sexta-feira, 7 de maio de 2010

VÍDEO OFENSIVO OU ENGRAÇADO?

Uma leitora, a Yasodhara, perguntou: "Há atualmente uma briga muito grande entre feministas e o pessoal que fez este vídeo. O que vc acha, que ele incita ou não a violência contra a mulher? Você acha que humor tem limite?".
Nunca tinha ouvido falar no vídeo. Mas fui atrás e vi três episódios: neste, a protagonista, Amanda, dá dicas de como esconder a violência doméstica (com maquiagem); neste outro, ela ensina como lidar com a traição do seu amado (algo como “não importa se ele venha caído de bêbado e carregado por duas piranhas, é pra sua cama que ele volta quase todas as noites” — eu trocaria a palavra “piranhas” por outra menos ofensiva), e neste, como fingir orgasmo. Amanda é uma gracinha. Voz e ar de sonsa, jeitinho sapeca, e só fala besteira — como pulula nos comentários (masculinos) do YouTube, a mulher perfeita (eu sei, eu sei que faz mal à saúde ler comentários do YouTube).
Bom, falando por mim, não em nome do feminismo, eu, só euzinha, já falei que não falo em nome de ninguém?, achei os vídeos engraçados. Na vida real, conheço gente que pensa assim, e muitos falam igualzinho a Amanda. Não creio que o primeiro vídeo seja uma incitação à violência. Pelo contrário, é uma crítica a quem acha que mulher que apanha deve aguentar calada, e que o mais importante é segurar o marido. Mas o detalhe das mãos (“evite sempre os ossinhos”) eu achei um pouco demais. Não por ser didático. Por ser realista mesmo.
O problema com toda ironia é o de sempre: quem acha que Amanda está coberta de razão, e que no fundo ela é uma pessoa sábia, não entenderá a piada. Difícil alguém daqui deste bloguinho não sacar a ironia do vídeo. Quer dizer, como levar a sério uma “dica” como a do final do primeiro vídeo? (“Lembrem-se: mulher que apanha do marido fica solteira. Mas mulher que cai da escada ou bate com a cara no armário da cozinha fica casada, e pra sempre”). É muito evidente que pessoas que pensam como Amanda são retrógradas, estão erradas, vivem no século retrasado e votam no Serra (desculpe, não resisti a esse último pedacinho).
Se humor tem limite? Eu até concordo com Mark Twain, que disse que humor é tragédia, mais tempo (“humor is tragedy plus time”). Em outras palavras, fazer uma sátira do atentado às Torres Gêmeas no dia 12 de setembro de 2001 não seria uma boa ideia. Mas, quem sabe, uns anos depois, dá pra tirar sarro de tudo.
Acontece que algumas tragédias nunca saem de moda. É o caso da violência contra as mulheres. Nenhuma piada sobre estupro é engraçada. Não existe isso. Estupro, ou a ameaça de estupro, é parte integral das nossas vidas. Só alguém que não vê estupro como uma tragédia pode fazer ou rir de piadinhas de estupro.
Se bem que, depois de escrever isso, lembrei de Lolita. O romance do Nabokov definitivamente pode ser visto como uma história de abuso sexual infantil. E, ainda assim, toda vez que releio essa obra-prima eu rio alto. Então passo a bola pra vocês, leitor@s: humor tem limite?

75 comentários:

Unknown disse...

Nao conseguir rir mas já entendi que é uma puta ironia e muita boa!

Eu nao duvido que deve ter mulher que foi treinada a acreditar que é melhor apanhar do que "ficar solteira".

Tai um jeito bom de mostrar a realidade em forma de humor e linguagem acessivel.

Ághata disse...

Lolinha, minha mono é sobre violência doméstica contra mulher, não consigo ver graça neste vídeo de jeito nenhum...

Para mim, o intuito do vídeo foi fazer troça com Mulheres que sofrem violência doméstica, que fingem orgasmo e por aí vai...

[Fora que não consigo ver uma mulher com decote e falando feito sonsa que não esteja ali pra ser 'apreciada'.]

Adrina disse...

Eu acho que humor tem limites, sim, mas o vídeo é claramente uma ironia.

Pri S. disse...

Para entender humor e ironia é preciso uma mínima dose de bom senso e capacidade de crítica.

Porque o mais comum é que as pessoas riam não pela "sacada" irônica que leva à reflexão. Mas pelos motivos mais "rasos": a brincadeira, o jeitinho bobo da menina, o esterótipo do decotão e pela forma tão simples de tratar aqueles assuntos que soa quase "natural".

Parece ser uma forma de fazer uma leitura leve de assuntos pesados. Mas é uma faca de dois gumes: pode atrair pessoas mais esclarecidas que entendam o recurso linguístico da ironia, mas também pode atrair pessoas com pouco senso crítico e que tenham tendência a não transcender o "concretão" - e isso, mesmo que sem intenção, pode contribuir para a manutenção do preconceito e de valores desvirtuados.

Falando assim eu fico parecendo uma chata sem humor, que não relaxa, não sabe brincar e fica fazendo aquelas análises "ativistas" num grau extremo.

Claro que eu ri com algumas passagens do vídeo. É tão absurdo, causa tanto mal estar que a reação pode ser esta. Mas assim que terminei de assistir fiquei pensando nas mulheres que passam isso na pele e assistem esse vídeo. Ou adolescentes novinhos, que ainda não tem personalidade formada... Ler os comentários só mostra o quanto as pessoas tendem a ficar na superfície e pouco se atêm à reflexão sobre a ironia mostrada.

Portanto, sou a favor da liberdade de expressão. Se os responsáveis pelo vídeo escolheram essa forma para abordar estes assuntos, é um direito deles. Foi o caminho "artístico" que escolheram. Cada um tem o direito de escolher seu nível de comprometimento com certas causas. De nenhum a um grau elevado. Prestando um desserviço ou contribuindo positivamente.

O que eu posso dizer é que se eu fosse abordar temas tão controversos, repletos de drama e ainda tão tratados com preconceito, eu jamais escolheria o caminho que os responsáveis pelo vídeo escolheram.

Giovanni Gouveia disse...

Lembra um comercial de produto de limpeza, que uma mulher dizia, mostrando a mão enfaixada, que não tava nem aí, porque ela tinha duas mãos justamente pra outra trabalhar enquanto a outra estava ruim...

Por certo ironia do comercial, mas tem coisa que eu não gosto de fazer piada, e olhe que eu aprecio muito algumas piadas de humor macabro...

Thigão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Thigão disse...

Acho que dependendo do humor não vale a pena ser exibido.
Tem coisas que podem não incitar a violência mas causa danos emocionais ou "ensinam" formas erradas de lidar com várias situações da vida.
Em nosso país ainda existem pessoas "ignorantes" vai que uma dessas assistem esse vídeo através de outras pessoas???

Priscilla "S" disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Priscilla "S" disse...

"Fora que não consigo ver uma mulher com decote e falando feito sonsa que não esteja ali pra ser 'apreciada'."

Acho que essa é uma leitura que sem querer a gente aprender a fazer de uma mulher que usa roupas que exploram a sensualidade do corpo.Que elas nao tem cérebro ou coisa do tipo.

Mas a funcao de um decote nesse video que lida o tempo todo com esteriotipos seria a única a da moca querer que seu corpo seja apreciado?

"Em nosso país ainda existem pessoas "ignorantes" vai que uma dessas assistem esse vídeo através de outras pessoas???"

A notícia ruin que existe dessas pessoas no mundo todo.Aqui na Alemanha mesmo já ouvi cada "genialidade" que se eu contar ninguem acredita.De alemaes,de tchecos,de americanos,...

Nao,Primeiro Mundo nao,o povo é iluminado.Só o brasileiro,esse povo atrasado.É a primeira coisa que se descobre ser mito depois de um tempo vivendo em país i-lu-mi-na-do.

Sil disse...

Vou falar de um assunto, de uma frase pequenininha do seu post que não tem nada a ver com o tema principal do debate. Votar no Serra... Minha candidata natural seria Marina, mas ela é evangélica. Dilma, segunda opção, apóia Garotinho no Rio, está com ligação forte ao PR (da Universal). E Lula nos enrola, os gays, há oito anos.
O que fazer? votar em branco, fundo do poço... algúem aí tem uma visão menos pessimista que a minha?

Sil disse...

Sobre o video, é um humor tipo Cleycianne, que por sinal eu gosto muito. (não vi os vídeos, só li o post, pra mim é o suficiente nesse caso :)
www.cleycianne.com

Camila Breda disse...

Certamente esse vídeo é uma ironia, não consegui rir, mas foi muito bem feito.

No blog que fez o vídeo tem até o 4, e a menina Amanda vai aparecendo cada vez mais machucada. No fim do vídeo 4 ela fala da violência doméstica, que tem que denunciar e tal, acrescentando no fim, mais um comentário irônico.

O problema não está no vídeo em si, mas no público que for assistir.

Aqui no blog acho que todos acabam percebendo a ironia da coisa. Mas no youtube se percebe pelos comentários que há pessoas que acharam ela um exemplo de mulher.

Espero que estas pessoas tenham assistido todos os vídeos, por que no último da pra perceber bem qual sua intenção.

Da pra perceber bem a diferença desse vídeo com programas que comumente apresentam mulheres com este estereótipo (tipo zorra total).

No vídeo se percebe o exagero (uma das características da ironia), já nesse programas há uma naturalidade ao se expressar essas questões (violência contra mulher, coisificação da mulher).

É tipo: vamos rir por que é engraçado uma mulher apanhando e não vamos rir por que é um exagero.

Luciana disse...

A menina que faz Amanda é uma fofa mesmo.
Bom, quanto aos vídeos, ironia e das boas, mas como você disse, será que todos sacam?
Mas são muito realistas.

Mévia disse...

Putz, eu ri!
Embora sejam coisas bastante corriqueiras na vida de muitas mulheres.
Consigo enxergar um lado bom, se (1) Tem gente que ri com isso (2) Tem gente que entende essa ironia e (3) Existem pessoas que conseguem fazer piada da situação (os responsáveis pelo video, eu quero dizer...) significa que existe gente que vê essas coisas como extremamente absurdas!!! Eu quero dizer, para algumas pessoas essas questões já estão tão claras que conseguem rir e fazer piada disso (embora essa ainda seja a realidade de muitas mulheres).

Dani disse...

Não achei graça nenhuma, mas o pior de tudo são os caras comentando no 2º video, lamentável. Como comentaram lá é um humor perigoso.

Danielle Luz disse...

Lola, corri para ver os videos e percebi que tem um 4º capítulo: http://www.youtube.com/watch?v=yRvCtX-Bcg4
No final do episódio, a atriz deixa um quê de conscientização sobre a violência doméstica! O engraçado é que nessa hora ela fala bem baixinho, em outro tom, e volta a se despedir com a mesma graça de sempre!
Veja lá!

Isis disse...

Reclamar desses vídeos e criar uma grande discussão a respeito deles eu já acho demais, pq claramente é um ironia. Eu achei engraçado (não a ponto de gargalhar, mas ainda assim engraçado).

Mas o perigo está no fato de que casa pessoa tem um ponto de vista. Uma pessoa que acha realmente que tudo que ela falou é verdade vai super apoiar. Eu abomino, então eu consigo enxergar que o vídeo é irônico e até achar que é uma espécie de crítica.
As pessoas precisam relaxar um pouco, saber que batalhas devem lutar e quais devem "deixar pra lá". Até pq, se pararmos pra pensar, é assim com tudo! Se você vê uma reportagem na TV sobre uma mulher que apanhou do marido e acha o cúmulo do absurdo, pode ter certeza que vai ter outra pessoa assistindo que vai soltar um "ela deve ter feito algo pra merecer". É tudo ponto de vista e devemos lutar pra esclarecer as pessoas que pensam uma barbaridade dessas, mas implicar com um vídeo que pode ser interpretado das duas maneiras (apoio ou crítica à violência) me parece extremo, no mau sentido.
Não é à toa que muita gente torce o nariz pro feminismo e acham coisa de mulher chata que reclama de tudo. Muitas pessoas não sabem analisar a importância das situações, basicamente reclamam de tudo MESMO.

Isis disse...

"Fora que não consigo ver uma mulher com decote e falando feito sonsa que não esteja ali pra ser 'apreciada'."

Aí a gente percebe nosso próprio preconceito, nosso senso comum. Pq é assim? Se pareço ou me comporto como sonsa (não necessariamente sou) e ando com roupas decotadas (ou curtas, justas, enfim) meu objetivo é ser apreciada?
Canso de ouvir mulher falar que fulana "não presta" e coisas do tipo simplesmente pelo modo que a pessoa se veste, sem nem conhecê-la.

Ariadne Buendía disse...

Ih, Lola, assim fica difícil, todo dia tem um post que eu quero muito comentar... Quem trabalha desse jeito? ;) Minha dissertação foi sobre a comicidade em um autor português e sempre me interessa esse assunto, que acaba sendo um dos pontos com os quais eu discordo, às vezes, de alguns blogs feministas. Eu trabalhei com humor mesmo, e não com a ironia, que é maior (pode haver ironia sem humor, é claro). E daí que, sabe qual é a "vantagem" do riso? É que não há como dominar totalmente o efeito que uma piada vai causar. Eu digo que isso é bom porque mesmo quando o alvo de riso é bem claro a risada pode atingir quem, teoricamente, estaria na posição de quem ri. Claro, é mesmo uma faca de dois gumes, mas é complicado querer limitar com base nas interpretações erradas de gente preconceituosa. Essas pessoas vão enxergar o mundo da maneira (torta) que bem entenderem - os ultrarreligiosos americanos não viram em um filme sobre PINGUINS uma prova do design inteligente e uma exaltação à família tradicional? Claro que é preciso tentar, em outros campos, mudar a mentalidade das pessoas, mas nem por isso a gente vai deixar de fazer humor. Respondendo mesmo à sua pergunta, eu acho que, sim, humor tem limites, às vezes bem difíceis de traçar, mas existe aquele bem simples do que causa terror ou piedade, o que é domínio do trágico, e que você bem pontuou muito bem como o detalhe real demais dos ossinhos - as minúcias causam desconforto e pena. Mas aí existe, sim, o riso maldoso, que pode ser uma resposta muito interessante ao politicamente correto, que se preocupa com a linguagem PARA não se preocupar com as minorias. O problema, claro, é a banalização desse riso que há na internet hoje em dia, fazendo com que muitos achem que qualquer desgraça alheia é engraçada por si só. Mas, como eu disse, querer cortar isso é contraproducente. Tem uma frase de um teórico que eu acho muito boa, que diz que o riso surge quando o medo foi dominado, eu acho que faz todo o sentido sobre esse vídeo, pois ele surge em um contexto em que há cada vez mais visibilidade, em que as vítimas cada vez mais denunciam. Daí que, por mais que apareçam homens fazendo gracinhas, as mulheres não vão achar que ela está falando sério e tomar como um conselho de comportamento submisso, é uma piada entre mulheres, para tratar com leveza um assunto sério, como disse a Pri.

Juliana disse...

Lola, leio sempre o blog,mas não comento quase nunca. Adoro os seus textos.

quanto ao vídeo, não ri com eles ,mas a ironia é bem clara e bem feita.
Minha primeira reação ao vê-lo foi pensar: " poxa, será que as pessoas morrem de rir disso? Será que tem gente que verá nesses vídeo um mero deboche do sofrimento de milhões de mulheres?"
Bem, pior é que tem ,né?

Não acho que haja temas que não podem ser tratados com humor. Acho que depende é do tipo de humor e da finalidade. Fazer piada só pra ofender, reforçar estereótipos é inutilidade. No entanto, humor que se propõe a rever discursos, a criticar sempre é válido.
Na minha opinião, o vídeo ironiza o discurso que acaba por estereotipar a mulher e naturalizar comportamentos absurdos.
Ah, e claro que o vídeo tb ironiza esses programinhas femininos que acham que podem oferecer modelos e catequizar suas telespectadoras.

Assino embaixo do comentário da Camila.

Beijão pra vc, Lola!! Sou fã das suas crônicas de cinema.

Julia Zamboni disse...

Acho que assim como o estupro, piadas sobre violência doméstica são inadmissíveis justamente porque não tem graça. Humor sobre negros, gordos, índios, mulheres vitima de violência, ou quaisquer outras minorias é muito fácil fazer, é só o que se vê. Prefiro humores refinados mais inteligentes.

Mariana disse...

Pra mim, a série de vídeos não passa de fina ironia cheia de exageros e usada como uma forma de crítica. A crítica é feita com uma linguagem hiperbólica, que pode soar crua demais pra gente de estômago sensível, mas acho que a maioria das pessoas esclarecidas entende que não é apologia à violência contra a mulher e nem ao machismo. Tudo vai depender da interpretação, mas infelizmente muito troll leva a sério e assina embaixo.

Eu achei engraçado e inusitado como linguagem e forma de criticar, mas isso sou eu. Como cada pessoa vai receber e interpretar a mensagem vai depender de vários fatores. Mulheres que sofrem desse problema podem ter dificuldades em relativizar, o que é compreensível; assim como os machistas de plantão podem encarar isso como um manifesto, infelizmente.

Eu já fiz alguns vídeos de humor no Youtube e, mesmo a maioria sendo bem irônico, teve gente que não captou a piada. O primeiro foi satirizando os pseudo-intelectuais da academia e, embora muita gente tenha gostado, recebi comentários de quem achava que nosso filme estava "tratando os universitários como imbecis". Vai entender? (O link, caso se interessem em assistir: http://www.youtube.com/watch?v=9VOPIrA2o8A "Como fazer uma monografia pseudointelectual nota 10)

O ponto é, pela minha humilde experiência, que a gente perde o controle sobre uma mensagem que queremos transmitir a partir do momento em que ela se "materializa" (ou se digitaliza, mais de acordo nos dias de hoje). Nós criamos nosso vídeo como uma sátira, mas não são todos que o verão assim. Aposto que a Amanda e equipe quis criticar a situação usando o humor. Agora, se as pessoas vão ver como ironia, vão levar a sério e aplaudir ou se ofender; isso eles não têm como controlar ou prever.

Se o humor tem limites? Eu acho que sim, mas esses limites são tênues e variam de acordo com a situação. Por exemplo, no mundo ocidental, ninguém se ofendeu com as caricaturas de Maomé, mas os muçulmanos... Mexer com religião, etnias, doenças e tragédias é complicado.

Priscilla "S" disse...

As vezes esses que apoiam a Amanda e apoiam a ironia só adolescentes querendo chocar com sua "crueldade".

Uma ironia tao escancarada e cheia de caricaturas e cliches exagerados é dificil nao notar.Ainda mais nas partes em que ela fala "comente num video em que vc nao entenda nao e nos comentarios esteja palavras como "ironia e sarcasmos" ou "livre a cabeca do mundo real como as coisas terriveis que acontecem com sua vizinha".




O pior quando este tipo de mensagem que o video ironiza esta em propagandas esta em forma sutil em propagandas,propagamas de TV,conselhos da vó,revitas,....

Natália disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vivien Morgato : disse...

Lola do meu coração....rir com Nabokov? Como vc conseguiu essa façanha, mulé?
Eu achei punk, punk, escrotérrimo meeeeesmo.;0(
Não vi os vídeos, mas depois deixo meus pitacos.

Grande beijo.

Natália disse...

O problema n é se é ironia ou n, e sim q a violência contra a mulher é tão difundida q a maioria acha graça pq n vê problema nenhum nisso.

Ao invés de fazer esse tipo de humor q n qstiona a causa disso (pq ela dizer q mulher q apanha fica casada pra sempre ainda ajuda a fazer troça das q n denunciam ou fogem, como se n existisse td uma construção social q diz q é sim mais importante ficar casada no matter what, e n é só dependência emocial, há dependência financeira na maioria dos casos e ameaça de morte), a gnt precisa discutir com seriedade a qstão. Uma mulher denuncia na delegacia o marido q bate e os policiais, a vizinhança, a própria família acha q em briga de marido e mulher n se mete a colher, ou q no fundo ela gosta pq n pega as coisas e vai embora, etc. A Amanda reforça isso, mt mais do q tem potencial pra qstionar, ainda mais sendo a típica figura tonta, ou seja, só mulher idiota q n merece respeito nenhum vai se colocar na situação dela.

Agr, aki o seu posicionamento é tão qstionável qnto na qstão do Polanski.

1º- vc n vê graça em piada de estupro pq vc se sente ameaçada td dia qndo sai de casa, pq estupro pode acontecer com qlqr uma. Só pq vc n se sente ameaçada pelo seu marido, só pq vc n vê ou ouve falar com frequência, vc consegue achar alguma graça. Pra vc, a piada com estupro n tem nem como ser irônica pq ele acontece td dia, td hr, n tem o fator plus time. E vc acha q a violência doméstica, q mts vezes vem acompanhada de estupro pelo próprio parceiro, n acontece td dia, td hr?

2º- será q levando em conta Twain, daki a alguns anos tiraremos sarro das vítimas do Holocausto tmb? Acredito msm q o tempo possa transformar algo tão repulsivo em piada, mas isso pq a qstão foi banalizada e justo por esse motivo a história estará mt mais próxima de se repetir.

É esse o problema de Amanda e similares: banalizar uma qstão seríssima em prol de umas risadas. Msm q a piada seja crítica, n se pode negar o fato de q o humor é sempre um alívio. Nós q n somos vítimas precisamos realmente nos aliviar dessa realidade horrenda?

Sim, pq qm sofre a violência com certeza n acha graça na piada e ainda deve se sentir pior sabendo q pra outras pessoas sua história de horror lhes dá uns minutos de riso e descontração.

angelica duarte disse...

Os vídeos me preocupam bastante, não consigo ver nenhuma crítica ali. Pra mim, os comentários [que foram moderados] parecem um termômetro pra isso, e inclusive indicam, pra mim, a ausência total desse "humor inteligente".

Não existe nenhum comprometimento (ou preocupação) com a causa, isso fica muito claro em todos os vídeos onde falam sobre mulheres.

Chegaram a ver o vídeo onde eles falam especificamente sobre feminismo?

http://www.youtube.com/watch?v=lu9By2rcqgc

Pra mim, isso é deslegitimar um movimento e pensamento que vem fazendo diferença na vida de muitas mulheres.

Joaquim disse...

Eu me preocupo quando as opiniões não divergem. Por isso é um alívio ver que isso não aconteceu aqui. Considero-me uma pessoa bem humorada. Contudo, considero perigoso a ideia de poder achar graça de certas situações extremas depois de algum tempo. Concordo com a Natália quando ela diz que a questão acaba sendo banalizada e isso pode representar uma reprise de acontecimentos históricos deploráveis.

Carol Morais disse...

Sinceramente, eu nao vi NADA de preconceituoso nos videos. Achei super bem bolado, ate pela propria atriz, que se faz de ingenua e boa moca. Outro ponto eh o fato de ela sempre colocar as coisas que sua avo dizia ou sua mae.

Achei muito bacana. IRONIA clara.
Achei muito obvio isso quando assisti.

Anônimo disse...

To com a Natalia!
Puxa Lola,não acredito que vc,mulher inteligente e feminista não percebeu o ar de zombaria para com a violencia domestica.Não pra denunciar ou ser ironico,mas pq eles acham graça mesmo.
O sofrimento feminino é a grande piada do século.
Enfim devo ser uma mau-humorada né...

PS:Engraçado que eles não fazem piada com negro que apanhou de racistas na rua,ou de uma pessoa com cancer ensinando os demais a disfarçar a careca devido a quimioterapia.Pq será?
PQ NAO TEM GRAÇA.
Violencia Domestica tbm não devia ter.

Bru Holmes disse...

Concordo com a Natália e a Roberta.
Piada com violência aos negros teria graça? Não.
Como disse a Roberta, piadinha pra disfarçar a careca(caso de alguns cânceres)não TERIA A MÍNIMA GRAÇA.
E violência doméstica NUNCA tem ou teve graça.

Piada escrachada ou irônica, NÃO TEM GRAÇA.

Anônimo disse...

O que acho interessante é que o vídeo, da forma como foi construído, pode levar a inúmeras interpretações e elas dependerão principalmente dos valores e do caráter que cada pessoa traz consigo. Por exemplo, quem acha divertido e faz comentários do tipo "essa é pra casar", é porque apoia a violência e pensa que é um tipo de problema que não lhe diz respeito. Desse modo, podemos ter conhecimento de como alguns membros da sociedade encaram a violência, o que é bastante significativo.

A afirmação "mulher que apanha do marido fica solteira (...)" possui, de certa forma, uma mensagem de incentivo à denúncia por parte das mulheres que sofrem do mal. Se a mulher é agredida e denuncia ela possui maiores chances de se ver livre do cara, ou seja, torna-se "solteira". Mas, se ela mantém oculta essa agressão e inventa desculpas quando questionada sobre as marcas em seu corpo, ela corre o risco de permanecer nessa situação por muito tempo.

Infelizmente, não é tão simples assim.

Há que se concordar que não é só ir lá e dar queixa do agressor e assim deixará a mulher em paz e feliz. Existem inúmeros fatores que impedem a denúncia e um deles é a falha no próprio sistema. Não existe um programa global de acompanhamento às mulheres e famílias que sofrem com a violência doméstica (não consigo separar violência à mulher e violência doméstica) e nem sempre os agressores são punidos adequadamente, quando necessário. Com isso, a violência, além de perpetuar-se, cresce cada dia mais e a solução para o problema torna-se cada vez mais distante.

Assim, a violência à mulher é também uma violência social. Quem considera isso algo normal é porque já se acostumou a ver pessoas agredindo-se e matando-se todos os dias (claro, enquanto não acontece dentro da própria família tudo vai bem, obrigado) e isso, sim, é preocupante porque aí o comodismo já se instalou e ninguém faz absolutamente nada a respeito, preferindo rir com piadinhas envolvendo mulher pelada na televisão ou interpretando a seu próprio modo e ignorando qualquer crítica ou ações destinadas à resolução.

Gisela Lacerda disse...

Pois é... Complicado. Nem vou ver o vídeo que é para não me impressionar e não ficar influenciada, porque solteira já viu, né? ;-))

Lola, eu adoro Lolita do Kubrick. E fico bastante tensa com o drama de todas aquelas personagens e principalmente do homem. Lembra o estado que ele fica? Então, eu adoro esse Lolita especificamente porque o diretor "diabolizou" a menina, mas ao mesmo tempo mostrou os dois como vítimas. Não acha?

As frases de Mark Twain são mesmo impagáveis.

olhodopombo disse...

Já dizia Nelson Rodrigues:"mulher de verdade gosta de apanhar".....

lola aronovich disse...

Pronto, taí alguém que não conseguiu ver ironia no vídeo... Adoro quando citam Nelson Rodrigues como se fosse uma super autoridade em termos morais, e não um reaça da pior estirpe. Nelson foi (e, como suas obras continuam, é) um grande dramaturgo, mas não foi um grande ser humano.
Fátima, dessa forma vou ter que me juntar ao coro da Lauren e passar a trocar seu apelido para Cerebrodepombo.

Aline Schmitt disse...

Eu tinha visto o 1º video, não achei nenhuma graça e estava decidida a não ver mais nenhum, ainda que me parecesse ironia/crítica.
Mas depois que eu vi o video indicado pela angelica e principalmente as respostas dos "humoristas" aos comentários, eu percebi que eu estava sendo muito otimista. Eles falam sério em tom de brincadeira. Nos comentários desse video, reiteram a idéia de que feminismo é o feminino do machismo. Que se antes as leis oprimiam as mulheres, hoje oprimem os homens. Chegam a comparar a lei Maria da Penha com a lei que impedia que as mulheres trabalhassem sem autorização do marido.
Eu não ficaria admirada se encontrasse algum vídeo deles reclamando de heterofobia ou do sitema de cotas.

DiLuaa disse...

Olá! Conheci o blog faz uns dez dias e me apaixonei! Lola, sou sua fã! Acho que já li uns 80 por cento dos textos: amo cinema. Também gosto muito das reflexões sobre o papel da mulher na sociedade. Tenho pensado bastante sobre o que aceitamos como normal....
Agora, sobre os vídeos, bem...para mim está mais que claro que são ironias. Mas sou uma pessoa esclarecida, é verdade.
Agora, por outro lado, que não é, realmente, se sentirá incentivado? Da forma em que foram feitos os vídeos, tem uma opinião um tanto
"suave": servem ao menos para se encarar esses problemas da mulher moderna. Quem já acha que a mulher deve apanhar, aceitar traição, fingir prazer e etc, continuará achando. O vídeo não acrescentará em nada, a não ser "Tá vendo? Alguém também pensa assim!" e, considerando que os amigos dessa pessoa também pensam. Agora, para quem nunca parou para pensar neles, há uma irônia que faz pensar.
Bem, realmente, não sei como me sentiria se passasse por esses problemas, especialmente o da violência, mas em geral ninguém gosta de ver sobre algo de ruim pelo o que se passou/passa, não? Talvez, eu visse e apenas me sentisse mal, talvez eu pensasse: Céus, como é ridículo eu esconder das pessoas pelo o que eu estou passando...
Não sei, realmente. Mas ao menos me fizeram pensar.
Abrs

Maísa disse...

"Acontece que algumas tragédias nunca saem de moda. É o caso da violência contra as mulheres. Nenhuma piada sobre estupro é engraçada. Não existe isso. Estupro, ou a ameaça de estupro, éparte integral das nossas vidas. Só alguém que não vê estupro como uma tragédia pode fazer ou rir de piadinhas de estupro."

Bem colocado. Violência doméstica é uma tragédia para mim,faz parte da vida de milhões de mulheres no Brasil (A cada 1 minuto, 4 mulheres sofrem algum tipo de agressão doméstica. Será que elas também conseguem rir da "Amanda"?). Eu não consigo rir, nem fazer piada e nem respeitar quem faz. Nenhuma face da violência doméstica é engraçada, uma pena que ainda se permita isso.

Como eu respondi pros Anões, bater em mulher é tão engraçado quanto molestar crianças ou incendiar índios. Será que quando eles preparem um videozinho com esses temas vai ser tão bem aceito assim?
"Só humor", "É uma denúncia!". Queria ver a reação do público a um vídeo onde menininhos e menininhas dão dicas "bem-humoradas" de como encarar os estupros diários dentro da própria casa.

Maísa disse...

"O politicamente incorreto está na moda nos meios de comunicação. Colunistas, jornalistas e blogueiros enchem o peito e, como se fossem os paladinos da liberdade de expressão, desancam os movimentos sociais, o feminismo, maio de 68, os quilombolas, os índios e tudo mais que tiver um ar de correção política ou cheire a idéias de esquerda. Tá legal, eu aceito os argumentos, mas não levantem as vozes tanto assim: não há ousadia nenhuma em ser politicamente incorreto no Brasil; aqui, a realidade já o é.

(...)

O sarcasmo dirigido aos intelectuais de esquerda seria audaz e iconoclasta caso o Brasil tivesse vivido de 37 a 45 e de 64 a 85 sob as ditaduras de Antonio Candido e Paulo Freire. Se antropólogos de pochete e índios com camisa do Flamengo estivessem ameaçando o agronegócio, devastando lavouras de soja para plantar urucum e cabaça para fazer berimbau. Se durante o carnaval as feministas pusessem no lugar da Globeleza drops de filosofia com Marilena Chauí e Susan Sontag. Se a guitarra elétrica fosse banida da MPB pela banda de pífanos de Caruaru. Do jeito que as coisas são, contudo, o neoconservadorismo faz sucesso não porque choca a burguesia, ao cuspir no solo de onde brotam seus nobres valores, mas porque assina embaixo da barbárie vigente – e ri dela.

(...) quem quiser cuspir no chão pode continuar cuspindo, mas deixe de lado esse tom varonil de quem está pegando touro à unha, quando não faz mais do que chutar cachorro morto."

Antônio Prata

http://conselheiroacacio.wordpress.com/category/escritores-brasileiros/antonio-prata/

Guilherme Tadeu de Paula disse...

Sua opinião em relação a esse fato é mais inconsequente do que os redatores da série Amanda, que não tem nada de crítica.

É muito claro notar isso. O humor crítico critica o agressor. Esse é o humor reacionário, de direita, que faz graça do agredido.

Ainda se fizesse piada do agressor, seria um terreno muito tênue e perigoso, mas talvez merecesse algumas linhas com esse tipo de abordagem que aqui você deu.

Mas não. Fizeram piada do agredido. Se há alguma crítica, isso é, se nos esforçarmos demais pra ver algo do tipo, em última instância, a piada é a seguinte: a culpa é da vítima!

É mais ou menos a mesma lógica de quem diz que o estupro é motivado por quem não usa roupas largas. A "crítica" consciente-tipo-VEJA, linha de argumento parecido de quem inventou aquela camisinha antiestupro.

Lola, seu texto é irresponsável. Principalmente porque servirá de muleta para idiotas rirem do babaquismo supostamente bem-humorado e com consciência social.

Uma pena que, diferente do filme que dá nome ao seu blog, não será possível viver em uma realidade paralela em que você não tenha cometido a insanidade de escrever esse texto.

Unknown disse...

Esperava mais da autora do blog. Já vi coisas muitas interessantes e inteligentes aqui.
O humor deste vídeo é inexistente e sua divulgação inaceitável por dois motivos: é feito por homens, o que significa que representa nada menos que o pensamento de um grupo favorecido sobre a ordem de costumes vigente e não rompe com o pré-estabelecido; é o clássico humor que mexe com um tema polêmico e sério pagando de crítico, mas sem fazer crítica nenhuma. Pq um vídeo realmente crítico seria algum que mexesse com a estrutura, que violasse as idéias e esteriótipos prontos que temos. Um vídeo que mostra uma mulher imbecil tapando feridas com maquiagem, protegendo marido adúltero, com braço quebrado, voz infantil, jeito de retardada...onde isso é irônico? Isso é realista! Onde isso é inovador ou interessante? Isso é mainstream. Isso é a regra.
Não se fazem piadas cáusticas desse modo, mas, isso sim, se reforça a banalidade da barbárie. Me desculpe, Lola, seiq ue sou esquisita e não tenho senso de humor. Deve ser pq sou uma feminazi peluda e lésbica que odeia homens. Sim, pq pra não ver graça em uma piada de boludos sem talento mostrando uma retardada tapando bolhas de sangue com pancake, eu só posso ter um problema mesmo não é? Afinal, quem não riria disso? Quem não acharia engraçado? Me desculpe, Lola, mas é que, não sei em que mundo você vive, mas vivo em um mundo onde mulheres são estupradas dos jeitos mais horrendos, até mesmo bebês; onde mulheres sçao seviciadas, queimadas vivas, humilhadas, rejeitadas....e eu sinceramente não vejo diferença entre uma tirinha tencionalmente picante falando de estupro e um vídeo pretensamente engraçado com uma mulher de braço quebrado escondendo blhas de sangue com base compacta.
Humor que se faz com barbárie jamais poderá ser inteligente. Pq se esbarra no óbvio: de onde se pode tirar intelecto do barbarismo?
Não, me desculpe, não tenho senso de humor. Sou embolorada e chata.
Mas tenho olhos. Grandes e negros bem no meio da minhaca cara. E esses olhos e sabem e enxergam o fato. E o fato é que, enquanto tivermos humores assim, passaremos reto por uma mulher sendo espancada na rua( como eu já vi acontecer na vida real). Enquanto nosso "poder de denúncia" e "pensamento crítico" for rir de uma situação de marginalidade social reproduzida numa pretensa piada por um macho branco e outro macho negro e mucamo, submisso; sinto muito, querida, mas não passaremos de baderneiros metidos a revolucionários.

Unknown disse...

Consegui entender a ironia, mas não achei graça alguma. Acho que vim sem o chip pra achar graça deste tipo de humor. Realmente, há certos assuntos que não dá pra rir. Teria, talvez, rido se a menina fosse engraçada, mas provavelmente não estaria rindo do humor, mas sim da humorista. A questão se o humor tem limite é meio óbvia: claro que tem! Outra questão é "será que alguém que sofre violência doméstica conseguiria rir desses vídeos?" Porque, afinal, humor deveria aliviar a dor também daqueles que sofrem.

twitnovela disse...

Olá, Sou o "responsável"pelo vídeo e adorei o texto. Não estou dizendo isso porque você (obviamente) entendeu que o video é uma crítica sarcástica e que ele serve justamente pra denunciar um fato... e não incentiva-lo. Eu gostei mesmo do texto, pois ele fala sobre o assunto. Todas as críticas (negativas) que recebemos são sempre curtas e grossas e se restringem a algum palavrão. Mesmo que o texto falasse mal do video eu continuaria gostando, pois é isso que eu gostaria que acontecesse...debates, conversas ou qualquer coisa. Eu não sei se humor deveria ter limites... Mas eu acho que nada deveria ter limites. Qualquer "limite" em uma idéia, é censura. Pra mim não existe censura boa. Eu acho que perdemos muito mais quando censuramos qualquer idéia que seja, pois abrimos as portas pra que qualquer idéia possa ser censurada. Até porque vamos basear nossos limites no senso comum...na maioria das pessoas... e todos os avanços da nossa sociedade começaram quando uma minoria foi contra a correnteza. Acho que vale muito mais a contenção de danos de uma idéia estapafúrdia, do que a contenção dessa idéia. Mas isso é só uma idéia minha. Muitíssimo obrigado pelo espaço de debate. Grande abraço!
Ian

Michel Almeida disse...

Se forem assistir o vídeo armados até os dentes de motivos para não rir, não vão achar graça nenhuma mesmo.

Barbara O. disse...

'nenhuma censura é boa'

Sim?

Pois eu desafio os Anões em Chamas a fazer um vídeo de conteúdo equivalentemente 'ácido', mas desta vez usando homens brancos como alvo.

Será que vocês terão a mesma vocação então?

dasilva disse...

é irônico mas nada engraçado. tá muito mais pra trash do que negro, principalmente depois do "iscreva-se no nosso canal".

Barbara O. disse...

PS. ou homens hétero e brancos não seriam tão engraçados?

Vanessa F. disse...

Acho MUITO complicado falar de censura no Brasil em tempos de internet, dos blogs, de youtube! Será que os anões em chamas tiveram que pedir permissão pra postar a série de vídeos Amanda? Eles correm o risco de ir presos pelo que postaram? Não né. Então não entendo essa postura.

Eles se consideram mesmo representantes de uma minoria, eu pergunto de qual minoria. Porque eu, mulher, feminista, que - pretensiosamente - pensava estar de fato contra o senso comum e o pensamento corrente, não me sinto representada por este tipo de humor e não acho que ele tenha acrescentado em nada na luta contra a violência doméstica e o machismo.

Por outro lado, o vídeo deles falando sobre o feminismo deixou bem claro o desconhecimento deles sobre o assunto e a clara intenção de provocar as feministas que criticaram o 1o vídeo da Amanda. Então não adianta vir com esse papo de que a intenção era denunciar e criticar a violência doméstica porque ninguém aqui nasceu ontem.

Fúria Blasé disse...

marmota bobak

Piada com homens brancos e hétero?
E precisa?

(pronto)

Acredito q o melhor dom q alguém possa ter é rir de si mesmo. Quer exemplo? Eu sou muito narigudo, e quando era pequeno todos zombavam do meu nariz (pois é Dª Marcia, não precisa chorar) até q um dia eu li uma obra chamada "Cyrano de Bergerac" e passei eu mesmo a fazer piada com o fato, oq fazia com q qualquer engraçadinho perdesse a graça. Mas esse não é meu ponto, meu ponto é q uma vez q o humor, seja ele sobre oq for, é cerceado, vc está deixando de jogar luz sobre o assunto, de causar discussão sobre ele. O que acaba levando as coisas a uma guerra de egos de dois grupos radicais nervosos cada um latindo de um lado do muro...

Fúria Blasé disse...

Ah e só para constar, humor é o q é engraçado, e isso é MUITO relativo de pessoa pra pessoa. Assim como esse tal limite.
Agora acredito q o propósito dessa discussão deveria se há utilidade no vídeo feita ATRAVÉS do humor.

Li disse...

"Na vida real, conheço gente que pensa assim, e muitos falam igualzinho a Amanda. Não creio que o primeiro vídeo seja uma incitação à violência. Pelo contrário, é uma crítica"

Annnnn?? Entao o vídeo de Amanda é uma crítica inteligente?? O recado é facílimo de ser assimilado como uma crítica?? Os brasileiros de baixo nível cultural, entenderão como uma crítica social? Lola, eu te achava tão inteligente... Olha por mais que eu tenha tentado seguir seu conselho, não consegui achar engraçado...

Maísa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maísa disse...

Já que esse humor ácido é tão bem recebido e funciona como uma denúncia, sugiro que façam um sobre pedofilia ou exploração infantil. Que tal? mas tem que ser no mesmo molde dos da Amanda, porque quando a fórmula é boa assim tem que se repetir, né?

Aí podia ser um menininho de uns 6, 5 anos e uma menininha da mesma idade contanto como fazem pra lidar com o estupro dos pais deles. Qual será a piada que a menininha vai fazer enquanto descreve o pai enfiando seu pênis na sua vagina ainda nem formada totalmente? e o menininho, será que ele vai dizer que finge que é suco quando o pai lhe obriga a fazer sexo oral e engolir seu esperma? vai ser bem engraçado, né? denúncia sempre, claro. Viva a liberdade de expressão.

Tenho certeza que a Lola vai virar fã. Capaz dela até divulgar os vídeos aqui! olha que sucesso.

Talvez vídeos nesses moldes nem fossem criminosos (pra mim seriam), mas no mínimo, NO MÍNIMO, seriam de muito mau-gosto e repugnantes. Assim como é a violência contra as mulheres. Mas a verdade é que o mundo ainda gosta de ver mulheres apanhando, mesmo que diga que não. Aí estão os picos de audiência da novela das 8 em cenas de violência contra a mulher pra não me deixar mentir.

Não digam que eu não tenho senso de humor por considerar esses vídeos criminosos. Violência contra mulher é repulsivo demais pra se permitir chacota com isso. Desde quando ridicularizar a desgraça dos outros é denúncia? sinceramente...

Fúria Blasé disse...

Numa boa? Todo mundo sabe q tudo É RUIM, mas cara, vcs levam tudo a sério demais... E sem querendo ofender, nem puxar briga (e já o fazendo) gente assim é MUITO chata.

Talita disse...

Acho que assim como o estupro, piadas sobre violência doméstica são inadmissíveis justamente porque não tem graça. Humor sobre negros, gordos, índios, mulheres vitima de violência, ou quaisquer outras minorias é muito fácil fazer, é só o que se vê. Prefiro humores refinados mais inteligentes. [2]

Talita disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Talita disse...

Faço minhas as palavras do Guilherme de Paula, da Amapola... Leio seu blog sempre, e esperava mais de vc!

Unknown disse...

Ainda bem que os anoes nao fizeram com homens brancos, se fosse zuando nos homens brancos, nos estaríamos chorando
.
valeu anoes em chamas...voces são legal !!!

Unknown disse...

Acho engraçado como os caras do Anões em Chamas gostam de que praguejar argumentinhos pseudo-inteligentes tentando -E NÃO CONSEGUINDO- inferiorizar quem não aprecia seu "trabalho" e acha seus vídeos horríveis com a clássica estratégia de insinuar uma suposta burrice de quem não apreciou o seu pretenso humor. "Obviamente não entendeu a ironia"....Ui! Foi pra doer? Pq se foi...mais provada ficou a sua mediocridade total e sua completa de raciocínio dialético, oratória e quiçá de cultura. Depois de uma unanimidade de críticas, tudo que o rapaz sabe dizer é nos chamar indiretamente de burros com ares de grande intelectual fazendo um relevante aparte, pq não gostamos do seu vídeo imbecil...:P Já seria por si só cômico se a própria critura que realiza a magnífica intervenção ainda reclama de censura...Parabéns! Minha irmã adolescente de quinze anos utiliza réplicas muitíssimo melhor embasadas e amadurecidas.

Anônimo disse...

Concordo com tudo que a Amapola disse.
E acrescento:
Esses caras se acham muito né,além de chamar de burro quem não acha seus videos engraçados,ainda chama de chato.Mas é claro,quem não acha piada criminosa engraçado tem problemas né,e eles,ah eles são tããão legais.(ironia)
Além de tudo são covardes,duvido que um dia eles farão um video zombando de um negro,ou da pedofilia(como a Maisa disse).
Esses caras são metidos a inovadores quando eles só fazem repetir o machismo do dia-a-dia num video covarde/idiota.
Duvido que dão a cara a bater num video cujo preconceito é mais socialmente inaceitavel(já que deu pra perceber,zombar de violencia contra a mulher não é novidade nas midias machistas)
Pra eles hematomas na pele dos outros é motivo de piada,quem sabe um dia,se uma mulher querida na vida deles sofrer algum tipo de violencia eles não façam um video pra colocar na internet,aposto que a macharada machista vai rolar de rir.

Maísa disse...

Constrangedor e desrespeitoso o silêncio da autora diante da reação dos leitores.

Deve está com vergonha das besteiras que falou.

Ao menos deveria.

Barbara O. disse...

Também acho curioso a Lola fingir que não há gente feminista (como ela...) que ficou muito consternada com o vídeo.
Lola, a 'arte' ou a 'expressão' tem limite sim. Na Alemanha 'Minha Luta' é proibido. Aliás, uma convenção internacional proíbe. Mas o que os anões em Chamas fazem ganha os aplausos de uma 'feminista'- tudo em nome de uma liberdade de expressão que eles usam só para... tcharam!!! - difamar a nós, mulheres.

lola aronovich disse...

Gente, eu não estou fingindo nada, muito menos que "não existe gente indignada com o vídeo". Quem tá comentando aqui revoltada é a prova que existe gente indignada com o vídeo, ué. Não respondo porque estou absolutamente sem tempo, devido ao meu trabalho. Mas quero responder. Se eu arranjar alguma tempinho, publico mais ou menos uma resposta na quinta. Se alguém quiser escrever um guest post explicando como o humor tem limites e por que se opõe tanto ao vídeo da Amanda, fique à vontade. Eu publico.

Lynne disse...

Olá Lola, vejo que o video indicado por mim repercutiu bastante no blog, rs.

Bem, eu sou contra a espécie de recado do video porque, enfim, não consigo ver como denúncia. Após o video que eles fizeram pra "desvendar o feminismo", fica claro que eles confundem o mesmo com femismo, ou seja, ódio aos homens, vontade das mulheres de tomar o lugar dos homens na sociedade com violência etc. Você e eu sabemos que não é assim. Você e eu somos feministas e temos parceiros homens, logo não temos como odiá-los ou seríamos masoquistas ao ficar com eles, certo?

O pessoal do "Anões em Chamas" não entende o feminismo, provavelmente jamais leu uma única página que fale mais a sério sobre o assunto ou, se leram, continuam achando que é "ódio ao macho".

Segundo que comentários completamente misóginos são tolerados nos videos, como você mesma disse no seu post. Se eles fossem assim tão a favor de denunciar a terrível violência doméstica, tolerariam pouco ou quase nada de tudo o que foi escrito nos comentários dos mesmos, pois qualquer um que queira defender o direito das mulheres de fato não apóia comentários de "a Amanda é pra casar". Porque se a personagem é abominável, e nisto residiria a ironia, como quase cem por cento dos comentários aprovam a ela justamente por ela ser submissa e gostar de apanhar?

Terceiro que piada com estupro realmente não tem a mínima graça. Porém, a violência doméstica não só inclui o estupro (é "irmã gêmea" do mesmo e ambos muitas vezes "andam de mãos dadas"), como também o assassinato. Piadas com isto não têm graça, ao menos não para mim. E a cada video Amanda aparece cada vez mais machucada...

Quarto que qualquer homem que ache graça no video porém tenha uma parente sua agredida, logo pensará diferente. Ninguém gosta quando a agressão é consigo - quando é com os outros se torna engraçada, pois a pessoa não consegue sentir o que é passar aquilo na pele, porque justamente nunca passou.

E quinto que é muito legal vir com discurso de "liberdade de expressão" como os criadores do video vieram, mas bloquearam muitas vezes as feministas quando elas quiseram postar nos videos do youtube. Também não seria isto uma "censura"?

Lola, você não é obrigada a concordar comigo nem com nenhuma das demais que considera esse video uma agressão - mas você tem mente aguda pra ver machismo onde muitas de nós não vemos. Se até mesmo na propaganda do "carefree" você conseguiu ver uma mensagem machista, de rejeição ao cheiro do corpo da mulher, não imagino como consiga imaginar um video que, mesmo na ironia, diga: "Se você apanhou, foi porque mereceu", digno de risos.

Sua frase "Só alguém que não vê estupro como uma tragédia pode fazer ou rir de piadinhas de estupro", também não valeria para mulher que apanha? Só alguém que não vê mulher apanhar como tragédia pode fazer ou rir de piadinhas de mulher apanhando e ficando de olho roxo ou braço quebrado.

Natália disse...

Q bom, Lola. Reveja os limites do humor com menos hipocrisia dessa vez. Pense num vídeo em q a mulher resolve dar dicas de como eskecer q foi estuprada, como n sentir nojo do estuprador, como fingir q nd aconteceu e perdoá-lo pra n perder a amizade com o moço.

Patricia disse...

Só um recado pra Yasodhara, femismo não existe, é um neologismo criado por homens para deslegitimar discursos feministas.

Unknown disse...

juro que não sei porque as pessoas gostam desse livro. li com uns 15/18 anos,não sei. achei horrível ler td que aquele cara pensava.

Jéssica disse...

Se a irônia está na cara, então sou cega. Sinceramente, não consigo ver como um vídeo que faz piada da vítima pode ser considerado como uma denúncia.

A série "Todo Mundo Odeia o Chris", por exemplo, faz piada de várias coisas ruins que o Chris Rock teve que enfrentar durante a vida, mas na maior parte do tempo ele aparece como uma pessoa forte e que luta contra o preconceito, enquanto os branco aparecem como pessoas fracas e sádicas. É claro que eu não gosto do "racismo ao contrário" que rola por vezes na série, mas veja que esta faz piada do agressor e não da vítima.

Sem contar que não vejo como o vídeo ajudaria na luta contra a violência doméstica, pois duvido que alguma mulher que apanha em casa olharia assistiria-o e pensaria "não acredito que sou que nem ela", muito menos que um homem agressor o assistiria e pensaria em parar de bater na sua mulher. Pelo contrário, acho que o vídeo apenas consegue reforçar o machismo.

Talita disse...

Se a irônia está na cara, então sou cega. Sinceramente, não consigo ver como um vídeo que faz piada da vítima pode ser considerado como uma denúncia.

A série "Todo Mundo Odeia o Chris", por exemplo, faz piada de várias coisas ruins que o Chris Rock teve que enfrentar durante a vida, mas na maior parte do tempo ele aparece como uma pessoa forte e que luta contra o preconceito, enquanto os branco aparecem como pessoas fracas e sádicas. É claro que eu não gosto do "racismo ao contrário" que rola por vezes na série, mas veja que esta faz piada do agressor e não da vítima.

[2]

Chris disse...

Lola, descobri seu blog no último fim de semana. Gosto muito dos seus posts, dos assuntos que você debate, e da forma como você o faz. Apesar de não concordar com sua opinião nesse caso. Para mim os vídeos da Amanda não são nada engraçados...
Estou elaborando um blog para debater assuntos discutidos pelo feminismo, e estou imersa nas discussões sobre tais assuntos na internet. Algumas pessoas me indicaram os vídeos da Amanda, e depois de ver, fui procurar opiniões e mais informações sobre os vídeos, e as conseqüências deles. Digitei no Google, e cai novamente no seu blog e em uma matéria que gostaria de compartilhar com você e os seus leitores. Li todos os comentários do seu post para ver quais seriam as opiniões, e acho que ler essa reportagem pode levantar muitos temas a serem debatidos. Em breve irei postar um texto sobre o assunto no meu blog (que Será criado em breve), volto aqui para divulgar as idéias que forem discutidas.
A reportagem que citei é uma entrevista com a atriz que representa a Amanda. Irei apenas repetir aqui uma pergunta e uma resposta da entrevista, apenas para ilustrar:

“Muita gente considera o feminismo ultrapassado. Você concorda com isso?
O feminismo é uma coisa ultrapassada, pois perdeu toda a sua razão de ser quando as mulheres conseguiram se estabelecer na sociedade machista. Hoje em dia elas têm os mesmos direitos que os homens. A luta delas já está ganha. Atualmente elas sofrem como qualquer outro ser humano. Homens também sofrem vários abusos, crianças também. Mas a questão é que não precisamos mais de leis que nos tornem iguais, precisamos fazer com que as leis existentes sejam cumpridas. A luta das mulheres hoje é a luta de qualquer outro cidadão. Porque todos os cidadãos também têm seus direitos negados de alguma maneira na nossa sociedade atual.”

Aí vai o link da entrevista:

http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/?p=2643&cp=all#comments

Anônimo disse...

Eu já conhecia os vídeos da Amanda e já tinha achado demais. Entendi logo na hora a crítica à passividade (sem trocadilhos) de inúmeras mulheres por aí. Adorei. Não tenho o que reclamar sobre os vídeos da Amanda, sua atuação foi ótima, o texto foi bem redigido e a edição muito bem elaborada, por sinal...
Agora, sobre o limite do humor a dissertação já é outra, completamente diferente e extensa de doer. Vou tentar resumir meu ponto de vista, vam'lá!
Eu, particularmente, gosto muito de fazer piadas, de tirar sarro e de aplicar trocadilhos nas situações cotidianas. Imito pessoas que conheço, conto piadas prontas, invento umas cabíveis às situações, etc... As refeições em família aqui em casa costumam ser bem animadas, afinal.
Talvez minhas próximas palavras conquistem a antipatia da autora do blog, pelo que pude absorver dela através da leitura de alguns de seus textos, mas defendo o politicamente incorreto. Calma, não perca as esperanças, ainda; leia mais um tiquinho.
Acho que no humor vale tudo, faço piada de viado, de preto, de sapatão, de português, de aleijado (e nesse vocabulário, mesmo) PORÉM elas são raras oriundas de mim, apenas quando o assunto em destaque é o preconceito contra algum desses grupos que eu citei em termos pejorativos, não lanço essas piadas em um outro contexto que não seja a crítica a homofóbicos, racistas, xenofóbicos e outros tapados da mesma laia (outros eleitores de Serra kkkkk, não resisti, acabei de ler isso em um texto da Lola...)
Enfim, eu me diria corretamente politicamente incorreta (?!) porque eu entendo as alfinetadas das piadas porcas que fazem das minorias, eu rio com o humor politicamente incorreto muitas vezes, quando a sacada é muito boa, e não condeno os CQCs. Claro que isso é porque eu sou capaz de discernir quando eles passam dos limites e porque sei identificar as merdas que eles deixam escapar, acho que a preocupação de críticos como a Lola é, na verdade, a grande massa que não difere a crítica do preconceito e que sai por aí falando que as piadas PI (politicamente incorretas) são apenas "verdades". A única verdade que há nesse tipo de humor é o preconceito, a discriminação, a ignorância, o conservadorismo de fachada dessa galera que não sabe de nada e quer pagar de quem sabe de tudo. EU, Calíope, vejo algumas vezes quão elaborados são certos comentários, ainda que maldosos, e sou capaz de investir neles umas boas risadas. Até mesmo porque aplico muito esse humor maldoso à minha realidade escolar e social, entre minhas amigas; ENTRETANTO, todas elas compreendem a ideia da coisa e são livres de preconceitos babacas (é por isso que tenho poucos amigos, não existe mais gente sem preconceito kkkk) MAS quando se leva pra TV, pra Internet, complica... Como meios de comunicação em massa, os comunicadores devem medir bem suas palavras; não pensando em como elas poderiam manchar suas respectivas reputações, mas em como elas podem (e vão) construir os pensamentos do seu público.

Bom, Lola, é difícil, pra mim, me expressar assim pela web (na verdade é minha primeira vez comentando em blog :P )
Gostei muito de tudo o que li no seu blog, percebi que você tem uma opinião bem sólida sobre tudo e estou precisando de pessoas assim pra travar uns debates e formar minha opinião (fase de escolhas na vida, preciso de experiências assim) Não sei como os comentários de blog são respondidos, tampouco se o são, mas se houver interesse em ouvir mais de minhas lorotas, pode me procurar no Facebook, mandar e-mail... Em minha vida pacata de adolescente de cidade do interior ficarei muito feliz de ter com quem conversar hahahahahahahahaha

Parabéns pelo blog, continue blogando, vou tentar acompanhar.

Anomimo disse...

"There is not such thing as an 'adequate' joke. That's why it's called a JOKE."

Anônimo disse...

Meninas, libertem a pobre Amanda...
Agindo assim vcs estao se mostrando medíocres e destrambelhadas.CENSURA NUNCA MAIS....
Pq vcs não censuram todos os videos de mulheres dançando funcks com alto teor pejorativo em suas letras? Vcs criticam o decote da personagem(Amanda) o que diriam dos shortinhos das funckeiras e de suas danças quase kamasutras,rsrss retirem tudo isso.... Vcs não têm medo que meninas educadas e católicas se tornem objetos vulgares iguais as que enchem o youtube?
Uma última pergunta.Pq vcs feministas ou nao... Pq vcs não libertam suas "escravas domésticas" que ganham 1 salario minimo para arrumar suas casinhas, lavar suas roupinhas e cuidar dos seu filhinhos... Muitas de vcs ainda reclamam das pobrezinhas...Pq não contratam empregados domésticos?
Libertem o vídeo criativo e inteligente...isso é ficçao...
Real e dura é a vida de vossas empregadas.
Saúde, paz e alegria meninas

Unknown disse...

A grande maioria dos seriados Americanos são legais e divertidos.
Mas esse seriado “Todo Mundo Odeia o Chris “ não me desce goela abaixo.
O seriado “Todo Mundo Odeia o Chris “ juntamente com chaves do SBT deveriam ser banidos da TV brasileira pra todo sempre.

Anônimo disse...

Tadinha de você Lola, te criticaram por achar engraçado e agora a Amanda faz parte do canal mais crítico do youtube "O Porta dos fundos".

Kris