sábado, 12 de novembro de 2016

NAOMI KLEIN EXPLICA DERROTA DE HILLARY E VITÓRIA DE TRUMP

Adoro a jornalista e ativista canadense Naomi Klein
então vou reproduzir este artigo sobre as eleições americanas que ela escreveu (em inglês). Ele foi publicado no Outras Palavras, e no Instituto Humanitas Unisinos, mas eu o vi no site de outra pessoa que admiro pacas, Leonardo Boff. 
Concordo com boa parte do artigo, mas não tem como deixar questões de gênero de fora da análise. Em nenhum momento eu disse que mulheres deveriam ter votado na Hillary por ela ser mulher. O que me espanta é que 53% das mulheres brancas tenham votado num cara que abertamente odeia as mulheres (contra 94% das mulheres negras, por exemplo, ou 68% das latinas, ou 80% dos homens negros, que votaram na Hillary). 
Então fiquei sabendo de algo ainda mais estarrecedor: a maioria das mulheres brancas costuma votar no Partido Republicano! A maioria votou contra Obama em 2012 (56% votou em Romney). Desde 2004, acima de 55% das mulheres brancas votaram nos republicanos, o que é difícil de entender, já que eles sempre se mostram contrários aos direitos das mulheres. As mulheres brancas são o maior grupo dos EUA, representando 36%. É meio caminho andado ter maioria nesse segmento.
"Se vc votou em Trump
porque ele é anti-
establishment, adivi-
nhe: você foi
enganado
Outra coisa é que muitos homens brancos votaram em Trump não por ele representar o "anti-establishment" (um bilionário ser contra o sistema? Sério?), mas justamente por conta de seu discurso preconceituoso contra mulheres, negros, latinos e muçulmanos. 
Eu adoraria ter o otimismo de Naomi Klein e pensar que Trump ganhou por não ter uma alternativa à esquerda. Infelizmente, por mais que EUA e o mundo estejam sentindo na pele a crise do capitalismo, não me parecem dispostos a votarem na esquerda. Pelo menos não por enquanto. Mas vamos ao artigo de Klein.

Eles irão culpar, pela derrota de Hillary Clinton, o FBI e seu chefe, James Comey [que reabriu o caso sobre os emails possivelmente criminosos da candidata]. Vão culpar a supressão de eleitores e o racismo. Vão por a culpa na atitude Bernie or bust (ou Bernie Sanders ou nada) e na misoginia. Vão apontar para candidatos independentes e terceiros: a mídia corporativa, por dar a Trump uma tribuna; a mídia social por ser um megafone; e o WikiLeaks por expor a roupa suja em público.
Nem democrata, nem republicana:
de saco cheio
Mas estas avaliações deixam de fora o maior responsável por criar o pesadelo em que agora nos encontramos: o neoliberalismo. Essa visão de mundo -- totalmente incorporada por Hillary Clinton e sua máquina -- não é páreo para o estilo extremista de Trump. O fato de a disputa ter colocado um contra o outro é o que selou nossa sorte. Se não aprendermos mais nada, podemos por favor aprender com esse erro?
Eis o que precisamos entender: um enorme contingente de pessoas está sofrendo, nos Estados Unidos. Sob políticas neoliberais de desregulação, privatização, austeridade e comércio corporativo, seu padrão de vida despencou. Perderam seus empregos. Perderam suas aposentadorias. Perderam muito da rede de segurança que costumava tornar essas perdas menos apavorantes. Veem para seus filhos um futuro ainda pior do que o seu precário presente.
Ao mesmo tempo, testemunharam a ascensão da classe de Davos — uma rede hiperconectada de bilionários do setor financeiro, que elegeu líderes espantosamente próximos de seus interesses, e celebridades de Hollywood que fazem tudo parecer insuportavelmente glamourosas. O sucesso é uma festa à qual eles não foram convidados, e eles sabem que essa riqueza e poder crescentes está de alguma forma diretamente ligada às suas dívidas e impotência progressivas.
Para as pessoas que viam segurança e status como direitos de nascença -- e isso significa homens brancos, principalmente -- essas perdas são insuportáveis. Donald Trump fala diretamente para essa dor. A campanha do Brexit falou para essa dor. Também o fazem os partidos de extrema direita que crescem na Europa. Eles respondem a isso com um nacionalismo nostálgico e raiva das remotas burocracias econômicas –-- seja Washington, o Acordo Norte-americano de Livre Comércio (Nafta), a Organização Mundial de Comércio ou a União Europeia. E claro, respondem a isso batendo nos imigrantes, latinos e negros, vilipendiando muçulmanos e degradando as mulheres. O neoliberalismo de elite não tem nada a oferecer para essa dor, porque o neoliberalismo lançou a classe de Davos. Pessoas como Hillary e Bill Clinton são o brinde da festa de Davos. Eles são, na verdade, a própria festa.
A mensagem de Trump era: “Está tudo um inferno.” Clinton respondeu: “Está tudo bem.” Mas nada está bem -- longe disso.
As respostas neofascistas à insegurança e à desigualdade generalizadas não vão desaparecer. Mas o que sabemos dos anos 1930 é que, para lutar contra o fascismo, é preciso uma esquerda de verdade. 
Uma boa parte do apoio a Trump poderia ser afastada se houvesse sobre a mesa uma agenda redistributiva genuína. Uma agenda para tributar da classe bilionária com mais do que retórica, e usar o dinheiro para um New Deal verde. Esse plano poderia criar uma onda enorme de empregos sindicalizados bem pagos, trazer recursos e oportunidades extremamente necessários para as comunidades negras e insistir em que poluidores deveriam pagar pelas ações de formação necessárias para que os trabalhadores sejam inteiramente incluídos nesse futuro.
Tal plano poderia desenhar políticas que lutassem ao mesmo tempo contra o racismo institucionalizado, a desigualdade econômica e as mudanças climáticas. Ele poderia enfrentar maus acordos de comércio e violência policial, e honrar o povo indígena como os protetores originais da terra, da água e do ar.
As pessoas têm direito de estar com raiva, e uma agenda de esquerda poderosa e multitemática pode dirigir essa raiva para onde ela deve ser dirigida, enquanto luta por soluções globais que unirão uma sociedade desgastada.
Essa articulação é possível. No Canadá, começamos a pavimentar essa união sob a bandeira de uma agenda popular denominada The Leap Manifesto (O Manifesto do Salto), endossado por mais de 220 organizações, do Greenpeace do Canadá ao “Black Lives Matter” de Toronto e alguns dos nossos maiores sindicatos.
A surpreendente campanha de Bernie Sanders percorreu um longo caminho na direção de construir esse tipo de coalizão, e demonstrou que há espaço, nos EUA, para o socialismo democrático. Mas Sanders não foi capaz de se comunicar com os eleitores negros mais velhos e latinos que são, demograficamente, os que sofrem mais abuso do nosso modelo econômico atual. Esse fracasso impediu a campanha de atingir seu potencial. Aqueles erros podem ser corrigidos e uma coalizão forte e transformadora pode ser construída.
Essa é a tarefa que temos à frente. O Partido Democrata precisa ser, ou decididamente arrancado dos neoliberais pró-corporações, ou abandonado. De Elizabeth Warren a Nina Turner aos membros do Occupy que tocaram a campanha inovadora de Bernie, há hoje — mais do que em qualquer outro momento — um campo de líderes progressistas inspiradores para uma coalizão mais forte. Estamos cheios de líderes, como dizem muitos do Movimento pelas Vidas Negras.
Então, vamos sair do estado de choque o mais rápido possível e construir o tipo de movimento radical que tem uma resposta genuína ao ódio e medo representados pelos Trumps neste mundo. Vamos deixar de lado tudo o que está nos mantendo separados e começar já.

24 comentários:

Anônimo disse...

este filme mostra sobre parte do que vc disse sobre a desregulamentação e a crise de 2009
https://vimeo.com/39018226
“Trabalho Interno” - “Inside Job”

Anônimo disse...

O Trump deu um turn down for what na imprensa mundial, foi lindo de se ver.

Anônimo disse...

mulher apoiando Trump é a mesma coisa dos dino apoiando o meteoro

Anônimo disse...

O texto é grande demais pra explicar algo simples: o ciclo de esquerda se acabou.
O pobre não vota mais na esquerda, porque sabe que a mesma não resolve os problemas.

No Brasil, exemplo clássico disso é o resultado no Rio de Janeiro. O pobre votou no crivela. Freixo só ganhou em bairros da elite como o Leblon e Copacabana.

Nos EUA, a classe artística apoiou massivamente a candidata do Obama, com medo de perder a boquinha.

Hoje em dia, é cult ser de esquerda. Só que a parcela "cult" da sociedade é muito pequena e não consegue eleger ninguém :)

E apertem os cintos, 2017 teremos Marine Le Pen e Geert Wilders na europa. E em 2018 o mito por aqui :)

Anônimo disse...

Hum... Entendo que as eleições dos EUA são um tema importante. Sei que afeta sim o nosso país e vários outros. Mas não é a primeira vez que os EUA elegem um idiota. E nem será a última. E não é o fim do mundo, pq presidente não é rei absolutista, ele não fará exatamente o que quer. Nossa! Temos problemas mais graves acontecendo no Brasil agora. Na lista dos "10 maiores problemas brasileiros", o Trump não aparece.
Sei que a dona do blog é livre para escrever quantos textos sobre isso ela desejar. O blog é todo dela. Mas é que há pouco tempo ela reclamou da queda na "audiência" do blog. Ficar dias falando de um mesmo assunto é bem chato. E absolutamente sem propósito.
Eleição do Trump foi mt triste? Sim. É mt grave? Sim. Tem um poder simbólico mt grande para oq existe de mais podre na direita? Sim.
É o fim do mundo? Não.
A humanidade acaba sempre que os EUA elegem um palhaço? Não.
Vms virar a página
Booooring.

Unknown disse...

Seva esquerda se acabou, não acredito, ela precisa se transformar é pensar o que pode ser feito para contrapor esse avanço conservador que sabemos (e vemos) onde esta nos levando: retrocesso social, maior concentração de ruqueza e manutenção da exclusão das minorias, incluindo aí mulheres.

donadio disse...

Bom, o texto da Naomi pelo menos coloca as coisas na ordem correta: a Hillary era a candidata do neoliberalismo. O Trump é ainda um enigma - ele é um Berlusconi ou um Mussolini? Um oportunista ou um fanático? A sua retórica de campanha foi só um instrumento para ganhar a eleição, ou ele acredita nela?

Mas a retórica dele é toda anti-neoliberal. Sim, é um anti-neoliberalismo de direita, isolacionista, bem ao gosto da pequena-burguesia e do pequeno capital norte-americanos. Mas põe um obstáculo no caminho do pensamento único e da receita única. Agora vamos esperar para ver se é uma tragédia - com o Trump realmente tentando reverter a roda da história e reimplantar o modelo de capitalismo nacional que motiva a nostalgia dos brancos pobres norte-americanos, e fracassando previsivelmente, ou uma farsa - com o Trump basicamente dizendo "brincadeirinha" e voltando a sustentar a agenda do grande capital, neoliberal e globalizante.

É por isso que é equivocado tentar comparar a vitória do Trump nos EUA com o golpe no Brasil. Não há da parte do golpe nenhuma demagogia minimamente crível no sentido de restaurar um passado imaginário, não há nenhum nacionalismo verossímil, não há nenhum projeto de país, não há nenhuma capacidade de mobilização popular - fora do niilismo mais absoluto que a gente começa a ver por aqui mesmo nos comentários: "não quero me dar bem, só quero que todo mundo se dê mal". Bolsonaro? Ele pode fazer coro com o Trump no que toca à parada gay, aos direitos das mulheres, e talvez no racismo explícito. Mas muito ao contrário do Trump, ele não vai se opor, nem mesmo só no discurso, a tratados de livre comércio. Nem vai trocar mensagens cordiais com o Putin, por que, ao contrário da base do Trump, a base do golpe é profundamente anti-russa, não consegue raciocinar fora do esquema da guerra-fria.

O Rio de Janeiro (assim como Brasília) de fato tem uma geografia política mais parecida com os Estados Unidos, com a periferia votando mais à direita do que o centro. Mas no resto do Brasil a coisa não funciona desse jeito; mesmo em São Paulo o Dória venceu melhor nas áreas nobres do que na periferia. E aí tem uma coisa que não tem como ser igual no Brasil e nos EUA: a composição racial da nossa população não permite a nenhum partido ganhar eleições sistematicamente sem ter votos de negros e pardos, que os Republicanos podem dispensar. E uma plataforma como a do Bolsonaro ou do Trump não tem como conquistar esses votos. A homofobia e o machismo podem passar, mas o racismo não tem como.

Anônimo disse...

Até quando vc vai ficar falando nesse assunto Lola?

Anônimo disse...

Gente, é bem simples: ficar demonizando brancos/homens/classe-média é uma retórica vazia e completamente exaurida, tanto nos EUA como no Brasil.

Por exemplo, os Petralhas passaram os 13 anos de governo falando mau da classe média. Depois ficaram surpresos quando a mesma se mobilizou.

Como conservador, acho que a maior contribuição do governo petralha ao Brasil é a seguinte: nos ajudou a nos organizarmos.

A esquerda é extremamente organizada e, consequentemente, conseguiu impor os seus desmandos apesar de ser parte de uma minoria. Isso acabou. Como disse o Coronel Telhada, "a casa caiu cumpanhêros". E bolsomito será o nosso próximo presidente :)

Anônimo disse...

Até quando ela quiser ! O blog é dela. Se ela quiser, ela fala dos EUA... O DIA INTEIRO ! Não tá satisfeito, migolino ? Bem... Ninguém tá te impedindo de parar de entrar aqui neh ?

lola aronovich disse...

Bom, eu sei que o assunto já está cansando, mas o fato é que teremos que sofrer os resultados dessas eleições americanas pelos próximos quatro anos. E é ingênuo achar que Trump no poder só afeta os EUA. Mas ontem (sábado) eu não ia publicar nada, porque a galera mal lê blogs no final de semana. Acabei encontrando este artigo muito bom da Naomi Klein e o reproduzi aqui porque sinto que ainda há muitas análises faltando.
Mas obrigada pela resposta, anon das 11:57!

Anônimo disse...

Eu acho esse texto muito bom, o melhor publicado até agora sobre esse assunto ''trump''. Se incomoda tanto a trolls/bolsominions, melhor ainda.

Anônimo disse...

Essa Naomi Klein é parente do Jonas Klein?

Anônimo disse...

Obama
65 915 795
Romney
60 933 504


Hillary
60.981.118 votoss
trump
60.350.241 votos

Não foram as mulheres brancas que deram a vitória ao Trump, marginalmente a % caiu de 56 para 53, quem derrotou a Hillary foram os 5 milhões de votos a menos que o Obama, já que o adversário dela recebeu até menos votos que o anterior candidato republicano (600.000 votos).

Provavelmente, a perda de votos seja pior quando se retirar o peso da Califórnia e de Nova York, inclusive entre os homens negros e os universitários, em parte se deve até a luta dentro da escolha que se cunhou o lema; Sanders or bust.


Anônimo disse...

sim, donadio, tem uma diferença fundamental entre a direita do brasil e a direita do trump (que não é a do partido republicano) que é: enquanto lá se apela pro nacionalismo, assim como na europa, indo contra a abertura do mercado, os acordos de livre comercio, a direita pastoril e cristã aqui quer abrir ate escancarar o mercado brasileiro e firmar todos os acordos de livre comercio com os países do norte. enquanto claro quer ser mais papisa que o proprio papa no que corresponde ao discurso da guerra fria antirussia. então aqui estao obcecados com acordos de livre comercio que nem de longe implicam numa igualdade de condições, enquanto lá, os do norte mesmo sendo mais beneficiados nesses acordos querem correr léguas deles. basta ver a impopularidade do acordo ttp. e a direita pastoril sabe disso, acontece que nao se importa, ja que se beneficia individualmente desse modelo. mas muito embora "as groupies excitadas e molhadinhas" dos politicos dessa vertente frankstein da direita (como o coleguinha aí de cima) compactuem com esse desprojeto de país, que aliás vai na contramão do mundo ja que o mundo tá se fechando como mostra trump e brexit, é um caminho loooooongo pra convencer a população fora da caixa de comentário dos sites de direita de que o desmonte é o melhor projeto só pq resgata no discurso um torturador que a maioria da população nunca ouviu falar, provavelmente nunca ouvirá ou se interessará. tanto é assim que se bem a direita se organizou como disse o coleguinha aí nos protestos, essa organização tá LONGE de se traduzir em apoio ao presidente atual que implementa uma agenda regressiva de ajustes. daí que o salvador da pátria ostenta o mesmo numero de aprovação que a presidenta no fundo do poço. e mesmo depois da campanha difamatoria diária, lula continua sendo o primeiro nas pesquisas. ja os candidatos da centro direita continuam com votos minguados enquanto a extrema direita continua desconhecida da maior parte da população e inexpressiva. quanto à pauta moral, essa é mais agregadora, até pq qualquer pauta é mais agregadora que a pauta do desmonte do estado, entao realmente nao é assim um grande feito. mas será que tão agregadora assim? o que a eleição do crivella mostrou é que a direita pastoril precisou baixar a bolinha aí do racismo, da perseguição religiosa e até da homofobia pra conseguir os votos que conseguiu, para além do eleitorado evangélico. e essa é a estrategia explicita pra se chegar no executivo nacional. tivesse o pastor o mesmo discurso do trump teria ele sido eleito aqui? me parece dificil. como disse o donadio, se bem o racismo jogou um papel importante lá, a composição da população aqui é muito diferente. os pretos aqui são maioria. o que nao quer dizer que nao somos racistas. é só que o racismo aqui tem como base a miscigenação e convoca outro discurso. mas essa analise é por demais complexa pra cabecinha da groupie que acha que hillary é de esquerda e uma derrota dela é uma derrota da esquerda e que continua parada na fase oral (ja ouviu falar de freud?) com esse papo eterno de boquinhazzzzzz.

Anônimo disse...

Eu acho esquisito demais mulher votar no Trump PORÉM, como mulher, eu também não votaria na Hillary. Os americanos realmente se deram muito mal nessas eleições. Não que a gente possa falar muita coisa daqui né.

donadio disse...

"o adversário dela recebeu até menos votos que o anterior candidato republicano (600.000 votos)."

Ainda faltam uns 4 milhões de votos a serem contados. Como quase todos são da Califórnia, a Hillary vai ter a maioria deles, mas deve sobrar mais de 600.000 para o Trump. Mas você tem razão, a Hillary perdeu para si mesma, e os democratas fizeram provavelmente a pior escolha possível - numa eleição em que era perceptível o cansaço com candidatos tradicionais, eles escolheram a candidata mais tradicional que tinham à mão. O Trump é tão ruim que conseguiu perder no voto popular, mas mesmo assim faltou neurônio para os democratas ao escolherem que ia representá-los.

Anônimo disse...

Antes de falar de esquerda ou até de direita, pesquise sobre a política americana e seus partidos. Deve ser um desses que jura que Democratas são esquerda. Ou um que se confundiu com o que foi dito no texto.

Anônimo disse...

No Rio de Janeiro o número de votos em branco e abstenções superaram os votos do Crivella.

b) Vai estudar Hilary não é de esquerda.

C) Sinceramente eu estou feliz em ver a direita no poder pois estou vendo a classe média pão com ovo levando pancada e vai entender que não é rica.

Anônimo disse...

donadio, segundo o El pais a California acabou, resta de significativo os estados de Utah (83%) e Washington (82%), o resto é como Illinois é 99,alguma coisa.

Mas, a que usei a fonte da AP, que esta atualizado nos votos totais, mas mesmo caindo, o voto nos independentes este ano parece que será maior que na 2012, por isso Hillary e Trump terão menos votos que Obama e Romney.


Anônimo disse...

hillary foi quem de fato venceu a eleição, só "não ganhou" pq o sistema eleitoral dos eua é uma completa farsa

a última vez q um candidato tomou posse da presidência sem ter levado a maioria dos votos, vcs já sabem o q aconteceu... o oriente médio foi de já ruim pra MUITO pior, com o tramp os eua entram em falência de vez, assim como as empresas q ele geria.

é a agora q china e a rússia se tornam a tão sonhada superpotência do mundo

não q os u$a sejam coisa boa, mas rússia-china nova superpotência global??? deus nos proteja

Mila disse...

O texto foi bem elucidado, principalmente pq os analfabetos políticos brasileiros acham que o partido Democrata é a "esquerda" americana e Hillary no poder significaria uma Dilma. Ouvi esse discurso raso e ignorante de brasileiros que acham que Trump "endireitariam" os EUA das mãos do "comunista" (agora tá na moda isso, o povo ressurgiu com a ameaça comunista" Obama e da feminazi Hillary Clinton.
A vitória de Trump reflete muito mais o fato de que discursos extremos e o papo messiânico de "tornar a América grandiosa de novo" dialogam muito mais com o fato da realidade estar uma droga e de nostalgia com os velhos tempos, onde tudo tinha "seu lugar". É um papo que a extrema direita está usando em tempos de crise, as pessoas sentem segurança em quem promete que tudo vai voltar ao tempo de antes.
Fenômeno que pode ser muito bem observado no Brasil, vale ressaltar.

Anônimo disse...

Depois quando dizem que mulher branca oprime homem negro e q brancas são a segunda voz mais altiva para oprimir socialmente, contestam.

donadio disse...

"donadio, segundo o El pais a California acabou, resta de significativo os estados de Utah (83%) e Washington (82%), o resto é como Illinois é 99,alguma coisa."

Segundo este site, https://docs.google.com/spreadsheets/d/133Eb4qQmOxNvtesw2hdVns073R68EZx4SfCnP4IGQf8/htmlview?sle=true#gid=19 , o Trump já tem quase 62 milhões de votos, bem mais do que o Romney teve em 2012. E a Hillary, mais de 63 milhões - menos do que o Obama, mas longe de cinco milhões a menos (mais para dois milhões e meio a menos, na verdade).