O título do post é enganoso. No capitalismo, a maioria esmagadora das mulheres (e dos homens) não chega ao topo. E, muitas vezes, as poucas mulheres que atingem a presidência de uma empresa vão explorar outras mulheres. Estamos dentro de dois sistemas intrinsicamente ligados, capitalismo e patriarcado, que não vão desaparecer tão cedo.
Uma matéria sobre o livro que Sheryl Sandberg, chefe operacional do Facebook, está lançando, me fez querer escrever algumas coisinhas. O livro será lançado no Brasil este mês, com o título Faça Acontecer: Mulheres, Trabalho e Vontade de Liderar. Já aviso que este post trata de mulheres de uma condição socio-econômica privilegiada, que não é a realidade da maioria das brasileiras. Mas é a minha, e provavelmente a de várias leitoras.
Como sabemos, por mais que haja tantas mulheres no mercado de trabalho, o mundo corporativo ainda é um lugar totalmente masculino (o mundo político também, mas há mais mulheres chefiando países do que empresas -- 10% das nações do planeta tem presidentas ou algo similar). Alguns países lutam pra combater essa desigualdade. Há dez anos, a Noruega tinha apenas 7% de mulheres em cargos de diretoria. O governo decidiu instituir cotas de 40% de mulheres para empresas públicas e privadas. Você pode imaginar o escândalo que foi: disseram que o país iria falir, que ficaria menos competitivo, que seria o caos. Acontece que a experiência deu tão certo que agora vários outros países europeus se preparam para copiar o modelo.
Enquanto não forem criadas leis que busquem a igualdade, o horizonte seguirá turvo. O mercado definitivamente não se regulamenta sozinho. A enorme maioria dos presidentes de companhias é homem (nas cem maiores empresas brasileiras, 5% tem mulheres no comando; nas 450 maiores, o número cai para 3%). O ambiente de trabalho de muitas empresas é machista, ainda com muitas piadinhas e assédio sexual. A mulher está mais sujeita ao assédio em todas as carreiras. O quadro piora devido à cultura brasileira da objetificação do corpo feminino e à ideia de que as mulheres dizem não querendo dizer sim. Dados da Organização Internacional do Trabalho indicam que 52% das mulheres economicamente ativas já foram assediadas sexualmente. É o segundo maior problema depois dos baixos salários e, muitas vezes, faz com que a mulher se demita.
Pois é, o salário é desigual, e mulheres ganham cerca de 30% menos que os homens na mesma função, apesar de muitas vezes ter maior escolaridade. Aliás, quanto maior a escolaridade, maior a diferença salarial. Uma analfabeta recebe cerca de 85% do que um analfabeto recebe. Quando o nível é superior completo, a diferença é de 60%. Quem acha que isso é mito não deve ter acompanhado quando um projeto de lei prometeu multar empresas que promovessem desigualdade salarial entre os gêneros. A grita dos empresários foi tão grande que a presidenta Dilma não sancionou o projeto (as ameaças foram as mesmas que podem ser vista em Revolução em Dagenhan -– vamos fechar vagas, vamos contratar menos mulheres!).
Caitlin Moran diz algo bem interessante em Como Ser Mulher: que as mulheres já saem perdendo num emprego de escritório. A amizade masculina, o chamado bromance, é frequente. Homens ficam puxando o saco um do outro o tempo todo, diz Moran. Pra uma mulher é muito mais difícil fazer isso. A cultura que institui um “happy hour” quase que exclusivamente masculino é a mesma que insiste que homens e mulheres não podem ser amigos. Uma mulher ser amiga do seu superior? Todo mundo dirá que eles têm um caso. Mas tudo bem pros homens saírem pra tomar cerveja, muitas vezes indo a strip clubs (sem falar de prêmios de desempenho que incluem garotas de programa).
Há também enormes barreiras estruturais que impedem mulheres, principalmente as que são mães, de avançar na carreira. Grande parte das empresas não oferece creche para deixar os filhos durante o horário de trabalho, e o governo não faz a sua parte. Países com uma boa rede de bem-estar social (como os escandinavos) oferecem não só licença maternidade de um ano, como também licença paternidade. Há toda uma estrutura pública (creches, escolas, sistema de transporte eficiente) que auxilia na criação dos filhos. As mulheres não se sentem abandonadas à própria sorte.
O que Sandberg afirma -- e isso não é novidade -- é que, devido a nossa criação, às vezes somos nossas piores inimigas. Segundo a matéria, “Sandberg acredita que mulheres desencaminham suas próprias carreiras. Elas 'se escondem' durante as reuniões, sentando-se no canto e não à mesa. Elas questionam sua própria capacidade de liderança mais que os homens, e não exigem promoções ou aumentos salariais. Pesquisas internas da Hewlett-Packard mostram que mulheres só se inscrevem para vagas para as quais elas preenchem 100% dos requisitos; os homens se inscrevem mesmo quando as exigências pro emprego não chegam a 60%”.
Se somos ensinadas desde pequenas a sermos passivas e inseguras, isso vai se refletir no futuro. Como explica Marina Castañeda no excelente O Machismo Invisível, "a competição e a ambição nem sequer são fomentadas nas meninas. A educação familiar que recebem e os jogos infantis enfatizam a cooperação e a conciliação. [...] O êxito profissional não faz parte da identidade feminina: uma mulher 'realizada' é aquela que se casa e tem filhos, não a que ascende a uma posição de liderança em sua profissão. Além disso, uma mulher sumamente bem-sucedida no trabalho tende a ser percebida como menos feminina. No atual estado das coisas, as qualidades exigidas para alcançar sucesso em qualquer área -- capacidade, ambição, assertividade, iniciativa e liderança -- costumam ser consideradas masculinas. O sucesso não reforça a identidade feminina (como o faz em relação à masculina), mas cria uma contradição.
"As poucas mulheres que alcançam o sucesso, sobretudo nas profissões consideradas 'masculinas', como a política, os negócios, o direito, a medicina e as profissões acadêmicas, entram automaticamente em conflito com o que a sociedade espera delas, isto é, que se dediquem à família. Implícita ou explicitamente, muitos questionam sua feminilidade e mesmo sua orientação sexual e as criticam por 'descuidar' do marido e dos filhos. Muitas delas sentem culpa e dúvidas, tentando demonstrar reiteradamente que continuam a ser boas mães e esposas, apesar de suas conquistas" (pag. 251-2).
Talvez por causa de todas essas barreiras que são sociais, não biológicas (só a ciência reacionária acredita que biologia é destino), Sandberg aponta que a decisão de carreira mais importante de uma mulher é com quem ela se casa. Infelizmente, o trabalho doméstico como função exclusivamente feminina continua forte. Em uma década, os homens brasileiros só aumentaram seu tempo de colaboração nas tarefas em míseros 8 minutos. E aí,você vai se casar com alguém que vai dividir as tarefas domésticas, ou com quem exige que você sacrifique sua carreira para apoiá-lo? E nem vou tocar no assunto da violência doméstica. Não preciso nem dizer que ter um marido que bata é péssimo pra tudo na vida, inclusive pra carreira. Pesquisas mostram que, a cada cinco dias que uma brasileira falta ao trabalho, um é devido à violência doméstica.
Não creio que seja uma conspiração. Isto tudo que citei é o patriarcado, que privilegia homens (héteros, cis e brancos), e fixa uma série de desvantagens pras mulheres. Cabe a nós enfrentar este sistema. E esse enfrentamento deve começar desde cedo, questionando a educação que prega que menina deve ser quietinha, sempre quererendo agradar. Começa quando temos coragem de falar em público, no meio da sala, quando não nos calamos diante de injustiças, quando entramos em grêmios estudantis -- e não entramos pra ser secretária, mas presidente mesmo.
Olha, tem um montão de coisa (tortura, racismo, imperialismo etc) que sou contra em A Hora Mais Escura, mas tem uma cena que deve servir de inspiração pra gente.
É quando a protagonista, Maya, está numa reunião com caras importantes da CIA (todos homens). Ela é mulher, jovem, desconhecida, e ninguém lhe dá bola. Até que um chefão pergunta pros homens sobre ela: “Quem é essa garota?”, e ela responde, sem pestanejar: “Eu sou a filha da mãe que encontrou o lugar [onde Bin Laden se esconde]”. Motherfucker, ela diz. Talvez dê pra falar a mesma coisa sem usar palavrão e, mais ainda, sem palavrão sexista. Mas nessa hora ela se equipara aos homens da mesa falando a língua deles, exibindo a arrogância que pra eles é tão comum, e que pra mulheres é tabu.
Não quero me equiparar aos homens nas suas piores características (agressividade, individualismo, competitividade excessiva -– características que são ensinadas, não inatas).
Mas é pra se pensar o quanto o nosso condicionamento nos impede de avançar na carreira que escolhemos. Eu quero mais mulheres trabalhando fora (a pobreza no Brasil cairia 20% se mulheres tivessem o mesmo salário e acesso ao trabalho formal que os homens), e quero mulheres em posição de poder nas empresas. Quero que possamos ser o que quisermos ser, não o que é dito que devemos ser. Quero que não tenhamos vergonha de assumir nossas conquistas, e de dizer, bem alto, "I'm the motherfucker who found Bin Laden".
Uma matéria sobre o livro que Sheryl Sandberg, chefe operacional do Facebook, está lançando, me fez querer escrever algumas coisinhas. O livro será lançado no Brasil este mês, com o título Faça Acontecer: Mulheres, Trabalho e Vontade de Liderar. Já aviso que este post trata de mulheres de uma condição socio-econômica privilegiada, que não é a realidade da maioria das brasileiras. Mas é a minha, e provavelmente a de várias leitoras.
Como sabemos, por mais que haja tantas mulheres no mercado de trabalho, o mundo corporativo ainda é um lugar totalmente masculino (o mundo político também, mas há mais mulheres chefiando países do que empresas -- 10% das nações do planeta tem presidentas ou algo similar). Alguns países lutam pra combater essa desigualdade. Há dez anos, a Noruega tinha apenas 7% de mulheres em cargos de diretoria. O governo decidiu instituir cotas de 40% de mulheres para empresas públicas e privadas. Você pode imaginar o escândalo que foi: disseram que o país iria falir, que ficaria menos competitivo, que seria o caos. Acontece que a experiência deu tão certo que agora vários outros países europeus se preparam para copiar o modelo.
Enquanto não forem criadas leis que busquem a igualdade, o horizonte seguirá turvo. O mercado definitivamente não se regulamenta sozinho. A enorme maioria dos presidentes de companhias é homem (nas cem maiores empresas brasileiras, 5% tem mulheres no comando; nas 450 maiores, o número cai para 3%). O ambiente de trabalho de muitas empresas é machista, ainda com muitas piadinhas e assédio sexual. A mulher está mais sujeita ao assédio em todas as carreiras. O quadro piora devido à cultura brasileira da objetificação do corpo feminino e à ideia de que as mulheres dizem não querendo dizer sim. Dados da Organização Internacional do Trabalho indicam que 52% das mulheres economicamente ativas já foram assediadas sexualmente. É o segundo maior problema depois dos baixos salários e, muitas vezes, faz com que a mulher se demita.
Pois é, o salário é desigual, e mulheres ganham cerca de 30% menos que os homens na mesma função, apesar de muitas vezes ter maior escolaridade. Aliás, quanto maior a escolaridade, maior a diferença salarial. Uma analfabeta recebe cerca de 85% do que um analfabeto recebe. Quando o nível é superior completo, a diferença é de 60%. Quem acha que isso é mito não deve ter acompanhado quando um projeto de lei prometeu multar empresas que promovessem desigualdade salarial entre os gêneros. A grita dos empresários foi tão grande que a presidenta Dilma não sancionou o projeto (as ameaças foram as mesmas que podem ser vista em Revolução em Dagenhan -– vamos fechar vagas, vamos contratar menos mulheres!).
Caitlin Moran diz algo bem interessante em Como Ser Mulher: que as mulheres já saem perdendo num emprego de escritório. A amizade masculina, o chamado bromance, é frequente. Homens ficam puxando o saco um do outro o tempo todo, diz Moran. Pra uma mulher é muito mais difícil fazer isso. A cultura que institui um “happy hour” quase que exclusivamente masculino é a mesma que insiste que homens e mulheres não podem ser amigos. Uma mulher ser amiga do seu superior? Todo mundo dirá que eles têm um caso. Mas tudo bem pros homens saírem pra tomar cerveja, muitas vezes indo a strip clubs (sem falar de prêmios de desempenho que incluem garotas de programa).
Há também enormes barreiras estruturais que impedem mulheres, principalmente as que são mães, de avançar na carreira. Grande parte das empresas não oferece creche para deixar os filhos durante o horário de trabalho, e o governo não faz a sua parte. Países com uma boa rede de bem-estar social (como os escandinavos) oferecem não só licença maternidade de um ano, como também licença paternidade. Há toda uma estrutura pública (creches, escolas, sistema de transporte eficiente) que auxilia na criação dos filhos. As mulheres não se sentem abandonadas à própria sorte.
O que Sandberg afirma -- e isso não é novidade -- é que, devido a nossa criação, às vezes somos nossas piores inimigas. Segundo a matéria, “Sandberg acredita que mulheres desencaminham suas próprias carreiras. Elas 'se escondem' durante as reuniões, sentando-se no canto e não à mesa. Elas questionam sua própria capacidade de liderança mais que os homens, e não exigem promoções ou aumentos salariais. Pesquisas internas da Hewlett-Packard mostram que mulheres só se inscrevem para vagas para as quais elas preenchem 100% dos requisitos; os homens se inscrevem mesmo quando as exigências pro emprego não chegam a 60%”.
Se somos ensinadas desde pequenas a sermos passivas e inseguras, isso vai se refletir no futuro. Como explica Marina Castañeda no excelente O Machismo Invisível, "a competição e a ambição nem sequer são fomentadas nas meninas. A educação familiar que recebem e os jogos infantis enfatizam a cooperação e a conciliação. [...] O êxito profissional não faz parte da identidade feminina: uma mulher 'realizada' é aquela que se casa e tem filhos, não a que ascende a uma posição de liderança em sua profissão. Além disso, uma mulher sumamente bem-sucedida no trabalho tende a ser percebida como menos feminina. No atual estado das coisas, as qualidades exigidas para alcançar sucesso em qualquer área -- capacidade, ambição, assertividade, iniciativa e liderança -- costumam ser consideradas masculinas. O sucesso não reforça a identidade feminina (como o faz em relação à masculina), mas cria uma contradição.
"As poucas mulheres que alcançam o sucesso, sobretudo nas profissões consideradas 'masculinas', como a política, os negócios, o direito, a medicina e as profissões acadêmicas, entram automaticamente em conflito com o que a sociedade espera delas, isto é, que se dediquem à família. Implícita ou explicitamente, muitos questionam sua feminilidade e mesmo sua orientação sexual e as criticam por 'descuidar' do marido e dos filhos. Muitas delas sentem culpa e dúvidas, tentando demonstrar reiteradamente que continuam a ser boas mães e esposas, apesar de suas conquistas" (pag. 251-2).
Talvez por causa de todas essas barreiras que são sociais, não biológicas (só a ciência reacionária acredita que biologia é destino), Sandberg aponta que a decisão de carreira mais importante de uma mulher é com quem ela se casa. Infelizmente, o trabalho doméstico como função exclusivamente feminina continua forte. Em uma década, os homens brasileiros só aumentaram seu tempo de colaboração nas tarefas em míseros 8 minutos. E aí,você vai se casar com alguém que vai dividir as tarefas domésticas, ou com quem exige que você sacrifique sua carreira para apoiá-lo? E nem vou tocar no assunto da violência doméstica. Não preciso nem dizer que ter um marido que bata é péssimo pra tudo na vida, inclusive pra carreira. Pesquisas mostram que, a cada cinco dias que uma brasileira falta ao trabalho, um é devido à violência doméstica.
Não creio que seja uma conspiração. Isto tudo que citei é o patriarcado, que privilegia homens (héteros, cis e brancos), e fixa uma série de desvantagens pras mulheres. Cabe a nós enfrentar este sistema. E esse enfrentamento deve começar desde cedo, questionando a educação que prega que menina deve ser quietinha, sempre quererendo agradar. Começa quando temos coragem de falar em público, no meio da sala, quando não nos calamos diante de injustiças, quando entramos em grêmios estudantis -- e não entramos pra ser secretária, mas presidente mesmo.
Olha, tem um montão de coisa (tortura, racismo, imperialismo etc) que sou contra em A Hora Mais Escura, mas tem uma cena que deve servir de inspiração pra gente.
É quando a protagonista, Maya, está numa reunião com caras importantes da CIA (todos homens). Ela é mulher, jovem, desconhecida, e ninguém lhe dá bola. Até que um chefão pergunta pros homens sobre ela: “Quem é essa garota?”, e ela responde, sem pestanejar: “Eu sou a filha da mãe que encontrou o lugar [onde Bin Laden se esconde]”. Motherfucker, ela diz. Talvez dê pra falar a mesma coisa sem usar palavrão e, mais ainda, sem palavrão sexista. Mas nessa hora ela se equipara aos homens da mesa falando a língua deles, exibindo a arrogância que pra eles é tão comum, e que pra mulheres é tabu.
Não quero me equiparar aos homens nas suas piores características (agressividade, individualismo, competitividade excessiva -– características que são ensinadas, não inatas).
Mas é pra se pensar o quanto o nosso condicionamento nos impede de avançar na carreira que escolhemos. Eu quero mais mulheres trabalhando fora (a pobreza no Brasil cairia 20% se mulheres tivessem o mesmo salário e acesso ao trabalho formal que os homens), e quero mulheres em posição de poder nas empresas. Quero que possamos ser o que quisermos ser, não o que é dito que devemos ser. Quero que não tenhamos vergonha de assumir nossas conquistas, e de dizer, bem alto, "I'm the motherfucker who found Bin Laden".
142 comentários:
Lola, acabei de te mandar um email, só que foi antes de eu terminar e foi sem assunto, mas é uma coisa importante, prometo.
bjos
"Estamos dentro de dois sistemas intrinsicamente ligados, capitalismo e patriarcado..."
Capitalismo sim, porém selvagem (onde maioria das pessoas fazem tudo por dinheiro).
Patriarcado não, nenhuma mulher é mais obrigada a casar e cuidar da casa, isso é opcional.
E depois dizem que carreira de humanas sao pras mulheres e nao pros homens.Tai tudo, direito,academia e por ai vai e é tudo homem.
Meu,dar vontade de dar uma chinelada na cara desse povo sem intelecto q fica repetindo essas merdices, serio.
Se algum dia tiver marido feminista(obvio,so me caso se for assim) e vier propor q largasse mao do emprego eu ficaria em casa sim cuidando da casa mas com boa renda todo mes e carteira assinada com todos os direitos e ainda salario extra pra descontar o emprego perdido.Tem que ser assim.
"... agressividade, individualidade, competitividade excessiva -– características que são ensinadas, não inatas..."
São estimuladas pela sociedade, mas a testosterona ajuda um pouco.
Em dez anos, os homens passaram a cumprir apenas 8 minutos a mais nas suas obrigações domésticas. Aí vem o analfabeto dizer que mulher não é obrigada a casar e cuidar da casa.
Ai, a paciência, ela é testada constantemente.
Quer dizer então que as empresas contratam mulheres PARA pagar menos, certo? Se for pra pagar mais, elas vão preferir contratar homens. É inaceitável que devido a um argumento porco desses, a lei não tenha sido sancionada. Estão assumindo o machismo na cara! É revoltante.
Anon das11:37
em que planetaa vc vive meu filho??
existem tres formas de forçar uma mulher a se casar:
Obriga-la de fato na base da ameaça. fisica e pscicologica,no caso de algumas religiões que forçam isso tbm..
quando ela sente que TEM que se casar por questões finaceiras..nao golpe do bau...mas quando isso eh uma questão de sobrevivencia..ja ouviu falar em gente pobre por acaso?
ou já que vc não eh ignora a existencia de pessoas que são forçadas a fazer as coisas por seus problemas economicos??
e por ultimo..não menos importante e mais recorrente na classe média..
vc cria a menina lendo contos de fadas onde o principe a salva, o que cria um romantismo falso e inadequado, vc so da panelinhas ebonecas o que a condiona a ser mae e dona de casa e nega a ela brinquedos que ajudam no desenvolvimento intelectual a dificultando seu desenvolvimento profissional..
e por fim diz o tempo todo que ela eh uma mocinha, que TEM que se comportar, cobra dela o namorado, tepois o noivo..depois omarido , depois os filhos..faz que que ela internalize que uma mulher bem sucedida eh uma com filhos e com um bom marido...ela ve a mãe submissa ao marido e se acostuma com isso...
e outras tantas influencias que as meninas sofrem a vida toda..
de fato..vc demonstrou toooodo o seu conhecimento sobre isso no seu comentario..
que é nenhum...
Lola, eu li o livro da Sheryl no original, pois tinha visto a palestra dela no TED e gostado muito. na verdade assisti aquilo num momento em que precisava: vivia com medo de assumir novas responsabilidades no trabalho, com medo de não dar conta, com medo de crescer, e não entendia por que. com o livro dela tudo ficou mais claro: os homens assumem novas funções e se candidatam a promoções quando tem 60% dos pré-requisitos. As mulheres, só quando já tem 100%. Os homens negociam seus salários, as mulheres não (e senti isso na pele quando fui efetivar um estagiário homem e uma mulher - a menina era infinitamente superior, mas nunca questionou o salário. o menino, sim). além disso, por conta de todas essas dificuldades no trabalho, muitas mulheres vão "evitando" promoções. vão se retirando silenciosamente das oportunidades pois pensam que um dia terão filhos e será ruim para a família ter um cargo importante. Logo depois de ler a palestra e ler o livro, meu chefe, o presidente da empresa, pediu demissão e foi embora. Eu, que estava tentando engravidar, fiquei logo achando q era melhor avisar, q não podia assumir mais responsabilidades. Ainda bem q não fiz isso, pois o aumento de 50% que me deram no salário está sendo essencial agora, que estou grávida. A única coisa que ainda me intriga é qual a melhor maneira de conciliar a licença com o trabalho quando vc é gerente, diretora.. como faz? Dá pra uma profissional assim ficar 6 meses totalmente desligada? E se estamos falando de empresas pequenas, q não tem várias pessoas no mesmo departamento? A meu ver a única solução é trabalhar de casa durante a licença, ou voltar antes do prazo. Mas quando uma mulher faz isso, logo é recriminada pelas demais. Parece que quando você é mãe, automaticamente tem que colocar o trabalho em último lugar. E se um dia você ficar viúva, como minha mãe ficou? E depender SÓ do seu trabalho pra cuidar dos filhos? como faz??
o capitalismo é o maior problema da mulher e do feminismo. A internet, a liberdade, os direitos das minorias, os confortos da vida moderna ja existiriam ha seculos para todos nós se nao fosse os atrasos causados pelo capitalismo.
"São estimuladas pela sociedade, mas a testosterona ajuda um pouco."
A testosterona pode ate ser mas so q é ativada pela sociedade,meio externo, e nao o contrario.
Lola, em geral seus textos são muito bons. Mas esse bateu fundo, sabe?
Eu sou a única mulher no meu ambiente de trabalho. Aliás, única não. Tem uma faxineira e uma secretária.
Só que eu tenho posição de chefia. Sou a número 2, por assim dizer. E sim, já tive muito problema por isso.
Em primeiro lugar, eu comecei a trabalhar cedo. Por uma série de fatores, inclusive, vá lá, sorte, eu consegui um cargo bastante importante aos 21 anos. Eu era mais nova que grande parte dos estagiários. E eu cheguei lá com meus méritos, não por ser irmã, filha ou namorada de ninguém. E levei ANOS pra entender por que eu me sentia culpada por isso. Eu me sentia culpada por ter sucesso no meu trabalho! Não é estranho?
Mas, até aí, acho que eu sempre fui "estranha". Não sonhava em casar e ter filhos. Sonhava em ser alta executiva, advogada de sucesso ou diplomata. Viajar o mundo. Lembro, ainda adolescente, da família mencionar que eu não poderia fazer isso porque "como vai ficar seu marido?"
Eu dizia que meu marido teria que me acompanhar, uai. E ouvia os comentários patronizing no sentido de "um dia ela cresce e aprende como é o mundo".
Pois bem. Em 5 anos num cargo de relativa importância fui convidada pra esse que estou agora. Quando cheguei, trabalhávamos aqui o chefe, eu, meu marido (sim, eu casei! Com alguém que não se importa em viajar o mundo comigo, thank you very much) e mais um colega.
E sim, eu senti na pele a "amizade" me atrapalhando. O colega era muito amigo do chefe e aproveitava qualquer oportunidade pra falar mal de mim (já que, do meu trabalho, não dava). Mesmo meus subordinados demoraram a entender que eu sou mulher, mas sou chefe. Certa vez, a secretária de férias, sugeriram transferir as ligações pra mim. Nada contra o trabalho, mas não é o meu trabalho. E não é porque eu sou mulher que será meu trabalho.
Já tive que ouvir muito o "você chegou onde chegou porque usou intuição feminina, né?" E a pessoa fica brava porque eu não entendi o "elogio". Não, eu cheguei onde cheguei porque eu trabalhei. MUITO. Mais que vários colegas homens.
Cansei de receber convites em nome do Sr. (meusobrenome), ao invés de dirigidos a mim. É o default do campo de trabalho: os convites são dirigidos ao homem e esposa.
Casei com um cara feminista, claro *(se bem que ele não se assume feminista :P ). Dividimos as tarefas de casa. Ele não me "ajuda" em casa. Ele faz a parte dele (ele até reclamou uma vez que disse que ele ajuda!). Se e quando tivermos filhos, sei que haverá a mesma divisão. Até porque trabalhamos no mesmo lugar, mas eu tenho uma posição hierarquicamente superior. É mais fácil ele sair pra resolver coisas de casa (e, eventualmente, de filhos) do que eu. E é o que fazemos. Cano estourou, problema elétrico, etc, e o técnico vai lá durante o dia? Ele vai acompanhar e eu fico trabalhando. Pra gente, funciona bem.
E eu continuo ouvindo que se eu não cuidar melhor dele (onde já se viu? Eu deixo meu marido lavar roupas!) ele vai me trocar por quem faça!
Instituit cotas para mulheres é absurdo dos absurdos. Não perceberam nenhum pouco que este tipo de medida é uma ofensa às próprias mulheres. Pois a mensagem que querem passar são desprovidas de mérito e só pudesse conseguir as coisas nas colchas. Existe algo mais misógino do que isso?
Quanto à Noruega. os ótimos indicadores econômicos e sociais da Noruega são A DESPEITO do Welfare State. A Noruega possui propriedade privada, livre comércio, livre iniciativa, em suma, LIBERDADE ECONÔMICA (coisa que NÃO EXISTE e NUNCA EXISTIU no Brasil), além de literalmente boiar sobre o PETRÓLEO, cujas receitas de exportação garantem ao governo um superávit orçamentário de incríveis 10%. Retire o petróleo da Noruega e a coisa ficará bastante curiosa.
Marcelo..
*-*
quanta emoção só deler..
fico tão feliz/boba de ver que tem gente que pensa como eu..
dai quando eh um homem num blog feminista fico mais aindaa...
hehe
testosterona não faz isso, amigo. Claro que TODO hormônio influência no humor do ser humano, pois gera mudanças biológicas, MAS hormônios não são mágicas, não. Homônios não têm grande influência assim para determinar o rumo da sociedade.
"Se algum dia tiver marido feminista(obvio,so me caso se for assim) e vier propor q largasse mao do emprego eu ficaria em casa sim cuidando da casa mas com boa renda todo mes e carteira assinada com todos os direitos e ainda salario extra pra descontar o emprego perdido.Tem que ser assim."
Se o seu marido trabalhar enquanto você escolheu ficar cuidando da casa, sua obrigação é fazer o trabalho doméstico sem reclamar. Como assim boa renda e carteira assinada pra um trabalho que pode ser feito de pijamas?
E em quais funções exatamente as mulheres ganham menos do que homens? Em toda minha vida profissional nunca vi isso em nenhuma das empresas em que trabalhei.
Fora isso, boa parte dessas estatísticas são meio balela. Só não vou refutar algumas agora porque tá na hora da sesta aqui no trabalho.
excelente texto. sinto isso na pele desde sempre. como nunca achei q meu destino fosse ser propriedade de um homem, acreditei na minha profissão. amo o que faço e faço com orgulho e determinação. Já ouvi centenas de vezes para eu não ser tão assertiva nas minhas colocações. "Você é muito dura" é o que ouço pra caramba. Qd os homens falam eles são objetivos. qd eu falo, sou dura...sei!
cansei de trabalhar em empresas, montei o meu próprio negócio, toco ele sozinha há 25 anos, mas, de vez em quando ainda ouço de clientes e, infelizmente, de mulheres q são empregadas nas empresas clientes, que eu não deveria ser mais discreta nas minhas opiniões.
ora, os caras me contratam porque eu sou boa no que faço e depois querem que eu não dê a minha opinião e deixe eles fazerem qq merda e colocar o meu nome? nananinanão, bato o pé mesmo. Em geral, depois me agradecem.
quanto à lei que prevê multa para empresa q tiver política salarial distinta para homens e mulheres, cabe explicar q a Dilma não sancionou porque o projeto de lei apresentado pelo congresso trazia mais problemas do que soluções. Os próprios senadores pediram para rever. Tá no senado ainda. Do jeito q vc escreveu parece q foi ela q impediu a lei de ser sancionda. não foi bem assim.
A equiparação salarial já é lei, mas não há multa. Daí os empresários gritaram, mas também foram ouvidas vozes do movimento feminista q apontaram problemas no projeto. Esse texto aqui explica bem a questão http://conscienciafeminista.blogspot.com.br/2012/03/o-dificil-caminho-da-igualdade-salarial.html
É nessas horas que agradeço pela família que eu tenho. Seja a paterna ou materna, todo mundo, principalmente tias, sempre me falam: "Estuda!! Arranje um emprego, conquiste sua independência e só depois procure um homem!", se dependesse da minha mãe eu só arranjaria namorado depois dos 30 hahahaha do tanto que ela me cobra para estudar para ser independente financeiramente. E meu pai e os outros homens da família sempre concordam com elas.
Infelizmente sei que na nossa cultura não é assim e muitas sofrem com isso, já vi mulheres com potencial para assumir cargos que pagam bem ou considerados de homem (engenharia, por exemplo) mas não o seguem por terem vergonha de serem mal vistas.
Augusto,
O que eu disse é que características como agressividade e competitividade não são apenas construções sociais, eu não disse que os rumos da humanidade são determinados puramente por hormônios.
Que texto legal, Lola! :)
Olha, minha experiência nesse aspecto é muito boa, felizmente.
Embora eu tenha crescido numa casa em que o pai trabalhava fora e a mãe cuidava dos afazeres domésticos (porque os dois juntos decidiram assim), sempre fomos ensinados (eu e meus irmãos) a sermos independentes financeiramente. Estudo era a palavra de ordem.
E meninos e meninas tinham as mesmas obrigações domésticas.
Passei num bom concurso público aos 22 anos e estou em busca de outros melhores. Namoro há 6 anos e só vou me casar quando puder manter o mesmo padrão que tenho na casa dos meus pais.
Mas já passei por uma experiência chata. A comissão de formatura da faculdade. Meu namorado era o presidente e eu a secretária. Eu fiz tudo (ele precisou se ausentar nos últimos meses da faculdade) sozinha. A empresa que contratamos sabia que era eu quem estava a frente de tudo, mas na hora de oferecer as vantagens direcionadas a comissão, eles deram tudo pro presidente (que felizmente teve o bom senso de recusar e me passar).
Thomas
"Se o seu marido trabalhar enquanto você escolheu ficar cuidando da casa, sua obrigação é fazer o trabalho doméstico sem reclamar. Como assim boa renda e carteira assinada pra um trabalho que pode ser feito de pijamas?"
Quase sempre que um homem diz uma coisa dessas,que trabalho de casa é super fácil que dá até para fazer de pijamas é porque mal lava um copo e se faz é uma vez na vida e outra na morte.
Mesmo que a mulher seja dona de casa ,o homem também deve dividir algumas tarefas.
Não importa qual seja o trabalho do homem,ele NUNCA vai trabalhar
mais que uma dona de casa.
Eu sei disso,porque meus pais são machistas,eu sempre tive que fazer tudo,fazer comida,lavar,passar,arrumar a casa, enquanto meu irmão ficava com o c* pro alto o dia inteiro,pela rua com os colegas.
Não existe uma hora pro trabalho acabar,como acontece com quem tem emprego formal,é o dia inteiro,a louça da janta os inutéis ajudam a lavar? não.
Meu pai e meu irmão simplesmente jogam o prato na pia para as empregadas,eu ou minha mãe limparem.
Não existe folga,eu nunca pude ficar o dia inteiro com o c* pro alto como meu irmão e muito menos férias,ficar um mês fazendo nada.
Meu pai tirava férias e ficava assim mesmo,o tempo todo fazendo porra nenhuma,quando minha mãe tirava férias,ela me ajudava.
Além da injustiça toda ,tem a falta de respeito,não fazem porra nenhuma e ainda te atrapalham,bagunçam o que você arrumou,cansei de ver meu pai e meu irmão,jogando o lixo na pia e a lata do lixo estava lá bem do lado,é mais fácil deixar a escrava aqui cuidar disso né?! e depois ainda tinha a cara de pau de reclamar que a pia estava suja,como se não tivesse nada a ver com isso!
Já falei com minha disso e ela só diz que é assim mesmo,que não concorda mas não faz nada,é revoltante.
Isso ajudou muito para que eu tenha asco de casamento,a não ser que eu encontre um homem feminista ,eu vou ficar muito feliz de morrer encalhada,ficar pra titia como dizem.
Pronto, a sesta acabou. Tá na hora de eu ensinar uma coisinha ou duas pra vocês. Hoje vamos falar sobre a diferença de salários entre homens e mulheres.
O tão disseminado "pay gap" apenas existe porque homens trabalham muitas horas a mais do que as mulheres em trabalhos estressantes que eles odeiam e que possuem menos flexibilidade de horários e mais riscos físicos. Tudo isso para serem pais de família e alimentar seus filhos, apenas para morrerem mais jovens e serem esculachados por feministas como a Lola e as comentaristas deste bloguinho por "ganharem salários melhores." O tal "gap" nos salários se refere apenas à média de salários anuais de trabalhos de tempo integral, que não leva em consideração as horas extras (que em 90% dos casos são feitos por homens), tipo de trabalho ou outros fatores.
O estudo “Why Men Earn More”, de Warren Farrel, Ph.D., examinou 25 escolhas de carreira/vida que homens e mulheres fazem que levam homens a ganhar salários melhores e mulheres a levarem vidas mais equilibradas, e isso mostrou que os homens priorizam dinheiro, enquanto mulheres priorizam flexibilidade, horas mais curtas de trabalho, risco físico menor e outros fatores conducentes aos seus direitos e escolhas caso queiram ser mães, opções que homens ainda não têm. É por isso que mulheres que nunca casaram e não têm filhos ganham mais que suas contrapartes masculinas, e diretoras corporativas mulheres ganham melhores salários que suas contrapartes masculinas.
Farrel também lista dezenas de carreiras, incluindo campos científicos, em que mulheres ganham mais que homens, campos em que realmente existe um "gap" nos salários e mulheres ainda possuem os seus mesmos direitos e escolhas.
As mulheres simplesmente possuem mais opções do que os homens quando querem ter filhos, e muitas delas preferem essas opções ao invés de trabalhar longas e estressantes horas. É por isso que 57% das mulheres formadas em Stanford e Havard deixam seus trabalhos dentro de 15 anos após entrarem no mercado de trabalho. Essa é uma opção que poucos homens possuem e, além disso, as últimas pesquisas mostram que mulheres ainda procuram homens que ganham salários melhores que elas.
Culpar os homens pelas escolhas femininas é injusto. Na verdade pesquisas mostram que a maioria dos homens não têm o menor problema com suas esposas ganhando maiores salários que eles.
As pesquisas também mostram que a maioria dos pais trabalhadores pediriam demissão ou aceitariam um salário menor para poder passar mais tempo com seus filhos se suas esposas pudessem sustentar a família.
Agora vamos para alguns links de pesquisas e tudo mais? Bora.
Pesquisa sugere que decisões de carreira, e não preconceito de gênero, estão na raíz da disparidade de salários: http://abcnews.go.com/2020/GiveMeABreak/story?id=797045&page=1&CMP=OTC-RSSFeeds0312#.UVnDiBce03g
Pesquisa mostra que poucos homens se importam se a esposa trouxer mais bacon pra casa: http://www.nbcnews.com/id/23413243#.UVnDlRce03g
Isso aqui: http://www.thepelicanpost.org/2011/04/28/louisiana-equal-pay-for-women-bill-brings-battle-of-sexes-to-life/
E um estudo de 2010 da empresa de pesquisa de mercado "Reach Advisors", que descobriu que em 147 das 150 maiores cidades americanas, a média de salário em trabalhos de tempo integral para mulheres solteiras e sem filhos com menos de 30 anos é 8% MAIOR QUE DOS HOMENS DO MESMO GRUPO. Em Atlanta e Memphis, mulheres dessa categoria GANHAM 20% A MAIS QUE OS HOMENS.
Peguei exemplos americanos porque eles possuem um número maior e com melhor qualidade de pesquisas sobre o assunto. Mas duvido que a realidade de lá seja tão diferente da realidade daqui. Ora, minha mãe ganha o dobro que meu pai ganha e quase tanto quanto eu ganho. Enfim.
Agora me agradeçam porque deu trabalho fazer este post.
"Como assim boa renda e carteira assinada pra um trabalho que pode ser feito de pijamas?"
ué, então quem trabalha em casa (em qualquer cargo) não pode ter carteira assinada e boa renda por que pode trabalhar de pijamas???
Aposto que o Thomas foi contra a Pec das domésticas. Fala pra gente, Thomas, quando acabar a sua sesta :)
Suelen
Mal pude acreditar no que li. Existe essa coisa entre as mulheres de supervalorizarem o trabalho doméstico. Mas vamos esclarecer algumas coisinhas aqui.
Trabalho doméstico é trabalhoso? Depende. Depende da casa e da bagunça e o que você pode comprar pra ajudar no trabalho doméstico.
Trabalho doméstico é mais trabalhoso do que trabalho de verdade? NÃO. Desculpa, mas não é. Não venha comparar o trabalho doméstico da sua mãe com a carreira do seu pai. Seu pai provavelmente trabalha dezenas de horas semanais em um emprego estressante, deve fazer muita hora extra pra sustentar a família e garantir seu futuro pra não ser um loser sem ter onde cair morto quando se aposentar, ele deve ter que aguentar merda de chefe, colegas e clientes todo dia, usar roupas que ele não gosta de usar, trabalhar debaixo de um ar condicionado todo santo dia, com luzes artificiais fritando suas retinas, tudo isso pra ganhar um salário cuja maior parte é destinada a pagar contas.
E o que ele ganha com todo esse esforço? Uma vida menos saudável que a sua, uma morte que virá mais cedo que a sua e arrogância e mal-agradecimento vindos de pessoas como você, que desvalorizam o trabalho dele para supervalorizar o serviço doméstico.
Não, minha cara. Trabalho em casa é algo bem tranquilo se comparado com trabalho numa empresa. Em casa sim, você pode trabalhar de pijama, com a tv ligada, som ligado, você faz o horário que você quer, pode tirar pausas de quanto tempo você quiser na hora que você quiser e, quando terminar o trabalho, não precisa encarar o trânsito cruel de uma metrópole de respeito.
Não me venha com essa. Aliás, não me venham com essa e não sejam injustas.
Agora, numa coisa eu concordo: o homem deve sim dar uma ajudinha em casa, é apenas natural afinal é onde ele come e dorme. Principalmente se ele e sua esposa trabalham fora, aí eles têm que juntar forças mesmo.
Mas caso o cara trabalhe o dia inteiro e você fique em casa o dia inteiro, faça sua parte da melhor maneira possível e não exija que seu marido, que se estressa todo dia e que morrerá mais cedo em grande parte graças à sua rotina de trabalho, te ajude a fazer muita coisa em casa.
Cada um com suas obrigações, afinal. O cara não reclama por você não fazer as horas extras dele, não é?
Isso mesmo, Suelen, descasca esse Thomas. Eu nunca passei por isso que vc passa, mas vir aqui e lê coisas como a que esse Thomas escreveu ninguém merece.
Nunca entedo esse negocio de comptiçao dizem q mulher é competitiva q nao aguenta outra mulher ai depois dizem q é homem q é... WTF?!
Por isso que muitos,incluindo mulheres,adoram chamar a Dilma de sapatão!
Fico com raiva qd escuto isso,sabe?
ops, esqueci de linkar o estudo de 2010 sobre mulheres solteiras e sem filhos de menos de 30 anos que ganham melhor que os homens do mesmo grupo. Toma aí: http://www.time.com/time/business/article/0,8599,2015274,00.html
Você estão querendo criar cotas para mulheres em empresas ? e isto mesmo que li ?
À medida que as mulheres forem aumentando sua participação no mercado formal de trabalho, creio que o trabalho doméstico tenderá a diminuir. O número de filhos cairá, a decoração da casa se tornará mais minimalista, a alimentação terá mais pratos rápidos, etc. De modo que a participação feminina no trabalho doméstico tenderá a cair mais que a participação masculina tenderá a aumentar.
Q texto importante Lola, nele vc citou todos os pontos que tb eu vejo como entraves em nossas carreiras, mas como sempre vc foi alem e citou outros tantos, que não da nem pra questionar, mas q temos q enfrentar tb.
Vejo de perto os problemas q minhas filhas estão enfrentando p entrar nesse clube do bolinha, mas por sorte elas não negam a raça, e do jeito delas vão conquistando seus espaços.
Mas é inegavel que o mundo do trabalho cria milhões de dificuldades p as mulheres.
Minha filha mais velha esta ha muito tempo fora do pais trabalhando com um grupo de engenheiros,(só ela de mulher).
Eles saem vão para suas farras se divertir, ja ela fica sozinha no hotel onde esta hospedada, em todas suas folgas, mas não desiste.
Não importa qta dificuldades esse sistema crie, unidas nós mulheres vamos derruba-las uma a uma.
Estou até envergonhada pelo que escrevi aqui. Agora que vc explicou com tanta paciência eu entendi, Thomas. O feminismo precisa rever esse negócio de desigualdade salarial.
Lola, deleta esse post, é uma vergonha.
1ª DE ABRIL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
kkkkkkkkkk Não resisti.
Vc deveria continuar na sua sesta, Thomas. Seria um tempo melhor gasto.
Vamos criar cotas também para mulheres na construção civil, na pavimentação de ruas, na coleta de lixo. Sim 40 % dos pedreiros deve ser do sexo feminino.
"Trabalho doméstico é mais trabalhoso do que trabalho de verdade?"
"trabalho de verdade"
kkkkkkkkkkkk Esse Thomas é ótimo!!
Mentira, não é não.
Incrível como nos livramos de uns e aparecem outros....
Você é uma piada Thomas,eu concordaria com você que não seria muito estressante,se houvesse o minimo de respeito,se eles fizessem o básico,como lavar o prato que sujaram e não bagunçar tudo só porque quem tem que arrumar sou eu.
Imagina se eu uso a lógica de vocês,já que meu pai paga algumas contas,porque as contas são divididas com minha mãe,mas o trabalho domestico não,engraçado né?
Como é ele que paga,eu saio comprando tudo que eu quiser e ele que se foda pra pagar,seria muito justo.
Na sua casa talvez seja tranquilo,mas em muitas não é assim,vejo isso na casa das minhas tias também,os homens são um bando de inúteis.
Você acha que não tem nada demais não respeitar o trabalho dos outros?
Será que meu pai ia adorar que tratassem ele no trabalho igual ele me trata?
Ele chega lá,jogam o trabalho de todo mundo em cima dele,quando ele termina o que tem que fazer,vem alguém e bagunça tudo e ele simplesmente tem que fazer tudo de novo com a maior cara de felicidade!!!
E não é só pagar as contas,meu pai está ensinando meu irmão a ser um machista imbecil igual a ele.
Ex:as vezes me irrito e não quero fazer café (talvez seja dificil demais para ele mas é só por o pó de café e água na cafeteira e apertar o botão) e mesmo estando com vontade de tomar,meu irmão NÃO FAZ! ele espera até a hora que me der na telha pra fazer e se eu não fizer ele fica sem.
Thomas, porque você não vai morar no mundo encantado dos Estados Unidos da América e nos poupa dos seus comentários imbecis?
Sorte sua julia é cada absurdo que eu aturo,não vejo a hora de conseguir um emprego e morar sozinha,nem que seja num barraco.
Esse ano finalmente termino o segundo grau.
Tomas,
volte para 1950, em que as mulheres ficavam todas na casa e os homens iam trabalhar. Esse trabalho exaustivo, horas extras, engolir sapos, viraram realidade de todos, independentemente de ser homem ou mulher.
Volte pro seu toddynho no sofá, assistindo cavaleiros do zodíaco, que daqui a pouco a mamãe chega com sua jantinha.
Denegrir a amizade masculina não vale.
"Estamos dentro de dois sistemas intrinsicamente ligados, capitalismo e patriarcado..."
Suponho que em países comunistas, como China, Coréia do Norte, Cuba e a antiga URSS, não exista um patriarcado?
Lola, este texto é sobre o mesmo assunto do seu post, mas uma visão totalmente maluca, inesperada e, na minha opinião, lúcida:
http://thelastpsychiatrist.com/2013/03/dont_hate_her_because_shes_suc.html
O que você acha?
Porque será que todos os estudos que o Thomas apontam são americanos? Ah sim, ele deve ser mais um daqueles mascus que fica nos fóruns gringos e para não ter muito trabalho copia o que os americanos mascus postam lá. Ah sim, estudos com profissões e salários de lá são muito úteis para tirar conclusões sobre como a coisa funciona no nosso país, né? Tão óbvia a ignorância E preguiça do cidadão que ele mal consegue imaginar oque significa o trabalho doméstico, mas é bem fácil desvalorizar aquilo que nunca teve realmente valor para as pessoas mais comuns, que é o trabalho doméstico. Esse sim, alias, é FEITO de horas extras, senão não tem refeição, já que os porcões deixam a pia suja noite e dia.
Depois de ver invasões de mascus americanos em vídeos Brasileiros do youtube eu comecei a ver como estes grupos estão mais relacionados do que imaginávamos. Agora, estudos americanos para tentar contestar a realidade brasileira é o Ó.
Lucas
Mais uma vez chego aqui com humildade e excelente conteúdo e sou ofendido por vocês.
Acabei de ver um post no Facebook, falando que a produtora do jogo Assassin's Creed trabalhará no próximo título e nem preciso comentar que choveu de babacas dizendo o quanto ela é linda, que queriam tê-la, enfim... Poucas pessoas falaram a respeito do jogo, que é o que importa. É difícil conseguir chegar no topo da carreira, sendo mulher e quando chega só sabem dar valor a aparência física.
Depois de ver invasões de mascus americanos em vídeos Brasileiros do youtube eu comecei a ver como estes grupos estão mais relacionados do que imaginávamos. Agora, estudos americanos para tentar contestar a realidade brasileira é o Ó.
Lucas
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Tem razão, somos parecidos mesmo e com a Suecia.
O grande Thomas conseguiu demonstrar que para uma mulher poder ser ter uma situação profissional equivalente a masculina, ela deverá ser solteira e sem filhos.
Essas mulheres entrarão no que a Marina Castaneda fala aqui:
"As poucas mulheres que alcançam o sucesso, sobretudo nas profissões consideradas 'masculinas', como a política, os negócios, o direito, a medicina e as profissões acadêmicas, entram automaticamente em conflito com o que a sociedade espera delas, isto é, que se dediquem à família. Implícita ou explicitamente, muitos questionam sua feminilidade e mesmo sua orientação sexual"
Se conseguem atingir sucesso profisional serão questionadas e cobradas por não ter familia.
Se optam por ter família, deverão aceitar um nível de renda menor.
Realmente as mulheres estão numa situação muito confortável no mercado de trabalho.
Thomas, vc está trollando e prestes a ser deletado. Humildade é algo que vc definitivamente não tem, e vc sabe disso. Assim que publiquei seu primeiro comentário, a Valéria, que eu admiro, me perguntou no Twitter: "Por que publicar um cara que entra dizendo 'que vai ensinar umas coisinhas pra vocês (mulheres)'? Nojento... Muito mesmo!"
E, de fato, não tenho uma boa resposta. Pra ser ofensivo não precisa usar palavrão, sabe? Não, não sabe. Nem deve saber o que é mansplaining.
Boa noite,
Concordo parcialmente com o texto da Lola.
Um dos pontos que me incomodou foi afirmar que "mulheres ganham cerca de 30% menos que os homens na mesma função".
Fui ler o artigo no site indicado "A Notícia" e não consegui extrair essa informação que NA MESMA FUNÇÃO há uma diferença salarial. O texto diz exatamente o contrário, que a diferença é baseada na escolha de diferentes funções/profissões que pagam menos ou mais.
Gostaria de ler uma pesquisa ou artigo científico que realmente mostre a diferença salarial exercendo a mesma função e carga horária de trabalho. Ainda não achei uma. Por favor se alguém conhecer uma , me passa o link aqui por favor.
Thiago, vc também pode procurar. Escrevi "mulheres recebem salário 30% que o dos homens Scielo" e apareceram vários artigos acadêmicos. Dê uma olhada neste e neste, se quiser.
Aqui tem um infográfico muito interessante mostrando que, nos EUA, mulheres ganham 25% menos que os homens em todos os níveis educacionais (e isso contando apenas dias trabalhados, sem licença maternidade, sem faltas). As tabelas também mostram que estudar compensa. A cada degrau alcançado, mais se ganha. Uma mulher com professional degree (que é a especialização que certas profissões, como médicos, têm; na escala, é o maior nível educacional, maior que doutorado) ganha em média 3 milhões de dólares na vida. Já o homem na mesma profissão e com a mesma educação ganha 4 mi. Homens brancos ganham mais do que outras raças em todos os níveis educacionais, exceto no professional degree (aí asiáticos ganham ligeiramente a mais).
Toda vez que falamos de salários desiguais temos as mesmas discussões. Homens machistas tentam negar a todo custo que as mulheres têm qualquer problema na vida. Isso vai desde estupro (que, segundo homens machistas, não existe -- foi a mulher que se arrependeu depois de transar e inventou essa historinha) à renda. Não me lembro em que post a Yulia2 respondeu com vários dados. Copio aqui pra vc ler:
Yulia2, sobre mulheres ganharem menos que homens: http://lidebrasil.com.br/site/index.php/2010/03/08/mulher-tem-mais-escolaridade-mas-ainda-ganha-menos-que-homem/
''Ainda segundo o IBGE, a média de rendimentos das mulheres continua inferior à dos homens, mas melhorou nos últimos seis anos. Em 2009, enquanto o homem ganhava em média R$ 1.518,31, a mulher ganhava R$ 1.097,93, 72,3% do rendimento recebido pelos homens. Em 2003, esse percentual era de 70,8%.''
''Outro ponto ressaltado pelo estudo é que a maior diferença salarial entre homens e mulheres foi registrada no grupo com nível superior e no setor de comércio. Nesta área, a diferença de rendimento para a escolaridade de 11 anos ou mais de estudo é de R$ 616,80 a mais para os homens. Quando a comparação é feita para o nível superior, ela é de R$ 1.653,70 para eles..''
http://noticias.r7.com/economia/noticias/mulher-tem-mais-estudo-mas-ganha-menos-do-que-homem-no-setor-de-supermercados-20100715.html
''Elas estudam mais do que eles, na média, mas ganham em torno de 78% do que recebe um homem, como demonstra pesquisa sobre o setor divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).''
''O estudo verificou que, na cidade de SP, o setor pagava R$ 1.222,62, em média, para os homens. Para as mulheres, essa renda não passou de R$ 937,63 (ou 78% do salário masculino). Quando considerado o setor em todo o Estado, esses valores ficaram em R$ 1.109,05 e R$ 865,62,'' respectivamente.
Lola,nada a ver com o tópico, mas tudo com o blog. Olha essa postagem sobre as mulheres da Mauritânia. Lá, as meninas de 5 anos são engordadas à força porque o padrão de beleza é de mulheres cheinhas e o único objetivo de vida das mulheres é casar. Só que a Mauritânia fica no meio do deserto, é extremamente pobre e tem comida escassa.
Triste e interessante...
Sofia
http://www.poptopic.com.br/2013/03/coluna-da-chris-ja-ouviu-falar-da-mauritania/
É só digitar no Google.
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/diferenca-de-salario-entre-homens-e-mulheres-ceos-e-de-42
http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2012/10/18/diferenca-salarial-entre-homens-e-mulheres-esta-em-torno-de-13-75
"Sandberg aponta que a decisão de carreira mais importante de uma mulher é com quem ela se casa."
Pauto minha vida nisso aí. :)
Já tive namorado querido, fofo, inteligente, no nível pra-casar-genrinho-que-mamãe-pediu, mas que muito sutilmente tentava minar a minha auto-estima e planos de carreira. Beijo e tchau, meu amigo. E to com a Suelen, pra ficar comigo ou o cara é feminista ou o cara é feminista (porque ainda acredito no amor hahaha).
A cena do filme - A Hora Mais Escura, que é citada no post - é maravilhosa. Nós, feministas, sempre nos atentamos às mesmas passagens, falas... Nossos filtros não deixam nada escapar.
Alguém falou sobre o GAP. Já fui 'casada' com uma policial militar ela me falou o porquê da maioreia ser do gênero masculino. Existe uma cota para mulheres que é muito inferior às dos homens. Na época em que ela fez o concurso, havia 3 mil vagas para homens e 300 para mulheres. Então, esse negócio que mulheres e homens escolhem profissões de acordo com a periculosidade e/ou flexibilidade não é verdade. Com o desemprego assolando o país, ninguém mais tem o privilégio de ficar escolhendo.
E quanto ao meu ambiente de trabalho. Havia um vaga que me interessava e o gerente geral alegou que preferia um homem para a tal vaga porque ele falava muito palavrão e cobrava muito. Ai, ai... sem mais comentários.
A Valéria que disse que o moço aí é nojento, sou eu. Respeito muito a Lola, mas eu não publicaria nenhum comentário dele. Se tem tanto a ensinar (*às pobres mulheres*), monte seu próprio blog ou escreva livros de auto-ajuda bem explicadinhos para que nós, seres tão inferiores que precisamos ser tutelados intelectualmente, possamos entender.
Thiago,
Quando se estratifica por função, a diferença salarial cai. Por exemplo:
Limpeza: 96%
Vendas (5 anos experiência): 91%
Vendas (10 anos experiência): 90%
Gerente (20 anos experiência): 78% Prof: 86%
Clinico: 86%
http://meusalario.uol.com.br/main/salario-e-renda/Salario-Check
Thomas, se liga nesse exemplo brasileiro atualizado e bem didático: http://blog.estadaodados.com/brasil-nao-diminui-desigualdade-salarial-entre-os-sexos/
E já cheguei a trabalhar 12 horas por dia EM ESTÁGIO, sem ganhar hora extra ou folga, tendo que engolir muito sapo e vendo meus colegas homens serem levados mais a sério do que eu - inclusive passando o trabalho deles pra mim.
afrolesbofeminista,
Segundo o IBGE em 1991 as mulheres, muito mais que os homens, gostariam (não quer dizer que conseguiam) um trabalho que fosse asseado, bem pago, leve, que permitisse muito tempo livre e progredir na carreira.
Tabela 3.10 de ftp://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Educacao_e_Trabalho/
Só pode ser piada esse aquele imbecil falando que trabalho doméstico não é trabalho!!!!
Na minha casa é separatista. Moro com minha mãe e meu irmão. Minha mãe só faz serviços domésticos de vez em nunca e meu irmão nem sabe o que é isso.
No ínicio sempre eu fazia pelos 3. Mas começou a me irritar chegar cansada pro trabalho e tomar alguma coisa e não ter a PORRA de um copo limpo (que eu deixei de manhã), pq o vagabundo idiota usava um copo diferente toda vez que ia beber. Eu reclamava com minha mãe, mas nunca adiantava. Então comecei a comprar louças diferentes das que tem e usar elas. Quando eu termino de cozinhar pra MIM, eu empurro as louças deles pra outro lado e lavo as minhas (e tranco em um armario) e coloco as sujas na pia de novo. O banheiro que eu construi fica trancado pq não sou empregada de ninguém pra ficar limpando sujeira dos outros. Pela minha mãe, eu até faria.
Da minha casa só uso a cozinha, meu quarto e minha loja. Agora quem quiser morar no lixão porque nasceu com o 'PRIVILÉGIO' de ter pinto, que more e não passe nem perto da minha área. ^^
Realmente, é um absurdo uma mulher ganhar menos do que um homem que ocupa o mesmo cargo ou função. Mas é preciso levar em consideração o fato de o homem também ser vítima do capitalismo que oprime e explora o trabalhador. Muitos são aqueles que são obrigados a trabalhar em ambientes insalubres, estressantes e de alta periculosidade. O sistema econômico em vigor é ruim para todos, tanto para trabalhaores, quanto para trabalhadoras.
Quem é Valéria? Manda esse meu comentário pra ela. Me desculpa, Valéria, se minha pequena e irônica introdução ofendeu você. Gosto de provocar para chamar a atenção dos leitores aos meus comentários, os efeitos colaterais disso é que algumas pessoas ficam ofendidas e a maioria só consegue absorver as provocações dos meus textos ao invés de discutir sobre eles com seriedade. Triste, mas não posso fazer nada além de lamentar.
Com o perigo de soar um tanto pedante, permita-me fazer uma leve correção ao seu tweet. O "(mulheres)" foi uma insinuação sua. Eu disse que ensinaria uma coisinha a vocês, sejam vocês homens ou mulheres feministas que acessam o blog. Não sou preconceituoso, pelo contrário, quero que minhas ideias atinjam a todos igualmente.
Como assim estou trollando? Fundamentei cada palavra que eu disse com lógica impecável e pesquisas sérias. Se estivesse trollando, nem teria me dado ao trabalho de compor alguns dos meus textos mais longos aqui, simplesmente falaria algumas bobagens ofensivas e observaria o mundo queimar.
Tento ser o mais educado e delicado possível, Lola, ao contrário das suas leitoras, que me atacam bem diretamente, me apelidam, fazem cyber bullying comigo. Eu tento não me envolver pessoalmente e me ater aos fatos e temas discutidos.
Lola, eu sei sobre o feminismo e seus respectivos termos.Faço minha lição de casa antes de comentar sobre qualquer assunto.
Pra que me deletar? Sou leitor assíduo do blog e apenas faço o papel de advogado do diabo em posts cuja lógica e argumentos apresentados considero questionáveis. Eu me informo e me entretenho lendo o blog e engajando em discussões e, em contrapartida, estimulo debates e enriqueço o conteúdo do blog, pois sempre apresento ideias desafiadoras e compartilho links informativos.
Mais uma vez: não sou mascu, não me associo a eles de forma alguma, desconheço seus sites e desprezo suas ideias. Fosse eu um mascu troll, estaria em todos os seus posts tentando tumultuar e gerar discórdia sem apresentar nada construtivo.
Em breve começarei a comentar aqui com minha conta do Google, antes que me acusem de ser fake ou não ter coragem de aparecer. Aguardem.
Obrigado pelas indicações dos artigos Lola. Se tiver algum em espanhol e francês também pode passar.
Já li estudos, como o "Global Gender Gap Report" do forum econômico mundial e um da ONU, que comprovam que a diferença da média salarial entre homens e mulheres é fato comprovado.
Agora a diferença salarial na mesma função com a mesma carga horária é uma conclusão equivocada em vários artigos que eu já li. Os estudo da MERCER descrito pela Mari talvez esteja mais focado nessa questão. vou lê-lo.
Thaís B,
Eu desconfio muito desse discurso de pais e familiares aconselhando as filhas a estudar, trabalhar e ganhar dinheiro, e ao mesmo tempo abster-se de namorados. Claro que a independência financeira é de extrema importância pra nós.Mas acho que se aproveitam desse "conselho" para tolher nossa sexualidade.
Não duvido que em muitos casos diferença salarial possa ser explicada pela menor carga horária e dedicação, porém elas não vão usar estas horas fora do trabalho para fazer nada divertido: elas estarão se dedicando aos filhos e a casa, marido. E sabe, isso não é hobbie ou passatempo como o Thomas Toddynho quer fazer parecer.
Mas tudo bem se o empregador esta recebendo menos horas e dedocação é justo pagar menos. Agora cabe refletir porque muitas mulheres fazem esta "escolha"...
E pior ainda é se você não pretende fazer essa escolha mas já sai perdendo porque supõem que você eventualmente vai fazer essa escolha... Malditos estereótipos.
Engenheira
Não tenho estatísticas sobre o assunto, mas a impressão que tenho é que a maioria d@s filh@s são criados pelos pais(homens e mulheres), e lembro-me que eu e meus amigos eramos criados por nossas mães, enquanto os pais (homens) trabalhavam. As atividades domesticas eram filtradas para que pudéssemos brincar, mas sempre tinha o momento "chato" de ter que guardar a roupa ou arrumar a cama.
Bem, meu ponto é que se eu exagerar nessa perspectiva, eu poderia dizer que as mãe (mulheres) são culpadas pelos homens serem... como são, e as mulheres por serem delicadas e inseguras (como no texto).
Ou se for mais ameno, que os pais (ou seja homem e mulher) são culpados por essa separação tão grande de igualdades.
Acredito que as pessoas herdaram esse vício social, pois já aprenderam isso desde que nascem,e adquirem a culpa no momento que sabem que existe a desigualdade e continuam repassando para os descendentes.
Como mulher na área de TI (pra não sabe, composta 90% dos homens), pela minha experiência, o que mais me atrapalha é essa camaradagem masculina. Eu não sou um deles, nem nunca vou ser e isso e complicado. Os programadores são amigos do gerente, do chefe etc. Pra mim por vários fatores isso é impossível. Tem uma piadinha que o meu chefe sempre faz, "a gente tem que contratar outra mulher, pq a gente já perdeu a vergonha da Larissa". Os próprios não me vêem como um deles. E quem se dá melhor não é sempre o que é melhor, e sim (geralmente) os mais bem relacionados e os que se impõem mais.
Outra coisa, eu vejo muita gente criticando mulheres que se mostram mas agressivas, "masculinas", mas o que eu vejo é que, salvo excessões, são justamente essas que conseguem se destacar .
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk O trouxa do Thomas acha que vai ficar parasitando aqui.
Nós nos livramos de 2 paspalhos ontem e o babaca já quer realizar a substituição.
Olha pelo lado bom, você vai ter mais tempo livre pra fazer a sua ~sesta~
"Sou leitor assíduo do blog".
Lê tudo de novo então porque não aprendeu nada. Lê esse texto de novo e faz um apontamento, anota direitinho, dá um respirada e quando for comentar de novo, desiste porque ninguém está interessadx na sua opinião.
Anonimo 01/04/2013 22:09
Eles não me dizem isso no sentido de nunca namorar, mas sim de me focar nos estudos.
Minha mãe nunca me privou ou proibiu de namorar, até pergunta as vezes se eu tenho alguma paquera, ela só quer que minha independência seja minha meta principal e que eu não acabe dependente de marido, como ela.
Minhas tias (quase todas) foram mães cedo e criaram seus filhos sozinha ( os homens que assumiram a paternidade foram poucos e só depois que meus primos estavam bem mais velhos)e me contam que foi muito difícil manter estudo/trabalho com filhos mas hoje todas são independentes financeiramente.
Fora que tenho tios que nunca casaram e um deles tem filha (assumida).
Então quase ninguém na família é no tradicional molde de "pai, mãe e filhos" e muitos trilharam um caminho duro para chegar onde estão. Vejo essa cobrança por parte de todos como uma forma de aviso para não cometer os mesmos erros e criar uma família com mais calma e conforto. Jamais disseram para eu, meus primos e primas não namorar ou não arranjar marido/esposa, só dizem que esse não deve nosso objetivo principal na vida, que aliás eu concordo.
acho que estamos ocupando espaços em ambientes masculinos, mas a verdade (agora digo por mim) é que cada vez mais dificil saber como se comportar
Existe sim um padrão feminino, mas não acho que devemos mudar, esse padrão só é mal aproveitado
“trying to be a man is a waste of a woman”
As mulheres são culpadas desde Eva, né Leonardo?
Maldita Eva que comeu a maçãaaaaaaaa!!!!!!!!!!!
Ferrou com a nossa vida e nem de maçã eu gosto caramba
Quanto ao negócio de competir com o "bromance" e os "happy hours": complicado.
No meu meio (unica mulher , passamos meses inteiros fora implementando novas fabricas, pressão total) estou tentando desenvolver uma certa sensibilidade para alcançar um equilíbrio.
Nem sou uma pessoa muito "de balada" mas as vezes me obrigo a ir sim porque sei da importância desse "bonding".
No entanto, às vezes eu tenho que me tocar de quando não é para eu ir ... (Porque ninguém vai chegar em mim e falar pra eu não ir (as vezes podem até combinar "sem eu saber"...)... Porque os caras querem sair para balada no "modo caça" ou mesmo para um puteiro de uma vez...
Eu acho ridículo: o comportamento deles é completamente diferente se eu estou na balada com eles. Será que eles acham que eu posso ser raptada, se em algum momento eles "sumirem" todos na balada? Será que eles acham que se eu ver alguma coisa vou na festa de Natal da empresa contar tudo pra esposas, namoradas, etc ? (e eu não fico sabendo de qualquer jeito depois porque eles não se agüentam e tem que contar pra todo mundo?)
O chato é que se eu não vou fico com medo de pagar de anti-social e se eu vou fico com a sensação desconfortável de que eles não estão sendo eles mesmos, não estão relaxando. Queria apenas ter a liberdade de ir se eu se eu estivesse afim sem nem ter que pensar nessas encanações... Às vezes eu também quero ir pra balada poxa, eu topo tudo... Só não ia rolar mesmo o puteiro. Que diabos eu ia fazer em um fucking puteiro? Kkkkkkk
Só rindo pra não ficar deprê
"Deprê?" Comentaria o Patricardo/ Madcu genérico "VOCÊ que escolheu isso pra VOCÊ mesma. Poderia estar em casa na cozinha preparando mingau e Toddynho para o seu amado, barriguda de gêmeos. Super segura. Aliás já tá passando da ida..." e ele não consegue terminar a frase com o chute na fuça de bota de segurança (bico de aço!) que ele leva.
Engenheira
Tenho exatamente a mesma percepção da Larissa. As mesmas piadinhas rolam. Aliás me chamam de engenheiro-mulher, porque segundo a galera engenheiro não tem flexão pro feminino. A gente ri né, porque ficar carrancudo o tempo todo não dá e nem dá tempo de ficar explicando porque é um pouco ofensivo. Afinal estou lá pra trabalhar, não pra "doutrinar" as pessoas ( até porque com algumas sabemos que nem adianta).
Quanto ao negócio de ser mais agressiva, se impor, sinto que estou sempre me policiando, questionando e corrigindo minhas atitudes. Altos diálogos internos "Por que você vai sentar no canto da sala de reunião? Sente no meio, pamonha!" "Você não vai questionar a idéia do fulano por que tem medindo do que vão pensar se fizer a primeira pergunta?" "Ah mas se eu for ali na frente será que vão olhar pra minha bunda? F*da-se , não é por isso que você vai perder a oportunidade de fazer essa apresentação!". Criei uma espécie de Capitão Nascimento interno rs. Antes pensava que estava apenas lutando contra minha própria natureza (mais pra tímida), mas hoje percebo que com certeza há o constrangimento do ambiente maioritariamente masculino, que nem deveria ser constrangedor, opressivo se não fosse o machismo no ar.
Engenheira
e novamente,temos que dar enfase as caracteristicas das mulheres
Lola, se puder olhar meu blog, super no começo, mas seira uma honra
http://conquistasfeminias.blogspot.com.br/2013/04/trying-to-be-man-is-waste-of-woman.html
bjos
Agora falando do lado oposto: Estava conversando com um amigo meu sobre isso outro dia. Sobre como na empresa em que a gente trabalha, pra sermos respeitados precisamos mandar alguém à merda de vez em quando. Xingar, bater boca, botar o pau na mesa, como falam. E como gente competente foi atropelada porque "não soube se impor". E nem estamos falando de "se impor" pra cima. Estou falando que entre os colegas você precisa das umas patadas só pra eles saberem que você morde.
Aí eu pergunto: precisa disso? Precisa dessa babaquice de ter que mostrar que pode mandar um e outro tomar no cu (e não podemos todos nos mandar tomar no cu? Nem é difícil!) só pra poder ser ouvido? Quer dizer, que pessoas masoquistas são essas que só respeitam quem lhes bate?
Esse mundo empresarial é muito terra de gente louca, tenho que lhes dizer.
Trabalhei numa estatal onde 80% dos empregados eram homens. Digo só uma coisa: saudade zero... Aquilo estava mais para estábulo que empresa!!!!
Só vou comentar pra deixar meu depoimento.
Eu tenho minha própria empresa hoje. E fico muito satisfeita de estar seguindo meu próprio caminho.
Já trabalhei em ambientes bem machistas, e isso foi só um combustível a mais para que eu saísse e abrisse minha própria empresa.
Buscar a igualdade entre homens e mulheres é uma das coisas que me motivam mais a seguir pelo caminho do empreendedorismo. As mulheres precisam de mulheres que sejam exemplos. Eu quero ser o exemplo para a minha irmã e sobrinhas de que elas podem ser o que elas quiserem, e para todos que encontrar pelo caminho.
Eu demorei para me dar conta de que teria que abrir mão de várias características "femininas" para enveredar no empreendedorismo. Realmente não somos ensinadas a ser competitivas ou agressivas. Mas o mercado é assim, e para ter sucesso, tem que seguir as regras. Desde que comecei neste meio tenho me tornado cada vez mais observadora. Talvez com o tempo e mais mulheres no mercado as regras mudem. Mas por enquanto é assim, e assim me vou.
Eu fico muito feliz de ter nascido num momento histórico em que posso tomar essa decisões e ter sucesso nelas. Sei que tem muita coisa a ser mudada e sei que muitas mulheres não tiveram as mesmas oportunidades. Mas olhando para o passado, estamos no melhor momento para obter a autonomia, para que a questão seja discutida e para que mais mulheres se tornem o exemplo de outras.
Convido todas as mulheres desta página a se enxergarem como merecedoras de sucesso e a perderem o medo de exercer qualquer cargo de liderança.
@Monalisa,
Deve ser bem chata essa tua situação, mas a tua solução é realmente A solução.
Já morei com minha família em situação muito parecida com a tua, mas uma pena que não tinha $ na época para construir meu próprio banheiro. Enfim, eu arrumava meu quarto e mantinha meu mundinho em ordem. Se não era cobrado do meu irmão, de mim ninguém ousaria. E não que eu não fosse, minha casa era referência de bagunça na vizinhança, e todos quando iam nos visitar não entendiam por que EU não ajudava minha mãe a arrumar. Haha eu que não entendia por que cobravam apenas a mim, e me reservada o direito de estudar e me divertir no meu tempo livre! E ocupei muito bem meu tempo, hoje colho os frutos dos meus estudos.
Isso é algo que não entendo, sei que as mulheres são super ensinadas a cuidar de tudo, mas não tem um momento em que dizem CHEGA, estou cansada dessa vida?
Não entendo por que as mulheres (da minha idade, pelo menos, até 30 anos) se submetem a arrumar a casa, fazer a comida, cuidar das roupas afff Eu JAMAIS cuidaria de tudo, até por que... não tem por que!
Ou dividem-se as tarefas, ou não se faz tarefa alguma.
Eu não sou nenhuma madame que não pode conviver com uma bagunça na casa em troca de ocupar meu tempo livre a vontade. E muito menos sou escrava de alguém para arrumar a bagunça enquanto alguém ocupa seu tempo livre a vontade!
Acho que as mulheres não conseguem conviver com a bagunça. Mas não percebem que estão trocando a suas vidas por um trabalho que se repete dia após dia, sem remuneração ou resultados de qualquer espécie? Arrume menos e cultivem suas amizades, façam um curso, aproveitem a vida.
Uma frase que SEMPRE me guiou foi: "Quando vocês estiver velho, vai olhar para trás e lamentar não ter arrumado a sala? Ou vai lamentar não ter feito algo proveitoso em sua vida?"
@Suelen,
(Espero que você chegue a ler meu comment)
Você tem algumas opções:
Estou vendo que vc segura as pontas um bocado. Se vc se rebelar, acha que teu pai vai te deserdar ou vai te expulsar de casa? Olha se for assim some os prós e contras e desapareça assim que puder! Ninguém merece esse tipo de convivência, essa coerção a subserviência. Mas senão, te recomendo fortemente a afrouxar a corda. Diga a seu pai q vc tem q estudar (não espere que uma conversinha apenas resolva anos de pensamentos moldados da família) que você tem que se dedicar a coisas mais importantes (e realmente estude pra mudar de vida) mas não se submeta. Comece a bater o pé hoje. Vi que vc não tem coragem de falar com seu pai, vc reclama somente pra sua mãe. Obviamente ela não tem condições de defender vc, visto que ela apoia esse "sistema". E realmente se foque em alguma coisa. Sem um bom emprego ou uma boa faculdade vai ser difícil sair dessa situação, tenha isso em mente.
Seus pais não vão mudar, e teu irmão está numa posição cômoda demais para sair dela. Ou você bate o pé e compra uma briga em casa (mas acaba com esse mal estar interior) ou aceita que enquanto viver sobre esse teto será assim, e na sua própria casa você criará as regras.
Sobre o café, se já sacou que o teu irmão espera vc fazer pra ele tomar, dica: pare de fazer. Você sem querer está fazendo o mesmo que a sua mãe fez com vcs dois: mostrando que ele pode se escorar em ti pra fazer as tarefas p ele. Adote a filosofia da Mona (aqui nos comments, recomendo muito) e pare de fazer as coisas para o seu irmão. E se quiser tomar, faça apenas a sua porção. Pro seu pai até entendo, pq ele trabalha fora e provavelmente sustenta a família, mas para o seu irmão não há justificativa alguma.
Gata, tens a faca e o queijo nas mãoes. Não se deixe abater e muito menos se submeter. Troque as tarefas de casa por um objetivo, e mude de vida!
""que se dediquem à família. Implícita ou explicitamente, muitos questionam sua feminilidade e mesmo sua orientação sexual e as criticam por 'descuidar' do marido e dos filhos.""
Sinto isso em relação ao feminismo. Como se eu não fosse mulher ou feminina. Como se fosse uma mulher diferente das demais. Não me identifico com as outras mulheres quando penso em feminismo, como se o feminismo me dissesse que não posso nem mais lavar uma roupa ou preparar um café sem estar sendo submissa a alguém. Mas, quando penso nas outras mulheres, vejo tudo o que não quero ser mais : quieta, passiva,submissa,aquela que faz o café e lava a roupa sozinha. Ainda sinto pena de pensar que meu namorado vai fazer o mesmo serviço que eu na casa -nosso combinado- quando casarmos.Quando justamente o feminismo me prega o contrário. Acho que é a "quebra do hábito", da expectativa, os novos conceitos, o tal "gatekeeping", que seria justamente essa "quebra de poder" que é realizada quando as mulheres deixam a responsabilidade principal na casa e não tem mais que "justificar sua presença" com o trabalho doméstico - que mesmo assim ninguém valoriza.
Bom eu nao li todos os comentários mas direi o meu caso: eu sou uma mulher empresaria. Nunca senti culpa por ter construído o meu império nem nunca ganhei menos que um homem nem nada disso. Sinceramente eu leio muito sobre que nos mulheres ganhamos menos mas eu nunca senti isso na pele. O que eu sim senti é que por ser mulher eu tive que fazer uma escolha muito importante: ou eu continuava o meu caminho como empresaria trabalhando no que eu gosto, me especializando mais e podendo viajar sem problemas (o meu trabalho demanda viajar muito) ou eu me casava e tinha filhos.
Sim, porque ate hoje nunca conheci um homem que me apoiasse totalmente. enquanto as esposas dos meus colegas de trabalho e profissao os apoiam, sabem que viajam muito e tem os seus horarios malucos, os rapazes que eu conheci sempre me diziam (desde a epoca em que eu estava na faculdade): "mas algum dia vc vai parar de estudar? porque vamos nos casar um dia e ter filhos...."
tambem tive que optar por nao ter tido filhos (essa nao foi decisão difícil porque nunca tive paciência com crianças e nunca quis ser mãe) porque dentro da minha profissão sao pouquíssimas as mulheres e as que sao e por ventura tem filhos tem babas ou a avo que cuidam dos pimpolhos e tem apenas um. Os homens podem ter 3 ou 4, afinal a responsabilidade deles é bem menor.
Eu tampouco teria filhos para que uma baba ou a minha mãe idosa cuidasse. E nao so amo o que faço como também sempre me aconselharam a ser independente economicamente. Hoje vc pode estar muito bem com o seu marido, mas e amanha? Quem garante? Além do mais mesmo os homens mais bonzinhos do mundo em uma discussão sempre acabam te tirando na cara que é graças a ele que vc pode comprar comida.
O trabalho de casa x trabalho fora, como foi dito acima: qual o mais estressante? Depende do tipo de trabalho fora. O meu é altamente estressante e sao muitas horas, eu nao trabalho 8h ao dia, como chefe trabalho muito mais que isso, o meu trabalho nao tem hora pra acabar. Mas se eu preferiria um trabalho de dona de casa? De jeito nenhum, porque nao gosto, agora nao porque seja mais estressante (no meu caso) eu tb sou dona de casa, tb faço a minha comida e limpo a minha casa, nao tenho empregados. Claro que tenho que me organizar muito para isso. O problema do trabalho de dona de casa que é o mais importante de todos, porque sem ele vc acaba morando num chiqueiro e comendo lixo, é que ele nao é nada reconhecido e altamente desprezado, aqui mora o problema.
Outra coisa que eu gostaria de comentar e nao sei se foi dito, é em relacao a vestimenta das mulheres e homens. Gente, sem mimimi vai, mas no ambiente de trabalho deve-se vestir seriamente, e nao como flores perfumadas. Vejo que os homens sempre estão de terno e camisa, simples e pratico e muitas mulheres, que nao todas, mas muitas, com calcas de cintura ultra baixo que aparece o cobrindo toda vez que se abaixam, camisas de volantes com decotes escandalosos, vestidos de flores e perfumes fortes. Gente é ambiente de trabalho, tem que se vestir de forma pratica simples e correta, nao de "forma feminina" de primeiras ninguém vai prestar atenção a uma pessoa que tem o decote ate o umbigo ou uma roupa super apertada. Isso nao é ser feminino é ser deselegante.
Outra coisa que percebo no meu ambiente : muita mulher vai de vitima que ganham menos que os homens e trabalham mais, no meu ambiente isso nao é verdade, embora sim é verdade que vc nao pode ser mãe (a nao ser que derive os pimpolhos para outra pessoa cuidar) e vc tem que ter muita sorte ao casar com um cara que te apóia, mas isso nao é problema da minha profissão e sim de como esta montado a sociedade atual.
Engenheira: vão olhar a sua banda únicamente se vc vestir uma calca apertada ou de cintura baixíssima.
Eu sempre uso terno sob medida porque os comprados nas lojas realmente fazem apertados na banda e cintura baixa com um blazer curtíssimo. Desconfortável e marcando tudo.
Que as vezes sinto que me visto meio masculina? Bom, sempre tento dar um toque feminino no terno de corte reto mais masculino. Mas sempre com bom senso. Lugar de trabalho nao é lugar de decotes ou roupas apertadas.
Outro truque que ajuda é deixe de se achar a gostosa, ninguém esta interessada na sua bunda, exceto se vc se vestir como descrevi acima. (Que é a maioria da roupa da mulher brasileira)
Sobre a educação dos filhos, em casa eu tb ajudava a minha mãe enquanto o meu irmão ia brincar com os amigos. Na verdade os meus pais nao me obrigavam, eu que ficava com pena da minha mãe fazendo tudo sozinha. Eu implorava para que ela chamasse a atenção do meu irmão e fizesse ele ajudar, mas ela falava "tadinho, deixa ele se divertir".
Eu nao tinha problemas de me "divertir" porque nunca tive amigas mesmo. Sofria bullying das próprias meninas por nao ser magra, nao ser extremamente feminina e nao falar em filhos algum dia. Mulheres tampouco sao boazinhas, sabem?
De adulto, eu fiquei solteira e sou empresaria. Porque nunca conheci homem algum que me apoiasse no meu trabalho e conquistas e vi que nao teria tempo de cuidar de marido e conquistas econômicas.
O meu irmão se casou tb é empresário, igual ou mais bem sucedido que eu mesma, mas ele pode ter 3 filhos pois tem esposa dona de casa que cuida de tudo,
Agora bem a minha cunhada conseguiu coloca-lo na linha e agora vejo o meu irmão compartilhando as tarefas domesticas sem problemas.
@Suelen
Desculpe, mas tenho ainda mais uma dica: você terá muitos problemas para resolver depois que sair de casa, as pessoas ao nosso redor estão sempre extrapolando os seus espaços, procurando quem ceda o seu próprio.
Encare de frente esse problema, e assim você já ganha aprendizado para resolver os próximos. Na nossa sociedade mulheres submissas não vão muito longe. Não sei onde vc quer chegar, mas tenha isso em mente.
Não menosprezo nem um pouco o problema pelo que passa, mas te digo: este é só o primeiro. Começa a desatar esse nó pra treinar para os próximos. Mas tb digo outra: os problemas com o mundo eu sempre resolvo, mas com a minha família... sair de casa foi minha melhor opção. Beijos e boa sorte =*
O problema em questão sobre o "bromance" é que isto por definição... exclui mulheres. E no ambiente de trabalho é óbvio que vai ter repercussões negativas para as mulheres e será uma vantagem para os homens. Então essa é sim uma preocupação, pior ainda se O chefe está em total alinhamento com o tal do bromance, como dizer que isso não terá peso algum na hora de considerar uma promoção para funcionáriAs.
Thomas...vou ser educada pra ver se você entende.
seus dados são refutaveis, e o que criticamos é a sua arrogancia em TODOS os seus posts..quer ser respeitado?
respeite.
se na sua casa sua mãe ou sua mulher não tem muito trabalho, essa não é a realidade do mundo,
em uma família de 6 pessoas, pais e mais 4 filhos a mulher trabalha pesado sim..e isso vai se agravando conforme a renda é menor, existe uma casa super suja pra limpar, todos os dias..comida para se fazer..sabe quanto tempo se demora pra fazer um almoço para 4 pessoas?
Quase duas horas dependendo do dia...sabe quando tempo demora pra lavar uma roupa?..mesmo se vc tiver maquina? Ou vc aca que limpar acasa eh sovarrer e fazer comida.cada armário..cada gaveta tem que ser limpa periodicamente..uma boa faxina pode durasmais de 10 horas se a casa for grande, e se ninguém além da mãe fizer nada
Eu moro sozinha em um quarto pequeno...e gasto em media 7 hrs por semana com limpeza e organização... isso por que sou sozinha e por que moro em uma quarto/banheiro!!! com o detalhe de que saiu as 6 da manhã de casa e volto as onze, acumulo três funções, estagio, trabalho e faculdade...quatro com a limpeza da casa isso por que tive que sair de casa graças ao boçal machista do filho da minha mãe que pensava que eu e minha mãe éramos empregada dele
E quem disse que isso eh gostoso e animado e só o SEU trabalho é estressante?
Vc tem dados e fatos?...otimo..os mostre...não há mal nisso...mas enquanto vc for arrogante é esse tratamento que recebera...pq somos em maioria mulheres, sabemos o que eh passar horas fazendo serviço de casa e chegar um babaca e estregar tudo..imagina que delicia vc acabar de fazer um relatório e seu colega de escritório apagar ele. Pq se achava no direito...vc já sentiu essa sensação..?
Odia que vc para de menosprezar oque os outros fazem vc será respeitado aqui..caso contrario não reclame...
Pelo amor de deus, nos primeiros dois parágrafos do link sobre salário que vc colocou (http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/noticia/2011/05/santa-catarina-lidera-diferenca-salarial-entre-homens-e-mulheres-no-pais-3329632.html) já explica o mito da diferença de salário, PROFISSÕES DIFERENTES, isso não tem nada a ver com gênero.
Eu estou na Pós aqui na UFSC, não é a toa que o professor Lauro Mattei não faz mais parte da pós em economia porque sua metodologia usada é falha!!
Sobre cota em diretoria de empresa, dizer que foi um sucesso é simplesmente ignorar artigos publicados pelo banco central alemão (com a líder do país sendo uma mulher!) mostrando que as empresas perderam market share.
Não adianta nem discutir sitemas econômicos por aqui.
Marcelly,
Mas família com 4 filhos é uma raridade, a maioria tem 1 ou 2.
"Outro truque que ajuda é deixe de se achar a gostosa, ninguém esta interessada na sua bunda, exceto se vc se vestir como descrevi acima. (Que é a maioria da roupa da mulher brasileira)"
Mulher não precisa ser/se achar/estar gostosa para ser alvo do escrutínio sexual masculino. Isso não tem a ver com beleza, vestuário ou mesmo com a mulher em si (ainda que seja verdade que determinado vestuário chama mais determinado tipo de atenção, e que pode ser considerado inadequado em alguns ambientes por n motivos que precisam ser avaliados).
A mulher que se veste de modo "masculinizado" também continua tendo o seu corpo/atitude avaliados, do contrário não teriam notado que ela está "masculinizada", só que neste caso a crítica foi "negativa".
Não tem truques aqui, isso é ilusão, é tentar usar de artifícios para ter a sensação de controle sobre uma coisa que nem está nas suas mãos que é o olhar alheio/masculino sobre você, até porque isso é um aspecto cultural machista. Mulheres são sexualmente avaliadas, constantemente, seja para dizer que ela é "feia, masculinizada, sapata, velha, gorda , magricela", "santinha, recatada, boa-moça, novinha" ou a "gostosa, provocadora", e por aí vai.
Não podemos desconsiderar a cultura que permite e incentiva que homens ajam assim; para ficar falando de alguns centímetros de pano na roupa de uma mulher. Em sociedades que não sexualizam o olhar do homem sobre o corpo da mulher, ela pode fazer o que quiser que não vai conseguir chamar este tipo de atenção, justamente porque a questão central ali não é nem nunca foi ela mesma.
E sinto te informar que bunda (e não necessariamente a pessoa dona da bunda) ainda é preferência nacional. Pra ver só como partes do corpo importam mais quando se trata de mulher. Homem continua sendo homem mesmo quando é avaliado, mulher é desmembrada.
atendendo a pedidos tão sinceros...
... mulheres na construção civil:
tem o clichê da vaidade, né?
http://www.universodamulher.com.br/index.php?mod=mat&id_materia=9490
tem o clichê das rosas no dia internacional da mulher, né?
http://www.opovo.com.br/app/maisnoticias/mundo/dw/2013/02/03/noticiasdw,3000102/mulheres-conquistam-setor-de-construcao-civil-no-brasil.shtml
refogado de clichês? tem aqui!!
http://www.youtube.com/watch?v=1FRV4CuwUDw
mas tão aí algumas notícias.
cheios, repletos, coalhados de clichês, mas fazer o q né?, negócio é trabalhar pra derrubar esses clichês.
... mulheres na aviação:
http://www.youtube.com/watch?v=vGNw4j58ofo
... mulheres na mineração:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/53375-mulheres-ganham-espaco-na-mineracao.shtml
http://terratv.terra.com.br/videos/Noticias/Istoe/4701-346095/Mulheres-na-mineracao.htm
esse é mais tranquilo:
http://www.iagjunior.com.br/index.php/noticias/24-mulheres-abrem-espaco-profissional-na-mineracao
cansou dos clichês? respira fundo!
tem mais:
... mulheres na coleta de lixo
http://www.diarioweb.com.br/novoportal/noticias/Cidades/59222,,Charme,+batom+e+muito+suor+na+coleta+de+lixo.aspx
“Se o seu marido trabalhar enquanto você escolheu ficar cuidando da casa, sua obrigação é fazer o trabalho doméstico sem reclamar.”
só se o marido fizer o dele sem reclamar tb, né? a gente tem q ser, acima de td, justo!
“...enquanto você escolheu ficar cuidando da casa...”
que eu saiba, este tipo de arranjo é acordado entre o casal ou imposto pelo homem. só mulheres da classe AAA normalmente “escolhem” administrar o lar e organizar os eventos sociais do marido.
“Como assim boa renda e carteira assinada pra um trabalho que pode ser feito de pijamas?”
pq o trabalho doméstico (limpar, organizar, abastecer a dispensa, cozinhar, lavar e passar roupas, cuidar das crianças, fazer serviço bancário, assistir marido e filhos e outros familiares na doença) deve ser feito em troca de cama, comida e roupa lavada? pq td o trabalho doméstico é sempre reduzido a lavar uns copos e assistir tv de pijamas? pq o trabalho doméstico, sendo tão banal, leve e VALORIZADO nunca pode ser feito pelo homem, mesmo q a esposa trabalhe tanto qto o marido?
“Fora isso, boa parte dessas estatísticas são meio balela.”
trocando em miúdos...
bah! as suas estatísticas não são de nada. as minhas é q são fodonas!! perdeu playboy!
André..
depende da classe social...classe media sim..só dois..mas vc ja entrou em uma bairro pobre?
quatro filho eh a media tem gente que tem 6..e nem to falando de uma renda tão baixa...
esses dados são diferentes dependendo da classe economica e do grau de escolaridade..
nao sei qual a sua classe..eu convivo comclasse media (baixa? odeio essas definições) e com pessoas de escolaridade de media a alta..e tbm achava isso...
mas quando olhamosmelhor vemos que nossa realidade não é a de todomundo..e a maioria das familias ainda tem mais que 2 filhos...
-Marcelly (mesma pessoa..é que da preguiça de logar as vezes..)
“O tão disseminado "pay gap" apenas existe porque homens trabalham muitas horas a mais do que as mulheres em trabalhos estressantes que eles odeiam e que possuem menos flexibilidade de horários e mais riscos físicos.”
e por isso pagam muito mais do q os trabalhos tradicionalmente femininos e, tb por isso, foram durante muito tempo proibidos para as mulheres, q deveriam ficar em casa organizando o lar e cuidando dos filhos, trabalhando meio período ou em um trabalho de horário flexível e mal remunerado pra poder ter mais tempo justamente pra cuidar do lar e dos filhos.
“Tudo isso para serem pais de família e alimentar seus filhos, apenas para morrerem mais jovens e serem esculachados por feministas como a Lola e as comentaristas deste bloguinho por "ganharem salários melhores." O tal "gap" nos salários se refere apenas à média de salários anuais de trabalhos de tempo integral, que não leva em consideração as horas extras (que em 90% dos casos são feitos por homens), tipo de trabalho ou outros fatores.”
tudo isso pra serem boas esposas e mães, cuidando do lar, do marido e dos filhos, apenas para serem esculachadas por machistas irascíveis e comentaristas arrogantes por “ganharem salários menores ou não ganharem salário algum”. O tal "gap" nos salários se refere apenas à média de salários anuais de trabalhos de tempo parcial, que não leva em consideração as horas de trabalho doméstico e de cuidado com filhos ou familiares adoentados/acamados (que são feitos majoritariamente por mulheres), tipo de trabalho ou outros fatores.
de fato, a diferença se explica justamente por essas questões, q é justamente o q discutimos aqui: o trabalho doméstico feminino é invisível, interminável, não remunerado, não reconhecido (nem mesmo por marido e filhos) e é ainda completamente desvalorizado socialmente.
e eu sempre me pergunto pq diabos os homens não brigam por este nicho de mercado!!
vai entender como funciona a cabeça dos homens, né? como q pode perder uma oportunidade dessas e escolher trabalhar na construção civil? ou na mineração? cabeça de homem ninguém entende!
“É por isso que mulheres que nunca casaram e não têm filhos ganham mais que suas contrapartes masculinas, e diretoras corporativas mulheres ganham melhores salários que suas contrapartes masculinas.”
acredito q a grande diferença resida aí. o homem pode se casar, formar família e continuar focado em seus projetos pessoais (q agora diz q se tornaram familiares, mas numa separação, quem está melhor colocado no mercado de trabalho é o homem, tanto q o poder aquisitivo do homem pós separação normalmente aumenta – já q não há mais gastos familiares, e o da mulher, cai – pois era a renda familiar, com contribuição maior do marido).
a mulher sempre abre mão de algo pra formar família (cargos, promoções ou mesmo o emprego).
então existe sim uma desvantagem relacionada à condição feminina. e aí, a questão do mérito q o leandro destaca tanto, fica relativizada, já q a mulher deve se esforçar mais do q o homem pra provar seu “valor”, pois precisa “compensar” sua condição feminina, algo q não se controla. além disso, as cobranças em relação ao desempenho são maiores pra mulheres (tanto cobranças internas, delas mesmas, como está no post, qto cobranças externas. mulheres não têm direito ao erro. qq coisa q saia errado em qq projeto, ganha dimensões muito maiores se há mulheres envolvidas, pois é inevitável a famigerada “tinha q ser mulher!”. e só isso, se permitir errar, já é uma grande vantagem, q a maioria dos homens não reconhece.).
e qdo se discute essas questões, sempre aparece alguém pra dizer q culpamos os homens. ninguém culpa os homens, mas a forma como a sociedade de estruturou, retirando, por milênios, qq possibilidade da mulher conquistar alguma expressão econômica ou social ou política de relevância apenas por ser mulher.
“Essa é uma opção que poucos homens possuem e, além disso, as últimas pesquisas mostram que mulheres ainda procuram homens que ganham salários melhores que elas.”
se é muito difícil conciliar carreira e filhos, é natural q a mulher procure formar família com homens q ganhem salários melhores. a lógica da sociedade é essa!!! é da mulher q se espera, ainda hj, q abra mão do trabalho em prol da família. homens q fazem isso são criticados!!! por isso, de forma geral, é algo q nem sequer é cogitado pela maior parte dos homens. mas dedicar-se à família custou à mulher o seu apagamento da história. a mulher tornou-se invisível. transformou-se em assessório masculino. foi reduzida à sua biologia. foi desumanizada. e mesmo sem família ou mesmo trabalhando tanto qto o homem para sustentar a família, o trabalho feminino continua desvalorizado e invisível.
é isso q se critica aqui. é a isso q se pretende dar visibilidade.
Dá para levar a sério uma pessoa que diz que tudo se resume a "profissões diferentes"?
A moça da reportagem tem doutorado em Educação Científica e Tecnológica e ganha menos que o rapaz que só tem graduação em engenharia. Estudou mais e ganha menos.
Ah, sdds interpretação de texto.
As profissões são diferentes tanto pelo incentivo cultural (exatas não é área de mulher) quanto pela contratação de homens para cargos de chefia, que pagam mais, apesar de terem mulheres mais qualificadas e com mais anos de estudo.
“Culpar os homens pelas escolhas femininas é injusto.”
ninguém culpa “os” homens e não são exatamente "escolhas" femininas. não há mulher q trabalhe q não queira conciliar filhos e trabalho. não há nada melhor do q ter renda.
“As pesquisas também mostram que a maioria dos pais trabalhadores pediriam demissão ou aceitariam um salário menor para poder passar mais tempo com seus filhos se suas esposas pudessem sustentar a família.”
passar mais tempo ou cuidar deles efetivamente?
vc faria isso, thomas?
eu conheço homens fantásticos, q participam dos cuidados da casa e dos filhos quase de forma equânime (o q é muito mais do q se vê por aí) e nenhum deles abandonaria o trabalho para dependerem do parceiro. nenhum deles. inclusive, um casal com três crianças optou por um deles ficar em casa (adivinha quem?), mas a esposa tem um pé de meia justamente pra, na eventualidade de uma separação, o recomeço não ser tão difícil assim (e planeja voltar ao trabalho fora de casa assim q as crianças estiverem maiores). ser dependente é sempre um tiro no escuro. eu não arriscaria. jamais.
“Pesquisa sugere que decisões de carreira, e não preconceito de gênero, estão na raíz da disparidade de salários:”
mas a pergunta interessante é: qto das decisões de carreira é devido ao preconceito de gênero internalizado em tds nós?
“a média de salário em trabalhos de tempo integral para mulheres solteiras e sem filhos com menos de 30 anos é 8% MAIOR QUE DOS HOMENS DO MESMO GRUPO”
isso demonstra q mulheres são eficientes e podem fazer o q quiserem. MAS, precisam ser solteiras e sem filhos. já para os homens... bom, para os homens basta... ser homem!! ele pode ser casado, solteiro, ter filhos com quinze mulheres diferentes q isso ainda não vai pesar pra ele na hora do trabalho, da carreira, da remuneração, do julgamento social.
quer dizer, existe, na nossa sociedade, uma desvantagem implícita no ser mulher. isso é inegável. resta q a gente discuta isso e tente modificar, ampliando as oportunidades pras mulheres se realizarem tb profissionalmente e pros homens participarem mais da vida familiar em geral, e da vida dos filhos em particular.
“Trabalho doméstico é trabalhoso? Depende.”
concordo totalmente thomas, mas a desvalorização é sempre a mesma, percebe? historicamente inclusive. trabalho invisível, ininterrupto, não reconhecido e DESVALORIZADO. e td ele posto no mesmo balaio. desde o trabalho da mulher pobre q SEMPRE teve jornada tripla (trabalho, casa, filhos) até o trabalho da madame AAA q cuida de td vida social do marido (recepções, jantares de negócios, reuniões não sei das quantas...).
“E o que ele ganha com todo esse esforço?”
e o q ganha a esposa com td a dedicação? o desprezo de filhos ingratos e arrogantes, e um pé na bunda, aos 60 anos, do marido q vai embora reclamando de dividir os bens com “aquela inútil q nunca fez nada na vida”. é isso q ganha a esposa dedicada do machista imbecil. quem quer arriscar?
“Trabalho em casa é algo bem tranquilo se comparado com trabalho numa empresa. Em casa sim, você pode trabalhar de pijama, com a tv ligada, som ligado, você faz o horário que você quer, pode tirar pausas de quanto tempo você quiser na hora que você quiser e, quando terminar o trabalho, não precisa encarar o trânsito cruel de uma metrópole de respeito.”
te pergunto novamente: vc trocaria de lugar com a esposa dedicada, thomas? o trabalho só tem vantagens. tá esperando o q?
“...morrerá mais cedo...”
isso tem a ver, um pouco, com biologia. mulheres são mais resistentes fisicamente e estrogênios conferem melhor resposta imunológica, mas essa vantagem desaparece com a menopausa. e aí sobram os fatores de risco associados com hábitos: homens fumam mais, bebem mais e se expõe mais à situações de risco.
mas, optando pelos serviços domésticos, mais essa vantagem, né?
qdo q vc começa? olha... se vc estiver disponível, tô até pensando em te oferecer uma vaga. e o trabalho aqui em casa é bem levinho, viu? sou super tranquila, galera aqui me conhece e sabe q não me estresso à toa. e nem ligo se vc ficar de cueca e aventalzinho o dia td. hummm... ia até preferir, viu?
“Mais uma vez chego aqui com humildade e excelente conteúdo e sou ofendido por vocês.”
mas eu não gosto de mimimi, tá? se chegou humildezinho, aguenta as consequencias sem reclamar, falô?
ps. para o thomas arrogância = humildade. pra evitar confusão, né?, bom esclarecer. custa nada!
Olá pessoal, eu li esse post pensamento em mim, já que as mulheres que conheço ganham muito mais que seus maridos. Entretanto eu vejo que essas mulheres não conhecem o equilibrio e possuem certas atitudes que eram características de homens que ganham mais, como jogar na cara os bens que têm e dexar bem claro que elas que ganham mais e por isso podem comprar. Eu não ganho mais que meu marido, apesar de ter estudado mais que ele, acredito sim que tenha sido por causa da área que escolhi, difícil para ambos os sexos, mas, eu não posso reclamar de nada em relação ao nosso compromisso diário, como não estou trabalhando eu limpo a casa e não são todos os dias que limpo super bem, já que diferente do que falaram, eu prefiro muito mais trabalhar fora de casa ao invés de limpar casa, que é um serviço que nunca acaba, se procurar tem sempre algo para fazer. Porém, meu marido me agradece por limpar a casa, se ele chegar e não tiver comida, ele vai lá cozinhar para nós sem nunca ter dito nada, lava as louças todos os dias, ou seja, ele sabe que não tem uma empregada em casa. O que eu posso dizer é para fugirem de homens que as mães façam tudo, esses vão querer que vocês façam igual, no início do namoro achava um absurdo a mãe dele fazer ele lavar banheiro, limpar casa, cozinhar, hoje em dia, eu dou graças a Deus. Bjs MP
André disse...
afrolesbofeminista,
Segundo o IBGE em 1991 as mulheres, muito mais que os homens, gostariam (não quer dizer que conseguiam) um trabalho que fosse asseado, bem pago, leve, que permitisse muito tempo livre e progredir na carreira.
Tabela 3.10 de ftp://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Educacao_e_Trabalho/
Em contrapartida os homens buscam (não quer dizer que consigam) um trabalho sujo, mal pago, pesado, que não permita muito tempo livre e no qual seja dificílimo progredir na carreira.
Quem tiver um subalterno homem aí melhor inventar umas horas extras e maltratá-lo um pouco para deixá-lo mais satisfeito no trabalho.
Oi, Lola! Ontem me deparei com esse ranking de melhores empresas do Brasil para se trabalhar, publicado na Época. Aparecem dados sobre a composição de gênero e os cargos de chefia assumidos por mulheres em cada uma delas. É interessante analisar a discrepância. Por exemplo, como diabos pode o McDonalds estar na lista se, além de todas as denúncias trabalhistas que vêm recebendo, apenas 18% de seus cargos de chefia são de mulheres - embora a maioria dos trabalhadores da companhia sejam mulheres?
http://revistaepoca.globo.com/Negocios-e-carreira/GPTW/especial/noticia/2012/08/130-melhores-empresas-para-trabalhar.html
Ps: Leio seu blog há anos, e este é meu primeiro comentário. Queria aproveitar a oportunidade para te agradecer pelo maravilhoso trabalho e pelas atitudes coerentes que incentivam nossa mobilização por igualdade e justiça social.
Abraço!
Marcelly,
Venho de classe média baixa, já convivi muito com a classe baixa, hoje menos. Claro que nos bairros pobres ainda tem muitas mulheres com 3 ou 4 filhos (alguém tem que compensar as famílias com 1 ou 0 filhos na conta de 1,85 filhos por mulher), mas essas são minorias.
não sei André..
nao tenho dados aqui..nao sei se vc tem...
to comentando mais sobre oque eu vejo sabe..
acho que isso variaa muuuuuuuuuuuuito de lugar pra lugar...
sei que a média anda caindo...
mas ainda conheço muuuitas familias que tem no minimo 3 filhos...alias acho que 70% das familias que conheço tem tres filhos...o que ja da uma familia de 5 pessoas...
essa quantidade não interfere muito no que comentei sobre o trabalho da mulher..pq uma mãe com dois filhos...ainda mais se forem dois filhos homens eh uma mãe cuidando de 3 homens que quase nunca ajudam em nada...
mas eu entendi o que vc quis dizer...
vou pesquisar mais sobre.. :)
dentro do estagio que faço acabo tendomuuitocontatocom casais que tem muitos filhos, e 4 filhos é a media..tem quem tenha mais..ate por que alguns se casam de novo sabe?
nem sempre os filhos eh do casal..mas a nova esposa as vezes cuida dos seus e dos filhos domarido quando vivem na mesma casa...
MCarolina,
Não, os homens dão preferência a trabalhos bem pagos e leves, nessa ordem.
Débora Gallas,
O nome completo da reportagem era "ranking das empresas que melhor pagam ou mais anunciam em nossas páginas para dizermos que elas são as melhores empresas do Brasil para se trabalhar", por falta de espaço tiveram que resumir.
Anônimo 11:00,
No capitalismo, os preços geralmente não tem relação com o custo. Cobra-se pelo produto/serviço aquilo que o consumidor está disposto a pagar. Se der lucro a firma prospera, senão fecha. Então, os anos de estudo não vão compensar outras características, por exemplo, um médico com apenas a graduação ganha mais que um fisioterapeuta com mestrado. Isso não decorre apenas de um certo preconceito social, mas enquanto você paga ao médico uma única consulta por mês, o tratamento fisioterápico requer uma ou duas sessões por semana.
Marcelly,
O site do IBGE é uma tremenda bosta, mas, pelo menos em SP, a taxa de natalidade parece não variar muito com a classe social: http://aprendiz.uol.com.br/content/demewresto.mmp
André..
depois vou dar uma olhada no site (chefe por aqui..hehe)..
Obrigada...
Mirella,
vc leu que a mulher dá aula na rede pública (não sendo ensino superior) e o cara está no setor privado?
Você acha que os pais dessa moça queriam essa carreira pra ela, ou eles queriam Direito ou Medicina? (que não são exatas e pagam muito bem)
Você consegue entender também a diferença entre engenharia e outros cursos? Existe muita gente que não conclui esses cursos, estatística é outro grande exemplo (tanto homens quanto mulheres).
Se o curso dela pagasse tanto quanto engenharia, todo mundo faria ele pq é um curso muito mais fácil, ciências exatas é difícil PARA TODO MUNDO!
Simplesmente ter mais anos de estudo não significa maior salário. Você deve odiar empresas de tecnologia então, que tem muita gente sem curso superior que consegue entrar na área de programação com certificados (muitas mulheres também, embora em quantidade menor).
Você devia se perguntar quanto ganha uma engenheira igual ao cara lá. E olha, eu tenho os dados do Lauro Mattei, e na média ela ganha a mesma coisa que ele.
Pode existir machismo (e com certeza existiu no passado) e tudo mais, mas se quer criticar algo que tenha base e não simplesmente o mantra de que mulher ganha menos que homem sem ler direito as pesquisas do IBGE.
Anônimo,
Sugiro você ler os comentários da Cora, que abrangem tanto escolha de profissão como o meio da sociedade.
E o que é que importa o que os pais dela queriam ou deixavam de querer? Tirando o fato de que você frisou muito bem que não são áreas de exatas, porque quem iria querer uma filha nesta área, né?
Se você tem tantos dados, por que não fornece?
Beijo, Thomas, to me mudando pra Memphis...
BRINKS!!!!
Espero que a mulher que hoje te apóia leia essas abobrinhas que você escreveu e deixe de lavar as suas cuecas e de passar/desencardir o colarinho das suas camisas. Quero ver você ir trabalhar de pijamas também!
Cada uma que a gente é obrigada a ler... ¬¬
Mirella,
os dados estão no IBGE pra quem quiser, ou você pode ver pesquisa relacionada no site da FGV
http://www.cps.fgv.br/cps/iv/
Eu falei dos pais pra mostrar que a pressão da sociedade da escolha no emprego não deve ser para que mulheres façam psciologia e virem professoras da rede pública, eu já morei em muitos lugares e desconheço pais que não incentivam os filhos para carreiras que pagam bem.
No Brasil ainda não tem uma pesquisa nacional nesse sentido, mas pelo que perguntei na UFSC, cerca de 200 universitárias, o fato de não escolherem usadas não foi por "preconceito" na área e sim por que preferiam outras coisas.
Se você pega países como EUA, nem com um massivo incentivo pra mulheres entrarem na STEM eles conseguem os números desejados, ou agora você vai obrigar mulheres a entrarem nesses cursos mesmo que elas queiram fazer outra coisa?
Ou pior, simplesmente vai colocar qualquer mulher ali pra alcançar uma cota, mesmo se ela não for qualificada?
E pior de tudo, entre pessoas sem filhos e solteiras até os 30 anos, mulheres (nos EUA) estavam com vantagem de 8% no salário (muito devido a políticas públicas) e ninguém diz que isso é GAP ou discriminação, é simplesmente a superioridade feminina?
Não foram só mulheres que deixaram de ter filhos, os homens da pesquisa também são solteiros sem filhos. Qualquer pessoa que trabalha 80 horas por semana vai abrir mão de áreas na vida social.
Pior ainda, essa cobrança de existir mulheres na liderança ignorando o pool de concorrentes é muita hipocrisia, pega o próprio caso das cotas de mulheres em diretorias, o que mais aconteceu foi uma mesma mulher participar de muitas diretorias só pra cumprir as cotas.
Pq isso aconteceu? Porque ainda não existe quantidade de mulheres ultraqualificadas na área dos negócios empresariais, pra cada mulher disputando esses cargos de topo tem pelo menos 4 caras (que irão trabalhar 80 horas por dia e não estão pensando em família, se a mulher não agir da mesma forma... Os caras que focarem na família também ficam pra trás).
Gosto demais de ler seu blog Lola, cada dia eu aprendo mais sobre o movimento, embora eu não concorde totalmente com tudo que é pregado. Um exemplo de discordância é a diferença salarial entre homens e mulheres. Li várias postagens sobre o assunto aqui e em outros blogs, mas quando fui procurar a fonte oficial (IBGE), percebo que lá estão os dados e neles não há indicação de que essa diferença se baseia na discriminação. Neste ponto, sou obrigada a discordar a posição adotada pelo movimento, pois os dados apresentados me permitem uma interpretação diferente da sua.
Parabéns pelo blog, não somente por ser um local de debates interessantes sobre a sociedade mas também por ser um local de reunião para tantas mentes inquietas. Sempre aprendo algo novo lendo os comentários.
Kyra
E por que as carreiras onde tem mais mulheres são mal pagas? Será coincidência? Não consigo imaginar carreira mais inútil que de professora...
Aliás, quando as mulheres entraram no mercado de trabalho, a maioria delas como professora, o salário da categoria começou a cair ou é impressão minha?
Vou comentar os artigos que me indicaram.
1°- Indicação da Lola-
http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?pid=S1645-44642009000300004&script=sci_arttext
Bom esse artigo da Rev. Portuguesa e Brasileira de Gestão não demonstra diferença salarial por gênero no exercício de uma MESMA função ou profissão.
A conclusão do artigo diz: “Em termos globais, os resultados indicam que, embora o diferencial de remuneração entre homens e mulheres não seja significativo, a existência de segregação entre géneros no local de trabalho é uma realidade.”
Mesmo a diferença, segundo o artigo “não significativa”, foi encontrada em uma metodologia através de uso de média. Utilizou DIFERENTES funções e profissões para obter um resultado global.
Leiam esses trechos do artigo: “É reconhecido, pelos autores do Livro Branco das Relações Laborais – Ministério do Trabalho (2007), que as desigualdades salariais de género são mais marcadas fora da Administração Pública. Centeno e Pereira (2005) verificaram mesmo que a remuneração média das mulheres na Administração Pública é superior à dos homens.”
“Curiosamente, as mulheres em funções de topo recebem, em média, mais 3,5% do que os seus colegas masculinos...”
Esses trechos demonstram casos de exceção (onde a média salarial das mulheres é maior), mesmo assim não podemos deduzir que NESSES CASOS um homem receba menos que uma mulher exercendo a MESMA função. Estamos falando de média.
2° artigo. Indicação da Lola também:
Discriminação de rendimentos por gênero: uma comparação entre o Brasil e os Estados Unidos*
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-80502005000300002&script=sci_
O estudo utiliza variáveis como jornada de trabalho, região de residência, idade, ocupação e educação. O insumo ainda é uma amostra baseada em média. O detalhamento mínimo utilizado foi a “ocupação do indivíduo”, que ainda aceita a realização de DIFERENTES funções, pois faz uma categorização bem genérica.
O estudo diz que apesar de ser um componente de discriminação, a ocupação e o ramo de atividade explicam, em parte, a diferença de rendimentos.
É um bom artigo. Não estou criticando a metodologia utilizada. Só não é uma metodologia suficiente para embasar um argumento de que as mulheres ganham menos que o homem na MESMA FUNÇÃO, como está no texto desse post da Lola.
O artigo demonstra a quantidade pequena de mulheres em cargos de chefia provocada também pela discriminação de gênero.
Infelizmente essa questão não tem nenhum mistério, só não enxerga quem quer.
Enquanto os trabalhos que não são remunerados - em uma sociedade onde remuneração é vital pra sobreviver - forem considerados unicamente como ocupações femininas e enquanto profissões tidas como femininas forem menos remuneradas que as tidas como masculinas, não sairemos disso.
Thomas Toddynho, para de mimimi com a Lola e assume que você foi um pedante. As mulheres falando como é duro a diferença salarial, ou como é complicado terem que arcar com todo o serviço da casa e você vem: péra aí, vocês não sabem de nada, entenderam tudo errado.. "vou explicar pra vocês" - vai se foder.
Vou explicar pra você entender:
Na minha casa, meu pai não trabalha há mais de 15 anos. E não é pq ficou doente nem nada, é porque não gosta de trabalhar. Fica em casa de boa, assiste tv, dorme à tarde toda... é isso, faz o que quer com o tempo livre dele. Mas não faz nada na casa, não limpa porra nenhuma, não passa um café. Não atende o telefone. Quando telefone toca ele grita: telefone! Porque é óbvio que ele não vai levantar a bunda do sofá pra atender, e minha mãe sai correndo de onde estiver pra fazer isso.
Agora a minha mãe trabalha, pra caramba. Fica, como vc falou, com as retinas queimando na luz artificial, convive com stress, cobranças, tudo. E tinha que fazer todo o serviço da casa, assim que chegava do seu trabalho. Pq meu pai que não trabalha não faz nada em casa, porque ele é homem.
Agora temos uma empregada doméstica, mas só porque minha avó (mãe do meu pai) mora com eles e está com alzheimer. Então ela não pode ficar sozinha em casa. E meu pai é FILHO dela, mas não pode cuidar dela. Porque é homem, pq tem testosterona, pq se ela repete o ela fala, ou derrama alguma coisa, ele fica louco, grita, xinga ela. E ela é doente. Então ele é homem, não faz nada o dia inteiro, é filho dela mas não tem que cuidar dela, não é obrigação dele. É obrigação da minha mãe, ou da empregada.
E minha mãe continua tendo que chegar do trabalho e preparar o jantar pra família, e limpar tudo o que falta. E cuidar da sogra dela.
Agora vem aqui na minha cara dizer que mulher reclama à toa, que não sofre tudo isso, que machismo é coisa da minha cabeça.
PS: meus pais moram sozinhos com minha avó; eu e meus irmãos moramos fora.
Olha que interessante
http://www.bluebus.com.br/preco-da-boneca-barbie-depende-da-profissao-que-ela-exerce-veja-a-tabela/
Dani, porque tua mãe está casada com seu pai ainda?
Sinceramente Julia, é um mistério para mim. Ela pensou em se separar várias vezes, mas nossa família é do interior, separação ainda tem um peso muito grande por aqui.
No lugar dela, eu já tinha feito a muito tempo.
Já viram a capa da Veja dessa semana?
http://veja.abril.com.br/030413/imagens/capa380.jpg
Olha a cara de sofrimento do cidadão
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
É muito classe média sofre, gente.
Essa Pec das das domésticas é muito boa para o feminismo, mas a mudança só vai acontecer mesmo na próxima geração pois é capaz de muitas mulheres ficarem sem empregada doméstica e acumularem TODO o serviço da casa ainda. Períodos de transição são sempre complicados, mas vai dar tudo certo no final :)
Julia,
Seu pai não é o único culpado nessa situação. Não dá para esperar que a mudança parta de quem está sendo paparicado. Tenho casos parecidos na minha família, não consigo entender essa fissura de algumas mulheres em mimar marmanjos.
Talvez o machismo nas mulheres seja como o alcoolismo, você sabe que elas são vítimas, mas se elas não forem cobradas nunca sairão daquela situação.
André...
eh dificil mesmoentender..mas pelomenos vc "não entende" sendo grosseiro...
diferente de outros homens e não entendem e CULPAM as mulheres...
so um coment..pro Thomas do toddynho.. ..ta vendo como se comenta, conversa e se critica?
vc não foi rechaçado por ser homem..foi por ser babacae arrogante... (y)
'Essa Pec das das domésticas é muito boa para o feminismo, mas a mudança só vai acontecer mesmo na próxima geração pois é capaz de muitas mulheres ficarem sem empregada doméstica'
ALELUIA! Por incrível que pareça tem algum esquerdista que consegue ver o óbvio!
'“...enquanto você escolheu ficar cuidando da casa...”
que eu saiba, este tipo de arranjo é acordado entre o casal ou imposto pelo homem. só mulheres da classe AAA normalmente “escolhem” administrar o lar e organizar os eventos sociais do marido.',.
Escolheu sim sua burra. Não importa o que o cara quer, se você não concorda ninguém te obriga a casar com ele. Ou você não sabe o que é acordo não? Não sabe que só assina um contrato se quiser?
então imbecil, é isso q tá escrito. acordado entre o casal. óbvio q é escolha, o q tá escrito é q a escolha é de ambos.
ou é imposto. sim, imbecil, imposto pq isso tb acontece, ainda hj por incrível q pareça. e ainda q o imbecil venha com mais mimimi, há diversas formas de impor a vontade numa relação q envolve afeto. de ambos. tanto a mulher qto o homem podem impor, sim, impor a sua vontade ao outro.
tua vontade de ser do contra é maior do q tua capacidade de argumentar.
pra q tanto mau humor? tira o sapato apertado q o humor melhora, imbecil.
Não pude comentar porque fiquei doente e sabe como é, né.
Como sempre, a maioria das contra-argumentações direcionadas a mim partem de ataques pessoais e descrições de experiências próprias que pouco adicionam à discussão.
A Cora foi a única que de fato soube discutir bem e civilizadamente, como previ, e que expôs ideias e pontos interessantes, por isso eu a agradeço.
Minha contribuição permanece, junto com os artigos que linkei. Os argumentos da Cora estão aí. Não vou adicionar mais nada, acho que já temos argumentos suficientes de ambos os lados.
Até o próximo post. :)
Deixa eu ver se entendi: mesmo as mulheres tendo exatamente a mesma produtividade que os homens, a esmagadora maioria dos empresários prefere contratar mais homens, que lhes custam mais caro, gastando muito mais com salários e colocando o lucro da empresa em jogo, só para promover o machismo? Em outras palavras: se a mão-de-obra feminina, considerando a mesma produtividade, é realmente mais barata, por que ainda existem mais homens que mulheres em empresas? Se realmente fosse esse o caso, não teria surgido um único empresário com a sacada de contratar só mulheres (que lhe reduziriam a folha de pagamento em 30%) e levaria todos os concorrentes do seu ramo à falência?
Deixa eu ver se entendi: mesmo as mulheres tendo exatamente a mesma produtividade que os homens, a esmagadora maioria dos empresários prefere contratar mais homens, que lhes custam mais caro, gastando muito mais com salários e colocando o lucro da empresa em jogo, só para promover o machismo? Em outras palavras: se a mão-de-obra feminina, considerando a mesma produtividade, é realmente mais barata, por que ainda existem mais homens que mulheres em empresas? Se realmente fosse esse o caso, não teria surgido um único empresário com a sacada de contratar só mulheres (que lhe reduziriam a folha de pagamento em 30%) e levaria todos os concorrentes do seu ramo à falência?
André, você está falando da Dani. O meu pai não é folgado assim, não.
""Essa Pec das das domésticas é muito boa para o feminismo, mas a mudança só vai acontecer mesmo na próxima geração pois é capaz de muitas mulheres ficarem sem empregada doméstica'
ALELUIA! Por incrível que pareça tem algum esquerdista que consegue ver o óbvio!""
Oi, crowley321, seja bem-vindo aqui. Só que não.
Sim, muitas famílias vão ficar sem empregada doméstica porque não vão ter como pagar. E sabe o que é o bonito disso? Estou cagando, andando e dançando a hula pra este fato. Sim, não estou preocupada que famílias de classe média vão ficar sem empregada de segunda a sexta e crianças vão ter que aprender a limpar o próprio quarto e arrumar a própria cama, nem que maridos vão ter que levantar a bunda do sofá e fazer tarefas domésticas e que esposas terão que usar de muita paciência para que isso tudo aconteça. Nós estamos evoluindo, é um perídodo de transição e muitas coisas vão precisar ser ajustadas nessa nova configuração doméstica.
E isso é maravilhoso! E os que ainda tiverem uma empregada doméstica não poderão mais explorá-las, vão pagar salários mais justos e nada menos do que elas merecem ter. E ainda vão ter mais, aguardemos.
Portanto, CHORA TROUXA!!
:)
Thomas, por favor, admita que não estava doente porcaria nenhuma apenas seguiu meus conselhos e foi aproveitar melhor a sua ~sesta~
Humildade é uma coisa bonita, sabia?
Lola, tem um filme chamado "Uma questão de silêncio", da gatíssima da Marleen Gorris que tem todas as cenas no naipe da que você descreve e são todas num ethos feminino. Para mim é o melhor filme da história do cinema e vale muito a pena ser visto.
Beijas,
Mariana
A maternidade é o calcanhar de Aquiles do feminismo.
A mulher já entra em desvantagem no mercado de trabalho tão somente pela sua capacidade reprodutiva.
Não é menos importante tb, que o desempenho produtivo de uma mulher que tem q encarar dupla jornada, fica prejudicado.
A mulher gestante perde e muito o seu poder de barganha no mercado de trabalho, é discriminada descaradamente, ao ponto de termos leis para protege-la nesse momento, em q ela é considerada menos capaz que um homem.
É no momento do parto que a fragilidade da mulher se torna mais evidente, é inegável que precisamos de suporte nesse momento.
Com o nascimento dos filhos essa situação persiste, pois é cobrado das mulheres o cuidado exclusivo desses filhos, e só bem esparsamente é q vemos homens tomarem para si esse tipo de tarefa, chega a ser até uma aberração ver algum homem levando seus filhos a médicos pediatras, reuniões escolares.
Afora todas essas questões de ordem prática, temos a não menos importantes questões de ordem emocional.
Por mais resolutas , bem sucedidas, informadas, a natureza nos prega uma peça no momento da maternidade.
O vinculo q existe inegavelmente entre a mãe e o bebe, é na minha opinião o mais difícil inimigo que nós mulheres feministas enfrentamos (depois do machismo).
É uma verdadeira batalha interna, qdo chega o momento de nos separarmos do nosso bebe, e só mesmo tendo muita fibra ou uma necessidade premente econômica, para nos empurrar para longe do filho q concebemos.
As muitas vezes torturantes opções q temos, de deixa-los com babas, creches, ou parentes, nunca nos parecem mais apropriadas do q os nossos cuidados.
É nessa hora q muitas de nós são vencidas, e abdicam de suas carreiras e estudos.
Caindo na mais antiga das armadilhas, que vão nos levar a um destino muito semelhante ao de nossas mães , e avós.
Apesar de feminista convicta, não sei ao certo, se é JUSTO, que lutemos tanto contra nossa própria natureza, mas com certeza sei que ceder a ela, é cair nas garras de um sistema machista patriarcal.
Nessa parte queria citar um texto da CORA, q eu como muitos admiro demais.
“acredito q a grande diferença resida aí. o homem pode se casar, formar família e continuar focado em seus projetos pessoais”
“mulher sempre abre mão de algo pra formar família (cargos, promoções ou mesmo o emprego).”
“e qdo se discute essas questões, sempre aparece alguém pra dizer q culpamos os homens. ninguém culpa os homens, mas a forma como a sociedade de estruturou, retirando, por milênios, qq possibilidade da mulher conquistar alguma expressão econômica ou social ou política de relevância apenas por ser mulher.”
“. mas dedicar-se à família custou à mulher o seu apagamento da história. a mulher tornou-se invisível. transformou-se em assessório masculino. foi reduzida à sua biologia. foi desumanizada. e mesmo sem família ou mesmo trabalhando tanto qto o homem para sustentar a família, o trabalho feminino continua desvalorizado e invisível.”[2]
O q eu gostaria de propor ,(embora seja utópico) é q o trabalho doméstico, a maternidade, fossem tão valorizados como todas as demais carreiras, que houvessem politicas públicas q protegessem de fato, a mulher q faz essa opção.
O cuidado com nossa infra estrutura doméstica e criação de filhos deveriam receber o verdadeiro valor q possuem para toda a sociedade.
Jamais mulheres q façam esse tipo de escolha deveriam ficar dependentes de seus maridos.
Vivian disse...
'Eu não sou nenhuma madame que não pode conviver com uma bagunça na casa em troca de ocupar meu tempo livre a vontade. E muito menos sou escrava de alguém para arrumar a bagunça enquanto alguém ocupa seu tempo livre a vontade!'
Exatamente.
No meu caso, eu sempre fui 'excluida' de casa pq tenho TOC com comida, sou super exigente. Tenho aversão a cebola, e minha mãe cozinha sempre arroz com cebola e ela dizia que quem tem fome come o que tem (já o meu pai fazia sem). Ai eu aprendi a cozinhar justamente pra não 'morrer' de fome. Mas eu duvido que se fosse o meu irmão que não comesse cebola, se ela não faria sem.
E pra tu ter uma noção de como machista é um bicho asqueroso que faz a maior bagunça pq tem escrava pra limpar, depois que os copos começaram a ficar todos empilhados lá, o cretino começou a usar o mesmo copo.
O banheiro, eu tive que me endividar pra fazer outro, pq pra ficar lustrando a casa todo dia por morar com um vagabundo porco eu ia a falência com meu negócio.
Qdo meu pai foi morar com outra, minha mãe 'relaxou' de vez, faz mercado de vez em nunca. Ai vc comprava um refri de 2 litros pra durar uns dias, ou fazia um suco ou colocava uma garrafa de água na geladeira e qdo vc ia tomar, cadê? Meu irmão tem a capacidade de pegar uma garrafa cheia, como se ela tivesse aparecido ali na geladeira só pra ele, levar pro quarto dele e ficar bebendo até acabar, ou bebe metade e deixa o resto sem a tampa, enchendo de mosquitos. Depois de eu começar a dar altos barracos em casa, principalmente por volta da meia noite (minha mãe odeia), ele parou, pq joguei na cara dela que só ELE pode usar o carro dela, e como sei que o ponto fraco DELA é aquela merda daquele carro, eu digo que eles tem a disposição pra trazer 20 fardos no carro e não trazem pq não querem, e quem ta com sede, compra ou passa sede rs. E ele já ameaçou me bater e eu disse que eu sairia dali e iria a primeira delegacia e ele amanheceria no xadrez. Eu fazia ela me levar de carro até a conveniência mais próxima pra comprar outra, não com meu dinheiro claro. Eu ia ouvindo um monte de merda no caminho, mas ia. Até que ele parou de pegar. Pq ambos sabem que não compram porra nenhuma.
Também ouço um monte de merda por ligar a máquina pra lavar só as MINHAS roupas.
Os parentes vivem me 'cobrando' pq eu sou a mulher da casa, pq minha mãe ta velha, bla bla bla e eu tenho que ajudar. Engraçado, que ela ta velha pra limpar a casa (apesar que ela não ta nem ai pra opinião de parentes), mas ela levanta cedinho todo dia pra fazer comidinha fresquinha pro meu irmão antes de ele ir trabalhar, e depois ela vai trabalhar e a tarde faz janta e qdo ele chega da facul ela acorda correndo e faz comida de novo e dá no prato pra ele, eu sempre retruco isso pros parentes e eles param.
Fica difícil acreditar que uma mulher que preferia apanhar da mãe quando era criança pra não fazer serviço doméstico, hoje sirva como uma escrava ao filho barbado.
É um inferno viver assim aqui, tem discussão direto, mas pelo menos eu estou em paz comigo mesma e aproveito meu tempo sempre do jeito que eu bem quero. ^^
Olá a todas(os),
Assim como o Thomas, também sou um leitor assíduo desse Blog e me sinto incomodado, algumas vezes, com os ataques pessoais (já fui chamado de estuprador, por ter discordado de um comentário). Não obstante se poder discordar da estratégia de "marketing" do Thomas, não posso deixar de parabenizá-lo pela contribuição no desenvolvimento das discussões no "guest post". Suas críticas metodológicas procedem, e o fato dele se basear em fontes externas revela uma escassez de sistematização dos dados disponíveis para o Brasil.
Não se lembrando dos autores, a argumentação centralizar-se-á nas ideias escritas.
Primeiramente, reforçando o que foi escrito pelo Thomas, deve-se destacar a dificuldade de se trabalhar com estatística. Uma média agrega diversas variáveis distintas, as quais, quando reunidas, podem incorrer em deturpações dos resultados. É gratificante saber que mulheres atuam nos mais diversos tipos de trabalho, mas afirmar que haja um equilíbrio de sexo naquelas profissões é uma extrapolação daqueles dados. Profissões de risco, que ,justificadamente, oferecem melhores salários, são, em sua maioria, ocupadas por homens.
Um outro ponto interessante, é tentar compreender a lógica econômica das contratações. Tal lógica justificaria a diferença salarial e explicaria, ao menos em parte, a tendência de equiparação dos salários a longo prazo. Para o empregador, fora o Estado (segue outra lógica, mais justa para com o trabalhador), é importante calcular as possibilidades de gastos futuros com seus empregados. A diferença salarial entre homens e mulheres com as mesmas qualificações explica-se, em parte, pela probabilidade de gravidez das jovens, o que acarretará custos com licença maternidade para as firmas. Ao atingir-se a maturidade, e, consequentemente, reduzir-se a probabilidade de gravidez, os salários tendem a se equiparar.
Ao ler-se os relatos deve-se ficar solidário com as autoras submetidas à má divisão das tarefas domésticas. Feito essa ressalva, é complicado utilizar de exemplos pessoais para explicar essa situação. Existem famílias, as quais incluem a do autor, onde as mulheres recebem mais que seus maridos significativamente, onde os maridos e os filhos ajudam em casa.
Por fim, gostaria de agradecer a Lola por propiciar a seus leitores matérias interessantes e um espaço de discussão. Esse blog permite um diálogo que é benéfico para a construção de um mundo mais justo. Entendendo-se o feminismo como um campo de estudo, onde não existem verdades absolutas, e não uma ideologia, inquestionável e axiomática, gostaria que se mantivesse esse espaço, democrático e respeitoso, aberto a todas as opiniões.
Lola, soldada Thaís se apresentando para a revolução.
Estudante de administração, feminista e transfeminista com muito amor, adquirindo experiência no currículo o máximo possível e com objetivos claros de alta hierarquia no mercado de trabalho.
o/
A Sheryl Sandberg participou de um TED Talks, foi muito interessante:
http://www.youtube.com/watch?v=c8_P4lPsoAM
E o que fazer quando, mesmo amparada pela estatuto do servidor, sentimos na pele a sociedade machista?
Sou funcionária pública e tenho uma colega que acabou de anunciar a gravidez. O comentário do chefe?
"É, acho que devíamos ter escolhidos menos mulheres e mais homens..."
Decepção total.
Lola, acabei de ver uma entrevista q ela deu a Oprah sobre o livro, aqui:
http://www.nowvideo.eu/video/0fiv6h3boex9j
(Sonia Sotomayor tbm é entrevistada.)
Mais links aqui para a entrevista: http://www.watchseries-online.eu/2013/04/oprahs-next-chapter-s02e26-sheryl-sandberg-sonia-sotomayor.html
Fiquei surpresa com a sheryl.. ela falou bastante sobre igualdade de gênero que infelizmente não é algo que não ouvimos tanto na tv.
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