segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

COMUNIDADE DA AGRONOMIA: NOSSO NEGÓCIO É MULHER

Última vez que falo sobre o trote absurdo da Agronomia da UnB, mas é que hoje descobri uns detalhes que queria compartilhar com vocês. Primeiro, vi o vídeo. Sim, claro que veteranos gravaram a “festa da humilhação”. Não vou por o link aqui porque é inexplicável que este vídeo ainda esteja no YouTube (mas é facílimo de encontrar). Só tirei algumas imagens que não mostram a cara das calouras que participaram. Mas o que se vê são várias alunas (bem mais de quatro, ao contrário do que disse a veterana no seu comentário) participando. Algumas aparecem com um sorriso tímido, outras já chegam cabisbaixas. No vídeo não se vê o presidente do Centro Acadêmico vestido de mulher com a faixa presidencial. O que está registrado é ainda mais elaborado, como você pode ver pelas fotos. É um boneco, com a linguiça na altura das calças. A linguiça está coberta com um preservativo, e um rapaz vestido de mulher (acreditem: veteranos se travestiram para rebater a fama homofóbica do curso) comanda a festa, colocando mais leite condensado a cada vez, dizendo pra caloura até onde deve chupar (“Até aqui, viu?”, mostra com o dedo; "Garganta profunda!"), e julgando se a caloura fez ou não direito. Se não fez, afirma: “Vai fazer de novo!”, e coloca mais leite condensado. Enquanto isso, um coro grita hinos como “Ovo, ovo, ovo, vai até o ovo” (mais de 250 estudantes acompanharam o trote). Todas as calouras, depois de cumprida sua obrigação, saem com a cabeça baixa, mostrando ânsia de vômito.
Aí um dos calouros dá uma declaração pra um jornal dizendo: “A brincadeira não tinha cunho sexual”. Imagina se tivesse.
Descobri também que a denúncia partiu das próprias alunas. Foram elas que chamaram a atenção da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República que, por sua vez, pediu explicações à reitoria da UnB. Então não podemos nos guiar por outras alunas que participaram ou, no caso de veteranas, acompanharam o trote e não viram nada de mais. Alunas –- aquelas que não foram forçadas a participar, fizeram porque quiseram (porque claro, né, quem não vai colocar a boca numa linguiça com camisinha e leite condensado que já foi chupada por umas dez bocas diferentes? É o sonho de toda universitária!) -- não gostaram nada da brincadeira. E por isso denunciaram.
Tenho uma explicação pra tentar entender por que o curso de Agronomia, que tem muito mais mulheres que homens, não vê seus trotes como machistas. Encontrei a comunidade da Agronomia - UnB do orkut, que tem 849 membros. Logo em sua primeira página encontra-se este lema:

"Nós somos da agronomia,
Fiéis paus d'agua da putaria

O nosso negócio é cana, mulher e cama toda semana
Arroz se come com feijão

Cachaça se toma com limão
Porém se a pátria amada precisar da Agronomada...

Puta merda que cagada!
"


Um hino desses já exclui as mulheres, certo? "Nós somos da agronomia" e "nosso negócio é mulher" mostra que "nós" não incluímos mulheres. Fica mais fácil humilhar quem está fora do grupo.
No fórum da comunidade sobre o famoso trote, há observações como essas:

- “Era tão mais fácil qdo usávamos só melaço e penas de galinha em calouros alégicos a abelhas...”
- “vamos con
cordar que o trote da agro não é tão inocente assim... mas podiamos voltar a quebrar a costela (ou seria clavícula?) dos calouros, né não buteco?”
- “Inocente não, mas comparado a de outros cursos, e aos antigos trotes da agro , esse foi light.”

Ah sim, e durante o trote, havia um juramento que os calouros tinham que repetir. O Correio Braziliense é que publicou, e não há dúvida de sua veracidade, pois foi tirada uma foto do cartaz: “Eu, calouro burro, muito burro mesmo, mais burro que o Juliano, prometo respeitar, obedecer e amar os meus veteranos. Não dar em cima de nenhuma caloura. Não vencer os campeonatos de futebol. Assinar a chamada para meus veteranos. Fornecer as minhas colegas de semestre (irmã, prima, amiga) para meus veteranos. Para as calouras: não diminuir o p. dos veteranos. Não brigar nos eventos. Não ficar barriguda e careca”.
Acho que não preciso desenhar, né? Notem como a sexualidade das alunas está veiculada sempre aos homens que mandam (calouros devem fornecer mulheres, calouras devem respeitar o totem sagrado que é o p. dos veteranos).
Numa mentalidade dessas fica mais claro compreender por que esses alunos fazem brincadeiras como as da linguiça sem ver qualquer problema. E se ofendem quando alguém acusa o curso de machista e homofóbico. As mulheres são muito bem tratadas, disse uma veterana. Imagina se não fossem.

106 comentários:

Carol Passuello disse...

Nojento, muito nojento tudo isso. Vou processar minha ânsia e depois volto para escrever.

Geógrafo disse...

Eu já havia comentado anteriormente: é um reduto elitista, conservador e carrega todo tipo de preconceito possível. Quem venera a um Ronaldo Caiado ou a uma Kátia Abreu já carrega uma "carteira de identidade" social e ideológica. Vão provavelmente dizer:"Não generalize' ou então "falta de educação independe de curso superior", etc, etc.....mas tenho experiência de 28 anos de magistério.

Anônimo disse...

Ok, precisa desenhar mais o quão machista, homofóbico e RIDÍCULO é esse trote?
Quem vai vir aqui defender agora?

nelsonalvespinto disse...

Nojento mesmo.

Lord Anderson disse...

Caramba.

Com essas fotos e comentarios da p/ ver como esses estudantes de Agronomia são injustiçados e perseguidos.

Como quem reclama e denuncia é que é chato e fica querendo estragar uma tradição tão inocente.

Peço desculpas por ter pensado mau desses otimo exemplos de civilidade e cidadania...

Ana Vitória disse...

Enquanto isso os alunos adoram dar uma de João sem braço.

Querem continuar com os trotes, continuem, mas não venham com mimimi quando forem criticados.

E viva a tradição!

Jana disse...

Escória da UnB!

Anônimo disse...

Eu me envergonho desses universitários que existem em minha cidade. De verdade! Parabéns, Lola, por fazer jus há anos de blog com campanha feminista e cair matando neste despropósito que foi mais um dos trotes da Agronomia. Isso é porque lá só tem playboyzinhos, filhos de papai, e quando não são assim já carregam de imediato uma ideologia altamente reacionária. Sem medos de generalização, pois qualquero coisa contrária é uma mísera exceção.

Fe Ribeiro disse...

Lixo, só tenho isso a dizer, uma BELA palhaçada sem tamanho.
E ainda somos obrigados a ler que eles são vitimas e coitados querem destruir a tão inocente tradição deles.Que sem esquecer que foi light porque ninguem quebrou nenhuma costela nessa brincadeirinha.

Giovanni Gouveia disse...

Será que os defensores do trote tratam outras tradições como "apenas uma tradição"?
Exemplos:
Clitorictomia, lapidação, pena de morte, racismo, sexismo, estupro, flagelação, escravidão, farra do boi, touradas, tortura...

Anônimo disse...

Gente no próprio link da reportagem tem uma comentarista que diz;

"Sou caloura de agronomia da Unb, e em momento algum fomos obrigados a participar do trote, e antes já sabiamos o que iria acontecer! Ninguém foi obrigada a ajoelhar em frente aos homens em posições obscenas.
A Unb encontra-se com vários problemas,e a mídia insiste em enfatizar nosso trote... "

Pra mim se não melhora em nada positivamente que se soubesse o que passaria, só piora e muito, mas o povo insiste em defender mesmo com vídeo.
Tá podre que fede!!

Lis disse...

Epa, epa, epa...

Acho um absurdo nojento isso o que fizeram, discordo totalmente de trotes humilhantes, de ficar sujando, humilhando calouras e calouros, e ainda por cima com esse viés sexista horroroso pra cima das meninas...

Mas desta constatação para "escória da UnB" e "esses estudantes universitários que são isso e aquilo, salvo raras exceções, esses reaças, esses..." Então agora esse pessoal da linguiça responde e representa a UnB, ou a própria categoria de estudantes universitários como um todo?

Pessoal, é um exagero e é uma injustiça com tantos estudantes, dentro e fora da UnB, que lutam pela erradicação do preconceito, contra os machistas e homofóbicos; que recepcionam seus calouros com atividades de integração, e não de humilhação;
que, através de sua área de estudos, procuram não só digerir conteúdo, procuram articular, tanto dentro quanto fora da academia, caminhos melhores para nossa sociedade tão desigual...

Eu, como universitária, me envergonho profundamente por compartilhar o campus com pessoas desta mentalidade - e fico mais indignada ainda por isso causar generalizações inconsequentes, desmerecendo quem dá valor ao seu papel como estudante.

Gabriele disse...

Muito, muito nojo. Não há duvidas de que foi um trote abusivo e repulsivo. Nada justifica. E o juramento não poderia ser mais machista e infeliz. Triste.

Iana disse...

Bom, esse assunto me enoja tanto q nem sei por onde começar. Sou estudante de Ciência Política na UnB e infelizmente tenho contato próximo com isso tudo. Discuti mto com um amigo de agronmia da UnB por causa disso. Ele falou que o CA não tem nada a ver, pq não financia ou organiza o trote. Como se a omissão deles diante de uma cena dessas já não fosse o maior suporte que eles poderiam dar a cultura machista que prevalece em Agronomia. Ele me disse também q o trote é voluntário e serve para reforçar laços de amizade. E que ele fez amizades mto fortes qndo pedia dinheiro no sinal na época do trote dele. Duas coisas: quem vai criar esses vínculos de amizade se não participam do trote? Quais opções de integração há para os calouros q não o trote? Além disso, até parece que pedir dinheiro no sinal tem a mesma carga valorativa de se curvar para chupar uma linguiça com leite condensado! O trote é condenável, mas o impacto que tem sobre a situação das mulheres é mto mais devastador! Pedir dinheiro no sinal não faz deles pobres (apesar de ser ruim). E chupar uma linguiça? Faz das meninas oq? Mulheres não afetadas pelo machismo? A impressão que eu tenho é q eles decoraram meia dúzia de argumentos para defender o CA, que deveria recepcionar os calouros com respeito! Qndo seria mto mais fácil assumir q foi errado e tomar as providências devidas. Ainda tive a infelicidade de receber como resposta q a visão do curso é diferente da de fora do curso. Alguém me explica q visão é essa? Essa "visão" é compartilhada por todo mundo? Eu garanto que não. E desde qndo o curso de Agronomia da UnB está desvinculado da sociedade? Estão achando que o q acontece lá não tem repercussão nenhuma em lugar nenhum? Além disso, ele me disse que isso acontece a pelo menos 5 anos e não sabe pq resolveram enfocar isso agora, como se fosse algo novo. Bom...diante desse argumento fortíssimo, fiquei até sem palavras.

Anônimo disse...

lola, obrigada por escrever sobre esses trotes terríveis. Que mais pessoas se posicionem contra...

Sou estudante de Artes Visuais da UnB e tenho algumas partes da história para contar. Primeiro, que estive no movimento que reuniu umas 300 pessoas no ano passado para protestar contra o machismo e homofobia dos trotes. E, em um determinado momento, o grupo que voltava da faculdade de tecnologia (onde ocorreu um beijaço) e ia para a reitoria pedir ações específicas contra atos homofóbicos e machistas passou pelo departamento de agronomia. Eu e minha namorada encontramos um conhecido e ficamos um pouco para trás do grupo. Ao chegar na agronomia vimos que eles gritavam alguma coisa em resposta ao "a nossa luta é todo dia contra o machismo e a homofobia" do grupo, mas não entendemos direito o que era. Então perguntei para uma menina de lá que cantou para mim esse hino depois de falar super defensivamente "não é nada homofóbico!". Ficamos horrorizadas em ver uma mulher cantar esse hino machista sem perceber a relação entre essas duas formas de opressão que são, na verdade, duas partes da mesma coisa que surge com a misoginia.
a outra coisa é que hoje, na aula de agricultura alternativa, matéria do centro de estudos avançados multidisciplinares - ceam - cheia de gente da agronomia, um garoto desse curso pergunta ao professor o que ele acha do trote. O professor super se posicionou super contrário e o menino falou "é, quero ver se fosse a mãe, irmã ou avó dele [presidente do C.A]"... e eu pensei: queria ver se fosse ele! porque tem que ser uma figura feminina relacionada ao mesmo e não o próprio? nem passou pela cabeça desse cara a possibilidade de um homem estar naquela situação, tão generificada que é essa opressão sexualizada...

Caranguejo Excêntrico disse...

Gente, o que é isso!?

Estudo História na FFLCH - USP, em São Paulo.

A gente costuma fazer "trote", sim. Mas "trote" entre aspas, mesmo, porque é menos um "ritual de passagem" do que uma brincadeira geral de sociabilização. Lá, a gente pinta a galera que quiser participar da brincadeira, mostramos a Cidade Universitária para os calouros e vamos todos juntos pedir dinheiro no farol pra comemorarmos a entrada desses novos alunos na faculdade em algum bar.

Esse tipo de trote da UnB é absurdo. Isso não é "tradição" a ser mantida. Não é uma pura e singela brincadeira. E deve ser mal de curso de Agronomia, apesar de não serem eles os únicos, mas já ouvi casos horrorosos de trotes que aconteceram no curso de Agronomia da ESALQ - USP, em Piracicaba/SP, de conotação sexual, inclusive, como deixar os garotos de cuecas e entregar chapéus de palha com o tamanho de acordo com o que decidiam ser o tamanho do pênis de cada um deles. Não sei se foram informações corretas, mas só de existir esse tipo de boato já dá pra perceber que os trotes que realmente acontecem não são só flores e corações e confetes e serpentinas.

Nós estamos vivendo em que século, mesmo?

...

Unknown disse...

Existem dois tópicos nesse caso do trote CANALHA do curso de Agronomia: Primeiro, o teor machista e repugnante do ato em si. Ví o vídeo e nem de longe me parece engraçado. Me parece mesmo é sádico e degradante, o que realmente é;
segundo, a insistência em dizer que as alunas foram coagidas a participarem do trote.
Como disse no comentário do primeiro post, havia sim a opção da recusa por parte das alunas, e que não existiria conseqüências, a não ser a antipatia dos calhordas que promoveram esse circo. O que seria muito bom, diga-se de passagem.
Reitero meu argumento, devido a defesa do livre-arbítrio dos indivíduos. Não passa, nem de longe, justificar o ocorrido, mas fica a impressão de que as alunas sofreriam agressões físicas caso tivessem recusado a participar. O que não é verdade. Mas também, não deixa de ser mais triste ainda, saber que pessoas se sujeitam a se rebaixar apenas para se sentir incluídas.

Anônimo disse...

Triste e patético ver as pessoas tentando justificar esse tipo de comportamento. Se essa pataquada não tem conotação sexual, qual o sentido então? Qual o grande ensinamento dessa brincadeira tão construtiva?

Anônimo disse...

Lola,eu tenho mais o que fazer.Mal terminei de postar acerca do aborto,e tem mais essa?Brincadeira.

Os demais comentaristas já declararam seu repúdio,então,não irei acrescentar.
Mas gostaria que a tal veterana do post de ontem respondesse sobre esse agora...

ALINE

Bau disse...

Lolinha do meu coração. Extremamente pertinentes seus posts, e discussões, como sempre, inteligentes e articuladas. A violência de gênero, etnia, raça, sexualidade é sempre tratada e justificada como sendo uma "brincadeira", uma "piada"...maneira bem nojenta mesmo, como disseram os outros/as outras comentarista, de justificativa...é um horror.

Anônimo disse...

Esqueci de novo;já que não achou o trote nada demais,será como ontem:
CHUPA ESSA,FIA.
Rá,rá,rá.

ALINE

Anônimo disse...

Feminista, deixe as pessoas brincarem em paz, acabe com essa dua paranoia de que tudo é machismo e homofobia, relaxa e curta a vida.

Vá a um psiquiatra tb, pois vc deve ser traumatizada, sua foto mostra isso.

obrigado,.

Oliveira disse...
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Ághata disse...

Anônimo,
não perca seu tempo com feministas raivosas, encontre uma salsicha com leite condensado pra lamber entre as pernas de algum veterano de agronomia e vá relaxar e curtir a vida!!

Thiago Pinheiro disse...

Lamentável.Ninguém reconhece o erro entre os veteranos? Quantos trotes como esse precisarão se repetir? Pretendem se agarrar sempre a imagem de injustiçados?

Anônimo disse...

Repito! Esses estudantes de agronomia são a escória da UnB! Já são muito conhecidos em Brasília por serem basicamente um monte de brutamontes burros bêbados e machistas.

Anônimo disse...

Garotas burras e fracas. Que tipo de mulher se submete a isso pra ganhar a simpatia desse tipo de homem? Eis a questão.

Letícia disse...

É lamentável que, em pleno século XXI, ainda existam rapazes tão absurdamente machistas - ou sei lá qual é a palavra, pq "machismo" já me parece pouco pra isso. E depois vem gente dizendo que as mulheres já conquistaram tudo que queriam...

Quem ainda não entendeu a maldade disso tudo deve ser mesmo de alguma espécie que eu desconheço (certamente não da mesma espécie que a minha). Tá óbvia a mensagem que eles querem passar: mulheres no curso não têm vontade própria, são prostitutas recrutadas para satisfazer a nata dos "machos alfa" quando estes bem entenderem. Não duvido que, num evento mais "escondido" que esse trote, veteranos obriguem calouras (ou mesmo não calouras) a fazer sexo oral de verdade.

Nojo, MUITO NOJO.

Anônimo disse...

Tudo playboy, filhinho de papai, papai que tem fazenda e bota os play pra estudar agronomia.
Nojentinhos.
Estudei lá e sei do que to falando.
Agronomia na UnB é curso de elite, de gente riquinha!!! E abobada!

Na Transversal do Tempo - Acho que o amor é a ausência de engarrafamento disse...

Nojento e se os estudantes não são escória porque agem dessa forma e acham bacana? Pra que existe a prora do cérebro? Pra repetir o que papai fez o que o anterior fez? Se fuder.

Quebrar costelaS? quer dizer que nego acha bacana esta merda porque antes nego batia? Cacete.

Putz, humilhar os outros é interessante? isso é universitário?

Anônimo disse...

E alguns comentários no Youtube ainda chamam as calouras de "vagabundas"...

Anônimo disse...

POr qualquer motivo se chama uma mulher de vagabunda.

Maria Júlia disse...

Lola, sobre todo esse caos, acabei esquecendo de comentar alguns acontecimentos da USP, que mostram como essa mentalidade não tá isolada, e permeia principalmente os cursos tidos como de elite.

Na FEA, Aaculdade de Economia e Admnistração da USP, houve um caso extremamente machista e homofóbico durante as eleições do CAVC (Centro Acadêmico Visconde de Cairu, o CA da FEA) no ano passado. Uma das chapas (a mais à esquerda) tinha integrantes mulheres (acho que na outra tinha tb, mas em menos quantidade, e as de esquerda é que eram alvo de machismo), e algumas delas eram lésbicas. Durante a campanha foram usados os piores xingamentos do mundo, machistas e homofóbicos, e, quando a chapa de direita finalmente (e infelizmente) venceu, teve até CUSPE na cara das meninas.


Não é só isso. Ano passado o jornal da POLI (O Politécnico) publicou um poeminha falando da militante de esquerda. Veja bem: DA militante. TInha todos os clichês do mundo. Anti-feminista, anti-comunista, anti-esquerda em geral. Os caras ainda tiveram a pachorra de trocar a personagem por um homem, e dizer "viu só? Se encaixa pra homem tb, não é machista". Disseram também que era só uma "piadinha". Algumas garotas escreveram uma resposta, que não foi publicada pelo jornal.

No caso de trote, ano passado, se não me engano, no trote do curso de Veterinária da USP, os veteranos cantavam "Bixete vagabunda, vou comer sua bunda, e a buceta. (...) E vou chupar sua teta", além de outras música homofóbicas e xingando outras unidades da universidade. No restaurante universitário (bandejão, vulgo bandex), os calouros foram obrigados a comer só com a faca, e alguns tiveram doce de leite misturado à comida. Uma conhecida nossa deu um garfo para uma menina que estava perto dela, que agradeceu, e um veterano arrancou dela. Foi feita uma nota de repúdio assinada por algumas entidades estudantis e, depois do caso sair no jornal, uma aluna (caloura) da Veterinaria prontamente se colocou para "defender" o acontecido, tal qual na UNB. Pode uma coisa dessas?

O ano passado parece que foi O ano do machismo e da homofobia na USP. Estou lembrando agora de mais um caso, em que um jornal anônimo (não era oficial e nem do C.A) da Farmácia (O Parasita) incitava as pessoas a jogarem fezes nos homossexuais do curso, assim ganhariam o ingresso para uma festa tradicional de lá.

Abraço!

Ps: esse é o poema lixo que foi publicado no jornal da POLI:

Moça engajada, socialista, burra como uma porta. Um amor.
O Cão
_
Outro dia deparei com uma guria:
Orgulhosa, bata de algodão cru,
Saia e o cabelo sebento em parceria
Com um buço escuro de gabiru.
_
Ela falava algo sobre mais-valia
E a labuta do proletariado sofrido,
O latifundio que explora e a sangria
Do homem do campo, e do gemido
Da mulher oprimida pela hierarquia
Machista, escrava e serva do marido.
_
Ouvi toda a irritada homilia de perto,
Impressionado da eloquência da moça,
Quando achei, por ironia, um excerto
Do panfleto que ela carregava na bolsa.
_
Ele falava algo sobre a mais-valia
E a labuta do proletariado sofrido,
O latifundio que explora e a sangria
Do homem do... assinado: o partido.
_
A guria só papagueava o que lia!!
Boquiaberto de espanto e imóvel
Fiquei ao ver que a moça desvalia
O dinheiro mas tinha um automóvel
Importado e muita outra regalia.
_
Filha de um chefe da tesouraria
De banco com escritório na cidade.
Mimada com sapatos e pedraria,
Rebelde na pracinha da faculdade.

Babi disse...

Existem tantas formas legais de se aplicar um trote,mas infelizmente as pessoas nao aprendem.

Eu estudei Arquiteura na Universidade Federal de Uberlândia. Quando entrei sofremos um trote que consistiu simplesmente em uma aula trote, uma conversa em roda, em que cada um se apresentou e um "leilao" dos bixos, todos eles, homens e mulheres, mas sem depreciacoes e tal, foi tranquilo e nao me lembro de ninguem se sentir incomodado, fora os vetranos que aparentemente nao se sentiram mto bem com a situacao e o tal leilao nao durou muito. No dia seguinte fomos para o sinal pedir dinheiro, o que também correu bem. Nao sei se o fato do curso ter bons 70% de alunas mulheres interferiu nisso.
Mas enfim, o que eu queria contar nao é isso... logo que pude entrei para o diretorio academico, e no ano seguinte preparamos um trote super legal que queriamos que servisse de exemplo para toda a faculdade, que sofria com os trotes principalmente da medicina (nem vou contar tudo que já escutei). Organizamos uma semana de boas vindas.

No primeiro dia juntamos todos os alunos novos, nos aprensentamos, eles se apresentaram e fomos para o sinal pedir dinheiro (bem equipados com protetores solares e bonés, e quem nao quis nao foi, ou foi e ficou só observando, sem problemas).
No segundo dia fizemos um tour com os calouros por todos os pontos arquiteonicos da cidade e terminamos com um pic-nic no parque.
No terceiro dia construímos um forno de pizza ao lado do bloco de aulas e fizemos um mosaico enorme em um espelho dágua da universidade.
No quarto dia fizemos uma oficina de chapéu de espuma seguida por uma pizzada no forno novo, e no dia seguinte houve palestras com os professores e à noite a festa do chapéu, com o dinheiro do sinal e cada um com o seu chapéu self-made.

Muito legal, né!? Pois é, no ano seguinte foi a vez desses calouros super bem recebidos aplicarem o próprio trote, que, dessa vez nao ficou na mao do DA. Adivinha o que fizeram?

Perguntas indiscretas, leilao ridiculamente depreciativo, o que nao tinhamos feito no ano anterior, dancinhas ridiculas, e a brincadeira da banana com creme de leite, tipo, a mesma coisa da linguica, só que com banana, e tinha que morder... só que nao foram só as mulheres, mas todos os calouros, o que também é ridículo quando se lembra de que muita gente acha que arquitetura é coisa de homossexual... Foi tao ruim que eu nao quiz continuar lá, e saí da sala...

nunca mais quis participar dessas recepcoes, pois a minha fé nos calouros tinha acabado!

Paulo disse...

Muito falso moralismo, acho sim essa uma atitude nojenta e desprezível, porém se não for consentida por quem participa. Quem aceita participar disso sabe se é humilhante ou não, é fácil atacar os trotes em um país onde imperam a bundalização e os BBBs da vida. Quem participa é maior de idade e sabe o que está fazendo, é um pouco de puritanismo achar que é ofensivo porque é sexual, se são maiores de idade e quiserem fazer isso não vejo problema.

Maria Júlia disse...

Você não vê problema?

Meu, se essas meninas fizeram "porque quiseram", não é pq "elas sabem que estão sendo humilhadas", sabe pq? Ninguém em sã consciência gosta de ser humilhado dessa maneira. Elas não vêem problema nisso, mas foram colocadas como objeto sexual, são colocadas como seres que só devem dar prazer para o homem, e isso perpetua um preconceito que não atinge só a elas. Não é uma questão individual, é coletiva, SOCIAL.

"é um pouco de puritanismo achar que é ofensivo porque é sexual"

Cara, você por acaso VIU o que aconteceu? Viu fotos e vídeos?

Há alguns pontos a serem destacados, aqui:

1)trote para a mulher SEMPRE tem conotação sexual. Olha só, PARA A MULHER.

2) O sexo é colocado, para a mulher, de maneira humilhante, como se sexo pra mulher fosse isso. Ela é uma serva, ela não tem prazer. Ela tem que chupar uma porcaria duma linguiça na frente de 200 manés, e tem que chupar direito, se não não será aceita.

Não é "só por ser sexual" que é ruim, se não, ninguém aqui faria sexo.

Maria Júlia disse...

Odeio esse mito de "liberdade sexual".

Na ECA, a galera da atlética sempre faz uma brincadeira estúpida, que é as calouras fazerem um "desfile" para... quem? os veteranOs, HOMENS. E eles elegem a miss bixete, ou algo assim.

O pessoal do Centro Acadêmico, tentando amenizar a "brincadeira", deu fantasias pras meninas vestirem, pra mudar mesmo, deixar com outro contexto. O que aconteceu? As meninas começaram a fazer um strip. Elas, achando que estavam se liberando sexualmente, estavam simplesmente perpetuando o patriarcado: mulher serve pra homem ver.

Bau disse...

Quando entrei na universidade, era ponto de honra acabar com a violência dos veteranos nos trotes (a UFSCar foi pioneira nisso, e depois de muitos anos esqueceu sua história de lutas...). Nossos veteranos, em plena ditadura militar (1975), realizaram um trote incrível: recepção dos calouros com alegria e festas, shows em que calouros e veteranos se juntavam para escrever e encenar peças e música, enfim, brincadeiras sadias e divertidas que incluíam a calourada na universidade, que levava calouros e veteranos a se conhecerem de uma forma muito carinhosa, trazendo confiança para os ainda adolescentes que ingressavam ali. Ninguém foi pintado, machucado ou humilhado...e diga-se de passagem, nessa época as mulheres eram esmagadora minoria na UFSCar, tínhamos inclusive que participar de todas as modalidades esportivas nos jogos universitários porque não havia mulheres o bastante para montar várias equipes. Corríamos, nadávamos, fazíamos atletismo, jogávamos vôlei, basquete, tênis...Hoje em dia, esquecidos de que a violência contra os calouros reproduz essa hierarquia machista, militarista, do mais forte contra o mais fraco, os estudantes voltam a cometer as atrocidades de antigamente, achando que isso é uma brincadeira divertida. Aprendam com a vida, pessoal, aprendam com a história. Vale a pena.

Elaine Cris disse...

Pois é, Lola, mas são só brincadeirinhas inocentes, né? E não vários tipos de comportamentos e falas que colocam as mulheres que estão ali pra estudar como coisas pra serem fornecidas pros que já estão há mais tempo e portanto tem prioridade aos "objetos" recém adquiridos.
Machismo não é engraçado, pelo menos pra quem não é machista no mínimo é idiota e não tem a menor graça. Sério que alguém ainda dá risada de uns troços desses? Como achar graça disso? Eu queria realmente entender a graça que eles enxergam em um "hino" desses mas não tem.

Eduardo Marques disse...

Eu não sei mais o que dizer não...

Anônimo disse...

Bom, eu tinha feito um comentário grande rebatendo a argumentação ridícula a favor do trote (a começar pelo que não tem problema porque é todo mundo maior de 18 - eu e vários futuros colegas não temos 18 ainda. Alguns tem 16. E aí?). Mas a internet não ajudou. Só coloco de novo a citação da comunidade destinada a "recepcionar" os calourous de meu curso:
"Lembrando que OFICIALMENTE ninguém é obrigado a participar do trote e OFICIALMENTE não acontece nada com quem não participa. Fica a dica."

Depois dizem que participa do trote quem quer... Não fode.

Anônimo disse...

ô imbecil, não é pq VOCÊ viu calouras assanhadinhas participando satisfeitas de trotes degradantes que todas as calouras são assim

todos sabemos q ninguém participa pq acha legal, mas pq quer se sentir incluído no grupo, chama-se coação social

e outra: maiores de idade onde, cara-pálida? gente inteligente que passa no vestibular de primeira tem geralmente 17 anos (na minha turma a maioria esmagadora era menor de idade no 1º período)

nelsonalvespinto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Quando eu lembro dos eventos de discentes os quais participei, também me sinto envergonhada. Percebi nesses eventos os mesmo problemas referentes a falta de postura e descontrole (não de todos, pois há quem participe com a intenção real que é a troca de informações acadêmicas e divulgação de pesquisa; é possível também conhecer a cidade, a instituição, pois há sempre o dia livre e ainda fazer amigos, pois isso é quase uma justificativa para os eventos). Às vezes eu tenho vergonha de ser universitária, Lola. E prefiro participar de eventos organizados por docentes, pois são mais estruturados e não há risco de ter algo roubado ou de ser acordada por um bando de desocupados que só fazem beber e fumar.

nelsonalvespinto disse...

Analisando com mais frieza o caso.

Tudo que está no video é um prato cheio para várias indenizações por danos morais. Basta alegar coação. Testemunhas não faltam.

E como quem patrocina é um departamento da UNB sobra pra União arcar com os gastos. E nem estou falando no caso de menores de idade. Aí é outro tipo de crime.

Isso na mão de um promotor sedento por mídia será um espetáculo.

nelsonalvespinto disse...

Recordar é viver: rodeio das gordas deu em nada.
http://www.unesp.br/noticia.php?artigo=6233

Nem tenho adjetivos para descrever o antigo reitor da unesp que hoje é secretário de educação de SP.

Outro que me decepcionou foi o Cristovam Buarque que foi reitor da UNB e nunca peitou estas "tradições".

Rafael Agro UnB disse...

se a agronomia é machista que as mulheres de lá digam isso;

Se a agronomia é homofóbica que os homossexuais de lá digam isso;

Se os trotes da agronomia são desagradáveis que os alunos do curso o digam.

Não vou nem dizer que esse post desse blog fala exatamente a mesma coisa de um trote passado. Pega um olhar de fora do curso e fora do contexto para criticar a mesma brincadeira. As mulheres do nosso curso são muito bem tratadas, se não acreditam perguntem.

Os comentário do orkut que a autora copiou foram escritas em nossa comunidade sendo uma ironia de um acidente que ocorreu FORA DO TROTE, mas esse "detalhe" foi esquecido. Conveniente, não

Quanto ao hino, não precisamos nem dizer que é muito antigo, antigo mesmo e não vamos muda-lo para ficar mais "politicamente correto". Temos nossas tradições. Porem as meninas cantam "nosso negócio é cana; HOMEM e cama, toda semana".

Eu não pude deixar de rir do Penis sendo o "totem" que as calouras tem que "venerar". Resumidamente essa história surgiu depois que a ex presidenta do caagro (sim, presidenta. Pasmem) espalhou para todas as mulheres do curso o tamanho minimo do órgão sexual de
um colega nosso.

Dai surgiu o "não vou diminuir o tamanho do pinto do meu veterano".

Uma ultima dica, esse vídeo que vcs acham ridículo é antigo. As mesmas meninas que foram "agredidas" hoje estão preocupadas com o que pode acontecer com o CA. E riem conosco do puritanismo de vcs.

Para finalizar, digo que todas as mulheres do nosso curso tem opinião formada. As que não querem participar do trote não participam. E as que querem não precisam que vcs venham "liberta-las da própria opinião"

Anônimo disse...

Caro senhor Geógrafo..
Voce deveria ter vergonha de dizer um absurdo, chamar toda uma profissão de "elitistas", ainda mais por ter 28 anos de magistério...
Observe antes o quanto os engenheiros agronomos tem trabalhado para extensão rural no país, pra aqueles menos favorecidos terem o que colocar na mesa todos os dias...
Estude mais... voce esta precisando...

Sábio é quem acha que nunca aprendeu o suficiente, e que tem consciencia de que tudo pode mudar...

Não são 28 ou 100 anos de magistério que vão tornar sua opinião uma absoluta verdade...

Preste atenção...

EneidaMelo disse...

Eu desenvolvi, ao longo do tempo, ojeriza a trote. Nunca gostei, mas agora é muito pior.

Escapei do trote do 2º grau, não sei como nem porquê, não me lembro mais. Não sei se dei sorte de ter faltado no dia, ou se talvez porque na época eu tivesse 13 anos e, sendo baixinha, alguém tenha ficado com pena. Só soube que teve gente que se machucou tentando fugir.

Na faculdade, eu participei meia bomba, fui o que se chamava de caloura rebelde. A participação foi por pura coesão social, como alguém bem denominou. A rebeldia foi sem a consistência que eu gostaria que tivesse tido. Quisera eu ter, na época, a personalidade que eu tenho hoje. Não tinha. Aos dezessete anos, a gente não é assim tão segura de si pra mandar um grupo grande de pessoas de 20 anos ou mais tomar no c* (desculpe, estou de TPM extendida).

Sim, teve várias "brincadeiras" com conotação sexual, como beijar camisinha com leite condensado, avaliar a langerie das meninas (o sutiã tinha que ficar por fora da blusa), contar história de sexo, etc. Não, não gostei de participar. Mas acho uma covardia colocar a culpa nos calouros. A pressão é muito grande. Que eu me lembre, o único que se recusou a participar foi um colega que, além de mais velho que os veteranos (uns 27 talvez), era maior do que eles. Ou seja, não se sentiu ameaçado por eles, seja física ou socialmente.

Não que eu acredite que no caso específico do meu curso fosse ocorrer alguma agressão física. Me lembro que um colega veio exigir dinheiro para comprar uma "proteção contra objetos perfuro-cortantes". É claro que não levei a sério, e perguntei o que aconteceria se eu não comprasse (é bom notar que eu já conhecia o cara do 2º grau). Ele disse que poderia cortar meu cabelo. Rebelde meia-boca que eu era, só disse: "Tenta". Fosse hoje, eu teria dito: "Fulano, a gente estudou junto, eu gosto de você e tal, mas pega o seu objeto perfuro-cortante e enfia no seu c*!" Desculpa de novo, tô numa fase péssima... Mas custava ele ter dito: "A gente tá pedindo uma contribuição pra fazer a festa dos calouros, a gente faz assim todo semestre, os calouros é que pagam, nos próximos semestres você não paga nada"? Caramba!, custava ter dito dessa forma? Não só fica a opção de não participar, como fica claro que a festa de graça não é de graça coisa nenhuma (e eu demorei pra ligar uma coisa com a outra pq eu sou meio lerda).

Outra lembrança: uma amiga minha, com a qual não estudei, contou uma vez de um trote no qual ela era veterana, e no qual uma caloura se recusou a fazer sei lá que "brincadeira" imbecil. A reação dela foi pegar fita durex e amarrar o cabelo todo da garota. Ao que eu retruquei: "É, a vida tem dessas coisas. Tivéssemos nós duas nos conhecido nessas circunstâncias, você a veterana e eu sendo a tal caloura, nunca teríamos nos tornado amigas, porque no meu cabelo tu não ia botar a mão sem eu reagir, ia rolar barraco." (não sei se deu pra notar, mas cara, não ameace o meu cabelo!!!!)

EneidaMelo disse...

Ah, e para os que não acham nada demais, que é só uma brincadeira, fica a sugestão. Quando vocês forem mamães ou papais de meninas de 16/17 anos, façam essa brincadeira em casa. Não tem nada demais você, mãe ou pai, mandar sua filha ajoelhar e enfiar na boca uma lingüiça com leite condensado, lingüiça essa amarrada abaixo da cintura de um boneco masculino. Afinal, é só uma brincadeira! E melhor em família do que com desconhecidos, não é verdade? Pra melhorar a sugestão: façam no Natal. É melhor, a família vai estar toda reunida e todo mundo vai poder participar. Faz com a sua filha, com a sua mãe, com a sua vó... Garanto que elas vão achar o maior barato e, pôxa, a integração da família vai a mil, podes crer. (deu vontade de mandar essa gente gente fazer aquilo de novo, mas vou me segurar). Eu realmente gostaria que essas pessoas só voltassem aqui pra dizer besteira depois de ter olhado bem para cada mulher da sua família e visualizado bem a cena.

Bom, desculpa falar demais no seu blog.

Só mais uma coisa: muito obrigada pelo seu blog. Tô gostando muito.

Rafael Agro UnB disse...

E o falso moralismo impera...

Bom, sobre minha filha/mulher/namorada/sobrinha/outrograudeparentescoouafinidade participar da brincadeira, tenho a dizer é que cada um resolve o que é melhor para si. Se ela resolvesse fazer isso seria um problema DELA e não da "familia". Toda menina do video é filha ou namorada de alguem, isso é besteira.

No video não aparecem as calouras que nem do trote quiseram participar, pois estavam em casa. Não aparecem as que não quiseram participar da brincadeira da linguiça, pois estavam em outro local. Aparece o que? 10 meninas?

E as outras 10 calouras, cadê?

Essa pergunta até agora não vi feminista ou moralista nenhum fazer... só querem libertar os outros da própria opinião.

Anna disse...

olha, não sei como a Lolinha e o pessoal que comenta não desistem, viu. Chega uma hora que cansa.

é como a galera que tenta justificar bullying: sempre existiu, tem gente que sofre e fica na boa, você sempre pode se defender, quem se ofende é "fresco" - afinal é só brincadeira...

tem que ser muito cego pra se ignorar todo o contexto de uma situação dessas.

kai disse...

como assim falso moralismo? isso aqui é um blog, de esquerda, feminista. se você frequenta o blog, sabe que a lola é engajada em denunciar e repudiar ações de preconceito social que rebaixam determinadas classes, as "minorias". entre elas, as mulheres. ser feminista é desejar um tratamento igualitário e não-sexista à mulher.
resumindo: tudo o que não aconteceu no trote do curso de agronomia da unb. o que vocês chamam de brincadeira é sexista SIM. eu defendo o direito de voces fazerem o trote(estamos numa democracia) mas ninguém vai concordar com o tom e ser favorável à sua opinião. e a faculdade NÃO deveria ser conivente e NÃO deveria deixar isso acontecer. se as alunas QUEREM PORQUE QUEREM participar do trote e lamber a linguiça com leite condensado (assumindo que o que voce disse da livre-escolha das calouras) que organizassem uma festa regada à muito álcool e muito sexistmo. veja bem, a mídia está falando que soo mal e toda a bronca é por isso. quer sair bem? se tivessem um pouquinho de senso crítico, o C.A. emitiria uma nota de desculpa. mas o que parece é que ninguém parece entender que em uma UNIVERSIDADE esse tipo de comportamento não deveria acontecer.

esse lance de vir aqui contra-atacar cada minuciosidade de cada argumento falado aqui é besteira. o trote é sexista SIM. voces podem fazer o trote? claro ué, milhões de festas sexistas não acontecem no Brasil todos os dias? o problema é achar esse tipo de comportamento adequado à uma universidade e defender isso com unhas e dentes o direito de colocar calouras pra chupar uma linguiça num boneco e milhões de punheteirinhos vendo.

Letícia disse...

Oi, Rafael. Parece que ninguém aqui tem o mesmo "senso de humor" que vc, não? Aliás, não confio muito na civilidade de alguém que considera uma "brincadeira" dessas engraçada.

Mas já que o seu senso de humor é tão peculiar, que tal postar um vídeo SEU lambendo a mesma linguiça que as meninas tiveram que lamber? Ah, e peça pra uns 10 machos fazerem o mesmo antes de vc, senão perde a emoção, né? Tenho certeza que achará engraçadíssimo!

(Lola, fique à vontade se quiser deletar, mas perdi a paciência. Bjs pra ti.)

Bruno Lopes disse...

Os piores cursos tem os piores trotes. Fato.
Aqui no RN, os cursos mais fáceis de entrar são os que tem trotes mais pesados.
Enfim, acho que é problema intelectual mesmo, massa encefálica pouco lapidada.

Anônimo disse...

onde estudo (universidade federal), os trotes mais violentos são feitos, em geral, nos cursos em que há mais homens héteros. Cursos em que há muitas mulheres e muitos gays normalmente fazem coisas como gincanas, churrascos e o tradicional pedágio (que a galera vai pedir dinheiro. Mas realmente vai quem quer, porque eu mesma não fui)

Será mera coincidência?

Anônimo disse...

Observem este fake criado pelo mesmos: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=3479482135145332341

A sociedade formada pelos alunos de agronomia da UnB adora atacar esse tal do Henrique. Esse Henrique é sombra da sociedade em questão. Não gostam de negros ou pobres, pois dependem do preconceito e da divisão de classes para se sentirem como membros superiores na sociedade. Não gostam das politicas afirmativas, pois tem medo um dia serem inferiores. Não gostam de nada que seja sério ou remeta a compromisso, trabalho ou responsabilidade pois tem medo profundo de se mostrarem como fracassados. Ou seja é uma sociedade totalmente fundada na covardia.

nelsonalvespinto disse...

"Observe antes o quanto os engenheiros agronomos tem trabalhado para extensão rural no país, pra aqueles menos favorecidos terem o que colocar na mesa todos os dias..."


É mesmo, campeão?

E você pode citar alguns exemplos significativos pra gente? Especificamente de alguém da UNB? Alguém que podemos entrar em contato para troca de idéias a respeito do assunto?

Sana disse...

Como é possível que estudantes de uma das melhores universidades do país possam ser tão ignorantes? Uma coisa é saber esse trote é humilhante, mas querer realizá-lo mesmo assim. Outra é fazer uma defesa moral dessa baixaria. Acho que o nível de degradação sexual desse trote é absurdo mesmo sob um viés machista. O estudante da UNB que se manifesta aí em cima fala em direito de manter as "tradições" do seu curso. Acho que faltam aulas de história para essa galera entender de que forma as "tradições" são criadas e que tipo de barbaridade elas podem justificar. E como ele pode achar que em um ambiente de tamanha violência simbólica (e, quiçá, física) como esse, uma mulher ou um gay tenham alguma autonomia? Quanta alienação!
E para um anônimo que disse que essa discussão é coisa de feminista raivosa e traumatizada, acho que são esses, justamente, os problemas de gente que se regozija com esse tipo de trote...

Anônimo disse...

Feminista, vc devia chupar uma linguiça e parar de escrever bobagem nesse blog.

Todas as feministas e esquerdistas em geral tem complexo de inferioridade, se sentem inferiores em qualquer posição.

Vá ler mais, se tornar uma mulher culta e interessante em vez de falar merda aqui.

Nãose iluda achando que feminismo é siônimo de liberdade, graças a essa ideologia estapafúrdia que as mulhers são obrigadas a trabalhar como homens, sendo mais exploradas do que antes, vá a um psiquiatra, e resolva-se.

Anônimo disse...

Rafael AgroUnB (e demais pessoas que pensam como ele),
primeiro, foram as próprias calouras do curso que fizeram a denúncia. Então partiu delas, mas mesmo que não tivesse existe uma questão de representação: ou seja, se você é machista com quem quer que seja vc agride homens e mulheres. Se vc visse um grupo sendo explícitamente violento com as pessoas negras que entrassem no curso, que mensagem vc acha que estariam passando a todas as outras? é a mesma coisa.
E essa história de cada um na sua é uma ótima justificatia para manter opressões e violências acontecendo. Se vc ve alguém de um grupo socialmente oprimido (mulheres, pessoas negras, pessoas LGBT...) sendo maltratadx na rua, o que vc faz? se vc passa e não faz nada porque não é contigo vc está dizendo que tudo bem agredir aquela pessoa e outras como ela. Mas se vc intervem, quer dizer que não está tudo bem.
Nós estamos aqui justamente dizendo que não está tudo bem em fazer esse tipo de coisa!
e se tradição invente uma nova. toda tradição tem um início.

Tauana

ps: conheço um rapaz gay que abandonou o curso no meio porque não aguentou tanta homofobia... fica a dica.

Giovanni Gouveia disse...

Queria saber o porque de todo esquizofrênico aconselhar psiquiatra pros outros...
Queria saber porque ignorantes sugerem que as pessoas "leiam e se tornem cultas", mesmo quando falam uma idiotice do tipo "por causa do feminismo as mulheres foram obrigadas a trabalhar feito homens" demonstrando completo desconhecimento da história da humanidade.
Ah, "Avante",de Plínio Salgado, é bem mais velho que o hino da agronomia da UnB, vocês deveriam usá-lo, já que é pra manter a tradição.

Francisca disse...

Esse Rafael aí não entende o significado de coersão.
Nem as supostas meninas que participaram "porque quiseram participar."
Quando você é coagido, você faz coisas que você não se sentiria confortável em fazer naturalmente.
Por isso falaram aí em cima de fazer a brincadeira com a família no Natal: se a brincadeira é divertida por si só, e se é uma brincadeira que se faz "porque quer", porque só se faz em eventos como trotes?
E a gente pode ser coagido a muita coisa. E o mais legal é que quando a gente é coagido assim, a gente sempre acha que teve escolha. =)
ps: é Óbvio que PODE ter tido menina lá que realmente tava adorando a brincadeira. Mas é difícil.

Jéssica disse...

Tô pra ver o dia em que dirão que "não matar" é coisa de politicamente-correto

Grupo Colher de Pau disse...

Interessante é ver que todos os comentários a favor do trote são de "anônimos". Ninguém tem coragem de mostrar a cara pra defender uma idéia?

E a resposta da faculdade:
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=4566

Tpa, é preciso mesmo tanta discussão pra proibirem esse tipo de "tradição"? É necessário tanto pra ver o quão humilhante é tudo isso?

Rafael Agro UnB disse...

Alguns pontos que gostaria de esclarecer.

1° não sou anonimo, coloquei minha cara aqui para conversar

2° a agronomia não é preconceituosa, existem negros no nossa curso (incluindo eu) e o Henrique é nosso amigo. Também existe o fake do Gilson da banca, que é branco. E ai? Cade?

3° A denuncia NÃO partiu de nenhuma caloura que foi "agredida", mas vc deve saber mais que eu que conheço todas. A denuncia partiu de estudantes que nem da agronomia são, de um grupo feminista da UnB.

5° trote não é bullying, até as fotos que vcs colocaram aqui mostra calouros sorrindo e não sofrendo.

6° Sobre haver ou não haver coerção, se o FATO de METADE dos calouros não participarem não te diz nada, fica dificil argumentar com você.

7° Quem duvida que agronomos trabalham com agricultura familiar que ligue para a Emater -df e pergunte 3340 - 3030

Francisca disse...

"6° Sobre haver ou não haver coerção, se o FATO de METADE dos calouros não participarem não te diz nada, fica dificil argumentar com você."

O fato de SÓ metade não participar de um trote que MUITA gente achou absurdo significa que você não entendeu porra nenhuma!!!
difícil de argumentar dizemos nós!

Mariana disse...

"Mas já que o seu senso de humor é tão peculiar, que tal postar um vídeo SEU lambendo a mesma linguiça que as meninas tiveram que lamber? Ah, e peça pra uns 10 machos fazerem o mesmo antes de vc, senão perde a emoção, né? Tenho certeza que achará engraçadíssimo!" [2]

Mas é FATO que o benquisto estudante de Agronomia não vai fazer. Deveria, já que, segundo o próprio, isso é "apenas uma brncadeira". A questão é: brincadeira PRA QUEM?

Angélica disse...

Rafael, vamos tentar esclarecer nosso lado, então:

1º Acho louvável que você coloque o nome e apresente seus argumentos civilizadamente (embora eu não concorde com eles).
Mas já teve, nesse e em outros tópicos, gente anônima xingando as "malditas" feministas e esquerdistas, mandando a gente ir lamber liguiça, procurar um psiquiatra e outras "gentilezas".

2º Não existe só preconceito de etnia. Homofobia e machismo também são formas de preconceito e devem ser igualmente combatidos.
Pelas histórias contadas por gente da UnB que vimos aqui, parece que esse tipo de incidente é comum entre vocês.

3º De quem partiu a denúncia, pelo menos pra mim, é o de menos. Errado não é só quem faz o mal, mas quem pode fazer o bem e não o faz.

5º (ou 4º?) Desculpa, mas trote é bullying sim! E as fotos mostram muito mais veteranos sorrindo que calouros.

6º O fato de metade dos alunos resolver não participar do trote me diz que a meneira como vocês tratam os calouros é babaca (e olha que eu até me diverti no meu trote... mas tive sorte, eles pegaram leve).
O que me incomoda é que nem vocês nem as meninas que participaram (por medo talvez de serem vistas como chatas e não conseguirem "pegar" ninguém por causa disso) percebem.

7º Já foi dito e repetido aqui: acho lindo vocês fazerem coisas positivas, mas isso não dá o direito de fazer coisas negativas.

Angélica disse...

Explicando a pequena contradição entre o que eu disse do trote ser bullying e de ter me divertido no meu:

Veteranos zoam calouros por motivos idiotas e existem lugares onde as pessoas pegam pesado demais. No entanto, concordo que faz parte da integração desde que o clima seja mais leve e que ninguém precise fazer nada muito humilhante como o que aconteceu na UnB.

Fiz Jornalismo na UFV, em Viçosa/MG. Como o povo é muito criativo, colocaram a gente primeiro pra fazer uns cartazes sobre a primeira coisa que viesse à nossa cabeça.
Daí aproveitaram a tinta que usamos pra nos pintar. Depois disso teve elefantinho e sequestraram nosso sapato: quem tivesse R$ 3,00 podia ficar livre e quem não tivesse ia fazer pedágio na rua. Usaram o dinheiro numa festa pra nós mais tarde.

lola aronovich disse...

Rafael, na boa? Acho ótimo vc querer argumentar, mas cada vez que vc ou alguém do seu curso falam alguma coisa, mais pioram a situação. Porque mostram que não tem a menor ideia do que estão falando. Provam que são sem noção, provam que são preconceituosos, provam que são filhinhos de papai e fãs de Ronaldo Caiado e Kátia Abreu. O negócio tá feio pra vcs. Sério. Convoquem uma reunião, conversem, parem de fazer o mimimi de “tá todo mundo contra nós”, reflitam, pensem no que vcs fizeram de errado. Tenham um mínimo de autocrítica. Como disse o Nelson (que é, assim como eu, professor universitário), se aparecer um promotor que queira aparecer, vcs vão ter sérios problemas. Se um promotor desses for atrás e constatar que alguma das calouras era menor de idade (o que é bem provável; tá cheio de gente que entra na universidade com 16 e 17 anos), olha, não queria estar na pele de vcs. Aliás, não queria estar na pele de vcs de jeito nenhum, porque infelizmente, com esse episódio, vcs comprovaram todo e qualquer preconceito que eu (e outras pessoas) podia ter contra certos cursos. É difícil acreditar que, a essa altura, depois de – como vcs disseram – DÉCADAS de trotes “tradicionais”, desumanos, estúpidos, que são puro bullying, vcs realmente estejam preocupados com a sua imagem. Acho que vcs têm é orgulho da péssima imagem que tem. E esse orgulho é uma forma de elitismo, de dizer dane-se praquilo que vcs mais odeiam, que é o que vcs devem chamar de “politicamente correto”. Em todos os comentários vindo da Agronomia (ou, como disse um conhecido no Twitter, OGRONOMIA) deu pra sentir que vcs odeiam gays e feministas. Negros não estavam em pauta, mas agora que vc os trouxe, meu, é impressionante como vcs são ignorantes. Sério que vc diz que por haver negros no curso e pelo cara da xerox ser “amigo” de vcs isso faz o curso não ser racista? Também há mulheres no curso, certo? E talvez até gays (se bem que a ex-presidente do CA de vcs negou que houvesse, né). Isso não faz o curso de vcs menos misógno ou homofóbico. Vc viu o mesmo vídeo que eu? Vc não vê meninas sentindo-se humilhadas no vídeo não? Sério? Porque a linguagem corporal delas, as caras de asco, de ânsia de vômito, parecem dizer algo bem diferente. Esse vídeo não tem defesa, Rafael. Que vcs achem que tem já diz tudo sobre vcs.

Vou ficar pra tia disse...

Nunca participei dos churrascos dos cursos de exatas na época que estudava lá, porque sempre achava caro e sei que existe uma certa hierarquia de status de cursos. Não condeno essa hierarquia, entendo que quem entra pra um curso de exatas tem que estudar bastante,pq a concorrência é grande.
Mas o que me inibia era meu pré-julgamento (ou será pós-conceito?) ao olhar pros garotos que organizavam esses churrascos. Além de terem pinta de elitistas, também me pareciam machistas. Mas isso tudo eu pensava inconscientemente,nunca soube porque nunca me misturei com eles,pq nunca tentei por isso em palavras.Se me perguntassem se gosto deles, eu diria que era indiferente.
Mas depois que saí, cheguei a ir a alguns churrascos e percebi que é um fenômeno generalizado. Não são só os alunos de agronomia que tem esse tipo de mentalidade, são os alunos de exatas em geral,incluindo mulheres. As mulheres são enfeites e se não forem, provavelmente não serão respeitadas. A homofobia é geral.
Acho que o grande problema é que esses alunos se concentram tanto no conhecimento dos cálculos e assuntos de sua área que acabam não evoluindo nada na área humana,social. Não estou dizendo que isso não ocorre nos cursos de humanas,mas nos cursos de exatas, é como se fosse 'curso de macho'.
Foi num desses churrascos que saí cheia de hematomas,humilhada e até hoje não sei o que fiz de errado. Será que foi pq eu pedi um beijo, pq eu tomei a iniciativa? Juro que não sei oq fiz de mal pro sujeito, que por acaso não era nem da UnB nem de algum curso de exatas. Mas acho que só de conviver com essa galerinha aí a mentalidade atrasada acaba contagiando. Queria mesmo saber de onde parte esse orgulho de macho. Se é da universidade, se é dos pais, se é do fato de ser elite...

Vou ficar pra tia disse...

Andam todos intrigados em como a UnB anda sendo bombardiada pela mídia e eu mesma acho isso um pouco suspeito, principalmente quando paro pra pensar: quantas vezes ouvi alguma notícia ruim sobre UniCeub,por exemplo?
Resolvi até procurar na internet, o que achei foram notícias até boas sobre os alunos.
Uma delas de 2006,sobre como alunos foram censurados pelo próprio reitor por terem escrito críticas sobre Roriz. Saíram nas ruas, colocaram a boca no trombone.
Outra é sobre um trote solidário:
http://www.correioweb.com.br/euestudante/noticias.php?id=1202

Quando entrei pro meu curso,eu e meus colegas não tivemos o menor interessem em participar do trote, que era solidário, apenas um café da manhã. Estávamos muito ansiosos pelas aulas e pelas novas pressões.
Mas acho que teríamos participado se fosse algo como esse trote descrito acima,feito pelo Ceub.
Eu nunca nem soube de trotes como esses na UnB.
A UnB pode até ter um processo seletivo que exige mais conhecimentos, mas pela atitude dos alunos, já não sinto orgulho de estudar lá. Não demonstramos um verdadeiro senso crítico, uma preocupação com problemas mais graves. Isso é muito triste.

Anônimo disse...

Incrível é pessoas que defedem os grupos que sofreram preconceitos ao longo da história estarem fazendo simplesmente a mesma coisa. Ao taxar agrônomos de ogronomos, ao dizer que agrônomos formados pela UnB não tem nada na cabeça ou não estão fazendo nada por esse país, e ao rotular os alunos como homofóbicos ou machistas, e ainda mais absurdo, quem venera katia abreu ou ronaldo caiado tem uma carteira de identidade social e ideológica... estão sendo incoerentes e assumindo o mesmo papel de pessoas preconceituosas! generalizar qualquer coisa numa sociedade tão plural como o povo brasileiro é BABAQUICE!

Pra mim, não passam de incoerentes!

se o meu voto diz quem eu sou, muito prazer, tenho certeza que votei mais na esquerda do que qualquer um aqui ou pelo menos tanto quanto! e isso resume todo meu conhecimento!? resume tudo que eu posso demonstrar!? minha educação?! isso já diz a vc se sou a favor ou contra o trote!?

Então, continuem rotulando! pq na minha opinião não diferem em nada daqueles que obrigam as meninas a chupar linguiça com leite condensado, em NADA!

Arthur Nogueira
Engenheiro Agrônomo - UnB
Esquerdista convicto
Não suporto práticas de rotulação generalista!

Existem mais de 500 alunos nesse curso! e mais de 30 mil alunos na UnB!

PAREM DE GENERALIZAR!

Vou ficar pra tia disse...

Eu não generalizaria se fossem apenas casos isolados.
Não são casos isolados.
EVOLUAM! vocês que não concordam com essas atitudes dos alunos, deveriam dar a opinião de vocês, criticar. é ridículo demais toda essa omissão! se não querem generalização, porque os bons alunos não mostram a cara, porque não aparecem nas notícias demonstrando o senso crítico e o senso de cidadania de vocês?
pq quem está por cima é só mau exemplo pra sociedade?

Maria Júlia disse...

Cara, ok, não tem que generalizar, agora, dizer que quem tá criticando o trote aqui tá no mesmo nível de quem fez o trote só pq chamaram os Agrônomos de "ogrônomos" é piada, né? Você está cobrando das pessoas aqui um comportamento moral superior dos que fizeram a asneira. É o mesmo que dizer que um negro NUNCA, JAMAIS NA VIDA pode sentir raiva de um branco, pois "ele estará se igualando ao seu opressor".

Se você não fez parte do trote, não apóia isso, não é de você que o texto tá falando. Beleza?

E esse negócio de "ai, votei na esquerda, fiz mais do que todo mundo aqui", piada tb, né? Votou na esquerda, é? Tá com a consciência limpinha? Que bonitinho.

Maria Júlia disse...

Pois é, além do mais, tem o que a camarada disse. Esses trotes seguem um padrão: quem faz?

Geralmente, homens (mulheres tb, mas a maioria é homem).

Cursos? Normalmente os de "elite" (como os que exemplifiquei em outro comentário. Os cursos da USP com manifestações homofóbicas/machistas são: Adm, Economia, Veterinária, Farmácia etcetc).

E aí? É claro que existe podridão nos cursos de História, Letras etc, mas não é o padrão. E é claro que existe gente boa nos cursos de Adm, Economia, Vet e Farmácia. Mas não é o padrão.

Essa é a questão.

Anônimo disse...

Votei na esquerda que considero coerente! E pelo menos aqui no DFTV, já estiveram na mídia alunos do curso que são contra o trote e esse debate pelo que acompanhei nas redes sociais está acontecendo graças a Deus dentro do curso, pois antes tarde do que nunca.

Porém, acho nojento essa ironia que o post de cima usou " votou na esquerda, tá de consciencia limpa, que bunitinho! "

Votei sim, participo ativamente de debates que discutem problemas sociais! Nunca enfrentei os problemas do trote de frente pq sempre fui parte do grupo menor! e vivemos numa democracia, respeito isso!

Acho que tudo já foi longe demais!

Mas fico indignado com a generalização feita neste blog com os alunos da UnB e da agronomia também.

Ontem, no resultado do PAS, reitor e coordenador de curso demonstraram as novas medidas que estão sendo adotadas!

Não digo quem vota na esquerda vota melhor ou pior, esse não é o foco. Mas, a pessoa ser rotulada apenas por isso, lamentável.

Continuo não enxergando a diferença entre o preconceituoso (homofóbico, machista, racista) e o teor dos posts que generalizaram a atitude do trote!

francamente, viu!

Arthur.

Anônimo disse...

Por não ser o padrão do curso, não generalize! Você acaba ofendendo quem tem vocação pra fazer Agronomia e não possui nenhuma vocação pra falta de educação.

Mas entendo que o papel da sociedade livre é justamente o diálogo aberto! e compreendo que por conta de manifestações ultra radicais se consegue alguma modificação na realidade!

mas me senti ofendido, apenas queria registrar isso aqui!

parabéns pelo blog!

saturnreturn disse...

Lola, adoro quando você insiste e disseca um assunto. Adoro ver essa escória elitista ser esculhambada.

Grupo Colher de Pau disse...

O fato da direção da Unb não tomar nenhuma providência maior do que "orientar" e blábláblá, não é um indício de que nada vai ser feito, e se nada vai ser feito, talvez os próprios diretores são tão preconceituosos quanto essas 'pessoas'?

saturnreturn disse...

Putz...um negro e uma mulher defendendo a estrutura que os oprime. Parabéns, colonizados mentais!!!!

Letícia disse...

"Nãose iluda achando que feminismo é siônimo de liberdade, graças a essa ideologia estapafúrdia que as mulhers são obrigadas a trabalhar como homens, sendo mais exploradas do que antes"
Pessoal, não tenho como responder. Meu sangue coagulou todo nas veias qdo li isso.

Quanto ao Rafael... a Lola já respondeu tudo. Eu só acrescentaria uma coisa: tá quase na hora da UnB começar a ministrar uns cursinhos de civilidade e direitos humanos pra boa parte dos cursos da graduação, não? História tb não ficaria mal: talvez eles entendam que temos argumentos históricos suficientes pra não achar engraçada nenhuma "brincadeira" de humilhação a minorias.

"Acho que o grande problema é que esses alunos se concentram tanto no conhecimento dos cálculos e assuntos de sua área que acabam não evoluindo nada na área humana,social."
Concordo com isso. Fiz 3 anos do curso de Química e posso dizer que, salvo raras exceções, a regra era essa mesma. Embora as coisas fossem suaves - nunca vi grandes preconceitos por lá - não havia o mínimo de senso crítico e engajamento. Aceitavam toda e qq injustiça de cabeça baixa e ainda delatavam quem tentava mudar alguma coisa... foi um dos motivos pra eu abandonar o curso.

Maria Júlia disse...

Arthur, não sei se me fiz entender (ou pode ser que eu não tenha entendido). O que quis dizer com o "tá com a consciência limpinha" é que, em seu post, deu a impressão de que você quis dizer "votei na esquerda, então fiz minha parte", quando sabemos que o exercício da política não se restringe (e nem deveria) ao voto.

Rafael Agro UnB disse...

enquanto vierem aqui pessoas que leram em uma reportagem algo e subitamente descobriram que um curso de uma universidade federal é "racista, homofóbico e machista" não vamos evoluir no dialogo.

E enquanto acharem que um curso oprime ou rebaixa alguem por causa de uma brincadeira que acontece em uma manha de um dia em toda a sua vida, da qual vc tem a opção de simplesmente não participar esse puritanismo não vai cessar nunca.

O que não muda no fato do trote de agronomia não ser bullying é que até o presente momento não apareceu UMA caloura para denunciar (sendo preciso que outras pessoas o fizerem) e não apareceu UM calouro para dizer que foi obrigado a algo no trote.

Eu não me envolvo com trotes, não aplico nem nunca participei (como calouro ou veterano). Mas tenho verdadeira ojeriza por falso moralismo e puritanismo mediocre. Porem o curso de agronomia é perseguido só por ser agronomia, se a secretaria de comunicação da UnB não fosse tão ridicula vc veria que essa brincadeira acontece em outros cursos, mas como sempre só a agronomia está errada.

O que não se percebe nos posts preconceituosos e generalistas de vcs (que permitem afirmar com 100% de certeza que somos elitistas e "finhinhos de papai") é que a agronomia é um curso plural, onde negros e brancos, gays e heteros, mulheres e homens convivem muito bem obrigado.

Fazer uma carta pedindo desculpas? Desculpa para quem? Para as calouras que NÃO se sentiram prejudicadas? Para as tias puritanas que tiveram a vergonha ofendida? Ah, vai ouvir um funk, vai...

Faça um favor? Se querem realmente falar algo do curso de agronomia da UnB. Venham nos conhecer, o convite está feito.

Limito meus comentários a este, já que esse assunto logo será esquecido.

Até semestre que vem.

Unknown disse...
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Unknown disse...

Lola, não vou levantar a bandeira a favor ou não do trote, mas acredito e vejo que só participa quem realmente quer. Sou do 5º sem. da AGRO/UnB, participei do trote pq quis, afinal ninguém obriga ninguém a nada... mas, para não dar mais pano para manga ainda, digo que sim, somos muito bem tratadas por todos os meninos do curso. O que acontece no dia do trote, não é motivo de gracinhas posteriormente. Essa brincadeira, acontece há muitos anos e não somente na agronomia e, é conhecida por todos da unb, inclusive professores, diretores de institutos e seguranças..
Era só essa observação que gostaria de fazer, somos sim muito bem tratadas por todos.

Vou ficar pra tia disse...

Não sei se é motivo pra se proibir o trote. Acho que os próprios alunos é que deveriam amadurecer essa idéia e usar melhor a criatividade. Será que as garotas já não são crescidinhas o bastante pra saberem o que faz bem a elas e o que não faz?

Ainda acho que esse tipo de trote nao acrescenta em nada, pode ser engraçado, divertido, etc. Talvez se vocês tentassem o outro lado da moeda. Os calouros e veteranos homens passando um chiclete bola daqueles bem grandão com a boca, de mãos atadas. Que tal?

Ou então algo que condiga mais com as preocupações diárias de uma Universidade pública.

Não é querendo acabar com a graça das brincadeiras,mas gente...acho que vocês precisam rever essas relações homem-mulher aí,viu...
=/

Anônimo disse...

Letícia,
"Acho que o grande problema é que esses alunos se concentram tanto no conhecimento dos cálculos e assuntos de sua área que acabam não evoluindo nada na área humana,social."
Esta generalização sobre os alunos e exatas pode parecer a m ouvinte mais desavisado como um grande preconceito.
E como todos os preconceitos podem gerar grandes equívocos, como considerar que vc acha a nossa presidente,ou o Brizola, ambos da com formação em exatas, como pessoas "que aceitavam toda e qq injustiça de cabeça baixa e ainda delatavam quem tentava mudar alguma coisa"
Sei que esta não é a sua opinião, mas repare onde uma generalização apressada pode nos levar.
Abs
Eduardo

Priscilla disse...
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Priscilla disse...

Gente isso é muito grave, além da SPM, acredito que o MEC deve intervir junto a estas prátcias degradantes, que são os trotes de algumas universidades, digam-se de passagem as universidades do Sul, Sudeste e pelo visto Centro-Oeste, porque aqui no Nordeste não rola esse tipo de coisa não.
E na boa, a reitoria da UnB deve explicação, ou pelo menos um repasse de justificativa ao CA de Agronomia, que além de forma um bando de alienado que rechaçassa o MST e venera Kátia Abreu.
A conotação sexual é agressiva e machista, o direito humano à educação, neste episódio do trote torna-se violação de direitos humanos.

Letícia disse...

Eduardo, repare que eu só usei um comentário que foi feito anteriormente para comentar sobre um caso em particular, que vivenciei na faculdade de Química. Tb fiz questão de citar que há exceções (eu própria, e vários amigos).

Mas, de maneira geral, ocorre sim uma alienação do pessoal, tanto que a própria Unicamp notou isso e inseriu no currículo uma matéria chamada "Participação Cultural", dedicada a estudar um pouco de história e assuntos do cotidiano. Por enquanto só um curso tem essa disciplina, mas a turma costuma ser variada e mista... apesar de que, infelizmente, uma boa parte do pessoal (a maioria de Exatas) se matricula pra ganhar nota no mole e sai da aula depois de assinar a lista de presença.

Mas aqui já estamos nos desviando muito do tema. ;)

mai disse...

tô acompanhando a discussão desde o ouuutro post, e tá ótima. mas esse rafael, ein? entra aqui tentando defender, mas dispara tanta besteira e ainda se mostra "esquentadinho", aí acaba confirmando nossas suspeitas sobre o pessoal da agronomia, né? hahaha.
lola, sou de brasília. o curso de agronomia, além de fazer esse tipo de coisa, tem um pessoal que pensa que sofre "agrofobia" (tadinhos...são perseguidos a toa, né?) e ainda defendem a "HETEROFOBIA", pode?
e, não estou sendo irônica, mas mais aulas de humanas e etc, como disseram aqui, são EXTREMAMENTE necessárias em muitos cursos mesmo.....

e, ó, quem tenta defender tem uns argumentos tão fraquinhos, que não entendo a disposição que vocês tem pra discutir....a resposta pra tudo que eles dizem tá aqui mesmo: http://www.derailingfordummies.com

se eu fosse vcs só mandava algum link e pronto, hahaha (conheci o link no blog da marjorie, há tempos, sei que lola já conhece tbém...é demais!)

Anônimo disse...

Maria Júlia,

"Declarando" meu voto quis exemplificar que essa generalização não tem embasamento nenhum. Porém, quero reiterar que participo de alguns fóruns sociais de discussão dentro de organizações políticas e fora delas também. Apenas isso.

Abraço,

Arthur

Vou ficar pra tia disse...

Quem fez a generalização fui eu e se você ler direito, vai ver que ela não se limita somente ao curso de exatas,ok?
Disse isso exatamente porque nem eu mesma parava pra pensar nessas coisas quando estava na universidade. Dei minha opinião pessoal sobre o pessoal das FT's mas garanto que não sou a única a pensar que está cheio de machista homofóbico nesses cursos e os mais alienados sempre vão negar que não são nada disso. Claro! Eles nunca pararam pra pensar nisso! Já os mais grosseiros levantam a bandeira do orgulho hetero! Sim,já ouvi esse tipo de burrice,mas graças a deus não foi de alguém com quem convivo,mas de alguém com quem minha irmã convive. Só sei dessas coisas porque cheguei a participar do mundinho da minha irmã algumas vezes e meu, eu me sinto uma chata, porque tudo que vejo e ouço desse pessoal é deplorável, dói meus ouvidos, me causa profunda vergonha alheia!
Estou longe de ser a pessoa mais ética do mundo,que usa as palavras mais corretas,mas se esse pessoal tivesse um pingo de noção das tosqueiras que eles falam! Pelo menos noção, gente!Nem isso muitos deles não têm! É de matar!
Eu acho que vocês têm todo direito de fazer os trotes de vocês do jeito que vocês quiserem, mas tenham pelo menos noção do comportamento de vocês no dia-a-dia,gente, do impacto das brincadeiras, das palavras,entendeu? Não é pisar em ovos! É PARAR PRA PENSAR NESSAS COISAS.
Quando falo dos cursos de exatas, é porque acho que a situação tá pior entre eles,mas isso não exclui os cursos de humanas de jeito nenhum. O lance é que não os vejo tomando atitudes de bárbaros!Mas claro que você vai encontrar alienação e milhares de preconceitos em todos os cursos...É tudo falta de parar pra pensar...Acho que todos os dias deveria haver uma reunião guiada por professores em intervalos só para debates sobre esses assuntos. Isso ajudaria muito os alunos a pisarem no chão.

Marilia disse...

Olha, fui de exatas, formei em letras por escolha, sei muito bem como funciona a mentalidade lá e cá (o cá é letras).

Nem todo mundo lá é despolitizado e preconceituoso. Nem todo mundo cá é politizado ou sem preconceito.

Mas percebo que o número de pessoas preconceituosas lá é bem maior. Não há como negar isso.

Quanto ao trote, olha, muito legais os comentários, mas já deu para perceber que o pessoal de Agronomia, tradicionalistas que são, não acham que isso seja ruim, já que as meninas riem do trote.

Bem, não é porque elas se divertem que o trote se torna menos preconceituoso e machista, desculpem, meninos e meninas que vieram defender.

Passei em vários cursos na UFPa e, como alguém aqui já citou, não sofri trote, já que lá há tempos isso foi abolido. E ainda há pessoas que acham que o norte é atrasado.

Anônimo disse...

Marília e Vou ficar pra tia...

Primeiro: me divirto toda vez que vejo seu "apelido", vou ficar pra tia é engraçado, mas enfim...

segundo: concordo que na maioria, a mentalidade é muito torta ou algo parecido, dentro dos cursos de exatas! Mas, tive que levantar a bandeira! Concordo com o que vocês disseram nos dois últimos posts".

Terceiro: Esse universo e que o agrônomo vive leva a possíveis interpretações desvirtuadas da realidade!

Quarto: Acredito que de alguma forma, isso tudo foi bom! Pelo menos a universidade pelo que vi no site da UnB está se voltando para esse debate e o DCE está participando! tudo bem, sei que é hipocrisia do DCE, pois dentro dos cursos, sei que os mesmo integrantes aplicam os trotes!

Quinto: devia proibir e ponto final! Se quiserem fazer, que faça bem longe da UnB. Afinal, tô cansado de dizer que formei na UnB em agronomia e as pessoas perguntarem do trote. Saco!

Abraço.

ufa disse...

Oi Lola,
O que impressiona é que supostamente esse pessoal é universitário, passou por um processo de seleção e vem aqui tentando justificar o injustificável, com argumentos toscos e sem embasamento nenhum.
O que andam ensinando na universidade?

Janaina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Janaina disse...

Céus, isso me dá nauseas! Uma vontade de chorar! Eu queria ter estado lá pra chamar a polícia, fazer algo a respeito. Não é possível que tantos alunos assistam a essa humilhação e não façam nada! Só lamento.

Karina disse...

Lola, estudo Letras na UnB e a agronomia sempre foi conhecida por praticar os trotes mais nojentos/humilhantes. Lembro também de um episódio que repercutiu bastante, quando duas meninas deram um beijo dentro do Centro Acadêmico da Agranomia e levaram um tapa na cara (de outra menina!).

Anônimo disse...

Já postou sobre o trote que ocorreu em goiânia, no meio do principal parque da cidade!? Por lá a galera ficou nua no meio do parque!

Anônimo disse...

http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/02/trote-na-universidade-de-brasilia-tem-confusao-e-menor-alcoolizada.html

Unknown disse...

Hoje em dia tudo é bulling. Eu fui presidente do Centro Acadêmico de Agronomia no ano de 1999 ou 2000. Dei trote escroto. Entrei em coma alcoólico no meu trote e estamos todos vivos. Os calouros que eu mais sacaneei foram meus melhores amigos durante o curso. Vai tomar no cu essa viadagem de trote tem que ser solidário. Foda-se essa porra. Agronomia comanda. Se num guenta bebe leite. Vai fazer biologia ou arquitertura.

Anônimo disse...

Certa vez, ouvi dizer que os homens nordestinos são muito machistas. Provavelmente, deduzi eu, as origens dos colonizadores, mas n apresento isso como justificativa. Pergunto: a força de trabalho empregada na construção de Brasília, segundo aprendi e depois pude observar pessoalmente, é predominantemente oriunda da região nordeste do país. Sendo comum a manutenção da cultura da região de origem quando migramos, podemos considerar está hipótese?

Ana Rose Flores disse...

Bem, primeiramente, parabéns, Lola, por tamanha coragem e dignidade em fazer tal denúncia. E mesmo sendo tão medievais isso que é o trote, sua barbárie e falta de pensamento crítico, ainda encontramos pessoas pensando que trote é para fortalecer os fracos. Não entendo que isto sirva para integrar estudantes. Creio que o trote serve para juntar, unir quem pensa a sociedade e universidade com base na desigualdade e no preconceito. Ou melhor, serve para unir pessoas que têm dificuldade em pensar criticamente, de ver a violência que está posta no dia a dia e ainda a reproduz cegamente. Poderíamos enumerar aqui milhões de casos de trotes, uns mais pesados, outros não tanto. Não importa. Não existe trote bonzinho, a palavra trote já implica opressão, domesticar o outro (não humano, por isto, bixo). Não é tudo que é bullying. Mas trote não é somente bullying, é um crime travestido de brincadeira, é tortura. Quem o defende precisa se conhecer melhor. Sem mais.