sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

COMO O CAPITALISMO CONSOME O NOSSO TEMPO

Tirado daqui. Muito obrigada pela tradução, Koppe querido!

19 comentários:

Luise Mior disse...

Ótimo cartum. Gratidão Lola por postar e Koppe por traduzir.

Wagner disse...

A piada é boa, mas pq capitalismo? No socialismo e comunismo não se trabalha igual? E no pré-capitalismo se trabalhava muito mais.
O problema do capitalismo não é o tempo de trabalho, mas a remuneracção.

avasconsil disse...

Resenha do livro capitalismo e os fins do sono. Ainda não li. Mas tenho vontade:

Descrição
Resenha da Editora
“24/7 anuncia um tempo sem tempo, um tempo sem demarcação material ou identificável, um tempo sem sequência nem recorrência”, afirma o autor. A disponibilidade para consumir, trabalhar, compartilhar, responder, 24 horas por dia, 7 dias por semana, parece ser a palavra de ordem da contemporaneidade. Jonathan Crary faz um panorama vertiginoso de um mundo cuja lógica não se prende mais a limites de tempo e espaço. Uma sociedade que funciona sob uma ordem que põe à prova até mesmo a necessidade de repouso do ser humano – a última fronteira ainda não ultrapassada pela ação do mercado. No entanto, o capitalismo já se movimenta no sentido de se apoderar dessa esfera da vida: é o caso, por exemplo, das pesquisas científicas que buscam a fórmula para criar o “homem sem sono”. Embora o sono não possa ser completamente eliminado, pode ser profundamente atingido. Estudos sobre formas mais eficazes de tortura e sobre a criação de um estado de vigilância mais duradouro que eram inicialmente restritos ao campo das técnicas militares, hoje visam atingir também trabalhadores e consumidores. Passando por referências como Freud, Godard, Aristóteles, Arendt e inúmeras outras, o livro também ressalta a importância do universo onírico, ameaçado pelas visões atuais que “tratam o sonho como um mero ajuste autorregulatório da sobrecarga sensorial da vigília”. 24/7 – Capitalismo tardio e os fins do sono é uma interessante e perturbadora análise da realidade contemporânea.

Fernando disse...

A carga horária semanal no Brasil deveria ser reduzida de 44 para 40 horas, o problema é que essas 4 horas excedentes muitas vezes são colocadas no sábado e matam o fim de semana. Não acho que 40 horas seja pouco, a maioria dos países europeus tem cargas horárias menores, na Inglaterra por exemplo a semana é 30 horas.

avasconsil disse...

No original tem Life no lugar de Capitalismo. Quem fez a troca foi o tradutor, Koppe, que eu não sei quem é (sorry...). Bom, tenho simpatia por Marx, apesar de ter lido pouco sobre as ideias dele. Quando fiz Sociologia I, em 1995 (faz é tempo...) gostei muito de "O Conceito Marxista do Homem", do Erich Fromm. Apesar de minhas lembranças sobre o conteúdo estarem embotadas, foi um dos livros mais bonitos que já li. É sobre os "Manuscritos Econômicos e Filosóficos de Marx", o primeiro ou um dos primeiros trabalhos do Carlinhos (a Rita Von Hunty o chama assim). Pra Marx o conceito de trabalho ultrapassa o de ganha-pão. É o desenvolvimento de todas a potencialidades humanas, o transformar-se pela experiência de conhecer as coisas, de uma maçã aos livros, ou uma atividade como a jardinagem, ou a culinária. Pra essa transformação ou desenvolvimento acontecer, ininterruptamente, o ser humano precisa de tempo. O marxismo é a resposta de Marx a como conseguir esse tempo, coletivamente, porque tempo é vida, como disse Antônio Cândido. O socialismo real não se mostrou exitoso a atingir essa finalidade última de libertar o homem da labuta por subsistir, dando-lhe tempo pra se tornar cada vez mais e melhor, desenvolver suas potencialidades, que talvez sejam infinitas, individual e coletivamente falando. Principalmente coletivamente falando, pois a união multiplica muito a força de cada um. Sou simpatizante do comunismo tal como Marx o pensou, mas, como sou muito pé atrás com o ser humano, acho que as teorias marxistas só vão conseguir sair do papel se a humanidade sobreviver a si mesma e ultrapassar seu egoísmo. Esse tipo de transformação não pode ser imposta a ninguém, com o uso das forças do estado. É uma tarefa ou um dever muito individual. Quando, individualmente, mas em massa, tivermos sucesso nessa transformação, o capitalismo vai ser superado. Acho que um dos grandes desafios da humanidade é encontrar um jeito de essa transformação individual, mas em massa, acontecer. Acho que as religiões falharam, não totalmente, mas falharam em muita coisa. O que poderia ser mais eficiente do que a religião? Se alguém souber a resposta, me siga, por favor. Enquanto isso, como diz Ricardo Kotscho, vida que segue. Vou começar a preparar o almoço, pra exercitar minhas potencialidades culinárias.

Anônimo disse...

Tinha que ser homem… desses que não tem que fazer as 4 horas de tarefas domésticas e comida, aí o tempo de trabalho realmente não é um problema… até quando não tiver mais quem faça… aí vai mudar de opinião rapidinho.

avasconsil disse...

Por Antônio Candido, sociólogo e professor, via Clara Ant



“Acho que uma das coisas mais sinistras da história da civilização ocidental é o famoso dito atribuído a Benjamim Franklin, ‘tempo é dinheiro’. Isso é uma monstruosidade.




Tempo não é dinheiro. Tempo é o tecido da nossa vida, é esse minuto que está passando. Daqui a 10 minutos eu estou mais velho, daqui a 20 minutos eu estou mais próximo da morte.



Portanto, eu tenho direito a esse tempo. Esse tempo pertence a meus afetos. É para amar a mulher que escolhi, para ser amado por ela. Para conviver com meus amigos, para ler Machado de Assis. Isso é o tempo.



E justamente a luta pela instrução do trabalhador é a luta pela conquista do tempo como universo de realização própria.



A luta pela justiça social começa por uma reivindicação do tempo: ‘eu quero aproveitar o meu tempo de forma que eu me humanize’.



As bibliotecas, os livros, são uma grande necessidade de nossa vida humanizada.”

https://bemblogado.com.br/site/antonio-candido-tempo-nao-e-dinheiro-tempo-e-o-tecido-de-nossa-vida/

Anônimo disse...

(...)No socialismo e comunismo não se trabalha(...)
Esse é o grande sonho deles. Ninguém trabalha, ninguém produz absolutamente nada, o mundo vira uma grande favela e a entidade espiritual do governo transforma ar em água potável, comida pronta na mesa e roupa lavada/passada no armário.

Não me entendam errado, eu sou 100% a favor dos direitos trabalhistas e 100% contra a exploração. Não desejo que nenhuma alma nesse mundo tenha que trabalhar até cair ou que trabalhe tanto que com 40 anos já está incapacitado.
O capitalismo tem inúmeros defeitos e em muitos aspectos é predatório... sem dúvidas

Mas eu queria muito saber de onde viria os recursos para todo mundo ter tudo sem produzir nada ou pra fazer "revolução" sem ter um centavo no bolso.
" Ahhhh mas o governo" Pffff... como se algum governo, em algum lugar no mundo - em especial no Brasil - tivesse competência pra alguma coisa, além de roubar, abusar e sacanear quem paga as contas deles...

Jane Doe

Anônimo disse...

Numa sociedade comunista não existirá trabalho, portanto não terá nenhuma semelhança com as sociedades capitalistas e as socialistas. Numa sociedade comunista a produção será automatizada ( por isso sem trabalho) e distribuída também de maneira automatizada, sem trocas monetárias, pois numa sociedade comunista não existem mercadorias e propriedades, seja privada ou estatal! Não existem e nunca existiram sociedades comunistas no mundo! O socialismo de estado soviético fracassou devido ao fato de ter tentado passar de uma sociedade semifeudal diretamente a socialista, queimando a etapa capitalista. A ausência de desenvolvimento tecnológico que impossibilitava a automação e a superação do estado, da propriedade e da moeda, fez que o regime se obsoletizasse naturalmente. Recém estamos começando a ter alguma possibilidade de produção sem trabalho, como algumas pouquíssimas indústrias e fazendas totalmente automatizadas em alguns países . Algumas linhas de metrô que também funcionam sem trabalho ( sem maquinista) e em um futuro breve, também automóveis , ônibus e caminhões automatizados . A automatização ira obsoletizando o capitalismo, pois não há como ter consumidores, se não existirem trabalhadores!

avasconsil disse...

Claro que no socialismo se trabalha. A diferença é que os meios de produção pertencem ao estado. Teoricamente, pertencem ao povo. Mas saber que os frutos do seu talento, dos seus esforços, das suas iniciativas, não pertencerão a si, mas ao estado (teoricamente, à coletividade...), acaba frustrando e tolhendo o indivíduo. Tem um filme sobre Rudolf Nureyev que mostra isso. O cara era propriedade do estado russo. Os louros do talento dele não lhe pertenciam, mas ao estado russo. Vamos combinar, deve ser mesmo frustrante não poder ficar pra si com os frutos do seu talento e dos seus esforços individuais. O ruim do capitalismo é que ele permite a alguns, pouquíssimos, acumular ao infinito, enquanto outros, muitos e aumentando, jazem numa miséria profunda, de onde sair está se tornando cada vez mais difícil. Eu cresci sob a crença de que estudar era uma porta certa pra entrar ou continuar na classe média, talvez até subindo alguns degraus dentro dela. Hoje em dia não é mais assim. Não existe mais essa relação de causa e efeito entre estudar e melhorar de vida. O trabalho formal está em crise, no setor público e no privado. No setor público o neoliberalismo só está esperando a hora certa pra dar seu bote. E quer dar mais botes no setor privado, pois com certeza eles continuam achando que é muito difícil ser patrão no Brasil, que a Constituição prevê muitos direitos e poucos deveres, e que o trabalhador precisa escolher entre ter direitos trabalhistas e conseguir trabalhar. Ganhando uma miséria... E ainda contando com um estado enxuto, que despeje seu orçamento todo nas mãos dos André Esteves, e só subsidiariamente à iniciativa privada, forneça educação, saúde (remédios, internações, cirurgias...), e outros serviços públicos importantes. Nada disso mudou... Sobre o comunismo, acho interessante na teoria. Na prática, como as pessoas são as mesmas, o ser humano é muito parecido, pra onde quer que a gente vá, só muda o fenótipo, na prática ele vai ser bem defeituoso, como o capitalismo é também. É que nem o ministério público. Quando a gente lê sobre o ministério público acha lindo. Quando a gente tá lá dentro, observando os donos do órgão, acha patético, ridículo ou coisa pior. A beleza da teoria não acontece na prática. O nome da cinebiografia do Nureyv é Corvo Branco. Tem na Netflix.

avasconsil disse...

"Um brinde a você que sobreviveu à longa noite fascista que se instalou no Brasil, desde 2016;

Um brinde a você que foi chamado de petralha, esquerdistinha, comunista, esquerdopata.,..apenas por ter demonstrado apreço à democracia e à liberdade, a real constituição de nosso Brasil;

Um brinde a você que inúmeras vezes foi ameaçado, xingado e ironizado nas redes sociais ( e muitas vezes por conhecidos de baixo intelecto ou mesmo iletrados)..…

Um brinde a você que não desistiu de lutar, mesmo quando toda a massa ignara e a grande imprensa reproduzia e insistia no seu discurso neo-fascista e anti-democrata;

Um brinde a você que, pra se preservar, cortou laços com tantas pessoas com quem tinha, antes da grande noite, um convívio sadio;

Um brinde a você que tentou explicar e abrir mentes embaçadas ( e fracas) pela manipulação coordenada ( vide fakes news massivas e analític Cambridge)
..
Um brinde a você que não bebeu da fonte do ódio que se espalhou pela Nação, disfarçada de justiça;

Um brinde a você que descartou o rótulo de “cidadão de bem”, enquanto milhões perdiam os direitos previdenciários e trabalhistas;

Um brinde a você, que mesmo sem precisar para si de políticas públicas, sempre foi solidário com a parcela mais frágil da sociedade;

Um brinde a você que se indignou diante das tragédias ambientais;

Um brinde a você que se entristeceu diante da verdadeira chacina que foi a pandemia de Covid;

Um brinde a você que sempre acreditou na Ciência, na vacina e não na cloroquina;

Um brinde a você que não se curvou aos falsos profetas, disfarçados de Messias;

Um brinde a você que nunca abriu os dedos das mãos pra fazer gesto de “arminha", nunca emprestou seu apoio a quem faz apologia a morte de seus semelhantes, por pensar diferente;

Um brinde a você que resistiu, mesmo, quando milhões acreditavam no falso mito;

O percurso será longo e duro para reconstruir tudo o que destruíram, mas chegamos aqui e vamos seguir na luta sempre, um brinde a você que acreditou que a primavera chegaria." (DESCONHEÇO A AUTORIA)

Anônimo disse...

Quer ter vida boa mas não quer trabalhar, né??

avasconsil disse...

Rasinho, rasinho...

Anônimo disse...

Anônimo das 21:44

Você não sabe interpretar um quadrinho? Fazer conta básica inclusa no texto do mesmo? Das duas uma: entendeu e é perverso com mente exploradora ou é burro mesmo. O primeiro caso está no lugar errado, aqui não tem espaço para perversos, quanto ao segundo caso é mais tranquilo, pega uma cartilha caminho suave e procure aprender algo útil na sua vida, mesmo que seja o básico.

avasconsil disse...

Achei este texto bem pretensioso. De alguém que faz julgamentos morais sobre Nélida sem tê-la conhecido em profundidade:

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-inacreditavel-sordidez-da-elite-nelida-pinon-deixa-4-apartamentos-de-luxo-para-suas-duas-cachorrinhas/


Quando era viva, ela pode ter praticado muita caridade. Só sabe quem tinha acesso à intimidade dela. Nos últimos dos últimos casos, Deus. Uma pessoa pode ajudar muito outras sem ninguém saber.

Ninguém encarnado, quis dizer.

Além disso a criatura é de uma ignorância jurídica atroz. Não é tão difícil assim saber que no Brasil cães e gatos, e os outros animais, não podem ter bens. Pra alguém que escreve artigos, é um deslize que deve ser evitado. Antes de escrever sobre o que não sabe, basta dar uma pesquisadinha no Google.

Adriana Lima, Advogada
Publicado por Adriana Lima
há 2 anos
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Em sentido literal, NÃO!

Pelo direito brasileiro, apenas a PESSOA HUMANA ou PESSOA JURÍDICA (art. 1.798 e 1.799, do Código Civil) podem HERDAR. Nesse passo, a realização de testamento para destinar herança a um cachorro seria considerado um NEGÓCIO JURIDICAMENTE INEXISTENTE (sem valor jurídico).

No entanto, para não deixar o seu bichinho desprotegido você pode O FAVORECER INDIRETAMENTE, nomeando uma PESSOA DE SUA CONFIANÇA como HERDEIRO através de TESTAMENTO, deixando-lhe bens ou valores com o ENCARGO de cuidar do seu animalzinho. Ou seja, a pessoa herdará esses bens ou valores e em contraprestação cuidará do seu cachorro

https://advadrianalimape.jusbrasil.com.br/artigos/1126730367/posso-deixar-minha-heranca-para-o-meu-cachorro

Acho que Nélida era sapatinha. Mas como ela era das antigas, tinha vergonha de dizer. Ela tornou herdeira a mulher que vivia com ela, oficialmente a cuidadora e secretária, a Karla, de 63 anos. Mas com o encargo de cuidar de Suzy e Pilara até elas morrerem. Também só depois da morte das babies ela (a herdeira) vai poder vender os bens.

Anônimo disse...

Feminismo de esquerda:direitos trabalhistas e a dignidade,contra gordofobia,contra racismo,contra desigualdade(pobreza),contra os estados unidos...feminismo de direita da globo:adoro homens fortoes e musculosos(reforcando o patriarcado,machismo e fascismo)odeio homem gordo(gordofobia)empregados nas novelas tem pele escura(rascismo),odeio homem pobre(desigualdade social),beyonce...

Anônimo disse...

Por isso que as mulheres lésbicas lutam para que essa palavra seja dita sem medo. "Sapatinha" parece coisa de tio do pavê. Não precisa hesitar para escrever / falar essa palavra.

avasconsil disse...

Usei sapatinha simplesmente porque acho sapatão uma palavra meio agressiva. Simples assim. Outra coisa: nos meus textos quem manda sou eu. Uso a palavra que eu quiser e escolher. Mas é cada uma...

Anônimo disse...

E em países socialistas e comunistas é diferente ?