segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A MAIOR INIMIGA

M. me enviou este relato.

Conheci seu blog por acaso há pouco tempo. Desde então venho lendo seus textos, mas nunca participei postando comentários, não me sinto segura pra isso. Admiro muito esse dom que você tem de transformar suas ideias e sentimentos em palavras, sinto uma ponta de inveja, não nego.
Dentre muitos posts, os que me chamaram a atenção foram os desabafos de pessoas, assim como eu anônimas, que encontraram em você a confiança pra contar seus segredos mais íntimos. Sei mais que ninguém como é difícil abrir o bauzinho que fica escondido embaixo da cama e olhar aquele fantasma que fica lá trancado, como se assim ele sozinho pudesse ser resolvido, esquecido, superado. Essas pessoas encontram em você a segurança de uma mãe, irmã, psicóloga, melhor amiga, alguém especial e capaz de ajudar. Depois de ler muitos desses depoimentos comoventes, decidi enviar-lhe esse email. É difícil demais.
Sempre fui introvertida e tímida e, pra ajudar, não fui agraciada com beleza física, e isso sempre me deixou à margem dos outros. Sempre fui péssima pra fazer amigos, e manter as poucas amizades que consegui fazer foi quase que impossível. A única coisa boa que eu achava que eu possuía, a inteligência, nunca me ajudou em nada. Na escola só era lembrada nas horas das provas e trabalhos em grupo. Não me negava em ajudar, sempre fui boba e não desperdiçaria a oportunidade de me sentir valorizada.
Graças a pais castradores, o pouco de ânimo que eu tinha foi morrendo. Não fiz faculdade, a possibilidade de ter que morar fora era totalmente descartada. Hoje estou velha demais pra tentar, ainda moro com eles, sou a filha solteirona, sem filhos, trabalho no mesmo emprego há 15 anos, sem perspectiva de crescimento na empresa. Mesmo infeliz, não tenho coragem de procurar algo melhor, porque não acredito ter capacidade.
Cheguei à idade adulta sem o menor motivo de orgulho. Ontem fiz 35 anos e me envergonho de mim mesma. No campo afetivo sou tão incompetente quanto em qualquer outro, nunca tive namorado, pode acreditar, nunca fui beijada e consequentemente sou virgem. 
Das minhas colegas de colégio eu era a mais feia, magricela, já não bastasse a feiura, não tinha nada que pudesse chamar a atenção masculina. Sempre foi doloroso ver as meninas beijando, namorando, e eu sempre sozinha. Hoje as coisas não mudaram, melhorei um pouquinho por causa da idade, mas continuo sem graça.
Minhas colegas de trabalho sempre recebem elogios pomposos como "Nossa, você é linda", vários tipos de cantadas, e eu no máximo consigo um, "você é simpática", e claro que tenho que fingir que não ligo, que não me sinto humilhada.
Sinceramente, Lola, não consigo me imaginar nua diante de um homem, tenho vergonha do meu corpo, sou feia. Eu sinto sim muito desejo, muita vontade, mas me travo. Irônico imaginar que tantas meninas se entregam com tanta facilidade pra um, pra vários. 
Fico com o rosto ardendo quando algum médico me pergunta se já fiz preventivo e eu digo que não por ser virgem, minhas pernas tremem de vergonha, eles nem conseguem disfarçar o espanto, imagino o tipo de coisa que se passa na cabeça deles. 
Tentei adquirir cultura como forma de compensação, mas isso não vale nada, sei por experiência própria, um tremendo papo furado. Moro numa cidade do interior e me sinto sempre um ET por não curtir as mesmas coisas que todos curtem. Me sinto como o personagem masculino do livro de Dostoiévski, Noites Brancas (meu preferido), que vive uma vida vazia, infeliz, cheia de sonhos, mas com a certeza de que o futuro não será nada diferente.
Minha insegurança é total, não tenho coragem de frequentar academias pelo pavor que tenho  de ser alvo de críticas, piadas, olhares maldosos. Prefiro a solidão e o isolamento, acho que conseguir trabalhar foi um grande progresso pra mim, mas sinceramente não gosto do que faço.
Não tenho coragem de conversar com ninguém sobre minhas dúvidas, minha mãe já teve uma vida sofrida, não merece carregar a incapacidade da filha fracassada, não tenho coragem de procurar ajuda profissional, nem procurar minhas poucas amigas, pois hoje são mulheres casadas, mães, têm mais o que fazer. A minha vida estagnou, nada aconteceu, nada.
Tenho total consciência de que joguei no lixo anos da minha vida, deixei de experimentar muita coisa, de crescer, de amadurecer. Deixei o medo e meu complexo de inferioridade tomarem conta de mim. Hoje sou fracassada como mulher, como filha, como profissional, um desperdício total de ser humano.
A vida não é nada generosa pra quem nasceu do lado errado da beleza e não tem nenhum tipo de qualidade, talento ou dom pra compensar essa grande falha da genética.
Admiro muito você, uma vencedora na vida. Desculpa te alugar, mas precisava desabafar.

Minha resposta: Que dor ao ler seu email! Vc precisa mudar essa ideia fixa que tem sobre vc. Pare de se envergonhar de vc mesma! M., é a sua vida, a única que vc tem, e cabe a vc mudá-la. Claro que há obstáculos, claro que não é fácil, mas vc precisa tentar. E, pra isso, vc precisa aprender a gostar de vc. Vc é inteligente, vc se reconhece como uma pessoa inteligente, só que vc diz que ser inteligente não te ajudou em nada. 
Bom, não te ajudou até aqui, mas pode te ajudar. É só vc ter coragem. Sua autoestima está no chão, e vc deve ter sofrido muito, ouvido muita besteira, ter tido uma educação castradora mesmo, pra desgostar tanto de si mesma. E é difícil pacas reverter esse quadro, aprender a se amar. Mas não é impossível, e vc precisa tentar.
Só que vc vai precisar de ajuda profissional. Procure ajuda, M. Procure uma psicóloga que vc possa confiar, e vá com calma.
Acho que vc se mira demais nos outros. Vc se considera um fracasso em comparação às outras pessoas. No seu email vc mostra essa eterna comparação que faz entre vc e todo mundo (comigo, com suas amigas, com colegas, e vc se preocupa com a opinião de médicos e dos seus pais). Mas sabe, todo mundo tem problemas. Aquela sua amiga casada, com filhos, que vc considera tão realizada, pode não ter uma vida tão maravilhosa assim. Pare de se guiar pelos outros. Pense em vc, na sua vida. 
Sabe aquele clichê que nunca é tarde pra começar? Pior é que é verdade. Se vc quiser, vc pode fazer uma faculdade. Eu voltei à faculdade depois dos 30, e metade da minha turma (de Pedagogia) era da minha faixa etária. Eu fiz o vestibular achando que não iria passar, porque já estava fora da escola havia mais de dez anos. E passei em primeiro lugar, pra minha surpresa. A gente não sabe do que é capaz. A gente se desvaloriza. 
E, acredite, vc está longe de ser a única pessoa de 35 anos virgem. Quando vc começar a se gostar, talvez vc atraia algumas pessoas. Talvez vc já tenha atraído alguns caras, mas vc estava tão ocupada se detestando que nem notou. Só que não pense em arranjar um parceiro como objetivo de vida. Vá com calma, que ele vai aparecer. E, se não aparecer, não é o fim do mundo. Muita gente vive só e consegue ser feliz.
E faça o que tiver vontade de fazer, sem se preocupar com olhares maldosos. Encontre coisas que vc goste de fazer, que te deem prazer. M., vc é sua maior inimiga. Vc tem alguma dúvida disso? Vc acha que alguma outra pessoa poderia ser tão maldosa com vc quanto vc mesma está sendo? Então esqueça os olhares das pessoas, e se concentre no seu olhar sobre vc. Faça academia, se vc quiser. Também pode te ajudar a se sentir melhor.
E evite conversar com as pessoas sobre seus problemas. Converse com uma psicóloga. Mas abra o seu coração mesmo, exponha-se.
O fato de vc escrever um email tão triste já mostra que vc quer sair dessa. E vc vai conseguir, M. Por favor, tente! E risque do seu vocabulário essas opiniões tão terríveis sobre vc. Como assim, "um desperdício total de ser humano"? Como alguém pode pensar isso de si mesmo? 
Abração, querida! Ânimo, tá? Vc pode sair dessa.

116 comentários:

Unknown disse...

sou a versão masculina dessa mulher.tenho 22 anos e nunca trabalhei na vida,nunca comecei faculdade ou curso técnico,sou virgem e nunca consegui sequer conversar com garotas.tudo por causa da maldita insegurança e o fato de eu ter transtorno de ansiedade generalizada só piora tudo.nem amigos eu tenho.só vivo em casa jogando videogame e fantasiando sobre uma vida perfeita a qual não foi feita para mim.as vezes acho que o suicídio é a única solução para essa merda de vida.

Caroline Sarmento disse...

Que triste... sempre que aparecem relatos desse tipo tenho vontade de perguntar pra Lola da onde é essa pessoa, e com sorte, se for da minha cidade, correr e abraçá-la. M. você precisa de ajuda, e como a Lola disse, enviar esse e-mail mostra que você quer mudar. Você só precisa conseguir mudar um pouquinho essa visão tão negativa que tem de si mesma e encontrar suas qualidades, que acredito serem muitas. A partir daí tudo vai melhorar, acredite! Sei que não adianta nada saber dos problemas alheios, pois os nossos doem muito mais, mas eu também entrei tarde na faculdade, me formei com 30 anos. Curso superior era algo totalmente fora da minha realidade, terminei o 2º grau e fui trabalhar. Também não gostava do que fazia e fui alimentando o sonho da faculdade, não porque ficaria saltitante com uma profissão de nível superior, mas porque sabia que poderia direcionar minha carreira pra um tipo de trabalho mais agradável do que ficar atrás de um balcão (eu era operadora de caixa em uma loja) ouvindo desaforo o dia inteiro.

Tem também essa mania de todo mundo achar de todo mundo tem que fazer faculdade, pra ser feliz, pra ser bem sucedido. Mentira! Conheço muita gente mega realizada na vida sem curso superior, assim como conheço gente muito infeliz (e desempregada) com doutorado. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Você, M., é quem vai decidir o que poderá te fazer feliz e o primeiro passo está dado. Você conseguiu 'abrir o baú' que estava embaixo da cama, agora embarque nessa onda de coragem e busque ajuda profissional, que tudo vai começar a melhorar. Eu faço terapia há 4 anos, comecei perto dos 30. Nunca é tarde mesmo, pra nada!

Se quiser alguém pra conversar, conte comigo!

Vanessa disse...

acho q mta gente já se sentiu como a M. ou o Unknown, pelo menos eu já me senti assim bem mais de uma vez, e nestas horas eu ergo a cabeça e enfrento o medo... claro, é fácil pra outra pessoa dizer isso, ainda mais eu, que hoje tenho um noivo, minhas irmãs e minha mãe que eu amo e sempre poderei contar, mas só pode ver isso com mto tempo encarando um medo de cada vez...
já me cortei, já me destruí internamente e as vezes tenho alguma recaída, mas respiro fundo e encaro mais um dia de faculdade, aprendo alguma coisa nova no trabalho, me obrigo a sair de casa, nem se for a um cinema escuro que ninguém possa me ver e assim consigo momentos bons, que me inspiram a continuar em busca de outros...
então o melhor é mesmo procurar ajuda e se erguer, encarar um passo de cada vez...
bjos a vcs todos...

lica disse...

M. os conselhos da Lola são muito bons!
Potencialize o que você acha que são qualidades suas, procure se desenvolver em áreas que são do seu interesse, mas sem comparações. Faça isso por você mesma. Você é capaz de SE superar, e isso já é grande demais.
A atividade física é uma coisa muito boa. Faz com que possamos conhecer melhor nosso corpo, estender nossos limites... além de liberar endorfina e outros hormônios de bem estar.
Compre um livro que conte a história de atletas ou outras pessoas que se superaram, que eram excluídas ou desacreditados/desencorajadas pela sociedade, pode te inspirar. Pode te dar coragem de procurar um psicólogo.
Abraços!

Carla disse...

Nossa triste mesmo,sou igual a ela ,virgem,nunca namorei,27 anos e nunca consegui emprego por ser obesa.n consigo falar disso com ninguém.
N sei se lembra lola mas ja te mandei um e-mail em uma de minhas crises,onde a vontade de me matar é muito grande e vc me ajudou.
Agora melhorei um pouco,to tentando novamente encontrar um emprego.
É isso mesmo o q ela disse,insegurança,um ódio enorme de si mesmo e n é fácil se livrar dele.

Anônimo disse...

Poxa,
Foi mt bom ler o email e ler a resposta da Lola.

Tenho 29 anos e tb sou virgem. Tb acho q nda que fiz na vida deu mto certo.

Mas olha, tenho que continuar tentando... pq se eu desistir de mim... ai sim será impossivel

Ana Carolina disse...

M., pode ser um pouco dura com você?

"sou um desperdício de vida" e tal - quem está desperdiçando sua vida não é o mundo, seus pais, seus colegas: é VOCÊ. Quem pode agir para tomar a vida nas mãos e viver é VOCÊ.

Sobre a faculdade, sempre é tempo. Hoje em dia está mais fácil fazer, inclusive, você poderia pensar nisso. Sobre vergonha e julgamento, você tem de pensar menos no que os outros supostamente pensam (porque a opinião dos outros é problema única e exclusivamente DELES, fora que ninguém tem a vida perfeita) e mais no que você gostaria de fazer.

Aliás, às vezes a gente põe palavras na boca dos outros para servir como justificativa para decisões que são só nossas. Criamos todo um mundo imaginário ao redor só para que nosso "fracasso" seja justificado. Tem é de quebrar o ciclo, reconhecer dentro disso tudo o que é seu e tomar à frente, as rédeas, para ter uma vida boa.

E, claro, procurar ajuda profissional. Porque buscar ajuda não é vergonha nenhuma, pelo contrário, ninguém tem obrigação de se resolver sozinho...

Anônimo disse...

Hj estive por 3 horas em uma fila na oncologia do Hospital do Fundão, no RJ (pesquisem no GOOGLE). Tenho certeza que no mínimo umas 50 pessoas dali, fariam qualquer coisa, qualquer coisa mesmo para trocarem de lugar com vcs.

Não tenho empatia por gente que tem saúde, pernas, braços, inteligencia e fica de mi-mi-mi.





Anônimo disse...

Unknown das 13:04 e M.,

O olhar que vocês tem sobre si mesmos é distorcido. Por vocês mesmos e para vocês mesmos, procurem ajuda psicológica.

Convivo com o Trans. de Ansiedade Generalizada, Unknown, há muitos anos e -- embora ele tenha dificultado e muito a minha vida -- está controlado hoje.

Força!

Anônimo disse...

M.,
Tenho 27 anos, nunca tive um relacionamento estável e sou virgem. Estou longe de ser uma garota feia, mas também longe de qualquer padrão de beleza. Sou muito extrovertida, tenho muitos amigos. E isso não é sinônimo de uma vida amorosa e sexual ativa. No meu caso, é ao contrário.
Sou feminista e minha opinião sobre o mundo está muito longe de ser conservadora, principalmente se comparada com as opiniões da maioria das amigas; as que com certeza são mais bonitas que eu, que namoram e parecem felizes.
Estou longe também de algum padrão de vida. Minhas amigas de qualquer idade tem histórias de amor e sexo pra contar e eu? Eu conto o quê?
Já me senti muito mal com isso. Tive muitas, muitas crises e já me perguntei inúmeras vezes o porquê de eu ser "diferente". Hoje, ao invés de perguntar, eu aceito o meu jeito, a minha vida e a minha história. Isso faz de mim uma pessoa única, uma pessoa que não busca a compreensão alheia pra poder seguir em frente - já fiz isso e foi muito dolorido.
Aceitar a si mesmo e dar valor ao que se é, M., é o primeiro passo. A gente só sai do fundo do poço quando a gente decide que é a hora, porque ninguém vem fazer o resgate. Fiquei anos esperando ser resgatada e isso só me fez mal. A mudança começa na gente, M. .
Espero que você fique bem.

Flavio Moreira disse...

M. Muitas das coisas mais sérias que eu gostaria de falar a Lola e outras comentaristas já falaram. Vou falar só da questão de fazer faculdade.
Tenho 48 anos e entrei na graduação depois dos 40.
Eu não sentava em um banco de escola havia 20 anos quando prestei o vestibular para a Fuvest. Eu achava que não tinha condições de passar, porque é, talvez, o vestibular mais concorrido do Brasil. Mas eu pensei "e daí? Eu já tenho a reprovação, o que eu preciso tentar é a aprovação, certo?". E foi o que eu fiz: prestei e passei na primeira chamada. Apesar de ser muito difícil conciliar trabalho e estudos - também tenho um emprego em que estou há 14 anos e no qual não há qualquer perspectiva de futuro - sigo estudando e trabalhando.
Também não sou uma pessoa dentro do padrão que a sociedade espera: não casei aos 30, não tenho carro, não comprei minha casa (do meio em que venho a propriedade é algo "fundamental" e altamente valorizado) e não sou um "super-profissional qualificado e bem sucedido". Mas sou feliz com todas as escolhas que fiz, mesmo as erradas, porque elas me ensinaram algo novo e me mostraram que eu poderia mudar.
Por favor, não se menospreze. Você é inteligente e perspicaz, já percebeu o que precisa fazer por você mesma ao procurar a ajuda da Lola. Mas, como ela disse, você precisa de uma ajuda profissional. Ninguém tem a vida perfeita. Se alguém disser que tem é porque vive em mundo de ilusão.
E se você não enxergar a beleza que você tem, vai ser difícil ela aparacer para os outros.
E, só para terminar, você lê Dostoievsky, coisa que eu, graduando de Letras e leitor contumaz (de quem se espera ter a 'capacidade de ler e entender tudo'), nunca consegui fazer (rs).
Seja feliz com você mesma e as pessoas que por ventura vierem a ser importantes em sua vida serão felizes com você.
Espero seus próximos relatos dizendo que está mudando e que as coisas estão melhorando - pode demorar e ser custoso, mas sei que você vai conseguir.
Abraços!

Flávia disse...

Anon, vc devia ter sim empatia por quem passa por problemas psicológicos/psiquiátricos. As doenças do corpo não são menos graves do que as doenças da mente.

Anônimo disse...

M., você precisa fazer análise para se sentir melhor consigo mesma. Talvez, ir para a faculdade e conhecer pessoas mais novas e com ambição te anime a melhorar do ponto de vista profissional. E também vai ampliar o seu círculo de amizades. Pare de achar que é uma perdedora ou um desperdício no mundo. Todo mundo tem seu valor e você precisa encontrar o seu lugar no mundo, que te faça feliz e satisfeita. Me parece que você sonha em se casar e constituir família, pode ser que depois da análise e de uma mudança de profissão, você possa investir nestes sites de relacionamento para encontrar um companheiro que deseje as mesmas coisas que você. E se você não encontrar, tudo bem também, por que tem muita gente na vida que vive sozinha e feliz.

Boa sorte!

Anônimo disse...

Anônimo das 14:20, diminuir o sofrimento dos outros não vai fazer ele desaparecer ou torná-lo menos real para as outras pessoas.

No caso de quem tem baixa auto estima você pode piorar a situação.

Você toma uma postura insensível, irracional e radical quando traça uma linha a partir do qual o sofrimento do outro é válido ou não e desconsidera que na realidade ele é pessoal e intransferível.

Quem já passou por um inferno mental desses sabe o quão real, séria e limitadora é essa situação. Ainda bem que existem várias pessoas comprometidas a oferecer apoio e ajuda na recuperação dessas pessoas.

Você certamente não é uma delas. Gostaria de lhe convidar a refletir mais sobre essa sua opinião. Será que é só mimimi mesmo? Ou será que a situação é BEM mais complexa que isso?

Outra coisa: também não deve fazer bem a si mesmo exigir sempre se sentir bem, a menos que tenha câncer. "Aí sim é justificável se sentir mal, o resto é frescura."

Sentimentos e seres humanos não são tão exatos, tão simples. Reprimir dor, tristeza, dúvida, etc só piora tudo.

Anônimo disse...

Minha irmã tem exatamente os mesmos problemas, já procurou vários psicólogos e nenhum conseguiu ajudá-la. Nem sei qual seria a solução, acho que tem que desencanar de "agradar o mundo", aceitar os próprios defeitos para descobrir que a maioria nem é defeito é característica, e começar a viver para desmistificar toda essa imagem idealizada que se tem sobre relacionamentos, sexo, sucesso, etc.

Paula disse...

Nunca jamais diga que vc está velha demais pra alguma coisa, ainda mais aos 35 anos. Todas as minhas tias por parte de mãe só começaram faculdade depois dos 30, já que antes não tiveram oportunidade, todas conseguiram melhorar de vida.
Você tem que tirar isso da sua cabeça, você está se auto sabotando. A gente só vive uma vez, não tem porque ter tanta insegurança.
E quanto a achar que nunca vai conseguir ficar nua na frente de um homem é normal quando se é virgem, eu também achava isso, hoje não dou a mínina.
Se permita ser feliz, vc está sendo seu maior obstáculo.

Jackeline disse...

Oi, M. Acredite, poderia ser eu escrevendo esse texto que você escreveu, com algumas diferenças aqui e ali (idade, cidade, entre outras coisas) mas isso é de menos.
E concordo com a Lola: você precisa parar de se comparar com as outras pessoas. Eu sei que isso é difícil de fazer quando vc vê pouco valor em si mesma, mas tente não definir seu valor ou a sua vida em termos do que é visto como ideal pela sociedade, como padrão de beleza, experiência sexual, ter se formado na faculdade e ter uma carreira com X anos de idade, etc. Nada disso define seu valor e se você pensar bem, no fundo são coisas superficiais.
Você é um indivíduo, uma pessoa única. Você não precisa se enquadrar num padrão de beleza para se sentir bonita, nem ter as mesmas qualidades das outras pessoas para se sentir feliz. Essas coisas você encontra dentro de você.
Tente focar mais nas suas próprias qualidades! Pense no que você quer mudar na sua vida e como suas qualidades podem te ajudar a conseguir. Porque é seu medo que está te segurando, não a falta de capacidade que você acha que tem. Como assim ser inteligente e ter cultura não ajuda nada?? Ajuda sim! Mas só se você fizer uso delas. :)
E nunca é tarde pra começar, M. Você ainda é super jovem, aos 35 anos e tem um grande potencial. Muitas pessoas começam faculdade ou pós depois dos 20-e-tantos e se dão super bem. Veja a própria Lola, por exemplo. Mesmo porque idade não define capacidade.

E outra coisa, o julgamento das outras pessoas pode ser mortificante, mesmo. Mas pessoas que perdem o tempo te julgando negativamente não valem sua atenção. Se alguém ficar apontando defeito em você na academia ou onde quer que seja, isso é só sinal da pobreza mental delas, não culpa sua.

Tem uma frase que eu gosto muito que diz que "a vida começa fora da sua zona de conforto". Acredito que para você é mais um caso de enfrentar seus "demônios" do que sair da zona de conforto, mas o princípio é o mesmo: as coisas só vão mudar se você tentar.
Então acredite que você pode tentar, respire fundo, procure ajuda, e tente ir em frente.

pp disse...

Amiga, vc não é velha pra fazer uma faculdade de jeito nenhum! No meu curso de Direito fui colegas de muitas pessoas mais velhas que vc, pessoas que mesmo com dificuldades financeiras fizeram o curso e hoje atuam na área jurídica. Vc tem tempo de recuperar tudo o que gostaria de já ter feito.

Adorei aquilo que a Lola falou sobre a gente não saber se a vida do outro é ótima mesmo. Muitas vezes a gente não sabe o sofrimento da outra pessoa, mesmo parecendo que é tudo perfeito.

Danii disse...

Anônimo das 14:20, quer dizer que saber que existem pessoas em situações "piores' na vida (segundo seus conceitos) deveria fazer com que a moça do post se sentisse melhor? Tipo, "vamos ficar felizes por que tem gente morrendo de câncer!". Acho esses argumentos tão incrivelmente errados que nem sei o que te dizer... aí a pessoa que já está mal, também deve ficar mal pq tem gente numa pior e por fim se sentir culpada por se sentir mal qdo tem gente ainda pior! AAHH, sei lá, viu, quanta empatia!!

Anônimo disse...

Faculdade é a MELHOR coisa do mundo. Foi lá que eu me reinventei, me descobri numa profissão e sexualmente.

Escolha um curso, se não souber qual, escolha qq um de humanas (pessoas mais sensíveis e amáveis do que o povo tb legal das exatas), pois no mínimo vc vai fazer amigos, o que ajuda a superar muita coisa nessa vida.

Por fim, concordo com a Lola, procure um psicólogo ou psiquiatra, provavelmente vc está deprimida, ou esteve por toda a vida. Procure ajuda, saia de casa e dê a cara a tapa ao futuro.

Sara disse...

M.o titulo desse post é incrivelmente apropriado pra vc, duvido que exista algum inimigo seu, que tenha falado um décimo do que vc fala sobre si mesma.
Quando observamos as pessoas M.,elas são muito diferentes entre sí, a beleza é rara e nem por isso as pessoas deixam de procurar a felicidade, nem que vc se esforçasse muito poderia ter todos os defeitos que vc se atribui.
A inteligência que pelo menos isso vc concorda que tem, é muito valorizada, e por muita gente, não desdenhe da única qualidade que vc admite que tem, (embora eu acredite q tenha muitas outras), vc deve ser plenamente capaz de ter ótimos resultados se apenas tentar sair desse circulo vicioso em que se meteu.
Vc é bem jovem ainda, sua vida esta a sua frente não a desperdice com pensamentos absurdos de inferioridade, vai a luta garota, e se possível mande noticias sobre vitórias que virão, basta tentar.

Jackeline disse...

Ah e queria dizer também... sobre o lado afetivo: a partir do momento que você conseguir gostar mais de si mesma, menor necessidade de aprovação por parte das outras pessoas você vai sentir. E a partir daí, amizades e namoros são consequência.
Eu também sou super introvertida e ainda sou péssima nessa parte, mas acho que a partir do momento em que você está de bem consigo mesma e conhece pessoas que se interessam pelas mesmas coisas que você, tudo acontece naturalmente.
Por isso, se vc aceita minha opinião, acho mesmo que vc deveria tentar uma faculdade, até mesmo pra mudar de ares, porque vc parece não sentir nada em comum com as pessoas ao seu redor.
Mas antes disso, procure um profissional que possa te ajudar. Você tentando melhorar sua auto estima já é meio caminho andado. Você pode sentir medo, falta de coragem, antes de iniciar qualquer coisa, mas você não pode deixar esses sentimentos te vencerem. Às vezes você precisa fechar os olhos e se jogar, nem que esse "se jogar" signifique marcar uma consulta com um terapeuta. Acredite que isso vai doer menos do que a sensação de uma vida desperdiçada.

Desejo tudo de bom pra você. Muita força e coragem!

Eli disse...

Gostei muito da resposta da Lola. Teve uma vez q eu li um texto seu e a ideia passada parecia q se a mulher fosse virgem era pq ela reprimida pela sociedade. Mas aqui vc fala que n adianta dar uma de louca indo atrás de homem, que algum dia eles aparecem. N sei se vc q mudou bastante de um ano pra cá ou se eu interpretei o texto mau.

Tenho 22 anos, sou virgem, mas meu problema é outro. Sou demisexual. O texto de guest post sobre assexualidade me ajudou muito Lola, mas ainda acho que teve muita coisa que não ficou muito explicada. Pra mim q sei inglês não foi problema conseguir entrar a fundo, mas pra uma pessoa que está limitada ao português...

M. você tem q entender q seu problema não é exterior, é interior. Vc mesma diz q foi reprimida pelos seus pais, então aí está o seu problema, desde não ter auto-estima pra se gostar, ou pra ir atrás de um trabalho melhor, ou de fazer um curso... essas coisas não estão relacionadas com o seu exterior. Espero que tudo dê certo a partir de agora, só não desista!

aline disse...

Sou psicóloga e feminista, e posso dizer (e aliás nem precisava, por tantos comentários que já tem aqui) que você não está sozinha. Pelo contrário, há muitas pessoas que vivem com dificuldades como a sua. Não estou minimizando pq sei muito bem que cada caso é um caso, mas o que quero dizer é que você não deve se sentir sozinha. A sociedade produz gente doente, como a Lola e outros blogs feministas cansam de denunciar. A tendência é que a gente se sinta mesmo errada, ruim, desgostosa, pra que possa consumir tudo o que nos mandam.

Só posso engrossar o coro e pedir pra que você tenha força e procure ajuda profissional. Você já tem alguns recursos - pelo que vi você trabalha, isso é muito bom, pois pode pagar e tem gente que nem isso consegue de jeito nenhum. Um profissional vai poder te ajudar, sem julgamentos, a deixar mais claro por onde você pode começar e o quanto vai ser difícil - pq fácil não vai ser - mas por isso o apoio. E posso fazer também um mea culpa aqui. Tem muitos colegas psicólogos e psicólogas que podem não te ajudar, fazer você se sentir julgada também,ou ainda não te fazer sentir que está adiantando nada ir lá. Se isso acontecer, exponha suas angústias, e se não resolver troque de profissional, sem medo. Porque a gente pode tentar ajudar, mas quem vai começar tudo vai ser você mesma. :) Força!

Anônimo disse...

Incrivel sua avaliação sem dramas e sem ser dura como muitas aqui. Eu tenho quase 30 e agora q estou prestando concursos publicos e tentando vestibulares. As vezes me acho velha e as vezes vejo jovens com 18 nas universidades chegando ao mercado com muita informação e pouca maturidade, atualmente trabalho em call center pois mesmo tendo experiencia a ausencia de um diploma me compromete a galgar boas oportunidades, enfil nunca é tarde pra invedtir em nos mesmos.

Anônimo disse...

Nossa vida é consequência dos nossos atos. Quando a autora falou "estou velha demais para mudar" fiquei muito surpresa quando revelou a idade, exatamente igual que a minha.
Mas vamos aos fatos eu também tenho 35 anos, solteira e sem filhos. Estudei muito mas nenhuma das minhas graduações nunca me serviram no plano pratico, pois sempre acabei trabalhando de outras coisas nada a ver. A única coisa boa de ter feito faculdade foi que virei uma pessoa mais culta. So isso.
No plano amoroso eu nao sou virgem mas como se fosse pois decidi que so voltaria a sair com alguém se valesse a pena e assim "voltei a virgindade " desde que completei os 30.

No entanto nao me sinto velha nem uma vitima. Igual a autora eu tb era so procurada na hora de trabalhos em grupo nao sei se sou considerada bonita ou gorda pela sociedade, eu pelo menos gosto de como sou.

Faz um ano decidi fazer outra graduação, para melhorar no meu emprego e porque me senti muito estagnada. Dificil voltar a estudar - as vezes sou mais velha que os meus professores mas entao é quando me divirto chamando-os de "jovenzinho".... Rs

Enfim, acho que menos vitimismo e mais ação. Sair da casa dos pais embora no Brasil é considerado meio estranho para mulheres solteiras é importante. Na casa dos pais vc sempre terá 15 anos. Confesso que se a autora nao tivesse tido a idade pensaria que teria essa idade por causa do mimimi,

Autora do post: vc é uma mulher adulta, levante-se, volte pra universidade, nao ta feliz no trabalho? Mude, inove, de sugestões aos teus chefes. Nao se sente bonita? Vai a um salão de beleza, compra umas roupas novas.
Agora se vc ficar sentindo pena de vc mesma vc vai morrer e nao vai ter mudado nada.

Anônimo disse...

Mais uma coisa (sou a anônima de mesma idade da autora) eu tb sou SUUUUPER TÍMIDA, nao gosto de multidões, nao me sinto bem em publico, etc.
Mesmo assim nunca deixei que esses obstáculos me atrapalhassem, quando quero uma coisa vou atras.

Raíssa disse...

M. Não existe idade pra nada, basta estar vivo pra começar.
e sabe 35 não é estar nem perto d estar velha. Minha mãe começou o ensino médio aos 36 se não me engano (eu estava no ultimo ano e ela entrou no primeiro), agora ela está fazendo faculdade com prouni. Eu tb fiz. Primeiro, sei que não é facil gostar de voce quando parece que ninguem gosta, mas voce precisa ser mais generosa com voce mesma.

Unknown disse...

primeira vez que entro nesse blog e digo: WHAT A FRIGGIN MASTERPIECE *-*

Just half, though '-'
Tudo foi escrito maravilhosamente, quase tirado de um livro.

O desenvolvimento da situação e a ilustração desenhada a cada detalhe relatado fez dessa uma ótima leitura nesse meu fim de semana, num realismo certamente frequente mas raramente escrito de forma tão bem escrita.

Você consegue sentir o peso e a dedicação que a mulher pôs ao escrever essa carta. Não chorei, mas certamente tomei um ataque direto na alma, e certamente, depois dessa, devo começar a ler todos relatos dessa escritora(se essa não for, então deveria ser!).

A outra metade, infelizmente, pode jogar no lixo.
FUCK YOU! Que resposta superficial do caralho >_<
Falou o óbvio. Falou o clichê. O perfil típico da boa moça da novela que escuta o problema do amigo e começa fala o que ta no script. Começa a cuspir exatamente as mesmas coisas que o esteriótipo de uma "boa pessoa" diria.

Você fez um bom trabalho em não alcançar as expectativas daquela mulher. Continue assim ^^
(já abandonei a ideia de ler os outros posts =P)

Certo, assim sendo, permita-me apontar uma coisa:

O ser humano só consegue viver se o mesmo possuir um "suporte".
Quando digo suporte, estou me referindo exatamente ao significado da palavra. Não no sentido de depender, nem no sentido de se apoiar, mas sim no sentido de ficar em pé, de não desmoronar, de possuir um sentido ou motivação na vida.


Tome-me como exemplo. Meu único suporte é a cultura. Essa mesma "cultura" se difere da qual você relatou. O fato de você não conseguir se apoiar nessa sua "cultura" simplesmente significa que você não achou a coisa certa, e certamente não deverá desistir de procura-la.
E quando digo "unico" suporte, significa exatamente que eu não me apoio, ou melhor, não preciso me apoiar, ou sequer sinto a necessidade disso, em qualquer outra coisa além do meu "mundo".

Pai, Mãe, Irmão, Amigos, Professores, Pessoas, e outras relações sociais.
Pelo fato de eu não criar e nem esperar por esse tipo de "suporte", posso já dizer que estou pouco me fudendo com essas coisas. E a tal solidão que todos dizem é apenas um dos vários sintomas daqueles que não possuem "suporte" algum, e principalmente sintoma daqueles que procuram esse suporte em ALGUEM e não em ALGO. O que eu não recomendo, especialmente nesse seu caso. Sério, esquece. Abandona. Se você tentar só vai piorar. O seu medo de se comunicar com outras pessoas não é só paranoia sua. É algo real e com 99% de estar acontecendo errado. E se não acontecer, nesse 1% você só pode esperar um resultado nulo. Nem negativo, e definitivamente não positivo.

"talento" não existe nesse mundo.
O que existe é a aptidão para certas coisas, sendo essa tal aptidão, mesmo não sendo biologica, pode muito bem ser adquida.

Apenas dê o primeiro passo. Esse é o único obstáculo à sua frente. Mas não se esqueça de dar esse seu primeiro passo na direção correta.

Filmes, livros, seriados, novelas, músicas, mangás, animes, light novels, doujins.
Iron Man, Sherlock Holmes, Baccano, Drrr, Bakemonogatari, Nisemonogatari, Nekomnogatari, Kabukimonogatari, Oumagadoki Doubutsuen, Kami nomi zo shiru sekai, Hunter x Hunter, Gintama, UN-GO, Silver Spoon.
Charlie Brown Jr, O Rappa, Maria Rita, Bossa Nova, Jazz.
etecetera,etecetera...


O mundo a grande. Enorme. Colossal.
Sua vida é pequena, miserável e suas preocupações são mínimas, ordinárias, até mesmo ridículas.
Procure seu suporte. O que não falta é coisa boa nesse mundo. Se você tem um computador e uma internet, então você certamente não deveria estar gastando o seu tempo nesse blog feio e medíocre.


Atualmente toco piano, desenho com Paint Tool SAI, trabalho como Freelancer, estudo e ganho dinheiro com programação, não saio de casa, aprendi a gostar de Jazz e Bossa Nova, procuro fazer um mínimo de exercício físico por dia, e todo dia estou lendo uma boa Light Novel. (atualmente lendo Baccano!)
E como eu cheguei aqui?
Eu dei o primeiro passo ^^

L. G. Alves disse...

M. , nossa, como EU TE ENTENDO! Como eu me identifiquei com você! Sim, hoje mesmo eu estava pensando que sou um desperdício total de ser humano e que não merecia viver. Sei como é ser um ET e como ser sempre menosprezada por não atingir aquele padrão de beleza. Os olhares, os julgamentos, as humilhações. Ah, você não está sozinha. Tente fazer o que a Lola sugeriu. Você ainda é jovem. Impossível só com a morte. Enquanto houver vida tudo é possível e pode mudar. Desejo força e determinação para você.

L. G. Alves disse...

Para Anônimo de 14:20: acho ridículo e lamentável você desprezar e diminuir a dor dos outros e comparar com o que outras pessoas passam com problemas de saúde.

Anônimo disse...

Lola, que tal se criássemos um grupo de ajuda virtual para a M. e outras pessoas que te procuram pedindo ajuda? Te sugiro isso por que eu também tenho problemas de auto-estima e socialização. Já pensei em procurar grupos de apoio, mas a maioria dos grupos que eu busquei ou são pagos, por volta de R$100 cada reunião, ou são grupos ligados a igrejas católicas ou espíritas. Dos primeiros não posso participar por que eu não tenho condições de gastar uns R$400 por mês com terapia de grupo. E dos segundos eu não posso participar por que eu sou ateia e não gostei da abordagem de dar apoio com leitura da Bíblia e orações. O que acha da ideia?

Anônimo disse...

Pegue algumas fotos suas destacando que vc tem mais de interessante (com certeza vc tem)e participe desse site aqui http://www.brazilcupid.com/?ovchn=GGL&ovcpn=English+USA+Search+Partners+Latina+Women&ovcrn=meet+latina+women&ovtac=PPC&gclid=CPPrsY7QirkCFRGi4AodyXoAbA ou qq outro e num instante vc encontra um gato internacional, foi assim comigo kkk. Nem precisa de ser exigente igual aos mascus quendo os tops dos tops, mas sim um companheiro para dividir a vida. Namorado na minha cidade estava dificil, era cada traste que aparecia, entao resolvi encontrar o amor no outro lado do mundo, estou com 6 anos de casada e feliz. E qt a expectativa profissional. Olha, eu era formada no Brasil, so agora com 32 anos que terminei o procesoo para validar minha profissao no exterior. Estava frustrada por nao exercer minha profissao, mas agora estou super realizada, portanto, nunca e tarde para estudar e mudar a vida. Nao desanima nao, 35 anos a vida nao acabaou, ja pensou vc viver ate os 80 e ficar pensando: pq nao tentei uma mucdanca radical qd era uma mocinha de 35? BSJ e boa sorte.

Anônimo disse...

Lola,juro por Deus que dessa vez não entendi.
Por que vc liberou o comentário do anônimo das 14:20?Vc também acha que o desabafo emocionado e desesperado da M. foi mimimi?
Sei que vcs feministas não gostam de pessoas fracas e que se fazem de vítimas,mas se trata de alguém que te pediu ajuda.Empatia e compaixão são artigos raros hoje em dia.

Vânia

Bruna disse...

Me identifiquei em muitos pontos com o relato da M.

Sobre faculdade aos 35: uma das minhas melhores amigas da faculdade ( e uma das melhores alunas) tem 49 anos. Ela abandonou a faculdade quando mais jovem e agora ( há 6 anos atrás, acho) voltou e retomou os estudos.

E adorei a ideia do grupo de apoio sugerida pelo anônimo das 19h...também gosto muito de desabafar e também ajudar os outros, mas o lado financeiro pesa muito, mesmo que a M. trabalhe.

Por que me identifiquei tanto com alguns pontos do relato? Porque quando eu estava no colégio ( ensino fundamental e médio) fui MUITO humilhada. MESMO. Era todo dia deboche por conta da minha aparência, me chamavam de feia ( daí pra baixo). Que me desculpem os bem-resolvidos, mas não há autoestima quando tu ouve isto todo dia.

M, se vc quiser alguém pra conversar, estou disponível. POsso te passar meu email ou meu Face. Beijos

Anônimo disse...

Muito triste esse relato, e eu me identifico plenamente com ele. Uma série de problemas na vida me levaram a acreditar que tudo em mim era ruim, que nada ao meu redor seria bom, e por muito tempo eu me senti muito sozinha e sem perspectiva. E, sinceramente, foi no feminismo que eu me senti acolhida, dentro de um grupo de pessoas que sentiam coisas parecidas com as que eu sinto. Eu ainda tenho muitos problemas e ninguém a quem recorrer, mas estou tentando melhorar as coisas.
M, você já reconheceu a sua situação, já reconheceu que quer sair dela: você está no caminho certo! Força!

Anônimo disse...

querida M, obrigada por compartilhar a sua história aqui no blog, vc teve muita coragem ao fazer isso e pode ter certeza que a sua iniciativa ajudou muitxs leitorxs (eu, por exemplo), pois faz toda a diferença do mundo enfrentar um problema complicado como esse e saber q vc nao está sozinha.
eu sempre me senti uma pessoa feia, sem graça, inadequada a este mundo e costumava (ok, ainda faço isso as vezes) me comparar c as outras pessoas (mas so olhava a parte "boa" da vida dos outros, hehe). uma coisa q me ajudou a reverter esse quadro de baixa auto estima e auto puniçao foi ler blogs feministas, participar de grupos feministas de discussao em redes sociais e começar a refletir sobre o assunto. entao eu comecei a perceber q nao era eu q era inadequada, o mundo estava inadequado em vários aspectos (sociedade patriarcal, capitalista, etc), as cobranças e julgamentos q eu fazia de mim eram reflexos desses sistemas podres q eu havia internalizado ao longo de muitos anos. M, essa descoberta me enfureceu. eu passei a ter raiva, não de mim, mas desses valores patriarcais e capitalistas que regem a nossa sociedade e q me cegaram durante tanto tempo. essa raiva toda me deu motivaçao e forças para lutar, dar a volta por cima, nao só por mim, mas por todos os subjulgados por esse sistema. hj eu faço análise (tentei várixs analistas, VÁRIXS, até achar uma em q eu confiasse p falar de mim), estou no primeiro mês e me sinto bem mais leve e esperançosa. Tenho certeza qua vc vai retomar as rédeas da sua vida e q ótimas mudanças ocorrerão!! bjs

Anônimo disse...

Olha, M, eu não poderia dar conselhos tão bons quanto a Lola. Acho que ela disse o que devia ser dito de um modo muito gentil. Você acabou procurando a pessoa certa, faça o que ela disse.

Muita coisa deve levar as pessoas a serem tão travadas, a fugir (mesmo que inconscientemente) de intimidade com qm quer que seja(todos aqui nos comentários, assim como a M, dizem que são virgens e dizem também não ter amigos)... Assim, eu creio que a criação é muito influente nisso, mas não é o único fator. Seus irmãos saíram de casa, não estagnaram. Talvez não sejam as pessoas mais felizes do mundo mas se dispuseram a quebrar a cara. Não é tão vergonhoso quebrar a cara, levar um fora, um não. Reprovar no vestibular. Sabe, gente, acontece. A vida é assim. Mas também é muita coisa boa. Se voce ficar com medo de cair, nunca vai acontecer algo legal. Vá em frente, combata seus medos, se responsabilize por você.

Anônimo disse...

querida M, obrigada por postar a sua história aqui no blog! Tenho certeza q vc ajudou mtas pessoas c histórias semelhantes à sua (eu, por exemplo)a n se sentirem sozinhas.
eu sempre me senti feia, sem graça e inadequada a esse mundo, vivia comparando a minha vida à das outras pessoas e vendo tudo o q elas haviam realizado e eu não (ok, ainda faço isso as vezes, hehe).
certa época eu comecei a ler blogs feministas (este, por exemplo), entrei em grupos de discussão femistas e páginas "body positive" em redes sociais e comecei a refletir. Percebi que, de modo algum, eu estava inadequada a esse mundo. Inadequados são esses sistemas podres que regem a nossa sociedade atual: o patriarcado, capitalismo, etc.
M, essas descobertas me deixaram com ÓDIO. Só que agora o ódio não era pela minha pessoa, mas por esses sistemas DE MERDA, cujos valores e demandas eu havia internalizado desde pequena e que me deixaram cega e obcecada por tanto tempo.
Toda essa raiva me deu forças e um objetivo p mudar a minha vida. Eu estou nessa batalha não só por mim, mas por todxs aquelxs subjulgadxs pelo patriarcado e capitalismo.
Hoje faço análise (M, eu tentei VÁRIXS analistas, várixs mesmo, até achar uma em quem senti confiança p mostrar a parte mais vulnerável e machucada de mim mesma)e isso tem me ajudado mto, me sinto mais leve, forte e confiante.
Ainda há dias em que eu queria estar na pele de qualquer um, exceto a minha, me odeio, me acho a pessoa mais feia do mundo. Sei q é muito difícil me livrar de todo esse lixo de pensamento machista q o patriarcado enfia na nossa cabeça a vida toda, nessas horas busco refúgio nos tais blogs feministas, pois sei q do mesmo modo q internalizei o machismo, posso me libertar internalizando feminismo.
M, tenho certeza de que vc vai superar toda essa tristeza e gerar uma grande revolução na sua vida!!!
O primeiro passo vc já deu, corajosa!!!
bjs

Carina disse...

Oi M, eu acho te entendo.
Passei por isso um longo período da minha vida, ainda tenho recaídas e não sei te dizer como faz pra sair. É lindo, legal e ótimo que a Lola e tanta gente aqui acredita em você e te dá a maior força, quer te abraçar, ver o quão humana e linda você é, mas acho que sei como você se sente, não é tão simples assim, são anos de dor consigo mesma, não é? Pelo menos comigo é. Anos de saber que se é incapaz, de não saber pra onde ir, o que fazer pra ser feliz... e as vezes dá aquela vontade boa de tentar de tudo, de sair mesmo dessa, de "recomeçar" a viver, e vem aquilo tudo de novo, uma agonia, um desespero, uma frustração...
Não sei se te ajuda, mas o meu conselho é procurar ajuda psicológica. Minha irmã frequenta e ela acha muito bom, eu mesma sempre quis fazer terapia, mas além da grana ser curta, toda vez que pego o telefone pra marcar uma consulta que seja, penso que é a maior idiotice da minha parte ir a um psicólogo se não tenho nada específico...
Mas sabe, ligue, marque, chegue lá e diga que está triste e comece. Não peça remédios, peça dois ouvidos e conte o que você sente. Acho que vai ajudar.
Eu aprendi a me distrair, esquecer que não gosto das minhas próprias limitações, mas tem dias que é horrível, insuportável saber que me sinto presa a uma alma vazia, apática, que não quer se mexer...

Anônimo disse...

Essa ideia do grupo de apoio foi muito boa!

Cássia disse...

"E evite conversar com as pessoas sobre seus problemas. Converse com uma psicóloga. Mas abra o seu coração mesmo, exponha-se." Essa é a melhor coisa que a Lola poderia lhe dizer. Converse mesmo com alguém que te entenderá sem julgar ou ficar dizendo o que você deve fazer. Outra coisa importante, pelo menos para mim: precisamos mudar essa ideia do ser bem-sucedido, ainda mais atrelado à idade. Há tantas histórias, tantos caminhos, tantas maneiras de viver a vida. Não se fixe em apenas uma. Além disso, você tem apenas 35 anos. Se viver até os 85, ainda há cinco décadas pela frente. Espero, de coração, que as coisas mudem para você. Um grande beijo.

Edson disse...

Entendo um pouco o que vc, M. passa.

Sou gay, tenho 20 anos, sou solitário,desempregado, não sou virgem mas tenho pouca "vida sexual". Acho que muitos já falaram aqui e não sei o que mais acrescentar. Só quero dizer que gostaria de te abraçar e poder ser teu amigo.

ana.R disse...

Eu tenho 25 anos e também nunca transei. Só dei 1 único beijo na vida. Não tô na faculdade, tenho depressão, mas tô tentando sair dessa...
Querida M, queria mandar muito amor pra você. Gostaria de poder abraçá-la, te dar um pouco de conforto e dizer que as coisas vão melhorar. Só depende de ti. Você ainda tem muito tempo, mulher. Por favor, procure ajuda de uma psicóloga, ok?
Li os comentários e vi alguém falando de um grupo de ajuda. Gostaria muito de participar. Lola, você acha que seria viável?

lola aronovich disse...

Então, gente, seria MUITO, muito bom ter um grupo de apoio. Mas eu não tenho a menor ideia de como fazer. Acho que dá pra formar um grupo, e aí eu coloco o link, mas mesmo assim tem que haver moderadorxs pro grupo, porque trolls podem aparecer.
Lembro que, num post de maio do ano passado Fui estuprada e preciso de ajuda, várias coisas legais aconteceram. Uma estudante de Direito da UFPA se pôs à disposição para orientar vítimas de violência sexual, a Virginia criou um blog e um grupo de apoio, e outras criaram um blog de suporte. Só que entrei nesses links agora e estão todos meio desatualizados. É preciso criar e manter, e isso não é fácil. Mas dou todo o apoio pra quem se propor a fazer um grupo de apoio!

Anônimo disse...

(ironia mode on)
Hj vi um video de 6 minutos de 4 pessoas sendo queimadas vivas (pesquisem no GOOGLE). Tenho certeza que todas aquelas pessoas, fariam qualquer coisa, qualquer coisa mesmo para trocarem de lugar com pessoas que passam 3 horas em uma fila na oncologia no hospital do fundão, no RJ.
Não tenho empatia por gente que tem pele, vida, inteligencia e fica de mi-mi-mi.
(ironia mode off)

Anônimo das 14:20, seu argumento é inválido (e insensível!)

M. Força! Você já deu o primeiro passo! Você pode! :*

Anônimo disse...

Nossa, Vânia, você leu (ou não pelo jeito) um monte de comentários de feministas ajudando a M. e ainda fala uma coisa dessas? Tem gente que é muito cega, pelamor.

Fabiana disse...

M,
Se vc se sente tão desconfortavel com as pessoas, dê um passo menor, e tente fazer algum trabalho voluntário com animais.

Toda cidade tem uma ong ou um abrigo que precisam desesperadamente de voluntários pra brincar com os animais, passear, dar banho, ajudar nas feiras de adoção.

E os animais são capazes de um amor gigantesco, sem se importar se vc é mulhor, homem, bonito, feio, se tem faculdade, namorado ou o que for. Eles só querem seu afeto e retribuem mil vezes mais.

Vc vai fazer a diferença com várias vidas, apenas doando um pouco do seu tempo e da sua atenção. Vc não tem idéia do quanto é gratificante.

Acho q esse amor pode tranformar a sua vida.

Grande abraço!

Anônimo disse...

M., querida, erga essa cabeça, respire fundo e diga para si própria: Você é uma mulher incrível e vai melhorar, vai sair dessa crise, fazer sua faculdade, fazer sua academia e ser feliz.

Eu entrei tarde para a faculdade também. Sempre me achei gorda e feia e por muito tempo achei que era um repelente para homens bacanas, atraindo apenas aqueles que estavam interessados em me usar. Também me via sem amigos, que apenas me ligavam porque precisavam de alguma coisa, pois eu sempre fui nerd.

Tenho 34 anos, não tenho carro, ou casa própria, nem 1 milhão de amigos, mas fiz minha faculdade, minha pós, meu mestrado, posso comprar meus livros, ir ao cinema e namoro um rapaz lindo, que me ama e que diz que sou a mulher mais linda do mundo e sabe por que isso aconteceu? Porque eu passei a me gostar. E sabe qual foi o pulo do gato, o que me levou a olhar a vida de uma maneira diferente? A faculdade. Meu curso me abriu os olhos para a vida, para a possibilidade de uma carreira e parei de me sentir um desperdício - sim, eu me achava a mesma coisa e chorei aqui por você ao ler isso.

Corra atrás dos seus sonhos e da sua vida, minha querida. Você é uma pessoa incrível, que precisa parar de se preocupar com o que as pessoas dizem ou fazem. Sua vida é só sua e só você pode vivê-la e transformá-la. E aí você vai mostrar a si própria e aos outros a mulher forte e determinada que é.

Procure uma ajuda profissional, um psicólogo, se inscreva numa academia e faça um vestibular. Estes três passos serão o início de uma nova vida.

Grande beijo.

Natália

Natascha disse...

eu adoraria um grupo tambem

Unknown disse...

Eu não sou terapeuta mas penso que esses problemas estão mais dentro do que fora das pessoas. Tive um namorado assim, com mais de 30 anos, que nunca havia sequer beijado na boca. Ele se isolava de festas e da vida em geral. Eu o amava e tentei fazê-lo feliz, mas ele direcionou toda a sua raiva contra mim e terminou sem motivo algum.

No começo fiquei com raiva mas depois com pena. Ele é um rapaz inadequado socialmente falando, não consegue levar nada até o fim, e não é feio... o problema está na educação superprotetora que a mãe lhe deu.

Fico triste que ele não tenha reagido - não por não ter ficado comigo, por mais que eu na época quisesse - mas por não querer viver. Por se contentar em ter um emprego abaixo de suas expectativas e agora ter-se isolado do mundo mais uma vez. Eu pensei que o estava tirando desse isolamento, mas ele deve ter ficado com "medo" em fazer algo novo em mais de 30 anos e se isolou do mundo novamente. Hoje, diz que não quer mais namorar - nunca mais.

Moça, você ainda é jovem. 35 anos hoje em dia não é nenhuma velha. Vá mudando primeiro por dentro, aos poucos, sem se cobrar - apenas um passo por vez. Seu problema, repito, está dentro.

Tanta gente feia, feia mesmo, e casada. Às vezes casou mais de uma vez. O problema é na nossa cabeça.

Mariane disse...

Para o anonimo das 14:20:
Vc sabe a definição de saúde? Pelo visto não ....Então eu, que tenho empatia por pessoas ignorantes, vou explicar. Saúde , segundo a OMS, é o bem estar físico, mental e social. Sendo assim, a M. não se encontra em perfeita saúde. E por isso sofre ( não é mimimi ).O sofrimento mental e emocional pode ser devastador e tão fatal quanto uma doença física.

Unknown disse...

Oi, M.!

Tb achei o seu texto mto bem escrito! E gostaria de te dizer que inteligência é muita, muita coisa! Se eu pudesse me sentir segura da minha, já seria tanto, sabe? Tenho certeza que vc tem outras qualidades, mas, menina! Essa já é incrível!

Embora concorde com as pessoas que disseram que a universidade não é o único caminho, acho de coração que vc deveria considerá-la. Inteligência e erudição são coisas preciosas nesse tipo de academia ;)

Se vc tiver um tempo, tem um livro que acho que vc vai gostar muito. Chama A elegância do ouriço. Não sei se vc já leu, e não é um clássico russo, rs. É tipo um fast food cult, sabe? xD Mas acho que vc vai gostar tanto de pelo menos uma das personagens <3

Carol A. disse...

M. Fazer faculdade com mais idade em muitos casos é muito mais proveitoso do que com 18.

Primeiro você poderá fazer uma escolha de curso sem pressão e tem muito mais bagagem para tal. Muita gente muda de carreira depois dos 30.

Você tem um emprego e pode investir sozinha em algum curso. E também não deve fazer faculdade só pelo diploma. Existem muitas carreiras que não exigem diploma e nem por isso tem menos valor. Descubra o que você quer fazer. Pesquise, faça cursos, assista aulas-testes. Frequente Fóruns. Se ocupar com o que gostamos, mesmo que seja um hobby, nos dá ânimo e energia para continuar.

Exercícios ajudam também. Eu já frequentei academias e não curto muito o ambiente. Se também for seu caso procure um parque perto de casa e faça uma caminhada ou corrida.



Barbie Furtado disse...

M, vou te dar um conselho meio não tradicional: recentemente assisti um seriado tão bom, mas tão bom, que estou imediatamente reassistindo com a minha mãe. O nome é Being Erica, e, tou recomendando que, se você puder, baixe e assista, pode te dar uma perspectiva bem legal nas coisas.

O que isso tem a ver? O seriado é sobre uma mulher de 32 anos que se sente bem marginalizada na vida, quando ela não consegue manter um emprego, um relacionamento, nenhuma estabilidade, e ela é abordada por um terapeuta nada convencional, que consegue mostrar para ela como as escolhas que ela fez no passado influenciaram a vida dela e ajuda ela a crescer e mudar. É realmente FANTÁSTICO.

Claro, no seriado, ela volta no tempo, revê as as escolhas, refaz as escolhas, mas acaba percebendo que a vida não muda tanto assim, que a gente que muda, que a mudança vem de dentro. Sério, esse seriado mudou minha forma de ver a vida.

Óbvio, de forma algum substitui terapia na vida real. Só acho que pode te abrir a cabeça para ver como é fundamental, legal e importante esse processo. Além do mais, é super divertido, e pode ajudar a te distrair :)

Anônimo disse...

Querida M., ouça os conselhos da Lola e de todas a boa gente que está tentando te ajudar por aqui!!!
SIM, SIM, SIM, para você e para o moço que postou às 13:04, existe um novo começo!

um abraço afetuoso!
Bola pra frente!

Anônimo disse...

Se te serve de consolo gente bonita também se sente um lixo as vezes. Sou o que pode ser considerado bonita nos padrôes atuais, tenho amigos que me aguentam apesar de todo meu amargor, um namorado lindo que me adora e mesmo assim me sinto uma perdedora por não ter conseguido dar certo na carreira. Eu não consigo sequer acreditar que alguém pode me achar atraente, porque para mim independência financeira é pré-requisito para uma mulher adulta ser considerada interessante. Pelo que você descreveu, você é capaz de se sustentar, não? Você parece tão empenhada em se diminuir que eu duvido que você seja o que as pessoas chamariam de feia,aposto que você é bem mais bonita do que se vê.Ah, tentei lembrar das minhas amigas menos favorecidas pela natureza e me dei conta que nem eu nem nenhum dos meus amigos teriam coragem de chamar pessoas tão especiais de feias...

Mariane disse...

Sempre fico um pouco triste quando vejo a mãe ( sempre a mãe!) sendo apontada como a culpada pelos problemas dos filhos.

bruna disse...

Muito bom o conselho da Fabiana sobre fazer trabalho voluntário com animais.

Lembrei na hora do filme "No seu lugar", onde a personagem que é traída pela irmã e o namorado fica perdida, deprimida (coisa que ela sempre foi um pouco) e abandona sua carreira de advogada. Sem querer ela começa a passear com animais e isso lhe dá uma nova vida :)

Abraços em vc M.

Anônimo disse...

Disse mesmo que não tenho empatia. E sabem pq?

Pq joguei 20 anos da minha vida FORA fazendo exatamente como esta moça.

E sabem de quem era a culpa? MINHA. Eu que achava q tinha q ser perfeita em tudo, eu que achava que tinha que se a mais bonita, a mais cheirosa, a mais tudo de tudo e com as minhas exigencias impossíveis ao MEU respeito, era sozinha.

Aos 20 anos eu achava que era velha para fazer a faculdade pq no mundo ideal q criei na minha cabeça, a vida só era possível para quem é belo, cheiroso, de cabelo bom e foi estudar na facul aos 17 anos.

E sabem como isso passou? Quando vi uma reportagem sobre bbs abandonados num abrigo e resolvi levar fraldas e ajudar.

Ser voluntária me fez parar de exigir demais de mim coisas absurdas. Como assim só merece ser amado quem é belo e magro?/ A ficha caiu , acordei para vida, vi e conheci pessoas que fariam tudo para ter a mesma vida que eu julgava a pior de todas.

Aquele sorriso e abração gostoso daquelas crianças me convenceram que eu era capaz sim, eu merecia ser amada mesmo não sendo tão bela.

Então todo o meu mi-mi-mi foi-se para sempre. Eu nunca sorria, nunca saia de casa. Trebalhava desde os 16 anos e me trancava em casa pq eu achava que era a pior.

Posso falar, perdi tempo a toa.

E pra mocinha que disse "...bla, bla, bla.. a dor... não se pode comparar...." Claro, como se comparar a dor de quem vai perder a vida com a dor de quem está jogando a vida fora pq exige demais de si?

A vida é bela, uma dádiva , viva apenas. Todos merecem amizade, amor, felicidade.

É tão óbvio q morro de raiva de mim quando lembro do tempo q perdi.

E continuo sem ter empaia por quem despreza o q tem querendo uma perfeição inatingível ( ou não necessária para ser feliz).

Anônimo disse...

Olha infelizmente devo concordar com anônimo 14:20 que disse que a autora estava de mimimi.
Sei que para nos os nossos problemas sempre serão os mais graves, mas as vezes so quando nos deparamos com um problemao de saúde mesmo para notarmos que a maioria das pessoas nao tem problemas de verdade.
O caso dessa moça é falta de ação. Morar na casa dos pais depois dos 20 e pouco nao é legal. Nos infantiliza. Sei que na nossa cultura pessoa solteira nao vai morar sozinha mas é um erro.
Dois: nao ta feliz com o emprego, mude.
Nao ta feliz volte a estudar, eu voltei a estudar com quase 40 anos. Acho um saco sim ter que obedecer professor, odeio obedecer outras pessoas principalmente mais novas e mais quando sao professores idiotas mas eu fico quieta porque meu objetivo é pegar o diploma. Ponto.
Eu descobri que tenho um problema de saúde 2 anos atras que mudou totalmente a minha forma de ver a vida. Pra mim mimimimi nao sao problemas. Problema é saúde.

Anônimo disse...

Nossa,o post mais triste que já li nesse blog desde que o encontrei por acaso.Nem sei o que dizer.Uma pessoa presa,cercado por muralhas.imagino que pra uma pessoa extremamente tímida seja mesmo difícil fazer muitas coisas ditas corriqueiras,os tímidos tem essa impressão errado mesmo de que são vigiados,observados e julgados o tempo todo,e uma auto estima abaixo de zero só piora.
Também não me surpreendo com problemas estéticos,não importa onde,jornais,revistas,tv,internet,somos bombardeados o tempo todo com pessoas lindas e sorridentes jogando na nossa cara que pessoas feias são perdedoras.

Espero que consiga ser feliz e se realizar.Todo mundo merece.

Anônimo disse...

Na verdade, penso que se ver como "um desperdício total de ser humano" indica que a pessoa reconhece seu potencial. É mais um sinal de esperança do que uma constatação do fracasso. Eu sei pois me apeguei a esse sentimento para me alavancar depois de anos de vida sofrida e vazia. Perigoso seria ela achar que não há desperdício pois, afinal, ela acharia que não poderia nada mesmo.

Anônimo disse...

Entendo as boas intenções de alguns que comentaram,mas não viajem.Complexo de inferioridade não se cura em salão de beleza,em site de relacionamento com estrangeiros.é um problema seríssimo que tem que ser tratado com calma,não adianta tratar do externo,se o interno está doente.
Pra essas pessoas que acham que não passa de mimimi,de fraqueza eu digo vão cuidar das suas vidinhas perfeitas,pisar em quem já está machucado é muita covardia.São pessoas insensíveis como vocês que pisam em pessoas como a M..

Harumi disse...

Olá!
Sou psicóloga e antes de tudo humana, então posso imaginar o sofrimento de estar pres@ em si e acreditar não haver solução.
Acredito que a terapia é um bom começo para se olhar e começar a procurar uma saída luz no do túnel. Sei que pra muita gente esse primeiro passo é difícil, e pra essas pessoas eu recomendo o serviço de orienta psicológica on line da puc São Paulo. Não é psicoterapia, é orientação, mas já é um caminho e uma escuta. Além de orientação eles também oferecem atendimento para vício em jogos e internet. Quem quiser orientação pode enviar um email para o seguinte endereço: nppi@pucsp.br

Boa sorte a todos!!!

Harumi.

Elaine Telles disse...

Ao anon 14:20, sabe qual é o sintoma mais comum entre pacientes com câncer? Depressão. Minha mãe está com câncer terminal, acompanhei toda a saga dela em hospitais oncológicos, e conversando com os demais pacientes, todos relatam depressão, sendo comum o médico receitar antidepressivo, para que a pessoa suporte tudo sozinha. Parece que só estar na fila não te adiantou muita coisa né?

Moça do post, sei como você se sente. As pessoas são ignorantes ainda, elas acreditam que doenças como a depressão são frescura, mas não são. Ela pode destruir sua vida. Eu fui pro fundo do poço e só o tratamento trouxe de volta minha vontade de viver, de estudar, de trabalhar. Passei por uma psiquiatra e o medicamento, por 1 ano, me curou. Sofri desnecessariamente por mais de 20 anos, com depressão, por ter pessoas à minha volta classificando minha tristeza como "frescura". Um médico, quando eu tinha 10 anos, disse que isso era falta de serviço. Que eu precisava trabalhar bem pesado, olha a ignorância. Se trate, sua vida vai ser outra.Não deixe de se tratar.

Anônimo disse...

Um garoto de programa pode facilmente resolver a questão da virgindade até porque pra eles tanto faz ser bonita ou feia, desde que tenha dinheiro pro cachê. Além disso, como ela está pagando, fica automaticamente em uma posição de poder e pode começar a vencer essa insegurança patológica, que deve ser tratada na seara médica sem dúvida alguma porque de fato é uma doença grave e incapacitante.

Anônimo disse...

O mal dessa mulher é que ela é uma pessoa extremamente vaidosa, então se tudo não sair totalmente perfeito como sua cabeça delirante exige, ela não faz nada e a vida fica parada. Trate isso. Não é insegurança, é excesso de vaidade.

Mena disse...

Moça, vem cá! Com sorte, você se aposenta com 60 anos, se a legislação não mudar até lá. Se você começar a faculdade ano que vem ou em 2015, você pode aproveitar mais uns bons 20 anos na nova profissão. Pelo jeito você gosta de literatura, quem sabe você não tem um longo caminho à frente na docência?
Trabalho em uma instituição federal de ensino que tem como foco principal cursos técnicos. Tem tanta gente na faixa dos 40 anos estudando, fazendo estágios, participando de projetos de pesquisa... Comece uma faculdade ou mesmo um curso técnico, você vai ver como sua vida vai ganhar novas cores!

Anônimo disse...

Eu ia dizer exatamente sobre garotos de programa (que existem na mesma proporção que garotas de programa, mas a sociedade exige que eles se camuflem), mas alguém aqui já disse. São uma maravilhosa escolha!!

Anônimo disse...

Amiga, você precisa de ajuda! Se deixe ajudar porque há esperanças para uma vida maravilhosa!

Sou homem gay e ontem, um amigo - não, um conhecido - me disse que eu mesmo me detestava. Que eu via mil defeitos físicos em mim. Que eu não me achava atraente. E eu concordei com aquilo, dizendo que as pessoas não me notavam. Ele me listou as pessoas que se interessavam por mim e eu nunca percebi. Me falou de desconhecidos que, em determinadas situações que vivemos, flertaram comigo e eu não percebi porque estava me odiando demais pra acreditar na possibilidade de isso acontecer.

Meus problemas de auto-estima não se resolveram, claro. Não é mágica. Mas percebi que o problema está lá dentro e não necessariamente na minha casca.

Aninha disse...

Gente, como eu fico triste quando escuto pessoas dizendo que são feias.

Quem falou isso para você? Como você pode acreditar?

natalia disse...

Minha querida,
Também estou fora do padrão. Meu rosto não é feio nem bonito; meu corpo está no padrão. Também não me casei e acho que não vai dar tempo nessa encadernação, pois já estou com 48 anos. No entanto, gosto muito da minha vida. Desde os 20 anos que me sustento e valorizo isso. Também me acho inteligente e penso que sou mesmo, pois essa de casar com qualquer um, só para dizer que tem macho nunca fez a minha cabeça. Olha que só o fato de pensar assim já resolve muita coisa. O que tem de mulher engolindo sapo para que a sociedade não a veja sozinha é de se espantar.
O que quero dizer, minha querida, é que não é o fato de estar fora do padrão que lhe trava, é você mesma quem se trava. A beleza física atrai pessoas, é claro, mas as pessoas das quais gosto, pode ter certeza, não é por causa da beleza. Sei que muitos dizem isso, mas passado o impacto, a beleza não conta mais. O que conta é o caráter, o conteúdo.
Também não é verdade que todas as pessoas são bonitas. Tem muita gente, completamente fora do padrão e feliz da vida por aí. E não quero dizer felizes só por terem bens materiais, mas por serem amadas e/ou desejadas também.
Olhe à sua volta e veja quantas pessoas que você conhece fora do padrão e que estão bem. Pode reparar bem que é a maioria. A gente não cruza todo dia com Brad Pitt e Angelina Jolie.
Quanto à faculdade. A minha terceira, iniciei aos 34 e meio. Fiz direito. Pensei o seguinte: se não morresse, chegaria aos 40 e se assim fosse, que fosse com mais uma faculdade.
Fiz o que pude para lhe passar a minha experiência. Estou torcendo por você. Se quiser manter contato, peça a Lola que lhe passe meu e-mail.
Natalia.

Anônimo disse...

eu tenho empatia por todas as pessoas que sofrem. depressão é doença e é séria - nos leva à inação, à uma insegurança que paralisa. o que é preciso pra sair dela é buscar ajuda. eu já tive depressão e em condições muito melhores que a da autora: não feia, com namorado, com trabalho e faculdade em ótima universidade concluída. ainda assim, tentei me matar duas vezes. pensei em suicídio todos os dias 24h por dia, durante vários anos. fazer terapia e tomar remédios me ajudou muito. sair da depressão, olhar a realidade de uma outra perspectiva, ter um sentimento diferente em relação a mim me libertou. e, gente, como é bom. tenho empatia pelas pessoas que sofrem porque vivi os dois lados da moeda da vida: infelicidade e felicidade. e digo: é um contraste impensável pra quem só conhece um lado. o anônimo que não gosta de 'mimimi' só compreenderia isso se tivesse/se tiver depressão. cuidado, porque essa doença não escolhe cara, nem classe social, nem pretensa fortaleza.

força, autora! busque ajuda!

Anônimo disse...

Eu li bem?Perder a virgindade com um garoto de programa?Pagar pra ter sexo?Ridículo.Existem pessoas que tem emoções e as respeitam.
Isso seria como assinar um atestado de incompetência.A pessoa quer ser amada por ser quem ela é.
E o comentário desse anon 10:28,vaidade,acha mesmo que o sofrimento,que o complexo de inferioridade que corrói essa pessoa é uma fútil vaidade?
Acho que existem pessoas aqui que precisam mais de tratamento do que a M.

Larissa disse...

Fiquei tocada com a história e bestificada com algumas "sugestões".Desde quando contratar um prostituto melhora a auto estima de alguém?Imagina a felicidade(ironia),o poder que uma mulher sente por saber que aquele homem só está te tocando, só está suportando a sua presença por que vai ser pago.Melhor então seria romper o hímem com uma garrafa,qualquer objeto,e de graça.A praticidade de algumas pessoas me assusta.Poucos aqui perceberam que se trata de uma pessoa carente de afeto,vítima de bullying.

Glória Paiva disse...

"Tentei adquirir cultura como forma de compensação, mas isso não vale nada, sei por experiência própria, um tremendo papo furado." - peralá, amiga, você precisa muito de um terapeuta, e não de publicar seu relato em um blog feminista. O patriarcado e o machismo são culpados por muitas coisas, muitos abusos, muitos absurdos que pensamos sobre nós mesmas, sim, mas seu caso de insegurança e completa ausência de autoestima é muito crônico e precisa de ajuda profissional. Se cuide...

Anônimo disse...

Anônimo das 13:57, "Eu li bem?Perder a virgindade com um garoto de programa?Pagar pra ter sexo?Ridículo.Existem pessoas que tem emoções e as respeitam." o problema é amplamente seu se para você sexo e amor (ou outras emoções) estão entrelaçados. Ademais, é bem lamentável o valor que você parece dar à virgindade.

Anônimo disse...

Larissa, o prostituto não é para melhorar a autoestima e é bem sonhador da sua parte que você tenha cogitado essa possibilidade. Ocorre que devido à complexidade do caso, seria interessante que algumas medidas fossem tomadas de maneira imediata já que outras só são conquistadas mesmo, irremediavelmente, a longo prazo."Melhor então seria romper o hímem com uma garrafa,qualquer objeto,e de graça." olha, sua praticidade me assusta! E mais, acredito que todos perceberam que o problema é de afeto, uma vez que o texto está bastante claro.

Anônimo disse...

A insensibilidade reinou nesta frase, hein " Não tenho empatia por gente que tem saúde, pernas, braços, inteligencia e fica de mi-mi-mi.". Não tem empatia, mas deveria.

Liss disse...

Oi M.
Sei que muito já foi falado, mas o que posso dizer é que me identifiquei com o seu relato.
Também me sentia incapaz de ter um relacionamento, de ter uma carreira , de fazer novas amizades e me preocupava excessivamente com a opinião das pessoas. Achava, igualmente, que estava desperdiçando minha vida. Enfim sentia-me inadequada numa cidade do interior.

Além disso, sofri violência sexual, o que me fez fugir de relacionamentos por muito tempo.

Realmente, não é fácil vencer estas barreiras, mas é possível sim "virar o jogo". Nunca é tarde.Como te falaram, ajuda profissional é importante.

Agora sei que vou cair nos clichês ( desculpe), mas vou te dizer o que me ajudou. Não existe uma fórmula mágica, contudo, é bom compartilhar experiências.
Eu procurei não se importar com a opinião alheia. Liguei o famoso " foda-se". Lógico, que sempre existirão pessoas para jogar pedra, mas procuro me lembrar que tb são inseguras e com problemas.
Procurei ser mais tolerante comigo, não me cobrar tanto, pois para ser feliz, por mais que digam o contrário, não é necessário ser rica, estar nos padrões de beleza e ter um relacionamento amoroso.
Padrão é sempre muito chato, né.

Além disso, procuro não me comparar com as outras pessoas, cada uma tem o seu tempo, suas qualidades e experiências.


Passei a apreciar a minha companhia e fazer o que gosto. Entrei num curso de fotografia e a me engajar em movimentos sociais.

Ah, mudei de emprego. Também pensava que não fosse capaz, mas sim, somos mais fortes do que imaginamos.

Da mesma forma que você, a minha cidade oferece muito pouco em programas culturais, então comecei a viajar, muitas vezes sozinha.
A primeira vez, estava bem insegura, mas foi uma experiência maravilhosa.
Acredite, encontrei muita gente legal.

E sim, conteúdo vale muito. Um dia você vai perceber.

Abraços, M

Roxy Carmichael disse...

não discordo totalmente da comentarista que estava na fila do hospital no setor de oncologia. realmente existem contextos que potencializam e muito o sofrimento humano: questões de saúde, não ter as condições objetivas minimamente satisfeitas (como não ter uma casa pra morar, comida etc). mas existe também vontade, potência. mesmo nos contextos mais adversos. não acho que seja só um problema interno. devemos reconhecer sim os aparatos, mecanismos da sociedade que mantém o status quo, principalmente para subvertê-los, desconstruí-los. e ai aparece outra vez vontade, potência, resistência. acho que foi o goffman que disse que o sujeito que detém os privilégios na sociedade deve ser branco, homem, hetero, bem sucedido profissionalmente, com casa própria, casado e muito hábil em esportes. ou seja, existe uma GERAL que tá longe disso aí. diria que a imensa maioria??? e a todo momento aparecem estratégias criativas subversivas que apontam para outros modos de vida. quanto à sugestão do garoto de programa, não vejo qual o motivo da polêmica. de repente a autora do guest post tá afins de descobrir a sexualidade e até se sentir mais estimulada pra descobrir o próprio corpo. não existe apenas uma forma de se relacionar (ou seja a forma heterossexual "com amor" que não envolve uma relação monetizada). penso que ela pode se aventurar por distintas formas e descobrir que forma funciona melhor pra ela. e isso ela só vai descobrir provando (e não observando as amigas e achando que a forma de viver das amigas é a ideal). ninguém nunca escutou de uma prostituta que o trabalho dela também envolve muita psicologia? que clientes muitas vezes pagam pra ser ouvidos? acho tão legitimo quanto pagar um psicologo como tem uma galera aqui sugerindo. e quero deixar claro que não sou contra, apenas afirmo que existem estratégias distintas que a autora deverá julgar a que melhor lhe convém, ou seja, abaixo a cagação de regra, ao moralismo, a hipocrisia, ao pensamento tacanho e limitado que acaba reproduzindo ideais hetoronormativos!

Unknown disse...

Minha amiga me falou desse post e vim conferir.Um pedido de ajuda emocionado.
Me bateu uma curiosidade nesse momento,será que M. sabe que seu email foi publicado?Me instiga a forma como ela reagiu a críticas e julgamentos de alguns.Ser chamada de vaidosa,fresca,fraca,delirante....e sabe-se lá quantas outras opiniões medíocres que a Lola não liberou.Quantas vezes ela já foi rotulada assim,sem que alguém procurasse saber o que realmente se passava.Ela fez um resumo,mas acho que muita coisa ficou guardada.Dá medo mesmo de se abrir,e no lugar de apoio,receber pedras.
Minha dica pra você M.,é de que não faça a besteira de contratar nenhum garoto de programa,não se rebaixe,tem que ser muito ignorante pra não entender que você quer carinho,não quer sexo mecânico.Duvido que a solução de seus problemas esteja no seu hímem.Procure ajuda,aprenda a se amar e entregue seu corpo a sensações autênticas,verdadeiras.Não é questão de supervalorizar sua pureza,mas de desvalorizar seu corpo e o direito que tem de sentir prazer sem que ele seja uma mercadoria comprada.Você tem sim muitas qualidades,você tem sim beleza,tem sim valor.Não aceite comparações.Você é única,especial,só precisa acreditar nisso.
Fica com Deus.

Unknown disse...

Estranhos tempos! Hoje podemos facilmente viver mais de 80 anos, e ainda tem gente que se acha velha demais com 35 anos! Como pode isso??? Não é uma crítica a M., de forma nenhuma. É uma constatação, pois é a milionésima mulher que vejo falar uma coisa dessas....

Querida, vá em frente com seus sonhos e procure ajuda profissional! É muito triste ver alguém se odiar dessa maneira. O nome do post é perfeito! Sua maior inimiga é você mesma. Beijos e fica bem.

Anônimo disse...

Triste é ver quando as boas intenções da Lola descem pelo ralo,graças a alguns seguidores pedantes e arrogantes que querem impor seus conceitos na marra.Sugerir serviços de um prostituto é no mínimo hilário,pra não dizer absurdo.Pra que pagar um psicólogo pra sanar meus traumas,vou lá contrato um michê,abro as pernas,ouço algumas mentiras sobre meu corpo,meu desempenho,claro como bom profissional ele quer me agradar,e pronto.Anos de terapia resolvidos com algumas horas de penetração e conversa fiada.
Sexo não precisa ter amor,mas também não precisa ser mercadoria,como alguém já citou.Acredito que M. queira viver e não morrer em ilusões vendidas em calçadas e em sites de companhantes.

MonaLisa disse...

Comece parando de dizer que vc é feia. Toda mulher é uma deusa... :)

Anônimo disse...

M

Eu era igualzinha a você na adolescência , a feia que nunca recebia paqueras,cantadas, que vivia vendo os caras perguntarem das minhas amigas ( e nunca de mim) e que so se destacava pela inteligência,

Dei uma pequena virada na minha vida aos 18 anos, mas a grande virada mesmo foi a partir dos 34/35 anos,

Recomendo que você leia 2 textos do meu blog: sobre bullying ( 16 setembro 2012) e outro sobre o Dumbo ( setembro de 2010), procure no meu blog que vc acha,

No primeiro texto, falo sobre o que fiz para conseguir superar parte do problema.Nao falo sobre o que aconteceu comigo aos 34/35 anos, porque nao quero me expor demais em publico, mas se quiser entrar em contato através do meu blog,deixe um comentario em qualquer post,com seu e mail.Meu blog tem moderação e nao publicarei o post com seu mail para nao te expor, mas vou te escrever e podemos nos corresponder e conversar melhor , que tal?
Eu tenho 39 anos e ja vivi uma dor muito parecida com a sua. E superei, entao queria poder te ajudar,
Beijos e fique com deus,
;))

Anônimo disse...

Lembrei de uma personagem da novela das nove da Rede Globo que é autista,é incrível constatar que até na hora de retratar um pessoa especial fizeram questão de escalar uma atriz dentro dos padrões de beleza.Lembrei dos currículos onde as empresas exigem fotos que serão o diferencial na hora de se contratar o funcionário.lembrei da atriz Nanda Costa que ousou posar nua com sem retirar seus pelos pubianos e foi chamada de porca(por muitas mulheres também),entre outas coisas,escancarando que até depilação tem que seguir um padrão estético.Não me admira que tantas pessoas sejam esmagadas graças a essa cruel ditadura de padrão de beleza.Mais cruel ainda é quem tem coragem de criticar e julgar quem se tornou vítima e não sabe como parar de apanhar da realidade.

Caroline disse...

M., minha mãe foi entrar para a faculdade com 40 anos de idade depois de ter 3 filhos, e hoje acho ela um dos maiores exemplos de mulher por ter conseguido fazer algo que goste, ainda mais um curso tao lindo quanto a pedagogia. Ela disse que meu tio chegou na minha casa chamando ela para se inscrever no vestibular e ela disse que não ia pois ja estava velha e não sabia de nada, ao que meu tio respondeu que ninguem sabia.

Acho que todos temos um pouco de Macabea da Hora da Estrela, de vazio, de inocencia, mas dai ja temos um principio para começarmos a nos preenchermos, e nesse mundo de luta desesperada, por dinheiro, admiraçao, amor, ter um vazio peculiar nos torna muitas vezes mais belos.

Anônimo disse...

M.:

Você não está de mimimi. Não é todo mundo que passa sem sofrimento pelas exigências sociais de sucesso e desencontros familiares. Não se trata de achar que você se vitimiza, mas te digo uma coisa: não abra mâo da sua maior aliada (você). Só com ela as coisas caminharão...
Gostamos de tanta gente sem motivo. Por que você precisa de motivos pra se gostar e se achar merecedora das coisas boas da vida? Não desista de você, nunca!! Boa sorte!!
Ps.: sobre ajuda psicológica, tenha a paciência de procurar e encontrar o profissional certo pra você. Não se esqueça de que existem várias linhas de atendimento, com diferente objetivos. E ainda há a empatia e confiança no profissional. Resolvido isso, sempre se conseguem avanços e melhora no nosso estado de espírito.

Dani disse...

Eu estou em uma situação parecida, tenho 34 anos e ainda não me casei e nem tive filhos, estou com medo de chegar aos 35. Não tenho casa própria e moro com minha mãe que inclusive é machista, em uma rua decadente com mulheres da minha idade que apesar de serem casadas com filhos não tem casa própria e se encostaram na casa da mãe delas e minha mãe queria que eu fizesse o mesmo. Em cidade de interior e nessas ruas de casas mais antigas de classe média existe essa cobrança de estar casada e com filhos mesmo sem ter uma casa própria. Pois é, eu sei que não sou a única nessa situação, mas cidade de interior+mãe machista+dependência financeira... Não está sendo nada fácil.

Anônimo disse...

Gente, muito legal essa ideia de criar um grupo para ajudar!!

Anônimo disse...

Lola e amigxs do blog!

Fiquei empolgada demais com a ideia do grupo de apoio e criei um fórum para quem quiser comentar, desabafar, dar uma palavra amiga...enfim, quem tiver interesse segue o link: http://aluz.forumeiros.com/ (ficou clichê, mas acho que essa é a ideia mesmo.

Emily.

Andréa Duarte disse...

Tenho 33 anos e voltei pra faculdade nesse semestre. Na verdade, ontem. Até maio do ano passado eu vivia no interior, num emprego de bosta, sem vontade pra nada, sem a menos perspectiva. Em outubro de 2011 eu tinha viajado pra casa de parentes e eles me falaram tanto de conhecidos meus estudando que aquele desejo de mudar e de recomeçar me inundou. Eu reguei aquela semente mas pensei que ela fosse demorar mais pra dar seus frutos. Descobri que o que faltava era amor próprio, iniciativa, auto-estima elevada, segurança. Depois que me mudei ainda tive todo um processo de auto-confiança, que foi ganhando espaço paulatinamente. Minha meta de vida era arrumar um marido, e fiz muitas escolhas erradas por conta disso. Hoje invisto em mim, na minha educação, na minha beleza interior que reflete no meu rosto. Não sou a mais bonita da turma da faculdade, mas ontem percebi vários olhares sobre mim, inclusive das outras mulheres, porque eu destilo confiança. A M. precisa enxergar o ser humano ímpar que mora dentro dela, que ela tentou sufocar todo esse tempo mas que está brigando por ela. Te incentivo M. a ser a pessoa incrível que você é. Deixe-a viver e brilhar.

Anônimo disse...

Minha solidariedade com a autora. Tomara que as coisas acabem bem pra você

Eu passo por algo bem parecido pra dizer o mínimo. Tenho 22 anos e também me considero um ''desperdício total de ser humano''.. desde a pré-adolescência tenho problemas que pioraram de uns anos pra cá. Esse ano tem sido terrível e depois do meu aniversário uns meses atrás eu simplesmente resolvi desistir mesmo por não aguentar mais crises e mais crises. É bem difícil pra alguém de fora entender o grau de angústia, e o que me dá um pouco de paz é saber que desse ano eu não passo e que essa dor não vai durar por muito tempo. O que me segurou até aqui foi minha família e o fato de que eu não quero que eles sofram, mas continuar vivendo me sentindo assim por dentro é impossível..

(e pra alguns comentaristas cheios de empatia, que dizem que tudo isso não passa de ''mimimi'', por que comentar num texto que você acha tão insignificante? Ninguém vai ler o comentário da fila dos pacientes doentes e pensar: Meu Deus, tem gente doente no mundo? estou curada da depressão, nunca tinha pensado nisso! - Porque se fosse questão de saber disso, depressão e outros problemas mentais não existiriam. Eu por exemplo estou bem ciente das pessoas passando por situações terríveis como doenças, violência e fome, acho que qualquer leitora da Lola seria bem informada do que ocorre no mundo, e mesmo estando mal comigo não quer dizer que não me sinta mal pelas outras pessoas que vejo sofrer . Só que o sofrimento delas não anula o meu e o que eu sinto dentro de mim.. É possível ter empatia com os outros mesmo se tivermos nossos próprios problemas)

Anônimo disse...

Eu simplesmente tento ficar quieta para algumas coisas que leio na internet, e procuro pensar duas vezes antes de usar expressões ou palavras que estao na moda, no caso, o tal do " mimimi"
Nao uso mesmo, evito.Da mesma maneira que nao uso algumas expressões que acho chulas, pejorativas.
Como varios comentaristas disseram aqui, saude mental, transtornos mentais existem sim, e nao são menos importantes do que que os físicos.
Sou medica e tenho estagio de dois anos em quimioterapia, e ainda assim acho absurda a comparação com pessoas com câncer ou qualquer outro tipo de doença grave,
Conheci pessoas com câncer que tinham alto astral, outras negavam a doença, outras ficavam bem deprimidas ( melhor nem comentar sobre as criancas e adolescentes que ja atendi) , ou seja, tem de tudo.
Comparar o sofrimento de um com o de outro nao adianta nada, acho absurdo esse tipo de competição " quem sofreu mais, quem sofreu menos" .Todos os sofrimentos são legítimos e merecem ser cuidados e valorizados,
Em alguns comentários vi conselhos de pessoas que, embora bem intencionadas, nao irao ajudar " vá a um salão de beleza, compre roupas novas"
Por experiência própria( falo de mim na adolescência ) , nao adianta usar roupa nova, mudar o cabelo, se maquiar,se você mesma se acha feia, entenderam?? Você pode mudar a embalagem, mas o recheio continua o mesmo,a pessoa que se acha feia vai continuar se achando feia ( a única diferença e que estará um pouco bem arrumada).Lembro de mim tentando usar decote, roupa da moda, cabelo arrumado...que nada, nada resolveu nessa epoca.se arrumar faz bem e nao deve ser desencorajado, mas SO ISSO nao basta,.
Conselhos genéricos do tipo " tenha forca interior, procure beleza dentro de você, se goste" , embora sejam bem intencionados,sozinhos nao resolvem.( falo por experiência própria ); pois parece simples " se gostar" , mas nao e.
Passei pelo mesmo problema que a autora ate os 18 anos, e nao sei como aconteceu que um dia me olhei no espelho e pensei " caracaaaa sou bonita sim" , e a partir dai tudo mudou,Ninguem veio nem vinha em dizer antes que eu era bonita, eu tive que me achar primeiro.
Mas nao e tao simples assim a pessoa ter esse click que eu tive aos 18 anos, alguns demoram a enxergar isso, outros nao enxergam sem ajuda profissional.
Eu tenho a minha opinião particular de que todo mundo pode ser uma pessoa linda, cada uma com um traço so seu que se destaca ao olhar o conjunto,Dificílimo eu achar uma pessoa feia e se eu visse uma foto da autora com certeza a acharia bonita.Falo serio que enxergo beleza em todo mundo,talvez por ter sofrido o mesmo que a autora sofreu, acabei desenvolvendo esse olhar,
Nao sei bem que conselho eu daria para a M, pois todos que tenho lido aqui são validos ( exceto os que a acusam de " mimimi" que nem vou comentar ); mas apesar de validos por si so nao solucionam .
Eu diria, a principio : crie coragem para fazer terapia.ni começo pode ser assustador mas depois vai te ajudar muito!!
Segundo, você nao esta sozinha,e NUNCA E TARDE para mudar, a grande mudança que tive na vida foi com sua idade, 35 anos, e ate ali eu ficava e comparado com os outros....etc...
Por fim, sou toda ouvidos se vc quiser desabafar comigo, de verdade!! Me comovi com seu depoimento,porque ja passei pela mesma coisa, em grau menor, mas ja passei.
Entao fique a vontade se quiser fazer contato, eu e muita gente daqui torcemos por você :)
Beijo grande a Lola e a M,

Anônimo disse...

Oi, M.,

Em primeiro lugar, assim como a Lola enfatizou, gostaria de te sugerir a ajuda de um profissional. É alguém com quem você vai poder conversar e que vai te ajudar e aconselhar de maneira correta. É difícil pra quem está vendo a situação de fora achar a raiz do problema e te dar um conselho certeiro. E fazer terapia é a melhor coisa que tem, de verdade.
É muito duro viver em uma sociedade que cria estereótipos (tanto de mulheres quanto de homens). A gente acaba achando que tem de ser assim ou assado e acaba dando um padrão pra nossa vida. Ser mãe (ou pai), ter um emprego, ter uma graduação completa, ter uma vida feita. Ter sucesso.
Olha, M., o mundo é muito duro e bate na gente várias vezes. Mas cabe a nós nos esquivarmos disso ou apanharmos, mas levantarmos o rosto no final. Apesar de estarmos em um século de pleno desenvolvimento científico e tecnológico, a nossa sociedade ainda tem um buraco profundo e não aprendeu e nem quer enxergar várias coisas. E quem acaba sofrendo somos nós mesmos.

Não sou nenhuma profissional, mas se você me permitir, gostaria de te dar umas palavrinhas. A vida é muito curta pra gente passar tanto tempo nos importando com os outros. Na internet, todo mundo parece feliz (principalmente nas redes sociais), sempre sorridente. Mas ninguém mostra os problemas. Quantas amigas suas podem ter se arrependido do casamento? Quantas podem estar em crise? Quem disse que você precisa ter uma graduação pra ser feliz? Quem disse que você precisa ter uma família no maior estilo conservador pra se sentir completa? M., apesar de não te conhecer, consegui sentir pelo seu relato que você é muito mais do que uma vida de aparências.
A dona da sua vida e de você é de você mesma. Não se sinta mal por não receber cantadas (quantos babacas por aí passam cantadas e a mulherada tem vontade de sair correndo?), isso não significa nada. Ainda mais no mundinho corporativo (apesar de ser a maior parte do mercado, você lida com muita superficialidade nele).

Além disso, ninguém define a melhor idade pra transar. A vida sexual de cada um começa quando cada um quiser e ponto. Ninguém tem de julgar por nada.

Tente se libertar, se desprender dos estereótipos e de como os outros vivem. Seja feliz! É só isso que a gente tem de buscar, a felicidade. O resto vem com o nosso empenho e a nossa força de vontade. Lute pelo que quer, pelo emprego que quer, pela vida que quer. E não pela vida que você acha que tem de ter ou pelo emprego que acha que tem de ter. Lute com o coração pelo seu desejo real, do que você quer fazer, do que você quer ser. E seja!

Unknown disse...

Nana disse:

"Sempre fico um pouco triste quando vejo a mãe ( sempre a mãe!) sendo apontada como a culpada pelos problemas dos filhos."

Foi pro meu post esse comentário?

Pois se foi, então te digo que no caso de meu ex - e no caso dele tão somente - parte do problema era a mãe sim. Só sabia criticar tudo que ele fazia, não o deixava chegar em casa depois das 10 da noite, tem senha do facebook dele, ela o "infantilizou" completamente e ainda infantiliza.

Ele não pode nem viajar sozinho.

Podem dizer que ele poderia simplesmente pegar as coisas e sair da casa da mãe, mas a prisão psicológica é bem maior que a física. Não digo que ela seja a "culpada" por isso, mas grande parte do que ele é hoje se deve à criação que ela deu aos filhos.

Sim, o irmão mais velho dele também mora com os pais e também é virgem.

Se dois "exemplares" desse tipo na mesma casa não dizem nada sobre a criação que a mãe lhes deu... então eu fico quieta.

Unknown disse...

Nossa, incrível como me identifiquei com esse post e com vários comentaristas. Principalmente com o Unknown! Também tenho 22 anos, sou virgem e tenho um transtorno de ansiedade social que mal me deixa sair de casa pra ir a terapia, quanto mais a uma faculdade ou a um emprego fixo! Nem amigo mais eu tenho já que não saio de casa. A única coisa que eu faço é ler e viver em devaneios. Fiquei até impressionada em ver outras pessoas vivendo em situações tão parecidas com a minha. As vezes eu penso sinceramente que sou a única no mundo.

Enfim, gostaria de recomendar a M. o mesmo que a Lola, que ela procure ajuda psicológica e vá aos poucos. Foi o que eu fiz e posso dizer com segurança que eu tenho melhorado. Posso não ter saído ainda da situação em que estou, mas sei qual é a causa dela e sinto que estou aos poucos encontrando forças para conseguir sair. Faça isso, M. Procure ajuda, ok? Você também Unknown, vamos procurar ajuda? Largue esses jogos peloamor, eu passei quase dois anos da minha vida jogando um raio de um negócio chamado Ragnarok e hoje eu percebo o quanto aquilo sugou a minha vida e me ajudou a entrar na situação em que eu estou hoje!

E eu super apoio a idéia do Anônimo de criar um grupo de ajuda virtual, eu entro na hora!

Um abraço a todos. Espero que fiquem bem.

Anônimo disse...

Uma dica que dou pro pessoal assim é fazer uma arte marcial. Ao contrário de academia "clássica", na arte marcial vc interage com um monte de gente, tem de comandar, ser comandado, etc... desenvolve a sua disciplina, desenvolve a sua capacidade de interagir. Academia "clássica" vc coloca um fone de ouvido e se isola em seu mundo na esteira ou na ergométrica...

Tenho vários amigos hj no karate-do, treino ha quase três anos, nunca arrumei namorado lá pq são bem mais velhos que eu e casados em sua maioria mas já ajuda bastante pra desenvolver a interação social.

Anônimo disse...

Aproveitando a dica da arte marcial acima, queria sugerir a M. um curso de teatro,
Comece com um curso livre, sem grandes pretensões,
Você vai ver como vai te desinibir, te ajudar a interagir com as pessoas e a aceitar melhor seu corpo do jeito que ele e., você vai melhorar ate profissionalmente, vai por mim.
E nunca e tarde para começar a fazer teatro, eu comecei aos 35 anos com curso livre e agora estou no meio de um curso técnico,
Nao sei em que cidade você mora, mas se for de porte médio pra cima com certeza tem alguma escola de teatro,
Se for numa cidade pequena onde nao tenha, você pode fazer o curso numa cidade proxima, normalmente as aulas são uma vez por semana( no maximo duas ) e da tranqüilamente para viajar, existem turmas aos sábados e com horários alternativos para quem trabalha.
Eu nao me arrependi de ter começado, me tornei uma pessoa melhor em todos os sentidos, so lamentei nao ter começado bem antes, so aos 35 anos, mas nunca e tarde ...;))
Beijos

Anônimo disse...

Pela carta é fácil perceber que M. é uma pessoa inteligente,culta,mas que tome cuidado na hora de procurar um psicólogo.Apesar de madura ,está frágil e sendo assim,torna-se presa fácil pra algum profissional antiético.
O que posso dizer a ela é que não saia do emprego agora mesmo que o deteste.Lembre-se da frase"mente vazia,oficina do Diabo".Se ficar desempregada as chances de cair numa depressão profunda são enormes.
Outra coisa que digo é coloque sua felicidade em si mesma.Nunca espere agradecimentos por alguma boa ação ,nuca espere reconhecimento por um esforço,nunca espere agradecimentos e nem que as pessoas se lembrem das coisas boas e valorosas que vc fez.Isso raramente acontece.Os seres humanos são egoístas por natureza.
Só vc M. pode se libertar de seus traumas,seus medos,suas inseguranças e complexos,mas não espere estímulo de ninguém,faça por vc e pra vc.

Unknown disse...

M este seu relato é muito triste, vou comentar uma coisa engraçada da minha vida que acredito que tem relação com a situação.

Eu tenho 34 anos e trabalho em uma empresa aonde o meu chefe é um cinquentão.

Bom toda vez que ele vem me pedir algo para fazer ele sempre usa a expressão "meu jovem", e eu fico pensando que com 34 e já com aparecimento dos meus primeiros fios de cabelos brancos como o cara tem coragem de me chamar de "meu jovem"?

Isto me deixa encucado kkk, mas a verdade é que a expectativa de vida de nós Brasileiros já mais de 70 anos e com 35 anos de vida nós estaremos na primeira metade da nossa vida, sendo assim nada pode ser tarde demais se ainda temos meia vida ou mais pela frente.

M não te conheço e talvez nunca te veja mas assim como os ídolos do meu time do coração vou torcer por você e se um dia tiver o privilégio de ler um post seu dizendo que a sua vida mudou maravilhosamente vou ficar tão entusiasmado quanto nos gols do meu time, torço por você!

Lui disse...

Li os comentários e vi que teve alguns que falaram disso, mas queria reforçar.

M, procure sim ajuda, pegue o telefone e simplesmente marque uma consulta com um psicólogo. Dane-se o preço, dane-se o que você vai dizer, fazer, isso é trabalho pro psicólogo pensar, apenas VÁ (:

mas o que eu queria reforçar é que se você não se sentir bem, não se sentir acolhida, se sentir julgada, não hesite: exponha como você está se sentindo desconfortável, como você não gostou do que foi falado e se for o caso troque de terapeuta. Quantas vezes for necessário!

fique bem, mando aqui muito amor, energia e força para você!!

Anônimo disse...

"Academia "clássica" vc coloca um fone de ouvido e se isola em seu mundo na esteira ou na ergométrica..."

Isso nem sempre é verdade. E ao contrario do que divulgam, (geralmente pessoas que nunca pisaram os pés em uma) tem todo tipo de gente nas academias, tem os fortões, tem os que se isolam, tem os magricelas, os gordos, os nem uma coisa, nem outra, as velhinhas que precisam fortalecer os joelhos, os que querem fazer amigos, os que só fazem esteira, os que só conversam, os que detestam a esteira, os nerds, enfim, tem de tudo como em qualquer lugar.

Anônimo disse...

Você é nova, Meu! Vai à luta! Força e muita sorte aí!

Anônimo disse...

Existe uma chance M. de que você seja Asperger.Faça o teste.Não se assuste.

Rafael disse...

Nem precisa ser virtual. O pessoal das cidades podia se ajudar. Por exemplo: teve o anonimo do primeiro post que disse que e sozinho pra caramba, se ele for de Curitiba eu me prontifico a jogar videogame com ele assim o pessoal que mora perto se ajuda.

Anônimo disse...

Cheguei a esse blog por um mistério do Google, vim parar aqui e estava toda entusiasmada até ver "feministas" hipervalorizando a virgindade em ideias que são estritamente patriarcais, só faltou falarem "mulher tem que se valorizar", por favor né gente?

EU perdi a minha virgindade com um garoto de programa, aos 24 anos porque cansei de ser virgem, cansei de homem fugindo de mim pelo cabaço ou só querendo me foder pra ser o primeiro e não quis fazer isso com o dedo. Poderia ter arrumado vários amigos para cumprir essa tarefa mas não quis isso atrelado a nenhum homem em especial, e podem rir mas eu cheguei a ir a um ginecologista pra ele passar o bisturi no hímen e ele também veio com esse papo de "guardar para uma pessoa especial", ah se lascar!

Muito bem, aí começou a minha saga na busca de um prostituto, revirei a internet até chegar a um fórum de promoção de garotos de programa, escolhi vários e contatei um por um, inicialmente via skype e alguns por telefone, até chegar naquele que me pareceu melhor e mais bonito. Avisei que era virgem, ele disse que não era a primeira vez que fazia isso e combinamos o encontro em um flat em Moema, bairro de SP. Confesso que não senti medo de nada, nem me passou pela cabeça que eu seria "estuprada" ou coisa parecida, muito pelo contrário eu estava super ansiosa.

No dia combinado me arrumei e fui, deixando em confiança para uma grande amiga onde eu estava, com quem e pedindo pra ela me ligar em um determinado horário. Cheguei ao prédio, deixei o RG na portaria e subi, o "Bruno" estava me esperando todo bonito e bem vestido e foi muito legal comigo, conversamos um tempo e ele foi todo "namoradinho" comigo, rolou beijo, ele fez sexo oral em mim, na hora da penetração confesso que a camisinha incomodou mais que a dorzinha que senti mas nada que um monte de KY não resolvesse, foi bem tranquilo mesmo. Passei mais ou menos duas horas lá, não sei dizer porque nada foi marcado no relógio e digo a vocês que foram os 200 reais mais bem gastos da minha vida. Ele foi um amor e só tenho boas lembranças da minha primeira vez. Parem com essa vanglorização de um pedaço de pele, gente! Que coisa machista!

Anônimo disse...

Ok pessoa você pagou pra romper seu cabaço.Parabéns!Viva!Que demonstração de auto controle,de poder!
Era isso que você veio procurar aqui,queria que alguém considerasse sua atitude o máximo?
Pena que tenha usado um post tão bacana e comovente quanto o da M. pra procurar autoarfimação.Se estivesse tão orgulhosa da sua atitude não se esconderia atrás de um comentário anônimo.Mostre sua cara,diga seu nome.Se escondendo pra que?
O problema da M.não é o hímem,ninguém está valorizando um pedaço de pele,queremos ajudar essa pessoa a valorizar seu próprio ser.
O machismo,minha querida pessoa,é querer que outras pessoas abram mão de suas opiniões.
faça bom proveito de sexo pago,já que você não tem competência pra conquistar alguém.
Lola,não seja hipócrita e não censure meu comentário.
Anna/ RJ.

Unknown disse...

Cheguei até aqui por acaso e me surpreendi.Essa pessoa está passando exatamente pela mesma ponte pela qual um ente querido meu já passou.Uma ponte estreita,mal conservada,feita de madeira velha,apodrecida,daquelas que dão impressão de que vão desabar ao primeiro passo.Não sei se essa pessoa vai ler os comentários,não sei se ela sequer sabe que sua história veio a tona.Mas vou deixar minha impressão.
Nada há o que fazer pra mudar o passado,tudo que já foi vivido ficou pra trás.Foque sua vida no que há pela frente.Pode atravessar a ponte,ela não vai cair,talvez ela estremeça,balance,mas você vai vencê-la,use seu presente e construa um futuro melhor.Não se preocupe com a opinião de quem te acha fraca,fútil,superficial,mal agradecida com a vida.Só você conhece sua realidade,só você pode transformar sua vida.Não se preocupe se escorregar e cair,levante quantas vezes for preciso.Use sua inteligência,seu amadurecimento como alicerce.Timidez não é defeito é característica.
Encare a ponte,não ande pra trás.

Anônimo disse...

Eu não tenho muito o que dizer a você que enviou esse relato, estou abalada, pois enquanto eu o lia, me sentia lendo a minha própria história, força! eu realmente sei como você se sente...

Anônimo disse...

M.eu entendo sua dor relatada aqui,vivencio o mesmo que você.Ao contrário da maioria que tenta te iludir,serei sincera.Se você não mudar,não tentar se enquadrar nos padrões atuais,vai sim acabar sozinha.Ninguém liga pro seu sofrimento,ninguém nunca vai querer saber o que você tem pra oferecer,ninguém dá a mínima pro seu conteúdo.Ninguém gosta de pessoas fracas,feias e sem atrativos.procure um psicólogo,mas não deixe de procurar cirurgia plástica.Não se iluda,ninguém vai mudar por causa sua causa.

Anônimo disse...

365 dias se passaram,espero que M. esteja melhor,mais otimista,mais feliz,mais mulher.

Anônimo disse...

Sei que esse post é antigo, mas infelizmente me identifiquei e precisei desabafar.
Infelizmente me sinto em uma situação um pouco parecida com a da M. também, não me sinto realizada no meu trabalho, quase não tenho amigos próximos e só saio de casa quando sou obrigada. Estou fazendo faculdade, mas sem vontade, nem disposição de terminar, pois vivo duvidando da minha capacidade de concluí-la. Tenho 24 anos e também nunca fui beijada. Sempre tive dificuldade de me relacionar com pessoas e minha criação tornou isso tudo bem difícil. Tenho vergonha do meu corpo, pois sou gorda e nunca fui bonita. Também não consigo me imaginar ficando nua na frente de alguém.
Me sinto solitária e sinto que minha vida não tem sentido. Sempre tive tanto medo de falhar e de não ser capaz que não tenho a força interior necessária para tentar, e por isso me isolo do mundo. Nunca tive ninguém com quem conversar, apesar de conseguir fazer alguns amigos, nunca consegui ter uma conversa intima com eles, nem falar dos meus problemas.
Nunca consegui desabafar, até tentei falar com minha mãe e ela só me fez sentir muito pior, mesmo problemas sempre foram sem importância pra ela. Mas sinto que não consigo resolver sozinha e não tenho a quem pedir ajuda. Estou me sentindo cada vez mais sufocada e desesperada.

Alguém disse...

Não deveria ser assim,mas reconforta-me saber que não sou a única pessoa desse planeta,a chegar a casa dos 40,com plena consciência de que não somos nada mais do que lixos de seres humanos.De que nossa existência é inútil,e vamos morrer assim como vivemos,em total mediocridade.Que nunca faremos parte da vida de ninguém,nunca seremos amadas e queridas,nunca faremos nada de relevante e quando morrermos seremos enterradas e esquecidas.
Li o texto dessa mulher,apesar de antigo,e me senti como se estivesse diante de um espelho.