam uma forcinha ao feminismo (por mais que esse ultimo tenham os homens como inimigos)". homens não são meus inimigos. a cultura que subjuga a mulher, que a considera um pedaço de carne ambulante pronta para ser criticada, humilhada e/ou abatida, sim. essa cultura contamina homens e mulheres e é contra isso que eu luto, apenas. no dia que mulheres forem respeitadas, por homens e outras mulheres, como seres humanos, o feminismo poderá "mudar de nome" se o prefixo é realmente o problema.
"Todos os homens devem provar que são machos. E provar isso o tempo todo é difícil e toma cada aspecto da vida dele, sobre como deve se portar [...] Para esse modelo masculino, só há duas emoções permitidas: raiva e tédio. A ele é proibida a expressão de outros sentimentos, pois denota fraqueza. Insegurança? Nem em sonho!" concordo, o feminismo diz isso. a lola tb concorda, ela ja escreveu sobre isso varias vezes. concordo que seria bom ouvir a voz de mais homens feministas falando sobre esse assunto, sem tentar culpar o feminismo, como os mascus erroneamente fazem.
E seria importante que muitos homens pudessem contar com algum tipo de auxílio nesse período de transição, tendo em vista que muitos estão inseguros sim, espaços [feministas, ainda que nao carreguem esse titulo] que discutam a masculinidade. pq vc nao inicia um?
até mesmo o orgasmo feminino virou obrigação dos homens, pois é das mulheres que vem o selo de virilidade, tão importante para manter a imagem de macho antes o homem nao tinha que fazer a mulher gozar, a virilidade dele era provada ao simplesmente deflorar a mulher. ele só se preocupava com o proprio gozo, certo? a mulher tb nao tinha obrigaçao de dar prazer, bastava entregar a sua virgindade, ceder à vontade do homem. hoje ela tem que saber agradar tb, tem q saber chupar, tem q topar todas as posiçoes, tem que estar gostosa, depilada e sempre com tesao, tem que saber seduzir, ser criativa e tudo mais. do contrario ela é frigida, ou no minimo, sem sal.
acredito que o feminismo hoje tente empoderar mulheres a pensarem mais no proprio prazer. em nao esperar que o parceiro a procure, nao esperar que o homem a aborde, nao esperar que o homem a faça gozar. isso pq MUITOS homens ainda hoje só se preocupam com o proprio prazer, ao contrario do q vc pensa. pq o teste de virilidade é feito entre homens, certo? basta que ele minta para os amigos e conte vantagem sobre como ele fez a mulher gozar. mesmo q ela tenha passado a noite olhando pro teto, sem sentir nada. experimente entrar num grupo feminista (no facebook ha varios) e veja os relatos. ha mulheres de bom nivel de escolaridade que nunca haviam gozado. que nao conseguem ter prazer com seus parceiros. que sao pressionadas a fazer sexo (sim, estupro). que achavam q isso tudo era normal e fazia parte, o importante era fingir para desconhecidos q estava tudo bem, q ela era bem resolvida, bem comida, bem amada.
antes de me reconhcer feminista, eu nunca tinha parado pra prestar atençao nisso. mas conversando com outras mulheres eu percebi o quanto fui privilegiada pela educaçao feminista que recebi.
o homem tem a obrigação de trabalhar (sim, obrigação) da mesma forma que a mulher. sim, ainda ha a cultura machista de que uma mulher pode depender do marido, mas ela é cada dia menor e menos aceita. pq as proprias mulheres se cansaram da situaçao de vulnerabilidade e dependencia. pq ninguem quer ser obrigada a casar com um homem que nem gosta só para garantir uma fonte de renda. a maioria das mulheres nao gostam de se prostituir. somos todos obrigados a trabalhar pq isso é o capitalismo. ou trabalhamos, ou morremos de fome. é a vida.
a obrigação que o homem tem de ser viril cria também alguns problemas para as mulheres, como aqueles irresponsáveis que somem quando veem que a parceira engravidou e o constante assédio na rua (a cantada de pedreiro geralmente acontece porque um cara está tentando provar aos seus amigos que é viril, embora a vítima do assédio seja a mulher que recebeu a cantada), só para citar alguns exemplos. precisamente. é desses "alguns" problemas que tanto reclamamos. coisas que tornam a nossa vida um inferno, q ferem nossa liberdade de ir e vir, que nos fazem ter medo de estupro, q nos fazem perder oportunidades pra nao ter q lidar com um colega, professor ou chefe assediador. a maior vitima dessa obrigaçao masculina é a mulher. pro homem, se ele nao fizer nada disso, ele pode até ser chamado de gay por alguns neandertais, mas para a maioria das pessoas ele sera simplesmente um ser humano decente.
pela lei o homem está sempre errado. Ou seja? Cadeia nele, de novo. Se ficar calado, vai apanhar mais ou até mesmo morrer pelas mãos de sua esposa. O que fazer diante disso? sim, é errado um homem apanhar e nao se sentir amparado para denunciar. mas você esta forçando uma falsa simetria e você SABE disso. abre qualquer jornal popular e conta a quantidade de esposas e maridos mortos pelo parceiro/a. pelo menos dois terços dos casos de violencia domestica sao perpetrados pelo homem contra a mulher. no MINIMO. nao sao feministas que inventam esses dados, basta ver lá o laudo da policia. autoria do homicidio: fulano de tal (marido, ex marido, namorado, ex namorado). motivo: nao aceitou a separaçao/desconfiou que estava sendo traido (ou estava de fato sendo traido, mas chifre nao justifica o assassinato).
Mas prosseguir do jeito que está também vai ferir os homens oq exatamente vc enxergar como "do jeito q está"? o jeito que está HOJE é o patriarcado, com alguns avanços feministas ja existentes. acreditamos que o avanço do feminismo acabará com o patriarcado e portanto liberará mulheres e homens. vc interpreta de forma diversa?
Sendo que os únicos candidatos a bons exemplos de masculinistas que conheço - o instituto papai - se identificam como feministas, mesmo não lutando por direitos para as mulheres. pq feminismo não é para privilegiar mulheres em detrimento dos homens. feminismo é para estabelecer relaçoes de igualdade, acabando com o patriarcado. como eu ja disse: existe uma razao para o prefixo FEMI, o fato das mulheres ainda serem as maiores vitimas de violencia domestica, estupro, assedio, ainda enfrentarem barreiras profissionais e de ascensão ao poder (pq é impossivel uma sociedade igualitaria em que mais de 90% dos politicos e pessoas no poder seja homem). mas nao negamos que os homens tambem ganham muito com o feminismo. vc ja conversou com algum homem feminista? aqui mesmo tem varios
eu sou muito simpatica ao feminismo entre homens. eu acredito, por exemplo, que assim como ha a cultura do estupro/assedio na sociedade, ha uma cultura violenta e belicosa patriarcal. violencia é considerado algo masculino, oq eu acho bastante ofensivo (acharia ainda mais se fossem homem). veja bem: nao estou falando da pratica de esportes como o judô ou algo assim, falo da noçao de q tudo na sociedade pode ser imposto aos outros atraves de violencia. entao quando eu vejo um monte de mulheres morrendo por violencia domestica, e um monte de mulheres sendo estupradas, eu tb vejo um monte de homens se matando numa briga de bar pq o time de um perdeu, alguem se irritou com as provocaçoes agressivas e deu um tiro no outro.
se os homens q tem um pensamento esclarecido nao começarem a articular sobre essas pressoes q vcs sentem, esperando q nós mulheres feministas tomemos essa iniciativa, realmente fica dificil ver avanços. quando feministas ficam sabendo do instituto papai, na mesma hora divulgamos e apoiamos. quando uma feminista é eleita e propoe um projeto de lei de licença paternidade maior, é logico q isso beneficia mulheres tambem, ainda que o beneficio direto seja dos homens. quando alguns mascus reclamam ironicamente pq nao lutamos pelo serviço militar voluntario, a gente fica sim com raiva pq nao é nossa prioridade. mas se voces homens iniciarem um projeto para pressionar o congresso a acabar com o serviço militar obrigatorio, nós vamos apoiar.
L, é preciso ser muito Homem para assumir sua sexualidade...Não devemos é sofrer para agradar quem quer que seja pais, amigos e familiares.
Sorte e grande abraço Mauricio
Postar um comentário