domingo, 13 de maio de 2012

UM DIA DAS MÃES ACONCHEGANTE PRA VOCÊ

Pessoas queridas, enquanto preparo um post que não tem nada a ver com mães, deixo aqui minha pequena homenagem para este dia. Sou muito ruim pra escrever sobre datas comerciais. Outros anos já falei sobre mães e cinema, em posts até bonitinhos. 
E, pra quem me pediu pra tratar da "polêmica" capa da Time com uma mãe amamentando seu filho de 3 anos, talvez eu até fale, mas não hoje, porque estou muito sem tempo. E nada do que eu escrever chegará aos pés deste post.
Boas lambidas maternais a tod@s vocês! (esta aí ao lado é a minha mãe).

30 comentários:

Anônimo disse...

Que linda foto com a sua mamis, Lola! Feliz Dia das Mães para você tbm, que tem sido tão mãe, tão educadora de todas nós. Grande beijo. Jéssica

Cristiane A. S. disse...

Um aconchegante Dia das Mães pra vc e sua mamãe tb, Lola!! E pra todos os leitores do blog tb!!

Barb disse...

Lola, li algo que transforma a discussão do artigo da Time Magazine em algo tão vazio e tão despropositado que dá até vergonha.

O link tá aqui ó: http://tinyurl.com/8367383

Happy reading!

Anônimo disse...

Ah, LoLa, vc tem um lado doce pra caramba, sabe? Muita gentileza sua escrever esse post e postar foto de vc com sua madrecita... legal mesmo... boa filhota vc é.

Teresa Silva RJ disse...

Feliz dia pra sua mãe! Qual o nome dela?

Branca disse...

Feliz dia das mães todos os dias para as mamães queridas =D

Barb, sobre o texto que você linkou, não acho que dê vergonha não. O blog fala justamente de abandono, órfãos e adoção, e a autora tem 2 filhos adotivos e é militante na causa do bem-estar infantil - do seu ponto de vista, esse tipo de discussão de "você é mãe suficiente" é compreensivelmente desnecessário, porque ela acredita que mãe suficiente é a mãe que decidiu fazer o melhor para seus filhos, independente de que técnica ou filosofia siga.

Aliás essa é, em última instância, o resultado do link posto pela Lola, só que esse vem com o plus de instigar às mães que se sentiram provocadas a refletir se estão mesmo sendo coerentes na criação de seus filhos, e fazendo seu melhor.

Teresa Silva RJ disse...

Olhem só que legal: aqui no RJ tem creches e escolas que, diante das novas formas de família, comemoram de outra forma ou não comemoram dia das mães:

http://odia.ig.com.br/portal/rio/novas-fam%C3%ADlias-reinventam-escolas-cariocas-1.439843

Cyntia Beltrão disse...

Lola, eu raramente comento no seu blog, apesar de ser leitora antiga. Geralmente concordo com as suas opiniões e seus posts são sempre fonte de reflexão para mim.

Sou psicóloga e mãe de um menino autista e essa questão da maternidade sempre me interessa muito. Mas também sou feminista e acho que a maternidade deve ser uma escolha e a forma como ela é adotada por cada mulher também. Por isso devo dizer que o post que você me indicou me desagradou profundamente.

Veja bem, não foi pela capa da mãe amamentando o filho mais crescido. Foi pelo tom da autora ao se dirigir às mães que seguem, segundo ela, um modo "tradicional" de maternagem. Posto aqui o que comentei lá:

"Não sou leitora desse blog e só passei aqui pela indicação da Lola.

E não, não concordei com o post. A autora se espanta com as mães do tal "jeito tradicional de se maternar" ficarem na defensiva e ela mesma não se dá conta que partiu para o ataque:

"attachment parenting. Quem materna dessa última maneira tende a respeitar a intuição, o afeto e a conexão com os filhos (...)"

Ora, então quem não adota sling, cama compartilhada, amamentação prologanda e afins não tende a respeitar o lado afetivo da maternidade e dos seus filhos? Pensem bem na frase e reflitam. Existe um ataque implícito aí a um outro tipo de escolha que não o da autora e a expressão de um juízo de valor, sim senhoras. É claro que as mães se sentiram atacadas. Eu também me senti. E de ataques basta os que o patriarcado já nos dirige todos os dias, produzindo culpas imaginárias pra vender o seu discurso. Não precisamos de cobranças vindas de outras mulheres.

Devemos também lembrar que muito desse modo de maternagem "afetiva" que a autora presa tanto é um privilégio de gente com recursos, classe média tradicional. Vai lá na casa da mulher pobre pra ver se ela tem sling, se a cama compartilhada é escolha ou necessidade e se a amamentação prolongada (que seria realmente a mais indicada para as famílias mais carentes) é possível no meio da tripla jornada de trabalho a que elas são submetidas.

Vocês querem amamentar até os 3 anos de idade. Ótimo. Isso é uma escolha de vocês. E como feminista eu respeito e apoio as escolhas esclarecidas de todas as mulheres que optam pela maternidade. Mas chega de apontar dedinhos. Nós realmente não precisamos disso.

Eu fico imaginando o que a sra. Badinter diria dessa discussão toda."

Ou seja, Lola. Não curti.

Eu fui uma mãe que não pôde amamentar o seu filho. Meu menino nasceu com uma cardiopatia grave e passou por 4 cirurgias, foi traqueostomizado e ficou 8 meses internado numa UTI. Minha maternidade não foi nada tradicional. Meu parto foi cesariana, eu tirava leite com máquina para colocar na sonda nasogástrica e só fui pegar meu filho no colo com mais de 2 semanas de vida.

Então eu me incomodo muito com gente que aponta dedinhos, mesmo que de forma disfarçada.

Não gostei e achei que deveria colocar aqui a minha opinião.

Anônimo disse...

Adorei o comentário da Cyntia. Também li o artigo sugerido e também nao gostei muito nao, apesar de nao ter e nem querer ter filhos. Porém como mulher e feminista já percebi que a maternidade, mesmo dentro do movimento feminista, é um divisor de águas (e nao deveria ser).
As acusacoes nao acabam nunca - quem escolheu ter parto normal ataca quem escolheu cesárea e vice-versa. Quem amamenta ataca quem nao amamenta e vice-versa. Quem volta a trabalhar ataca quem ficou em casa cuidado dos filhos e vice-versa.
Agora alguém me diga - o que essas dicussoes trazem de positivo?
Se mesmo as feministas nao conseguem aceitar que uma outra mulher tome uma decisao baseada nas suas conviccoes, como vamos conseguir mudar essa sociedade machista que tanto nos prejudica?

Ana

Vivi disse...

Lola, já que comentara sobre o artigo...
Ultimamente venho pensando sobre esses assuntos e ainda não tenho muitas conclusões..
Sobre maternidade e feminismo (apesar de não ser mãe) é um assunto que me intriga..Não gosto da visão da maternidade antiga, tradicional de mãe dona de casa devota marido provedor, óbvio. Entretanto, essa nova onda de empoderamento da mulher via dedicação, as vezes exclusiva - mesmo que ela trabalhe- aos filhos, maternidade ativa, todo esforço p amamentação prolongada, cuidado excessivo com o que é natural – parto, amamentação, criação, comida – pode cair num mundinho tão classe média e opressor para dedicação do ser mãe de uma outra maneira ao meu ver..Entendo que é para contrapor a mulheres de tipo que não tem não aí p seus filhos, que querem é emagrecer logo depois de parir, que é obviamente condenável para mim. Entretanto, esse tipo de ser mulher e mãe, do ponto de vista do feminismo, da desigualdade social (onde a maioria das mães não pdem se dar o luxo desse jeito de ser mãe)...como fica? Fico me questionando isso.. Não conheço muito bem como o feminismo trata disso..e sei que divaguei..Se um dia quiser tratar sobre esta temática acharia legal saber o que s outros pensam...(alguém vai dizer que é tudo escolha, mas creio que é muito mais que isso..são novos movimentos acontecendo ao meu ver..)
Feliz dias das mães para todas as mães!!!

Barb disse...

Branca, acho que você não entendeu o que eu escrevi. Eu não disse que o texto linkado dava vergonha. A vergonha vem ao perceber como a discussão levantada pela Time Magazine fica vazia quando colacada em pespectiva. A causa defendida pela blogueira tornou a discussão de "ser mãe suficiente ou não" em algo extremamente sem propósito frente a quantidade de crianças órfãs.

Ligia Moreiras Sena disse...

Barb, acho extremamente desrespeitoso que você pegue um texto escrito por quem não conhece e não sabe quem é (eu), o tire do contexto da discussão e o coloque como desrespeitoso à condição das crianças órfãs. Totalmente desrespeitoso mesmo.
Eu proponho a mesma discussão às admiráveis mães que recebem como seus os filhos que foram geradas por outras. Proponho a reflexão constante sobre a qualidade da maternidade (e da paternidade) que estamos oferecendo aos nossos filhos, sejam eles nascidos pela vagina, pela barriga ou que tenham chegado em nossa casa vindos pelo sistema de adoção, apenas porque não os vejo como diferentes.
Achar que essa discussão, inspirada (mas não baseada) no que a tal revista começou ("Você é mãe o bastante?"), é voltada apenas para mães biológicas foi absurdo.
A Branca entendeu o propósito.
"essa é, em última instância, o resultado do link posto pela Lola, só que esse vem com o plus de instigar às mães que se sentiram provocadas a refletir se estão mesmo sendo coerentes na criação de seus filhos, e fazendo seu melhor".
Foi esse o intuito.
E o fato de uma mulher decidir adotar uma criança não faz dela uma expert em maternagem, alto lá. Conheço muitos casos que colocam isso em xeque.
O que mais me espanta, mesmo, é que as mulheres preferem continuar no sentimento de inconformismo a refletirem sobre o proposto.

Anônimo disse...

É um tal de uma acusar a outra de que não entendeu o que a essa ou a aquela diz dizer ou disse ou escreveu... bo frigir dos ovos fica o dito pelo não dito e, como se não bastasse a guerra entre os sexos, agora temos a guerra entre as maternas maternais X as não maternas pq não são realmente maternais... falta uma mulher receber o espírito molière e mandar uma psicografia materna, ou paterna...

Sara disse...

amei seu comentario ANA, tb penso como vc, pode parecer batido mas é a união que faz a força, não essas divisões e acusações futeis, a mulher que semeia essas divisões na verdade esta rezando a cartilha do machismo.

Anônimo disse...

não tenho mais mãe.

minha mãe não foi uma boa mãe. mas é aquela coisa: enqto tá viva, a gente ainda pode sempre tentar.

tudo que se discuta sobre ser mais ou menos mãe é tão idiota se existe amor e esforço. já vi famílias super bem criadas por mães sem tempo, sem estudos, sem grana, sem pai, sem saber de onde tirariam meios de educar os filhos. nunca tinham ouvido falar em nada disso que falam qdo querem estufar o peito e dizerem quem é mais mãe do que outras mães. eu acho isso muito simples: ou se é mãe ou não é. e ser mãe não tem a ver com técnicas ou condições do parto. tem a ver com sentimentos, vontade de acertar e de criar seres prontos pra vida. eu ainda acho que muito do que é feito é uma forma de a mãe limpar a consciência de qualquer erro que tenha cometido. ou que cometa no futuro.

acho cruel demais uma mãe ter que explicar por que não amamentou. ou por que não carregou a criança junto da pele que nem canguru. as mães que não puderam fazer certas coisas, por falta de experiência ou por não terem conseguido, têm que conviver com dedos eternamente apontados pra elas?

e as que adotaram? até qdo vão ter que ler/ouvir:"fulaninho, filho adotivo de fulanona"?

Barb disse...

Ligia, você leu o mesmo artigo que eu? Se o foco é em defesa das crianças adotadas/esperando serem adotadas/órfãs, como estou tirando de contexto e desrespeitando essas crianças? Talvez eu tenha me expressado mal... A pespectiva da moça do blog faz com que a discussão gerada em torno do artigo da Time Magazine fique vazia. Será que tá mais claro agora?

Barb disse...

É exatamente o que o Anônimo 21:20 disse. Essa guerrinha ridícula de apostar que a melhor mãe é aquela que amamentou e não a que deu mamadeira, a que fez livre demanda e não marcou hora de comer, a que carregou o filho no sling e não no carrinho, a que comprou papinha pronta e não cozinhou a própria papinha, etc, etc etc... enquanto tem tanta criança nesse mundo necessitada de uma mãe que esteja disposta a dar o seu melhor. Esse é ponto, Branca e Ligia!

Anônimo disse...

engraçado que as próprias mulheres ficam policiando as outras, né?

em todos os setores da vida, parece que sentir culpa acaba sendo inerente a ser mulher.

Ligia Moreiras Sena disse...

Agora sim, Barb, agora entendi, e concordo, com certeza.
É justamente porque há essa guerra, que realmente é ridícula, que mais vale a reflexão individual a respeito da pergunta da revista. Ser mãe o bastante, mas não o bastante para os outros, o bastante para si e seus valores. Ponto final.
Por isso eu não falo sobre a questão da amamentação, eu ignoro o que a imagem mostrou. Porque eu acho que vale mais a pergunta.
Como disse um Anônimo aí:

"tudo que se discuta sobre ser mais ou menos mãe é tão idiota se existe amor e esforço"

E é uma tristeza ver crianças sendo cuidadas sem amor e sem esforço - mesmo que muitas vezes sejam amamentadas.

Ligia Moreiras Sena disse...

Agora sim, Barb, agora entendi, e concordo, com certeza.
É justamente porque há essa guerra, que realmente é ridícula, que mais vale a reflexão individual a respeito da pergunta da revista. Ser mãe o bastante, mas não o bastante para os outros, o bastante para si e seus valores. Ponto final.
Por isso eu não falo sobre a questão da amamentação, eu ignoro o que a imagem mostrou. Porque eu acho que vale mais a pergunta.
Como disse um Anônimo aí:

"tudo que se discuta sobre ser mais ou menos mãe é tão idiota se existe amor e esforço"

E é uma tristeza ver crianças sendo cuidadas sem amor e sem esforço - mesmo que muitas vezes sejam amamentadas.

Majô disse...

oi, Lola,

neste Dia das Mães, eu gostaria de aproveitar o seu espaço para fazer uma defesa tardia delas.

explico: certa vez, um amigo de um amigo meu, numa conversa sobre machismo, veio com aquele velho e surrado argumento de que "o machismo existe porque as mães ensinam. portanto, a culpa é das próprias mulheres, porque são elas que no seio do lar educam os filhos para serem assim".

lembro que a única resposta que me veio na ocasião foi que, se esse argumento fosse válido, a culpa por toda e qualquer idiotice e atrocidade humana estaria nas costas das mulheres. e que não tem algo mais machista do que tentar colocar mulheres contra elas mesmas, que essa aliás é uma das facetas mais cruéis das convenções sociais. essa resposta foi o suficiente para calá-lo, mas não o suficiente para me deixar satisfeita.

gostaria de ter tido a presença de espírito para perguntar se, por séculos, nessas mesmas famílias onde, sim, existem mães que educam seus filhos de acordo com princípios machistas, quem é que representa o poder dentro dessas casas? a mulher ou o homem? por séculos, quem está nas posições de chefia nas empresas: mulheres ou homens? por séculos, quem está na maioria das principais posições entre as lideranças políticas: mulheres ou homens? nos principais cargos dos poderes executivo e judiciário: mulheres ou homens? nos cargos militares: mulheres ou homens? à frente das igrejas: mulheres ou homens? então, se a resposta para todas as perguntas é "homens", qual será mesmo o grau de responsabilidade de uma mãe numa sociedade totalmente estruturada no machismo?

Roxy Carmichael disse...

cyntia, ótimo comentário.
achei péssima a postura da autora do link que coloca as mulheres que respondem com "não sou menos mãe" como loucas perseguidas que já vem com justificativa para responder algo que sequer foram indagadas. se nós mulheres somos cobradas por absolutamente tudo: por ter namorado, por casar, por ser mãe, por ser feminina, acho plenamente possível (já que não sou mãe) que exista esse tipo de cobrança para que mães assumam certo tipo de maternidade em detrimento de outros, ou correm o risco de serem acusadas de serem "menos mãe". e acho que se por um lado cama compartilhada, amamentação prolongada podem ter lá seus pontos positivos, mas, não adotar essas práticas também apresenta seus pontos positivos, sendo o principal, incentivar a autonomia do filho desde pequeno. no mais, sinceramente a historia de culpar a mãe é algo muito estendido (a psicanalise só contribuiu pra aumentar ainda mais essa culpa), para que as mulheres precisem de revistas com manchetes sensacionalistas perguntando se as mulheres são mães o suficientes, para fazê-las se questionarem e se cobrarem ainda mais (lembrando que a autocobrança é sempre pior que a cobrança externa). eu penso justamente o contrário! deveríamos todos contribuir para tirar esse peso dos ombros das nossas mães.

Bruxinha disse...

Tudo tem dois lados nessa questão da maternidade. Eu quis fazer cesariana, não quis amamentar e voltei a trabalhar após quatro meses, mesmo tendo direito a seis amparados por licença. Não imponho minhas opiniões a ninguém, da mesma forma que não carrego nenhuma culpa por elas.
O dia a dia às vezes nos ensina a mudar e é essa flexibilidade e experimentação o mais gostoso de ser mãe.
Minha filha dormiu sozinha no quarto dela desde que chegou da maternidade até mais de ano e meio, só que uns episódios de terror noturno me fizeram trazê-la para a minha cama. Se vou manter não sei. Não era o que eu queria inicialmente, mas era o que ela precisava e o que me pedia, então resolvi atendê-la.
Voltei atrás também nos meus planos originais de colocá-la na creche com pouca idade, porém ela fica boa parte do dia com uma babá da minha inteira confiança, o que não é bem visto por aquelas mães em tempo integral...enfim, sabe aquela história/fábula do menino, do velho e do burro? nunca vamos conseguir agradar a todos, então temos que procurar nos contentarmos primeiro. O resto que se adeque porque, no fundo, quase toda mãe age imbuída dos melhores propósitos.

Roxy Carmichael disse...

parabéns bruxinha!
lindo seu comentário sobre a maternidade que deve se adequar às necessidades de cada mãe especificamente e cada filho especificamente. abaixo a imposição de um "manual único de maternidade perfeita"!!!eu acho que uma das coisas mais essenciais para o bebê é que a sua mãe se sinta tranquila e feliz, sem culpas!

aiaiai disse...

Lolinha,

eu li o texto q vc linkou no mesmo dia e achei horroroso. Com a desculpa de defender a maternidade q ela escolheu, ela ataca todas as outras.
Não gostei da capa da revista porque achei um abuso com o menino. Nunca colocaria o meu filho exposto dessa forma. Mas, se a mãe dele achou bom, problema dela.

Eu comentei lá no texto, para tentar entender melhor a postura da blogueira e a resposta dela foi altamente ofensiva.

Vejamos, meu comentário foi:

"a capa é sensacionalista e eu acho que a mãe da capa cometeu um abuso por expor o filho dela dessa forma. Se ela acha que tudo bem, tudo bem, mas eu tenho direito de ter a minha opinião.
Cada mãe deve criar o filho da maneira que acha melhor, sem cobrar das outras que façam o mesmo. E não consigo ver como uma capa cobrando que as mães sejam mais mães ajuda na causa das mães.
não entendi porque você gostou da matéria. É por que confrontou as mães que resolveram não amamentar por mais de seis meses? A gente não deveria estar lutando por direito de escolha?
Eu deixei de amamentar quando meu leite secou. Foi um pouco antes de seis meses. Fiquei muito triste, queria amamentar mais tempo e o teria feito caso houvesse leite. Eu trabalho em casa e amamentei meu filho todas as vezes que ele quis. Não tinha hora nem lugar. Segui o instinto e a vontade dele. Agora, se eu tivesse tido leite até os 4 anos dele, provavelmente eu amamentaria quando ele quisesse mas não o colocaria numa capa de revista sendo amamentado.
13 de maio de 2012 10:48 "

a resposta da blogueira ao meu comentário:

"Ligia Moreiras Sena disse...
Prezada "aiaiai": vc acha que a mãe da capa cometeu um abuso por expor o filho dessa forma. Sei...
Claro que vc tem direito à sua opinião.
As mães que espancam os filhos dizem exatamente o que vc disse: cada mãe deve criar o filho da maneira que achar melhor. Uma pena que em pleno século XXI ainda existam pessoas usando justificativas maniqueístas para todos os fins.
Não entendeu pq eu gostei da matéria?
Recomendo a leitura do texto novamente.
Parabéns pela decisão de iniciar a amamentação. E sinto muito, e te respeito, pela tristeza de não poder continuar amamentando.
Vc contribuiu muito para o texto: é exatamente disso que vc escreveu (#mimimi) que eu estou falando.
Abraços
13 de maio de 2012 13:06"

Ao me comparar a mães que espancam filhos, ela acabou com a minha vontade de debater. Ela tb acha que eu não gostei da capa por algum outro motivo, mas não diz qual. Só um "sei" irônico.

E disse que eu é que estava de mimimi. Sei...

Lamentei.

Anônimo disse...

Essa capa da Time magazine teve o objetivo de causar polêmica para aumentar a vendagem da revista, apenas isso. Claro que poderiam ter publicado uma mãe amamentando, porém sem apelar.

Eu e meu marido não demos a mínima qdo vimos a capa... ele largou a revista sobre a mesa e eu fui buscar a página com o artigo. Como sou extremamente seletiva com o que vejo na TV, não vi nada sobre o assunto.

Achei legal LoLa trazer pra cá pq pude saber como as mulheres se pegam entre si e não conseguem se aceitar e nem se entender sejam elas feministas conservadoras, feministas da nova geração, ou não feministas... no frigir dos ovos o relacionamento é sempre agressivo qdo há discordância entre os pontos de vista.... eita molièreS...

Vivi disse...

Aiaiai.. Também achei desnecessária a resposta daquele jeito a vc.
Eu entendi sua crítica, a autora do post (do outro blog) fazendo uma comparação com mãe que espanca o filho deslegitima sua crítica, que por sinal não tem nada a ver com o que ela postou, e acho muito válida para discussão. Lamentável.
Isso é uma das coisas que me espanta. Não sei se é o caso dessa mulher, mas a quantidade de mãe (vejo movimentos assim em blogs ) que acha que emponderar a mulher é maternidade ativa, numa loucura de amamentação prolongada-comida orgânica-parto natural,etc etc,, que parece que só tem um jeito de ser mãe. Esse novo jeito “alternativo” (que é super excludente com a mãe pobre por sinal) . Não pretendo ofender ninguém com isso, eu mesma sou bem natureba, mas fico pensando no papel da mulher (e qndo digo mulher, isso inclui mulher classe média e mulher pobre, negra etc) nesse meio todo....Espero estar enganada, mas vejo novas prisões ao papel da mulher ai...?? Se a Lola puder abordar isso acharia muito legal, pensar o feminismo nisso!

Vivi disse...

Sobre o que a Sara e a Lisanahd disse, entendo que precisamos de união enquanto movimento feminista, mas acredito também que o feminismo só se fortalece com o embate das ideias, que não precisa ser picuinha, nem ofensas não, mas pensar o papel da mulher em nosso mundo. Por isso, às vezes a discordância (com educação) é necessária. Afinal, nem tudo é feminismo, nem tudo é positivo no caminho em busca da igualdade e liberdade. Algumas posições, quando prejudiciais, precisam ser discutidas e combatidas se necessário. E é aí que entra a discussão, que pode sim ser positiva! Deve! Bjão

Anônimo disse...

Vivi, infelizmente o que a gente lê (pelo menos aqui na página de comentários) não há nada de polido qdo se trata de ideia divergente... 1-2-3 a implicância rola pra cima de alguém e daí a falta de boas maneiras rola... eu mesma tenho sido alvo de umas tantas e qtas investidas, porém não reago ao nivel de quem me ataca e daí fica por isso mesmo, mas essa mulherada é criar encrenca pracá e pralá... e por aí vai. Deste espaço aqui, tenho tirado proveito pra muita coisa boa e isso é o que me interessa. Estou com uma pilha assim de livro pra ler, alguns indicados por gente que combateu meu comentário e me sugeriu ler isso e aquilo, mas não de modo amigável... como eu acredito que "Knowledge Works" pouco se me dá como me chega a mensagem... me interesso em alcançar meu objetivo e o mais é colateral de menor importância. De qq forma, é animador ler o que escreveu... um abraço.

Mari disse...

Oi Lola, sou leitora do seu blog ha anos e do blog da Ligia também. Como mãe, educadora e feminista, gosto de acompanhar o que acontece na blogsfera materna (sabe que existe esse sub-grupo, né?) e de me confrontar com pontos de vista diferentes do meu. O post que vc linkou sobre a capa da Time gerou uma discussão enorme. E sinceramente este novo padrão de maternidade (alguns falam em tradicional, outros chamam de naturalista, eu chamo de conservadora) defendida neste post e no blog todo, é um desserviço às causas feministas. Cada mulher deve ter a liberdade de optar pela estilo de vida que lhe convém e a maternidade entra nisso também. A opção por um padrão conservador de maternidade (o que prega seguir o ultrapassado conceito de "instinto materno" - viva o determinismo biologico) não é em si problematico, na minha opinião. O que é problematico é a manifestação de um discurso cada vez mais doutrinador e agressivo que defende este conceito de maternidade e que CONDENA todas as mães que optam por outros caminhos. A Badinter, uma das autoras feministas mais respeitadas da França (que trata justamente dos mitos acerca da maternidade) é uma contra-referência para as defensoras/doutrinadoras deste padrão. Fiquei muito surpresa ao ver esse link aqui.