quinta-feira, 4 de março de 2021

BOLSO, PERIGO PARA O MUNDO

Ontem o Brasil teve 1.910 mortes em 24 horas, um recorde. O cientista Miguel Nicolelis acredita que já já o país pode registrar 3 mil mortes por dia.

"Temos no país a reunião de todas as variantes de coronavírus, inclusive as nossas próprias. Essa é a bomba relógio. Se você foi contaminado com a variante inicial brasileira, os anticorpos que você desenvolveu são nove vezes menos eficientes para combater a nova variante amazônica. [...] Nós vamos entrar numa situação de guerra explícita. Nós podemos ter a maior catástrofe humanitária do século XXI em nossas mãos", explica Nicolelis, que coordenou ao longo da pandemia o Comitê Científico do Consórcio Nordeste para a covid-19. 

Além disso, Nicolelis adverte que o Brasil é uma ameaça pro mundo, um laboratório a céu aberto para o vírus proliferar, criando mutações ainda mais letais. O planeta inteiro deveria se posicionar contra Bolso, que se tornou o inimigo público número 1 na pandemia.

Esta também parece ser a opinião de um jornal respeitado internacionalmente. Um ano depois, estamos pior que nunca, afirma o New York Times. Nenhum outro país afetado tão severamente pela covid ainda está apresentando os recordes de contaminações e mortes que o Brasil vem ostentando. 

Estudos preliminares apontam que a nova cepa do vírus que varreu Manaus não só é mais contagiosa, como pode reinfectar quem já pegou e conseguiu se recuperar da covid. Esta variante já não está restrita ao Brasil. Foi detectada em quase trinta países. E, sem que o mundo inteiro esteja seguro, os países ricos também não ficará. Como diz a pesquisadora Ester Sabino, "Você pode vacinar toda a população e controlar o problema por um curto período se, em outro lugar no mundo, uma nova variante surgir. Ela chegará lá um dia". 

O divulgador científico e doutor em microbiologia Atila Iamarino avisa que há boas notícias em relação a novas vacinas -- mas não pro Brasil, que está no fim da fila para a aquisição de qualquer imunizante. Ele explica também que o recorde de mortes que vemos hoje ainda são resultado da falta da responsabilidade da população no Natal e Reveillon. A conta do carnaval ainda está pra chegar. E, mais assustador ainda: se o país tivesse passado pelo que Manaus passou até aqui, o Brasil teria 900 mil mortes, em vez das já absurdas 260 mil.

Atila já chama o momento de Ano I, sugerindo que nosso país ainda sofrerá vários anos com a pandemia.

Pedro Hallal, doutor em epidemiologia e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas, um dos dois professores ameaçados com processo administrativo por criticarem Bolsonaro, diz: “Se a gente tivesse que elencar uma única medida que ajudaria a resolver os problemas, é trocar o comando do País. Se a gente tivesse alguém no comando do País que, minimamente, ouvisse a opinião dos pesquisadores, o Brasil jamais teria chegado a mais de 250 mil mortes. Três de cada quatro mortes teriam sido evitadas se o Brasil tivesse um desempenho do enfrentamento à pandemia igual à média mundial. Não estou dizendo ser igual à Nova Zelândia, é se a gente fosse igual a média. Isso dá uma noção da dimensão do quão fracassada é a política do governo Bolsonaro no enfrentamento à pandemia". 

Para o governador do Maranhão Flavio Dino, “este é o pior momento da história do Brasil”. Ele crê que “os livros de história contarão isso daqui algumas décadas”.

E aquela história que o combo BolsoGuedes ainda não se cansou de contar? Aquela que diz que a economia deve vir em primeiro lugar, que fome e miséria são piores que o vírus, que medidas restritivas sufocam o país? Bem, o PIB do Brasil caiu 4,1% em 2020 em relação a 2019 (ano sem pandemia, e já com um pibinho de 1,1%). Foi o terceiro maior tombo da história. O governo genocida finge ignorar que países que controlaram melhor a pandemia tiveram a economia menos afetada. Ou seja, aqui foram 260 mil mortes e economia falida. Uma administração incompetente em todos os campos -- menos naquele de matar gente.

Eu tenho uma certeza: se Haddad fosse presidente, não teríamos tantos brasileiros mortos por covid. Aliás, tenho duas certezas: com um professor no poder, o Brasil poderia ser líder de fabricação de vacinas na América Latina (sabe quem vai ficar com esse posto, não sabe? Cuba -- que promete doar 100 milhões de doses das vacinas que eles estão desenvolvendo para a América Latina e África). Com Haddad, e talvez até com qualquer um que não fosse o genocida, o Brasil não seria aterro sanitário de cloroquina que os EUA mandam pra cá.

Amanhã Fortaleza entra em lockdown até o dia 18 de março. Muitas outras grandes cidades no Brasil trilharão o mesmo caminho, na tentativa de evitar o colapso total. Eduardo Paes, prefeito do Rio, do DEM, partido da base de sustentação de Bolso, disse que as novas medidas restritivas são para "evitar que se repita o genocídio de 2020". Com a letargia do governo federal, é só no dia 18 que o novo auxílio emergencial (uma mixaria entre R$ 125 e 375) começará a ser pago.

E o país continua sem plano. Bom, pelo menos sem um plano de conter a pandemia. Plano de genocídio parece que Bolso e seus sinistros já definiram faz tempo.
Mas discordo do Atila quando ele sugere que a nova cepa do vírus, mais letal e mais contagiante, deve se chamar Variante Brasil. O nome deveria ser Variante Bolsonaro, como propõe o Cris Vector

7 comentários:

Anônimo disse...

a) Lola sou sua fã amo seu blog.

b) Como perdoar está classe média pão com ovo racista machista homófobica preguiçosa que em um ato de egoísmo de simplesmente querer tirar direitos de outras pessoas elegeram este traste ? Não consigo

Anônimo disse...

O resto do mundo tem o Covid-19 e no Brasil temos o bolsovírus, pois o Covid se incorporou no bozocida, ambos tem o objetivo de matar o maior número de pessoas possível, mas o mercado financeiro também lucra com o genocídio generalizado. O caos é perfeito e muito lucrativo para bozocida, a elite mesquinha e o mercado financeiro.

Anônimo disse...

Nível de perigo "Príncipe Saudita Mohammed bin Salman".
Biden vai dá uma coça nele.

Anônimo disse...

Até o desgovernador de Minas, Romeu o-virus-precisa-viajar-um-pouco Zema, né, decretou loquidáum severo em duas regiões do estado, um dia após se reunir com Bolorasno. Zema, né, é aquele que nunca assina as críticas de todos os outros governadores contra o genocida-mor. Se até o candidatíssimo a governador biônico Romeu Zema, né, está decretando loquidáum, isso significa que a coisa está realmente feia.

Anônimo disse...

3.000 mortes por dia é o que diz o Miliquistério da Saúde:

https://www.brasil247.com/coronavirus/brasil-tera-mais-de-3-mil-mortes-diarias-por-covid-em-marco-reconhece-assessoria-de-pazuello

Infelizmente, os números do Nicolelis já estão subestimados.

Anônimo disse...

Apesar de tudo isso o Bolsonaro ainda será reeleito. Triste o destino desse país.

Nícolas disse...

Muito força pra vocês todas e todos que estão lendo. Muita força a você Lola.
Com todo meu carinho e preocupação, por favor, se cuidem.
Que aflição ler isso. O que a gente pode fazer? Eu quero muito fazer alguma coisa AGORA.
Beijos e abraços com distanciamento social.