quinta-feira, 12 de abril de 2012

DEPOIMENTOS SOBRE ANENCEFALIA E BEBÊS MALFORMADOS

Religiosos (todos homens) se transportam da Idade Média para os dias de hoje para protestar contra o aborto de anencéfalos.

O placar para que o Supremo Tribunal Federal legalize o aborto de anencéf
alos está favorável em 5 a 1. Hoje os ministros vão continuar votando e, se tudo der certo, o aborto de fetos sem cérebro será liberado (o que não significa, de forma alguma, que a mulher que queira seguir com a gravidez até o fim não possa fazê-lo. É direito dela. Assim como deveria ser direito de toda mulher abortar diante de uma gravidez indesejada).
Sou a favor da legalização do aborto para todos os casos, como acontece naqueles países ricos que a gente vive tentando copiar. Mas vai demorar, e não é isso que está em discussão agora. No momento trata-se apenas de algo meio medieval até, e que nem sei se consiste em aborto, exatamente. Afinal, sem cérebro não há vida (quando há morte cerebral os médicos desligam os aparelhos, se a família quiser). Então qual vida está sendo abortada no caso de um feto que não tem cérebro, e que vai “viver” apenas por alguns minutos fora do ventre da mãe? É extremamente cruel forçar mulheres a se submeterem a isso. Não dá nem pra acreditar que o Brasil ainda exija essa maldade em pleno século 21. Somos o quarto país do mundo em número de partos de fetos anencefálicos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, só países muçulmanos e alguns na América Latina proíbem o aborto de fetos sem cérebro (este post super esclarecedor do ano passado explica tudo). Nesse quesito e em tantos outros relacionados ao aborto, nós estamos do lado do atraso. Obrigamos mulheres a carregar cadáveres em seus ventres! Eu fico muito indignada com as pessoas que consideram o ventre um receptáculo e que dão mais importância ao “direito à vida” de um ser sem vida que a uma mulher.
No excelente guest post da Amana publicado anteontem, ela sugeriu que a discussão sobre o aborto saia da dicotomia entre “pró-vida” (muitas aspas aí) e pró-escolha, e abranja um debate sobre a responsabilidade coletiva que é ter um filho. O post atraiu todo tipo de troll e de gente que, por algum milagre, parece ter sobrevivido à falta de cérebro. Mas também rendeu comentários importantes. Gostaria de compartilhar dois deles (ambos anônimos) com vocês.

Comentário 1
Eu só queria comentar uma coisa com vcs sobre como é o aborto nesse caso de anencefalia, porque meu irmão passou por isso com a esposa dele, então eu acompanhei a história.
No caso dele não precisou de justiça, o médico atestou, fez a carta de aborto e o plano cobriu tudo, sem problemas. Mas foi assim: como o diagnóstico veio um pouco tarde, 15 pra 16 semanas (com 12 os médicos já falavam que tinha um problema, mas a minha cunhada quis confirmar) e até o aborto ser feito levou um tempinho também (coisa de uma semana), já não é mais aquele fetinho pequenininho que dá pra fazer curetagem, então o nome "antecipação de parto" é bem correto porque de fato acontece um parto.
A mulher do meu irmão foi internada e o parto induzido com remédio, e a mulher fica acordada o tempo todo. É como um parto qualquer de natimorto e a mãe pode escolher ver ou não o filho.
É tudo muito cruel e, de verdade, acaba com a vida da mulher, do marido, dos avós... porque a gente tá falando aqui de uma gravidez que se não foi planejada, era desejada, era tão desejada que a mulher faz pré-natal, compra roupinha, escolhe nomes pra daí descobrir essa novidade terrível.
Por enquanto eles falam que não vão tentar outro filho, daí se nota que foi bem traumático.
Agora imaginem vocês obrigar uma mulher a completar NOVE MESES sabendo que é isso que vai acontecer no final? Muito cruel.
Que o Supremo atue com a razão pelo menos dessa vez. Comentário 2
Lola, acompanho seu blog há algum tempo, às vezes concordo com você, às vezes não (acho natural, não?).
Quis deixar meu ponto de vista e minha história e assinei como anônimo porque realmente não quero me identificar. Eu tive um filho com uma malformação severa que sobreviveu até os 7 meses de vida dentro da UTI, e a minha impressão é que as pessoas têm uma visão muito romanceada do que é passar seus dias com um filho malformado. Não é tão bonito nem sentimental quanto parece. A família abandona mesmo -- o primeiro da lista a sumir é o pai, em vários níveis, desde simplesmente não aborrecer muito e deixar a mãe cuidar da criança, até tornar a vida da mãe um inferno e (finalmente!) ir embora. Em 7 meses (até que tive sorte!) conheci 1 (UM) pai que realmente se importava com a filha internada. O resto da família abandona também. Não se iludam.
Talvez apareçam para uma visitinha de 15 minutos no final da semana, e se você tiver sorte alguém fica lá por meia hora para você correr e tomar um banho em casa. Lembro de uma mãe que me contou, quando o filho foi internado, que a mãe dela (avó da criança) disse que sentia muito, mas claro que não ia poder ajudar daquela vez porque ela tinha viagem marcada para Bariloche. A grande revolta dessa mãe era pensar que se qualquer um dos outros netos dela, crianças saudáveis e normais, estivessem dentro de uma UTI, a avó com certeza cancelaria a viagem e ficaria ali ao lado. Mas como é o menino doente mesmo... Outra dificuldade enfrentada é o julgamento dos outros. Você já está fragilizada e ainda as pessoas desconhecidas resolvem se meter na sua vida. Você tem culpa, de alguma forma, pela tragédia que está passando, lógico. Se tivesse orado mais, comido mais, comido menos, se estressado menos, tomado mais ou menos vitaminas etc, etc. Imagina eu, que sou ateia, o que ouvi. Falta Deus na minha vida, lógico. E minha paciência não estava das melhores.
Alguém perguntou se uma mãe abortaria um filho se soubesse que ele não teria chances. A minha resposta: se eu soubesse que meu filho nasceria com essa malformação, que passaria por 3 cirurgias inúteis, que viveria ligado em aparelhos, que precisaria fazer exames de sangue todos os dias e levaria em média 10 picadas por vez, que faria controle de dextro de 3 em 3 horas, que teria 13 septicemias e que no fim morreria afogado no próprio sangue que inundou seus pulmões, eu abortaria sem pensar duas vezes.
Para quem disse que nem um animal aborta, vale lembrar que os animais abandonam ou matam os filhotes que nascem doentes.
Eu gostaria de ter feito esse texto soar um pouco menos agressivo, mas acreditem que a intenção não foi agredir ninguém. Foi só expor friamente como é a vida quando é seu pé que o sapato aperta o calo.
E, se me permitem um conselho, para todos aqueles que são favoráveis à manutenção das gestações de fetos com graves malformações: tirem um tempo, talvez uma ou duas horas por semana, e se proponham a cuidar de uma dessas crianças/adolescentes/adultos que dependem da MÃE 24 horas por dia, para que essa mãe possa sair, relaxar, ir ao cinema, sei lá. Lembrem-se que essas mães não têm vida.
Abraço a tod@s.

316 comentários:

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Dani Bado disse...

No mundo da religião a mulher tem 2 opções, ser manjedoura ou ser caixão...

Jac disse...

Nossa! Comentários muito interessantes!

Anônimo disse...

LFT

Lola, uma coisa que lembrei de contar ao ler seu post:

Trabalhei por alguns anos em um grande hospital de reabilitação, e posso contar nos dedos quantos pais acompanhavam as crianças nas consultas. Crianças com os mais diferentes graus de comprometimento motor, com muitas dificuldades de locomoção, de fala, de aprendizagem. Os pais (com raras exceções)nunca apareciam. E conversando com um fisioterapeuta sobre o assunto, que trabalhava há muito mais tempo que eu ali, ele mencionou que quando o homem sofria um acidente e ficava paraplégico, a namorada/esposa/companheira sempre o acompanhava em todo o tratamento, participando, ajudando. Quando quem sofria a lesão era a mulher, o namorado/marido/companheiro aparecia nas 3 ou 4 primeiras consultas e depois nunca mais (obviamente porque largou a mulher que ficou "defeituosa").

desert eagle pistol disse...

Comentário feito no Cem homens-Letícia Fernandèz

Nesse caso, dos bebês anencéfalos, sou a favor do aborto.Porém, sou contra a banalização do aborto para os demais casos.E, espero que esse fato, se votado a favor, não se configure como brecha para a legalização total do aborto no país.E não, não considero o bebê propriedade da mulher e a decisão de ter ou não o bebê de escolha somente da mulher, pois os homens também tiveram parte na concepção.Se o homem quiser ter o filho, a mulher deveria tê-lo, mesmo que não quisesse.Se ela não quisesse ter filho e ficasse grávida, abriria mão judicialmente da guarda da criança em detrimento do pai, assim que a criança nascesse.E a criação ficaria de inteira responsabilidade do pai, perdendo a mulher, os direitos de mãe.

Anônimo disse...

Lola, tem um texto de uma amiga que trata do assunto, que trata do assunto com muita sensibilidade. Aqui vão uns trechos:

"escriminalização do aborto para grávidas de anencéfalos. Eu não consigo ver justificativa plausível em se criminalizar uma mulher que aborta. A não ser que criminalizemos também o pai. Sim, há um feto. Há uma mãe e um pai. Mas a pena é restrita à mulher. O crime é dela, a assassina é ela, a sem coração é ela... Ok, não é essa a discussão que interessa agora."

"Mas como já disse, continuo afirmando que me acho completamente incompetente para fazer juízo de quem quer que seja quando a questão é aborto. Principalmente no Brasil. Crianças com síndromes genéticas severas exigem dedicação praticamente exclusiva. Em sua maioria, este cuidado recai sobre as mulheres. E neste caso, trabalhar torna-se quase que incompatível. E o que fazer??? Os pais, em geral, somem. Sim! Os homens, em geral, tem mais dificuldade de lidar com a dor. Eles não suportam. Acredito que podemos falar que 80% (sem medo de errar) das famílias de crianças com deficiência são chefiadas por suas mães. Pensão alimentícia neste país é uma palhaçada... Fora os pais conscientes, elas são estipuladas entre 10 e 30% (mas essa última é uma raridade) dos vencimentos do pai. Em geral, são uma piada de mau gosto! E eu gostaria de saber quanto que um homem casado gasta com seu filho. Tenho certeza que é bem mais... O benefício de prestação continuada só é concedido quando há prova de miserabilidade. Ou seja, é muita hipocrisia dizer que uma mulher que não tem com quem contar - nem com o Estado - ainda possa ser criminalizada por isso. Acredito piamente que dormir após a prática do ato de aborto - que não deixa de ser uma violência contra si própria - seja algo muito difícil. A pena já está aí... e ela é cruel!

Esta não é uma defesa do aborto. Acho que temos tantas formas responsáveis de evitar uma gravidez. Nunca vou defendê-lo. Mas acho que criminalizá-lo não ajuda em nada.

Precisamos repensar formas de apoio para estas mulheres, famílias e crianças. Quem cuidará destas mães?? Quem orientará estes pais??? Quem acolherá estas crianças??? Quem as amará verdadeiramente??? Convido a cada um que é realmente contra a prática do aborto a tomar uma iniciativa. Não levantando bandeira. Bandeira todo mundo levanta. É preciso repensar de que formas o Brasil tem tratado seus filhos com deficiência e de que formas continuaremos a tratá-los.

Ouvi esta semana inúmeras vezes a frase: "Chega de torturar as mulheres". Me perdoem, mas se acharmos que a vida exige perfeição, em breve, estaremos abortando também as crianças que possuem genes de doenças degenerativas e muitas outras. A eugenia é aceita entre nós. Sim, ela é. E silenciosamente ganha rumos cada vez maiores. Até onde iremos na busca pela felicidade? Ela também aparece entre os espinhos, mas só a vê quem enxerga com a alma.

Por menos julgamentos e mais amor!"

O texto inteiro: http://palavrapraquetequero.blogspot.com.br/2012/04/vida-que-eu-nao-sonhei-sobre.html

Anônimo disse...

sou homem e totalmente favorável ao aborto e não vejo tanta diferença entre prós/contra sejam homens ou mulheres.
Assim como v. postou uma foto só de homens no STF já vi fotos de freiras, e até da Elba Ramalho na manifestação contra.
E onde estão as mulheres que estão no poder, começando com Dilma, que não falam nada, nem uma palavra?
Então esse papo de que a legalização não é aprovada por causa dos homens é balela. Muitas outras coisas que interessaram às mulheres foram conquistadas inclusive com participação dos homens.
Se todas as mulheres fossem a favor, não seriam os homens que iriam impedir.

joão.

Anônimo disse...

As pessoas deveriam saber se colocar no lugar das outras antes de se posicionar contra algo desse tipo. Ontem vi no facebook uma senhora, que tem uma filha que está grávida, falando que é "a favor da vida". Fico pensando, se fosse a filha dela grávida de um anencéfalo, ela ia apoiar essa tortura também? Imagine o que é pra uma mulher estar com um barrigão, grávida de anencéfalo, e ter que ouvir o tempo todo perguntas do tipo: "É menino ou menina?" "Tá de quantos meses?" "Qual vai ser o nome?"

Adriana disse...

Ambos os comentários foram ótimos, quase chorei com o segundo.

Sou a favor da vida das mães. A gestação de um anencéfalo é triste, dolorosa, arriscada e traumática e são essas mães que devem ter o direito de decidir se querem interromper a gestação do feto desenganado, ou se querem se ater a suas crenças pessoais e seguir com a gravidez. Um bando de gente insensível ao sofrimento de uma mãe que carrega um natimorto não deve ter o poder de obrigá-las a 9 meses de angústia.

Maíra disse...

Post perfeito, Lola.
Eu penso da seguinte maneira: você é contra o aborto? Então não faça um! Acha que uma gestação de um feto incompatível com a vida deve ser levada até o fim? Então, quando você engravidar de um, leve a sua gestação até o fim e seja feliz! Mas não obrigue ninguém a pensar e a agir como você!

F. disse...

"Se o homem quiser ter o filho, a mulher deveria tê-lo...E a criação ficaria de inteira responsabilidade do pai, perdendo a mulher, os direitos de mãe."

Eu acho que essa situação hipotética é praticamente inexistente. Geralmente o aborto é ideia do pai, e mesmo quando ele quer o filho, geralmente não se propõe a cria-lo sozinho. Agora, considerando que acontecesse exatamente isso que você descreveu em um caso: uma coisa é a mulher abortar um feto de poucas semanas, que ela considera que ainda não é uma vida humana outra, bem diferente, é abrir mão de um filho, vivo, nascido. Mulher que aborta não, necessariamente, conseguiria abrir mão de um filho, mesmo que fosse para o bem dele e também não devemos pensar que por praticar um aborto a mulher é fria, sem sentimentos. Muitas já são mães ou se tornam depois e amam seus filhos, apenas tem outra visão em relação aos fetos.

A discussão sobre o direito ao aborto em todos os casos é sobre o direito da mulher ao seu próprio corpo. Ou seja, ninguém pode obriga-la a levar adiante uma gravidez, ninguém pode obriga-la a abortar.

Ana disse...

A mulher ser obrigada a carregar um feto anencéfalo ou com qualquer má-formação INCOMPATÍVEL COM A VIDA é uma PIADA de péssimo gosto.

Primeiro, que ninguém acha "bonitinho" abortar, segundo porque a mulher vai passar a gestação inteira ouvindo as "gracinhas" que o anônimo aí em cima falou (já escolheu o nome? já sabe o sexo? quantos meses? o quarto tá pronto?). Aí lá vai ela ter que explicar que:
1) Não vai ter nome (ou vai só para poder constar na certidão de óbito);
2) O sexo é o que menos importa
3) Estou de X meses, mas ele vai morrer assim que sair da barriga
4) Ainda não comprei o caixão.

Ainda lembrando que a mulher grávida está fragilizada. Não que ela seja/fique doente, mas fica mais sensível, por causa dos hormônios. Aí já viu.

Se AO MENOS um ser desses pudesse ser doador de órgãos... Mas NEM ISSO. Para ser doador, tem que ter mais de UMA SEMANA de VIDA. E quando não tem cérebro, não tem vida.

Então, também, pode esquecer os argumentos de que pode "salvar vidas" com a doação de órgãos porque não pode.

Aí a pessoa (mulher) carrega a criança (?) 9 meses no útero para sair do hospital direto para a funerária.

Ah, e sem contar que essas gestações são de altíssimo risco (podem perguntar aos médicos). O anencéfalo não engole o líquido amniótico como os bebês normalmente fazem, o que aumenta o volume de líquido no útero, o que aumenta a pressão, o que pode gerar a ECLÂMPSIA.

E a eclâmpsia MATA. Mata mãe, mata filho.

Desculpem-me, mas ser forçada a levar uma gestação dessas adiante é uma brincadeira de péssimo gosto.

André disse...

Claro que existe todo tipo de babaca contra o aborto de anencéfalo, mas nem todo mundo que é contra é um babaca religioso. Tem gente que é contra porque acha que poderá haver falha no diagnóstico de anencefalia ou que poderá haver uma onda de abortos irregulares baseados em diagnósticos comprados. Conheço pessoas com essa opinião que não são fundamentalistas religiosos nem monstros insensíveis.

desert eagle pistol disse...

F.

Discordo na questão dos direitos da mulher em questão a gravidez. O homem faz parte da concepção do bebê.A decisão de abortar ou não é dos dois, e não deve ser somente da mulher. Se a mulher não quiser ter o filho, mas o homem quiser ser pai, acho que como responsável também pela concepção, ele deve ter o direito de ter esse filho.
A mãe não quer o bebê, não quer criá-lo assim quando este nascer, então porque ela não abre mão judicialmente da guarda da criança em favor do pai, que quer esse filho? ela depois seguiria a vida dela normalmente? porque esse privilégio sobre o destino do filho que foi concebido por ambos homem e mulher?
Confunde-se o direito ao corpo com o direito aos destinos da gravidez.

letícia disse...

To arrepiada com esse post. Ainda mais a segunda parte, em que a mãe conta como foi.
E é bem o que ela disse: na hora que esse tipo de coisa acontece, 'todo mundo corre' e a culpa cai em cima de quem ta ali todos os dias: a mãe.
Para mim, é irracional obrigar uma mulher carregar por 9 meses um feto que vai sair morto, ou viver horas e morrer. E não é viver horas boas, é já sair do útero mal, sem chance alguma de vida. Sem esperança alguma aos pais, aos familiares. Isso ai se chama tortura.
Mas pior ainda é ver esse povo que diz que é pró vida. Não entendo se não sabem o básico da biologia, se não pensam na mãe (que corre riscos de vida durante a gravidez) ou só estão preocupados de "queimar no mármore do inferno".
É muito fácil ir lá com bandeirinha dizer que não é para descriminalizar o aborto por anencefalia, pq né, quem não passa por isso, acha que deve obrigar os outros e não terem opção.
E eu faria o mesmo que essa mãe do segundo post disse: não pensaria duas vezes e abortaria. Ela carregou a criança meses, ela nasceu e só sofreu...pra quê? Pra que uns religiosos possam orar em paz?
Pior é ver que em 2012 ainda temos que passar por um julgamento para ver se é aprovado aborto em um caso extremo, quando deveria ser um direito de escolha, em qualquer caso.

Ótimo post.

Ana disse...

André,

Essa é a mesma lógica das pessoas que não são doadoras de órgãos porque acham que terão os órgãos "roubados" se pararem no hospital por causa de um acidente automobilístico.

É uma lógica falha, pois nunca vi ninguém que tenha falado "ah, isso aconteceu com meu primo/filho/irmão". Não é assim que as coisas funcionam.

Os médicos, os profissionais de saúde, são, em sua grande maioria, pessoas sérias e com um conselho de ética bem pesado.

Se um caso desses ocorrer de fato, pode ter CERTEZA que haverá uma investigação e os culpados serão punidos.

Aline disse...

Sou a favor da escolha principalmente da mulher. O aborto não é legalizado mas continua ocorrendo, causando risco a quem tenta. Continuar nessa hipocrisia é cansativo e só intensifica o fato de que todo mundo quer cuidar da vida do bebê apenas em termos teóricos. Na prática, quem precisará se desdobrar e por vezes abdicar da vida é a própria mãe.

Com relação a esse tipo de aborto, de um anencéfalo, o problema é mais forte ainda. Minha opinião parece clara demais: quando uma mulher está na fase de gestação, um sonho para muitas, uma promessa de futuro com seu filho, a vontade de vê-los crescer saudáveis e cuidar até estar maduro o suficiente para sair de casa - OH WAIT, sabemos de antemão que esse não será o futuro. Sabemos das complicações e do sofrimento que está por vir. Escolher viver entre esse período traumático ou desistir? É escolha sobretudo da mulher.

Sem querer parecer feminista radical sem fundamentos mas, por um segundo pense: Hipoteticamente, se homens ficassem literalmente grávidos, estaríamos discutindo sobre a legalização do aborto?

Pronto, passaram os segundos. Vamos voltar à realidade.

desert eagle pistol disse...

Uma coisa que fico pensando é que essa confusão entre direito ao corpo ser confundido com direito a gravidez é proposital; isso seria interessante a uma ala do feminismo (ou todas as feministas) pois tiraria o homem como co-responsável da concepção e os direitos dele como pai da criança, se refletindo posteriormente em perda de direitos a participação na educação da criança, ao convívio com esta, a substituição do papel desse pai por outro conjugue e aí está configurado a alienação parental. Vamos falar de "direitos" agora?

Ana disse...

desert eagle pistol,

Teve um caso em Brasília de uma mulher que fez inseminação artificial pelo SUS pq o namorado dela queria ser pai (ela já tinha filhos crescidos e feito laqueadura).

Da gravidez resultaram, salvo engano, 6 bebês. Um morreu pouco depois do parto e TODOS OS OUTROS possuem algum tipo de deficiência.

Veja bem... ELE queria ser pai. ELA já era mãe.

Adivinha QUEM ficou com as crianças e QUEM as abandonou?

QUEM cuida das crianças? QUEM não pode trabalhar?

A pensão (se ele paga) é de uns 100 reais. A mãe está sem trabalhar porque com 5 filhos doentes em casa, não dá. Aí o ESTADO (tipo, a gente) paga UM MÍSERO SALÁRIO MÍNIMO a ela.

Bacana, né?

O pai sumiu, tá, caso você ainda tenha alguma dúvida.

letícia disse...

desert eagle pistol :

Sobre o seu questionamento, ao invés de eu escrever um monte de coisa aqui e ser repetitiva, recomendaria vc ler isso: http://blogueirasfeministas.com/2012/04/aborto-de-quem-e-a-decisao-final/

F. disse...

desert,

pelo que percebo nas discussões, quem, geralmente relaciona direito ao aborto com direitos sobre os filhos é quem é contra o aborto.

Filhos nascidos é que tem direitos: a responsabilidade será sempre do pai e da mãe, não interessa se o pai queria o aborto, se a mãe tentou o aborto, o filho nasceu, é um individuo e tem direitos.

Para quem defende o direito de escolha, não se trata de filhos, mas de um feto de até 12 semanas que está no corpo da mulher e é ela quem deveria decidir. Se ela quiser decidir junto com o pai é direito dela, se ela quiser entregar o filho nascido para o pai é direito dela, mas ninguém poderia coagi-la a fazer isso.

E fico na dúvida quanto à sua colocação sobre alienação parental, que mulher iria querer isso e pq?

André disse...

Ana,
Esse medo não é totalmente infundado, http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/10/medicos-sao-condenados-por-retirar-orgaos-de-pacientes-vivos-em-sp.html. E veja que esse caso só veio a público porque houve denúncia do diretor do hospital.
Eu não tenho certeza alguma de que, no Brasil, situações desse tipo são identificadas, investigadas e os responsáveis punidos.
Mesmo assim, eu sou a favor do aborto. Mas não penso que todo mundo que é contra é um ignorante religioso.

desert eagle pistol disse...

A legalização total do aborto e o privilégio da decisão de ter ou não a criança apenas pela mulher, seria o primeiro passo para que os homens percam definitivamente seu papel como pai na sociedade, ele não tem mais direito a participar de vários aspectos da vida de seu filho.
Todos esses aspectos ficariam sob tutela da mãe.Expandindo esse fato ao longo do tempo, chegaríamos a uma sociedade matriarcal?
O controle total das mulheres na formação do indivíduo e dos destinos da sociedade ( ser quiser ter filho, fica sob sua inteira responsabilidade; se não quiser aborta)
Cara... tudo se resume ao poder...

desert eagle pistol disse...

Ana,
Estou falando de Homens. Não de canalhas.Abraço

André disse...

Alien,
Se os homens somem e não querem pagar pensão para os filhos, então os homens são os maiores interessados no aborto, então por que o aborto já não está legalizado?

Anônimo disse...

O mundo não ficaria menos mal se as religiões fossem abolidas da face da terra. A natureza humana permaneceria a mesma, porém sem o transtorno causado por religião.

Imagine, by John Lennon
http://www.youtube.com/watch?v=AlVM0mP19Yo

desert eagle pistol disse...

F.

Veja bem: uma parte do feminismo quer isso, ou todas as feministas querem isso. Não estou falando das mulheres como um todo, mas da fortificação de uma idéia, que se ganhar força entre as mulheres ( e a sociedade) pode gerar as consequências que disse acima. O feminismo é um movimento de ganho de poder político, sobretudo. E os destinos sobre a concepção representa um ganho de poder absurdo, pois futuramente se pode moldar a sociedade.
Sobre a alienação parental: A mãe poderá decidir se o filho terá convivência com o pai ou não. Caso decida que não, estará configurada a alienação parental.

Scandella disse...

Ô, Desert Eagle. Adoro ver gente chegando com visões tão estereotipadas e erradas de certos grupos chegarem a blogs desses mesmos grupos e tentar explicar que tá todo mundo errado sobre si mesmo.

Tá certo. Você sabe o que o feminismo quer. Você deve ter pesquisado isso mais que toda e qualquer pessoa por aqui.

Tsc. Que baboseira.

Marcelo disse...

No caso múmero 1 não tem nada a ver.
Os abortos em caso de anencefalos sao permitidos com processo judiciario do mesmo jeito.
Não sei porque foi colocado esse caso no post.

F. disse...

desert,

não sei como responder isso, não sou a pessoa adequada pra discutir sobre os riscos de um sociedade matriarcal, nem tenho interesse nisso.
Só considero importante ressaltar que, no contexto social, filhos não se confundem com fetos de até 12 semanas. Então se um filho nascer ele terá direitos e tanto o pai quanto a mãe terão responsabilidades para com ele, independentemente de qualquer coisa.

Marcelo disse...

E no segundo Caso a mão não fez o p´re natal e não sabia no inicio da gravidez que o filho era anencefalo.

Mais uma vez não tem nada a ver esse caso com o assunto que está em pauta.

Pelo amor de deus gente, vamos concetrar aí!!!

Ana disse...

desert eagle

Olha que nesse caso, vou te dizer, até que o cara NÃO era um canalha. Essa história tem por volta de uns 10 ou 11 anos e o cara ficou uns 6 com a mãe da criança, mas aí cansou.

Ele era jovem (tinha menos de 30 anos quando largou a mulher com os filhos).

Mas pai exemplar, Homem (como você diz, não canalha), são poucos os que conheço.

O fato é que depois que os filhos nascem, poucos pais (casados ou não) mudam suas vidas por causa deles. Não quer dizer que sejam canalhas, simplesmente na nossa sociedade o dever de cuidar dos filhos ainda é visto como da mulher.

Afinal de contas, quantos homens você conhece que querem (querem MESMO) ser pais? A ponto de adotar uma criança caso não encontre uma esposa?

E quantas mulheres querem ser mães, a ponto de recorrer à adoção ou a um banco de esperma?

E quantas pessoas você conhece que adotariam uma criança com uma deficiência qualquer?

desert eagle pistol disse...

Scandella,

Tática barata de reduzir os argumentos de alguém, hein? Para que intimidar opiniões contrárias?
Rebata meus argumentos...
Então o feminismo não atua como um movimento de ganho de poder político?
Tudo é sobre poder, tudo é sobre política.Não seja ingênuo.
Como em todo movimento, há idéias que tem mais consenso entre as diversas alas deste.Esse ponto sobre a concepção,é um destes que tem mais consenso entre as feministas.

Anônimo disse...

Sou totalmente favorável ao aborto de um feto anencéfalo, claro. Chega de obscurantismo.

Mas fiquei impressionada com a quantidade de agricultoras testemunhando essa experiência.

Pesquisando um pouco, a gente encontra pesquisas que comprovam a correlação entre a exposição a pesticidas e poluentes e a maior incidência de casos de anencefalia.
Aborto, sim, e prevenção, o quanto antes!

desert eagle pistol disse...

Ana,
no momento que o cara fez uma coisa dessas com a mulher, ele é um canalha.Uma hora ou outra, as máscaras caem para os canalhas.
Ter medo é uma coisa, todos tem; assumir as responsabilidades pelos seus atos,poucos tem. Esses são homens de verdade.Abraço.

Marcelo disse...

Anonimo, o que vai aparecer de anencefalos apartir de agora vai ser uma loucura.

Os exames vao continuar no mesmo nivel de hoje. Autopscia neles pra ver se eram anencefalos mesmo, nem pensar. Viva o brasil!

Denise disse...

E naturalmente,
mais um dizer que a culpa é da mulher.
já repararam? Se as coisas não dão certo a culpa é da mulher; se dão o sucesso é dos homens.
PQP!!!
Eu não sou muito de chorar, mas o segundo depoimento me trouxe lágrimas. Eu estava lendo para o meu marido e tive que parar no meio. Não consigo enterder esse pessoal que prefere ver o sofrimento, tanto da mãe quanto da criança. So pode ser doença, não tem outra explicação. Essas pessoas devem se deleitar com o sofrimento alheio.
Eu estou com ela. Quando eu fiquei grávida existia risco de defeitos genéticos por causa da minha idade. Se fosse o caso eu teria abortado. Ponto. Eu tenho minhas razões e ninguém tem nada com isso.

Amanda disse...

Sempre fui contra o aborto, por crenças pessoais. Mas quanto mais leio os argumentos dos ditos "pró vida" , mais concordo com a argumentação que o corpo é da mulher e é ela quem DEVE decidir.

É ela quem carregará o feto/criança por 9 meses, quem sofrerá mudanças no seu corpo e no seu psicológico, quem parará de trabalhar, quem em 90% dos casos vai limpar e alimentar.

Quanto mais religiosos discursam sobre o direito de um ser (?) que já está tecnicamente morto, no caso dos anencéfalos, de ter vida (?), mais eu caminho para ser a favor do aborto em qualquer situação.

Marcelo disse...

Denise. No segundo depoimento a mae so soube da anencefalia depois que nasceu. Voce é a favor de matar rescem nascido?

A criança ainda sobreviveu algum tempo, coisa que os nosso STF diz que é impossivel. Ninguem discute esses detalhes.

desert eagle pistol disse...

Para mim fetos de até 12 semanas são filhos.
E sim, os filhos terão direitos e as responsabilidades serão do pai e da mãe, isso é o ideal. Contudo, temo que estejamos caminhando para a preponderância absoluta da mãe na vida dos filhos.
Agora sobre gravidez indesejada
Culpa da mulher? totalmente não. Parte da culpa é desses humanoídes patéticos que se dizem homens, que deixam a mulher grávida sozinha e dão o fora.Por conta disso a legislação tem mudado e quem paga o pato são homens que valorizam o bom caráter e agem corretamente, assumindo suas responsabilidades.
Por outro lado a culpa por escolher canalhas é também dessas mulheres.

Anônimo disse...

"A legalização total do aborto e o privilégio da decisão de ter ou não a criança apenas pela mulher, seria o primeiro passo para que os homens percam definitivamente seu papel como pai na sociedade, ele não tem mais direito a participar de vários aspectos da vida de seu filho."
"Expandindo esse fato ao longo do tempo, chegaríamos a uma sociedade matriarcal?"

Engraçado que grande parte dos homens abre mão alegremente de exercer seu papel de pai (pesquisa aí quantas crianças não tem o nome do pai na certidão, ou tem do pai apenas um nome e uma pensãozinha irrisória). E mesmo o pai sendo presente, a educação da criança é praticamente inteira a cargo da mãe (compare quantos pais e quantas mães comparecem a reunião escolar, por exemplo). E a sociedade matriarcal ainda não chegou, hein? Mas mulher é muito incompetente mesmo, né, desert? (ironia mode ON)

Anônimo disse...

desert eagle:
Eu acho que você não vive no mesmo mundo que eu. Porque não conheço esses tais HOMENS DE VERDADE a quem você está se referindo.
Aqui mesmo nos comentários, disseram que os homens não permanecem do lado de seus filhos e/ou companheiras em situações críticas. Claro que é uma generalização, mas infelizmente é o que a gente vê e sabe que acontece.
Agora, não podemos deixar a mulher a merce do que os outros (pai, familia, sociedade) querem dela, se ninguém além dela, vai enfrentar as consequencias da gravidez. Não é o homem que vai ter seu corpo, sua mente e sua vida completamente mudada por uma gravidez.

Simone disse...

Marcelo, em que parte do segundo depoimento você deduziu que o bebê era anencéfalo?
Óbvio que não era, a criança sobreviveu 7 meses.
Lamento muito jogar areia no seu mundinho cor-de-rosa, somente 80% das mal-formações podem ser detectadas por ultrassom antes do nascimento.
E obrigado por engrossar a lista dos que acreditam que a culpa é da mãe, já que ela não fez pré-natal e não descobriu a tempo que o bebê era malformado! Bem feito mesmo, quem pariu Mateus que o embale, ora!

Marcelo disse...

Simone, realmente no segundo nao se trata de anencefalia. Eu deduso a partir do titulo, do fato que anencefalia é uma ma formaçao e pelo tema da discussao. A lola colocou essa pegadinha pra sensibilizar a gente, apesar de nao ter a ver com o assunto.

Ana disse...

desert eagle,

Aliás, olha, me apresenta aí um "homem de verdade", porque procuro um para namorar, casar e ter filhos e só encontro sapos.

Sou rica, bonita, inteligente, culta, viajada, independente financeiramente, 32 anos, carro do ano...

Se está sobrando por aí, pode mandar pra cá.

Eu até sustento para ele ficar em casa cuidando das crianças.

Marcelo disse...

Simone, eu escrevi porque pensaei que o assunto era anencefalia. ja que é outro tipo de má formaçao e que nao tem a ver com aborto em discussao, agora nao vale mais nada. Nao venha com ofensas e piadinhas.

Ana disse...

Essa história de "homens de verdade" está parecendo com os trolls "homens da real", ou sou só eu que estou achando isso?
É um monte de ser inominado. Dizem que existe, mas eu nunca vi. :P

Simoneagua disse...

"O post atraiu todo tipo de troll e de gente que, por algum milagre, parece ter sobrevivido à falta de cérebro." Isso foi engraçado, Lola.

Marcelo disse...

Ana, eu sou um homem de verdade... mas eu nao dou a minima pro seu carro do ano.

Anônimo disse...

Porque metem sempre a religião no meio qdo se defende a vida do feto? Isso é questão de vida! Se religião apóia a vida é outros quinhentos.
Leiam isto tbm -> http://amadavitoriadecristo.blogspot.com.br/2012/04/uma-rapida-visita-brasilia-e-um-longo.html.

Ana disse...

Marcelo, então faz assim, vai num hospital, como a anônima falou, seja voluntário por uma ou duas horas por semana para que uma mãe (dessas que ficam o dia inteiro por conta de um filho enfermo) possa passar em casa, tomar um banho, etc...
Aí a gente conversa.
Eu até vendo o carro do ano.

Marcelo disse...

Ana, a minha pessoa não está em pauta. Concetre-se em comentar o post do blog.

Roberta Berrondo disse...

Lola, adorei seu posicionamente neste post. Ainda a pouco escrevi um post sobre o assunto no meu blog e como achei seu posicionamente perfeito estou inkando teu blog no post. Caso vc não concorde basta me pedir que eu retiro ok?

Anônimo disse...

O problema é que o diagnóstico de anencefalia vem geralmente carregado de preconceito e nem sempre 100% correto.
Se um filho após nascer ficar com uma doença grave, paraplégico ou vegetativo, por exemplo, deveria tbm ser morto para livrar os pais desse sofrimento?

Lord Anderson disse...

Desert

Sem ofensas, mas oq vc postou parece teoria conspiratoria.

Vc fala como se as militantes feministas luta-sem pela descriminalização do aborto não por uma questão de autonomia ou para diminuir o numero absurdo de mortes causadas por precedimentos irregulares, mas sim para acabar com o papel do pai na educação?

onde vc viu isso?

tudo oq eu vi do feministo, mostra mulheres querendo tornar os homens mais participativos na educação dos filhos. querendo acabar com esse arranjo social de que a educação dos filhos fica toda na mão das mães.

ou vc vai me dizer que mesmo hoje, muitos homens querem o papel apenas de provedor deixando tudo da dinamica familiar para a esposa?

Marcelo disse...

Voltando nos anencefalos. Acho importante considerar os fetos com esse problema como fetos vivos e anencefalos.

Os fetos anencefalos possuem vida intra uterina.

O que eles (supostamente) nao terão é a vida extra uterina.

Por essa razao logica e simples. Nao admito que se consideram fetos sem vida.

Augusto disse...

Confesso que achei lindos os comentários, foi emocionante lê-los.

Concordo, e em casos de deficiência a mãe deve decidir se ela tem condições de criar esse filho ou não, e claro, não ter preconceito com deficientes. Claro que a maioria da população é preconceituosa com deficientes, isso tem que ser mudado com informação.

Agora o aborto deve ser sim liberado em todos casos, sendo deficiente ou não. Mas acho que a decisão da mulher não deve partir de preconceitos ligados a deficientes.

Ex: Uma mãe aborta um com síndrome de Down e não aborta um norma.

Acho que nesse é errado, acho que a decisão do aborto tinha que ser decidido de acordo com o que este bebe afetaria a mãe.

Mas, claro, se o bebê for nascer deformado ou com sérias sequelas não vejo porque não abortá-lo. Ele não vai ter uma vida feliz, e na maioria dos casos será abandonado em orfanatos por mães preconceituosas.

Acho que é como ela disse: Quem é contra o aborto neste caso de mal-formação deveria é pegar um criança assim para criar.

Uma mãe não ter que ter um filho 'indesejável' mas essa indesejabilidade não deve partir de preconceitos.

Deu para entender o que eu quis dizer?

Marcelo disse...

Anonimo. esse é o conceito de NASCIMENTO INDEVIDO. que em breve ficará muito popular no brasil.

Se o bebe trará sofrimento para a mãe porque ele nao é desejado, porque ele é tortinho, porque ele tem labio leporino, sindrome de down, paralisia, hipertrofia ossea ou muscular etc. podem ser considerados NASCIMENTOS INDEVIDOS.

Muita gente vai defender o aborto nesse caso.

È só falar que é direito da mulher, que é problema de saude publica etc etc, que o projetyo passa rapidamente.

Augusto disse...

Como eu disse, se a mãe não está preparada para ter um filho com síndrome de down, ela não deveria ter.

Mas claro, tem que ter propagandas e mais propagandas para tentar diminuir esse preconceito.

Até que as mães sejam maduras e emocionalmente preparadas para criar filhos com síndrome de down que é uma coisa muito difícil ainda.

Não faz sentido colocar um filho no mundo para ele ser abandonado e nunca ser feliz. Não faz.

Anônimo disse...

Eu tb tenho medo de uma sociedade matriarcal, pq se o feminismo fosse igualdade, não seria feminismo, seria igualitarismo.

Dai vai ser o machismo a ideologia de defesa das minoria.

Jorge disse...

O próprio nome já diz tudo.

Anal + encefálico

Isso é o resultado da fecundação quando se faz sexo anal. O resultado dessa união anti-natural é um bebê deformado.

Augusto disse...

"Eu tb tenho medo de uma sociedade matriarcal, pq se o feminismo fosse igualdade, não seria feminismo, seria igualitarismo."
--------------------

Se o problema fosse somente a nomenclatura... Isso é uma falácia. Você desqualifica o feminismo só por causa do nome, e todo mundo que estuda sobre sabe que o feminismo é sim a igualdade.

Lorena disse...

Gostaria de saber de quem é contra o aborto de anencéfalos o PORQUE essas pessoas têm filhos (ou teriam filhos, caso ainda não tenham). A razão mesmo, sabe? Pode parecer uma questão meio filosófica, mas pensem. Por que vocês querem ter filhos? Por ter o sonho de criar e educar uma criança? Porque sonham em sentir esse amor de pai ou mãe por outro ser humano? Por vaidade, pra perpetuar o sobrenome? Pra quê?

E eu pergunto isso como mulher que sonha em ser mãe e que não pode imaginar uma razão SENSATA para levar uma gravidez de anencéfalo até o final. Pra quê?? Pra ver uma criança que eu deveria ver crescendo e se desenvolvendo, morrer nos meus braços? Pra vê-la agonizando até a morte? Ou, como no caso do comentário da segunda anônima do post (que me emocionou bastante, eu concordo com ela), pra ver o filho sentir dor, ver seus órgãos falhando aos poucos, sem ele nunca ter tido chance de ser saudável?? Não seria egoísmo demais da minha parte, vaidade demais da minha parte, permitir isso??

Eu sou totalmente a favor de que a mãe, a família, tenham a opção de interromper essa gestação. Não entendo nem como pode haver alguém que é contra e se intitule "pró-vida", porque nesses casos não há vida. Não há cérebro, então não há vida!
Eu, sinceramente, sou a favor do aborto inclusive em casos de anomalias graves, síndromes incompatíveis com a vida, etc (não estou falando de deficiências físicas e mentais compatíveis com a vida). Pra mim, é simplesmente injusto, monstruoso, parir uma criança pra vê-la sofrer até a morte. Se há pessoas que pensam diferente, que tenham seus filhos. Mas deveria haver a opção para os que não gostariam de ver um filho passar por isso.

Anônimo disse...

Jorge,
HAHAHHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHHA!!!
Anal+encéfalo.
HAHAHAHAHAHAHA!!!!
Ai.... Quase morri de rir aqui!
Obrigada por essa piada. Aiai.

Anônimo disse...

"A lei 9434/97, que versa sobre transplantes de órgãos, afirma que o critério para o reconhecimento do óbito é a morte encefálica ou morte cerebral, ou seja, a existência de vida está diretamente relacionada às funções cerebrais. Anencefalia implica na certeza da morte cerebral já acontecida e na certeza de uma curta sobrevida vegetativa, quando e se ocorrer. A partir de então, conclui-se que, a possibilidade de antecipação do parto ou a interrupção da gravidez nesses casos de anencefalia não se trata de um processo abortivo. O aborto pressupõe expectativa de vida, o que não ocorre quando há ausência de cérebro."

Link: http://juntos.org.br/2011/10/o-dilema-do-aborto-em-casos-de-anencefalia-o-direito-humano-a-dignidade/

Anônimo disse...

"A medicina, que geralmente é a favor do aborto de crianças com anencefalia e outras malformações incompatíveis com a vida (palavras que ouvi de um renomado especialista em medicina fetal durante a gestação, e que naturalmente estava tentando me convencer a abortar), declara que uma criança anencéfala é inconsciente e vegetativa, sem vontade própria e sentimentos, com base no que se conhece atualmente sobre o cérebro. Porém muitos pais que levam a termo um bebê com anencefalia apresentam, com base em sua própria vivência com a criança durante a gestação e nos momentos vividos com ela após o parto, que estas crianças respondem à voz, ao carinho, e são capazes de criar vínculos, manifestar vontades, entre outras reações que não parecem apenas reflexos totalmente involuntários do tronco cerebral."

Ninguém tem direito sobre a vida de ninguém. Simples assim! Só querem desculpas para se livrarem do que lhes incomoda. Se fosse assim, quanta gente deveria ser morta, né?

Lorena disse...

Anônimo de 12 de abril de 2012 13:24,

é impossível um bebê sem cérebro responder a estímulos, sorrir, rreconhecer os pais, ouvir... Pra tudo isso precisa haver um cérebro no comando. Isso é biologia básica, 7ª série!

Jorge disse...

A terceira foto em que aparece os pés amarrados em dois baldes é uma gravura fantástica.

Na Idade Média havia dezenas de formas de torturar um prisioneiro. A tortura e as execuções sádicas em público era uma forma de criar o temor e incentivar as pessoas a não cometerem crimes.

Havia torturas específicas para homens, específicas para mulheres e as que poderiam ser usada tanto para um como para outro. Essa da ilustração poderia ser usada para os dois, pois atinge diretamente o orgão genital tanto da mulher como do homem.

A tortura do quadro em que aparece apenas os pés é o interrogatório de Marie Curlie.

Marie era uma bela camponesa do Midi, na França do século XII, que observada pelo senhor feudal de Aveyron, num de seus passeios pelo campo, resolveu tomá-la como amante. Durante algum tempo o nobre senhor desfrutou dos encantos da jovem nas tardes campestres, embora esta, sequiosa por mais sexo entregava-se, ainda que as escondidas, a outros camponeses, não percebendo a imensa honra de servir a seu amo.

Em determinada época, este devendo viajar, aplicou o cinto da castidade na garota, tentando reservar os prazeres que ela oferecia só para si. Não suportando o prolongado jejum, a miserável resolveu deixar um dos parceiros violar a proteção vaginal, danificando-a.

Ao retornar da sua jornada o bom Senhor de Aveyron, percebendo a violação do importante lacre passou a interrogar a campônia no “cavalo de pau”, que não resistiu muito tempo entregando o culpado, logo em seguida empalado.
Após o castigo foi recolhida à clausura de um convento de monjas local, onde aprisionada, passou a servir o nobre amante no interior da cela.
Com a morte deste, anos mais tarde, as monjas, invejosas dos gritos de prazer dos amantes nas tardes de amor, resolveram entregá-la aos boníssimos padres dominicanos que serviam fielmente à Santa Inquisição.

Novamente torturada, confessou tudo e foi condenada a morte por emparedamento no próprio convento.

https://tortura.wordpress.com/2006/10/14/interrogatorio-de-marie-curlie-bessonov-nicolay-2001-2/

Lorena disse...

Aliás, um bebê anencéfalo, que nem desenvolveu o cérebro, mal consegue ter os outros órgãos vitais funcionando, mesmo ligado à maquinas. Porque a falta de cérebro na formação intra-uterina causa tb uma série de máformações em outros órgãos vitais.

Anônimo disse...

Quanta ignorância sobre anencefalia!
hehehe... só rindo pra não chorar...

Anônimo disse...

Antigamente o deficiente físico era um inválido. Hoje até os que nascem com down são produtivos....

Augusto disse...

Pessoas sem conhecimento nenhum sobre o assunto querem discutir com quem estuda sobre isso a anos. Só rindo.

Anônimo disse...

Para mim fetos de até 12 semanas são filhos.

filhos de quem? seus?

Anônimo disse...

Porque a falta de cérebro na formação intra-uterina causa tb uma série de máformações em outros órgãos vitais.


É, pode ver que em todos os casos de meloencefalia as crianças são parecidas. Mesmo tipo facial e corporal, mesmo desenvolvimento. Não seria uma síndrome?

Anônimo disse...

A maioria dos fetos diagnosticados anencefálicos não o são anencefálicos completamente. O que vejo são pais querendo matar filhos mal formados para não sofrerem com ele.

Anônimo disse...

Primeiro a responsabilidade do pai que paga pelo e força a mulher a abortar. se entreguem já.

aiaiai disse...

caro desert eagle pistol,

você escreveu: "A legalização total do aborto e o privilégio da decisão de ter ou não a criança apenas pela mulher, seria o primeiro passo para que os homens percam definitivamente seu papel como pai na sociedade..."

Meu caro, o que queremos é o fim do patriarcado. Não o fim da participação dos pais na vida dos seus filhos. Isso nós queremos que se torne realidade cada vez mais. Somos, inclusive, a favor da licença paternidade igual ou equivalente à dada à mãe.

Mas só é filho quem nasceu. Antes é feto e é direito da mulher decidir o destino do feto pois é ela que fará a gestação desse feto e passará pelo parto para depois ser mãe.

O que o patriarcado sempre pregou foi: a mulher é o receptaculo que gera o filho para o homem (pai) ter. E à mulher caberia, além de gerar e parir, cuidar da criança enquanto ela não pudesse ser herdeira dos bens ou do trabalho do pai. Pai, no patriarcado tradicional, não dá banho, mamadeira, troca fralda, cuida dos deveres de casa, da educação em geral, acorda de noite para ver se a febre passou...nada disso. Isso tudo era considerado (e ainda é por muita gente) trabalho da mãe. O pai no máximo levava para o puteiro.

Portanto, não confunda feto com filho e procure estudar um pouco de história.

Anônimo disse...

13:49, então é isso. não desejo que NINGUEM sofra com um filho sem crânio, sem cérebro, sem autonomia porque não desejo PRA MIM. portanto, de minha parte, esses pais têm todo o meu apoio e consideração. Satisfeito?

Scandella disse...

A visão de pai presente, para o Desert eagle, muito provavelmente não tem nada a ver com a participação ativa do sujeito no cuidado com o bebê. Posso estar enganado, mas é beeem mais fácil, baseado no discurso dele, acreditar que a coisa é mais para o lado da presença da FIGURA paterna. Aquela presença neutra que certos pais acreditam ser o grande papel do homem...Besteira.

Dr. Joseph Mengele disse...

Eu sou a favor da retirada produtiva dessas crianças para experiências científicas. Eu adoro fazer experiências com criancinhas.

Maria Luiza disse...

Não sei se é impressão minha, mas as pessoas acham que a mulher que quer abortar tem como único problema o bebê após o parto. Quer dizer, tudo bem servir de chocadeira, depois é só ela dar pra adoção. Mas e se ela não quiser passar por uma gravidez? O corpo é meu, eu não quero ser obrigada a passar por coisas como mudanças hormonais, dores, inchaços e outras séries de complicações e problemas que gravidez causa. Homens pensam muito assim, que é tranquilo, "ah, só guenta aí 9 meses, depois dá". Parece tudo muito simples, principalmente vindo de quem nunca vai passar por isso.

Túlio disse...

Então Maria Luiza, não engravide. Simples. Mas se abortar, aí perdeu a razão e deve se entregar para a polícia, porque isso é crime previsto em lei.

Anônimo disse...

Justiça é feita na China e na Ïndia onde se aborta e mata as mulheres. Um mundo com menos mulheres e mais homens viris é a única forma de garantir a produtividade social.

Anônimo disse...

Maria Luiza

Para não engravidar basta não trepar.
O celibato é uma opção anti-gravidez.

Existem medicamentos para suprimir a libido.
Simples assim.

Sem libido, sem vontade de trepar. Sem gravidez.

Anônimo disse...

"Um mundo com menos mulheres e mais homens viris é a única forma de garantir a produtividade social."

Mascus tem tanto ojeriza a mulheres que querem o mundo cheio de homens viris para eles


kkkkkkk

Anônimo disse...

Sem libido, sem vontade de trepar. Sem gravidez.

e você, já tomou seu baixa-pau hoje?

Bruno de Andrade Rodrigues disse...

Também sou ateu e a favor da vida, a favor da vida da mulher. Não me surpreende que em países onde o islamismo vicejou a prática de aborto seja proibida. E mesmo aqui não me surpreende que haja resistência à sua legalização. Um olhar retrospectivo sobre os grandes acontecimentos da História nos levará à conclusão de que os avanços alcançados pela humanidade só foram possíveis quando se fez calar a autoridade da Igreja. Onde há poder religioso há obscurantismo, há atraso, há censura, não há diálogo. Onde há religião a apitar sobre medidas sociopolíticas há ignorância.

Anônimo disse...

Tem algumas coisas q soam erradas qdo o assuntoé aborto. Não sei se é pq não entendo nada de Direito ou tá errado mesmo. Se alguémpuder me explicar eu agradeço muito.
A lei como é hj diz: Art. 124 - Provocar Aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos
Isso só serve enmtão pra mãee pro médico? E no pai? Não vai nada?
Sou totalemente a favor de qlqr tipo de aborto, mas se hj é proibido pq os pais, os homens, não são punidos qdo isso ocorre? Deveriam ser presos tb, pq mulher não faz filho sozinha e muitas vezes qdo decide abortar é por falta de apoio do pai da criança. P q só ela é punida se fizer aborto?`Pelo menos é o q parece na lei. Assim é facil pra um montão de homens ficar condenando o aborto. Pq outro fato curioso é q só vejo em maioria homens defendendo a criminalização. Como se soubessem o q é ficar gravida. Se os pais tb fossem em cana, eles defenderiam tanto assim?

Outro ponto q me irrita: Padre abrindo a boca pra dar opinião sobre aborto. A criatura não tem nem filhos, nem mulher...Como alguém q não sabe o q é ter uma família pode dar opinião sobre isso?

Anônimo disse...

Bruno de Andrade,

Concordo com vc. Não tenho religião, mas acredito em Deus. Vou mais além. Acho religião, igreja, é o pior cancer do mundo. Só serve pra derramamento de sangue e repressão. Pq na prática, nenhuma prega amor ao próximo, nenhuma segue os seus livros sagrados, só pregam ódio àqles q não pensam igual.

F. disse...

Pois por mim padre e qualquer outro religioso pode continuar condenando o aborto, a mãe e quem mais eles quiserem.
O que eu quero é que todas as instituições governamentais e laicas criem mecanismos para que argumentos religiosos não sejam considerados válidos na Justiça. E que cada religioso vá seguir suas crenças dentro de sua casa, sua igreja, entre eles.

Anônimo disse...

aiaiai:

"Meu caro, o que queremos é o fim do patriarcado. Não o fim da participação dos pais na vida dos seus filhos. Isso nós queremos que se torne realidade cada vez mais. Somos, inclusive, a favor da licença paternidade igual ou equivalente à dada à mãe.

Mas só é filho quem nasceu. Antes é feto e é direito da mulher decidir o destino do feto pois é ela que fará a gestação desse feto e passará pelo parto para depois ser mãe."


Hein? Mas a ideia do feminismo não era que os direitos fossem iguais, ou equivalentes? O fim do patriarcado não acarretaria em uma sociedade onde os homens fossem leais e conscientes de suas responsabilidades em relação à mulher, às outras pessoas e à família, e assim não serem gente que abandona o filho doente (ou não) pra mãe criar?

Se chegamos nesse nível, o feto continua sendo "propriedade" da mãe? Falo em nível filosófico, claro, porque o patriarcado vai demorar pra se derrubar. Mas é realmente essa linha de pensamento que se deve tomar, em busca de uma igualdade?

Sara disse...

É muito revoltante mesmo ser contrário ao aborto Lola, fico extremamente triste em ver que tem tanta gente que desconsidera totalmente a mulher nessa questão, e ficam se justificando que defendem uma vida que nem se formou direito ainda e detritemento total da vida de uma mulher que muitas vezes ou até na maioria das vezes não fez nada para estar naquela situação ou sofreu estupro ou a má sorte de gerar um filho doente seriamente.
Esperemos que façam leis mais justas, porque a situação da mulher revolta mais mais a cada dia.
Ainda agora a pouco tive o desprazer de escutar uma reportagem na televisão falando sobre uma jovem que foi sequestrada por seu ex-namorado que a torturou barbaramente das piores maneiras que vc possa imaginar durante terriveis 15 dias, e ainda por cima obrigava essa moça a manter contato com a familia dela para dar noticias falsas para que eles não a procurassem, esse monstro assassino só esperava chegar a data do aniverssário da moça para finalmente mata-la, ele entre tantas outras agressões rancava os cabelos delas com as proprias mãos a deixou qse careca e deformada, ela só se salvou porque esse demonio se sentiu mal e o LIXO da familia dele foi até onde ele estava para socorre-lo, mas deixou a pobre garota a mingua sem socorro nenhum.
Quando finalmente a familia dela pode acudi-la, foram fazer um boletim de ocorrencia e o delegado que conhecia a familia do monstro ficou botando panos quentes, quando foi confrontado com a familia da moça fez apenas um boletim por agressão simples, é possível barbaridade pior que essa ???
Quando eu digo que nós mulheres temos toda uma estrutura machista contra nós, aposto que muitos me acham louca.

-b. disse...

Jorge, você faltou bastante as aulas de hist´porio né?

1° TUDO e TODOS dentro de um feudo eram PROPRIEDADE do senhor. Sem direitoa a nada. Então provavelmente a historinha deveria ser:

Ela tava trabalhando, o sr passou e dexidiu que iria estuprá-la.

Depois disso decidiu que queria mantê-la por perto, coisa que ela NÃO TEVE ESCOLHA.

PROVAVELMENTE ela tinha um namorado, provavelmente anterior ao estupro e ENCARCERAMENTO.

Partir o cinto de castidade deveria ser direito, não crime.

Vamos colocar assim: O cara mais rico da sua cidade vê a sua namorada na rua, estupra ela, leva pro sitio dele, mantém ela lá.

O juiz é pai dele, o delegado é irmão, o promotor outro irmão, o governador é tio, o dono do jornal é cunhado. TODOS apóiam o que ele fizer. ELE PODE TUDO.

Você tentaria resgatá-la? Faria de tudo para tentar ao menos confortá-la? Ou acharia que ele deveria se sentir honrada?

E se fosse sua mãe? Sua irmã? Sua filha?

Essas são as questões que a sua versão babaca da historia deixa de fora.

Anônimo disse...

"Se o homem quiser ter o filho, a mulher deveria tê-lo, mesmo que não quisesse.Se ela não quisesse ter filho e ficasse grávida, abriria mão judicialmente da guarda da criança em detrimento do pai, assim que a criança nascesse.E a criação ficaria de inteira responsabilidade do pai, perdendo a mulher, os direitos de mãe."

pff rrrrrkikiki... uahauhuhauahauhauauhauha

Aaaah, claaaaaro! Fan-tás-ti-cooo! Vai ter muito "homem" querendo reivindicar esse direito, não é?!
Siiiiim. Já vi muitos casos assim. Homens que tem mooooita vontade de criar seus filhos, amamentá-los, limpar seus bumbunzinhos cocozentos, dar papinha enquanto mantém a paciência pois a criança teima em cuspir tudo, ficar com nenê no colo para esperá-lo arrotar, gorfadas na roupa, levantar de 2,3,4 vezes durante a madrugada pra fazer nanar o bebê que acordou cheio de cólicas...

Ah, nããããão?! Ele vai pagar uma babá 24hs pra fazer tudo isso por ele? A babá vai dormir na casa do papai para que ele não tenha que acordar durante a madrugada(cocô, mamadeira, cólica, arroto...), acordar cedo para dar de mamá...hmmmm..

Vai ter que desembolsar muuuita grana, hein? Tipo uns R$ 1.000 a 1.500, fora folga nos fins de semana.

Mas mesmo os que não têm grana - classe(social) baixa, a maioria da população - para contratar uma babá, têm tanta vontade de cuidar de seus bebês que, que, que... deixam com a primeira parenta que encontram pela frente.. irmã, mãe.. sempre sobra pra coitada da avó. Tá certo, é muita vontade de ser papai...

Valéria Fernandes disse...

Ótimo post, Lola. Eu imagino o custo que foi para essas pessoas fazerem o relato e passarem por esta situação. Eu fico chocada com a desumanidade de alguns ditos pró-vida, ou daqueles que por complacência dizem "esse caso, sim, pode interromper a gravidez, mas os outros...". Assim, claro, eles têm todo o direito...

Nunca engravidei, tenho cá minhas dúvidas se engravidarei, mas coloco-me no lugar de toda e qualquer mulher que passou ou passa por situações de constrangimento e confisco de direito de escolha. Ser feminista, a meu ver, tem que passar por isso.

Nunca acompanhei crianças ou bebês em UTI, mas acompanhei o definhar de um tio querido com câncer. É horrível. E há situações muito terríveis que se repetem nos hospitais. Se ver um adulto passar por isso é terrível, eu imagino um bebê. Não falo das mães que optam por levarem a gravidez a termo, assim como interromper, levar adiante PRECISA ser escolha, mas aqueles que de fora, normalmente gente que não vai parir nunca (*por ser homem*), nunca terá a possibilidade de passar por isso, dando palpite, ofendendo, dizendo que é "ato de amor". Amor não se impõe e deveriam ir cuidar de suas próprias vidas. Ou fazer trabalho voluntário, como a colega do depoimento propôs, mas aí, eu duvido muito que teriam tempo...

Agora, algo importante é uma campanha ou lei que obrigue a inclusão de ácido fólico em alimentos como farinhas, massas e biscoitos. Isso ajudaria a impedir alguns casos de mal formação. Queria ver o Estado se preocupando com isso.

Anônimo disse...

"Aaaah, claaaaaro! Fan-tás-ti-cooo! Vai ter muito "homem" querendo reivindicar esse direito, não é?!
Siiiiim. Já vi muitos casos assim. Homens que tem mooooita vontade de criar seus filhos, amamentá-los, limpar seus bumbunzinhos cocozentos, dar papinha enquanto mantém a paciência pois a criança teima em cuspir tudo, ficar com nenê no colo para esperá-lo arrotar, gorfadas na roupa, levantar de 2,3,4 vezes durante a madrugada pra fazer nanar o bebê que acordou cheio de cólicas..."


Nossa, homem é incompetente mesmo, né? o__o Por que as mulheres ainda desejam ter filhos, se os homens são uns gorilas que não cuidam da cria?

Sei lá você, mas meu pai só fez até a 4ª série e quem trocava minha fralda era ele, quem me levava no colégio e ia nas reuniões era ele, quem me ninava quando eu não dormia (e eu nao dormia) era ele.

Mas né? Não, os homens são uns incompetentes. Abandonam mesmo. Fato da vida. Isso nao vai mudar. Não pode. É muito difícil. Então deixamos que as mulheres tenham TODO o poder pra decidir, porque né? Cuidar de criança é coisa de mulher. É rosa. Inclusive, decidir o destino de uma criatura de DNA combinado tb é dela.

Bitch, please. Esse tipo de pensamento beira o misândrico, você não vê? E olha que sou mulher.

Anônimo disse...

Anônimo de 14:44
É isso mesmo. Quem comete crime é a mãe e o médico.
O pai tá assistindo futebol e não quer se incomodar com o que está acontecendo.
---
Anônimo de 14:57
O feto é parte da mulher. O dia em que alguém descobrir como "implantá-lo" no homem (ou em outra pessoa ou algo), vai ser parte da mulher até atingir a sua viabilidade (por volta da 26a semana?? Quem é médico aqui?).
Tirando todos os aspectos religiosos, se o feto não sobrevive fora do corpo (no caso, da mãe) ele é um "apêndice" dela. É parte dela.
E homem NENHUM tem direito a ele.
Sorry.

Anônimo disse...

"Tirando todos os aspectos religiosos, se o feto não sobrevive fora do corpo (no caso, da mãe) ele é um "apêndice" dela. É parte dela.
E homem NENHUM tem direito a ele.
Sorry."

---

Food for thought (estimulação de pensamentos):

Se uma mulher e um homem casados estão juntos ,estão bem, estão querendo ter um filho um dia e ela engravida, decide que não quer agora porque vai atrapalhar ela toda e foge pra abortar... o pai, que também queria o bebê, e que talvez seria bom pai, não pode falar nada? Tem de ficar quieto porque, apesar de serem um casal e ter planos juntos, porque isso atrapalha o plano DELA ele não pode meter o bedelho?

Se isso é ser feminista eu entrego a bandeira.

Anônimo disse...

Claro que o pai PODE falar.
Pode brigar com ela, denunciá-la caso cometa o aborto (porque é crime), mas vai ser decisão DELA.
And I do speak English, so I know what "food for thought" means.
Isso não é ser feminista. Isso é ser realista.
Se surgir um meio do pai colocar o bebê/feto no ventre e levá-lo a termo, ótimo.
Mas me conta qual é o direito dele? Na lei. Mostra pra mim cadê que ele pode prender a mulher e obrigá-la a ter um filho?
Talvez com uma medida de segurança ele consiga evitar o aborto.
Mas, se ela for a um médico, sem o consentimento dele, e abortar, o máximo que ele pode fazer é sentar e chorar... Ah, e juntar as provas e denunciá-la, já que ela terá cometido um crime.
Entendeu?

Anônimo disse...

o argumento do Levandowisk para votar contra o aborto de anencéfalo foi fraca e ridícula!

Anônimo disse...

Eu traduzi o "food for thought" para não parecer demasiado pedante, no caso não só de VOCÊ não saber inglês, mas de alguém mais que leia o comentário.

Bem, a lei diz que, ao realizar o aborto, só a mulher e o médico vão presos. Você vai seguir a letra da lei? Os melhores juízes são os que vêem cada caso como um caso.

O que você está dizendo é que toda a alegria e desejo de um pai de querer ter um filho é menos que a da mãe, pelo fato de ela levar a criatura na barriga. Vc está dizendo ,em última instância, que a mulher vale MAIS.

E a mulher não vale mais. Vale igual que um homem. Assim como um negro vale igual que um branco, ou um índio, ou um oriental. Assim como um gay vale igual que um hétero. Assim.

Assim que, ah, ok, a lei diz isso. A lei diz muitas coisas. Erradas, também. A sociedade também. Mas a gente não tá aqui pra tentar encontrar um nível de igualdade?

Anônimo disse...

A mãe poderá decidir se o filho terá convivência com o pai ou não. Caso decida que não, estará configurada a alienação parental.
___________________

Na maioria dos casos o pai acaba decidindo isso antes, abandonando as crianças.

desert eagle pistol disse...

Scandella,

Mas uma vez imputando estereótipos para diminuir o argumento contrário aos seus. Quando falo pai, falo da participação integral da figura paterna na vida do filho.Você tem sérios problemas de interpretação de texto.

Anônimo disse...

Alguém disse que uma mulher deixar um feto não é o mesmo que deixar um bebê. Que uma mulher que aborta não é a mesma que abandona seu filho. E que por isso o caso da adoção ou deixar com o pai não é igual.

Quer dizer: vamos exterminar a coisinha rápido, cortar o mal pela raiz, antes que ela possa ser um ser humano que respira porque aí, ai, ela agora será filho seu. Antes, era apenas um alien. Aí houve uma mágica e, ao nascer, vira seu filho.

Eu li o outro post e alguém copiou um texto que falava sobre ter um forninho de ter filhos, no futuro. Assim ninguém se preocupava com nada. Quem quer ser vivíparo, de todas as formas? Mas enquanto isso...

Anônimo disse...

.E não, não considero o bebê propriedade da mulher e a decisão de ter ou não o bebê de escolha somente da mulher, pois os homens também tiveram parte na concepção.Se o homem quiser ter o filho, a mulher deveria tê-lo.
____________________

se vc obrigasse uma mulher ter o seu filho , vc cuidaria da criança ou jogaria a responsabilidade para a sua mãe? ou sua outra mulher?
assim fica fácil bancar o pai preocupado com a vida do filho... sendo que geralmente sendo que a responsabilidade pela criação do filho fica terceirizado para os avós ou outras namoradas....
se vc quer ter o filho NO MÍNIMO é vc que tem que dar cabo da criação deste, afinal, na ausencia da MÃE a responsabilidade é do pai.

Scandella disse...

Nopz, desert eagle. Só li o discurso, que por si só é estereotipado, e levantei um tipo baseado nos topoe desse mesmo discurso. Na verdade, levantei-o mais para falar sobre esse tipo de opinião, já que deixei claro que não sabia realmente se se tratava de seu ponto de vista.

Mas, enfim, ficaria feliz em saber o que você entende por pai presente na vida de um filho.

Anônimo disse...

"Bitch, please. Esse tipo de pensamento beira o misândrico, você não vê? E olha que sou mulher."


Eu até podia te responder adequadamente se você não tivesse tentado invalidar meu comentário com um argumento baseado numa experiencia pessoal, me acusado de misândrica e me chamado de VADIA.

Quer que eu acredite que você é mulher mesmo me chamando de VADIA?
Além de mentiroso é mal-educado.

Anônimo disse...

aqui ta cheio de mascu se passando por mulher eheheheh

Scandella disse...

Essa discussão sobre o quanto o pai pode querer ou não ter um filho e efetivamente CUIDAR dele é complicada.

Eu não conheço muitos casos nos quais o pai fez tudo o que seria da "responsabilidade" da mãe, caso ela estivesse presente. De fato, não me vem nada a mente, agora. Isso complica bastante as coisas... Vejo tanta mulher tendo de cuidar dos filhos todos depois que o sujeito sumiu, sem deixar nem aquela miséria pra ajudar que não dá pra deixar de ser um pouco cínico quanto a isso. Entendo, enfim, o que a yulia2 quer dizer.

Sou homem, a propósito. Minha namorada sempre deixou claro que quer ter um filho, eu também quero, estamos tentando alcançar alguma estabilidade antes disso, é claro. O máximo que posso fazer, enfim, é me esforçar para que tudo seja feito de forma justa e que a criança cresça bem e feliz.

No fim, não vale muito a pena - para um homem hoje - tentar provar esses conceitos de pai presente, não com os exemplos que deixamos. O melhor é tentar a prática, largar a teoria pra lá.

Leo disse...

Lembrei de vc.
http://jezebel.com/5900928/your-vagina-isnt-just-too-big-too-floppy-and-too-hairyits-also-too-brown

F. disse...

Que bom que você entendeu. É isso mesmo: "antes que ela possa ser um ser humano que respira porque aí, ai, ela agora será filho seu". Perfeito. Eu não conseguiria explicar melhor que isso. O Feto não é um ser humano que respira e a mulher que aborta não é a mãe que abre mão do seu filho, seja por qual motivo for. Como você mesmo disse é a mágica da biologia.


"Alguém disse que uma mulher deixar um feto não é o mesmo que deixar um bebê. Que uma mulher que aborta não é a mesma que abandona seu filho. E que por isso o caso da adoção ou deixar com o pai não é igual.

Quer dizer: vamos exterminar a coisinha rápido, cortar o mal pela raiz, antes que ela possa ser um ser humano que respira porque aí, ai, ela agora será filho seu. Antes, era apenas um alien. Aí houve uma mágica e, ao nascer, vira seu filho."

desert eagle pistol disse...

Para o Augusto,

Conhecimento não é o mesmo que sabedoria.Há pessoas que estudam anos, são extremamente bitolados, não quer dizer que estas pessoas tem condição de argumentar de uma forma lógica e factível.Logo, isso que você disse é papo furado.
Sei o que é feminismo, não seja raso.Só que como todo movimento, luta dentro do espaço político e representa interesses e projetos de poder.Não tire você, a Lola,e muitos dos comentaristas aqui como a totalidade do "movimento feminista", logo, há partes do feminismo, majoritárias, que agem dessa forma que descrevi e querem implementar uma agenda. Então não vem com essa.

Anônimo disse...

Eu até podia te responder adequadamente se você não tivesse tentado invalidar meu comentário com um argumento baseado numa experiencia pessoal, me acusado de misândrica e me chamado de VADIA.

Quer que eu acredite que você é mulher mesmo me chamando de VADIA?
Além de mentiroso é mal-educado.

---

Desculpe pelo "bitch, please". É um expressão vulgarizada pela internet, e que terminou vulgarizada. Nao foi pessoal, de verdade, e agora me dou conta do pesado que pode soar. Aliás, sou mulher, e sou a primeira a calar meus amigos que chamam mulheres "putas" ou "vadias".

Peço perdão, de verdade. Sou mulher, sim.

Mas sobre o comentário: não chamei VOCÊ de misândrica. Chamei seu COMENTÁRIO, essa LINHA DE EPSNAMENTO, que BEIRA o misândrico. E sim, dei um exemplo pessoal como exemplo, as mulheres que falaram no post também, e muita gente que vem aqui falar de suas experiências falam exatamente disso: de SUAS experiências. O exemplo foi pra demonstrar que existem homens e homens, e que podem haver babacas que não ligam, ou simplesmente homens normais que foram educados para ser babacas, e que não ligam, a homens legais que vêem responsabilidade pela cria. Só isso.

Você falou que NENHUM homem teria paciência e o cuidado de uma mãe pra cuidar de um bebê. Isso sim, é misândrico, porque não é verdade. Ou melhor: isso poderia até ser machista. Não são eles que estão todo tempo falado que as mulheres tem seu lugar na sociedade, e é em casa com as crias. Pois isso.

Anônimo disse...

Não acho que a vida da mulher valha mais do que a do homem. Não falei nada disso.

Só expus uma coisa: infelizmente se a mulher quiser abortar, ela VAI abortar. Com ou SEM o consentimento do pai.

A questão que coloquei é que não existe tecnologia para transplantar um feto da barriga de uma pessoa para outra. Seria ótimo, resolveria um monte de problemas.

Mas, enquanto não há essa tecnologia e o crime de estupro, segundo a lei, é cometido pela mãe e pelo médico, fica difícil um homem opinar. Entendeu?

Eu sou CONTRA o aborto na minha vida pessoal, mas sou a favor da descriminalização do aborto. Sou pro-choice. É uma escolha que EU não faria, mas é algo que acho que a MULHER deve ter a LIBERDADE dessa decisão.

E o pai?

Conheço UM caso de UM pai cuja "ficante" engravidou dele e a mulher queria abortar. E queria mesmo pois não se achava apta para ser mãe. Ele estava com o dinheiro NA MÃO e me perguntou o que fazer.

Eu falei para ele conversar com ela, propor ELE ficar com a criança se ela decidisse levar a termo a gravidez, dialogar, sugerir colocar para adoção, sugerir casamento, o que fosse. Tentar dissuadi-la da ideia de abortar.

Veja bem. Ele estava com o dinheiro na mão. Ele pediu a MINHA opinião. A mulher queria abortar.

Ele foi, fez o que eu sugeri. Os dois se casaram e hoje criam juntos uma menina linda.

O homem pode falar? Pode. Pode agir também.

Agora, se depois de tudo o que ele falou para ela, ela ainda assim quisesse abortar, sabe o que ele teria feito?

Teria dado o dinheiro para ela abortar e, provavelmente, nunca mais pensaria no assunto.

Já toda a mulher que aborta SEMPRE pensa no filho que não teve.

Entendeu o que eu quis dizer?

Anônimo disse...

Que bom que você entendeu. É isso mesmo: "antes que ela possa ser um ser humano que respira porque aí, ai, ela agora será filho seu". Perfeito. Eu não conseguiria explicar melhor que isso. O Feto não é um ser humano que respira e a mulher que aborta não é a mãe que abre mão do seu filho, seja por qual motivo for. Como você mesmo disse é a mágica da biologia.

.---

Hmm, ok. Entendi. Mas vou te explicar, não é biologia. Porque, biologicamente falando, é o MESMO indivíduo, só que crescidinho e madurinho. Assim como uma criança é que nem uma adulto, só que crescidinho e madurinho. O que muda é a forma antropo-sócio-político-filosófica de ver.

Antigamente se consideravam crianças muito inferiores porque eram "adultos incompletos". Bem era uma forma de dividir o conceito de Humanidade. Agora se usa da respiração. Que não é o mesmo matar um bebê recém-nascido que um feto (de qualquer mês, de acordo com você, porque um de 8 meses não respira) porque um respira e o outro não.

Então, sim, entendi a lógica. Mas estou radicalmente contra.

Anônimo disse...

atualizando a informação..
obtivemos a vitória por ora.

parece que a maioria do stf votou a favor...
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2012/04/12/maioria-do-supremo-apoia-interromper-gravidez-de-anencefalos-julgamento-prossegue.jhtm#comentarios

placar de 6 a 1 mesmo que os outros votem contra, não tem mais como reverter o resultado!!!

Ana disse...

Opa, opa, opa... Olha eu me metendo na conversa...

Nasci aos 7 meses de gestação e respirei bonitinho, tá? Só fiquei na incubadora até a chegada do pediatra.

F. disse...

A minha lógica não é essa.

Eu me refiro a fetos de até 12 semanas, isso está em todos os meus comentários. No último eu apenas fui irônica exatamente como você foi.

Se você discorda, sem problemas, voltamos para a discussão de quando a vida começa.

Ana disse...

Sou só eu ou tem gente demais se preocupando com quem não nasceu e gente de menos se preocupando com as crianças abandonadas em orfanatos?

Nem vou falar sobre gente se preocupando com saúde física e mental da mãe, já que, por tudo o que eu vi, a mãe que se dane.

Só uma curiosidade mesmo...

Anônimo disse...

Relator da ação no STF, Marco Aurélio afirmou que dogmas religiosos não podem guiar decisões estatais e fetos com ausência parcial ou total de cérebro não têm vida.
_______________

Isso mesmo! O estado é laico , religião não tem que mandar em nada!

foi mais uma vitória , acima de tudo, da democracia.
Mais uma vez Parabéns ao STF , derrubando dógmas e quebrando os tabus!

Augusto disse...

Lola, você poderia fazer um post comentando os comentários de pessoas sem conhecimento e com doutrinação religiosa.

http://noticias.uol.com.br/enquetes/2012/04/11/voce-que-a-interrupcao-da-gravidez-em-casos-de-anencefalia-deve-ser-legalizada.htm

neste link há alguns comentários.

Anônimo disse...

Você mesma falou em "infelizmente ela vai abortar". Vamos parar no "infelizmente" e pensar no direito de um pai que quer ter o bebê, por um momento.

"Teria dado o dinheiro para ela abortar e, provavelmente, nunca mais pensaria no assunto.

Já toda a mulher que aborta SEMPRE pensa no filho que não teve.

Entendeu o que eu quis dizer?"

Você conhece UM pai. Eu conheço mais. Não sei se AGORA experiências pessoais/de conhecidos contam, mas eu conheço três. Um deles ficou arrasado e mãe teve o bebê por pena. Deixou a criança. Ele a cria.

E acho que fez muito bem. Ela não queria, ele queria, ela concordou em ter, abdicou do direito de ser mãe e tocou a vida. E ele ficou feliz, com a linda menina.

Se ela tivesse abortado, vocÊ acha MESMO que ele nunca mais pensaria no assunto? Mesmo? Tem certeza?

Me lembro de um depoimento que li de um jovem cuja namorada engravidou, e ela disse que "cuidaria de tudo". Ele pagou. O namoro terminou; nõa aguentaram. E ele nunca, mesmo depois de muitos anos, se recuperou. Ele não queria isso.

Muitos homens ficariam aliviados? Sim, sim, claro. Muitas mulheres, que inclusive comentaram e tiveram guest posts aqui neste blog, TAMBÉM? Igualmente. Muitas mulheres se arrasam? óbvio. Muitos homens também? CLARO.

Você está considerando que os homens sentem menos que a mulher, só porque não levam a criança na barriga. Novidade: não necessariamente.

Anônimo disse...

F.

"Eu me refiro a fetos de até 12 semanas, isso está em todos os meus comentários. No último eu apenas fui irônica exatamente como você foi.

Se você discorda, sem problemas, voltamos para a discussão de quando a vida começa."


Nao gravo quem comenta o quê, a não ser que pretenda responder. Sao muitos comentários, assim que sim, achei que vc se referia a qualquer feto.

Pois podemos voltar a essa discussao sem problemas, ainda que duvido que cheguemos a um ponto comum. Também podemos abordar o que a Ana falou, e falar de educação sexual de qualidade, de respeito masculino pelas mulheres como um todo e assumir responsabilidades no caso de gravidez, de assistencia a gestantes - porque, claro, elas nao sao mulheres, sao barrigas e se não querem abortar, que se virem; não tem o menos respeito - e às famílias, à manutenção dos orfanatos, às políticas de adoção do Brasil e com o brasileiro vê a prática...

Enfim, muitas coisas.

Gabriela disse...

Lolinha meu amor, ilustrei o primeiro post do meu blog com uma foto do seu belo rosto, espero que não se incomode.

Luciana disse...

"Pois podemos voltar a essa discussao sem problemas, ainda que duvido que cheguemos a um ponto comum. Também podemos abordar o que a Ana falou, e falar de educação sexual de qualidade, de respeito masculino pelas mulheres como um todo e assumir responsabilidades no caso de gravidez, de assistencia a gestantes - porque, claro, elas nao sao mulheres, sao barrigas e se não querem abortar, que se virem; não tem o menos respeito - e às famílias, à manutenção dos orfanatos, às políticas de adoção do Brasil e com o brasileiro vê a prática..."


Lola, você poderia publicar um post falando sobre tudo isso, né? E não apenas sobre o aborto como soluçao dos problemas

Beatriz disse...

A discussão sobre o direito da mulher em abortar é uma discussão sobre a autonomia da mulher sobre o próprio corpo. Se ela quiser abortar, ela vai, pq a gestação está no corpo dela. O pai não pode opinar contra a vontade da mãe pq o corpo dela não o pertence. A única maneira de controlar o corpo de outra pessoa contra a vontade dela é pelo uso de violência.

Quem determinou que a gestação ocorreria no corpo da mulher não foram as feministas, foi a natureza. Eu sei, na nossa cultura é muito difícil aceitar que a mulher tenha alguma "vantagem" (eu vejo bem mais como uma responsabilidade, mas vamos lá) natural, pq aprendemos que quem tem todas elas são os homens: mais força, resistência, agilidade, whatever. Mas é, essa é nossa. O controle da gestação é nosso, queira ou não, e o único modo de se impor a ele é a violência. E creio que todo ser humano decente é contrário a violência.

A questão que é discutida é: o aborto é uma violência contra o feto? Só se aceitarmos a premissa que o feto é um ser autônomo, e não parte do corpo da mãe. Um ser é autônomo, segundo a ciência, quanto tem condições de sobreviver por si e apresenta atividade nervosa: fetos sem cérebro não atendem nenhum desses requisitos, nem fetos nos estágios mais iniciais da gravidez. Só dá para considerar aborto uma violência, nessas condições, através do viés religioso. E gente, eu sou católica, mas é muito complicado seguir a religião nesses casos: a algum tempo atrás, bebês de proveta eram considerados sem alma pela igreja. Hoje ninguém defenderia isso, nem mesmo os religiosos. Os fiéis precisam aprender a não ser ingênuos e distinguir o que é questão de fé e preocupação com o bem estar humano, e o que é a igreja simplesmente não querendo ceder pra marcar território dentro dos órgãos de poder. Mais do que a preocupação com os bebês em si, que eu acho q esses grupos não têm muita já q não dão um suporte real e efetivo a mães e bebês nessas condições, o que motiva esse movimento todo é a possibilidade de a igreja ceder terreno, à força, dentro do legislativo e assim perder poder.

Anônimo disse...

Eu devo estar com problemas de comunicação...

Vamos lá.

Tá, conheço mesmo só ESSE caso de um homem que tinha o dinheiro e pediu a minha opinião e blá-blá-blá.

Meu tio ficou viúvo quando meu primo tinha 4 meses. Ele diz que criou o filho SOZINHO. Que foi PAI E MÃE dele. Só que quem criou MESMO foi a minha tia e a minha avó. (ah, sim, ele voltou a morar com os pais e com a minha tia que era solteira à época).

Tá. Tem homens ótimos. Pais sensacionais. Mesmo. Louváveis. São poucos, mas tem.

No entanto, however, apesar de tudo, quem carrega a criança é a mulher.

Então qual é o direito do homem? Se a mulher sumir do mapa dois dias depois de transar com o cara, descobrir-se grávida e abortar na Holanda (onde é legalizado o aborto), qual vai ser o direito do pai?

Se a mulher não falar nada e o cara nunca souber que foi um pai em potencial, qual o direito dele?

Se a mulher aparecer grávida e falar que o filho não é do cara, qual é o direito dele?

Se uma mulher casada engravida do amante, qual é o direito do marido? Qual é o direito do amante? E se ela abortar? E se praticar o aborto nos Estados Unidos (onde também é legalizado) numa viagem de férias?

E se, na situação que eu descrevi no outro comentário, do cara que me pediu a opinião, a mulher decidisse por fim abortar. Qual seria o direito dele?

Ele teria o direito de prendê-la em casa? Mantê-la em cárcere privado até o nascimento da criança? Considerando que ela foi concebida no recesso entre o Natal e o Ano Novo (sim, sei até desses detalhes) e que a mulher descobriu-se grávida no início de fevereiro e a criança nasceu no final de setembro, qual o embasamento legal ou moral para forçá-la a levar a termo essa gravidez?

Manteria você ela presa de fevereiro até setembro? Numa cela, num quarto?

Qual é o direito do pai?

O corpo é da mulher. O ventre é da mulher. O útero é da mulher.

O filho, concordo, é de ambos. Mas o que fazer se a mulher está decidida abortar?

Anônimo disse...

BEATRIZ: ISSO!!!!!

F. disse...

Poxa Beatriz, mais claro impossível, tenho até vontade de te agradecer.

Anônimo disse...

Mais um voto a favor a caminho. yupiiiii

Anônimo disse...

O ministro associou o trauma psíquico do estupro de FETO SADIO com o da gestação de anencéfalo como embasamento do voto a favor.

Anônimo disse...

CORRIGINDO: INDAGAÇÃO

Kazi disse...

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/04/maioria-dos-ministros-do-stf-vota-por-liberar-aborto-de-feto-anencefalo.html

Anônimo disse...

desert pistol

ficou nervosinho porque? fui bem na jugular do seu falso moralismo?

não adianta vir com resposta infantilóide do tipo:
''ah não te interessa.... bla bla'' ''sua misandrica , feia, boba...'' toda vez que vc é confrontado aqui.
Sinceramente não sei porque vc se irritou. Fiz uma indagação absolutamente normal e dentro do contexto. Vc prega com tanta veemencia que mulher
não pode abortar se o pai não quiser , pregar é fácil.
Quero ver viver a situação REAL! Por isso eu quis saber
se fosse vc nessa situação, achei justo te questionar sobre isso, pois vcs adoram arrotar dógmas moralistas para os outros....
Quero ver viver na pele!

Muito legal vc ter falado de seu pai, com certeza ele cuidou
de vc. Meu pai cuidou de mim também como é o certo, não me entregou para vovó cuidar, certo?
Justamente pelo meu exemplo em casa ter sido tão bom que não me entra na cabeça alguém ter filho pros avós cuidarem...pros tios cuidarem , pra vizinho cuidar... MENOS QUE OS FEZ A MÃE E
O PAI!!!
Agora , vc rodopiou, fugiu , falou falou e NÃO RESPONDEU o que eu te perguntei! Eu questionei vc, o que VC FARIA se vc quer ser pai
da criança se vc vai se RESPONSABILIZAR ou vai entre
gar para a vó-outra mulher cuidar dele? só isso meu caro...
é tão dificil responder???

Drica Leal disse...

desert eagle pistol:

Ao invés de ficar temeroso da influência "nefasta" que o empoderamento hipotético da mãe sobre a criança pode ter contra os homens no futuro acho que os homens deveriam mesmo é estar reivindicando o direito de poder se dedicar aos filhos tanto quanto as mulheres. Porque se os homens são facilmente excluídos das vidas dos filhos não é culpa das mulheres e tampouco do feminismo, a culpa é desse modelo machista e patriarcal que diz que cuidar de filho não é papel o homem.

Acho bom que existam homens como você que se preocupam com o papel do pai na vida de uma criança, mas infelizmente vocês tendem a analisar a questão de forma distorcida. Sugiro que homens como você reflitam se são as mulheres ou o feminismo que excluem vocês da criação e decisão sobre os filhos ou se é o modelo de masculinidade que permeia a sociedade que não permite que o homem se dedique aos filhos tanto quanto as mulheres (que inclusive são cobradas socialmente a fazer). Pense bem se tudo o que você diz que vem sendo tirado do homem com relação aos filhos e á família são as mulheres e o feminismo que estão tirando de vocês ou se o "vilão" da história não é esse modelo de masculinidade que temos aí, que vocês homens infelizmente se recusam a discutir e mudar. É muito mais fácil culpar as mudanças das mulheres na sociedade por tudo o que dá errado do que ser obrigado a mexer nessa masculinidade "intocável".

Anônimo disse...

Se o cabra resolveu ser pai, tem que ser pai no sentido REAL da palavra. Cuidar e ser responsabilizar pela criança.... e não ficar TERCEIRIZANDO o cuidado da criança pra vovó. pra titia... pra namoradinha(não mãe ) desta!

Anônimo disse...

Me parece complicado responder à sua indagação sem colocar que a mulher deve ser criminalizada pelo aborto no caso de desafiar o pai (nao avisa-lo), porque sou contra a criminalização. Mas como não acho que o direito de um deve sobrepôr ao do outro, acho que o homem tem o direito de manifestar-se e processá-la. Nao por ela ter cometido um aborto, mas sim por tê-lo cometido sabendo-se que a outra parte reponsável - o pai- estava disposto a cuidar.

Pode acreditar que não haverão muitos nessa situação. A maioria, como você mesmo diz, nem liga. Mas os que ligam, e aí?

Agora, me parece um pouco de cachorrada a mulher não falar para o pai que ele vai ser pai. Para protegê-lo? Você sabe como vai reagir? Ou para quê? Se for para defesa própria, acho válido, porque é uma força maior. Mas se não... o quê? Como você vai saber?

Nao sei. Só me parece muito errado. E legalizar o aborto com esse argumento seria ajudar as mulheres a fazer mais errado. Assim que não. Não concordo.

Anônimo disse...

Pois me parece genial, yulia, por que não nos dedicamos a ensinar nossos filhos a ser assim? E aos adultos também?

Anônimo disse...

O que falo é que é muito complicado falar do "direito do pai" quando se trata de um feto inviável (por não ter chegado a termo, não estou falando aqui de doenças, má-formações ou nada disso).

Mas como a Beatriz falou (ADOREI):

"A discussão sobre o direito da mulher em abortar é uma discussão sobre a autonomia da mulher sobre o próprio corpo. Se ela quiser abortar, ela vai, pq a gestação está no corpo dela. O pai não pode opinar contra a vontade da mãe pq o corpo dela não o pertence. A única maneira de controlar o corpo de outra pessoa contra a vontade dela é pelo uso de violência."

Pronto.

Anônimo disse...

Ah, e vamos combinar que quem é ric@ aborta adoidado neste país. Só quem se dá mal são os pobres, que param nas mãos de açougueiros.

Anônimo disse...

''Mas como não acho que o direito de um deve sobrepôr ao do outro, acho que o homem tem o direito de manifestar-se e processá-la. Nao por ela ter cometido um aborto, mas sim por tê-lo cometido sabendo-se que a outra parte reponsável - o pai- estava disposto a cuidar.''

sim , ele tem esse direito.
se ele realmente estava diposto a CUIDAR E SE RESPONSABILIZAR pela criança ele tem todo o direito de processar...


''Agora, me parece um pouco de cachorrada a mulher não falar para o pai que ele vai ser pai. Para protegê-lo?''

Isso é muito comum em gravidez extra conjugal... o marido que engravidou a amante...
aí é complicado pois ela vai ter arcar sozinha pois geralmente o marido não larga o primeiro casamento por causa disso, no máximo pode dar pensão ...

Lord Anderson disse...

"há partes do feminismo, majoritárias, que agem dessa forma que descrevi e querem implementar uma agenda. Então não vem com essa."

Desert, ex-SP, vc fala tanto desses grupos feministas radicais, diz que são maioria, que querem tirar direitos dos homens , etc

mas nunca apresenta de onde tirou essa ideia.

isso do aborto ser base para tirar o direito dos homens de paternidade eu nunca vi sequer ser discutido e como disse antes, ta mais para teoria conspiratoria


Como a Dri falou, em vez dessa preocupação hipotetica e distante, nós homens deveriamos eramos repensar nosso papel no envolvimento com as crianças, não ficar acusando o feminismo de algo que (segundo vc) ele planeja fazer num futuro hipotetico e distante.

Anônimo disse...

O negócio é o seguinte, neguinho não tem que arrotar regra que ele mesmo não tem condição para seguir!
pronto falei!

Beatriz disse...

Anônimo, a mulher só estaria lesando o homem, nesse caso se ele fosse proprietário do feto. Não é. O feto, biologicamente, é parte do corpo da mulher.

Se um homem quer um filho, creio que ele expressa essa vontade para a parceira e se ela tb o quiser, ocorre uma gravidez planejada né? Se ela não quiser, deixa claro e ele procura outra que queira: seria absurdo, por exemplo, obrigar a mulher a ter o filho só pq ele quer.

Mas acho que não é o caso q vc está tratando, e sim uma gravidez não planejada. Sendo assim, não dá nem para dizer que a mulher agiu de má fé e ocultou do homem algo que ela sabia ser do desejo dele. No máximo, aconteceu algo no corpo dela e ela agiu da forma que lhe pareceu melhor. Não é crime, não cabe processo.

Eu acho preocupante sua recusa em aceitar a autonomia da mulher nessa questão. Pq não aceitar que que uma mulher não quer um filho com vc? Eu mesma queria muito um filho com o Colin Firth, mas se ele não quiser, eu não vou achar que ele é obrigado a isso né?

Imagina que fosse uma mulher nessa situação: ela quer engravidar e o parceiro não. Aí, ela sei lá, ela morde a camisinha, mente que está tomando pílula, rouba esperma. Vc sabe quem é essa mulher na nossa cultura: a vadia. A vilã de novela. A mulher cruel destruidora da vida de homens. Pq a contraparte masculina dessa personagem é o homem bonzinho, o pai preocupado?

Se vc não aceita que a mulher não quer ter um filho seu, para não aceitar que ela não quer sexo com vc é um pulo. Sua linha de raciocínio, se desenvolvida, justifica o estupro. O princípio é o mesmo: a negação a mulher de autonomia sobre o próprio corpo.

Anônimo disse...

D., cadê teu pai que te abandonou?

Anônimo disse...

O desert fugiu da pergunta mais uma vez como eu previa.
Mas não estou surpresa não. Ele, como todo falso moralista é muito bom para ditar regras para os outros. Agora, para segui-los a rísca, aí são outros 500.
Tenho certeza que se uma ficante ai falasse que estava gravida dele mas que abortaria, ele falaria assim para ela... não , tenha esse filho. A primeira providencia vai ser jogar a criança no colo da vovó para ela cuidar.
Tipos feito esse desert não me comovem... todo falso moralista , no fundo é um tremendo enganador!

André disse...

Beatriz,
Mas esse raciocínio de que o feto faz parte do corpo da mulher, e que o direito sobre o corpo é absoluto justificariam o aborto até os 9 meses.

Anônimo disse...

Bem... enquanto o fujão não aparece para me responder, desfrutarei de mais uma vitória no stf!

boa tarde a todos! Mais tarde eu volto....

e cuidado com os trolls

Anônimo disse...

D., cadê teu pai que te abandonou?

Anônimo disse...

Já existem estudos sobre os problemas pelos quais uma sociedade com menos mulheres que homens passa. A quantidade de homens frustrados aumenta, a quantidade de estupros aumenta, a quantidade de tráfico de mulheres aumenta. A poliandria também é fruto de uma sociedade assim. Se você não é um criminoso disposto a comprar, escravizar ou estuprar uma mulher, você deve dividi-la com vários homens (nada contra, mas tem muito homem e mulher que não aceita e culturalmente somos ainda eminentemente monogâmicos).

Beatriz disse...

André

Bem, no meu caso pessoal eu acredito nesse direito só nos estágios bem iniciais da gravidez, quando o feto de fato é parte do corpo da mulher, antes do bebê sobreviver a um parto prematuro e apresentar atividade nervosa, então o termo feto ficou meio vago mesmo. Mas seria um feto de início de gravidez antes de ele se tornar autônomo e ser tb um ser com direito a vida. Como disse, a questão passa pela discussão de onde começa a vida.
Não sei como estão as discussões de aborto em estágios posteriores da gravidez, então não vou opinar sobre. E como já falei, sou católica, então minha crença pessoal tb passa por convicções religiosas, apesar de eu tomar muito cuidado em aceitar as premissas da igreja por saber q ela frequentemente se engana e trabalha motivada por jogos de poder.

No mais, eu defendo a autonomia da mulher no caso discutido aqui sim. Pq o q estava em questão, ao que me parece, é o direito da mulher decidir se quer ou não ficar grávida, e eu creio que ela tem esse direito, independente do pai. Senão, se torna aceitável que o homem proíba a mulher de tomar pílula por exemplo. É uma violência.

Elvis disse...

Quando vi falando sobre esse assunto na tv fiquei muito surpreso, porque jurava que em caso de acefalia já era permitido abortar. è algo tão óbvio, o bebê já vai nascer morto, fazer a mulher passar por toda a gestação é horrível. Nem sei muito o que dizer, a lógica de abortar nesse caso é tão inquestionável, que não consigo assimilar que tenha quem questione.

Beatriz disse...

Ah, só completando: é q vejo o aborto no início da gravidez como uma atitude análoga a tomar pílula do dia seguinte. Se um é permitido a mulher sem questionamentos, pq o outro não?

Drica Leal disse...

Toda essa discussão despertou minha atenção para um fato curioso, mas pouco discutido e estudado: A INVEJA DO ÚTERO.

Em debates assim muitos homens se deparam com a angústia de não poder decidir sobre o destino do feto pelo fato desse só poder ser gerado dentro da mulher. O patriarcado pode ter dado amplos poderes ao homem, poder inclusive sobre as mulheres, mas em alguns momentos a frustração de não poderem levar a espécie humana adiante sem as mulheres se torna fator de angústia e revolta para muitos deles. O futuro da humanidade como espécie depender da escolha das mulheres em terem filhos ou não é um golpe duríssimo na misoginia e prepotência reinantes no homem da sociedade patriarcal.

Não, não acho que a mulher deva usar esse fato biológico como arma contra o patriarcado, afinal, ter ou não ter um filho deve partir antes de tudo da vontade. Mas que é interessante observar o desespero (ás vezes inconsciente) de muitos homens diante do fato da mulher ter esse poder de decisão sobre a espécie, é. Isso deveria ser mais estudado e divulgado pela psicanálise, psicologia, antropologia, sociologia... Mas infelizmente é mais interessante para o patriarcado manter o mito da "inveja do pênis", rs.

PS: e avanços científicos como a clonagem e fusão de núcleos de óvulos permitindo criar vida sem participação do espermatozoide só tendem a tornar essa angústia do macho cada vez maior...

Ana disse...

Elvis,
O aborto só é legalizado nos casos de ESTUPRO e risco de morte para a mãe. SÓ.
O resto (teoricamente) tem que pedir autorização judicial.

Beatriz disse...

Drica, seu comentário é genial. Se fosse da área de saúde, faria meu doutorado nesse tema :)

Anônimo disse...

"A única maneira de controlar o corpo de outra pessoa contra a vontade dela é pelo uso de violência."

EXATAMENTE!!! ISSO É O QUE FAZ O ABORTO!

Anônimo disse...

O futuro da humanidade como espécie depender da escolha das mulheres em terem filhos ou não é um golpe duríssimo na misoginia e prepotência reinantes no homem da sociedade patriarcal.
_____________

MATOU a pau!

Anônimo disse...

Ah, demorou pra aparecer troll...

Anônimo disse...

"A única maneira de controlar o corpo de outra pessoa contra a vontade dela é pelo uso de violência."

EXATAMENTE!!! ISSO É O QUE FAZ O ABORTO!
_____________

falou bobagem! feto não tem vontade própria... logo não existe violencia contra o feto.

Anônimo disse...

"Você falou que NENHUM homem teria paciência e o cuidado de uma mãe pra cuidar de um bebê. Isso sim, é misândrico, porque não é verdade. Ou melhor: isso poderia até ser machista. Não são eles que estão todo tempo falado que as mulheres tem seu lugar na sociedade, e é em casa com as crias. Pois isso."


Em momento algum afirmei que esse é um papel exclusivo da mulher. E muito menos que um homem não é 'CAPAZ' de criar um filho sozinho.
Meu comentário se refere a esses casos de pais que ESCOLHEM abandonar sua responsabilidade na criação, não pus à prova a CAPACIDADE dos homens em criar seus filhos. Por isso, não há nada de misândrico ou machista no meu comentário.


E quanto ao seu pai, parabéns, ele é uma dessas RARÍSSIMAS EXCEÇÕES de homens que criam SOZINHOS seus filhos desde o nascimento.

Por isso, basear um contra-argumento a respeito desse assunto tão abrangente apelando para experiência pessoal, não tem o menor cabimento.

Beatriz disse...

Anônimo, não use um trecho do meu comentário descontextualizado pra defender seu ponto de vista sem sequer se dar o trabalho de argumentar. Acho isso absolutamente ofensivo. Em caps lock ainda por cima? Tá gritando com quem?

Mas ok, mesmo assim, na parte q vc citou tem a expressão "contra a vontade". Então, estamos falando de um ser que tem vontade ou condições de tê-la, certo? Não é o caso de um feto sem cérebro que só sobrevive ligado ao corpo da mãe. Ou de um amontoado de células em divisão. Eu trato se o aborto é uma violência contra o feto na parte seguinte do meu comentário, e expresso minha opinião baseada no conceito científico do que é um ser autônomo que pode sofrer violência e o que é um anexo ao corpo da mulher. Se quer me refutar, argumente em cima disso. Não banque a criança birrenta que grita em cima de uma única frase, que aliás, como demonstrei, vc empregou mal.

André disse...

Beatriz,
Também sou a favor de liberar o aborto, mas essa justificativa me incomoda porque não ocorre nenhuma alteração na integração entre o corpo da mulher e do feto ao longo dos 9 meses. Claro que toda essa discussão só vale para fetos normais.

Drica Leal disse...

Obrigada, Beatriz, ;-)

Adoraria mais estudos sobre essa "inveja do útero", que penso ter dado origem ao patriarcado(ou pelo menos ter contribuído muito para o surgimento dessa organização social) como forma de compensação encontrada pelo homem diante da frustração de achar que pode tudo mas não poder gerar outra vida. Infelizmente isso é pouco estudado e divulgado.

Gostaria de salientar também que homens que enxergam as mulheres como PARCEIRAS não sofrem as consequências dessa inveja, rs.

Beatriz disse...

André
Entendo o que vc quer dizer, mas por exemplo, um bebê de 8 meses é capaz de nascer de parto prematuro e sobreviver, por exemplo. Eu acho que o início da atividade nervosa pode ser um marco. Pq aí já existe a possibilidade da autonomia e da vontade.

aiaiai disse...

Drica e Beatriz, obrigada! Comentários perfeitos e paciência infinita!!!!!
Pra quem não entendeu: o feminismo quer acabar com o machismo, que é doloroso para homens e mulheres. O feminismo não quer acabar com os homens, quer sim que eles possam desfrutar da vida integralmente e que as mulheres também possam. Não quer que os dois - homens e mulheres - sejam iguais, quer que eles tenham direitos iguais.

E finalmente: vitória da razão 7x1, por enquanto, pela vida e pela escolha!

L. disse...

Sou a favor da discriminalização do aborto, mas do jeito q o país é retrogrado e machista, isso dificilmente vai acontecer. Então q se ponha na cadeia tb os pais, qdo houver aborto ilegal. Q eles sejam punidos tb. Contracepção é dever dos dois, homens e mulheres. Se há gravidez, ha culpa não é só de um. Geralmente se é indesejada é pelos dois. Então q a punição seja igual pros dois.

Anônimo disse...

"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!"
Isaías 5:20

Anônimo disse...

"Anônimo, a mulher só estaria lesando o homem, nesse caso se ele fosse proprietário do feto. Não é. O feto, biologicamente, é parte do corpo da mulher.

Se um homem quer um filho, creio que ele expressa essa vontade para a parceira e se ela tb o quiser, ocorre uma gravidez planejada né? Se ela não quiser, deixa claro e ele procura outra que queira: seria absurdo, por exemplo, obrigar a mulher a ter o filho só pq ele quer."

Beatriz, primeiro de tudo: eu sou mulher. E se engravidasse por acaso, o primeiro que faria seria contar pro pai, porque marginalizá-lo sem que haja um motivo muito forte para isso (como risco de vida ou violência) é menosprezar os sentimentos da outra pessoa. Mesmo que a barriga seja minha, que o corpo seja meu.

Como a Lola mesmo disse, de 50 a 80% das gravidezes não são planejadas, ainda que nem todas sejam indesejadas. Não é todo mundo que, antes de transar pela primeira vez, conversa sobre o tema e deixa claro o que quer e o que não quer. Então, pode haver uma gravidez e o homem ficar feliz por isso, e não arrasado, mesmo que nunca tenha falado ao respeito com a mulher. O fato de não ter verbalizado não significa que ele tenha menos "direito".

E por isso, se a mulher engravidar e não contar, é um ato de má-fé por ser algo que concerne aos dois (e não apenas a ela, porque a criação de um novo ser humano não se resume apenas à barriga e é o filho de ambos) e ela fazer o que achar melhor sem consultar. Claro, como mencionei antes, se houver perigo de alguma forma pra mãe ou pra criança (no caso de ela ter o filho sozinha) essa regra não vale. Mas acho que a autonomia da mulher, apesar de não ser anulada pela presença do feto (porque ser vista como uma barriga apenas é uó) deve ser ponderada para não cair no absoluto. Repito: um feto está aí dentro, mas ele é OUTRO ser, com OUTRO código genético e, logo logo, sairá e será independente.

Bem, quando uma mulher vai e força a situação para ter um filho de determinada pessoa, alterando as condições para a fertilização, ela está errada. Foi deliberado. Quando um homem vai e força a situação, não faz com camisinha de propósito, ou mesmo a fura (predadores reprodutivos; raros mas existem) também está errado. É deliberado. Mas quando já existe um feto aí dentro, a coisa é diferente.

Mas me parece uma coisa horrível você associar o que estou dizendo - que um homem precisa ter um pouco de poder para se fazer ouvir no caso de ficar com aquele filho, que é seu filho - que um homem forçar a mulher a ter seus filhos de maneira bruta, e até com o estupro. Se você soubesse de antemão que sou mulher, teria dito isso?

Anônimo disse...

E aliás, adorei isso da "inveja do útero". É algo pra se pensar.

André disse...

"Se alguns homens pelejarem, e um ferir uma mulher grávida, e for causa de que aborte, porém não havendo outro dano, certamente será multado, conforme o que lhe impuser o marido da mulher, e julgarem os juízes. Mas se houver morte, então darás vida por vida."
Exodo 21:22-25
Abortar, sem ferir a mulher rende apenas multa, nem cadeia nem o inferno.

Anônimo disse...

Anônimo disse... "Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!"
Isaías 5:20 - 12 de abril de 2012 17:45

>>>é realmente um amargor para uma grávida ser forçada ao que ela não quer... pode ser doce para quem não vai enfrentar as amarguras que essa mãe vai enfrentar... e da próxima vez, não seja ambígua/o e fale com clareza pois repetir feito papagaio é como que disputar com que gosta de dar murro em ponta de faca.

Anônimo disse...

Drica, será que não é raiva de não poder controlar o útero e o que se passa dentro dele, visto que os homens pretendem ou pensam controlar e dispor do corpo da mulher como se lhes apraz? Ou a raiva de não poder eliminar o resultado indesejado POR ELE após uma cópula? Convém lembrar que tantas vezes é o homem quem obriga a mulher a abortar ou foge da responsabilidade paterna. Como bem lembrou um dos ministros do STF, não há que se falar de instinto paternal. Por isso não vejo inveja e sim ódio e medo.

Beatriz disse...

Anônimo

Entendo que vc considere errado moralmente uma mulher não alertar o parceiro sobre a gravidez e decidir, sozinha, abortar. É una opinião pessoal sua que eu acho bem plausível. Mas não acho que seja uma questão de direito jurídico, como disse, e por isso não acho que cabe processo. É uma questão ética de foro íntimo, que a gravidez seja decidida em conjunto. Mas, se tratando do corpo da mulher, defendo que sempre a última palavra seja dela. É uma questão natural, gravidez é algo muito grande, e considero tortura e violência uma mulher ser submetida a isso contra sua vontade.

Sobre o código genético próprio, mitocôndrias tb o tem. Não considero isso um determinante da condição de ser vivo autônomo, independente. A atividade cerebral, sim.

E sim, repetiria meu argumento sabendo que vc é mulher. Aliás, o reafirmo aqui. Na nossa cultura somos criadas para reproduzir muitos dos pensamentos que nos lesam, e a falta de autonomia da mulher sobre o próprio corpo é um deles. Se vc é mulher e acredita que um homem pode processá-la se decidir sozinha sobre uma gravidez que está ocorrendo no seu corpo, saiba que esse argumento, levado as últimas consequências, pode ser usado contra vc para negar seu direito ao uso do poder de decisão sobre o próprio corpo e justificar o estupro. E não digo isso em tom agressivo não (embora, pelo assunto pesa, possa parecer).
É mais uma sugestão de reflexão mesmo.

desert eagle pistol disse...

Lord Anderson, quem é SP ?
Bom, de qualquer maneira, dá uma olhada no que escrevi para o Augusto.
Está lá as opiniões para as coisas que você disse

Sara disse...

Exelente comentário Beatriz, a analogia que vc fez foi perfeita!!!

Beatriz disse...

Desert eagle pistol, vc está rindo de quê? A inveja do pênis é uma terioa séria, existente na psicnálise, desenvolvido por Freud:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Inveja_do_p%C3%AAnis

Vc não é obrigado a conhecer, mas tenta se informar antes de bancar o Zé Graça e querer usar de ofensinha com os comentaristas. Senão vc paga mico.

Ana disse...

Gente, na boa, posso parar de comentar e só assinar embaixo do que a Beatriz escreve?

Ó, assino embaixo, Beatriz!

Drica Leal disse...

Anônimo das 17:57:

Sim, o ódio caberia dentro da frustração desse homem machista patriarcal por não controlar 100% as mulheres.

Mas a inveja é um sentimento mais complexo do que a gente imagina, nela cabem inclusive o ódio e medo que você citou.

Beatriz disse...

Desert eagle pistol

Bem, seu conceito de educação é bem diferente do meu. Achei grosseiro. Mas aceito sua premissa de que não quis ser ofensivo.

Chamar teoria científica de falácia só pq não a conhece, ou ela não atende seus propósitos, é uma manobra típica para fugir da discussão. Não aceita a ciência então, acha ingenuidade. Vamos discutir em cima de que premissa, nesse caso? O seu conhecimento de mundo? Sua noção da verdade absoluta? Não acho muito produtivo, não chegaremos a lugar nenhum. O que é, ao meu ver, exatamente o que vc quer aqui.

Beatriz disse...

Ana

Hahah, fofa vc <3

Ana disse...

Beatriz, olha, só vou assinar embaixo. Não vou me dar o trabalho de falar mais nada! Tá perfeito!

desert eagle pistol disse...

Sobre feminismo,

Leiam sobre a segunda onda do feminismo e seus intelectuais.

Beatriz disse...

Ué, o cara fala que ciência e teoria é falácia e agora está mandando a gente ler...

desert eagle pistol disse...

Os homens de verdade não querem controlar as mulheres. Pelo contrário, valorizamos nossas mulheres e queremos constituir um relacionamento saudável com elas de afeto, cumplicidade e respeito; mas queremos ter nossos direitos de pai reconhecidos em uma sociedade que insiste em denegrir a figura masculina, colocando canalhas e homens bons no mesmo balaio.

Beatriz disse...

Imagino que útil deve ser o que vc acha bom, certo?

Pô, manda a lista. Pq meu conceito de útil é "o que serve para alguma coisa". E aí, pode ser de Freud a "Como fazer os melhores cookies"...

Anônimo disse...

já virou bate boca

desert eagle pistol disse...

Beatriz, sobre seu comentário das 18:34,
Além disso,
Você quer usar um argumento científico que não cabe no que está sendo discutido, estamos falando de aborto, paternidade e você vem com inveja do útero?
qual o propósito disso? atacar o interlocutor que tem opiniões contrárias as suas?
Rebata minhas convicções, ao invés de usar desses esteios para tentar desqualificar minhas idéias. Você usando dessas teorias reduz o escopo da discussão, no mais.

Ana disse...

Desert eagle

Ai, que preguiça de você! Olha só, Freud tem uma teoria que as mulheres invejam o pênis. Mas a Beatriz falou que o que parece é que os homens invejam o útero, pq quem decide sobre ele somos nós, mulheres.

E pq? Pq do útero vem a vida. Sem o útero, não há vida e o homem não tem como controlar isso. Pq não pode, simplesmente, obrigar a mulher a ter um filho, entendeu?

Aí o desespero dos homens...

Que, coitadinhos, SÓ conseguem controlar todo o resto.

Passo a palavra agora à Beatriz, pq, né? Já tinha falado que ia me calar...

Beatriz disse...

Não fui eu que falei da inveja do útero. Uma comentarista falou, eu achei a ideia interessante para uma pesquisa científica, disse q o faria se fosse profissional da área e só.

O que fiz foi chamar sua atenção, quando vc riu e quis ironizar a respeito da inveja do pênis, te mostrando que essa teoria existe, é reconhecida; e adverti-lo que sua desinformação ao fazer piadinha estava te colocando em um papel ridículo. Como fez agora ao postar esse último comentário deixando claro que sequer leu o que eu escrevi.

Não me propus rebater convicção sua nenhuma. Nem quero: vc já deixou claro que não quer usar ciência em discussão,e eu não discuto com achismo. Isso pra mim só mostra que sua intenção aqui é não chegar a lugar nenhum, é se fazer ora de sabichão, ora de coitadinho.

Lord Anderson disse...

Desert

SO é sex pistols

seu antigo nick imagino.

e como assim sociedade denegrindo imagem masculina?

em vez de reclamar da pessima visão que tantas mulheres tem sobre homens, principalmente no caso da paternidade, não seria melhor ir em blogs e grupos masculinos e chamar o pessoal a refletir sobre nosso comportamento e sobre como nos envolvermos mais com a vida familiar?

não há nenhum movimento querendo tirar os direitos paternos, pelo contrario, oq se combate é aquele conceito retrogrado de autoridade paterna suprema e distante.

oq as feministas querem não é o chefe, macho alfa, provedor e sim um companheiro realmente participante da educação e criação dos filhos.

não sei pq ficar com lamurias baseadas em ameaças fantasiosas.

Beatriz disse...

Claro. Depois do "não preciso ler para..." seu perfil já ficou bem evidente.

Ana disse...

1) Peço desculpa à Beatriz por ter achado que ela tinha sido a primeira a comentar sobre a inveja do útero;

2) desert eagle quantos anos você tem para não saber um mínimo de Freud? 12? A preguiça de discutir com você é pq vc não tem um mínimo de cultura geral. É sério. O que estão ensinando nas escolas?

3)De resto assino embaixo o que a Beatriz falou e o que o Lord Anderson disse de se movimentar para entender porque os homens, em geral, estão tão mal vistos pelas mulheres.

Em tempo. Adoro homens. Principalmente aqueles que são carinhosos, tratam bem, fazem cafuné. E conheço vários assim. Só que são a minoria, pela minha experiência.

Anônimo disse...

Mentira! Vocês estão mesmo achando que dá para trocar uma ideia legal com um cara que escolheu o nome de uma pistola semi-automática para ser seu nickname?

Na boa, gente. Parem de perder seu tempo com esses presepeiros.

Beatriz disse...

Ana, imagina, eu entendi que vc está acompanhando a discussão, não tem q se desculpar não :)

Ana disse...

Desert...

E, na boa, vai ler. Leia bastante, o tempo todo, aprenda. Não conhecer a teoria de Freud sobre a inveja do pênis é quase um crime. Sério. Ninguém com menos de 12 anos pode se escusar disso.

Beatriz disse...

Anônimo

É vc tá certo. Isso sim foi ingenuidade minha.

Desencanei e vou tomar um chá viu. Se eu não engasgar de rir com o "ideias rápidas e precisas" ;)

Ana disse...

Beatriz, olha, se eu te conhecesse fora do mundo virtual até te chamaria pra tomar um chá de chocolate que uma amiga trouxe de londres... Pq acho que a gente precisa descansar depois da quantidade de "ideias rápidas e precisas" que presenciamos.

Anônimo disse...

"desert eagle pistol disse...
Lord,
Sex Pistols= banda punk com tendências anarquistas, que fazem um rock horrível.Enfim, uns vagabundos de quinta categoria.Esse cara deve ser no mínimo um infeliz, sinto por ele"

Minutos depois...

"desert eagle pistol disse...
Anônimo das 19:11

Você está carregado de estereótipos.Cadê a mentalidade aberta que se propaga aqui?
Leia o que escrevi para o Lord Anderson.Pare de julgar as pessoas fazendo falsa ilações."

bang!

Lord Anderson disse...

Desert

como os post dele eram identico aos seus, mesmo argumentos, mesmo "medo" das ameaças que o feminismo traria no futuro, mesmo mensão de que uma parcela majoritaria das lideranças do movimento tem postura misandrica, etc,

então concordo que ele deva ser bem infeliz mesmo.

Anônimo disse...

Olha, concordo inteiramente com a descriminalização do aborto. No entanto, acho que realmente o Supremo agiu como legislador, como apontou o Lewandowski, o que está errado. Acho que o que deveria ter sido feito era continuar pressionando o congresso para haver mudança na lei, e não forçar a barra por uma via desonesta.

Ou então assumir de vez que estamos alterando o sistema do estado. Mas fingir que eles só estavam "reinterpretando a lei" e pior, dizendo que aquilo não se tratava de aborto, achei sim hipocrisia.

Mas enfim, eles são os doutores em direito. Eu sou só um palpiteiro.

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