quarta-feira, 18 de abril de 2018

POR QUE OS AUTORITÁRIOS ATACAM AS ARTES

Foi o Vinícius, que já traduziu um ótimo texto aqui pro blog, que traduziu o texto abaixo e o enviou pra cá. 
Segundo ele, é "um alerta interessante sobre como as artes são fundamentais para a nossa sobrevivência enquanto sociedade".
O artigo, da socióloga Eve L. Ewing, foi publicado pelo New York Times no ano passado, e serve para traçar paralelos entre as perseguições à arte nos EUA e aqui no Brasil
"Arte degenerada", exposição de arte em Berlim, 1937
Em 1937, líderes em ascensão do Terceiro Reich organizaram duas exposições de arte em Munique. Uma, a “Grande Exposição de Arte Alemã”, apresentava a arte que Adolf Hitler considerava aceitável e representativa de uma sociedade ariana ideal: representacional, apresentando pessoas loiras em posições heroicas e paisagens pastorais do interior alemão. 
A outra apresentava o que Hitler e seus seguidores chamavam de “arte degenerada”: obras modernas ou abstratas, e arte produzida por pessoas rejeitadas pelos nazistas -- judeus, comunistas ou suspeitos de serem uma coisa ou outra. A “arte degenerada” foi apresentada em caos e desordem, acompanhada por rótulos depreciativos, grafites e fichas catalográficas descrevendo “os cérebros doentes daqueles que manejavam o pincel ou o lápis”. Hitler e aqueles próximos a ele controlavam estritamente como artistas viviam e trabalhavam na Alemanha nazista, porque compreendiam que a arte poderia desempenhar um papel-chave na ascensão ou queda da sua ditadura e a realização de sua visão para o futuro da Alemanha.
"Não sei nada de arte mas
sei o que odeio" - Trump sobre
recursos para o NEA
Em março de 2017, o governo Trump propôs um orçamento nacional que inclui a eliminação do National Endowment for Arts [nota: agência governamental para arrecadar fundos e suporte às Artes]. O NEA atua com um orçamento de cerca de 150 milhões de dólares por ano. Como os críticos observaram, essa quantia representa cerca de 0,004 por cento do orçamento federal, tornando a decisão uma tentativa bastante ineficiente para cortar gastos governamentais. Muitos americanos têm protestado contra os cortes ao apontar as muitas formas pelas quais a arte enriquece nossas vidas –- como deveriam. As artes nos trazem alegria e entretenimento, podem oferecer um alívio das provações da vida ou uma maneira de compreendê-las. 
Mas como Hitler compreendia, artistas desempenham um papel de destaque no desafio ao autoritarismo. A arte cria caminhos para a subversão, para entendimento político e solidariedade entre criadores de coalizão. A arte nos ensina que outras vidas além das nossas próprias possuem valor. Como um bobo da corte que pode caçoar abertamente do rei em sua própria corte, artistas que ocupam posições sociais marginalizadas podem usar sua arte para desafiar estruturas de poder de maneiras que de outra forma seriam perigosas ou impossíveis.
Líderes autoritários ao longo da história intuíram esse fato e agiram de acordo. O governo stalinista da década de 1930 exigia que a arte seguisse rígidos critérios de estilo e conteúdo para assegurar que ela servisse exclusivamente aos propósitos da liderança estatal. Em suas memórias, o compositor e pianista Dmitri Shostakovich conta que o governo stalinista sistematicamente executou todos os poetas populares da Ucrânia soviética. Quando Augusto Pinochet tomou o poder no Chile em 1973, muralistas foram presos, torturados e exiliados. Logo após o golpe de Estado, o cantor e artista de teatro Víctor Jara foi morto, seu corpo crivado de balas e exibido publicamente como um aviso aos outros. 
No seu livro Brazilian Art Under Dictatorship [nota: já disponível em português, como o título Arte Brasileira na Ditadura Militar], Claudia Calirman conta que a diretora de museu Niomar Moniz Sodré Bittencourt precisou esconder obras de arte e aconselhar artistas a deixar o Brasil após autoridades entrarem em seu museu, bloquearem a exposição e ordenarem que as obras fossem desmontadas porque continham imagens perigosas, como a fotografia de um militar caindo de uma moto, o que era visto como algo embaraçoso para a polícia. Tal intervenção extrema pode parecer distante dos EUA de hoje, até nós levarmos em conta episódios como a condenação pública do presidente ao elenco de Hamilton, após o grupo ter feito um comentário razoavelmente inofensivo direcionado ao vice-presidente Mike Pence.
Em sua última rodada de doações, o NEA doou 10 mil dólares a um festival de música no Oregon para financiar uma performance de dança feita por pessoas em cadeiras de rodas e aulas de danças para pessoas que utilizam aparelhos de locomoção. Um centro cultural na Califórnia recebeu 10 mil dólares para sediar workshops organizados por artistas muçulmanos, incluindo um artista de hip-hop, um comediante e cineastas. 
Um coro em Minnesota recebeu 10 mil dólares para criar um concerto destacando as experiências da juventude LGBTQ, para ser apresentado em escolas públicas de St. Paul. Cada uma dessas doações apoia as vozes das mesmas pessoas que o atual governo tem zombado, descartado e prejudicado. Pessoas jovens, pessoas queer, imigrantes e minorias há tempos utilizam a arte como meio de desmantelar as instituições que nos silenciariam primeiro e nos matariam depois, e o NEA é uma das poucas instituições de grande alcance que apoiam esse trabalho.
Analistas americanos balançaram a cabeça em sinal de desaprovação quando o artista performático Danilo Maldonado foi detido e preso por criticar o regime de Castro, e quando o escultor e fotógrafo chinês Ai Weiwei foi posto em prisão domiciliar e seu estúdio demolido pelo governo. Mas mais perto de casa, é imperativo que entendamos do que se trata de fato o ataque de Trump às artes. 
Não se trata de fazer da América um lugar monótono e infeliz, nem se trata de uma crença na austeridade e em negar recursos às comunidades carentes. Assim como o desaparecimento de informações de sites do governo e a exclusão de repórteres críticos de reuniões na Casa Branca, essa ação sinaliza algo mais amplo e mais ameaçador do que a inabilidade de um grupo de pessoas em fazer seu trabalho. Se trata de controle. Se trata de criar uma sociedade em que a propaganda reina e a divergência é silenciada.
Nós precisamos das artes porque elas fazem de nós seres humanos completos. Mas nós também precisamos das artes como um fator de proteção contra o autoritarismo. Ao salvar as artes, nós nos salvamos de uma sociedade em que a produção criativa só é permitida na medida em que serve como um instrumento de poder. Quando o canário na mina de carvão faz silêncio, nós devemos ter muito medo –- não apenas porque seu canto era tão lindo, mas também porque era o único sinal de que nós ainda tínhamos uma chance de ver a luz do dia novamente.

44 comentários:

titia disse...

Gente, foi EXATAMENTE isso que minha turma discutiu na aula de ontem! Como as artes sensibilizam, fazem pensar, estimulam a reflexão e impedem a pessoa de ficar indiferente (que é o estado de humor que mais agrada os ditadores). A professora viveu a ditadura e disse que a primeira coisa que os militares atacaram foi a educação, sumiram com as aulas de artes e filosofia (as que mais ensinam a pensar fora da caixa), botaram educação moral e cívica (AKA lavagem cerebral e doutrinação ideológica) no lugar e começaram a perseguir artistas. Porque não adianta o conservador burro (redundância) chorar e espernear e fazer birra, matemática e ciências não substituem arte e filosofia, não conseguem ensinar a pensar além daquele modo engessado, insensível ao contexto humano.

Só ver o DRAMA que fizeram a respeito do Queer Museum, do "Cadafalso" da Alessandra Cunha, da performance "La Bête". Arte faz pensar além e a histeria dos ditadores-wannabe a respeito dela é só mais uma prova disso. E só pra que os primatas involuídos se cocem todos até rasgar o cu de raiva, sabem onde está o Queer Museum hoje? Nos Estados Unidos, poríferos, exibido em grandes museus, com os americanos de quem tanto vocês lambem o rabo pagando EM DÓLAR pra ver a exposição de arte brasileira que vocês depredaram, aplaudindo, adorando, escrevendo críticas e críticas positivas em inglês enquanto aqui vocês assistem filme-opa, não, assistem à crise diarreica do Danilo Gentalha e chamam de arte.

Por favor, pessoal que mora no exterior (ou visita regularmente os EUA), será que vocês poderiam fazer o favor de contar aos seus conhecidos gringos que os brasileiros depredaram o Queer Museum com a desculpa de que era só putaria e apologia à pedofilia e preferiram chamar de arte o produto da dor de barriga do Danilo Gentalha?

Eu realmente quero ver a reaçada brasileira chorar quando os americanos começarem a zoar a burrice e falta de cultura deles nos twitter e facebooks da vida.

Anônimo disse...

Os brasileiros estão aplaudindo o filme de Edir Macedo(vale dormir até na fila do cinema).
AFF!!!

Anônimo disse...

Mentira, a maioria das salas do filme do edir macedo estão é vazias, mesmo ganhando ingresso de graça nem os fiéis querem ver o filme.

Anônimo disse...

O trumposo vai é se lascar!

Anônimo disse...

o trumijo é mictório do putin(ho)

Anônimo disse...

esse pedir maiscedo é um mico, kkkkkkk

nem nos eua se faz filme sobre pastor ou sobre dono de empresa

quanto mais sobre um dono de empresa q é pastor

quiçá quando o patife morre, e olha lá

tá se achando um walt disney, um henry ford, a megalomania do maiscedo não tem limites, só imagino a VERGONHA ALHEIA q o ator q interpretou esse traste deve ter sentido por dentro, aaaaaaa

Anônimo disse...

"para homens feios, pobres, burros, inseguros, fracassados, magrelos, imundos"

então é pra TODOS os homens, mascu

sai malixo, não quero vírus

Anônimo disse...

"aça" - o pedaço de bosta além de mascu é analfabeto, kkkk, mas não é de hj q masculixismo é sinônimo de demência

ô mascu, MAS É ÓBVIO q eu não vou entrar nesse poço de ebola, sai pra lá, sua imundícia portadora de anomalia y

"gorda mal-amada" é a boneca inflável de segunda mão lá do seu porão, seu zé buceta, vaginasta de merda

o máximo de aproximação q vc já conseguiu ter com uma mulher foi no seu aborto (infelizmente mal-sucedido) e com a traveca de 15 reais lá da sua esquina

Seu bosta

Anônimo disse...

"blablabla mimimi ...como é o caso do filme do Gentilli... blablabla mimimi" (tudo sic)

mas ninguém precisa (e nem precisou) "atacar" esse lixo, seu energúmeno

para de delirar, ng falou nada dessa merda

foi um FIASCO por si só

mas "arte" de bosta e fracassada é o máximo q a direita consegue produzir, kkkkkk, não podia esperar menos

Anônimo disse...

Inimigo das artes? Que é arte?

Se acreditamos que um urinol, ou uma pilha de bloco de concretos é uma obra de arte, precisamos rever nossos conceitos sobre artes.

Eu ainda acredito que a arte tem que estar relacionada com a beleza, com a harmonia e as proporções. Fora disso é qualquer coisa, menos arte.

Anônimo disse...

13:38 - a ~sua opinião/aquilo q vc acredita~ e a urina de um cachorro tem a mesma importância

titia disse...

13:17 mas quando é "arte" de direita aí pode envolver pedofilia, estupro, bullying e vandalismo né? Pior ainda, pode ser feita apologia à tudo isso, ou pode tudo ser tratado como piada, afinal, se é conservador de direita é arte e pode, né? Pedofilia é piada e coisa boba, estupro é recompensa por ser bonita, bullying é "fortalecimento de caráter" ou "brincadeirinha normal de criança" e vandalismo é "ser cool". Eu acho que não preciso dizer mais nada.

Ou, se você for muito burro e eu precisar dizer, aqui vai: obrigada por passar seu próprio atestado de mau caratismo, hipocrisia e burrice - e caso eu tenha que ser mais clara, você o fez quando defendeu o Gentalha. Ficará na internet pra sempre o arremedo patético de ser humano que você é.

Então, 13:38, você não deve considerar as pinturas negras de Goya como arte, né? Porque aquelas pinturas são tudo menos belas; Goya cagou pra toda essa coisa de beleza, harmonia e proporções quando as produziu e, esteticamente, elas são muito feias. Que tal você ir ao museu mais próximo e dizer ao curador que as pinturas negras de Goya não são arte porque elas são feias? Peça pra um amigo seu filmar e postar no youtube, por favor. Não quero perder o show.

A coisa mais deprimente e ao mesmo tempo mais hilária desse mundo é um brasileiro médio (burro, orgulhoso de ser burro, QI de ostra, ignorante, incapaz de pensar fora do quadradinho futebol-cerveja-novinha, educado pela Rede Globo) querer falar do que é e do que não é arte. Sai cada pérola de rir e chorar ao mesmo tempo...

Anônimo disse...

E o pipr é que o que eles chamam de "arte" precisa sempre ser paga por dinheiro do governo, vide impostos da população. Se essa arte moderna de gente pelada faz tanto sucesso, porque precisa de lei rouanet? Artistas no passado sobreviviam de criar obras,retratos,esculturas que eram pagas sem lei rouanet de auxílio.

Anônimo disse...

Poque temos que ser forçados a pgar nossos impostos em algo que não aprovamos? Enquanto a clínica está lotada, são os funkeiros que incitam estupro em suas músicas que são financiados?

Anônimo disse...

15:16 - mas lei rouanet não é paga com dinheiro público, seu babaca, é privada, sua anta

15:20 - mas a maioria da população aprova, seu lixo

=)= disse...

Sobre Lei Rouanet
Não é dinheiro público, é dinheiro que era POTENCIALMENTE público.
Abatimento de NO MÁXIMO de 4% no imposto de renda para pessoas jurídicas, 6% para pessoas físicas.
Vamos supor que uma empresa pague R$100.000,00 de imposto, isso significa que NO MÁXIMO ela poderá pedir ressarcimento de R$4.000,00 pela Lei Rouanet ao patrocinar cultura. Isso não me parece algo tão relevante aos cofres públicos tendo em vista que ainda irão R$96.000 para cobrir impostos.
O que a lei faz é dar autonomia a pessoa ou empresa a decidir para onde irá uma parte desses impostos. Tem problemas? Tem muitos, mas as pessoas costumam errar feio o alvo das críticas.

Anônimo disse...

E os cantores de funk e sertanojo que utilizaram milhões de reais inadequadamente pela lei rouanet? E onde foi feito a pesquisa dizendo que a maior parte da população é a favor disso? Com o país se mostrando cada vez mais conservador parece mais desculpa de vagabunda socialista.

=)= disse...

O que seria mais adequado ou não de receber incentivos é sim uma crítica válida, mas falar em "socialismo" sobre a Lei Rouanet não faz o menor sentido. Entenda: quem decide o que e se vai patrocinar é a empresa ou a pessoa física. O que o governo faz é decidir se o evento está apto ou não segundo vários critérios, ele não faz juízo de valor se é sertanejo, funk, música clássica ou death metal.

Anônimo disse...

"13:38 - a ~sua opinião/aquilo q vc acredita~ e a urina de um cachorro tem a mesma importância"

Kkkkkkkk. Parece que urina de cachorro tem relevância para você. Kkkkkk
Otarix!

Anônimo disse...

Por que uma menina tocando um homem adulto nu dentro de um museu é arte? Qual é o significado que isso incorpora a vida das crianças e dos adultos presentes? Será que uma criança pode entender a proposta desse tipo de arte? Questionar a arte faz parte da experiência de viver no mundo. A arte não pode ser sacralizada. O debate é necessário.

=)= disse...

"O debate é necessário."
Sim, sempre!

=)= disse...

Anônimo das 13:38

"Inimigo das artes? Que é arte?"
Excelente pergunta!

"Se acreditamos que um urinol, ou uma pilha de bloco de concretos é uma obra de arte, precisamos rever nossos conceitos sobre artes."
Interessante, sempre que se questiona o que é arte vem à tona a obra "A Fonte" de Marcel Duchamp, podíamos até chamar isso de "Efeito Duchamp"
A intenção de Duchamp quando criou "A Fonte" foi exatamente a de "rever nossos conceitos sobre artes" e isso em 1917!
Resumidamente pode-se dizer que ao criar "A Fonte" Duchmap foi "zueiro" (e ao mesmo tempo levantou um debate), sua obra tinha o intuito de parodiar e questionar esses mesmos conceitos sobre artes que você menciona (e os artistas).
Muitos que criticam os conceitos artísticos usam "A Fonte" como exemplo, mas não fazem a menor ideia que Duchamp queria fazer exatamente isso: questionar conceitos. Algumas pessoas falam "se eu defecar no chão é arte?" em tom irônico e como se tivessem descoberto a pólvora, mas Duchamp já fez algo equivalente a isso há um século.

"Eu ainda acredito que a arte tem que estar relacionada com a beleza, com a harmonia e as proporções. Fora disso é qualquer coisa, menos arte."
O "acredito" já denota que é apenas sua percepção pessoal, mas é bom ter em mente que o conceito de arte é muito mais amplo do que isso. Por este viés Guernica não seria arte, só para dar um exemplo.

Acho que você deve sim continuar a questionar os conceitos de arte, mas é muito melhor se você o fizer entendendo os conceitos básicos do que quer criticar, se basear apenas no senso comum é tornar o debate por demais pobre. Não é preciso fazer um curso de História da Arte, basta uma pesquisa no Google, tá tudo aí a disposição, basta algumas horas e já dá para ter uma ideia bem melhor sobre o assunto. Pesquise por exemplo sobre "A Fonte", vai achar interessante.

Anônimo disse...

Pinturas negras de Goya são obras de artes?

Nem tudo que vem de um artista como Goya pode ser considerada arte.

No final da vida Goya doente e depressivo fez essas pinturas negras nas paredes e nunca quis expô-la, pois sabia que aquilo não era arte.



Anônimo disse...

Sobre o NEA é um fundo que vem sendo contestado faz tempo nos EUA, alguns bons motivos, outros nem tanto, mas isso nada tem haver com controle do Estado, controle seria se ele continua-se com o referido incentivo com dirigismo.
Se alguém procurar o valor desse fundo e quando por exemplo recebe de doações a Biblioteca de Nova York verá que não é por aí que se ameaça as Artes nos EUA ou se controla-as.

Em tese, eu prefiro que governo federal nunca trate dessa questão e sim os Estados membros, claro que nos EUA isso é possível por lá existe um pacto federativo, uma das críticas ao NEA que é a mesma da lei Rouanet é ela dirigir recursos aos Estados mais ricos, o que parece menos de 1% para Moma pode ser muito dinheiro para um evento no Alabama.

Acredito que o Trump seja um governo altamente discutível, mas se o incentivo tivesse apoio popular o Congresso lá modificaria e traria de volta valores sustentáveis, como não há, fica sempre a dúvida daqui se em uma democracia devemos impor algo ao povo que ele não quer e nem irá usufruir.

Anônimo disse...

Se eu fosse governo eu também não financiaria certos artistas.

Já vi, na internet, um monte de moveis quebrados, entre quadros e esculturas, com uma placa escrito:"Violência Doméstica" e o nome do "artista".

Como se aquilo fosse uma obra de arte....

titia disse...

"o pipr é que o que eles chamam de "arte" precisa sempre ser paga por dinheiro do governo, vide impostos da população. Se essa arte moderna de gente pelada faz tanto sucesso, porque precisa de lei rouanet? Artistas no passado sobreviviam de criar obras,retratos,esculturas que eram pagas sem lei rouanet de auxílio."

E vamos apelar pro pobre do Goya de novo. Francisco Goya se tornou pintor da corte. Em 1785 ele começou a receber encomendas da aristocracia, a primeira foi para o "Festival Folclórico" do dia de Santo Isidoro. No mesmo ano ele fez o primeiro retrato de um membro da nobreza, a Duquesa de Osuna. Em 25 de abril de 1785, depois da morte de Carlos III e da coroação de Carlos IV, foi nomeado "Primeiro Pintor da Câmara do Rei", tornando-se o pintor oficial do monarca e sua família.

Agora, reaçada, vamos à pergunta de um milhão de dólares: de onde o rei e a corte tiravam dinheiro pra pagar as obras, retratos e esculturas de Goya?

E nem venham usar nudez como desculpa. A obra mais famosa de Goya é a Duquesa de Alba pelada. Obra que foi paga com dinheiro público - uma vez que quem o encomendou foi um político, Manuel de Godoy, cujo salário saía de onde? Exato, reaçada, do bolso dos pagadores de impostos.

Como eu já disse, um bando de manés ignorantes cuja educação em arte veio da Globo achando que podem dar palpite no que é e no que não é arte baseado nos seus próprios preconceitos, conhecimentos mais rasos do que uma pizza e no que diz o Zorra Total. De rir e chorar ao mesmo tempo.

19:08 e Danilo Gentalha? E o Pedir Maiscedo? Funk e sertanejo não pode, mas financiar proselitismo barato e descarado de pastor picareta com dinheiro público é ok?

Eu não quero mais ser gente. Por favor, onde eu entrego o pedido de demissão da humanidade?

Anônimo disse...

Marcel Duchamp não só quis rever o conceito de arte, mas de subverter-lo.

O conceito de arte é retirado da época dos clássicos e do renascimento. Vanguarda, futurismo, dadaísmo, expressionismo, fauvismo, cubismo e ... são apenas sombras de arte e suas subversões.

Claro que conceitos mudam com o tempo, mas continuo afirmando que dentro da minha percepção: É mais agradável admirar "Pietá" a "A fonte". No primeiro eu vejo mais beleza, harmonia e estética que condiz com meu conceito de arte. Mas minha avó tinha razão: "Gosto não se discute".

titia disse...

19:37 exatamente o que eu disse antes: mané ignorante cuja educação em arte veio da Globo achando que pode dar palpite no que é e no que não é arte baseado nos seus próprios preconceitos, conhecimentos mais rasos do que uma pizza e no que diz o Zorra Total. Você pode ter a sua opinião, colega, é o seu direito. Mas - e seus pais deviam ter lhe ensinado isso há décadas - o mundo não gira ao redor do que você acha ou deixa de achar desejável. Sua opinião não pauta o que é e o que não é arte: sua opinião é apenas a sua opinião, não define o que é e o que não é arte e querer que o mundo artístico se guie pela sua opinião não é ser apenas egocêntrico, é ser um demente completamente desligado da vida real.

Eu não quero pertencer à mesma espécie que esses caras. POR FAVOR, onde eu entrego o meu pedido de demissão da humanidade?

Anônimo disse...

19:25 - não, idiota

não tem nenhuma relevância, nem pra mim e nem pro mundo, assim como a sua opinião/crença

Anônimo disse...

"E onde foi feito a pesquisa dizendo que a maior parte da população é a favor disso?"

no seu cu, certamente, o mesmo lugar onde vc tirou a ideia de q a população é "contra", seu encosto, CÂNCERvador vagabundo

=)= disse...

Anônimo das 20:36

"mas continuo afirmando que dentro da minha percepção: É mais agradável admirar "Pietá" a "A fonte". Mas minha avó tinha razão: "Gosto não se discute".
Nunca questionei gosto pessoal aqui.

"No primeiro eu vejo mais beleza, harmonia e estética que condiz com MEU CONCEITO DE ARTE"
Conceitos, no entanto, são passíveis de questionamentos.

Anônimo disse...

Sim, gosto não se discute, mas acaba que é mais imposto,mais cobrança do estado para pessoas que já ganham pouco e não querem financiar isso. Se tanta gente gosta desse tipo de arte, porque não a financiam por um modo privado, onde os interessados pagam um ingresso ao invés de forçar a todos a pagar?

Anônimo disse...

21:58 - mas esse é o papel do estado, sua mula

"mais cobrança" (sic) - isso não é nem 0,0000000001% do orçamento federal, sua anta

reafirmando: esse é o papel do estado

ng tb quer intervenção federal (isso sim, caro pra cacete) e mesmo assim todo mundo é "forçado" a pagar, seu asno

Anônimo disse...

Zygmunt Bauman já identificou esse fenômeno dos questionamentos de conceito, ele chamou esses novos conceito de "liquido". Ou seja um líquido sofre constante mudança e não conserva sua forma por muito tempo.

A arte, a justiça, a verdade, o bom, o virtuoso, o honesto e ... agora não se encaixam mais em um modelo ou em um conceito. Tudo se encaixa em tudo, tudo perdeu a forma: A arte, assim como os citados no início, agora são líquidos. Aqueles se encaixam em tudo: Em um copo, em uma bacia, em um prato, em uma tigela e ...De acordo com os gostos de cada um.

Um aro de um caminhão exposto que uma galeria e com um placa ao lado dizendo "O eterno caminhar" para mim não é uma obra de arte, mesmo que seu autor seja Donatello ou Rodin.

titia disse...

A lei Rouanet já foi explicada, poríferos: não são os seus impostos que patrocinam as artes, são os impostos das EMPRESAS. São as empresas privadas que decidem quanto da sua taxa de impostos (uma porcentagem mínima aliás) será dedutível para patrocinar arte e cultura - ou uma cagada do Gentalha, ou proselitismo barato de pastor picareta. O resto vai tudo pra ser investido, como os impostos de qualquer zé ruela cuja noção do que é arte se limita ao que diz a rede bobo. E não são vocês que defendem que os empresários façam o que bem quiserem com o próprio dinheiro, inclusive limpar a bunda? Então.

Agora, eu desafio o anon: vá a um museu e argumente com o curador que as pinturas negras de Goya não são arte, filme e depois poste no youtube. Quero ver se você tem bolas pra dizer isso pra quem realmente entende de arte, se é capaz de dar a cara a tapa ou se só é homem o suficiente pra cagar pelos dedos anônimo em site feminista.

Anônimo disse...

Não, isso não é papel do estado,os artistas deveriam procurar por investidores privados e não ficarem parasitando o dinheiro da União.

Anônimo disse...

11:37 - isso é papel do estado SIM, imbecil

o q não é papel do estado é pagar trilhões de reais pra duas turmas hiperfaturadas:

os juízes e milicos, esses sim é quem deveriam procurar por investidores privados e não ficarem parasitando o dinheiro da União, sua anta

Alan Alriga disse...

Eles já riem de tudo o que acontece aqui no Brasil, o brasileiro é o palhaço do Mundo

Anônimo disse...

Lol, essa comparação com Cuba e China é a coisa mais ridícula que já vi! "Não querem me dar dinheiro! Sou praticamente como aquele povo que é preso, torturado ou morto por sua arte lá na China, Cuba ou Coréia do Norte!"

=)= disse...

"(..) mas continuo afirmando que dentro da minha percepção: É mais agradável admirar "Pietá" a "A fonte". No primeiro eu vejo mais beleza, harmonia e estética que condiz com meu conceito de arte."
A intenção principal d´A Fonte nunca foi ser agradável de se admirar e sim criar desconforto. Gosto pessoal e a percepção do que é agradável aos sentidos são subjetivos e limitados demais para definir arte. A arte produz sensações, podem ser agradáveis, de incômodo, tristeza ou mesmo repulsa (dentre muitas outras).

"Um aro de um caminhão exposto que uma galeria e com um placa ao lado dizendo "O eterno caminhar" para mim não é uma obra de arte (...)"
Se lhe causou algum tipo de sensação ou fez se questionar "porque raios isso está aí?', provavelmente cumpriu seu papel. Seria uma obra realmente boa? É inovadora no conceito ou apenas repete algo que já foi feito antes? É relevante ou muito óbvia ao apresentar o questionamento proposto? Não sei, até porque nunca vi, nem sei realmente do que se trata, mas esta não é a questão. Há arte boa, sensacional, medíocre e péssima, mas isso não a torna menos arte, só fala sobre sua qualidade. O ponto é que arte vai muito além de ser algo para tão somente agradar.

E isto porque até agora falei só de artes plásticas, ainda temos filmes, literatura, música, teatro, fotografia, dança, quadrinhos, videogames (HQ e games são arte? Já é mais debate para dias). Se dentro disso tudo considerarmos como arte apenas o que é agradável e harmonioso então toda uma produção de séculos e séculos passaria longe de ser arte.

=)= disse...

E desculpem o tamanho do texto, só notei que ficou grande depois de postar.

donadio disse...


"Se dentro disso tudo considerarmos como arte apenas o que é agradável e harmonioso então toda uma produção de séculos e séculos passaria longe de ser arte."

Inclusive, espantosamente, a maior parte da produção artística explicitamente cristã.

Anônimo disse...

Pra falar mal: você tem que ter PhD em Arte
Pra falar bem: qualquer merda serve

Resumi a discussão pra vocês.

titia disse...

23:07 a questão é menos o PhD e mais o fato de que em geral quem fala mal de arte que foge do padrão globo de 'educação artística' quer censurar, vandalizar e impedir o patrocínio de qualquer forma de arte que não se encaixe nos seus padrõezinhos engessados, como você pode ver em relação ao anon "beleza e harmonia" ali em cima. Gente do tipo que acha que o mundo gira ao redor do que eles pensam "Se eu não gosto ninguém mais pode gostar, exibir e nem patrocinar" não discutem, batem pé, fazem birra e se recusam a ouvir qualquer lado.