quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

"A PROSTITUIÇÃO QUE TEMOS HOJE PODE ESTAR COM OS DIAS CONTADOS"

Esta é a terceira e última parte da entrevista que Monique, prostituta em Porto Alegre, me concedeu. Leia ou releia a primeira e a segunda parte antes, que estão ótimas.

Como você sabe, há muita divergência dentro do feminismo em relação à prostituição. Algumas feministas crêem que a prostituição é uma profissão como outra qualquer; outras, que é exploração. Essas últimas geralmente são chamadas de "abolicionistas". 
Sei que a crítica das prostitutas às feministas abolicionistas é que elas veem vocês como vítimas, não como agentes das suas próprias escolhas. Por outro lado, a prostituição está ligada à exploração e ao abuso infantil e ao tráfico de pessoas. Pode-se dizer que a questão da escolha é muito relativa para inúmeras mulheres, principalmente as menores de idade e as que estão em situação de miséria. Quais são seus sentimentos em relação a isso?
 
A questão da escolha, em todas as profissões, é algo muito relativo. Quem, em sã consciência, pode dizer que uma menina em situação de miséria tenha feito uma boa escolha ao sair de sua casa para trabalhar em casa de família na cidade grande, longe de seus pais e sujeita a todo o tipo de abuso? A prostituição está ligada à exploração, ao abuso infantil e ao tráfico humano, mas há muitas outras atividades ligadas a isso. E são esses crimes que devem ser combatidos e punidos, não as atividades extintas. Ninguém pensaria em erradicar o trabalho das costureiras, muito embora saibamos que a escravidão sustenta, torna possível, a existência de muitas das confecções em atividade no mundo hoje. 
Quanto ao abuso infantil, ele ocorre sob nossos olhos, diuturnamente, sem que seja necessariamente ligado à prostituição. É sabido que os abusadores são, em sua maioria, pessoas de confiança da criança e da família. Então, os argumentos apresentados não são, por si, suficientes para que eu consiga me posicionar contra a prostituição. Principalmente, levo em conta o fato de que, ao nos posicionarmos contra a prostituição, acabamos por nos posicionar contra a mulher prostituta, segregando, discriminando, reforçando a situação de limbo, de gueto. 
É imprescindível a reinserção da prostituta, da mulher prostituída, na sociedade, e isso não se dá quando condenamos sua forma de sustento, sua atividade, quando, de certo modo, a culpamos por sua "vida pecaminosa". Esse posicionamento só colabora para que elas se afastem mais e mais das "pessoas de vida digna". E quem sou eu, quem é você, pra julgar a dignidade do meu semelhante, sua sinceridade de princípios, sua índole?
Em resumo, a exploração tem que ser combatida sempre, a utopia de uma sociedade sem explorados têm de ser perseguida sempre, mas não acredito que a negação da realidade seja um bom caminho rumo a esses objetivos.

No Brasil, a prostituição não é crime. Mas explorar a prostituição, é. Portanto, prostíbulos são ilegais. Como o projeto do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), que propõe a regulamentação da prostituição, afetaria a sua vida? Você pode falar um pouco sobre o que acha do projeto?
 
Enquanto prostituta independente, o projeto do deputado Jean não afeta em nada a minha vida. O projeto é positivo justamente por que afeta diretamente a vida das prostitutas que atuam em outros nichos, menos favorecidos, pois determina claramente o papel das casas de prostituição, estabelece limites, define direitos para as trabalhadoras. Os prostíbulos, queiramos ou não, estão aí, em plena atividade. Ainda que fossem verdadeiramente proibidos, o que, na prática, não acontece, funcionariam na clandestinidade, criando suas próprias regras, fugindo à fiscalização. Toda a semana, recebo emails e telefonemas de meninas com interesse de trabalhar "para mim", de modo que entendo ser a mão-de-obra farta para este tipo de trabalho. Dispenso-as, não tenho interesse em agenciar, mas não posso negar que ainda seja procurada para este fim.
Durante muito tempo, entendia que mulheres procuravam pela prostituição como último recurso, devido ao desemprego. Em época de pleno emprego, o que percebo é o fenômeno oposto: os sites de anúncios estão lotados, as agências funcionam a pleno vapor e, em visita recente a algumas casas do ramo, percebo um bom aumento no número de mulheres dispostas a atuar no ramo. Também sei dos abusos e por isso defendo a regulamentação. Elas terão um instrumento mais efetivo, embora não perfeito, contra a exploração.
 
Algumas feministas criticam que o projeto do deputado não prevê melhorias pras prostitutas, apenas “visa suprir uma necessidade da indústria sexual, que juntamente com as grandes corporações, buscam utilizar o corpo das mulheres para faturar altos montantes em grandes eventos como a Copa do Mundo." Como você rebateria essas críticas?
 
O projeto, a partir do momento em que define o que seria "exploração", já prevê melhorias. Hoje em dia não há percentual definido e as casas cobram o que bem entendem, estabelecem "multas" absurdas para as trabalhadoras e, em muitos locais, sequer a função da prostituta fica bem estabelecida, sendo muitas responsáveis inclusive pela limpeza do ambiente e pela reposição do material de trabalho (preservativos, lubrificantes, sabonetes).
 
Você tem contato com outras prostitutas? Há muita competitividade, ou há bastante cooperação entre as prostitutas? Você participaria de uma cooperativa?  
 
Tenho contato com outras prostitutas, sim, procuro ter. Tenho amigas, tenho carinho verdadeiro por muitas dessas meninas de quem acabo por conhecer a luta, os sonhos, a vida... conheço muita gente! A competitividade nesta atividade é tão forte quanto na maioria das outras. A cooperação é pouca e sei que sou mal vista por muitas colegas por minhas tentativas de interação, e mesmo por falar tanto e tão abertamente do assunto. Mas já chegamos a obter avanços, já chegamos a conseguir manter por curto período um forum próprio, nosso, para nossa proteção... 
Parei de agitar esse espaço por falta de tempo e necessidade de cuidar da minha própria agenda. E, não nego, por receios diversos e bem reais. Chegamos a ser, aqui em Porto Alegre, acusadas de "formação de cartel" e de estarmos nos organizando mais do que os homens clientes -- ainda que nossa organização fosse incipiente, não tivesse mais do que alguns meses, a organização fosse pouca e tenha se dado dentre um número bem restrito de acompanhantes.
A reação machista foi impressionante: eu tirei uma semana de férias, começo de 2011, e, na volta, algumas colegas apavoradas me procuravam por medo, já que tinham sido ameaçadas por MSN de processo judicial (!) por conta de termos aumentado o valor do cachê. A ideia era de que teríamos nos combinado e isso daria aos clientes direito de reclamar ao CADE, de que estávamos cometendo crime contra a economia. 
Absurdo, mas as moças pouco sabiam de leis, e precisei acalmá-las. A cópia que me enviaram das conversas era assustadora e dava uma boa medida do quanto, e de como, há interesse em manipulá-las, manipular-nos, de modo vil. Não bastaria a quem tenha ficado insatisfeito com o aumento contratar outra acompanhante? Era necessário amedrontá-las? Que perigo, verdadeiramente, representamos? Que risco se corre quando prostitutas se organizam para sua defesa, sua proteção? A que forças estamos ameaçando?
 
A Suécia adota, desde 2009, medidas que punem a exploração da prostituição e o cliente. Esse modelo também existe na Noruega e na Islândia, e é um dos assuntos do momento na França, já que a ministra dos Direitos das Mulheres anunciou querer abolir a prostituição. Com o projeto do deputado, o Brasil não estaria indo na contramão desses países mais preocupados com os direitos humanos? Pra você, querer erradicar a prostituição seria uma utopia? Como você veria um mundo sem que as pessoas trocassem sexo por dinheiro?
 
Bom, não há dúvidas de que a Suécia é um país muito mais avançado do que o Brasil no que tange aos direitos dos trabalhadores. Mas a realidade sueca EM GERAL é distinta da nossa. A proteção social, os salários, os impostos, vamos copiar a Suécia em tudo então (óbvio que é brincadeira, pois todos sabemos que as coisas não funcionam assim e que vimos avançando muito recentemente). O que vale para eles não necessariamente vale para nós no contexto atual. Além do mais, prostituição e tráfico humano estão intrinsecamente ligados na Suécia. É a estrangeira que sai de seu país para se prostituir na Suécia -- muitas vezes sem sequer falar a língua local.
Num mundo ideal, talvez as pessoas não trocassem sexo, cuidados médicos ou mesmo conhecimento por dinheiro. São necessidades humanas essenciais... Esse não é o mundo em que vivemos, mas isso não me impede de sonhar com ele.
Entretanto, não há imoralidade em trocar sexo por dinheiro. Precisamos parar de ver o sexo exclusivamente sob esta ótica romântica e conservadora. Sexo e romantismo, sexo e envolvimento, nem sempre estão ligados. Eu entendo assim. E esse entendimento me leva a crer que é possível que a prostituição como a vemos, como a temos hoje, possa estar com os dias contados. É possível lutar por essa outra visão, em que a profissional do sexo deixe de ser vista como um ser pernicioso, e entenda-se sua função como, quem sabe, verdadeiramente, uma espécie de terapeuta que auxilia na descoberta e na relação de cada um com sua sexualidade. Em época de "personal qualquer coisa" nem se trata de uma ideia muito revolucionária. Claro que isso exigiria maior preparo e profissionalismo...
Por outro lado, olhando as coisas sem a ótica da utopia, com olhos de hoje: dá pra imaginar algum homem sendo perseguido no Brasil por conta de contratar os serviços de uma prostituta? E alguma prostituta desistindo da atividade por conta de lei desta natureza? Eu, sinceramente, considero absurda, na prática, a ideia difundida pela mídia romântica de que só existe traficante por conta da existência de drogados eventuais, um paralelo possível e mais conhecido dentre nós. Essa é uma maneira escapista e ingênua de racionalizar as coisas, fugindo do debate essencial, fingindo que estamos nos preocupando e fazendo algo para mudar a realidade que nos incomoda sem ir ao âmago das questões.

235 comentários:

«Mais antigas   ‹Antigas   201 – 235 de 235
Anônimo disse...

GENTE!! Pelamordedeus, não há relacionamentos, na acepção clássica do termo, com prostitutas, é uma prestação de serviços como outra qualquer, é uma relação comercial...
____________________-

claro que não , por isso eu disse o dia que o amigo do luix enjoar da gp ele larga ela na vida novamente.
quando ele disse que não tem saco pra relação sub entende-se que o amigo dele não tem o menor interesse em agradar mulher no quezito cama por motivos óbvios ela está lá pra servir, por isso a contratação de uma gp fixa.
Mas vc está certa, não existe nenhuma relação a não ser de comércio.

Julia disse...

Luci, não é Boromir.
É Ned Stark.

Mas acho que ele tem vocação para Ted Bundy mesmo.

Anônimo disse...

" (e aí além da situação de exploração temos a omissão do estado)."

So lembrando q nao é contra a prostituta.
Mas quanto a França machista do jeito q é...humpf

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Felipe
anatomicamente diferentes mecanismo de hormônios e os acoplado funciona de maneira diferentes pra o mesmo objetivo, ser igual no desejo ou ate mais pra mulheres(acho q esse ultimo vi, principalmente, de Regina Navarro.)



Anônimo disse...

Felipe:

Essa história de homem gostar tanto assim de sexo pra mim está muuuito mal contada...
É só ver ao que eles (não vou falar por você)se dedicam nos horários mais livres e mais nobres da semana: é a estar com outros homens, a curtir algum hobbie infantiloide ou caçar mulheres desconhecidas com quem a possibilidade de sexo é mais remota.
As mulheres com quem eles de fato TÊM uma parceria sexual garantida (e eu me refiro às parcerias recentes e vivas, e não aos casamentos moribundos), eles procuram depois de jogar futebol, ping-pong, dominó, encher a cara, assistir sessão coruja... Ou seja, com O RESTO das energias deles. E ainda se acham os caras porque perguntam: "gozou?"
Bom, mas vai saber o que os homens tão achando que é sexo, né...
Uma coisa eu te digo: estão mentindo muuuuito pra você no bar...

Leandro disse...

Energia elétrica, computador e outras coisas são conquistas da civilização, civilização esta que não existiria sem família e propriedade. Aliás, por falar nisso, quem deveria ir largar todos estes confortos proporcionados pela civilização, são vocês feministas (principalmente esta tal "Regina Navarro Lins"). Veja bem: são VOCÊS que querem acabar com a família e a propriedade privada (duas instituição bases para conservar de uma sociedade minimamente civilizada), são VOCÊS que querem acabar com qualquer controle ao instinto (religião, razão)... Enfim, são VOCÊS que querem voltar à Era Paleolítica, quando não havia propriedade, família e os seres agiam por instintos... Então, não nos acuse daquilo que vocês são. Neandertais aqui são vocês.

Nathalia ॐ disse...

Impressionante a clareza na mente desta mulher! Adorei esta entrevista pois, apesar de pensar que a prostituta faz aquilo pq quer, mtas vezes acabava pensando como no senso comum de que é pq precisa.

Anônimo disse...

Agora gostar de sexo ou querer viver num poli é ser neandertal.

Mascus,se superando hein hahaha

Anônimo disse...

''Energia elétrica, computador e outras coisas são conquistas da civilização,
civilização esta que não existiria sem família e propriedade''


vc não está levando em conta que muita coisa construída também
foi fruto da exploração do trabalho escravo! famila e propriedade? e muitos filhos bastardos tido com escravas , sendo explorados igualmente.

o outro lado da historia vcs nunca contam né?

''Aliás, por falar nisso, quem deveria ir largar todos
estes confortos proporcionados pela civilização,
são vocês feministas
(principalmente esta tal "Regina Navarro Lins").''


uai porque??? quem fica falando de tempo das cavernas são vcs..

largam vcs.


''Veja bem: são VOCÊS que querem acabar com a família e a propriedade privada ''


kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

a família não acaba
se transforma. o que está acabando e vcs não aguentam
é a mentira e a hipocrisia, o mundo não era melhor antes.
a mulher antes não era alfabetizada era proibida
de ter estudo, instrução, de trabalhar, não tinha identidade
e nem autonomia, o que restava era se calar perante os abusos
não conheço uma que tenha sido feliz assim, pelo contrário,
minha avó falava que levava uma vida de merda e que eu sou abençoada pois eu não tenho que passar por muita coisa que ela passou.
se mudaram e lutaram para sair disso é porque antes era uma vida de cão.



e vcs não querem aceitar, mas dane-se, aceitando ou não
não dá mais para parar esse processo, a vcs só restou chorar
e falar bobagens.
a familia se transforma. muda, não acaba.


''Então, não nos acuse daquilo que vocês são. Neandertais aqui são vocês.''

hua huaaaa essa foi boa.
vcs vivem chorando falando da biologia ,diferenças biologicas, porque na era das cavernas
bla bla bla... vcs é que choram o passado.

Anônimo disse...

Essa história de homem gostar tanto assim de sexo pra mim está muuuito mal contada...
É só ver ao que eles (não vou falar por você)se dedicam nos horários mais livres e mais nobres da semana: é a estar com outros homens, a curtir algum hobbie infantiloide ou caçar mulheres desconhecidas com quem a possibilidade de sexo é mais remota.
________________

cada dia que passo me convenço de que isso é lenda...

ta cheio de mulher ( na mão...) com maridos e namorados virados pro pc vendo redtube.
depois não quer chifre.

Anônimo disse...

yulia2, fale o que quiser, somos animais, e portanto somos influenciados por nossa constituição genética. Negar isso é negar princípios básicos da biologia. Claro, nós não somos escravos de nossos instintos, uma vez que temos a razão, mas dizer que eles não existem ou que não influenciam nosso comportamento é idiotice.

Anônimo disse...

ulia2, fale o que quiser, somos animais, e portanto somos influenciados por nossa constituição genética. Negar isso é negar princípios básicos da biologia
__________

seu determinismo de almanaque , como eu ja disse, NÃO convence ninguém aqui!
e como já disse e volto a dizer

o que diferencia o ser humano de ANIMAL é o raciocínio, o pensamento, questionamentos e etc...

vc faz uma confusão entre ser animal e ser mamífero. mamiferos somos, animais não.


''Claro, nós não somos escravos de nossos instintos, uma vez que temos a razão, mas dizer que eles não existem ou que não influenciam nosso comportamento é idiotice.''

a influencia é muito, mas muito pouca. È infima.
o problema é que vcs querem com essa argumento facil, validar certos comportamentos, mas vcs ignoram já que vcs gostam tanto de recorrer a isso, que mulher também rodava tudo quanto era homem, não existia noção de represão sexual e nem nada disso...
e aí?

eu vou fazer uma pergunta que nenhum mascu foi capaz de responder e vc também não será.

porque houve e há tanta repressão sexual a mulher ao longo do tempo?
se ela tem menos libido , segundo vcs...? então porque a repressão?

sei que vc não vai voltar aqui para responder como nunca nenhum voltou por pura incapacidade, mas faço a pergunta pois a esperança é a ultima que morre. no aguardo.

Luiza disse...

Eu sou fã da Cora. Argumentação nota 1000000.

Você não pensa em escrever um livro, Cora?

Leandro disse...

Eu respondo, Yulia.

Yulia, nós seres humanos temos instintos. Mas estes instintos são controlados quando há freios morais. O que as feministas e relativistas morais querem é acabar com os controles mínimos. Aí os instintos não são mais controlados.
"Sexual restraint" foi (e ainda é) necessário para manter a sociedade mínimamente civilizada. Acaba com os chamados "tabús" e a civilização se desintegra. Foi assim com os romanos, foi assim com os gregos pederastas e será assim com a nossa civilização.

Lian disse...

Eu acho a prostituição uma coisa absurda e tanto prostitutas como clientes deveriam ser punidos por isso igualmente. Comercializar sexo é uma afronta aos direitos humanos, seja na forma da prostituição de rua ou pornografia, ambas tremendamente degradantes para as mulheres e nunca, jamais entenderei como uma """"""""""mulher"""""""""" (entre muitas aspas) aceita se sujeitar a isso de livre e espontânea vontade sem se sentir um objeto a ser descartado quando vier a velhice, as doenças e tudo mais que decorre ou do tempo ou das atividades em que elas se "metem".

Tanto a pornografia quanto a prostituição, aliás qualquer coisa envolvendo a comercialização do sexo vem para satisfazer a bestialidade machista e não ajuda em nada às mulheres, muito pelo contrário. Não são os homens que precisam fazer abortos clandestinos repetidamente, não são eles que se olham no espelho dali um tempo e, por terem tudo caído, aceitam fazer programas a vinte reais naqueles anúncios em telefones públicos.

HPV é uma doença que camisinha não protege e, na forma genital, pode levar ao câncer. A inocente verruguinha é um sinal solenemente ignorado por gente que mais tarde vai estar chorando miséria na fila do SUS.

E ainda há quem diga que isso é liberação feminina... vai entender.

Gostaria de ler uma entrevista dessa mesma pessoa daqui uns 20 anos pra ver se sobrou alguma coisa desse glamourzinho machista todo. Spoiler: não sobra. Nunca.

Lian disse...

"e acho descabido as pessoas que colocam no "mesmo saco" a atividade da Monique e o crime q é cometido contra muitas mulheres e crianças, através do trafico e da pedofilia.
São coisas muito distintas uma da outra, e a regularização dessa profissão iria contribuir substancialmente para pelo menos diminuir essas atividades criminosas."

Não diminui em nada. Só serve para reforçar o comportamento machista de objetificação das mulheres, tenham elas 3 anos ou 90 anos. Legalizar a exploração da atividade sexual só serve para facilitar a vida DOS HOMENS (os exploradores), e não tornar a vida DAS MULHERES mais fácil. Não vê isso quem não quer ou, na minha opinião, está se beneficiando com o cenário.

Anônimo disse...

Arthur+1verme
Esse é um tema bem difícil,afinal oque é mais importante, a liberdade sexual e financeira da mulher,ou o fim da objetificação da mulher? isso é uma difícil questão que divide a sociedade. Penssando profundamente desde a primeira parte da entrevista cheguei a conclusão de que devemos combater a prostituição a longo prazo e apoia-la a curto prazo. explicando melhor... devemos ensinar desde crianças que somos iguais, que as moças tem tanto desejo sexual quanto os homens! Com o tempo, se assim seguir ,qualquer homen vai consseguir aomenos 1 companheira e o mesmo valhe pras mulheres e todos só teram como parceiros os que os satisfizerem . pode parecer utópico ,mas é a progreção natural de uma sociedade feminista,sendo inclusive oque eu realmente apoio! mas por outro lado , com nossa sociedade atual é impossível erradicar a prostituição, afinal os homens são doutrinados a serem maquinas sexuais e as mulheres a não sentir desejo ,portanto os homens acabam achando que precisam de putas para se satisfazer e as mulheres acabam se prendendo a homens que só querem o próprio prazer e passam a querer prostitutos. Esses fatos são tristes,mas reais,então só nos resta crescer e aceitar que nesce mundo cinza são necesarias leis que rejam a prostituição e protejam xs gp e putas... Acredito que assim acabaremos com a prostituição de forma mais humana e precisa! desculpe se falei merda ok lolinha? te admiro muito,a vc e a monique!

Sandra disse...

Não diminui em nada. Só serve para reforçar o comportamento machista de objetificação das mulheres, tenham elas 3 anos ou 90 anos. Legalizar a exploração da atividade sexual só serve para facilitar a vida DOS HOMENS (os exploradores), e não tornar a vida DAS MULHERES mais fácil. Não vê isso quem não quer ou, na minha opinião, está se beneficiando com o cenário.

Embora eu não tenha nada contra as prostitutas e as pessoas que procuram os serviços delas, sou obrigada a concordar integralmente com a afirmação acima.

A prostituição em si já não é crime. Legalizar a exploração sexual de mulheres me parece, no mínimo, temerário, além de nem um pouco feminista.

Sara disse...

Bom LIAN baseado no q vc descreve seria muito melhor pra toda humanidade NUNCA MAIS praticar nenhuma forma de sexo não é????
Só posso agradecer aos céus q vc não manda em porra nenhuma, e ninguem tenha q obedecer o modo despótico como vc enxerga o mundo...

Anônimo disse...

eu também acho que a pessoa tem até o direito de vender serviços sexuais e reconheço que existe uma demanda enorme pra isso mas não sou a favor da liberação da exploração da atividade das prostitutas (cafetão, casa de tolerância etc)

falaram aí que isso beneficia os exploradores e não as mulheres e eu concordo totalmente, até porque ser puta não é crime, elas podem até recolher INSS como qualquer pessoa, não tem erro.

também concordo com quem diz que a prostituição é degradante para as mulheres e ajuda a reforçar a objectificação(???), enfim, eu nao consigo ver a coisa como boa em nenhum aspecto, nem com filmes pornográficos eu concordo muito, embora não condene quem assista essas coisas.

sexo é bom, maneiro, gostoso e faz bem pra pele, o que não é maneiro gostoso e tudo mais é o MACHISMO, que está por trás de tudo isso aí e não entra na minha cabeça mulher apoiando essas coisas numa boa, levantando bandeira, pra mim é uma ignorância muito grande que se resolveria com bastante educação e dar oportunidade dessas pessoas vencerem na vida com outra coisa que não seja a vagina, o ânus etc.

exploração é exploração, legalizada ou não

em um país cujo supremo tribunal entende que uma garota de 12 anos já está apta para o sexo, dar aval para mais mulheres serem exploradas, abusadas, aviltadas em troca de dinheiro me parece uma burrice extrema, essa é a minha opinião e eu respeito as contrárias.

Anônimo disse...

Yulia, nós seres humanos temos instintos. Mas estes instintos são controlados quando há freios morais
_____________

o que quis dizer com isso?

mulher precisa de (freio) moral...

homem não?
JAMAIS vi em toda história homem sendo reprimido sexualmente.

Anônimo disse...

O que as feministas e relativistas morais querem é acabar com os controles mínimos. Aí os instintos não são mais controlados.
"Sexual restraint" foi (e ainda é) necessário para manter a sociedade mínimamente civilizada. Acaba com os chamados "tabús" e a civilização se desintegra. Foi assim com os romanos, foi assim com os gregos pederastas e será assim com a nossa civilização.
_______________

E quando homem teve controle MÍNIMO????

JAMAIS TEVE!!! nunca teve ,
então vc está admitindo que essa FALACIA de que homem sente mais desejo que mulher não passa de engodo

certo?

Clara disse...

"Não vendo o corpo e sim alugo a cama".

Errado. Aluga o corpo e a cama.

Leandro disse...

Yulinha, o adultério era crime para AMBOS os sexos. Então, o homem não só tinha como AINDA TEM controles mínimos. Basta ver o que aconteceu com o ex-diretor da CIA, David Petraeus, se envolveu em caso de adultério. O interessante é que ninguém defendeu Petraeus, ao contrário de Kristen Stewart (que até a Lola escreveu um texto defendendo-a), ninguém defendeu Petraeus. Ou seja, mulher não tem responsabilidades, mas o homem...

Anônimo disse...

Leleco fujão de perguntas!!!

o cara torce o assunto só pra não responder!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

não seja besta, aqui no Brasil o adultério era e sempre foi consentido ao homem! JAMAIS a mulher, mulher que traia era morta! homem jamais

agora pare de fugir da minha pergunta, não seja desonesto e responda!

esse papo de homem sentir mais desejo que mulher É FALACIA OU NÃO É?

''Basta ver o que aconteceu com o ex-diretor da CIA, David Petraeus, se envolveu em caso de adultério.''

ah que aconteceu com ele??? foi morto, foi preso, cadeira elétrica

bela merda! no máximo o cara tem que se explicar pra não sei quem...

agora responda meu questionamento!

Anônimo disse...

eu sabia que nenhum mascuzão teria capacidade de me responder....

Cora disse...


felipe,

sobre força muscular, ok. de fato homens são, em média, mais fortes q mulheres (embora a força varie em função da altura, peso e estrutura óssea e existam mulheres mais fortes q certos homens, via de regra homens têm maior força muscular do q mulheres). aliás, nunca disse o contrário disso, q é de uma obviedade absurda. o q sempre falo é q isso não implica em inferioridade e não justifica a forma violenta como homens tratam mulheres (falo de violência simbólica, e não apenas física, ok?).

mas em relação ao comportamento sexual, vc não tem como saber. e não tô fazendo graça aqui não, nem querendo provar coisa alguma. o fato é q não temos como saber!! somos resultado de milênios de controle violento sobre a sexualidade feminina. e é somente isso q sabemos.

mulheres, em diferentes culturas foram desqualificadas justamente por se “renderem” aos desejos sexuais. os gregos mesmo, consideravam a luxúria feminina incontrolável, o q justificava inclusive q mulheres não fossem educadas para não tornarem-se ainda mais perigosas (o q quer q isso possa significar, pq eu não faço a menor ideia!). na grécia, temos novamente a biologia determinando como homens NÃO compreendem (e não aceitam) a mulher. a menstruação foi usada para justificar uma série de mitos e estereótipos sobre o feminino q perduram, em sua essência, até hj!!

e eu não proponho nenhuma engenharia social. deixar de controlar com violência a sexualidade feminina não é propor engenharia social nenhuma. da mesma forma como existem homens q praticam pouco ou nenhum sexo, tb existem mulheres q praticam pouco ou nenhum sexo. da mesma forma como existem homens q praticam ou desejam praticar muito sexo, tb existem mulheres q praticam ou desejam praticar muito sexo. não há razão para louvar e respeitar uns, enqto se criticam e humilham outros.

vc disse: “Isso jamais vai acontecer”

e eu pergunto: e daí?

e afirmo novamente: impossível saber!

mas, se vai ou não acontecer não interessa!! não estamos (eu pelo menos não estou) fazendo nenhuma previsão sobre o futuro. não há necessidade nenhuma desse tipo de comentário no debate e fica parecendo, sim, q vc quer justificar o controle q existe hj, apesar de ficar defendendo liberdades.

sua defesa acaba soando falsa, mais como uma espécie de concessão masculina, do q o reconhecimento de um direito legítimo das mulheres enqto seres humanos.

qdo leio sua menção à igualdade perante a lei, leio como um entendimento apenas legal e não como um reconhecimento da igualdade plena (e, por favor, nada de falar novamente de diferenças físicas. essas não estão em questão neste momento. ser igual social e politicamente, não significa ser idêntico.)

ps. não doutrino ninguém, apenas converso com vc, o q não é, de forma alguma (e nem pretende ser), doutrinação.

Cora disse...


Luiza,

agradeço, de coração, o carinho. é muito bacana saber q existem pessoas q compartilham dos meus pensamentos.

Anônimo disse...

Existe um estereótipo de prostituição onde todas elas rodam bolsinha na rua e são degradadas, transam com o primeiro que aparece pela frente. Apesar disso existir, não engloba totalmente o mundo da prostituição.

Existem meninas que se prostituem somente para um seleto grupo de pessoas, onde ela só pode ser indicada por um cliente (não tem contato).

Há mulheres que fazem uma triagem do cara antes, pode estar 700 no bolso disposto a pagar mas se ela não for com a cara elas recusam.

Boa parte delas EXIGE higiene completa dos homens, banho, no minimo e estar bem vestido é uma obrigatoriedade.

Prostituição de divide nos seguintes nichos:

1) A mais comum, degradante, mulheres de rua e fazem tudo por qualquer preço. Histórias tristes de vida e humilhações.

2) Mulheres jovens agenciadas, estão nessa pelo dinheiro fácil mas possuem uma barreira (a cafetina) que selecionam os homens de lixos. Bêbados, maltrapilhos e assemelhados não entram.

3) Universitárias, possuem um leque limitado de clientes, possuem alto preço (acima de R$ 500) e só "funcionam" em finais de semana porque estudam/trabalham durante a semana, isso quando trabalham (podem estar viajando, não estão disponiveis em feriados).

4) Modelos profissionais, destinadas aos ricos, prostitutas de luxo são inacessíveis a grande maioria dos homens. Muito caras (chegando a custar 4 mil com incursões a restaurantes caros que paga os pratos caros por fora). Exigem no mínimo que você se aproxima com uma BMW e muito bem caracterizado, num estereótipo de homem rico que já passou dos 30 anos. Viajam ao exterior com o cliente e ganham roupas de grife caríssimas.

Anônimo disse...

Não entendo a biologia ter sido usada tanto pra desqualificar mulheres. Isso podia ter sido feito pra desqualificar homens também.


Pensem, um ser que nao consegue controler o próprio pênis, imagina outras coisas?

Seria um prato cheio naqueles tempos remotos, de ignorância..

Anônimo disse...

Cora,

Eu não estou dizendo que a superioridade física masculina deve servir de justificativa para que os homens agridam as mulheres. Da mesma forma que a superioridade física das mulheres não pode servir de justificativa para que elas espanquem crianças. Quem pensa algo assim, é um doente mental perigoso.

Eu tenho como saber sim que a necessidade sexual da mulher nunca será a mesma do homem. Você está fazendo uma confusão entre necessidade sexual e prática sexual. Uma mulher pode transar centenas de vezes em um ano, mas isso para ela é mais uma busca por prazer do que uma necessidade fisiológica. Para o homem é diferente. O sexo para ele sempre será uma necessidade biológica poderosa, que precisa ser satisfeita regularmente.

Por mais que a mulher transe com quem quiser, com quantos quiser, e quantas vezes desejar, ela fará isso muito mais pelo prazer sexual, pela diversão, pela carência, do que por uma necessidade biológica. Já o homem sempre buscará o ato sexual porque ele foi programado pela natureza a ser sexualmente mais expansivo do que a mulher, e eu já expliquei os motivos disto em outra oportunidade.

Essa é a questão. A mulher nunca vai ter a mesma necessidade por sexo que o homem, do ponto de vista biológico.

E você, e as demais feministas, propõem sim realizar uma engenharia social no mundo moderno. Modificar os valores sociais, a consciência coletiva das pessoas, subverter a religião, transformar as instituições, mudar a forma como os homens e mulheres se relacionam, modificar a família tradicional, modificar a forma como os filhos são educados, tudo isso é obra de engenharia social para um fim específico.

“vc disse: “Isso jamais vai acontecer”

e eu pergunto: e daí?”

E daí nada. Estou apenas constatando um fato. Eu já lhe disse isso noutra ocasião e vou repetir agora: não utilize premissas verdadeiras para tirar conclusões falsas. E, o que é mais grave: não pense por mim e nem ponha palavras na minha boca.

Eu não pretendo justificar controle nenhum. Eu, como indivíduo livre, me dou o direito de não me relacionar afetivamente, ou de constituir família, com mulheres que tenham sido promíscuas no passado, ou que ainda sejam no presente. Eu não sou promíscuo e nem nunca fui, tenho total direito de exigir isso. Aliás, ainda que eu fosse promíscuo, mesmo assim eu teria o direito de escolher constituir família com mulheres que “se valorizam”. E a recíproca é verdadeira. As mulheres também possuem total direito de escolha, sejam elas promíscuas ou não. É essa a liberdade que eu defendo, e é esta a liberdade salutar e justa.

O que os outros fazem com as escolhas deles não é problema meu.

Quando eu digo que você me doutrina, não quero dizer que você forma a minhas opiniões. Longe disso. Estou dizendo que você me mostra o que o feminismo defende. Evidentemente, se eu vou concordar ou não com as doutrinações, aí é outra história.

Anônimo disse...

Boa tarde:

Bastante oportuna a matéria!
Aborda uma das coisas mais controvertidas haventes_e tudo relacionado ao SEXO é controverso (aborto/relações bi_homoafetivas/virgindade/coloquiais amorosos/traição/outros)...
A prosti existe desde os primórdios da humanidade (onde até se poderia dizer DESUMANIDADE!)...
Se falam nas causas/origens desta_li num livro de auto ajuda que seria uma HUMILHAÇÃO/BAIXA AUTO ESTIMA mesmo (sendo comparada ao ALCOOLISMO/USO DE DROGAS).
Resido na capital gaúcha junto a um bairro famoso por tais coisas (o FLORESTA); um ambiente bonito/arborizado/antigo - só que crimes/afins aumentam com o passar do tempo.
Confesso que temo que ao passar por ruas/ambientes públicos - e me abordassem com tais intenções; teria medo/me sentiria mal.
Uma vez, voltava da faculdade/universidade de taxi e o taxista me disse que era comum OS NAMORADOS DEIXAREM SUAS COMPANHEIRAS NA PUC E ESTAS SAÍREM DESTA E SE ENCONTRAR COM OUTROS CARAS! Aí não seria prostituição...
Há aquela história: muito bom lidar com tais SERVIÇOS/PROFISSIONAIS, embora TER ALGUÉM CONHECIDO SERIA PÉSSIMO (com essas leis: parece que isso diminuiu, era comum a 1a vez do cara ser com essas profissionais). Ou não seria tão MOSTRADA TAL INICIAÇÃO.
Existem coisas que nunca chegarão à (alg)uma conclusão/resposta: aborto/eutanásia/maioridade penal/direito dos animais_bichos/uso de células tronco/casamento entre iguais/liberação das drogas/pena de morte/e também a prostituição... São coisas mesmo!

Até,
Imare

Anônimo disse...

Não sei porque estudei tanto, deveria ter virado uma garota de programa que daria muito mais dinheiro. Pois agora uma GP é tão valorizada quanto uma mulher que tem um emprego fora desse ramo. Depois destes textos me sinto desvalorizada...

Fernanda Cardoso

sidão disse...

sexo é como droga vicia,e a mulher detém o poder sobre o sexo, ela faz ou não faz, o homem é fraco, homem tem fome de sexo, e só uma mulher pode alimenta-lo, é a mulher que ele se casou, mais infelizmente não é isso que vem acontecendo, pois as prostitutas estão aí pros homens fracos e sedentos de sexo.

iacamiaba disse...

pessoal tá desinformado sobre as leis francesas e nórdicas. acho estranho que o blog não tenha explorado melhor esse assunto. as leis de lá criminalizam o cliente.

Lady Morwen disse...

Modelo nordico de criminalizar clientes e gente que aluga apartamentos pra prostitutas ou sites de anuncio nao funciona. Vc bota as garotas na rua, expondo elas a violência e a clientes violentos, pq os clientes honestos e que tendem a serem melhores tendem a obedecer a lei enquanto os caóticos vão procurar elas nas ruas a noite. Para piorar a gente sabe o q vai acontecer depois: a polícia vai cobrar suborno das prostitutas para não multar ou prender os clientes dela. E ai pronto,vc tem uma milicia de cafetões dentro do estado impossível de ser dissolvida. Vc ferra a vida da profissional do sexo e a de todo mundo pq a policia vai ficar ainda mais corrompida.
Sabe o que resolve: autogestão. Bordeis, sites e etc poderiam e deveriam ser autogestionários, sendo controlados pelas próprias profissionais sob a forma de cooperativas. Isso seria muito bom, seria basicamente a socialização como meio de resolver o problema. E o problema chama cafetão, tb conhecido como patrão, ou seja, o burguês da parada.

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