Modern Family me causa ataque de risos. Tem algumas frases incríveis, dessas que eu nunca vou esquecer. Por exemplo: a piada que fez Phil conquistar meu coração já no primeiro episódio, quando ele posa de pai antenado, que conhece as gírias que as filhas usam. Pra provar, ele diz: LOL = laughing out loud (rir em voz alta), OMG = oh my god (ai meu deus), e WTF = why the face (por que essa cara)?
Certo, só vai entender a piada quem sabe que WTF quer dizer what the f*ck? (que diabos?), que é muita gente. Mas, além da piada expor o personagem em poucas letras, ela tem um subtexto. Ela também está fazendo piada de uma série televisiva “família” não poder falar the F word naquele horário.
Acho genial tudo que Modern Family consegue fazer em vinte e poucos minutos, que é a duração de cada episódio. Consegue incluir todos os personagens, ou quase, de um jeito unificado (sempre tem um tema, como “quinze por cento”, referente a quanto as pessoas podem mudar na vida, ou o maior medo que cada um tem -– para Manny, um menino de 11 anos, é “morrer sozinho”; tem como não amar um garoto desses?), criar episódios bastante independentes (não é preciso vê-los na ordem pra seguir o que acontece), fazer rir do começo ao fim, acrescentar uma gag mais física...
E isso tudo sem recorrer ao batido e idiota recurso da claque -– aquelas risadas artificiais colocadas pra que um público não muito esperto saiba a hora de rir.
Pessoas que dizem que Seinfeld ou Friends é a melhor série cômica de todos os tempos: com todo respeito, por mais que eu adore ambas, não tem como claque e melhor conviverem pacificamente na mesma frase.
Acho todos os atores e atrizes de Modern Family excelentes, totalmente entrosados e à vontade nos personagens, com um ótimo comic timing. Isso vale até pra Lily, a menininha asiática de poucos anos. Ela foi adotada por Cam e Mitchell, um casal gay. É muito legal que haja um casal gay com os mesmos problemas de um casal hétero, e os dois são adoráveis.
Acho que a única coisa negativa que se pode falar deles é que eles não se tocam muito, e nem se beijam (que era o mesmo que era criticado no importante filme Filadélfia quase vinte anos atrás). Mas tampouco há grande contato físico entre os casais hétero da série.
Há várias piadas sobre a nacionalidade de Lily (ninguém parece saber que ela é vietnamita, que é, sabe, um país diferente de China, Japão ou Coreia). Mas me parece que elas fazem rir da ignorância dos americanos sobre os orientais, não dos orientais em si.
O mesmo não pode ser dito sobre o teor mais politicamente incorreto de Modern Family, que é o tratamento dado aos latinos ou hispânicos (uma porcentagem grande da atual população dos EUA). A bela colombiana Sofia Vergara, a atriz mais bem paga da TV atualmente, interpreta Gloria, uma colombiana. Muito se fala do seu país, nada positivamente. Tipo: na cerimônia em que Gloria se casa com Jay, a ex de Jay, com ciúmes, invade a festa. Palavras de Gloria: “No meu primeiro casamento [na Colômbia], a máfia entrou e matou o padre e os padrinhos. Desta vez foi pior”.
Devo dizer que eu rio com essas piadas, mas não sou colombiana. Se Gloria fosse brasileira, e as piadas fossem iguais, eu provavelmente não gostaria. Mas os chistes sobre a violência colombiana são tão exagerados que, pra mim, não soam ofensivos, se bem que reforçam todo um estereótipo sobre hispânicos. Por outro lado, o personagem mais lúcido e inteligente de toda a série é sem dúvida Manny, filho de Gloria, e também colombiano. Com um grande orgulho de suas origens.
Acho que meu personagem favorito é mesmo Phil, um bobalhão completo, mas com um bom coração. E gosto muito de seu relacionamento com Claire. Eles são casados há vários anos, têm três filhos, uma já na faculdade, e ainda mantém um casamento com tesão (como visto nos episódios do Valentine's Day). E não guardam muitas ilusões sobre dois de seus filhos, que não são exatamente inteligentes. Só a Alex se salva.
Às vezes eu penso que deveria reclamar porque nenhuma das duas mulheres adultas na série (Claire e Gloria) têm uma profissão ou trabalham, mas aí eu lembro que, tanto na TV quanto no cinema, personagens de qualquer sexo raramente trabalham. Alguém se lembra da profissão de algum dos Friends? Personagens na ficção quase sempre têm empregos em que não precisam comparecer no escri ou na fábrica. Na própria Modern Family, quando é que o Jay trabalha? Ele tem uma empresa (não sei nem do quê), e nunca precisa aparecer na companhia. Phil é um corretor de imóveis (com um monte de tempo livre). Cam largou a carreira para cuidar da filha. Ninguém realmente tem um emprego na série.
E eu gosto que Gloria poderia muito facilmente ser uma esposa-troféu. Ela é décadas mais jovem que o marido, é linda, estrangeira... E ainda assim, é cheia de personalidade. Ninguém manda nela. E isso que ela é casada com um mandão egoísta. É, Jay deve ser o personagem que eu menos gosto. Mas é difícil desgostar de alguém numa série tão pra cima.
Pra quem não acompanha, vou dar um exemplo do humor em Modern Family. No episódio 17 da primeira temporada, vemos que Jay quer colocar um quadro com um ditado no quarto de Manny: o que não te mata te deixa mais forte. Manny e Gloria acham o ditado ridículo; afinal, um velhinho que eles conhecem teve um ataque cardíaco e não morreu, mas agora não consegue andar mais. Porém, Jay não se dá por vencido, e decide pendurar o quadro por conta própria. Assim que ele acaba de pendurá-lo e está contemplando o serviço, o quadro cai dentro do aquário, ocorre um curto circuito, e Jay pergunta: “Shel?”. É a tartaruga de Manny, que morre no acidente.
Antes de eu ficar com pena da tartaruguinha (que felizmente não aparece, nem nunca foi mencionada antes na série, então não dá pra gente ficar tão sentida), Jay já está bagunçando o quarto para poder mentir e se isentar da responsabilidade. Ele inventa uma história absurda de que um guaxinim entrou pela janela (faz marcas imitando pegadinhas de guaxinim na parede; quando Manny pergunta por que as pegadas só têm quatro dedos, e não cinco, Jay inventa que o guaxinim, muito valente, perdeu um deles numa briga. “Nas duas patas?”, indaga Manny), e Jay, que estava lá embaixo, ouviu o barulho e chegou a tempo de tirar a tartaruga da boca do guaxinim, mas ela não resistiu.
Gloria sabe que não é verdade. “Eu sou colombiana! Conheço uma cena de crime falsificada quando vejo uma!”, grita ela para Jay. Ele responde que não pode falar a verdade porque, décadas atrás, abriu a gaiola da passarinha do seu filho e ela foi direto pro ventilador. “Quantos bichos de estimação você matou?”, quer saber Gloria. Mas o mais engraçado nessa cena, e que me fez rir sem parar durante cinco minutos, foi que en passant ele diz o nome da passarinha de Mitchell, seu filho gay -– Flyza Minelli. Gente.
Já seria muito engraçado se o nome da pássara fosse Liza Minelli, um ícone gay. A piada é que Jay não tenha notado que seu filho, desde muito novo, era gay. Mas o trocadilho fofo, de Liza pra Flyza, deixa a piada imbatível. E colocar esse detalhe assim, no meio da frase, sem fazer dele o punchline, é fantástico. Entende? Não poderiam fazer isso com uma claque, porque se a claque risse no meio da piada, o som das gargalhadas encobriria o resto. Pô, eu tive que voltar a cena, porque perdi os cinco minutos seguintes, já que eu não parava de rir.
Mas o troço rende mais ainda, e eles preparam um funeral pra Shel Turtlestein (quantos nomes incríveis o pessoal criou pra um só episódio? Minha próxima gata ou cachorrinha vai se chamar Flyza Minelli, me aguardem). Já é divertido ver Gloria de véu e Manny dizendo que Shel foi mais que uma tartaruga, foi um irmão e confidente. Só que quando Manny vai se sentindo cada vez mais culpado pela morte de Shel (ele deixou um pacote de batata frita aberto, o que pode ter atraído o guaxinim), Gloria vê que aquilo tem que parar. Ela pergunta a Jay: “Você não tem uma coisa pra falar pro Manny?”. Há uma pausa, Jay se aproxima de Manny, olha nos seus olhos, e a gente sabe que Jay não vai assumir a culpa, mas não sabe exatamente o que ele vai dizer. E Jay: “Shel te perdoa”. Melhor punchline, impossível!
E no final do episódio, durante os créditos, outro punchline. Descobrimos que Jay tentou dar o mesmo quadro pra Mitchell depois que sua cobra de estimação morreu. O nome da cobra? Zsa Zsa Gaboa. Maravilhoso. Bom, quem nunca ouviu falar em Zsa Zsa Gabor, outro nome idolatrado por gays, e não sabe que gaboa é um tipo de cobra, não vai entender a piada.
Enquanto isso, nossos humoristas de stand up continuam fazendo piadas velhas contra gays, negros e mulheres.
Certo, só vai entender a piada quem sabe que WTF quer dizer what the f*ck? (que diabos?), que é muita gente. Mas, além da piada expor o personagem em poucas letras, ela tem um subtexto. Ela também está fazendo piada de uma série televisiva “família” não poder falar the F word naquele horário.
Acho genial tudo que Modern Family consegue fazer em vinte e poucos minutos, que é a duração de cada episódio. Consegue incluir todos os personagens, ou quase, de um jeito unificado (sempre tem um tema, como “quinze por cento”, referente a quanto as pessoas podem mudar na vida, ou o maior medo que cada um tem -– para Manny, um menino de 11 anos, é “morrer sozinho”; tem como não amar um garoto desses?), criar episódios bastante independentes (não é preciso vê-los na ordem pra seguir o que acontece), fazer rir do começo ao fim, acrescentar uma gag mais física...
E isso tudo sem recorrer ao batido e idiota recurso da claque -– aquelas risadas artificiais colocadas pra que um público não muito esperto saiba a hora de rir.
Pessoas que dizem que Seinfeld ou Friends é a melhor série cômica de todos os tempos: com todo respeito, por mais que eu adore ambas, não tem como claque e melhor conviverem pacificamente na mesma frase.
Acho todos os atores e atrizes de Modern Family excelentes, totalmente entrosados e à vontade nos personagens, com um ótimo comic timing. Isso vale até pra Lily, a menininha asiática de poucos anos. Ela foi adotada por Cam e Mitchell, um casal gay. É muito legal que haja um casal gay com os mesmos problemas de um casal hétero, e os dois são adoráveis.
Acho que a única coisa negativa que se pode falar deles é que eles não se tocam muito, e nem se beijam (que era o mesmo que era criticado no importante filme Filadélfia quase vinte anos atrás). Mas tampouco há grande contato físico entre os casais hétero da série.
Há várias piadas sobre a nacionalidade de Lily (ninguém parece saber que ela é vietnamita, que é, sabe, um país diferente de China, Japão ou Coreia). Mas me parece que elas fazem rir da ignorância dos americanos sobre os orientais, não dos orientais em si.
O mesmo não pode ser dito sobre o teor mais politicamente incorreto de Modern Family, que é o tratamento dado aos latinos ou hispânicos (uma porcentagem grande da atual população dos EUA). A bela colombiana Sofia Vergara, a atriz mais bem paga da TV atualmente, interpreta Gloria, uma colombiana. Muito se fala do seu país, nada positivamente. Tipo: na cerimônia em que Gloria se casa com Jay, a ex de Jay, com ciúmes, invade a festa. Palavras de Gloria: “No meu primeiro casamento [na Colômbia], a máfia entrou e matou o padre e os padrinhos. Desta vez foi pior”.
Devo dizer que eu rio com essas piadas, mas não sou colombiana. Se Gloria fosse brasileira, e as piadas fossem iguais, eu provavelmente não gostaria. Mas os chistes sobre a violência colombiana são tão exagerados que, pra mim, não soam ofensivos, se bem que reforçam todo um estereótipo sobre hispânicos. Por outro lado, o personagem mais lúcido e inteligente de toda a série é sem dúvida Manny, filho de Gloria, e também colombiano. Com um grande orgulho de suas origens.
Acho que meu personagem favorito é mesmo Phil, um bobalhão completo, mas com um bom coração. E gosto muito de seu relacionamento com Claire. Eles são casados há vários anos, têm três filhos, uma já na faculdade, e ainda mantém um casamento com tesão (como visto nos episódios do Valentine's Day). E não guardam muitas ilusões sobre dois de seus filhos, que não são exatamente inteligentes. Só a Alex se salva.
Às vezes eu penso que deveria reclamar porque nenhuma das duas mulheres adultas na série (Claire e Gloria) têm uma profissão ou trabalham, mas aí eu lembro que, tanto na TV quanto no cinema, personagens de qualquer sexo raramente trabalham. Alguém se lembra da profissão de algum dos Friends? Personagens na ficção quase sempre têm empregos em que não precisam comparecer no escri ou na fábrica. Na própria Modern Family, quando é que o Jay trabalha? Ele tem uma empresa (não sei nem do quê), e nunca precisa aparecer na companhia. Phil é um corretor de imóveis (com um monte de tempo livre). Cam largou a carreira para cuidar da filha. Ninguém realmente tem um emprego na série.
E eu gosto que Gloria poderia muito facilmente ser uma esposa-troféu. Ela é décadas mais jovem que o marido, é linda, estrangeira... E ainda assim, é cheia de personalidade. Ninguém manda nela. E isso que ela é casada com um mandão egoísta. É, Jay deve ser o personagem que eu menos gosto. Mas é difícil desgostar de alguém numa série tão pra cima.
Pra quem não acompanha, vou dar um exemplo do humor em Modern Family. No episódio 17 da primeira temporada, vemos que Jay quer colocar um quadro com um ditado no quarto de Manny: o que não te mata te deixa mais forte. Manny e Gloria acham o ditado ridículo; afinal, um velhinho que eles conhecem teve um ataque cardíaco e não morreu, mas agora não consegue andar mais. Porém, Jay não se dá por vencido, e decide pendurar o quadro por conta própria. Assim que ele acaba de pendurá-lo e está contemplando o serviço, o quadro cai dentro do aquário, ocorre um curto circuito, e Jay pergunta: “Shel?”. É a tartaruga de Manny, que morre no acidente.
Antes de eu ficar com pena da tartaruguinha (que felizmente não aparece, nem nunca foi mencionada antes na série, então não dá pra gente ficar tão sentida), Jay já está bagunçando o quarto para poder mentir e se isentar da responsabilidade. Ele inventa uma história absurda de que um guaxinim entrou pela janela (faz marcas imitando pegadinhas de guaxinim na parede; quando Manny pergunta por que as pegadas só têm quatro dedos, e não cinco, Jay inventa que o guaxinim, muito valente, perdeu um deles numa briga. “Nas duas patas?”, indaga Manny), e Jay, que estava lá embaixo, ouviu o barulho e chegou a tempo de tirar a tartaruga da boca do guaxinim, mas ela não resistiu.
Gloria sabe que não é verdade. “Eu sou colombiana! Conheço uma cena de crime falsificada quando vejo uma!”, grita ela para Jay. Ele responde que não pode falar a verdade porque, décadas atrás, abriu a gaiola da passarinha do seu filho e ela foi direto pro ventilador. “Quantos bichos de estimação você matou?”, quer saber Gloria. Mas o mais engraçado nessa cena, e que me fez rir sem parar durante cinco minutos, foi que en passant ele diz o nome da passarinha de Mitchell, seu filho gay -– Flyza Minelli. Gente.
Já seria muito engraçado se o nome da pássara fosse Liza Minelli, um ícone gay. A piada é que Jay não tenha notado que seu filho, desde muito novo, era gay. Mas o trocadilho fofo, de Liza pra Flyza, deixa a piada imbatível. E colocar esse detalhe assim, no meio da frase, sem fazer dele o punchline, é fantástico. Entende? Não poderiam fazer isso com uma claque, porque se a claque risse no meio da piada, o som das gargalhadas encobriria o resto. Pô, eu tive que voltar a cena, porque perdi os cinco minutos seguintes, já que eu não parava de rir.
Mas o troço rende mais ainda, e eles preparam um funeral pra Shel Turtlestein (quantos nomes incríveis o pessoal criou pra um só episódio? Minha próxima gata ou cachorrinha vai se chamar Flyza Minelli, me aguardem). Já é divertido ver Gloria de véu e Manny dizendo que Shel foi mais que uma tartaruga, foi um irmão e confidente. Só que quando Manny vai se sentindo cada vez mais culpado pela morte de Shel (ele deixou um pacote de batata frita aberto, o que pode ter atraído o guaxinim), Gloria vê que aquilo tem que parar. Ela pergunta a Jay: “Você não tem uma coisa pra falar pro Manny?”. Há uma pausa, Jay se aproxima de Manny, olha nos seus olhos, e a gente sabe que Jay não vai assumir a culpa, mas não sabe exatamente o que ele vai dizer. E Jay: “Shel te perdoa”. Melhor punchline, impossível!
E no final do episódio, durante os créditos, outro punchline. Descobrimos que Jay tentou dar o mesmo quadro pra Mitchell depois que sua cobra de estimação morreu. O nome da cobra? Zsa Zsa Gaboa. Maravilhoso. Bom, quem nunca ouviu falar em Zsa Zsa Gabor, outro nome idolatrado por gays, e não sabe que gaboa é um tipo de cobra, não vai entender a piada.
Enquanto isso, nossos humoristas de stand up continuam fazendo piadas velhas contra gays, negros e mulheres.
90 comentários:
propaganda barata do multiculturalismo.
Enquanto isso, o ~~~~humoristão~~~~~ Bastos está perguntando onde estão as feministas que não estão combatendo a baladinha mais barata?
Algumas estão assistindo Modern Family e rindo de humor de verdade.
Saudade de Modern Family, faz um tempão que não vejo. Quando acabar Fringe (nãããããããão =[) vou baixar.
Lola, vc conhece a novela "Lado a Lado"?
Garanto que você vai adorar.
modern family é demais. rio muito e adoro o phil. vc sabia q o luke na verdade faz parte daquele clube do alto qi? tem uma entrevista engraçadíssima dele no programa da ellen.
HAHAHAHAHAHAHA
Eu tb adoro eles! Eu passei mal de rir no episódio q a Gloria ganha um videokê de de presente. Ninguém tem coragem de falar pra ela q não aguentam mais ouvir ela cantar! hahahaha E é o primeiro presente q o Jay acerta! coitado.
Mas tem muita piada q a gnt não entende, pela diferença cultural e de informação, acredito. Mas vale a pena.
O que você acha daquele Up All night? Senti q ele tenta se aproximar de alguma forma da proposta do modern family.
Essa questão das pessoas não trabalharem nos sitcoms já me incomodou uma época, até que me dei conta de que se fossem retratadas jornadas de trabalho normais, sobraria pouco história a ser contada.
No friends, eu lembro que, embora o pessoal passasse mais tempo no café e na sala de casa que em qualquer outro lugar, sempre tinham questões relativas ao trabalho, promoções, demissões, falta de grana.
Nunca vi o modern family, mas é uma opção para começar a baixar.
Não acho que as mulheres adultas não erem profissão é tão relevável assim. Uma coisa, e isso é muito comum em novelas no brasil, também, é não dar as caras no trabalho, outra coisa é dizer que uma mulher é "do lar". O peso simbólico é grande. E eu posso lembrar de três séries cômicas americanas - e poderia pensar em outras se grande esforço - em que mulheres casadas têm profissões:
1. The Big Bang Theory - a mãe de Leonard é uma importante psico alguma coisa.
2. The Fresh Prince of Bellair - a tia de Will é uma professora universitária conceituada.
3. My Wife and Kids (no Brasil, Eu, a Patroa e as Crianças) - uma questão que vem e vai é a vida profissional da esposa, que ajudou o marido a montar a empresa, que queria ter uma profissão (*e volta a estudar, inclusive*), mas que volta e meia é ridicularizada e é alvo do ciúme do sujeito.
Mulheres sem profissão me parecem típicas em determinado tipo de sitcom que vende modelões de gênero, como Barrados no Baile (*a mãe da família dos protagonistas reclamou que só aparecia servindo à mesa ou dentro de casa*). Gosto de Modern Family, mas, e posso estar sendo dura, ela parece investir muito na linha de que até um homossexual pode ser uma "staying home mother". Caso do casal gay da série. Enfim, para mim, algo desse tipo é bem desconfortável.
Ah, eu adoro essa série. O Manny e o Luke são geniais!
E o Cam? Gay estereotipado, eu sei, mas consegue fazer cenas hilárias com o Mitch e a filhinha deles.
Concordo com vc com isso do casal não se tocar muito, mas acho que é meio que da tv americana. Fora algumas séries com mais cenas de sexo, os casais não se tocam tanto quanto em programas brasileiros, né
Sou do contra, não curto Friends. E concordo com vc, essas risadas de fundo são um saco. Me sinto idiota, como se não fosse capaz de saber a hora de rir.
E isso tudo pras pessoas dizerem que a gente não tem senso de humor. Eles que não sabem fazer piada.
(Mirella, não me faz lembrar que Fringe tá com os dias contados. É muito triste)
apesar das claques, friends dava uma força interessante na questão trabalho e mulher.
sim, me lembro de seus trabalhos: Rachel era diretora de compras da Ralph lauren, tendo começado como garçonete sua vida de mulher independente após deixar o noivo no altar e sair de uma casa que a mimava.
Monica batalhou como buffet independente, mas acabou como chefe de um restaurante chique de NY
Phoebe era massagista e os únicos episodios em que se mencionou a proximidade disso com a esfera dos profissionais do sexo foi para criticar quem confundia as duas coisas.
No Friends sempre deram bastante destaque às profissões, sim. E o mais importante; as três mulheres trabalhavam, se sustentavam e eram bem sucedidas. O único personagem que precisava ser sustentado era o Joey. A Mônica era Chef, a Rachel trabalhava com moda e a Phoebe era massagista. Teve até um período que o Chandler sai do emprego e é a Mônica que sustenta a casa, e dá o maior apoio para ele encontrar o que gosta de fazer... :) Outra iniciativa legal que mostra a mulher construindo carreira é quando o Chandler é transferido de cidade e ela não vai com ele, pois surge uma oportunidade de trabalho para ela muito boa... é logo depois disso que ele se demite, lembram?
"Enquanto isso, nossos humoristas de stand up continuam fazendo piadas velhas contra gays, negros e mulheres."
Exatamente. Isso me incomoda, muito. Não só por Rafinha e companhia. Lola, a minha reação padrão é evitar contato com esse tipo de gente. Se alguém do meu convívio age de forma preconceituosa, racista, homofóbica, machista, misógina, xenofóbica, eu excluo mesmo. Não sou obrigada! Agora, e quando é uma pessoa que a gente gosta muito? Como lidar com isso? Eu nem falo dos preconceitozinhos enraizados de cada dia, sabe. Por exemplo, a reação dos meus pais quando eu contei a eles que estava saindo com um cara negro foi bizarra. Olha que eu esperava preconceito, mas não tanto, não daquela forma, e doeu um bocado. Claro que eu tentei mostrar meu ponto de vista, só que, involuntariamente, acabei me afastando um pouco - minha reação padrão. Mesmo assim, eu "engoli" isso. Com a garganta seca, os olhos ardendo, mas engoli. O problema maior é o meu irmão mais novo, de dezoito anos. Eu sempre fui "defensora dos fracos e orpimidos" desde moleque. Virei vegetariana; discutia problemas socias; militava a favor do casamento gay, liberdade de crença, aborto e desarmamento; contra o racismo. Tudo isso lá nos meus treze, quatorze anos. Fiz teatro e conheci gente de uma diversidade incrível, cresci muito com isso. Meu irmão, o caçula da família, acompanhou tudo isso e absorveu alguns dos meus conceitos. Eu tinha o maior orgulho de pensar que meu irmão era cabeça aberta, como eu. Eu enchia a boca para dizer isso para as outras pessoas.
Há quatro anos eu saí de casa para fazer faculdade e acabei perdendo o contato diário com ele. A gente se fala por internet, raramente pelo telefone - a culpa provavelmente é minha, que não sou muito de demonstrar sentimentos. Muitas vezes eu sinto que não o conheço mais. Como foi que o meu irmão virou essa criatura tão obtusa? Desde quando ele começou a usar os argumentos do povinho do "politicamente incorreto" e citar Rafinha e Gentilli como se fosse referência? Lola, no Dia da Consciência Negra ele fez uma piada racista de extremo mau gosto. Eu lá, compartilhando links em prol do movimento negro e feminista, e ele fazendo uma piada racista! "E se a consciência negra roubar as minhas ideias?", foi o que ele disse. Foi tão estupidamente prepotente, mesquinho, pequeno, cruel e tão obviamente preconceituoso! Respondi o post dele dizendo que aquilo não era engraçado e ele me veio com os mesmos argumentos furados que a gente escuta quase todo dia: "o meu amigo Fulano, que é negro, achou engraçado", "SE EU OFENDI alguém, não era a intenção" e "as pessoas fazem piadas com gordos e loiras". Lola, meu irmão é um projeto de Rafinha Bastos! Socorro! Eu tentei argumentar, linkei textos, escutei o que ele tinha a dizer numa boa - você sabe que eu não perco a cabeça fácil. Acontece que ele parece cego, entende? Do alto do seu privilégio masculino, branco, heterossexual, criado em boas escolas e cursinhos de línguas, ele simplesmente não consegue enxergar a extensão do seu comportamento. Amigos meus viram a nossa discussão no Face e vieram me dizer, sem nenhum rodeio, "seu irmão é um babaca". Eu sei. E fico aqui pensando onde foi que a gente errou, porque ele não era assim. Meus pais realmente têm seus preconceitos velados, mas o meu irmão está muito perto de adotar um discurso reacionário mesmo.
Depois eu penso que eu não tenho um filho dessa idade, certo? "Educá-lo" não é uma tarefa minha, nossa diferença é de pouco mais de dois anos... Repito isso tudo para mim mesma e, mesmo assim, dá um sentimento enorme, absurdo de frustração. Caramba, é o meu próprio irmão. Se eu não consigo fazer o meu irmão caçula sequer parar para refletir sobre o fato dele estar sendo um perfeito babaca, eu não vou conseguir mudar coisa alguma na droga do mundo. Impotência, decepção, raiva, desprezo, tudo misturado a uma melancolia enorme pela pessoa que ele já foi. Eu não sei como lidar com isso, não sei como falar com uma pessoa que está surda e cega para tudo o que eu tenho a mostrar. Meu irmão acha mesmo que "humor negro" e "revolucionário" é fazer piadinha racista no dia da consciência negra, Lola. Socorro. É muito mais do que o já cruel "mas ele é negro, Camila?" dos meus pais, e muito, muito mais do que eu consigo suportar. Sinto pelo desabafo, mas eu realmente não sei o que fazer. Tampouco sei como lidar com essa situação. Eu estou tão frustrada com isso!
Só um detalhe - nem sempre a tal "claque" é como você diz, risadas colocadas de propósito.
Em The Big Bang Theory (assim como Friends e outras séries, até onde sei), o seriado é gravado com plateia, "ao vivo" (editado depois, claro e transmitido bem depois), e as risadas são completamente naturais - do povo que está assistindo. Então não é colocado de propósito para "o povo saber quando rir" mas sim as pessoas assistindo e se divertindo.
Por isso que as risadas são diferentes, em umas cenas mais, outras menos, umas piadas "claras" não recebem quase nada de risada... Se não seria como oc haves que tem um barulho esquisito que passava por risadas nos anos 40, mas não é...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk,tó rindo até agora Lola,essa é a minha serie preferida .Nos brinde com um post sobre the walking dead, sinto curiosidade mas ainda não assistir a nenhum episodio,acho q tenho medo de zumbis kkkkkkkk
Bem, eu sei também que em algumas séries, tem plateia. Mas sabe, não me interessa se tem gente assistindo lá. Não me interessa a risada gravada, espontânea ou de mentira. Continua sendo um recurso irritante, que é sim fruto de edição. Ou vai dizer que não dava pra retirar a risada? É claro que está lá pra te induzir a rir, e tudo ok com isso. Cada programa com sua estratégia, boa ou ruim. Eu só acho irritante, ué. Não pode?
Desculpa, mas não tem nada de 'completamente natural' nas risadas. Continua sendo algo que o editor escolheu deixar na gravação, e continua sendo um jeito de fazer as pessoas rirem em determinados momentos. É meio chato, né? Vc fica se sentindo bobo de todo jeito, ou sendo forçado a rir com a manada, ou tipo 'o que tinha de tão engraçado nessa hora que eu não achei?'. Só opinião, tem nada de mais nisso.
Lolinha querida,fala tbm sobre de the walking dead,sei que vc só assistiu a primeira temporada,mas acredite,a segunda e a terceira valem muito a pena tbm.
Modern Family é um absurdo de tão sensacional. Eu amo como a gente morre de rir, mas se emociona muito tbm. É a melhor série da atualidade!
Ô Lola, apesar de entender que é sempre bom que sejam retratadas mulheres independentes, o feminismo tem passado o estigma (ao menos pras pessoas que conheço que não procuram ler a respeito) de que mulheres não devem ser donas de casa segundo nós feministas, o que não é uma verdade.
Talvez uma coisa bacana pra mostrar um pouco da diversidade e liberdade de escolha que queremos pro mundo seria ver retratado em algum lugar um casal em que a mulher sustentasse a família e o homem fosse o 'dono de casa' sem o estigma negativo que costumam mostrar quando existe algo assim (lembro de uma novela da globo em que uma treinadora de tênis não gostava do marido ser o 'dono de casa', eles não eram nem um pouco felizes, separaram e tudo o mais).
Enfim, adoro Modern Family, adorei o post, mas nunca tinha pensado por muito tempo sobre como a Colombia tem sido representada na série. Você tá sempre nos fazendo pensar! :)
Desculpa o atropelamento de pensamentos que joguei aqui. Espero que tenha ficado inteligível. Abraço!
Lola, os mascus te amam! Incrível como conseguem sempre comentar em primeiro.. e nem se envergonham disso, de demonstrar que estão ali ansiosos pelo teu novo post, ávidos por comentar! Eu fico boba de ver esse amor ;)
@Valéria Fernandes,
Ainda assim diria que Modern Family pisa na bola muito menos do que “The Fresh” e “My Wife and Kids”. São séries um tanto quanto machistas, sendo essa última com problemas ainda mais graves.
Qualquer problema com a filha adolescente tem a ver com a vida sexual dela ou o horário de chegar em casa, enquanto o menino tem dilemas mais variados. E o pai aconselha o filho sobre sexo responsável ao mesmo tempo em que reprime as filhas para que esperem se casar. Em outro episódio o pai diz ao filho que caso morra ele se tornaria o responsável por “cuidar” da família.
Poderia citar inúmeros exemplos de como essa série parece ter saído dos anos 50. E tudo isso colocado como “moral”, nunca como reflexão. Decepção enorme já que aparentava fugir da fórmula de comédias estadunidenses tradicionais – que outra sitcom tem como casal o cara boa-pinta e a mulher fora dos padrões de beleza que se amam muito e com um relacionamento dinâmico com os filhos, os sacaneando de uma forma que faz rir e não irritar? Mas tinha que ir se descambando
No mais, concordo que o fato das mulheres da Modern Family não terem profissão é uma derrapada beem feinha...mas até o momento, consideraria a única derrapada, ainda q não seja irrelevante...
nossa lola, faz tempo que queria falar da novela "lado a lado", emagora que li este comentário, resolvi não deixar passar. sei que o horário não é dos melhores, mas vale super à pena ver. caso você assista, divida consoco suas impressões.
beijos carinhosos,
ursula
Eu adoro Modern Family.
Sobre as questões de Claire e Gloria não trabalharem, olha, na série, fica bem claro que Claire OPTOU por ser uma stay home mom. É comentado que ela tem inclusive uma formação melhor que o Phil, mas que ela quis ficar em casa com as crianças, opção dela. Acho isso válido.
Não tem como não adorar a série, que sabe fazer humor politicamente incorreto sem ser ofensivo.
Amo Modern Family! É um grande exemplo de humor bem pensado, que não precisa apelar para baixaria e preconceito pra arrancar uma risada. Todo o humor ocorre com uma naturalidade muito bacana, e realmente, é bom que tb não precisem recorrer à claques.
Eu tb lembrava todas as profissões, acho que Friends ganha pontos por isso tb. Acho que Modern Family eles tentam deixar a história em ambientes mais domésticos pra desenrolar melhor por ser uma história familiar, enquanto Friends já tem uma outra pegada. Friends tb tá no meu coração hehe não sei escolher melhor
Não assisti ainda, mas choreeeeei com a Flyza Minelli e a Zsa Zsa Gaboa.
Vou procurar pra baixar com certeza, Lolita!
eu acho que Friends é um ótimo exemplo do retrocesso contra os direitos das minorias - porque a série não tem a mínima, a mais remota intenção de ser progressista, e mesmo assim, comparada com os padrões de hoje, acaba sendo! naquela vibe dos anos 90 a produção mainstream acabou refletindo valores não-tão conservadores. pra começar, o elenco meio a meio, 3 homens, 3 mulheres (quando o normal são Smurfettes), e a relevância bastante homogênea de todos eles para a trama. depois, as mulheres tinham carreiras e faziam sexo, muito sexo, sem que isso seja a definição de suas personagens (tanto que quando a Monica se envolve com o Richard, um homem mais velho, há um episódio acerca do fato de ela ter trepado com MUITO mais gente do que ele - e no final a conclusão é de que, quem liga?). até o Joey, no seu aspecto do típico cara "comedor", é interessante, porque as mulheres que ficam casualmente com ele são muito autônomas e o fazem por vontade própria: não tem aquele chiste da "oh-pobre-mulher-muito-bêbada-e/ou-enganada-pelo-conquistador-que-só-queria-sexo", que está ficando pluri-comum em séries de comédia. as mulheres também aparecem como muita frequência sem sutiã (especialmente a Rachel, e nada mais razoável, com tantas cenas dentro de casa), coisa que pros padrões dos anos 10 é inaceitável e que virou uma implicância mundial em meios machistinhas como o 9gag (uhuhuhu mamilos da Jennifer Aniston ai meu deus). também gosto de como a personagem da Rachel cresce e deixa de ser mimada, mas não de gostar de moda, estética, etc etc (tanto que essa vira a carreira dela), e não é desumanizada por isso, na linha "vadia fútil e burra". é um aspecto da personalidade dela que ela não precisa mudar pra se tornar uma personagem de valor, como costuma acontecer hoje (eu chamo esse clichê narrativo de "a redenção da vadia" - acontece muito em relação a sexo também). além disso, acho que a Carol e a Susan são um exemplo de representação lésbica pra TV. muito embora elas sejam ultra-coadjuvantes e não cheguem nem perto de se tocarem (o que é lamentável), hora nenhuma elas são tratadas como a) seres angelicais que têm um amor cheirosinho e puro ou b) seres pura e desvairadamente sexuais. é bem claro que elas são um casal normal que se ama e faz sexo, e o fato de o filho da Carol com o Ross ter um pai e duas mães é tratado com naturalidade (lembro que em um episódio a Susan e o Ross brigam pela "legitimidade" de suas relações com o bebê, e a Phoebe fala que o bebê tem tanta sorte, porque será tão amado que os dois brigam pra saber quem vai amá-lo mais, e os dois param de brigar na hora). além disso, o Ross é o homem que adora casamento e a Phoebe é a vegetariana. a série tem defeitos enormes, é claro: é super mundinho-branco-de-classe-média (apesar de que eu adoro como a Charlie, quando aparece, é uma personagem tida imediatamente como belíssima e muito inteligente e competente como paleontóloga, - a personagem dela não é estereotipada/gira em torno do fato de ser negra. mas fora ela, quase não tem mais negros, é verdade); todas as mulheres querem indiscutivelmente casar; as piadinhas gordofóbicas comem soltas, etc. mas eu acho que esses defeitos só mostram como não era a intenção da série ser inclusiva, ela só seguia uma possível tendência natural da mídia mainstream com as conquistas das minorias, uma maneira de fazer comédia não-ostensivamente-excludente - tendência essa que foi pro saco nos últimos anos. How I Met Your Mother, que é em termos estruturais quase que uma atualização de Friends, perdeu quase todos esses elementos positivos. (não me levem a mal, eu adoro as duas séries)
ah, e ainda falando de séries, eu desenvolvi a seguinte teoria para diferenciar misoginia de machismo: machismo é The Big Bang Theory, e misoginia é Two and a Half Men. (veja só, TBBT é machistinha: os gênios são todos homens cujo baixo valor social está relacionado diretamente ao fato de que eles não comem ninguém; a aparência das mulheres é sempre importante - ou elas são Penny, linda e burra, ou Amy, feia e inteligente - e esse fator é determinante pra sua vida sexual; tem a Bernadette, cujo chiste é ser mais inteligente e mais bem paga que seu marido Howard, além de bonita demais pra ele - num episódio ela diz que disfarça porque é importante manter o seu "orgulho masculino"; Penny, gostosa que é, não reconhece um bom homem - Leonard - quando o vê, e o deixa na "friendzone" *suspiro*; muito embora a Penny não seja desumanizada por fazer muito sexo, é meio claro que esse comportamento faz mal pra ela e ela devia parar com isso - não fica muito claro, aliás, o porquê de ela fazer tanto sexo, se é porque ela gosta, se é pra ganhar coisas de graça ou por carência e ingenuidade; e por aí vai. TAHM, bem, não tem muito o que falar, absolutamente TUDO o que acontece de ruim na vida dos dois protagonistas é culpa de alguma mulher interesseira, maligna, vingativa ou que só não quis dar pra eles, começando pela mãe e pelas ex-esposas até as vadias que só deus sabe porque querem trepar com o Charlie - algumas vezes é porque ele é rico, outras porque elas estão bêbadas, outras porque foram enganadas e às vezes parece que é só porque é isso o que vadias fazem, esses seres irracionais.)
não sei se é muito certa essa análise estreitíssima da minha parte, mas parece que se andou um pouco pra trás em termos de mulher-em-séries. e eu gosto das primeiras temporadas de TBBT. TAHM, não dá, não dá. e Modern Family (o verdadeiro tema do post, he), vi poucos episódios, mas adorei tudo o que vi! quando pegar pra ver tudo vai ser numa sentada.
Bah Camila, reconheço teu sentimento. A diferença no meu caso é que não sou próxima do meu pai e meu irmão tem 3 anos, mas eu vejo que se tudo seguir dessa forma ele vai ser o machista perfeito. Simplesmente não sei o que fazer.
E Modern Family é excelente. O que eu gosto no Jay é que mesmo sendo mais velho e ter tendências conservadores ele faz de tudo pra acompanhar a família e ser mais compreensível.
Assim, adoro modern family e achei o texto muito legal. Mas nao acho que dá pra negar o fato de o casal gay ser extremamente estereotipado nem diminuir o fato de as mulheres (e o Cam, o gay-sensível-quase-descontrolado) nao trabalharem enquanto os maridos sao homens de sucesso. Nao gostei, por tanto, do monte de 'É preconceituoso, mas...' que tem no texto. Mas, claro, nada é perfeito (:
@Camila Fernandes: é um saco pensar isso, mas a luta tem que ser realmente pelo outro lado. um humor fácil e retardado de um rafinha bastos da vida é muito sedutor para um garoto de 18 anos, ainda mais se pensarmos que seu irmao está numa idade na qual entre as coisas que mais quer é se enquadrar no grupo de amigos. e, sim, os amigos dele que nao tiveram uma irma como você vao rir dessas babaquices porque isso está entranhado na nossa cultura...
Modern Family tem muitas qualidades, mas dá uma derrapada feia na representação de mulheres mais velhas. Pra começar a idade da Claire, né? Eu tenho 41 e tenho uma filha de 5, como a grande maioria da minha geração que teve filhos depois dos 30. Todas as minhas amigas da mesma idade tem filhos pequenos. A própria Julie Bowen tem 42 e tem 1 filho de 5 e gêmeos de 3. Mas contratar uma atriz de uns 50 nem pensar, né? Nessa idade as mulheres já estão mortas ou viraram verdadeiras bruxas, como a primeira mulher do Jay, que é um dos piores estereótipos que eu já vi.
Fala sério, existe uma mulher assim? Maldosa, ciumenta, alcóolatra, aparentemente dedicou sua vida a infernizar a vida dos filhos e do marido. Ele, um santinho, aguentou por muito tempo até que a paciência se esgotou e finalmente se divorciou. Já vi muitos episódios em que a Claire e o Mitchell lembrando de episódios de sua infância e nunca houve uma referência à mãe, só ao pai, que mesmo trabalhando, pelo jeito tinha tempo para ser mais presente que a "broaca".
Enfim, Modern Family, como quase tudo na tv, "mata" as mulheres mais velhas. Avós (e bisavós) super bacanas como as que a minha filha tem a sorte de ter pelo jeito não são "modernas" o suficiente para aparecer numa série como essa.
Lola, como assim? Eu me lembro da profissão dos 6 personagens principais de Friends! A Monica era chef de cozinha; a Phoebe era massagista, a Rachel trabalhava com moda, o Ross era professor universitário, o Joey era ator e o Chandler trabalhava num escritório - ninguém sabia o que ele fazia exatamente e isso rendeu piadas para muitos episódios. O trabalho era uma questão para os personagens , principalmente para a Rachel, que deixou de ser uma garota mimada e se tornou uma profissional reconhecida no ramo da moda. Na última temporada, ela é convidada para trabalhar em Paris, na Louis Vuitton. Dá pra perceber que eu sou fã de Friends, né? hehehehehe Um beijo.
Q bom q vc explicou essas girias Lola, por ver muito pouco TV eu to sempre boiando, não é raro alguma amiga se chegar e soltar o ultimo bordão popular na TV e esperar q eu de risada, e nada..., fica uma situação constrangedora rrsss...
Só discordo no que toca a Seinfield! A séria é otima, sei que tem seus preeconceitos, mas sempre a vi como uma critica ácida a vida americana, aos nossos defeitos, crises e vazios existenciais....
No mais, adoro modern.., acho que consegue ser tradicional e ousada ao mesmo tempos, ela quebra esses típicos cliches, com cliches.
Tipo, é cliche um homem mais velho (e rico) com alguém mais jovem e pobre. Só que eles subevertem, não parece ser uma relação fria onde o homem comanda tudo, e parece que a gloria realmente o ama, e não pelo dinheiro, como ela diz no dia daquela foto (alias, foi GENIAL aquele episodio! nunca vi uma problematização disso em séries!!)
evams seu comentário foi de uma precisão quase cirurgica
até deu vontade de ver de novo a série
evams, achei interesantíssima sua análise!! Acho que é por ai mesmo.
Enfim, assistimos, e não sei por qual razão de nossa subjetividade e complexisade q acabamos por gostar de várias séries que às vezes são um tanto quanto reacionárias em diversos aspectos. Curioso isso.
Gostava tb do Seinfeld, e putz uma séries super mundinho classe média (alta!) de NY!!
Agora me desculpe, mas eu vejo uma série americana (enlatada) de boa, dou muita risada etc, sei dos limites deles, mas neeeeem se compara com novela brasileira..Fico mal de fazer estas comparações (quase nunca gosto de qnd dizem que o Brasil é ruim e EUA é bom..rs) mas neste aspecto sou muito mais enlatado de lá....kkkk
Ah, e as risadas (claque) são muuuuito ruins, isso sim eles podiam parar!
abraço!
Modern Family é ótima mas eu parei de assitir.. eu sempre acabo largando as séries de comédia e fico só com as de drama. Deve ser porque sou uma pessoa dramática. Mas um dia eu volto a assistir, acho que parei no meio da 2 temporada.
Anon, eu também tinha medo de zumbi, já tive alguns pesadelos desde que comecei a assistir The Walking Dead. Seja forte e assista porque vale a pena. :D
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Camila, não perca a esperança com o seu irmão. Ele pode mudar. Pode ser só imaturidade mesmo ou má influências. Minha avó faz uns comentários racistas e machistas de vez em quando, mas ela tem 82 anos. Eu não discuto com ela. Acho que não tem mais jeito...
Shey, meu ponto não é que as séries que citei são menos machistas ou suas piadas mais inteligentes, pontuei que é uma péssima mensagem ter todas as "esposas" (*contabilizando o homossexual gordinho*) como "do lar". Eu não poderia ponderar com Friends - mas outros colegas apontaram - porque nunca acompanhei a série e citei SOMENTE mulheres casadas, como em Modern Family. Espero ter deixado claro isso, mas é o mesmo tipo de crítica que eu fazia no início de A Grande Família. Até por lá, a coisa mudou neste aspecto... Pelo texto da Lola, vi que em Modern Family, as esposas continuam sendo donas de casa e os homens sustentam o lar.
Se alguém quiser desdobrar a discussão para outros aspectos, OK. Eu não fiz isso. Pontuei algo que é óbvio para mim: se Modern Family, que é muito legal, sim, não faz propaganda do modelo tradicional de "staying home mother", não sei o que faz.
E de séries americanas só acompanho regularmente TBBT. Não tenho paciência para várias temporadas em cadeia. Eu canso e abandono mesmo. Prefiro séries inglesas curtas. Não é questão de ser melhor, ou pior, simplesmente se adequam as minhas necessidades. Agora, eu vejo algumas novelas - 7 meses é ter princípio-meio-fim - e para quem quiser, comentei Lado a Lado 3 vezes no meu blog já.
Modern Family é simplesmente hilário. É uma forma de fazer humor simples e inteligente, sem precisar apelar pra piadinhas prontas. Eu acho fantástica a forma como eles retratam o casal gay.O Cameron é estereotipado?É. Mas existem muitos gays como ele, e eles também devem ser representados de forma digna, então porque não colocar um cara como ele, no papel de pai dedicado,amoroso e de pessoa super agradável de se conviver?
Outra série que faz algo parecido é Glee.Kurt,um dos protagonistas, é um homossexual bastante estereotipado,assim como o namorado dele. Mas o relacionamento deles foi muito funcional e bonito enquanto durou. O casal lesbico da série, por outro lado, foge do esteriótipo, as duas são lideres de torcida, uma delas é bi, e essa condição é tratada com a maior naturalidade de mundo, tanto que agora que as duas terminaram, Brittany(a bi)está começando um relacionamento com um cara, que nem sequer a questiona sobre sua sexualidade.Glee retrata muito o papel das minorias.Na nova temporada tem um personagem transsexual.
E eu lembro sim, as profissões de todos em Friends. Uma coisa otima nessa série, é que todas as meninas trabalhavam, eram bem sucedidas ,sustentavam sozinhas seus apartamentos, faziam muito sexo sem nenhuma neura.O unico problema é que eram todas loucas pra casar.Mas até aí, o Ross também era kkkkk
Nathalia.
Bel, não entendi o que tu quis dizer sobre a idade da Claire. Se ela fosse mais velha, O Jay teria muito pouca diferença de idade com ela. E a moral também é mostrar que ela foi mãe bem cedo.
E também não acho que os roteiristas dão a entender que o Jay era um santinho quando casado, acho que tá até mais pro contrário, ele não se dedicava muito aos filhos. Agora é que eles tem essa relação mais de família mesmo.
A Gloria teve diversos trabalhos enquanto era solteira. Lembro que um desses era motorista de táxi. Ela parou de trabalhar depois que casou com o Jay, não para cuidar do filho, mas para aproveitar um pouco da nova vida que ela estava experimentando, sem tantas privações. O Cam trabalha na escola das crianças como professor de música ou alguma coisa assim. E a Claire tem tantos filhos com pouca idade pq engravidou cedo, não custa lembrar. ;)
Eu gosto muito de Modern Family, comecei a ver recentemente e já estou na quarta temporada. No entanto, apesar de adorar todas as personagens, acho que de moderna essa família não tem nada, quando observada com atenção. O fato das mulheres não trabalharem incomoda - apesar de que fica bem claro de que o trabalho de dona de casa da Claire é fundamental para a família. Mas me incomoda também como eles colocam o casal gay dentro da lógica dos casais héteros: há o marido provedor, e o Cam assume o papel da mulher, já que é ele que cuida da casa. Acho que desse modo fica mais fácil para o público se identificar com eles, pois eles se encaixam na ideia que existe de "família normal". Enfim, apesar disso, o humor da série é bastante irreverente.
Lola, adoro essa série!
Acho que o Jay não te agrada tanto justamente pq ele é a representação de uma geração passada que às vezes tem dificuldade em aceitar as mudanças, mas no fundo ele tem um coração muito grande e isso transparece muitas vezes.
Mas o meu preferido é o Cam, sem dúvidas.
Lola, para constar, lembro da profissao de todos os personagens de Friends. Menos do Chandler pois era uma piada constante o fato de que ninguem sabia o que ele fazia.
Não sei se alguém mencionou pois li muitos comentários mas o personagem Jay vivido por Ed O'Neill tá melhor do que o Al Bundy, patriarca do seriado Married...with Children.
Se você ainda está na primeira temporada não quero detalhar certos episódios para não estragar mas acho muito legal que os dilemas do Jay para com o filho Mitchell. Os autores mostram que dá para explorar a comédia. Não é à toa que eles tem ganhado Emmy atrás de Emmy. E eu tb amo o Phill!
@Evams
Eu concordo plenamente com você. Não assisto Modern Family, então não posso comentar sobre a série, mas acho que Friends fez um ótimo papel ao dar profissões a todxs e separar diversos episódios para tratar desses dilemas.
Quanto a HIMYM, eu tb adoro a série e posso estar sendo inocente, mas acho que ela beira a ironia em alguns pontos. O Barney, por exemplo, que é um cara super bem sucedido no trabalho (ngm sabe o que ele faz, como se fosse algo ilícito) mente para todas as mulheres que encontra só para transar com elas, num surto de carência, porque na verdade ele em vários momentos da série se apaixona perdidamente por alguém. Eu vejo o Barney como uma espécie de mascu às avessas (ele é rico, tem sucesso com as mulheres e está sempre se gabando disso, mas tudo o que ele queria era um relacionamento estável e daria tudo pra ter isso. Além do que, o ator que faz o personagem é assumidamente gay, o que intensifica essa coisa da ironia).
Temos também o casal Marshall e Lily. Acho que a maioria das pessoas conhece um casal assim, que se apaixonou e você tem certeza que ficarão juntos pra sempre. Lily é professora no jardim de infância no começo da série e Marshall nem tinha um emprego, estava terminando a faculdade de direito, e isso nunca foi tratado como um defeito pelo contrário, todos eles davam o maior apoio pro cara, principalmente sua amada. Tem o dilema da Lily, quando ela decide se dedicar a arte e termina com Marshall, que fica arrasado, mas os dois acabam voltando. Gosto dessa sequencia pq mostra que homens também podem ser frágeis e dar um imenso valor à família.
Por falar em homens frágeis, todos os personagens principais homens já choraram em algum momento da série, e até mesmo alguns homens secundários.
Temos a Robin, que é um personagem engraçado e ao mesmo tempo o mais problemática. Ela teve uma criação "masculina" pois seu pai queria um filho homem, e isso dá a ela várias características de "macho". Acho interessante como isso é tratado na série de forma negativa e ao mesmo tempo positiva, pois da mesma forma que dá charme ao personagem, condena o pai dela por ser um homem tão machista.
Tem também os desejos lésbicos da Lily e o fato de ela e Marshall serem quase que insaciáveis sexualmente. Fora o casal 20, todos os outros personagens fazem bastante sexo e trocam de parceiros regularmente, sem parecer vulgar ou errado (com exceção do Barney).
Por fim, temos o Ted, que eu acho o mais sem graça. Ele só se fode e diversas vezes é zuado por ser "sensível demais", fator que deixa a desejar bastante na série. Mas sei lá, ele é como aquele amigo que acha que é super legal, mas não é tanto. E que mesmo assim a gente adora e sente muito carinho por.
Sei lá se eu me fiz entender. Mas acho que o recado está dado. Talvez seja preciso assistir muuuito HIMYM para pegar essas referências - e aí provavelmente está o erro.
Adoro séries. Essa ainda não assisti.
Esse ator que faz o Jay me faz lembrar a minha infância, ele era o protagonista de uma série que eu adorava, mas não lembro o nome de jeito nenhum. Também era sobre uma família, só que mais maluca do que a maioria das famílias chatas de séries da década de 80.
Atualmente a minha preferida de comédia é Veep, não é um humor rasgado, é mais irônico, sobre a vida de uma vice-presidente nos EUA com uma equipe bem atrapalhada.
Recentemente assisti The Comeback, com uma das atrizes de Friends, no papel de uma atriz que tenta voltar a fazer sucesso depois de anos afastada da tv. A série é gravada como se fosse uma espécie de documentário, reality show com a vida dela, e tem uns momentos bem legais.
Abçs
Modern Family é minha série favorita atualmente!
Gosto muito do Jay porque é um personagem que mostra que, mesmo com toda uma vida pautada por preconceitos que a sociedade nutre em nós desde pequenos, podemos mudar. Ele tenta entender e respeitar a orientação sexual do filho, mesmo reconhecendo que não soube lidar com a descoberta de sua homossexualidade. Além disso, após o casamento com a Glória, o Jay se esforça por desenvolver sua sensibilidade. Acho uma graça quando ele tenta consertar na criação do Manny a falta de tato que tinha na do Mitchell e da Claire. É tropeçando, se enrolando, mais errando que acertando, mas pelo menos ele tenta. No episódio em que ele e o pai do Cam discutem porque ambos veem o filho do outro como a ''mulherzinha'' do relacionamento, fica claro que ainda falta muito para ele entender novas formas de amor e relacionamento. Na mente dele, moldada a um modelo antigo de ''família'', tem de haver uma pessoa fazendo papel de homem enquanto a outra faz de mulher. E ser ''mulher'' é ser inferior, pelo jeito.
@Valéria Fernandes, sua colocação é importante. O fato de nenhuma mulher trabalhar me chamou a atenção na série. Não porque seja um problema (se for escolha da mulher), mas porque no mínimo isso foge um pouco do que vivemos hoje. Uma dúvida que tenho é sobre o que a Gloria fazia antes de se casar com o Jay. Sabemos que a vida dela era difícil, mas não sei o que ela deixou de viver para trabalhar no lar, se abandonou alguma aspiração. A Claire parece gostar do que faz, mas a Gloria não tem interesse no serviço doméstico e há muitas piadas sobre gastar o dinheiro do Jay. A personagem fica meio vazia, a gente não sabe o que ela quer (apesar de ser uma mulher forte e decidida).
Adoro Modern Family!!
Gosto principalmente das olhadinhas furtivas pra câmera, durante algumas cenas. E também da própria fotografia, que muitas vezes funciona de uma forma mais parecida com nosso olhar, indo, voltando, fazendo curvas, com um certo balanço...
Acho um humor excelente por tirar sarro de boa parte do senso comum.
A Evams você falou tudo que eu penso sobre todas essas séries também.Quanto a How I met your mother eu achava no começo bem engraçadinho mas chegou uma temporada que todo episódio era igual: tudo gira em torno do Barney e suas estratégias ridículas pra pegar mulher e essas mulheres são sempre retratadas como carentes e muito,muito tapadas.Tem um episódio que ele está pra ficar com uma mulher linda aí ela diz pra ele que tem 30 anos,ele faz cara de asco e vira as costas.Em outro a Robin faz sexo casual com um cara e depois fica tentando convencer a galera que ela estava apaixonada por ele pra não ser chamada de vadia.Uma série que eu estou gostando bastante é 2 Broke Girls,as duas garotas são super amigas,se sustentam sozinhas enquanto vão guardando dinheiro pra abrir um negócio de cupcakes,a vida delas não gira em torno de uma pica e elas nunca brigaram por causa de macho.
Assiste The New Normal Lola! É do mesmo criador de American Horror Story e Glee. O casal gay é protagonista e há mais química. Amo Modern Family, mas The New Normal é muito legal também. Esta não é tão engraçada quanto a primeira, mas o que eu mais gosto em TNN é que é uma série sobre otimismo.
http://www.metafilter.com/122777/Consent-is-Sexy
Leia (e clique nos links). Dá um post. ou vários.
evams, sua análise de Friends é bem interessante. Eu mesma duvidei antes de clicar no link do tweet da Lola, mas concordo com quase tudo, em especial na comparação com HIMYM - que aliás eu também gosto, mas reconheço que tem muito de irritante.
Só queria deixar um comentário para atentar você e a galera aqui que gosta de séries de uma nova comédia meio esquecidinha por todo mundo (eu mesma comecei a ver recentemente), mas que está fazendo muito para atualizar a velha fórmula do grupo-de-amigos-brancos-que-só-hangs-out-together: chama Happy Endings, começou a segunda temporada agora. Entre os personagens principais - também seis amigos, três homens e três mulheres - há um personagem negro, casado com uma mulher branca (além de os dois serem a coisa mais hilária se esbaldando em kinky sex o tempo todo, uma das tramas mais recentes deles é sobre o marido ser super okay em virar um stay-at-home-husband e ser sustentado pela mulher), e um personagem gay. O mais legal é que ao mesmo tempo em que esses fatos são integrados na história de forma completamente natural, eles nunca são ignorados completamente, e agregam ainda mais para a trama e o humor da série.
Vale a pena dar uma pesquisada (eu baixo, mas acho que passa na Sony) porque a série é uma delicinha.
Famílias modernas de verdade são as que vemos na maravilhosa série americana Queer as Folk.
Tem o casal de lésbicas cujos filhos são gerados com a "contribuição" de amigos gays. Tem a garçonete que cuida do irmão com AIDS e convive numa boa
com a homossexualidade de seu único filho. Tem o casal gay que decide adotar um adolescente soropositivo e ex-garoto de programa. Tem quatro amigos de
longa data, todos gays e muito diferentes entre si, mas que se amam e amparam uns aos outros como verdadeiros irmãos. É uma série que tentou abordar os
mais variados aspectos da homossexualidade: a luta pelos direitos civis, a legalização do casamento e a adoção de filhos, a homofobia, a prostituição,
a cotidiana luta contra o HIV, o orgulho gay, os conflitos familiares, a promiscuidade, o amor. Acabei de assistir a quinta e última temporada de QAF
e adorei. Vale muito a pena.
Concordoo demaiiis!!! Não tem serie atual nenhuma que faça pareo com Modern Family!! é realmente impossível não assistir um episódio e não morrer de rir!!
você falou bem, TODOS os personagens são ótimoos, é dificil escolher um preferido.. Mas acho que fico com a Glória e o Phil!! HILÁRIOS!!!
aquele sotaque da Glória faz tudo ficar engraçado..
Fico pensando, quero ter um marido como o Phil!! ele é fofo demaiiiiis!!!!
Evams, adorei sua análise. Se vc quiser transformar seus dois comentários num guest post mais elaborado, por favor, entre em contato comigo: lolaescreva@gmail.com
Eu gostaria muito!
Pô, TODO MUNDO lembra direitinho das profissões de cada um dos Friends? Quer dizer, todo mundo menos eu? Acho que vcs são mais fãs da série do que eu... Eu gosto muito de Friends, mas não me lembro de muita coisa.
Gente, o que faço com o sorteio do livro Toda Maneira de Amor Vale a Pena? A vencedora LAÍS FLORES ainda não entrou em contato comigo. Preciso que ela me envie o endereço para que a editora possa mandar o livro pra ela. O que faço se ela não entrar em contato? Faço um outro sorteio com os mesmos comentários do post?
Ah, vou escrever sobre Walking Dead! Aguardem.
Valéria,
Desculpe, acho que eu é q não fui clara: entendi muito bem seu ponto, apenas aproveitei para fazer uma observação comparando MF com duas das séries citadas.
Ainda que Modern Family derrape em coisas como a vida profissional das esposas - mesmo em comparação a algo como "My Wife..." - pesando as duas na balança, a mancada de MF não me parece grave assim. Trocando em miúdos: antes engolir a "bola fora" de Modern Family do que o sexismo sempre presente de "My Wife and Kids"(que não é uma série tão antiga assim).Medo, muito medo do ressurgimento com força total dessas séries e suas "lições de vida" moralistas.
Mas essa sou eu divagando, paro por aqui. ;)
Sobre os papéis do casal homossexual, a Carol falou muito melhor do que eu poderia expressar.
Olá Lola. Gosto muito de seu blog e das suas críticas de filmes e séries. Queria muito ler uma análise sua sobre a série Game of Thrones. A série se passa numa época medieval, um tanto machista, como era de se esperar. Mas as personagens mulheres são muito fortes e fundamentais à história. Uma delas, a Arya é bem femista inclusive, uma menina que se recusa a ser uma dama cujo único objetivo é se casar. Além disso, a série tem personagem deficiente físico, anão, homossexual, além de inúmeras mulheres interessantíssimas.
Bem, gosto muito tanto dessa série que vou comprar livros para me aprofundar na história.
Fico então na esperança de um dia ler sobre a série por aqui.
Abraços e parabéns pelo blog.
os comentários dx evams tão lindos mesmo, merecendo guest post :)
ótimo post, lola :*
Nem sei porque to comentando isso, já até falarem acima, sobre a claque em Friends, não é uma claque, é uma plateia ao vivo, se você ver alguns erros de gravação poderá perceber, tem até alguns que foram causados pela plateia, que riu muito ou riu na hora "errada" e fez os atores rirem também.
Não que isso deixe as risadas na TV menos incomodas, mas pelo menos assim se sabe que a risada foi espontânea.
Essa série é genial! Comecei a assistir em agosto por indicação de uma amiga e acabei antes do mês acabar, simplesmente viciei! Amo os personagens e a trama, só falto morrer de rir... Agora o duro é esperar tantos dias entre um episódio e outro, ainda mais sendo o episódio tão pequeno... mais vale mt a pena, espero q a série ainda tenha mts e mts temporadas... agora sou eu q vivo indicando essa série aos amigos
Eu entendi o comentário da Bel. Estão colocando atrizes mais novas para interpretar mães de filhos adultos. No caso da Clarie eu entendi que ela foi mãe cedo. ok. Mas e a Giovanna Antonelli fazendo a mãe da Mariana Rios na novela das 9?? Giovanna é de 1976 e Mariana de 1985! Isso vem acontecendo com certa frequência. De cabeça eu lembro da Maria Fernanda Cândido mãe de atriz de 20 anos em O Brado retumbante.
Valéria, vou ler seus comentários sobre Lado a Lado agora!
Lola, isso de sorteio costuma ser assim em outros blogs: vc escreve dando um prazo pra pessoa responder. Não respondeu dentro do prazo, refaz o sorteio, azar de quem deixou passar. Ou vc corre o risco de ficar esperando indefinidamente.
por favor, guestpost do evams já. muito boa essa análise, tenho meus problemas com himym, mas gosto tb.
falaram de happy endings, na verdade ela tá na 4ª temporada já. é um humor bem legal, acho q tá mais pra seinfeld, pq não tem muita história. mas eles mesmo se comparam com os friends (no começo tinha mto da crítica falar isso, então eles absorveram)
o problema/qualidade, é q as piadas são sem parar, então se vc pisca, vc perde :( ahuaha
tem o max, q é gay só q mostrado como "cara q gosta de coisas de hetero"
a alex, q é a loirinha burrinha, mas mostram outros aspectos dela, por exemplo, ela é magra, mas come sem parar e adora
o casal brad e jane, no começo os dois são ricos por causa do trabalho q cada um faz, depois o brad fica em casa. e num dos últimos episódios, ele não gostou de como a jane tava mostrando ele para o pessoal do trabalho e encarou a "trophy wife"
a penny, q vive transando com os caras e busca o "principe", mas nunca é cobrada por isso, por transar com mtos caras
e o dave, q eu acho bem sem graça, ele cozinha, tem um trailer q vende comida, mas uma qualidade, em vez de ser o bonzão hetero pegador, ele é só bobão mesmo aiuhaihiau
community é uma série ótima. bem politizada, bem sem noção, bem nerd, bem melhor q muita coisa. mas tão incompreendida pela emissora de tv, q demitiram o próprio autor e ano que vem volta para a temporada final
tem essa entrevista pra qm se interessar
http://jezebel.com/5889101/the-lovable-ladies-of-community-on-slut+shaming-stereotypes-and-women-in-the-drivers-seat
"Os homens punem, por ridicularização, exclusão, ou ostracismo, qualquer mulher que assume o direito de interpretar seu próprio papel ou - pior que tudo - o direito de reescrever o roteiro.
É preciso um tempo considerável para as mulheres compreenderem que a obtenção de papéis "iguais" não irá torná-las iguais, enquanto o script, os adereços, o cenário, e a direção são firmemente segurados pelos homens. Quando as mulheres começarem a perceber isso e se agruparem entre os atos, ou mesmo durante a execução, para discutir o que fazer sobre isso, este espetáculo chegará ao fim."
Gerda Lerner, A Criação do Patriarcado.
Lola,
Sem querer puxar a sardinha pro nosso lado (hehe) geralmente, quando alguém de um blog faz um sorteio, existe uma data limite para o interessado entrar em contato. Caso a pessoa não entre, é refeito o sorteio com quem já se inscreveu.
Ou seja, na minha opinião, acho justo refazer o sorteio =P
hihihih
Eu tô me apaixonando pelo seriado Girls...
Luci
Rafinha e cia não fazem humor negro. Humor negro é uma critica inteligente sobre situações extremas. A maioria do publico intitulado "politicamente incorreto" não tem QI suficiente para isso.
Eu tbm lembrava das profissões de todas as personagens femininas de Friends e nem gosto da série. Mas, nesse caso específico, as profissões de todos eles eram parte importante de mtos episódios.
Eu gosto de Modern Family, mas já tinha reparado q as mulheres não trabalham e, na boa, acho q isso tira mto do mérito da série.
Alguém aí em cima já comentou, mas se for pra falar de série americana "mainstream" inclusiva, Glee leva fácil. A série retrata gays, lésbicas, orientais, judeus, negros, cristãos, ateus, pessoas portadoras de necessidades especiais, com síndrome de down, TOC, transexuais, gordos... Até o diretor da escola é indiano.
Sobre a idade das mãe na ficção.. é só fazer as contas! Algums vezes são absurdas mesmo. Em uma novela a Luiza Brunet era mãe da Alessandra Negrini. Elas tem 8 anos de diferença. Ridículo. Já a Maria Fernanda Cândido tem 38 anos e pode muito bem ser mãe de alguém de 20 anos.
Sobre a questão do claque, até onde eu sei, é um recurso que utilizado para "aumentar a graça".
Parece que as pessoas riem mais quando estão em grupo. Então colocam essas risadas para dar a impressão de que a pessoa não está rindo sozinha e, de certa forma, facilitar o riso e, consequentemente, fazer com que a pessoa goste mais da série.
Visto por esse ângulo, não seria um recurso com o objetivo de "ensinar as pessoas o momento de rir", embora na prática acabe tendo esse efeito mesmo.
E, se eu não me engano, no Modern Family, tem momentos em que os personagem olham diretamente para a câmera. É como se eles tivessem se conectando com a pessoa que está assistindo e dizendo "vc também percebeu o absurdo dessa situação?" ou algo do tipo. Isso, me parece, também é um recurso que diz "agora é a hora de rir".
Fora isso, adoro Modern Family. Gostei muito do post.
Adoro seriados de maneira geral, Lola. Só corrijo sobre o ponto onde fala do trabalho dos "Friends". Joey era ator, Ross paleontólogo, trabalhava em um museu e lecionava em uma universidade, Chandler era alvo de piada pq trabalhava com processamento de dados e ninguém sabia o que ele fazia exatamente, depois virou publicitário. Mônica era chef, trabalhou em restaurantes a série inteira, Phoebe massagista e Rachel, depois de ser garçonete, trabalhou com moda na Bloomingdales (não sei se escreve assim) e na Ralph Lauren. Em vários episódios retratam a rotina deles no trabalho!
ahhahaa pensei que só eu sabia a profissão dos FRIENDS!
Mas de boa, NUNCA que o Ross consegueria ser PHD, professor de universidade e o baralho a quatro... se bem que né, os episódios dos seriados representam momentos isolados da vida dos personagens neh, se eles ficassem trabalhando/estudando o tempo todo não teria história...
Mesmo no The Office que a série é NO escritório eles mal trabalham... se bem que em muitos escritórios é bem daquele jeito mesmo!
E o episódio quando Cam decide fazer dieta e enlouquece?
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
E quando Jay prefere a cia da cachorra do que a da esposa, que mortificada, tenta ensinar a cadelinha a roer os sapatos do marido? E ele vê tudo?
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Vou começar a ter ataque de riso de novo.
Para a Camila Fernandes:
Amada, vc é responsável apenas por quem você é. Repita isso até entender, até esse peso, essa impotência, cederem espaço para reconhecer que fora de nós mesmos, nossa influência é limitada e NUNCA onipotente.
Se posicione firmemente, seja franca, mas deixe seu irmão com seu próprio caminho, próprias escolhas. E talvez o mais importante: continue mostrando a ele que apesar de tudo, vc o ama. Que vc vai ser sempre a irmã que falará a verdade, por mais dura que pareça, mas também aquela que acolhe, que escuta. Porque, sabe de uma coisa? Intransigência, arrogância e imaturidade misturadas são previsão certa de muita dor no futuro. Seja o farol dele, mesmo que ele ainda não consiga ver.
Beijo grande.
É, eu não gosto dessa série não. Acho beem clichê em alguns momentos e principalmente a figura da Glória, e dos hispanicos, me irrita. Fico profundamente ofendida. E sou brasileira!
AAAAAaaaa e o Ross era Antropólogo, a Mônica era Chef ( aparece muitas vezes no trabalho) , a Phoeb massagista, Joey ator, e tá, Chandler era uma cara em crise Rachel era gaçonete que depois virou alguma coisa de moda.....e era uma série beem politicamente correta, tinha um humor inteligente, tratava com muita deferencia todos os assuntos delicados, inclusive qto a estrangeiros.
Eu adoro seus posts Lola, mas desse eu tenho que , amigavelmente, discordar! Bjinhos!
Em Modern Family eles gravam depoimentos sobre as relações familiares, e como se eles tivesse, gravando um documentário. Então as olhadelas pra câmera têm essa justificativa.
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Luci, GIRLS é puro amor!
http://www.youtube.com/watch?v=Q_L52eExAHU
Acho que novo humor para novos tempos seria essencial. O pessoal que fica dizendo que nos anos 80 era melhor, era possível um Mussum e etc... Discordo! Estamos em 2012/2013 e a comédia deveria acompanhar o tempo, assim como a filosofia, a religião também possuem um movimento, um tempo histórico, talvez o tal do devir hegeliano...
As olhadelas para câmera têm justificativa da mesma forma que os claques também têm.
Mas isso não muda o efeito que eles causam.
Às vezes eu assisto e essa série rende boas risadas, sim.
Mas o estereótipo da latina sensual, os estereótipos da filha inteligente e impopular e a filha popular e burra e o fato das duas mulheres adultas serem donas-de-casa me incomodam demais. Não dava para uma delas ser dona-de-casa e a outra ter uma profissão? De "modern", só tem o casal homossexual, mesmo.
E é claro que eu lembro a profissão dos personagens de Friends! Como você não lembra?
A Monica era chef em um restaurante, o Ross era paleontólogo e professor universitário, a Phoebe era massagista, o Joey era ator, a Rachel era garçonete no início e depois foi trabalhar com moda, e o Chandler, no início tinha algum trabalho executivo que ninguém sabia o que era (e isso era motivo de piada) e perto do final da série foi trabalhar em publicidade.
@Lan (que comentou lááá em cima), uma série em que a mulher sustenta a família e o marido cuida da casa e da filha (*e isso é a coisa mais natural do mundo*) é Up All Night.
Não acho as piadas tão boas (em geral giram em torno do casal na faixa dos 30 aprendendo a ser pais e tentando manter a paixão no relacionamento, ou na apresentadora sem noção do programa estilo Ana Maria Braga do qual a protagonista é produtora), mas é linda nesse aspecto.
Ok - Flyza Minelli. SHOREI.
Lola, amo o seu blog, aprendo muito com vc. Eu, q sempre me considerei feminista e sempre disse que o era, de repente me deparei com o tamanho da minha ignorâcia sobre o tema. Eu já sabia que me faltava (ainda falta)mais leitura sobre o tema, mas foi maravilhoso perceber como existe todo um mundo novo a ser descoberto. Deixo de ser tão exigente comigo mesma qdo lembro que sou de uma geração em que os curiosos liam até bula de remédio em nome de um conhecimento alternativo. Não, livros feministas não são mainstream. Agradeço muito sua coragem e clareza de pensamento quando expõe fatos e raciocínios em seu blog. Continue sempre melhorando. Em relação ao Modern Family, porém, devo discordar: detesto esse seriado. Hahahaha. Mas nada q abale minha admiração por vc. Abraço.
E cabe lembrar, em se tratando da Mônica que sempre foi até muito focada na carreira, ela vive dois momentos muito interessantes. Primeiro quando ela resolve se mudar com o Chandler, quando ele é transferido, e depois muda de ideia porque conseguiu um emprego com o qual ela sonhava. E depois, o que é mais legal ainda, ela banca - no sentido financeiro da palavra mesmo - o sonho do Chandler de procurar uma profissão onde ele fosse feliz. Ela sustenta o Chandler - e isso fica muito claro - e se mostra extremamente feliz em ser chef num restaurante chique de NY e ser a provedora de uma casa para que o marido possa começar uma nova careia e enfrentar as dificuldades de todo começo, como o estágio voluntário.
Acho isso tudo muito mais bacana do que os esforços da Cleire sempre empenhada em sustentar "por amor" as babaquices ridículas de u Phil que, se fosse nosso vizinho, a gente adoraria que tivesse alguém que o amasse com segurança suficiente para desfazer a realidade paralela onde ele vive
Modern Family é realmente uma ótima série. Uma das melhores do momento.
Fiquei feliz de alguém mencionar "Community", que sem dúvidas é a minha favorita disparada! Inovadora em todos os sentidos.
É uma pena que só sobreviveu à terceira temporada graças a um contrato com o Subway, e que infelizmente só durará por mais um ano.
Eu adoro Modern Family! O humor é tão bem feito, adoro como eles fazem rir do senso comum sem usar o senso comum. Amo o Cam, Phill, Manny, a Lily e a Alex. E não acho que o Cam seja um gay tão estereotipado assim, tem um episódio que fala justamente sobre isso (e é hilario, como todos os outros); o cam adora futebol americano, inclusive se torna treinador do time na escola onde o luke e o manny estudam. ele fala sobre esporte com o jay, algo que o Mitchell não consegue. tem um episodio tambem que ambos estão dormindo e acordam com um barulho (seria alguem invadindo a casa? lily estara em perigo?). Cam pega um taco de beisebol e toma iniciativa, todo corajoso, já mitchell fica todo apavorado, e depois fica se culpando.
Também adoro o jeito como eles falam da tal "moda de multiculturalismo". é incrivel. todo mundo ja percebeu como as propagandas buscam "diversificar-se": se são cinco modelos felizes rindo comendo um sorvetinho, em geral há UMA negra ou asiatica, as outras são brancas; isso até seria ok, SE houvesse uma outra porrada de propagandas com 4 negras ou asiaticas e uma única branca, algo que NUNCA vi; sei la, é como se eles (os modelos não brancos) fossem só um enfeite, ou melhor um escudo contra a batida acusação "isso é racista", pois assim os publicitarios podem esconder-se atras do "mas esta propaganda até tem um negro" (mais ou menos no mesmo nível do: "eu até tenho um amigo negro"). enfim, voltando para o modern family, tem um epsodio em que me identifiquei muito (melhor, identifiquei minha escola com ele). Faço parte daquele PEQUENOOO grupo de negros em escola particular de elite. é em uma cidade média aqui do RS. a mensalidade é deveras mais alta que o salario minimo. sou a unica negra do 3° ano (3 turmas, mais de 100 alunos). todos meus fantasticos professores são brancos. a direção é branca. pelos meus calculos tem uns 15 alunos negros na escola, uns 5 asiaticos, nenhum indio, uns 15 deficientes fisicos, e deve ter uns 30 bolsistas ao todos (essa foi chute,baseadas em observações de marcas de tenis (ja q usamos uniformes), de celular e do carro dos pais; só sei que todos os filhos de funcionarios ganham bolsa integral, e que meus colegas simplesmente acham que sua colega nerd preta aqui tambem é bolsista, nova esta comparaçao negritude=pobreza, será? ainda mais que só tiro nota boa, eu não estaria tentando não perder minha bolsa? aff). total: 1300 alunos. concluindo, minha escola só é mais uma amostra de que a desigualdade social no brasil tem cor (metade to país é negro, tchê!). prosseguindo, a ironia é que a propaganda do colegio (que inclui outdoors, tv regional, jornal...) mostra uma linda imagem multicultural: um garoto negro, com um black power, uma garotinha de fortes traços orientais, e outra menina de longos cabelos loiros.haha, a foto é bela, é racialmente democratica, e a intençao, boa. em modern family, eles conseguem fazer uma releitura magnifica dessa sede em ostentar diversidade. O cam e mitchell vão em busca de uma vaga para a lily em uma prestigiosa escolinha. lá o sistema é bem diferente, precisa ser aceito e afins. cam e mitchell estão inseguros, acham que não são bons/cultos o bastante. até que alguem avisa eles (morri de rir) que eles não precisavem se preocupar porque as escolas infantis iriam brigar para ter uma aluna asiatica filha de um casal gay, este seria o mais novo certificado de qualidade das escolas de elite: a diversidade (ai ai minha escola). cam e mitchell ficam confiantes, e vao pra tal entrevista. enquanto estão lá, esperando pra fazer a tal entrevista, aparece um pequenino garotinho negro (ai meu deus) seguido de uma mae branca (caramba negro, adotivo, filho de mae solteira, não venceria cam, mitchell e lily no quesito diversidade e adorabilidade? ), o que faz cam e mitchell ficarem nervosos, mas dai um deles refletem: eles são gays, a outra familia não superaria isso, até que... entra a outra mãe do menino,... em uma cadeira de rodas, cam e mitchell entraram em panico, não conseguia parar de rir.
portanto, a série é ótima, super recomendada. ri lendo seu post, lola, isso que ja assisti a esse episodio, n consigo me controlar no jay fala pro manny que a tartaruguinha o perdoria kkkkk. bjs, amo teu blog, continue escrevendo!!
Esta série tem sido muito engraçado, mas na maior parte originais. Poucas séries têm sido bons, depois disso, um deles é Vice Principals e fiquei agradavelmente surpreendido. Temos dois jogadores lutando para o mesmo trabalho em uma universidade, a diversão é o que ambos estão dispostos a fazê-lo para ganhar essa posição, o humor é muito divertido e cada episódio prazo com um sorriso no rosto, esperando a próxima capítulo.
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