N. me enviou este email, que publico como guest post. É uma história terrível, mas também um exemplo de superação -- e de solidariedade entre mulheres.
Leio muito seu blog e criei coragem de compartilhar minha história, e espero que ela possa ajudar outras pessoas a não sofrerem e sirva como uma luz no fim do túnel.
É uma longa história. Tudo começou num momento vulnerável da minha vida. Estava na adolescência, tinha 17 anos, havia me mudado pouco tempo atrás pra uma cidade que eu não gostava, estava sem amigos, deprimida por ter perdido o amor da minha vida por causa da distância, carente, enfim, um daqueles momentos péssimos da vida em que a gente comete as piores besteiras. Foi neste contexto que o dito cujo surgiu.
A princípio apenas conversávamos como amigos, por telefone, msn, ele vinha me visitar, passávamos horas a fio conversando. Ele era muito inteligente, cavalheiro, sempre demonstrava ser um homem "honrado", "honesto" (lembra algum tipo de perfil?). E eu, com 17 anos, carente, sozinha, deprimida, com um gentleman desses me dando toda atenção do mundo. Já sabe o desfecho, né? Começamos a namorar, a princípio à distância, pois ele morava em outra cidade. Ele vinha me visitar pelo menos uma vez por mês, me trazia flores, me levava pra sair, era um conto de fadas! Nota: DESCONFIEM DE CONTOS DE FADAS!
Até que ele veio me pedir em casamento. Foi até minha casa, conversou com minha família dizendo que gostaria de se casar comigo, todo aquele papo. Quando completei 18 anos, me mudei pra cidade dele, levando comigo minha poupança que levei tantos anos para juntar, minhas coisas e meu coração feliz por ter encontrado meu príncipe encantado. E a partir daí começou o inferno na minha vida.
Morávamos juntos, ele estava desempregado e não corria atrás de nenhum emprego, havia largado a faculdade, vivia com um dinheiro que recebia de pensão do falecimento do pai dele (que ele recebeu até completar 24 anos). Além de não fazer nada o dia todo, ele gastava esse dinheiro com bebidas. Passava muitas vezes o dia inteiro no bar bebendo cerveja e não tinha depois dinheiro pra pagar conta de luz, aluguel... e queria que eu pagasse, pois achava que era minha obrigação. No começo eu fui boba e paguei, afinal, tinha dinheiro na poupança e achava que aquilo seria apenas uma fase ruim.
Neste meio tempo, comecei a perceber as mentiras dele, até que um dia, na melhor das intenções, resolvi conversar com ele sobre isso. Falei pra ele que ele precisava procurar ajuda, que eu estaria do lado dele. Meu deus, pra que eu fui fazer esta besteira?! Ele virou um bicho comigo. Veio me agredir, começou a pegar copos e pratos de casa e jogá-los com toda força na minha direção; por muita sorte nenhum deles me pegou, passavam de raspão.
Resolvi que eu iria embora, mas quando fui ver a minha conta estava vazia! Ele roubou todo o dinheiro que havia na minha conta! Não acreditei, aquele dinheiro eu havia levado anos pra conseguir juntar, e meu parceiro foi, bisbilhotou minhas coisas, descobriu minha senha e roubou todo meu dinheiro, e eu não tive como provar. Não bastasse isso, ele começou a pegar livros e cds meus, que eu tanto gostava, e passou a vendê-los, sem que eu visse, pra ter dinheiro pra comprar cerveja.
A partir daí eu já não sentia mais pena dele, mas estava muito confusa. Neste meio tempo eu havia engordado 12 quilos, minha autoestima não estava boa, e ele ficava jogando na minha cara que eu parecia uma cadela gorda. Teve um dia que ele chegou bêbado em casa, tocou a campainha, eu estava no banho e demorei pra abrir a porta, quando eu abri, ele estava furioso porque eu demorei e veio me agredir. Aquele dia eu saí correndo de casa, corri mesmo, e no primeiro orelhão que encontrei, chamei a polícia. A polícia demorou quase duas horas pra chegar, mas eu quis ir adiante, fomos pra delegacia e ele dormiu lá aquela noite, mas não o prenderam pois ele não chegou a me agredir de fato (afinal, eu corri dele).
A partir daí ele ficou de cara fechada, pois percebeu que eu não engoliria esses abusos calada. Precisamos mudar de casa pois ele não pagava o aluguel da outra, e nesta nova casa, ele não colocou meu nome como moradora, já com segundas intenções de me expulsar dali. Dito e feito. Um belo dia que eu cheguei em casa, ele começou a brigar comigo, fez um escândalo, começou a pegar minhas malas e a encher com as minhas roupas me expulsando dali... e eram 11h da noite, pra onde eu iria?
A intenção dele era que eu dormisse na rua. Aquela noite eu só não dormi na rua porque ele não contava que eu tivesse guardado comigo 100 reais na minha carteira para caso de emergência, então dormi em um hotel e no dia seguinte pedi ajuda pra mãe dele, que logo me acolheu.
Quando eu decidi, no final de 2005, que eu iria embora mesmo que perdesse todas as minhas coisas, foram os piores dias da minha vida. Eu havia ido na surdina comprar minha passagem de volta, e então descobri que ele sempre bisbilhotava minhas bolsas enquanto eu não estava vendo. No dia seguinte ele estava de cara fechada mas não falou nada. Quando fui ver minha bolsa, cadê minha passagem e meu RG? SUMIRAM! E eu sabia que havia sido ele quem pegou.
Mas não fiz nenhum alarde, fui mais esperta. Enquanto ele, de cara fechada, usava o computador, escondi uma das cópias da chave de casa sem que ele visse e depois peguei a segunda cópia, dizendo que eu ia na padaria e já voltava. Larguei ele trancado em casa e fui imediatamente pra casa da mãe dele e contei a situação pra ela, que me defendeu perante ele.
Pouco tempo depois ele apareceu lá, do lado de fora do portão, surtando, dizendo que queria a chave de casa, que ele precisou pular o muro pra sair. Eu falei pra mãe dele: só entrego a outra chave quando ele devolver meu RG e minha passagem. Então ele trouxe o RG e a passagem e eu devolvi a cópia da chave pra ele.
Naquela noite eu não pude dormir em casa e nem nas noites seguintes. Lembro que minha viagem estava marcada pro sábado, mas por motivos de segurança eu fui até a rodoviária e remarquei a passagem para um dia antes, na sexta. Na quinta feira, alguns amigos meus foram comigo até lá, pra me proteger e pra me ajudar a pegar meus pertences pessoais para ir embora: roupas, livros, cds, minhas coisas. Aproveitamos que ele não estava lá e a mãe dele foi junto para me ajudar também. Quando ele percebeu que eu havia pegado minhas coisas, surtou de vez. Nesta hora, por sorte, eu estava acolhida dormindo na casa dos meus amigos, que ele não sabia onde era. Ele foi até a casa da mãe dele, enlouquecido atrás de mim, e a agrediu! Ela me ligou chorando, nervosa, mal conseguia falar.
Na sexta feira, dia de eu ir embora, ele foi até a delegacia dar queixa de que eu havia roubado minha própria casa. Pois então, sem saber disso, fui até a mesma delegacia pra avisar que eu estava sendo ameaçada por ele e que eu queria poder ir embora em paz. O delegado logo ligou as duas histórias e ligou pra ele para mais esclarecimentos e me disse: eu achei absurda a história que ele contou de que você roubou sua própria casa e que você botou fogo na casa.
Então eu falei: estou aqui e convido vocês a irem pra casa verem com os próprios olhos o que aconteceu. E a mãe dele estava do meu lado, como minha testemunha. Esclarecido tudo isso, fiquei na casa da mãe dele até dar a hora de eu ir embora. Quando fui embora, a mãe dele foi comigo, pegamos um taxi nós duas, ela me acompanhou até a rodoviária, me ofereceu um ombro, me deu a maior força, sou muito grata a ela por tudo isso! Enfim, fui embora de lá em segurança e viva, mas meu inferno não havia terminado.
Depois de ter ido embora de lá, pra minha própria segurança e pra segurança da minha família, eu não fiquei na cidade onde morava, e me mudei pra uma metrópole, onde seria impossível ele me encontrar. Exceto pelo orkut, na época. Eu estava aqui trabalhando, refazendo minha vida, e ele me perseguia por orkut. Foram incontáveis as vezes que deletei meu perfil por causa dele. Até que ele criou um perfil fake meu, com fotos minhas que eu sequer sabia que existiam!
Eram fotos minhas dormindo, nua, que ele tirou sem que eu tivesse visto, fez este perfil fake e adicionou todos os meus contatos -- pessoas com quem eu trabalhava, pessoas que eu via todos os dias. Na hora entrei em choque e chorei muito, mas depois pensei: eu não fiz nada de errado, o criminoso é ele. Não vou deletar meu perfil. Agora vou descobrir quem são meus amigos de verdade. Bom, de umas quase 300 pessoas, apenas 3 ou 4 vieram com palhaçada pra cima de mim, o restante me deu apoio, o que me alegrou bastante no final das contas.
E eu saí mais forte desta história. Mantive meu perfil, bloqueava as mensagens dele, não respondia nada. Hoje estamos em 2012, e recentemente soube por intermédio de um amigo que trabalha na Justiça que ele foi condenado a dois anos de prisão por crime de racismo. Me sinto justiçada. A justiça vem mais cedo ou mais tarde. O importante é manter a integridade e fazer o que é certo.
Espero que isto sirva de inspiração pra quem se sente oprimida. Não tenha medo, enfrente, mude de vida e saiba que a vida é boa e reserva coisas boas no futuro. Estou prestes a abrir meu próprio negócio, muito bem de vida, namorando há três anos, planejando me casar, e mais feliz que nunca.
Obrigada pelo seu blog, Lola. Você é uma luz neste mundo cheio de injustiças. E espero que meu post possa ser mais um raio de luz neste meio. Nunca desista do seu blog, ele é uma inspiração pra todas nós.
29 comentários:
Parabéns Lola...por mostrar a todas essas histórias!
PARABÉNS POR SEU BLOG.NUNCAAAA desista DELE
bjao
Que inferno essa moça viveu hein. O cara é um psicopata...
Ainda bem que a mãe dele conhecia bem o filho que tem e deu amparo a ela, e ele foi capaz de agredir a mãe também, se fez isso com a própria mãe como vai ter respeito por outras pessoas? O pior é que tá cheio de sujeitinho assim no mundo.
Parabéns, N, pela atitude.
Eu constumava pensar que todos os trogloditas são assim por culpa da educação recebida da mãe/pai, pois essa era a minha história e foi muito difícil mudar a mentalidade por conta própria. Mas vem essa mulher e se põe contra o próprio filho demonstrando que nem sempre é assim...
Minha irmã tem um namorado babaca e machista(nunca a agrediu mas não duvido que venha a fazer no futuro), e é filho de uma mulher vencedora que lutou muito para criá-lo sozinha. Até agora estava relativamente tranquilo porque achava que o exemplo materno poderia impedi-lo de ultrapassar a barreira de idiota para monstro, mas depois de ler esse relato, não tenho mais essa tranquilidade.
O cara tem um comportamento muito diferente quando está com ela, e quando está longe. Como alertá-la sem ser invasivo? Ela nunca me pediu opinião, nem nunca se meteu nos meus relacionamentos, não importa o quão errado eu estivesse.
Temos uma diferença de idade grande e convivemos pouco, então não temos muita intimidade.
Nossos mãe e pai continuam na mesma, duvido que percebam ou que achem anormal.
Há algo que eu possa fazer? Acho que ela nem me vê como referência por causa de um passado conturbado...
É uma história realmente inspiradora e de muita coragem. Lola, obrigada por este espaço!
Eu comento duas coisas sobre isso:
1. A moça podia denunciar esse criminoso por tudo o que ele fez e isso aumentar a pena dele mais ainda (já que, segundo o relato, ele foi condenado a dois anos de cadeia por racismo e presumivelmente ele está preso)?
2. Me preocupa que esses desgraçados finjam ser homens corretos, carinhosos e atenciosos. Além de vitimar mulheres com isso, ainda gera uma desconfiança quase generalizada acerca daqueles homens que realmente têm essas características, sem fingimento. Eu mesmo, pelo que faço por minhas amigas, demonstro com elas ser carinhoso, atencioso, elogiador, um grande amigo, mas agora fico com medo que eu me comporte assim com alguma futura namorada e ela desconfie que eu esteja escondendo dentro de mim um demônio que poderia acordar a qualquer momento =/
Mas isso não é algo que me vá fazer mudar de comportamento e ser alguém frio. Vou ser sempre quem eu sou, mas me incomoda que meu comportamento, mesmo que seja visto como virtuoso, vá inspirar desconfiança e medo.
oi Lola parabéns! Suas postagens são
realmente muito bonitas, algumas histórias macabras como essa que acabei de ler, infelismente existem homens assim...Homens serpentes traiçoeiras! Conheço uma história parecida com essa, só que por final ele morre, ela se liberta,apois ter tido quatro filhos com ele. Um abraço
Maria Machado
Jorge, pelo fato de você e sua irmã não serem muito íntimos, fica difícil de você aconselha-la. Mas acho que seria legal você usar o blog da Lola ou algum outro blog. Mostrar pra ela uma dessas histórias, de forma meio despretensiosa, pra ver se ela se toca.
Ou então fala pra ela sobre algum desses comportamentos babacas dele quando ele está longe, e nem ligue se ela vai achar que você está se entrometendo, lembre-se que isso pode ser pela segurança dela.
Abrir a cabeça dos seus pais também seria bacana, talvez ela escute eles
O mais bacana destas histórias de superação é que servem de inspiração para pessoas que passam por problemas semelhantes.
Príncipes encantados não existem fora dos contos de fadas. E nem princesas.
Somos todos reais.
É da natureza humana, especialmente a feminina, fantasiar, idealizar as pessoas, mas temos que ser ensinadas a ser mais práticas, mais realistas.Não dá para ser impetuosa ou impulsiva quando se trata de nossas vidas. Deixemos isso para o cinema. Vida real exije um pouco de cautela.
Esse relato é muito importante pois mostrar o quanto faz diferença agir rápido! As dificuldades foram muitas, mas tenho certeza que se você não tivesse ido na delegacia na primeira vez as agressões físicas virariam rotina. Parabéns pela coragem!
História infelizmente tão comum, mas o que não é comum é a atitude da sogra. Gostei.
Nossa, que história... Que bom que você teve coragem e amigos que te ajudaram para sair dessa situação. Triste ver como ainda existem caras assim no mundo, violência doméstica é uma realidade muito cruel
Parabéns para a N. E pessoas na situação dela, sigam o exemplo dela: Tentem escapar e não desistam. Arrisco dizer que mesmo havendo risco de morte, melhor morrer de uma vez a morrer aos poucos nas mãos de um bárbaro desses.
Concordo plenamente com o que ela disse: sempre desconfie de contos de fadas! Eu sei muito bem que escapei de uma dessas por muito pouco...
Aos 17 anos também, nunca tinha namorado e tinha poucos amigos. Conheci um cara no curso pré-vestibular que logo parecia um príncipe encantado... Ele me pediu em namoro depois de uma semana juntos, e me deu flores. E por ai continuou, sempre me dava flores e outros presentes, parecia um principe encantado e comprou uma aliança com 2 meses de namoro e falou em casamento (sim, uma luz de estranhice acendou ai, mas eu queria viver meu conto de fadas).
Só que pouco depois disso ele começou a implicar com as roupas que eu usava, para onde ia e com os poucos amigos que eu tinha. Se ele me ligava, eu tinha que atender e conversar com ele, não importando o horário... Se eu não atendia era um inferno. E eu nunca podia ligar para ele! Nos viamos no cursinho e as brigas eram diárias. Meus pais perceberam que havia algo errado e (eu só chorava, pois meu maior medo era perde-lo, ele de alguma maneira me convenceu que eu ficaria sozinha para sempre e cada dia eu ficava mais insegura)e começaram a fiscalizar minhas saídas com ele, etc, o que só provocou mais brigas, ele inclusive chegou a brigar com minha mãe pelo telefone mais de uma vez. Minha auto-estima nunca tinha sido boa e ele só piorava com criticas e comentários.
Quando o cursinho acabou, ela não aceitava que não podiamos mais nos ver todo o dia e começou a ir na minha casa todo o dia. Meus pais, que já não gostavam nada dele, obviamente, proibiram a situação e aproveitaram as festas de fim de ano para viajarmos para longe, outro estado. Passamos um tempão lá e eu irritada no inicio, chorava, pois não conseguia falar com ele (obviamente ele me mandou centena de mensagens e emails brigando, xingando e até ameaçando se matar pois não conseguiamos conversar durante esses dias, eu estava em outro estado etc). Mas com os dias passando, comecei a repensar toda a situação e percebi o quando eu estava infeliz.
Na volta da viagem, ainda mantive o namoro por dois dias, quando numa explosão acabei terminando.
Só que, obviamente, não terminou. Eu já era quase como dependente dele, mesmo que ele me fizesse mal. Durante meses ele ligou anonimamente para minha casa (e inclusive depois assumiu que era ele quem ligava e desligava quando atendia). Eu tinha medo de encontra-lo na rua. Eu tinha medo que ele fizesse algo com meus pais (com frequencia ele dizia que tinha visto meu pai ou minha mãe em determinado lugar); continuavamos o contato pela internet e brigando toda vez que nos falavamos. Voltamos algumas vezes, mas nunca chegavamos a nos ver, embora ele insistisse.
No meio de todo essa confusão, entrei em depressão. Ao mesmo tempo eu fazia pré-vestibular para medicina. Eu chorava, estudava e comia, era minha vida. Passar em medicina foi a única coisa que restou... Eu realmente acreditava que não encontraria mais ninguém e ficaria sozinha.
Sete meses depois, um amigo me apresentou um amigo dele que é meu atual namorado (e que eu descobri que já queria me conhecer há muito tempo). Estamos juntos há pouco mais de um ano, e ainda em abril desse ano, meu ex ainda me perseguia no facebook e fazia perguntas intimas em relação ao meu atual namoro. Acabei por bloquear ele e admito que não bloquei antes por medo do que ele faria.
Meu namoro atual é baseado em companheirismo. Em um ano de namoro, nunca discutimos. Tudo conversamos e tentamos chegar a um consenso, nos ajudamos a crescer. Sei agora que isso é amor de verdade e não um monte de flores e presentes... Ainda tenho medo de encontrar meu ex por ai sim. A casa dos pais dele é perto da minha, mas ele se mudou para outra cidade para fazer faculdade. Hoje eu faço faculdade de medicina e estou perdendo os quilos ganhados durante a depressão. Já se foram 10kg, e eu nunca estive tão animada.
A história é terrível, mas as pessoas simplesmente não mudam de uma hora pra outra. Ela casou sem saber se o cara estava empregado?
Com apenas 18 anos?
Nunca viu ele bebendo?
Engraçado como ser um cavalheiro hoje está ficando ligado a ser um desgraçado.
Pior que vejo mulheres vendendo a alma para casar. Não importa quem seja, o negócio é casar, desesperadamente. Haja vista a quantidade de manuais que se vê por ai..
Relatos de relacionamentos abusivos como o que a N. viveu sempre me fazem recordar de um livro que ganhei de uma pessoa, que depois viria ser meu atual e muito amado companheiro. O nome da obra é "Mas ele diz que me ama", da autora Rosalind Penfold, e como o próprio subtítulo diz, é uma "graphic novel de uma relação violenta". O ganhei após desabafar sobre o que eu vivia na época em meu relacionamento passado e o livro me fez "enxergar" o quanto era prejudicial viver um namoro abusivo e a sair dele. É uma leitura fácil, onde é possível identificar a dinâmica de um relacionamento destrutivo e que pode ajudar muitas pessoas que vivem essa situação a compreender e sair desse ciclo de violência.
No site sobre o livro (Em inglês) há dicas ilustradas sobre os vários tipos de abuso nessas relações: http://friends-of-rosalind.com/
escolheu muito mal o parceiro. podia ter pensado melhor, evitaria problemas.
Eu só queria saber uma coisa. Por que a autora do guest post não procurou ajuda dos pais? Imagino que eles poderiam ter ido até a cidade em que ela estava e ajudá-la a sair da casa...
Isso não tem nada a ver com machismo ou feminismo, é a típica história de alguém que se envolve com um psicopata. Muito triste, mas sempre muito parecida também
Que história emocionante! Fico muito feliz por ela ter conseguido sair vitoriosa dessa situação! Espero que a mãe do "louco" esteja bem. Boa sorte em tudo na sua vida!
Moral da história:
O cavalheiro é aquele machista que finge ser gentil para perpetuar seus privilégios.
Ao passar pela net encontrei o seu blog , que me chamou à atenção li a primeira postagem e folhe-ei mais lagumas, é um blog feito com muito entusiasmo, e dedicação, gostei do conteúdo e quero deixar os meus parabéns, quando encontro um blog bom deixo sempre um comentário e um convite.Ficarei grato se me der a honra da sua visita no meu blog O Peregrino E Servo. Se desejar seguir eu sempre vou retribuir seguindo seu blog também.
Sou António Batalha, cristão evangelico. Deixo a minha benção, e a paz de Jesus.
PS.Ao seguir meu blog faça-o de forma a que eu possa encontrar o seu blog, para que possa segui também.
Então,às vezes é isso mesmo! Você tem um homem encantador no namoro e um monstro, ou simplesmente a realidade, depois do casamento. Isso aconteceu comigo. Namorei 4 anos um cara que era um namorado excelente, assinei um papel ele me viu como propriedade sua. Lembro dele, diante de uma discussão, me dizer que eu era a única "coisa" que ele tinha no nome dele. Lembro também do discurso dizendo que não fazer sexo comigo era o mesmo que ter uma Ferrari na garagem e não poder usá-la. Ou seja, uma relação reificada, era um mero objeto, coisa, algo a ser utilizado, nunca uma pessoa. E sim, ele mudou da noite para o dia, literalmente isso, da noite para o dia. Um dia antes, um excelente namorado, promessa de um ótimo casamento. Um dia depois, um agressor, asqueroso, nojento e que me faz sentir toda a violência toda vez que lembro e que manifesto elas. Infelizmente é isso!
Machismo bem como racismo,classismo e homofobismo não são doenças mas, fenômenos sociais e culturais que eram positivos, institucionalizados e perfeitamente aceitáveis nas sociedades até há poucas décadas. A segregação racial era legalizada em vários países! Há somente 50 ou 60 anos, todas as mulheres jamais tornavam-se adultas.Eram sempre menores de idade! Elas só podiam trabalhar, estudar ou viajar com a permissão do marido ou do pai.
É exatamente este o choque que aconteceu e continua acontecendo para quem estava acostumado com este passado muito recente da humanidade, tanto que algumas pessoas nasceram naquela época onde o machismo era legal.
E também é por causa disso que os homens machistas tiveram que se reciclar no seu "modus operandi", visto que não tem como enganar e atrair alguém com agressividade e violência!
Exatamente como fazem os serviços secretos dos governos, usar disfarces para fazer a vítima cair em suas teias!
Não existe nenhuma psicopatia, machismo não é doença e portanto só pode ser combatido pela via penal exatamente como se faz com criminosos de guerra, mantendo-os em prisão perpétua!!!!!!
horrivel,que bom q conseguiu escapar,eu tenho até medo de namorar com alguém de tanto ver casos desses psicopatas nojentos.
me espanta tb a alienação das pessoas apesar de hj haver tanta informação.
tb conversava nos chats quando tinha 17 anos,hj tenho 26 mas nunca fui e nem sou louca de me encontrar com quem n conheço,as pessoas mentem na sua cara,pq n mentiriam na net?
o caso da karina e da carolina dickman,n da pra acreditar q elas pensaram q n havia risco nenhum de deixar fotos nuas na net.
infelizmente o mundo é podre e n da pra bobear desse jeito,é dar sorte pro azar.
tenho uma amiga casada com um cara bem machista tb (sem violencia fisica nenhuma envolvida, oq contribui para q o comportamento dele seja tolerado) e a mae do cara é super guerreira, mae solteira, era pra ter criado um filho ciente das dificuldades que as mulheres passam, até mesmo feminista.
o engraçado é que quando minha amiga e o marido discutem, a sogra acaba dando um apoio pra ela, como a sogra dessa moça fez, pq reconhece que o filho está errado. mas a origem do comportamento inadequado do filho nao é trazida a tona nunca.
acho que essas maes nem tem consciencia de como elas contribuem para educar "sem querer" um machinho e nao um homem. ate imagino que algumas os criem falando mal de outros homens, por terem sido enganadas, traidas, abandonadas, mas ao mesmo tempo sendo condescendentes com os excessos do proprio filho, condenando a sexualidade/corpo de outras mulheres, se colocando como a unica santa virgem enviada dos céus à Terra, acima do bem e do mal (até mesmo para exercer autoridade e ter a devoçao/idealizaçao desses filhos)
nao to jogando a culpa toda em cima delas: tem a escola, a tv, a ausencia do pai (que deveria dividir a educaçao com elas). elas mesmas certamente sao fruto de uma criaçao machista, logico.
mas merece atençao esse fenomeno q parece ser comum: mães solteiras que surpreendentemente criam filhos machistas. a unica forma de mudar esse quadro é levando informaçao feminista até elas
Lembrei de um vídeo, não sei se vocês já viram:
http://www.youtube.com/watch?v=5OVQEJxINww
Sei que é comédia, mas mostra bem o comportamento desse tipo de cara ...
Que horror!!!
Acabei de perceber que tenho sérios problemas... eu sei a profissão de todos os friends... kkkkkkkkk
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