quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

RESPOSTAS ADEQUADAS (?) PRA GROSSERIAS INADEQUADAS

Depois dos mais de 250 comentários no post anterior, muitos dos quais continuavam sem entender a diferença entre grosseria na rua e cantada, ou diziam não acreditar que mulher que reage tem grandes chances de ser fisicamente agredida (verbalmente é a norma), ou insistiam em ditar modelos de conduta às mulheres - porque, lógico, a responsabilidade pra acabar com esse terrorismo diário de gênero é nossa, não dos homens -, enfim, depois de cada besteira sem noção que foi dita, fico até reticente em publicar este post. Mas, como eu já o havia preparado (no mesmo dia em que preparei o outro), e como estou viajando e não terei tempo de escrever outro, vai esse mesmo. E valha-me deus!
No post “De quem é o abuso de autoridade?” houve muitos comentários pertinentes. Por exemplo, este da Cris: “A grande questão é que a luta não é contra os homens e como alguns já disseram aqui, os homens também sofrem com esse tipo de cultura, sofrendo o peso de serem sempre os machos provedores e garanhões! Não é uma competição de quem é mais vítima! Mas é fundamental destacar que um homem ao sair na rua vestido com sua roupa mais comum, sem nenhum dinheiro e nenhum objeto pessoal dificilmente se sente ameaçado. Já uma mulher não, aliás a maioria das mulheres que eu conheço sente mais medo de uma violência relacionada ao fato de ser mulher do que de um assalto. E isso tudo começa como? Às vezes com uma 'piadinha', uma 'cantada' dizendo que me lambia todinha, como já ouvi vindo trabalhar essa semana. Como eu me senti? Horrível! E com medo! Então... não é exagero! É realidade vivenciada por todas as mulheres, todos os dias!”.
Pois é, eu tenho um pouco de dificuldade em entender que homens (e algumas poucas mulheres) 1) vejam uma grosseria dessas como um elogio, e 2) pensem que têm chances de seduzir alguém com baixaria.
Não sei até quando vamos considerar uma situação dessas, narrada pela Laurinha, como aceitável: “Ontem mesmo em um ônibus presenciei um adulto ensinando pra um menino de uns oito anos como devia se enxergar e se referir à mulheres. Apontava pra mulheres que passavam e dizia coisas como 'imagina aquele b***** no seu colo. Vc gosta?', 'olha como elas gostam de se mostrar, está até rachando'... Deu nojo. E o pior é que a gente não pode fazer nada e se reclama, não é levada a sério ou é ofendida”.
Argh. Tem como achar admissível que um homem ensine um menino de 8 anos que masculinidade é desrespeitar as mulheres?
No post, vári@s comentaristas contaram anedotas de reações bem-sucedidas de moças ao ouvir essas grosserias na rua. Enquanto a gente não torna o padrão de comportamento de assediar mulheres sexualmente na rua inaceitável, vamos ver se alguma dessas respostas funcionaria. Mas sempre deixando claro que, sim, é perigoso reagir (toda mulher conhece alguém que reagiu e apanhou do sujeito que não aceitou ter sua "autoridade" questionada; incrível que vários homens jurem que não, não existe homem que bate em mulher que reage a grosserias) e que quem deve mudar o comportamento são os homens que assediam, não as mulheres que são assediadas.

- Masegui: “Só pra ilustrar o assunto, vai uma história engraçada que aconteceu em Gov. Valadares, onde morei por alguns anos: uma padaria no centro da cidade era um famoso ponto de encontro todas as manhãs. Negociantes, fazendeiros, doleiros e outros exemplares do gênero se reuniam para tomar café, bater papo e fazer negócios. Passou uma moça bonita e um sujeito, metido a garanhão, falou da forma mais descarada possível: 'Nossa, que tesão!' A mocinha não se intimidou, deu uma olhadinha de desprezo e respondeu na lata: 'Enfia o dedo no c* que passa!' O babaca foi motivo de chacota por um bom tempo!

- Nelsonalvespinto: “Se no caso que a Carol relata [ouvir grosserias de um grupo de caras ao passar na frente de um bar] ela tivesse parado na frente dos caras do bar, sacado o celular e dito algo do tipo: 'Alô, amor. Você tá chegando. Olha, teve uns sujeitos que mexeram comigo na rua aqui no bar X. Eu estou te esperando bem na frente deles. Vem logo. Beijo'. Não teria ficado um ....

- Ághata: “Já vi uns depoimentos de gurias dizendo que o melhor método é colocar o dedo no nariz e jogar meleca no cara. Essa eu ainda não tentei”.

- Laurinha: “Pelas experiências que já tive, o que costumo fazer é olhar com a cara bem fechada ou resmungar sozinha, mas bem alto a ponto de todo mundo ouvir 'que nojo', porque assim a gente reage mas sem precisar bater boca com o infeliz e geralmente ficam sem graça, ainda que dêem aquela risadinha tentando fingir que não se importaram ou com cara de susto”.

- Joel Bueno: “Diálogo que presenciei no Centro do Rio:
- Eu te chupava todinha!...
- Tá me achando com cara de piroca?


A dúvida é: o que fazer, enquanto fazemos campanha para que essa estupidez masculina chegue ao fim? (e em vários lugares do mundo esse comportamento já se tornou socialmente inaceitável). A dificuldade, como várias leitoras relataram aqui, é que nós mulheres não somos todas iguais. Algumas são tímidas, outras sentem-se tão humilhadas que se calam, outras não querem andar "armadas" (prontas pra guerra) ao simplesmente colocarem o pé pra fora de casa, outras (meu caso) levam três horas pra pensar numa resposta... Pois é, seria querer demais que homens parassem de falar gracinhas pras mulheres na rua? É mais fácil do que a gente ter que pensar em respostas adequadas pra declarações tão inadequadas.

116 comentários:

maria claudia disse...

Responder pode ser a melhor solução, na minha opinião, mesmo sendo grosseria também. O problema é que a mulhere não pode errar, nem falar coisa feia. Porém, ela sempre será a errada da história, mesmo se ficar calada.

Isabela disse...

Então, a Lola teve que desenhar, né?
Esse post foi o desenho do outro...rsss...

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Cara, como um homem falando, na boa: Mexer com mulher na rua te coloca no nível mais baixo da hierarquia da dignidade masculina. Nunca, em nenhuma hipóteses é algo aceitável. Nunca, em nenhuma hipótese (tirando nos piores pornos do mundo), vai funcionar de alguma maneira positiva. A unica coisa que você faz é foder um pouco mais com a relação homem-mulher de MANEIRA GERAL. Sim, porque enquanto tem filho da puta que faz isso, quem se fode? Todo mundo. Porque? Porque todas as mulheres passam a olhar todos os homens com os mesmos olhos, com as mesmas preocupações. "será que esse aí, que parece gente boa, será que ele também não me avalia o tempo todo?", "e quando ele for grosso, se eu reclamar, ele vai me agredir mais?" e assim por diante.
Eu sinceramente fico puto. De verdade.
Ah, e comentando o outro post nesse aqui: Que espécie de ser estúpido achou que ia ofender uma POLICIAL e ficar tudo por isso mesmo? E quem consegue defender um imbecil como esse? Tem que ser muito burro.

Não posso deixar sugestão de resposta, apesar de conseguir pensar em algumas, mas não sei se funcionariam ou se deixariam o cara mto puto e acabariam com a situação toda.

E quem falou para responder com "que nojo", desculpa, mas não funciona! O objetivo não é galantear, mas sim ofender, invadir. Então o nojo declarado será interpretado como desejo reprimido, provando a verdadeira natureza do objeto avaliado. (É sério, essa lógica existe. É a mesma do não que quer dizer sim, do reclama mas gosta e assim por diante.)

De resto, parabéns Lola!

Cely disse...

A Lola sempre tem que desenhar! Por isso admiro muito a paciência dela hahaha

Inacreditável que as pessoas ainda não consigam identificar esse comportamento como abusivo, é um dos motivos que me faz querer explodir o mundo inteiro: simplesmente não poder sair na rua sossegada. É um dos sintomas mais presentes e agressivos do patriarcado.

Eu optei por responder sempre que estou em um dia "sagaz", e normalmente dá certo. Um dia desses um cara passou por mim e falou alguma merdinha tipo "nossa morena blabla parabéns blablabla" eu comecei a bater palmas bem alto, ele me olhou e soltou um "oxe", eu respondi "VOCÊ NÃO QUERIA ATENÇÃO? TO TE APLAUDINDO!". Ele ficou sem graça porque meus vizinhos estavam na calçada, então foi EPIC WIN.

Bruno S disse...

Vou sair para almoçar e na volta aposto que já vai ter comentarista fazendo confusão entre as grosserias faladas na rua e flerte.

Tenho certeza que essa "confusão" não acontece por acaso. Mas sempre tem quem o faça.

aiaiai disse...

Acho que responder não adianta, é exatamente o que o cara quer...que a gente se incomode e responda. Eu ignoro solenemente, finjo mesmo que nem ouvi.

Mas quero pontuar que gostei de já termos aqui alguns homens que também consideram essas grosserias nojentas e ofensivas. Valeu pensamentobarbudo e Bruno. Só espero que vocês não guardem isso para vocês. Espalhem. Falem com seus familiares, amigos, filhos. Ajudem a acabar com isso, mostrem aos amigos que ainda fazem como eles estão sendo nojentos. Pensem nas mães, irmãs, primas e filhas de vocês. Pensem em se gostariam que elas fossem tratadas assim!

Amanda Mirasierras disse...

Não há como definir uma "resposta padrão" porque a responsabilidade de acabar com essa grosseria não é nossa. NÃO É. Os homens tem SIM que criar vergonha na cara e parar de agir como animais no cio.
Outro dia eu estava entrando no metrô, e ao ouvir um comentário nojento, mandei o autor tomar no cu em alto e bom som. Mas nem sempre estou num dia iluminado.
Em frente ao meu prédio tem uma obra que está na altura exata do meu apartamento. Eu não posso mais entrar na minha lavanderia. Se eu chego lá para LAVAR ROUPAS, os senhores pedreiros param seus serviços e ficam apoiados nas vigas das obras olhando para dentro da minha casa. Se eu sair de banho e notar que esqueci a toalha no varal, tenho que me enxugar na toalha de rosto. Se eu quiser ficar em casa de pijama, de calcinha, pelada, não posso. Preciso vestir calças para regar as plantas na sacada.
E é até desnecessário dizer como é sair de casa tendo uma obra em frente, não é? Como eu não tenho carro e não sinto prazer em me sentir humilhada, sou obrigada a esperar meu marido chegar para ir até o mercado.
Outro dia eu estava morrendo de cólicas, mas a vergonha foi maior e eu não tive coragem de ir até a farmácia por receio de escutar aquelas nojeiras de sempre.
Justo, não?

Jether disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jether disse...

A responsabilidade de mudar sua mente, porque isso é coisa que só eles podem fazer. No máximo, podemos ajudar. Mas se preferirmos tentá-los assustá-los, não estaremos ajudando eles a fazerem isso, mudarem sua mente.

Amer H. disse...

Jether, metade das coisas que você fala são contraditórias. Você quer fazer oposição, não importa ao quê. Cresça um pouquinho antes de tentar debater como adulto.

Ok, Lola. Tu tens razão.

MAS, as mulheres devem reagir SIM. Novamente, citarei Martin Luther King, Malcom X e todos os que lutaram pela reforma nos direitos civis Norte Americanos. Os negros eram os maiores interessados em igualdade racial e levaram a briga até a porta dos brancos.

Eles conquistaram muita coisa, mas ainda estão longe da igualdade desejada. Mesmo assim, décadas depois do assassinato de MLK, eles continuam lutando.

Não se consegue nada apenas com protestos pela internet. É preciso brigar também lá fora.

"Se uma mulher reagir, ela será espancada pelo homem."

Sim, isso acontecerá, mas não 100% das vezes. Muitos dos homens que falam essas grosserias são simplesmente babacas covardes, que o fazem pois esperam que a mulher não reaja.

Não se consegue reformar uma sociedade sem se arriscar algo. Procure videos dos anos 60 na internet, sobre os conflitos causados pelo movimento dos direitos civis.

E é isso que precisa acontecer, UMA REFORMA NA SOCIEDADE!

Os homens precisam mudar, mas a parte interessada, as mulheres, precisa se mexer também. Os homens estão confortáveis em sua atual posição, exigir que TODOS mudem por mera intervenção divina, é como esperar que o Superman resolva o problema das enchentes no Rio.

E nada mais tenho a dizer sobre isso.

Lucivone disse...

Não sei se uma "REsposta Adequada" seja a solução...
com a lola mesma disse: e quem não tem essas respostas, porque é tímida ou mesmo não consegue pensar em nada no momento.
Não somos nós que temos que aprender a nos defender dessas situações, os homens é que tem que mudar seus comportamentos, porque essa é uma situação inaceitável!!!

Andréia Freire disse...

- Eu te chupava todinha!...
- Tá me achando com cara de piroca?”

Euri.

Andréia Freire disse...

Quem tá assustando quem aqui, criatura?

E o post da Lola não pra uma pessoa específica é pra toda linha de pensamento colocada aqui por comentaristas no outro post!

Amer, não é porque estamos discutindo esse assunto que não fazemos nada no "mundo real". Uma coisa não exclui a outra. Outra, a internet não é um mundo a parte, o que se faz aqui também influencia as pessoas no "mundo real".

Andréia Freire disse...

Hoje mesmo eu estava voltando da faculdade e um IMBECIL ficou fazendo psiu, psiu. Eu sempre penso em dizer alguma coisa, mas na hora a fala não sai e geralmente não consigo pensar numa resposta. Eu passo ali várias vezes durante a semana, ainda faço alguma coisa, ah faço!

Sei que homens ricos e de classe média também fazem essas coisas, mas é impressionante como quase sempre que passo por um lugar que tem homens de menor educação formal trabalhando as graçinhas esperadas acontecem. Odeio preconceito de classe, mas acho que tem alguma relação com o nível educacional. ;~

São em obras, lojas de materiais, oficinas... o cara de hoje tava soldando alguma coisa com aquele equipamento que solta aquelas faíscas sabe? Ele PAROU o que tava fazendo e tirou a máscara pra ficar me SECANDO com aquele olhar nojento e fazendo psiu. Puta ódio.

Fabi Saba disse...

Nossa, minha primeira vez no seu blog e esse assunto que estava na minha cabeca ontem! Estava empurrando o carrinho com minha filha de 2 anos e meio e o sujeito mexeu comigo de maneira grosseira, assim, na frente dela! Eu, como sempre, nao falei nada!
Outro dia o cara me chamou e eu olhei, inocente, achando que tinha derrubado algo e ele "elogiou" meu corpo! E eu ali, com cara de babaca, sem saber o que fazer. Dei um sorrisinho sem graca e continuei andando. Nao eh nada grave, claro, mas pq eu tenho que aceitar sair na rua e ouvir essas coisas? Quem deu o direito pra essa pessoa falar do meu corpo?!?
Que bom esse post, ver que outras mulheres se sentem assim, de que nao eh ok, nao devemos aceitar! Me deu forcas! Na proxima vez vou fazer como uma leitora sugeriu e resmungar alto, mas sem conflito direto, pelo menos assim protesto sem perigo.
Mas vamos continuar essa sua campanha, e quem sabe os homens se tocam que nos mulheres detestamos e nos sentimos ofendidas com esses comentarios!

http://fabisabany.blogspot.com/

nelsonalvespinto disse...

Puxa, que honra ser citado num post da Lola.

Só pra contextualizar: eu tentei exemplificar o quanto esse tipo de homem é covarde. Não espero que alguém aplique meu exemplo em seu dia a dia.

Quanto ao problema: precisamos inserir o tema nas escolas e dentro de casa (Como diria Nietzsche: "quem não teve um bom pai deve educar um".

Olha, eu nunca vi alguém trazer tal tema para a sala de aula. Triste porque é um ambiente onde a maioria são mulheres.

Só que os frutos demoram a aparecer.

Sou a favor da aplicação efetiva das leis que punam tais sujeitos.

E como já disse noutros posts: em construção os homens respeitam muito as mulheres porque seriam facilmente identificados caso houvesse uma denúncia (visitem comunidades do orkut como "eu sou do trecho" e afins onde mulheres dão depoimento do dia a dia nas obras), em presídos os homens abaixam a cabeça e nunca olham de frente pra uma mulher (conheço casos de assassinato por conta disso), em áreas militares eu desconheço qualquer caso de grosseria. Seria cadeia e expulsão sumária.

Fora destes ambientes (ou quando tem certeza que não serão punidos) os homens se transformam.

É mais ou menos o tema do filme "Hostel" que mostra o ser humano em toda a sua maldade caso não exista o problema da punição.
Pra quem não sabe o filme nasceu de uma discussão entre Roth e Tarantino sobre o caso de uma empresa tailandesa que vendia a oportunidade para pessoas que quisessem "matar" doentes terminais (de uma forma não violenta: tal como injeção letal durante o sono). Tais doentes não queriam se suicidar, por questões religiosas. A empresa ganhava dos dois lados. O Tarantino sugeriu ao Roth dar outro contexto ao tema.

Os casos que a Lola trata são de pura e simples perversidade. A educação resolve em boa parte dos casos. Para o resto que haja punição.

nelsonalvespinto disse...

Amanda,

Eu te sugiro ir até a construção (ou pedir para seu marido) e fazer uma queixa formal ao engenheiro responsável.

Rafaela Ventura disse...

Ai, Lola... Que preguiça daqueles comentários de ontem. Ninguém merece um cara achar que grosseria pode ser flerte. Do lado de um dos lugares que eu trabalho estão construindo um baita prédio, e os problemas já começaram. Um lugar onde 90% dos funcionários são mulheres ao lado de uma obra que vai durar pelo menos um ano. E a nossa chefe não leva desaforo pra casa, ela é lésbica,super-militante LGBT aqui na cidade, num cargo bem importante, sem nenhuma paciência pra grosseria masculina. Já reclamou com o dono da construtora e os pedreiros maneiraram um pouco. Mas ainda vai dar confusão.
Minha tendência é respirar fundo e fingir que não é comigo, mas nem sempre foi assim. Quando eu era adolescente já bati com a sombrinha num senhor idoso que falou umas coisas nojentas bem no pé do meu ouvido, aproveitando a saída do metrô lotado. Me senti tão ameaçada que bati nele com a sombrinha por instinto, sem nem pensar. Acho que foi a única vez que eu bati em alguém.

Flavia disse...

Adorei a idéia de bater palmas, vou usar!!!

Eu, qdo to inspirada, mostro o dedo do meio/mando tomar no cu(mas não recomendo q se faça isso).

Vou usar a do "enfia o dedo no cu q passa", tb.

Acho q algo mais neutro, q minha mãe usa e eu tb as vezes, é parar, olhar e responder com cara de confusa: "HÃ? tá falando comigo?? Não entendi, fala mais alto, por favor???" As vezes o babaca não tem coragem de repetir, mas se qdo vc virar e for embora, ele rir e falar mais, acho q dá pra falar "tá com algum problema?" ou sair andando, pq aí é caso perdido...

Niemi Hyyrynen disse...

Não sei como ainda não teve algum esperto dizendo:

"Ta com medo de reagir e apanhar? Faz aula de auto-defesa, da uns karatê no cara e depois dá voz de prisão.Dai fica tudo beleza"

[ironia]

Já que claro a culpa pelas grosserias é toda nossa por não reagir adequadamente

[/fim da ironia]

Anônimo disse...

Eu tenho medo, um cara que é grosseiro verbalmente pode ser fisicamente!!!
Pode até dizer um assoviozinho não é nada, mas sei lá depois desse cara levar o milésimo NÃO do dia ele pode partir pra meios mais "efetivos".

Resultado, aprendi a me defender evitando, e estar preparada fisicamente pra uma mão ou uma encostada o o que seja...

Anônimo disse...

I just wanna be a woman, diz Portishead. Como falei no post anterior, coloquem-se no lugar, invertam os papéis,imaginem mulheres violentas e bem 'machas' andando armadas, dizendo grosserias pra vocês na rua. Ou as coisas mudam e os homens passam a respeitar as mulheres que saem de minissaia, decote, roupa que mostra as curvas e mesmo assim consegue ser respeitada e vista como um ser humano que merece espaço e privacidade como acontece na França (exemplo dado por uma colega) ou aos poucos podemos deixar de ser tão femininas, tão mulheres, sem andar de minissaia, andar só de calças, nada de decote, nada de curvas, nada de salto alto, pois é melhor andar com um tênis,caso eu precise correr,fugir de algum louco.
I just wanna be a woman.
Sim, quando eu ando a noite,pois não dirijo, eu tenho que fazer tudo isso: calça jeans que permita correr, o calçado mais confortável caso eu precise correr,mesmo que eu esteja indo pra uma festa aqui perto de casa,comprei até um anel grandão pra minha mão direita, caso precise me defender.
Na época da faculdade,qdo descia a pé,ia sempre de tênis e calça,não importava o calor do dia. Não colocava as pernas de fora,não usava chinelo ou sandália pra não me atrapalhar e sempre com um estilete na mochila. Quase tive que usá-lo uma vez ao passar pela passarela subterrânea e nem houve cantada. Pressentimento e tino, certeza que o cara ia me pegar.
I just wanna be a woman!

nelsonalvespinto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ananda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
nelsonalvespinto disse...

Excelente post da Rafaela.

O caminho é reclamar mesmo.

vai minha dica: quando sua chefa for falar com o responsável deixe bem claro que vocês vão filmar e fotografar as agressões. E isso é prova num processo de indenização.

Peça pra ele introduzir o tema nas reuniões matinais da CIPA (Toda obra com mais de 20 pessoas é obrigada a ter reunioes diárias para tratar de temas de segurança). E dá uma perguntadinha assim: "Vocês fazem estas reuniões, não fazem? Bem, de qualquer forma eu vou observar isso também".

Ananda disse...

Minha única ressalva aí no post seria a ideia do Nelsonalvespinto. Não acho que ter um namorado pra defendê-la seja uma atitude de segurança muito feminista...

Léli disse...

Oi Lola,
tenho lido teus post seguido e gosto! E foi justamente inspirada no post anterior e numa conversa com umas amigas que escrevi algo no meu blog, mas falando de questões mais graves, que vão além das palavras grosseiras na rua.
Porque responder a grosseria pode ser desarmar o covarde, mas pode, como tu bem mesma dissestes resultar numa agressão física.
Eu perguntei também e me pergunto como reagir a isto? E vou além, como reagir quando tu vens andando pela rua e alguém toca teu corpo de forma invasiva, tipo uma "enchochada" no ônibus ou um tapa no bumbum?
Isto acontece com tanta frequencia quanto as grosserias faladas! No caso do ônibus, uma boa cotovelada sempre surte algum efeito, já no caso da mão... fica difícil porque eles costumam fazer isto passando de bicicleta ou coisa parecida...
Algumas vezes eu respondo, mas pra isto é necessário algum momento de inspiração! hahaha
Beijão Lola

nelsonalvespinto disse...

Ananda,

Eu expliquei num comentário anterior o contexto do meu comentário.

Foi um exemplo (mal redigido) de como esses homens são covardes.

e concordo contigo.

cris comenta tudo disse...

Lola, ontem estava assistindo a um programa na record, de madrugada e ai tomei um baita susto quando eles divulgaram uma pesquisa norte americana em que as mulheres prefeririam abrir mão do sexo para o resto da vida, caso isso lhes garantisse que elas fossem magras. Ai fizeram pesquisa nas ruas brasileiras e adivinhem o que as brasucas responderam? Sim! Preferiam ser Magras á terem sexo.... Acho q há algo muito errado nisso, não?

Liliana disse...

Oi Lola,
Da uma espiada no You Tube no video
As Olivias A hora da quentinha ,uma especie de revanche contra as baixarias que a gente atura no dia a dia , hilario!

Bel Santos disse...

Lola, essa situação é complicada. Durante toda a minha vida fui ensinada que, quando passar por uma situação dessas, baixar a cabeça e andar mais rápido.
Certa vez, aos 16 anos, fiquei uma semana de castigo por mandar tomar no c* um "pobre velhinho".

Na fila da padaria, ele diz no meu ouvido (argh!) "você deve ter uma b* linda".

Depois da confusão que arrumei na padaria, fiquei sabendo que costumava fazer isso, e as mulheres NÃO FAZIAM NADA por que (nas palavras da minha mãe) ELE JÁ TÁ VELHO MESMO.

Tá mais do que na hora de dizer: mulheres não querem ouvir cantadas na rua, nem bolinadas nos ônibus, da mesma forma que um homem provavelmente não quer sair levando dedadas por ai.

Luana V. disse...

Acompanhei toda a discussão desta semana, mas fiquei caladinha aqui porque estou atolada de serviço...

Mas, enfim, hoje, vindo para o trabalho, me lembrei do post da Lola: ao atravessar a rua, um sujeito gritou bobagens para mim, fazendo cara de besta. O que eu fiz? Ignorei. Se eu fosse reagir, sabe-se lá o que poderia acontecer: ele ameaçar me atropelar, jogar alguma coisa em mim ou algo do tipo. Sou da opinião que nessa circunstância (na rua e sozinha) não dá mesmo para fazer alguma coisa. Tem que ignorar e, no máximo, fazer cara de desprezo.

Em ambientes que não apresentam tanto risco por serem mais movimentados como, por exemplo, um bar, dá para dar uma cortada mais direta, falando alto para humilhar o sujeito, tipo: "Por favor, me poupe das suas grosserias e me respeite!". Mas nem sei se os homens se intimidam com esse tipo de coisa.

Tudo depende do contexto e da personalidade da pessoa. Pessoalmente, não sou adepta de fazer "barraco" em público, então prefiro desprezar e, se houver oportunidade, dou uma cortada doída, mas educada. Não é porque o sujeito é um grosso que eu serei também. Acho mesmo que o ostracismo é a melhor forma de condenação para homens bestas - se a agressão for apenas verbal, claro.
Se for física, nem sei como reagiria.

aiaiai disse...

Meninos:

vejam o video indicado pela liliana e me contem como se sentiriam se isso acontecesse!

http://www.youtube.com/watch?v=l7STJ6hqGJU

Valeu Liliana, rimuito!

Vivien Morgato : disse...

Seria impossivel pensar que uma garota menor de idade , tomando sorvete na rua, ficasse "lisonjeada" ao ouvir propostas escrotas e sorridentes. Eu ouvi.
Era um idiota de terno, jácontei aqui.Joguei o sorvete no fulano, nem pensei, foi no susto. Mas adorei.

Outro dia um cara passou e mexeu com minha prima, ela virou, séria, e disse que seu rosto estava sujo Ele limpou. Ela disse,não ..aqui...rsrr...e ele ficou limpando uma sujeira invisivel.


Abordar uma mulher na rua com palavras esctrotas NÃO é elogio. Valeu Lola, seu desenho éfundamental...rs


grande beijo.

Luana V. disse...

Só um adendo: ontem saiu uma crônica interessante do Antonio Prata "O aeroporto tá parecendo rodoviária"

http://blogln.ning.com/forum/topics/o-aeroporto-ta-parecendo

A discussão na crônica é sobre as formas de tratar as pessoas que revelam preconceito de classe, mas serve para pensar sobre todo tipo de preconceito social.

Ao ler a crônica, pensei como eu odeio ser chamada de "mocinha", "bonitinha", "querida" ou "meu amor" por pessoas que não tem nenhuma intimidade comigo. :\

Aliás, quando um homem não passa uma cantada grosseira (como as discutidas aqui) mas me chama de "princesa" ou "bonitinha", isso também me soa pura bestialidade, pois essas formas de tratamento pressupõem fragilidade.

nelsonalvespinto disse...

Uma viagem na maionese minha:

Uma sugestão de lei municipal simples. Ao passar em frente a uma obra, caso ocorram essas ofensas, a mulher deve fazer um BO.

Como punição o patrão é obrigado promover X horas (meia hora por dia durante uma semana) promovida pelo sindicato uma palestra sobre educação e temas pertinentes. Quem sabe a ofendida também queira participar. E daí se diz todos os bons argumentos usados aqui.

Tem que existir consequencias para que as pessoas aprendam.



PS: O video é sensacional.

Clara Gurgel disse...

Liliana, muito bom! Já foi para o FB!!

Anônimo disse...

Sinceramente, me sinto muito humilhada ao ouvir grosserias na rua. Por mais que eu tente reagir, sou tímida, jamais consegui responder algo.Certa vez, eu era adolescente, estava voltando pra casa à noite, passou um cara de bicicleta e falou umas grosserias. Eu não reagi, continuei andando. Ele fez uma volta e dessa vez não só me ofendeu verbalmente como apertou a minha bunda. Foi uma sensação terrível, eu chorei muito. Quando cheguei em casa, nem consegui contar pra minha mãe de tão humilhada que me senti.Tenho medo dos homens na rua.Mas me sinto muito sacaneada,de, ao estar indo trabalhar, ter que ouvir ofensas pelo simples fato de ser mulher.

Flávia Simas disse...

Lá na minha cidade tinha uma piadinha que dizia mais ou menos assim: quando você estiver mal e se achando horrível, basta passar em frente a uma obra para dar aquela turbinada na auto-estima.

Eu confesso que nunca entendi a piada. Ou melhor, nunca entendi porquê diabos as pessoas precisam construir uma piada com algo tão sério.

É estranho viver à mercê das 'notas' que os homens vão dar à sua aparência. É estranho ter que ser julgada o tempo inteiro pela sua aparência. É estranho viver numa sociedade em que os homens aprendem desde cedo que precisam ter poder, e que poder é sinônimo de ter muita grana no bolso e mulheres. Mulheres bonitas para mostrar. E que quando um homem não possui muita grana no bolso e nem mulheres bonitas para mostrar, ainda assim ele se valerá de seu poder de macho, mexendo com mulheres na rua. E quando um homem tem todo o poder, e mulheres, ainda assim ele se valerá de seu poder de macho, mexendo com as mulheres para mostrar quem é que manda no pedaço.

E é tudo muito deprimente. É deprimente ter que se esconder debaixo de muito pano, porque qualquer coisa que deixe o corpo mais à mostra é feito com o único intuito de 'provocar' os homens. É deprimente deixar de usar um salto porque corre-se o risco de ser 'presa fácil'. É deprimente ter que viver numa sociedade que só vai te proteger se você tiver a atitude adequada. Porque uma atitude adequada é coisa de mulher-santa. E uma mulher só adquire o status de santa se ela se cala. E aí é bingo, né, porque é isso que eles querem de nós.

Anônimo disse...

Bel,

a sua história me lembrou minha história de abuso.

o porco do meu tio mais velho, uma vez, quando eu tinha 10 anos, puxou minha calcinha e soltou e me mostrou uma revista pornografica

quando isso aconteceu, este porco tinha mais de 50 anos.

eu simplesmente tenho muito nojo, desprezo por ele e só de olhar para a cara dele, até ele morrer em 2000, senti um asco que voce nem imagina

uma vez já passou a mão numa vizinha

quando o espisódio da calcinha aconteceu, eu tinha 10 anos e NAO TINHA SEIOS, por isso andava de calcinha dentro de casa

eu tinha vontade, até mesmo depois de adulta, de bater muito nele

alias, eu me lembro que depois desse episódio eu passei a bater nele, bater nas costas dele e como ele era emiplégico, os adultos diziam que eu não devia fazer isso. os adultos não sabiam sobre isso que ele fez

quando fico com raiva de alguem , sinto vontade de bater, é claro, mas nao bato.

eu sou meio valentona e machona, mas tem muita ferida por baixo disso tudo

Ananda disse...

Nelsonalvespinto, é verdade, procurei lá... me desculpa.
De qualquer jeito, você se redimiu com a ideia das cantadas de pedreiro rs... não sei se seria viável, mas adorei!

G. disse...

Estas grosserias sempre me atingiram muito e sempre reagi. Depois que fui agredida fisicamente -dentro- de uma balada após reagir verbalmente e todo mundo em volta ficar só olhando e ainda aguentar um comentário do tipo " se não tava gostando, porque não saiu da pista e pronto" da própria pessoa que me salvou, tenho pensado sempre na melhor maneira de lidar com isso.

A melhor que encontrei até agora e já testei na rua foi a seguinte: quando um senhor ia de carro me seguindo devagar e falando besteiras sem parar (com um garoto ao lado que só observava e ria)eu parei e indaguei se ele achava aquilo bonito e o que acharia se alguém fizesse com a mãe dele o que ele estava fazendo comigo. Perguntei se ele achava que ela iria gostar e pedi ensinasse o moleque a respeitar. Ele ficou rindo, mas visívelmente sem jeito e parou. Acredito que a medida tem mais efeito se falarmos educadamente. Muitas vezes percebi que eles se divertiam mais ainda conforme eu ia ficando mais braba. Infelizmente na situação descrita acima, eu não consegui me conter e berrei tudo e ameacei com gesto,a bater com o guarda-chuva(daqueles enormes) no carro dele. Todos na rua pararam pra ver, parece que funcionou, mas não creio que tenha sido o melhor :/

Iseedeadpeople disse...

Eu, como já disse anteriormente, aconselho a reagir sempre que possível, mas de preferência se estiver num local cheio de gente.

Todas as vezes em que reagi o cara se fud***, e numa delas (já contada aqui) até linchado foi. Se tiver em local cheio de gente, pode ter certeza q o pessoal vai tomar suas dores. EM ônibus é tiro e queda, o cara tem que sair ou o motô leva o cabra p delegacia!


Não acredito q minha fama de brigona se espalhou pq minha cidade é muito grande (Salvador-BA), mas o fato é que não me lembro da última vez q mexeram comigo na rua. Ou eu "embaranguei" e não sou mais digna dos "elogios" ou então eu intimido os caras, por andar sempre de cara amarrada e ser alta (já sentei-me numa praça e reparei q eles mexem MUITO mais com as baixinhas e magrinhas!)


Acredito que a soma de "mulheres protestando e reagindo" + "melhora do nível educacional do país" possam fazer milagres no futuro, e eu poderei fazer o q fazia na Europa: sair sozinha, com a roupa q eu bem entendesse, o horário q eu quisesse e ter minha paz respeitada.

saturnreturn disse...

Uma vez eu li em uma revista feminina algo do tipo: "se você estiver com a auto-estima baixa, passe em frente a uma construção". AAAAAAAAAAAAAAAArf!

Para mim, a língua não tem adjetivos suficientes para descrever com a precisão e a pungência adequadas ao nojo e desprezo que sinto por essa atitude. Quando isso acontecia comigo eu desejava que um caminhão atropelasse um imbecil desses.

Agora vivo tranquila na Suécia. Discriminação é crime muito sério e cantadas são uma humilhação pública absolutamente inaceitável aqui. No entanto, fico imensamente revoltada que no MEU país essa merda ainda é tratada como se fosse frescura por muitos homens ditos progressistas.

Eu tento, Tu tentas disse...

Lola,

Há 7 anos trabalho numa empresa onde a maioria dos funcionários é do sexo masculino.
No início, tinha apenas 20 anos e me intimidava ao ouvir comentários ofensivos ou cantadas porcas.
Hoje não me intimido mais e geralmente respondo, seja quem for que falar a gracinha (até pq qnd dou uma boa resposta, sempre ouço coisas do tipo: tava brincando/foi apenas um elogio).

Uma vez estava saindo da praia com uma amiga. Eu sou gorda e ela é beeem magra. Aí passa um senhor de uns 60-70 anos e se sente no direito de falar alguma gracinha que não me recordo e ainda arrematou assim: "Que pena! Uma tão magrinha e a outra gorda!"
Sem pensar eu respondi: "posso ser gorda, mas pior é você que é broxa"
rsss..

Depois que falei fiquei um pouco com vergonha pois acabei sendo grosseira com ele.

Mas é assim. Não deixo passar barato. E sempre comento com os caras aqui do trabalho, discuto e tento pelo menos fazê-los pensar a respeito. Porque fico mais chateada é que na cabeça deles a errada somos nós! Dizem que sou muito "extremista" e tenho mania de perseguição.

Só não entendo porque temos que ouvir tudo que falam por aí sem se incomodar, indignar, ofender!

E não só falar grosserias. Hoje por exemplo, vim trabalhar de vestido um pouco acima do joelho. Percebi alguns olhares de alguns homens e isso para mim não é um elogio. Me sinto intimidada quando um homem dá uma olhada que parece que tá me vendo pelada sabe? Pois dá para perceber a diferença!

E sobre cantadas: Quando venho trabalhar, estou numa reunião de trabalho, dirigindo meu carro na rua, num café sozinha, não quero ouvir cantadas. Só porque coloquei uma roupa um pouco mais curta ou justa, não significa que esteja procurando alguém!
Essa é a diferença. Não estou sempre a disposição para flertar com algum homem!

Sabe Lola, é bom ler teus posts e ver tantos comentários de outras mulheres que passam pela mesma situação. Porque muitas vezes sentia que eu estava errada, tendo reações exageradas.


É isso!

Beijos!

Gabriele disse...

Cheguei nesse blog a partir do outro texto, e estou impressionada com a qualidade. Acho muito bom ver isso sendo debatido, pois muitas vezes é considerado "normal" esse tipo de situação.
Felizmente isso não me aconteceu muitas vezes, mas quando ocorreu fiquei chocada demais para pensar em alguma resposta, até por medo mesmo. "Reagir" não é fácil para todo mundo.
Uns dois anos atrás eu estava sozinha numa parada de ônibus, a rua sem movimento algum. Na frente tinha uma semáforo. Daí parou um carro com uns seis homens dentro, aparentemente bem bêbados, e um começou a mexer comigo (menos pior que ele era do tipo (?) "brega-galanteador" e não do estilo mais obsceno e xingador, mas mesmo assim o sentimento de raiva e humilhação surge). Até cheguei a pensar em respostas, mas pensei: os caras tão bêbados, a rua tá vazia, eles estão em seis. Deu muito medo mesmo. Então apenas peguei uns fones de ouvido que eu tinha na bolsa, coloquei e fingi que não era comigo. Vi que o cara ficou meio sem graça, eles até ficaram uns segundos a mais com o semáforo aberto, mas daí ele calou a boca e eles se foram. Foi tudo muito rápido, mas assustador. Às vezes dá medo até de ignorar.

Iseedeadpeople disse...

Uma vez eu andava a noite numa rua relativamente deserta. Um engraçadinho dirigindo um carro começou a andar devagarinho, me seguindo e me importunando.

Esperei um tempinho, mas o cara continuava. Não pensei 2 vezes, disse a ele que se ele não parasse eu iria à Polícia dar queixa. Ele não disse nada e se mandou.

Claro que, no caso supracitado, com um carro cheio de homens e bêbados ainda por cima, eu não acharia uma boa reagir, por mais raiva q eu tivesse na hora. Mas um carro com um cara apenas, e aparentemente sóbrio, tem mais é que reagir sim!


Lola, será q a essa altura, no terceiro post seu sobe o assunto, os homens já entenderam a diferença entre paquerar e VIOLENTAR? Ou daqui a pouco vão achar q estupro tbm é frescura de mulher? Só falta dizerem: ah, é só ficar na sua e deixar o cara fazer o "serviço" que fica tudo bem. Aliás, não falta não. Já ouvi um cara dizer isso, ACREDITE: que não entende como estupro pode ser algo tão abominável. Esses caras nasceram da chocadeira??? Pq nunca vi tamanha falta de empatia com o sexo feminino. Não tem mães, irmãs, esposas, filhas?

Anônimo disse...

eu não gosto de ninguém rindo da minha cara quando estou nervos acom razão, por isso qualquer otário que se atreve a rir conhece meu lado violento.
eu mesma as vezes acho que tenho algum problema,mas NÃO ATURO. NÃO ME CONFORMO.
a minha recomendação a qualquer menina que ouça baixarias vindas de um velho ou seja lá quem for na fila da padaria é esganar e assustar muito ele, fazendo AQUELA CARA DE LOUCA RAIVOSA.
pra da próxima vez tomar cuidado com quem mexe.

mas já me aconteceu na adolescência,voltando da praia, de reagir, mostrando o dedo do meio e um sorrisinho cínico pra um cara que ia passando de carro,no banco passageiro e fazendo mil caras de ternura pra mim.
TERNURA HEIN?
qdo ele me viu dando dedo,mandou o colega parar o carro, desceu e ficou de lá gritando que nem um maluco,me xingando de puta e sei lá oq mais.
apressei o passo pra atravessar a rua e não olhei pra trás, adrenalina lá no topo. vai que ele tinha uma arma,né. só continuei andando e larguei o louco berrando,hahaha.
mas eu me aproveitei da situação passageira da mesma forma que ele. enquanto ele mexia cmg pq logo ia passar e não me ver nunca mais, eu aproveitei pra dar a MINHA RESPOSTA ADOLESCENTE a um senhor de 40 anos que NÃO SE ENXERGA!
HAHAHA!

Fabio Burch Salvador disse...

Ô Lola, esqueceu de dar a idéia do MOLENGÃO!!!!

Valeu pela atenção à teoria da resposta desaforada ao "elogio" cretino. Sinto-me lembrado, e sendo em tão importante e numerosamente lido blog, ainda maior é a minha alegria.

Unknown disse...

Genteee!!! "VOCÊ NÃO QUERIA ATENÇÃO? TO TE APLAUDINDO!" foi sensacional!!!
Eu já respondi diversas vezes, mas cansa, é como enxugar gelo. Aí reparei que muitas vezes em que eu via um grupo ou até mesmo um homem sozinho eu automaticamente abaixava um pouco a cabeça na esperança de talvez não ser vista.
E sempre escutava alguma baboseira. Quando percebi isso dei um basta e agora se eu vejo um possível babaca levanto minha cabeça na hora, estufo o peito e passo com a maior altivez possível.
Não sei exatamente o que acontece na cabeça deles, mas diminuiu MUITO a quantidade de homem babaca me agredindo na rua.

E né, só pra dar mais um exemplo do quanto cantada de rua é demonstração de autoridade, uma vez passei por uma loja de carros do lado do meu trabalho na hora do almoço e estava fumando. Na hora veio o "tão linda, só falta parar de fumar". Eu nem parei mas falei "vai tomar conta da sua vida". Na sequencia escutei "Vai tomar no cu, bruaca" (Juro que foi bruaca!) kkkkkkkkkkk De linda pra bruaca em 5 segs.
A inocência dos que acreditam que agredir verbalmente uma mulher na rua é cantada me comove (ironia).

Fabio Burch Salvador disse...

Pensamentobarbudo tem todo o meu apoio no que disse.

Agora, quero discordar num ponto: não deveria haver diferença entre ofender uma POLICIAL e ofender uma mulher qualquer. Esse foi o ponto no qual bati inicialmente na outra discussão: não acho errado que se reaja a uma grosseria, só acho errado que algumas pessoas tenham direito a uma reação especial só porque detém algum poder. Ou a coisa fica previsa de forma igualitária, sendo direito de todos e dever de todos, ou quem detém um cargo não pode fazer uso de prerrogativas especiais para criar uma lei onde ela não existe.

É o tipo da coisa: senão, voltamos á era pré-constitucional, quando os governantes e apaniguados estavam acima da lei. Inclusive, no que tange ao fazer cumprir seus direitos e o respeito que as pessoas devem ter entre si.

Enfim. Não sou contra as mulheres, ou quem quer que seja, reagir à violência verbal (sim, porque é violência, para quem não sabe). Sou contra o carteiraço. Sou contra o "você sabe com quem está falando?", mesmo que usado para uma boa causa.

Agora, aê... assim como existe um site sobre maridos e esposas canalhas que traem, deveria haver um site só sobre os perdedores bagaceiros que largam essas "pérolas" pelas ruas. A galera iria postando videos, quando pegasse mesmo por acaso cenas desse tipo, e aí ia ser a vergonha nacional. Eu quero ver se a galera dessa obra aí, que a Amanda tem que aturar, iria fazer suas peripécias sabendo que as esposas dos pedreiros podem acabar vendo, na Internet, o que eles fazem no horário de serviço deles.

Fabio Burch Salvador disse...

Camila... obrigado pelos aplausos. Estou escrevendo isso e fazendo aquele cumprimento que a turma faz no final das peças de teatro.

Fabio Burch Salvador disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Iseedeadpeople disse...

Penso que os energúmenos que não entendem a diferença entre paquera e insulto, não deveria reagir tbm se algum engraçadinho chamasse a MÃE deles de "gostosa" ou dizessem algo do tipo "vou te chupar todinha!"

Deveriam sentir orgulho de ter uma mãe tão bonita e paquerada nas ruas, não é mesmo?

Só digo uma coisa pros machos neandertais de plantão: no c* dos outros é refresco.

Niemi Hyyrynen disse...

Fábio

"você sabe com quem está falando?" é coronel bater em cadeirante por ter reclamado de vaga reservada ! Sendo que era um direito dele, do cadeirante.

Outra coisa é vc praticar uma ação correta para responder devidamente a um ato que não foi.

Poxa vida! Será que é dificil de entender um negócio desses?

Isaac Kojima disse...

Isso me lembrou de um filme, mas não lembro qual. Nele, uma mulher passa em frente a uma obra. Ouve todas as grosserias possíveis, então, ela se dirige aos operários e diz algo como: "quero montar em você" e mais algumas coisas. Um dos operários, constrangido, diz, aponta para a aliança e diz: "sou casado".
Alguém lembra que filme era esse?

Iseedeadpeople disse...

Isaac, esse foi um episódio de Sex and City!!!

Fábio, como vc pode considerar "carteirada" o fato de uma policial reagir da maneira correta a uma infração cometida pelo senhor sem-noção? Não vou nem entrar na questão feminista, mas ela sofreu "desacato a autoridade"! Ou vc ainda acha que isso não é desacato??? Se fosse um policial masculino que fosse xingado de "viado!" ou coisa do tipo, vc tbm acharia "carteirada" se ele enquadrasse o sujeito?

Afffe, nem desenhando...

Niemi Hyyrynen disse...

Iseedeadpeople

Agora tem que desenhar e botar legenda!

Ah me lembrei isso se chama diagrama...rs

Os posts da Lola tem que vir com diagrama!

Iseedeadpeople disse...

Desejaria MUITO que a esposa ou mãe do Sr. Fábio fosse policial e passasse por uma agressão dessas! Aí quero ver se ele manteria o discurso da "carteirada".

Ivana disse...

E ele ainda faz gracinha de "oh, como estou feliz em ser mencionado no texto da Lola!"
Fábio, você não tem o menor motivo pra se alegrar, ser um troll preconceituoso não é mérito nenhum.

Quer dizer que um homem pode abusar do fato de ser homem, insultando mulheres na rua, mas uma policial não pode cumprir o seu dever, que é coibir a violência? "Porque isso é violência, se você não sabe", pra usar tuas próprias palavras.

Fabio Burch Salvador disse...

SOBRE AS "CARTEIRADAS":
Pessoal, vocês não estão lendo o que eu escrevo, antes de dar respostas.

Digamos que um POLICIAL HOMEM fosse chamado de "viado" no meio da rua. Ele tem o direito de prender o sujeito? Aí, eu pergunto: se me ofenderem na rua, EU TENHO O DIREITO DE PRENDER OU MANDAR PRENDER? Não tenho? Então, ele também não tem que ter.

Um sujeito assalta um policial na rua. Ele pode prender? pode! Se me assalta na rua, tenho o direito de mandar prender? Tenho! Ah, então, igualdade de direitos.

Tá, tá... então... a policial pode prender o sujeito, porque dizer "gracinhas" é crime. Então eu também posso registrar um BO e ver alguén na cadeia por me xingar na rua.

Ou ninguém pode prender alguém só por dizer uma barbaridade.

Não estou aqui pregando preconceito, pró-homem, pró-mulher, contra isso ou contra aquilo. Só acho um absurdo uma grosseria virar crime só porque a vítima é juiz, policial ou desembargador, enquanto um arigó, um pé-rapado, pode ser insultado sem que aconteça nada.

Se não é para um, não vai ser para nenhum.

Fabio Burch Salvador disse...

E tem oura, mais: se vai valer que é crime passível de prisão o dizer grosserias para uma mulher (E TEM QUE SER QUALQUER MULHER, NÃO SÓ AS QUE TÊM A "CARTEIRINHA"), então também tem que ser para quem ofender homem. E gay. E criança.

Não sou a favor de privilégio, nem de dominâncias. Sou a favor de uma igualdade na qual os direitos não façam referência alguma a classe, cargo, cor, sexo ou origem. A lei tem que ser igual, IGUALZINHA para todos.

Idêntica. Mecânica. Impessoal. Como a regra de um esporte: mesmo que os dois times sejam de níveis diferentes, tem que jogar no campo com as mesmas regras.

Eu já acho absurdo que hajam diferenças na aposentadoria, por exemplo.

Se é uma sociedade igualitária, ela tem que ser uniforme, igual, com regras idênticas para todos.

lola aronovich disse...

Se o Fábio lesse meus posts ao invés de vir aqui pra falar dele (tipo, quem está interessado?), saberia que a lei nesse caso é igual pra tod@s. Qualquer mulher pode dar voz de prisão a alguém que lhe diz uma grosseria ou lhe passa a mão. O problema é segurar o cara até que a polícia apareça. Se houver polícia, o infrator será levado a uma delegacia e processado. Duvido que vá preso, mas terá que se incomodar com advogado, e a pena será prestar serviços ou pagar cesta básica. Mas já é alguma coisa. Por isso, meninas, se houver polícia por perto, deem voz de prisão SIM (ainda mais se ultrapassar a cantada e partir pra passada de mão).

Fábio, vc queimou seu filme legal aqui no blog. Recomendo, sinceramente, que vc dê um tempo, pare de comentar por algumas semanas, reflita, leia talvez o ótimo post do Thiago, que já foi um avestruz quase tanto vc, e só depois volte. É minha sugestão sincera.

Fabio Burch Salvador disse...

Lola, e essa lei vale para homem?

Ah, sobre queimar meu filme: depende da visão de quem está observando. Pode ser que para @s leitor@es deste blog, eu seja agora a pior pessoa do mundo.

Mas há quem leia isso e venha me comentar como dei lances e alfinetadas ao menos divertidas de se ler.


Só que eu digo uma coisa, e respondem como se eu tivesse dito outra. COmo eu sou "provocável", claro que dali a pouco parto para o ataque pessoal e o deboche.

E aí, instala-se a discussão besta, o apelo ao ataque ao modo de vida das pessoas (incluindo o teu), e tudo mais. E aí as pessoas ficam tentando me fazer desistir da discussão, contra-atacando, o que é pior. Eu sou meio como o George Foreman quando voltou ao ringue depois dos 40: pode bater o quanto quiser, e eu posso até não ganhar a luta. Mas até o gongo soar o final do último assalto, eu estarei lá, de alguma forma, em pé.

Fabio Burch Salvador disse...

E tem mais, Lola:

CONSIDERE-SE PRESA por me chamar de "avestruz" - agora que eu sei que tenho o direito, vai ter o terror.

Anônimo disse...

Esse post me fez relembrar fatos que eu já tinha dado jeito de esquecer há algum tempo. As vezes que respondi e me ferrei:

A primeira vez por volta dos meus 13 anos, era um dia de semana à tarde e estava eu e uma amiga da mesma idade sentadas em um banco na rua. Passou um cara de bicicleta e falou uma gracinha, eu esperei o cara passar e mostrei o dedo do meio, esperando que ele não visse, mas ele viu. E voltou, sentou na nossa frente, tirou o pênis pra fora e começou a se masturbar.

A outra vez foi há uns 4 anos, eu tinha por volta de 17. Estava num churrasco conhecendo os amigos de um ex-namorado e tinha esse cara que ficava soltando piadinhas sobre a minha vida sexual(mesmo não me conhecendo). Ninguém ligou porque, conforme eu fui saber mais tarde, era um comportamento comum dele. Só sei que à medida que a gente bebia, ele ia descendo o nível e eu comecei a responder à altura. Chegou uma hora que ele ficou ofendido com a minha reposta e aproveitou que ninguém estava por perto pra me dar um chute e me jogar contra uma parede. Mesmo não conhecendo ninguém e o cara sendo enorme, revidei o chute e armei um escândalo, parei a festa.
Resultado: ficou quietinho, levou um soco do meu ex e hoje quando me vê em algum lugar abaixa a cabeça e não me olha nos olhos. Também me falaram que hoje ele evita fazer qualquer piadinha com as namoradas dos amigos.

Não foram as únicas vezes que ocorreram, mas foram as que mais marcaram. Fico com medo de responder grosserias na rua, principalmente quando tô sozinha, mas nada paga a sensação boa de ver um desgraçado desses se ferrando.

Fabio Burch Salvador disse...

Haha! Essa última história (infelizmente anônima) foi boa. Viram como não sou só eu que vem aqui contar causos? Tá certo que esse é realmente interessante.

Flavia disse...

Olha, isso de levantar a cabeça e andar com altivez funciona mesmo!! Qdo eu andava de cabeça baixa, cara de medinho e apressando o passo, já aconteceu até dum cara atiçar o cachorro dele(sei lá a raça, mas era grande e parecia bravo) pra cima de mim "Pega, PEGA!" e sair gargalhando, enquanto eu fiquei branca, quase desmaiei e tive crise de choro no meio da rua.

Agora ainda tenho medo de cachorros gdes e bravos, mas com homens faço sempre uma cara de CU e mantenho o pensamento fixo "se vc me falar algo eu te espanco." enquanto mantenho meus punhos fechados. Nunca bati em ng, mas só a linguagem corporal já ajuda pra dar uma filtrada. Tentem isso, meninas.

Andréia Freire disse...

Adorei o último caso da anônima. Infelizmente o cara a agrediu e isso não é bom. Mas como ele diz saber que o cara parou esse comportamento e passa por ela de cabeça baixa deve ser uma sensação muito boa!

Andréia Freire disse...

*ela.

Iseedeadpeople disse...

Fábio,

a menina conta que foi humilhada e depois agredida fisicamente e vc ainda acha graça? QUE NOJO!!!

Mariane disse...

Eu me enquadro no " passo 3 horas para pensar numa resposta" ...tamanho é o susto que eu levo ! Acabo ficando com raiva de mim mesma também.

Anônimo disse...

Fabio diz:
"Pessoal, vocês não estão lendo o que eu escrevo, antes de dar respostas. "

POR QUE SERÁ NÉ?


AUHAUIHAIUHAUIHIAUHAUI

FABIO,SUA MULHER TE RESPEITA MESMO? FALA SÉRIO!! UIAHIUAHUAHAUHUA

eu não consigo mais nem ler esse cara.

Anônimo disse...

CARA ANÔNIMA, ISSO FOI LIIINDO!

"Mesmo não conhecendo ninguém e o cara sendo enorme, revidei o chute e armei um escândalo, parei a festa.
Resultado: ficou quietinho, levou um soco do meu ex e hoje quando me vê em algum lugar abaixa a cabeça e não me olha nos olhos."

MELHOR QUE LER O FABIO,HAHAHA!

Anônimo disse...

Essa semana mesmo pensei sobre isso. Em três dias, ouvi piadinhas, carro andando devagar e muitas coisas nojentas. Já aconteceu muitas vezes, mas não tantas em tão pouco tempo.

Cheguei a pensar se era por causa das roupas que uso. Vestidos normalmente, nada que marque muito ou muito curto. Mas por opção mesmo. Pensei até se não era pra começar andar de calças num calor de mais de 30 graus.

E foi muito bom ler esses textos e ver os comentários. Respondi aos meus pensamentos que calça era bobagem, que era um direito meu de andar com a roupa que eu quisesse e não ter que ouvir essas nojeiras. Mas confesso que respondi de forma pouco convicta.

Não sei lidar bem com isso. Nunca respondi. Antes era pior, apenas baixava a cabeça. Hoje ignoro, passo de cabeça alta como se não tivesse escutado nada. Pelo menos, acredito que minhas expressões não denunciem o qto isso me incomoda.

Ainda bem, nunca tentaram nada mais. Se fosse antes, provavelmente não reagiria a uma agressão. Hoje em dia, lutaria.

Além de ser tímida, demoro um tempão pra pensar na resposta. estou aprendendo com uma amiga. E uma coisa que me irrita é quando estamos em um bar conversando e vem os caras incomodar.

Uma noite tivemos que ser bem grossas. Estavamos em um assunto sério e os dois malas não paravam de incomodar. Saio muito sozinha também. Cinemas, restaurantes e bares. Geralmente, são dias que quero apenas minha companhia. Muitos respeitam, mas outros se tornam incovenientes. Não gosto de me sentir um objeto. Não gosto dessa sensação de impotência. Não gosto de conviver com homens que se acham superiores e que servimos apenas para o seu bel-prazer.

teve uma vez que acabei do outro lado sem querer. Estava num parque com outra amiga. Enquanto guardava um postal do Chico Buarque na bolsa, falei: "- ô lá em casa!!". E ela me olhou, tu falou isso pra quem? e eu - pro postal do Chico, pq?? E Ela - haha Um guri que passou achou que foi pra ele. Ficou inclusive olhando com uma cara de assustado.

Como foi um fato sem intenção rimos. mas serve bem para ilustrar a reação dos homens. bem como mostra o vídeo postado pela Liliana.

Fabio Burch Salvador disse...

ISEEDEADPEOPLE,
minha memória é curtíssima, desculpe se me expressei mal: eu estava achando o máximo e rindo do cara que se deu mal, na parte final do comentário dela... o resto, desculpe, eu esqueci quando cheguei ao final. O cara se deu mal num nível, assim, do coiote quando tenta pegar o Papaléguas.

ANÔNIMO,
se minha mulher me respeita? Sei lá. Só sei que me completa e é o que basta.
E se eu escrevo tão mal assim, a ponto de não ser digno de que leiam o que eu escrevo, isso não anula o fato de que são respostas de quem não leu nada, baseadas numa pré-concepção do que vocês já achavam que eu diria, antes mesmo de lerem o que eu escrevi. E se depois de pré-julgar, ainda nem lêem para dar pelo menos uma base ao que vão dizer, lamento, mas suas palavras valem menos do que as minhas.

SOBRE LER OU NÃO O QUE EU ESCREVO,
não querem ler as coisas que eu escrevo, não leiam. Só parem de dizer publicamente que não lêem, ou poderão queimar o filme de vocês, já que até agora, contando, está mais ou menos 3 mil a quatro para o time dos que gostam do que eu escrevo. Não aqui neste blog, claro. Seria como chegar em uma turma de segunda série, em plena hora do lanche, e querer discutir filosofia com a pirralhada. Ou desembarcar numa ilha de homens das cavernas e tentar discutir literatura com os aborígenes.

lola aronovich disse...

Gente, como eu já dei minha sugestão pro Fábio - retire-se, ou fique na moita, reflita, tente aprender alguma coisa -, e ele respondeu que daqui não sai, daqui ninguém lhe tira, e meio que assumiu sua porção troll, não nos resta mais nada a fazer além de oferecer-lhe nosso silêncio e desprezo. Pelo número de vezes que ele fala de si, tá mais do que na cara que ele quer atenção. Não deve receber muita no blog dele, então vem aqui. Vamos ignorá-lo, pessoal. E se ele ofender alguém, eu deleto o comentário. Só isso. É triste o nível a que ele chegou, mas tem gente que se recusa a aprender. E que vem aqui ostentar sua vasta ignorância.

Paulo Tenório disse...

Acho que esse tipo de coisa que infelizmente acontece com as mulheres deve ser crimininalizado, com lei própria. Um tipo de postura execrável.

Mas infelizmente vivemos num país muito machista em que muitas mulheres também o são, e temos presentemente a cultura de mulher objeto em propagandas, novelas (na atual das 21h poderia citar uma) etc.

Lembremos que essas pessoas que se aproveitam do personagem / imagem de mulher devassa são, sim, mulheres, que sabe-se lá porque querem ( ou preferem, estão acostumadas, veem nisso algum ganho, são ignorantes, etc) ser tratadas assim. Só reforçam esse triste estereótipo. Eu já presenciei isso: uma mulher sofrendo um 'elogio desses', parou (eu achei que ela ia esbofeteá-lo) e ficaram conversando, no fim a mulher deu o telefone para o 'galanteador'. Não sei o que eles conversaram depois do "você tem um b...ão", mas eu fiquei surpreso pelo desenrolar.

Os homens são grandes vilões sim. Mas existem mulheres que se colocam nesse lugar, infelizmente. Isso não é uma justificativa. é um absurdo completo e deve ser criminalizado, como disse. São atitudes tão arraigadas que devem ser combatidas desde cedo, principalmente ao educarmos nossas crianças.

Por fim, vou contar outro caso real. Estava chegando em casa, quando passava uma mulher de uns 18 a 20 anos, e ouvi o vizinho, um garoto de 12 anos dizer, bem alto, para que ela ouvisse: "gostosa, fica comigo que eu te chupo toda". A menina levou na boa, fez uma cara feia e passou rápido. Eu fique p da vida!

Ele me conhece, cheguei perto e falei: "rapaz, você não tem vergonha de falar isso não?" Ele disse: "ih cara, elas gostam!" "Se fosse sua mãe ou sua irmã, você ia gostar de ver algum marmanjo fazendo isso?" "Ah, minha mãe é velha, ninguém faz isso não." "Mas a sua mãe já foi nova, você acha mesmo isso legal?" "E sua irmã tem 14 anos, né, o que você faria se fosse com ela?" "Eu voaria no pescoço do cara, de raiva!" "Então toma tenência, rapaz, que isso não é jeito de tratar uma mulher." Dito isso, entrei em casa. Agora quando ele me vê, disfarça e fala rapidinho comigo.

Total apoio para a luta contra essa infâmia!

Eduardo Marques disse...

Gente, eu não sou nenhum troll e entendo q posso ter dado uma má impressão no outro post por ter comentado e ido embora. Fui pq não tive mais paciência msm.

Eu tenho primas, irmã, mãe, todas bonitas, (in)felizmente. Fui criado por mulheres, já q meu pai se separou da minha mãe qd eu tinha 2 anos. É claro q acho horrível uma grosseria com mulheres, sei q acontece com toda mulher, indepentente de beleza ou classe social. Eu tb quero contribuir.

Acontece q tornar inaceitáveis grosserias na rua passa por definir outro modelo de masculinidade, em que homem que faz essas coisas não seja considerado 'pegador', 'machão' etc. Cabe a vcs, em parte, definir quem são os 'pegadores'. Adivinha quem são as 'pegadas'? Lingüística à parte, é só não DAR bola para homens com comportamentos machistas. Uma hora os outros percebem o padrão e param com isso.

@Fábio, no caso do policial homem ser chamado de viado e poder prender, isso não é um abuso de autoridade. Funcionários públicos como carteiros, ñ me lembro exatamente se são todos, não podem ser desrespeitados no exercício da profissão. Desrespeitar um func. público é desrespeitar o poder do governo. Acontece q o policial é um funcionário público q, coincidentemente, pode prender.

@Lola, no caso q vc citou, do menino d oito anos environ , eu ñ vejo como "comportamento machista sendo passado adiante". As frases "imagina aquele b***** no seu colo. Vc gosta?", "olha como elas gostam de se mostrar, está até rachando", se vc olhar direitinho (tenta), ñ tem nada, digamos, desrespeitoso. Ele ñ incita o garoto a ser violento, nem diz q mulheres são objetos ou inferiores. É o pensamento erótico comum q as pessoas têm, com o sexo oposto ou ñ. Mulheres tb pensam coisas assim dos homens. Desrespeitoso foi o fato de ele fazer isso publicamente, já q a sexualidade do homem é q é vista como 'dominante'e pode ser exprimida em assim. Isso foi o tipo de lavagem cerebral por q todo garoto passa para se encaixar no heterossexualismo obrigatório da sociedade. O cara estava, na verdade, estimulando o menino a gostar somente d mulheres e mostrar como isso só isso é 'aceitável' e bom. Ele provavelmente observava o comportamento do menino, caso ele demonstrasse desinteresse ou repúdio ao q ele estava falando. Fazer comentários assim às mulheres é chato, mas acho q a violência foi tb contra o menino.

Andréia Freire disse...

"Só parem de dizer publicamente que não lêem, ou poderão queimar o filme de vocês"

HAHAHAHAAHAHAHAHAHAHAHAHA.

Olha, no começo eu pensava que era só um cara que discordava, somente. Mas agora já deu pra ver que ele quer ser troll mesmo. Mas gente, não deixam de ler! Troll palhaço é ótimo. Tô morrendo de rir com a petulância e a arrogância do sujeito.

Obrigada, Lola, por não deletar e deixar a gente se deleitar com essas pérolas. Fábio, não pare de comentar não. Comente sempre! Queremos rir!

Anônimo disse...

Eu, a anonima que disse que não lê o Fábio, PAREI DE LER depois que li seus comentários no post anterior sobre cantadas.

VOCÊ SE REPETE NA ENCHEÇÃO DE SACO.

Por isso que não vale a pena. E se tem muita gente concordando com você em outros blogs não duvido nada que sejam muito parecidos com outros do post anterior que deixaram lá seu rastro muito incompreensivo sobre o assunto. Não vale a pena ler vocês se vocês não entendem o que está sendo dito no post e associado aos casos contados.Não vale nem a pena responder vc. Parei aqui.

Anônimo disse...

Amei o comentário do Paulo Tenório.

Eduardo Marques, é bem verdade que depende também das mulheres se envolver não com machistas,mas com Homens com H maiúsculo. Até porque, homem machista costuma ter muito uma atitude de moleque,na minha opinião. São péssimos pra argumentar e conversar a sério.É pura perda de tempo,essa é a minha sensação.Apaixonar-se por um tipo desses e ter consciência de que quem se dá mal é você traz uma sensação de enorme ridículo,sério! O cara nunca vai querer perder a razão,mas está sempre sem razão.Se a mulher tem consciência de tudo isso,ela põe ele no chinelo facilmente. Se ela não tem, vai achar que precisa fazer uma lipo,por silicone, malhar, pintar o cabelo de loiro e mil malabarismos pra não perder ele pra 'qualquer baranga por aí' e nada disso vai adiantar, pq mesmo as mais belas siliconadas são traídas. O melhor é encontrar a razão e não se render aos machismos dos outros,ou logo vc estará achando que está super arrasando na capa daquela playboy ou no comercial de cerveja que só tem mulher sarada. NAONDE que cerveja deixa alguém sarado? Nunca né gente. Naonde que homem que vive em boteco consegue uma mulher daquela? Só pagando ou tendo algo muito valioso dentro de si: inteligência e caráter.

Concordei muito com vc Eduardo Marques, qdo disse que o tio do menino invade as preferencias dele ao ficar incitando ele a imaginar mulheres no colo dele. Mas ao mesmo tempo,vc achou isso saudável. Vc diria pra sua filha ou sobrinha: imagine aquele p** duro entrando em você? Ou você pediria pra sua mulher ensinar isso à sua filha já que isso seria uma forma de educá-la sexualmente?
Eu bem que seria feliz se na minha puberdade meus hormônios à flor da pele fossem respeitados pelo meu pai. Mas não, eu tive tanto medo do meu pai que se eu nem fiz amigos homens,pra não ter problemas em casa.E chegou a acontecer de um dia,meu grupo estar ao redor de um menino,querendo conhece-lo,eu nem prestava atenção na conversa. Eu só olhava pra portaria,com medo do meu pai aparecer e ele apareceu. Sabe oq aconteceu? Eu sai correndo sem nem saber pq. Foi aí que eu vi que meu pai estava me deixando louca com a tirania dele.

É claro que essas coisas mudam assim que vc toma consciencia das coisas, do quanto elas estão erradas. Não tem um homem sequer na face da terra que consegue meu respeito fazendo cara feia e ficando vermelho, pode berrar e dar ordens que eu sou capaz de fazer o mesmo e no mesmo tom, não importa o tamanho do sujeito. Graças ao meu pai =) É, nem ele chega pra falar comigo de qualquer jeito hoje em dia,porque ele já conhece muito bem a minha reação. E ai dele falar assim com alguma irmã ou mãe injustamente.Ele é um cara muito sensato, quando está com a razão,eu nunca me meto.

Enfim, só desarmada eu teria medo de algum homem desse tipo.

Eduardo Marques disse...

Cara Anônima (Vc bem q podia botar um nome ali, na opção acima de "Anônimo", ñ precisa se identificar, só colocar um nome, nem q seja "feminazi10000" ou "ninfeta_17"),

Um erro comum de muitos movimentos a favor d "tolerância" é reduzir seus ideais a uma dissidência do pensamento dominante. Muitos homossexuais agem como se lutassem por respeito e, ao mesmo tempo dissessem "sou viado mas sou macho", pq tem vergonha de admitir que gosta de "ser enrabado". Existe, até onde eu sei e até q me provem do contrário, uma certa submissão no ato sexual, por isso não falam às meninas a mesma coisa q aquele tio falou para o sobrinho. Negar isso é cometer um erro e conseqüentemente não enxergar a origem da discriminação. Homossexuais masculinos são homens decaídos, de segunda classe; femininas ou são mulheres sem homem ou apenas fetiche masculino. Claro, pq a funçao da mulher é dar pro homem, ninguém acredita q ela não possa gostar. Lésbicas são só umas teimosas do-contra. Aliás, ninguém se importa com o que as mulheres pensam ou sentem mesmo.

http://blog.drpepper.uol.com.br/?p=1356

Mulheres são fisicamente mais fracas q homens. Mulheres gostam de "ser enrabadas" (ñ contenhamos as palavras), da mesma forma q homossexuais. Isso não deve ser uma vergonha.

A sua lavagem cerebral, como mulher, foi diferente da do menino. Ele foi estimulado/forçado a gostar de mulher. Vc foi coagida a ser uma moça pura e casta e a se afastar dos homens pq no fundo ninguém se importa se vc gosta ou não deles. Vc vai ter q dar eles e pronto. Um dia, seguindo esse pensamento, vc vai casar-se, ter filhos e enfrentar a sina de todas as mulheres, que é o medo eterno de ficar para "tia" (q não passa com o casamento).

http://blog.drpepper.uol.com.br/?p=3221

http://blog.drpepper.uol.com.br/?p=3151

Agora, partir do princípio da força física ou sexualidade para dizer que uma mulher ou seja lá o q for não deve exercer funcões de liderança, é excluir da escolha do líder o pensamento crítico e reduzi-lo a um embate de força bruta. O lugar de escolher um(a) presidente é na urna, não no ringue.

Anônimo disse...

Eu não gosto de sexo anal. Acho humilhante e nojento, o tipo da coisa que apesar da maioria dos homens gostar, são pouquissimas as mulheres q gostam.E muitas o fazem p não perder o macho.

Não coloque todas as mulheres no mesmo saco, Sr. Eduardo!!!

lola aronovich disse...

Eduardo, vc tá falando ironicamente ou realmente acredita nas inúmeras besteiras que escreveu?
Impressionante que vc não veja nada de errado não só a um homem adulto ensinar a ver as mulheres como objetos, mas tb que seja totalmente inadequado usar termos desses com um menino de 8 anos. Parece uma busca do Google que chegou até o meu blog outro dia, “qual pornografia posso assistir com as crianças?”.
Vc e outros carinhas sem noção nenhuma da realidade ficam se revezando no meu blog, né?

Eduardo Marques disse...

Qd foi q eu falei em sexo anal? Qd foi q eu coloquei as mulheres no mesmo saco? Qual é o problema com o sexo anal? A violência depende do contexto. Até passar a cola na prova pode ser uma violência, ou não. Será q a mulher não pode fazer nem um favorzinho?

Se algum namorado ameaçou abandonar vc por causa disso, tenha certeza de que não foi só isso. Já ouviu falar em fio-terra? Acho humilhante e nojento, o tipo da coisa que apesar da algumas das mulheres gostar, são pouquíssimos os homens q gostam.E muitos o fazem p não perder a fêmea.

Iseedeadpeople disse...

Engraçado é que dar meu fiofó agora é "favorzinho".

Te enxerga, Eduardo,ninguém é obrigado a fazer o que não gosta, o que não se sente bem em matéria de sexo!!! Assim como a anônima, eu não gosto de sexo anal, aliás, odeio; e tenho a sorte de ter um marido que me enxerga mais do que um "cu" e que não acha que eu seja obrigada a fazer "favorzinhos" pra ele. Aliás, nem eu quero q ele faça "favorzinhos" pra mim.

Relação boa e gostosa não é aquela em que homens e mulheres tem que se violentar,fingir,fazer sacrifícos , apenas pra agradar o outro.Relação boa e gostosa é aquela em que os 2 se completam, se enxergam como HUMANOS e não como máquinas de sexo, e só fazem o que dão prazer a AMBOS.

Tenho pena da sua esposa/namorada, que deve se sentir na obrigação de prestar "favorzinho" pq afinal,é o macho q manda,não???

Eduardo Marques disse...

@Lola,

Vc não leu nada do que eu escrevi? Eu fiquei o comentário todinho criticando o que o homem fez e vem vc e diz que eu "...não vejo nada de errado (...) um homem adulto ensinar a ver as mulheres como objetos...".

Pelamordedeus!

Todos e todas enxergam o outro como objeto, quando se trata de sexo. Homens e mulheres. Isso é normal. O problema é não ver nada além disso.

Acho errado, sim, ensinar ao garoto a ver mulheres como objetos e nada mais e ainda denuncio que ele estava patrulhando a sexualidade do garoto com isso. Por favor, me fala onde está a baboseira nisso?

E me fala outra baboseira que eu também disse, por favor.

Eduardo Marques disse...

Cara Iseedeadpeople,

Vc não gosta de sexo anal? ENTÃO NÃO FAZ, P**RA!!!

Tem alguma lei te obrigando a fazer? Se algum homem consegue te obrigar a fazer sexo anal, ele certamente consegue te obrigar a varrer o chão, lavar os pratos, etc.

(...qd foi que eu comecei o assunto de sexo anal?)

lola aronovich disse...

Eduardo: “qd foi que eu comecei o assunto de sexo anal?”

Ahn, talvez aqui?
“Mulheres são fisicamente mais fracas q homens. Mulheres gostam de 'ser enrabadas' (ñ contenhamos as palavras), da mesma forma q homossexuais. Isso não deve ser uma vergonha.”

“E me fala outra baboseira que eu também disse, por favor.”

Seria mais fácil apontar alguma coisa que vc disse que NÃO É baboseira. Não tem, desculpe. Vc conseguiu fazer um comentário 100% ridículo.

Cê tá de brincadeira, né? Fala um monte de bobagem pra chamar a atenção, e quando alguém responde (que é tudo que vc quer), diz que não disse nada daquilo ou que a gente que não te leu direito.

Eduardo Marques disse...

Ah, sim! Eu falei "enrabar" em um sentido amplo e vulgar como recurso retórico. Quis dizer com isso "passividade sexual", sexo vaginal incluso.

Mea culpa, então.

***

Lola, olha o meu primeiro comentário:

"Desrespeitoso foi o fato de ele fazer isso publicamente"

"Fazer comentários assim às mulheres é chato, mas acho q a violência foi tb contra o menino."

Eu ratifiquei o seu pensamento sobre a grosseria contra as mulheres e ainda denunciei o controle sobre a sexualidade do menino, não?

Qd foi q eu "disse q não disse" alguma coisa?

Anônimo disse...

Lola e todos/as,
Me identifico mt com o post... me sinto péssima td vez q tenho q sair de casa, pq tenho q necessariamente escolher uma roupa pensando nao em meu conforto e minha vontande e sim no quanto poderá causar de "repercusao". E sim, já respondi bem humorada às cantadas (tipo, nossa, faz tempo que vc nao faz sexo né?), já respondi mandando tomar no cu, mas não me esqueço do dia que pedi, educadamente para o cara parar de me olhar, pq eu não estava em uma vitrine, (o jeito como ele me olhava, dentro do metro, me fazia sentir um misto de horror, panico e nojo) e fui, reafirmo fui ameaçada com toda as letras, dentro do metrô, pelo sujeito, que após meu pedido, afirmou que eu "estava me achando, que a mulher dele era mt melhor e q eu merecia levar um tapa na cara" e ninguém dentro do metrô fez nada!!!
Outra triste lembrança que tenho na memória é de quando estava na 7ª série, pensem, tinha cerca de 12 ou 13 anos, e já ouvia coisa do tipo "nossa lá em casa", "ah se fosse minha filha", "te lambia todinha"... e não eram garotos da minha idade, eram homens adultos, nos onibus, nos metros, nas ruas, enfim, em todo lugar...
Isto td só me faz ter certeza de q o que o machismo e os machistas querem com estas grosserias é nos desqualificar enquanto mulheres, tentar nos fazer crer q o espaço público é deles, não de nós dois (homens e mulheres). Mas sei que atitudes destas de registrar o quanto isso precisa acabar, encoraja outras mulheres a entender que é preciso e possóvel, vivermos em um outro tipo de sociedade, em que sejamos respeitadas... acredito nisso.

Anônimo disse...

Faço um curso com pouquíssimas mulheres e é bem complicado. Tirando as outras mil coisas agoniantes nesse ambiente predominantemente masculino, onde o assunto sempre acaba sendo o julgamento de mulheres, sejam elas alunas (geralmente falam sobre como as garotas do curso são feias), professoras ou até as que passam do lado de fora da sala de aula, tenho que ficar apreensiva com manifestações públicas.

Uma época passou a ser comum, toda vez que eu entrava e saía da sala de aula, assobiarem. Sabe, já é constrangedor o suficiente passar na frente de todos sabendo que estão me olhando, me julgando e que provavelmente vão comentar sobre mim (já que não tem muita opção e só sabem falar sobre mulheres). Que cada escolha de gestos, roupa ou atitude pode ser pauta de uma longa conversa maldosa.

Esses caras acham que acham que tudo é cantanda bacana, acham mesmo que me constranger publicamente é "só um elogio"? Pq sério, nunca veio UM desses caras que assobiam falar comigo. Afim de mim é que não estão... tão querenso apenas mostrar "quem manda" ali. Querem mostrar que eu não posso ir pra faculdade e simplesmente estudar, tenho que servir de atração pra cara babaca. É o meu papel como mulher. E eu simplesmente não sei o que fazer, não faço idéia de como reagir sem correr o perido de tornar a situação muito pior.

Pra piorar, se eu apenas reclamo disso acham que eu tô falando pra contar vantagem. Afinal, que mulher não quer ser "elogiada" em público? Nos massacram tanto, todos os dias, nos fazem ficar tão apreensivas e inseguras com nossa aparência que só uma manifestação masculina pra nos fazer sentir bem. Tudo gira em torno dos homens mesmo, né? É tudo o que queremos, aprovação deles. Não importa se nos sentimos humilhadas.. só o que ELES acham ou deixam de achar.

Meu sincero VTNC pra homens que acham que tudo bem "cantar" mulheres publicamente.

M.

Letícia disse...

Eu bem teria coragem de responder a uma grosseria dessas, mas só se estivesse, por exemplo, numa rua movimentada. Infelizmente, ainda não dá pra confiar na civilidade de um homem, né? Estando sozinha com ele ou eles, fica difícil rebater a grosseria e não ter medo de uma resposta pior ainda, como uma agressão física.

Apesar de tudo, ainda concordo um pouco com o fato de que uma mudança no comportamento das mulheres ajudaria a coibir um pouquinho as grosserias. Afinal, já cheguei a ler em "revistas de beleza" (é, já li isso... shame on me) coisas do tipo: "tá com autoestima baixa? passa de saia curta na frente de uma construção"... ah tá, né, super massagem no meu ego ouvir uma grosseria proferida por um ogro todo sujo de reboque.

Eduardo Marques disse...

@Lola,

Agora eu quero mesmo uma resposta. Eu pus uma palavra mal posicionada e suas leitoras já vêm com o assunto "sexo anal", que não tem nada a ver com o que eu estava falando. Aposto um bombom de chocolate que você atribuiu a mim os pensamentos da sociedade preconceituosa que eu coloquei ali, não foi?

Anônimo disse...

ok, eduardo marques, já escolhi um apelido, rs

Eu não entendi metade do que você disse, tá muuiito confuso.

E pq sugeriu ninfeta17 ou feminazi?Só pq não vou choramingar sobre como meu pai me maltratou e eu fiquei parada sem fazer nada? HAHAHA!

E sobre esse negócio de mulher gosta é de dar,eu sou da teoria de que mulher gosta é de comer. Já reparou como o ato da mulher é mil vezes mais parecido com uma ingestão do órgão masculino? Vocês são praticamente digeridos por nós,hahahahahahahaha. Uma vez apresentei essa teoria a um amigo e ele não gostou nada. Eu fico pensando,mas gente! são só palavras,não é mesmo? Vocês dão, a gente come! Qual é o problema?!
HAHAHAHAHAHAA

Ah sim...ficar pra tia...bom,já pensei muito sobre essa coisa de ter uma companhia pra vida inteira,uma família e tudo mais...é muito bom mesmo...Mas não acho que seja uma tragédia ficar pra tia. Certa vez encontrei um amigo na rua e ele me disse: e aí,na mesma? assim ce vai acabar ficando pra tia...abaixei a cabeça e pensei: é não seria tão ruim, só as palavras é que parecem ruins, o fato em si não é ruim. A solidão sempre me proporcionou uma liberdade imensa.

Vou ficar pra tia disse...

ops, escolhi a opção errada e o apelido não apareceu

Vou ficar pra tia disse...

Eduardo Marques, você já não tinha assumido que sua frase dava mesmo a entender 'sexo anal' exatamente por ter colocado homossexuais logo ao lado de 'enrabadas'? Tá ali ó, 'MEA CULPA'.

Ninguém te entendeu errado,rs.
Pensa antes de falar,garotão.

ninfeta_17 disse...
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Eduardo Marques disse...

Cara Vou ficar para tia,

Eu sugeri os apelidos "feminazi" ou "ninfeta" como ironia. Coloquei dois rótulos díspares que dão às mulheres, que não têm nada a ver com a sua história. Esperava que você levasse na esportiva assim como você está fazendo com o seu apelido "Vou ficar para tia".

Olha só: o homem, que é fisicamente mais forte, introduz seu órgão copulatório, que é rígido, como uma lança ou um porrete, na mulher (acho que não tem como parecer pouco vulgar nessa descrição...). Só acontece quando ele quer, pois o órgão do homem só funciona quando ele tem desejo. Vc já viu estupro de homem por mulher? Não tem. Sabe pq? Pq não iria funcionar. Se o homem estiver submisso, com medo, o negócio não sobe. Daí que o ato sexual, anal ou vaginal, tem um pouco de submissão. Por isso coloquei homossexuais ao lado de mulheres. Vc tem algum problema com homossexuais?

Não enxergar isso é tapar a realidade com a peneira e dar margem às falsas simetrias como "Pq as mulheres não vem fazer grosserias aos homens? Eu (homem) ia adorar".

"Dar" e "comer" são expressões de origem diferentes. Com "comer", a língua não quer dizer exatamente ingerir, mas sugere a semelhança entre o homem em cima da mulher e um predador em cima da caça.

http://img834.imageshack.us/img834/7546/lionak.jpg

http://img690.imageshack.us/img690/8249/lionhunting9.jpg

Não fui eu que criei essas expressões,só estou especulando a origem delas.

Eduardo Marques disse...

Vou ficar para tia,

Eu não quis dizer que você vai ficar para tia. Eu só divaguei sobre a sina que temos que sofrer devido ao nosso sexo. Os homens não ficam para tios, mas ficam sérios e fechados. Quando ficam adultos, se fecham a novas experiências. Têm d sustentar um comportamento sério e masculino, que exclui a expressão dos sentimentos. É como estivessem a levar estoicamente a família, a casa e o mundo nas costas. Tenho quase vinte anos e meus amigos estão ficando desse jeito. Eu acho muito triste.

Eu disse q fui criado por mulheres, mas isso não me fez imune a algo parecido com o q seu pai fez. Minha mãe pode não ter falado aquelas obscenidades sobre mulheres qd eu era criança, mas fazia a mesma coisa mais sutilmente. Ficava o tempo todo sondando o meu comportamento para ver se eu estava namorando. Ela observava, inferia e se rejubilava com cada indicação d q eu estava com uma menina. Também comentava em público, às vezes na minha frente sobre minha vida. Anos atrás, estávamos com alguns amigos delas e a filha de uma amiga, de 12 anos. Comentavam que a menina era retraída e não era dada a namoros (ela tinha 12 anos). A minha mãe, descaradamente falou para a menina: “Olha, cada um tem a seu tempo, o Eduardo, que já tem X anos, até agora nunca namorou”. Vc tem idéia da vergonha que eu senti? E ela já falou isso várias vezes com as amigas, não só essa, na minha frente. Imagine por trás. No fim do ano passado, eu fui a Natal prestar vestibular e a amiga da minha mãe comentava o que ia acontecer, caso eu passasse: “olha, se vc passar, vc vai morar aqui sozinho no seu próprio apartamento, vai poder levar quantas meninas quiser...”, “...não, ele pode levar várias...”, “...cuidado que tem muita menina bonitinha cheia de doença...”. Acontece que eu sou reservado e NUNCA conversei sobre esses assuntos com a minha mãe ou com nenhuma outra amiguinha dela. Perto da minha mãe sou um ser assexuado. Não acho que seja o tipo de coisa que se deva falar com a mãe. Pelo menos não com a minha.

Vc sabe como é se sentir como um porco sendo engordado para o abate? É assim que eu me sentia, como um filhote sendo alimentado para ser um futuro macho standard. Tudo isso para ser um futuro solitário (homens não podem expressar afeição por outros) e fechado macho, viver o resto da vida me expressando com monossilábicos e arriscando minha integridade física pela namorada ou a cada problema com outro homem.

Outra falha do movimento feminista é não enxergar o que os homens têm de fazer pelo respeito da sociedade. Pelo respeito das mulheres também, que mtas vezes riem de homens mais desajeitados e não vêem a humanidade deles e protestam por igualdade. Temos q ser sérios, seguros e eficazes o tempo todo. É por causa disso que as feministas muitas vezes parecem aos homens mulherzinhas bobinhas tentando se meter em conversa de homem. Realmente parecem mulheres que, d uma hora para outra pensaram “— Mulher, tô cansada de varrer a casa, vamos nos revoltar? – Ta, miga, mas tem q ser antes da novela".

A Lola, que deve estar observando tudo do alto, provavelmente não gostou de muita coisa que eu escrevi, e, por isso, olhou tudo o que eu disse por cima, reparando apenas nas partes que lhe interessam, como “olha como eles sofrem tb com o machismo”. Machismo o que! Vida real! Se as mulheres quiserem respeito, vão ter que fazer a mesma coisa que nós para conseguir. Vcs podem, claro, mas vão ter d sair da confortável posição debaixo da asa de seu macho, pai ou namorado, vão ter d ser mais sérias, seguras e eficazes para olhar para nós como iguais.

lola aronovich disse...

Não dá pra ser séria depois de ler vc falando de “órgão copulatório”, Eduardo. Tô rindo até agora.
Acho que vc não sabe muito nem sobre o feminismo, nem sobre como o feminismo é visto. Dizer que os homens veem feminista como “mulherzinhas bobinhas tentando se meter em conversa de homem” é de uma criatividade imensa. Nunca vi homem chamar feminista de “bobinha”. Os insultos costumam ser um tantinho mais pesados, sabe? E qual é a “conversa de homem” que as feministas se metem? Vc é contraditório, Eduardo. Primeiro diz que um dos erros das feministas é não vermos os seus problemas, depois diz que falamos de “conversa de homem”. Além do mais, as comparações que vc faz são ridículas. Ouvir grosseria na rua é muito pior que ficar constrangido com o que a mãe diz pras amigas. Constrangido com o que os pais dizem ocasionalmente é sina de tod@s. As comédias frequentemente lidam com isso. Já grosseria na rua é terrorismo sexual. Enfim, já expliquei umas cinco vezes, mas vc continua sem entender. O feminismo luta por uma mudança de padrões sexuais. Feministas são contra o modelo masculino imposto pela sociedade. Não culpe as feministas por homens serem sérios e amargos (segundo vc). Vc NUNCA verá uma feminista dizendo “homem não chora, homem não pode demonstrar afeição”. É justamente isso que cobramos de vcs: sensibilidade.

Unknown disse...

Ri muito com a comparação "lança ou porrete". Tipo, tamanho tudo a ver né.
Ato sexual tem algo de submissão pra quem só sabe algo do ato em si vendo filme pornô dos ruins. Nem me espanta tanto rapaz novinho com essas idéias sem pé nem cabeça...

Não sei porque ter vergonha de nunca ter namorado. E nem sei como alguém pode ter coragem de relacionar isso, comentário de parente (que ironicamente toda menina escuta também, como visto no exemplo dado da menina de 12 anos), com o medo da violência física e verbal sofrido diariamente que é o tema da discussão aqui.

Enquanto isso, as mulheres seguem morrendo
http://machismomata.wordpress.com/

Unknown disse...

Eu achava que era brincadeira, mas pelo visto o negócio é sério mesmo. Nossa juventude tem uma idéia muito estranha e deturpada do que é sexo. Acreditam realmente que é submissão pra mulher e que o homem precisa usar de sua força física. Daqui a pouco sairão mordendo pescoços achando que são leões segurando gazelas. Isso é bastante perigoso! Cadê a educação sexual? Será que depois do backlash dos anos 80 estamos sofrendo um retrocesso no que se refere ao conhecimento da sexualidade? Mais um pouco e estamos de volta a Idade Média.
Que triste!

Vou ficar pra tia disse...

Eduardo Marques, nenhuma parte do corpo humano é duro como porrete,a não ser que vc esteja falando de um porrete de osso. Você é algum tipo de mutante com pênis vertebrado?

E não achei que vc estava dizendo que vou ficar pra tia, só achei engraçado você citar isso como se fosse algo terrível, sendo que não é. Terrível talvez seja a encheção de saco de quem não tem mais o que fazer e fica chamando mulheres solteiras de tias. Porque, como já disse, a liberdade é imensa! Basta que você não seja simples demais pra achar que solteirice é algo ruim.

E você quer saber como uma mulher estupra um homem? Olha eu também nunca tinha parado pra pensar nisso,até que vi um filme em que a menina se vingava de seu agressor. No caso, foi até leve o que ela fez,pq ele estava completamente bêbado e não viu nada. Ela o amarrou com durex industrial e escreveu milhares de insultos por todo o corpo dele. Mas só ele viu. Estupro é um ato muito mais violento que isso,pq envolve dor,envolve humilhação impossível de por em palavras. O que humilharia mais um homem machista que sexo anal contra a vontade dele? E o que doeria mais que uma penetração sem cuidado com algum objeto desproporcional ao tamanho do rabo do dito cujo? E a maldade pode ir muito longe,só usar a imaginação.
Não existe sentimento mais destrutivo que o ódio,creio eu,mas imagino que quem sofreu abuso sexual grave deve ter uma forte vontade de ver seu agressor nessa situação. Há muitos meios de se abusar de alguém, independente de ser homem ou mulher.

Eduardo Marques disse...

Ai, ai. Parece que qualquer coisa que eu diga aqui vai ter um tom preconceituoso. Eu estou do lado afro-descentente da força.

Lola,

“Ouvir grosseria na rua é muito pior que ficar constrangido com o que a mãe diz pras amigas.”

De fato, é. Eu estava falando com a Vou ficar pra tia. Ela falava daquilo que o pai dela fazia com ela e eu do que a minha mãe fazia comigo. Não tem nada a ver com o assunto grosserias na rua. Leia direito, dona bacharel em Letras.

“Vc NUNCA verá uma feminista dizendo “homem não chora, homem não pode demonstrar afeição”. É justamente isso que cobramos de vcs: sensibilidade.”

HAHAHAHAHAHAHAHAHA

Já vi, cara. Já conheci inúmeras meninas que ficam zangadas com injustiças que mulheres sofrem, mas que não abrem mão de um parceiro que faça o tipo machão-protetor-que-paga-a-conta. Tive, inclusive, uma professora, que, apesar de formada em Direito na Unifor e desfrutando dos privilégios de uma mulher instruída e livre, uma vez me perguntou se eu pago a conta do restaurante ou dou presente à minha namorada. Ficou surpresa quando eu disse q não ("q grosso!"). Pagar a conta é velho, mas presente...? E ela me dá? No Natal, aniversário, tudo bem, mas no dia-a-dia? Tem q ver isso aí.

Ninguém fala q homem não pode demonstrar afeição ou falha, isso fica implícito. Se uma menina derruba os livros dos braços perto de um grupo de homens, eles vão ajudar e, talvez, se oferecer a levá-los para ela. Se um homem derruba os livros perto de um grupo de mulheres, elas vão soltar a maior gargalhada. Eu já tive pesadelo em que um amigo meu levava um tiro perto de mim e, qd eu chorava, as pessoas ao redor ficavam rindo.

Claro que nem todas são assim, mas eu conheço pouquíssimas mulheres que se dão conta de que elas mesmas alimentam o machismo.

Aliás, leia isto:

http://arthur.bio.br/2010/07/10/sexismo/nao-existe-feminista-em-navio-que-esta-afundando

Apesar de eu não concordar com algumas coisas que o autor acha, esse texto ilustra bem as pseudo-feministas.

Antes que vc venha meter o porrete (ui!) em mim, saiba que eu sou a favor de direitos iguais para todos e sou contra todo tipo de descriminação. Só estou contando um pouco a realidade, já que vc insiste em ver todas as mulheres como boas e seres cheios de candura, os homens que são maus.

Sinceramente, acho q esta discussão está perdendo o foco e virando apenas bate-boca.

Eduardo Marques disse...

Laura,

“Não sei porque ter vergonha de nunca ter namorado.”

Realmente não sabe. Isso se encaixa bem com o que eu disse antes, olha:

“Vc foi coagida a ser uma moça pura e casta e a se afastar dos homens...”

Para mulheres, isso não é vergonha.

“E nem sei como alguém pode ter coragem de relacionar isso (...) com o medo da violência física e verbal sofrido diariamente que é o tema da discussão aqui.”

Nem eu. Leia o que eu acabei de escrever à Lola.

“Nossa juventude tem uma idéia muito estranha e deturpada do que é sexo. Acreditam realmente que é submissão pra mulher e que o homem precisa usar de sua força física. Daqui a pouco sairão mordendo pescoços achando que são leões segurando gazelas.”

AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!! EU VOU ME MATAR SE CONTINUAREM ME INTERPRETANDO MAL DESSE JEITO, EU JURO!!!

(Aliás, não tem um leão segurando uma gazela, é uma leo@. O leão está segurando uma zebra)

Eduardo Marques disse...

Vou ficar para tia,

Eu tb não acho tão horrível ficar solteiro. Eu só estava comentando a figura q a sociedade faz disso.

Sobre o exemplo q vc deu de uma mulher estuprando um homem, essa mulher só fez a ele o que os homens fazem às mulheres com consentimento que elas gostam. Eu estava falando em uma mulher estuprar um homem obrigando-o a, hum, penetrá-la. Eu vi uma coisa bem humorada sobre isso em um episódio de Futurama, "Amazon Women in the Mood". Fry e Zapp foram condenados à morte fazendo "snoo-snoo" com as amazonas. Teve o caso da cabeleireira russa, mas não sei não. Esse caso foi tão extraordinário que foi parar na seção "planeta bizarro", junto com "Sérvia passa por cirurgia após fazer sexo com pinha".

http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL1089645-6091,00-CABELEIREIRA+TRANSFORMA+ASSALTANTE+EM+ESCRAVO+SEXUAL+NA+RUSSIA.html

Imagino como um estupro deve ser doloroso e acho que a sociedade está pouco preparada para lidar com isso, como a Lola escreveu várias vezes.

Eduardo Marques disse...

Vou ficar...,

Esqueci! Sobre envelhecer, em outros países, as coisa já estão mudando. Espero que isso aconteça em breve no Brasil.

http://www.conexaoparis.com.br/2011/01/21/diferencas-culturais-a-questao-do-envelhecimento/

Lucia disse...

Eduardo, não é por nada não, mas que tal vc dar uma volta e encontrar uma mulher que solucione essa sua carência oral?

Abs

milla disse...

Indo na corrente das favoráveis a levantar a cabeça e estufar o peito... Acho que é uma das melhores atitudes, e digo isso por experiência própria: uso muitas saias e vestidos (odeio calças jeans), sapatilhas e sandálias rasteiras, e me recuso a mudar meus trajes para algo mais "fácil de correr/reagir", pois estaria me moldando e me anulando, ao meu ver. O que faço então é impor a minha atitude, e posso garantir que dá certo. Vocês já experimentaram olhar nos olhos, encarar mesmo aquela pessoa de quem você imagina que vai ouvir uma grosseria? Eu costumo fazer isso e olha, não teve uma vez que os caras não se intimidaram... Não temer é o primeiro passo... Apesar de usar muitas roupas "que dariam margem", ser considerada "uma moça bonita" pela sociedade("dentro" dos tais "padrões"), e andar muito sozinha por aí, mantenho sempre a atitude de quem não vai temer... E garanto que isso intimida muito os homens... Minha sugestão: experimentem, quando passarem por grupos de homens pela rua, ao invés de se encolher e baixar os olhos, manter a cabeça firme e a postura ereta; eles podem até falar algo entre eles depois (e aí paciência, você não vai ouvir), mas na hora é muito provável que fiquem em silêncio...

Estou acompanhando os posts e caramba, como é triste ver alguns posicionamentos masculinos, mas enfim, a discussão no geral está valendo muito a pena, virei leitora assídua.

Anônimo disse...

Mulheres

A melhor maneira de responder é por en dúvida a masculinidade do cara.

Tipo: Olha com cara de nojo e diz:- Aposto que viado inrustido.

ou

Eu te conheço. Tu é baita de uma bicha e ta pagando de homem na frente dos amigo?.


Os cara ficam p. da vida.

Por segurança, sempre responda, em um lugar movimentado. Nuca sozinha

Unknown disse...

É realidade vivenciada por todas as mulheres, todos os dias
>>Todas é generalizar e generalização é burrice¬¬

olha como elas gostam de se mostrar, está até rachando'... Deu nojo. E o pior é que a gente não pode fazer nada e se reclama, não é levada a sério ou é ofendida
>>Mas claro, queria o que? imaginem o inverso

Vc gosta?', 'olha como elas gostam de se mostrar, está até rachando
>>onde tá o desrespeito a mulher aqui? o adulto eta ensinando o menino o caminho das pedras

falou da forma mais descarada possível: 'Nossa, que tesão!' A mocinha não se intimidou, deu uma olhadinha de desprezo e respondeu na lata: 'Enfia o dedo no c* que passa!' O babaca foi motivo de chacota por um bom tempo!”
>>Babaca mesmo né?pois ela tinha mandado por no dela¬¬

A dúvida é: o que fazer, enquanto fazemos campanha para que essa estupidez masculina chegue ao fim?
>>Mantenha o homem ao seu lado, tomem a iniciativa...

Pois é, seria querer demais que homens parassem de falar gracinhas pras mulheres na rua?
>>Seria sim pq isso são mais vcs que querem¬¬ o que eu ja vi de conselho para mulher com baixa alto estima de que a solução é passar feito uma perua em frente a uma obra¬¬

PS: quem se ofende geralmente são as feias que ninguem mexe¬¬ assim como quem olha para trás pra ver se o hoem esta olhando são sempre as feias
Inclusive já ví feia respondendo por a bonita ao lado rsrs

Y ♥ disse...

Sou mesmo "pavio curto" dou dedo, xingo e palavrão. Sou pequena, não teria muitas chances se algum homem resolvesse me agredir, mas de forma alguma me permito abaixar a cabeça diante desse insultos.

O que eu verdadeiramente considero um problema são as mulheres que tentam me censurar "você é uma mocinha, não deveria fazer isso". Só quando a maioria de nós tratar esse tipo de coisa como inadimissível é que ela será banida.

Leio Lola Leio disse...

Mais um post antigo que permanece atual. Geralmente, apenas mostro o dedo do meio, ou respondo, se a pessoa ainda estiver no meu campo de visão. Geralmente a pessoa se surpreende por eu reagir, acho que eles estão acostumados a serem ignorados. Mas, sempre que estão em grupo, eles são piores. Já houve casos de pegar em mim, coisas do tipo e nesses casos mais agressivos, nunca soube como agir, continuava andando sem olhar para a(s) pessoas. Mas, isso nunca aconteceu quando estava acompanhada de outro homem.