quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

GUEST POST: A GÊMEA BOA, A GÊMEA MÁ E O FEMINISMO

A Lívia, de BH, dona deste blog aqui, me mandou esta análise de como mudamos nosso olhar. E ela percebeu isso vendo a reprise de uma novela! (bom, eu também). 

Além do muito-obrigada, queria te contar que, assim como você, sempre fui feminista, e me lembro do que eu pensava diante das injustiças que via as mulheres sofrerem. Lembra daqueles famosos bailinhos dos anos 80, que íamos quando maiorzinhos (hoje diríamos pré-adolescentes)? Eu achava um absurdo os meninos levarem refrigerante e as meninas salgado. Poxa, qualquer um sabe que refri é só ir no supermercado comprar, enquanto salgado, ou você passa o dia fritando, ou tinha que ir na salgadeira, encomendar, depois buscar, aí põe num pratinho, depois leva o prato de volta e tem que lavar. Várias vezes comentei com as amigas que era injusto, mas quem disse que me davam bola! Sabe as conversas da Mafalda com a Susanita? Pois é, assim que sempre me senti.
Bom, mas depois que cresci, continuei pensando como feminista, mas confesso que em muitos momentos caí na conversa machista de que não tinha mais motivo para existir o feminismo, ri de piadas machistas, julguei mulheres pela aparência e tachei algumas de "piriguete", porque ousavam ter a mesma liberdade sexual masculina. Eu, logo eu, feminista desde criança, caindo na lábia machista... Relendo alguns textos no meu blog percebo claramente essas escorregadas, e o olha que blog nem é tão velho assim.
Por isso sou tão grata a você, porque não sei como fui parar no seu blog e acabei me apaixonando por suas ideias, e a criança feminista que eu fui conseguiu perceber porque piadas que se valem do machismo só são engraçadas quando você não sabe o que é ter pânico quando está sozinha e encontra um homem numa rua escura. Obrigada, Lola, por me ajudar a voltar para o caminho da luz!
Agora que já agradeci bem agradecidinho, queria te contar sobre a experiência de assistir novela. Claro que você deve estar se perguntando porque eu quero falar sobre isso com você, que nem é exatamente uma fã, mas você vai entender... Bem, a Globo reprisou até março a novela Mulheres de Areia, que foi exibida originalmente em 1993 (o remake; na verdade a novela original é de 1973). Assisti à versão de 93, quando eu tinha 13 anos, e assisti novamente este ano. São 20 anos de diferença entre o remake e a reexibição, e há tanta diferença de comportamento, Lola! Penso que se eu tivesse assistido a versão de 73 poderia escrever uma tese sobre o comportamento socialmente aceito em se tratando de gênero, mas por hora vamos nos ater ao básico.
O resumo da novela: duas filhas de pescadores, gêmeas de personalidades opostas, se envolvem com um mocinho rico, filho de um homem malvado. Agora, vamos às gêmeas:
- Ruth é a mocinha: boazinha, cordata, gentil, de personalidade fágil, fala baixo, não se impõe, evita bater de frente com quem quer que seja. Não liga para maquiagem e roupas; é professora, e é mais ligada ao pai. Supostamente virgem, até que revela que se entregou a um homem que a enganou prometendo casamento, engravidou e sofreu um aborto espontâneo, que manteve em segredo por medo de envergonhar a família.
- Raquel, a malvada, desbocada, fala o que pensa para quem quer que seja, sarcástica, gosta de beber, de fumar, detesta viver na pobreza, adora roupas e jóias, não aceita que ninguém mande nela; tem um relacionamento com um mau-caráter (sem ser casada e aparentemente sem pretensão de ser); é mais ligada á mãe, que a admira pela coragem e pela vontade de ter uma vida melhor.
Por aí já dá pra perceber o que nós, mulheres, devemos ser não é. Lola? Sempre boazinhas, tom de voz baixo, não lutar pelo que queremos e só transar fora do casamento se prometerem se casar conosco logo, senão envergonhamos a família! E percebe quem está do lado da filha boa? O pai, claro! O patriarca da família, bom, justo, honesto e imparcial. Enquanto a mãe, que apóia a filha do mal, tem clara predileção pela gêmea má e apóia suas atitudes. A mulher não é imparcial, faz escolhas erradas e não é digna de nossa admiração, pois prefere a malvada. Para bom entendedor, meia palavra basta, né?
Agora vamos a algumas cenas que me lembro:
- Tem o mocinho (um verdadeiro banana), que gosta da Ruth mas se casa com a Raquel (oi?). Aí na lua-de-mel, Raquel bebe e resolve fazer não sei o quê que o mocinho não queria. Aí ele tasca: "Cala a boca, eu sou o seu marido e você tem que me obedecer!" E ela, muito, muito má, como não devemos ser nunca, debocha dele. Puxa, eu que sempre pensei ser tão legal, descobri assim que faço parte do time das víboras. Tsc, tsc. Agora vou me lembrar que tenho que me calar e obedecer meu marido, se quiser ser a gêmea boa.
- Uma outra personagem, a mãe do mocinho banana, já madura e com os filhos criados, resolve se divorciar do marido pra se juntar com um amor antigo (o Alemão). Um dia antes de ir embora, se oferece para ser voluntária num hospital infantil onde sua sobrinha trabalha, ao que a sobrinha responde "mas o Alemão não vai se importar?". Olha. A mulher tem mais de 50 anos, resolve se divorciar, e tem de pedir permissão pro cara que é só um futuro namorado pra trabalhar? Oi?
- A irmã do mocinho, uma rebelde, se casa com um cowboy. Mas ela se casa só pra fugir da família, sem ter nenhum envolvimento com ele. Ele, apaixonado, concorda em manter a fachada do casamento. Mas aí, pra tentar conquistá-la, começa a reclamar de tudo que ela faz, que ela não sabe cozinhar, que não sabe cuidar da casa, e passa a fingir que está apaixonado pela amiga dela. O velho clássico que mulher, pra se apaixonar, tem que ser pisada. Eu faltei à aula nesse dia? Porque eu odiaria um cara que me pisa, e cairia de amores por um homem que tenta me conquistar com gentilezas...
- Sampaio, um personagem secundário, é claramente um mocinho. É casado com Juju, uma mulher fútil, burra, interesseira. Que ele faz questão de mencionar, na frente de todo mundo. A novela toda é ele reclamando dela, falando que é burra (assim, sem cerimônia, na frente das visitas!). Um casamento de pelo menos 20 anos (já que tinham uma filha nessa idade). O cara era um mocinho, Lola, não se esqueça! Um cara do bem, honesto, íntegro. Que chama a mulher de anta. Que diz que ela não tem cérebro. Na frente das filhas e das visitas.
- O pai das gêmeas, o exemplo de homem íntegro, dá uma surra na mulher quando descobre que ela ajudou a filha má em um plano para prejudicar a gêmea boa. Uma surra. E todos aplaudiram, foi um capítulo muito assistido, o povo lavou a alma e ficou muito satisfeito com o corretivo empregado. Lembro muito bem que ninguém condenou o fato, afinal, a mãe mereceu, quem mandou ficar do lado da própria filha?
- E o pior dos piores: o pai da Tônia, que manda ela pra ser estuprada. É, Lola, é isso mesmo. O cara precisava de dinheiro pra pagar um detetive pra encontrar o filho desaparecido, e o malvadão da cidade oferece o dinheiro em troca de jantar com a filha do cara, que ele vivia perseguindo pela cidade. O pai manda a filha ir, sabe? Pra jantar, né Lola, que mal tem? E quando ela chega em casa, destruída, arrasada pelo que tinha acontecido, o pai faz uma cara de "fazer o que?" e deixa a filha chorando. Esse cara era legal, gente boa, um pai bacana, amoroso. Imagina se não fosse, hein?
Enfim, essas são algumas poucas cenas que lembro, mas o machismo é percebido na novela toda, em várias atitudes pequenas, coisas corriqueiras. Acho que o que eu contei serve pra ilustrar o que quero mesmo dizer: as conquistas femininas são tantas! Vejo mulheres jovens desdenhando o feminismo, achando que já conquistamos igualdade e pronto. Pensam que lutamos pelo direito ao voto e que essa foi a conquista maior, trazendo tudo o mais a reboque. 
Não conseguem perceber que há apenas vinte anos nossos maridos nos mandavam calar a boca e isso era aceitável, tanto que era exibido numa novela às 7h da noite; que achávamos engraçado um cara humilhar sua esposa na frente de todos; que um pai que deixava sua filha ser estuprada por um canalha era um bom pai; que todos concordavam que para se conquistar uma mulher era preciso pisar nela; que para fazermos um trabalho tínhamos que perguntar se nosso namorado/marido não se importaria; que o pai é uma referência moral e se bate na mãe é porque ela merece; que mulher boa é aquela que aceitava tudo calada, que não fumava, não bebia, que não envergonhava a família, não tinha voz nem opinião. 
Se uma novela atual mostrasse algo parecido, seria duramente criticada, ficaríamos revoltadas ao assistir. Mas há vinte anos, tudo isso era muito normal.
E quem foi que ajudou a mudar a nossa mentalidade? À quem devemos agradecer pela evolução do comportamento nesses últimos vinte anos? Ao patriarcado? Acho que não...

85 comentários:

Morg. disse...

Só 20 anos...as coisas estão mudando mais rápido do que imaginamos.

Valéria Fernandes disse...

Nunca suportei mulheres de areia. Lembro que discuti com minha mãe feio, porque ela estava torcendo para o pai das gêmeas espancar a mulher. Lembro que disse para ela se colocar no lugar dela, que marido algm tinha direito de espancar esposa por pior que fosse enviado que era crime. Mamãe nunca mais aprontou dessas na minha frente. Mas duvido da condenação hoje em dia. Lembrem da Carminha de Avenida Brasil.

Só uma correção: Mulheres era novela das seis. Tanto que a abertura, normal na época, foi censurada para passar a tarde e seria impossível às seis da tarde. Andamos para frente e para trás, também.

Anônimo disse...

Isso mostra que a luta feminista anda tendo bons resultados!
Ainda mais na Globo que é um antro de preconceito e alienação.
Mas ainda temos muito que lutar.

Sara disse...

Denunciei uma pagina machista no facebook, fui procurar o link para pedir q vcs aqui do blog da Lola denunciassem tb, mas tive a grata surpresa de q a pagina ja foi EXCLUÍDA rrrssss, mais uma q vai p saco ....
Nessa pagina eles citavam uma pesquisa (muito provavelmente do conhecidissimo instituto as vozes me disseram)que alegava que as gerações dos anos 80 e 90 , 50% não se casariam e nem teriam uma relação monogâmica, graças a quem , a quem ????? FEMINISMO é claro....
Eu até respondi a eles antes de denunciar é claro, q os casamentos na verdade eram apenas contratos onde o homem conseguia uma escrava inclusive sexual p o resto da vida e de graça.
Pelo menos a maioria dos casamentos tinham essa função, se não fosse assim, não seriam as mulheres que em aproximadamente 80% são as q pedem o divorcio, casamento nunca foi bom negocio p as mulheres, se muitas se casavam era mais por pressão social e falta de perspectiva do q qualquer outro fator.
Hje boa parte das mulheres que resolverem se casar (embora eu n recomende rrssss)vão fazer isso movidas apenas por amor ao seu parceiro.
Não esta mais tão distante o dia em q nenhuma mulher vai precisar se casar para se manter e ser respeitada.

Anônimo disse...

''Se uma novela atual mostrasse algo parecido, seria duramente criticada, ficaríamos revoltadas ao assistir.''
Mas se a novela foi reprisada é pq ainda tem quem assista e concorde. Dê uma olhada na reprise da novela ''Guerra dos Sexos" (eca!), e veja como os irmãos Ulisses e Zenon tratam as personagens Frô e Carolina. Aquilo é violência pura! E pasmem, parte deles são os ''cômicos'' da história.

L. disse...

Isso me lembra uma novela recente. Todo mundo aplaudiu quando o Tufão deu uma surra em Carminha. Lei Maria da Penha pra Tufão, cade?? Por mais que Carminha seja malvada ou tenha feito coisas terríveis, não é com violência que se resolvem as coisas! Fazer justiça com suas próprias mãos, é esse exemplo? Todo mundo adorou ela ter apanhado... E todos disseram que eu estava errada por defender Carminha.

E em celebridade? Maria Clara deu uma surra em Laura, todo mundo aplaudiu, afinal mulheres são sempre rivais e devem brigar mesmo entre si!

Isso Vai se repetir muitas vezes em todas as novelas dos próximos sécilos!

Anônimo disse...

Realmente essas histórias melosas de novela não valem nada. Só bobagens.
Agora, se fica com medo de encontrar um homem em uma deserta rua escura, você poderia fazer algo a respeito:
- Evitar andar sozinha à noite. Não importa o gênero. Se a pessoa for realmente ataca e for homem ainda corre o risco de ser assassinato por tentar reagir com força ou pelo atacante pensar nesta possibilidade. Quando a ser roubado e estuprado ambos estão sujeitos.
- Procurar tratamento, pois essa androfobia não é normal

Anônimo disse...

Todas essas atitudes são perfeitamente justificadas pelo contexto da novela.

Rayara disse...

Sempre tem um povo dizendo que nós não precisamos do feminismo enquanto várias mulheres apanham do marido todos os dias porque "não sabem se comportar", enquanto várias mulheres são estupradas até mesmo por amigos e familiares...

Em qual mundo esse povo vive? Eu quero ir pra lá agora!

Mihaelo disse...

E não somente novelas reproduzem estes estereótipos(ainda que mitigados, continuam reproduzindo toda sorte de preconceitos), os livros e filmes estadunidenses do "establishment" também os reproduzem obrigatoriamente. Por exemplo no jornal Opa(.jornalopa.com.br) de dezembro a jornalista Thamires Rosa escreve que o tão incensado "50 tons de cinza" que além de ter surgido como uma "fan fiction" de Crepúsculo, é escrito de acordo com o padrão patriarcal da sociedade.A mulher é que a dominada e submissa e o homem é o dominador e ele é o rico e bem sucedido e é por isto que a "pretensa" mocinha se interessa por ele. Ou seja as cenas só são consideradas "picantes" por que envolvem dominação e abuso da "mocinha" protagonista. Além de ser altamente estereotipado, o livro é extremamente mal elaborado , com narrativa extremamente repetitiva e a autora assina E.L James, quer dizer mulher não pode ser identificada como escritora para os grandes empresários ianques.
E tudo isto só faz sucesso, por que tem muito dinheiro para divulgação de modo a forçar as pessoas a consumirem o produto por saturação.Estados Unidos e Inglaterra impõem isto ao mundo e a humanidade aceita. Já um escritor(a) dos outros países~dificilmente consegue ultrapassar as fronteiras de seu país, já que não há a indústria milionária do "sistema" empresarial de negócios da cultura que os EUA e a Inglaterra, países do idioma "de comunicação internacional" imposto tem.

Ronaldo disse...

Vale lembrar que essa novela foi escrita pela Ivani Ribeiro, uma mulher, mostrando que pensamentos machistas estão longe de serem limitados aos homens.

Anônimo disse...

Interessante como eu assisti a reprise de Mulheres de Areia e reparei nas mesmas coisas.

A novela A usurpadora, repassada no SBT mil vezes, também tem os mesmos clichês:

Paola Bracho: a vilã, uma mulher considerada promiscua, fuma e bebe que nem Raquel. Usa maquiagens fortes e roupas sensuais, de preferência roupas vermelhas.

Paulina: Mocinha boa, usa roupas rosas e é virgem. Ou seja, ela
é o epiteto da boa mulher.

Uma coisa eu tenho que tirar o chapéu para a Paulina, pelo menos ela é menos passiva que a Ruth, pois a Paulina ajudou a recuperar a fábrica Bracho.

E não precisamos ir muito longe para vermos a novela dando apoio a violência contra a mulher, na novela Avenida Brasil o público se sentiu de alma lavada quando Tufão surrou Carminha apos descobrir as falcatruas da vilã, pois ainda persiste aquela ideia de que mulher adúltera merece "pagar pelos seus pecados" mesmo que seja apanhando.

Dinha disse...

É realmente revoltante. Eu via esta novela quando era pequena, junto com a minha mãe e não questionava nada disso.
Este é o perigo, a coisa fica entranhada na gente, como se fosse o normal, o correto. A gente assume esta postura e nem percebe. Reproduz, endossa e se for diferente acha errado.

Vitor Lessa disse...

Hey Livia, eu tô assistindo uma série de Tv que no começo eu achei bem bestinha, mas que depois ficou muito interessante. O nome é Once Upon a Time, é um mistureba com as histórias dos contos de fada e ela é cheia de mulheres poderosas.

Começa pela branca de neve que (apesar de ser meiga, um doce, um amor de pessoa) não tem nada de fraquinha. Ela bate em caras e quebra tudo quando precisa (e quem não quebra?), inclusive ela salva o Príncipe Encantado com um beijo de amor e fica amiga dos 7 anões quebrando tudo com eles. E pq não?

A minha segunda preferida é a Rainha Má. Ela é má no começo, mas depois você descobre que não é bem assim. E então você entende pq ela e a mãe dela são tão apegadas pra conseguir poder mágico: ora pq, pq o mundo dos Príncipes era extremamente machista e sem poder a mulher não é nada.

Já vovozinha e a Branca de Neve nenhum lobo conseguiria comer. A vovozinha defende ela e a neta sozinha sem nenhum homem na família(morreram todos)do lobo que ameaça a vila. E a Chapeuzinho não usa a capa vermelha a toa também.

Enfim a série é cheia de personagens mulheres muito fortes, outras nem tanto. Mas o que eu amei mesmo foi a história da rainha má que eu não vou contar aqui (claro), só digo que eu faria tudo igual.

Bruno S disse...

Gostei da análise.
Realmente, uma novela com essas características seria bastante criticada hoje em dia.

É possível que muito da programação que era bem vista 20 ou 30 anos atrás não passe pelo mesmo teste.

Embora ainda tenhamos muito a avançar, acho legal que os avanços conquistados possam deixas um programa datado em duas décadas.

Anônimo disse...

To pensando seriamente que sou a gêmea má... Adorei o post, de verdade... Pq a protagonista precisa ser boazinha e submissa? É fundamental que a protagonista tenha opinião, tenha voz! Acho a novela Lado a Lado muito boa no quesito feminismo... Mas tenho medo das protagonista largarem de seus sonhos profissionais e ideias de liberdade por causa dos seus respectivos amores... Acho injusto tbm sobre o grande sucesso do ano, Avenida Brasil, claro que a vilã cometeu maldades, era uma vilã oras ehehehe... Por outro lado muita gente crucificava a carminha por trair o cara.... Taxava a Suelen de piriguete por ter vários envolvimentos, mas ninguém crucificava o cadinho por enrolar três mulheres e seus filhos por anos... Acho uma verdadeira merda Guerra dos Sexos que distorce os ideias feministas... Acho uma merda ESSE CARA SOU EU como se a gente precisasse da proteção de um homem para viver, e acho uma merda o protagonista machista criado por quem mesmo? Por uma autora que deveria ser a primeira a erguer a bandeira feminista!

Anônimo disse...

Você por acaso já assistiu "Telma e Louise?" Pois é...

lolo disse...

Assim como a sociedade, as novelas ainda sao sim muito machistas. Carminha nao levou outro dia uma surra (do tufao, acho) em Avenida Brasil e o pais inteiro nao adorou?

Pili disse...

pô,
década de 90 a gente ainda tinha que explicar que quem ama não mata.
não é lá nas curvas da história não, é ali ó, ontem!

Anônimo disse...

Já dá pra perceber que as feminazis se inspiram nas vilãs das novelas. Ser "independente" é isso aí: é ser promíscua, adúltera, grosseira, matar, roubar e ficar impune... Enquanto isso o homem tem que aceitar tudo. Feminismo é exatamente isso: masculinização das mulheres e a emasculação dos homens.

Josiane Caetano disse...

Amei a análise da novela. Eu a assisti apenas na reprise, mas era só ver um capítulo que dava a impressão de que alguma coisa estava errada. De todos os personagens, o que eu achava mais absurdo era o da irmã do mocinho, que virou uma besta pra agradar o maridão chucro. Eu não conseguia nem ver as cenas destes dois personagens sem me irritar!
Uma outra novela que não me lembro o nome que me deixou HORRORIZADA e que é bem mais atual que " Mulheres de Areia" era uma em que uma esposa trai o marido com o melhor amigo dele e, no final da novela, o castigo dela foi morrer mendiga enquanto o dele...ser feliz pra sempre com uma bobinha mais nova!
Realmente, é possível escrever teses analisando novelas!

Anônimo disse...

essa novela foi show, gostava da irmã má.
a má era bem má...hehehe
a boazinha era bem tonta songa monga, dava raiva.... putz

Karla disse...

Gente, to CHORANDO de rir com os comentários dos mascutrolls HAHAHAHAHAHA

Masculinizar uma mulher é torná-la agressiva, beberrona, promíscua. Tudo que o feminismo sempre quis fazer. HAHAHAHAHAHAHAHAHA

Cética disse...

De todas essas barbaridades a que me deixou mais enojada (à época,nas reprises e agora nesse post) foi a do espancamento da mãe das gêmeas.fiquei com ódio do personagem (o pai) até o fim,legal era o povo dizendo que eu tava vendo chifre em cabeça de boi(era só uma novela,isso não quer dizer nada,é assim mesmo),hamham...então tá né.

Essa da professora que vira mendiga e louca é de cair o cu da bunda tmb,não bastava o marido acabar com o casamento (direito dele)NÃO!!! ela tinha que ser castigada,e do nada a mulher perde o juízo e o emprego!!! PQP e pra fechar com chave de ouro,o marido traído perdoa o urso (seu melhor amigo)que arruma uma mulher "decente" no final.

Anônimo disse...

Por essas e outras Paola Bracho sempre vai ter um lugar no meu coração <3

Anônimo disse...

Carminha não só traiu o marido. Ela planejou o sequestro dele e mentiu pra todo mundo. Eu não assisti mulheres de areia mas suponho que a gêmea má tentava passar por cima de todo mundo e por cima da irmã se fosse preciso. E tentar obter sucesso financeiro casando com um homem rico, convenhamos, não é a atitude mais feminista de todas. É claro que essas novelas perpetuam pensamentos machistas, mas um pouco de contexto, por favor.
Lado a Lado tem mostrado alguns diálogos feministas eu acho, mas também não tenho acompanhado.

Hamanndinha disse...

E o pior, pasmem..Esta novela foi escrita por uma mulher, Ivani Ribeiro, que era espírita, mas todas as personagens femininas dela eram fortes, inteligente e quando se apaixonavam por um homem, viravam antas, submissas

Engraçado, você se apaixona por uma mulher/homem. Ele(a) é apaixonada(o) pela vida, para cima, anda de cabeça para cima, aí ele(a) muda ,vira uma pessoa apagada

A paixão sua por essa pessoa continuará?

ivani ribeiro jurava que mulher "boazinha" é que era valorizada pelo marido/namorado/amo e senhor.

Então, como se explica que vejo tanta "mulher boazinha" levar pé na b..., ser trocada, ser humilhada pelo marido, etc

Se o espiritismo de Ivani Ribeiro é para a mulher ser "boazinha, apagadinha, submissa, falar baixo", já vi que é uma religião que nunca, jamais, irá me conquistar...

Bks

Hamanndah disse...

"Anônimo disse...

Já dá pra perceber que as feminazis se inspiram nas vilãs das novelas. Ser "independente" é isso aí: é ser promíscua, adúltera, grosseira, matar, roubar e ficar impune... Enquanto isso o homem tem que aceitar tudo. Feminismo é exatamente isso: masculinização das mulheres e a emasculação dos homens."

Anônimo imbecil das 14 e pouco

Ninguém aqui é a favor do adultério, do roubo, de matar...a gente é a favor de a mulher não precisar ser "boazinha e submissa". Uma mulher que trai, rouba, mata é tão odiosa quanto um homem que faz a mesma coisa

Não aceitamos é a mulher "falar baixinho, pedir autorização a marido até para mijar e cagar, etc"

Você entendeu, seu idiota, que não somos a favor de fazer nada de mal aos outros, sejam homens e mulheres, mas não aceitamos submissão ou voce precisa tomar umas aulas de interpretação de texto para ver que nem nós, nem Lolinha pregou esse tipo de coisa aqui no blog?

Hamanndah

Anônimo disse...

Gente, o link postado acima é dum texto d'O Marxismo Cultural.

Sozinha eu era quando mais nova. Depois que percebi que era feminista, arranjei uma penca de amig@s.

é Hamanndah de novo gente disse...

http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/13460-a-solidao-que-o-feminismo-causa.htm

Ué, oxente, Lola..Tem alguma coisa errada!!

Você é feminista e, pelo que sei, você é casada há mais de 20 anos que um homem que lhe adora, tem bichos de estimação que também lhe amam, tem um monte de admiradores....

Gente, não tô entendendo nada deste arquivo

Como é , solidão? Que solidão que Lola e muitas outras feministas sentem?

Vou lhe dizer o que é solidão.

Solidão era o que uma antiga lavadeira de roupa que trabalhava na minha casa sentia.. Casadíssima e uma vez veio entregar nossa roupa com o olho rosto.. Com marido, mas o marido levou uma mulher para a casa nova que compraram...com o dinheiro dela!

Isso nao é solidão? Entao, eu sou uma mica de circo

Acho que este pessoal está precisando rever seus conceitos...

Sara disse...

Não é só esse link falando sobre isso não anon 16.30hs, estão inundando as midias e redes sociais com esse tipo de mensagem, é o backlash comendo solto, e assustando as mulheres feministas com esse tipo de ameaça idiota.
A mais comica q eu vi foi da Monica Lewinsky, os machistas de plantão mostram a historia dela como exemplo de mulher fracassada, que na juventude saia com os ALFAS, e agora esta na pior.
Engraçado é q desde q eu me conheço por gente sempre existiu a figura da mulher solteirona, por escolha ou por falta de opção, e que eu saiba vai continuar haver esse tipo de mulher, e qual o problema?? esse quadro tetrico q esses machistas estão plantando na cabeça da mulherada, é só mais uma tentativa de derrotar o feminismo, a Lola é um exemplo vivo de uma mulher q escolheu não ser mãe, e não me parece estar amargurada e frustrada por isso.

sabrina disse...

eu tb torci para carminha apanhar,ela n traiu o tufão somente,vivia com o amante embaixo do mesmo teto,fez o tufão criar os filhos do amante.
matou um cachorro,jogou a nina no lixão.

sejam sinceros,se isso acontecesse na realidade ,quem n ficaria com odio e vontade de bater numa coisa dessas?

acho q isso é diferente das agressões normais,onde o homem muitas vezes n tem motivo nenhum e bate na mulher pq ele se acha machão e é o direito dele.

e eu n gosto de piriguetes,n pelo fato de transarem com varios homens e sim pq elas e muitas outras mulheres são muito vulgares.

querem usar o corpo pra todo,na hora de discutir com alguém,começam a mostrar o corpo,pq n tem nada q preste pra falar, e com isso encerram a discussão pq ela são gostosas e pronto.

praticamente esfregam a bunda na cara dos homens.
isso ajuda muito a tirar a imagem de que mulher é só um objeto...

esses dias estava num onibus e passa um carro do meu lado com duas mulheres na janela ,uma com os seios pra fora e a outra a bunda,pra que isso?

Maíra disse...

Ótimo post! Assisti a reprise de "Mulheres de areia" e também fiquei horrorizada com tanto machismo! A novela é só isso, mais nada! Lembro que assisti pela primeira vez quando era criança e achava tudo o máximo! Céus! Como é bom saber que eu tive um senso crítico bom o suficiente para me tornar uma feminista e não me deixar levar por essas ideias! Que bom poder assistir essas mesmas cenas hoje e ter capacidade para criticá-las e saber que estão completamente erradas!

Anônimo disse...

Praticamente todas as mulheres com quem convivo detestam a personagem Morena, de Salve Jorge. O motivo principal (pasmem!) é que a infeliz decidiu aceitar um emprego temporário no exterior ao invés de se casar imediatamente com Téo, o príncipe encantado. "Como ela teve coragem de deixar um homem tão perfeito, tão maravilhoso, tem mais é que se ferrar mesmo!" - são as frases que mais tenho ouvido quando o assunto é novela das nove. Parece que ainda é pecado mortal uma mulher querer ganhar o próprio dinheiro, decidir seu próprio destino sem o "apoio" de um homem. Pobre Téo, apaixonadíssimo, cheio de boas intenções, disposto até ao supremo sacrifício de assumir o filho de outro cara... Maldita Morena, ingrata, egoísta, ambiciosa, quem ela pensa que é pra deixar o galã da trama esperando por três intermináveis meses? Mulher que se preze tem mais é que agarrar um "bom partido" com unhas e dentes, até porque a concorrência está acirrada e é cada vez mais difícil encontrarmos um provedor, um amante à moda antiga, um salvador da pátria. Tenha dó!

Anônimo disse...

Se a mulher amargurada do link do midiasemmascara nao pode ter filhos, por que não os adota?
Acho engraçado que não tem ninguém apontando dedo pro bando de homem "adolescente", com 40 anos ou mais, morando com mamãe, vivendo como se tivesse 17 anos. Esse cara também perdeu a oportunidade de ter filho, acho que devemos todos chorar as pitangas com ele.
O link fala que as mulheres estão sendo enganadas pelo feminismo, e que se não fosse isso, uma vida linda, com marido e filhos lhe estaria prometida. Tudo na hora certa. Quem garante isso? Quem garante que o marido perfeito não vai ficar violento, encontrar outra mulher, trair? Por que essas coisas são horríveis, e ninguém condena.
O texto ainda cita que "os homens estão programados para dar preferências às mulheres mais jovens". Programados culturamente, claro, esqueceram de mencionar. Assim como mulheres mais jovens são consideradas mais bonitas, homens mais jovens também o são. Chega de balela de que é "tudo natureza".

Gabriela disse...

Vitor Lessa

Eu amo OUT!E é isso mesmo as mulheres mandam naquela série.Sensacional!Mas sabe algo q me irrita? O público feminino vive reclamando de como os homens são tratados no show.Eu não vejo essa comoção em torno de como somos tratadas em 99 por cento de todas as produções.Aí uma série decide nos tratar com dignidade q vejam só algumas mulheres começam a reclamar.Esse povo fica com raiva mesmo q os homens pelo menos uma vez não sejam os salvadores da história.O legal também é q a série foi desenvolvida por homens ou seja não são todos q se ofedem se for a princesa a resgatar o príncipe.

Caroles disse...

ontem minha tia me disse que o marido gay da suélen, "periguete" da novela avenida brasil, "virou hétero" no fim porque a moça conseguiu seduzir ele. oi? perpetuando a ideia de que é possível "curar" homossexuais... aiai, globo...

Julia disse...

Que análise brilhante! Eu adoro novela! Eu tbm percebi alguns machismos quando vi alguns capítulos da reprise mais recente de Mulheres de areia, mas várias coisas passaram batidas pelos meus olhos dada a naturalidade com que eram mostradas.
Me lembro de um repórter português perguntando numa coletiva sobre novelas por que em novelas brasileiras as mulheres apanhavam tanto. Ninguém soube responder. E eu tbm fiquei me perguntando por que nunca tinha parado de pensar nisso..

Sara disse...

http://www.rondoniaovivo.com/noticias/indiana-comete-suicidio-apos-policia-negar-registro-de-queixa-por-estupro/96317

Aquela indiana q sofreu estupro coletivo na India acabou suicidando, absurdo total,como esse pais trata suas mulheres , não bastasse o desequilibrio do numero de mulheres a menos por serem mortas nos abortos seletivos e no nascimento, as q sobrevivem tem q sofrer esse tipo de horror, ser obrigada a casar com um de seus estupradores , nojento é pouco....

Anônimo disse...

sempre gostei muito de novela, mas agora ja faz alguns anos que nao acompanho mais.

mas mesmo quando eu nao era feminista, eu sempre ficava indignada pelo fato de as mocinhas (=fofas, boazinhas, submissas) terem pelo menos dois ou tres homens a seus pés, disputando seu amor. e as malvadas sao sempre as mulheres mais livres e independentes, as que vivem sua sexualidade.

o pior é que isso continua presente nas novelas até hoje.

carina

Sabrina disse...

Dizer q o teo é um principe encantado é sacanagem,tudo isso só pq ele assumiu o filho dela? Muitas mulheres fazem o mesmo e ninguém fica endeusando. A trilha sonora deles é uma musica do roberto carlos.que em um trecho diz q ele é um cara q a mulher sempre pode contar.mais ou menos isso.

Isso pra mim é piada pq ele é um babaca q na primeira briga da um pé na bunda da morena.so terminam por motivos ridiculos.como um .em q ela mandava o ex se lascar.

O teo deveria ter ficado feliz mas n.fico revoltandinho pela confusão e terminou com ela. Isso q é homem!

Julia disse...

O Téo de Salve Jorge é machista que dói e é mostrado como O PRÍNCIPE ENCANTADO mesmo. E ainda tem aquele música de trilha sonora, Esse cara sou eu, que descreve mais um ciumento patologico, controlador e com tendência agresividade. Boa lembrança.

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Sabrina, você não acha estranho que a proporção de mulheres que apanham é bem maior. E que as pessoas vejam isso como uma punição aceitável? Vai ler mais alguns textos daqui que vc está precisando..

Maíra disse...

Lola, lendo o post "Carta para meu filho", escrito pela Camila e reblogado por você, criei uma versão da carta voltada para minha futura filha, postei hoje no meu blog e gostaria de convidá-la a ler e dar sua opinião, se quiser:

http://nossafamiliacolorida.blogspot.com.br/2012/12/carta-para-minha-futura-filha.html

Beijão!

Mayra Carvalho disse...

mulheres de areia foi uó mesmo.
a chave de ouro foi a irmã rebelde mudando de roupa (duma bem chamativa pra uma BRANCA que pelo contexto não é nd simbólica né?¬¬) nos últimos capítulos, como que dizendo "missão completa".

av. brasil foi um paradoxo só...
de um lado, uma apanhando e do outro uma mulher com 2 maridos e até com direito de frase de efeito "se o fulano tem 3 esposas, pq eu não posso ter 2 maridos?"
até onde eu me lembro, ela não foi castigada por isso, como é de costume (a paola bracho da outra novela ficou paraplégica, sei lá, ou morreu), os três terminaram a novela felizes com um filho sem pai biológico determinado.
no meio disso a personagem da heloísa perissé, super independente, empresária de sucesso com um super discurso e tudo, mas absolutamente arrasada por não ter um companheirO.

é como a velha história de usar feminismo pra vender desodorante ¬¬...

Anônimo disse...

lola, nao sei se vc ja viu esta noticia. péssima

http://noticias.terra.com.br/mundo/asia/indiana-comete-suicidio-apos-policia-negar-registro-de-queixa-por-estupro,b5748cebbfdcb310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

Patty Kirsche disse...

Não sei se mudou tanto, não... Essa novela repetiu recentemente e não vi ninguém reclamando das coisas horríveis dela. É só olhar os conceitos que são constantemente reiterados nas novelas atuais. Sempre é uma mulher que é a vilã maior. Lembra aquela "Duas caras"? O cara roubou todo dinheiro de uma menina de 18 anos e a largou grávida e pobre. Dez anos depois ela o encontra e o perdoa. Como assim? A vilã máxima da novela fica sendo a amante dele, que tenta matar o filhinho dele, sendo que ele havia tentado matar a mãe do filho dele capítulos antes. Lamentável.

nina disse...

Spoiler de Once Upon a Time. Se você gosta de seriados e mesmo assim vive numa bolha sem internet e pirataria, não leia abaixo.

uau, faria tudo que a Rainha Má fez? Mataria seu próprio pai só pra se vingar? Super cool.




Rodrigo Souza disse...

Prova que o zeitgeist está mudando.

Anônimo disse...

Afff q exagero!
Pra vc ser femista tem q ser solteira??? Parece um machista falando.
Pessoas são boas e ruins independete do genêro....

Anônimo disse...

Lola,

Vem dar uma palestra aqui em BH, na UFMG! Somos alunas da Letras e estamos quase pedindo transferência para a UFC.

Beijos

Anônimo disse...

Lola, venho acompanhando as postagens do seu blog há alguns meses e confesso que te acho uma pessoa muito sensata e com argumentos convincentes. Mesmo. Acho que essa é a primeira vez que comento aqui, apesar de estar sempre lendo.

Concordo com você em partes. Também acho absurdo essa imagem de que as pessoas tem de que a mulher exemplar é aquela suspostamente "Pura", submissa, frágil e etc. Admiro muito mulheres que saibam impor suas opiniões e enfrentar os outros de igual pra igual, e talvez por isso eu sempre tenha admirado muito as vilãs no universo cinematográfico, literário e etc.

Não que as mulheres tenham que roubar, enganar, entre outras coisas. Mas eu não suporto esse clichê de mulher heroína frágil, que ama a todos igualmente e blah blah blah. Ninguém é perfeito dessa forma. E mesmo que seja, acho meio brochante. Acho mesmo.

Mas eu discordo do que foi dito com relação a Avenida Brasil. Tá certo que na mente do brasileiro porrada sempre resolve tudo, os vilões tem que morrer no final igual nas novelas mexicanas, a mocinha fica grávida e enfim. E que isso não é a solução.

Mas o ocorrido na novela se aplicaria a QUALQUER UM. Quero dizer, creio que o mais prejudicado(no caso o marido "corno"), num ato de raiva(coisa que todos estamos sujeitos a praticar ou presenciar na vida), teria usado da violência independentemente da pessoa que o prejudicou tanto ser homem ou mulher. Ao meu ver, você julgou o ato como errado APENAS pelo fato dela ser mulher, tachando de machismo e etc. E eu não acho isso, sinceramente. Apoio totalmente sua causa, mas creio que ao menos nessa situação específica, o ato de violência seria imposto da mesma forma ainda que a vítima fosse outro homem, como o irmão do agressor ou outra coisa qualquer.

Elaine Cris disse...

Lembro dessa novela na minha adolescência. Lembro da minha decepção com a personagem da Malu, que até o meio da novela era de um jeito e do meio para o final é "domada" pelo Cowboy, com direito a música romântica no fundo.
Aliás, essa palavra me lembrou uma novela chamada "Indomada". A protagonista era literalmente domada ao longo da novela. Aceitava se casar com um cara por causa do dinheiro dele pra salvar a família rica da ruína (trabalhar pra ser independente que é bom nada, melhor se casar com alguém que nem gosta, tal como a Malu de Mulheres de areia) e na noite de núpcias, quando ele descobre que o casamento será de fachada, arromba a porta do quarto, pula por cima dela e o "mocinho" quase estupra a mocinha.
Num feriado assisti umas cenas de uma novela que está sendo reprisada, Felicidade, e em uma das cenas, o paizão da família diz pra mulher que vai moê-la de pancada porque ela está escondendo a escritura de uma casa, que pertence aos dois, e que ela não quer que ele venda, algo assim. Detalhe que na novela ele é visto como o gente boa, o sonhador, e ela a amarga, a arrogante. Incrível como os defeitos deles (ainda que bem piores) são justificados e apoiados aos olhos do público.
Enfim... mocinhos violentos, "paizões" agressores, mocinhas apáticas e indefesas, mães amargas (sem que ninguém tente compreender o motivo). São as novelas dos anos noventa, né. Tomara que atualmente tenha melhorado um pouco já que não dá pra ignorar o quanto novelas influenciam o público brasileiro.

Anônimo disse...

O pior é que as novelas são, geralmente, voltadas para o público feminino... uma ótima forma de "adestrar" as mulheres que assistem, não é? Até pela imagem das duas lado a lado dá pra ver: a boazinha está sempre de cabeça baixa, enquanto é fácil identificar a "malvada", de cabeça erguida...

Mas será que mudou tanto, mesmo?? As pessoas que assistiram isso há vinte anos atrás continuam enxergando estes estereótipos, mesmo que inconscientemente...

Me fez lembrar d'O Reverso da Medalha, do Sidney Sheldon, em que a característica principal da "gêmea má" é... sentir tesão! Pois é, muito tesão! E ele sempre descreve isso de forma mais crua, dizendo várias vezes que ela fica "molhada", como se isso fosse parte da "maldade" dela, algo "vulgar", sabe? (alguém me explica se não é normal que uma mulher saudável sinta tesão e fique "molhada"? isso não é ótimo? ou alguma mulher aqui sente tesão "no coração"?! como nos filminhos românticos... rsrs) Enquanto isso, a gêmea boazinha "faz de tudo, desesperada para agradar o cara na cama, blablabla", mas ele não sente tesão por ela... E ela é o ideal de bondade humana, rsrsr

O "arquétipo dos gêmeos" (expressão chique né?) é uma coisa louca...

Anônimo disse...

Mas que preguiça desse link que postaram.
O que acho engraçado é que sempre querem passar pra gente que mulheres querem muito casar e homens não, mas mascus e reaças é que parecem na verdade estarem desesperados pra casar já que parece que ficam vinte e quatro horas por dia na nota só com as mulheres, se casem, tenham filhos, rápido, rsrs. Vai que nesse desespero todo vc salva um mascu da solidão.
O que tem de mulher por aí que casou, teve filhos e que tá infeliz, não tá no gibi. Casamento não é garantia de felicidade pra ninguém. Quem quer mesmo ter filhos, não precisa de um homem pra isso, no máximo do esperma. Criar filhos não é fácil, estando acompanhada ou sozinha, mas quem quer mesmo ter, tem ou adota. Infeliz é quem não faz o que realmente quer, fica preocupado em seguir o roteiro que lhe passaram à base de ameaças baratas.

Anônimo disse...

Spoiler Once upon a time -------------

O que o pai da Rainha fez, Nina?

Morgause disse...

Já faz um tempinho que essa dualidade entre mocinhas e vilãs me incomoda. A mocinha é passiva, pura, incapaz de reagir ou se defender. Já a vilã tem todos os atributos de uma Eva, e de brinde é sempre sexualizada. Sempre são mais maquiadas, sensuais e sedutoras. Uma crítica direta a sexualidade feminina.

Discordo sobre o fato da Suelen ter terminado com dois maridos ser positivo, achei um retrocesso. Tomei nojo do autor pela sua insistencia em provar que gays podem mudar, ser curados ou são apenas mal compreendidos passando por uma "fase": Abelardo,Orlandinho, Roni. Todos viram "homem", provam que não eram aquela "coisa terrível" ou seja não eram gays. As periguetes, claro continuam alto astral, mas comportadas esposas. Gays e periguetes se convertem, aff...

Falando em novelas acho que Da Cor do Pecado tbm merece uma atenção. Eu adorava essa novela,mas revendo agora, tenho ódio mortal. A família Sardinha foi meu núcleo favorito, hoje sinto nojo do machismo beirando a misoginia dos personagens, com total aval da mãe. Sempre achei que a Tina merecia ser humilhada por eles, hoje vejo que ela era muito sensata, e inclusive questiona muito o comportamento machista deles. A Mamusca era a principal mentora do comportamento grosseiro dos filhos, e nem preciso falar do modo que tratam o Abelardo, e a "cura" dele.

Sobre o Théo, que bebezão insuportável, detesto essa novela, mas nas poucas vezes que paro para ver me irrito. "Esse mala sou eu" é uma música romanticamente machista, possessiva e chata.

O pior de tudo é que em todas as tramas que as mulheres largam tudo para viver um sonho que não inclua homens,elas se ferram e são salvas por seus amados,no final, agradecem e dizem que nunca deveriam ter ido...

Julia disse...

Tomara que os indianos intensifiquem os protestos! Coloquem tudo a baixo, se for preciso!

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Se Once upon a time for do jeito que vcs falam vou baixar a série. Eu assisti o primeiro episódio mas achei muito infantil.

Dayane disse...

Eu me lembro de uma coisa nessa novela que me deixava muito p da vida. Essa garota que casou com o cowboy, casou para ter "independência", já que naquela epoca, a mulher passava da posse do pai para a posse do marido. E lembro-me tbm que em uma cena que o pai queria enviá-la a força pra fazenda, o delegado fala "mas o senhor não pode fazer isso!Agora ela pertence ao marido dela!Só pode fazer isso se ele permitir!"

Anônimo disse...

Lolinha, não lembro se vc postou isso: (vou por em 2 partes)

A few months ago, you said I looked “objectively really hot, actually, you’re definitely the hot one of us.” I laughed and thanked you because we have the kind of relationship that allows for that kind of banter. Your phrasing amused me. I took a little bow.
You asked me why girls get upset when guys comment on their bodies, and wondered why my reaction to you was different than, say, a girl’s reaction to a random guy on the street. Why I was mildly flattered, instead of scared or angry. You honestly didn’t understand, and wanted to know.
I tried explaining, but I think I left you more confused than I found you.
I have a better explanation now.
The first time I can remember a guy staring at my boobs, I was in eighth grade. I didn’t even notice; I was still a kid and was largely oblivious to such things. My dad, however, did notice, and started glaring at the twentysomething stranger ogling his thirteen-year-old.
I could maybe have passed for fifteen back then. There was no way anyone would have mistaken me for an adult. That wasn’t the issue, though. To that guy, it wasn’t about who I was or how old I was. I was a set of boobs to him, not a person, certainly not a child.
My experience is pretty common. Girls start getting unwanted attention at a young age, and it happens for the rest of our lives. Men yell things at us on the street and invade our personal space on the bus or trolley when there are plenty of other seats. They try to look up our skirts when we sit down. They don’t listen when we try to rebuff them. We see reports of yet another girl raped on her way home last weekend, another woman whose body was found in a ditch. We’re told not to go out alone at night, to take someone with us even if we’re only driving to the store or the library or the gas station. We’re told to carry our keys like weapons, to park in the lot instead of the structure because it’s better to get rained on than raped and murdered. We’re told not to walk alone even during the day. We’re told close friends might rape us if they’ve had a bit to drink because they’re men, that it’s wrong, but it happens sometimes and we should be on our guard.


Anônimo disse...


Imagine hearing that from the age of five. Imagine being told from childhood that men are more likely to hurt you than women are. Imagine knowing that, though you might be smart and well-trained, men will almost always be bigger and stronger than you, and you wouldn’t be able to beat most of them in a full-on fight. I can best my brother at arm-wrestling, yeah, but that doesn’t have many practical applications.
Now imagine that one of the people you’ve been taught to regard as a threat to your body says he wants your body. If he really does, you’ll have a hard time stopping him, and people will treat you as an object lesson for others, like you’d done something wrong for “letting” him hurt you. They’ll ask why you didn’t do more to protect yourself, why you wore that dress, or walked into the parking lot at that time, or talked to that person. Why you went out after dark or flirted with someone at a party.
I’m not saying all men are awful. I’m saying that decent men should be the norm, but there are a lot of men who aren’t, and who make us feel unsafe in our normal lives. We can’t tell the difference between decent people and potential rapists by looking.
What you said to me was meant as a compliment, and I took it as such. That’s because I’ve known you since we were kids, and I know you didn’t mean any harm. We have the kind of relationship where words like yours are appropriate, and you’ve never strayed outside the bounds of what’s okay. I don’t have that kind of relationship with the car full of drunken guys I walked past on the way home from D&D last weekend.
Girls get upset when guys comment on their bodies because we’re being treated like sources of pleasure, not people. We get angry because we can’t go about our business without having to worry about sexual predation. We get scared because, when it comes down to it, if a guy tried to act on his shouts of “Hey baby, nice tits, keep it up” we probably wouldn’t be able to stop him, and some would blame us.
Girls get upset because we’d much rather be seen as people, not just bodies.

Anônimo disse...

once upon a time é meio boba no começo mesmo, eu só insisti pq cresci assistindo filmes da disney. mas depois de alguns episodios vai ficando muito bom sim :) tem personagens femininas otimas

lado a lado é bem legal. pode ter algumas falhas, mas perto de tudo oq a globo produz, certamente é mt boa. nao sei como a lola nunca falou sobre ela... deve ser um horario q ela está dando aula, né. mas da uma olhada no site, lola http://tvg.globo.com/novelas/lado-a-lado/Fique-por-dentro/noticia/2012/12/naquele-tempo-feministas-como-laura-questionavam-submissao-das-mulheres.html

quanto à novela mulheres de areia, nao sei... a rachel era má, tentou matar a irmã, deu o golpe no mocinho (pobrezinho, tao ingenuo. esses mocinhos nunca percebem qd a mulher é golpista né... até parece!) e vivia humilhando os outros por serem feios, dementes, pobres, cafonas ou seja la oq for. ela nao prestava, era um ser humano ruim, assim como a carminha e a suelen de avenida brasil.

o chato é associarem todas essas coisas negativas com uma mulher independente, sexualmente livre e autoconfiante. poxa, é possivel vc ser uma pessoa íntegra e bom carater e nao ser uma ovelhinha submissa!

lee disse...

Dando uma olhada neste post, dei uma olhada em vídeos de de novelas antigasno youtube. Sem querer me estender, tem coisas terríveis. Seria interessante que alguém com uma formação na aréa desenvolvesse um blog ou vídeos sobre a narrativa da cultura pop brasileira como a Anita Sarkeesian faz no feminist frequency...Acho que na internet feminista brasileira isso ainda não éfeito de maneira sistemática (me falta instrumental teórico de comunicação, mas aluém poderia se habiltar)

Sara disse...

adorei seu comentario anon 22.19hs, realmente querer convencer de q só quem tem filhos e é casado é feliz é até desonesto.
O q vejo com muita é frequencia é até ao contrario, ta cheio de mulher que quer sair do casamento e não consegue, são ameaçadas até, e muitas morrem por isso, se casamento fosse tão bom assim como esses mascus sem noção querem fazer acreditar, não haveria esse numero enorme de mulheres mortas pela violencia de parceiros q não aceitam fim de relacionamento.

Ana Luiza disse...

Quem se lembra de "O cravo e à rosa"? Lembro que estava no colégio na época e adorava essa novela. Não me lembro dos detalhes, havia provavelmente muito machismo na história, mas o que me marcou foi o feminismo da protagonista Catarina (Adriana Esteves), que era super moderna em plena São Paulo dos anos 1920.

Unknown disse...

Eu adoro novela. Realmente Mulheres de Areia tem um monte de coisa que hoje parece fora de contexto.

Não tenho paciência para nenhuma das novelas atuais. Lado a Lado se prôpoe a falar de machismo, mas ao mesmo tempo atribui às três vilãs o pecado do desejo sexual. As mocinhas só fazem sexo por amor, quando uma delas dormiu com outra pessoa foi punida até a exaustão pela trama.

A última novela que eu realmente gostei foi A Vida da Gente. Não tinha um vilão ou vilã da maneira tradicional. E o triângulo amoroso que também envolvia duas irmãs não teve uma solução pronta, já que os três se amavam e não sabiam o que fazer para não machucar as outras pessoas envolvidas.

Anônimo disse...

"Se uma novela atual mostrasse algo parecido, seria duramente criticada, ficaríamos revoltadas ao assistir. Mas há vinte anos, tudo isso era muito normal".
Lamento informar, mas muita pouca coisa mudou nesses vinte anos. Só observar algumas cenas de novelas dos últimos dez anos...Condenação, só vejo mesmo por parte de feministas, cujas opiniões são logo rebatidas.
Mudando um pouco de assunto (que tem tudo a ver com o post, na minha opinião)...E o que dizer de um padreco italiano que nos culpou pela violência doméstica?Sim, se a casa está suja,o bebê chora, ou o almoço não está pronto, o marido se sente no direito de nos dar pancada, afinal de contas, merecemos corretivo para nos portamos como manda o script social:http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2012-12-27/padre-italiano-culpa-mulheres-por-violencia-domestica-e-provoca-revolta.html

Ao menos, neste caso, há alguma indignação, mas é lógico o padre foi muito direto, não? Talvez se fosse mais sutil em sua argumentação ninguém se revoltaria...Nojo, muito nojo deste mundo, viu?!

Mônica disse...

Um dia desses eu cheguei em casa e a minha mãe estava assistindo novela das seis. Ela resolveu me explicar a cena que estava passando no momento. Tinha esse senhor velhinho que tinha duas namoradas e ele não conseguia escolher entre elas porque uma era enfermeira e sabia cuidar dele, mas a outra era uma exímia cozinheira e ele adorava a comida dela. Depois de me contar isso, minha mãe deu uma risada, porque, afinal, aquilo era (para ser) uma situação cômica. Eu respirei fundo, olhei bem para ela e perguntei: e de qual delas ele gosta? Foi só o que eu tive ânimo para dizer. É dose.

Nih disse...

Discordo sobre o fato da Suelen ter terminado com dois maridos ser positivo, achei um retrocesso. Tomei nojo do autor pela sua insistencia em provar que gays podem mudar, ser curados ou são apenas mal compreendidos passando por uma "fase": Abelardo,Orlandinho, Roni. Todos viram "homem", provam que não eram aquela "coisa terrível" ou seja não eram gays. As periguetes, claro continuam alto astral, mas comportadas esposas. Gays e periguetes se convertem, aff...

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Juliana, talvez por não assistir novela há muitos anos, concordo em partes. (vou tentar explicar porque)

A parte da "piriguete" se "converter" não necessariamente é negativo. Vi muitas vezes acontecer com pessoas próximas a mim: como solteiras saiam com várias pessoas e depois namorando eram 100% fiéis por escolha própria. Assim como já vi vários caras (em menor número que as mulheres) que "pegavam geral", mas uma vez assumindo um compromisso com alguém, respeitavam isso. Transar muito não faz de ninguém incapaz de respeitar o acordo de um relacionamento. Então, especificamente essa parte do "piriguete se convertendo" não precisa ser visto como negativo. Eu sei que possivelmente a ideia do autor poderia ser esta, a da "mulher regenerada", mas simplesmente não consigo ver assim. Sexo não tem nada a ver com caráter e se a tal da Suelen foi retratada como uma mulher sexualmente livre, mas que por escolha resolveu ser fiel uma vez assumido um compromisso, então acho positivo.

E essa coisa de "gay se convertendo" já acho mais problemática pela maneira como é retratado, como se fosse uma conversão e não uma expressão livre do desejo.

Um conhecido meu, gay convicto, se casou com uma mulher porque se apaixonou por ela.
Assim como um outro (amigo super íntimo e gay assumido perante a família e a sociedade), namorou uma mulher por mais de um ano, também porque se apaixonou.

Porque no fim das contas, "gay", "lésbica", "bissexual", etc. são termos identitários importantes politicamente mas que não necessariamente dão conta da dimensão do desejo humano. Nós não desejamos as mesmas coisas a vida inteira e nem acho que deveríamos!

Aliás, tenho uma amiga que sofreu muito ao sair do armário para a família (o pai colocou segurança atrás dela) e um dia a família resolveu aceitar. Agora ela pode namorar mulher, apresentar para a família, dormir junto em casa, mas ficar com homem nem pensar! A mãe já disse que enfia a porrada nela se acontecer! Mas daí, eventualmente ela quer sair com homem e ela pode um dia até gostar sério de um! E aí?

Muito cuidado para que estes rótulos, por hora levantados como bandeiras políticas, não se transformem em camisas de força.

Daí, o mocinho gay da novela na verdade gosta de mulher TAMBÉM. Não é para ser problema, afinal. Mas te entendo do ponto de vista que a sociedade brasileira interpreta como "ah, mas ele virou hétero, se regenerou". Enfim, tem que ver isso aí!

Anônimo disse...

Me fez lembrar da novela "rubi" que passava no SBT, eu adorava ela!!!



http://www.youtube.com/watch?v=UURSJpAF0VM

beijos
yra

Anônimo disse...

A novela reflete a sociedade.Hoje se escreve para uma tal classe C (?).Ninguém faz nada no Brasil atual nem é ninguém na noite se não agradar a esse público. É o universo das "comunidades". E ainda é pior. Revendo novelas de 15, 20 anos atrás, a gente percebe como as coisas mudaram rapidamente. Ninguém fuma em novela, mas em Felicidade, de 91, um personagem numa maternidade procura cigarros na recepção do hospital e tem um pacote lá. Cortesia pros papais mais estressados.E o cara fuma ali mesmo e depois vai pro berçario. Reflexos da lei antifumo já que muita gente fuma ainda. A tv dá o que o povo quer ver e o que ele vê é o que ele vivencia. A globo já teve uma programação tão boa que hoje nem na tv paga a gente encontra. Musicais com a nata da mpb, autores de primeira linha como dias gomes e abordagem de temas polemicos pra época como a especulação imobiliaria ( o espigão), a poluição ( sinal fechado), a igreja e o celibato ( assim na terra como no céu), homossexualismo, drogas, corrupção. Temas que se puser numa novela a sério, sem caricaturas, ninguém assiste e adeus audiência. Vai checar a audiência de Xingu ou A pedra do reino.a usurpadora reprisada pela sétima vez devbe ter mais audiencia. As pessoas querem é laje, sexo animal, periguetes, emoções rasas e piegas. Por isso as reprises fazem sucesso. Pensamos assim. Acabou filme legendado,não queremos ler nada, se o filme tiver 30 segundos de diálogo já é considerado chato. 50 tons de cinza é best seller. Esse é o nosso mundo. Ninguém tem tempo pra pensar, ninguém quer ter trabalho. Novela reflete o momento que a sociedade está vivendo e o momento é o apogeu da classe C, é o salve-se quem puder, é a defesa do egoísmo ético. Escola de qualidade desde o pré-escolar, muita educação básica e em alguns anos se muda esse cenário. Oremos.

nina disse...

Anônimo 22:35
O pai da Rainha não fez nada. Ela só precisava arrancar o coração dele, pra lançar uma maldição, pra se vingar da Branca de Neve porque blá blá blá

Eu gosto da série, gente. Sério mesmo. Acho super legal as novas interpretações dos contos e as personagens todas. Acho a Rainha uma personagem super interessante - apesar de discordar de muito do que ela faz, principalmente das motivações.

Recomendo quem começou aí a ver mais uns episódios. Se vc não amar Rumpelstiltskin, não vou entender.

Dayane disse...

Pelos comentários, eu noto que a visão que tenho das "periguetes", do que seria uma, é bem diferente.
Pra mim, uma "periguete" não é uma mulher sexualmente livre, uma mulher que se veste cm bem entende,etc. Eu sempre relaciono esse nome ,na verdade, cm falta de caráter: a mulher aproveitadora, a mulher que trai (quando o acordo é não trair), a mulher que dá em cima de homens comprometidos, a mulher que só sabe usar o corpo para promoção,etc.
Desculpem, mas eu não vejop nada de positivo nesse comportamento.

Anônimo disse...

Dayane, a sua definição de periguete está muito abrangente. Pra ser considerada periguete não precisa fazer todas essas coisas horríveis. Assim como pra ser considerada vadia basta ser mulher.

Anônimo disse...

Poxa, eu assisti gostei muito dessa novela, mas notava esses comportamentos e opiniões machistas, mas claro isso a gente nota em todas as novelas...

Anônimo disse...

la vem os maculhada com seus links terroristas e catastróficos, como se convencesse alguém

Anônimo disse...

O que acho engraçado é que sempre querem passar pra gente que mulheres querem muito casar e homens não, mas mascus e reaças é que parecem na verdade estarem desesperados pra casar já que parece que ficam vinte e quatro horas por dia na nota só com as mulheres, se casem, tenham filhos, rápido, rsrs. Vai que nesse desespero todo vc salva um mascu da solidão.[2]
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exatamente, o que eu mais vejo na net é a masculhada se lamentando e reclamando com seu velho bla bla de sempre.
a verdade é a seguinte, mulher não se achou no lixo pra ficar com machistóide, e ele estão loucos e desesperados.

corpsecake disse...

Me encontro na mesma situação que a Lívia. Mesmo tendo apenas 18 anos, quero agradecê-la, Lola, por me fazer re-encontrar o meu feminismo e cada vez mais perceber o machismo, as injustiças e coisas ruins que acontecem mundo afora. Obrigada.

MonaLisa disse...

Como comentaram ai. Lembrei da novela Rubi também, que alias estou assistindo pela 4ª vez e é ótima.

Ela é a protagonista da novela, ela seduz o noivo da melhor amiga e foge com ele no dia do casamento dele, porque o cara é rico. E o cara que ela gosta é pobre.

Enfim, também não acha filhos a máxima realização da mulher pra ela.

La pelo meio da novela, ela quer se tiver do marido pra ter a própria independencia financeira, mas quer ficar com metade do dinheiro dele. Ela chega até a ser estuprada pelo marido.

Enquanto casada, fica encontrando o ex namorado pobre. E o que é mais legal, é a cara de pau dela propondo do cara ser amante dela.

O marido descobre e começa a bater nela. Tranca ela em casa e todo mundo na novela fica contra essa atitude dele. Mas a sogra dela vai dizer que qualquer homem ficaria louco de saber que a esposa procura o ex e ela diz: - Você está justificando isso?

Claro que no final, ela se ferra. Mas até chegar la, ela dá uma bela amostra de mulher livre.

Leila disse...

Será que eu perdi alguma coisa??? Como assim "Ela é a protagonista da novela, ela seduz o noivo da melhor amiga e foge com ele no dia do casamento dele, porque o cara é rico. E o cara que ela gosta é pobre."
E depois:
"Claro que no final, ela se ferra. Mas até chegar la, ela dá uma bela amostra de mulher livre."

Quer dizer que escolher um cara que não se ama porque ele é rico, enganar a melhor amiga é uma "bela amostra de mulher livre"???

Que pobreza de espírito, Zeus me livre! Eu escolhi um pobretão e fui muito feliz.Tenho minha profissão, não preciso explorar ninguém. Além do mais, ser rica não me interessa. Que visão triste chamar isso de liberdade.

Anônimo disse...

rachel, suelen, carminha, rubi e cia nao sao mulheres livres, sao umas vacas. elas podiam ser virgens puritanas e continuariam sendo vacas, pessoas mas, mesquinhas, sociopatas.

o problema é justamente esse: os autores sempre associarem características neutras ou até positivas de mulheres livres às vilãs, como se essas coisas estivessem relacionadas

claro que nem toda vilã é assim, algumas tem motivos para serem vilãs, outras não. por exemplo:

a rainha má da bela adormecida tem toda razao em ser má. ela é uma outsider, as pessoas odeiam ela pq ela é uma bruxa. entao ela vai la e roga uma praga.

já a rainha má da branca de neve é uma imbecil q decide maltratar a enteada só pq a outra é mais bonita q ela (afff)

MonaLisa disse...

Leila

Não coloque palavras no meu post, isso de casar com um marido e trair a melhor amiga é um detalhe na novela.

Mas quanto a questão do aborto e outras coisas faz dela feminista sim.

Unknown disse...

Não necessariamente a revolta aconteceria. A globo está reprisando a novela " Da cor do pecado", onde o poderoso e rico tem filhos gêmeos frutos de uma relação com a empregada ( não me recordo exatamente se foi consensual,mas em todo caso ele tinha poder sobre ela)e a obriga a dar o filho pra ele, contra a vontade dela, que para sorte dela o poderoso não sabia que eram gêmeos dando a oportunidade a ela de ficar com um dos filho. Anos depois ele descobre que eram gêmeos e fica " indignado" com o fato de sua gonernanta que sabia de toda história não contar pra ele. Essa novela não é tão velha e mesmo assim não assustou as pessoas, e ainda não assusta!

Rose Barreto disse...

Olâ, meu nome é Rosangela. Adorei o blogg e o do artigo sobre o feminismo e a novela "Mulheres de Areia" que sempre foi minha novela preferida. Concordo como o artigo que Raquel é mais determinada que a irmã Ruth. Ruth era uma molenga. Defendi a Raquel nos vídeos postados no Youtube e fui perceguida durante semanas. Nínquem é capaz de perceber o machismo existente na novela. Tomara no próximo remake, Raquel não morra.

Anônimo disse...

Claramente vc não sabe nd sobre oq é feminismo,se eu fosse vc estudaria antes de falar m3rd4s por aí

Rose Barreto disse...

O que posso dizer é que pessoas que criticam sem nenhuma educação, deveriam ser banidas desses comentários. Você é um(a) covarde, pois não colocou nem seu nome.