A inigualável Marilena Chauí revela em entrevista a Caros Amigos de dezembro mais um bom motivo pra gente gostar do Bolsa Família (e pros reaças morrerem de ódio) – o programa empodera as mulheres! Nas palavras dela:
“Eu tenho uma colega, socióloga, que viajou pelo Brasil inteiro fazendo a pesquisa em torno do bolsa família. O bolsa família produz uma desestruturação da família, porque ele produziu a perda de lugar masculino e a presença forte e determinante da figura feminina. Isso mudou as relações de poder no interior da família, isso mudou o lugar da mulher nas pequenas comunidades e pequenas sociedades. E isso produziu o seguinte efeito: todas as mulheres do bolsa família foram capazes de usar o recurso, de tal maneira que sempre houve uma sobra, e todas elas se reuniam, e foi aí que as cooperativas foram importantes, elas formaram cooperativas, com estas sobras elas investiram, foram fazer artesanato, foram fazer costura. Há mil e uma atividades que as mulheres estão fazendo no Brasil inteirinho e isso mudou a relação com os filhos porque, para fazer isso, elas compreenderam com clareza o significado do FUNDEB [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] e a ida da criança para a escola. E o FUNDEB, através do PRONAF [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar], criou o sistema nacional de merenda. A comunidade produz a merenda e a criança come, essa despesa, a mãe não tem. É uma revolução”.
Esse é um lado do Bolsa Família que a gente não vê, mas que certamente existe. O benefício é pago para a mulher; é ela que controla o orçamento da família, e quase sempre pensa nos filhos em primeiro lugar (é mais ou menos por esse motivo que as seguradoras de automóvel cobram um seguro mais barato de mulheres com filhos – elas cometem menos acidentes porque são super cuidadosas). Eu lembro bem quando, em 2003, muita gente criticou que o cartão do então Fome Zero seria entregue preferencialmente às mulheres da família. Quem criticava, lógico, era o pessoalzinho sem nenhum pé na realidade que pensa que homens e mulheres (notem a ordem “natural” das palavras) vivem em plena igualdade. Ou seja, num sistema de igualdade, perfeito, utópico, qualquer desestruturação é ruim. Em time que tá ganhando não se mexe, certo? No entanto, num sistema desigual, uma desestruturação da família é algo muito positivo. Combate-se o machismo dando maior poder às mulheres. Toda melhora da qualidade de vida da população passa pela melhora de vida da mulher, sem exceção. Quando se aumenta a renda das mulheres, automaticamente melhora a vida das crianças. Essa é uma das razões peloa quais o feminismo, que luta para a igualdade dos gêneros, é benéfico pra todo mundo.
Mas, apesar de todos os avanços causados pelo Bolsa Família, apesar do programa ser copiado em Nova York e em muitos outros lugares, ainda tem gente que vem com o discursinho ultrapassado de que ele “dá o peixe e não ensina a pescar”. Deve ser o mesmo pessoal que reclama que tá cada vez mais difícil arranjar empregada.
27 comentários:
Amei!!! Que lindo isso, Lola, essa constatação!
Tbm, deixa dinheiro na mão desses homens do interior, tbm sofridos. Vai tudo na cachaça e com mulher.
As mulheres empoderadas sabem mto bem o que é compromisso com a família e as prioridades.
Posso falar, pois meu avô, do interior do Rio Grande do Norte, era um cara machista, violento e que tratava minha avo como um ser inferior, escondendo comida em um quarto fechado a chave e gastando com bebidas e mulheres.
Meus tios foram criados vendo esse modelo e agindo assim.
Com certeza, minha avó no comando teria deixado um legado positivo.
E deixa o povo descer o sarrafo. Geralmente, quem fala não conhece na pele o outro lado da moeda e não sabe o significado de empatia.
Falei demais! Bjão!
Só vc mesmo p/ dar uma boa noticia em meio a tanta coisa que nos desanima :)
Eu fico imaginado o quanto a vida da minha mãe, das minhas tias e de tantas outras mulheres tereiam sido diferentes se um programa assim tivesse existido a uns 25 anos atras...
Mas oq importa é comemorar que a realidade tá mudando e que devemos lutar e cobrar p/ que mude ainda mais.
No alvo! O bolsa família da a mulheres que nunca tiveram renda pq se viram parceiras de um homem dominador, pq sair para trabalhar é sinônimo de perder o marido e a estabilidade da família e o equilibrio que elas pensam serem bons para as crianças, pq sua religiosidade diz que a mulher tem que ser submissa ao marido, a possibilidade de ter um dinheiro SEU e partir dessa esperiencia de autonomia economica a vida delas muda, assim como a vida de suas crianças e muitas mulheres tanto no meio rural quanto no meio urbano mudem completamente e para melhor.
Ah, e aqui em Recife as mulheres que recebem bolsa família ganham ingressos para eventos culturais e palestras e coisas do gênero, outro dia estava conversando com minha visinha e ela me contava que assistiu uma peça no Teatro Santa Isabel e tava toda feliz e eu pensei caraca, pessoas do suburbio do Recife indo ao Teatro Santa Isabel (um teatro de 160 anos, mil vezes lugar de elite). Isso muda a auto-estima da pessoa, hoje ela realmente não aceita qualquer trabalho, ser tratada de qualquer forma por uma patroa, afinal, a priore é melhor o pouco da bolsa familia com dignidade do que ter mais dinheiro e ser humilhada...
além da questão de empoderar a mulher, especificamente, tem também um efeito cascata interessante para o pobre de um modo geral. é que o bolsa-família dá uma certa autonomia a toda a família. então, por exemplo, se o dono da usina pagava cinco reais por dia de trabalho ao cortador de cana, ele agora vai ter que pagar mais, porque o indivíduo tem uma retaguarda do bolsa-família, e não precisa se sujeitar a um salário de fome. ele passa a ter poder de barganha, de negociação etc.
li um economista certa vez dizendo que isso teve um impacto real na economia, porque não só distribuiu a renda por dar dinheiro ao pobre, mas também faz o pobre ter condições de ganhar ainda mais dinheiro.
os ganhos do bolsa família são concretos e simbólicos.
Para além de desestruturar as relações familiares tradicionais, o que foi um efeito secundário vantajoso, o programa teve ainda o mérito de contribuir para que se rompa o ciclo infernal da pobreza que de outra maneira iria continuar a replicar-se.
Normalmente a direita, aqui como em outros paises, vide Estados Unidos, não gosta e procura histórias anedóticas de dinheiros mal parados para o desacreditar, mas esse é o papel da direita e é por isso que ela é direita.
Melhor seria dar participação às mulheres nas grandes corporações, e o Estado fazer valer o direito de propriedade delas, se limitando a regular a economia, não mantendo-as sem propriedade dos meios de produção mais produtivos da história da humanidade, pegando uma boa parte pra si, e dando umas misérias pra elas depois, que no máximo servem pra sobrevivência, um pouco de conforto e pra montar cooperativas pequenas e muitas delas atrasadas. Melhor do que essas cooperativas seriam ações nas maiores empresas pagando 100% do que render, e competindo pela permanência ou não da acionista.
Mas do jeito que estamos, há um conluio entre mega-empresários e a burocracia mantendo o povo sem capital, e soltando um pouco de verba pra maioria pra continuar no poder (ganhando eleições), e ter mercado consumidor.
Eu já sabia disso pois no meu trabalho conheci várias dessas comunidades e dessas mulheres maravilhosas. Mas realmente é um efeito que a mídia de forma geral ignora e, assim, boa parte da classe média também.
Agora, Lolinha, jájá vai aparecer alguém aqui para te ensinar que a ordem natural das palavras é "homem e mulher" porque essa é a ordem alfabética kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
To esperando também o troll que vai dizer que é um "absurdo você pregar a desestruturação da família" kkkkkkkkkkkk
Lô,
Adoro o seu Blog!! Trabalho na área social como Assistente Social e conheço muito bem esse assunto. Gostei muito de sua abordagem, visto que o asssunto é muito polêmico. As pessoas adoram dizer que o Bolsa Família é o culpado pelos pobres deixarem de trabalhar. Mas a discussão é mais profunda que isso e não vou aqui, entrar no mérito dessa discussão. Também não vou negar que isso aconteça de fato, pessoas acham que o benefício é renda. Trabalhamos muito essa questão. Mas para muitas famílias ele tem um significado muito importante, conseguir manter com ele, seus filhos na escola. Considerando que seus salários são baixos, sem falar naqueles que nem tem renda fixa. Sim, é importante que o Cadastro para o Benefício seja no nome da mulher. Nas comunidades mais carentes, são poucas as famílias com modelo tradicional (isso acontece também na classe A e B??), a maioria dos grupos familiares são compostos pelas mulheres e seus filhos, e sim, são elas que precisam de incentivo, econômico e de profissionalização, e são elas as responsáveis pelos filhos. Pela nossa experiência, quando o homem faz o Cadastro, ao se separar, continua recebendo o benefício e não ajuda seus filhos, que sempre ficam sob a responsabilidadde da mulher. Por isso a regra mudou, e damos preferência à mulher para a titularidade do Cadastro. As pessoas precisam saber que o Bolsa Família não é renda, e sim um benefício necessário e emergencial, enquanto as famílias se organiam e entram no mercado de trabalho, seus filhos matriculados na escola (é condição), para não precisarem mais de apoio do governo. Muito ainda se precisa fazer para o protagonismo e promoção das famílias, para que elas não precisem mais de apoio do governo. O MDS reza que paralelo ao benefício sejam desenvolvidas ações que promovam a família, o que significa, trabalho, estudo, capacitação ou profissionalização, fixar as crianças e adolescentes na escola saúde e melhores condições de habitação, enfim a construção da Cidadania. O Benefício deve ter data de início e término, quando seu objetivo é cumprido. Neste novo Governo a meta vai ser capacitar a profissionalizar para o trabalho, para garantir o protagonismo das famílias.
Acho que a grande sacada do Bolsa Família é dar o dinheiro na mão da mulher. As mães muitas vezes preferem gastar seu dinheiro com os filhos do que com elas mesmas, são mais responsáveis com dinheiro e isso é um fato. Muit@s de nós (inclusive eu), sabe disso por experiência própria.
Mudando de assunto, mas nem tanto, as vezes acho que a licença paternidade é muito pequena e que deveria se igualar com a maternidade. Mas eu penso, quando uma mulher tem um bebê ela vai ficar toda licença cuidando dele, já o pai sabe lá o que vai fazer, mas provavelmente se dedicar inteiramente ao bebê não vai(não estou generalizando, gente). Sou a favor do aumento da licença paternidade, mas muito mais a favor de que essa desigualdade de gênero deixe de existir em todos os aspectos.
Ana Carla, eu penso também nisso do aumento da licença paternidade, ou melhor, gosto do modelo alemão, em que o pai e a mãe trabalhadora revezam o cuidado com os filhos pro 3 anos! Isso sim é igualdade de gênero: nossa lei incentiva o machismo...
Lola, que bom que vc tratou disso, pois as pessoas precisam saber da realidade! Linda essa revolução!
Bj e bom final de semana!
Bem interessante, eu realmente nunca tinha pensado por esse lado nem tinha noção desse impacto. Acho que muita gente não tem noção dessas transformações que o programa trouxe, pelo menos aqui no sul tem um pessoalzinho ignorante com mania de dizer que "no nordeste ninguém trabalha, só fazem filho, pra ganhar bolsa-família" e outros comentários nojentos do gênero.
Lola,
Esse tipo de programa social é eficaz pois faz uma leitura simples mas direta da realidade e não "propriamente feminista".
É que está mais do que provado que só se ajuda as crianças ajudando as as mães pois são elas que tem a responsabilidade de cuidar das crianças na sociedade brasileira.
Os homens muitas vezes tem várias mulheres e filhos com todas elas em várias casas, somem com a maior facilidade e não deixam dinheiro para nada e em geral devem dinheiro em todas as casas.
O centro da família brasileira é a mãe, ela é a referência e por isso a ela é destinada a ajuda, é a vida da mãe que o bolsa família precisa transformar para midar a face do país, claro, e por isso precisa ser destinado as mulheres.
Bolsa família é para apoiar a família, para a mulher poder escolher, se quer ficar em casa umas horas a mais e cuidar melhor das crianças, descansar para ter mais paciência, ver uma lição de casa etc... não é sustentar a família nem para ter outra finalidade a não ser facilitar a vida mesmo.
Todos os países mais desenvolvidos do mundo tem bolsa família, aqui na Escandinávia se a mãe escolher não trabalhar, se preferir para ficar em casa durante os 3 primeiros anos da criança, sem usar jardim de infância ou creche o bolsa família pode ser milionário...
Governos pagam uma boa grana para desonerar a demanda por vagas em creches por exemplo! Mas a Bolsa (barnetrygg) é paga para todos até as crianças completarem 18 anos.
Ao completar 18 anos a bolsa passa a ser paga para o jovem que estiver estudando até se formar na universidade! Boa, né? Por isso a Noruega é nº 1 no IDH.
E tem bolsa para tudo. Se você é bêbada ou drogada e não pode trabalhar e cuidar dos filhos você vai receber casa, comida e roupa lavada do governo enquanto estiver sem condição de viver de se livrar do vício. Se é deficiente, a mesma coisa. Ninguém deve passar necessidade, necessidade e privações é que são crime!
Claudia
Distribuição de renda é algo fantástico. Me emociona lembrar como isso era uma utopia, um sonho distante a até pouquíssimo tempo atrás, e agora está acontecendo bem diante dos nossos olhos. É uma das poucas coisas que realmente funciona no Brasil, e faz valer a pena toda a absurda carga tributária que carregamos nas costas. E o bolsa família gera todo um efeito cascata de distribuição de renda, da pessoa não ter que pegar qualquer emprego. Realmente vai ficar cada vez mais difícil arrumar empregada doméstica- pra quem não quer pagar um salário digno, nem direitos trabalhistas. Ainda bem.
Acompanho teu blog há um tempo, já, mas acho que só agora paro pra comentar. Bom post, Lola. Me irrita a quantidade de desinformados a respeito dos benefícios do Bolsa Família; aliás, não dá nem pra falar em desinformação, não é mesmo? A maioria age é de MÁ-FÉ, o que é pior ainda. Apesar dos pesares, o governo Lula foi aquele que começou a dar maior esperança a quem antes não tinha nenhuma. Espero viver para morar em um país mais justo, sem tanta pobreza, sem machismo e sem homofobia.
Beijos,
Ramiro Catelan
http://twitter.com/ramiro_fc
Educação é a solução para a maior parte dos problemas sociais e o caminho mais certo para um país melhor. E bolsa família de certa forma também é educação, porque só o fato de exigir que mães e pais mantenham as crianças na escola (em vez de tirarem da escola pra trabalharem e ajudarem no sustento da casa, coisa absurdamente comum Brasil afora) já vai ter um impacto no futuro dessas crianças incrivelmente maior do que qualquer mudança que estejamos vendo agora na vida das famílias.
Pouco importa se algum pai use todo o dinheiro do BF pra beber cachaça. Se pra conseguir beber essa cachaça ele for obrigado a manter as crianças na escola, o programa já vale a pena.
Tipo de notícia que a Rede Globo nunca vai dar.
Ótimo texto, Lola. Estive fora ontem e só pude ler agora. Mas, acredito, que o bolsa família não inaugurou esse modelo. Se bem me lembro, em alguns programas de reforma agrária daqui do país a propriedade da terra (*ou seja, dos tais meios de produção que um colega citou*) sempre saía em nome da mulher da casa. Exatamente pelos mesmos motivos que no caso do bolsa família: a mulher/mãe, normalmente, se preocupa com os filhos e seu próprio bem estar em segundo lugar. As possibilidades de uma mulher "beber" (*trocar por umas cachaças lá na birosca da esquina*) a terra (*no caso da reforma agrária*) ou o benefício. Só não vê os benefícios do bolsa família quem é ignorante de todo (*acontece... acontece... mas quando lê um texto como este, pode parar para refletir*), quem é idiota (*bem, esses existem, também*) ou quem não tem caráter mesmo (*os tais que reclamam que não tem mais as suas empregadas domésticas... é mas o governo tb tem culpa nisso, afinal, garantiu para as domésticas seus mínimos direitos trabalhistas... mas acabei de ler um argumento "de esquerda" contra o benefício aqui mesmo...*). Simples assim. É possível até discordar do bolsa família, sem cair nos três tipos anteriores, mas não sem reconhecer o valor do programa como um primeiro passo.
Também os programas de Habitação colocam as residências no nome das mulheres, que usualmente não vendem o imóvel por qualquer motivo.
Pandora, as apresentações de teatro são promovidas pelo Bolsa Escola, da Prefeitura do Recife, gerido por minha amiga Tereza Satto.
Lola, você viu? O agressor da Maria da Penha agora escreveu um livro onde ele é a vítima nessa história toda. Vi lá no Nassif (para variar, sem qualquer comentário). Poderia escrever sobre esse absurdo? O pior que não irá falta 'leitores' como certos comentaristas aqui no seu blog...
Eu sempre pensei: Porque as pessoas criticam o bolsa-família se isso só ajuda e dá esperança de dias melhores a quem necessita? Claro, concordo que o Brasil precisa logo ter educação, mas enquanto isso não é possível, acho a idéia louvável.
Agora, acho que é a partir do governo Dilma que os primeiros passos concretos para educar o país serão dados.
Bem, eu acredito na COMPETIÇÃO feroz, impiedosa, darwinista!, pra resolver todos os nossos problemas terrenos, práticos. Mas mantendo sempre a salvo TODOS os seres humanos, sem ninguém à margem, como proprietários. COMPETIÇÃO de métodos, de teorias, de empresas, de máquinas, de coisas, não de pessoas coisificadas.
Não concordo ainda aí com essa de privilegiar mulheres em programas sociais, porque tá me parecendo ser um caso típico onde os meios empregados destroem o fim para o qual supostamente concorrem ("Os fins não justificam os meios"). Afinal, não é pra depor um rei e pôr outro no lugar, é pra acabar com a desigualdade. Ou não?
Enfim, tá me parecendo que não é por aí.
desculpa mas isso é balela de feminista sem marido.
É Fernando, otimo argumento...
"desculpa mas isso é balela de feminista sem marido".
adoro essas pessoas que fazem comentários baseados em vivência, ou em estatísticas, ou em pesquisas.
Olha, a pessoa vem aqui, lê um texto primoroso e ainda fala bobagem. Depois nós é que não entendemos o que eles escrevem.
Já fui contra o bolsa família (vergonha) e aos poucos fui me convencendo de que ele é um programa sério que mudou o País.
Guardarei seu texto para futuras discussões em sala de aula (com indicação de autoria, claro).
Realmente, o pessoalzinho que não arruma empregada é o que mais critíca e fica enviando e-mails idiotas, achando que tá abalando as estruturas e agradando.
Muito bom o post!
Oi, Pessoal!
Lola, parabens pelo texto. De fato, concordo com Marilena Chaui e contigo: O PBF "desestrutura" a familia... e isso 'e bom! Tenho pesquisado o programa, sou antropologa e tenho visto que alem de "empoderar" a mulher, o programa tb "empodera" as criancas - que acabam recebendo parte do dinheiro (direta ou indiretamente)....
Abracos a tod@s que acreditam no Brasil e trabalham pelo fim do ciclo intergeracional da pobreza!
Que maravilha seu texto... eu não sabia que é a mãe quem recebe o dinheiro... e olhe que já calei o bico de muita gente que critica esse programa... ouvi resposta assim "eu nunca tinha pensado sob esse ponto de vista" e pra mim que não tinha pensado pq não precisa da ajuda... se precisasse teria pensado até melhor do que eu... basta se colocar no lugar das famílias carentes. Simples assim. E essa mamata em explorar empregada doméstica tava passada da hora de ir se acabando!
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