E eis que, no primeiro Carnaval da Resistência, o presidente dos ignorantes não resistiu.
Bolso, assim como seus filhos, e assim como tantos homens brancos, é um macho egocêntrico, vaidoso, mimado, que nunca aprendeu a lidar com críticas e muito menos com rejeição. Ele ficou magoado em ver que o coro do carnaval 2019, independente da cidade, foi #EiBolsonaroVaiTomarnoC*. Que os foliões cantavam alegremente "Ai ai ai, Bolsonaro é o carai!" e "Doutor, eu não me engano, o Bolsonaro é miliciano". Que um montão de gente saiu fantasiada de laranja. Que teve um bloco em que um cara era um caixa automático e outros representavam 48 depósitos. Que bonecos seus foram vaiados. Brincadeiras típicas de uma festa politizada que justificam a alcunha de Carnaval da Resistência.

E colocou o vídeo de um rapaz sem calça que põe o dedo no ânus e depois recebe a urina de um outro rapaz no rosto e cabelo, o que parece que tem nome (nunca diga que Bolso jamais te ensinou alguma coisa): golden shower.
O que o #goldenshowerpresident (como Bolso passou a ser chamado no Twitter) fez também tem nome:

Quem pulou o carnaval na rua ou acompanhou os "melhores momentos" pelo Twitter (meu caso) viu que, num bloco, os foliões fizeram 20 minutos de silêncio até que um meninininho perdido encontrasse sua mãe. Em outro, o pessoal organizou uma vaquinha para presentear um catador de lixo, e todos se abraçaram, emocionados. Por exemplo, o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) tuitou isso:
Lógico que Bolso e a maior parte dos bolsominions odeiam carnaval, já que odeiam povo, odeiam festa, odeiam manifestações culturais. Alegria, para eles, se resume a tentar zoar de petistas ao coro de "O Lula tá preso, babaca!".
Pra eles é tudo baixaria. Uma festa pagã seria incompatível com uma nação cristã.

Só que o carnaval atrai muitos turistas, movimenta cerca de 7 bilhões de reais na economia brasileira, e gera 23 mil vagas de emprego. Não é pouca coisa.
Os robôs de Bolso não repetiram o entusiasmo de sábado, quando a hashtag mandando o o presidente tomar no c* ficou o dia todo no topo, e os robôs lançaram a tag "Bolsonaro Tamo Junto", o que fez com que uma galera empática criasse a tag #EiBolsominionVaiTomarTb.

Mas tirando os bolsobots, que defendem qualquer barbaridade cometida pelo "Mijo! Mijo!" (ou seria "Micto! Micto!"?), muitos questionaram a sanidade de Bolso para exercer o cargo. Algumas pessoas sugeriram que o filho Carlos (Carluxo para os íntimos) usou a conta do pai para compartilhar seus xvídeos preferidos. E teve bolsominions que só encontraram uma explicação: o perfil de Jair foi hackeado!
Os correspondentes estrangeiros não sabiam o que fazer. Um noticiou o tuíte de Bolso, começando com "não estou inventando".

Mas não foi rápido demais. Bolso às 7:30 de hoje perguntou: "O que é golden shower?" Muitos brasileiros responderam.
Adorei esta resposta também:
Tanta coisa boa pra falar do nosso carnaval, e o que deu no New York Times foi o presidente de extrema-direita mijando na maior festa popular brasileira.

O jurista Miguel Reale Jr, um dos responsáveis pelo pedido de impeachment contra Dilma, disse que a quebra de decoro de Bolso é passível de impeachment.
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E se a popularidade de Bolso fosse medida hoje? |
Ele salienta que divulgar o vídeo é ainda mais grave, segundo o Código Penal, que a prática de ato obsceno em lugar público. Outra violação realizada por Bolso foi contra o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), pois muitos que viram o vídeo pornô divulgado por Bolso em seu perfil eram menores de idade.
É lógico que não é apenas decoro que falta a Bolso. Se fosse falta de decoro, o energúmeno não poderia nem ter concorrido às eleições. Falta também inteligência, competência, honestidade. E noção, né? É muita falta de noção!