segunda-feira, 8 de novembro de 2010

QUERO QUE OS ALARMES DE CARRO MORRAM

Algo que não consigo entender é como ter alarme de carro tá dentro da lei. Deveria ser absolutamente proibido. Trava de carro, zuzo bem. Troço que bloqueia o combustível e faz o carro parar, vá lá. Mas alarme? Isso é colocar o bem individual acima do bem comum. Em outras palavras: ter alarme de carro é dizer um grande F*ck you pra sociedade. Não acredita? Imagina que, ao invés de um dispositivo de alarme, o que fosse usado para impedir a ação dos ladrões seria um gás lacrimogênio. Algum salafrário tenta abrir seu precioso carro – ou um pedestre encosta nele sem querer, não importa – e um gás lacrimogênio passa a ser liberado por sei lá qual orifício do seu automóvel. Isso certamente impediria a ação do ladrão, certo? Sem dúvida, e ainda teria o efeito colateral de fazer passar mal qualquer pessoa ou animal que estivesse perto do seu bem mais precioso, pra eles deixarem de ser bobos. Ah, mas gás lacrimogênio é muito forte, tô exagerando. Tá bom: então vamos imaginar que, ao invés do gás, se algum meliante se atrever a tocar no seu carro, ou se algum pombo pousar no capô, não importa, o dispositivo de segurança automaticamente começar a jogar lixo para todos os lados. E, evidentemente, essa distribuição de lixo só para quando você, o digníssimo proprietário do carro, aparece para desligar o alarme. Até lá o bandido (ou o pombo) estará coberto por uma montanha de lixo. O problema é que a rua inteira também estará. Pô, é óbvio que isso não daria certo, porque o lixo atingiria o bem supremo, que é o carro. O que eu estava pensando?!
Eu queria saber por que as pessoas acham que tudo bem incomodar todo mundo em volta por causa de um maldito carro. E por que acham que poluição visual é algo pior que poluição sonora. Porque não é, sabe? Os dois são tipos de poluição, e ambos são nocivos pro meio-ambiente. Quem tem carro deveria ter seguro contra roubo, e pronto. Se um assaltante roubar seu carro, o seguro cobre e acabou. Ter o carro roubado é um transtorno, não contesto, mas pelo menos é um transtorno que apenas você sofre. O resto do mundo escapa ileso. Ou é essa a questão? Quem usa alarme de carro não quer ficar sozinho na sua miséria, e por isso faz todos em volta sofrerem?

93 comentários:

Shiryu de Dragão disse...

Lola, sua intolerante! Preconceituosa! Sou a favor sim do bem individual estar acima do bem comum! Vc nao disse que era a favor do jeitinho brasileiro! Pois é! Use algodão nas suas orelhas e deixe os outros serem felizes. Isso tudo é inveja pq seu carro é tao velho e tão fora de moda (uns 15 anos de modelo velho) que sequer tem alarme.

Dani Garbellini disse...

Lola, dá para incluir ai um alarme de casa também? Porque além de ter alarme é não saber usar direito e deixá-lo disparar quase toda vez que chega em casa, inclusive à noite, como é o caso dos vizinhos em frente à minha silenciosa residencial.

Barbara O. disse...
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Barbara O. disse...
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Barbara O. disse...

moro na frente de um estacionamento. sei bem do que você está falando. Pode incluir aí também filhos de macaco que furam o escapamento das motos? Como estes veículos não são apreendidos?!!!

Lord Anderson disse...

Entendo o encomodo, mas infelizmente que ja foi vitima de assalto sabe muito que as vezes as coisas são mais que um simples transtorno.

E Dani, dependendo do lugar, alarme de casa é muito util sim.

No meu bairro ja previniu uns 3 assaltos.

Infelizmente como eu não tinha e minha casa não se safou.

aiaiai disse...

concordo totalmente: morte aos alarmes de carro e aos das casas também!

Unknown disse...

Hahahaha. Eu não sei se sou tão contra alarmes assim. Mas teve uma situação que me deixou puto:
Estava na frente de uma padaria conversando com uns amigos, e tinha um carrão estacionado lá, ok, nem notei que era um carrão, não fazia diferença pra mim. No meio da conversa encostei timidamente no carro (na parte traseira), o alarme não disparou. Continuei conversando. De repente, sem aviso, disparou um alarme MUITO alto. Sério. Quase surdei. Ficou aquele "piiii" quando o cara desligou, e foi só eu desencostar por uns segundos que desligaram. Fiquei olhando dentro da padaria pra ver se encontrava o dono, mas nada. Provavelmente foi um "desencosta!". Típico de quem coloca o carro acima das pessoas. Sério, eu nem estava sentado em cima do carro, estava encostado. Fiquei puto.
Em contrapartida um amigo meu conseguiu evitar um roubo de um carro de um sujeito graças ao alarme. Me sustento na dúvida, haha.

Montricot disse...

Tipo, nem a polícia não atende esse tipo de ocorrência, eles preferem orientar no sentido "Ah, tem como alguém da vizinhança dar uma olhada pra ver se realmente TEMOS QUE DESLOCAR UMA VIATURA ATÉ O LOCAL?"

Pior que o povo que tem alarme ACHA MESMO que alguém vai bancar herói e ver o que está acontecendo, simplesmente porque esses alarmes disparam por QUALQUER MOTIVO.


Ô Dragãozort, bela filosofia essa hein "Venha a mim, ao vosso que tome no CENTRO DO RABO", é isso?

By the way, DragoShiryco: quando foi que a Lola disse que era a favor do jeitinho? tipo, dados específicos, please.

Anônimo disse...

Alarme de carro é ruim. Alarme de casa/prédio é muito pior.

O legal do alarme de prédio é que ele dispara quando alguém esquece a porta aberta. Como todo classe média é preguiçoso/egoista/arrogante demais, ninguém desce pra fechar a porta. "EU NÃO! Deixa pro próximo idiota fechar. Esse alarme vai ficar berrando aí e eu não quero nem saber!"

Resultado: o alarme de prédio serve unicamente para dizer ao ladrão "Querido ladrão: pode vir que a porta está abertinha!"

Na minha rua tinhamos 5 alarmes de prédio. Disparavam o tempo todo, de noite, de madrugada. Levava 1 hora pra alguém fechar a porta e cortar o alarme. Com o tempo todos os alarmes foram retirados. A rua ficou em paz, enfim.

Lord Anderson disse...

Quantotempo.

Que bom que pelo menos uma classe social nós podemos esteriotipar sem culpa não é?

Flávia CML disse...

Lola, só pra descontrair: achos que os assaltantes desta matéria (http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/assaltantes-ateam-fogo-em-carro-roubado-na-zona-oeste-do-rio-diz-pm.html) sentem o mesmo que você por alarmes de carro, só que eles foram às vias de fato, kkkkkkk.

Pentacúspide disse...

Este artigo é para fazer piada ou é apenas fruto de uma analogia inócua?
Alarmes são para prevenir, de casa, de carro, de qualquer coisa. Imaginem quantas mulheres não seriam violadas se tivessem alarme nas cuecas. No Levítico diz-se: a mulher que for violada e não gritar vai ser apedrejada (julgo eu, não me lembro bem). É uma lei estúpida, mas a ideia é que gritos
de socorro desmotivam qualquer um, da mesma forma que os alarmes desmotivam roubos. Se os carros são roubados mesmo com alarmes, como seria se não tivessem.
Já agora, por que não propor que todo o mundo tenha os telemóveis em modo silêncio, que não se converse em espaços públicos para não poluir ouvidos alheios com conversas que não lhes interessa, e tirar os motores dos carros porque e meter isolamento sonoro no chão para os pneus dos carros não fazerem barulho?

Leticiabon disse...

Lola, sei que é incoveniente, mas é para chamar atenção mesmo. Acabar com alarme pe exagero. Não poderia tocar um pouco e acabar?

Teresa Silva disse...

Pior que nada disso, trava, bloqueio de combustível ou alarme, adianta pra evitar roubo: sabendo disso tudo, os ladrões rendem a vítima quando vai entrar no carro e a fazem dirigir por quilômetros ameaçando de morte se o carro parar.

Eu não dou a mínima pra ter carro. Mudei de uma cidade interiorana pra capital também pra não depender de um. E achei legal essa campanha nova do cliclete Trident:
um cara espremido no metrô com uma camiseta escrito "pelo menos não pago IPVA"

Medo, muito medo desse Fábio Salvador.

Flávia Simas disse...

Já eu concordo com alarmes de carro e de casa desde que eles não durem muito tempo. E ainda acho que os carros, no Brasil, deviam ter um dispositivo de segurança na marcha-a-ré, para evitar acidentes. Um apito, ou alguma musiquinha insuportável que indicasse que a pessoa tá dando ré.

=Maíra= disse...

"Pior que nada disso, trava, bloqueio de combustível ou alarme, adianta pra evitar roubo" [2] Isso é mais do que verdade! A criatividade dos ladrões não tem limites... :/

Bom, Lola, hoje eu tenho uma visão menos radical em relação a alarmes agora. Minha mãe sempre foi radicalmente contra alarmes e, por isso, minha casa era a única da rua que não tinha alarma/ cerca elétrica/ cahorro bravo, etc. Até o dia em que uns fumados de crack (muito provavelmente, foram eles) entraram lá em casa (a única da rua sem parafernalhas), quando estava todo mundo em casa (dormindo, por sorte) e lavaram algumas coisas. Minha mãe continuou irredutível quanto ao alarme, até que, na mesma semana, tentaram entrar de novo lá em casa! Chamamos a polícia nas duas vezes, mas demoraram mais de 1h pra chegar e disseram que a segurança era "problema nosso". Tentamos reunir alguns vizinhos pra fazermos uma espécie de "vigilância solidária" na rua, em que anotaríamos os horários de entrada e saída mais comuns de cada casa e que cada vizinho ficasse meio que de olho na casa do lado. Todo mundo acho legal, mas na hora de colocar em prática, quase ninguém deu as caras na reunião. Mandamos uma carta pra prefeitura da cidade, com um abaixo-assinado da vizinhança, pedindo maior policiamento noturno na rua (eu não sou a favor de repressão policial a torto e a direito, mas pô, fumam crack à luz do dia, quase na porta de casa!) Adivinha se tivemos retorno...

Resultado? Entre pagar um vigia e colocar um alarme (as duas únicas soluções que restaram), vimos que ficava mais barato colocar alarme e cerca. Estamos felizes? Nem um pouco... Mas...

Valter A. Rodrigues disse...

Já aguentei o alarme da casa do vizinho disparando no dia 31 de dezembro. Como o vizinho estava viajando, o inferno prolongou-se por TODO o dia 1o. de janeiro. Só foi desligado no dia 2, quando o vizinho retornou. Aí, pergunto: que função tem o alarme se não aparece nenhuma empresa de segurança responsável para ver o que está acontecendo e desligá-lo? Uma, com certeza, tem: avisa ao ladrão que não há ningue´m em casa e que se ele entrar, roubar e ainda por cima desligar aqueles multidecibéis, todos ao redor vão agradecer.

Júlio César Vanelis disse...

hahahahaha... Muito bom, Lola.
Na verdade, eu acho que você levou um problema de grande porte para um problema não tão importante assim. É claro, a poluição sonora é algo preocupante, principalmente a que vem dos carros, tendo eles alarme ou não. Mas a questão do favorecimento do bem individual sempre foi uma prioridade em sociedades como a nossa, e isso atrapalha problemas mais sérios.
Vou dar um exemplo dentro do meu contexto profissional: Uma professora minha da faculdade (Eu estudo Farmácia), fez uma crítica ao governo Lula por causa da quebra de patentes para medicamentos contra o Influenza H1N1 (gripe suína), e que isso tinha acabado com a imagem do Brasil na questão de patentes para medicamentos, o que dificultava o trabalho dela, já que ela trabalha no setor de desenvolvimento de fármacos de uma indústria farmaceutica nacional. Pra mim, ela simpesmente ignorou completamente ou as mortes por gripe por falta de medicamentos ou o ônus enormes que os cofres públicos teriam caso as patentes continuassem vigentes, isso tudo simplesmente para ela e a empresa onde ela trabalha não precisem sair do Brasil para registrar uma patente.

Foi um Prazer comentar :D

jonas_cg disse...

Hehe, Lola, pelo jeito você tem sofrido com alarmes de carro ultimamente né?

Abraços

Anônimo disse...

Lola,
talvez se existisse um alarme de carro como este aqui, o pessoal ficaria um pouco mais animado com a ideia de ter um? :)
abraço,
Mônica
@madamemon

Leila Silva disse...

Concordo plenamente, é um inferno tanto o alarme quanto o 'sonzão' idiota que querem dividir com a gente. Sabe que quando voltei para o Brasil, nos primeiros meses, tive um problema de sono, tive que fazer tratamento, tomar remédio porque me irritava muito aquilo que eu considerava o cúmulo da falta de respeito. Agora vivo do lado de uma maternidade em Curitiba, normalmente é proibido buzinar....nem por isso, os bebezinhos e as mães que se danem.
Enfim, sou sensível a esse assunto.
abraço

Natee12 disse...

O que indigna e que o alarme toca horas, aparece meio mundo para reclamar, menos o dono, ou seja devem dormir com tampões nos ouvidos!

Natee12 disse...

O filme"passando dos limites" trata exatamente deste incomodo dos alarmes, e com Tim Robbins, comedia , me identifiquei, tenho tolerância zero a barulho!

BrunA disse...

Lolinha... my gata ...
Adoro tuas escritas .
Mas nesse caso ...
cada um explode ,o que tem dentro de sí."ÓTIMO"
Porem ...nega
Isso ,não implica apenas em POLUIÇÃO SONORA ,INCOMODO.
Seguro é uma boa pedida,para aquele "SER",que consegue,pagar sua prestação do carro...e ainda ficar com um trocado no bolso!
Esse alarme,em( alguns casos),
Sooa como um GRITIOOO ,daaquele proprietário ,que se ( @#>+%#*800,00my good@# FERROU ).
Para comprar...ou parcelar aquele carro .
Beijos cósmico ,
até a próxima visita.

Unknown disse...

Dei uma aula há uns 2 anos sobre uma associação americana que é contra os alarmes. Eles começam de leve, colocando um folheto no pára-brisa alertando sobre a poluição sonora, mas se o problema persistir eles ficam mais agressivos pintando o carro, colocando palito de dente na fechadura e otras cositas. No Google dá para achar inúmeras sociedades como essa. Eu concordo que dificilmente em carro deixará de ser roubado porque tem alarme. Criminosos conseguem desligar o larme em segundos.
Eu não tenho carro e o transporte público vem servindo a contento.

Tetsuo disse...

Hoje acordei de mau humor por causa do alarme do carro do vizinho, portanto, alarmes são uma afronta à democracia e deveriam ser banidos do universo!

unfollowing...

michel disse...

Mas isso começa com o uso do espaço público para propriedade particular.
Por que proprietários de automóveis têm direito a lotear as ruas? Tem um carro? Deixe-o na sua garagem ou numa garagem que você alugue e pague. Em muitos lugares, as laterais ocupadas das ruas se estivessem livres desafogariam o trânsito.

Cecilia disse...

O problema está no uso egoísta que se faz do alarme. Por exemplo, o cara estaciona a duas quadras da faculdade, e se o alarme disparar ele não vai ouvir nem a polícia virá correndo, mas as pessoas do entorno vão ter que aguentar o barulho!

Acho que, quando o carro deixa de ser meio de transporte para ser objeto de auto-afirmação, ele desperta o lado mais individualista das pessoas: usar a buzina pra xingar, estacionar em vaga de deficiente, dirigir na faixa exclusiva, fazer barraco por causa de batida.

E esses carros cada vez maiores que a gente vê por aí? Será que é verdade o que dizem, que quem compra aqueles carros gigantescos está tentando compensar outras deficiências?

Cecilia disse...

Aquele alarme que tem uma mensagem pedindo pra ligar pra central é o pior de todos! Se pudesse, eu chamava o ladrão e dizia: leva embora o carro que eu fico aqui espiando pra ver se a polícia não vem.

Giovanni Gouveia disse...

O pior é que alarme e coisas do tipo não servem pra nada, ladrão de carro sabe os truques pra desativar alarme e outras proteções.

E, Fabio Salvador, Precisa não, quase todo dia tem um FDP com uma merda de alarme desses apitando a noite toda perto de nossa (minha e de Cris Prates, minha esposa) casa, dentro dos condomínos. Se eu soubesse exatamente qual era o carro eu ia pessoalmente desmontar não só a porta, mas o carro todo, furava os 4 pneus e tocava fogo no tanque de gasolina...

Letícia disse...

haha. nunca tinha pensado nisso. mas é verdade.

bom, o pior mesmo não é ter um carro com alarme, porque vc pode tirar o alarme, trocar de carro etc. agora, imagine se o seu bichinho de estimação, que poder viver uns 20 anos, se tornar um alarme de carro:
http://www.youtube.com/watch?v=Jf5pnTkBjQ0

aí sim, tormento na certa. :P

L. Archilla disse...

Eu queria saber onde a Cris Prates disse que pintar o carro dos outros é legal... pelo que eu entendi, ela CITOU um exemplo do que ocorre nos EUA, certo? Tem alguém com analfabetismo funcional aqui e acho que não sou eu...

Eu tb não entendo muito a lógica do alarme. Aqui em casa temos 2 carros que revezamos, quem tiver que sair pega o que estiver por último. Um tem alarme (que nunca disparou, felizmente), outro já estava sem alarme quando compramos e optamos por não reativá-lo.

Tenho o hábito de estacionar longe de onde estou indo, principalmente em áreas com poucas vagas, como o centro. Faço isso porque detesto manobrar em vagas apertadas e adoro andar. Quase sempre que alguém me acompanha a pessoa comenta: "como vc parou longe! não tem medo que roubem o carro?" e eu respondo: "que diferença faz? eu não estou olhando, de qualquer forma".

Nos fundos de casa fica o consultório da minha mãe (ela é dentista). A frente de casa é ampla, sendo que a garagem tem a largura de um carro, apenas. Tirando a garagem, cabe um carro na frente. Às vezes tem alguém estacionado lá e chega um paciente. Vc acredita que tem gente que simplesmente para NA FRENTE da garagem pra não ter que pôr o carro a 100 metros do consultório??? Putz, isso dá muita raiva. Não sei se a pessoa tem preguiça de andar ou tem delírios de onipotência onde ela inibe um roubo estando nos fundos de uma casa, sentada numa cadeira odontológica durante uma obturação.

A verdade é que tem gente que é paranóica com carro...

Pentacúspide disse...

ALARME DE CARRO.
Definam o que é ALARME.
Definam o CAR(R)O.
Juntem as duas e pensem outra vez.

Estacionar a 500 quarteirões de distância não significa não dever ter o alarme accionado. Lá porque os ladrões roubam o carro na mesma com ou sem alarme é desculpa para não existir? Porque põem então portas em casa e trancas nela, se apesar disso o ladrão o rouba? Por que metem o dinheiro no bolso se o carteirista o leva na mesma?

O alarme alerta. Alerta ao ladrão que pode ter alguém chegando, alerta às pessoas próximas que algo de errado pode estar a acontecer, e é essa a finalidade, não tenho de estar ali perto, só preciso que aquela merda toque o mais alto que conseguir, mesmo que dê para acordar o pessoal da China.

Eu não tenho carro, e uso o transporte público.

E sim, Larchila, pelo contexto e pela forma como Prates contou sobre essa associação, sendo ela contra o alarme, parece que está a fazer o panegírico, ou lá como o Salvador o disse, dessas associações.

Unknown disse...

Fábio Salvador, você me fez rir agora! Quem disse que eu acho legal fazer isso? Há associações americanas (Vc mora nos EUA e deixa seu alarme ligado?) que fazem isso. Vc acha que as pessoas dessas associações têmm um balde de tinta e uma caixa de palitos na bolsa ou bolso para cada vez que um alarme disparar? Claro que não. Isso é feito depois de horas (Horas!!! Talvez umas 12, hehe) disparado. Isso só demonstra como os alarmes são na maioria das vezes inúteis, pois quantas horas você acha que o criminoso leva para abrir seu carro e levá-lo embora?
Eu deixei bem claro que esse foi um tema usado na sala de aula. Acrescento agora que era para interpretação de texto e debate. O interessante é que o texto era em inglês e meus alunos se saíram bem em suas argumentações. Eu escrevi em português. Creio que seu amor pelo carro deixou-lhe tão cego que você não conseguiu interpretar meu texto. E olha A discussão aqui é se alarmes causam ou não poluição sonora e se isso está além do bem público. Veja bem o que você ameaçou fazer....
P.S.: Oha minha foto e veja se eu sou a Cris ou o Cris.

Anônimo disse...

cê não tá falando sério, né, lola?

como se o defeito não tivesse na segurança pública falha, e sim nos alarmes dos carros ou casas... Francamente.

Claro que você não deveria ouvir isso, mas o que é um barulho incômodo se isso evitar a violação do patrimonio alheio? mesmo que seja o patrimonio de um burguês? Isso é egoísmo. Alarmes mal programados ou supersensíveis são um problema, mas não justifica proibição alguma, imagine.

Voce fala como se carro fosse artigo de luxo. meu pai tem pontos de táxi e é dono de alguns taxis, e outro dia roubaram um. Foi um transtorno: o carro foi localizado, mas o conserto vai ficar mais de mil reais, fora a prestação do veículo, fora o carro parado por duas semanas.. o prejuízo nem squeremos pensar...

aiaiai disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkk, incrível como até aqui no público da lolinha, o privado se sobrepõe ao público.

Estamos agora assistindo a uma guerra contra o enem porque 0,04% dos candidatos podem ter sido prejudicados. E ai o Ministério público quer cancelar a prova e prejudicar todos os 100% de estudantes que participaram.

Pior...tem aqueles que acham que o brasil é muito grande e que é muito difícil fazer uma prova assim tão, digamos, democratica....puta que pariu!

É um misto de preguiça com egoismo que me dá nos nervos.

É o brasil é mesmo grande e é louvável que tenha uma forma de classificação para as faculdades que ajude um adolescente morador de uma cidade no interior do amazonas a passar no vestibular de uma faculdade em santa catarina...ou não?


Os jornais e revistas que erram todos os dias centenas de vezes, acham uma "coisa horrível" que 0,04% das provas tenham sido montadas de forma errada.

bom, enfim, como eu sempre digo: AIAIAI!!!!!!!!!!!!!!

Koppe disse...

Bom, eu moro em vila. Aqui no Mathião acontecem coisas desagradáveis com quem incomoda os vizinhos. Já tivemos uma terreira de Candomblé ameaçada de apedrejamento (na época eu freqüentava o boteco onde estavam planejando isso se não parassem com os tambores de noite), um bailão efetivamente apedrejado (música ao vivo até duas da madrugada, que importa a vizinhança?) e uma igreja evangélica "ovada" (os ovos nem chegaram a acertar bem no alvo, mas a médio prazo devem ter surtido efeito e não colocaram mais as caixas de som de 2 metros de altura viradas pra rua). Não são poucos os vizinhos que explodem rojões se algum cachorro ficar latindo de noite (melhor uma única explosão instantânea do que horas de latido). Imagino que se algum carro ou casa que ficasse com um alarme irritante tocando por horas teria problemas maiores do que ladrões... não que eu aprove esse tipo de atitude em 100% dos casos, mas é verdade que sou beneficiado porque muitos vizinhos fazem esse tipo de coisa.

Quanto ao crime de pintar carros com alarme disparando por horas, eu me pergunto se os donos desses carros não se importam com o crime de incomodar a vizinhança por horas a fio com alarme disparando. Se o dono não foi verificar, significa que o carro não tem valor? Ou que ele não se importa mesmo, nem com o carro e nem com a vizinhança? Ou que ele não tem condições de verificar, o que torna o alarme algo inútil?

E o alarme que disparou no dia 31 de dezembro e incomodou a vizinhança um dia inteiro, cortar os fios da casa faria o alarme parar? Ou os alarmes têm fonte alternativa de energia?

L. Archilla disse...

Cara, eu defenderia alarme de carro se cada vez que um disparasse as pessoas saíssem na rua gritando: "pega ladrão! pega ladrão!"

O problema é que som de alarme é uma coisa tão banal que, quando escuto um, a última coisa que penso é que tem um carro sendo roubado. Até alguém se tocar e fazer alguma coisa, já deu tempo do ladrão desligá-lo 3 vezes...

lola aronovich disse...

Gente boa, confesso que vcs me impressionaram com a maior parte dos comentários. Vamos tentar pensar um pouco fora da caixinha? Incrível como o carro é mesmo o símbolo máximo do individualismo e do capitalismo! É só criticar alguma coisa relacionada com carro, como um inútil e irritante alarme de carro, que vcs chiam! Vou escrever um post falando sobre alguns dos comentários, porque isso dá muito pano pra manga.


Mas Fábio, vc notou como TODOS os seus comentários foram agressivos, cheios de ameaças físicas? “Faça isso na minha frente que...”. Vc acha que essa é uma reação racional? Entendo que vc adore carros, mas vc parece colocar um objeto, um bem material, acima das pessoas. E se quiser pensar assim dentro da sua casa, tudo bem. O problema é agir conforme essa visão, com tanta agressividade. E quando vc fala em “hombridade”, um termo tão arcaico, eu me pergunto se vc não está no blog errado...


O mesmo vale pro Pentacúspide, que insiste em fazer comparações absurdas, como essa de comparar carro violado com mulher estuprada. Ahn, carro é objeto. Mulher não. Mulher é um ser humano tanto quanto vc. Tente comparar carro violado com vc estuprado, e me diga se não te parece horrível. Pô, posts e posts feministas e algumas pessoas parecem aprender muito pouco...

Koppe disse...

Na verdade, me corrijam se estiver errado, um alarme de carro funciona mais como um aviso de "fique longe, não abra a porta ou janela, este carro não é teu e aqui está acontecendo uma coisa que não é da tua conta". Acho que ninguém estaria disposto a se arriscar por uma propriedade de outra pessoa, com exceção óbvia de quem é pago pra se arriscar. Não sei quanto a vocês, desde criança minha mãe me ensinou que, quando se ouve tiros ou gritos/discussões, abrir a janela é se arriscar a levar algum tiro; é um conselho sábio e por dedução isso se aplica a alarmes também.

=draupadi= disse...

santo post, lola.
A prefeitura de BH transformou a frente do meu predio em estacionamento de moto. Daí uns flanelinhas oportunistas tomaram conta da rua, colocam moto sobre moto, fileiras duplas, triplas [além de estorquirem os motoristas]. E nisso de ficarem mexendo nas motos, a cada 5 minutos dispara um alarme diferente... dispara e fica vários minutos, pq o dono já está longe. Quando termina um, vem o outro. um inferno, fico à beira de um ataque!
Eu também me pergunto como q alarme tá dentro da lei!

Luciana Ribeiro disse...

"Quem tem carro deveria ter seguro contra roubo, e pronto."

Ninguém deveria precisar ter seguro contra roubo! A gente deveria era morar numa cidade segura em que nem alarme nem seguro fossem coisas absurdamente necessárias.

Pentacúspide disse...

Lola, lê de novo o que escrevi. Interpreta deixando de lado aquela tua parte que ataca qualquer homem que pronuncia a palavra "mulher".

Unknown disse...

Pra quem ainda acha que alarme resolve:

http://www.vocesabia.net/comportamento/relatos-de-um-ladrao-de-carros/

P.S> è giovannigouveia com preguiça de mudar de conta...

Giovanni Gouveia disse...

Podia ser a febre do rato, minha esposa, ou meu filho, doente e um imbecil com o aalrme ligado a noite toda se eu soubesse qual era o carro eu quebrava mesmo

Mariana disse...

Não tenho opinião formada a respeito da proibição ou não dos alarmes. Por um lado, é realmente UM SACO o barulho que tortura ouvidos alheios. Por outro lado, a segurança pública das grandes cidades brasileiras deixa muito a desejar, então as soluções encontradas pelas pessoas às vezes passam longe do que seria ideal.

Acho que o pessoal tá exagerando um pouco. Um carro NUNCA deve ser mais importante do que pessoas e seus donos não devem perder a razão, como vi em certos comentários aqui. Mas também percebo uma certa demonização do automóvel que me parece utópica, já que o transporte público no Brasil simplesmente NÃO FUNCIONA. Eu moro na Zona Oeste do Rio de Janeiro e pra mim é sempre UMA MERDA sair de casa pra trabalhar porque dependo de ônibus (que fica parado no engarrafamento) e porque não existe metrô por essas bandas de Jacarepaguá.

Muita gente que mora aqui tem carro e não condeno, a falta de estrutura de transporte coletivo nos obriga a isso. Se eu soubesse dirigir e tivesse grana, me renderia a comprar um carro. Não porque acho status, mas por pura necessidade. Por enquanto, não posso me dar ao "luxo" de me mudar pra perto do trabalho.

Oliveira disse...

Lola;

Deixe de ser tonta e tornar tudo neste pesamentinho rasteiro de esquerda que você acha que é um grande tratado filosófico sobre distribuicao de renda.

Gente de esquerda é igual torcedor do Conrinthians: mesmo quando ganha não deixa de ser nojento, gosmento, pobre, feio, triste. Povinho horroroso.

Vai comprar um carro que preste Lola, vai comprar um celular, vai pra um salão de beleza... vá pentear macaco Lola.

Mariana disse...

Mas também não sei se o carro seria a melhor das soluções, já que na maioria dos engarrafamentos no Rio o que se vê são FILAS de carros com uma pessoa só. Só que tampouco é bom ficar 2 horas em pé no ônibus ou espremida no trem fedorento e/ou no metrô. Honestamente, acho difícil escolher quanto TODAS AS OPÇÕES SÃO RUINS, cada uma da sua maneira. Isso não tem nada a ver com alarme, mas vale a reflexão.

Irene Jucá disse...

Antes de mais nada, sua escrita é deliciosa. Descobri você no twitter. O seu blog é muito bacana, você tinha razão. Dia desses vou programar uma tarde só para ler o que você escreve. Sobre o alarme, penso que o problema é a história do ladrão, me deixa mais incomodada que o barulho. Que tal uma sociedade sem ladrões? Pouca coisa, hein...

Luciana Matos disse...

Lola!
Mas que grata surpresa conhecer teu blog!
Virei fâ!
Compartilho de várias idéias suas, espero poder recebê-la em breve lá no meu bloguinho pra saber se você pensa o mesmo!
Vou seguir e voltar sempre!
Beijo da Lu

M. Ulisses Adirt disse...

Eu sou um pouco mais "intolerante"... acho q o modo como os automóveis são utilizados já são um desrespeito para todo mundo.

Para um pouco mais do que eu penso, fica a indicação do filme Sociedade do Automóvel (http://www.apocalipsemotorizado.net/sociedade-do-automovel/).

aiaiai disse...

Fábio Salvador,

uma sugestão: monte um blog só para você. Esse aqui é da Lola e a gente vem aqui para comentar, não para postar textos enormes e agressivos.

Tereza disse...

Tem um filme legal com o Tim Robbins que trata desse assunto, "Passando dos Limites". O sujeito vai pirando por conta dos alrmes que disparam do nada. Vale a pena ver.

Anônimo disse...

Hahahaha. Post um tanto quanto exagerado, mas divertido. Eu, como morador da Vila Maria e mais especificamente numa rua que dá acesso à Fernão Dias e Dutra, tiro de letra um barulinho de alarme. Os caminhões que passam o dia todo são bem piores.

Débora Lima disse...

Huehueheuehueheu
Pois eh neh lola, mas se o povo pira com um arranhaozinho na pintura do seu monte de lata produtor de gas poluente, imagina perder ele inteiro, eh o fim do mundo!
Ah se desse para andar de bike sempre, ou o transporte publico fosse melhor...

L. M. de Souza disse...

o carro é o grande totem do bem como sobre o individual, as cidades são pensadas em função do carro, não das pessoas (lembro de ouvir um arquiteto dizer isso). Veja Brasília, foi uma cidade construída para andar de carro, não a pé, eu detestei, porque gosto de andar pelas cidades que visito e isso foi impossível lá. É como se a cidade tivesse sido pensada só para as pessoas trabalharem lá, não morarem.

Marilia disse...

Aiaiai, adorei seu comentário sobre o Enem! acho que é uma prova democrática e ajuda muitas pessoas. Mas o que vejo é o individualismo prevalecendo!
Infelizmente.

Marilia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
aiaiai disse...

Gentem,
sem querer me deparei com esse texto sobre patologia do individualismo. Q tal ler?

http://www.aleporto.com.br/blog.php?tema=6&post=2727

acho que pode contribuir para esse debate.

hn disse...

Alguém conhece a trava carneiro? É a melhor!!!

Descobri teu blog e virei leitora!

Iseedeadpeople disse...

Eu não tenho, nunca tive e detesto alarmes de carro! Deveriam ser proibidos!!!!

Iseedeadpeople disse...

Eu estou adorando os comentários do Fábio Salvador!! Ele escreve muito bem (e sem erros gramaticais, coisa q vejo muito pela internet...)!

Continue escrevendo, Fábio! E eu tbm adoro carros antigos - mas fico só nas miniaturas =)

Raiza disse...

O que eu não entendo do alarme é por que ele é disparado quando alguém simplesmente toca no carro.Sei lá,se alguém tentasse abrir a porta,ou o vidro,até ia.Se bem que eu não sei pra que o alarme adianta na verdade.Tá,seu carro tá sendo roubado.E daí? você vai fazer o quê?Ir lá e brigar com o ladrão?Ou esperar que algum transeunte o faça? e convenhamos,se o ladrão for roubar o carro em pleno luz do dia,com gente perto ele vai estar pouco se lixando pro alarme,não?

Cecilia disse...

Eu tenho uma pergunta tostines:

As pessoas não usam o sistema público de transporte porque ele é ruim, ou ele é ruim porque as pessoas não usam?

Penso que, se houvesse pressão da sociedade civil, o transporte público teria que melhorar.

Cecilia disse...

Sammy, concordo com você. E complemento com o que disse um amigo: o carro surgiu para ser um conforto na vida das pessoas, mas não é mais assim.

Ou alguém considera confortável passar 3 a 4 horas por dia fechada numa cápsula metálica, no calor e na poluição da Marginal Pinheiros?

Nefelibata disse...

Eu queria ter comentado antes, mas não deu, desculpe, Lola.

Só que agora estou realmente impressionado com esse Fabio Salvador do RS.

Pelo visto, embora faça quinze anos que ele saiu da oitava série, na cabeça dele viver ainda é como brincar de Lego.

Em nome desse capricho que é sua idolatria por carros, ele está disposto a ofender e agredir seres humanos sem a menor hesitação, com toda a convicção. Típico de fanáticos. E ainda tem a leviandade de se achar racional. Racional onde? Eu realmente espero que você nunca precise levar alguém para o hospital, Fabio. Porque do jeito que você parece ponderado, não teria condições de dirigir com uma pessoa morrendo no seu banco de trás, e poderia causar um acidente que apenas vitimasse mais pessoas.

Se bem que, pensando melhor, do jeito que você é cauteloso com seus brinquedos-deuses, é capaz de você dirigir direitinho com medo de danificar a pintura do carrinho. A saúde dos doentes sempre volta mesmo, não é? Se seu filho ou sua esposa morrem no banco de trás, você pode arranjar outra mulher, fazer outros filhos. Agora o carro, não, esse precisa ter mantida sua "originalidade". Afinal de contas, é superfoda chegar em qualquer lugar (incluindo um hospital) com um Maverick, "original", hein. Mas não era usado? Ah, é, isso não conta. Não convém contar.

Cara... que raios é isso, "originalidade"? Carro não era um objeto cuja função é te transportar, apenas? Se arranhar, pinta, oras. É caro pra pintar? Então não pinte, ué. O arranhão não vai fazer o carro parar de andar. Por outro lado, se você vai às vias de fato com a Cris porque ela encostou no seu carro (você a perdoaria se fosse sem querer ou bateria primeiro pra perguntar depois), e a espanca com toda a sua "hombridade", ela terá que pagar um dentista para consertar os dentes, terá que pagar o médico para tratar dela, pagar os remédios, os curativos, vai perder dias de trabalho. Isso sem contar as feridas psicológicas, que não podem ser precificadas. Ah, mas o que eu estou dizendo, essas nem deviam ser consideradas, porque do ponto de vista dessa hombridade, traumas devem ser coisa de maricas. A criança pequena que você tem em casa chuta bola? Espero que nunca acerte seus preciosos tesouros na garagem, senão o chicote da hombridade pode estralar também.

Mas ok, ok, está tudo bem a Cris pagar por tudo isso. O inaceitável é que você, seu Fabio, pague a pintura, não é? Claro. Porque primeiramente, você é o dono do mundo. O mundo precisa girar ao seu redor. E como você é dono do mundo, seus caprichos são absolutos. Pouco importa que o outro lado seja um ser humano. Você, como uma criança que parou na idade de brincar de lego, pouco se lixa pra isso. No manual de instruções de todos os seus carros aparece a palavra "humanidade" alguma vez? Aparece "empatia"? Não? Tudo bem, ainda são obras fantásticas de engenharia. Máquinas inteligentíssimas que usam centenas de quilos para transportar um adulto de uns 70, 80kg. Que faz com que trinta pessoas ocupem uma rua inteira quando um ônibus carrega essas mesmas trinta pessoas ocupando área muito menor. Instigante obras de arte. Já as pessoas... que são as pessoas? Se um dia eu ralasse a lataria do seu fetiche sem querer, você me pouparia de seus punhos se eu te contasse uma ou duas "histórias incríveis" minhas?
(...)

Nefelibata disse...

Voltemos à Cris, porque eu me lembrei agora de um engano meu... depois de você espancá-la ela não vai precisar pagar nada, porque você lembrou muito bem da carteirinha do plano de saúde que ela sabiamente estará carregando consigo. Ela JÁ paga plano de saúde é pra essas horas mesmo, não é? Da mesma forma que alguém... paga um seguro de carro pra quando o tiver roubado! =D Mas há que se considerar duas diferenças pertinentes no caso. A primeira é que o plano de saúde dela não vai fazer barulho de madrugada em casas alheias. A segunda é que estamos comparando a proteção da vida com a proteção da propriedade! Eu realmente sinto que é o fim do mundo quando chegamos ao ponto de ter que fazer isso. Na minha opinião, deveria ser óbvio que vida e coisa não se comparam. Para o Fabio, talvez seja mesmo necessário dizer que a vida humana vale MAIS que a propriedade privada. Porque ele se assanha todo e chama de criminoso quem coloca palito na fechadura, mas não vê problemas em sair distribuindo porrada por aí.

Outra coisa, seu Fabio: você era pobretão, mas hoje pode comprar carros e acende sete velas para o Henry Ford todo o dia. Por alguma razão que não entendi, você acha que tá fora da ideologia de classe média, mas tudo bem, não vou entrar no mérito desse contra-senso, apenas quero lhe lembrar de uma coisa importante. Eu sei que é estranho, e que pode não parecer assim, mas sua ascensão social não te dá o direito de fazer justiça com as próprias mãos, cara. Nem te dá o direito de achar que agora, só porque você tem mais dinheiro, você pode impor seus gostos particulares contra os outros.

Aos conciliadores, eu digo: carro é sim um mal a ser combatido. O alarme do carro é apenas um requinte da cultura torta que valoriza bens e subvalora pessoas. A gente não está falando de um brinquedo que uma criança inflada pela idade pode ter. Se fosse só isso, não seria problema. Do que estamos falando é da produção massiva de objetos que ocupam um grande espaço público de maneira ineficiente, além de alienar, ferir e matar pessoas (embora um cavalo seja mais perigoso, de acordo com o Fabio). As grandes cidades, que estão cada vez mais concentrando pessoas, são sim pensadas para os carros, e não para os seres humanos, conforme disse o Luisandro. Fui fazer uma caminhada com minha avó de 80 anos e fiquei horrorizado: não dá pra andar nas calçadas. Elas não são feitas para as pessoas caminharem, e sim para os carros entrarem nas garagens. Cheias de degraus, desníveis, tropeços. O único espaço reto e relativamente bem tratado, bom para se andar é o asfalto dos carros!
(...)

Nefelibata disse...

Pegando o exemplo de São Paulo, que é onde vivo e também a cidade mais inchada do Brasil e uma das mais populosas do mundo, temos na área municipal cerca de 10 milhões de pessoas e 6 milhões de carros. Isso faz com que respiremos veneno, faz com que tenhamos engarrafamentos, faz com que o nível de estresse suba, faz com que árvores sejam derrubadas para ampliação de pistas (como o recente e abominável caso da "Nova Marginal"), faz com que tenhamos centenas de mortos por acidentes de trânsito, etc,. etc... Do outro lado, temos o capricho egoísta de gente como o Fabio, que abstrai de tudo isso na frente do autorama. Tudo bem, ele mora no interior, num local em que não tem transporte público, é plenamente aceitável que ele tenha um Laika, um Del-Rey, um Maverick, porque ele precisa de todos esses carros para ir trabalhar (deve ser o rodízio...), já que não dá pra fazer as entregas dele a pé (seu trabalho era algo a ver com transporte de cargas, não era isso?).

Políticos aqui, da laia do Maluf e do PSDB, são historicamente eleitos colocando em seu currículo "obras". Minhocão, marginais, pontes estaiadas, túneis, viadutos... tudo para carros! Veio a Marta do PT reorganizar o transporte público e implantar o maravilhoso bilhete único para ônibus e perdeu as eleições porque era mais interessante atacá-la por causa de uma merreca de taxa do lixo. José Serra, no governo de São Paulo, deu 4 bilhões de reais para salvar montadoras da marolinha (o "bail-out" paulista. Me pergunto se a calamidade da educação, saúde ou mesmo transporte público algum dia receberão de uma vez só uma benesse desse tamanho). Bem, até que faz sentido, porque são esses carros que irão passar pelos pedágios depois. Isso prova a anedota que um cientista (cujo nome esqueci agora) diz: se um dia alienígenas inteligentes visitassem a Terra, logo saberiam quem é a espécie que domina o planeta - automóveis. As cidades são pensadas para eles. É como se para ser cidadão, fosse necessário ter carro como pré-requisito. Aliás, o Fabio nega, mas qualquer percebe que carro é sim sinônimo de status. A diferença é que se antes era luxuoso ter carro, agora o luxo está em certos carros mais elitizados.

Leio só agora seu último comentário, Fabio, e me desperta imensa curiosidade ver que uma pessoa capaz de sair no murro indiscriminadamente de repente se torna boa-praça e camarada, oferecendo carona a estranhos, solidarizando com pobres, crianças e idosos. Eu vou apostar que não é nada da ordem do transtorno bipolar ou dupla personalidade. Vou apostar que você é uma pessoa que no fundo tem um bom coração e que por isso, talvez seja capaz de entender porque a idolatria do automóvel é nociva para a sociedade. E pra viver em sociedade, é preciso respeitar o próximo, o que inclui não sair socando por aí, não ficar buzinando na orelha alheia, não jogar o carro para cima do pedestre e não colocar alarmes barulhentos (viu só, concordamos nesse último, é um bom começo!).

Abraços, Lola. Desculpe o longo comentário.

Carolina disse...

Ai, Lolinha... quanto pano pra manga nesse post. Mas vamos ser realistas, respeito os apaixonados por carro assim como respeito os apaixonados por chocolate (como nós), os apaixonados por livros, por bichos, por tecnologias... Alarme disparando é um saco mesmo, assim como alarme de casa, o cachorro que não pára de latir, ônibus passando na porta da nossa casa a noite toda, motos com aqueles roncos insuportáveis e muitas outras coisas que causam poluição sonora. Porém, alguns mals são necessários mas dependem do senso de coletividade de cada indivíduo minimizar os estragos. Eu tenho carro porque a empresa onde eu trabalho exige que eu possa me locomover com rapidez. Meu carro tem alarme, sim! Sempre que posso deixo ele em estacionamentos particulares onde a chave fica com o manobrista ou, se vou na casa de uma amiga, por exemplo, deixo o carro na frente da casa ou o mais perto possível para que eu ouça qualquer problema. O alarme de casa a mesma coisa. Ele toca sim, mas toca o celular junto pra que, se acontecer de tocar, a gente possa pedir para que alguém próximo vá ver, em caso de estar viajando, e deixamos a cópia da chave com uma pessoa de confiança, ou possamos voltar em casa para desligar o bendito! Lógico que a segurança pública de qualidade resolveria boa parte desse problema, e lógico que isso no Brasil ainda está muito longe de acontecer. Mas ninguém está disposto a arriscar coisas que suaram muito para conquistar, como um carro, uma casa ou o que for. Se vou levar meu cachorro pra passear na rua, levo junto o saquinho pra recolher o cocô dele, se estou em um lugar, uma praia por exemplo onde não tem lixeira, coloco o lixo que for dentro da bolsa pra jogar fora depois... se todo mundo tivesse um mínimo de senso coletivo não precisaríamos nem ter essa discussão aqui. Assim como não adianta proibir alarmes e ter que aturar carro tocando pancadão em sons que custam ás vezes mais que o próprio carro em plena madrugada!
Todas essas questões acabam na educação do povo, não adianta...!

Carolina disse...
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Carolina disse...

Ai, Lolinha... quanto pano pra manga nesse post. Mas vamos ser realistas, respeito os apaixonados por carro assim como respeito os apaixonados por bichos, música, tecnologia, por chocolate (como nós), ou o que for, cada um tem direito de ter suas paixões ou suas predileções na vida. Alarme disparando é um saco mesmo, assim como alarme de casa, o cachorro que não pára de latir, ônibus passando na porta da nossa casa a noite toda, motos com aqueles roncos insuportáveis e muitas outras coisas que causam poluição sonora. Porém, alguns mals são necessários mas dependem do senso de coletividade de cada indivíduo minimizar os estragos. Eu tenho carro porque a empresa onde eu trabalho exige que eu possa me locomover com rapidez.

Carolina disse...

Meu carro tem alarme, sim! Sempre que posso deixo ele em estacionamentos particulares onde a chave fica com o manobrista ou, se vou na casa de uma amiga, por exemplo, deixo o carro na frente da casa ou o mais perto possível para que eu ouça qualquer problema. O alarme de casa a mesma coisa. Ele toca sim, mas toca o celular junto pra que, se acontecer de tocar, a gente possa pedir para que alguém próximo vá ver, em caso de estar viajando, e deixamos a cópia da chave com uma pessoa de confiança, ou possamos voltar em casa para desligar o bendito! Lógico que a segurança pública de qualidade resolveria boa parte desse problema, e lógico que isso no Brasil ainda está muito longe de acontecer. Mas ninguém está disposto a arriscar coisas que suaram muito para conquistar, como um carro, uma casa ou o que for. Se vou levar meu cachorro pra passear na rua, levo junto o saquinho pra recolher o cocô dele, se estou em um lugar, uma praia por exemplo onde não tem lixeira, coloco o lixo que for dentro da bolsa pra jogar fora depois... se todo mundo tivesse um mínimo de senso coletivo não precisaríamos nem ter essa discussão aqui. Assim como não adianta proibir alarmes e ter que aturar carro tocando pancadão em sons que custam ás vezes mais que o próprio carro em plena madrugada!
Todas essas questões acabam na educação do povo, não adianta...!

lola aronovich disse...

Puxa, Nefelibata, amei seus comentários. Escreve um guest post pra mim sobre tudo isso que vc falou, só que deixando o Fábio de fora? Sobre as calçadas, até elas feitas pra carros, sobre as cidades estarem cada vez piores, muito por causa dos carros, etc etc.


Fábio, gostei dos seus comentários tb. Eles deram fôlego à caixa de comentários. Mas tenho que concordar com o Nefelibata: vc é uma contradição ambulante. Primeiro diz que carros não são totens, são apenas meios de transporte; depois, no mesmo comentário, fala apaixonadamente da engenharia dos carros, idolatrando o automóvel. E desde o seu primeiro comentário, não vejo por que vc tem que negar que é classe média. Ahn, eu tb sou. Quase todo mundo que lê este blog é. E somos boa gente. Sorry, Fábio, mas qualquer um que coleciona carros não é pobre. Qualquer um, ok? Sem exceção. Nem um carinho de ferro-velho que coleciona peças de carro ou carrocerias estragadas é pobre, porque ele vai precisar de espaço pra guardar todas essas bugigangas. E vc foi agressivo desde o seu primeiro comentário — atenção: não comigo, mas com outros leitores. Logo de cara vc chamou um sujeito que tinha encostado num carro e se assustado com o alarme de babaca. Depois foi agressivo com a Chris, que apenas citou um artigo sobre um movimento que existe nos EUA. Depois falou de hombridade. Quer dizer, vc se exaltou, né? Entendo que este seja um assunto importante pra vc. Mas tente deixar a agressividade guardada na garagem, junto com os outros carros. Pode ser?
E pelo menos concordamos que alarmes são uma perda de tempo! E que não funcionam. Vc, aficcionado por carros, tem alguma estatística sobre o fracasso dos alarmes?

Iseedeadpeople disse...

Não entendi pq tanta hostilidade em relação ao Fábio. Parece que o fato dele colecionar carros antigos causou mais reações contrárias do que os comentários iniciais exaltados dele...
Talvez pq o carro seja um símbolo do capitalismo, e principalmente atribuído à masculinidade.

Aliás, essa associação de carro com masculinidade me irrita MUITO. Sou uma mulher apaixonada por carros , espontaneamente. Não herdei essa paixão de ninguém(pai, irmão, namorado, marido), mas as pessoas parece que acham isso uma coisa do outro mundo!!!

Já tive um jipe Suzuki e me aventurei pelo mundo do off-road. Era triste constatar q aqui em Salvador, a galera que era dos clubes off-road era constituída quase na totalidade por homens. Qdo tinha mulher, esta era sempre a esposa ou namorada =/
Vou ver se acho um post do meu finado blog q conta sobre o machismo no meio. Uma coisa que me revoltava e me fazia dar respostas grosseiras era o fato das pessoas se dirigirem SEMPRE ao meu namorado na ocasião, sendo que a proprietária e condutora do carro era EU!!!!

Qto ao fato de se gastar $ com carro, eu não critico. Eu preferia mil vezes gastar $ com carro do que com salão de beleza, botox e tratamento contra celulite. Pq eu posso fazer muita coisa com um carro , mas o que posso fazer com um rosto botocado? Olhar no espelho e dizer: "Ah, como sou jovem e linda!!!!" ???

Iseedeadpeople disse...

Achei!

O machismo na minha época de jipeira.

Há alguns anos,pintou uma vontade forte de sair viajando por aí e de fazer trilhas, então eu comprei um Suzuki Sidekick (Vitara de 5 portas) usado. Lindinho o carro, verdinho, com tração 4X4. Já fiz maravilhosas viagens pela Chapada Diamantina com ele, acompanhada do meu então companheiro.

Uma certa vez, resolvemos participar de um clube de "jipeiros" baianos. Procuramos informações na Internet e achamos os dias e locais das reuniões. Numa quinta-feira a noite, fomos a um encontro, numa lanchonete em frente a praia.

Chegamos no local. Vários trollers, pajeros, suzukis e jipes willys estacionados. Vimos uma mesa cheia de gente e perguntamos para um dos rapazes quem era o responsável pelo clube. Imediatamente veio um homem muito simpático até nós e se apresentou como o presidente do clube.Mas aí toda a simpatia da minha primeira impressão foi por água abaixo qdo ele disse:

-Se a senhora quiser, pode sentar naquela mesa, nossas esposas estão lá e eu posso apresentá-las !

Com meu sangue fervendo, respondi:

- Não quero, muito obrigada. Eu sou a DONA do jipe e o comprei com o MEU dinheiro, portanto creio que meu lugar seja aqui nesta mesa!

Ele ficou todo sem graça e pediu desculpas. Sentamos na mesa dos homens. Fora eu, só havia 1 mulher nesta mesa, proprietária de um Suzuki Samurai e como vim a saber mais tarde, frequentemente tomada por "sapatona" e "mulher macho" (e nem era. E se fosse, seria problema dela!)

Mais tarde, fui fazer o "social" na mesa das esposas. Não aguentei 5 minutos. Elas só falavam de filhos e empregada. Voltei a mesa dos homens, cujo papo era mais interessante: viagens, trilhas, experiências... claro que sempre tinha um bocó contando quem ele tava comendo ou quantas tomou, mas no geral, o papo foi muito mais interessante.

As mulheres reclamam tanto do machismo, mas não fazem nada contra!!! Preferem se juntar numa mesa de Luluzinhas e ficar falando merda! E aposto minhas amígdalas que deviam achar que a jipeira "mulher-macho" era mesmo uma "mulher-macho". Coisa de mulherzinha frouxa e invejosa.

Depois desta reunião, qdo voltávamos pra casa, meu companheiro reclamou que eu havia o humilhado. Ora essa, qual é a humilhação em dizer a verdade? Que o jipe foi comprado com o meu dinheiro, com o meu trabalho e ele não tinha contribuído com 1 centavo sequer (tava desempregado na época, ainda por cima). Engraçado é que me mandar sentar numa mesa pra conversar coisas de Amélia não é humilhação,né? As pessoas vêem um carro e um casal, e automaticamente acham que o carro é do homem! Quer machismo maior que esse?

Nunca mais fui nestas reuniões. Após pouco mais de 1 ano de feliz convivência, vendi o jipe, que gastava muita gasolina e vivia quebrando =(

Pentacúspide disse...

Se o carro é o símbolo de "status" social tem algum mal? Parece que há aqui um preconceito contra a classe média ou média alta. Por que tem uma pessoa de ter vergonha de pertencer a uma classe social alta? Ou lá porque alguém saiu de "pobretão" para novo-rico, deve preterir da vantagens do seu novo estatuto?
Uma pessoa aficcionada por automóveis é pior só porque nem toda a gente tem dinheiro para comprar automóvel? Eu colecciono título de livros e nome de autores na minha mente, o meu cunhado podia ensinar a história do automóvel em qualquer universidade do mundo, conhece as marcas, os modelos, projectistas, cavalos, turbinamento e umas tantas merdas. Será pior pessoas por isso, porque tal como Salvador, idolatra o seu automóvel? Há quem idolatre estrelas de cinema ou músicos, ou figuras da tv. Eu não escrevo nem o meu nome nos meus livros, odeio apanhar livro na biblioteca e ver que alguém os sublinhou e escreveu notas neles, assim como o meu cunhado e Salvador não querem riscos nos seus carros.

Outra coisa, as cidades não parecem ser feitas para o automóvel, são mesmo feitas para o automóvel. A primeira coisa que se desenha num plano urbano são as vias rodoviárias, só depois se faz o loteamento. A economia urbana sustenta-se na capacidade de locomoção. Antes as pessoas trabalhavam num raio de 10 km quando muito, porque tinham de ir à pé ao trabalho, depois com o incremento de velocidade, o aparecimento, primeiro, de locomotivas e vapores, alargou-se quantitativamente o raio de circulação, e as pessoas hoje trabalham até a 300 km de onde vivem. O carro só é "status" considerando o seu preço, tal como a casa é, a roupa é, o chocolate é, ou o próprio livro é (constantemente é criticado aqui o Crepúsculo e, subentende-se, outras literaturas do género), afora isso, o carro é uma ferramenta útil.


E mais outra coisa, o sistema de transporte público peca exactamente por se encontrar num círculo vicioso. Não conseguem cumprir o horário porque há engarrafamento nas estradas, e a frequência com que circulam dependendo das zonas deixam muito a desejar, de maneira que as pessoas usam carros para chegar ao trabalho. E por as pessoas usarem carros, há engarrafamento e os transportes colectivos pecam na "perfomance" (não me lembro da palavra adequada) por essa razão.
Entretanto, há alternativas que algumas pessoas inteligentes criaram para resolver esse problema: circulação de matrículas pares num dia e ímpares num outro; O CAR-SHARING, que consiste em empresas que têm pontos de distriubuição de carros, apanhas um num ponto e deixas num outro onde outra pessoa o pode apanhar. E outra forma de car-sharing que se trata de pessoas da mesma rua partilharem o carro em vez de cada um seguir no seu e encherem as ruas. Enfim...

Voltando à questão chave, o alarme não é útil só no sítio onde vocês vivem, porque na minha rua, quando o alarme de um automóvel dispara praticamente toda a gente que tem carro enfia a cabeça pela janela, isto é se não reconhece o seu. Embora, isso não impeça que se roubem carros. Aliás, se até mesmo com pessoas dentro do carro este é roubado, o CAR-JACKING (não sei por que não há um nome português para isto).

Nefelibata disse...

Faço sim, Lola, te mando até o final desta semana, se isso não te incomodar =)

Mauricio disse...

SEGURANCA. Há quem acredite nela! Mas a verdade é que a segurança não é real. Ela é psicológica. Correntes, alarmes, garagem, etc não impedem a ação dos ladrões.
Em uma fila de carros, se o seu estiver extremamente "bem protegido", possivelmente o ladrão vai preferir outro carro, pois ele demorará 70 segundos para roubar o seu carro. É menos arriscado para ele roubar um que ele demore só 60 segundos. Mas se você tiver um carrão, talvez ele ache que valha a pena o risco de 10 segundos a mais.
Muito foi falado que quem tem que ter CARRO tem que ter SEGURO.

DUAS COISAS:

1) quem tem carro de 20 anos não pode ter seguro;

2) o alarme barateia o preço do seguro.

Como disse antes, a segurança é uma ilusão.

Todo mundo que escreveu aqui tem tranca na porta, aposto.
Todos passam chave na porta antes de sair.
Isso também não impede a ação de ladrões, então, porque todo mundo tranca a sua casa?

Todos gostam da sensação de segurança que se tem quando achamos que estamos protegendo um bem. Esta sensação é psicológica.
Não adianta gritar contra.
E se tem gente que usa carro como status, problema dela.
Se ela tem dinheiro, problema dela.
Existe muita inveja de quem tem carro.
Existe muita inveja de quem tem um padrão de vida mais abastado.

Eu não tenho carro. Gostaria de ter.

Acho falta de respeito uma pessoa deixar o alarme tocar ad infinitum, mesmo porque um alarme que toque por mais de um minuto é porque não está sendo roubado.

Se o alarme chegar a tocar, por um descuido do ladrão, em menos de 20 segundos ele o desliga.

Isso sim eu concordo, mas não em demonizar quem tem carro ou alarme.

Isso é um absurdo.

AHHH os projetos de cidades são baseados em carros e não em pessoas, que malvados capitalistas são os que projetam essas cidades!!!!

Façam-me o favor...

Que visão mais tacanha!

Mesmo os paises socialistas fazem projetos assim.

As ruas tem que ser projetadas para o fluxo de carros. O transporte sempre foi a principal fonte de renda em todas as épocas da humanidade.

Constroem-se portos e ninguém pensa: Ora, capitalistas... tirando espaço dos banhistas...

Desde remotas era, as ruas tinham que comportar carruagens, carroças, charretes, bigas, etc.

Como se transportam bens de consumo, sejam eles quais forem?
Como se transportam remédios, alimentos, pessoas?

Lógico que as ruas são projetadas para carros, ônibus e caminhões.

Imaginem ruas estreitas, que só possa passar um carro por vez...

Isto estaria na contra-mão do progresso de qualquer país, socialista ou capitalista, e o socialista gosta tanto de dinheiro quanto um capitalista.

Só se tem ideologia quando se é pobre.

Algém aqui abre as portas de casa para abrigar pelo menos um mendigo?

Não, isto é papel do governo.

Somos TODOS INDIVIDUALISTAS.

Dar sopa para pobre ou participar de campanhas como as do agasalho é ótimo.

Mas não há doação verdadeira.

Só serve para diminuir um pouco a desgraça do desfavorecido e aplacar nossa consciência.

Quem critica quem tem carro é porque é totalmente desapegado (a) de todos os bens materiais, e não se importariam de que lhe roubassem o celular ou as coisas que têm em sua casa.

Porque se se importam, são um bando de hipócritas, que criticam nos outros o mesmo mal de que são acometidos: o apego aos próprios bens.

Não se trata de por o bem individual acima do bem comum.

Trata-se de tentar se proteger o que se tem.

Algumas vezes isso causa inconveniente às outras pessoas, mas não mais do que os mentecaptos que furam o escapamento de veículos para fazer mais barulho, que compram sons caríssimos obrigando a todos a compartilharem de seu péssimo gosto pessoal para músicas ou daquelas pessoas que simplesmente falam alto demais.

Unknown disse...

Apoiado Lola.
Apoiado Dani.

Tanko disse...

Não temos carros e possivelmente nunca teremos, independentemente de onde resolvermos ir morar. É muito caro, é muito poluidor e não combina com nosso estilo de vida. Afinal o valor da manutenção de um carro já paga a diferença do aluguel em um local mais acessível. MAS ISSO É A MINHA VIDA E A MINHA OPINIÃO.

Também odeio alarme de carro... simplesmente porque os donos dos carros com alarme parecem ignorar o soar dos mesmos ou acidentalmente deixá-los tocar toda hora. Acho que o problema não é o alarme, é a consciência do usuário (ou a falta dela).

Unknown disse...

... A questão é o ALARME, agora mesmo aqui na Rua Líbero Badaró no centro de S.Paulo, nas barbas da sede da prefeitura tem várias motos num estacionamento de rua com seus alarmes disparados, faz mais de DUAS horas, é uma falta de respeito total... minha ira é tamanha que qdo ouço dizer que uma dessas "motos" se arrebentou pelas ruas...que DEUS me perdoe...sinto um alívio, um alarme a menos...

Paulo Pereira disse...

A tecnologia em alarmes esta sempre em evolução e faz uma grande diferença montado em casa ou num veiculo. Nos nossos dias é cada vez mais comum as pessoas protegerem seus bens e familiares e são muitas as opções disponíveis.

Raul A F Sousa disse...

Tem uma porcaria de um carro de dono ignorado aqui na frente da minha casa buzinando há horas. Ladrão que é bom, para levar esta M.... embora, até agora nada...

Patty Kirsche disse...

É bacana quando o alarme começa a tocar alto, mas vai ficando cada vez mais baixo conforme o ladrão leva o carro embora. hehe

Anônimo disse...

Sou a favor desta versão do gás lacrimogênio ou choque! tentou arrombar é choque, quebrou o vidro ou invadiu o interior é gás!

Facilus disse...

O real motivo de quem usa esses alarmes de carro é apenas uma tentativa(pra lá de frustrada aliás) de mostrar à sociedade que ele tem condições financeiras de ter um carro, simplesmente isso.

Anônimo disse...

Pqp mlk burro da porraaaaaaaa sem senso de comunidade nenhum e que mora isolado do mundo sem problemas e sem nenhum carro a madrugada inteira perturbando seu ouvido e você nao poder fazer nada a respeito... Sai desse mundo pokemon ai shiryu.. Vai viver a vida real viadinho.

Unknown disse...

Engraçado, fala mal dos alarmes de carro, na maioria das vezes unicos e esporadicos que podem ser facilmente desligados ate pela policia e se esquece dos malditos alarmes residenciais, estas parafernalhas que tocam do nada, disparam apartir do nada e ficam as vezes noites e dias inteiros atormentando os vizinhos, Dna Lola se esqueceu destes sim, que alem de serem muito mais potentes e barulhentos doque os dos carros vc não pode fazer absolutamente nada, a não ser torcer para que o F.D.P. do vizinho chegue logo e desligue aquela praga pra parar de te atormentar. Ja ive que ir dormir num hotel devido ao alarme do FDP do vizinho do lado que ja disparou pelo menos umas 200 vezes do nada, puro alarme falso, se a Lola morasse aqui ja tinha matado este vizinho, e eu iria gostar.

martim kim disse...

O pior é que minha caturrita imita o alarme de carro. DENTRO DE CASA.

Anônimo disse...

Estava procurando algum instituição pública para reclamar e achei seu blog, não é bem o que procurava mais vou desabafar. Faz pelo menos 4 horas que uma @#(*& de mensagem não para de soar/apavorar meus ouvidos está me enlouquecendo: "- SIRENE louca e alta....... - Esses veículo está sendo monitorado pela CARSYSTEM ligue para 0800 ...." Caraca como eu paro isso????? Tem toda a razão é um lixo sonoro que no caso deveria ter uma normativa quando ao intensidade de ruído e o um prazo máximo para a empresa verificar ocorrência 4 horas... Acho que isso já é demais.

Anônimo disse...

Vai encostar no seu carro, preguiçoso! Se não é seu sai de perto que é o melhor que você faz.

Anônimo disse...

Lola, e quando o alarme toca e evita o roubo de um carro que o bandido usaria para cometer outros furtos? E se esse ladrão consegue levar o veículo e no nervosismo da fuga ou por estar drogado ou bêbado, atropela alguém? Ou se a pessoa tem um carro mais velho, que comprou com dificuldade para poder trabalhar mas não tem condições de pagar um seguro? Só existe alarme por que existe ladrão. Quer culpar alguém? Culpe nossos governantes que não nos dão segurança pública. Cada um faz o que pode para proteger o seu. Mas ok, entendi o seu chilique!