sexta-feira, 8 de agosto de 2008

MUITAS ESTRÉIAS, MAS DE COISA BOA, MENOS QUE VOCÊ IMAGINA

Dois maconheiros em perigo. Eu salvo o James Franco!

Nas estréias da semana, montes de filmes que eu jamais irei ver. A maioria porque não me atraem muito, mas alguns porque não chegarão nem perto de mim. Primeiro, os lançamentos americanos num fim de semana em que o mundo todo só tem olhos na abertura das Olimpíadas da China. As únicas estréias nacionais são Sisterhood of the Traveling Pants 2, que conta a história de quatro amigas na faculdade (um filme, portanto, claramente pra meninas), e Pineapple Express, um filme claramente pra fãs de maconha. Existe todo um subgênero de comédia dedicado a produções sobre maconheiros atrapalhados. Elas não dão muito dinheiro nos cinemas mas costumam render uma fortuna em dvd. Pineapple, que será lançado no Brasil em 17 de outubro com o sugestivo título de Segurando as Pontas, é o principal representante do ano deste subgênero. Com sua mistura de comédia e ação, o trailer me pareceu horrendo em todas as 35 vezes que o vi. E além do mais, alguém ainda aguarda ansiosamente alguma comédia da linha de montagem Judd Apatow? Quantos filmes o cara tá lançando? Um por semana, pelamordedeus?! (o último, há quinze dias, foi Step Brothers). Porém, eu quase veria Segurando por causa do James Franco. Ver o Seth Rogen como palerma é normal pra quem gostou de Ligeiramente Grávidos e Superbad. Mas o James a gente costuma presenciar em papéis mais sérios, como o ex-melhor amigo e vilão de Homem-Aranha 3 e o filho do Robert De Niro em O Último Suspeito. E ele parece estar ótimo em Segurando. Ou pelo menos é a única coisa que se salva no trailer.

American Teen é um documentário que foi sucesso em festivais independentes. Embora o trailer seja uma cópia fiel a Clube dos Cinco, espera-se que o longa, que a diretora levou dez meses pra filmar, seja mais que um plágio. Outra estréia nos EUA é Hell Ride, uma aventura que se diz homenagem aos westerns do Sergio Leone, mas com motos, o Dennis Hopper, e o Michael Madsen (rei do cool desde seu psicopata cortador de orelhas policiais em Cães de Aluguel). O Metacritic dá nota 25, o que soa como uma enorme placa vermelha escrito “Afaste-se do cinema”. E finalmente, há o lançamento de um tal de Kabluey, que faz algo que parece óbvio: reúne duas atrizes que seriam irmãs siamesas, se não fosse a diferença de idade - a Lisa Kudrow, de Friends, e a Teri Garr, de Tootsie (foto). Elas não poderiam ser mãe e filha, fácil, fácil? Só que eu não tenho muita esperança em apreciar ambas na mesma cena, porque o resumo da comédia é estranhésimo. Assim: a gente vê a ficha técnica e no elenco só há atrizes. Aí a gente lê a sinopse e ela só fala das agruras de um homem que precisa ser babá da família do seu irmão enquanto o mano tá no Iraque. Não deve sobrar grande espaço pra Lisa e Teri. Aliás, não anda sobrando espaço pra outros filmes fora Cavaleiro das Trevas faturar uns trocados. Arquivo X fracassou feio, e só fez 17 milhões de dólares nos EUA em duas semanas. Cavaleiro já arrecadou 400 mi só nas bandas do tio Sam. Agora vai pro seu quarto final de semana consecutivo como campeão de bilheteria (compare: Homem de Ferro e Indiana Jones 4, lançados em maio, só passaram os 300 milhões agora).

No Brasil chega Asterix nos Jogos Olímpicos, Encarnação do Demônio (cri-critico o trailer aqui), um drama israelense, Lemon Tree, um australiano, Violência em Família, um americano, A Caçada, com o Richard Gere e Terence Howard como jornalistas, e mais uma abominação do Eddie Murphy, O Grande Dave. E um tal de Mais do que Você Imagina, que dizem que estreou nos EUA em junho. Eu tava lá e nem notei. Pesquisei e descobri que ele teve dois títulos (sempre um mau sinal), Homeland Security (terrível pra uma comédia) e My Mom's New Boyfriend (que mostra o que podemos esperar de mais uma comédia romântica), e que foi direto pra dvd. Aí, apressada, li uma sinopse e tive um susto: pensei que a Meg Ryan fizesse a mãe do Antonio Banderas! Não, quem faz o filho da Meg é o pimpolho do Tom Hanks, o Colin. De toda forma, é este o filme que verei. Isto é, se me deixarem entrar de graça no cinema, pois meu cartãozinho de crítica ainda não está pronto e de jeito maneira que eu pagaria 24 reais (chutando o valor pra mim e pro maridão; não sei quanto está o ingresso em Joinville) pra ver algo que cheira tanto a desastre.É bom saber que a Meg Ryan tá viva... eu acho.

12 comentários:

Tainá disse...

olá! tô começando a te visitar, mas já tô gostando. gosto da forma leve com que trata assuntos variados. e adorei aquele diálogo com seu marido sobre pernilongos... ih! já faz tempo, né... bom, parabéns, seu blog é uma delícia de ler.

Rosangela Oliveira disse...

Ahhhh Lola não aguento mais filme ruim, quando esse tortura vai acabar?????
Estou sofrendo de abstinência de cinema!!

Rosangela Oliveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Suzana Elvas disse...

Nossa, mas eu li uma pá de críticas dizendo que esse filme é tão ruim, mas TÃO ruim, que a Meg Ryan deveria ter sido poupada - vergonha alheia.

Jura que você vai assistir isso? Tem certeza? Hein? Absoluta? Não prefere outra coisa - passear por aí, namorar, aprender crochê? Hum?

Dgsantos disse...

Afffff....
Mais um final de semana sem cinema....

Monix disse...

A Teri Garr fez o papel da mãe da Phoebe (e da Ursula) em Friends. Foi uma pequena participação em alguns poucos episódios.
Bjs

Anônimo disse...

Uow Lolinha, Pineapple Express tem cara de ser muito bom. Eu comprei o blu-ray do Super Bad e vem um especial com uma cena inteira preview de Pineapple, foda hahahaha. Por sinal vc já conhece a tecnologia blu-ray, teve oportunidade de assistir algo do formato lá nos EUA ? Tbm achou impressionante ? Ou continua a Lolinha de sempre que um tal de "print screen" é ler manual em chines ?

Abr Lolinha

lola aronovich disse...

Tainá, que bom! Apareça sempre, e comente quando quiser. Obrigada pelos elogios. Aquele diálogo mosquiteiro é pura verdade!


Rosangela, Daniel, tá difícil mesmo encarar um cinema com essa programação. Se eu estivesse nos EUA neste final de semana, provavelmente não iria ao cinema. Aqui no Brasil...

lola aronovich disse...

Su, obrigada pela sugestão, mas o que eu não faço pela sétima arte! Encarei mesmo "Mais do que vc Imagina". Vou escrever um pouquinho sobre ele pra depois. Fui mais pra comunicar aos gerentes do cinema que estou de volta, e pedir um cartãozinho novo. Eles foram uns amores, pra variar. Gosto muito deles.
Foi uma surpresa ver filme legendado de novo!

lola aronovich disse...

Monix, obrigada pela correção. Acho que a Lisa nasceu pra fazer papel de filha da Teri! Elas são muito parecidas. Não só fisicamente, mas o mesmo jeitinho avoado, o mesmo humor... Adoro as duas! Pena que perdi esses episódios de Friends onde as duas aparecem juntas.


Pedro, o trailer de Pineapple é péssimo e indica aquele tipo de humor bem rasinho. Ação com humor! Pretexto de cenas de ação pra fazer rir. Não deu nenhuma vontade de ver o filme, mas, se eu o visse, seria pelo James Franco, que só no trailer já mostrou que está ótimo no papel.
Tecnologia blu-ray? Eu ouvi falar, claro, mas não vi nada. Explica como é? Continuo a mesma Lolinha de sempre. Aquela do print-screen é inesquecível, eu sei!

Anônimo disse...

Opa Lolinha, a tecnologia blu-ray consegue tranquilamente gravar um filme com qualidade de 1080 p, ou seja full hd. Viva a iamgem, mto foda, enquanto no dvd a gravação varia entre 4.5 9 gb, o Blu-RAY ou (BD) até 50 gb. Ou seja hhahaha dah para perceber a diferença até uma Lolinha né.
Abr

lola aronovich disse...

Mas Pedro, dá pra perceber MESMO MESMO a diferença da qualidade na imagem no bluray, ou é só mais um modismo? E não precisa ter um super equipamento pra ver essa diferença na qualidade, tipo uma super TV plasma 40 e poucas polegadas que só alguns baianos têm?