sexta-feira, 15 de junho de 2012

COMO SUPERAR UM SENTIMENTO SUICIDA?

Este email que recebi da A. no final de abril partiu meu coração:

Hoje te escrevo pq estou muito mal e num post passado vc comentou que já foi voluntária no CVV; por isso resolvi te escrever. Tava na verdade pesquisando como escrever uma carta de despedida pra minha mãe... Daí eu pensei na Lola. O que será que a Lola diria se eu pudesse ligar pra ela (no CVV) e dizer que eu finalmente pude obter o veneno com o qual porei um fim na minha vida?
Ah, Lola, eu nunca fui feliz. Fui uma crianca tímida, feia, magrela, desnutrida, estranha, mas tinha uma ou outra amiga na escola, coisa de conversar no recreio.
Na adolescência, passei de esquisita a louca: depois da morte de meu irmão, venho sofrendo severa depressao há 14 anos. Tinha umas crises de nervos, perdia o controle no trabalho, uma vez tomei toda a cartela de remedios e passei uma semana em coma.
Eu vivi os relacionamentos mais loucos, e cada vez me deprimia mais. Nenhum namorado permanecia comigo. Como antidepressivo nunca fez efeito, acabei recebendo outros diagnósticos, tipo borderline...
Um dia, depois de já ter deixado muitas coisas de lado, larguei meu emprego e vim pra Europa. Onde conheci um homem maravilhoso e acabei finalmente me casando. Por dois anos, não tive qualquer traço de depressão.
Há um ano, adoeci de novo. Fui internada etc. Tenho recaídas tao horrendas. Vivo mal, sou tão triste, tão infeliz, sem qualquer causa. Me sinto vazia, a angústia me consome. Entao, decidi desistir. Eu sou uma pessoa simples, totalmente nao consumista, que gosta de natureza. Tudo o que eu queria era gostar de viver. Eu nao tenho qualquer amiga nesse mundo inteiro. Vivo numa bolha, meu contato com o mundo exterior se resume a meu marido e a ligações semanais pra minha família.
Talvez Lola, vc pudesse fazer um post pra que pessoas que venceram esse sentimento suicida possam partilhar algo comigo sem que façam referências religiosas (que me irritam sobremaneira). Obrigada por escrever o blog mais importante da blogosfera no que concerne à dignidade da mulher como ser humano.

Minha resposta: Querida, por favor, não faça nada drástico. Por favor. Eu nem saberia o que dizer como voluntária do CVV. Quando eu era voluntária, a gente aprendia a OUVIR, não a falar. A gente fazia perguntas para que a pessoa com tendências suicidas falasse mais de si. Porque falar envolve organizar as ideias, refletir. É o que os psicólog@s fazem. Aliás, A., vc tem um? Porque vc precisa. Quer dizer, todo mundo precisa; acho que um pouco de terapia ajudaria muito a melhorar o mundo. Mas, no seu caso, vc está com depressão. E precisa de ajuda urgente. Consiga ajuda, por favor. Eu sou apenas a autora de um blog, e não sou psicóloga. Não posso ter essa responsabilidade de salvar leitor@s do suicídio. 
Mesmo sem te conhecer, torço para que vc fique bem, para que vc saia dessa e entenda que temos que fazer a nossa vida valer a pena. Nunca é tarde pra começar. Mas vc vai precisar de ajuda profissional. E eu não consigo falar nada sem sair dos clichês. Peço a leitor@s para que me ajudem a ajudar a A.: como vencer esse sentimento suicida? 

84 comentários:

Renata Machado Radaelli disse...

Não faça isso! Por mais que as coisas estejam ruins ou estranhas, eu tenho certeza que dentro de cada um (inclusive de você) tem aquela esperancinha que a vida vai ser o máximo. Você está passando por um momento delicado mas cara, vai sair dessa. Não vou meter religião no meio mas tenha fé. Fé em você e na vida. Que um dia você vai acordar e pensar "minha nossa, quantas coisas legais pra viver, quantas experiências e coisas pra sentir". Se apegue a sua vida, que ela vale muito! Sinto se eu não consigo ajudar mas sei como é essa barra e a gente vai lutando, vivendo os momentos bons! Fique bem!!! Um beijo!

Anônimo disse...

Passei por uma situação parecida, de me sentir isolada do mundo, numa bolha.
Nessas horas, nosso maior inimigo é nossa mente. Não deixe a sua mente te sabotar, não se torture com pensamentos ruins sobre si mesma, ou sobre o passado.
O primeiro passo sempre é o mais difícil, e é super difícil conseguir vencer esses pensamentos ruins sozinha.
No meu caso, o acompanhamento psicológico foi fundamental.
Remédios são importantes em muitos casos, mas a boa conversa e técnicas para afastar pensamentos perigosos e torturantes também o é.
Com o tempo, me senti mais aberta para o mundo, mais leve. E com isso eu consegui me aproximar das pessoas, a deixar que elas se aproximassem de mim. Porque mesmo sem se dar conta, quando você está mal, você se fecha pro mundo, e os outros percebem.
Melhoras para você, espero de coração que você consiga vencer esse sentimento suicida e se sentir leve.

aiaiai disse...

Procure ajuda agora! Já!
E não adianta procurar ajuda de família ou amigos, a gente não consegue falar das coisas mais profundas com pessoas que conhece. Tem que ser um profissional dedicado a isso: ouvir e ajudar você a organizar os sentimentos.

Falar sobre o que você sente vai te ajudar mais do que remédios. Mas, eu tenho uma amiga q passou por uma fase parecida com a que vc descreveu e ela foi numa médica homeopata que, além de recomendar acompanhamento psicológico, passou um medicamento que fez efeito imediato. Foi uma coisa impressionante. Ou seja, eu acho que vale a pena também.

Anônimo disse...

Acredito que o melhor caminho é o que foi indicado pela Lola. Tratamento psicológico, terapia... Sei que isso deve ser o que todos dizem (além dos que vão para o lado religioso), mas acredito que não existe uma solução miraculosa.

A Letícia, do blog Cem Homens, passou por algo semelhante e já escreveu bastante sobre isso. Talvez ler os relatos dela ajude a procurar ajuda e sair dessa situação tão difícil.

Eu já tentei me matar, mas no meu caso foi um contexto muito diferente, que envolvia muita confusão e ausência de perspectivas e eu tinha apenas 9 anos. Ou seja, um quadro completamente diferente, então não tenho nada de específico a dizer que possa trazer alguma luz...

Um grande abraço! Espero que fique tudo bem.

Isabel SFF disse...

A., o melhor que você pode fazer nesse momento é procurar terapia. Urgente, algo que a gente chama de "intervenção para a crise", que é mais voltada para essa ideação suicida.

Seria muito difícil alguém tentar te ajudar através de um blog, mesmo que a gente tenha muitos relatos de pessoas que estiveram numa situação semelhante prq só a gente sabe como dói o nosso calo. E alguém com tendências suicidas acaba ignorando tudo isso, com palavras como "ah, mas isso só funcionou com o Fulano por causa disso e daquilo... Eu sou diferente, pior, inferior, isso nunca funcionará para mim". Esses pensamentos, afinal, são a raiz do problema.

Contar com alguém que possa te ajudar neste momento também é muito importante, e nisso, um blog ou o CVV poderiam ser de grande ajuda. Mas só quem pode TRATAR isso são profissionais. Afinal, digamos apenas que quem cai dentro de um buraco muito profundo pode até conseguir sair sozinho, mas sair de lá será muito menos penoso se houver ajuda de gente treinada para isso. Se sua casa estivesse pegando fogo, os bombeiros seriam chamados, certo? Procure ajuda! Procure gente treinada.

Independente do diagnóstico que te deram e das tentativas anteriores, procure ajuda! Existem vários tipos de terapia psicológica e algumas são mais voltadas aos chamados transtornos da personalidade. Caso o diagnóstico de transtorno borderline se confirme (porque é impossível diagnosticar alguém em um blog), procure um terapeuta habilitado para fazer Terapia Comportamental Dialética. Você já ouviu falar? Ela é conhecida por dar ótimos resultados nos casos de transtorno borderline. Outra opção seria a Terapia do Esquema.

Tenha em mente que há opções! É difícil, mas não perca a esperança.

Beijos

Allice disse...

Eu também sempre fui uma pessoa super isolada, pra piorar tenho vários tics nervosos que me fazem quase nunca sair sem ser notada: a síndrome de Tourette, mas preciso admitir que dos males é o menor.

Eu vivia no meu canto e ainda mais porque tive uma perda auditiva de 80% e tive que ser alfabetizada em casa, depois fui para a escola e não me socializava e aí a professora me mandou para o psicólogo que disse que eu não tinha problema algum (ele com certeza não era um profissional comprometido com o próximo, pois era visível que eu não estava bem, além de ser antissocial ao extremo eu tinha muitos tics!!!) . Na adolescência me sentia super chateada o tempo todo, me achava feia, me achava chata, daí na faculdade o primeiro semestre foi ótimo, parecia que todos os meus problemas tinham acabado, era a alegria da novidade -lembrei quando você disse que ficou um tempo bem depois que casou- mas daí as coisas começaram a desmoronar, emeu organismo a descontar no meu estômago, no intestino, dores de cabeça então eram o dia que eu estava"bem" peguei um atestado psiquiátrico de 30 dias foi super ruim, me atrasei bastante.

Daí fui a psicóloga, que me ajudou um pouco, bem pouco porque sou uma ostra, dificilmente me abro e isso é muito ruim, mas o psiquiatra me receitou um remédio manipulado que tomo todos os dias (100mg) e estou me sentindo bem, é uma mistura de profissionais, o remédio, a etapa da vida de construção, o feminismo, sua vida é um quebra cabeça e vocÊ precisa de muitos pedaços pra se sentir bem.
Há dias que me sinto péssima de verdade, que quero morrer, acabar o namoro, ser outra pessoa e coisas assim, mas daí eu penso que amanhã é outro dia, que meu futuro depende do meu empenho hoje e posso dizer que estou feliz, sim apesar das minhas quedas momentâneas, apesar dos "pitís" que eu ainda dou de vez em quando minha vida melhorou demais.
Você precisa sim procurar um profissional, minha mãe também fala muito de religião (sou agnóstica) e isso me irrita porque nunca foi a solução pra mim nem quando era criança.
Tudo é um processo e é necessário um profissional, metas de vida e coisas assim, acho que estou indo bem e espero melhorar a cada dia.
Boa sorte.

Chris disse...

O pensamento suicida é muito mais comum do que imaginamos. A proibição da divulgação de suicídios e tentativas de suicidios responde à uma tendência já pesquisada de que quando isso é divulgado, há um grande aumento no número de tentativas de suicídio.E isso, é algo que as pessoas querem evitar de qualquer jeito. Mas, tenho acreditado muito na força da conversa.E, quando algum assunto é proibido, se torna um tabu. essas coisas que não podemos falar, e muitas vezes não podemos nem pensar. Considero o suicídio um desses tabus. E penso que diminuir o número de suicidio, e de tentativas não diminui a quantidade de pessoas que sofrem e a intensidade desse sofrimento, muitas vezes tão grande, a ponto de muitas pessoas pensarem no suicídio, planejarem um suicídio, tentarem, e algumas vezes conseguirem suicidar. A divulgação de serviços como o CVV é muito importante, pois realmente uma ligação pode ser decisiva. E, mantendo a lógica de não falar sobre isso, o serviço não é devidamente divulgado. Penso que nossas escolhas são muito sérias, e tem consequencias muito sérias. Mas, uma ação como o suicídio não tem volta. Todas as possibilidades simplesmente acabam. As boas, as ruins,as que não podemos imaginar. Diferente das demais escolhas, que por mais que a gente não consiga enxergar um caminho, ele existe, mesmo quando é só dentro da gente. Sou estudante de psicologia, e não concordo que o pensamento suicida deve ser 'curado' com medicação (não desconsidero a necessidade da medicação em muitos casos, mas não concordo em se contentar com a eliminação do pensamento, sem uma reflexão sobre ele). Acho que é necessário que se fale sobre isso na terapia (sim, com certeza ela é fundamental nesses momentos tão dificeis),mas não só na terapia. Com pessoas com quem a pessoa confia, e muitas vezes evita falar por medo de magoar a pessoa próxima. Sim, ver uma pessoa que amamos pensando em suicidio dói muito em quem ta ouvindo, mas ao mesmo tempo, esse pode ser o apoio decisivo(e, se a gente ama mesmo a pessoa, a dor de ouvi-la falar de suicídio me parece menor do que a dor de vê-la tentando o suicídio,e muitas vezes conseguindo). E com pessoas que sentimos que podemos falar, como a A. fez. Ela procurou a Lola,ela sentiu que poderia falar com a Lola,e recebeu uma resposta. Mesmo se não tivesse tido resposta, ela foi atrás de alguem que ela sentiu que poderia buscar. O tabu faz com que a gente tenha vergonha de falar sobre nossos pensamentos, mas falar talvez pode aliviar essa dor simplesmente insuportável. Desejo muito que as pessoas consigam diminuir o sofrimento quando ele ganha essa força que impede que outros pensamentos e sentimentos apareçam. E espero, ainda mais que a gente consiga falar mais sobre isso. (e sobre tantas outras coisas que nos fazem sofrer ainda mais por não podermos compartilhar).Desejo que todos nós falemos sobre isso: quem está sentindo, e quem nem tá vendo que a pessoa do lado está sentindo.

Allice disse...

Eu concordo com a medicação porque o prolema pode ser "químico" muitas vezes, no meu caso por exemplo eu tomo 5oh tryptofano porque tinha uma deficiência e preciso admitir que está ajudando muito.

Cada caso é um caso, não podemos descartar a medicação e nem abraçá-la. Converse com mais de um profissional, conversar é bom, mas em muitos casos não é suficiente. Esteja aberta a diferentes possibilidades, não vai ser fácil, com certeza, mas acredite qualquer melhorazinha já faz uma diferença enorme pra quem se sentiu mal a vida toda.

Mévia disse...

Não faça isso!
Não jogue a sua vida fora.
Aposto que muitas pessoas gostariam de tê-la - inclusive você, se aprender a olhar pra ela com outros olhos.

O passo número zero, se é que você já não faz, é procurar ajuda especializada. Um BOM psiquiatra e psicólogo. Aqui em casa todo mundo é (ou já foi) depressivo, e não adianta, sair desse buraco sem a ajuda apropriada é dar murro em ponta de faca.

Não sei qual é o nível atual da sua depressão - você consegue sair de casa? Você consegue fazer atividades, mesmo rotineiras? Se sim, SE FORCE a arranjar um hobby. Qualquer coisa que te tire 1x ou 2x de casa por semana e te faça pensar apenas na atividade - e não nos pensamentos suicidas. Pode ser coral (minha mãe faz e a ajudou muito), aula de pintura, de dança, arte marcial, vôlei. No seu caso, vai ajudar mais ainda porque vai te fazer interagir com mais gente durante a semana.

Eu, na sua situação, (e se tivesse condições pra cuidar) adotaria um bichinho. Eles ajudam a gente demais.

Você é racional? Quando estamos em crise não conseguimos ser muito racionais. Mas, quando você puder, SE POLICIE a não pensar em coisas ruins quando estiver pensando. (parece bobo, eu sei.)

Pela minha experiência pessoal, essas coisas ajudam muito, mas não necessariamente resolvem. Encontre um BOM psiquiatra!

Não faça nenhuma besteira. Existem pessoas que gostam de você e muitas outras que adorariam te conhecer.

Na minha família tem todos os tipos de depressivos e todos encontraram um jeito de seguir a vida de alguma forma. Com você não vai ser diferente.

Beijos!

Mévia

jujuba disse...

eu sei exatamente como vc se sente!
eu tenho tudo para ser feliz, mais vivo depressiva. Quando era adolescente, eu chorava a noite pedidndo a Deus para me levar logo.
Quando tive 15 anos tentei s e matar com remedio e uma amiga me impediu; minha mae disse que era frescura. Aos 19 cheguei perto so nao pulei do predio pq minha irma mais nova chegou quase na hora e nao tive coragem de fazer isso na frente dela. E horrivel, tenho vergonha pq vejo tanta gente lutando para viver e eu com saude querendo morrer.Mais a verdade e que algo em mim parece esta morto sabe? eu cheguei a me tratar, tomei remedios, fiz terapia; mais a dor ainda esta aqui.ultimamente fico pensando s e isso tem a ver com os abusos sexuais que sofri na infancia e na adolsecencia!
Nao faca nenhuma besteira, lute vc vai conseguir siar dessa e peca juda a seu marido. Eu to rezando por vc

Unknown disse...

Querida A.
Quem sou eu para ajudar... mas vamos lá. Em primeiro lugar, calma. Em segundo, procure sim como disse a Lola um bom psicólogo. E também um bom psiquiatra! Muitas pessoas se enganam achando que depressão é só uma doença da alma, uma dor... uma tristeza. Não é não. Tem muito a ver com química, ou melhor com equilíbrio químico cerebral. Aliando os tratamentos... psicológico, psiquiátrico e uma boa terapia em grupo, vc vence essa!
Fique com minha torcida e carinho.

Thati disse...

Oi, A.
Eu tive depressão por algum tempo também.
Eu sentia como se a minha vida não tivesse nenhum sentido, que tudo era dor e sofrimento.
Nunca passei por nenhuma situação que me levasse a isso, nenhuma história trágica.
Tive momentos de extremo desespero, sem saber o que fazer, eu só queria que a minha vida acabasse.
Nunca tentei nada, porque passava o dia todo sozinha com a minha filha pequena, e não teria coragem de tentar nada com ela por perto.
O que me fez melhorar foi a terapia, aliada à medicação. Os remédios me estabilizavam, mas não curavam. Conversar com a psicóloga me fez enxergar como sair desse buraco. Foi aos poucos e foi difícil, mas hoje em dia posso dizer que sou feliz. É claro que não feliz como comercial de margarina, mas a felicidade não é isso. Ninguém é feliz o tempo todo.
Uma coisa que eu achava bem difícil de encarar era essa cobrança da sociedade para que a gente seja feliz o tempo todo. Também não suportava quando vinham com aquele papo "coloca uma roupa bonita, te arruma e vai dar uma volta" ou "não fica assim, você não tem motivo". Não aguento esse tipo de conversa.
Espero ter ajudado e desejo sinceramente que você melhore.

Jane Doe disse...

Estou enfrentando uma depressao no momento. A doenca tem me roubado coisas importantes na minha vida - precisei deixar a minha faculdade pois nao estava suportando o stress somado aos sintomas já existentes - foi nesse período que as idéias suicídas eram mais frequentes e fortes. Há seis meses eu me consulto a psicóloga da universidade, que aos poucos foi me guiando e me convencendo de que eu estava com um problema grave e que precisava de ajuda de um psquiatra.
Antes disso eu achava que eu merecia passar por aquele sofrimento. Eu via que meus colegas de faculdade tiravam notas boas, conseguiam lidar com o stress e eu nao. Eu achava que eu tinha "emburrecido" (essa é a 2° faculdade que faco. Na primeira eu era a melhor aluna da classe, agora mal consigo ler uma página de um livro).
Eu nao sei se você A. tem o apoio da sua família. Eu tenho apoio do meu marido, mas meus pais e irmao nao fazem idéia do que está acontecendo - se souberam vao dizer que a culpa é minha e que isso é "chilique".
Eu conheco um pouco da sua dor. Sinto ela no momento. É devastador.
O que eu posso te dizer é pra procurar um psicólogo E um psquiatra. NUNCA se deixe influenciar pelo preconceito do outros - que eu sei - É IMENSO quando se trata de problemas como o meu e o seu. Nao tenha medo de se tratar. Se precisar tomar remédio, tome! Se precisar trocar a medicacao, troque!!! Mas nao fique sem tratamento!!!!
Nao deixe que pessoas cheias de "boas intencoes" te afundem ainda mais. Converse com quem te ama e te compreende. Peca ajuda para essa(s) pessoa(s)!
Você pode e merece ter uma vida melhor!
;)

Anônimo disse...

Ajudaria bastante se a autora do texto nos dissesse em que país ela mora e que outro idioma ela fala/lê. Isso pq o meio-ambiengte tem muito a ver com a manifestação e agravo da depressão... por exemplo a depressão pega pesado em países onde o inverno dura muitos meses então a alternativa para lidar com a depressão é, de certa forma, diferente de como lidar se a pessoa mora digamos nos Açores. Pessoalmente, a literatura seja ficção ou não me ajuda tremendamente, inclusive e por vezes a literatura bíblica pq leio estudando e analisando os vários aspectos que o texto envolve, sem cair no papo religioso a que a autora do post se refere (que a chateia). Mas não sei se a fulana é dada a ler. Tb gosto muito de ouvir livros gravados, enqto estou fazendo alguma atividade que me permite a divisão da atenção... recentemente ouvi Gore Vidal, entre outros.

Expressar algum dom artístico tb ajuda muito, seja música, pintura ou algum trabalho manual. Mesmo quem não se sinta com talento, pode encontrar algo para se expressar... bordar, tricotar, ou o que for. Outras pessoas que por aqui comentam poderão expandir minha sugestão.

Por mais que alguém nos diga que a vida vale a pena ser vivida, qdo alguém encasqueta que quer morrer e não se abre para as possibilidades de vencer essa ideia fixa, dificilmente a pessoa escapará do suicídio, PORTANTO tome em conta o valor deste espaço aqui e se abra um pouco, ao menos diga-nos seus interesses, país onde mora... sou cheia de ideias possíveis de serem praticadas. Ajudar, a gente tenta e se empenha; mas vc tb precisa se abrir além do que expôs no guest post.

Jane Doe disse...

Para quem nao tem idéia do que é passar por isso, eu gostaria de aproveitar a oportunidade impar que a Lola abriu com esse post da A. e dizer:

- DEPRESSAO e todos os outros tipos de disturbios psiquiátricos SAO SIM DOENCAS!!! Nao é chilique!!! Nao é coisa de gente que nao quer trabalhar!!! Nao é falha de caráter!!NINGUÉM ESCOLHE TER ISSO!!
O cérebro é um órgao como o fígado, rins e coracao - um dia ele pode falhar! E as consequências sao devastadoras para o indíviduo e para quem o cerca.
Assim como o hipertenso precisa de medicao e cuidados permanetes, as pessoas com esses disturbios também precisam!
Antes de dizer para um depressivo "sair pra passear" ou para se "esforcar mais" pare e pense - você diria para um dibético que se ele "pensar positivo" ele vai voltar a produzir insulina?

Se você tem uma pessoa amada em tal situacao, ajude-a! Mas nao force, nao diminua seu sofrimento, entenda as limitacoes dela! Enteda que ela nao escolheu se sentir um caco! Isso sao sintomas da doenca!!! Respeite-os!!!
Incentive-a a procurar tratamento médico. Se ela nao conseguir sozinha, se ofereca para marcar uma consulta, para acompanha-la no consultório, ajuda-la com a medicao!
Se sentir acolhido pode ser determinante para o a melhora dos sintomas e a retomada de uma vida normal!

B. de Campos disse...

Por favor, A., não faça isso... Se quer uma amiga, me procure. Eu repasso meu e-mail por Lola. Aí a gente conversa sobre a vida, sobre filmes, sobre música, livros...

Se você tiver uma oportunidade de caminhar na praia, ir a um cineminha, brincar com um cachorrinho... Aproveite esses momentos que tenho certeza que você vai se sentir melhor, confie em mim. A partir daí você organiza um pouco as ideias e resolve como prosseguir. Não é só um conselho vazio, é um conselho de alguém que já passou por isso e se curou.

Abraço bem forte!


Bruna C.

Aline disse...

Eu poderia falar tanta coisa aqui.. sobre os sentimentos, sobre as minhas tentativas. Mas vou simplesmente responder como supero minha vontade de me matar.

O problema dessa "vontade" de acabar com tudo, é que os antidepressivos até me deixam com mais certeza e tranquilidade de que é isso mesmo que eu tenho que fazer quando tenho as minhas crises. É, eles não impedem que eu tenha crises.

Eu só respiro. Não faço mais nada.
Vai ficar diferente e vai mudar, e o desdespero vai passar.
Porque é assim que a vida é.

Pode vir um desespero ainda maior, pode vir algo melhor. Posso querer abraçar o meu gato, ou tomar uma garrafa inteira de vinho.

Beber não é vida? Então eu procuro saber o que é a vida? Quem me deu essa visão de vida e felicidade para que eu acreditasse no que eu acredito hoje.

Depois disso já vi tanta coisa, vídeos como esse sobre felicidade mudaram bastante minha visão: http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/daniel_kahneman_the_riddle_of_experience_vs_memory.html

Tem muitos textos bacanas para ler, muitos blogs que você pode se interessar ao invés de achar que precisa ter um milhão de amigos.

E um dos textos mais legais que eu já li foi esse, sobre a necessidade de ser especial. http://papodehomem.com.br/a-necessidade-de-ser-especial/

Se a gente abdica um pouco desse objetivo de encontrar tanto sentido na vida, de ter que se encaixar, de dar satisfação.. tudo pode ficar mais leve. O que não quer dizer que momentos difíceis não aconteçam. Nesse caso, respire, eles passam.

B. de Campos disse...

PS.: Busque, antes de tudo, tratamento.

Anônimo disse...

Também ando brigando comigo mesmo, já faz algum tempo.

Muitas vezes sinto essa vontade de que a morte chegue logo e abrevie uma existência que parece sem sentido.

Apesar disso, acho que duas coisas me "seguram" nessa vida: não querer causar sofrimento à minha família e, como disse a Chris, que o suicídio é uma decisão irreversível -- e eu não estou tão seguro de que não me arrependeria de tomá-la.

Tenho feito terapia e, embora não seja uma panaceia, é algo que ajuda. De fato, penso que o ato de expressar o que eu sinto é fundamental para diminuir o sentimento de angústia. Quando estou muito angustiado, escrevo um diário e isso geralmente me alivia.

No mais, acho que não devemos fugir dos nossos sentimentos -- como se isso fosse possível --, apesar de vivermos praticamente numa "ditadura da felicidade". O fato de todo mundo parecer tão feliz, tão bem disposto, tão cheio de esperanças é algo que, muitas vezes, me deixa ainda mais pra baixo -- e envergonhado por não ter uma postura como a das pessoas que "amam a vida".

Ao ler o depoimento da A. e de tod@s que fizeram comentários, confesso que me senti melhor ao perceber que a vida não é difícil apenas pra mim, mas que muitas pessoas compartilham desse desafio de vivê-la. E quando me dei conta dessa situação, senti-me menos isolado e, ao mesmo tempo, com mais coragem para enfrentar as adversidades.

Um abraço.

Sara disse...

A. gostaria de passar pra vc pelo menos um pouco da vontade q eu tenho de viver, bem ao contrário do que vc fala, em tudo eu encontro mais motivos para continuar viva, outro dia me peguei olhando meu guarda roupa novo e deitada na minha cama fiquei pensando como ficou bonito meu quarto não quero ir embora dessa vida pois quero curtir mais um pouco meu guarda roupa novo.
Eu sei que é um ex. bem estupido, mas não consigo acreditar que não tenha nada na sua vida que vc não goste, por ex. vc diz que lê esse blog, q eu tb acho o máximo e ja estou até viciada, mas não é gostoso acordar e ver as novidades q a lola nos traz, e ler os comentários então q delicia, cada maluco q aparece rrrsss, vc diz q não tem amigos ou amigas , bom não sei vc mas eu considero o povo q posta aqui meus amigos, inclusive vc, e se eu tenho uma chance procuro me aproximar, fui até ver a Lola na noite de autografos dela, fui sozinha e tava tudo de bom valeu muito a pena dar um abraço nela.
Não sei se vc ainda esta morando na Europa, eu não conheço ai ainda, mas um dia quero conhecer, deve ter coisas maravilhosas pra fazer por ai, não desista e va ver essas coisas por mim, isso enquanto eu mesma não puder ir ai, e quem sabe poder te dar um grande abraço.

Augusto disse...

Eu não posso dizer não a um a um ato suicida. Talvez o suicida seja tão mais inteligente que eu e tão menos materialista que justamente a morte é o que lhe cairia bem. Eu não sei. Sei que suicídio não é sempre ruim, pense se soubesse que viveria 50 anos de tristeza, vale a pena viver?

Eu não ando vivendo pela felicidade, e sim por experiências. Experimentar coisas novas é o que torna minha vida tão maravilhosa de se viver. Conhecer pessoas na fraqueza, desencadear reações infrenes, conhecer novos lugares, presentear, ajudar os outros, cantar, ler poesia, conversar com estranhos na rua, sentir-se abraçado, aprender, estudar, ser fútil, jogar jogos, inverter papeis e brincar com a vida. Eu estou aqui para isso. Façamos da vida um jogo, e que possamos decidir quando terminá-lo no momento que nos convir.

Anônimo disse...

"Que tempos penosos foram aqueles anos – ter o desejo e a necessidade de viver, mas não a habilidade."

A.,sou igualmente um potencial suicida. entendo perfeitamente a vontade de desistir e quem não sofre com isso jamais vai entender. é inconcebível, sabe? o instinto de sobrevivência fala alto pra maioria das pessoas e obviamente elas jamais tomariam a medida final. tanto que suicidas são execrados por todas as sociedades, não se entende. em alguns lugares é crime sua tentativa. bem, aqui no brasil não é. um mínimo sinal de respeito? duvido. mas enfim, talvez eu não seja exatamente um exemplo de amor-próprio, todavia desisti de resolver meus problemas me matando. e não foi pelos remédios que sempre me fizeram mal, nem por sentimentos morais, nem por compaixão aos que sofreriam, foi só por não fazer sentido. acabo com minha vida, acabam-se os sofrimentos, mas também acaba qualquer possibilidade de prazer, de alegria, de bem-estar. lembra-se de pandora? a caixa foi fechada com a esperança dentro. ainda que seja só um mito, prefiro crer.
e esperar
e, por hora, viver.
afinal, uma hora certamente morreremos, pra que nos adiantar?
espero que vc fique bem, A. saiba que tem gente que se não pode ajudar, pelo menos se sente mais ou menos como vc.

Fabiane Lima disse...

"como vencer esse sentimento suicida?"

Se alguém descobrir, me avise.

Aline disse...

Como o Augusto disse, a resposta está em fazer qualquer outra coisa, e principalmente em não concentrar esse sentido da vida em nós mesmos.

Se expor é algo difícil para alguém que está deprimido e muitas vezes frustrante, porque a gente pode sair de casa, tentar, fazer o maior esforço do mundo e mesmo assim, e nada acontece.

Cada um está em uma fase diferente.

Mas é essencial ter em mente que há muitas coisas que ainda não descobrimos.

A vantagem que eu tenho de ter tentado morrer é que posso ser qualquer coisa. Eu estou livre dos julgamentos das pessoas hoje. Eu já podia ter morrido mesmo, que diferença irá fazer se preciso falar em frente à 200 pessoas. Nem era pra estar ali mesmo. Eu sou é livre nesse mundo, posso ser toda errada, posso ser o que eu quiser.

Anônimo disse...

'A vantagem que eu tenho de ter tentado morrer é que posso ser qualquer coisa. Eu estou livre dos julgamentos das pessoas hoje. Eu já podia ter morrido mesmo, que diferença irá fazer se preciso falar em frente à 200 pessoas. Nem era pra estar ali mesmo. Eu sou é livre nesse mundo, posso ser toda errada, posso ser o que eu quiser.'

:)

Lays, mãe e tudo o mais. disse...

A morte só se torna uma solução quando realmente não há nada mais que nos prenda à vida. Não é o seu caso, acredito.

Mas a razão que te mantém viva não pode ser a única corda que te segura. Procure ajuda, siga o tratamento. Sem medo dos remédios, eles ajudam muito a clarear as coisas e superar a fase ruim. E superando essa fase, outras motivações aparecem. E não, você não é fraca por estar assim.

Fábio disse...

nossa que depoimento pesado...mas verdadeiro, muitas pessoas sofrem de depressão clinica, agravada pelas arguras da vida,eu ja ouvi que a depressão e o mau do novo seculo,faça o que sujeriu a professora, procure ajuda proficional, alto conhecimento e essencial, as vezes sua angustia tenha a ver com algo oculto na sua mente, muitas vezes oculto na infancia, que a mente numa forma de alto defesa organica apaga..
-

vejam quantas pessoas temos hoje na sarjeta, em grandes centros urbanos, são pessoas que cometeram suicidio da vida, não se mataram, mas vivem como zumbis, perambulando de um lado para outro, mortos vivos, invisiveis.

-
a sociedade ,a midia, os outdoors, querem desde cedo nos dizer o que devemos ser, como agir , o que fazer, ai a gente cresce numa espectativa de sermos algo sobre-humano, mas somos apenas...humanos, empregos que odiamos, para comprar porcarias que não precisamos,o sistema nos diz em silencio para ter não ser, desapegue-se, mas não se entregue, a distancia e a interiorização pessoal nos da uma visão ampla das coisas,uma visão clara, completa.

-
a vida moderna cobra oprime, julga, e infelismente a vida não pega leve não, mas o objetivo da vida e evoluir, e toda evolução e dolorosa, o que precisamos e nos fortalecer de dentro para fora, e não esperar que a melhora venha de fora para dentro, eu sei que facil falar estando de fora, mas faça o inverso, veja os seus problemas como se estivesse de fora, a distancia, desapegue-se,não seja mimada,voce não vai achar em outro as respostas , mas em si mesma, os outros são os outros e só, fortaleça-se em si.
-
e por favos não se machuque, acredite,assim voce não fara diferença nenhuma diferença, grite, chore, ria, caia, levante, brigue, ame, odeie, viva a grande loucura da aventura chamada vida moça, e como diria o grade RAUL, e de batalhas que se vive a vida, fique em DEUS

J.word disse...

Concordo com a Lola, acredito que a ajuda de um profissional ajudaria mas que familia ou marido, porém você disse no poste que gosta da natureza, porque você não se afasta um pouco da rotina e, sei la, faz uma viagem para uma cidadezinha isolada acampar junto com o marido (se a presença dele for agradável, se não deixa pra lá), ou faz um ecoturismo, um turismo de aventura.
Espero q você consiga viver em paz!
Beijo

Anônimo disse...

e vai ser espusso daqui tb antes mesmo de ser expulso... rs...

Anônimo disse...

arguras... 22:41
amarguras curtas???

Fábio disse...

moça eu sou um poeta de buteco...dependendo do que tiver pela metade no meu copo, as palavras criam um novo sentido, dentro do contexto mais complexo da coisa, entende ?? rsrsrs

Anônimo disse...

A. (Guest Post)
Se vc lê inglês, sugiro o livro TOOLS, do psiquiatra Phil Stutz e do psicoterapeuta Barry Michelsharlie R. Ambos deram uma entrevista recente no programa Charlie Rose. Gostei e fui pesquisar sobre o livro, acho que vale a pena.

E pra quem quiser, Psychology Today
http://www.psychologytoday.com/blog/the-tools

jonas_cg disse...

Sei o que você sente, já tive depressão forte por vários anos e tentei me matar muitas vezes. Ainda bem que não consegui!
É muito complicado lutar contra esses sentimentos, mas vale a pena viu?
Acho que todo mundo já falou o que você precisa no momento: ajuda psicológica, e olha, ajuda mesmo! Me ajudou bastante! E quando melhorar sempre se vigie, pois ela pode voltar, e às vezes pior...
Desejo toda a sorte pra você e tenha certeza que ainda não é o fim, você ainda terá muitos momentos felizes se você se der essa chance.

Abraços

Anônimo disse...

entendo sim... qdo se trata de copo pela metade, a visão é outra e o entendimento tb... tô nessa!

Lala disse...

Meu pai tem 4 filhas lindas, mas todas com alta baixa auto-estima. Nunca entendemos bem o porquê disso. Cada uma tem um motivo bem diferente da outra. Todas com um grande potencial de ser feliz, mas sempre se sentindo por baixo. A boa notícia é que chegando os 30 estamos nos saindo muito bem na tarefa de se conhecer, aceitar e amar, mudando esse quadro.

Eu tive um início de adolescência muito triste, com um problema de saúde que me abalou muito. Fora a dor física constante, tive que crescer com a dor de não ser "normal". Pensei em suicídio muitas vezes, mas sempre fui uma medrosa. (sabia onde meu pai guardava a arma, morava no 5º andar – tal qual a música – , sabia que chumbinho pode não ser eficiente. Rs)

Só no início da faculdade encontrei aquele com quem me casei. Ele foi a primeira pessoa que eu falei de toda a minha dor, e ele suportou e compartilha comigo o peso que eu levo. Foi conversando com ele, refletindo sobre o que fiz e o que tenho que fui melhorando...
Ainda na faculdade, meu tio que era muito querido por todos morreu de câncer e meu avô veio a falecer um ano depois. Foram dois baques. Passei a refletir sobre o que meu avô costumava dizer: “quem não vive para servir, não serve para viver”. Isso me levou ao pensamento de que nessa vida precisamos ser úteis, ter planos e não viver para si, somente. E como todos meus avôs diziam: “cabeça vazia é oficina do diabo”. Outro pensamento do vovô era: “a vida é boa alegre”.
Essas frases bobas e a ajuda do meu marido mudaram minha vida.

Algumas pessoas precisam de um psicólogo. Recomendo fortemente. Mas outras não conseguem achar ajuda nesse expediente. O importante é ter alguém com quem você possa partilhar esses momentos e pensamentos.
Tentamos poupar a quem amamos desses pensamentos, de quando estamos tristes e desapontados. Acabamos por afastar justamente as pessoas que amamos e que estão aptas a nos ajudar.
O sentido da vida cada um que dá. Não existe felicidade eterna, mas como diz uma cartinha que recebi da minha avó depois que casei, há momentos felizes os quais devemos guardar e seguir em frente, não nos deixar amarrar pelas coisas tristes. Preencha sua vida e seu tempo com coisas frutíferas, saiba apreciar e compartilhar o intercurso da vida e do que você se propõe a fazer.

Anônimo disse...

Procure tomar remédios para dormir. Eles são como a morte, mas são temporários. Isso alivia a sensação de querer e precisar morrer por um tempo. Quando acordar tome sol e coma alguma coisa, ficar desnutrido deprime. É o que eu fiz por dois anos da minha vida. Não ajuda a melhorar mas evita a morte.

Quando sentir alguma força, procure um amigo. Diga-lhe que não quer falar se não quiser. Peça a ele que procure ajuda médica. Mas se prepare, muitos psicólogos e psiquiatras são crentes e nos falam bobagens. Não desista se o primeiro for assim, simplesmente procure outro.

Estimo melhoras, Barbara.

Anônimo disse...

Depressão nem cura; a gente tem de aprender a lidar com ela. Um bom antídoto é "O Fio de Navalha", romance de Somerset Maugham; e duas versões no cinema: em preto e branco com Tyrone Power e depois, a cores, com aquele ator que fez "Perdido na Tradução". E ouvir LaLa Brooks tb é uma boa pedida (eu a descobri recentemente, mas já conhecia o grande sucesso "Then he kissed me" e mais algum outro que sempre toca em algum programa de rádio.
http://www.youtube.com/watch?v=lk6C2obSDCQ

LaLa (Dolores) Brooks estourou nas paradas americanas há coisa de sei lá... 45 ou 50 anos... aos 15 anos com "Then he kissed me"- acho muito sexy... é mestiça de pai negro e mãe índia (nativa americana) e ainda dá shows.

http://www.facebook.com/pages/La-La-Brooks/132764673447464
ela poderia usar peruca de cabelo liso, pelo lado da mãe... mas optou pelo cabelo enrolado, pela mistura com sangue negro.

LaLa Brooks não cura depressão, mas ouvi-la e vê-la ajuda um bocado na lida com o trem....

Fábio disse...

rir e o melhor remedio, aprender a rir de si mesmo...e um antibiotico kkk, não se leve tão a serio, veja a vida como um grande palco, no fm das contas ninguem sai vivo daqui mesmo, então sorria, pelo maior tempo possivel (^-^)

Anônimo disse...

esse é pra LoLa (e pra quem mais quiser)
http://www.youtube.com/watch?v=6yEbpi_X1Qg&feature=related

Unknown disse...

Parte 1:
Em 1996 eu entrei numa forte crise de depressão. Eu estava com 19 pra 20 anos e me aproximando da metade do curso de Direito. O estopim da minha crise foi ter percebido que, sendo patologicamente tímido, não conseguiria trabalhar na área em que estava me graduando nem em nenhuma outra. Apesar de já estar com 19 anos, eu não conseguia fazer nada sozinho. Tinha horror a atender o telefone porque confundiam minha voz com a da minha mãe. Só saía de casa ou pra ir à universidade ou ao curso de inglês. Até quando ia a médicos com frequência minha mãe me acompanhava, pois eu preferia que ela falasse por mim. Nem minhas cuecas eu conseguia comprar, a não ser que fosse em lojas de departamento ou em supermercados, pois nesses lugares não é preciso falar com um vendedor pra fazer uma compra. Minha timidez exagerada tinha como uma das razões de ser minha homossexualidade. Sofria muito por ser gay. Fazia de tudo pra passar despercebido, mas, por ser tímido demais, acaba gerando um efeito reverso. Meu maior desejo era ser invisível. Pouco saía de casa, como já falei, e não tinha amigos ou amigas. Vivia dentro de casa. Meu momento de lazer mais frequente era ir ao supermercado com minha mãe e meu irmão mais velho. Quando a depressão surgiu vieram com ela pensamentos suicidas. Felizmente eu nunca tentei. Mas sempre me vinha o pensamento de me depilar inteiro, eliminando todos os pelos do meu corpo. Encher o banheiro de um hotel de velas. Me deitar numa banheira repleta de álcool. Me embriagar e também tomar remédios para dormir. Minha esperança era a de adormecer e de que alguma das velas acesas no banheiro, próximas à banheira, provocassem um incêndio que acabasse com todo e qualquer vestígio do meu corpo. Mas eu tinha muito medo de arrepender. E também tinha medo de o incêndio atingir outras pessoas que não tivessem nada a ver com minha fase de pane psicológica. Também pensava na minha mãe e no meu irmão mais velhos, as únicas pessoas que eu amava. Além de todos esses entraves à execução dos meus pensamentos suicidas, comecei a procurar ajuda. Tomei florais de Bach, de Minas, do Alasca, da Califórnia. Comecei a fazer meditações do Osho (Rajneesh).

Unknown disse...

Parte 2:
Comecei a andar de bicicleta, vários quilômetros por dia. Era obeso e emagreci uns 24kg em um ano. Também comecei a fazer terapia cognitivo-comportamental. Fui a uma astróloga, que me disse coisas muito interessantes na época. Fiz tanta coisa que, hoje, nem sei dizer o que de fato me ajudou. Minha recuperação foi lenta. Pouco a pouco fui desenvolvendo meu empoderamento (palavra que aprendi aqui no blog da Lola). Com 19 anos fui pela 1ª vez sozinho a um restaurante. Eu suava horrores só pra chamar o garçom. Comecei a fazer minhas sozinho, ir a médicos, entrar em lojas pra eu mesmo comprar minhas roupas. Com 22 anos fiz minha 1ª viagem sozinho. Na época morava em Aracaju e viajei sozinho pra Salvador, uma viagem de 4h de ônibus que me pareceu então muito maior do que era (e realmente foi, para mim, naquele tempo). Nessa viagem fiz sexo pela 1ª vez. Com um homem, é claro. A pele dos meus lábios era tão fina que começou a sair. Eu nunca tinha beijado ninguém na boca e os beijos fizeram meus lábios despelar. Como não sabia separar sexo de sentimento, voltei pra Aracaju apaixonado pelo meu 1º "fica". Que não me deu bola. Nosso trato não incluía romance, só sexo mesmo. Sofri horrores. Hoje rio comigo mesmo daquele tamanho sofrimento. Com 24 anos me formei em Direito. Por causa da depressão, acabei me atrasando 1 ano na universidade. Mas hoje em dia percebo que esse atraso não me fez diferença. A vida profissional parece o trânsito de uma cidade grande. Quem ficou pra trás acaba encontrando num semáforo mais à frente o apressado que passou por você lá atrás. Com 28 anos passei no meu 1º concurso. Comecei a trabalhar... Vivi tanta coisa boa depois da crise de 1996. Sofri muito. Não porque o mundo seja um monstro ou a vida seja cruel. Nada disso. Percebi que era eu quem estava pouco adaptado ao mundo e à vida. Morria de chorar quando ouvia os Caymmis cantar: "O que dói profundamente, é saber que infelizmente, a vida é aquilo que a gente não quer...". O problema estava comigo, não fora de mim. Hoje acho, acho não, tenho certeza, de que o suicídio é um desperdício de tudo de bom que é possível viver. Atualmente me considero uma pessoa feliz. Tenho um trabalho razoável, um "namorido" com quem estou há quase 3 anos e com quem pretendo me casar no ano que vem. Daqui a alguns anos pretendemos adotar uma criança. A homossexualidade já não me atormenta mais, embora a homofobia sim. Já não tenho recaídas depressiva já faz alguns anos. Uma coisa boa de já ter tido depressão é que, se eu tiver de novo, já sei mais ou menos o que fazer. Ajuda profissional, nos casos mais graves, é fundamental. Você disse que gosta de natureza. Talvez goste de animais. Já pensou em fazer algum trabalho voluntário numa instituição que cuide de animais? Encontrar uma vocação no bem, seja cuidando de animais, seja cuidando de pessoas que precisem de algum tipo de ajuda, seja fazendo qualquer outra coisa que sirva de ponte entre o desencanto e a vida também ajuda muito.

Vanessa L. disse...

A,
Vou falar da forma como eu percebo a minha depressão, não quer dizer que o seu caso ou de outras pessoas seja assim também, ok?
Eu tive depressão durante toda a minha adolescência. É algo muito difícil de superar mesmo, e imagino que depois de 14 anos você esteja cansada de viver assim. Antidepressivos nunca funcionaram comigo também. A terapia ajudou a segurar as pontas, mas o que eu vejo no MEU caso, é que eu precisava deixar a minha depressão ter o tempo dela. Ela aconteceu, seguiu, e aí chegou uma hora em que ela acabou. Chegou um momento que eu achei que tinha chegado no meu limite, não tinha como eu piorar, e eu não ia me matar. Então eu vi que queria continuar vivendo, e queria mudar. Acho que uma parte de mim gostava de se sentir triste e de se punir com pensamentos ruins, e foi necessário um longo período para eu abrir mão disso para conseguir ser feliz. E aí quando eu decidi isso, quando eu vi que não queria mais ser aquela pessoa, tudo na minha vida mudou e a terapia passou a ser de fato efetiva. E agora eu sou uma pessoa feliz. A vida não é perfeita, como eu achava que seria depois da depressão, mas é algo muito bom de ser vivido. Hoje eu sinto prazer em existir.

O que eu te aconselho:
-Encontrar algo que vc goste e fazer isso com frequência. Não precisa ser algo que você adore, mas algo que você goste um pouco, algo que te dê prazer. Pode ser algo bem tolo, uma música, uma comida. Isso vai tornar seus dias menos duros. Você disse que gosta de natureza, compre uma platinha, vá para parques, veja as árvores do seu bairro.
-Busque apoio nas pessoas a sua volta. Muita gente se afasta quando alguém está deprimido, mas sempre temos amigos que continuam ao nosso lado, não importa o que ocorra. Ou então, você pode buscar pessoas que estejam vivendo algo parecido, assim verá que não está sozinha.
-Fazer terapia, se você ainda não faz. Hoje sou estudante de psicologia e gosto da psicanálise :)
-Tem um livro chamado "O tempo e o cão", da psicanalista Maria Rita Kehl, que é muito bom e eu realmente recomendo. Ela explica como a depressão se tornou o sintoma social da nossa época. Isso vai te ajudar a entender que o seu problema não é só seu, mas de toda a nossa sociedade, e como a depressão se caracteriza. Queria ter lido esse livro quando eu tinha depressão, acho que teria me ajudado muito.

Te desejo muita força!

Fernando Borges disse...

Eu não sofro de depressão ou algo relacionado, mas gostei muito do post e também dos comentários.

É muito interessante ler os desabafos, os casos e as pessoas filosofando sobre a vida e a felicidade.

Gostei especialmente do comentário da Aline, principalmente a parte de relaxar um pouco e parar de querer encontrar significado em tudo. Simplesmente deixar fluir.

Também gostei do comentário da Allice, pareceu sincero.

Ah, o comentário do Grão da Noite, em duas partes, também foi bastante interessante. Achei cativante toda a descrição desse processo entre o que me pareceu uma fobia social até a descoberta de que as coisas poderiam ser diferentes.

Bom, eu não sou um avaliador de comentários e me sinto bobo comentando os comentários dos outros, mas é que realmente os achei bonitinhos e honestos.

Ah, achei extremamente fofo o comentário da Sara. Visualizei ela abraçando todo mundo hahaha

Abraços

Abraços

É tudo ilusão de ótica disse...

Busque um coletivo e também novos ares, novos espaços para atuar politicamente, artisticamente, criativamente. Novas etapas na vida, mude de cidade, vá viajar. Fazer nov@s amig@s dentro da estrutura cotidiana em que vc já se encontra e na qual pode estar se sentindo oprimida e entristecida é muito difícil, principalmente quando mal encontramos forças para sair de casa, quando mal entendemos qual o sentido de levantar a cada nova manhã. Busque novos espaços para conhecer novas pessoas que precisarão de nós tanto quanto precisaremos delas. Se você tivesse desistido de sua vida antes de conhecer seu marido, por exemplo, teria deixado de viver coisas boas, então pense que podem existir muitas outras pessoas que você vai conhecer e com quem viverá momentos bons, aprenderá conhecimentos novos, inclusive conhecimentos de vida, sobre como e porque seguir em frente. Você precisa de alguém que te ajude a caminhar em direção aos seus medos, para olha-los de frente e transcende-los... quando pensamos em nos suicidar nosso maior medo é a própria vida. Procure um psicologo ou um psiquiatra que te ajude a caminhar em direção a todas as coisas da vida que vc sente que gostaria de fazer mas não consegue pq acha de antemão que não é boa o suficiente. Vc provavelmente vai descobrir que ao construir o caminho para conseguir as experiencias com que sonha algumas coisas vão dar certo e vc vai se sentir mais motivada a seguir em frente, como um ciclo. Do mesmo modo que existem ciclos de tristeza, também existem ciclos de felicidade. Para mim, quando tive depressão, essa iniciativa de ir em direção ao medo também significou estudar a lógica de cada coisa no mundo que eu identificava como fonte de angustia, justamente para saber o que eu podia fazer para enfrentar isso e modificar a estrutura. Isto porque não era eu indivíduo que era culpad@ por me sentir mal e não me identificar com a realidade desumana na qual me via inserid@. Muitas fontes de tristeza vinham da sociedade. Estudar como funciona o capitalismo, como funciona o ensino bancário, como funciona o machismo, a alienação, o poder da mídia e dos padrões estéticos excludentes, de onde vinha a disputa por poder, etc me ajudou a entender que certos pensamentos ruins na minha mente eram leituras artificiais do real propagadas como um buraco negro que nos rouba nossa capacidade de sermos sujeitos históricos. Procure explicações sobre o porque as coisas que te deixam mal são como são e tente descobrir o que vc pode fazer para mudar isso, ou seja, acredite no poder dos próprios seres humanos de construirem novas propostas de sociedade uma vez que vivem as contradições de sua existencia e decidem que não querem isso para si. Você não é uma folha sendo empurrada pela correnteza, dia após dia. Você possui poder de ação. Antes de desistir da vida porque ela não é como parece que deveria ser, tente muda-la. Não acredite que vc é culpada por não ser feliz com a atual conjuntura. Você não é obrigada a se conformar com nada. Podemos nos indignar, devemos. Mas temos a possibilidade de escolher tentar mudar o que é ruim na vida para podermos colher o que há de bom, antes de desistir da vida e abrir mão de vez de todas as boas experiências que poderíamos ter. Confie nas pessoas que te amam e que não desistem de vc, que querem te ver mesmo quando vc não faz questão de ver ninguém. Não acredite nos pensamentos de que vc não é boa o suficiente para seus sonhos. Somos bons o suficiente para correr atrás dos sonhos sempre, infelizmente as vezes as estruturas nos constrangem e não conseguimos conquista-los, mas somos sujeitos históricos, fazemos nossas histórias ainda que em circunstancias adversas, e fomentando coletivos ao nosso redor podemos nos sentir fortalecidos a tentar mudar as coisas no mundo que nos oprimem, que nos impedem de ser feliz. Vc não está sozinha, procure sempre com quem dialogar. Junt@s somos fortes!

Náy Rocha disse...

Também tive um infância difícil.Era gordinha e sofria bullaing constante. Também sofri abuso sexual e não tinha amigos. A minha adolescência também foi bem desagradável.Também era considerada louca e os meus relacionamentos nunca iam para a frente e só serviam como mais um golpe na minha quase inexistente auto estima. Pensei em me matar duas inúmeras vezes. Como ainda não tinha coragem, ia me matando aos poucos, fazendo coisas que prejudicavam drasticamente a minha saúde. Mas a vida me surpreendeu. Decidi que não queria mais isso para mim, tomei um rumo.Resgatei a minha auto estima, fiz coisas que me deixavam orgulhosa de mim mesmo.Conheci pessoas especiais. A vida me surpreendeu e hoje sou completa e feliz. Assim como a companheira que precisa de ajuda, que acabou sendo muito feliz quando já não esperava mais. O suicídio não vale a pena, pois tudo por ser apenas uma fase, por vezes longa demais, mas que um dia irá passar. Uma amiga minha teve sérios problemas de depressão, tentou o suicídio duas vezes, mas sobreviveu e hoje é uma pessoa feliz. Acredit que vale a pena esperar.

Sara disse...

Eu nunca poderia imaginar que justamente num post q a principio tem um tema tão triste, que eu iria encontrar tantos depoimentos maravilhosos, que riqueza de sentimentos que essas pessoas que não querem a vida tem, eu só posso pedir que não nos deixem o mundo precisa de mais sensibilidade.
Talvez eu esteja sendo egoísta em pedir isso, pq como muitos disseram o sentimento suicida surge do desespero que a dor de viver provoca.
Mas como alguns disseram vale a pena aguentar essa dor, pois ela passa em algum momento.
Tb achei interessante o paralelo que foi traçado entre o cérebro e os demais órgãos, colocando a verdade inquestionável de que o cérebro é apenas mais um órgão que temos, e como todos os outros pode adoecer Tb.
Baseado nisso procurar ajuda de médicos pode trazer alivio, para suportar a dor, até q ela passe.
Só depois de ler todos os depoimentos aqui pude entender melhor, que é de pouco proveito sugerir pra pessoas que estejam passando por uma dor tão forte, que elas tenham animo de ver e aproveitar as belezas q a vida traz, talvez elas se sintam tão incapacitadas que nem levantar da cama consigam.
Mas o q ficou bem claro pra mim Tb, é que embora tenha entendido toda a extensão desse problema, por tudo o que eu li de pessoas que estão passando ou passaram por isso, elas não perdem o discernimento totalmente, conseguem concatenar as ideias e transmitir o que estão sentindo, e só por isso eu peço que enxerguem que o que estão passando não é irreversível, que pode ser uma fase grande ou pequena, mas que com alguma ajuda poderá passar, e que como muitos disseram aqui Tb, poderá trazer surpresas muito boas, se vc for forte e suportar mais um pouco.

lola aronovich disse...

Ô gente, cada comentário lindo aqui, comovente, cheio de vontade de ajudar a A... Obrigada mesmo, vcs são muito especiais. Abraço coletivo em tod@s vcs.

Gabriele disse...

Bom, eu sou psicóloga, me comovi com sua história, e venho reforçar o que a Lola e tantas pessoas muito bem disseram: procure ajuda com um psicólogo. Muitas vezes apenas internações e tratamento medicamentoso, sozinhos, não dão conta do sofrimento, é preciso um espaço para conversar, para se expressar, para elaborar e superar a sua dor. Por favor, também reforço, não tome uma atitude drástica. Pense bem, a sua vida, a sua existência, é um tesouro muito precioso, é a coisa mais preciosa, principalmente para você mesma. Você precisa de ajuda, torço para que você consiga se reerguer. Depressão não é nada fácil, e é justamente por isso que você deve buscar ajuda, não tente carregar tudo isso sozinha. Não falo isso só por ter me formado em psicologia, mas eu mesma sofri muitos anos com fobia social, meu pai era dependente de álcool, minha mãe tinha fases de depressão, entre outros problemas que me fizeram ser triste por muitos anos. Minha terapia pessoal me ajudou bastante, tanto a lidar com meus traumas quanto a olhar para a vida com outros olhos, olhar as oportunidades, ver e investir no que me fazia feliz. Eu acredito que não existe um sentido da vida universal, igual pra todo mundo, mas sim que isso você vai construindo, e a psicoterapia ajuda muito nisso. Espero muito que você fique bem.

liatadaiesky disse...

Oi A,
O seu post me tocou muito... Eu realmente torço para que vc ainda não tenha tomado nenhuma decisão definitiva... Será que não é possível ainda lutar um pouco mais?
Como atéia acredito que só temos esta vida aqui; é isso e pronto, depois que acabou já era... De certo modo isso me ajuda a dar um valor extremo pra vida (mesmo quando ela tá ruim e a dor é tão grande que a gente fica torcendo pra trocar ela por uma dor física, não emocional...). Então a questão é: se só tenho essa oportunidade, não vale apena lutar pra que pelo menos uma parte desse meu tempo seja bom? Se to me sentindo num beco sem saída, será que não posso ir atrás de alguma ajuda que me permita superar nem que seja um mílimetro dessa dor? Será que o nada é mesmo melhor que alguns, porém reais, momentos bons?
As muitas sugestões dadas nos comentários aqui são opções que valem a pena tentar, especialmente a terapia!
Vamos seguir aquela máxima do só por hoje? Não precisa tomar uma decisão pra vida toda, mas tente decidir por exemplo que "só por hoje não vou me machucar"; "só por hoje vou fazer algo que se não me dá prazer, pelo menos não me causa dor"...
Tenha esperança de que assim como vc teve 2 anos bons, outra fase boa ainda está por vir, então lute um pouco mais.
Torço muito por vc!
Um beijo!

Anônimo disse...

O que fazer quando alguém próximo pensa em se matar
maio 13, 2011
por Barbara Mentalez
http://mentalbotox.wordpress.com/2011/05/13/o-que-fazer-quando-alguem-proximo-pensa-em-se-matar/

Cheguei ao assunto acima pela blog aqui... clicando no nick de alguém, uma clicada puxa outra, e dei com a matéria acima. O blog de Barbara Mentalez é www.MentalBotox.wordpress.com

Danizinha disse...

Tenho uma tendência à depressão, desde muito jovem. Talvez por ter, na infância, acompanhado minha mãe, a pessoa que mais amei, morrer de câncer aos poucos sem que alguém me dissesse realmente o que ela tinha. Ou talvez apenas por uma diferença química no cérebro, sei lá. O fato é que sempre fui assim. Cresci, fiz muitas coisas entre as crises, e descobri que volta e meia eu preciso de tratamento. Como aquele hipertenso que controla a pressão arterial, eu controlo a depressão. E quando percebo que está piorando, procuro ajuda.
Já pensei em me matar, sim, mas nunca tive coragem. Ainda bem, porque quando eu saio da crise percebo que teria feito bobagem...
O homem com quem me casei tem uma ótima definição para esses momentos: quando se pensa em se matar, é quando nada mais interessa. Nesse momento, nós podemos tudo! E, por não ter cometido suicídio, ganha- se um "bônus" de vida. Vivamos por ele.

Juliana disse...

Eu também já pensei isso diversas vezes e estive bem próxima de conseguir. Mas dai eu li "o suicida não quer acabar com a vida, quer acabar com a dor que tem dentro de si". Portanto, eu sempre vejo o que está de errado, me causando essa dor, pra poder refletir e mudar minhas atitudes.
Quando a gente muda o pensamento da gente, as coisas também começam a mudar, pois se nos achamos bonitas e demonstramos isso, logo todos irão notar também, mesmo que indiretamente....

lola aronovich disse...

Gente, a A., autora do email, me mandou um outro email agora a pouco. Ela tentou postar a mensagem aqui como anônima, mas a opção "anônimo" estava (está) desabilitada. Reproduzo aqui o que ela escreveu:

"Olá a todos! Eu sou a A. do email. Só vi agora e li tudinho. Nem sei como comentar e principalmente agradecer.
Super comovida aqui! Muitissimo obrigada pelos comentarios totalmente compreensiveis e suportivos. Obrigada especial aos que se deram ao trabalho de me mandar links super úteis. Queria nomear cada um aqui, mas to com preguica, desculpa.
Entao, sim, eu falo e leio ingles, qualquer material recomendado nessa língua é bem vindo. Já imprimi todas as recomendacoes.
O email já tem um tempinho e de lá pra ca já melhorei. sinto muito ter dado preocupacao à queridíssima Lola, eu tenho dessa impulsividade insana.
Já estava sob cuidados médicos na ocasiao, mas mudei de médico e ainda estou a priocura de outro, porque ainda nao dei a sorte de achar um bom; quanto à psicológa, tive duas com as quais comunicava em ingles, e embora fluente nesse idioma, nao o bastante pra expressar meus sentimentos. No momento encontrei uma que entende portugues mas responde em espanhol, ela é mexicana e muito legal, as vezes nao tenho muita certeza se ela entendeu mesmo o que digo, mas como nao tenho outra opcao no momento, vou seguir com essa.
O impulso sjuicida é como muitos bem pontuaram: passa, pode ser que volta mas no momento passou. Obrigada pelo carinho e desejos de melhoras.
Ir para o Brasil nao está nos meu planos, embora ao voltar pudesse ver a terapeuta que muito me ajudou anos atrás, mas minha família embora maravilhosa nao entende depressao e faz tudo pior, com cobrancas de pensamento positivo e convites para ir à igreja pedir oracao, etc.
Muito obrigada1 Fico muito feliz com os relatos de quem superou e desejo de coracao que eu e os que ainda nao o fizeram possamos também um dia ter um relato positivo pra compartilhar.
Abracos"

Anônimo disse...

Bem, agora que tudo tá entrado nos eixos com a A. me permito citar Oscar Wilde em "A única maneira de acabarmos com uma tentação é cedendo à tentação."... acontece que no caso do guest post, ceder à tentação (suicida) não tem retorno... rs... não é como meter chifre no marido, depois se arrepender, perdir perdão, e manter-se fiel forever...

Enfim, querida A., 1/3 da humanidade sofre de depressão e admite; 1/3 sofre e nega; 1/3 sofre e nem se dá conta... come chocolate... rs... brincadeira, LoLa querida. Mas em se tratando de gulodice, o Burger King lançou um arrazzzzoooo daqueles !!!! A sobremesa Bacon Sundae... um sorvetaço com duas tiras de bacon sequinho... uma tira esmigalhada e outra lá inteirona enfiada na taça !!! Exprimentei ontem e retornei pra mais hoje e a moça do caixa disse "Ah! vc gostou, hein?" pois sim, a compoulsiva aqui se fazendo feliz pra dar um chega pra lá à depressão... rs... depois fui tomar uma aulinha de tricô com o Erin, bacharel em produção de cinema, que tricota há 5 anos e faz maravilhas!!! Entre os nomes unissex em inglês, Erin é um deles. Querida A., marque presença aqui vez ou outra, pois nós que aqui frequentamos, apesar das nossas possíveis diferenças, de uma ou outra forma estamos no saco na mesma farinha... Kisses.

Anônimo disse...

vejam meu projeto antidepressivo...

Bubblegum Cowl!
http://fiberflux.blogspot.com/2012/03/free-knitting-patternbubblegum-cowl.html

15USA = 10mm (usado no Brasil)
16 polegadas é o comprimento da agulha de ponta a ponta de cada agulha, incluindo o fio que as une, e isso tem de ser multiplicado por 2,54cm pra saber o tamanho da agulha circular no Brasil... essa é uma das inúmeras opções pra lidarmos com a depressão... tri-co-tar Le Tricot!

Phaby disse...

Eu já pensei por uma depressão há 10 anos e quase me matei. O que me segurou foi a ajuda da minha psicóloga, que entre várias idas e vindas, me acompanha até hoje.
Ano passado a minha mãe descobriu um câncer e eu tive uma recaída, passei por momentos difíceis e precisei de ajuda profissional de novo. Eu tinha muitos pensamentos recorrentes de morte, as idéias vinham do nada, eu tinha muito medo do que podia acontecer. A psiquiatra, com acompanhamento da minha psicóloga, me tratou com duas medicações, sendo uma delas especial para idéias suicidas. Isso me ajudou muito, depois de uns meses os pensamentos de morte se foram.
O que eu recomendo pra A é buscar ajuda profissional. Não adianta, tem momentos na vida que a gente perde o controle e precisa muito de ajuda. E como já disseram, não é ajuda da família, isso não adianta - o apoio da família é importante - mas o profissional é resolve.

Ângela disse...

A:

Além dos cuidados de sempre (medicação, terapia, etc) eu sugiro estudar canto, algum instrumento e/ou dança. Sem pretensões de resultados artísticos, só por prazer. São atividades que ocupam a cabeça e ajudam a expressar e organizar sentimentos, sem ficar pensando neles. Só não escolha nada muito intimista e melancólico, que esse não é o momento.
Quem sabe... Você tenta aí que eu tento aqui, ok? ;)
Beijos e boa sorte.

Ângela

Gabriel Nantes de Abreu disse...

Passei por isso e superei alimentando vicios como video-game, doces e revistas em quadrinhos. Não siga meu exemplo procure um profissional antes que seja tarde como foi pra mim!

Marina Matozinhos disse...

Olá querida, antes de mais nada, procure uma psicologa, ela vai saber te tratar como a verdadeira princesa que você é. Sim, você é uma princesa, linda e importante. Você não é só mais uma no mundo, você é especial e merece toda felicidade do mundo! Pelo fato de ter pedido pra não falar sobre religião etc, não falarei pois respeito suas vontades. Enfim, beijoos e boa sorte :D

Graziele Zahara disse...

A. tenha sempre um projeto ou mini projeto para concluir naquele dia ou naquela semana. Aos poucos os seus projetos ficam maiores e mais elaborados... falo de projetos pq todos precisamos deles para dar sentido a vida. Posso imaginar o que você está sentindo: uma dor tão grande que dá vontade de tirá-la com a própria mão. Tbm odeio os papinhos religiosos e o tal do "pensamento positivo" pra tudo. Pensamento positivo é o caralho, quero ser feliz agora!!! Tenho urgência de viver!!!! Mas A. procure mesmo um profissional, teste vários até encontrar aquele com o qual vc sentirá empatia, pois nada se compara ao profissional. As vezes a família e os amigos só sabem dizer que tudo vai dar certo ou a apontar soluções para seu problema, eles não fazem por mal, pelo contrário, fazem na melhor das intenções. Mas nessas horas o que menos queremos escutar são soluções prontas ou "vai dar certo". Eu compreendo seu sofrimento, mas também não posso te ajudar. Algumas pessoas resolvem a tristeza aguda com atividade física, ou comendo muito abacaxi, ou trocando de pílula anticoncepcional, ou hormônios, blá blá blá... enfim, a gente tenta de tudo e as vezes parece que só não funciona com a gente... Mesmo que uma hora funcione. Estou torcendo muito... se te ajudar, também estou sofrendo um pouquinho por você. Fica bem! sinta-se abraçada!

Diva disse...

Tentei me matar com 15 anos de idade, tomando um inseticida em pó que vinha em um saquinho amarelo. Passei mal pra caramba, fui levada ao hospital e to aqui contando a história, sem sequelas. O médico ainda tirou um sarro comigo: "Amiga, se quiser morrer logo vc tem que tomar [....]" (falou o nome do que era tiro certo).

Na época minha atitude tinha um contexto que hoje, quase quarentinha nas costas, me parece totalmente absurdo. Naquele tempo não e dar um rage quit da vida fazia todo sentido para mim.

Muitos anos depois, já casada e tudo mais, voltei a ter vontade de me matar mas obviamente não concretizei nada. Ficava olhando a janela do meu apartamento e pensando se eu morreria mesmo caso pulasse, porque o medo de ficar inválida era muito maior. Pensava no meu marido, no trabalho que daria para as pessoas recolherem meus cacos na rua, como eu poderia me matar sem incomodar ninguém... daí se vê que não era um real sentimento de morte, porque quando a coisa chega nesse ponto a última coisa na qual você pensa é nos outros. Daí para a síndrome do pânico foi um pulo. Busquei ajuda, me tratei e hoje em dia não tomo mais antidepressivos, to realmente bem já tem vários anos.

A superação do sentimento suicida veio quando as coisas que me faziam querer morrer foram afastadas da minha vida. Coisas minhas, insatisfação comigo mesma. Nada disso tinha causa externa, tudo vinha de dentro, por mais que eu dissesse que não.

Como eu falo muito abertamente sobre isso fora da internet também, já vieram dividir esse tipo de angústia inconfessável comigo e sou sincera: acho que as pessoas têm sim direito de tirarem a própria vida pelo motivo que quiserem. Não vejo o menor sentido em condenar a si mesmo a uma existência miserável. Não julgo e cada um sabe direitinho onde e quanto o próprio calo aperta, para mim é um ato não necessariamente desesperado - até porque leva-se um bom tempo pensando nele até chegar às vias de fato - mas enquanto se está no campo da dúvida, ou seja, do morrer ou não, ainda existe algo que possa ser feito, vai da pessoa querer fazer ou não. Existe terapia (que pode ou não funcionar) e vale aquele conselho bom que toda mãe dá: na dúvida, é melhor não fazer. Em se tratando de suicídio, esse é um conselho mais do que prudente. Se não existe mais a dúvida, aí a conversa muda completamente e de verdade, respeito isso também.

Só saí dessa quando olhei para dentro de mim e encontrei tudo o que me fazia ter vontade de morrer e os meios para afastar isso da minha vida. Não foi fácil, mas deu certo. Para outras pessoas, infelizmente, o buraco é mais embaixo. Não existe solução coletiva para a vontade de morrer.

Boa sorte, A.

natalia disse...

Olha, não sei o que é depressão, pois o máximo que já senti foi tristeza, decepção. Por isso, quanto a este aspecto, dou a mesma sugestão: procure psicólogos, psiquiatras, o que for necessário.
Não posso deixar de comentar com você o filme Luzes da Ribalta: nele, uma bailarina quer se matar, pois suas pernas já não lhe permitem dançar. O personagem interpretado por Charles Chaplin salva a moça. Esta lhe pergunta por que a salvou. Ele responde: Por que a pressa?
Para mim, esta resposta foi de grande sabedoria, pois para que apressar o único evento que temos certeza que vai nos acometer um dia?
Reflita sobre isso, talvez lhe ajude.

Amanda Diaz disse...

QUERIDA A.,

ME SENTI COMO SE EU MESMA ESTIVESSE ESCRITO ESSE TEXTO, E CONFESSO QUE DESABEI A CHORAR.

EU SEI EXATAMENTE COMO É. E TAMBÉM TENHO PENSANDO SERIAMENTE SOBRE SUICÍDIO. EU TAMBÉM NÃO SEI MAIS O QUE FAZER, É UMA DOR INFINITA. OS ANTI-DEPRESSIVOS TAMBÉM NÃO ME AJUDAM MUITO, TAMBÉM FUI DIAGNOSTICADA COMO BORDERLINE, ENFIM. ESTOU FAZENDO TERAPIA, TEM ME AJUDADO BASTANTE A ME CONTROLAR E ACHO QUE ESTOU MELHORANDO AOS POUCOS. MAS NÃO SEI SE ISSO VAI PASSAR. TALVEZ EU SÓ APRENDA A TER MAIS PACIÊNCIA PRA ESPERAR OS ANOS PASSAREM.

EU TENHO APRENDIDO ALGUMAS COISAS COM A TERAPIA E COM A VIDA TAMBÉM. SE QUISER UMA AMIGA, SE QUISER COMPARTILHAR EXPERIENCIAS OU SÓ DESABAFAR, PODE ME PROCURAR, SERÁ UM PRAZER.

amanda.sd@hotmail.com

CIENCIA HISTÓRIA ARQUEOLOGIA RELIGIAO disse...

Eu li tudo e apenas entrei para fazer uma observação impecável sobre o tempo que a pessoa de nick LisAnaHD disse...,[ esta pessoa conseguiu se diverir em meio a postagens de vida ou morte!? vem para postar de forma totalmente avessa ao comportamento adulto das outras pessoas; Parece que tem um certo sadismo nas colocações. Mas como a vida é feita de todo tipo de gente. Fica a opinião sobre os testemunhos. Tudo o que escreveram é rico para quem ainda pode ajudar alguém que já tentou ou deseja tirar a vida. Mesmo sendo químico ou de outra ordem. Semana passada uma prima que já havia tentado pulou do 12 andar. A família nunca deve ter tido interesse em ler na rede tanta informação. O problema da família é tentar falar tudo o que aqui disseram, chatices para quem tem um foco. O depressivo não tem a cabeça boa para pensar na vida como quem não é depressivo, e os chatos acham que mandar comprar roupa nova, sair para dar uma volta ou encher a pessoa com uma lista de sugestões é ajuda. Ajuda é tomar todas as medidas possíveis para cercar a pessoa em um ambiente saudável e que transmita segurança e tolerância. O grau de cada um é diferente. No caso da minha prima eu acho que faltou sabedoria da família, em tudo que ela não dava conta até a psicologa mandou a família mandar ela fazer sozinha. Tipo ela não conseguia manter o apartamento arrumado aos 56 anos, e a família qdo ela ficava internada ia lá e deixava brilhando, ela voltava e ficava super feliz, então penso que deveriam de sempre fazer. Ela morava sozinha. Como foi dito em muitos sites, estas pessoas não devem morar em prédios altos.Ela tinha um histórico peculiar e acho que nunca ninguém conseguiu libertar ela de algum trauma ou situação enfocada aqui como uma dor INTERNA. Aos que pensaram ou tentaram e aqui estão pelo que aprendi, quando a coisa vem tem que buscar ler e ler e ler e até se internar. Ser sozinho e com uma tentação dessas deve ser altamente complicado.
Obrigada.

Anônimo disse...

Olá A.
Já tive muitos pensamentos suicidas, desde criança. Já fui internado e em menos de um ano tive 4 surtos. Você disse que gostaria que pessoas que superaram esse sentimento compartilhassem algo com voce. Não vou disser que superei completamente, pq a depressão, ao que me parece, é uma eterna luta.
A unica coisa que posso fazer é contar um pouco da minha experiência, cada pessoa é um caso..
A maioria das pessoas te dizem para procurar a ajudar de um profissional. Se voce nunca fez terapia, eu também sugiro que tente.
No meu caso nunca ajudou. Já fiz terapias três e nenhuma delas me ajudou. Depende da pessoa.
O que sempre me ajudou: a arte. Sou estudante de música e é oq me da força pra viver. Acho que sem a música eu já nao estaria mais aqui.
Mas não só a música, a literatura, artes visuais, teatro, cinema.. Procure livros que te inspiram.. se um nao deu, procure outro.
Você já tentou pintar um quadro? Tocar um instrumento? Escrever um poema? Não me diga que voce nao tem talento. Voce pode procurar um professor de musica ou artes, se vc nao se der bem é muito provavel que ele nao seja um bom professor, procure outro. Insista, mesmo sem vontade no começo. Mas depende de voce, estou apenas dizendo o que me ajuda muito..
Yoga também sempre me ajudou. Voce já praticou alguma vez?
Voce disse que nao queria referencia religiosa, mas disse para partilhar algo que ajudou a superar um sentimento suicida. Então, me desculpe, mas tenho que falar. Eu não tenho religião, nunca tive. Mas tenho um interesse no budismo e taoismo.. se voce nao conhece, procure conhecer antes de ter uma opinião, nem todas as religiões são iguais, se vc tiver uma abertura pode ser uma experiencia muito boa, mas não é o unico caminho (nunca existe apenas um caminho..).
Enfim, falei de coisas que me ajudam a viver. Música, literatura, cinema, artes, filosofia, yoga, budismo, uma boa comida, uma boa conversa..
Se quiser conversar, pode me mandar um email: glaucomarini@gmail.com

luiz eugenio vilain disse...

ola, estou aqui a procura de soluções para poder viver há vida, meu nome é luiz vilain, eu cometi 7 tentativas de suicidio, nas qual 4 entrei em coma, há mais recente foi em junho de 2010,usei uma corda forte, mais não tive ezito alguem me encontrou e cortou a corda, mais fiquei em coma por mais de 20 dias, eu não entendo minha vida,não faso mal pra niguem, só pra mim,vivo só, minha familia me abandonaram ,não tenho amigos, não bebo não uso drogas, tenho sim depresão a 20 anos, estou sempre me tratando,eu acho que meu corpo esta aqui na terra, mais meu espirito, esta condenado la no inferno,porque nada mais da certo na minha vida, peso perdão a DEUS todos os dias, mais niguem me escuta, eu não sei mais o que fazer da minha vida, se tem alguem que posa me ajudar, por favor me ajudam , muito obrigado, meu e-mail é lvilanin@hotmail.com , luiz vilain, nacido em 14/04/1962.

Gaty disse...

Acredito que há solução para esses sentimentos suicidas.

1)NÃO TER PENA DE VOCÊ MESMO, ele fez isso comigo, nimguém eu quer ficar comigo, PARA CO ISSSO;

2)APRENDER A SE AMAR e adar valor a quem é(olhar no espelho e dizer eu sou linda ou lindo, pois sou unica, e especial, o defeito do meu pé é oque faz eu ser especial...);

3)MUDAR A VISÃO DO SUICÍDIO, não coloca-lo como o fim dos seu sofrimento, mais como a derrota, que você nasceu e perdeu a grande maratona da vida desistiu antes de chegar ao fim;

4) AJUDAR OUTRAS PESSOAS, faça trabalhos voluntários em creches hospitais, delegacias, estude, jogue cartas com os velhinhos na praça, sem ligar se ligar o que as outras pessoas vão pensar do seu trabalho, mais sim ter a certeza que fez o melhor que pode.

Raquel Lemos

Max disse...

Boa tarde gente. Eu sempre leio vários blogs esporadicamente, mas nunca me dou ao trabalho de comentar em algum deles. Este particularmente me chama a atenção por sua importância, mais do que o blog e o post em si, os comentários! Parabéns à todos aos que com palavras tentam amenizar a dor de pessoas desconhecidas, apenas por pensarem saber do quão doloroso isso tudo pode ser. Essa empatia é raríssima, sempre foi! Não estou em um dos meus melhores dias, tanto pq esse é o motivo da minha visita, mas ao ler todos os comentários eu senti cada palavra! Me fez um pouco melhor e sinceramente espero que faça muitas pessoas, em especial a A. Durante minha vida sempre mascarei a infelicidade com bom humor social, mas diversas vezes tive pensamentos suicidas, mesmo com ótima família, a qual nem imagina dessas situações, possíveis amizades na qual eu desconsiderava por minha falta de confiança nas pessoas, ótimos empregos com ótimos salários, mas sempre sozinho, tive namoradas incríveis até que a última me decepcionou e me fez perder ainda mais a confiança nas pessoas. Até então estou sozinho novamente, talvez por escolha mesmo, mas o sentimento da solidão é prazeroso e aterrorizante ao mesmo tempo. A depressão começa a chegar e lido com ela com inteligencia, talvez, para não abusar das minhas vontades. Enfim... o meu comentário na verdade está direcionado aos que compartilham de boa fé em sentimentos alheios! Sem papo de religião extremista, mas por apenas saber o que é fazer o bem real!

Rafael disse...

Eu já passei por um período de Depressão forte,com até tentativa de suicídio.Ficando um tempo internado em um Hospital Psiquiátrico.Isso já faz 2 anos.
De vez em quando tenho algumas crises de muito choro, de pensamentos suicidas.Eu sou uma pessoa tímida e fraca,me machuco fácil com o que as pessoas falam e fazem contra mim. Me dando crises.
Se alguém quiser dar algum coselho ou coisa parecida, vai ser de grande ajuda!

Anônimo disse...

Eu tenho pensamentos suicida ja tentei se matar não consegui tenho 23 anos não consigo ficar em emprego bastante tempo
Nunca tive namorada de uns tempo para ka
consigo ficar trancado no quarto so consigo ficar feliz quando estou bebendo mas qd acordo no outro dia piora ainda mas
N consigo ter amizades e se relacionar com ninguém sou muito timido.
TeNho dúvidas sobre minha masculino.
Minha alto estima e muito baixo
Não consigo tirar da minha mente que preciso dos outros para ser feliz
Ja procurei psicologo mas nao consegui falar o que me deixa assim.
Mas tenho fé que um dia posso melhorar
Pq se piorar acho que nao vou aguentar.

Anônimo disse...

Olá
Bom, sei que talvez meu comentário vai ser só mais um q vai ser perde em outros muitos, mas, queria dizer, a depressão é algo terrível, muitas pessoas estão fazendo isso nesse exato momento, meu sonho é poder ajudar todas, mas sei que seria bem complicado de realizar isso.
As pessoas estão cansada de tudo, da vida das pessoas, e acham q a morte é a única solução, muitas vezes são algos simples entendi? Mas que tem algum pequeno obstáculo atrapalhando, sei que muitos querem morre por não aguenta tanto as coisas, por está doendo muito, machucando seu coração, saiba vocês que não são os únicos que estão passando por isso, algumas pessoas tem algo ou alguém que os mantém de pé, como se fosse uma base, pq se ela sair ela cai, e seu mundo desaba, me desculpa as vezes só queria me abri, e então foi isso .. =] .

menina de sonhos disse...

Boa noite! Meu marido está com uma grave depressão e fortes pensamentos suicidas,vc conseguiu eliminar? Preciso de ajuda!!!! Obg

Unknown disse...

Olá vou deixar minha história aki de forma resumida
Tentei suicido três vezes
Primeira com arma de fogo não deu certo e eu foi proibido de trabalhar armado
Segunda vez eu arrumei um serviço temporário em uma indústria e trabalhava em altura então me joguei de um altura de 8 metros, o pessoal da fábrica chamou o samu mas antes deles chegar me levantei apenas com um corte no queixo.
Terceira vez após o episódio anterior fui ao médico pra ver essa tristeza e desanimo que sinto então ele me receitou rivotril e diazepam, durante uma semana tomei normal seguindo a receita mas um dia surtei e usei o remedio para tentar novamente o suicídio fiz o coquetel e tomei dessa vez quase deu certo mas meu sobrinho chamou os bombeiros e eles me salvou segundo meus familiares eles usaram o desfibrilador e eu acordei.
Cinceramente eu não me lembro, sofro com essa vontade de morrer a 4 anos um desanimo tremendo e cruel que me fez perder emprego Família e amigos.
Muitas pessoas após esses episódios me julgaram dizendo que eu era fraco ,egoísta ,que não tinha coragem de enfrentar a vida,pra eu ler a Bíblia e etc.....
Eu não sei o motivo de eu estar assim mas é algo forte e incontrolável
Recentemente eu fui ao psiquiatra e dei início a um tratamento fui diagnosticado depressão severa.
Isso foi só um desabafo Obrigado

Unknown disse...

Olá querida!
Não faça isso não! Vai jogar sua vida fora e quem vai ganhar com isso é o diabo.Te aconselho e recomendo a vc participar da reuniao de libertação as sextas feiras na universal mais proxima de vc. Eu estou participando e estou conseguindo vencer esses pensanentos ruins. Jesus pode lhe curar e libertar desse desejo suicida,o que nenhum psicologo pode fazer. Lhe passo um link tambem,o pastor online,vc pode conversar com um pastor que vai lhe orientar sobre isso e até fazer uma oração. Ajuda mesmo.

Anônimo disse...

eii vcque esta pensando em se matar ,nao faça isso , não sei sua situação mas se precisar de alguém para desabafar ou ate mesmo um amigo estarei aqui chama no whats 011 945443687 . N sei sua situação mas sofro com isso e resulvi que isso não vai me vencer eu estou tentando ,tente tbm ,se precisar de qualquer coisa ou ir se matar primeiro me liga manda MSG mas não faça isso por favor ,OK :)

Anônimo disse...

- Eu Não VivO Mais Pra Ser Feliz Apenas Para Não Deixa Ninguém Triste Oque Eu SintO Ninguém intendi So Julgam As Vezes Mim Pergunto Pq Não Coloquei Oh Basta Na Minha Vida ' Eu Responde POr Causa Da Minha Mãe ? ( Não Não Eh Por Ella Pq Ella Tem Mais Três Filhos Ir Um tempo ela Supera ) Por Causa Do Seu Namorado ? ( Sim ' Eh Por Causa Delle Pois Os Únicos Momentos Quií Não TenhO PesamentO Suicida Eh Cm Elle ' As vezes eu me pergunto se a culpa do que está acontecendo é única e exclusivamente minha. Talvez sou eu que ponho confiança, intensidade nas coisas. Meu tombo foi tão alto e tão dolorido que eu não consigo nem disfarçar a minha dor (e olha que isso era uma das minhas melhores habilidades). Eu nem consigo fazer as pessoas sorrirem que era o que eu mais amava em mim. Eu me sinto destruída, sem ânimo, sem motivação. Tenho vontade de me isolar de tudo e de todos, não quero que sintam pena de mim, pois não vai resolver nada, não quero que me deem conselhos, pois não tenho força para segui-los, só quero me isolar, me machucar até aprender que jamais se deve criar expectativas em relação a qualquer pessoa.”����

Rafael Luz Arquiteto disse...

Gostaria de conversar com alguém que tenha tentado suicídio e tenha desistido dessa idéia. Eu tenho depressão há 20 anos, não sinto vontade de viver há muito tempo e depois de uma separação consigo nem respirar. Tenho dois contatos no Skype, um é o cvv e o outro é o cara que vende a medicação pra eu tirar minha vida, o tal nembutal. Pensando com muita frieza seria o melhor a fazer pois continuar como um morto vivo é só entender o sofrimento. Por outro lado a idéia de trazer tristeza para meus pais e sobrinho ainda me impedem de cometer tal ato. Mas até quando isso vai me impedir... Tomo muitos remédios pra dormir e as vezes não consigo raciocinar... Um dia vou acabar fazendo sem nem me dar conta. As vezes não sei onde estou...

Rafael Luz Arquiteto disse...

*extender o sofrimento

Anônimo disse...

Estou passando por isso nesse momento, quando olho para trás o que vejo é só desperdício de vida, e quando olho para frente, o que vejo é só ilusão, sinceramente, Deus não existe, fé é um vírus altamente prejudigital a humanidade, já procurei tudo, e não achei solução. Não sei o que fazer. ..

Anônimo disse...

Estou passando por isso nesse momento, quando olho para trás o que vejo é só desperdício de vida, e quando olho para frente, o que vejo é só ilusão, sinceramente, Deus não existe, fé é um vírus altamente prejudigital a humanidade, já procurei tudo, e não achei solução. Não sei o que fazer. ..

Anônimo disse...

Boa tarde! Desde meus 4 ou 5 anos de idade até mais ou menos 20 anos lutei contra desesperos suicidas, crises horríveis que duravam horas. Fui vítima de maus tratos desde a infância até a adolescência, recebia sessões quase que diárias de espantamento, algumas pancadas tiravam sangue. Faltava às aulas de Educação Física para as outras crianças não rirem dos hematomas e marcas de pancadas que recebia de minha mãe. Eu tinha todos os motivos do mundo para querer estar morta, era criança, estava desesperada, pois a pessoa que deveria me amar, quase me matava de tanto bater sem eu fazer nada. As crises de desejo de suicídio continuaram vindo mesmo depois que as pancadas cessaram aos meus 13 anos, pois continuava a tortura psicológica. Com 20 anos pedi ajuda espiritual em uma instituição religiosa e as crises de desejo de suicídio pararam na mesma semana. Sou muito grata por isso. Nem na adolescência, eu não sabia que podia pedir ajuda, porque pancadas em crianças era algo normal na época, anos 70/80. Graças à Deus hoje é crime. Não existia internet, eu não falava sobre isso com ninguém. Eu não tinha com quem falar, nunca desabafava, guardei aquilo dentro de mim até conhecer um programa de 12 passos que me estimulou a escrever todas as histórias do horror vivido e entregá-las à um ser superior que eu chamo de Deus. Foi só aí que eu parei de chorar por qualquer motivo, eu já tinha 50 anos. Obrigada. Paz e serenidade à todos.

Terapeuta Junior Batista disse...

Procure ajuda:
https://junior-batista-hipnologo-e-hipnoterapeuta.negocio.site

Eu sou a Pa disse...

Queria muito conversar com você

Eu sou a Pa disse...

Desse ano ñ passo