sábado, 27 de abril de 2013

GUEST POST: O FUNK E O FEMINISMO


Verinha Dias e Samantha Pistor, do Feminismo sem Demagogia, aceitaram meu convite e escreveram este guest post. 

Na quarta-feira foi feita uma postagem na página do Facebook Feminismo Sem Demagogia. A postagem versava sobre o funk e seu papel no feminismo. Sem demora, houve uma grande quantidade de comentários, sendo que a grande maioria condenava o funk e as funkeiras, acusando-as de produtos do machismo, com uma ótica totalmente elitista. Não bastasse isso, havia também as clássicas acusações sobre as funkeiras não se “darem o valor”, não “se respeitarem” e ainda “serem vulgares”.
Em razão do preconceito que ainda existe contra o funk e como muitas das pessoas que comentaram na postagem se assumiam feministas, faz-se necessário, então, apresentar uma discussão sobre o funk e seu papel no feminismo.
O funk que se ouve no Brasil não é o mesmo originário dos Estados Unidos. O funk brasileiro, oriundo do Estado do Rio de Janeiro e por isso chamado de funk carioca, é um estilo musical que ganhou força a partir dos anos 70, com a promoção de bailes de black, soul, shaft e funk, bem como com a busca por novos estilos de música negra.
No começo dos anos 2000 vieram à tona as mulheres do funk. Inicialmente, elas limitavam-se apenas a dançar e participar dos clipes musicais, para o deleite dos olhos masculinos. Eram as tchutchucas, as preparadas, as cachorras, as popozudas. Essas denominações tinham um significado lógico: o exercício da dominação do homem sobre a mulher, tema sobre qual versava a música funk na época. Durante anos o único papel da mulher no funk era simplesmente decorativo. 
Entretanto, houve uma reviravolta no meio do funk e as mulheres começaram a redefinir esses nomes antes ligados à dominação. Cachorra, por exemplo, não equivale mais à mulher que serve apenas para satisfazer sexualmente o homem. Hoje, o termo é significado de mulher livre, que fica com quem quiser no baile, dança sensualizando porque tem uma autoestima elevada (estando ou não dentro do padrão imposto pela sociedade), faz sexo casual, e acima de tudo, busca e exige prazer com o sexo. 
Uma das justificativas para a Marcha das Vadias ter este nome é a intenção de tirar o peso negativo da palavra “vadia” e mudar seu significado para o mundo. Os termos usados pelas funkeiras em suas letras seguem o mesmo princípio. A única diferença é que a linguagem do funk é voltada para seu público-alvo: as classes mais baixas. As funkeiras cantam para as mulheres da favela e dialogam com elas. E falar de liberdade sexual e do prazer feminino de forma honesta e direta é uma das bandeiras do feminismo. 
Uma das funkeiras mais conhecidas e que recentemente virou tema de tese de mestrado é Valesca Popozuda. Valesca sempre se identificou como feminista e fez inúmeras campanhas contra o fim da homofobia e do machismo. Ela foi, inclusive, uma das poucas cantoras que contratou uma mulher trans para dançar em seus shows.
Numa de suas músicas Valesca canta: “Só me dava porrada/ e partia pra farra/ Eu ficava sozinha esperando você / Eu gritava e chorava, que nem uma maluca/ Valeu, muito obrigada, mas agora eu virei puta!”. O discurso político e feminista cantado por Valesca remonta à história das mulheres que sofrem violência doméstica. A letra fala, inclusive, do assédio moral além das agressões físicas. A mulher retratada na canção era agredida, abandonada, sofria todo o tipo de humilhações. Esta mesma mulher busca sua libertação e a alcança, se tachando e sendo tachada de “puta” por ter abandonado o marido que a agredia e o casamento fracassado. 
Não tem como negar o discurso feminista embutido nessa canção. Valesca dialoga essencialmente com a mulher de baixa renda, com a mulher que mora em comunidades, com a mulher que, por desconhecimento, ainda acha que deve obediência e submissão ao seu homem. Esta mulher, que não conhece Simone de Beauvoir ou Virginia Woolf, é atingida. Conhece o feminismo a partir das canções de Valesca.
Muitas pessoas feministas repudiam com veemência a ideia de que existe feminismo no funk, nas músicas cantadas pelas funkeiras, no estilo de dança realizado. Há moralismo nas críticas feitas em desfavor do funk, além do elitismo visível. O que muitas pessoas não entendem é que o funk é um tipo de arte cultural. Pode não ser cultura da classe média, mas é a cultura do "povão".
Nenhuma pessoa é obrigada a apreciar o funk ou a dançar funk, mas é necessário reconhecer seu papel político ante as mulheres de baixa renda. Não é à toa que o fato de uma estudante de mestrado ter escolhido como tema de sua tese o papel da Valesca no feminismo tenha causado tanta repercussão. Reconhece-se o funk, o grito do povo, como arte. A classe média chora inconformada. 

307 comentários:

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Gisele Silva disse...

Bom vamos lá, quando usado como uma forma de libertação contra gressões sofridas, como uma forma de controle do próprio corpo, é muito legal, empoderador e de repente até feminista, como a lola diz, quem sou eu pra confiscar carteirinha de feminista de alguém? O problema é que poucas vezes esse discurso 'empoderador' com linguagem que atinge as massas é associado a um debate além, infelizmente uma menina de doze, treze anos ao ouvir essas músicas não vai refletir nas consequências dos atos que elas fizerem levando em consideração o que ela ouve no funk.
Uma mulher dizendo 'obrigado agora virei puta' pode ser empoderador, mas imagine uma criança cantando a mesma coisa e fazendo os movimentos que ela nem sabe direito a que se refere, que é o sexo. Sim porque seria ingenuidade achar que funk só é ouvido por maiores de idade, as menores, ou as 'novinhas', são as mais atingidas pelas letras de funk, que tem valesca popozuda falando de empoderamento mas que na maioria das vezes é feita por homens que querem pegar novinhas.

era isso o que eu tinha a falar, que venham as pedradas, só uma observação antes que me chamem de classe média privilegiada, sou carioca, moradora de favela e não gosto de funk, nem me sinto representada por este estilo musical embora procure respeitar quem goste.

Unknown disse...

porque tem gente aqui que tem dificuldade de entender que uma opinião é apenas uma opinião?

dizer que acha a roupa das funkeiras vulgar não é tentar impor nada a ninguém.
do mesmo jeito q se vier uma mulher dizendo q adora roupa curta,ela só vai estar falando do gosto dela,n obrigando o resto do mundo a se vestir igual.

Anônimo disse...

Que povinho chato PQP.O movimento feminista está emburrecendo?Estão recebendo jabá pra divulgar tanto essa tese,dissertação,sei lá,sobre essa baboseira criada por uma estudante querendo aparecer?Funk é o produto do momento,a mídia tem esse poder de criar ícones,mártires,heróis,mas ninguém é obrigado a aceitá-los como verdadeiros.Bando de gente pedante que vem pagar de intelectual,de evoluído só pra dizer que entende do assunto.

Feminazi Satânica disse...

Falando por mim, não gosto de funk como estilo musical. Da mesma forma que não gosto de sertanejo, axé e pagode. Mas sou inteligente o suficiente para saber que não gosto desses estilos musicais por que faço parte de uma classe média branca e tive meus ouvidos treinados à ouvir o que essa classe média considera como "boa música" (leia-se jazz, blues, rock, bossa nova, etc). Fui condicionada à isso e não tenho problemas nenhum em afirmar que a construção do meu gosto musical se deu por esse meio. Mas daí eu, como pessoa, querer caçar o título de "cultura" do funk, reduzindo-o a algo inferior, é uó. Vamos falar a verdade, parte do preconceito que o funk sofre é um preconceito ELITISTA SIM, CLASSISTA SIM, e pq não dizer RACISTA?! O funk é uma manifestação cultural. Existe um movimento que se esforça para fazê-lo merecedor desse reconhecimento, e por mais que eu não goste da música funk, as pessoas das comunidades que lutam pelo seu espaço utilizando o som que produzem merecem o meu respeito!

Quanto ao feminismo dentro do funk, vamos parar de verticalizar o feminismo! Vamos parar de querer que só as feministas com títulos acadêmicos falem por ele. É ótimo que mulheres dentro do funk falem àquelas que estão dentro das comunidades carentes, com uma linguagem que elas entendam, falando sobre a realidade que elas vivem, que é muito diferente (e muito mais cruel) do que a nossa. Eu não preciso fazer quadradinho de 8 para reconhecer a legitimidade dessas pessoas e que o FEMINISMO SEJA CADA VEZ MAIS PLURAL, E QUE AS MULHERES SEJAM CADA VEZ MAIS DONAS DE SI MESMAS!

Anônimo disse...

Gostei da sinceridade Vitória.
Pra mim o erro é escolher Valesca Popozuda como exemplo quando (com toda a certeza) existem outras representante inegavelmente autênticas,mas infelizmente sem respaldo da mídia sensacionalista que podem ilustrar perfeitamente o feminismo no eixo funk.Temos que aprender a separar o joio do trigo e valorizar e ouvir quem realmente merece,não quem está meramente representando um personagem fictício.

Elaine Cris disse...

Assisti um documentário famoso sobre o mundo do funk e nele só apareciam pessoas que atualmente estão ganhando muito dinheiro com esse meio.

Ora, é claro que quem está se beneficiando e conseguiu "vencer na vida" através dele, só vai exaltar suas qualidades, dizer que é empoderador, que está mudando a vida das mulheres da comunidade em geral (e não somente de uma meia dúzia).

Não estou dizendo que o documentário foi ruim, mas foi extremamente parcial, só mostrando as qualidades.

Acho que nessa questão do funk, falta ouvir quem está lidando diretamente com adolescentes em formação que fazem parte dessa cultura. No caso professoras de adolescentes.
Não sou professora, mas no contato que tive com vários adolescentes há alguns meses e com professoras dessa faixa etária, é muito relatado o desrespeito e a agressividade com que os rapazes se referem e tratam as meninas de sua idade muitas vezes baseados nessa linguagem do funk e a forma como as próprias meninas se vêem, vêem o sexo feminina em geral e se referem umas às outras.

É óbvio que o funk não é o único responsável, tem toda uma cultura machista e misógina aí.
Mas fica estranho não responsabilizá-lo quando grande parte do desrespeito vem na reprodução dessas letras na boca desses jovens.
Tomara que não tenhamos chegado ao ponto de se eu chamar a atenção de um adolescente que me chamou de cachorra, eu seja acusada de preconceituosa ou de classe média sofre.
Vocês podem enxergar qualidades no funk que eu não estou conseguindo enxergar. Mas não dá pra fechar os olhos aos defeitos.
Aliás, a dissertação da moça ainda está pra ser feita. Ainda não sabemos qual o resultado da pesquisa dela.
E se ela chegar a conclusão que essas letras trazem mais prejuízos que benefícios?
Não é algo impossível de se pensar.

Elaine Cris disse...

*sexo feminino

Feminazi Satânica disse...

Lady, eu nem estava falando da Valesca Popozuda, e pelo que me lembro do que li da carta aberta como resposta a Rachel Sheherazade que a mestranda escreveu, ela mesma diz que não trata apenas da Valesca em seu trabalho. Valesca é apenas uma das cantadoras que ela trabalha, em um universo cheio delas.

Laurinha Modernex, apontar as linguagens misóginas na música funk é fácil, pq elas estão ali, mas não sei se estou sendo otimista e Poliana demais, mas vejo um esforço imenso de setores do funk (mais especificamente mulheres que estão dentro dele) em reinventarem. Em pegarem esse gênero musical construído na periferia que utiliza a linguagem da periferia, e construir outra coisa: letras feministas, libertadoras e empoderadoras. E como não ver isso como uma atitude digna de louvor? Vejo isso até como uma reação ao machismo que existe no meio. Sério, desejo toda a sorte do mundo para elas! É o feminismo que elas entendem e que elas difundem, e vejo isso com muito otimismo! (com roupa curta ou não, indo até o chão ou não)

Karasumau disse...

Concordo em parte com o que a Dani Psicóloga disse.

O Funk não é algo bom e nem deveria ser considerado estilo musical.

Não gostaria de ver a mulheres (familiares) da minha vida num baile funk dando continuidade a objetificação do sexo feminino. Que é isso que ele é.

S. disse...

Já que o assunto é "funk e feminismo", vou tentar focar só nisso. Pelo que eu entendo do feminismo, ela não luta apenas contra o machismo, mas contra a violência em geral. Contra os estereótipos que ferem homens e mulheres, a favor da autonomia da pessoa de ser o que é e o que quiser sem ser julgada por isso.

O funk, pelo que eu ouvi e li dele, trata de muitos assuntos, mas o que tem ganhado mais destaque é o chamado "proibidão", com letras explicitamente pornográficas.

O que eu vejo de problemático na linguagem pornográfica é o que ela faz com homens e mulheres: reduzi-los a 'pirocas' e 'bucetas'. As pessoas viram coisas a ser consumidas.

Pode haver feminismo no funk? Pode, como em qualquer outra manifestação cultural. Mas o funk "pornográfico" faz mais reforçar estereótipos agressivos, aos quais o povo já está familiarizado, por isso se identifica tanto.

"My pussy é o poder" (uma das mais citadas como música libertária) parece mais uma frase de efeito que VENDE. Só isso. E de novo reforça a ideia de que o poder da mulher é o sexual. Buceta não é poder. É só uma parte do corpo que, por favor, não é a única que importa.

A música pornográfica sempre me soou agressiva, seja em qualquer ritmo. Eu poderia dizer que "sexo verbal não faz meu estilo". Não digo que não se deve falar de sexo, das relações entre PESSOAS em todos os âmbitos. Mas eu me pergunto quando "fazer sexo verbal" em público se tornou tão aceitável.

Alguém aqui resumiu bem a sensação de ouvir música pornô como ESTUPRO AUDITIVO. Eu me incomodo de ouvir porque sinto que algo que deveria ser íntimo está ali exposto pra quem às vezes nem tem escolha de ouvir ou não.

Talvez seja só uma sensibilidade minha. Quer dizer, se tanta gente não se incomoda e não acha agressivo ouvir frases como "pega no meu grelo e mama", então isso só não é pra mim. Quando digo que é agressivo, refiro-me à esfera pública. Com seus/suas parceirxs, vale dizer/fazer qualquer coisa (desde que com consentimento de todos os envolvidos). Mas transformar isso em música me parece over, como estar num lugar público e de repente ser obrigado a ver filme pornô com um monte de desconhecidos.

Giovanni D. de Carvalho disse...

"quando a Valesca fala 'a buceta é minha e eu dou pra quem quiser' é sim feminista."

Só aí já dá pra ver que as sexualidades feminina e masculina são bastante diferentes. Vocês já ouviram algum homem falar "o pau é meu e eu dou pra quem quiser"?

Gabriela Barbosa disse...

Eu teria aqui muitas coisas para falar sobre o funk,mas muitos leitores já fizeram isso por mim!

Eu fui a primeira a comentar esse tópico na comunidade Feminismo Sem Demagogia,assim que surgiu na tela. Confesso que pensei que fosse piada, mas depois vi que era sério mesmo e fiquei,como dizem por aí,bege!

Eu sou do Rio de Janeiro,capital! Nascida e criada por essas terras! Se tem uma "cultura" com a qual eu definitivamente não me identifico é a cultura do funk! NÃO,EU NÃO MORO NA ZONA SUL! Moro na Zona Norte e vim de família humilde! A educação que eu tive foi:

"Minha filha,você tem que estudar e se INDEPENDENTE! Nenhum homem tem que te bancar! Você não vai depender de homem algum!"

E eu,na minha santa ingenuidade,achei que isso era Feminismo,mas ao ler esse e diversos outros textos,descobri que ser feminista é USAR A PUSSY A SEU FAVOR:

"Mulher burra fica pobre
Mass eu vou te dizer
Se for inteligente pode até enriquecer

My-my pussy é o poder
My-my pussy é o poder

Por ela o homem chora
Por ela o homem gasta
Por ela o homem mata
Por ela o homem enlouquece

Dá carro, apartamento, jóias, roupas e mansão
Coloca silicone
E faz lipoaspiração
Implante no cabelo com rostinho de atriz
Aumenta a sua bunda pra você ficar feliz

Você que não conhece eu apresento pra você
Sabe de quem tô falando?

My-mu pussy é o poder
My-my pussy é o poder"


Realmente! Meu mundo caiu,como diria a cantora Maysa! E eu aqui achando que Feminismo era mostrar o cérebro,mostrar que sou capaz de fazer algo tão bem quanto o homem,mas...SER FEMINISTA É USAR A PUSSY PARA O CARA DAR TUDO O QUE VOCÊ QUISER! E SER INTELIGENTE,SIGNIFICA EXPLORAR O HOMEM!

Oras,isso é FEMISMO(O MACHISMO AO CONTRÁRIO!).FEMINISMO É IGUALDADE E NÃO SUPERIORIDADE DA MULHER SOBRE O HOMEM!


Quando mulheres ficam de quatro dançando em um show de funk,ela está dizendo: MINHA BUNDA É MEU PODER!

Mais outra:

Se a "musa" das feministas atuais fosse mesmo feminista,jamais faria plásticas para se adequar aos padrões de beleza! Afinal de contas,feminista que é feminista ignora qualquer imposição de padrões de beleza!


Alguém aqui mencionou,em um comentário acima,que esse blog deu cartaz à Nicole Bahls e a ajudou a encher a carteira.Agora,tá dando uma alavancada nas carreiras das mulheres funkeiras.CADÊ OS ROYALTIES??? Acho que um cachê poderia rolar aí.Nada mais justo,né?!


Para encerrar(porque estou sendo meio repetitiva aqui,né?),gostaria de dizer que a comunidade "FEMINISMO SEM DEMAGOGIA" deveria se chamar "COM DEMAGOGIA"! Estamos vivendo um período em que pseudointelectuais e artistas estão fazendo uma média com o funk! É uma militância do tipo:"sou intelectual,mas tenho mente aberta!".Quem lançou essa modinha:Regina Casé!


Abraços!

SeekingWisdom disse...

Giovani de Carvalho, alguma vez nessa sua vida masculina alguém ditou quem/quando vc poderia ou não trepar? Pois é, mulheres tem essa vigilia de sua sexualidade constantemente. Sabe, um tanto de nego que acha que tem o direito de exigir sexo delas ou ainda aqueles que querem exigir que ela transe com x ou y na hora z ou w.
Então pare de se sentir mordido com o empoderamento feminino de finalmente mulheres dizerem que dão para quem quiser!


Phillipe

SeekingWisdom disse...

Gabriela,
não vi nenhuma feminista dizendo que essa letra que postou é feminista.
Também não vi ninguém dizendo que fazer plástica para se adequar a um padrão é feminismo.
O que vi várias pessoas sensatas dizendo foi que há um discurso feminista em várias músicas cantadas por mulheres no funk. Eu mesmo disse que essas letras não feministas são mais um diálogo com o discurso machista dos funkeiros homens. Eles dizendo que elas devem obedecer e elas dizendo que dominam eles. Nada mais natural e acontece dentro e fora do funk. Há várias produções culturais com essa temática.

Agora, quando Valesca diz: "dou para quem quero" ou mesmo "late que eu tô passando" - atribuindo o aspecto animal ao homem e não 'as mulheres como é comum, ela está questionando o discurso padrão.

Ninguém disse que o Funk é feminista, mas é interessante que exista alguns discursos feministas neles e seria muito positivo se mais vozes transgressoras começarem a produzir músicas com conteúdo feminista dentro das comunidades.
Phillipe

Unknown disse...

S. disse tudo e gabriela barbosa também.

o comentário da vitória n faz o menor sentido,quer dizer que todo mundo de classe média gosta desse tipo de musica que vc ouve e quem é pobre gosta de funk e outros estilos ditos do povão?

pq eu sou pobre e meu gosto musical tá bem longe do funk,axé,sertanejo,pagode ,eu devo isso a internet q possibilita conhecer outros estilos de música,para ter uma ideia eu adoro musica coreana,viciada mesmo,então não é só o funk que é acessível a gente como vcs insistem em dizer e que é só rico que n gosta.

Unknown disse...

e tive meus ouvidos treinados à ouvir o que essa classe média considera como "boa música"

meus ouvidos também foram treinados contra a minha vontade a ouvir funk,porque geralmente eles escutam essa porcaria no ultimo volume e nem por isso sou funkeira.

é a mesma conversa de sempre,agora tem até pressão musical,você não gosta de determinado estilo pq combina com vc ,com sua personalidade ou só pq vc gostou mesmo,é pq os outros te condicionaram a isso,sei...

Thais disse...

"Agora é lei perturbar o silêncio, a moral, os bons costumes e a ética com as tardes e madrugadas que se tornam irritantes com a "batida" funk, a desconfiança que esta corja causa, as letras chulas que vociferam, a acultura em que escolheram viver, a predominância de drogados e meninas jovens grávidas, o funk recebe status de "movimento cultural".

E assim, ao negar acesso à cultura (verdadeira) para estes jovens, faz-se do seu modo de viver, que de maneira alguma pode ser considerado como cultura, uma (sub)cultura. Ora, acham bonito isso, claro. Ao se definir um Bach, Mozart, Wagner, Brahms como verdadeira arte e cultura, rebaixam tudo o que já foi pensado, feito e trabalhado como estes grandes compositores a simples companheiros de cultura funk.

É clichê, e hoje é até démodé qualificar o funk como o fiz lá no primeiro parágrafo, mas a verdade (esta sim, imutável por ser um princípio) sempre foi contestada e camuflada sob formas grotescas, e agora, será uma verdade ainda que mentirosa, dizer que o funk, um movimento criminoso, é cultura.
Não assaz, agora o governo quer que o funk seja ensinado nas escolas. Se a sua filha chegar em casa cantarolando "to ficando atoladinha", ou "to descendo com a mão na xereca" ou ainda "to roubando seu marido", não se assuste, é apenas efeito colateral da incompetência político/pedagógica, apoiada por governos inertes (e por que não por pais?) que permitem este tipo de aberração."

http://www.criticasepensamentos.com/2009/09/funk-o-crime-como-movimento-cultural.html?q=funk

Acho q esse blogueiro flou td o q penso. Sem mais.

ViniciusMendes disse...

Ironia número 1:

Um punhado de feminista reclamando que "querem tirar a carteirinha de feminista delas" enquanto elas planejam tirar a carteirinha de feminista da dona Valesca.


Ironia número 2:

Um bando de gente esbanjando o quanto tem cultura (afinal, "gente inteligente não ouve funk, sertanejo e pagode"), mas desconhece a definição da palavra "cultura".


Ironia número 3:

Um bando de gente protestando que não querem que elxs tenham opinião, mas acha legítimo criminalizar toda uma vertente estética musical.


Ironia número 4:

Feministas querendo libertar mulheres privando elas de fazer o que querem. Nada mais libertador do que ser privado, julgado e "slut-shameado".


No mais, a Valesca vai fazer um show na balada gay aqui na minha cidade e eu acho que vou lá cumprir minha cota semestral de ir até o chão. ;P

O Homem Cinza disse...

Lamentável, simplesmente lamentável. Essa discussão aqui foi ótima pra eu decidir de uma vez por todas que o feminismo, do jeito como está no Brasil, não é pra mim.

Algumas pessoas ficam cho-ca-das com o tal do "sentadão" no funk e partem para o patrulhamento da vida alheia. "Mimimi elas estão humilhando os caras"- OS CARAS ESTÃO ADORANDO A BRINCADEIRA, NÃO DÁ PRA VER? Fernanda e jacmila, vocês realmente acham que o sujeito sobe no palco pensando que vai transar ali mesmo? Ou que ele é feito de açúcar e vai derreter por que foi chamado de "viado" numa zoação mais do que explícita? Sabem o que aqueles caras diriam se vocês fossem lá no meio do palco com papinho de "não humilhe ele, não humilhe ele meu deus!", sabem? Iriam mandar vocês pra "aquele" lugar.

Depois vem intelectual-de-internet dizer que "funk pornográfico" é o problema. As amélias frígidas da Segunda Onda contra-atacam...

Isso sem contar pessoas que chegam com links de blogs dignos de seguidores do Reinaldo Azevedo ou Diogo Mainardi com "análises" de como a "verdadeira música" de Bach, Brahms ou Wagner está sendo vilipendiada, maculada, ó céus, estuprada pelo funk. Derramem lágrimas.

Sinto vergonha alheia em ver como uma questão tão óbvia ainda divide um movimento em pleno século XXI. A maioria aqui ainda acredita em fantasias de autoridade e de uma sociedade uniformizada, só que "do bem": todos marchando juntos rumo a um futuro próspero super fofo pra todo mundo. Tenho outro nome pra isso: STALINISMO. Agora em versão extremamente emocional (pois é, ainda tem mulher que se encaixa no estereótipo sim) e cheia de frescura.

Parece que a palavra PLURALIDADE, tão na moda na atualidade, só é conveniente quando cada um pode tomá-la emprestada para si, com exclusividade.

Não basta ter o direito de não gostar e não querer praticar BDSM: é preciso taxar de "doença" e sair com mimimi-estou-sendo-censurada, mimimi-confiscaram-minha-carteirinha quando levam na cara a resposta que mereciam.

Não basta ter o direito de não gostar e não querer ouvir funk, ou não ir ao baile funk, ou simplesmente NÃO VESTIR roupa curta: é preciso taxar o funk de "falta de cultura" ou "música de bandido" e sair com mimimi-os-demagogos-querem-me-obrigar-a-ouvir-funk, mimimi-a-Valesca-é-famosa-com-roupa-curta-meu-deus-estão-me-obrigando-usar-roupa-curta.

Não quer usar salto alto, roupa curta, maquiagem e o escambau? NÃO USA!!!!! Mas não vem encher o saco apontando o dedo pra tudo como se fosse sempre culpa do machismo, e não simplesmente da FALTA DE PERSONALIDADE de muitas aqui que parecem só conseguir se comportar como ovelhas de um verdadeiro Rebanho Feminista.

E por último: VÃO TRANSAR, seja com homem, com mulher, com cis, com trans, com um objeto, consigo mesmo(a). Porque as neuroses aí estão extremamente explícitas em muitos dos comentários.

E como esse é meu último comentário aqui, mando um abraço, e VÃO CUIDAR DA PRÓPRIA VIDA ANTES DE SAIR DIZENDO O QUE É MELHOR PARA OS OUTROS.

SeekingWisdom disse...

Vergonhoso pessoas criminalizando um movimento cultural e acharem ruim quando denunciamos o elitismo dessa posição.
Homem cinza, não julgue o todo por essas vozes raivosas que estão defendendo tudo menos feminismo.
Roxy, depois dessa discussão descobri que tenho muito mais pancadão para curtir!
Abraços
Phillipe

Sara disse...

Tenho q concordar com alguns q comentaram aqui, como tem gente q adora ser dono da verdade.
Engolem um camelo e coam um mosquito, em nome do SUPOSTO FEMINISMO.
o fUNK queiram ou não as "superfhinxs" é arte e muitas vezes de excelente qualidade.
A arte pode nascer em qualquer berço, inclusive em comunidades muito pobres.
Tenho visto algumas garotas q pra mim são virtuoses se exibindo fazendo uma dança funk com os glúteos, eu adoro essa estética, considero uma arte, tão digna qdo qualquer ballet classico, alias eu sou capaz de reproduzir alguns passos de ballet, mas ja tentei e NUNCA vou conseguir dançar com a técnica q essas garotas sabe-se lá como conquistaram, não é facil.
Mas os falsos intelectuais pedantes de plantão podem pensar o q quizerem, a arte é maior q esse tipo de critica vazia.
Como ja disseram é até justo que muitos não gostem nem queiram ouvir, eu tb tenho meus gostos pessoais, mas desclassificar quem faz Funk ou quem aprecia, é o cúmulo do egoismo e autocentrismo.

Mirella disse...

Cheguei atrasadíssima no debate, mas vou tentar dizer o que penso.


Eu gosto de ouvir funk? Não. Mas fiquei assustada como tem galere com preconceito.
Sim, o funk tem letras machistas. Mas não é só ele.
Peguei dois posts para ilustrar. Um da Lola, sobre o Sting.


escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2013/01/cada-suspiro-que-voce-der

Tem este post do Bloqueiras Feministas, sobre os Beatles


blogueirasfeministas.com/2011/11/musicas-beatles

Como não era funk, ninguém pediu a extinção das bandas, né? Que coisa. Mas é só o funk que é o problema do mundo. Claro.


TODOS os estilos musicais tem influências questionáveis, letras condenáveis, etc etc etc. Porém, se limitar a criticar o funk é ser classista SIM.
Um classemediasofrismo tenso por aqui. Não ouço funk, mas não acho que ninguém vale menos por ouvir, nem que deveria ser proibido e nem outras bobagens. Medir alguém pelo gosto musical é tão absurdo, tanto quanto se sentir melhor por ouvir ~música erudita~.

Tanto quanto medir o valor de alguém pela quantidade de bunda que mostra.

Já falei algo semelhante em outro post e repetirei aqui.

O problema não é mostrar a bunda nem andar coberta.
O problema é quem quer julgar a mulher que mostra a bunda e a que anda coberta. O problema é atribuir algum valor a isto.
Homens andam sem camisa, mas ninguém diz que eles devem se dar valor, né?
Mas a mulher, ahhh a mulher nunca poderá ser livre se mostrar a pele, certo?
Hipocrisia.
É incrível como mesmo num tópico feminista tem pessoas querendo ditar qual um comportamento aceitável para a mulher ser respeitada. Para que?

Não acho que uma mulher que anda com roupas sensuais tem menos valor. Também não acho que tenha mais valor. Simplesmente não atribuo o valor de ninguém à quantidade de roupa que usa. Não me importa. Não é da minha conta. Coberta, pelada, para mim tanto faz.
O que critico na ~mulher pelada~ não é ela, é quem coloca a moça de fundo rebolando na TV, porque esta é a finalidade dela. É quem a objetifica. Ela pode ser objetificada de milhões de maneiras: sendo a gostosa em biquini pequeno, a gorda que é ridicularizada, a velha que é rejeitada... O problema NUNCA será essa moralização da roupa, e sim como encaramos o papel da mulher.
Bom, o meu feminismo é assim. E se a Valesca diz que é feminista, não sou ninguém para discordar. Existem comportamentos problemáticos? Sim, mas não são piores que o moralismo barato de algumas pessoas. Ambos causam prejuízos e devem ser discutidos, mas acho que a Valesca faz mais bem do que cavaleiros dos bons costumes e fiscais de bunda alheia.

Anônimo disse...

adooooooro falar palvrão...e se vc não gosta..não fale..isso é um problema seu...mas vc não tem o direito de ME dizer o que fazer..

sabe o que eh massa..eh que vem as patricinhas aqui meter a boca no Funk..mas no sabadão ta la no pancadão da buathyyy phina da cidade dela rebolando até o chão ao som do pancadão!!!

jacmila disse...

manda links pra mim dessas musicas coreanas; tb pesquiso mto sobre este assunto, desde já obrigada.

Unknown disse...

Em partes concordo contigo, também não considero funk como Cultura e muito menos que agregue algo de bom, mas agora comentando seu último parágrafo, acho que todos somos livres e se uma pessoa sente vontade de fazer isso em público, ela o deve fazer. dente do que seja, todos fazemos escolhas, claro que as vezes não tão inteligentes.

Raísa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Jacmila

eu vou te dar uns links do youtube q é onde eu mais acho musica coreana e quase sempre vem com fotos ou videos de doramas(novela) que é como eu fico conhecendo as musicas.

JYJ
http://www.youtube.com/watch?v=QScKUGCS6Ko

JYJ
http://www.youtube.com/watch?v=tkOlW4OVn7c

Ali
http://www.youtube.com/watch?v=NbUG52fsPro

Baek ji young http://www.youtube.com/watch?v=dZ0FeZjf9BQ

B2ST
http://www.youtube.com/watch?v=_sJXByWM4s8

Jung Yeop
http://www.youtube.com/watch?v=4JrKn1_5O3E

clazzquai
http://www.youtube.com/watch?v=l0ba0is_SoI

Tim (Hwang Young Min) http://www.youtube.com/watch?v=zFB9aW5mVIQ

Lee seung gi
http://www.youtube.com/watch?v=5-Sov1O5T1Q

Baek Ji Young feat. Lee Seung Gi http://www.youtube.com/watch?v=u_ktc6MUMms

Gong Yoo
http://www.youtube.com/watch?v=FSM77jJ5ukQ

4 minute
http://www.youtube.com/watch?v=u9q1dw4_Ca8

é só alguns,eu gosto mais das musicas românticas,não sei se vai gostar, mas depois me diz se adorou ou odiou rsrrsrsrs

Anônimo disse...

Gabriela finalmente alguém falou justamente o que eu tentei varias vezes dizer aqui.

Eu tb pensava que feminismo era igualdade de direitos entre homens e mulheres, que era feminista porque sou independente e quero que todas as mulheres o sejam.

Mas é ler esse post e ver que nao. E bom nem preciso repetir tudo o que vc sabiamente comentou.

Outra coisa que me incomoda é que eu pensava que tinha direito de opinar mas foi falar que achava as funkeira vulgares pra caírem matando em cima de mim. Acho tão vulgar quanto um homem sem camisa (e que nao seja praia) é a MINHA opiniao.
Outra coisa é tanto falam de nao objetificar o corpo feminino e defendem a popozuda?

Anônimo disse...

Fabio..eh isso ai..nós não objetificamos o corpo do homem..não achamamos que o homem existe SÓ pra tranzarem com a gente..por isso só nos excitamos nos momentos certos..seja vendo uma braço seja vendo um pintoooO...saba que pinto nos exita??

pois eh..mas so quando DEVE excitar e não na rua..na rua é só um pinto...

se vc parar de achar que bunda de mulher so serve pra vc enfiar algo nela vc não vai ficar exitado..¬¬

Anônimo disse...

vamos pensar sobre opinião:

exemplificando:


eu não não gosto das roupas das funkeiras

eu não gosto das roupas nos negros

eu não gosto das roupas dos gordos

eu não gosto das roupas dos gays.

pergunta, qual das frases é preconceituosa???


pois eh..todas são..

pq vc esta definindo um ser humano pela roupa E por que vc está expondo uma fala preconceituosa que eh base e propaga um preconceito!!!!

opinião sobre roupa é o ato de usar ou não...preconceito e vc expor essa opinião de forma prejorativa!!!

Feminazi Satânica disse...

Gente, é ÓBVIO que nem todo pobre gosta de funk. É ÓBVIO que tem rico que se amarra. Agora que as críticas em cima desse estilo musical são, em grande medida, classistas, elitistas e racistas, são sim! Não é preciso ser nenhum gênio para perceber isso.

Pq ninguém fala do machismo presentes na letras das músicas sertanejas, do rock, do samba, ou - pasmem - da bossa nova? Siiiiiiim, Vinicius de Moraes, que eu admiro de paixão, tem várias letras machistas. Pq só o funk é alvo dessa patrulha?

Se tem mulheres no funk querendo mudar o cenário de misoginia presente nele, nada mais enobrecedor. Isso mostra como um ritmo pode ser horizontal e se reinventar.

É sempre a classe média ditando o que é cultura e o que não é. O que é digno de reconhecimento e o que não é. Façam-me o favor! Essa classe média a qual pertenço me enoja! Que deixe as outras parcelas da sociedade serem autônomas!

CAGUEI para essa suposta elite intelectual que em nada ajuda nas deliberações, só atrapalha, do alto de sua grande "sabedoria".

Anônimo disse...

Os pseudointelectuais que se acham seres superiores não admitem que outras pessoas pensem por si mesmas,e acreditam piamente que quem faz isso não sabe de nada.Meu argumento e minha opinião não vale por que não tenho um diploma de mestrado,um MBA,por que eu não frequento círculos de pessoas consideradas inteligentes,cultas?hahahaEu tenho experiência de vida.Não me baseio em documentários assistidos no aconchego do meu apartamento.Feminismo pra esse pessoal metido a sabichão aqui é comcordar com tudo que está em voga.Infelizmente pra vocês nem todo mundo é zumbi,nem todo mundo tem vida de gado.

ViniciusMendes disse...

Pessoas querem ter opinião sobre qualquer coisa, mas não querem que xs outrxs tenham opinião sobre a opinião delxs.

belleluar disse...

Gosto muito desse blog... E, com relação ao texto, o funk é cultura, pois toda produção humana é CULTURA independente de qualquer lugar, status e etnia! Porém, não faz parte do meu universo cultural... Sou feminista pesquisadora e ativista e, sinceramente, fazer uma relação entre o funk e o feminismo é muita presunção, tendo em vista que são ínfimos os números de canções com teor feminista... A própria Valesca muitas vezes comete equívoco nas letras que ela considera feministas, pois não podemos considerar qualquer letra que apresenta uma supremacia da mulher sobre o homem é feminista... E, a ideia do projeto de mestrado da aluna da UFF é bem inquietante, só espero que ela consiga confeccionar com louvor a sua dissertação... Enfim, é uma discussão muito profunda que passaria a semana inteira falando aqui...

Unknown disse...

vinicius mendes

não é bem assim,é que eu já percebi que aqui se a pessoa concorda com o post,ninguém fala absolutamente nada sobre a sua opinião.
agora se vc vai contra,todo mundo cai em cima,vem com discurso pronto dizendo o que vc deve ou não pensar,diz que vc é preconceituoso,pegam uma opinião sua e vão fazendo suposições sobre toda sua vida,tipo se vc n concorda com isso,também deve ser machista,homofobico,racista ...

Aninha disse...

Sou dançarina de funk, e acho essa discussão bem pertinente. Vejo muita gente aqui criticando a suposta sexualização e hiperexposição do corpo feminino, mas vocês queriam o quê? Vocês acham que as pessoas ouviriam a Valeska se ela estivesse no palco vestida dos pés à cabeça e fazendo um discursso rebuscado? Claro que não! Uma vez que a sociedade -e principalmente os ambientes mais pobres, onde o funk faz mas sucesso- são extremamente machistas, quem quer ter voz precisa ceder um pouco para ter um maior poder de penetração com o público.

Unknown disse...

funkeiros se fazem de vitima porque não aceitam que tenham pessoas que não gostam de suas músicas e usam o fato de serem pobres para isso.
eu vejo que o luan santana é odiado por muita gente,chamam ele de gay,falam que a música dele é uma merda e ele não vai na midia posar de coitado porque tem gente que não gosta dele.

e vcs caem nessa,por isso ta cheio de comentários de gente de classe média que n gosta de funk mas como n quer parecer preconceituoso,diz que n tem culpa de não gostar porque é assim que foram educados,condicionados.
n tem essa,vcs n gostam e pronto.

eu não gosto porque as musicas são de péssima qualidade,vide o novo sucesso "ah lek lek lek",impossível gostar disso e a nova canção desse grupo diz basicamente pra vc "deslocar pra um lado e para o outro" kkkkkkkk meu deus,sem condições.

Unknown disse...

aninha

como é que as outras cantoras conseguem fazer sucesso vestidas ?

Aninha disse...

Fernanda disse...

O Homem Cinza disse...

Já que você não viu nada demais nos videos da Valeska, eu queria a sua opinião nesses outros videos. Só por curiosidade mesmo, não leve a mal:

www.youtube.com/watch?v=7YlznNP3FRg

www.youtube.com/watch?v=B0QpBK-qf64

http://www.youtube.com/watch?v=FSzrD2XmJU8
-----------------------------------

A coisa não funciona como você pensa. A gente chama os caras de broxa, borracha fraca e essas coisas, mas é só brincadeira. Nós não queremos ofender. Até nessas Sentadas Violentas as meninas sabem o que estão fazendo e muitas dão pulos nas coxas e não no saco do cara.

Aninha disse...

mebarak ludgero disse...

aninha

como é que as outras cantoras conseguem fazer sucesso vestidas ?

29 de abril de 2013 14:25
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Outro contexto e outro ambiente.

Aninha disse...

Aposto que tem gente aqui que adora "A fonte" do Duchamp e acha funk uma merda. O funk é "A fonte" so século 21. rsrs

Thaís B disse...

"e vcs caem nessa,por isso ta cheio de comentários de gente de classe média que n gosta de funk mas como n quer parecer preconceituoso,diz que n tem culpa de não gostar porque é assim que foram educados,condicionados.
n tem essa,vcs n gostam e pronto."

Concordo, tem gente sendo muito determinista, o meio em que você vive pode influenciar muito mas é você que no fim define o que te agrada ou não.

Pessoal fala que quem é de classe média só gosta de bossa nova, rock, música clássica, etc é pura balela, quem gosta são os pais deles.
Frequentei escolas de classe média e uma delas tinha vários alunos de classe alta e em todas quase ninguém gostava dessa música "refinada", pessoal gostava de funk, axé, sertanejo, esses pops que só tem ritmo (sem conteúdo nenhum nas letras) e rap americano atual (que também é cheio de palavrões).

Fernanda disse...

Aninha disse...

A coisa não funciona como você pensa. A gente chama os caras de broxa, borracha fraca e essas coisas, mas é só brincadeira. Nós não queremos ofender. Até nessas Sentadas Violentas as meninas sabem o que estão fazendo e muitas dão pulos nas coxas e não no saco do cara.
-----------------------------------

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Brincadeira, né? Zuar pobres bobões alienados que só estão no palco por pressão social e fortalecer a idéia que o homem deve ser um machão infalível(mesmo se fudendo daquele jeito) é só brincadeira, né? E como as meninas "sabem o que estão fazendo"? Elas fazem equações complexas levando em conta a resistência do pinto e do saco a uma sentada, a força gravitacional e o peso da moça que vai fazer a "brincadeira"? E se o cara ficar de pau duro, como faz? kkkkkkk

Unknown disse...

"Outro contexto e outro ambiente."

vc disse que funkeiras se apresentam semi nuas por causa do machismo e que só assim elas seriam aceitas.
mas acontece que o machismo existe no brasil inteiro e em todo o mundo,então todas as cantores deveriam se vestir como as funkeiras para fazerem sucesso.

isso aí é pura mentira,Ana Carolina por ex,se apresenta vestida da cabeça aos pés e faz muito sucesso.
Marina elali,Cássia Eller,Vanessa da Mata...

com isso de quem tem q se apresentar semi nua,só reforça o machismo e a idéia de que mulher é só bunda,um pedaço de carne para fazer a alegria dos homens.

SeekingWisdom disse...

E o slutshaming em cima da Aninha pega fogo!
Será que vocês não são capazes de respeitar a produção cultural de outras classes sociais?
A Ana Carolina, Cassia Eler e sei lá mais quem veio de que estrato social? Alguma delas vem dos morros cariocas?
Ao invés de lutar para ver mulher vestida de modo descente (resumindo o slutshaming de vocês) por que diabos vcs não lutam para que isso NÃO seja um problema?
Para que a mulher possa ser respeitada como ser humano INDEPENDENTE do modo que se veste ou do linguajar que emprega.
A "opinião" de muitxs aqui é por vezes racista, elitista e conservadora e se vcs não desejam que isso seja apontado, reconheçam seus preconceitos.
Pobre pode gostar de música erudita assim como rico pode gostar de funk, isso não entrou em discussão. O funk, no entanto, não tem como alvo a classe média ou alta crianças, ele não é feito pra agradar aos ouvidos dessa. Ele é feito por e para as vozes das comunidades, e retrata uma realidade que é deles.
Phillipe

ViniciusMendes disse...

Não é pra ser escroto, mas é assim que eu to lendo uma boa parte dessa discussão:

"Libertação feminina pra todas, menos pra essas faveladas aí que ficam rebolando vestidas igual vadia!"

E eu acho isso muito esquisito...

Aninha disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Brincadeira, né? Zuar pobres bobões alienados que só estão no palco por pressão social e fortalecer a idéia que o homem deve ser um machão infalível(mesmo se fudendo daquele jeito) é só brincadeira, né? E como as meninas "sabem o que estão fazendo"? Elas fazem equações complexas levando em conta a resistência do pinto e do saco a uma sentada, a força gravitacional e o peso da moça que vai fazer a "brincadeira"? E se o cara ficar de pau duro, como faz? kkkkkkk
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É questão de conhecer e saber lidar com o "equipamento". Coisa que você deve desconhecer. rsr

O Homem Cinza disse...

Foi mal, mas tive que voltar aqui pra dizer uma coisa:

Aninha, foi gênia demais sua comparação entre o funk carioca e a fonte do Duchamp. Eu que estudo arte nunca tinha pensando nisso.

jacmila disse...

Vi e ouvi os vídeos q vc me passou Mebarak L. Fiquei tocada, lembrei da minha adolescência há muuuuito tempo atrás, qdo não tinha YT e me contentava em sonhar ouvindo zilhões de x uma canção romântica e olhando a capa dum compacto:

http://youtu.be/2hOVb2cfbLE

Faz todo sentido o funk agredir a sensibilidade de jovens como vc, q querem se encantar com o amor romântico, deleitar-se com a beleza dos rostos de outros jovens enamorados. Que bom q temos hoje o YT onde podemos encontrar uma variedade de sons e imagens q nos fazem sonhar, escapar mesmo dessa realidade tosca, agressiva. Desejo tudo de belo pra ti Mebarak.

Unknown disse...

que bom que gostou jacmila,só não sei se sou tão jovem assim,tenho 26 anos.
viva o youtube mesmo.

tudo de bom para você também!

Unknown disse...

seeking wisdom

por que será que só existe roupa ultra curta e colada no corpo para mulheres?
nunca vi um homem na rua com um shortinho apertadinho,marcando sua bunda.

porque só as funkeiras e dançarinas tem que se apresentar semi nuas?
nunca vi um funkeiro de sunga se apresentando,todos vestidinhos.
já vi uma roupa da valeska que era praticamente uma tira de pano para cobrir os seios e o outro para as partes baixas.

gostem ou não isso ajuda a objetificar o corpo das mulheres.

SeekingWisdom disse...

Mebarak, e quem disse que não há roupas coladinhas para homem? E quem disse que o guarda roupas feminino precisa permanecer exclusivamente feminino? Será que não é possível pensar na quebra dessas barreiras entre masculino e feminino?
Como a Mirella reforçou acima o problema não é a roupa que a mulher usa e sim a maneira como isso é recebido. Não seria legal se a mulher usar uma roupa ultracurta ou ultralonga não fizesse a menor diferença?
Combater o machismo é isso. Combater machismo não é dizer para que as mulheres se deem ao respeito usando as roupas e dançando as músicas que vc aprova do jeito que não te ofende.
Assim, se as meninas no funk conseguem desmitificar que mulher de respeito não é apenas aquela que se veste do jeito que o código de conduta machista manda eu dou meu apoio!

Phillipe

jacmila disse...

"por que será que só existe roupa ultra curta e colada no corpo para mulheres?
nunca vi um homem na rua com um shortinho apertadinho,marcando sua bunda."

http://www.cdorock.com/2012/07/os-50-mais-gostosos-do-rock.html

Esse é um dos motivos deu gostar desse estilo musical

Unknown disse...

Lamentável ter q ler este tipo de explicação sem nenhum bom senso e que tenta inesplicavelmente dar sentido ao que não tem !

Lala disse...

Sério jacmila?
Isso é um argumento?
Pelo visto vc não leu o que Mirella escreveu as 09:38, né?

Ou melhor, o debate já foi pro espaço e vc alterna entre a trollagem e a conversa de 'cumadi' com mebarak ludgero (ah! mebarak, viu como Axl Rose tá vestido nesse link que jacmila postou? notam também as várias fotos sex machine - ou seria bad boy? - nesse link? objetificação masculina vale?)?

Sabe, Vinicius Mendes, concordo contigo, muita ironia e esquisitice em uma caixa de comentários só...

ViniciusMendes disse...

@mebarak ludgero

Ixi, você tem que me conhecer, todas as minhas calças marcam a bunda. :P

Sara disse...

Agora forçaram demais, ao falarem q homens não usam roupas sensuais, ainda mais no funk, o grupo "os Hawaianos" SÓ usam roupas super sensuais, sem falar nas apresentações q são uma loucura.
Eles tiram a camisa, e a cuequinha esta sempre beeeem a mostra rrrsss, do jeito q o diabo gosta....

Fernando disse...

Após toda essa polêmica, aposto que a Valesca está indo no google pesquisar o que significa "feminismo". Se o público alvo do funk é o "povão", provavelmente leva as letras no sentido literal. Mulher chamar a si mesma de puta é bonito e diz que leu no "feice" que era feminismo!
Não sei onde, cantar "pega no meu grelo e mama" é uma expressão cultural ou feminista!
Se a pessoa não tem o mínimo de noção que apanhar do marido é errado, que não tem o dever de fazer tudo o que ele quer, essa pessoa NUNCA vai entender que as letras do funk são metáforas para feminismo (supondo que as letras realmente são metáforas).

Mesmo não gostando de funk, já ouvi algumas músicas (como a citada acima), e continuei com a minha opinião inicial. Sou completamente contra o machismo, apoio como posso o feminismo e conheço pessoas que lutam de verdade por isso. Mesmo assim, acho que o funk é um modo errado de passar esta mensagem.

ViniciusMendes disse...

@Fernando

Falar que apanhar do marido é errado e ela não tem que fazer tudo o que ele quer?

Tipo assim?

http://www.youtube.com/watch?v=zuG5TydjYyg

Unknown disse...

Cara Jacmila,
Estou impressionada com os vídeos dos links que você postou (sentadão)! Sinceramente eu não queria estar na pele daquele garoto. Ele foi humilhado publicamente! O cara não deixa de ser homem porque não se excita com uma determinada mulher. Desta vez o homem foi colocado como objeto e nenhum ser humano pode ser tratado como tal.

Unknown disse...

fui ver quem eram os hawaianos e descobri q musica ridicula do "é o pente" é deles.
realmente as roupas sensuais deles são idênticas as das funkeiras..

hawaianos
http://www.youtube.com/watch?v=dEh3dJORNU4

tequileras do funk,é de dar orgulho a performance delas
http://www.youtube.com/watch?v=-1vlRBxbCP0

Lara disse...

O que acham da postura das mulheres e dos homens nestes vídeos?

http://www.youtube.com/watch?v=LzeBuaKpkf8

http://www.youtube.com/watch?v=2kNNmHgHH6Q

Não vejo nada de positivo para as mulheres! E não acho que a Valeska ajude as pessoas a terem conceitos diferentes... acho que só ajudam a tratar as mulheres de uma forma pior ainda (como esses aí do vídeo tratam as mulheres)!

Unknown disse...

Cara Jacmile,

Eu assisti o link que você colocou!Estou de boca aberta! Eu não queria estar na pele daqueles rapazes. O cara não precisa se excitar com a mulher para provar que é homem. Outra coisa que eu notei é que as mulheres cantoras de funk, a maioria,tem o corpo escultural, peitões, etc e tal. Dai eu me pergunto: Por que não há no funk, com exceção da Tati quebra barraco, mulheres gordinhas, senhoras, baixinhas, enfim mulheres de todos os tipos e jeitos? Todas elas têm sua sensualidade, desejo e querem sentir prazer também. Por que não vemos o funk das coroas? Ou vocês acham que as mulheres mais maduras não sentem desejo? Por que não existe o funk das gordinhas? As mulheres gordinhas podem ser tão belas e tão sensuais como as cantoras de funk que vemos por ai.
Na minha opinião(confesso que até gosto de ouvir algumas músicas do gênero) percebo que as protagonistas do gênero não representa todas as mulheres. Eu percebo que, na maioria das vezes, essas cantoras só reforçam esteriótipos.

Cora disse...


gente o q aconteceu neste post!?!

é muito preconceito!!

desta vez será impossível escrever mais do q poucas linhas, mas a questão q gostaria de entender é: até quando o corpo feminino será considerado obsceno? pq uma mulher não pode exibi-lo? mais ainda: pq uma mulher dentro dos padrões de beleza não pode exibi-lo? não pude ler tds os comentários como gosto de fazer, mas o teor do q foi escrito aqui foi meio assustador!!

galera não percebe q fez o q é criticado diariamente pelo feminismo, q é justamente atribuir valor a uma mulher por conta do modo como se veste ou se comporta?

não conheço nada de funk carioca, como não conheço nada de música eletrônica, p. ex. o q posso afirmar, então, é q o pouco q já ouvi dos dois estilos não me agradou. mas atribuir valor à mulher q gosta de funk? e mais, atribuir valor negativo? não seria mais apropriado criticar o julgamento social q já ocorre com elas e q é justamente onde mora a violência?

se puder, volto pra ler e comentar com mais vagar.

Unknown disse...

Francamente,funk feminista não dá para engolir.
Não entendo quem está defendendo a exibição do corpo das funkeiras.Tem o comentário de uma dançarina aqui dizendo que se elas não se vestirem desse jeito não são aceitas,isso não parece estranho para ninguém?

Por que é sempre a mulher que tem que ter o corpo explorado ,seja em programas de tv que tem as famosas "assistentes" que não ajudam em nada,só estão lá com pouquíssimas roupas mostrando a bunda,comerciais de tv,principalmente cerveja,música?
Pensei que feminismo lutava contra a exploração e objetificação do corpo da mulher.
E agora se você não acha isso o máximo é preconceito?

E estão dizendo que funkeiros também usam roupas curtas,sinceramente eu nunca vi,já as mulheres é quase sempre uma vestimenta que está mais para calcinha e sutiã.

O pior que eu já vi são essas tequileras do funk,batendo e esfregando a bunda na cara dos homens,é o fim da picada,cheguei a ver que saiu uma matéria sobre elas ,acho que foi nos eua,com as pessoas se perguntando se aquilo era coreografia ou posição sexual,falta pouco para ter sexo explícito nos shows.

Quanta a música em si,nem tem muito o que falar,é uma pior que a outra.E antes que venham com a conversa fiada da classe média que está rolando aqui,eu também sou pobre.

S. disse...

A discussão não parece evoluir muito. Quem gosta do funk vai chamar os outros de recalcados e frígidos. Quem não gosta vai dizer que é um lixo e que só reforça o sexismo.

Sinceramente, houve um tempo em que bastava ouvir "funk" e minha reação automática era ignorar e depreciar. Até que eu parei pra ouvir sem preconceito e encontrei essa pérola aqui:

"A mina, quando é certinha,
Pode crê, não tá com nada!
Nós "tem" que ser prostituta
Pra aprender a ser respeitada.

Toda mulher que é fiel
Um dia já foi chifruda.
Agora chegou nossa vez!
Olha o Bonde das "Prostituta"!

É prosti, é prostituta!
Sem carteira assinada de puta."

Aí minha cabeça explodiu. A voz não era muito extraordinária, a letra simples e direta, porém: filosofia pura, verdade da vida! O que a gente mais vê é o homem que exige fidelidade da mulher, mas não se preocupa em seguir a mesma conduta.

Aí achei muito legal, um mundo novo se mostrou pra mim no funk! Me fez rir, me fez pensar, alguns só entediaram, mas não tinha que ser tudo perfeito, né? Já outros me soaram agressivos, será que eu posso ter essa impressão (que pode muito bem mudar com o tempo, ou não) sem ser taxada de recalcada, elitista, blablabla?

"Eu dô pra quem quiser
Que a porra da buceta é minha"

É um discurso libertário, coerente com o feminismo. É uma abertura pra um pensamento novo: "como assim a buceta é dela e não de seu pai/marido?". Nesses dois versos, já se tem muito o que pensar, uma série de questões pertinentes vem à tona.

Já nesse aqui:

"Você fala q é fiel,
fica cheia de gracinha!
Mas eu já te dei o papo
que a pica dele é minha!"

Forças contrárias, né? Pois é.
O que eu quis mostrar com estes exemplos é que há discursos interessantes no funk. Há TAMBÉM combos de palavras vazias (xerecaecu xerecaecu) e há discursos que não ajudam a mudar a mentalidade das pessoas, só reforçam antigos padrões.

Então, não vamos generalizar. Não crucifiquemos o funk, porque é uma expressão musical única, que tem muito a dizer. Também não cultuemos toda a obra do funk, porque temos aí o MC Catra que não nos deixa fazer isso enquanto formos feministas(risos).

É muito válida a dissertação da estudante sobre esse assunto. Mas não vamos esquecer que o que a Valesca faz tem o objetivo de todo trabalho, que é vender. E aí nesse mundo capitalista, muitas coisas são deturpadas, inclusive o feminismo, que já não tem uma representação muito favorável na mídia (quantas pessoas ainda acham que o feminismo é só machismo ao contrário?).

Pra terminar, o que eu chamei de "música pornográfica" (não me referi ao funk especificamente, vejam bem)seria aquela que não oferece muito pra mente, no estilo "chupa aqui, mama dali", são só paródias de sexo verbal. Tem quem ache divertido, pá, não vou julgar quem gosta. Não é puritanismo, estou familiarizada com as palavras e os atos (ui), só não acho que isso dá pano pra música.

Pode falar de buceta e de piroca, se você tem algo a dizer. Mas se não tem, melhor não dizer nada. Já temos "tchu" e "tcha" suficiente...

Anônimo disse...

Uma pergunta (tomando o gancho do que falaram acima) porque mulher se vestir de homem é ate legal, tudo bem transgressor, etc. E homem se vestir com roupas femininas (mas do estilo da Valesca duas tirinhas nos peitos e outra quase nao tapando nada embaixo) é ridículo? Será que nao seria porque os homens SABEM que esse tipo de roupa "feminina" é ridícula? Que objetifica a pessoa que o usa?

Utopia acima: falaram que o verdadeiro feminismo será quando mulheres usando um tapa-rabo ou um terno serão respeitadas de igual forma. Pura utopia, a roupa que usamos transmite uma mensagem, se vc se veste de moletom passa a mensagem de ou esportista ou relaxada, se vc se veste de terno vc passa a mensagem de pessoa de negocio, se vc se veste com um vestidinho curto e botas de cano alto, pois essa era o uniforme das prostitutas, qual a mensagem que vc vai passar?

Eu nao vou deixar de dizer que roupas vulgares sim existem e sao usadas por mulheres que acreditam que assim elas estao poderosas. Na verdade quanto mais produzida uma mulher mais baixa tem a sua auto estima.

Eu repito pela milionésima vez: nao estou proibindo ninguém se quiser usar um tapa rabos ou uma calcinha na cabeça. Eu so acho feio e VULGAR. Mas para ser eqüitativa repito: também acho super feio e VULGAR homem sem camisa e pior ainda com a calca me caindo que aparece os pelos púbicos. É vulgar.

Fernanda disse...

Sara disse...

Agora forçaram demais, ao falarem q homens não usam roupas sensuais, ainda mais no funk, o grupo "os Hawaianos" SÓ usam roupas super sensuais, sem falar nas apresentações q são uma loucura.
Eles tiram a camisa, e a cuequinha esta sempre beeeem a mostra rrrsss, do jeito q o diabo gosta....
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Você está certa. Os Hawaianos e outros grupos masculinos usam roupas bem sensuais mesmo, mas se você parar pra comparar com os grupos femininos, a coisa é muito mais tranquila para os homens. Como disseram, eu nunca vi ou fiquei sabendo de um grupo onde os integrantes se apresentassem de sunga.
OBS: Não estou criticando as mulheres que usam essas roupas, e sim essa idéia que existe que as mulheres TEM que usar quase roupa nenhuma.

Fernando disse...

@ViniciusMendes

Eu li o post original inteiro antes de comentar, essa parte entre aspas do meu comentário, foi sim se referindo ao trecho dessa música que você me mandou, citado no texto da Lola.

O que quis dizer é que apesar de ela, na música, falar que abandonou o tal marido que agredia, no final ela estraga tudo dizendo "agora virei puta". Se uma pessoa não consegue entender que ser agredida pelo marido é errado, ela vai entender o que da parte "agora virei puta"? ou então "segura esse chifre, quero ver tu se fuder".

Na minha opinião, uma pessoa com pouca informação, se levar essa música como exemplo a conclusão é: se o marido agride, o certo é sair de casa, virar puta, trair ele por aí! Agressão doméstica se denuncia, sai de casa, e não sai por aí fazendo sexo com todo mundo pra dizer "pronto, agora meu marido é corno e teve o que merece por me bater".

Fernanda disse...

Eu concordo que o funk pode gerar discussões interessantes(não só no campo do feminismo) mas é incrível como essas discussões propostas pela Valeska e outras dificilmente saem daquele período que ela está alí em cima do palco, porque as mesmas garotas que curtem a Valeska e acham ela demais também adoram o MC Magrinho, o Mr. Catra(que apesar da pecha de machista mor do funk e persona non grata por aqui também tem uma música onde defende a causa gay e outras músicas bem "neutras") e outros "inapropriados". Eu tenho uma experiência empírica a respeito disso quando eu fui num baile onde a Valeska e o Catra cantariam. A Valeska estava cantando as suas músicas de protesto, zuando os "machões comedores", exaltando as qualidades femininas até que a sua apresentação acaba e ela se despede do pessoal. Depois de alguns minutos aparece o Mr. Catra cantando "Adultério" e o sujeito é louvado como um deus, com destaque para as mulheres na frente do palco querendo agarrá-lo e não poupando elogios para com o homem. Foi bem surrealista.

Fernanda disse...

O Homem Cinza disse...
Agora você pareceu muito com esse pessoal que comenta no youtube que acha que tudo que os funkeiros fazem é sagrado e inquestionável(até criancinhas pequenas dançando Bonde das Maravilhas e outros) e que, se alguém por ventura vier questioná-los esse alguém só pode ser gay ou frígida. Que peninha... Se eu te contasse o quanto de funkeiro que eu conheço que dá uma de fodão comedor quando na verdade são tão virgens que melariam as cuecas só por estarem com uma mulher, você se surpreenderia.

Fernanda disse...

Aninha disse...

Não pareceu que as meninas sabiam o que estava acontecendo e tinham todo esse profissionalismo que você mencionou aqui nesse video: http://www.youtube.com/watch?v=MsudRjToccY

Michelle Hellen disse...

Só digo que depois dessa,me sinto mais tranquila em afirmar que adoro funk e nunca me senti menos mulher e feminista por rebolar até o chão! ;)

Anônimo disse...

Não ouço funk,não gosto de funk e acho algumas letras vulgares.Porem acho que ele é um marco histórico na liberdade da mulher, no Brasil. A poucas décadas não podiam votar e hoje tem o direito de gozar da vida como bem queiram " è o pau na buceta, a buceta no pau" Valeska Popozuda

Joane Farias Nogueira disse...

Todos já falaram tudo, mas enfim...
Eu não acho que gostar de funk te torna elitista.Não gostar de funkeiros ou de quem vem da favela,sim! Mas aceito a crítica como válida,pois todos sabemos que isso acontece.
Acredito na Valesca como um produto do machismo,embora ela esbarre em temas feministas. Nem por isso ela é feminista. Digo pelas letras dela. Ou ela pode apenas ter um noção rudimentar do que é.
O problema é que a Valesca fala uma coisa e faz outra. Ela quer libertação sexual, mas se coloca como objeto para prazer masculino e coloca outras mulheres na mesma linha.
Ela que faça o que quiser com o corpo. Acho que aí caímos numa coisa mais pessoal. Eu posso considerar isso submissão, outas mulheres podem não achar. Cada um no seu quadradinho de oito. Quantos homens a respeitam de fato (não q isso valha de algo) e quantas mulheres encaram isso como libertação?
Ela mesma humilha outras mulheres no funk. É um tal de chamar outra mulher de recalcada. Isso é equivalente de invejosa. E sabemos como nos empurram para sentirmos inveja umas das outras.
Poderiam usar o funk para algo bom, mas não é bem assim.
Tem outra letra que tb dá um toque, da mulher filé, que é mais ou menos assim : "Vc quer meter,eu quero te dar...antes,vem a preliminar. cai de boca na minha X*ta..."
É uma boa pedida,ainda mais,sabendo da resistência masculina em praticar sexo oral na parceira e da não apreciação por parte das mulheres, que ficam com pena de seus parceiros,porque elas consideram o nojo que tem dos seus órgãos genitais - devemos muito às piadinhas de bacalhau.
Dá poder às mulheres ouvirem outras mulheres mostrando que elas podem e devem pedir satisfação sexual. Mas, o problema é que o funk e as funkeiras estão mal faladas, e algumas mulheres podem associar esse comportamento à promiscuidade e achar que não é válido.
É o que eu acho. Enfim...
Não diretamente ligado ao assunto, mas esse vídeo é muito bom. Fala sobre os mascus e como a feminazis roubaram o sorvete dele.

http://vimeo.com/64941331

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Porem acho que ele é um marco histórico na liberdade da mulher, no Brasil


kkkkkkkkk essa foi de lascar,por que será que eu n senti nada além de asco ouvindo valeska dizendo q a porra da buceta é minha?
como é que alguém pode começar a lutar contra o machismo só por ouvir isso,como ela mesma declarou.

ViniciusMendes disse...

@Fernando

Sempre encarei o "virei puta" de forma mais literal do que "dar pra todo mundo", pra mim ela ta dizendo que saiu de casa e virou prostituta pra se sustentar.

Anônimo disse...

A mesma classe média que está detonando o funk está doidinha com o novo album dos Stooges que sempre foram uma banda de muita sofisticação e intelectualidade. kkkk

Fernando disse...

@ViniciusMendes

Realmente não parei pra pensar nesse lado, faz sentido sim!

Anônimo disse...

Eu acredito ser uma esquizofrenia tremenda associar Funk e Feminismo, é algo que simplismente não têm lógica. Na minha visão, o Funk é a representação clara de como a Mulher Brasileira (principalmente carioca) em geral é muito machista. Em muitas músicas da Valesca ela faz apologia a várias coisas que vocês estão aqui no Blog lutando contra diariamente, como o cara que saí puxando mulher pelo braço na noite, que agarra a mulher com força para roubar um beijo e o que sei lá venha depois. O Funk, é cultural? Claro que é. Ele representa da maneira mais honesta possível o comportamento dos Homens e das Mulheres da Cidade do Rio de Janeiro.

Spring Warrior disse...

Eu tive vontade de vomitar toda vez que lia a caixa de comentários de reportagens a respeito do mestrado sobre o funk.

Como as pessoas são preconceituosas e elitistas. E, principalmente, são burras e não entende a importância de certas pesquisas. Eu tenho que dizer pra esse tipo de gente: só lamento!

Jôh disse...

(A minha forma de pensar) se assemelha mais com o comentário que a Aldenise Silva fez... E outra, cada uma/um de nós somos seres reflexivos, logo temos formas diferentes de pensar. Não é porque uma pessoa pensa de uma determinada forma que eu vou impor a mesma que pense de acordo... ¬¬'
Não é porque a Dani e outras mais expressaram seu ponto de vista que muitos têm de respondê-la de forma grosseira... Poxa, concorda quem quiser!
"Feminismo sem demagogia" e a Lola respondem sem grosserias, e é assim que uma "discussão" deve ser, com RESPEITO!

Rapha disse...

Achei tanto a tese de mestrado quando a resposta que ela deu a uma jornalista, brilhantes. Requer um alto nivel de percepção e perspicácia para notar a mensagem por trás dos "palavrões" e "bundas" do funk. A própria Waleska já falou que não degrine a imagem das mulheres, pelo contrário, ela tem orgulho de ser mulher e quer que todas também sintam. Tanto que ela exalta o poder feminino sobre o próprio corpo e decisões.

erico disse...

faltam algumas coisas, auto-proclamação, a própria valeska tem que se dizer feminista, tem que defender outro mundo, combater a violência e dominação de gênero, sem isso é apenas a manifestação do discurso do feminismo na sociedade, sinto muito.

Anônimo disse...

ESTA NOJEIRA DE FUNK PRATICAMENTE ESTÁ ACABANDO COM O BRASIL!

Marielle Alves disse...

Na BOA, sem trocadilhos com slogan tosco de cerveja, acho que se deve mesmo valorizar a cultura quanto promotora de desenvolvimento intelectual, educacional, social e desenvolvedora da sensibilidade humana. E música que faz a mulher como mero espetáculo, como mera atração circence e/ou sexual em nada promove a mulher que performa isso, e ela sabe que isso na verdade é só para atrair a câmera objetivamente para a sua bunda. Ou banheira do Gugu exibia nudismo para quê? (Audiência) Qual é a diferença REAL de uma funkeira no palco de um show e uma dançarina no palco de uma Night Club e/ou boate striper? (Palcos diferentes, mas qualidades anti-artísticas similares) Muitas mulheres pousam para playboy para quê? (Excitação da libido sexual, sobretudo, masculina)

Não podemos nos deixar enganar por discursos bonitinhos, que mencionam as palavras "igualdade", "feminismo", e "quebra de preconceitos", mas na hora do vamos ver é uma prática sem sentido, vazia, vive no mundo dos conceitos, já que a teoria é incoerente com o mundo da práxis, prega a valorização e orgulho do ser feminino como "PUTA" (?) e "VADIA" (?) como algo positivo, sem superar tais conceitos de teor semântico histórico e social pejorativos e humilhantes, o que é total desvaloração da mulher como ser sexual que luta justamente pela liberdade sexual, pelo seu prazer. Quem defende "slut pride" até parece que de cara é ignorante no conhecimento da hermenêutica moderna.

Quando um homem nos chama de "cachorra" no trânsito, por exemplo, isso vai legitimar a busca feminina pelo prazer sexual, contra a repressão sexual propriamente dita? Faça-me rir quem gosta de ser chamada de puta no ambiente público! Ou, por acaso, homem que disser "Oh, vadia gostosa!" quando você estiver caminhando toda linda na rua, você, mulher, vai agradecer pelo "elogio lisonjeiro"?

Mulher sexualmente ativa, mulher cheia de tesão, mulher de verdade na cama, sim. Puta, vadia, cadela, não; e homem que desrespeita e xinga a mulher assim em público tem mais é que assistir aulas de Etiqueta Social, pois somos seres humanos e exigimos respeito.

Já em quatro paredes é um jogo que é estabelecido pelo casal, e aí sim cabe a decisão dos participantes do que eles querem na cama, com muita liberdade, respeito, cumplicidade e verdade. Homens e mulheres que sofrem algum empecilho (ex.: psicológico, cultural, biológico, etc) que os impeçam de um ato sexual pleno e de qualidade, devem procurar, sem preconceitos, um bom terapeuta de casal ou sexólogo.

E, verdade seja dita, sobre a questão do funk & afins, mulher, mídia e sociedade de consumo: mulheres se submetem a este mercado sexual de hiperestímulos promovido pela Indústria Cultural por vaidade de ego; serem apreciadas como objetos do belo, serem reconhecidas por alguma revista como "sexy symbol"; baixa estima com máscara de alto estima (porque nenhuma dessas mulheres têm, de verdade, alto estima elevada para exibir seus corpos se não estiverem definidos, siliconados, esbeltos, lipoaspirados, costurados plasticamente e tudo o mais que a ciência estética poder oferecer); exibicionismo legitimador para com seus corpos malhados, esculturais e artificiais; oportunidade de ser famosa pela mera e efêmera beleza do corpo feminino (ou seja, objeto de desejo sexual dos homens, já que não é um ser humano que buscou, em essência, a valorização própria por sua atuação intelectual, muito menos contribuir na formação de opinião da sociedade - beleza sem conteúdo); e grana fácil por meio da venda da imagem do corpo -> "feminism is dead".

Ana disse...

Eu ODEIO funk.
Sobre Tati Quebra-Barraco (que, segundo ela mesma "era feia mas estava na moda"), até poderia dizer que desprezava os padrões de beleza excludentes da nossa sociedade, mas nesse ponto deu uma "escorregada" porque, assim que começou a ganhar um pouquinho mais, fez tudo quanto foi plástica. E perdeu assim a oportunidade de elevar a auto-estima de tantas fãs supostamente fora dos "padrões".
Mas quando canta (canta?) "A p*rr* da b*c*t* é minha e eu dou pra quem quiser", fala uma grande verdade. Não tem que dar satisfação pra ninguém. Isso eu acho legal.
Do jeito dela, no linguajar dela, passou o recado.

Anônimo disse...

reclamam do Funk, mas adoram Chicos Buarques, Vinicius e outros machistas!

toda crítica ao Funk é elitista!

Anônimo disse...

Pois se cultura é tudo o que o povo produz do luxo ao lixo o funk é tão cultura quanto bossa nova.
O que se pode esperar de algo que reduz a mulher à nada, com letras completamente impróprias para o horário, e com apologias ao crime organizado?

Eu até acho que uma pessoa que tenha um pouco de bom senso procura ouvir músicas de qualidade superior, e não quer ter seus ouvidos feitos de penico. Houve uma idiota que disse que "o papel do funk na cultura está comprovado"

Pois eu te digo, que funk não é cultura e sim a falta dela.

Anônimo disse...

Mto massa. Mas você fala meio como se fosse uma coisa de fase e que a mulher usada como produto no funk tivesse acabado. Não é pra esquecer. E além disso ainda tem outra questão: qual a diferença entre um homem rodiado de "cachorras" e uma mulher rodiada de "cachorros"? Também não existe essa ideia no funk da Anita, Mc Mayara? Que espaço elas estão querendo ocupar?Sexo como consumo e tals? Não sei quantas favelas você visitou pra falar desse diálogo... Porém no mais, "agora eu tô solteira, ninguém vai me segurar!" - Jadiel Lima

ana paula disse...

Perfeito!!!

ana paula disse...

'Se ñ foi o funk q criou essa sexualização precoce(E NÃO FOI MESMO) ñ te diz nada?Outra,em que momento ela disse q somente o funk é q reforça isso?
Bem,quanto ao tal feminismo no funk,concordo mesmo com algo q já foi comentado,feminismo fajuto.Pelo q percebo,essa cultura do funk carioca ñ contribui em nada,pra porra nenhuma!Muito pelo contrário do que foi dito,acho q só faz crescer a pior pobreza q existe,a pobreza d espírito,o pensamento pequeno.Pq só exalta o lado sexual,as meninas q só ouvem isso,já crescem achando q só terão valor pelo tamanho da bunda,pelo silicone,e o que é pior,pelo conteúdo da carteira dos homens q ficam.Nada de caráter,mas aparência.Nada de intelecto,mas muita grana.E por favor,ñ tachem quem ñ curte esse estilo de 'classe média elitista ou moralista'.Isso soa tão preconceituoso quanto o que nos acusam.Desde quando pobre só entende e gosta de uma música "pobre"?Pq é isso q é.Claro,tudo tem suas excessões,mas é inegável a falta de qualidade musical e nas letras do funk,em sua maioria.Ñ gosto pq ñ me identifico,só isso.Pra terem uma idéia,ñ sou classe média,nasci muuuito pobre,agora mesmo digito de um celular,pq ñ posso ainda pagar internet,tenho outras prioridades.Então sei do q estou falando,pobreza ñ precisa ser sinônimo de burrice,nunca.Existem outros meios de buscar o enriquecimento intelectual,q ñ só o dinheiro.Sou a prova disso.Nunca tive acesso ao q o dinheiro proporciona,mas isso ñ me torna acéfala.Sou feminista com orgulho,e compro muitas discussões q nem são minhas,necessariamente.Mas ñ suporto a burrice de certas mulheres,q reclamam do machismo,mas são as maiores propagadoras dele!Ser pobre,ñ significa ser ignorante!Cresci ouvindo(e vendo)porcarias,mas quando cresci,fui buscar outras fontes.O problema,é q a maioria ñ tem essa concepção.Então,quando adultos,acabam reproduzindo o q viveram.Se,lhes restam como ídolos,Catras e Valescas,e esses reproduzem um discurso tão pequeno,uma cultura tão pobre,como poderão evoluir?Então,quer dizer,q só resta as mulheres pobres,exaltar seus atributos físicos? Alimentar o ego dos mesmos machistas,babacas cantados nas músicas?Brigar pelo 'seu homem',e quando ele a trair,a culpa ñ é dele,q quis,mas da 'vadia','cachorra'q se ofereceu?Sem ao menos se darem conta,q esse mesmo julgamento,tbm lhes será aplicado?Ficarem presas nesse mundinho, contentando-se apenas em ñ serem agredidas fisicamente?E quando o são,recorrendo aos outros machistas de plantão?Buscando auto-estima somente no desejo masculino?Prq é essa a mensagem q o funk passa,em geral,de q o valor de uma mulher,é proporcional ao tamanho do desejo e do prazer q ela proporciona/obtém do sexo oposto!Sempre girando em torno desse mesmo mundo.Ñ entendo em q isso possa contribuir para uma evolução mental,tanto de homens quanto de mulheres.Se for esse os seus conceitos de feminismo ativo,então,muito obrigado,mas façam bom proveito.Se a dona Valesca quer mesmo ser lembrada como uma revolucionária das causas feministas,ela devia parar de investir tanto 'poder' na sua bunda,e investir em seu cérebro!!!Aí sim,o discurso sairia afiado,e os benefícios notados!
P.s.aplaudir tudo q é NOTADAMENTE ruim,(aqui ñ entra gosto,mas qualidade)só prq é 'som de preto,de favelado',pra parecer 'legalzinho',politicamente correto,é sim,demagogia.Se despir de preconceitos,ñ é mesmo que ñ ter opinião própria.Dinheiro ñ define inteligência.Ñ Gostar de algo,e dizer,ñ me torna uma vilã,opressora de pobres.E,por último,achar q vulgaridade ñ é feminismo,ñ me torna moralista!Atitude,orgulho próprio,é outra coisa...Todos tem o direito a fazer o q quiser de suas vidas,isso é liberdade de escolha..Mas nem todos necessitam aplaudir,isso tbm é LIBERDADE,de opinião.

ana paula disse...

Ñ é questão de liberdade.É claro que o que elas fazem ñ me diz respeito,se bem que aí...Acho que muitas das nossas atitudes influenciam sim,outras vidas,ainda que indiretamente.Especialmente quando o assunto é machismo.Qual é a cultura q queremos deixar para as próximas gerações?Outra,basta o mínimo de inteligência,pra saber q existem músicas péssimas,em qualquer estilo.Todos sabemos.Agora,só prq ñ vemos as coisas como vcs,ñ significa q queremos excluir tudo q nos desagrada!Ñ coloquem as coisas assim,ñ vi nenhum discurso de ódio,violência aqui.Somente diferentes opiniões.Ou vcs esperavam mesmo q todos os comentários endeusassem o funk,ou então ñ aceitam ser contrariadas.Afinal,o objetivo ñ era o debate do tema?Ora,então ñ o deturpem,com argumentos falhos.

ana paula disse...

Mais uma vez,eu respondo.Ñ,o corpo feminino ñ incomoda,como vcs já devem saber.O problema aqui(aliás,como vcs tbm já devem saber),é o foco ser apenas o corpo!E isso independe declasse social,sejam ricas ou pobres,brancas ou negras.Que elas TEM esse direito?Ora,mas é claro que tem!Todos sabem disso.O que estamos questionando,é,o quanto isso possa ser benéfico para as mulheres,a ponto de,minar o machismo?Repito,o foco aqui ñ é o direito de,isso é inquestionável,mas o resultado de.Sei lá,talvez eu deva estar cega,ñ encontro essa positividade toda.Mas...sinceramente,todos
TEM QUE achar isso bacana,ou
serão tachados de
preconceituosos?Na boa,agora sem demagogias,quem nunca achou o comportamento de alguém impróprio(seguindo seus próprios valores,claro)que atire a primeira pedra!Sou absolutamente a favor da liberdade individual,que todos sejam realmente o que são.Mas eu tbm tenho a liberdade,de pensar o que eu bem quiser sobre!Todos nó,homens e mulheres,arcamos com a consequência de nossas palavras e ações diariamente.Aind a que ñ devamos satisfações de nossa vida a ninguém.Pq com funkeiros seria diferente?

ana paula disse...

Ah,sim,e um homem vazio,tbm é ridículo.Só pra atestar que o que pega ñ é o gênero/sexo,mas a mensagem.

ana paula disse...

Mais uma vez,vcs deturpando a história.Qual é?Estou começando a achar que lhes faltam argumentos,bons.Mais uma vez tachando quem pensa diferente de classe média elitista.Repito,sou pobre,pago aluguel(mas ñ aqueles aluguéis de luxo ñ,uma casinha bem simples).Acaso ñ tenham percebido,o post de vcs falava do Feminismo no funk,ñ no linguajar popular ou em palavrões.Ñ vejo nada de bom em algo que é tão vazio,que só sabe exaltar o corpo,e velhas idéias machistas e ignorantes.Onde está o tal feminismo revolucionário?Ah
ta,só se for em ensinar as
meninas a como armar um
barraco por causa de um
traste qualquer!Elitistas são
vcs,que analizam tudo do alto
de seus escritórios,apartamentos bem localizados.Convivam um pouco com aquilo que tanto enaltecem,aí vamos ver se as coisas continuam iguais,ahaha.Vejam se conseguem manter um diálogo que preste,com alguém,(ñ importa,homem ou mulher)diretamente influenciado pelo funk em questão.Pra quem ñ sabe,são os próprios frequentadores de bailes,que dizem ñ poder irem acompanhados de namorados(as),pq as tais "feministas"armam o maior barraco pelos seus "homens"em questão.Nossa,nunca vi coisa mais linda,mais cultural,mais enobrecedor,mais revolucionário,e mais feminista,do que mulheres brigando e dizendo coisas lindas e nada machistas,como piranha,vadia,vagabunda,por causa de homem.É realmente revolucionário,meninas com 12 anos se degladiando,pra ver quem mostra mais o corpo,quem fica a mais gostosa,afinal,é só isso q importa.As outras recalcadas,q se lixem.O importante mesmo é ser gostosa.Muito edificante.
Quanto a outros estilos,me poupem.É claro que tem coisas toscas,mas a comparação é absurda!Esse movimento em questão,atual,é só isso sim!Ñ sabia q ñ saber cantar,colocar

silicone, ficar o mais bombada(o) possível,fazer de tudo pra aparecer,era
definição de arte!A linguagem ñ é o problema,pelo contrário,coisas simples podem ser lindas,e coisas sinceras,sem rebustes,que falam verdades na cara doa a quem doer,são muuito bem vindas.Isso ñ quer dizer ficar restrito a meia dúzia de palavras,como já disse,pobreza material ñ justifica.Ñ precisamos mais de hipocrisia,disso já estamos
saturados.E,bem,pra ilustrar o que eu digo,peguem esse "feminismo" chulo e suas letras "geniais",e enfiem no cu!

ana paula disse...

Certamente,MUITO menos vc!

ana paula disse...

Nenhum problema em gostar,ou expôr o seu corpo,seja ele como for.O grande problema do funk,é a mensagem,de que só isso (e dinheiro)importam.Quer dizer,seja burra,ñ saiba nem escrever direito,quanto mais ler e interpretar um texto,mas invista na sua bunda.Se vc é gostosa,então ñ precisa de mais nada,e é melhor que todas.Essa atitude incomoda,e ñ tem nada a ver com sexo ou classe social.Homens,mulheres,ricos ou pobres,VAZIOS.Nunca vou defender que essa 'cultura' seja benéfica a alguém,a ñ ser aqueles que estão em evidência aqui.Sou pobre,sim,materialmente.Nasci sem dinheiro,ñ sem cérebro!

ana paula disse...

Só pra vc se situar:gosto musical é sentimento,e sentimento ñ se escolhe,apenas se sente.Gosto pq me identifico.Ponto.Música ñ é questão de nacionalidade,afirmar o contrário,ou dizer que gosto pq é daqui,qnd ñ gosto,só pra ser 'cool',é hipocrisia.Chega de palavras bonitas,coloque a mão na consciência,e me diga,de cara limpa,que nunca julgou ninguém,segundo seus próprios critérios?(ainda q ñ tenha externado essa opinião).Por favor,siga o seu conselho,e seja vc mesma!Deixem de hipocrisia/demagogia.

Anônimo disse...

Acho que quem defende essa droga não vive em comunidade, não tem que aturar baile funk no ultimo volume a madrugada toda, quase todo dia. (Ai de quem reclamar!! Vai ser xingado e ameaçado!)
Muito legal ter que passar na rua e ver as criancinhas dançando 'senta na minha pica'.
Bacana de presenciar nos bailes de rua o tráfico de drogas, de armas, a exploração sexual, os abusos. Tudo muito legal. Nossa, quanta cultura!
As coreografias, putz. Dá pra ser mais explícito? Acho que não, né.
As letras então, maravilhosas! Essa aqui, ó que obra prima:
"Esse é o aquecimento
Do cú e da xota
Tu desce e aquece o cú
Sobe e aquece as xota (2x)
Agora a mulherada
Vem com peito na piroca
É piroca no peito,
o peito na piroca(3x)
Vem fazendo
A espanhola"

Ah gente, pára.

E.C disse...

O funk é um movimento movido por pessoas, logo ele terá características positivas e negativas (como tudo no mundo). E o funk não é, o funk está em processo, quem conhece um pouquinho sabe que nos últimos 20 anos o movimento passou por várias modificações. Há, eu curto funk sim.

Anônimo disse...

Isso é uma questão que depende do ponto de vista das pessoas, eu até entendo que as mulheres sempre buscaram igualdade de gênero, inclusive no comportamento sexual, mas essa liberdade sexual tem um preço muito alto,a cultura do machismo está impregnada na sociedade, quantas adolescentes que frequentam baile funk já sofreram algum tipo de assédio ou abuso, algumas até mesmo forma estupradas, porém a sociedade culpa as vítimas por causa dessa liberdade que elas tanto querem. Não adianta, nós como mulheres somos muitas, mas os homens continuam dominando e sempre conseguem nos humilhar na sociedade, quer sejamos recatadas, quer sejamos livres.

Anônimo disse...

É o que eu penso...me parece que o funk mais parece um feminismo para agradar homem, pois a liberação sexual serve ao homem e isso ele ama, não concordo de que funk seja feminista.

Sam disse...

As feministas de carteirinhas, de movimentos sociais, parecem estar bem longe de serem feministas, de fato, pois querem padronizar o comportamento das mulheres, não concordando que elas gostem de funk ou sertanejo universitário, ou seja lá o que for. O fato é que a mulher livre faz com seu corpo o que bem entender, e se ela se sente bem em dançar funk e o faz, está combatendo a cultura machista, sim!
O problema é se ela se recatar em seus gestos, atitudes, roupas, SEM FAZER O QUE BEM ENTENDER, pra mostrar pra sociedade que "não é promíscua". Mas cá pra nós, quem acha tais atitudes promíscuas, tem pensamento bastante conservador e machista.
Viva a liberdade! A mulher tem que ser quem ela quiser ser e fazer o que bem entender. Parem de ditar regras!!!
Sou funkeira, esquerdista e feminista, com muito orgulho!

Victor disse...

Sobre o comentário de Dani a Psicologa
vc é branca!

Anônimo disse...

Obrigada. Apoio totalmente o seu comentário, funk é obsceno e sujo.

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