segunda-feira, 11 de junho de 2012

ESTUPRO, UM CULTO À MASCULINIDADE

Estupro é uma forma de poder e dominação através do sexo. Homens que adotam o modelo de masculinidade vigente ganham de brinde todos os preconceitos mantidos por esse mesmo modelo. Este culto se baseia em dominar as mulheres, principalmente no quesito sexual.
É basicamente isso que diz um ótimo artigo de Gloria Steinem e Lauren Wolfe chamado “Violência sexual contra mulheres é resultado do culto à masculinidade”. Elas apontam que, quando falamos em racismo, o maior foco é no racista. Quando falamos em antissemitismo, o foco é no antissemita. Então por que, ao falarmos de estupro, o maior foco não é no homem que estupra, e sim nas vítimas?
Um exemplo desse culto à masculinidade é que, tanto nas guerras quanto em gangues de rua, homens costumam cometer estupros em grupo. Estuprar em grupo os une. É uma forma de provar sua masculinidade aos outros membros do grupo. Não é incomum que, em guerras, oficiais militares mandem soldados estuprar como prova de sua lealdade. Também não é nada raro que estupradores em grupo digam, mais tarde, que não queriam estuprar, e que só o fizeram por causa da pressão do grupo.
Esta pressão de grupo acontece o tempo todo em nossas vidas. E faz muitos de nós fazermos coisas erradas e contra a lei, como dirigir depois de beber. Por que pensar que essa pressão só se aplica a gangues ou guerras? Vejo direto no Twitter rapazes que querem se enturmar provando sua lealdade uns aos outros através da exibição de sua masculinidade, que se dá via trollagem. Um alvo preferencial são feministas. Parece que atacar feministas vale tapinhas nas costas do grupo todo. Eles fazem isso rotineiramente. Não estou dizendo que esses caras são estupradores, mas que eles sofrem pressão para provar sua masculinidade. E sua masculinidade tem sérios problemas em lidar com as críticas que feministas fazem a um modelo de masculinidade que já ficou pra trás.
Nós mulheres também sofremos muitas pressões, óbvio. Aprendemos lições desde pequenas: aprendemos que é preciso ter um homem, que é preciso agradá-lo sempre, que temos de ser educadas e quietinhas. De onde vocês acham que vem essa realidade de que a maioria das mulheres estupradas não denuncia? Será que a gente se junta numa convenção e decide optar pelo silêncio, ou será que aprendemos isso já na infância?
A pressão social para adotar um único modelo (também falido, a meu ver) de feminidade existe, mas este modelo não é tão prejudicial à sociedade como o modelo da masculinidade. O mundo ainda vê ser feminina como ser mãe e ser bonita. Ser feminina, segundo esse padrão, é ser comportada, é “se valorizar”, é se adornar para atrair e agradar um homem. E ser masculino é sair por aí caçando o máximo de mulheres possíveis, ao mesmo tempo desvalorizando as mulheres que “cedem fácil”. Ou seja, a pressão é justamente para que haja uma guerra dos sexos em que as garotas se valorizam evitando sexo, e os garotos se valorizam fazendo sexo. Tá tudo errado! Precisamos abolir esse pensamento tacanho que mulher se desvaloriza ao ter vários parceiros. Ou que homem se valoriza ao ter várias parceiras. Por que atribuir qualquer valor moral ao sexo?
A pressão social não faz com que os homens saiam por aí estuprando, mas afeta, e muito, o jeito como homens veem o estupro. Pra começar, estupro é visto pela maioria como um assunto feminino e distante. Só acontece com as mulheres, e não acontece com nenhuma que a gente conhece. Estupro de homens só acontece na prisão, e aí a gente ri disso, faz piadinhas sobre abaixar pra pegar o sabonete, é tudo muito engraçado. O dia a dia nos lembra que estupro, a maior diversão, não é um problema. Todas as piadas de estupro que envolvem mulheres têm uma só mensagem: a mulher quis. A mulher gostou. Foi uma oportunidade pra ela. 
E tantos homens contam essas mesmas piadas sem desconfiar que estão perpetuando uma cultura de estupro. Aí, quando vem uma feminista pedir que homens façam a sua parte, que se conscientizem sobre estupro, que condenem o estupro em vez de usar o tema pra piadas, eles praticamente gritam em coro: “Não posso fazer nada! Eu não estupro! Não tenho nada com isso, e detesto você por tocar no assunto e dizer que todos os homens são estupradores!” Bom, em nenhum momento da minha vida eu disse que todos os homens estupram. São vocês que estão dizendo que nenhum estupra, ou que só doentes estupram, ou que estupro não existe, já que vocês não conhecem nenhuma mulher que foi estuprada, e não têm nenhuma amizade com estupradores. Afinal, estupro é só o que acontece em vielas escuras, à noite, com uma mulher que estava no lugar errado no horário errado vestindo a roupa errada.
Até num caso tão evidentemente condenável como aquele de Queimadas, PB (que não recebeu atenção suficiente da mídia), em que homens planejaram uma festa de aniversário para poder estuprar as conhecidas, eu li textos de homens me condenando por falar no assunto e “culpar os homens”. Até num caso desses eles juram que não foi o machismo e o culto à uma masculinindade arcaica que fez os estupradores agirem assim. Foi a natureza humana. Ou o descontrole de um ou outro indivíduo. Bela maneira de tirar o corpo fora, pessoal!
Enquanto homens continuarem vendo estupro como um problema individual, não social, o estupro seguirá firme. Enquanto homens pregarem que o estupro -– que não tem nada a ver com eles -– pode ser resolvido de duas formas básicas (mulheres não se colocarem em posição de perigo: não saírem à noite, não usar roupas convidativas, não beber etc; homens que estupram serem punidos com pena de morte ou castração e serem estuprados na cadeia), vocês não estarão ajudando.
Enquanto vocês disserem que estupro não é um problema seu, vocês estarão ajudando a perpetuar a cultura de estupro. Por que estupro tem que ser um problema só meu, e não seu? Ué, eu, assim como você, não sou estupradora. Eu, assim como você, nunca fui estuprada. A lógica é que se não é um assunto pra vocês, porque vocês nunca estupraram, então não deve ser assunto para nenhuma mulher que não foi estuprada. E mesmo as que foram estupradas, fiquem quietinhas aí, que o tema é desagradável e você está se vitimizando se contar a sua história. Criamos uma espiral de silêncio, torcendo para que, se ninguém tocar no assunto (a menos que seja pra fazer piada; aí pode!), o estupro desapareça.
Assim como estupro não é um assunto feminino, não deve ser visto como um assunto exclusivamente feminista. Homens (principalmente meninos) também são estuprados. O estupro afeta todo mundo. Numa zona de guerra, o estupro não atinge apenas as mulheres estupradas. Afeta os maridos e filhos dessas mulheres. Afeta a comunidade inteira. Afeta os próprios estupradores. Não estamos numa zona de guerra, felizmente, mas estupros (que podem acontecer com sua mulher, sua mãe, sua filha) afetam a forma como mulheres veem os homens. Somos ensinadas a temer vocês. Estupros afetam a nossa liberdade sexual, nosso direito de ir e vir. Só sendo muito tapado pra pensar que um medo constante da metade da população não interfira com a outra metade.
Talvez um bom começo seja refletir sobre que modelo de masculinidade vocês querem seguir. O que é “ser homem” pra vocês? Que modelo de masculinidade vocês querem passar a seus filhos?

402 comentários:

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Anônimo disse...

Acredito que os rapazes deveriam se pronunciar sobre o estupro masculino.
[2]
É que para os machões viris isso non ecxiste HAHAHA

Anônimo disse...

Cresça você, meu caro Christopher. Sexo não é o móbile do seu bercinho.
Brinca com coisa séria depois se estrepa.

Unknown disse...

Tenho muito medo de você anônimo!

Se conforta seu narcisismo frágil.

Anônimo disse...

Louise,

masculino/feminino são conceitos sociais, culturais, e variam de acordo com determinada cultura.

homem/mulher são seres organicamente diferentes.

masculino/femnino e homem/mulher NÃO se tratam da mesma coisa.

Agora, querer associar comportamentos violentos de homens ao masculino é distorcer TOTALMENTE a realidade. Esse é o ponto. E sabe pq? Pq a violência se manifesta na pessoa, e não na sua classificação quanto ao gênero. A violência se manifesta em AMBOS os SEXOS, e e, AMBOS os gêneros.

Me diga, essa mulher que esquartejou o marido, é masculina por acaso? A Suzane von richthoffen é masculina por acaso? A mulher la q matou a menina isabella é masculina agora?

A violência NÃO ESCOLHE SEXO NEM GÊNERO!!!!

Anônimo disse...

Futuro M, os mascus já consideram todas as mulheres como interesseiras, vadias, etc. etc.
Vocês esperam que todas sejamos ingênuas, sinceras, honestas? Não. Por que deveríamos pensar que todos são respeitosos, mentalmente sadios, não violentos, se nem todos são? ein? ein? Estuprador manda recado? anda de crachá?

Anônimo disse...

Acho um absurdo o que todas essas mulheres que você citou fizeram,elas são assassinas e ponto mas não é essa a minha questão.
Pare e repense por um segundo: Desde o ínicio dos tempos,o índice MAIOR de violência e da privação de direitos é do homem contra a mulher ou da mulher contra o homem?
Mulheres foram tolhidas de escrever,de estudar,de se pronunciar na política e tantas outras coisas SÓ por serem mulheres.
Porque muitos homens associam mulher = passividade,logo feminino = fraqueza.
Isso é o que eu não suporto,entende?
É um verdadeiro lixo você ter que ficar se provando a todo instante que é boa,que é capaz PORQUE É MULHER!
Digo isso porque já passei não uma,nem duas vezes.

Anônimo disse...

Tanto a Suzanne quanto a madrasta da Isabella não puseram as mãos à obra e sim seus comparsas. A Elize tá se vendo que é completamente fora da realidade. Deve ter saído do submundo, pra dizer o mínimo.

Aliás, bom que se diga da fria em que o herdeiro lá se meteu quando se dispôs a passar o relacionamento virtual pro real com uma completa estranha de outro círculo, outra educação, etc. E ainda cutucou a onça com vara curta. Esse deu mole, ein?

Anônimo disse...

Uma vez eu estava indo pro colégio quando estava no segundo ano,tava uma chuva do caramba eu com bolsa,guarda-chuva e com gripe andando de boa quando me surge um ser imundo e nefasto apertando o meu corpo,passando a mão na minha bunda...NA MESMA HORA eu deixei descer a faca borboleta que eu deixava na manga do meu casaco,dei uma rasteira nele e enconstei no pescoço do desgraçado e falei que ia arrancar a cabeça dele e pôr a prêmio depois de castrar ele pra NUNCA mais pensar em fazer isso com mulher nenhuma.
Na mesma hora ele ficou branco,disse que era BRINCADEIRA pra mim não chamar a polícia e começou a inventar um monte de desculpa esfarrapada.
Dei 1 min pra ele sumir da minha frente e bem sadicamente ainda falei que o que ele estivesse pensando em fazer com alguma outra menina/mulher na rua iriam atravessar ele com um cabo de vassoura dentro da cadeia.

Anônimo disse...

18:39, tenha medo de mim não, Christopher, tenha medo de você mesmo.

Anônimo disse...

Louise,

eu concordo, mulheres foram restringidas em sua liberdade durante séculos. De fato. Hoje a situação é bem melhor do que a 50, 100, 500 anos atrás. E tem muita coisa a evoluir.

Mas repito, a crueladade de homens com mulheres NÃO tem nada de masculino.

E não pense que mulheres foram as únicas prejudicadas pelas violências praticadas na história: milhões de homens perderam suas vidas (ou foram mutilados) lutando em guerras, sob n propósitos, dos mais justos (como conquistas de liberdades politicas, individuais, sociais, como a rev francesa) aos mais asquerosos (como a guerra do afeganistão).

Repito, associar a violência ao gênero é má-fé discursiva.

Ambos os sexos podem ser violentos. Ambos os gêneros podem ser violentos.

Anônimo disse...

Louise, há homens covardes, mas há homens masculinos que são muito humanos, bem mais do que muita gente pensa.

Esse q vc falou é um covarde. Mas será que ser homem com H maiúsculo, é ser violento e covarde?

Anônimo disse...

18:59, você esqueceu de dizer que milhões de homens perderam suas vidas tiradas por outros homens, inclusive civis e não mulheres. Nos poupe.

Anônimo disse...

Louise, na hora da reação eles afinam. Parabéns.

Anônimo disse...

ha, essa é boa. Quer ver que ja ja ele vai dizer que eu deveria agradecer à CIA por estar vivendo num país 'livre'? 4, 3, 2, 1

Anônimo disse...

Eu acredito que não,mas infelizmente existe essa ideologia de que abusar mulheres na rua/trabalho/ônibus e derivados é normal.
Metrô,então? PQP! Mulher sofre em metrô.Quando eu morava em SP,às vezes o metrô da linha que eu pegava lotava e os caras roçavam pinto nas meninas,passavam a mão,eu ficava PUTA da vida,só que comigo NÃO.
Uma vez veio um idiota querendo roçar em mim e eu com a minha faca borboleta *.* (sim,eu andava com arma branca) encostei na calça dele e olhei com um olhar assassino.
NÃO dá pra agir de outro jeito com esses tarados malditos,não sou agressiva sem motivos mas se um homem tentar me forçar a qualquer ato sexual,passada de mão CONTRA a minha vontade aí o bicho pega.

Anônimo disse...

anônima das 19.10, vc parece q não lê, e como não tem argumentos tenta me desqualificar.

quanto à cia, copio o que escrevi, que fala por si

"
E não pense que mulheres foram as únicas prejudicadas pelas violências praticadas na história: milhões de homens perderam suas vidas (ou foram mutilados) lutando em guerras, sob n propósitos, dos mais justos (como conquistas de liberdades politicas, individuais, sociais, como a rev francesa) aos mais asquerosos (como a guerra do afeganistão)."

Anônimo disse...

*de mulheres

Anônimo disse...

Louise,

Nunca permita a violência contra vc, te dou toda a razão.

Anônimo disse...

Aí vc acordou e viu que tava atrasada pra escola, né?

11 de junho de 2012 19:14

E aí o seu Nescau esfriou e você veio trollar um pouquinho aqui né?

Tenho defesa pessoal anônimo imbecil,aprendi a manejar armas brancas.

Anônimo disse...

Ah desculpa você vive em um mundo que mulheres não podem/não sabem se defender né?
Toma sua jujuba de prêmio lixo anônimo =)

Drica Leal disse...

Aff, quanta dificuldade em separar homem - pessoa do sexo masculino de MASCULINIDADE. Toda a confusão gerada por quem não concorda com esse post da Lola (excelente, aliás, um dos melhores textos que já li sobre estupro como fenômeno cultural)é porque eles não conseguem entender que estamos questionando a existência e permanência de um MODELO de masculinidade que já passou da hora de ser reformulado.

As mulheres ao longo dos séculos vem questionando, contestando e desconstruindo o modelo de feminilidade, com erros e acertos, aos trancos e barrancos. Fazemos isso em vista dos prejuízos e desvantagens que esse modelo socialmente construído nos traz como seres humanos. Porque para nós feministas, somos seres humanos plenos antes de sermos desse ou daquele sexo. Mas os homens (maioria, blá, blá, blá), apesar de todos os prejuízos tem muita resistência em se verem (e ver a mulher) acima dessas convenções de gênero. Ainda não conseguem (e parecem que nem querem, por "n" motivos") desatrelar sua existência como indivíduo ou como ser social das características que milenarmente são consideradas intrínsecas ao seu sexo, que chamamos de masculinidade. Durante tanto tempo essa masculinidade foi tão vantajosa e até mesmo tão necessária ao homem que eles tem muito medo, uma resistência enorme, em se desfazerem dela. Reagem como se propondo a desconstrução dessa masculinidade, as feministas estariam propondo a destruição do próprio homem. Não compreendem que são GENTE, e isso é muito mais importante que qualquer conceito de masculino ou feminino. Não conseguem conceber como podem existir, interagir socialmente, encontrar seu lugar numa sociedade igualitária sem esse modelo de masculinidade. Enfim, apesar de reconhecerem e até lamentarem o descompasso com a metade mulher da humanidade, não abrem mão de preservar essa masculinidade a qualquer custo. E os custos estão sendo altíssimos, mas a metade mulher do mundo não parece disposta a abrir mão da sua vontade e necessidade de se descobrir e viver como um ser humano pleno, acima das convenções de gênero, apesar de toda a oposição.

Anônimo disse...

Drica Leal,aqui toda a internet do mundo pra você <3
Os caras vem aqui e fazem questão de falar em modelo masculino/feminino que perpetua a desigualdade de gênero e é isso que eu destesto.

Drica Leal disse...

Enquanto isso vemos os homens mais raivosos e revoltados contra essa nova mulher com discursos como "as mulheres precisam assumir as consequências dos seus atos", sugerindo que devemos pagar por essa coragem e ousadia de desafiarmos o que foi socialmente estabelecido para o nosso gênero através dos séculos. Mas devemos pagar a quem? Pagar a eles, que por medo ou preguiça preferem manter e perpetuar essa masculinidade a qualquer custo e não aceitam que a outra metade da humanidade não queria mais fazer esse jogo?

Nós mulheres, feministas ou não, de várias formas estando tentando conquistar essa liberdade de sermos apenas gente. Nesse caminho estamos acertando em algumas coisas, errando em outras, mas enfrentando oposições e desafios numa sociedade que tem como prerrogativa o uso da violência (simbólica ou direta) para manter o status quo como sempre foi. E não, o feminismo ou as feministas não querem a destruição do homem. Mas queremos sim a desconstrução desse modelo de masculinidade que aí está há milênios e está em descompasso com um mundo que aos pouquinhos desperta para a necessidade de justiça e igualdade. Se não pudermos desconstruir essa masculinidade, até porque isso não depende só de nós, mas dos homens, vamos pelo menos lutar para que esse modelo de masculinidade não nos prejudique mais.

Drica Leal disse...

Louise Nouvain:

Para nós, querida, ;-)

Anônimo disse...

Boa noite Lola,

Em primeiro lugar gostaria de dizer que AMEIIIII a imagem que encabeça o post, como que você acha essas coisas? Super pertinente, inclusive o moço segurando aquela coisa fálica imensa e pronta pra matar alguém. Inteligentíssimo!

Segundo, que sua postagem para mim foi irretocável. Embora legal e tecnicamente homens também podem ser vítimas de estupro, e o são o tempo todo dentro de cadeias por exemplo, é fato que a coisa é tratada como "assunto de mulher" - assim como o aborto, por exemplo. E por ser um "assunto de mulher", mulheres "tem que" se cuidar para evitar a ambos. Só as mulheres, viu? Mulher se auto-estupra e engravida com o dedo... coisas que a vida me ensinou.

No mais, eu só queria comentar que acho, particularmente, complicado tirar da boca das pessoas a tal coisa de "prevenir é melhor que remediar" até porque eu também concordo com isso. No caso do estupro fica ainda mais difícil "prevenir" quando se sabe que na maioria dos casos a mulher conhece o agressor previamente, que pode ser um namorado, o marido, um colega de trabalho, alguém que se vale da confiança para praticar tais atos. Se a gente for levar essa coisa da prevenção ao extremo, até ficar dentro de casa trancada pode ser perigoso, não é mesmo?

Uma forma de evitar estupros é educar os filhos de forma a verem as pessoas como são, seres humanos, que não podem ser usados ou dispostos sob qualquer pretexto.

Um grande beijo e parabéns pelo blog.

Anônimo disse...

"E por ser um "assunto de mulher", mulheres "tem que" se cuidar para evitar a ambos. Só as mulheres, viu? Mulher se auto-estupra e engravida com o dedo... coisas que a vida me ensinou."

essa foi uma colocação 10000000x mais inteligente que a mentirinha lá da moça da facada....aprendam, feministas.

Anônimo disse...

"Só sendo muito tapado pra pensar que um medo constante da metade da população não interfira com a outra metade. "

Eu acho que na vida prática de um homem, não interfere mesmo. Porque ele é homem, pode sair sem camisa, pode andar numa viela escura, pode encher a cara que seu brioco será preservado. Então pra eles eu acho que fica mais difícil entender isso.

Maicon Vieira disse...

"Louise Nouvain disse...
Acredito que os rapazes deveriam se pronunciar sobre o estupro masculino.
[2]
É que para os machões viris isso non ecxiste HAHAHA"

Tem certeza que são para os tais machões que isso não existe? Além disso, por ser minoria esse crime é jogado para escanteio. Se for falar de casos de estupros onde homens são vítimas aposto que virá várias(o) aqui dizer que são minorias e que os estupros contra mulheres são infinitamente maiores e por isso não devem ser mencionados ou ter algum foco.

Anônimo disse...

19:52, você não entendeu. Não tem que ficar trancada, tem é que ler os sinais, tem que estar consciente , tem que desconfiar. Mandar uma mensagem subliminar dizendo que você está de olho, está atenta. Seja com pai, marido, namorado, médico, padre, amigo, o que for. E ficar de olho nas crianças também, não só pro que elas estão fazendo mas o que estão fazendo com elas. "O preço da liberdade é a eterna vigilância". Os homens vigiam, por que nós não podemos?

Maicon Vieira disse...

Para as pessoas que falaram que não se deve julgar a vítima de estupro e condenar o estupro ocorrido para qualquer, e se a vítima for um estuprador?

Fatima disse...

Agorinha mesmo vi essa notícia http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2012/06/policia-investiga-estupro-de-idosa-de-104-anos-em-aldeia-indigena-de-ms.html

E escrevi no meu facebook "e então? A culpa foi da saia dela? Ou foi pq ela estava andando sozinha à noite? Será que ela ficou provocando o cara e depois 'fez doce'? Ou será que ela foi numa balada e bebeu demais? Ou será que ela aceitou carona ou falou com estranhos? Pq, segundo a lógica de muita gente, ela DEVE ter provocado isso de ALGUMA forma, né?

Anônimo disse...

Maicon

Se é estuprador, que cumpra pena. Estupro não deveria servir de punição para ninguém.
Ninguém merece estupro, nem estuprador. Ninguém, oras.
E isso é meio óbvio, né?

Anônimo disse...

Não, Fatima, foi deixada sozinha com um estranho dentro de casa. Não disseram qual era o envolvimento dele com a família, só que foi tomar chimarrão na casa da nora da vítima. Estranho. Ela poderia ter sido maltratada ou morta.

Anônimo disse...

Bem, esse é um assunto polêmico, eu realmente acho que a prevenção é importante em termos, eu evito discussões no trânsito, por que vi que alguém ta armado.
Claro que isso não culpabiliza a vítima de estupro, aliás, visto o grande impacto que esse crime traz a sociedade, ele deveria ter uma sanção maior.
Tem horas que eu penso se minhas fantasias sexuais são decorrentes de machismo, as vezes acho que sim, mas quando me coloco como individuo, me pergunto seriamente que é a minha vontade ou a da sociedade, estupro consensual, por exemplo, apesar da força do nome, não é estupro, pois existe um consentimento, uma fantasia.
A questão é, separar fantasia de crime, para falar a verdade, na realidade social em que eu convivo, até por eu ser bastante seletivo com minhas amizades, é considerado absurdo esse tipo de violência, tambem nunca chegou ao meu conhecimento algum caso de estupro entre meus conhecidos.

Maicon Vieira disse...

carolinapaiva, mas não esse pensamento que eu estou acostumado a ver. Lembro de uma vez que disseram por aqui que o o tal do Emerson tinha sido estuprado na cadeia e vi comentarista aqui comemorando isso.

Anônimo disse...

Maicon

Bem, infelizmente esse pensamento de que "preso não é gente", é muito comum. E comum em qualquer lugar, não só aqui.
Quem defende os direitos humanos dos presos vive sendo chamado de "esquerdinha", "defensor de bandido", etc.

Anônimo disse...

drica, comentário perfeito!

Allana disse...

"Porém quando todos são colocados no mesmo saco, como estupradores em potencial vocês tremem na base que nem vara verde. Isso prova que TODOS realmente promovem a cultura da masculinidade de alguma forme inclusive o estupro. Estamos no caminho certo."

parafraseando a outra lá: generalizações inuteis e sem sentido, a gente vê por aqui. Sempre me incomoda quando um homem faz uma generalização de que " todas as mulheres são assim" ou " mulher é tudo igual", mas ver uma mulher generalizando as condutas masculinas também não ajuda em nada, pelo contrario. Assim, como há mulheres machistas há homens feministas, e dizer que todos os homens promovem a " cultura da masculinidade" é no minimo falso, vide os Lord Andersons da vida...

Yuri disse...

"Eu acho que na vida prática de um homem, não interfere mesmo. Porque ele é homem, pode sair sem camisa, pode andar numa viela escura, pode encher a cara que seu brioco será preservado. Então pra eles eu acho que fica mais difícil entender isso."

Só pra constar, sofrer uma pressão social por ser visto como estuprador em potencial interfere sim. Ter que tomar cuidado para não dar "sinais de estupro" e não parecer intimidador interfere pra caralho. Não ter possibilidade de desenvolver uma identidade de gênero que não seja violenta é uma merda, assim como ser limitada a uma identidade de gênero que te transforma em objeto.

Empatia faz bem pro coração e torna o mundo um lugar melhor. Fica a dica.

Luiz disse...

Essa parte do meu comentário foi apagada, mas eu a considero a mais interessante, por isso volto a reproduzi-la.

Haaam, esses homens! Esses seres maldosos, horripilantes e escória da sociedade. Esses seres que talvez nem merecessem existir, pois só sabem ser maldosos. Esses serem que já nascem com um atestado de culpa por causa dos estupros. Deveriam até serem castrados ao nascerem. Para o bem da humanidade, é claro! Afinal, se até para construírem o "paraíso" cubano no Caribe, Fidel e Chê precisou dar uns tirinhos na cabeça de alguns seres humanos que não aceitavam serem convencidos das maravilhas do socialismo em centros de reeducação ideológica, parece-me bastante plausível que sejam também extirpados o câncer da violência sexual, o ser do sexo masculino. Ou seja, é preciso arrancar alguns tumores para construir um "outro mundo possível". E parece que algumas pessoas já descobriram o tumor responsável por todo tipo de violência sexual, o homem, ser do sexo masculino. Ou seja, todos os homens que não são estupradores de fato, passam a ser estupradores por maioria de votos. Fácil resolver o problema. Basta eliminar os homens e dessa forma não teremos estupros. Como diz de maneira ríspida, o comissário Louis Renault no belíssimo filme "Casablanca" quando um soldado interrompe o de tragar mais um gole de cerveja no bar do Rick, para anunciar a ocorrência de um crime e ele responde:

- Não me incomode com esses crimes menores, soldado! Já te disse, sempre que tiver um homicídio em Casablanca, vá lá e prenda os suspeitos de sempre!

Ou como disse a repórter mulher do policialesco Brasil Urgente.

(Repórter)- Você estuprou a moça?
(Acusado)- Não, só roubei senhora.
(Repórter)- Não estuprou mas queria estuprar!!

Vejam aqui.
http://www.youtube.com/watch?v=mCPEFs8mU78

Afinal todo homem é um estuprador e o cara não pode só roubar uma mulher ele tem que ter tentado estuprar também. Afinal dentro de todo homem reside uma predisposição natural pelo estupro. E assim seguimos a passos largos com nossa visão binária e torta do mundo. Não e raro ouvir que todo judeu é avarento, negro é isso, e por ai vamos em direção a barbárie.

Vejam aqui fotos de Fidel construindo um mundo mais justo e fraterno.

http://tocadasanta1.blogspot.com.br/2008/11/o-amigo-dos-petistas-revanchistas-vem.html

Essa ideia de associar toda a violência sexual aos homens reflete uma visão preconceituosa e discriminatória? Claro que sim! Como é associar o assédio sexual aos gays ou qualquer outra coisa do tipo. Como foi no passado a acusação de que os judeus eram o responsável pelos problemas da Europa. E por ai vai. Todo ato discriminatório é resultado de uma visão grupista. Precisa-se de um inimigo comum e que se situa em um grupo. Pode ser judeus, mulheres, negros, comunistas, burgueses, gays e até mesmo homens. Por que não?
Isso não quer dizer que não existam gays que assediam e homens que estupram, mas não é a condição de gay ou de homem que define isso e sim uma questão de caráter do envolvido.

Sara disse...

Esse post deve ter calado muito profundamente nos homens que o leram, e bom ver que alguns poucos parece que entenderam o apelo, mas é decepcionante ver como muitos se aferram ao velho modelo, usam mil subterfúgios para no fim fazerem exatamente o q post diz que é postura normal dos homens, "isso não é comigo" "é coisa de doentes"
"a culpa é dela", e com essa atitude perpetuar o ciclo de horror que é o estupro.
Pelo menos valeu por comentários memoráveis de muitas mulheres que eu li aqui, entre eles o seu Drica Leal.
Se pela amostragem , vemos que ha tanta resistencia entre os homens, que pelo menos entre nós mulheres seja tirado todo o ranço machista que envolvem as situações de estupro, e que continuemos a lutar pelas mudanças na nossa sociedade, da maneira que pudermos, e pra mim a Marcha das Vadias é um canal apropriado para esse tipo de luta.

Yuri disse...

Bem Luís, eu não li o seu outro comentário, mas é importante notar o seguinte que li no seu último comentário.
O "homem" de que estamos falando aqui é um construto social, não as pessoas de determinado sexo biológico. É uma série de atitudes e comportamentos reproduzidos e endossados por uma cultura, em um processo de retroalimentação que pune certos comportamentos e recompensa outros.
Então, esse "homem" que é violento, viril e tem uma ereção permanente deve ser desconstruído. Da mesma forma que a "mulher" que é dissimulada, diz "não" quando quer dizer "sim", e existe apenas como propriedade. Esses padrões de gênero devem ser examinados e criticados. Eles existem? Sim, não como uma entidade monolítica mas como ações cotidianas que muitas vezes passam despercebidas.
Entendeu? O que se quer mudar não é o "homem" biológico, XY, mas sim uma série de comportamentos que são danosos, que podem e devem ser repensados. E que sim, nós corroboramos muitas vezes sem perceber.
A "masculinidade" e a "feminilidade" devem ser reorganizadas. É essa a questão aqui.

Yuri disse...

Olha que eu não gosto da Gloria Steinem, mas esse texto dela até que foi bom.
Fora a alfinetada no fim do texto original que soou como slut-shaming para quem não tem uma vida sexual como ela idealiza.
Oh bem, não se pode querer tudo.

Anônimo disse...

o texto tem razão, durante seculos os homens travavam guerras, e aos vencedores era permitido estuprar as mulheres dos perdedores, isso criou uma cultura nefasta de subjugação, no qual os homens se sentiam superiores sexualmente, e as mulheres criaram nojo, asco, de homens.

-
os homens sentem um desejo natuaral pelo corpo feminino, nas mulheres isto não existe, seculos de violencia sexual, criou nas mulheres um sentimento de repugnancia em relação ao homem, por isso que mulheres para se sentirem atraidas por um homem, devem ter presentes dois fatores, o fetiche, e o utilitarismo, sem nem um desses dois as mulheres so veem o homem cru, e elas acham terrivelmente repugnante, primitivo, inferior.
-
saiam de sua zona de conforto e observem o dia a dia, quando um homem olha em ambientes comuns para o rosto de uma mulher, elas institivamente viram o rosto, e um claro sinal de desprezo pelo homem, mas não e culpa delas, e a memoria genetica, aliada com uma cultura e contracultura, de demozizar a figura masculina, que as leva a agir assim, e a violenta historia humana lhes da razão, isto chama-se alto preservação !!

-
mas tambem devemos lembrar, que durante as guerras, enquanto, os homems de uma tribo queriam dizimar e estuprar mulheres de outra, os homens das tribos destas mulheres lutavam ate a morte para defenderem suas mulheres e familias,em constantinopla na idade media, se dosi milhões de cristãos morreram para impedir que o imperio otomano dominasse o ocidente, se não fosse assim, hoje no ocidente veriamos os absurdos que o islã coemete contra as mulheres, apedrejamentos e o uso d vestimentas impostas,

-
e não adianta dizer que "guerra e coisa de homem" quem trabalham em ambientes com maioria de mulheres sabe que elas costuma serem muito crueis umas com as outras, ou seja, o bem e o mau existem dentro de todos os seres humanos, portanto demonizar somente a masculinidade, uma caracteristica natural do homem, assim como a feminilidade e da mulher ( que não e o mesmo que machismo)me parece muito sexista e revanchista. . .

Anônimo disse...

tirando casos de psicopatas e sociopatas, (que devem serem isolados,e cumprirem prissão perpetua para que não ponham em risco nossas cidadãs), a solução para isso , e o desapego masculino, e a reeducação emocional, não adianta, querer tirar a testosterona do homem e injetar-lhe androgenio, isso e biologicamente impossivel, portanto não da para matar a masculinidade nos homens, mas sim reeduca-los para que tenham o desapego necessario, a o não sentimento de posse, e cultivem somente o amor propio.

-
crimes de estupro, agressão contra mulheres são cometidos por homens, muito apegados emocionalmente, que nutrem um romantismo surreal em relação as suas companheiras, a as mulheres em geral, e isto e um erro absurdo, mulheres não são seres superiores angelicais e especiais" são so humanas, com milhares de neuras e problemas individuais, portanto uma mulher jamais vai ser a resposta a nada na vida de um homem, e vice versa, somente quando os homens tiverem o desapego necessario, para verem a realidade com o devido distanciamento e dicernimento, teremos uma sociedade menos violenta em relação as mulheres

Sara disse...

Não é dose p leão, estupro é demonstração de romantismo surreal....???
Mulher não tem desejo pelo homem????
Se mulher não fica encarando os homens por ai cara, é só pq o machismo ensina que se fizermos isso vamos ser chamadas de oferecidas, como vcs falam idiotices aqui, da licença , dão uma folga pelo menos.

Ma Augustinho disse...

Lolinha do meu coração, vou falar uma coisa que não tem nenhuma ligação com o post. É que te mandei um email tempos atrás, sei que você é uma pessoa ocupada e deve receber milhões de emails, mas é que sou ansiosa e por enquanto só gostaria de saber se você recebeu. O assunto do email é que encafifei com você! Um abração e desculpe a impaciência!

Anônimo disse...

talves uma solução a medio prazo seja a separação inteligente dos generos, ha casos em estados brasileiros, em que existem trasportes coletivos, academias de ginastica, colegios e faculdades somente destinadas as mulheres, e os resultados tem sido bastante positivos, as mulheres acham naturalmente, e como forma de defesa o homem um ser inferior e repugnante, e devido a alto libido masculina, o homem não consegue entender isto, acham que as mulheres nutrem por eles o mesmo sentimento romantico que eles nutrem por elas, e nas ultimas decadas o homem esta totalmente desvalorizado socialmente, e não esta sabendo lidar com isto, muitos fracos e desonrados estão perdendo a razão e partindo para uma violencia estupida e sem sentido.

-
vejam o bom exemplo da suecia, la existem leis firmes de defesa da mulher, e isto esta criando com o tempo uma separação eficiente e produtiva em relação aos generos, homens suecos não constrangem mais mulher com cantadas e galanteios que elas acham repugnantes, as mulheres podem se dedicar aos estudos a ao aperfeiçoamento intelectual e financeiro, não vendo mais sentido assim em ter a compania de homens como ultilitarios,nem como alimentadores de egos, e por sua vez os homens estão se reeducando para verem mulheres como iguais, não como seres especiais em suas vidas,e assim naturalmente estudando, trabalhado,e agregando valor a sim mesmos, não em função de outra pessoa, mantendo assim seu equilibrio emocional,e a suecia um pais rico e prospero agradece, pois tem boa educação desenvolvimento, qualidade de vida, homens produtivos, e mulheres plenamente felizes por não precisarem serrem assediadas a molestadas por algo que elas consideram repugnante.
-
acredito que a solução seja esta mesmo, colegios, faculdade,ammbientes comuns separados por generos,e leis duras para todo tipo de assedio ( cantadas, estupros, galanteios, elogios) para que crieem uma reeducação sentimental nos homens, e deem a paz as mulheres de poderem irem e virem livrementes sem ter o constante medo do assedio e do homem.

Anônimo disse...

"Se mulher não fica encarando os homens por ai cara, é só pq o machismo ensina que se fizermos isso vamos ser chamadas de oferecidas,"

Ih, tô lascada. Minha reputação deve estar no pé. Olho pra todo mundo, encaro mesmo. Não sabia que estávamos no Oriente Medio. Aff

Anônimo disse...

Meu deus do céu! Que que é esse anôn das 22:44 ? Vou te dar um conselho: cara, larga as dorgas!

Yuri disse...

"ao longo da historia humana, os homens iam a caça ou as guerras e morriam aos milhares, isto criou um despego natural feminino em relação aos homens, se uma doença matasse 90% dos homens da face da terra, a não ser as mães, mulheres não derramariam uma lagrima por homem nenhum, fato"
Só que não.
Mulheres não são esses seres sem coração que você está pintando.
Quer uma dramatização legal da morte dos homens no mundo? Leia "Y: o último homem". É bem coerente. Faz a gente pensar um bocado.

Cora disse...

Excelente texto, Lola. Base pra muitas reflexões.

Como o pessoal já disse várias vezes, muitos homens não tem ideia do que seja um estupro. Homens bacanas, inteligentes, ainda confundem estupro com sexo.

Uma vez, durante uma discussão virtual sobre política, dois caras estavam batendo boca mesmo, o negócio já descambado pra agressão verbal. Aí um deles me solta a pérola de que violentaria a esposa do outro. Claro que o negócio era da boca pra fora, mas foi dito como forma de agredir o adversário. Quando questionei esta fala, mostrando como era inadequada, inadmissível num debate, o cara me disse que sabia que ser transformado em corno chatearia o oponente, por isso havia dito aquilo, só pra sacanear.

Vocês percebem a confusão? Primeiro atacar de forma tão baixa uma mulher para atingir um desafeto. Quer dizer, a violência nem estava sendo percebida como direcionada à mulher, mas ao homem!! Depois, achar que estaria transando com a mulher e, portanto esta estaria traindo o marido!! Gente, nem sei o que é pior!!

Claro que isso tudo era discurso, mas de qualquer forma, este tipo de pensamento faz sentido na cabeça de muitos homens!! E mais: tudo isso vindo de um dos caras com as ideias mais fantásticas nesses debates. Na hora ele ficou muito irritado comigo (ainda mais essa!!) e não deu o braço a torcer. Só uns bons dias mais tarde, disse que pensou no que eu havia dito, admitiu a mancada e pediu desculpas. E acho que percebeu mesmo a gravidade do que havia dito, porque nunca mais disse nada assim. E bate boca era o que não faltava por lá.

Anônimo disse...

tem duas medidas que seriam bastante produtivas para uma sociedade menos sexista e machista, a regulamentação da prostituição, e universalização da inseminação artificial.

-com a regulamentação da prostituição o problema da alto libido masculina seria apaziguado, pois seria uma relação comercial, entre duas pessoas adultas, e concientes, uma relação profissional limpa,
muitas pessoa veem a prostituição como tabu por causa do sexismo, mas tirem o sexo do contesto ; verão que prostitutas são apenas proficionais que trabalham com seus corpos, assim como jogadores de futebol atores, modelos, lutadores de MMA etc., vendo desta forma, a prostituição pode ser considerada uma profissão de utilidade publica,alias em muitos paises da europa e assim , pois os homens procuram profissionais para aliviarem sua libido, deixando assim a maioria das mulheres em paz !!

-
a boa universalização da inseminação artificial, pode dar as mulheres o direito de serem mães,sem a angustia de terem que se submeter a algo que elas acham repugnante, sem o patriarcado,tornando-as assim mais felizes e produtivas !!!

Anônimo disse...

"Como o pessoal já disse várias vezes, muitos homens não tem ideia do que seja um estupro. Homens bacanas, inteligentes, ainda confundem estupro com sexo."
-
somente doentes mentais fariam tal comparação senhora, sexo e algo consentido entre duas pessoas adultas e concientes, estupro e um crime doentio e perverso, julgar centenas de homens pelas barbarides de um, seria como dizer que os imbecis que jogaram aviões sobre o world trad center, tem o mesmo carater das dezenas de bombeiros que morreram para salvar pessoas naquele atentado, sinto muito mais NÃO não tem logica !!!

Cora disse...

Anônimo disse... (11 de junho de 2012 13:26)

“Se quisessem resolver mesmo o problema já teriam mudado de atitude e então cada caso de estupro ecoaria muito mais forte na sociedade, ficaríamos cada vez mais chocados com essas atrocidades e a luta por justiça seria mais eficiente. Mas qualquer coisa que peça a mudança de atitude de uma mulher é uma ofensa.....”

Como estou com preguiça e já peguei o bonde andando, faço minhas as palavras do anônimo, mas claro, agora direcionadas aos homens. Acho que cabe como uma luva, não?

Então, repito as falas tão coerentes do anônimo:

“Se quisessem resolver mesmo o problema já teriam mudado de atitude e então cada caso de estupro ecoaria muito mais forte na sociedade, ficaríamos cada vez mais chocados com essas atrocidades e a luta por justiça seria mais eficiente. Mas qualquer coisa que peça a mudança de atitude de um homem é uma ofensa.....”

Cora disse...

camarada das 23:21, lei novamente o que eu escrevi e pense antes de vomitar, ops, escrever um comment.

Eu disse...

Um amigo advogado me falou agora que no presídio central,há 16 galerias para presos que cometeram crimes diversos, e 9 só para crime de estupro,poxa! são muitos!
Perguntei a ele qual sua opinião sobre o estupro,fiquei perplexa com sua resposta:
Senão for na minha família, não me interessa.

Sphynx disse...

Eu frequentemente fico com a impressão de que não só o estupro, mas muitas merdas que os homens fazem são um culto à masculinidade (ou ao que se pensa que é masculinidade, enfim), por exemplo desrespeitar leis de trânsito e brigar por qualquer coisa, porque se alguém não é bom no volante ou leva desaforo pra casa, os outros (e outras, também tem mulheres que acham isso) vão dizer que ele não é homem de verdade.

Acho que qualquer homem consegue se lembrar de já ter feito na vida alguma coisa estúpida como prova de masculinidade. Por outro lado não me ocorre nenhuma prática estúpida que as muleres façam ou estimulem as outras a fazer como prova de femininidade.

E dizem que a racionalidade é uma característica tipicamente masculina? lol

Sphynx disse...

Eu frequentemente fico com a impressão de que não só o estupro, mas muitas merdas que os homens fazem são um culto à masculinidade (ou ao que se pensa que é masculinidade, enfim), por exemplo desrespeitar leis de trânsito e brigar por qualquer coisa, porque se alguém não é bom no volante ou leva desaforo pra casa, os outros (e outras, também tem mulheres que acham isso) vão dizer que ele não é homem de verdade.

Acho que qualquer homem consegue se lembrar de já ter feito na vida alguma coisa estúpida como prova de masculinidade. Por outro lado não me ocorre nenhuma prática estúpida que as muleres façam ou estimulem as outras a fazer como prova de femininidade.

E dizem que a racionalidade é uma característica tipicamente masculina? lol

Cora disse...

Drica Leal,

seus comentários complementaram e enriqueceram este post.

eles foram excelentes!

parabéns.

Anônimo disse...

Cora, o que lhe falta entender é que pro criminoso ele não tem incentivos em não cometer o crime.

Ele deve ser punido, mas os efeitos nas mudanças estruturais que permitam que isso seja feito de forma eficiente são bastante demorados, mais do que é aceitável.

Então comecemos por partes e imagino que a parte mais interessada agiria primeiro.

E imagino que atitude eu deveria mudar, não cometo crimes, não sou conivente, mas me recuso a sentir empatia por pessoas que estão se expondo a esses riscos (que é totalmente diferente de inocentes violadas no médico, casos de crianças, atacadas na rua, etc....) e me recuso a arriscar a minha saúde por essas pessoas que acham bonito sair na noitada enchendo a cara.

E outra, essa luta a parte pelo "politicamente correto" é a maior repressão de liberdade que está ocorrendo na sociedade, se não conseguem diferenciar piadas da realidade então realmente falta maturidade como cidadão pra discutir essas coisas.

Sphynx disse...

"muito simples cara, de o primeiro passo para acabar com isso, seja um androgeno,use saia, pinte as unhas, ussa calça leg, se torne assexuado, pare de fazer as coisas que voce considera "masculinas demais " vire uma mulher plena ,para de admirar o corpo feminino, não sinta atração por mulheres, não entre em competições, so depende de voce, va em frente...mas não espere isso da maioria dos homens !!!"


Isso quer dizer que mulheres não admiram o corpo masculino nem sentem atração por homens? Porque falando assim parece que atração pelo sexo oposto é uma característica exclusivamente masculina. Estranho.

Mulheres não entram em competições? De onde tirou esse exemplo? Ele é bastante bizarro.


Então quer dizer que só homem tem sexualidade e competitividade, ou eu entendi mal? Talvez eu não tenha entendido bem esse teu comentário. E tu sem dúvida nenhuma entendeu zero por cento do meu.

Anônimo disse...

Sphynx, tudo no sexo masculino é exacerbado inclusive a libido mal direcionada e mal educada. Não sei qual é o grande problema de entender isso. Vocês cansam,sabe?

Anônimo disse...

00:32 (Fabio) sujas são as manobras que os homens fazem a fim de conseguir sexo, dentre elas o estupro. E depois que conseguem, largam a parceira e vão atrás de outra. Tá cheio de mãe solteira e filhos abandonados.

Mulheres não ficam só no administrativo. Quanto você paga a sua mãe pra cuidar de você, da sua roupa, da sua comida? sua bela namorada já sabe que terá que 'administrar' a casa de graça?

Anônimo disse...

quem cuida de mim e de minhas coisas sou eu, minha mulher so cuida do meu coração, pois ela não tem preço...tem valor !!!

Anônimo disse...

00:34, o mimimi tá grande hoje, ein?Todos mobilizados em prol da defesa dos direito de estuprar e ficar por isso mesmo, né?

Ameaça que nada. Dizer quefazer BO por estupro ou assédio é ameaça? Capaz.
Ameaça só se for crime. Dizer que vai processar não é ameaça. Se liga, rapa.

Anônimo disse...

estupro não e manobra de nada, E CRIME HEDIONDO, praticado por homens desonrados e animalescos, não nos meça a todos pela sua regua !!!

Sphynx disse...

"infelismente entendi sim xará, NÃO mulher não da a minima para o corpo masculino, a não ser num contexto fetichista de exposição, ou voce ve mulher comprando revista de homem nu para ver ?"


Não sei. Nunca me ocorreu de estar conversando com uma mulher e ela dizer: "peraí um minuto, tenho que comprar uma revista de homem pelado antes que a banca feche".

Quanto ao resto do comentário, é um pensamento interessante... se tiver fontes biológicas, psicológicas, culturais, sociológicas e antropológicas com credibilidade científica e não forem só especulação. Mas acho que seria exigir demais pedir isso, então vou supor por um momento que seja verdade.

Digamos que seja natural do homem ser sexualmente sem nenhum autocontrole, agressivo, orgulhoso e ultracompetitivo. Legal.
Mas me pergunto onde isso torna as "coisas estúpidas que homens fazem para provar masculinidade" menos estúpidas. Ou seja... dirigir bêbado e acima do limite de velocidade é ilegal, mas se um homem fizer isso pra mostrar que aguenta beber o quanto for e que é o cara no volante, então tá perdoado, porque homem é assim mesmo.

Acho que eu tô chegando perto de entender...

Anônimo disse...

00:44, pela minha régua? cai na real. Crime hediondo ta correndo solto e todos achando muito bem feito pras vítimas que não desconfiaram da 'honradez' de araque que vocês fingem ter. Não é comigo, que se dane. E se for com suas mulheres, vão logo dizer que elas mereceram e largá-las como já cantaram aqui.
Só aqui no blog muitos já nos estupraram moralmente dezenas de vezes. Não vem com conversa fiada não.

Anônimo disse...

Sphynx disse...Digamos que seja natural do homem ser sexualmente sem nenhum autocontrole, agressivo, orgulhoso e ultracompetitivo. Legal.
Mas me pergunto onde isso torna as "coisas estúpidas que homens fazem para provar masculinidade" menos estúpidas. Ou seja... dirigir bêbado e acima do limite de velocidade é ilegal, mas se um homem fizer isso pra mostrar que aguenta beber o quanto for e que é o cara no volante, então tá perdoado, porque homem é assim mesmo.
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desta vez concordo com voce homem felino, muitos homens estão tão perdidos na desvalorização de sua masculinidade, que andam por ai fazendo "asnices imbecis de todo tipo" e e isso que o masculinismo serio prega, o reecontro do homem com sua honra, sua dignidade omo homem, a reeducação sentimental e emocional, quer não quer dize não se envolver emocional mente com uma mulher, mas sim ve-la como um ser uhumano, não como uma semi-deusa acima do bem e do mau.
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quanto as fontes "tecnicas comportamentais" que voce pediu, so conheço uma, a de não olhar somente o propio umbigo, e sair de nossa zona de conforto, assim como eu nunca vi mulher comprando revista de homem pelado, vejo que a grande maioria das mulheres são passivas por natureza, o dia em que os homens pararem de corteja-las, a população vai reduzir geração a geração ate minguar, porque se depender da maioria delas, elas morrem virgens mas n~ão tomam a iniciativa no frerte nem a pau kkkk

Anônimo disse...

"moça...voce tem claramente andado com os homens errados,meus pessames, eu gostaria muito de conhecer esses homens que consideram estupro uma coisa ' normal e merecida" ja ouviu falar do seguro em cadeias?, onde criminosos sexuais ficam isolados ? pois se ate no meio da vagabundagem esses lixos que cometem estupro não tem moral, imagine entre homens honrados,com valores morais e deus no coração, nos temos filhas, irmãs , mães, e repito, N]ÃO NOS MEÇA PELA SUA REGUA !!"

CAI FORA, FÁBIO!!!!!!

Anônimo disse...

Vamos colocar esse anônimo pra por a mão na massa em casa? Ele tá merecendo. Lavar roupa, passar ferro, lavar os banheiros e a cozinha, pegar numa vassoura e num rodo pra varrer e passar pano na casa toda num vai e vem de braços e pernas frenético, trocar as roupas de cama, tirar o pó dos móveis, cozinhar e lavar os pratos e a pia, dar banho nos filhos, trocar a fralda de cocô do neném... ufa, tem mais, é muito detalhe, tô com preguiça, cansa só de digitar, imagine de fazer isso tudo.
-
eu ja faço tudo isto,sou independente, e não vejo desonra nenhuma nisto, e quando a METADE dos pedreiros, engenheiros,motoristas de onibus, mecanicos,lixeiros forem compostos por mulheres, ai sim eu vou começar a acreditar em igualdade plena dos direitos e deveres.

Anônimo disse...

"Indeed. Me considero um Misógino Sancto. Mas não sou mau, tampouco isso é minha culpa. Sou apenas um dos inúmeros frutos podres do feminismo: O Celibatário Involuntário psicofarmacologicamente potencializado e guiado pelo Ódio. Uma vítima das consequências."

Ou seja, vc é um fadado a ter o mesmo fim que seus amiguinhos engenheiro Emerson e aquele outro lá que não lembro o nome. Cadeia!!!!

Anônimo disse...

Abram alas que a caravana da real aportou aqui. Bem-vindos, crianças!
Qual a bravata q vão contar hoje?

Anônimo disse...

"eu ja faço tudo isto,sou independente, e não vejo desonra nenhuma nisto, e quando a METADE dos pedreiros, engenheiros,motoristas de onibus, mecanicos,lixeiros forem compostos por mulheres, ai sim eu vou começar a acreditar em igualdade plena dos direitos e deveres."

Ui! Que bom pra vc que vc já faça tudo isso. Sua esposa ou futura agradece.

Agora, amore, deixa eu "meter a real" (risos) em vc, já tem muitas mulheres nessas profissões, quando não, são empregadas domésticas, garis ou diaristas, pois as que estudaram estão no "administrativo". hahahaha, quer um emprego administrativo?? Estude, meu filho!!! Você tem capacidade intelectual pra ter uma emprego no qual vc não tenha que pegar no pesado??? Duvido. Se tivesse, não estaria reclamando.

Anônimo disse...

Finalmente as discussões aqui estão melhorando de nível.

Apesar de alguns lunáticos que aparecem (de ambos os lados).

Anônimo disse...

"Tekkito disse...
Amiguinho, o Eng Emerson e o Marcello foram presos de propósito. Eles sendo presos fizeram a ideologia sair na mídia e ficar conhecida."

Amiguinho, eu não sou amiguinho, eu sou AMIGUINHA!!!!!!

E esse apelido hein?? Tekkito??? Tekkito de que, de pinto? É tão pequeno assim??

Anônimo disse...

01:48, você está ferindo as susceptibilidades dos mascuzinhos. Pega leve, amiga.

Anônimo disse...

Aproveitando que os mascuzões aportaram aqui, alguém explica aí a história do búfalo. Porque, nas palavras do anônimo de um outro post, não vejo como associar virilidade a um bicho enorme, extremamente dócil, muito domesticável e que ainda pode servir de comida nos tempos difíceis.

12 de junho de 2012 01:44


E além de tudo, é chifrudo.

Anônimo disse...

Poxa, ficou sem graça... mascuzinhos tão mansinhos, subservientes e burrinhos. Não tem graça "meter a real" em mascuzinhos assim... fiquei entediada. Vou dormir. Boa noite, mascuzinhos.

Tekkito... rsrs... meus pêsames, cara... sniff sniff... tô com dó, tô com dó...

Carlos disse...

Não sei se vou falar besteira, mas como alguem disse lá em cima, a raiz do estupro nem é tanto puramente sexual. Tem mais a ver com "se achar no direito". E todo comportamento q rebaixa e subjulga (mulheres, crianças, gays, negros, pobres) parte disso: o pessoal vive tão ensimesmado, num egoísmo tão grande, doentio até, que aquelas pessoas, independente da condição, devem estar ao seu serviço. Logo, "se acham no direito" de fazer oq bem entendem. Não estão nem aí. Não há nenhuma noção de empatia nem de respeito, oq vai bem além da questão puramente feminista, mas sim de humanidade e civilidade mesmo. Não precisa ser um serial-killer-maníaco-sanguinário pra ser desprovido dessas coisas aí. Pessoas ditas "normais" são passíveis disso, desde tirar brincadeiras inconvenientes, se aproveitar de moças em festas, assediar empregada, secretária, sentir prazer no desconforto alheio, isso focando mais nas mulheres. Fico só me perguntando como esses homens foram criados, coisa triste..

Anônimo disse...

carlos, a coisa é BEM por aí.

Anônimo disse...

"O que é “ser homem” pra vocês?"

É o ser humano do sexo masculino. Só isso, nada além disso.

Luciana SD disse...

*Off topic* - mas nem tanto

Eu assino a Superinteressante e fiquei meio chocada com algo da publicação, mesmo sendo em uma seção chamada "Polêmica"...

O artigo se chama "Mulheres: usem sua beleza para conseguir as coisas"

Me espantou a publicação, já que não se trata de uma revista de comportamento, nem de uma revista que eu considerava retrógrada, quanto as credenciais de quem escreveu...

Alguém mais leu essa reportagem???

http://super.abril.com.br/cotidiano/mulheres-usem-sua-beleza-conseguir-coisas-686638.shtml

Anônimo disse...

Nota-se que o Pondè manja tanto de feminismo quanto eu, de chinês mandarim.

Anônimo disse...

"A beleza numa mulher me faz querer entendê-la melhor, ouvi-la, ser mais generoso com ela, mais justo, enfim, ser um homem melhor. Não se trata apenas de um “desejo meramente animal”. O alcance espiritual da beleza é fato estudado pelas religiões: o mal inveja a beleza do bem. "

Texto da revista superinteressante, do Pondé

Senti vontade de vomitar.

mal = fora do padrão de beleza
bem = beleza.

hahahahahaha

Daqui a pouco vão querer a volta da inquisição pra queimar as feias em praça pública.

Anônimo disse...

e, por falar em beleza...

http://25.media.tumblr.com/tumblr_m5dh3qscaF1r5e522o1_500.jpg

Gi disse...

ói,além de concordar em gênero, nº e grau com a Lola nesse post, faço um adendo: coitados dos homens, que não podem denunciar estupros sem serem vistos como gays (como se isso fosse ruim, mas é considerado horrível), e mais coitados ainda dos que pensam que isso é culpa do feminismo. Se vissem um pouco mais além e notassem que a repressão emocional do homem branco heterossexual é culpa do mesmo machismo que os torna os reis da cocada preta, talvez a gente pudesse ir a algum lugar.

O que me assusta, porém, é que se a gente considerar "estupro" e "abuso sexual" também em suas formas psicológicas (chantagem, sedução insistente, mentiras, etc) vemos que o número de mulheres estupradoras está aumentando de maneira assombrosa. Só que nem elas consideram isso estupro (porque só estão "seduzindo", e aliás mulher não estupra) e nem eles podem falar nada, sob o risco de parecer "menos homem". E ficam com o ranço na boca, sem poder falar nada, e a coisa fica por aí.

Não é que haja tantas mulheres estupradoras como homens, nem que isso chegue a ser usado como arma nem como cultura "viril", como é o estupro perpetrado por homens (contra homens e mulheres). Mas existe e, se analisarmos outras formas que não sejam físicas de coerção, está aumentando. Ou seja, em vez de DIMINUIR a incidência de estupro entre os homens, se AUMENTA a entre mulheres.

E mascus, lindos: a culpa não é do feminismo, É das mesmas mulheres que acham que seus peitos lhe dão poder e entrar que grátis na balada até meia noite é feminista. Que pensam que ser mulher moderna é fazer o que a ideologia machista fez com elas durante toda a história.

Cora disse...

hahahahahaha

alguém tá lendo pondé?

putz, o pondé é um "filósofo" que não consegue sair do senso comum. tudo que ele escreve é um desfile de clichês. sobre qq assunto.

ele é do tipo que tem orgulho em ser politicamente incorreto.

é do tipo que acha "uó" quando minorias levantam a cabeça e reivindicam seu espaço político de direito.

contestar o status quo? um absurdo total segundo a “filosofia pondeana”. tremendo mau gosto isso de contestar.

faz tempo q nem perco o meu tempo lendo pondé, já que ele não faz pensar: massageia o ego dos amantes do senso comum e provocam náuseas naqueles que defendem a quebra de paradigmas. em ambas situações, não fez surgir uma única reflexão. e se diz "filósofo".

putz!

Anônimo disse...

isso que estupro masculino só
primeiro vamos lembrar que até bem pouco tempo 'estupro' era apenas sexo vaginal forçado. homens não poderiam, juridicamente, serem estuprados. sofriam atentado violento ao pudor.
o que isso mostra? que o estupro de homens nunca foi muito considerado. primeiro, pq homem não engravida, segundo, pq se foi estuprado, no fundo queria. quem tende a ser estuprado? o preso, o menino, o gay.

os índices de estupros nas cadeias cairam muito de uns 20 anos pra cá. especialistas dizem ser diretamente relacionado ao instituto da visita íntima (uma visão machista? debatam se quiser) e também por fatores culturais: se matam quem estupra lá fora, pq permitir que estuprem lá dentro?

os meninos, claro, por pedofilia, isso todos sabemos e sabemos também a instituição campeã mundial nessa modalidade.

já os gays são estuprados por homofóbicos enrustidos, em geral, que ao não aceitar seu desejo querem violentar e destruir o objeto de desejo.


homens são menos estuprados que mulheres? ÓBVIO.
mas isso não quer dizer que não exista. e a 'cifra negra' (casos não relatados) é extremamente alta por conta do preconceito machista.

mas claro que vai ter algum imbecil aí que vai por a culpa disso no feminismo pq, bem, é o que o trolls aqui fazem.

Anônimo disse...

o pondé é extremamente profissional naquilo que ele se propõe: agradar gente reacionária.
e garantir seu espaço e sua grana.

Anônimo disse...

olha, eu li uns 150 comentários e desisti de ler o resto. começaram a surgir coisas do tipo:

"falar de estupro é golpe baixo" (pois é, vamos falar de coisas que não acontecem e podem ser negadas! pq é claro q o anonimo nao acredita que varias mulheres comentando aqui já sofreram ou conhecem alguem proxima que sofreu violencia sexual. na cabeça dele, isso só acontece na periferia, naqueles casos bizarros que aparecem no wagner montes e no datena... ¬¬), ou "mas e os estupros de mulheres contra mulheres?" ou o meu preferido "basta se prevenir que não acontecerá" (orly? basta sair de casa sem cu e sem vagina, pena que a gente ainda não aprendeu a remover que nem cd player de carro).

prefiro ir lá jogar songpop antes que apareça alguem falando: "mas e se for uma praia de nudismo e a mulher tropeça e o pau do cara está duro e sem querer ela cai em cima dele?" ou melhor ainda "mas e se a mulher tiver brincando de cavalinho montada numa vassoura e um cara sem calças estiver passando bem na hora e a vassoura acabar entrando no rabo dele? disso as feministas não falam, é muito comum!!!!!1111onze111".

Anônimo disse...

e por falar em beleza... http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/41/Luiz_Felipe_Pond%C3%A9.jpg

Cora disse...

"o pondé é extremamente profissional naquilo que ele se propõe: agradar gente reacionária.
e garantir seu espaço e sua grana."


de fato anônimo. neste aspecto, profissional altamente gabaritado. qualquer blog liberal publica pondé regularmente, dando loas ao status quo.

Yuri disse...

"mas e se for uma praia de nudismo e a mulher tropeça e o pau do cara está duro e sem querer ela cai em cima dele?"
Me lembrei disso aqui:
http://adweek.blogs.com/adfreak/mtv-germany-ads-sex-is-no-accident-always-use-a-condom.html

Anônimo disse...

Lola, vai para o wordpress pelo amor de deus! Isso aqui tá um lixo insuportável! Tão legal a caixa de comentários, mas degringolou totalmente!

Anônimo disse...

Silvia disse...
Desculpe, mas a mentira é tão óbvia que eu gargalhei aqui. Shame on you, mocinha!
12 de junho de 2012 04:42

Quem é você pra acusar alguém de mentiros@?
Você mesmo é "homem" mas põe nickname de mulher. Patetico!

Anônimo disse...

Lola, vai para o wordpress pelo amor de deus! Isso aqui tá um lixo insuportável! Tão legal a caixa de comentários, mas degringolou totalmente!
12 de junho de 2012 09:03 [2]

Claro! O fabio voltou do tumulo como anônimo e abriu as portas do cemitério trazendo os zumbis masculinistas para infectar a caixa de comentários. Só podia ficar uma nojeira, mesmo.

Sara disse...

Q infantilidade desses meninos que vem postar aqui.
Qual mulher em sã conciência deseja que não existam mais os homens, nem uma de nós falou tal barbaridade.
O que vcs criançinhas querem escutar aqui?? que nós mulheres precisamos de vcs, que amamos vcs é isso???
Pois então ai vai -AMAMOS OS HOMENS, PRECISAMOS DELES.
Só queremos uma mudança no modelo de masculinidade, apenas isso.
Homens que nos considerem com os mesmos direitos e deveres tb.

Lucas disse...

Gente... trolls, não alimentar, lembram?
Geez...

Aiko disse...

É dificil engulir que as mulheres estupradas são aquelas que não conhecemos... É algo urgente, e é uma violencia que está na nossa cara.... Eu fiquei abismada com o caso da menina que estava na sala de aula e que no momento da troca de professores, 5 colegas dela seguraram ela enquanto um tentou penetra-la. E nenhum colega de sala impediu, o ato só não se concluiu pq o inspetor de alunos chegou. Imagina, uma sala de ensino fundamental. É essa a "cultura" que os jovens absorvem, atingindo patamares tão extraordinários em que a mulher/menina/adolescente não necessita estar numa rua escura para ser estuprada: isso pode acontecer num lugar cheio de gente e de dia....

Anônimo disse...

Karina,

essa não é a "cultura" vigente, essa é uma sub-cultura muito relacionada com o nível social. O modelo de masculinidade não é o que é perpetrado nas favelas ou em músicas de funk.

Os modelos de masculinidade deveriam ser caras como Sean Connery, que é até um pouco machista, mas ele jamais cometeria estupro de ninguém.

Vocês querem colocar a culpa nesse comportamento devido a um fator social, mas esquecem que vocês apoiam essa sub-cultura, vão em músicas de funk exercer a liberdade. Escutam essas músicas que possuem terríveis mensagens e querem por a culpa dos jovens não funcionais na sociedade como um todo.

A gente vem aqui falar que esse problema, pra ter solução, precisa de uma ação conjunta, precisa de uma mudança de atitude de mulheres. Conheço muitos caras que realmente não se interessam em ajudar se as próprias mulheres não mudam de atitude.

Então estamos num impasse, um não muda porque senão seria uma "ofensa" a sua liberdade e o outro não muda porque acredita que o mais interessado deveria agir primeiro.

Porém, se o objetivo fosse realmente resolver o problema não estaríamos tendo essa discussão.

Anônimo disse...

uhauhauha yuri! fui ler os comentarios do link e até me senti mal por ter gargalhado, nem pensei em estupro. a cara dos personagens, a expressao corporal, os braços pra cima... hilario! as cenas que eu descrevi foram nessa pegada mesmo :D

Anônimo disse...

e, gente, né por nada não, mas eu não "amo os homens", desse jeito genérico. tb não "amo as mulheres". não tenho "nada contra" ambos, a priori... não tenho muito apreço pela maioria das pessoas, mas trato todo mundo cordialmente, tou sempre dando um voto de confiança nos individuos. eu posso ser capaz de amar ou odiar individuos, nao um genero.

Bruxinha disse...

Lolaaaaa, wordpress!!!!

Anônimo disse...

senhora lola, acabo de ler algumas de suas "criticas" de cinema, e quero deixar claro que achei um atrevimento muito grande de sua parte desmerecer epicos modernos como SIN CITY e CLUBE DA LUTA, dois marcos e obras primas da historia do cinema moderno, lamentavel ¬¬

Vinicius disse...

"Então estamos num impasse, um não muda porque senão seria uma "ofensa" a sua liberdade e o outro não muda porque acredita que o mais interessado deveria agir primeiro."

Uma coisa não tem a ver com a outra.

A cultura do estupro não é só uma coisa que se vê nas "sub-culturas", conforme vc disse, mas sim algo que está na própria formação do homem como homem em nossa sociedade. Isso não significa que o sujeito aprende a estuprar na escola, mas sim que, em nossa sociedade, o homem tem poder, autoridade e iniciativa, desta forma, pode subjugar, colocar em posição submissa e subalterna qualquer mulher POR DEFINIÇÃO.

A cultura do estupro existe enquanto a mulher é tratada como um homem castrado, não como mulher, não como outro.

Então, naõ se trata de "mudar nosso interior", ou de "conscientizar" o preconceituoso, aliás, Adorno fez Personalidade Autoritária e mostrou que no preconceituoso, suas ideias preconceituosas, irracionais, funcionam com estrutura. Não dá pra fazer o preconceituoso deixar de ser com argumentos racionais.

Eu creio que a solução estaria em ações sociais, de mudança das relações sociais, ou seja, ações que mudasse as próprias estruturas sociais. A resposta é bem geralzona, mas pelo menos já coloca outro ponto do que a "conscientização", a "mudança do pensamento" e etc.

Vinicius disse...

" pois com os homens devidamente proibidos de assediar mulheres, ( afinal não esta escrito na testa de ninguem se e estuprador ou não)corremos o risco de em algumas gerações entrarmos em extinção !!!"

Quer dizer que a nossa espécie só tem tantos bilhões de unidades por conta dos estupros masculinos que pipocam por toda a terra?

Luciana disse...

"portanto quanto mais frio e distante o homem fopr, mais protegidas estarão as mulheres !!!"

Discurso de um pupilo do Nessahan.
Não dá pra levar a sério um boçal desses tsc.
Engraçado esses mascus trolls tipo Fábio,Caracala e cia foram expulsos do blog e continuam vindo aqui como se fosse um playground de criancinhas.
Esse Fábio é tão covarde que nem mostra mais a cara,agora finge ser um dos infinitos mascus trolls que aparecem aqui,mas a escrita horrenda dele denúncia fácil.

Aiko disse...

"Karina Kanamaru

A solução pra esse problema é dividir as salas de aula por genero e orientação sexual... ai os iguais que se entendam..."

Como educadora só tenho que lamentar que uma sugestão dessa possa ser formulada.... E pelo jeito, o Sr. Anônimo não lê com atenção os posts da Lola.... Gênero é algo que precisa ser trabalhado na escola... Ou você acha que a escola só é responsável por passar conteúdos como matemática e portugues?

__________________________________


"Karina,

essa não é a "cultura" vigente, essa é uma sub-cultura muito relacionada com o nível social. O modelo de masculinidade não é o que é perpetrado nas favelas ou em músicas de funk. (...)Vocês querem colocar a culpa nesse comportamento devido a um fator social, mas esquecem que vocês apoiam essa sub-cultura, vão em músicas de funk exercer a liberdade. Escutam essas músicas que possuem terríveis mensagens e querem por a culpa dos jovens não funcionais na sociedade como um todo."

Achei meio contraditoria sua fala... Mas enfim, não vejo como sub-cultura ou um problema que atinge apenas um nível social... Afinal, esse é um problema que atinge também universidades, como a em que estudo...

"Conheço muitos caras que realmente não se interessam em ajudar se as próprias mulheres não mudam de atitude."

oi? que atitude vc espera das mulheres? (alias, e de que mulheres? ) Que ajuda dos homens? Civilização e educação é pedir demais?

Anônimo disse...

"Karina Kanamaru

A solução pra esse problema é dividir as salas de aula por genero e orientação sexual... ai os iguais que se entendam..."

Como educadora só tenho que lamentar que uma sugestão dessa possa ser formulada.... E pelo jeito, o Sr. Anônimo não lê com atenção os posts da Lola.... Gênero é algo que precisa ser trabalhado na escola... Ou você acha que a escola só é responsável por passar conteúdos como matemática e portugues?
-
sim senhora, a educação moral de uma criança cabe a sua familia, a escola deve lhar passar conhecimento intelectual, e não valores morais, não queira repassar ao estado uma responsabilidade que cabe ao pai e a mãe, não se meta na formação moral do filho dos outros moça,e isto que esta destruindo a educação superior publica neste pais, o aparelhamento ideologico indevido, agora querem levar isto para o ensino fundamental e medio tambem ?o verdeiro professor, protege seus alunos de suas influencias !!!

Anônimo disse...

"sim senhora, a educação moral de uma criança cabe a sua familia, a escola deve lhar passar conhecimento intelectual, e não valores morais, não queira repassar ao estado uma responsabilidade que cabe ao pai e a mãe, não se meta na formação moral do filho dos outros moça,e isto que esta destruindo a educação superior publica neste pais, o aparelhamento ideologico indevido, agora querem levar isto para o ensino fundamental e medio tambem ?o verdeiro professor, protege seus alunos de suas influencias !!!"


Quantos anos vc tem? 65?

Escola não dar lição de moral é utopia. Isso sempre vai acontecer e é necessário lidar com isso. Também se aprende machismo na escola.

Drica Leal disse...

Muito obrigada, Sara e Cora!

Estou gostando muito das suas postagens também, o tema tem rendido ótimas observações pelo que estou lendo, a exceção, como sempre, do disco riscado dos mascus, rs.

Drica Leal disse...

Anônimo:

Se tem uma coisa que a maioria não aprende no núcleo familiar é a lidar e respeitar as diferenças. Já reparou que com parente a gente "pode" berrar, escarnecer, humilhar e até mesmo bater e essa relação de parentesco não desaparece? Parente, a maioria, trata uns aos outros com casca e tudo. Quem fica bitolado no núcleo familiar e acha que esse núcleo deve ser a única fonte de princípios morais dificilmente vai saber lidar com uma sociedade plural, respeitosa e igualitária. nossas estruturas familiares em geral são calcadas em modelos de autoritarismo ou total complacência dos pais. As famílias vão de um extremo a outro. E é na escola que a maioria de nós descobre que o mundo não se resume a mamãe, papai e irmãos, não se resume aos valores e modos da nossa família e encontramos a pluralidade de pensamentos, gostos, comportamentos... O conceito moral de respeito deve ser dado pela escola também sim!

Quantos maus hábitos e problemas de relacionamento com os outros são adquiridos graças ao convívio familiar? E quantas pessoas só se livram desses problemas graças às lições externas à família?

Esse discursozinho de família acima de tudo é muito limitador, tendo em vista que nosso modelo familiar padrão tem deixado muito a desejar na formação de CIDADÃOS, reproduzindo preconceitos e maus hábitos de todo o tipo. Para ter esses status de única formadora moral dos indivíduos a família típica precisa melhorar muito, repensar modelos, se abrir para a sociedade onde está inserida e não se fechar ainda mais,funcionando como uma bolha que prepara seus membros apenas para lidarem entre si mas não com a sociedade como um todo.

Anônimo disse...

Karina Kanamaru,
o anônimo chama-se fabio(?) e inclusive é 'persona non grata' aqui no blog. A própria dona do blog declarou que não o quer mais aqui na caixa de comentários.
Ele é analfabeto funcional e vive em negação. Não adianta tentar explicar nada para ele. Ele não consegue e/ou não quer compreender.

E sobre a reportagem que você mesma citou, prestou atenção na pergunta bizarra que o repórter fez a menina?
"Você queria isso ou não?"

http://www.youtube.com/watch?v=ILHDEejXxmg


@-@'

Pipoca disse...

Eu não conheço a mulher que falou da faca borboleta. Mas eu conheço 2 meninas que se poderia chamar de "casca grossa". E elas duas são do tipo de bateriam em qualquer um.
O namorado de uma fala sério assim: " Se tiver briga em algum canto eu deixo a Yasmin lidar, é ela que sabe dessas coisas". A menina nasceu em lugar meio barra-pesada, e é super esportista, e também anda com uma faca...
Então... não duvido da história não...

Aiko disse...

Drica Leal: vc disse tudo.

Gente, quantos anônimos! Vocês não se sentem perdidos com eles? Eu me sinto.... Difícil saber qndo estou argumentando com uma mesma pessoa!

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"sim senhora, a educação moral de uma criança cabe a sua familia, a escola deve lhar passar conhecimento intelectual, e não valores morais, não queira repassar ao estado uma responsabilidade que cabe ao pai e a mãe, não se meta na formação moral do filho dos outros moça,e isto que esta destruindo a educação superior publica neste pais, o aparelhamento ideologico indevido, agora querem levar isto para o ensino fundamental e medio tambem ?o verdeiro professor, protege seus alunos de suas influencias !!!"

oi? você já ouviu falar em PCN's? Leia e a gente conversa o que é e o que não é função da escola....

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ao anonimo que me mandou o link da reportagem: pergunta mais ingrata.... jaja vão perguntar à alguém que apanhou se ele queria aquilo....

Anônimo disse...

"Estupros afetam a nossa liberdade sexual, nosso direito de ir e vir."

Justamente, uma coisa tão séria que fica relegada ao plano de "problema de mulher". É de chorar.

Anônimo disse...

estupros se combate com penas duras, e não com mimimis, voces feministas acreditam mesmo que vão de alguma forma convencer um estuprador sociopata a não estuprar mais ninguem atraves do bla bla bla ideologico ? santa inocencia !!!

Anônimo disse...

Karina Kanamaru disse...

"Karina Kanamaru

A solução pra esse problema é dividir as salas de aula por genero e orientação sexual... ai os iguais que se entendam..."

Olha andei vendo estudos que os meninos rendem mais em sala de aula na ausencia de meninas.Por si só seria um motivo.

Mas o obejetivo do comentario era como ZERAR a violencia sexual entre os alunos só dividindo os colegios assim...Isso é meio facista é ,mas resolve.

Unknown disse...

Realmente Lola, você tem muita paciência para aguentar tanta "confusão", se é que você me entende...tô até pensando em ir assistir lagoa azul pela zilionésima vez na sessão da tarde.

Drica Leal disse...

Ai, anônimo, de novo isso de que só sociopatas e psicopatas cometem estupros? Vocês insistem nesse mimimi só pra tapar o sol com a peneira e não admitir o fato que uma cultura machista onde subjugar a mulher e usar de todos os meios para conseguir sexo é uma forma válida de reafirmar o modelo de masculinidade vigente.

Outra coisa: por mais que estupradores sejam espancados, estuprados e mortos na cadeia os casos de estupro não diminuem! Penas mais duras? Ah, tá.

Anônimo disse...

Drica, é que ainda permeia a mente da homarada em geral que o estuprador está a léguas de distância, um sujeito disforme, desempregado, andando sem rumo pelas ruas. Uma figura meio onírica, entende?

Drica Leal disse...

Penas mais duras também fazem parte dessa reeducação. Mas uma mudança estrutural nas relações de gênero evitaria a maioria dos estupros, os cometidos por muitos homens comuns que não acham que é estupro se aproveitar da colega/amiga/conhecida bêbada ou inconsciente; que não acha nada demais forçar a barra com a namorada ou esposa, aquele carinha que não aceitou que a mulher não quis mais ir adiante depois de já estarem no motel, dentre outros casos que são os mais comuns nas denuncias de estupro.

Anônimo disse...

não drica, todo homem e estuprador então ? voce esta generalizando como quando dizem que toda mulher e mercenaria sem sentimentos ? e mais facil lidar com o estupro condenando todo o genero masculino do que o indiviudo que comete tal barbaridade ? acha mesmo que se pode "concientizar estupradores" e soltarem eles por ai ? em que mundo a senhora vive ?
-
responda com sinceridade drica: da totalidade de homens, quantos por cento a senhora considera estupradores monstruosos ? desculpe a pergunta, mas a senhora tem homens na familia ? ( pai filho, irmãos) qual a forma que a senhora os enxerga ?
-
o problema de ideologias esquerdistas, e que nunca consideram o individuo, com seu livre arbitrio, cmo se fossemos todos sem personalidades propias, mas sim um grande todo generalizado !!

Anônimo disse...

Drica Leal disse...

Quando alguem tem vontade de fazer algo que sabé que é ilegal pensam em 3 coisas

1 - a satisfação que vai trazer no criminoso
2 - a pena
3 - a probabilidade de ser pego

não tem como mexer na 1 ,
a efetividade da dois esta condicionada a 3
e a 3 depende de uma melhora geral na segurança publica ,de processos mais ageis e de as pessoas denunciarem de imediato apos os crimes .

E não são só as vitimas de estupro que tem vergonha de denunciar. um simples assalto ja vira motivo daquelas perguntas nojentas na PC.

Anônimo disse...

"desculpe a pergunta, mas a senhora tem homens na familia ? ( pai filho, irmãos) qual a forma que a senhora os enxerga ?"

Esses também estão na mira. Esmagadora maioria dos abusos sexuais ocorre em casa, no meio dos parentes. Pare de choramingar, Fabio. Encare a realidade como homem.

Unknown disse...

INDIQUEI NO MEU FACE LOLINHA

Drica Leal disse...

Anônimo: você leu o que eu postei?

Não duvido de que no meu convívio e até mesmo no seu existam homens comuns que já se enquadraram em alguma dessas situações bastante triviais(infelizmente)que eu citei. Sei de histórias de conhecidos meus que conseguiram sexo através de chantagem, por exemplo, e contaram isso rindo para os amigos, como quem conta uma grande vantagem. Mas pra você, eles necessariamente tem que ser psicopatas ou então você nem deve considerar isso como estupro.

O problema é que é mais cômodo pra você e para muitos outros pensarem que estupro só é quando o cara bate, ameça. Se é mais confortável para você não admitir que vivemos numa cultura que impele o homem a tirar vantagem sexual da mulher em qualquer situação, tudo bem. Continue tapando o sol com a peneira e seja feliz apesar das atrocidades que continuam acontecendo. Não é problema seu mesmo, afinal, você é um homem honrado e não é uma mulher... Aff...

Drica Leal disse...

Ah, sim, bem lembrado. E os inúmeros casos de estupro dentro de casa, cometidos por pais, irmão, tios, primos. Puxa, anônimo/Fábio, você não acha que tem psicopatas demais no mundo não?

Anônimo disse...

vou mudar a questão, de cada cem pais, (homens), qual a porcentagem que estupra suas filhas ? quantas de voce ja foram estupradas pelo pai ?

pelo pai, não conheço (mas deve ter), pelo padrasto conheço uma.
Pelo avô, também conheço uma.
Pelo tio, conheço duas.

Isso, porque veio ao meu conhecimento depois de décadas.

Anônimo disse...

Teofilo Tostes

Enumeração perfeita de exemplos. Depois dessa, não tem como não entender a cultura de estupro na qual vivemos.

Lola

Mais um voto para Wordpress o/

Anônimo disse...

Sabe por que não é denunciado? Porque as meninas não falam e os adultos não estão prestando atenção.
Às vezes a mãe não denuncia nem faz parar o abuso porque precisa do sustento do companheiro/marido e não quer escândalo na família. Nossa sociedade tem ojeriza a escândalo. Só é bom e divertido quando passa na TV.

Anônimo disse...

a senhora esta generalizando ? isto me parece uma generalização não ?!! engraçado que eu sou homem e nunca me passou pela cabeça estuprar ninguem, amo minha mulher e minha mãe, e tenho empatia pelas cidadãs que convivem comigo, será que tenho algum problema ? pois não me pareço nada com os homens descritos aqui !!!
-
barbaridade, e abussos existem ,de todo tipo, mas tambem existem atos de entrega e autruismo,independente de generos, assim como existem homens honrados e canalhas, existem mulheres honradas e canalhas tambem, generalizar o mau em todos , e como comparar hitler com gandhi, alguns podem ver o copo pela metade meio cheio, outros ve-lo meio vazio, mas eu prefiro a realidade, o copo esta pela metade mesmo !!!

Anônimo disse...

Teófilo, e essa mesma sociedade lida com a mulher como um objeto utilitário SEMPRE.

Teofilo Tostes disse...

Todo homem é um estuprador em potencial?
Claro que não, eu responderia sem pestanejar.

Mas isso não significa que, por não ser composta só de estupradores, a nossa sociedade (composta por homens e mulheres), com o tanto de herança machista que ainda carrega, não contribua para disseminar certas práticas discursivas que favorecem, sim, o estupro. A começar pelo nosso código penal. Num outro post aqui no blog, comentei que nossa lei estipula pena mínima de 12 anos para estupro seguido de morte e de 20 anos para roubo seguido de morte (aliás, o Código Penal está passando, atualmente, por um processo de reforma e acho que uma mobilização para mudar isso seria algo bem-vindo). Mas a invisibilidade lançada sobre a questão do estupro não se limita a isso, no entanto.

O discurso do senso comum sobre o estupro é bastante contraditório, aliás. É evidente que a maior parte das pessoas condena o "clássico" caso de um homem que violenta uma mulher (direita, segundo os padrões que fazem proliferar qualificações à mulher de acordo com a sua sexualidade) num matagal, num lugar ermo, etc. Principalmente se essa mulher direita estiver indo ou vindo do trabalho, do mercado, do colégio dos filhos. Esse estupro é, sem questionamentos, visto como uma abominação em nossa prática discursiva. Mas...

1- Essa mesma sociedade afirma com muita frequência que c* de bêbado não tem dono.
2- Essa mesma sociedade admite que a conduta da mulher pode ser atenuante de um caso de estupro (ou até mesmo prova usada pela defesa de que não houve estupro).
3- Essa mesma sociedade desestimula a denúncia desse crime, quando não se trata do que eu chamei de caso "clássico".
4-Essa mesma sociedade aplaude quando um estuprador é estuprado na cadeia.
5- Essa mesma sociedade permite que homens que são agentes de promoção da segurança pública afirmem, em palestra sobre prevenção e segurança, que se as mulheres não se vestissem com vadias, provavelmente não seriam estupradas.
6- Essa mesma sociedade se pergunta, em muitos casos, se a vítima não teria merecido ser estuprada, por causa de sua conduta.
7- Essa mesma sociedade tem um Superior Tribunal que decidiu que não existe estupro de vulnerável, se uma menor de 14 anos já é prostituta (sim, porque nesse caso, o sexo é consensual).
8- Essa mesma sociedade possui centenas de palavras que denigrem a mulher por conta de sua sexualidade e de sua aparência, sem equivalentes para o sexo masculino.
9- Essa mesma sociedade faz com que os homens sofram preconceito no exercício de sua sexualidade apenas se forem gays ou assexuados, mas não se forem "promíscuos".
10- Essa mesma sociedade ri de piadas infames, associando estupro a oportunidade, para mulheres que supostamente seriam "mal-comidas".
11- Essa mesma sociedade usa recorrentemente o termo "mal-comida".
12- Essa mesma sociedade vê a mulher como adorno.
13- Essa mesma sociedade diz, às vezes (será tão raro assim?), que aquelas "singelas" cantadas grosseiras dirigidas às mulheres na rua lhe fazem mais bem do que sessões de terapia.
14- Essa mesma sociedade, que só muito recentemente igualou a mulher ao homem no que diz respeito à cidadania, ainda vê uma subparticipação feminina na política.

Acho que não preciso continuar enumerando pontos que nos permitem perceber o quanto ainda é necessário debater sobre de que forma o discurso do senso-comum ainda rebaixa a mulher de diversas formas e torna aceitáveis muitas violências sexuais contra elas perpetradas.

Se eu não aceito ser visto como um estuprador em potencial, acredito que não devo insistir no discurso que ensina as mulheres a temerem. Preciso contribuir para ensinar os homens das novas gerações a não estuprarem.

Anônimo disse...

Sabe por que não é denunciado? Porque as meninas não falam e os adultos não estão prestando atenção.
Às vezes a mãe não denuncia nem faz parar o abuso porque precisa do sustento do companheiro/marido e não quer escândalo na família. Nossa sociedade tem ojeriza a escândalo. Só é bom e divertido quando passa na TV.


E às vezes a mãe SABE e não faz NADA porque acha que a filha é uma vagabunda que dá em cima do pai/namorado da mãe/novo marido da mãe.

Aconteceu na minha família. Minha prima só me contou isso depois que a "mãe" morreu. No caso, ela foi abusada por um namorado dessa mãe quando tinha 14 anos de idade, contou a ela e ainda levou uma bem grande na cara junto com todos aqueles nomes bonitos.

Depois disso ela foi morar com o pai.

Sara disse...

ALELUIA !!!!!!!!!!!!Teofilo me desculpe mas nem to acreditando que seu comentário seja de um homem mesmo, por ter tanta empatia, coisa rara entre vcs.
Acho q vc tocou em qse todos os pontos mais importantes nessa questão do estupro, obrigada...

Anônimo disse...

"nem to acreditando que seu comentário seja de um homem mesmo, por ter tanta empatia, coisa rara entre vcs."

Que besteira, Sara... mascu só é maioria aqui no blog da Lola, na vida é bem diferente.

Maicon Vieira disse...

Teofilo Tostes disse...
"9- Essa mesma sociedade faz com que os homens sofram preconceito no exercício de sua sexualidade apenas se forem gays ou assexuados, mas não se forem "promíscuos"."

Teofilo, e os que iniciam a vida sexual em fase adulta? Os que não são considerados promíscuos? Eles também sofre preconceito por isso, não é?

Anônimo disse...

"Quando alguem tem vontade de fazer algo que sabé que é ilegal pensam em 3 coisas

1 - a satisfação que vai trazer no criminoso
2 - a pena
3 - a probabilidade de ser pego"

Desculpe, mas não é bem assim. Pensa no 1 e no 3. Do 2, só os profissionais do crime e do Direito conhecem.

Teofilo Tostes disse...

Carolinapaiva,
acabei de ver seu comentário, depois que republiquei o meu (havia um trecho mal escrito que estava me incomodando demais, pois da forma que estava dizia o contrário do que eu queria dizer). Então, acabei acrescentando também a questão do aplauso ao estupro dos estupradores nas cadeias.

Anônimo das 15h52:
Não sei se sempre (e, como não sou mulher, não me sinto com base para contrariar ou concordar com isso). Mas que boa parte do nosso discurso ainda se refere à mulher como objeto decorativo, isso é um fato.

Bruna B. disse...

"Injusto? Talvez, mas dentro da lei."


Taí o exemplo de um cidadão do qual nós NÃO precisamos.

Esses comentários me assustam. Lola, migra pro wordpress, please.

Marília disse...

Maicon, esses que iniciam a vida sexual tardiamente seriam o que as pessoas machistas chamam de assexuados.

Anônimo disse...

Taí o exemplo de um cidadão do qual nós NÃO precisamos.

Google: Princípio da irretroatividade da lei penal. Depois vem falar de coisas que não precisamos.

Bruna B. disse...

Anôn das 16:02


Por que é lei nós não podemos questionar?
Quem anda em redoma, de cabeça baixa, é jumento.

Anônimo disse...

"15:54, mulher que põe namorado dentro de casa tá pedindo."

Então depois que separa a mulher não pode se envolver com mais ninguém? Entendo.

O que não pode é se envolver com pessoas calhordas em geral, aí eu concordaria com vc.

Anônimo disse...

Por que é lei nós não podemos questionar?
Quem anda em redoma, de cabeça baixa, é jumento.



Pode e deve. Mas no caso citado anteriormente, foi este princípio que salvou o infeliz. Tá na lei. Que já mudou, por sinal, mas apenas para tudo o que foi cometido a partir da sua vigência. Jumento é quem fala as coisas sem um mínimo de conhecimento.

Anônimo disse...

O que eu acho lamentável ao extremo é a prescritibilidade do crime, qq que seja ele. É um descalabro sem igual. Ontem o convidado do Roda Viva disse que nosso processo penal é o mais protelatório, mais favorável ao corrupto.

Anônimo disse...

16:16, como você sabe quem é calhorda quem não é?

a mulher mal conhece o indivíduo, já põe pra conviver com os filhos, quer o que?

isso é falta de desconfiômetro.

Teofilo Tostes disse...

Sara,
infelizmente, acho que nossa sociedade faz com que homens e mulheres muitas vezes acabem tendo pouca empatia em relação aos preconceitos que existem. Não fosse assim, eu não ouviria também da boca de mulheres comentários que reproduzem a ideologia machista. Mas, infelizmente, ouço, porque a questão do machismo tem a ver com a prática discursiva de toda sociedade. Agora, como as mulheres são vítimas desse discurso, talvez nesse ponto alguma empatia seja mais imediata, ou mais fácil.

Anônimo de 15h56,
posso estar errado, mas se não me falha a memória, não se tratava de a lei penal retroagir. Esse julgado, pelo que me lembro, abraçou a ideia de que há consentimento no sexo com menor de 14 anos, se ela for prostituta. Foi uma decisão polêmica e criticada por muitos operadores do direito que lutam pela proteção dos menores. Mas pode ser que eu esteja errado e a decisão fosse apenas impedir que a lei penal retroagisse. Mas, pelo que me lembro, não era isso.

Anônimo (General da Real) de 15h57,
Se o conceito de mangina for o de um homem que defende a igualdade entre homens e mulheres, sou sim. Com muito orgulho.

Maicon Vieira,
Incluí os que iniciam sua vida sexual na fase adulta, enquanto não iniciam sua vida sexual, no conceito de "assexuados". Claro que a prática discursiva não é tão leve assim (tem os broxas, os frouxos, os idiotas, os "pega-ning", etc. E, sim, todos esses sofrem diferentes graus de preconceito, por não afirmarem-se machos, dentro da mesma lógica que favorece a prática do estupro, segundo o próprio post que estamos todos comentando.

Bruna B. disse...

Anôn das 16:07

Quanta arrogância, senhor adEvogado. hahahahahahaha
Não és o único letrado daqui, então... menos, bem menos.

Admito que entendo bulhufas de direito mas meu comentário não foi na direção da lei, do seu entendimento (ou não)... o que me incomodou no seu discurso foi o 'talvez'. Realmente achas que 'talvez' a decisão tenha sido injusta?
Pois eu tenho certeza.
Quanta inversão de valores, senhor adEvogado.

E não perca vosso valoroso tempo discutindo com uma mera mortal que não possui um diploma de direito, é desnecessário.


Passar bem!

Maicon Vieira disse...

Marília, assexuado não seria uma pessoa que não sente atração sexual?

Carlo disse...

Teófilo,

você que citou tantos exemplos, usemos um deles então:

Há uma grande raiva ao usarem os fatos do que a mulher/fez vestiu como atenuante para o crime. Beleza, até aê tudo bem.

Agora imagine a situação, que é muito mais comum do que querem aceitar, um cara e uma mulher estão bêbados e transam.

Situação 1: A mulher não lembra de nada, isso foi estupro? Mesmo com o cara bêbado também?

Situação 2: A mulher se arrepende de ter dormido com o cara, se não estivesse bêbada não teria feito isso. Isso foi estupro? Só porque ela não gostou?

Existem N situações onde é difícil legalmente determinar se foi crime ou comprovar que o crime ocorreu.

Podem achar machista, mas suponhamos a situação:

A mulher está lá bebendo, dançando e se esfregando em vários caras. Aê ela começa a se pegar com um deles e vão pra um lugar mais reservado. Em determinado momento ela diz não e o cara comete o estupro.

Isso é crime, mas olhe a situação: O cara também bebeu, para todos os efeitos a mulher queria. Como podemos provar que ela mudou de idéia na hora?

Eu sei que ela tem direito de mudar de idéia, mas as consequências da acusação de estupro são quase tão terríveis quanto o crime em si. O simples testemunho dela não é suficiente pra condenar ninguém. Logo, precisamos entender como ocorreu, porque ocorreu, motivos diversos, etc...

A garantia é, que no exemplo acima, se ela tivesse agido de forma diferente o estupro não teria ocorrido.

E eu sei que existem casos diferentes, mas, sério, quando o maluco do parque atacava as mulheres você viu alguém falando que elas mereciam, ou que foi culpa da mini saia?

Drica Leal disse...

ocês mascus não sabem o que querem. Se a mulher confia nos homens e se relaciona com eles sem pensar no pior, é uma idiota. Se teme e desconfia dos homens, é uma histérica louca que acha que todo homem é um estuprador em potencial.



Preguiça de vocês...

lola aronovich disse...

Exato, Drica. Mascu acha que mulher é irracional por não ver de cara quem são os homens bonzinhos e honrados que MERECEM um relacionamento... que são, é claro, anônimos sem rosto e com pseudônimo de superherói que dizem que todas as mulheres são vadias e que não existe mulher exceção. Em suma, os mascus. E a gente que é misândrica, né? Em outro comentário tinha um mascu dizendo que o único jeito de impedir a violência sexual seria separando homens e mulheres. Mascus ficam dizendo o tempo todo que homem não consegue se controlar, que a libido sexual do homem é enorme, que a sociedade injusta e a falta de sexo pra 80% dos homens (porque só 20% dos homens pegam 80% das mulheres, segundo o instituto mascu As Vozes Me Disseram)... e EU que fico generalizando e dizendo que todos os homens são estupradores, né?

Teofilo Tostes disse...

Maicon,
talvez eu tenha usado o termo de forma geral demais, o que o tornou impreciso. De qualquer forma, são apenas alguns exemplos, e não pretender exaurir a questão.

Carlo,
na minha opinião, um dos grandes problemas da culpabilização da vítima nos casos de estupro é o desestímulo à denúncia e o consequente estímulo à impunidade. Não sou contra o direito à dúvida, e na dúvida a absolvição do réu -- isso é um princípio jurídico válido para qualquer caso, inclusive para o caso de estupro. Se não há comprovação de que não houve estupro, inocenta-se o acusado. E discordo de qualquer um que defenda que o acusado é que tem que comprovar o não cometimento do crime, como já falei em outro post.
Agora o segundo exemplo não se aplica. Se o cara cometeu estupro porque a mulher mudou de ideia (mesmo se ela estivesse se pegar com o cara, como você), ele cometeu estupro. Ponto. Deve ser preso. E a vítima não pode ser culpada, se denunciá-lo.
E acho que o grande problema que estimula o estupro não é a reação aos casos "clássicos" de estupro. É a reação à denúncia das vítimas, quando o comportamento delas não é exatamente o que se espera da mulher pelo senso-comum da nossa sociedade. E, desculpe, mas esse tipo de discurso existe sim, e é bem recorrente.


Bom, não retorno mais hoje a este blog. Eventuais questões aos meus comentários poderão ficar sem respostas. Mas tentarei respondê-las, na medida do possível, depois.

Carlo disse...

Teófilo,

se você ler o que escrevi concordamos, ele cometeu o crime e deve ser punido.

Porém, eu estava comentando sobre um dos pontos que você levantou. O que as pessoas fazem é levado em consideração para a análise dos fatos ocorridos.

Agora, no seu penúltimo parágrafo, vejo que você não diz que no caso do maluco do parque teve pessoas dizendo que aquelas mulheres mereciam.

E aqui vai outra analogia, odiada pela pessoas do blog, mas utilizada explicitar o ponto:

As pessoas reagem a essas denúncias quando o comportamento não é o esperado pelo senso para os mais diversos crimes.

Já tive o carro roubado porque esqueci a janela meio aberta, foi burrice e muitos me chamaram de burro por isso. Eu merecia ser assaltado? Obviamente que não.

Talvez as pessoas devessem ter mais tato para o caso de estupro? Acho que sim, gentileza não é algo abominável, mas acredito que as pessoas fazem a mesma conexão, a consequência foi facilitada por atos praticados.

E tem o problema do outro lado, que é a posição de muitas que postam aqui, que é ter confiança demais nas denúncias e aê saem condenando inocentes que não tem nada a ver com a história.

Fábio RT disse...

MEu Deus ! Homens e Mulheres são diferentes ... mas o que importa é a pessoa e não o gênero em si ... Feminismo...Masculinismo.... esses movimento só mostram como estamos distantes de valorizar o indivíduo, acabamos sempre reduzindo tudo a generalizações que frustram e geram pessoas amargas ... óbvio que temos que manter as peculiaridades de cada sexo...caso contrário não haveria graça...mas estas diferenças não deveriam servir pra se travar uma guerra....

Teofilo Tostes disse...

Carlo,
sim, concordamos nesse ponto. Eu não disse, sequer, o contrário disso. E acho que não explicitei os dois pontos daquilo que você escreveu que acho questionáveis.

O primeiro é: "Eu sei que ela tem direito de mudar de idéia, mas as consequências da acusação de estupro são quase tão terríveis quanto o crime em si. O simples testemunho dela não é suficiente pra condenar ninguém."

Acho que neste ponto é só separar aí condenação de acusação. Porque se a mulher foi condenada ela deveria sim acusar o cara, independente das terríveis consequências, para o cara, de ser acusado de estupro. Se não há provas (e isso só se pode determinar no caso em concreto e não numa hipótese, já que a hipótese admite que houve estupro e, portanto, não há dúvidas), inocenta-se o acusado. Simples.

O segundo ponto, que acho que é mais complicado, é esse: "A garantia é, que no exemplo acima, se ela tivesse agido de forma diferente o estupro não teria ocorrido."

Não, não há essa garantia. E, o que é pior, afirmá-lo é dizer que se a vítima tivesse outra atitude, não seria estuprada, o que, em última instância, responsabiliza (ao menos em parte) a vítima. É contra esse tipo de discurso que eu acho necessário lutar, para estimular que o estupro seja denunciado e combater a impunidade em relação a esse crime.

Essa atitude, aliás, não é uma exclusividade nossa (brasileira). Em 2005 a anistia internacional fez uma pesquisa que apontava que pelo menos um terço das pessoas na Grã-Bretanha (claro que é por amostragem) acreditam que uma mulher é responsável, de forma parcial ou total, por ser estuprada se ela tiver flertado com o homem. E 25% também acreditavam que ela é parcialmente culpada se usou roupas reveladoras ou estava bêbada.
(http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2005/11/051121_estuprocc.shtml)

A recorrente condenação moral das vítimas um importante fator para a subnotificação desse crime. Os dados são de 2005, mas a geração que respondeu a essa pesquisa certamente ainda está viva agora. E, acredito, não deva ter mudado tanto assim seus conceitos.

Esse tipo de afirmação, de que se a vítima não tivesse agido dessa ou daquela forma, não haveria estupro, é ensinar as mulheres a terem medo. Como eu disse no meu primeiro comentário aqui, eu não aceito ser visto como um estuprador em potencial. Por isso, não vou querer eventualmente ensinar uma filha minha a temer (os homens ou os julgamentos da sociedade). Mas vou buscar ensinar um filho meu a não estuprar nem julgar uma vítima de estupro, questionando com ele o tipo de discurso que eu apontei em meu primeiro comentário.

No mais, concordo com você que em casos como o do maníaco do parque (o que chamei de casos "clássicos" no meu primeiro comentário a esse post), não se condena a vítima. Aliás, nestes casos se aplaude o estupro do estuprador. E em relação a muitas pessoas aqui que sairiam condenando inocentes, acho que não entendi bem do que você está falando.

Teofilo Tostes disse...

Só retificando:

No terceiro parágrafo, onde se lê "se a mulher foi condenada", deveria estar escrito "se a mulher foi condenada ela deveria sim acusar o cara, independente das terríveis consequências, para o cara, de ser acusado de estupro".

Carlo disse...

Teofilo,

só não entendi onde a mulher foi condenada (por ter sido vítima do estupro?).

Quando eu disse que o testemunho dela não é suficiente pra condenar ninguém foi pra lembrar que a acusação em si não é prova de nada. Porém, concordo com você, tem que acusar.

Quanto a sua ponderação sobre a "culpabilização" da vítima, nesse ponto não consigo entender. Dei o exemplo de quando roubaram o meu carro (sim, eu sei que são coisas diferentes) e eu não merecia nem tinha culpa de ser assaltado, mas facilitei a situação não?

E bom, sobre ela evitar o estupro, se considerar qualquer possibilidade, não tem como garantir nada no mundo.

Mas podemos supor outro exemplo:

A mulher vai na boate, com uma roupa reveladora, bebe, dança ali na dela, dá alguns foras porque não estava afim de ninguém, não se embriaga terrivelmente.

Se um cara que tomou um fora de repente sequestra ela na saída, ou leva pra um beco, aê eu ficaria revoltado também, ainda mais se alguém dissesse que é culpa dela. Nesse caso, concordo com você.

Cora disse...

"Dei o exemplo de quando roubaram o meu carro (sim, eu sei que são coisas diferentes) e eu não merecia nem tinha culpa de ser assaltado, mas facilitei a situação não?"



sabe pq não dá pra comparar roubo de qq coisa com um estupro?

pq objetos não reagem qdo estão sendo levados.

uma pessoa sendo violentada reage, grita, chora, implora... deveria despertar empatia no agressor ou nos agressores. no entanto, mesmo com toda a reação da vítima, o agressor continua. ignora tudo e simplesmente continua com a agressão.

por isso é tão chocante. tão revoltante. e, por isso, não dá pra comparar com um carro com o vidro semi aberto. afinal, estamos falando da violação ao corpo de uma pessoa.

e veja que tomei o cuidado de dizer pessoa. vale pra mulher, homem, adulto, criança. a violação do corpo de uma pessoa não é a mesma coisa de um roubo.

por isso, em qq situação, a pessoa disse não, então para tudo. não há desculpa, no meu entender, pra q ocorra qq outra coisa depois que a pessoa disse não.

Carlo disse...

Cora,

só te lembro que em nenhum momento, por qualquer razão, falei que deixou de ser crime ou algo abominável.

Só quis deixar claro, porque acredito que o que você falou não tem muito a ver com a mensagem que eu quis passar.

Cora disse...

carlo,

não estou acompanhando sua conversa. só expressei minha opinião de pq não podemos comparar roubo com estupro. muitos usam essa comparação pra justificar mudanças comportamentais da vítima, principalmente em relação à bebida. usei sua frase, mas a resposta foi à ideia em si e não à você especificamente.

a pessoa reage. deveria despertar empatia. por isso o crime é tão grave. ou ainda, é a violação do corpo de uma pessoa. por isso é tão grave, em qq circunstância.

Carlo disse...

Cora,

mas eu concordo que é revoltante, só estava confirmando essa posição. O exemplo do assalto em nenhum momento busca tornar isso menos revoltante e sim mostrar que nossas atitudes podem ajudar a evitar problemas.

Unknown disse...

Acho que os homens que discutem aqui não entendem bem a visão feminista.
Ficam discutindo sobre "comportamento adequado", enquanto discutimos "igualdade".
Primeiro, não ignoramos que a mulher quando usa roupas curtas corre mais "riscos" de assédio do que em outros dias, com outra produção. Mas não estamos ditando um padrão. Nem da minissaia, nem da calça jeans. A nossa bandeira é expor as diferenças de julgamento entre os sexos. Queremos mais do que viver seguras obedecendo padrões de comportamento dominadores.
E vejam além, a violência contra a mulher é tão presente, tão frequente justamente porque a mulher é subjugada culturalmente.
Nós não estamos dizendo se é certo ou errado as mulheres beberem, ou usarem decotes. Mas, se na visão comum, um homem sem camisa não está se oferecendo, por que uma mulher de saia estaria?

Da mesma forma como as feministas não dizem que as mulheres devem ter muitos parceiros sexuais, como os homens! Elas apenas defendem esse direito, argumentando que, se um comportamento é "errado" (se alguém quiser julgar comportamento), que seja considerado errado para todos, sem distinção de sexo.

A bandeira é essa. Chamar a atenção para ideais de conduta que são assimilados e transmitidos sem que se pare para pensar.. E que fomentam atrocidades.

Carlo disse...

Debora Carvalho,

Oras, mas se as mulheres não acham errado um cara pegar várias que que os outros homens podem fazer?

De tudo que li de feministas e no blog da Lola, nunca vi defenderem que seja "errado" pra todo mundo, sempre defendem que ninguém deve ser julgado por isso.

E estou cansado de entrar na discussão sobre as diferenças de como um cara consegue uma mulher e vice-versa, qualquer coisa que dê sinal de ser um pouco conservador é imediatamente classificado como machista misógino.

no mais, fiico na minha, procurando uma mulher parecida comigo, não tão baladeira.

Teofilo Tostes disse...

Carlo,
onde eu deveria ter corrigido, não corrigi. Era o sono! rs Ali, deveria estar escrito "se a mulher foi estuprada ela deveria sim acusar o cara, independente das terríveis consequências, para o cara, de ser acusado de estupro". Realmente, da forma em que estava, não fazia sentido.

Sim, uma acusação em si não prova nada. Por isso, existe um sistema judiciário que tem por princípio fundamental a presunção de inocência. E sobre o segundo exemplo, por mais incrível que possa parecer, ainda haverá alguém culpando a vítima (se ela não tivesse lá na boate, vestida como uma puta, nada disso teria acontecido). Talvez você não tenha nunca ouvido alguém falar assim e não acha sequer concebível que alguém assim pense. Eu já ouvi falarem assim, embora também não ache concebível que se pense dessa maneira. Isso está, em alguma medida, na fala do policial que acabou motivando a marcha das vadias pelo mundo inteiro.

Sobre o exemplo do carro, acho que há uma única dificuldade nele. Sim, talvez você poderia ter sido mais cuidadoso. No entanto, pela nossa prática discursiva, muito dificilmente alguém deixaria de registrar a ocorrência por algum "descuido" que facilitasse o roubo do carro. O julgamento que alguém possa sofrer por isso é relativamente pequeno, se houver. No caso do estupro, há em muitos momentos uma desconfiança sobre a "moral" da vítima. E isso desestimula, sim, a denúncia. É nesse ponto só que insisto. Acho que, mais do que expressarmos pontos de vista totalmente diferentes, temos um enfoques diferentes. Você está questionando o que a vítima poderia ter feito para evitar o estupro, enquanto eu vejo que essa pergunta reforça uma prática discursiva de culpabilização da vítima, embora eu tenha absolutamente claro pra mim que você, Carlo, não a está culpando. Mas o discurso que comumente utilizamos a culpa. É isso que comumente vejo se levantando aqui no blog, quando se discute o tema do estupro: que práticas discursivas da nossa sociedade acabam por favorecer tal prática? Acho, sim, que ainda é muito importante se questionar isso. Você não?

Alice disse...

Teófilo, meu filho, você é um cara incrível, entendeu tudo. Se um comportamento qualquer (a mulher vestida de 'puta' se comportar como uma 'piriguete' e dar em cima de um cara, por exemplo) pode ser usado como argumento para atenuar/justificar um estupro fora do caso clássico, então qualquer argumento pode (por que ficou em casa sozinha com o namorado de apenas dois meses?). Por isso, o que temos que perguntar é: existe, de fato, alguma situação em que uma mulher MEREÇA ser estuprada? Existe alguma situação em que estupro NÃO é crime? Existe alguma situação em que estupro não é traumático, em que as vítimas não se sentem envergonhadas, amedrontadas, quebradas? Eu e você responderíamos 'não'. Já o Carlo diria 'não, claro, mas veja bem'. Esse 'veja bem' é típico de mascu direita tfp preconceituoso. Nem discuto com esses caras.

Teofilo Tostes disse...

Alice,
obrigado pelas palavras. Mas, não, não sou um cara incrível. Sou fruto dessa sociedade tanto quanto as pessoas mais preconceituosas e, provavelmente, assim como já tive, ainda devo ter alguns preconceitos que eu não sou capaz hoje de enxergar. A gente naturaliza um modo de olhar para muitas coisas e nem sempre é fácil ver que um dado sistema de pensamento faz perpetuar um preconceito.

No entanto, talvez fruto da forma como fui criado, eu sempre me vi como um homem feminista. E sempre que percebia alguma forma de preconceito determinando meu olhar (não apenas contra as mulheres), buscava refletir sobre o que isso significava. E porque me vejo como fruto da minha criação, aposto muito no compromisso que eu e todos que queiram mudar algo no mundo têm com a educação das novas gerações. Quando (e se) eu tiver filhos, por exemplo, quero que eles sejam criados internalizando menos preconceitos do que eu provavelmente internalizei. É fácil, isso? Não. Temos todo um discurso que nos envolve, e que é constantemente reproduzido nos meios que frequentamos, naquilo que lemos, ouvimos e vemos diariamente.

Sobre o cansaço em discutir certos pontos de vista, aqui, eu entendo totalmente. Há temas levantados sobre os quais eu não me manifesto sequer, por não ter muita paciência. E há comentaristas aqui que eu não leio. Agora, talvez por me envolver menos em discussões por aqui, quando me manifesto e alguém contesta o que escrevi (não falo de agressões), ainda não costumo ver mal em responder aos questionamentos. Pode ser que eu me canse em algum momento de falar a mesma coisa. Mas acho que por eu só discutir aqui temas que me interessam, isso talvez seja mais difícil de acontecer. Não sei... rs

Carlo disse...

Teófilo,

engraçado que só um cara pra eu entender o que eu quis falar. Sobre a sua ponderação, realmente, por um bem maior as pessoas deveriam relevar as causa para não inibir denúncias. Porém, cria-se outro problema onde as pessoas podem não ligar causa com conseqüências.

Ademais, na sua conclusão, sim acho que temos que nos questionar, porém engraçado como ao questionar a situação toda já sou classificado como o pior dos preconceituosos.

Teofilo Tostes disse...

Carlo,
acho que não compreendi bem o que você quis dizer no início do seu último comentário. Só uma questão sobre esse primeiro parágrafo. Não acho que as pessoas deveriam relevar as causas para não inibir as denúncias, no caso de estupro. Acho, sim, que as pessoas deveriam buscar as verdadeiras causas dessa prática. E é claro que quando eu digo isso, eu estou afirmando que o comportamento de uma mulher não é a causa de um eventual estupro que ela venha sofrer, independente da natureza desse comporamento. E eu acho que é nesse ponto que as nossas visões divergem. E porque elas divergem é que estamos, um, questionando a visão que o outro tem.

Sobre ser classificado como o pior dos preconceituosos, tenho certeza de que isso não acontece (mesmo que certas ideias que você exponha sejam vistas como ideias preconceituosas). Agora, é claro, ao expor seu pensamento (que é divergente do que você sabe ser o pensamento predominante num blog que discuta o feminismo), você está sujeito a críticas mais duras. Normal. Em discussões passadas, também eu fui visto com algumas ressalvas por uns que defendiam pontos de vista divergentes dos meus. E isso aconteceu, em especial, num post que discutia vegetarianismo. Agora, se queremos expor o que pensamos não devemos encarar como pessoais as eventuais críticas ao que expomos. São ideias. E as pessoas têm o direito de discordar delas. Têm o direito até de formar um juízo sobre nós a partir do que dizemos. Por exemplo, para quem é vegetariano/vegano mais radical (como o autor daquele gest post), minha postura de não abrir mão de comer carne pode ser vista como uma postura reacionária. E daí? Nesse ponto, não estou aberto, hoje, a pensar de forma diversa da que penso. Posso escolher não discutir a questão, posso escolher discutir e deixar que formem juízos sobre mim nos quais não tenho, de forma alguma, como intervir. E, com isso, posso perder meu tempo reclamando (o que não acho certo, argumentativamente falando), ou continuar aberto a debater ideias. E se escolho essa segunda opção (para mim, sempre preferível), tenho que saber que pessoas pensam diferente de mim e tenho de saber respeitá-las por isso. Se minhas ideias suscitam juízos sobre mim que eu não gostaria que tivessem, melhor seria que eu optasse pelo silêncio. Se não opto, exponho-me a críticas.

Neste post mesmo, um anônimo identificado como General da Real tentou me ofender. Não conseguiu, pois os termos que ele usou, ou foram interpretados de outra forma por mim, ou eram tão infantis que foram ignorados. Simples assim.

Anônimo disse...

Só as imagens deste post acompanhadas das críticas fizeram meu dia melhor. Li com mais atenção o post de hoje, das grávidas. Um pouco panfletário, mas muito interessante. AInda não tenho filhos, mas já me imaginei antes com medo do parto (pretendo tê-los). Keep writing, Lola. =)

Anônimo disse...

ótimas postagens, LOla! Keep writing! =)

Alice disse...

Ok, Teófilo. Pra mim parece incrível porque não conheço homens feministas - e olha que conheço vários caras legais. No mais, entendo e concordo.

O Carlo não sabe, mas já discuti muito com ele aqui no blog, e com outros como ele. Sempre como anônima. É por isso que não me dirijo mais a ele nem a qualquer mascu. A metáfora do carro com o vidro aberto, do Armani no cabideiro da festa, do rolex na favela já li aqui e em outros sites em que esse tipo de gente se intromete. É discurso de quem culpa a vítima, sim; de quem acha que mulher tem 'o seu lugar', ou seja, dentro de casa; dentro do carro; dentro do trabalho (e olhe lá). E você, que talvez tenha feito Letras (ou Linguística), sabe muito bem ler não só o discurso, mas o homem que se expressa desta forma: "engraçado que 'só um cara pra entender' o que eu quis falar". É típico de mascus dizer que mulheres não são racionais e não sabem argumentar 'com lógica'. Mas eu me lembro muito bem de uma vez em que um mascu usou a razão, o mais fino raciocínio lógico para dizer que as mulheres da China 'antiga' deformavam os próprios pés, num processo doloridíssimo, porque 'naturalmente' queriam atrair os homens e que a ideia havia partido delas. Ahã... senta lá, Claúdia.

Eu estive pensando sobre mais uma coisa estúpida e cruel sobre estupro: quando um bandido entra em uma casa para roubar e estupra alguém, esse estupro é visto, infelizmente, como uma sequência natural, e não como adendo hediondo ao crime de roubo.

Carlos disse...

Alice disse...

Ok, Teófilo. Pra mim parece incrível porque não conheço homens feministas - e olha que conheço vários caras legais. No mais, entendo e concordo.

O Carlo não sabe, mas já discuti muito com ele aqui no blog, e com outros como ele. Sempre como anônima. É por isso que não me dirijo mais a ele nem a qualquer mascu. A metáfora do carro com o vidro aberto...


vou te dar uma metafora melhor um homem sai com um celular caro numa rua sem movivemento, um viciado em crack vê o celular e pensa no prazer que o crack comprado com aquele celular vai gerar.o viciado esfaquei o dono do celular e leva o celular.

Diva disse...

Alguns comentários são tão absurdamente risíveis que fica difícil não lembrar disso aqui:

http://i.imgur.com/Oa7E0.jpg

No mais, excelente artigo Lola. Deve ter colocado muita gente pra pensar no assunto.

Teofilo Tostes disse...

Oi, Alice. Entendo a perplexidade. Mas é que o feminismo é ainda visto com grande resistência por nossa sociedade. Por homens e até mesmo por mulheres (já ouvi e li muitas mulheres dizerem não ser feministas, mas femininas). Isso acontece até por causa do tipo de discurso pejorativo que muito frequentemente ronda as reivindicações feministas (desde os mais leves, que dizem que as feministas são radicais, até as mais ridículas e infantis, que dizem coisas como feministas são mulheres mal comidas que querem acabar com os homens -- desculpe usas esses termos, mas sabemos o quanto eles são proferidos e repetidos por aí).

Para mim, o feminismo sempre foi interpretado como uma luta pela igualdade (simbólica, política, social) da mulher. Como eu sou favorável a isso e, dentro do possível e das limitações que essa própria sociedade me impõe, também abraço essa e outras lutas por igualdade, eu me considero um homem feminista. Isso não quer dizer que eu esteja isento de preconceito. Muito provavelmente me contradigo em determinados momentos. Mas tento ao menos estar atento às minhas contradições e corrigir posturas que venham de encontro às minhas convicções.

Em relação a ter discutido muito com o Carlo (e com outras pessoas) com opiniões e discursos que mantêm o status quo, compreendo bem sua posição. Talvez ela se assemelhe à minha, de não discutir determinados temas (como a tal 'friendzone', de que eu nunca tinha ouvido falar, emails de 'trolls', etc.) nem entrar em discussões em que eu não tenha algo a acrescentar. Se não me interessa o que está sendo discutido ou os rumos da discussão, também prefiro o silêncio. Ah! Eu não fiz letras, não. Sou formado em comunicação, mas lá também trabalha-se bastante com análise de discurso. Sobre a primeira frase do Carlo em seu último comentário, só agora que você falou é que acho que entendi o que estava escrito -- realmente, tinha me parecido obscuro até agora. Se foi isso o que ele disse, de fato é uma pena, pois realmente seria uma outra forma de afirmar que a racionalidade é um atributo masculino (à semelhança de alguém que, em alguma discussão num dos posts aqui do blog, afirmou que a ousadia e a competitividade seriam atributos masculinos, e a passividade e a fragilidade, femininos -- ou algo semelhante). Infelizmente, leio por aqui muita reprodução de preconceitos comuns na sociedade. Mas não seria de outra forma, pois a internet (em especial, por permitir algum grau de anonimato) dá vazão a discursos muito extremados e, por vezes, violentos. Não só em blogs que propagam ideologias de ódio, como certos blogs masculinistas e congêneres, mas até mesmo na seção de comentários de notícias em sites.

Você falou da questão do estupro como consequência do roubo. Sempre me lembro e costumo escrever aqui que considero uma violência simbólica contra as vítimas de estupro o fato de o roubo seguido de morte ser punido com pena mínima maior (20 anos) do que a pena mínima do estupro seguido de morte (12 anos) Vale lembrar que a pena máxima para ambos os crimes, no entanto, é a mesma: 30 anos. Se o próprio código penal nos oferece esse panorama, não é de se espantar que tão frequentemente o estupro seja comparado ao roubo ou, pior ainda, ao furto de objetos.

Sonado Alaikor disse...

"Acredito que os rapazes deveriam se pronunciar sobre o estupro masculino. Até agora pouco se comentou sobre as possíveis violências sexuais sofridas por rapazes (causadas tanto por homens quanto mulheres), sabe-se, por exemplo, que há grande incidência de casos de violência sexual intra familiar nas narrativas de rapazes homossexuais (e heterossexuais, às vezes), isso é algo a ser pensado...Os rapazes também são "estuprados", mas muito silêncio se faz sobre o assunto."

É por ser um tema muito delicado. Eu enquanto hetero sexual que fui vitima tenho um parecer simples. Durante toda minha vida fui ensinado que o que me ocorreu não ocorre com homens, isso me diminuia moralmente, por isso fiz silencio.
Nos últimos anos superei isso, felizmente, mas não antes de ter passado a adolescência sem praticamente nenhum envolvimento afetivo...

Eu não pude ler o post antes, senão teria me pronunciado, a vantagem é ler bons (e maus) comentários aqui xD

Sonado Alaikor disse...

"Só pra constar, sofrer uma pressão social por ser visto como estuprador em potencial interfere sim. Ter que tomar cuidado para não dar "sinais de estupro" e não parecer intimidador interfere pra caralho. Não ter possibilidade de desenvolver uma identidade de gênero que não seja violenta é uma merda, assim como ser limitada a uma identidade de gênero que te transforma em objeto."

Bem pontuado

"Quer uma dramatização legal da morte dos homens no mundo? Leia "Y: o último homem". É bem coerente. Faz a gente pensar um bocado."

O arco de amadurecimento do personagem principal, de um jovem estudante de ilusionismo (especializado em escapadas) de um jovem culturalmente machista (inconsciente de que o é) cheio de sonhos românticos falhos que é junto a um macaco os ultimos 2 portadores do cromossomo Y na terra (e na verdade o macaco é que era imune, ele se tornou imune por ter contato com as fezes do bicho) em um homem.
No fim da história ele não tenta mais sair no soco com mulheres, ele é um mestre em escapadas, se você piscar ele some no ar, é o que ele sabe fazer bem, a agente do governo que esta com ele sabe lutar, ele tem de aprender isso, que ela não precisa dele para se defender, ao contrario.
Sem falar do como as mulheres conseguem sim reestruturar a sociedade sem os homens, claro, a morte de metade dos trabalhadores do mundo afeta a sociedade, áreas com maioria masculinas tem problemas, mas oras, a mulher é humana, e o humano sobrevive da adaptação...logo elas contornam tudo isso e reconstroem a sociedade, com diferenças, obviamente, mas o fazem.

Sonado Alaikor disse...

"Acho que qualquer homem consegue se lembrar de já ter feito na vida alguma coisa estúpida como prova de masculinidade. Por outro lado não me ocorre nenhuma prática estúpida que as muleres façam ou estimulem as outras a fazer como prova de femininidade."

Realmente...temo que uma das que fiz foi instigada por garotas...sorte nunca ter sido nada grande, hoje, com uma nova consciência, eu não sei se dormiria de noite '-'

Sonado Alaikor disse...

Não tenho muito a falar, o Teofilo Tostes exauriu minha capacidade de pontuações em uns poucos paragrafos...e ele escreveu muito. '-'

Outras pessoas também o fizeram, como a Sara, a Cora e o Yuri. Mas creio que o Teofilo Tostes fez o melhor trabalho de pontuação aqui...

Carlos disse...

Teofilo
sobre este teu comentario
...
Para mim, o feminismo sempre foi interpretado como uma luta pela igualdade (simbólica, política, social) da mulher.
...
Ja li varias declaraçãos que o feminismo se foca apenas nos problemas da mulher e que se foca apenas no ponto de vista da mulher,(inclusive aqui).Ou seja busca mais direito apenas pra mulher.
è licito querer mais direitos apenas para seus pares,mas não diga que é equalitarista.

Carlo disse...

A analogia do betto também é válida, eu de noite normalmente já guardo o meu relógio no bolso, coloco o celular no silencioso.

E eu lá quero manter status quo? Que status quo? Das pessoas terem mais bom senso?

Teófilo, posso ter falado besteira, mas foi uma grande coincidência você ter entendido então. Pelo menos acho que você entendeu, não por ser homem, mas por estar mais aberto a idéias diferentes e por encarar essa situação olhando de forma mais neutra.

E sobre essa coisa de igualdade, não dá pra discutir isso, porque qualquer problema que nós trazemos é descartado por não estar na mesma categoria dos problemas que elas reclamam.

Quer um exemplo: Concurso pra perito da polícia federal, o mínimo que um homem tem que fazer numa parte de teste físico é o máximo que uma mulher tem que fazer (tem que correr uma determinada distância em 12 minutos).

Isso não é igualdade, mas uma concessão de direito e sem razão nenhuma. Mas isso é considerado "vitória" do movimento.

E o pior, não importa o quanto eu seja contra o estupro, em todas as suas formas, como já foi mostrado aqui algumas pessoas já nem argumentam comigo por eu pensar diferente.

É muita ironia essa situação, quando a discussão em questão é liberdade e questionar tudo a nossa volta.

Gabriel Nantes de Abreu disse...

"Ser masculino é ser ativo, empreendedor, racional, objetivo; ser feminino é ser protetor, passivo, emocional, carinhoso (antes que surtem, cada homem e mulher pode ter um pouco dos dois, até mais do oposto, sem perder sua qualidade de homem ou mulher)."

Em que lei tá escrito isso? e que merda é possuir qualidade de "homem" ou "mulher"?

Sério, esse tipo de pensamento que emburrece o mundo!

Teofilo Tostes disse...

Huan Icaro Piran,
pungentes e precisas suas palavras.

Betto,
não vejo contradição disso com o que eu afirmei. Eu falei que o feminismo luta pela igualdade da mulher. Portanto, me parece natural que se foque em discutir e lutar por problemas relacionados à condição da mulher no mundo, se esforçando para que a mulher possa atingir condições iguais na sociedade. Assim como um movimento que lute pelo direito dos deficientes físicos vá se focar apenas em questões que possam garantir uma condição igualitária ou semelhante à que desfruta o grupo hegemônico dentro da sociedade. Dessa forma, não vejo problema algum em afirmar que o feminismo luta pela igualdade (simbólica, política, social) da mulher só porque ele se foca nos problemas relacionados às mulheres. Você vê?

Teofilo Tostes disse...

Carlo,
não apenas eu, mas muitas pessoas aqui (homens e mulheres) entenderam o seu ponto de vista. E, assim como eu, discordam dele. Como eu te disse, você foca em falar de como a vítima deveria ter agido, e eu mantenho o ponto de vista de que esse tipo de questionamento apenas reforça o movimento comum de culpar as vítimas de estupro, em especial nos casos que não se enquadram no caso clássico. E, para mim, esse tipo de discurso reforça uma cultura que naturaliza o silêncio em redor da questão, o que contribui para a prática do estupro e para a impunidade.
Sobre a igualdade, como eu falei para o Betto, não vejo contradição em o feminismo buscar a igualdade da mulher e, portanto, focar em questões que dizem respeito à condição feminina. Você vê? Neste caso específico que você citou, do concurso, eu realmente não tenho condições de me posicionar, pois desconheço tanto as normas desse concurso quanto seu fundamento. Não sei se se trata de uma ação afirmativa ou se é baseada em fundamentos científicos. Enfim, sou incapaz de discutir. E pode ser que, se fosse analisar o porquê, eu discordasse da prática. Isso tornaria o feminismo outra coisa daquilo que é? Não. Eu, por exemplo, sou a favor de movimentos que valorizem a cultura negra e busquem a igualdade dos negros em nossa sociedade, mas sou contra o sistema de cotas baseado em critério racial (por não ter ainda visto uma justificativa para essa questão que me convencesse de sua necessidade nos moldes como esse critério é adotado). Apesar disso, não posso afirmar que o movimento negro não lute para promover a igualdade (simbólica, política e social) dos negros. Posso, no máximo, discordar de certos pontos ou certas reivindicações. E eu não estou sequer falando que, no caso do concurso, isso seja uma reivindicação do feminismo ou não. Desconheço o caso e não sou capaz de discuti-lo. Mas é interessante pensar que essa norma é de um concurso cuja carreira é preenchida majoritariamente por homens. Portanto, foi um órgão onde os homens são maioria que aprovou a norma do concurso. Por quê? Eu não sei.
Bom, voltando à questão do estupro -- seu comentário se afastou da questão central do post e o meu talvez tenha se afastado mais ainda. Apesar de você ser contra o estupro (não só você, mas a sociedade como um todo), seus argumentos sobre ele são vistos por muita gente aqui (entre as quais eu me incluo) como um discurso de responsabilização da vítima (curiosamente adotado também pela sociedade como um todo). Esse blog e muitos comentadores aqui têm o objetivo de distutir o status quo e a herança machista que nossa sociedade carrega. Portanto, é natural que seu discurso aqui enfrente resistência. Você tem liberdade de questionar tudo a sua volta, tanta quanto as pessoas têm de não quererem discutir o que você diz. Qual o problema nisso? Como disse a você num comentário lá atrás, optar por dizer o que pensa é se expor a críticas. Quer exemplo maior disso do que a Lola. Pauta esse blog de acordo com suas convicções e colhe, diariamente, dezenas de críticas (para dizer o mínimo) aqui, provavelmente no email, no twitter. E ela pode ignorar o que julgar infundado, indigno de atenção, responder o que achar interessante, repensar questões, etc. Para expor nosso ponto de vista precisamos estar abertos a críticas e à indiferença em relação ao que dizemos. Sejam elas, para a gente, justas ou não.

Carlos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlo disse...

Teófilo,

mas eu continuo com a pergunta, querem resolver o problema ou não?

Porque o que me parece é que esperam uma mudança exógena do resto da sociedade sem uma mudança interna das mulheres.

Isso é possível? É, mas vai demorar muito mais tempo, haverão muito mais vítimas.

E talvez um dos pontos que eu mais questiono é porque que a bebida isenta apenas uma das partes da responsabilidade de consentimento? Se há uma diferença nesse ponto então essa igualdade pela qual tanto batalham é enviesada, não trata ambos os gêneros da mesma forma.

E isso pode ser visto basicamente em qualquer ponto onde há luta por "direitos". Aborto? E a opinião do pai?

Trabalho? Dos todos empregos que pesquisei, onde há um requerimento físico o das mulheres bem abaixo do dos homens.

Bom, o Brasil ainda é um país muito conservador, mas nos países onde o feminismo está mais avançado (EUA, Suécia, Austrália) clubes exclusivos masculinos não podem barrar uma mulher como associada se ela atender todos os outros requisitos exceto o gênero. Entretanto o inverso não ocorre e as feministas defendem isso, porque não existem "espaços feministas".

Então ao ver um movimento que não equilibra essas disputas de forma justa, porque no passado sofreram injustiças, que que se pode esperar?

Então eu venho questionar, recebo críticas, mas grande parte delas são apenas deflexões, sem discutir o que está sendo questionado.

PS: olha, eu até concordo com o seu ponto de vista, entendo as conseqüências da sociedade imputarem culpa na vítima, mas sempre questionarei ações que colocam o bem estar de alguém em risco.

Daniel Vieira disse...

Muito bom o post.
Depois que li, procurei a opinião da Lola sobre pornografia, e não achei nenhum post sobre o assunto...

bom, eu escrevi um texto sobre, se alguém quiser dar opinião, fiquem a vontade (podem acabar com a minha raça, se acharam que eu disse bobagem):

http://ddimensoes.wordpress.com/2012/06/16/por-que-no/

Daniel Vieira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Teofilo Tostes disse...

betto,
não consigo ver isso que você está falando. De qualquer forma, acho que aquele trecho do meu comentário que você inicialmente questionou fez com que saíssemos do assunto desse post. Voltando à questão do estupro, você vê frequentemente um direito pleiteado inexistente no outro gênero? Acho que sugestões que abrem essa porta (como o post que trazia opiniões polêmicas sobre o estupro e falava da possibilidade de inversão do ônus da prova para o acusado) costumam ser prontamente rejeitadas, como no exemplo que acabei de dar, que foi questionado, se não por tod@s, por quase tod@s comentaristas daqui.

Carlo,
Mais uma vez, discordo do ponto que você levanta. E agora, discordo totalmente, de ti. Questionar o status quo e demonstrar o quanto muitas ações e dizeres estão impregnados de uma herança machista não me parece ser uma espera por mudança exógena. É uma tomada de posição em direção à mudança desejada. É um caminho buscar resolver o problema, ou os problemas. Problemas que, nesse ponto concordo contigo, tendem a demorar a serem resolvidos -- porque exigem uma ampla mudança de mentalidade -- e que certamente hão de produzir muitas vítimas ainda. Infelizmente, o machismo ainda vitima e ainda vai vitimar muitas mulheres, não só na nossa, mas em diversas sociedades. Acho que discutir os problemas que femininos é, sim, um necessário agente de mudança. E isso é feito, não só aqui, mas em muitas frentes.
Bom, você levanta muitos pontos, o que levaria a uma discussão muito ampla sobre as bandeiras do feminismo. Acho que ler os posts daqui já te dariam muitas respostas. Além disso, há comentaristas muito mais apt@s a responder a certas questões do que eu. Vou falar, superficialmente, das minhas visões pessoais.
Aborto: não dá para falar da visão do pai, se o aborto não é sequer legalizado. Se fosse, e se fosse uma prática comum o aborto sem consideração da opinião paterna, aí sim o seu questionamento faria sentido.
Trabalho: Vivemos numa onda econômica onde a maior parte dos empregos que existem são do setor de serviços. E nestes casos, não há exigência ou requerimento físico para qualquer um dos sexos. Agora, é dado inegável que existe ainda disparidade salarial entre homens e mulheres, bem como uma notória subparticipação política. Existe uma lei de 2009 (Lei 12.034/2009) que estabelece que os partidos preencham um mínimo de 30% de suas candidaturas com um dos sexos. E que nas eleições de 2010 não se conseguiu implementar essa lei, porque os partidos em geral não conseguiram cumprir um MÍNIMO de 30% de suas candidaturas compostas por mulheres.
Clubes exclusivamente masculinos ou femininos: Nunca ouvi falar disso, então não tenho o que te dizer. Não sei que caráter têm esses tais clubes nem nunca li nada sobre isso, em qualquer lugar. Agora, será mesmo que os EUA são uma sociedade tão menos conservadora do que o Brasil? Não sei...
Injustiças que sofreram no passado: Não, o que vejo é que se apontam injustiças sofridas no presente.
Sobre receber críticas: Já te disse isso outras vezes, mas já que você voltou com a questão, repito. Sempre que expomos nossas opiniões estamos sujeitos a receber críticas. Se eu vejo mal nisso, devo me calar. Aliás, seus questionamentos às minhas opiniões também não são uma forma de crítica e vice-versa? Que mal há nisso?

Leandro disse...

Sei que para a Lola, exigir explicaçao é trollagem. Mas vamo lá, o que tem a ver masculinidade com estupro? Por acaso você quer que nós homens nos afeminemos e viremos tudo gays? É isso?

Anônimo disse...

"Muitas pessoas acusam as feministas de pensar que todos os homens são estupradores. Isso não é verdade. Mas sabe quem pensa que todos os homens são estupradores?

Estupradores.

Eles realmente pensam isso. Em estudos psicológicos, no perfil, nos estudos, isso vem a tona cada vez mais.

Praticamente todos os estupradores realmente acreditam que todos os homens estupram, e que os outros homens apenas mantêm isso abafado melhor que eles. E mais, esses homens que realmente são estupradores são constantemente reafirmados em sua crença de que o resto dos homens são estupradores como eles por coisas como piadas de estupro, que dispersam e normalizam a idéia do estupro."

-Feministas não pensam que todos os homens são estupradores. Estupradores sim.

Anônimo disse...

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I need some guidance from an established blog. Is it very hard to set up your own blog?
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my own but I'm not sure where to begin. Do you have any tips or suggestions? Many thanks
Feel free to visit my page ... mulher a procura de homens

Pedro disse...

Quem foi que disse que ser másculo é fazer todas essas coisas ridículas citadas no texto, ser másculo é outra coisa totalmente diferente, nada a ver em estuprar ou usar força física para oprimir. Quanta baboseira!!! Sou másculo e me dou super bem com as mulheres, tenho muitas amigas mulheres e nem acho que é preciso ser machista para ser másculo. Ser másculo é a natureza de um homem e seu prazer em ser Homem, ser machista é uma ideologia pré fabricada pelo sistema. Vocês querem a prova viva disso? olhem muitas mulheres que são machistas!!! elas existem, e em quantidade!!! Ser Homem é muito bom, e ser másculo é a nossa natureza, aceitem isso!!! ;D

Rafael disse...

Não acho q o texto fale contra os homens, o q eu entendi é uma tentativa de conscientização, por exemplo, de homens q vêm o fato como problema distante. E repúdio sim, às pessoas q acusam as vítimas. Não gostei 100% do texto, o título já ñ acho tão bom, mas enfim, o importante é o assunto. Não entendo pq tanta "defesa" de alguns homens. Muitos equívocos, inclusive alguns comentários femininos tb. Têm comentários falando de estupro no mundo animal, como se isso fosse algo natural, mas pessoas mais esclarecidas, sabem q ñ. Há um ou dois casos de insetos e entre mamíferos, isso é mais raro ainda. E entre estes últimos, há diferença entre indivíduos. Pq tal animal estupra, isso qr dizer q eu estuprar alguém é natural? Tá doido? Imagina se as mulheres matassem seus homens durante ou após o sexo como determinadas espécies fazem? Falando em mulheres, comentaram sobre o estupro de homens por elas, é verdade existe, a ñ importância a esses casos é um efeito colateral do machismo, acho q até chegaram a comentar sobre isso, mas é fato q as mulheres são as maiores vítimas, sem comparação, por serem consideradas inferiores. A gente acha q certas coisas ñ existem mais, mas estão aí, é só olhar alguns comentários; alguns homens dizendo para as mulheres ñ facilitarem. Então, o q posso concluir é o seguinte: o homem é dono de si, de seu corpo, tem de ser respeitado; pode beber até cair, ser violentado nessas condições é um absurdo. Já a mulher... Podemos andar de camiseta ou até sem ela, mas uma mulher jamais deve usar um decote. Pois é... pra terminar repito um comentário de um companheiro q diz mais ou menos assim: "façam o q quiserem, qm vão ser estupradas e assassinadas são vcs". O que me lembra o sábio Brecht:

"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo."

Anônima da saia disse...

Puxa Rafael adorei o seu comentário.

Anônima da saia disse...

Cheguei com mais de um ano atrasada a esse post, mas so queria expressar que gostei muito mesmo, lola.
Nunca fui estuprada mas ja quase fui e mais de uma vez. E isso que evito sair a noite, evito decote, evito salto alto, tudo por uma falsa sensação de segurança, claro que por mais que evite, as vezes eu tenho que sair a noite (ja que estou estudando a noite). Tampouco posso ficar presa numa gaiola.
O meu maior medo é o de ser estuprada, nao é o de que me assaltem, me surrem ou me matem.
Agora com o ministro Feliciano no poder esse medo fica ainda mais evidente.
Bom, parabéns pelo texto. Nao estarei viva oara ver o dia em que eu e as mulheres nao teremos medo de homens, mas espero que esse dia chegue.

Um abraço

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