sábado, 29 de julho de 2017

FEMINICÍDIO: A DOR E REVOLTA DE PERDER UMA IRMÃ

Este é mais um caso de feminicídio... que não está sendo tratado pela polícia e, até pouco, pela mídia, como feminicídio. Precisamos fazer barulho para que este caso hediondo seja caracterizado pelo nome: feminicídio. 
Mayara Amaral, de 27 anos, era uma de nós. Feminista, professora, pesquisadora e musicista, ela desapareceu na última segunda. No dia seguinte, seu corpo foi encontrado carbonizado numa estrada em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Antes, ela foi morta a marteladas num motel por dois homens, um deles também músico, com quem ela estava envolvida. Antes de atearem fogo ao corpo dela, eles chegaram a enterrá-la num quintal, mas mudaram de ideia.
Quer dizer: Mayara foi estuprada, morta a marteladas, enterrada e queimada por três homens, um dos quais um "caso", e não foi feminicídio? A polícia realmente vai acreditar que o trio fez tudo isso para roubar um carro velho que custava mil reais?
O delegado Tiago Macedo, responsável pela investigação, parece crer na versão dos assassinos -- de que Mayara quis estar no motel com eles (pra quê o martelo, então?), que eles a roubaram, e que só aí alguma coisa deu errado, e eles a mataram. A declaração do delegado é perturbadora: ele não apenas descarta o feminicídio, mas o próprio homicídio de uma mulher que foi assassinada. Eis o que ele disse ao Campo Grande News:
"Ao que tudo indica até o momento, não houve homicídio. O que aconteceu ali é que o autor, verificando a possibilidade de cometer um roubo, atraiu a vítima e teve como resultado deste crime, que é um crime contra o patrimônio, a morte da vítima. Nós verificamos que existe uma tendência das pessoas afirmarem que porque uma mulher morreu é feminicídio, mas isso não corresponde ao ordenamento jurídico".
Temos a polícia e a mídia para defender os assassinos e condenar Mayara. E temos o senso comum, que julga a musicista por ela ter ido a um motel com um dos homens. Como se isso fosse algum tipo de justificativa! 
Reproduzo o importante relato de Pauliane Amaral, irmã de Mayara. Pauliane publicou o texto na sua página no FB anteontem. Como a polícia ainda não ouviu a família, o relato de Pauliane é fundamental para que o assassinado da sua irmã (nossa irmã!) seja visto como feminicídio. 
Afinal, não foi uma mulher que foi assassinada aleatoriamente por dois estranhos, e depois queimada por mais um. Foi uma mulher que foi estuprada por dois homens, um dos quais era conhecido. Mayara foi morta por ser mulher.
Não ficará assim. Haverá protestos. Ouça Mayara, e leia o texto da Rede Sonora - Música e Feminismos sobre o caso, e o depoimento de Pauliane.
QUEM É MAYARA AMARAL?
Minha irmã caçula, mulher, violonista com mestrado pela UFG e uma dissertação incrível sobre mulheres compositoras para violão. Desde quarta Mayara Amaral também é vítima de uma violência que parece cada vez mais banal na nossa sociedade. Crime de ódio contra as mulheres, contra um gênero considerado frágil e, para alguns, inferior e digno de ter sua vida tirada apenas por ser jovem, talentosa, bonita… por ser mulher.
Mais uma vez a sociedade falhou e uma mulher, uma jovem professora de música de 27 anos, foi outra vítima da barbárie de homens que não podem nem serem considerados humanos. Foram três, três homens contra uma jovem mulher.
Um deles, Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, por quem ela estava cegamente apaixonada, atraiu-a para um motel, levando consigo um martelo na mochila. Lá, ele encontrou um de seus comparsas.
Em uma das matérias que noticiaram o crime, os suspeitos dizem que mantiveram relações sexuais com minha irmã com o consentimento dela. Para que o martelo então, se era consentido?
Estranhamente, em nenhuma das matérias aparece a palavra ESTUPRO, apesar de todas as evidências.
Às vezes tenho a sensação de que setores da imprensa estão tomando como verdade a palavra desses assassinos. O tratamento que dão ao caso me indigna profundamente.
Quando escrevem que Mayara era a “mulher achada carbonizada” que foi ensaiar com a banda, ela está em uma foto como uma menina. Quando a suspeita envolvia “namorado” hiper-sexualizam a imagem dela. Quando a notícia fala que a cena do crime é um motel, minha irmã aparece vulnerável, molhada na praia.
Quando falam da inspiração de Mayara, associam-na com a história do pai e avô e a foto muda: é ela com o violão, porém com sua face cortada. Esse tipo de tratamento não representa quem minha irmã foi. Isso é desumanização. Por favor, tenham cuidado, colegas jornalistas.
Para nossa tristeza, grande parte das notícias dão bastante voz aos assassinos e fazem coro à falsa ideia de que os acusados só queriam roubar um carro. Um carro que foi vendido por mil reais. Mil reais. Um Gol quadrado, ano 1992. Se eles quisessem só roubá-la, não precisariam atraí-la para um motel.
Um dos assassinos, Luís, de família rica, vai tentar se livrar de uma condenação alegando privação momentânea dos sentidos por conta de uso de drogas. Não bastando matar a minha irmã, da forma que fizeram, agora querem destruir sua reputação. Eis a versão do monstro: minha irmã consentiu em ser violada por eles, elas decidiram roubá-la, ela reagiu fisicamente e eles, sob o efeito de drogas, golpearam-na com o martelo – e ela morreu por acidente. 
Pela memória da minha irmã, e pela de outras mulheres que passaram por esta mesma violência, não propaguem essa mentira! Confio que a Polícia e o Ministério Público não aceitarão esta narrativa covarde, e peço a solidariedade e vigilância de todos para que a justiça seja feita.
Na delegacia disseram à minha mãe que uma outra jovem já havia registrado uma denúncia contra Luís por tentativa de abuso sexual… Investiguem! Se essa informação proceder, este é mais um crime pelo qual ele deve responder. E uma prova de como a justiça tem tratado as queixas feitas por nós, mulheres. Se naquela ocasião ele tivesse sido punido exemplarmente, talvez minha irmã não tivesse sofrido este destino.
Foi tudo premeditado: ela foi estuprada por dois desumanos.
O terceiro comparsa – não menos monstruoso – ajudou a levar o corpo da minha irmã para um lugar ermo, e lá atearam fogo nela, como se a brutalidade das marteladas no crânio já não fosse crueldade demais. Minha irmã foi encontrada com o corpo ainda em chamas, apenas de calcinha e uma de suas mãos foi a única parte de seu corpo que sobrou para que meu pai fizesse o reconhecimento no IML. “Parece que ela fazia uma nota com os dedos”, disse meu pai pelo telefone.
A confirmação veio logo depois, com o resultado do exame de DNA. Era ela mesmo e eu gritei um choro sufocado.
Eu vou dedicar o meu luto à memória da minha irmã, e a não permitir que ela seja vilipendiada pela versão imunda de seus algozes. Como tantas outras vítimas de violência, a Mayara merece JUSTIÇA – não que isso vá diminuir nossa dor, mas porque só isso pode ajudar a curar uma sociedade doente, e a proteger outras mulheres do mesmo destino.

UPDATE em 1/8: Polícia de Campo Grande diz que em nenhum momento descartou a hipótese do feminicídio no caso de Mayara, mas que as evidências apontam para latrocínio (roubo seguido de morte). Família de Mayara diz em entrevista que não condena a polícia e que concorda com a tipificação do crime como latrocínio, não feminicídio. Pauliane editou seu texto e retirou dele a palavra feminicídio

UPDATE em 5/8: Em entrevista, Luís Alberto Bastos Barbosa diz que agiu sozinho, e que só encontrarão as digitais dele no martelo. A delegada Gabriela Stainer confirma: Ronaldo não aparece nas imagens das câmeras do motel. Além disso, Luís conta que estava só quando ateou fogo no corpo de Mayara, e que Ronaldo e Anderson só foram chamados para se livrar do carro (pelo qual pagaram mil reais). Pela entrevista, pode-se ver que o roubo nunca foi sua motivação. Ele diz: "Fui movido pelo ódio porque tínhamos discutido e ela debochou da minha namorada. Chamei-a de vagabunda e ela me bateu. Tive um ataque de fúria, tinha bebido e cheirado". Ou seja, femicídio. Mas no Brasil a pena para quem mata para roubar um carro é maior que a de quem acaba brutalmente com a vida de uma mulher.


Ontem, em SP, aconteceu o ato de protesto Nós por Nós: ato contra o feminicídio e em memória de Mayara. Há também manifestações marcadas para Goiânia, Natal, Curitiba e Rio de Janeiro. 

28 comentários:

Felipe Roberto Martins disse...

Que situação triste. Que Deus conforte esta família e a Justiça seja feita. Estes rapazes não são pessoas e sim monstros.

Anônimo disse...

Historia terrível. mas noto que em seu texto você critica a policia mesmo após a investigação ter elucidado o caso e os assassinos terem sido presos por ela?!
Critique o fato que graças a cultura do "não punitivismo" estes caras não vão passar nem 10 anos atras das grades, com reduções de pena e indultos absurdos.

Anônimo disse...

Legalizem as drogas, olha que beleza o resultado.

Anônimo disse...

Atuação indigna da imprensa. Desejo que a justiça seja feita, o que da pra temer não aconteça com a justiça que temos no Brasil. Difícil imaginar a dor que a família de Mayara está sentido, que será ainda maior se os culpados não forem devidamente condenados.

Cheguei..f

Anônimo disse...

Para efeitos de pena e condenação é melhor que o crime seja tratado como latrocínio. É perigoso deixar esses caras irem a Juri, em vista do trabalho que a imprensa já está fazendo em defender os algozes da vítima.

Anônimo disse...

Homicidio jah dah ateh 30 anos de cadeia. Nao ha necessidade de ter uma lei especifica caso a vitima seja mulher.

Nao faz sentido q matar um homem dê menos tempo de cadeia que matar uma mulher. A pena tem q ser a mesma.

Anônimo disse...

Mas se não fosse este post... Vi uma reportagem bem curta dizendo que foi latrocínio, deu a entender que invadiram a casa da moça.

Bruno disse...

Esse feminicídio me fez lembrar do filme "Cama de gato" (2002), protagonizado por Caio Blat. Histórias muito parecidas.
Além dos coletivos feministas, a denúncia e pedidos de apuração dos fatos deveriam ser colocados nas pautas dos/as músicos/as (suas associações profissionais e acadêmicas, artistas da música, etc). Sugiro, a quem puder, que façam esses contatos.

Anônimo disse...

Tratar como feminicídio, como crime contra a vida e não como latrocínio vai favorecer os bandidos.

latrocínio: 20 a 30 anos, não vai pra júri
feminicídio: 12 a 30, vai pra juri, entra como homicídio qualificado

Querem mesmo que um corpo de jurados decida sobre uma mulher que a imprensa já tá condenando a conduta sexual? Depois não reclamem.

titia disse...

Todo apoio pra família da moça e que os assassinos fiquem presos. E alguém por favor tire esse delegado da mesa, pelo amor de tudo que é mais sagrado, COMO esse cérebro de bosta diz que não foi um homicídio? Pelamor, devia pelo menos ter dito que se tratava de latrocínio! Que porra é essa agora de nomear delegado que não entende nada de lei?

13:09 não mataram a moça por drogas, seu porra. Mataram porque acharam que ela era brinquedo - que podia inclusive ser quebrado pros crianções barbados se divertirem.

donadio disse...

"Tratar como feminicídio, como crime contra a vida e não como latrocínio vai favorecer os bandidos.

latrocínio: 20 a 30 anos, não vai pra júri
feminicídio: 12 a 30, vai pra juri, entra como homicídio qualificado
"

Então por que a defesa está defendendo a tese de latrocínio?

Por que, evidentemente, a alternativa não é a que você coloca, e sim:

1) latrocínio
2) homicídio várias vezes qualificado (feminicídio, uso de emboscada, motivo torpe, para assegurar a impunidade de outro crime) + estupro

******************

Mas o código penal, tal como está, tem inconsistências graves.

Uma delas, que deveria ser de direto interesse de quem quer que se diga feminista ou simpatizante, é a seguinte:

estupro seguido de morte - 12 a 30 anos de reclusão
roubo seguido de morte (latrocínio) - 20 a 30 anos de reclusão.

Donde se vê que para o CP a propriedade material é um bem jurídico maior do que a liberdade sexual.

Frederico disse...

Outro culpando algo (SPA) e não o assassino

Anônimo disse...



Acho errado ter uma lei específica de feminicídio. Não faz sentido que matar um homem dê menos tempo de cadeia do que matar uma mulher. A lei específicamente cria cidadãos de segunda classe (homens).

O que fode esse país é a idéia de que um criminoso só precise cumprir 1/6 da pena antes de entrar no regime aberto.
Se não fosse isso, homícidio ia dar 30 anos de cadeia.

Anônimo disse...

Assassinos não são punidos no Brasil,se a família quiser justiça deve faze-la ela mesma.

Anônimo disse...

Ter latrocínio com pena maior que femininístico nada mais é um erro dos grupos de pressão atuais que veem a pena apenas como reeducativa e não punitiva e como exemplo, apenas criar um tipo especial não é suficiente deve-se pesar a mão se quer usar como inibidor.

Deveria mudar o código como nos EUA no momento da pena, o juri também indicaria quanto tempo poderia se dar a progressão, o juri é uma representação da sociedade, e também ser a instância de cumprimento de pena automática.

Mudanças na legislação para tornar-se pró-sociedade em um momento de epidemia da violência seria o ideal, mas enquanto isso os governantes fazem projetos, lançam com festa e o resultado é zero ou até piora o que havia.

Rodolfo Abrantes disse...

E um crime terrível, e isso que dá ter tanta pena de vagabundo se tivéssemos pena de morte e prisão perpétua para crimes hediondos como estupro e homicídio qualificado não teríamos tantos crimes quanto esses.

Temos que ser bem mais rigorosos com animais com esses são seres humanos despresiveis.

Denise disse...

De embrulhar o estomago. Como sempre a mulher vista como propriedade dispensável. Agora, não é possível que a polícia realmente ache que é crível que um assassinato cruel desses tenha sido motivado por um simples roubo de carro velho. Fora que pra roubar um carro precisa estuprar antes? Outra coisa, o delegado diz que a vítima reagiu, foi golpeada com um martelo mas não havia a intenção de matar. Só pode ser brincadeira, né? Os assassinos dão um golpe de martelo na cabeça da vítima e pretendiam o q? Imobilizá-la apenas? Causar um machucadinho de leve? É óbvio que foi feminicídio, só mesmo essa polícia machista para não ver.

Anônimo disse...

É muito melhor que o crime seja julgado como latrocínio justamente pra não passar na mão do tribunal do Juri. A garota já está tendo a conduta questionada e júri não tem acordo, se absolver absolveu, juiz não pode fazer nada além de dar e dosar a pena. Aí acontece um negocinhozinho, pronto, juri anulado, passa o tempo, 200 recursos depois novo julgamento e aí todo mundo já esqueceu, a imprensa tá falando de outra coisa... o andamento de crimes contra patrimônio é muito mais rápido e a pena mínima é de 20 anos. Tá cheio de homicida na rua. Latrocida, não.

Se eu fosse da família faria de tudo pra esse crime não parar no corpo de jurados porque a chance de impunidade nesse caso específico é imensa, fora que os(as) oportunistas já estão aparecendo aos montes. Essa menina vai ser execrada, já está sendo.

titia disse...

E o pior é que, realmente, será melhor se o caso for julgado como latrocínio do que como feminicídio. Mais uma prova incontestável de que no Brasil sua vida só vale o quanto você tiver na sua conta bancária. Ter uma vagina e um índice de melanina maior que 15% diminui em muito o valor da vida de alguém. Triste.

10:45 não cheire cu de bode antes de comentar.

Anônimo disse...

"vegetariano, fã de natureza, até então pacifista e amigável"...(matéria do site)

É... por essas qualidades, quem pensaria que um sujeito desses seria capaz de fazer o que fez?
É incrível como a cada dia que passa fica difícil detectar esses espíritos de trevas. Alguém com tal qualidade, eu deixaria entrar na minha casa tranquilamente, pois sou adepto da natureza e meus amigos têm um perfil MUITO parecido com o desse monstro aí(inclusive eu tenho um amigo que se parece muito com ele).

Anônimo disse...

Sobre o juri, na mesma semana teve com esse mais dois casos chocantes no MS, uma criança foi levada por um menor de 14 anos para o encontro de professor de 38 anos, lá estupraram e mataram a criança, descartaram o corpo no rio para sumir. Outro uma família de empregados de um sítio, mataram a facadas os patrões, mas antes estupraram a mulher, queimaram também os corpos sem antes destruir os rostos com facão.

Pelo máximo que alguns setores queiram discutir a vida dela,a sociedade no geral está em choque pelos ocorridos, por isso se vc passar de 30 para 40 anos alguns crimes, prefiro nem detalhar, mas os três do MS poderiam entrar, para dar uma sinalização do que a sociedade não aceita, isso passa muito fácil se for para referendo.

Claro que não valerá para os criminosos atuais, mas dez anos a mais e ainda podendo aumentar o tempo de progressão.

Anônimo disse...

(Viviane)
Donadio, eu sou leiga em Direito, mas, pelo pouco que conheço, essas distorções do Código Penal não são "privilégio" dos crimes contra liberdade sexual. O CP protege mais os bens materiais que a própria vida: ex.: o crime de furto tem pena maior que o de "subtração de incapaz" (raptar um recém-nascido dentro da maternidade). Por isso, essa luta não é só das feministas, mas de todos os que se importam com os direitos humanos. Enquanto os legisladores se importarem mas com a propriedade que com a vida, vai ser isso aí...

Ana disse...

Sou de Campo Grande e, pelo que li sobre o ocorrido, realmente fica difícil descartar o feminicídio.
Apesar disso, a própria família se manifestou dizendo que concorda com a tipificação dada pela polícia, e que não acredita que tenha ocorrido feminicídio. Pelo que entendi da reportagem que saiu num portal online local, a irmã que escreveu esse relato já o editou, retirando a palavra "feminicídio" do texto... e os demais familiares se manifestaram tristes com toda a repercussão dada ao caso e as críticas à polícia, que já conseguiu prender os autores do crime.
Fiquei meio sem entender essa posição, mas, no fim das contas, acredito que a família só quer deixar em paz a memória da filha falecida...
O link da reportagem à qual faço alusão: https://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/policia-diz-que-provas-mudaram-caso-mayara-de-feminicidio-para-latrocinio

lola aronovich disse...

Obrigada pelas informações, Ana. Incluí um update no final do texto. Sempre que tiver novas informações, deixe um comentário, por favor.

Anônimo disse...

Faltou deixar um TEXTÃO alertando as moças sobre os perigos de se relacionarem com vagabundos "zé droguinha" como o caso do tal pretenso "músico".
Vejo que a moça era música profissional e estudada "de fato" o que é raro, portanto tem meu respeito. Mas errou feio ao manter contato com drogado vagabundo.
Não estou dizendo que ela teve culpa do que ocorreu. Ela só foi talvez inocente demais.
Não sei se ela era usuária, mas o que muita gente "do bem" esquece é que nem todo "alternativo vida boa" é da paz. Esse aí era psicopata, com amigos afins.
Se fosse um país sério, daqui algum tempo teriam a oportunidade de reencarnar e tentar outra vez.
Não existe justiça com leis brandas.
Quem poupa os lobos sacrifica as ovelhas, taí a prova.

Anônimo disse...

"Então por que a defesa está defendendo a tese de latrocínio?"

Parece que o jogo virou, não é mesmo?

http://www.midiamax.com.br/policia/nova-versao-assassino-mayara-deve-culpar-drogas-antecipa-defesa-349878

Anônimo disse...

Certos homens que aparecem pra comentar aqui, quando de boca fechada, são grandes oradores kkkkkkkk

Vai ser melhor que pelo menos o baterista seja julgado por latrocínio. A irmã de Mayara e quem mais organizou essa campanha virtual não estavam informados o bastante pra saber a diferença entre os crimes e o que seria mais benéfico não para os criminosos mas para que se tenha alguma justiça de fato para a musicista.

E fora que tudo de fato aponta para o latrocínio mesmo e aí não tem o que inventar. 17 mil reais, a vida humana tem valido muito pouco mesmo.

Seria engraçado, se não fosse trágico, os apelos da defesa para que agora faça-se valer "a vontade da família" na retipificação do crime. Gostaria de saber como esses caras dormem à noite.

No mais, é bom saber que a Mayara não vai ter a vida devassada em um juri porque é exatamente o que aconteceria e mais, pra fins de Direito ninguém deve se impressionar com pena máxima alguma. É a pena mínima que na prática faz a diferença no tempo em que alguém vai cumprir seu tempo no sistema, obter benefícios etc. Quanto maior a pena mínima, mais difícil a vida do bandido.

De resto, fica o alerta para todos os ativismos: antes de pleitear algo, é bom se informar profundamente sobre, tem tanta advogada aí que poderia ter explicado sobre as diferenças nas penas entre latrocínio e homicídio qualificado por feminicídio. Caso a polícia ou o MP tivessem caído nesse papo apenas o assassino seria beneficiado. Muito ajuda quem não atrapalha, viu gente?

Unknown disse...

Que história chocante. Mais uma, infelizmente.