quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

COMO AFASTAR MULHERES E NEGROS DAS ÁREAS DE CIÊNCIAS QUANDO MAIS SE PRECISA DELXS

Este artigo de Jennifer Selvidge mostra algumas das dificuldades que uma mulher enfrenta na área tecnológica, uma área ainda vista como masculina. Pedi à querida Elis para que o traduzisse:

Todxs nós já ouvimos as notícias preocupantes: precisamos de um milhão de novos profissionais formados nas áreas de CTEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática), estamos em uma crise. [No Brasil também é assim: calcula-se que temos um déficit de pelo menos 40 mil engenheiros]. No entanto, nós, como sociedade, parecemos estar sofrendo de alguma espécie de dissonância cognitiva, porque com o mesmo fervor, ou ainda mais, estamos desencorajando sistematicamente mulheres e pessoas negras de buscarem formações e carreiras nos campos de CTEM.
Estou no último ano da minha graduação no MIT (Massachusetts Institute of Technology), sou engenheira de materiais, uma estudante com notas altas, e sou mulher. E também já ouvi centenas de vezes que não mereço estar onde estou. As decisões de admissão do MIT são divulgadas no dia 14/03 todos os anos. Às oito horas da manhã do dia 15, todo mundo na minha escola sabia que eu havia sido aceita. Muitas pessoas vieram me parabenizar naquele dia e posteriormente. Mas, estranhamente, elas pareceram insistir em me lembrar que “é muito mais fácil entrar quando você é mulher, porque eles têm muito menos candidatas mulheres".
A ideia de que havia algum tipo de cota para mulheres seria repetida para mim muitas e muitas vezes nos meses seguintes, e as coisas só pioraram quando cheguei ao MIT. Eu ouvia comentários maliciosos de meus colegas o tempo todo, variando de “estão forçando alunos negros e hispânicos que nem querem estar lá a fazerem faculdade” a “estão rejeitando candidatos qualificados em favor de candidatas menos qualificadas”.
Ingenuamente, imaginei que as coisas melhorariam conforme eu ficasse mais velha. Achei que a minha comunidade começaria a me respeitar e deixaria de atacar meu direito de estar ali. Pelo contrário, as coisas pioraram. Os professores, sem cerimônia, faziam comentários sobre a metalurgia ser um “campo masculino” e tentavam humilhar publicamente nossas poucas professoras. Um dos assistentes de ensino tentou me convencer de que pessoas negras são geneticamente inferiores em decorrência das práticas de reprodução empregadas na época da escravidão. Outro assistente tentou me usar como serviço de encontros online, pedindo que eu lhe desse o telefone de uma mulher que estava em uma foto comigo no Facebook e tentando me persuadir a ir à casa dele, o que configura assédio sexual.
A misoginia e o racismo que sofri e testemunhei no MIT se tornaram cada vez mais preocupantes, com professores fazendo piadas do tipo “voltem para a cozinha” e o que pareciam ser legiões de alunos de PhD assediando sexualmente alunas de graduação. Eu vi muitas de minhas colegas negras trocarem de departamento e ouvi histórias de terror sobre seus conselheiros que as pressionavam a fazê-lo. Ao mesmo tempo, as vi passar de alojamento a alojamento e por fim deixarem os alojamentos do MIT em busca de um lugar onde pudessem viver livres de assédio. 
E essas coisas têm consequências. Trocar repetidamente de departamento pode forçar as pessoas a se formarem com atraso. Trocar de alojamento com frequência dificulta encontrar um grupo fixo de amigos com quem estudar. Dinheiro e oportunidade vão pelo ralo. Como é que eu, minhas colegas e meus colegas negros podemos esperar prosseguir em doutorados, mestrados e conseguir trabalhar no setor, quando as pessoas que distribuem as aprovações, notas e cartas de recomendações, bem como nossos futuros colegas, nos veem como “pedaços de carne” e/ou geneticamente inferiores?
Neste ano, estou andando pelos corredores do MIT pela última vez e escrevendo minha tese. E enquanto eu certamente preencherei meus dias com a caracterização óptica (trabalho com óptica), minha mente também ficará cheia de preocupações com o futuro. Eu sei que meu nome -- Jennifer -– no topo do currículo terá um papel tão decisivo para determinar meu valor como candidata a um doutorado quanto os vários artigos em que sou listada como autora. E sei que mesmo tendo quase todas as notas máximas, ainda não serei bem recebida em minha comunidade científica e como engenheira. 
Competirei com homens brancos com desempenho inferior e menos experiência em pesquisa que provavelmente serão escolhidos em meu lugar, como acontece com os professores nos comitês de graduação. Afinal, alguns desses mesmos membros dos comitês das escolas de graduação provavelmente se lembram com nostalgia "daqueles dias em que homens eram engenheiros e mulheres eram comissárias de voo". 
Os problemas das áreas de CTEM são as pessoas dessas áreas. Eu não deveria ter que me esforçar para alcançar as pessoas, quando já estou na frente delas.

92 comentários:

Anônimo disse...

Neil Degrasse Tyson on being Black, and Women in Science :

https://www.youtube.com/watch?v=z7ihNLEDiuM

em ingles, mas vale a pena ver, pois está muito relacionado a este post.

jair machado rodrigues disse...

Só os fortes sobrevivem, neste mundo, infelizmente preconceituoso...eu lamento muito, pois só se consegue atraso.
ps. Carinho respeito e abraço.

Anônimo disse...

"Eu não deveria ter que me esforçar para alcançar as pessoas, quando já estou na frente delas."

Por favor apaga essa parte. Faz a moca parecer arrogante pra caralho.

Anônimo disse...

12:23

Não acho arrogância não, acho uma síntese do que ela passa.

Anônimo disse...

Por que tanto artigo produzido nos Estados Unidos e simplesmente traduzidos?

Seria mais legal contar coisas acontecidas no Brasil.

antianonimo disse...

Não entendo esta necessidade de não falar que vc é bom em algo para não ofender os frageis sentimentos das pessoas.

Se ela é boa, se ela está na frente da maioria, se ela é competente, isto não é arrogancia é uma constatação.

Se vc não gosta de ler que ela é superior é um problema seu

Anônimo disse...

Concordo com o anonimo das 12:43. Reconhecer que você é bom em algo não é arrogância. É auto-conhecimento.
Infelizmente as pessoas, especialmente no Brasil, foram educadas para se fazerem de coitadinhas para conseguir a simpatia das demais, e acabam confundindo esse comportamento doentio com humildade.

ok, agora chega, já estamos nos desviando do assunto de novo!

Unknown disse...

Olá Lola e Jennifer.

Achei interessante o texto, agora esta acusação aqui:

"quando as pessoas que distribuem as aprovações, notas e cartas de recomendações, bem como nossos futuros colegas, nos veem como “pedaços de carne” e/ou geneticamente inferiores?"

Eu ache bastante absurda, eu sei que dentro da área de tecnologia tem muita gente idiota e preconceituosa, mas generaliza assim também não e certo.

Por fim quero lembrar a todos que quanto mais fraco(a), você demonstra ser mais oprimido(a) será, lamentavelmente e assim que o mundo é atualmente.

Boa tarde

Anônimo disse...

O empoderamento feminino passa pelo constante exercício do livre arbítrio, e que se dane o que os outros(preconceituosos!) pensam.

Anônimo disse...

mas n são vcs que adoram cotas?

Anônimo disse...

Sou negra e professora de História, gostaria de dar umas opiniões.

a) Na minha opinião a área de exatas, está em crise porque existe uma carência de bons professores, a grande maioria dos professores da área de exatas, gostam de dificultar a matéria, botar medo e terem fama dos professores que mais reprovam os alunos, a consequência desta arrogância, estamos sentindo no mercado de trabalho.

b) Sou negra e historiadora, passei um racismo absurdo na faculdade, porque sempre me destacava, os outros alunos chegavam a insinuar, que os professores ajudavam- me, então meus amigos eu afirmo o negro que ascende na sociedade brasileira vai sofrer racismo, porque para os brancos, lugar de negro é ocupando funções simples. Mas afirmo nossa resposta deve ser a cabeça erguida, orgulho da nossa História, que é linda, e nunca deixarmos de estudar.

c) Também sofri preconceito porque sou uma mulher que estuda o feminismo na sociedade, na universidade nunca esqueci um imbecil que afirmou, que eu pesquisava a História em revistas femininas, com ar de deboche, sabe qual foi a minha resposta ? terminei o curso com 10 na monografia, assim que nós mulheres vencemos o machismo mostrando nossa capacidade.

d) A moça não é arrogante ela estuda e sabe da sua capacidade

Anônimo disse...

Achei que a moça do post é uma baita duma fodona! Como disse outro comentarista, essa "humildade" brasileira é um baita de um atraso de vida.
You go girl!

Anônimo disse...

"Competirei com homens brancos com desempenho inferior e menos experiência em pesquisa que provavelmente serão escolhidos em meu lugar, como acontece com os professores nos comitês de graduação. "

Nossa que derrotismo.

Não tenho como procurar agora, mas lembro de duas matérias relevantes para o tema da postagem. Uma dizia respeito a nomes femininos e outra, de nomes "negros" encabeçando currículos. Explico o "nome negro": a cultura negra norte-americana muitas vezes valoriza nomes "etnicos" comuns à comunidade negra, como Ebony, Aliyah, Makayla, etc.

Basicamente o conselho dado era simplesmente abolir o primeiro nome, trocando-o por uma inicial (Ex. J. Smith).

Será que isso daria certo no Brasil, superado o choque do entrevistador ao ver a pessoa que não estava esperando?

Uma outra coisa que eu acho bem justa seria fazer como estão fazendo com cantores de ópera: você faz a entrevista e a audição sem a pessoa saber como você é.

Um dia né? Quem sabe.

@vbfri disse...

Uma mulher negra aceita no MIT é raríssimo. E manter notas altas lá é tarefa árdua. Então, sim, a moça já está à frente de MUUUUUITA gente. O MIT é uma das melhores universidades DO MUNDO. Não dos EUA. Não do estado. Do mundo. Pessoas se estapeiam para conseguirem ser aprovadas e muitos são os que desistem, seja por qual motivo for.
Então, concordo com quem falou que ela está correndo atrás de quem ela já está na frente.
Nos EUA também as mulheres brancas são preteridas quando há um homem branco e hétero com um pouco menos de qualificação. Mulher negra, então, na área de tecnologia, tem que fazer milagre para conseguir ser contratada. Basta ter um engenheiro formado em uma universidade um pouco menos conhecida.
Cabe destacar que ex-alunos do MIT representam 81 ganhadores de Nobel.
Minha mãe se formou em geologia, profissão bem "masculina". Isso no início dos anos 80. Até hoje ela é preterida e, recentemente (ano passado), um homem que está a menos tempo na empresa (significativamente menos tempo - ele está lá há 10 anos e ela há 25) foi escolhido como geólogo-sênior e minha mãe (mais antiga, mais qualificada e com currículo mais recheado) continua como geólogo-pleno.
Isso que, na universidade, ela tinha que fazer um trabalho sempre bem melhor que os colegas homens para "provar" aos professores que ela era, de fato, melhor do que eles.
Alguns professores dela chegaram a falar que o DEVER deles era dar notas MENORES às mulheres para que elas saíssem da geologia, pois essa era uma profissão para HOMENS.
A matéria que ela fez com esse professor ela tirou nota máxima em todas as provas e todas as listas de exercício.
Ainda assim, consideram os colegas dela melhores.
Daí vai a galera chorar porque não tem pessoas de exatas.
Ah, sabem o que a empresa onde a minha mãe trabalha está fazendo?
Dando palestras para adolescentes no ensino médio para incentivá-los a entrar nas áreas de engenharia, geologia e outras profissões relacionadas a ciências e tecnologias.

Claudio disse...

O homem branco bonito heterossexual É O ÚNICO QUE NÃO É CORPORATIVISTA!

Se dependesse dessa história de cota, o homem branco heterossexual só ocuparia apenas 1 vaga em cada profissão.

Vão estudar car*lho, os melhores serão chamados, independente de qualquer coisa!

Bizzys disse...

Eu estudei Engenharia de Computação, formei no meio de 2014, e trabalho como programadora. Sempre que a Lola publica um post/guest post sobre machismo na área de Exatas vem gente falando que "não é bem assim" - geralmente, homens brancos e heteros.

Sou parda e, ao contrário da autora do texto, não cheguei a sofrer racismo na faculdade (não explícito, pelo menos), mas era bem raro ver um negro nas salas de aula. Os professores eram todos brancos. Tive 7 professoras ao longo do curso, mas 4 delas davam aulas de matérias não-relacionadas a programação/tecnologia. Já ouvi piadas sobre as professoras serem loucas/mal-comidas/velhas/feias e uma delas era bonita demais para estar na engenharia.

Já ouvi mil vezes aquela ~piada~ em que deus pergunta para a mulher se ela quer ser bonita ou engenheira. Um professor já disse que deveria dar mais pontos para minhas amigas e eu por sermos mulheres, enquanto outro disse que deveria tirar mais pontos pela mesma razão. Um professor, ao ver que nosso grupo (só de mulheres) fez um trabalho muito bom, perguntou se a gente tinha "pedido ajuda para os meninos". Um professor, no 9º período, teve a pachorra de dizer para a turma que, se quiséssemos ganhar dinheiro fácil sem trabalhar, os homens deveriam ter virado jogadores de futebol e as mulheres, prostitutas. Ele não usou a palavra "prostitutas", mas deixou bem claro que era isso. E não pudemos reclamar, porque um cara desses tem o poder de te ferrar com as notas e atrapalhar sua formatura.

Trabalho em uma empresa de TI e, novamente, quase todos os funcionários são brancos. Vi uma moça (não sei o cargo) parda. O office boy e a faxineira são negros. Nunca sofri assédio, mas ouço piadinhas machistas quase todo dia. O pessoal aqui sabe que sou feminista e isso tem um lado bom e um lado ruim: às vezes eles maneiram nas ofensas machistas, outras vezes falam bosta só para me irritar.

Então, dá para generalizar sim: as áreas de Exatas e de TI são antros machistas e racistas. As pessoas (leia-se homens brancos heteros) fazem o que podem para te deixar desconfortável, porque eles acham que ali não é o seu lugar. Nós, mulheres, precisamos provar o tempo inteiro que somos tão competentes quanto qualquer colega. Se somos melhores, eles se recusam a reconhecer, acham que recebemos alguma vantagem pelo nosso gênero. Viver com isso é exaustivo, e por essa razão várias pessoas largam essas áreas.

A única coisa boa é que essas intimidações estão perdendo a força. Vai ter mulheres e negros nas CTEM sim, e se reclamar, vai ter o dobro! :)

Anônimo disse...

Nada mais que a verdade. Eu estou no último ano de engenharia civil e sofri diversos preconceitos. Meu primeiro estágio, o mestre se negou a me ajudar em diversos momentos. Quandosprocurei outros, depois de fazer cursos nos Senai, onde fui chacota diversas vezes, afinal pra quê eu uma mulher ia querer saber de azuleijar? Fui em uma obra e deixei um cadastro, minha letra A é aberta, logo passível de confusão. Fui chamada para entrevista e lá, me disseram, que eu era muito bonita pra ficar em obra, respondi que tinha 26 anos e era madura o suficiente para encarar o trabalho. A resposta foi que mesmo velha, isso mesmo, velha, eu tinha cara de boneca.E pra preservar era melhor eu ficar em escritório.. Eu fiquei mt triste pois realmente gosto do que curso.Não posso dizer que não tenho colegas em obras, pq tenho. Mas eu sou ótima aluna, faço cursos de atualização e estou resignada a trabalhar em projetos ou qualquer coisa dentro de um escritório. E pra ser pior, um dos cheees da empresa onde trabalho, deixa claro, mulher na sede dele, não vira coordenadora. Apesar do avanço, preconceito contra mulher em áreas que eles chamam de masculinas, é real e frequente.

Anônimo disse...

Me vi nesse relato. Como Engenheira recém formada e uma beleza "dentro dos padrões" vamos dizer assim, já ouvi de tudo: que eu transava com professor, que não pode ser bonita e Engenheira ou gostar de exatas, que eu seria massacrada pelos alunos homens, que engenharia não é lugar pra mulher, e que as moças do curso, em especial as bonitas, deveriam sair e fazer outra coisa. Tudo isso aqui no Brasil mesmo! Fora no meu trabalho antigo, entrei como a primeira estagiária mulher numa area de fabrica onde trabalhavam 100 homens. Demorei meses para impor algum respeito (saí como uma das melhores estagiárias que a área ja teve), fora o assédio, fora o ter que provar o tempo todo que eu merecia estar ali e que sou inteligente. Fazer um curso de exatas é para as fortes, muitas vezes pensei em desistir!

Cão do Mato disse...

O Brasil tem um deficit de 40 mil engenheiros???? Acho que esqueceram de avisar os engenheiros...

Anônimo disse...

Os mascus falam tanto em meritocracia, e quando alguém consegue pelo seu próprio mérito eles reclamam, duvidam e desprezam?
Oi?!
Para o mundo que eu quero descer.

Pepper.

vivian disse...

Me identifiquei muito. Eu resolvi abrir minha empresa, e (mais) um novo mundo machista se abriu pra mim. Dificuldades que eu nunca imaginei - como ser assediada por fornecedores e parceiros comerciais - fazem parte da rotina.

Você conhece um homem que tem uma empresa a qual a sua pode prestar serviços, e após trocar cartões, recebe os emails dele - que deveriam ser completamente profissionais, pois a conversa tida foi estritamente profissional - começam com: como vão seus lindos olhos, fulana? E o que eu faço, gente? Eu até coloco este exemplo aqui por que ainda não soube como resolver.

Eu não tenho sócio homem pra botar banca e nem tenho aliança na mão pra mostrar que "tenho dono", então é eu e eu mesma. Eu tento priorizar mulheres para manter parcerias, mas mulheres ainda são minoria no mundo dos negócios.

O final do texto dela é MUITO verdadeiro. Ela está a frente SIM dos homens com os quais concorre.

Pode ter certeza: qualquer mulher ou pessoa negra em posição de liderança teve que ser 1000% mais foda que qualquer outro concorrente pra estar lá. Teve que lidar com problemas e pressões psicológicas que os demais nem imaginam. Teve que, no mínimo, mostrar o dobro de competência para perceberem que ela tinha o algum valor. Ela com certeza sabe MUITO mais do que qualquer outro do mesmo patamar, e ela é foda pra caralho.

Anônimo disse...

Frescura, o sistema não se importa com faces ou sexos, ele quer resultados: trouxas que trabalhem pra ele. Sejam negros ou brancos, homens ou mulheres ou qualquer outro sexo que inventem.

Tudo que se descreve é como certas pessoas não gostam de suas presenças na faculdade e /ou no mercado. Isso não deve chegar nem perto dos olhares de aprovação e apoio. Vocês "minorias" só olham pra esse lado, como se o mundo conspirasse contra vocês.

Acham mesmo que um patrão vai deixar de contratar alguém competente pra contratar a "raça" que ele quer? O que interessa pra ele é o DINHEIRO. Branco ou negro, ele tá se lixando pra você.

Vocês acham mesmo que são mais que um número, perante o sistema? Acham que seus chefes olham pra vocês pensando em algo mais que sua utilidade pra eles (salvo se forem amigos, e amigos MESMO)?

Santa ingenuidade. Não sabem o que é o capitalismo.

BLH

Raven Deschain disse...

Ah mas se ela tiver "traços de preto" e olho azul não tem problema. Tudo lindo. Haha, desculpem. Não resisti. Ai da tou ofendida com aquilo.

Mas enfim. Eu tb não acho q ela deva ser humilde. De cu é rola. Se ela está na frente e é superior, ela deve mais é atestar isso pra quem adora achismo idiota.

Anônimo disse...

Arrogáncia é se achar mais do que realmente é ou se fazer que se acha por não querer admitir que não possui certa qualidade. E como vivian disse, ela sofre muito mais pressão do que os homens brancos então ela é mesmo muito melhor. Aposto que muitos no lugar dela desistiriam do curso e se matariam. Já que tem muitos brancos racistas no MIT, gostaria de saber se eles também dizem que os japoneses são inferiores.

Anônimo disse...

É a sociedade machista e racista dando um tiro no pé, porque impede as mulheres e negrxs de chegarem lá mas não tem tanto homem branco hétero querendo fazer exatas, e aí? Vão construir casas e prédios de qualquer jeito, pra desabar e matar centenas? Vão jogar uns números ali e dizer que é um software? Pffs, como se ter um pinto ou menor índice de melanina afetasse a produção e comunicação dos neurônios...

Ana disse...

Eu só tenho há agradecer a essas meninas corajosas da engenharia que hoje estão levando pedrada, mas que na verdade são pioneiras que estão abrindo espaço para um mundo onde quando minhas filhas decidirem que querem se tornar engenheiras, essa será uma escolha tão natural como uma mulher fazer direito hoje em dia.
Então.. qd a gente reclama que mulher ganha menos que homem sempre tem um idiota pra argumentar que o mercado é justo e premia os mais competentes. Então argumentamos que mulheres já são maioria nas graduações e, portanto, se já não são as profissionais mais qualificadas disponíveis em breve seremos. Ai sempre tem um idiota para dizer "Mas mulheres tem uma propensão "natural" para escolherem os cursos que dão menos dinheiro, por isso a disparidade". Ai fomos lá e dominamos direito, medicina e outras carreiras tradicionais. E então restou a engenharia, ultimo recanto do guerreiro, com aquela desculpa infalível do pensamento logico matemático, essa dádiva ue segundo eles é naturalmente masculina. Essa é a nova barreira a ser derrubada, e a essas guerreiras só me resta agradecer. Um dia nós teremos professoras, assim como professores, e vozes nos "conselhos" das empresas, e teremos cargos de chefia. E vai ficar cada vez mais difícil ignorar nossas vozes no mercado de trabalho.

Anônimo disse...

Pelo oque eu li no texto, na cabeça dessa mulher ela é a melhor de todas, deu a impressão que todos são inferiores a ela, na cabeça dela é impossivel um homem branco ser mais competente que ela, para ela toda vez que houver uma competição sei la para uma vaga de emprego pro exemplo e um homem branco ficar com a vaga e ela não é porque ouve maracutaia dos avaliadores que aprovaram ele apenas por ser homem e branco, ela nunca sera vencida por um homem branco em questão de competencia na cabeça dela, se ela for superada é por causa de marmelada dos avaliadores, nunca sera porque ela foi superada e que o outro foi melhor, principalmente se forem homem brancos.

Joane Farias Nogueira disse...

BLH, engracado q essa turma nunca admite o q ta acontecendo ,nem com as pessoas dizendo q piadas foram feitas e essas piadas sendo contadas com detalhes q provam o ocorrido

Esse povo desmerece as experiencias dos outros mesmo c relatos fieis de pessoas sendo categoricas em relacao ao q pensam das mulheres. É tdo da cabeca de vcs, claro. SQN! Na maioria das vezes, quem faz essas coisas nao é nem dono da empresa. É um subalterno como outro qualquer. Protecionismo nas empresas é o q mais acontece : E HOMENS BRANCOS PROTEGEM HOMENS BRANCOS.
As pessoas sao movidas à emocao, a conceitos e preconceitos e nao somente decisoes racionais.

Anônimo disse...

Texto mais arrogante,puta merda kkkkkkkk
Ela é a mais inteligente e fodona por ser mulher,todos os outros são idiotas,burros,só estão ali por serem homens.

E para quem nega que homens e mulheres no geral preferem determinadas profissões e ficam de mimimi machismo,mulher n entra em tal aréa por sofrer pressões,bla,bla.
Na noruega,um dos melhores países do mundo,mesmo trabalhando com toda a frescalhada de genero que vcs adoram falar,tudo continuou na mesma,mulheres e homens ainda preferem determinadas profissões,nada tem a ver com padrões,machismo...

Lia disse...

Quanto homem com recalque comentando aqui.

Desculpa galera, mas esta mulher é SIM foda pra caralho.

E mais: não é vocês que definem isso. Aliás, quem aqui estuda no MIT?

Aceitem que dói menos.

Anônimo disse...

Eu tenho uma prima engenheira civil. Ela me contou algumas barbaridades, principalmente quando ela estava começando.
Ela também já perdeu vaga de emprego para homens infinitamente menos qualificados do que ela por ela ser mulher.
No momento ela conseguiu um bom emprego, ganha bem.
Mas o respeito dos colegas foi ganho com o dobro do trabalho e do esforço que um homem precisaria.

Jane Doe

Anônimo disse...

preconceito existe? Claro que sim.
Mas duas coisas:
1) Eu, que sou parda sempre fui contra as cotas exatamente por isso. Eu sou boa, mas o pessoal acha que eu to la porque causa de cota,logo, que sou pior do que um(a) branca(o) o que não é verdade.
2) Me fez pensar no post que vocês tavam ai falando que TODA mulher morre de medo de estupro, e nem sai na rua por causa disso. QUando eu falei que não tenho medo, a Reven até tirou sarro da minha cara, falando que eu me acho a fodona. pois bem: se vocês ficam ai falando que não sem na rua por causa de medo, não esperem serem contratadas como engenheira para se enfiar no meio do amazonas.

Falo isso porque é importante ter coêrencia no discurso. Agora ta todo mundo aí falando que é fodona, que isso e aquilo. Mas no post de sair na rua a noite, todo mundo falando que tem a liberdade tolhida, que não é igual a homeme e blablabla. Coêrencia, fias!

Li

tiago disse...

BLH, Cao do Mato, Anonimo das 23:07 e outros:
Por que isso incomoda tanto voces? Por que voces tem essa necessidade obsessiva de "provar" que mulheres nao devem exercer certas profissoes? Ou que sao geneticamente programadas para fazer certas atividades e nao outras?
Voces fazem parte de algum tipo de religiao que tem como missao propagar a mensagem divina de que a ciencia "provou" que mulheres sao inferiores?

Nao seria mais facil voces simplesmente seguirem a vida de voces?

E nao deve ser medo de concorrencia no mercado de trabalho pois como voces mesmo disseram "o patrao olha o resultado e nao ta nem ai se voce é homem ou mulher". Entao se isso é verdade voces nao tem com o que se preocupar e nao precisam perder tempo vindo aqui provar nada para ninguem.

Mesma coisa com esse lance de genetica. Se for verdade, entao as mulheres vao quebrar a cara quando forem encarar "profissoes masculinas". Agora, já que voces gostam tanto de ciencia (quando lhes convém) deveriam concordar com o que é feito aqui: incentivar as mullheres a romperem com sua "programação natural/social" justamente para testar essa "teoria" de voces.

Anônimo disse...

Ou vc é muito inocente ou muito burro de acreditar que ~os melhores serão chamados ~.

Meu chefe mesmo é um, que já falou que "não está preparado para trabalhar com homossexual". Quando perguntei " mas é se ele for o mais qualificado? ", ele respondeu " ele não será ".

Azar dele, porque contratei mesmo assim.

Anônimo disse...

Sou engenheira de materiais com doutorado. Na graduacao e até que foi tranquilo, quase METADE (!) da minha turma era de mulher e tinha muitas professoras competentes reconhecidas como tal, a homarada tava acostumada. Ouvi besteira (até de prof.), mas eu sabia que nem eles acreditavam no que falavam, afinal eram os meninos que normalmente vinham pedir ajuda para as meninas e isso xs professorxs todxs sabiam.
O doutorado eu fiz fora (e continuo fora) e apesar de ter muito menos mulheres na faculdade e ouvir muitos espantos pela minha escolha pelas exatas na sociedade em geral eu nunca ouvi nada de mais.
Na vida professional fora do ambiente acadêmico que estou sentindo todo o peso de ser mulher, principalmente depois que engravidei. Tá foda. Dividi os 14 meses de licenca-bebê com o marido pra voltar antes pro batente (e proporcionar um tempo pra pai e filho), mas parece que ninguém viu isso na empresa. No próximo bebê fico mais tempo fora, foi muito desgastante amamentar pela madrugada e acordar cedinho pra trabalhar. Me senti mal na gravidez, tendo que dar explicacao de saúde, exames e afins pro RH e colegas e depois quando voltei dando satisfacao se eu amamentava ou nao.
Há 4 anos atrás eu e marido ganhávamos o mesmo, mas fazendo o imposto de renda nos demos conta em 2013 - antes do filho - ele já estava ganhando uns 20% mais que eu. Fico feliz pela grana e orgulhosa dele, mas nao posso fechar os olhos e ignorar que meu salário está estagnado. Preciso falar com o meu chefe sobre isso, mas ainda estou juntando coragem.

Raven Deschain disse...

Ow sua cretina. Eu tiro sarro de bastante gente. Mas tiro com classe. Quem falou que vc se achava fodona não fui eu. Me erra, Satanás.

Unknown disse...

Olá, acompanho seu blog a pouco tempo.
Trabalho na área de tecnologia, em uma das maiores empresas de educação do país, e não sinto a diferença entre homens e mulheres.
Aqui tem todo o tipo de homem desde o mais chucro ao mais informado, obvio que sempre tem um idiota. Mas sou tratada como qualquer outro funcionário, e aliás mais bem paga do que alguns, só queria deixar claro que existem 2 lados da moeda.

Anônimo disse...

Coitadismo.
Aluno vai para a faculdade para estudar e não para ser aceito.

Eu já sofri muito, muito bullying. Nunca mudei de sala, nunca mudei de curso. Sempre segui minha vida sem coitadismo. A vida é dura para quem é mole.

Minha resposta é hoje ganhar 20k/mês, enquanto vejo ex-colegas no linkedin "em busca de oportunidades".

Anônimo disse...

Sou engenheira e há muito tempo desde que entrei na universidade (já trabalhava com ensaios de materiais) nunca houve um dia que eu não tivesse sistematicamente provar que eu era capaz...
Muitas vezes a gnt não enxerga isso... mas a partir do momento em que vc afirma alguma coisa e alguém te questiona o porque daquilo só porque vc é mulher... vc começa a abrir os olhos de como é desigual a situação entre homens e mulheres.
Meus colegas com toda certeza nunca foram chamados a um RH pra saber se vc foi assediada, ou nunca viram seus nomes escritos com "adjetivos" como puta, piranha, mal comida... ou com ações que queriam fazer com vc, do tipo chupava vc todinha, comia seu rabo e etc...
Meus amigos nunca ouviram que vc entra na engenharia pra arrumar um marido, ou que já que é pra dar pra alguém que seja pra um engenheiro...
Eles não estão no meio do trabalho e recebem "elogios" do tipo como vc é bonita, ou como seu sorriso é isso ou aquilo, sua capacidade não é questionada.
Ninguém diz que eles estão fazendo corpo mole se eles não carregarem peso...
Muitos deles não escutam que estão dormindo com o professor, ou professores não tentaram dormir com eles...
Nenhum deles estava trabalhando e teve um colega passando a mão em suas partes intimas...
Eu tive que provar que eu merecia o que eu estava ganhando há td momento até hj... mas não provar pela minha capacidade mas por ser mulher... Me sinto mais ouvida hj no mestrado mas isso não diminui o fato de que ainda tenho que mostrar mais empenho... E ainda escuto que sou egoísta, feminista radical e coisas assim...
Se a sua vitória não representa nada de que os homens possam aproveitar vc ainda não terá valor pra eles...

Isso não é pra tds mas pra uma grande maioria...

Anônimo disse...

Em absolutamente qualquer área, se você além de mulher for uma pessoa considerada bonita pelos padrões vigentes daquela sociedade você automaticamente tem que provar a competência três vezes mais do que qualquer outra pessoa. Fui vítima de infinitas insinuações sobre a minha performance acadêmica e chegou em um ponto que tive que inventar que era evangélica, que tinha um noivo (com direito a pegar a aliança antiga da minha mãe emprestada pra usar) e policiar todo meu guarda-roupa para amainar um pouco as críticas, críticas essas que não ficavam apenas no diz-que-diz mas que efetivamente tiravam oportunidades de mim. Hoje em dia não faria isso, foi uma humilhação tremenda mas na época foi o que me restou e pasmem, deu certo.

Anônimo disse...

Não tenho nenhuma necessidade obsessiva de provar nada contra mulheres ou quem quer que seja. Acho ridículo essa de que sempre a mulher é vítima e sempre o homem é malvado. Tanto faz quem tá no mercado de trabalho.Se não deu certo pra uma mulher, olhe pra si própria e veja o que faltou antes de culpar os outros, homens e mulheres levam pé na bunda por mais variados motivos. Sem contar que avaliar a si proprio é pura arrogancia. Como vc sabem que são as melhores? Todos viram o queixinho erguido.

Cresce, gente infantil,já tá na hora. Eu disse isso antes e repito, vcs "criam" inimigos que não existem de fato.

BLH

Mally Pepper disse...

Homens dizendo que as mulheres estão exagerando, não existe machismo, discriminação, whatever. Certamente homens brancos e cis. Coincidência? Eu acho que não.

É basicamente a mesma coisa que um branco olhar pra uma situação de racismo e falar que não houve nada, que o negro é quem está exagerando, vendo racismo em tudo, se vitimizando.

Pois é. Quem está de fora, quem não faz parte do grupo prejudicado, sempre vai dizer que é exagero, que nossos problemas podem ser facilmente resolvidos.

Quaisquer queixas serão vistas como fraqueza, desculpa de gente incompetente, mimimi de quem quer tudo fácil, mania de perseguição, vitimismo, etc.

Impressionante como uma pessoa que não é afetada por esses problemas vem se achar no direito de dizer pelo que devemos ou não nos queixar, quando temos razão e quando não temos. Como se só esse pessoalzinho soubesse das coisas e nós não.

Depois reclamam quando não aceitamos suas opiniões, mas como vamos aceitar opiniões de pessoas que não vivem nossos problemas, sempre acham que estamos exagerando e não são capazes de ter nenhuma empatia?

Na boa? Calem a boca e não encham o saco. Simples assim.

Anônimo disse...

Obrigada, mais uma vez, pelo post. Nas exatas e em toda parte, a história é a mesma. Já escutei q era bonita demais para fazer filosofia, q era bonita demais para ter pensamento lógico, q meu texto tinha o mérito de não ser feminino e q o problema seria algum aluno prestar atenção em alguma coisa q eu viesse a dizer, em sala de aula. Também escutei, da boca de uma professora, q o meu problema seria engravidar, q isso eu saberia fazer bem. Olha para os lados e via colegas trabalharem MUITO MENOS, ter as vidas muito mais facilitadas. Sem contar as consequências por ter recusado ir para a cama com os assediadores. Aí já é o cúmulo da revolta e da autonomia! Não pode! Não sabe escrever, não dá para a coisa, só que aparecer...Nem posso assinar, aqui, tamanha a violência q segue...Por isso, o meu abraço e muito obrigada. Louise.

Anônimo disse...

Minha graduação foi em arquitetura e apesar de ser um curso em que a maior parte dos alunos é mulher, tradicionalmente a profissão é reduto dos homens. Até algumas décadas atrás a formação era de "engenheiro-arquiteto", os famosos são quase todos homens, bem como os professores. Insinuações sobre professores darem em cima das alunas e assédio disfarçado de excesso de gentileza eram constantes. Como se não bastasse ainda tínhamos que ouvir um professor mais velho berrar coisas como que ali não lugar para mulher e que deveríamos procurar um "curso walita" para "pegar marido", ao mesmo tempo em que nossos projetos eram avaliados com socos na mesa e gritos. No mercado de trabalho também encontramos é deboche ou assédio por parte dos profissionais que trabalharam no canteiro de obras.

tiago disse...

Primeiro o cara escreve:
"Olhe pra si própria e veja o que faltou antes de culpar os outros"

Dai na frase seguinte:
"Sem contar que avaliar a si próprio é pura arrogância"

O nome disso é incoerência. É um exemplo do que acontece quando se limita a repetir fragmentos de ideias pré-concebidas, absorvidas do meio onde se vive, sem procurar formar suas próprias ideias.

No mais, devolvo o seu "conselho" a você. Sugiro que você seja um pouco "arrogante" e "avalie a si proprio" para ver se você consegue perceber que o mundo é maior do que o seu umbigo e que as pessoas passam por situações que ai de cima você nem imagina que possam acontecer.

B. disse...

Não só homens, mas também tem mulheres, tipo a Li, que julgam as reivindicações feministas como "mimimi" e "vitimização".

Ah, lembrei, vão dizer aqui que elas são "cooptadas pelo patriarcado"

Anônimo disse...

"Pois é. Quem está de fora, quem não faz parte do grupo prejudicado, sempre vai dizer que é exagero, que nossos problemas podem ser facilmente resolvidos. "

É bem isso. Seria engraçado, se não fosse absolutamente trágico nas consequências, um branco querendo ensinar a um negro o que é racismo ou não, um homem querendo ensinar o que é machismo ou não a uma mulher. Falta empatia, falta bom-senso, falta visão de mundo, falta inteligência, falta tudo a essas pessoas. Menos a quantidade tsunâmica de merda que sai de suas bocas.

Anônimo disse...

Raven, no post sobre sair na rua se cagando de medo, quando eu falei que não tinha medo, a srta disse: " você é a jessica? porque vc se acha fodona igual minha cunhada". Assuma, ta?

E B, onde foi que eu falei que é mimimimi? Sou mulher e parda, fia. Não sabe interpretar texto, não encha o saco. Porque o que eu disse é que agora muita mulher falando que é igual homem ( o que eu acho e defendo) mas que no post do estupro, quando eu falava não ter medo, o pessoal caiu de pau, faland que ue TODA mulher medo. So estou falando que se vocês querem competir de igual para igual, não da para falar "faço o mesmo que homem", depois falar que não sai a noite por causa de estupro. Onde eu falei que é mimimi?
Como diria Raven, me erra, satanas!
Li

B disse...

Ser mulher e parda não isenta ninguém de falar merda, só acho.

E se tu não tem medo de sair na rua, QUE BOM. Mas outras aqui passaram por experiências tensas e tem medo sim! As mesmas mulheres que são fodas no trabalho, que são assertivas, podem ter tido experiências tensas e por isso terem medo. Empatia, né?

Raven Deschain disse...

Ah cacete me desculpe! Achei que vc se chama Li (como vc assinou). Me desculpe mesmo Li Jessica.

Mas assim Li Jessica. Vc está sendo burra, fia. Uma mulher ser mais capacitada intelectualmente nem tem nada a ver com estupro, Li Jessica. Não leu o comentário ali encima? O cara tinha que passar a mão na guria, pq afinal se ele não pode ser mais inteligente, de ALGUMA FORMA ele precisa mostrar a superioridade masculina dele, Li Jessica.

*uma pergunta: vc sempre foi egocêntrica assim ou só depois que descobriu a Internet, Li Jessica? Pq tenho quase certeza que tava falando com uma tal de Jessica e não uma Li Jessica. Trouxa.

Anônimo disse...

Oi Lola tudo bem?
Quando vi que vc havia publicado esse texto ontem senti um peso no coração pela quantidade de coisas que já passei e ainda tenho que passar nessa área.
Com 14 anos passei numa prova e entrei para o curso de Eletricidade Industrial no SENAI. Era uma entre três mulheres do curso, fiquei entre os primeiros, mas mesmo assim ouvi piadinhas do tipo “ah tirou nota alta por que é bonita”, “ah o professor está dando mole”, “foi por causa dos peitos”. Além disso, tive que lidar com o assédio de professores quarentões e casados quando sequer tinha tido um namorado e dos alunos de toda a escola, tendo em vista que mulher por lá é coisa rara. No fim do curso, mesmo com as melhores notas, mesmo tendo me esforçado o ano inteiro para me manter no curso e no primeiro ano do ensino médio, não consegui nenhuma vaga de estágio, assim como minhas outras colegas, por que as indústrias (apesar de serem muitas) não queriam nenhuma mulher no chão de fábrica. Mesmo tendo o conhecimento necessário para fazer qualquer instalação elétrica predial ou industrial e tendo disposição para estudar e trabalhar, não consegui nenhum estágio ou emprego na área, fiquei apenas com o diploma, o conhecimento adquirido e a recordação deste curso.
Nesta época me interessei por informática e tentei fazer um curso técnico, mas fui direto pra faculdade, passei em Engenharia de Computação em universidade pública, no primeiro e único vestibular que fiz. Sempre fui aluna de escola pública e apesar de sempre tirar notas altas e ter um bom conhecimento em relação aos demais alunos onde estudava, mas ao entrar na universidade encontrei a elite das escolas particulares da minha cidade, alunos que já estudavam cálculo no ensino médio, algo impensável em escola pública. Além de mim, havia apenas outra menina na minha turma, ela desistiu na segunda semana e foi fazer direito. Fiquei sozinha com uns vinte homens, passei 5 anos ouvindo as piadinhas dos alunos, diziam que eu era feita, chata e mal comida, quando reclamava de algumas coisas. Odiava o comportamento de alguns veteranos e da maioria dos alunos que se sentia no direito de “avaliar” as alunas. Quando tirava notas altas era por causa dos meus peitos, não era por que estudava feito uma louca noite e dia, quando tirava notas baixas era por que o prof. não tinha se interessado por mim. Depois de um tempo parei de reclamar, não fazia mais perguntas, não dizia nada, apenas fazia pouco contato com os alunos e tentava me manter invisível, apenas indo. Pensei várias vezes em largar o curso e tentar um outro vestibular, mas com as dificuldades que tive pra entrar dessa vez, isso não era uma opção viável pra minha família, tinha era que começar a trabalhar o quanto antes pra me manter lá. Fiz iniciação científica com uma professora maravilhosa (uma das 3 do curso inteiro), ela me incentivou e apoiou muito a continuar na área. Pouco tempo depois, tentei uma vaga de estágio, em uma empresa que hoje é bastante conhecida na internet, mas fui preterida por um colega, pq mais uma vez só contratavam homens. Algum tempo depois consegui um estágio e me destaquei tanto que fiquei na empresa por 3 anos, até formar e passar em um concurso, era a única mulher da empresa e foi lá que descobri que gostava muito de programação.
(continua)

Anônimo disse...

(continuação)
Me formei, peguei meu diploma de bacharela e saí da graduação já aprovada em dois concursos, um estadual e outro federal, pois eu sabia que na iniciativa privada não haveria nenhuma chance boa pra mim no meu Estado. Mesmo assim ainda ouvi comentários de colegas que nem haviam passado em nenhum concurso, insinuando que nem eram concursos tão bons assim.
Fui para o primeiro concurso que me chamou, o salário não era tão bom assim, mas era federal e tinha alguns benefícios, como incentivo para estudar, me matriculei em uma especialização em engenharia de sistemas para aproveitar e também continuar estudando. Mas o ambiente de trabalho era péssimo, todos os servidores eram homens, exceto a coordenadora geral, que é uma mulher bastante inteligente, bem sucedida e muito linda. Mas ouvia todo tipo de comentário sobre ela, que ela era burra, que não sabia dirigir, que era gorda, botavam apelidos nela, que ela era uma vagabunda. Eu me sentia mal em ter que ir almoçar com eles todos os dias e ouvir esses comentários, às vezes percebia que rolavam piadinhas sobre mim também e quando eu reclamava de algo ou mostrava que não gostei, percebia que eles não gostavam, era a feminista chata do setor. Várias vezes chegaram homens lá pra dizer que eu estava enfeitando o setor, que era a flor que embelezava o setor, como se eu estivesse lá pra exibir minha beleza. Depois de um tempo comecei a andar de cara fechada o tempo todo, perdia a paciência com os comentários machistas e percebi que não aguentaria mais ficar lá. Foram dois anos horríveis, mas acabei indo para outra instituição e encontrei um ambiente mais acolhedor por parte de alguns colegas. Porém nessa instituição havia um clima bastante ruim por conta de disputas de poder entre servidores, incrivelmente há duas mulheres além de mim, mas desde que entrei, elas vem tentando me prejudicar, criando perturbações que venho tentando ignorar. Além disso, há um homem bastante problemático, que tinha fama de fofoqueiro e bisbilhoteiro, esse cara começou a investigar minha vida inteira, fazer perguntas pessoais, coisas indiscretas, vigiar minhas redes sociais e chegou ao ponto de imprimir uma publicação do meu facebook (ele não era meu amigo e não citei o nome dele) para tirar satisfações com o chefe, eu havia feito um comentário sobre alguém que estava vigiando minha vida, que deveria tomar conta da dele e não da minha. Ele se fez de vítima, me esperou quando eu estava sozinha no setor para “me confrontar”, disse que eu estava bancando a estrela, que se quisesse que fosse processá-lo por estar vendo coisas que eu deixei publicamente. Depois dessa discussão, pedi que ele me ignorasse, que esquecesse a minha vida e que só falasse comigo se fosse por algo profissional, nunca mais nos falamos, porém recentemente eu descobri que esse cara continua vasculhando minha mesa e bisbilhotando o meu computador. Fora outros comentários e fofocas sobre mim que ele faz em todo o setor com os outros colegas e eu fico sabendo.
Há alguns meses, um colega do antigo trabalho (que é casado e tem dois filhos), auditor, contador e professor apareceu no meu inbox pra dizer que queria me dizer algo, mas tinha medo, eu disse que podia falar e ele emendou que eu tinha ficado muito gostosa depois que me mudei, que estava muito mais bonita que a mulher dele, coisas do tipo. Saí da conversa sem responder e depois ele reapareceu com as mesmas insinuações, eu o bloqueei e depois ele me mandou uma mensagem, perguntando pq havia sido bloqueado.
(continua)

Anônimo disse...

(continuação)
Constantemente tenho que lidar com assédio, comentários sobre minha aparência (se estou maquiada, se minha roupa é bonita, se engordei, meu cabelo liso ou cacheado), sobre não ter filhos. Isso tudo apenas pq sou mulher.
Já conclui a pós e nesse período comecei a fazer Mestrado em Ciência da Computação, fiquei entre os primeiros colocados, só há mais uma mulher na turma, mas percebi que essa turma foi mais tranquila em relação a piadas machistas e que nos respeitavam mais. Apesar disso, notei havia um certo tipo de preconceito por parte de alguns colegas, mas surpreendentemente, eles abandonaram o curso e nós continuamos. Fui uma dos poucos que conseguiram passar em todas as disciplinas, mesmo me mantendo no trabalho.
Esse ano, fui intimada pelo meu chefe a assumir uma coordenação, disse a ele que não ia conseguir conciliar com o mestrado, que estava em uma fase atribulada da minha vida, mas sabe aquela história de que mulher sabe lidar com pessoas, que mulher tem mais capacidade gerencial? Então, eu não me encaixo nesse estereótipo, gosto de programar, de desenvolver, mas nunca tive essa oportunidade nesse lugar. Fui colocada na coordenação com uma equipe bastante problemática (incluindo o cara que estava me assediando), duas pessoas se desligaram da instituição, entraram mais 4 pessoas novas, tentei fazer algumas mudanças, mas fui impedida por poderes além de mim e pela própria cultura do setor. Lidar com servidores não é fácil, ainda mais quando se tem vários problemas, me sobrecarregaram muito de trabalho, tive que dar uma pausa nas atividades do mestrado e percebi que não valia a pena continuar. Quando me dei conta, estava totalmente estressada e sem condições de ficar no cargo, pedi pra sair, mas até hoje estão vendo isso com maus olhos, pois na cabeça deles eu era a pessoa certa pra conduzir o barco, mesmo que eles nunca tenham perguntado minha opinião em relação a isso.
Além do trabalho e do mestrado, ainda tenho que lidar com um site que criei e gerencio desde 2010 e atualmente me trás muitos problemas pelo fato de ser mulher. Comentários agressivos, assédio, xingamentos gratuitos, está cada dia mais pesado...
Comecei a ler um pouco sobre as mulheres na área de TI, sobre a pressão que enfrentamos e percebi que estava sofrendo da Síndrome do Impostor (https://www.linkedin.com/pulse/20140911044818-57651957-stress-literalmente-deixa-os-programadores-loucos-e-a-s%C3%ADndrome-do-impostor)
, o stress estava literalmente me enlouquecendo.
Nesse intervalo, tive uma crise tremenda na minha vida pessoal, no meu casamento, que me desestabilizou completamente e me deixou fora do eixo. Parei pra repensar a minha vida inteira, incluindo as minhas escolhas pessoais e profissionais e tudo isso me levou a uma crise depressiva. Estou fazendo terapia, tomando remédios e pedi uma licença médica.
Já conversei com a psicóloga a respeito de parte desses problemas e de como tenho me sentido, acho que quebrei. Não sinto vontade de trabalhar de encontrar os colegas, de continuar revivendo isso over and over, às vezes me pergunto se realmente fiz a escolha certa em persistir nessa área, será que talvez não estivesse mais feliz fazendo outra coisa?

Ps.: obrigada por abrir essa discussão e desculpe o comentário jornal, é que são mais de 10 anos tentando sobreviver nessa área...

Lidiany CS disse...

Falando em afastar mulheres, nesse final de semana tomei conhecimento de um fato envolvendo a comunidade de TI e um dos grandes líderes da comunidade do software livre. Linus Torvalds, criador do linux e adorado na área de TI, é um cara abusivo e arrogante, cínico e ignorante, que não está nem aí pra “essa história de minorias”.
http://arstechnica.com/business/2015/01/linus-torvalds-on-why-he-isnt-nice-i-dont-care-about-you/
http://www.theregister.co.uk/2013/01/24/alan_cox_quits_linux_development/
http://manymachines.tumblr.com/post/108367431489/on-tone-policing-linus-torvalds-or-linus-torvalds
http://arstechnica.com/information-technology/2013/07/linus-torvalds-defends-his-right-to-shame-linux-kernel-developers/
https://twitter.com/johndalton/status/555825090168762368
Essa mulher https://twitter.com/shanley publicou um texto sobre o comportamento abusivo e arrogante de Linus e está sendo destruída na internet. Vasculharam a vida dela, desenterraram antigos relacionamentos, posts e comentários antigos, o endereço e as informações de toda a família dela.
Ela publicou uma resposta sobre o que ela está passando aqui: http://pastebin.com/3jAQARCy
Não sabia que ele era assim e fiquei surpresa de certa forma com esse comportamento pelo fato de ele ser endeusado na área de TI e se comportar dessa forma.
Essa história de incentivar mulher a entrar na área de TI é muito linda na teoria, mas na prática o que vemos é outra coisa.
Esse post mostra o que realmente temos que enfrentar.

Também recomendo esse depoimento: "O machismo me expulsou do mundo da tecnologia: http://t.co/GmqhZl6iTV "

Anônimo disse...

ô Lola e o "guvernu do Petê"? Conta pra gente, o que vc ta achando?

Anônimo disse...

ô Lola e o "guvernu do Petê"? Conta pra gente, o que vc ta achando?

A Lola eu não sei, mas eu estou satisfeito com meu voto pela continuidade. Os ajustes são necessários e isso já era esperado.

O problema é que todo mundo se deixa levar pela imprensa.

No governo do PT, passam a mão na sua bunda e a Globo te convence que te estupraram com um taco de baseball.

Já quando é PSDB, podem fazer fila em você e a Globo vai te fazer achar que foi só uma cantada mal dada. Veja a água por exemplo. A ONU alertou o governo de SP há 10 (DEZ!!!) anos e ninguém fez nada.

tiago disse...

Lidiany CS, mais sobre este assunto pode ser lido aqui:

http://br-linux.org/2015/01/linus-torvalds-diz-que-a-diversidade-e-um-detalhe-desimportante-e-explica-por-que-prefere-ser-rude.html

É interessante ler os comentarios tambem para ver como é o pensamento do pessoal de TI.

Anônimo disse...

"Anônimo disse...
ô Lola e o "guvernu do Petê"? Conta pra gente, o que vc ta achando?

A Lola eu não sei, mas eu estou satisfeito com meu voto pela continuidade. Os ajustes são necessários e isso já era esperado"
_
"Não mexo em direitos trabalhistas nem que a vaca tussa"
Dilma.

Ops, a vaca ta tossindo.

Anônimo disse...

Sou economista e fiz Mestrado em Engenharia. Embora o curso de Economia contasse com apenas 20% de mulheres e houvesse preconceito foi na Engenharia que percebi as coisas ficarem tensas.
O professor que eu queria que me orientasse na época se recusou a olhar meu currículo porque não orientava mulheres. Sim, ele é daqueles que acredita que mulheres nem deveriam fazer engenharia.
Durante o Mestrado eu estudava muito mais do que o normal pois queria mostrar que eu era tão boa quanto qualquer um dos meus colegas, bem, isso não adiantou, pois a justificativa para minhas boas notas era que os professores facilitavam por eu ser mulher.
Depois de formada não conseguia emprego, e quando finalmente consegui foi um inferno. A equipe, composta apenas por homens, fazia piadinhas o tempo inteiro de forma a me deixar desconfortável, tudo o que eu dizia tinha que ser validado por algum homem ou não era levado em consideração.
O meu chefe chegou a dizer que a culpa era minha por ser bonita e delicada. Oi?
Confesso que fui vencida por esse ambiente, saí da empresa e fui trabalhar em outra área ganhando bem menos. Não pela minha natural vocação para empregos que paguem menos, como alguém falou, mas porque cansei das humilhações e do stress diário, todo dia era uma batalha para provar que eu era competente.
Força para a autora do guest post! Você é demais, SIM!

Ilka

Anônimo disse...

Anon das 14:02, pode me informar qual direito foi TIRADO dos trabalhadores?

Anônimo disse...

Ei Tiago, o nome disso é contexto!

XD

"Primeiro o cara escreve:
"Olhe pra si própria e veja o que faltou antes de culpar os outros"

Dai na frase seguinte:
"Sem contar que avaliar a si próprio é pura arrogância" "

Finja mesmo eu não entendeu o que quis dizer. Eu sei que vc entendeu ... XD
BLH.

Mally Pepper disse...

Anon das 14:02, pode me informar qual direito foi TIRADO dos trabalhadores?

Isso deve responder sua pergunta: Governo muda benefícios como pensão por morte e seguro-desemprego

Anônimo disse...

"Anon das 14:02, pode me informar qual direito foi TIRADO dos trabalhadores?"

Não fui eu quem postou a mensagem das 14:02 mas dou um exemplo de retrocesso trabalhista: a questão do seguro-desemprego, cuja carência passará em março de 6 para 18 meses na primeira solicitação. Em profissões de rotatividade tradicionalmente alta, como caixas de supermercado e profissionais de bares e restaurantes, ser mandado embora acabou de se tornar bem mais dramático que antes.

Anônimo disse...

As regras foram alteradas e o direito não foi suspenso.
Ser demitido estava virando um negócio no Brasil. O curto período de carência e a não exigência de contrapartida por parte do desempregado criaram uma distorção.
Isso vai exatamente ao encontro do que eu havia escrito antes: A mídia está fazendo um estardalhaço completamente desproporcional nesse caso.
O mesmo está ocorrendo com relação às pensões por morte, que eram outra enorme distorção. Trabalho com uma menina que tem 25 anos e vai ganhar pensão do pai, militar PARA SEMPRE, pois já vive em união estável mas não se casará. Uma pessoa economicamente ativa, capaz, QUE TRABALHA e será desnecessariamente sustentada pelo estado.
Quem paga a conta?

Anônimo disse...

"quando as pessoas que distribuem as aprovações, notas e cartas de recomendações, bem como nossos futuros colegas, nos veem como “pedaços de carne” e/ou geneticamente inferiores?"


Mais uma vez: nós mulheres não fazemos uma auto-crítica,chamamos de "liberdade de corpo" nos reduzirmo á objetos sexuais e nossa futilidade e total falta de interesse em áreas tecnológicas muitas vezes são chamadas de "preferências".

Eu sou da área de engenharia,não tem como nós mulheresquerermops abraçar essa bosta de femininilidade e depois querter ser vista e tratada como ser humana,estou farta deessa bosta de feminismo não tocar nesse ponto e continuar com essa baboseira que "tudo é ecsolha".isso só está f* o movimento,só nos afundando em esteriótipos de gênero.
Nós nos boicotamos e queremos que os homens não nos boicotem?? fala sério!

Anônimo disse...

Lola, sou matemática e professora universitária numa grande universidade brasileira e o tema da mulher na matemática tem cada dia me tocado mais. Vejo aqui nos comentários e no post muitos relatos similares a tantos que eu vivi, vi e ainda vejo rotineiramente. Gostaria de ver mais posts com relatos de coletivos, com ideias de ações e políticas possíveis, etc. Entendo o papel dos posts com relatos, mas queria ver mais posts propositivos. Afinal, muitas vezes penso em tentar fazer algo para mudar a realidade da mulher na matemática, algo institucional, mas faltam ideias... Obrigada!

Anônimo disse...

"Ser demitido estava virando um negócio no Brasil."

Você comeu bosta ou é só imbecil mesmo?

tiago disse...

Blh, o nome disso é incoerencia mesmo. E ter consciencia de suas qualidades é autoconhecimento, nao arrogancia.

Agora um conselho, você tem muito o que aprender ainda, mas enquanto continuar defendendo a programação que embutiram na sua cabeça você não vai muito longe.

Mas as tudo bem, continue ai com sua cruzada para provar que mulheres nao devem se meter em profissoes masculinas.

Anônimo disse...

"Ser demitido estava virando um negócio no Brasil."

Você comeu bosta ou é só imbecil mesmo?


Duvido que você não conheça nenhuma pessoa que pediu para ser demitido com o objetivo de receber seguro-desemprego. Duvido!
Eu conheço umas 5. Pessoas que PEDIRAM DEMISSÃO mas "fizeram acordo" para serem demitidas na CTPS.

Fraude, sabe?

Anônimo disse...

Ciências NÃO é um lugar pra inclusão social de negros e mulheres. É um campo onde o gênero e cor de pele não importam, tudo o que importa é o quanto você está disposto a pesquisar e trabalhar.
É um campo onde os mais capazes (idealmente) devem dominar, independentemente de raça, gênero, ou classe social, não um lugar onde qualquer um pode publicar o que quiser. Deixa-se a inclusão social para o campo de ciências humanas, que estudam o ser humano como ser social, e ai sim a inclusão se faz necessária.

O texto toma como exemplo uma moça que mora nos Estados Unidos, país historicamente racista, que até poucas décadas adotava um regime similar ao apartheid. Não se deve dizer que a realidade daquele pais é similar ao nosso meio acadêmico.

Além disso a mulher no texto é extremamente arrogante, o que não condiz com a suposta formação dela. Qualquer engenheiro e engenheira de alto nível sabe muito bem que não é possível conhecer tudo, que sempre há novos campos a serem estudados, que novas tecnologias podem tornar seu conhecimento obsoleto em poucos anos, e portanto arrogância apenas atrapalha na solução de problemas.

A ciência não precisa de negros e de mulheres. Ela precisa, sempre, de conhecimento, e conhecimento não tem gênero nem cor de pele.

Anônimo disse...

^ ^

Exatamente,agora,fazer essa gente entender isso, ein, anônimo das 10:52, tá difícil... XD

Saque só como inventaram do nada que eu acho que certas profissões são de homem ou de mulher. Vê se em algum momento eu disse isso:

"Mas as tudo bem, continue ai com sua cruzada para provar que mulheres nao devem se meter em profissoes masculinas." Quote do cara ali em cima, que ele disse que eu disse...

Eles viram isso daí em algum lugar. Num sei onde, mas viram...

Hue.

BLH

Anônimo disse...

Achei a autora e alguns comentários arrogantes sim,uma coisa é reconhecer que é boa em algo,outra é menosprezar os outros por ser achar superior e é isso que está parecendo.
Só ela entrou na faculdade por ser inteligente,o resto entrou como?Pagaram,subornaram?
E isso de que tudo é culpa do machismo não me convence,não tem muita mulher em engenharia,será que não tem nada a ver com fato de que várias não se interessam por essa área? Tudo é culpa da opressão,na verdade deve ter muitas querendo se engenheiras mas o machismo não deixa...

Anônimo disse...

"Eu conheço umas 5. Pessoas que PEDIRAM DEMISSÃO mas "fizeram acordo" para serem demitidas na CTPS.

Fraude, sabe?"

E você sabe do que elas abrem mão quando fazem esse acordo ou a água da privada não te conta essas coisas?

Julia disse...

"É um campo onde os mais capazes (idealmente) devem dominar, independentemente de raça, gênero, ou classe social, não um lugar onde qualquer um pode publicar o que quiser. Deixa-se a inclusão social para o campo de ciências humanas."

Ficou parecendo que vc acha que os homens brancos são mais capazes. E que nas ciências humanas qualquer um pode publicar o que quiser. Mas eu tenho certeza que não foi isso que vc quis dizer, né? :D


"A ciência não precisa de negros e de mulheres."


Aposto 100 reais que esse anon é homem e branco, quem topa?

Mally Pepper disse...

"É um campo onde os mais capazes (idealmente) devem dominar, independentemente de raça, gênero, ou classe social, não um lugar onde qualquer um pode publicar o que quiser. Deixa-se a inclusão social para o campo de ciências humanas."

O rapaz não leu o tópico e nem os comentários. Não, ninguém aqui está falando de inclusão social, nem de incluir negros e/ou mulheres no campo da ciência só porque são negros e/ou mulheres.

O que está sendo discutido aqui e repetido ad nauseam é o machismo e racismo que existe nessa área, que dificulta o acesso de pessoas que tem competencia, capacidade, um ótimo desempenho e que poderiam contribuir muito simplesmente por causa do genero e/ou cor da pele.

Muitas leitoras deram seus testemunhos, o que deixou tudo ainda mais claro e fácil de entender.

Idealmente a ciência deveria ser aberta aos capazes e competentes. Na terra encantada dos unicórnios com certeza é assim, mas aqui no mundo real não. Existe discriminação e segregação. Claro que quem nunca passou por isso jamais será capaz de enxergar e sentir empatia, por isso vai sempre achar que é frescura ou exagero.

Mally Pepper disse...

E pra Anônima que está cansada dessa "bosta de feminismo", deixa eu lembrar que é exatamente por causa dessa "bosta" que vc pode estudar, ter uma carreira e ter direitos de decidir sobre o seu corpo.

Se vc acha o feminismo uma "bosta", então abra mão de todos os seus direitos e se mude pro Afeganistão, onde quase não tem feminismo nenhum.

Caso não queira fazer isso, pelo menos não saia por aí cuspindo no prato onde come. Isso é uma tremenda hipocrisia.

Anônimo disse...

Os seres humanos estão a cada dia mais chatos. Ora, em vez de se preocupar com mimimi de preconceito, poderia estar tentando produzir algo significativo para a comunidade.

Essa historia só cola em esquerdista inocente. Adultos possuem mais o que fazer.

vivian disse...

Lola parou de aprovar comentários, virou bagunça ><

lola aronovich disse...

Por que bagunça, Vivian? Tá a maior tranquilidade por aqui. Que continue assim!

Anônimo disse...

>Respondendo a Julia

"Ficou parecendo que vc acha que os homens brancos são mais capazes."

Moça, não falei nada sobre homens brancos serem mais capazes, ou qualquer raça ser mais capaz. Disse que só os que estão capacitados devem entrar para o ramo. Não quero saber se é homem ou mulher, se é negro, branco, asiático ou indígena, quero saber se a pessoa sabe programar, calcular, provar hipóteses, aperfeiçoar tecnologia.

'E que nas ciências humanas qualquer um pode publicar o que quiser. Mas eu tenho certeza que não foi isso que vc quis dizer, né? :D"
Sim, foi isso que eu quis dizer. Acho que as ciências humanas, por serem um campo que estuda o ser humano e a sociedade, devem estar abertas a receberem contribuições de todos os setores da sociedade, a fim de realizar uma síntese e assim terem uma teoria mais completa sobre os seres humanos.

"Aposto 100 reais que esse anon é homem e branco, quem topa?"
Não. Sou pardo, nascido de mãe negra e pai branco. Acho que foi racista de sua parte me chamar de branco simplesmente pela maneira que me expresso. Fiquei ofendido.
Posso passar uma conta no paypal para você depositar os 100 reais? ^^

>Malagueta Pepper

"O rapaz não leu o tópico e nem os comentários. Não, ninguém aqui está falando de inclusão social, nem de incluir negros e/ou mulheres no campo da ciência só porque são negros e/ou mulheres.
O que está sendo discutido aqui e repetido ad nauseam é o machismo e racismo que existe nessa área, que dificulta o acesso de pessoas que tem competencia, capacidade, um ótimo desempenho e que poderiam contribuir muito simplesmente por causa do genero e/ou cor da pele.
Muitas leitoras deram seus testemunhos, o que deixou tudo ainda mais claro e fácil de entender."

Li sim. pelo que inferi do texto, uma mulher desabafa sobre quanto a vida dela no MIT é difícil, devido ao ambiente predominantemente masculino.
Primeiro, vamos deixar claro que é uma história passada no EUA, um país que ainda tem muita dificuldades nesta parte de integração social. Não há como comparar aquele meio social com o nosso. E outra, EUA é o país dos processos, e dono de uma justiça que funciona. Se essa sequer fosse uma história verídica, a mulher estaria rica de tanto processar essas pessoas.

E em segundo lugar, no Brasil, o que realmente impede os alunos de cursarem engenharia é a falta de educação pública de qualidade. Ora, é fato conhecido que negros e pardos, devido à pobreza histórica deste grupo, dependem em sua maioria do ensino publico. Veja que o verdadeiro entrave aqui, é a origem social do aluno, não sua cor de pele. O negro pobre sofre tanto quanto o branco pobre.

Vou contar um anedota pessoal. Estudo Engenharia Elétrica numa das melhores faculdades públicas do país, sendo minha classe formada por 60 alunos, dentre os quais existem 7 mulheres. Todas as sete possuem CR altíssimos, entre os 25% melhores alunos da sala. Todas foram para a França estudar, com todas as despesas pagas pelo governo, devido a dedicação que davam aos estudos, deixando a sala sem mulheres. Então, não acredito nem por um segundo que haja impedimentos ou menor capacidade por parte das mulheres nas ciências. Há poucas mulheres no curso, porque elas simplesmente não querem cursar engenharia, e é um direito delas simplesmente não querer vir para esta área.

Se não gosta de como o campo é dominado pelo gênero masculino, estude matemática com mais afinco e entre no curso você mesma (assumindo que você é uma pessoa do gênero feminino.), ou ainda melhor, nunca diga as crianças que matemática é coisa de nerd, de gente chata, ou de homem.

Maria Fernanda Lamim disse...

sou formada em Artes Cenicas e dou aulas de teatro para criancas. E sabido que tanto o mercado de teatro como o de Educacao Fundamental sao dominados por mulheres.E mesmo assim, vejam so...sofri discriminacao na faculdade, inacreditavelmente! :p
me lembro bem do dia em que estava super desestimulada com o mercado e ainda tive que ouvir um professor olhar a turma (de maioria feminina) e dizer: "nossa,.tem muita mulher nesse curso. por que voces nao abrem um prostibulo pra arrecadar dinheiro pra produzir as pecas de voces?"
pois entao...se eu escutei essa "perola" na faculdade de teatro, faco ideia do que as mulheres que estudam exatas devem ouvir/ sofrer!
e ainda dizem que nao precisamos mais do feminismo....

Unknown disse...

Anônimo das 19:33, eu sou de direita, acredito que como você também.

Só que eu vou ter que da um puxão de orelha aqui, eu te informo que discutir sobre preconceito e algo extremamente produtivo para a sociedade, e tenha em mente caso seja de direita mesmo, que um dos princípios base, da ideologia de da direita e ser contra todo e qualquer tipo de preconceito, por isso nos temos o dever lutar contra isso.

Se esquerda também luta contra o preconceito, nos não temos nada haver com isso.

Anônimo disse...

@Jonas Klein

Posição política não tem necessariamente a ver com isso, meu querido. Trata-se de uma questão semântica. Eu posso ser de direita e preconceituoso, como alguns membros da extrema-direita são, por exemplo.

Mas esquece isso. Segue sua vida sem esses mimimi de esquerda.

Thais disse...

É sério que tem gente que acha que a área de exatas não é machista?

Eu nunca presenciei situações racistas, ainda bem. Mas machistas? Quase todo dia. Quando não na faculdade, no trabalho.

Eu gosto muito de TI mas muitas, muitas vezes mesmo, me sinto desestimulada por conta do machismo que a galera tem.

São coisas descaradas, com o único objetivo de te por pra baixo. Te humilhar para se mostrarem superiores. "Pq homem é assim mesmo, aguente", eles dizem.

Não é se fazer de coitadinha. Se fosse assim, já tinha desistido faz tempo. Só que cansa. E quando cansa ou vc desiste, ou vira a chata feminista do escritório, pq vc não consegue mais ficar calada.

E a partir do momento em que você vira a chata feminista as coisas ficam piores. HAHA
"Mal comida" "Fresca", tentam duvidar da sua orientação sexual tentando te ofender te chamando de lésbica (oi?), ou falando que seu namorado/marido é um frouxo/corajoso, e se vc for mesmo lésbica, nossa, te prepara pras merdas que vc vai ouvir. E até partem pra infantilidade "Sua feia!" RISOS ETERNOS.


Ps: ouço o tempo todo que "não tem mulher na área, vamos chamar aeaeae". Mas sabe qual o principal objetivo? Ter mulher pra avaliarem (Gostosa? Pegável? etc). É um tipo de reclamação pura e simplesmente pra satisfazer o ego de macho.

Rosanna Andrade disse...

Thais

"Ps: ouço o tempo todo que "não tem mulher na área, vamos chamar aeaeae". Mas sabe qual o principal objetivo? Ter mulher pra avaliarem (Gostosa? Pegável? etc). É um tipo de reclamação pura e simplesmente pra satisfazer o ego de macho."

Assino embaixo.
Isso qdo nao dizem que eh pra "dar um perfume diferente pro ambiente"

Anônimo disse...

Oq te impede de escrever? Lola ja postou dezenas de guest post's.

Anônimo disse...

Só pra constar, vc sabe q Jennifer não vai ler esse comentário? Q o texto foi publicado em outro meio e q foi traduzido?

mbpine disse...

Tem gente q nunca leu Dilbert né?!

Thais disse...

Exato! Quer perfume? Compra ali na Avon e me deixa em paz!

Anônimo disse...

***ATENCAO***
Não degradem uma faculdade apenas por causa de uma história, essa mesma faculdade "machista", aceitou e formou a garota Bel Pesce de 17 anos e brasileira!, a mesma se formou e hoje é dona de uma empresa no vale do Silicio. Agora me pergunto, como a mesma faculdade pode gerar duas histórias tão diferentes ?. Porque a Jennifer foi tão mal e a Bel não?, acho que nesse caso o pessoal de ambas tem um forte peso na história.

Anônimo disse...

Nossa Lola, quanta inverdade e vitimismo, mulheres são maioria na ciência, liderando pesquisas e projetos. É por isso que ninguém mais leva feminista a sério, porque vocês reclamam de barriga cheia.

As mulheres participam da ciência desde 400 A.C

E tivemos grandes cientistas mulheres que fizeram a diferença desde 1800.

Com relação a negros, bom, esses só querem sambar e dançar funk, e entrar para a criminalidade, enquanto eles discriminam o branquinho que quer estudar.

Anônimo disse...

A minha Esperança é que os racistas e machistas engenheiros ou não, façam uma bomba e se matem todos.E por consequencia que vá todos para o inferno.