quinta-feira, 11 de abril de 2013

FEMEN E ISLAMOFOBIA, UMA RELAÇÃO PERIGOSA

Integrante do Femen queima bandeira em frente de mesquita em Paris

Eu ia publicar um post levinho hoje com o título de "Alá existe", referente à morte dos soldados americanos que mataram Bin Laden, mas vou deixá-lo pra semana que vem. Fiquei relutante porque já falei do deus que matou John Lennon (há indícios que ele também matou os Mamonas e que ele tem planos pro Caetano), e porque nos comentários do post sobre a homenagem do Femen a Thatcher, pra variar, rolou uma discussão sobre islamofobia. Por que será que não dá pra falar sobre o Femen sem falar em islamofobia? Talvez porque o grupo seja de fato islamofóbico?
Aquilo que escrevi no update de um post meu -- "algumas feministas brasileiras acreditam que o Femen seja um grupo de inspiração fascista disfarçado de feminista" -- começa a angariar evidências. Várias participantes do Femen em todo o mundo pertencem a organizações racistas de extrema direita. Ou seja, a escolha de Sara Winter (uma integralista nacionalista até pouco tempo, com uma cruz de ferro tatuada no corpo até hoje) para liderar o Femen Brazil parece não ter sido mera coincidência. 
Ontem uma leitora, a Lu, traduziu algo que foi escrito no FB: 
"Nós sabíamos que a líder do Femen no Brasil está envolvida com grupos neonazi. Nós soubemos que os grupos na França, Rússia, Ucrânia e Turquia acusaram-nos de xenofobia. Nós também sabemos que ativistas foram expulsos do grupo na Alemanha por questionar por que tantos membros faziam parte de grupos da extrema-direita. 
"Nós soubemos sobre os sequestros falsos e notícias falsas. Agora, outra evidência muito importante veio à tona. A página do Femen no Reino Unido é administrada por um membro da EDL [English Defense League, um grupo de extrema direita]. A palavra precisa alcançar as pessoas, especialmente num momento em que Femen está escrevendo para o The Guardian e outros meios de comunicação britânicos, sendo caracterizado como a 'salvação do feminismo'". 
Eu diria que é incrível, mas na realidade é estratégico, que a mídia continue a dar tanto destaque ao Femen. Mostrar eventos do Femen é o tipo de notícia que vende, não só porque inclui fotos de jovens dentro do padrão de beleza com seios nus, mas também porque é a oportunidade pra muito babaca balançar a cabeça e dizer "Essas feministas!...". Sendo que nem o Femen se diz feminista. Se diz neofeminista e sextremista, dois termos que elas não se preocupam em explicar.
Tenho visto várias imagens de integrantes da Femen sendo agredidas, algo que todxs nós devemos repudiar com toda a convicção. Num dos protestos anti-casamento gay na França no ano passado, várias ativistas foram espancadas. Esses dias um fórum mascu publicou isto (imagina, não é misoginia!):
Quer dizer, grupos de extrema direita (como os mascus) odeiam o Femen, mesmo que eles tenham a islamofobia em comum. E feministas não sentem que o Femen as representa, nem sequer que seja um tipo de feminismo, entre muitos. Enquanto isso, a grande mídia as retrata como únicas feministas, sem nunca questionar suas mancadas.
Algumas pessoas têm acompanhado a saga de Amina, uma jovem tunisiana que decidiu postar uma foto na página do Femen-Tunísia no Facebook com os seios descobertos e palavras como "F*dam-se suas morais". Por isso, ela foi agredida verbalmente e ameaçada por um clérigo muçulmano. É francamente temeroso que algo assim ocorra. Mas como o Femen passou a notícia, que ganhou manchetes em todo o mundo? Assim: "Mulher é condenada à morte por fazer topless em protesto". 
Quando você lê uma manchete dessas, o que você pensa? Eu, pelo menos, pensei que o governo da Tunísia tivesse condenado Amina à morte. 
Só que não tem pena de morte na Tunísia, como este texto bem explica. A "condenação" não veio do governo da Tunísia. É a opinião de um líder religioso, que não tem poder nenhum de açoitar ou apedrejar alguém. Também não parece ser uma FATWA (uma perseguição contra os hereges, como existe faz décadas contra o escritor Salman Rushdie). O que parece é que um maluco e fanático religioso condenou o que Amina fez. Em outras palavras, imagine pegar o que mascus sanctos dizem sobre mim quase todo dia ("Lola a feminista de nome proibido deveria ser açoitada e morta por escrever essas porcarias feministas") e transformar na manchete "Velhinha feminista é condenada à morte por ter um blog". Ficaria um pouco exagerado, né?
Para protestar contra essa "condenação", o Femen promoveu um "topless jihad day", em que várias manifestantes mostraram os seios pela liberdade das mulheres muçulmanas. As Femen chamaram a data de "nova primavera árabe" e escreveram que o evento era um grito contra "o ódio letal dos islâmicos, bestas desumanas para os quais matar uma mulher é mais natural que reconhecer o direito dela de fazer o que quiser com o corpo dela". 
Isso gerou um outro movimento, o Muçulmanas contra o Femen, que, além de postar fotos de mulheres islâmicas com cartazes com dizeres como "A nudez não me liberta e eu não preciso ser salva", escreveu na sua página no FB: "Entendemos que é difícil para muitas de vocês 'feministas' coloniais brancas entenderem que muçulmanas e mulheres não-brancas podem pensar em sua própria autonomia, e reagir também, e falar por si. Temos orgulho de sermos muçulmanas, e estamos cansadas das suas besteiras coloniais e racistas disfarçadas de 'liberação feminina'!" 
Uma das líderes do Femen, Inna Shevchenko, respondeu: "Elas dizem ser contra o Femen, mas nós ainda dizemos que estamos com elas. Elas escrevem nos seus posters que elas não precisam de liberação mas nos seus olhos está escrito 'me ajudem'". Ai, ai, Inna... Se uma pessoa que julgamos oprimida diz que sabe lutar sozinha, não diga que ela está fingindo ou que ela está com medo porque, "atrás delas, há homens barbudos com facas" (outra asneira que Inna escreveu). Simplesmente acredite nelas, pô!
(Saber que existem muçulmanas feministas e que elas são capazes de lutar pela sua própria libertação é um dos motivos pelos quais feministas 'ocidentais', eu inclusa, não costumam se intrometer nos problemas de culturas que desconhecem. Claro que os machistas brasileiros, por exemplo, aqueles que não acreditam que existe machismo no Brasil, estão sempre nos mandando pro Oriente Médio -- "vai lá protestar com as tetas de fora pra ser apedrejada" -- ou nos cobrando a salvação de alguma muçulmana, como se não houvesse feministas em países islâmicos ou como se a gente já não tivesse muito pra lutar por aqui.)
A própria Amina, que estava sumida desde que foi ameaçada, apareceu num canal francês para dizer que não quer estar associada com as ações mais recentes do Femen, apesar de continuar apoiando o grupo, porque "elas são verdadeiras feministas". Porém, para Amina, "elas insultaram todos os muçulmanos em todo lugar e isso não é aceitável". O Femen declarou, de modo característico, que era claro que "Amina não estava falando livremente". 
Quando nem uma aliada (o Femen) acredita no que você diz, talvez seja a hora de buscar novas aliadas, não um grupo que faça da islamobofia sua principal bandeira. Ainda bem que, assim como nem todos os muçulmanos (ou os cristãos, ou os judeus) são fundamentalistas religiosos, nem todo feminismo é o Femen. 
Já tem muita gente afirmando que o Femen Ucrânia foi criado, há cinco anos (agora foi aniversário delas), para manchar a imagem do feminismo. Espero não precisar escrever um post daqui a um tempinho citando evidências de que isso seja mesmo verdade. Porque tá parecendo.

184 comentários:

Anônimo disse...

Bom, se você tiver paciência (e souber um pouquinho de alemão ou decidir usar o google translate) aconselho a ler esse post e a ler o link do indymedia alemão que está lá:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=292374434228773&set=pb.272316346234582.-2207520000.1365710459&type=3&theater

É revelador.

Inês Barreto disse...

As muçulmanas estão certas quando falam do colonialismo.

A mentalidade do Femen parece ser muito similar à lógica que a Europa cristã usou para dominar a América e a África: a de que os povos "não-civilizados" precisavam do branco europeu para ajudá-los a evoluir.

O Femen, infelizmente, está usando a lógica do patriarcado dominador que elas dizem combater.

Marcelly disse...

Humm..que delicado...
mas conversa gerou um post?

que boomm ..:)

concordo c vc Lola..
só não tenho de fato uma visão bacana do Islã..acho que eles sejam mesmo muito fechados e machistas...(não tooodos claro...)..
talvez o numero de fundamentalitas no Islã seja um numero maior e com mais força politica que nas outras religiões...mas o bacana eh procurar ler mais e pensar mais sobre...

discuções assim podem esclarecer muitooo


Fernando F disse...

Parafraseando uma frase do velho Brizola:
- O Femen é o feminismo que o machismo gosta.
(A frase oringinal falava sobre a esquerda que a direita gosta.)

Fabiane Vinente disse...

Lola, gostei muito do post, especialmente porque ele mexe em uma questão sempre incômoda: a de que o feminismo "ocidental" nem sempre consegue dialogar com "outros" feminismos, outras formas e estratégias instituídas em outras culturas para lidar com a relação desigual entre os gêneros. Eu, que trabalhei com mulheres indígenas, vi muitos questionamentos delas nesse sentido, por não se sentirem contempladas nas bandeiras de luta feministas, mas que nem por isso apoiavam a violência e discriminação que eventualmente algumas delas enfrentavam de seus homens. Muita coisa para pensar! Abraços.

Julia disse...

Bom, eu não concordo com nada desse post. Espero que meu avô libanês me perdoe por isso. Que deus o tenha.

Unknown disse...

Não concordo com o post,como assim a Lola não costuma se intrometer nos problemas de culturas que desconhece??! Lola, vc não conhece o machismo muçulmano?
E que conspiração maluca essa de q o Femen foi criado para manchar a imagem do feminismo?!
E outra elas já explicaram mais de cem vezes o porquê do sextremismo.
Acontece q vc, nunca deu crédito ao Femen. DEsde o primeiro post. Não me surpreendeu você manter sua postura...
Mas eu juro q queria muito, poder encaixar nas duas vertentes de pensamento, pois sempre gostei dos seus posts


Mirella disse...

Bom, vou dar minha opinião sobre os ~islâmicos malvados~.

Em 2007, logo após sua eleição, o Sarkozy já anunciava que queria proibir o uso do véu (não me recordo do termo correto) na França. E nesta época eu cursava uma matéria extra, no colegial, de história. E meu professor deu sua opinião, na forma do causo a seguir:
- ele havia ido para a França há um tempo e feito uma especialização por lá. A turma era composta de pessoas do mundo todo, inclusive uma moça do Oriente Médio. Ele contou que ela ia completamente coberta para as aulas, usando uma destas vestimentas tradicionais que, com Sarkozy, poderiam ser proibidas.
Enquanto ela andava, era possível ouvir o tilintar das jóias/bijuterias etc que ela usava. Um dia, depois da aula, os alunos se reuniram, acho que para uma despedida. E meu professor perguntou para ela porque usava aquelas roupas se estava usando jóias e coisa e tal por baixo. A resposta foi que a moça se enfeitava para si (ela era solteira, morava sozinha, etc). Ela chegava em casa, tirava a indumentária e ficava com suas jóias e roupas coloridas. Não era para os outros olharem, admirarem etc. Era para ela, e ela se sentia mais confortável quando se "cobria" para sair à rua.

Desde então, o assunto tá encerrado para mim. Essas mulheres sabem o que é melhor para si. É a escolha delas. Sim, algumas culturas podem ser absurdamente opressivas. Sim, algumas delas são islâmicas. Mas não dá para ficar com esta islamofobia e querer ser paternalista e imperialista e querem MANDAR em mulheres que, claramente, dizem NÃO.
Para mim, usar o véu está no mesmo patamar de usar maquiagem, pintar os cabelos, raspar os pelos. Sim, algumas mulheres fazem isto por um padrão de opressão. Mas muitas fazem porque GOSTAM. Querer caçar carteirinha de feminista com base nisto é limitador. E PIOR AINDA: dizer que "mas em seus olhos está o pedido de ajuda".
As mulheres disseram COM TODAS AS LETRAS. Sério, as moças DESENHARAM. Qual parte tá difícil de entender?
Querer dizer "ah continuamos defendendo vocês" parece muito coisa de missionário querendo catequizar índio. Me engana que eu gosto.

Anônimo disse...

A quita imagem e linda, eu adoro o femen, acho que elas não fazem este feminismo que fica se justificando o tempo todo, elas vão para cima do machismo e do patriarcado para destrui-lo, e se os homens forem junto,e porque assim o querem,ele e que nos devem desculpas por seculos, nos não devemos nada a eles.
O FEMEN ME REPRESENTA.

Sonado Alaikor disse...

@Inês

Por isso concordo com a Lola em esperar não ter de em alguns meses estar debatendo as provas que mostram que o FEMEN foi criado para foder com o feminismo x_x

@Fabiane Vinente

Realmente, nunca tinha pensado nesta questão das comunidades indígenas e olha que tenho sangue vindo deste nicho...
Acho que isso vai me render umas boas horas de reflexão ^^

lola aronovich disse...

Pô, Huan, normalmente eu publico todos os seus comentários e gosto deles, mas esse último não dá. Não posso publicar um coment. de alguém dizendo que bateria numa pessoa... Ajusta isso aí.

Anônimo disse...

FEMEN JOINED FASCIST FOOTBALL FANS AGAINST GALATASARAY FANS


On August 25th 2010, Femen joined forces with the Karpaty Lviv FC fans and released a statement against Galatasaray fans and against turkish people in general. In an Europa League game against Galatasaray on 26 August 2010, FC Karpaty Lviv fans used a Celtic cross banner with racist insults on it. The UEFA fined FC Karpaty Lviv 25.000€ for racist demonstration.

http://www.ihrpex.org/en/article/355/uefa_oshtrafovala_karpaty_za_rasyzm_bolelschykov


The statement was translated by google so there will be some errors, but you can have a general idea of Femen's speech regarding turkish people.

"The movement FEMEN in the eve of the match between Lviv "Karpaty" and Turkish "Galatasaray", refers to the Lviv city council to ban fans "Galatasaray" from visiting the city. We call all fans of "Karpaty" to support our initiative and not let the "Turkish macho" boss around at the cultural capital of Ukraine.We are confident that the arrival of Turkish fans at the game with the "Karpaty" will increase prostitution and sex tourism in the city of Lviv.

Turkey has long been an area of sexual slavery for Ukrainian women, and the Turks are the main consumers of sexual services in Ukraine. According to our statistics together with the Institute of political, social and marketing research, 52% of young Ukrainian girls received obscene suggestions from the Turks.

Such stringent measures may be a test for the Ukrainian authorities in the future of the European Football Championship, in which the influx of sex tourists will increase. If you do not stop this, we risk turning millions of Ukrainian girls into sexy targets for tourists in 2012.FEMEN wants to insist that only the penalization of clients for Euro 2012 will prevent the "brothelization" of Ukraine.

The initiative is supported by the bill number 5223 of October 14, 2010, which is still under consideration in the Supreme Council of Ukraine.We hope that the well known Lviv patriotism and integrity of the institution will rid football of those so-called football fans."

At the picture, Inna Shevchenko and Karpaty-Lviv fans

http://femen.livejournal.com/2010/08/25/

All the info was taken from this indymedia.de article: http://de.indymedia.org/2013/02/341366.shtml


https://www.facebook.com/photo.php?fbid=292374434228773&set=pb.272316346234582.-2207520000.1365710459&type=3&theater



Talvez seja legal vocês verem o que elas falaram sobre os judeus hassidicos da Albânia que peregrinam todo ano pra Ucrânia durante o ano novo judeu, ou outras manifestações xenofóbicas e racistas relatadas nesse link do indymedia alemão postado acima.

O Femen é ultra nacionalista e sempre foi, lidem com isso.

Thomas disse...

Adoro discordar da Lola, mas dessa vez gostei de concordar.

Helena disse...

Em uma postagem da página do FB do Femen, elas escreveram: "Menos patriarcado... Menos religião"
http://www.facebook.com/photo.php?fbid=431134533644195&set=a.282662395158077.64064.280659362025047&type=1&theater
Poxa meu, ser livre também é poder escolher a religião que você quer seguir (ou não seguir religião). Religião não é o mal do mundo, o problema é quando ela se transforma em moralismo, acredito eu. Não devemos lutar pelo fim das religiões, mas sim por um Estado laico e liberdade de expressão (isso inclui exercer uma religião).
As blogueiras feministas publicaram um texto bacana sobre feminismo islâmico esta semana:
http://blogueirasfeministas.com/2013/04/a-realidade-e-o-futuro-do-feminismo-islamico/

Lola, amo seu blog! Obrigada!

Anônimo disse...

"Velhinha feminista é condenada à morte por ter um blog"

hahahahaha só vc mesma, Lola!

Sonado Alaikor disse...

@Lola

Desculpe por ele, mas a ideia de um grupo neonazi brincando deste lado da cerca me fez subir o sangue. x_x

Bem, eu não conseguiria ser tolerante com a Sara Winter ou com o resto do pessoal do FEMEN sabendo que estão ligados a grupos nazifacistas. Digamos que para alem do feminismo (certo, isso defendemos em comum), os posicionamentos delas vão contra tudo o que defendo e pior, evoca violência de uma forma bem negativa.

Vide demais pessoas com a mesma tatuagem da dona Sara Winter. E nem adianta vir com o papo de que foi um erro do passado, ela é meio nova para ter mudado de ideia tão rápido quanto a um pensamento tão radical sem nada de tão anormal assim ter acontecido. Seria o mesmo que um ateu convicto um dia acordar e decidir criar uma igreja evangélica para trazer iluminação para a mente das pessoas...

Anônimo disse...

Acabei de ler no print do cara que trollou o Femen, o tal do Adonias que o Femen tá bloqueando quem tá postando lá na página que elas foram trolladas em relação à Margaret Thatcher mas não apagam o post de jeito nenhum, ou seja, estão convictas mesmo da homenagem.

Caroles disse...

Diz muito o fato de basicamente nenhuma integrante do Femen ser negra, asiática...

Anônimo disse...

O femen destruir o patriacado? Sonha, girl! O femen não passa de grupo formado por babacas, essa pose de mulher maravilha de braços erguidos é hilária. Nem mesmo as ucranianas curtem elas.

Só tenho dó de quem se sente representada por um bando de babacas!

Anônimo disse...

É importante que vc escreva desde já que o Femen é um grupo dissidente do feminismo e ligado à extrema-direita.

Sara disse...

O FEMEN me representa.
Pra mim feminista islâmica é sinônimo de judeu nazista, e gay eleitor do Bolsonaro.....

Anônimo disse...

complicado isso...

não tenho nenhum apreço as religiões PRINCIPALMENTE a muçulmana, porém não concordo com os métodos do femen.

e me assusta o tamanho do destaque que elas tem na mídia. Existem milhares de movimentos feministas mas somente UM tem mídia e é justamente o Femen com atitudes radicais como essa.
O zé povinho que ta vendo tv, não quer saber , pra ele, toda feminista é como as femen. esse é o perigo.

Sonado Alaikor disse...

"Diz muito o fato de basicamente nenhuma integrante do Femen ser negra, asiática.." ²

Sonado Alaikor disse...

@Lara Carvalho

Tem algum link onde eu possa ler sobre o sextremismo delas?

Tem também onde possa ler sobre o neofeminismo?

E sobre a tatuagem da Sara ou dos envolvimentos com neonazismo?

Anônimo disse...

Sempre achei estranho o fato do FEMEN ter apenas mulheres dentro do padrão de beleza estabelecido: magras,brancas,loiras em sua maioria e com seios redondos e "perfeitos".
Nunca vi uma gordinha,obesa,negra,mulata,índia,olho puxado,de peito caído e etc.
Essa situação fica pior aqui no Brasil onde o povo é mestiço,logo cada pessoa tem uma aparência física diferente. Mas as brasileiras sempre são fisicamente semelhantes.

Id disse...

Taí, foi como eu disse.

Anônimo disse...

O Femen está se aproveitando de séculos de xenofobia e racismo na Europa a fim de atrair atenção.

Isso não é feminismo ou luta, é preconceito e ignorância.

As muçulmanas não precisam do salvamento do femen. Elas próprias estão lutando para mudar os equívocos sobre o seu povo enquanto lutam também por sua emancipação de comportamentos opressivos, incorporadas em sua cultura. Elas não precisam de ninguém marginalizando-nas ou ofendendo sua cultura.

Vejam o que as muçulmans acham do femen e sua jihad-naked:

"Agora o FEMEN querem nos convencer que são nossas aliadas, atacando nossas mesquitas e debochando de nossa fé. Mas não sei se pode haver ativismo de gênero destruindo os direitos de algumas de nós só por sermos muçulmans, não-brancas e de terceiro mundo, a não ser que seja apenas para ganhar atenção da mídia, não?

Já que se trata de defender nossos direitos dos islamistas. Então?

1 - Onde estavan quando as mulheres sauditas sairam a rua dirigindo seus carros e foram presas por isso?

2 - O que fizeram quando as mulheres egipcias eram acoadas na praça Tahrir por protestar contra a ditadura de Morsi?

3 - O que fizeram para apoiar Samira Ibrahim quando esta denunciou os testes de virginidade e a corte liberou os culpados?

4 - Como defendero os direitos de Asma Jahangir, quando sua roupa foi arrancada por manifestantes depois dela ter defendido Asia Bibi no Paquistão?

5 - Qual foi sua campanha para condenar os culpados dos assssinatos de Farida Afridi e Nadia Sediqqi ambas ativistas pelos direitos das mulheres?

Em nenhuma parte houve nada, NADA, NUNCA!"

E aí, vcs ainda acham o femen as super-salvadoras das muçulmanas?
Então parem de auto-proclamarem salvadoras das muçulmanas!

Aninha disse...

Sinceramente, não vejo contradição entre feminismo e islamismo.

Se você nasceu mulher (ou é mulher trans) e optou por usar o véu, qual o problema? É errado quando é imposto, mas se é por vontade de seguir uma cultura, é uma atitude feminista.

Ser feminista é ter autonomia sobre o próprio corpo - para despi-lo ou cobri-lo.

Anônimo disse...

Eu acho o femem um desserviço, pelas declarações e ações delas publicadas pela internet mundo afora.
Elas acertam em 30%, mas erram em 70%, e é só essa % negativa que a mídia gosta de noticiar e elas sabem disso, mas não se importam. Por que será?!

Repudio o islã, mas não xs muçulmanxs, assim como detesto o cristianismo, mas não detesto xs cristãos/ãs - quer dizer, alguns eu detesto. Mas não é por isso que eu vou sair por aí queimando o alcorão ou a bíblia e querer continuar tendo credibilidade como feminista ou qlqr movimento que prega igualdade e respeito.
Há outros meios de demonstrar o repúdio às religiões opressoras sem insultar seus adeptxs.
Esse tipo de coisa que o femem faz não ajuda em nada o feminismo.
É a mesma coisa que vc querer resgatar uma mulher da vida de opressão, mas antes insulta-la de burra, acomodada e esperar que ela venha para o feminismo de braços abertos.

É isso mesmo, yulia2:
"O zé povinho que ta vendo tv, não quer saber , pra ele, toda feminista é como as femen. esse é o perigo."

Como concordar com um movimento que se diz feminista, mas não se importa que com seus atos imbecis dê de bandeja para a mídia a oportunidade de tirar toda a credibilidade de um movimento tão sério quanto o feminismo?


Sara disse...

O FEMEN aceita qualquer mulher q queira entrar como ativista, é uma mentira sem tamanho o q dizem sobre essa suposta escolha de tipos fisicos q eles fazem, eles tem poucas ativistas pq poucas mulheres tem peito de protestarem com os busto descoberto, afinal nosso pais é bem machista.
Mas ja vi ativistas de todas as cores formas e tamanhos por lá.
E o slut shaming q fazem aqui com a vida dessa garota, q não passa de uma menina idealista chega a ser gozação, e totalmente sem sentido.
Fico tentando entender o porque de tanto ódio a essas garotas, q afinal são mulheres como todas nós, e isso da muito desânimo, por mim seguiria o feminismo a maneira delas, mas reconheço q elas não tem um foco mais centrado nos problemas feministas, mas esses outros grupos q ficam defendendo o islã, pra mim é o fim da picada TOTAL.
As únicas palavras q me ocorrem é absurdo, sem nexo, bizarro, sem noção e por ai vai...

Marussia de Andrade Guedes disse...

Da mesma maneira que não dá para aceitar uma feminista de direita, é impossível aceitar uma feminista que não seja islamofóbica. O combate ao que esta religião faz com as mulheres deveria movimentar o mundo inteiro. Quando o apartheid , na África do Sul, ficou insustentável, o mundo inteiro se mobilizou. A África sofreu boicote econômico e turístico do mundo todo e seus atletas foram impedidos de participar de competições . E o que o islamismo faz com suas mulheres ? Não é um apartheid? Não há nada mais chocante do que ver um casal de muçulmanos passeando , o homem todo ocidentalizado e a mulher com uma burca que só deixa mostrar os olhos. A Ayaan hirsi Ali, que tem uma História de vida fantástica, sempre questiona quando o ocidente vai acordar para o que representa o islamismo na vida de mulheres e até dos homens também. Ela escreveu três livros maravilhosos , o melhor deles é INFIEL. Lá ela explica que a maioria das mulheres nem tem capacidade de questionar sua condição . Muitas são impedidas de estudar. A situação das mulheres muçulmanas é um problema de todos. O número de fiéis vem crescendo e se espalhando no mundo todo. Meninas , dentro da Europa , são clitorectomizadas nas
mesas da cozinha de suas casas. As pessoas de direita nao são , com certeza, islamofóbicas pelo que o islamismo representa para as mulheres . É possível criticar duramente o islamismo sem assumir "uma posição de direita". Não criticar o islamismo é que é uma atitude inconcebível para uma feminista. As feministas nunca serão vitoriosas se , nos países que não passaram pelo iluminismo, as mulheres são tratadas como seres humanos de segunda categoria.

Anônimo disse...

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/04/medico-frances-sugere-que-nao-usar-sutia-e-melhor-para-saude-dos-seios.html

Amei esse estudo :D

Thomas disse...

Sara disse...
"O FEMEN me representa.
Pra mim feminista islâmica é sinônimo de judeu nazista, e gay eleitor do Bolsonaro....."

Mas Sara, querida, a líder do FEMEN do Brasil aprecia um nazismo. Dá pra ver ali na pele dela.

Chega a ser irônico você fazer declarações islamofóbicas - criticando o suposto fanatismo religioso daquele pessoal - quando você mesma age como uma fanática quando opina sobre determinados assuntos por aqui.

Você simplesmente liga a metralhadora de bobagens e afirma coisas sem dar o menor embasamento teórico. "O FEMEM me representa". Sério? Você lê um texto inteiro da Lola em que ela apresenta inúmeros argumentos interessantes e o máximo que você consegue fazer para contra-argumentar é falar isso?

Pra mim isso soa como alguém que sequer tem certeza daquilo em que acredita. Ou simplesmente escolhe coisas que estão em voga para seguir cegamente. Porque desconfio que se você tivesse algum contra-argumento bom, não se furtaria de deixá-los registrados aqui.

Tente elaborar um pouco mais, Sara. Eu adoraria entender como sua mente funciona. Como você consegue conciliar seus supostos ideais feministas de igualdade com um grupo que é liderado no Brasil por uma garota que diz que ama Hitler, cujos principais membros são direitistas europeus e que adora exibir mulheres nuas que estão dentro do padrão de beleza, desde que não sejam negras ou asiáticas.

Adoraria ler como você justifica a declaração ridícula que a moça do FEMEM fez quando afirmou que via o medo nos olhos das mulheres muçulmanas que se posicionaram contra aos protestos desse grupo "feminista".

Adoraria entender porque exatamente o FEMEN te representa, num mundo em que existem feministas muito mais inteligentes e que contribuem muito mais para um diálogo interessante e relevante.

No fim do dia, o marketing deve ser a arma mais poderosa já criada pelo homem. Não importa quantas, óbvias e claras inconsistências e erros algum grupo cometa, desde que esteja na mídia o suficiente e possua uma máquina de propaganda grande, sempre haverá uma horda de ovelhas que continuará a seguir as ideias errôneas que são propagadas.

O que me consola é que o FEMEN cava sua própria cova a cada dia. Já não é um grupo respeitado por ninguém que discute o feminismo seriamente. Suas ações são divulgadas mais pelo fator do ridículo que gera comédia não-intencional (e muito ibope para sites e tvs)do que qualquer outra coisa. O FEMEN poderia ter pegado mais se tivesse nascido há algumas décadas, mas não hoje em dia. Logo menos esse grupo morrerá e será esquecido.

PS: eu realmente espero que a Sara esteja trollando.

Sonado Alaikor disse...

@Sara

O judeu pode não ser nazista, mas o FEMEN o é x_x

@yulia2

Apesar de não ter apresso também pelas religiões em geral, estou inclinado a crer que o problema não são elas em si. Caso contrário todo ateu seria super supimpa e infelizmente nem todos...nem todos... x_x

Anônimo disse...

Richard Dawkins representa polêmica no meio feminista, mas tem uma frase ótima sobre feministas que apóiam a Sharia e qualquer interpretação barra-pesada do Corão à guisa de (cof cof) multiculturalismo:

"Um espancador de mulheres é um criminoso, e deve ser punido por isso. Feministas ocidentais que criam desculpas para isso baseadas na Sharia sao hipócritas"

Defender igualdade para mulheres brancas de classe média/alta é fácil. Tatcher, odiada pela esquerda, foi uma mulher que "venceu num mundo masculino" sem ter feito nada de positivo para as outras mulheres. Engraçado que todas nós tentamos educar nossas compatriotas quando elas nao enxergam o sexismo e a opressão da cultura de estupro em que vivemos, ou ignoram a violência dos padrões de beleza, mas achamos "libertador" quando uma garota de burqa que corre o risco de ser execrada por sua comunidade caso transe antes do casamento aparece com um cartazinho "o Femen nao me representa"...

Eu nao posso defender uma religião que corrobora assassinato, espancamento, controle social/político/econômico de suas mulheres, que as considera inferiores aos homens (cidadãs de segunda classe ou nem isso), que estereotipa como promíscua qualquer mulher que nao use um véu/niqab/burka/etc (mesmo as "infiéis").

Alias, eu jamais apoiaria qualquer religião ou sistema de crença que promova violência, segregação ou desrespeite liberdades individuais.

Uma muçulmana (a bem da verdade, qualquer mulher) só será livre para mim quando o fato de usar um véu ou um biquíni nao seja importante na hora de julgar o caráter dela.

PS: o Femen efetivamente nao me representa. Nao sou de extrema direita e sextremismo pra mim cai melhor num bom pornô...

Anônimo disse...

Lola quer por fogo nos comments com a islamofobia haha Mas eu desisti, até porque minhas palavras estavam sendo distorcidas, o bom é que acredito que é uma minoria de feministas que pensam assim.
Só pra acrescentar, um blog que cita todos os problemas de todos Femen pelo mundo, inclusive o brasileiro:
http://femenputecidxs.wordpress.com

F.

Viviani Fujiwara disse...

Gerald Thomas enfia a mão embaixo do vestido de Nicole Bahls
Nojento!!!

http://diversao.terra.com.br/tv/programas/gerald-thomas-enfia-a-mao-embaixo-do-vestido-de-nicole-bahls,5be6bf30138fd310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

@pokerol disse...

Toda vez que tem um post sobre depilação e como é uma coisa opressiva, vem gente falando que a gente tá sendo extremista e que ela depila POR QUE QUER ME DEXA.

Toda vez que a gente posta sobre a idéia de roupa curta ser coisa de vadia é ridícula, vem gente falando que não vai usar roupa curta PQ NÃO QUER. Que não vai deixar de usar a roupa que gosta só pra provar que não é oprimida.

Queria entender qual é a dificuldade de entender que GENTE, ELAS QUEREM USAR O VÉU. Umas querem, outras não querem. FIM DE PAPO. A gente luta sim, para aquelas que não querem possam ter a liberdade de não usar o hijab, mas qual é o problema de alguém ESCOLHER usar? E as muçulmanas que vivem em outros países, que não regidos pelo islã, e que ESCOLHEM usar o véu pq se sentem bem?

Proibir esse tipo de coisa é tão opressivo qto obrigar a usar.

E olha só, lutar pela liberdade feminina tb é lutar pela liberdade de exercer sua religião livremente.
O islã é machista? Depende da interpretação que os governantes e lideres da igreja dão pra mensagem da religião deles, assim como TODAS as religiões do mundo.

Sério que vcs não entendem o pq é ofensivo querer libertar uma pessoa, A FORÇA, da sua própria espiritualidade? É a mesma coisa de querer obrigar um ateu a praticar uma religião, porra.

A maioria esmagadora das religiões tem sim seus preceitos machistas, e a gente luta pra que esses preceitos não se espalhem pra quem não acredita, na forma de leis e etc. Eu não sou contra religiões, eu sou contra TEOCRACIAS. Eu sou contra preceitos religiosos na lei de um país, prejudicando principalmente as mulheres como sempre vemos. Lutar contra uma religião inteira é bizarro, é o que tiranos e ditadores fizeram durante centenas de anos, aniquilando civilizações inteiras. Prestem atenção no que vocês defendem, PELO AMOR DE ODIN.

aiaiai disse...

Excelente post, Lolinha.

Mirella, ótimo comentário. Ao ler o post, lembrei-me que meu primeiro impulso foi apoiar o sarkozy. mas uma pessoa que sigo no tuiter me fez ver que era opressão também. A vestimenta usada pelas muçulmanas, aliás, as vestimentas (são várias), têm um significado. pode ser um padrão imposto pela religião, mas pode ser vontade delas. Como você disse, é como a maquiagem para nós.

e o femen, sinceramente, acho q tá mais p backlash do que protesto.

Anônimo disse...

Ninguém percebe que essa cruzada contra o islã parece muito uma outra cruzada famosa aí contra uma etnia/religião que culminou nos piores que o mundo já viu? O islã não é etnia, mas sua direta associação aos árabes e o racismo cultural implícito nas respostas dadas aqui já deixam bem claro o grau de desconhecimento e preconceito reinante no mundo todo.

Quase todos os países de maioria muçulmana são estados laicos, incluindo aí os maiores países muçulmanos do mundo - que não são árabes, por sinal: Indonésia, Paquistão,e Bangladesh - apenas alguns países de maioria muçulmana são regidos pela Sharia.


Quanto à Sara que comenta aqui, não esperem muita coerência de uma viuva da ditadura fã de Ernesto Geisel e quetais.



Marussia de Andrade Guedes disse...

Nao estou defendendo o Femen.Se o Femen é nacionalista ou nazista é , realmente, terrível e o grupo não me representa. Mas eu, como feminista, não tenho o menor constrangimento em dizer que sou islamofóbica
E todos os muçulmanos tratam as mulheres como seres humanos de segunda categoria, não só os fundamentalistas. Os fundamentalistas nem tratam as mulheres como seres humanos.
Gostei do comentário do anônimo das 19:20. Um defeito das pessoas de esquerda é aceitar tudo em nome deste multiculturalismo.

Anônimo disse...

O Femen está se aproveitando de séculos de xenofobia e racismo na Europa a fim de atrair atenção.

Isso não é feminismo ou luta, é preconceito e ignorância.

As muçulmanas não precisam do salvamento do femen. Elas próprias estão lutando para mudar os equívocos sobre o seu povo enquanto lutam também por sua emancipação de comportamentos opressivos, incorporadas em sua cultura. Elas não precisam de ninguém marginalizando-nas ou ofendendo sua cultura.

Vejam o que as muçulmans acham do femen e sua jihad-naked:

"Agora o FEMEN querem nos convencer que são nossas aliadas, atacando nossas mesquitas e debochando de nossa fé. Mas não sei se pode haver ativismo de gênero destruindo os direitos de algumas de nós só por sermos muçulmans, não-brancas e de terceiro mundo, a não ser que seja apenas para ganhar atenção da mídia, não?

Já que se trata de defender nossos direitos dos islamistas. Então?

1 - Onde estavan quando as mulheres sauditas sairam a rua dirigindo seus carros e foram presas por isso?

2 - O que fizeram quando as mulheres egipcias eram acoadas na praça Tahrir por protestar contra a ditadura de Morsi?

3 - O que fizeram para apoiar Samira Ibrahim quando esta denunciou os testes de virginidade e a corte liberou os culpados?

4 - Como defenderam os direitos de Asma Jahangir, quando sua roupa foi arrancada por manifestantes depois dela ter defendido Asia Bibi no Paquistão?

5 - Qual foi sua campanha para condenar os culpados dos assssinatos de Farida Afridi e Nadia Sediqqi ambas ativistas pelos direitos das mulheres?

Em nenhuma parte houve nada, NADA, NUNCA!"

E aí, vcs ainda acham o femen as super-salvadoras das muçulmanas?

Anônimo disse...

E eu tô vendo mesmo feminista dizer aqui que o problema da esquerda é justificar tudo com multiculturalismo? Daqui a pouco tão falando em marxismo cultural!

IsabelaBM disse...

acho que quando você se considera feminista, mas levanta a mesma bandeira de grupos de extrema direita, é hora de rever conceitos.

Fábio RT disse...

Para entender um pouco sobre a questão do véu e o mundo muçulmano leiam o estupendo romance NEVE de Omar Pamuk

Muitas querem usar o véu... é algo cultural ...

Ocidentais e cristãos costumam medir o mundo pela régua deles.... e as coisas normalmente não são assim ....

Anônimo disse...

Multiculturalismo é hipocrisia.

Como uma mulher pode escolher usar um véu, se nao usá-lo significa ser apartada de sua comunidade, e nao uma simples escolha?




Paquistão é um Estado tao laico quanto o Marcos Feliciano é um político laico... ACORDA, no Paquistão ser gay é crime punido com detenção!

Julia disse...

Agora quem criticar os muçulmanos ou o Islã vai ser chamado de nazista? Porque esse é o melhor cala a boca da história do universo. Constrange aquelas pessoas que tipo.. não são nazistas. É muito mais divertido oprimir mulheres quando ninguém enche o seu saco por isso.

Realmente fica difícil quando as pessoas continuam dizendo coisas como no "Femen só tem mulher dentro do padrão", "não tem negras", "elas são nazistas".
Fica parecendo má vontade mesmo.


"O que me consola é que o FEMEN cava sua própria cova a cada dia. Já não é um grupo respeitado por ninguém que discute o feminismo seriamente. "

E você e os seus vão ficar felicíssimos quando acabar, né?
Não há a nada que um mascu goste mais do uma muçulmana com um cartaizinho escrito "Eu uso burqa porque eu quero. Me deixa!"

Julia disse...

Eu acho que se vc é feminista e defende a Sharia você tem que mudar seus conceitos tipo.. pra ontem, minha filha.

Além do que é só um pouquinhozinho hipócrita defender a merda quando você não está lá pra sentir o cheiro dela.

Porque eu como ocidental poderia defender a Sharia tranquilamente. Poderia inclusive dizer que vou colocar o nome da minha filha de Sharia se eu tiver uma. Só não faço isso porque eu sou também agnóstica e feminista e há uma boa dose de sensatez em mim.

Sara disse...

É com muita decepção q tenho visto grupos "feministas" postando mulheres de burka, como se elas fossem um exemplo a ser seguido.
NUNCA vou entender, assim como anon .19.20hs e a Marussia como é possível conciliar o islã e feminismo.
Acho q na verdade a ideologia politica desses grupos "feministas" esta muito a frente, do q as reais causas do feminismo.
Apoiar a luta politica dos arabes e palestinos por serem inimigos mortais das potencias capitalistas.
pra essas "feministas" a ideologia é muito mais importante do que apoiar o desejo de igualdade das mulheres que se sentem oprimidas por paises de ditadura islâmica, e podem por quantas fotos forem de garotinhas felizes de véu fazendo compras em Dubai, q pra cada garota dessa deve ter outras sofrendo todo tipo de violência, muitas vezes culminando com a morte em sentenças de morte por apedrejamento ou enforcamento, pra cada menina de véu q essas "feministas" postam tão bonitinhas , tem diversas Malala Yousafzai, Ayaan hirsi Ali, Aisha Ibrahim Duhulow, e milhares de outras.
Eu só penso q seria muito mais honesto que essas mulheres q se dizem feministas digam realmente a que vieram, porque definitivamente , feminismo não é a sua luta.

Anônimo disse...

Isso não me estranha... Já que as mesmas feministas(?) que aqui chafurdeiam frases do tipo, "é culpa do multiculturalismo" já fizeram um fuzuê de opniões machistas num guest post de uma moça abusada e perseguida.

Sara disse...

Anon 19.59hs pq não mostra sua cara, a falta de argumentos é tão grande , q precisa partir p ameaças e calunias, seria vc ou seus amigos q andam pelo meu FB pedindo p q eu adicione muçulmanos??? pq ultimamente meu FB foi invadido por esses caras pedindo p serem adicionados, estranho não é??
Devem ter feito uma fatwa p mim é isso????

ViniciusMendes disse...

@Julia

Não tem que ser muito inteligente pra sacar a "sutil" diferença entre criticar os pontos negativos de uma cultura e criticar uma cultura em TODOS os seus aspectos.

Anônimo disse...

Júlia, quem aqui está defendendo a sharia? Que eu saiba a discursão é sobre o uso volúntario do véu. Algo que pra vc, pra Marússia e para Sara é inaceitável.

Posso te dizer uma coisa? Sou bisneta de turcos, meu avô veio bebê para o brasil e casou-se com uma nordestina, enfim...

Sou muçulmana pq quero, inclusive quando fui a Turquia fiz questão de usar o hidjab e nada disso alterou minha visão e nem o meu ativismo feminista - já que onde moro participo de um coletivo que atua nas escolas e nos bairros carentes dando assistência as vítimas de violência doméstica.

Mas acho que pra vc nada disso adianta né, já que o fato de ter orgulho das minhas raízes e ter fé invalidam minha luta.

Lamentável!!!

Lex disse...

Às islamofóbicas: primeiro, pesquisem a diferença entre a RELIGIÃO e o regime político.

Véu, não direito a voto, etc, são TODAS coisas impostas pelos regimes, como por exemplo as burcas são pelo TALIBÃ. Que age como um par-ti-do, que por acaso, é muçulmano.

Se você é islamofóbica por isso, já começou errado e preconceituosa. Vá ler.

Pra efeito de comparação - seria o mesmo que o PSC exigir que as mulheres e esposas dos afiliados não cortassem mais o cabelo, e por conta disso vocês se tornassem ANTICRISTÃS.

Anônimo disse...

Eu tô longe de ser uma especialista em islamismo, mas acho engraçado como as pessoas exageram sobre o que não conhecem. Assim como outras religiões, o islamismo pode ser interpretado de diferentes maneiras. E o extremismo depende muito do país, o típico problema de quando a política se mistura com a religião...
Eu conheço 4 mulheres mulçumanas da Indonésia. Uma delas não usa véu. As outras usam, mas acompanhado de roupas super coloridas e vários acessórios. Todas estudaram carreiras científicas e trabalham, sendo duas casadas e duas solteiras... Elas não se sentem nem um pouco oprimidas por serem islâmicas e usarem véu, pelo contrário.
Enfim, era só para contar um pouco sobre as mulçumanas que eu conheço. É bom não generalizar; mulher mulçumana não é sinônimo de burca.

Anônimo disse...

"Eu só penso q seria muito mais honesto que essas mulheres q se dizem feministas digam realmente a que vieram, porque definitivamente , feminismo não é a sua luta."
Legal Sara, além de tudo, tu está cassando a minha carteirinha de feminista rsrsrsrs Confesso que não esperava uma reação como essa de ti.
F.

Anônimo disse...

"Eu só penso q seria muito mais honesto que essas mulheres q se dizem feministas digam realmente a que vieram, porque definitivamente , feminismo não é a sua luta."

Eu também adoraria que você, o femen e a Marússia dissesem o pra quê vieram.

Não sei porque mas acho que pessoas que se sentem representadas por ativistas de extrema-direita;

que comemora as "vitórias" de uma governante escrota simplesmente por ser mulher;

que diz que uma mulher é hipócrita ao interromper um ato de sexo forçado simplesmente por estar semi-nua e que usa como disculpa o erro do multiculturalismo para disfarçar sua intolerância deve ter muito "talento" pra ser feminista, né?

não deve levar muito jeito pra feminismo né?

Thaís B disse...

Não acho que tem problema em ser feminista e islâmica, aliás, entrando na questão das fobias contra as religiões com o tal pensamento de "religião é o mal do mundo, gera preconceito e intolerância, atrasa a humanidade etc" eu não acredito nisso, para mim o problema é o religioso.

Eu divido qualquer livro sagrado em 3 partes: culto, conceitos universais e proibições (fique claro que as definições são totalmente minhas).

A parte do culto (reza, pregação na casa de sua religião, comemoração de datas importantes, etc) não tem problema nenhum em ser seguido, afinal faz parte dos costumes da sua crença.

A parte dos conceitos universais (respeitar os outros, dar ajuda a quem precisa, não matar, etc) também é tranquila de ser aplicada, e vamos ser francos, ninguém deveria precisar de um livro sagrado para fazer essas coisas, pois elas são o básico da convivência em sociedade. Até mesmo um ateu segue essas metas, não porque alguém maior disse que deve ser feito mas sim porque é o correto.

O problema está nas proibições (o que você deve ou não deve fazer para alcançar a paz eterna) desses livros.
Aí sim que o religioso tem que tomar MUITO, mas MUITO cuidado na hora de tentar coloca-la em prática na sua vida e sociedade. A pessoa TEM que levar em consideração o período histórico que foi escrito, boa parte do que está escrito não condiz mais com os pensamentos e costumes da sociedade moderna. Por exemplo, mulher adúltera poder ser apedrejada, vai totalmente contra os direitos humanos.
Se for tentar viver exatamente como está escrito, você vai ter que voltar a viver como na época de Cristo, Moisés, e outros, isso é totalmente inviável.
E nem vem me dizer que não tem que seguir todas, onde tá escrito isso? Aliás, esse é o grande problema, as pessoas tendem a pegar um ou outro trecho do livro e tenta aplica-lo achando que é mais importante que os outros e sem considerar há quanto tempo aquilo foi escrito.
Pegando exemplo dos cristãos, muitos argumentam que ser gay é errado pois está na bíblia mas há tantas outras partes que eles mesmos descumprem e não há nenhum lugar do livro que diz que ser gay é pior/pesa mais que as outras partes. Respeito muito quem é cristão mas querido, se uma pessoa vai para o inferno por ter relações homossexuais você vai queimar tanto quanto ele por outras coisas.

Enfim, não acho que livros sagrados foram feitos para serem seguidos fielmente e sim um guia de como ser uma boa pessoa e alcançar a paz com conceitos que transcendem o tempo e outros que são reflexo da época que foi redigido. Basta o religioso, seja um líder ou pessoa comum, ter discernimento suficiente para saber separar as coisas que assim não surgirá extremismos de ninguém. O problema que gera tanta intolerância, briga e guerra está exatamente aí.

Anônimo disse...

"Eu só penso q seria muito mais honesto que essas mulheres q se dizem feministas digam realmente a que vieram, porque definitivamente , feminismo não é a sua luta."

Eu também adoraria que você, o femen e a Marússia explicassem o pra quê vieram.

Certamente que pessoas que se sentem representadas por ativistas de extrema-direita;

que comemora as "vitórias" de uma governante escrota simplesmente por ser mulher;

que diz que uma mulher é hipócrita ao interromper um ato de sexo forçado simplesmente por estar semi-nua e que usam como desculpa a falácia do multiculturalismo para disfarçar a própria intolerância têm muito de feministas né?

Anônimo disse...

Erro meu no comentário onde coloquei Paquistão como estado Laico: o Paquistão é um dos países que tem maioria muçulmana mas não é laico, eu ia colocar a Turquia e acabei colocando o Paquistão por equívoco. Acontece, nem tinha reparado no erro, obrigada anônimx das 20:41, na verdade o Paquistão é um dos países que É regido pela Sharia, assim como o Afeganistão (nenhum dos dois é árabe, aliás).

E eu não defendo a sharia em nenhum momento, e procurem conhecer a luta das feministas muçulmanas e vocês verão que elas também NÃO DEFENDEM a sharia e lutam contram o machismo dentro da própria religião e culturas assim como nós lutamos aqui. Me digam, o Brasil, com constituição e código penal laicos, não é cheio de aberrações políticas e penais calcadas em discurso religioso?

Sara‬ disse...
Anon 19.59hs pq não mostra sua cara, a falta de argumentos é tão grande , q precisa partir p ameaças e calunias, seria vc ou seus amigos q andam pelo meu FB pedindo p q eu adicione muçulmanos??? pq ultimamente meu FB foi invadido por esses caras pedindo p serem adicionados, estranho não é??
Devem ter feito uma fatwa p mim é isso????



Você é louca ou só desonesta mesmo? Onde foi que eu te ameacei? Só porque eu disse que você é fã do Geisel? Olha só, se você não quer que saibam quem você é no facebook é só não copiar os comentários que você dá aqui no blog da Lola e colar no facebook, simples assim. Eu heim!

Quanto a amigos muçulmanos, se eu os tivesse tenho certeza que eles passariam longe de você, não se preocupe que não mandei nenhuma horda invadir teu perfil não.

Gabriel Nantes de Abreu disse...

Essa historia de detesto o isla mas amo os islamicos so me lembre do famigerado "odeio o pecado mas amo o pecador"...

Mônica disse...

Essas discussõezinhas para ver que é mais feminista são ridículas.

Sara disse...

Aos anonimos covardes eu de cara limpa digo a que vim.
Vim para lutar pela igualdade de direitos entre TODOS os sexos, e contra qualquer discriminação sofrida em qualquer lugar do mundo por conta do genero da pessoa.
Luto pelo fim do patriarcado e todo o lixo q ele construiu ao longo dos séculos.
To me lixando pra ideologias, multiculturalismo, só defendo a carta dos direitos humanos, e mais nada...
Acho nojento como vcs inventam tantas mentiras e subterfugios para impingirem suas filosofias de vida, o mínimo q eu esperava eram argumentos fundamentados em verdades, o q ficam fazendo é um tremendo de um slut shaming com essa Sara do femen no mais tradicional recurso machista de desmoralizar a mulher.
Até concordo como ja falei milhares de vezes q elas não tem um foco correto, e q se grupos q se dizem feministas as aceitassem isso poderia ser solucionado, mas aqui só escutam o q faz cócegas nos ouvidos.
Elas me representam pq são o único grupo feminista q enfrenta o islã e as religiões em geral, pois essas são umas das principais inimigas das mulheres, pois todas nos inferiorizam, gostaria de ter estado ao lado delas nos protestos em frente as mesquitas.
A maior parte das religiões tem sangue inocente nas mãos, a catolica nas cruzadas e inquisição, protestantes tb ja mataram em nome de deus.
Mas atualmente o islã é uma das religiões mais poderosas da Terra e continua matando, e tratando mulher como ser inferior, e não é pq tem alguns q não fazem isso (mas tb não fazem absolutamente nada para q isso tenha fim)q vou deixar de culpa-los.

Anônimo disse...

Eu acredito nessa teoria da conspiração aí desde o inicio Lola. Pra mim o FEMEN é dissimulação pura!

Anônimo disse...

me dói o coração ver como algumas mulheres "feministas" não percebem que a liberação do patriarcado é um processo, é um processo no ocidente e quem sabe um dia no que depender da vontade das mulheres orientais será ao leste também, não se pode querer salvar quem não quer ser salvo na base da pancada, muito menos condicionar a salvação a aquilo que é certo para uma porção populacional não podemos partir do princípio de que mulheres muçulmanas são vitimas ou seres constantemente amedrontados, isso é subestimar o gênero todo, se somos fortes no ocidente somos fortes no oriente também, agora libertar as mulheres muçulmanas do julgo de seus maridos para serem oprimidas por aquilo que nós acreditamos ser o correto está longe de ser feminismo.

Julia disse...

Eu estou criticando o islamismo, Vinícius. Não toda uma cultura. Estou criticando uma religião.

Mas não devo ser muito inteligente mesmo, porque não consigo entender como um homossexual possa defender essa religião.

A discussão não é sobre o uso do véu, se o problema fosse só esse nem haveria problema.

Sara, lamento que vc esteja sendo perseguida. Talvez fosse mais fácil fingir que não está vendo mas isso seria ser muito covarde.

Anônimo disse...

Lex e anon das 21:47,

http://www.answering-islam.org/portugues/mulheres.html


Anônimo disse...

Se você nasceu mulher (ou é mulher trans) e optou por usar o véu, qual o problema? É errado quando é imposto, mas se é por vontade de seguir uma cultura, é uma atitude feminista.
________________________

não estou certa disso não..
NO Irã tem o caso de um pastor que foi condenado a morte por recusar a fé islamica e ter se convertido a religião cristã.

Anônimo disse...

Eu quero ver ESCOLHER andar de top, shortinho e dançar funk proibidão bebendo vodka num país islâmico e sair ilesa.

Porque pra mim ISSO é direito de escolha. "Escolher" usar um véu e "escolher" não dirigir e "escolher" que legalmente o marido seja o chefe da família e "escolher" poligamia e o diabo (com trocadilho!) à quatro quando as opções contrárias não estão disponíveis ou são punidas não é escolha porcaria nenhuma, é ILUSÃO de escolha.

Eu conheço várias mulheres felizes em "escolher" o slut shaming como padrão moral, em "escolher" ser contra o aborto em nome de todas as outras mulheres, em "escolher" receber menos que homens na mesma função porque afinal de contas Deus fez o homem para ser o líder, não é mesmo?

Vou repetir já que vocês não entendem: Uma muçulmana (a bem da verdade, qualquer mulher) só será livre de verdade quando o fato de usar um véu ou um biquíni não fizer diferença nenhuma para a sociedade na qual esta mulher estiver inserida!

Anônimo disse...

O povo também força uma barra não?
esse papo de é islamica por que quer é conversa...

circuna no FB uma meme risivel até, com uma mulher de biquini e outra de burca uma olhando pra outra com os dizeres ( coitada, reprimida pela sociedade machista e bla bla bla)
discordo totalmente!
tem uma FUNDAMENTAL diferença nisso, a de biquini tem a opção de se vestir dos pés a cabeça se quiser , sem problemas...

agora a de burca, experimente ela tirar burca pra ver só o que acontece.

livre escolha? sei.....

o pastor iraninano que o diga, vai ser morto por ser cristão.

menos!

Anônimo disse...

Tomare que nem todas as islamicas ao usarem o veu nao tenha na cabeça q tá usando tambem pra se proteger de homem.

Tomare q essas feministas usem seus véus apenas como respeito ao ser superior,mas nada de homem no meio.

ViniciusMendes disse...

@Julia

A partir do momento em que você critica essa religião em todas as suas possibilidades diferentes de leitura por diversas culturas diferentes, eu começo a achar difícil enxergar a diferença entre criticar só a crença e criticar a cultura como um todo.

E sinceramente eu não me importo se os muçulmanos (ou os cristãos, ou os judeus) não gostam de gays, desde que eles não os persigam e não tirem seus direitos. Infelizmente isso é feito do lado de lá, mas infelizmente isso também é feito do lado daqui.

Os países muçulmanos não reconhecem direitos dos gays, mas não é como se o resto do mundo fosse o paraíso do glitter também... E tem tbm aqueles que até reconhecem os direitos na teoria, mas na prática não há reconhecimento nenhum.

O fato é que eu teria chances bem reais de morrer lá sempre que eu saísse em público, eu tenho chances bem reais de morrer aqui sempre que eu sair em público, inclusive pelas mãos de ateus. Por sinal, a quantidade de pessoas do meio lgbt que morrem no nosso país e nem são noticiados é bem absurdo por si só.

Se as pessoas que vivenciam diariamente aquela cultura, acreditam naquilo conseguem se posicionar dentro do contexto delas sem eliminar suas religiões eu não sou ninguém pra me meter nisso e dizer que elas estão fazendo errado... Do mesmo jeito que do lado daqui temos religiosos gays e mulheres muito bem resolvidos com sua fé e sua luta por respeito na sociedade.

E se eu quero ser respeitado dentro das minhas particularidades, eu tenho que respeitar os outros dentro das particularidades deles... Mesmo que isso signifique que essa pessoa ache que eu vou queimar no fogo no inferno. Eu só quero ter os meus direitos garantidos, que as outras minorias tenham seus direitos garantidos, e que nenhum de nós seja agredido ou assassinado por não corresponder aos ideais de quem nem me conhece.

sergio disse...

parem de por a culpa na religião,n é a religião que mata as mulheres,são os homens.
falta respeito pela religião dos outros,eu não conheço e n vivo o islamismo pra ficar falando e acho que a maioria aqui tb não.

concordo com o thomas

Anônimo disse...

É o fim!!!

Incrível como uma rusga entre facções do movimento feminista (seria por inveja da visibilidade do FEMEM?) pode levar alguém que prega o fim do patriarcado a defender o Islã... o ISLÃ! O mesmo Islã de religiosos alucinados para os quais um Silas Malafaia é café pequeno, praticamente um progressista.

Acusações paranoicas contra o FEMEM para defender o machismo islâmico que veste mulheres como apicultores e ASSASSINA homossexuais é lamentável!

Como diriam as amigas bichas: 'islanfobia de c* é r*la, amapô!'

Camila Beauvoir disse...

A Sara fala sobre gays que são fãs do Bolsonaro, espero que ela saiba que no orkut a Sara Winter estava na comunidade de admiradores do Bolsonaro. Aliás, sempre a vejo em todos os posts do Femen defendendo. Espero que esteja ganhando por isso. Se não estiver, a vergonha gratuita me dá vergonha alheia.

Anônimo disse...

"Gabriel Nantes de Abreu disse...
Essa historia de detesto o isla mas amo os islamicos so me lembre do famigerado "odeio o pecado mas amo o pecador"...22:46"

Ooooxi! Eu não gosto do corão/bíblia, mas não quer dizer que eu tenha que desgostar da minha família cristã e não ter amigxs religiosxs. A gente sabe que nem todx cristã(ão)/muçulmanx é fanáticx.
Já pensou se odiássemos alguém sem ao menos conhecê-lo só pq esse alguém é religioso? Ia ser mais ou menos assim, oh:

http://24.media.tumblr.com/tumblr_mburgtTZBX1rtibzno1_500.gif

Ridículo, não?!

Anônimo disse...

Parei de ler depois do "Vim para lutar pela igualdade de direitos entre TODOS os sexos"

A última coisa Sara que vc faz é lutar por igualdade de gênero, isso ficou bem claro depois de seu protecionismo pela Margareth Tatcher.

Seu ativismo é sexista. Não importa quão escrota ela e Sara do femen sejam, vc as apoia simplesmente por serem mulheres.

E pare com esse vitimismo, onde foi a Winter sofreu slut-shaming?

Os únicos comentários que ví aqui foi sobre a ligação neo-nazista que a própria admitiu ter e pela recusa de receber orientação de vários coletivos ativos do país.

Então é isso, dizer que alguém que tem um cruz de ferro nazista tatuada no peito é praticar slut-shaming?

Vc realmente acha que a Winter é vítima de preconceito ou é apenas mau caratismo seu para distorcer o que foi dito? Seria muito mais fácil se admitisse que a admiração que vc nutre por elas é ideológica.

Diga logo que não gosta de muçulmanxs, e que deseja ver a europa livre delxs... Pq sua hipocrisia tá contaminando esse blog

Lex disse...

(continuando)
Segue minha réplica ao anônimo islamofóbicx das 23:27. Afinal, citar um site cristão pra explicar o Islã é uma ótima base ein campeão(ã)...

Gênesis3:16 - E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.

E agora, vai virar anticritstã(ão)?

E, se quiser mais, vide: http://ateuignorante.blogspot.com.br/2011/12/versiculos-mais-machistas-da-biblia.html

Agora, pra quem não entendeu o tamanho da IGNORÂNCIA que é islamofobia, que tal ouvir da boca deles (em inglês)?
http://www.youtube.com/watch?v=LLefQDMoFdg

Claro que são argumentos conservadores. Mas SE vão criticar uma religião, conheçam antes, e conheçam suas próprias também, antes de dar um tiro no pé.

Toda Xfobia é ignorância.

Andréia disse...

"Essa historia de detesto o isla mas amo os islamicos so me lembre do famigerado "odeio o pecado mas amo o pecador"..." [2]

Realmente não há muitas diferenças desse discurso islamofóbico para o do feliciano. Ambos são baseados na suposta "superioridade" no caso cristianismo/ocidentalismo para salvar africanos/muçulmanas que não estão pedindo para serem salvxs.

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Que backlash é esse que esse blog tá sofrendo hein. Desde ontém com àquele post do BDSM(ou sei lá) que essa caixa de comentários está me assustando. Quanta intolerância, quanta preconceito... PQP!

Rodrigo disse...

Lola, acho que você ainda não escreveu nada aqui no blog sobre o quadro "Mundo Sem Mulheres" do programa Fantático. Só pelas chamadas já foi possível perceber que se tratava apenas de mais uma atração televisiva com o objetivo de fortalecer a visão machista da sociedade e deixar bem claro para as mulheres qual é o lugar delas. Por isso nem me dei ao trabalho de assistir. Mas encontrei este texto e achei que valia a pena compartilhar: http://revistaforum.com.br/blog/2013/04/o-mundo-sem-mulheres-e-o-macho-alfa-editado/

Enfim, não há nada de muito novo ou surpreendente nisso, mas não deixa de ser lamentável saber que tanta gente ainda assiste a esse tipo de coisa e se deixa influenciar pela grande mídia e seu conservadorismo nojento.

Anônimo disse...

Será que é tão difícil pra nós(ocidentais) acreditar que as muçulmanas/indianas/africanas são seres pensantes e capazes de escolher e determinar suas próprias lutas?

Não é isso que o feminismo prega, que somos capazes de decidir.

Então pq ainda insistem em fazerem uma cruzada contra um povo inteiro ou será que não percebem que o discurso de vcs é desrespeitoso com as próprias MUÇULMANAS?

Ironicamente vcs estão fazendo aquilo que acusam os muçulmanos de fazerem, subjulgando-as

Se esse é o novo feminismo, eu é que não quero fazer parte dele!

Anônimo disse...

Seria muito bom se essas moças ao invés de meterem o bedelho na vida de quem está há milhas de distância começassem a dar assistências as muçulmanas... que vivem na europa. Querem ajudá-las?

Pois bem, comecem protegendo-as dos ataques xenofóbos e racistas que elas sofrem tds os dias, deêm assistência àquelas que querem estudar/trabalhar, ou seja, tornar-se independentes financeiramente e livres para decidirem seguir ou não o islã, e p/ aquelas que decidirem seguir, ensinassem seu povo a respeitá-las.

E para quem diz que religião é incompatível com feminismo, a Valéria Shoujofan é protestante e é uma das pessoas mais coerentes que eu já ví aqui, aliás adoraria a opnião dela sobre essa questão!

Aline disse...

É interessante como o eu não gosto/acho errado está em qualquer lugar... como aqui nesse post e no guest post anterior. Tudo que é desconhecido causa repulsa, medo.
O problema no oriente médio é a falta de um estado laico, que defenda o direito de todos igualmente e proteja mulheres que não querem seguir as regras de uma religião.
Conheço uma muçulmana que mora no Brasil, ela trabalha, estuda, é casada e usa véu as vezes, quando está afim ou em datas especiais para ela.
Isso é liberdade de escolha, ela não deve ser criticada por querer usar o véu ou por se sentir bonita com ele. O errado é obrigar ela a usar ou não o véu.
Coisa que acontece por que os países islâmicos não são laicos ou apenas fingem que são.

Valéria Fernandes disse...

Eu tenho que discordar desse post em vários aspectos, tenho que concordar com a Marussia e com quem citou o Dawkins (*que é, sim, islamofóbico em muitos aspectos*), e preciso questionar uma coisa: Como assim outra cultura que desconhecemos?

1. Quando chamamos a prática do islamismo de cultura, mostramos ignorância, sim, ao fato do islã ser praticado de múltiplas formas em múltiplos países. Da mesma forma que há vários tipos de cristãos e judeus, há vários tipos de muçulmanos e muçulmanas. Por que nós somos plurais e os praticantes do islã precisam ser, aos nossos olhos ocidentais, um bloco monolítico? Por que somente a nossa boa cultura ocidental é mutável, dinâmica e a “del@s” está lá paradinha? Isso é uma falácia. Daí temos os homens islâmicos ocidentalizados e as mulheres empurradas para o niqab. Quem não vê que há algo de errado aí, certamente tem problemas.
2. Uma dessas coisas irritantes pós 11 de Setembro é que permitiu que uma leitura fundamentalista de Islã, que diz, sim, que uma muçulmana só é muçulmana se usar véu, se tornasse hegemônica na imprensa e, pior, apoiada publicamente por gente de esquerda para parecer “tolerante” e “multicultural”. Isso não é ser tolerante, é ser complacente com um discurso patriarcal que deseja obrigar todas as mulheres a se enquadrarem em um modelo que é castrador, sim. Lembrando um dos autores homens que usei em minha monografia (*e que falava da imposição a TODAS as religiosas católicas da clausura e do hábito em certo momento*): “Quem se preocupa em vestir, ou despir as mulheres são os homens.”
3. O FEMEN, ou qualquer outro grupo feminista (*ainda que questionemos seu feminismo*), tem o direito de criticar formas de opressão feminina no mundo. E acreditarmos que elas ou nós somos ignorantes de “uma cultura”, é outra ignorância. Vide item 1: os islãs vividos na Turquia são diferentes dos vividos na Indonésia que são diferentes dos vividos no Iêmen, que são diferentes dos vividos...


Irshad Manji, jornalista feminista, mulçulmana e lésbica, tem um livro muito bom traduzido para o português (*além de um site*); foi citada Ayaan Hirsi, autora de Infiel. Ambas são ameaçadas de morte, perseguidas, por, segundo radicais (*homens e mulheres*) difamarem o Islã. E não pensem que uma ameaça de morte de um clérigo obscuro ou a rejeição a uma mulher que quebra as regras não coloque sua vida em risco. O tradutor japonês de Versos Satânicos foi morto por um radical islâmico em Tokyo. Theo van Gogh, que produziu o filme Submission junto com Ayaan Hirsi, foi morto em Amsterdã quando ia de bicicleta par ao Parlamento. Ele acreditou que um radical islâmico jamais iria ter coragem de matá-lo em seu país. Não pensem que a vida dessa moça tunisiana não está em risco.

Valéria Fernandes disse...

Há também muitos livros, mesmo quadrinhos, vide Persépolis, escritos por muçulmanas falando das contradições e das opressões, das escolhas e das não escolhas. E existem toneladas de materiais feitos por homens (*e mulheres patriarcais, ou isso só existe entre nós?*) dizendo que não é nada disso... Aliás, dia desses entrei em discussão com uma moça – e detesto escrever em blogs alheios sobre essas questões, porque já sei que vão me chamar de islamofóbica (*como se me importasse*) – que me sugeriu para entender a questão do hijab (*porque gente que defende que véu é liberdade, sempre quer usar o termo árabe e, não, véu*), porque eu, bem, como professora de História e feminista por discordar não entendia, um vídeo. Fui até a página do tal vídeo e descobri que era dirigido e roteirizado por homem e bancado por uma organização missionária islâmica, mas colocava mulheres para falar. Será que aceitaríamos um vídeo feito pela extrema-direita religiosa contra o aborto só porque coloca mulheres para falar. Parem para pensar!

Se somos complacentes com o véu integral, que mulheres, por força de uma leitura do islã se vêem obrigadas (*não se enganem que muitas são obrigadas, sim, mas mentem para se protegerem e aos seus parentes em países ocidentais*), e foi este véu (niqab e burka) o proibido na França, não todos os véus como muita gente gosta de falar, terminaremos tendo que ser complacentes com:

1. A infibulação das meninas em países europeus ou mesmo aqui, porque, bem, é “cultural”. Isso, porque não paramos para ler que a prática precede o islã, não é praticada por todos os muçulmanos e, mais, em países nos quais é praticado tem em grupos de mulheres seus principais opositores. Será que não devemos unir forças com elas? Meu feminismo diz que, sim.

2. Ou que cortes que usem a Sharia se instalem por vários países, como se instalaram em certas regiões da Inglaterra. Afinal, é cultural e vão decidir questões pequenas como direito de família. A sharia diz que mulheres recebem metade da herança de um homem. Será que temos que concordar com isso permitindo que mulheres muçulmanas sejam cidadãs de segunda classe em países ocidentais? E a luta das feministas para que todas nós tivéssemos cidadania plena, não vela para elas nem em países ocidentais?

3. Ou ainda que concordemos com uma juíza alemã que citou a sharia para amparar sua decisão contra uma esposa que apanhava do marido, porque, bem, culturalmente, ele como muçulmano tinha o DIREITO de bater nela? (http://www.spiegel.de/international/germany/justifying-marital-violence-a-german-judge-cites-koran-in-divorce-case-a-473017.html) E esse é somente um de muitos caos escandalosos dentro da Europa.

Desculpem o longo comentário, mas eu fico realmente furiosa quando há tanta complacência com a opressão que muitas (*não todas, não em todo lugar, não desde sempre*) mulheres muçulmanas sofrem, quando se perde noção da pressão do grupo, quando um tipo de fundamentalismo (*Irshad Manji chama de arabização do Islã*) passa a ser visto como o único e dizemos “Amém”. Não somos (*nem podemos*) ser tolerantes com Felicianos, mas não podemos ser tolerantes igualmente com práticas radicais islâmicas que confiscam direitos das mulheres (*que não tem direito em países ocidentais de abrir mão de aspectos de sua cidadania, não, ou a própria noção de igualdade vem abaixo*). E mais, paremos de tratar a prática do Islã como monolítica, porque isso é, sim, mais uma demonstração de colonialismo, “os outros são todos iguais, sempre foram a mesma coisa, só nós (*ocidentais*) mudamos”, porque isso só serve para permitir que mais mulheres e meninas muçulmanas sejam oprimidas bem debaixo dos nossos narizes.

Desculpem o tamanho e não voltarei a escrever. Esse assunto me cansa e aborrece profundamente.

Teresa disse...

Oi, Lola

Fico muito feliz com o seu post. Não sou muito de comentar aqui, mas nesse caso eu quis por que venho percebendo que a situação das mulheres em alguns países islâmicos é muito usada para atacar o islã e assim justificar um preconceito tão nefasto quanto todos os outros, afim islamofobia é xenofobia como qualquer outra.

Eu estudei por um tempo o caso da França - famoso país dos véus -e perceber que a discussão por lá é terrível. Se vale a lembrança existe um grupo feminista muito sério que chama "Ni putes, ni summmisses" ou algo assim, que existe há muitos anos e foi dos principais grupos que defendeu a proibição do véu. Nada como o FEMEN faz, vale a pena procurar se esse assunto te interessa.

E o mais incrível, foi descobrir que a associação de ateus tinha se disposto a pagar a multa das mulheres que queria continuar usando o niqab (só mostra os olhos) na rua (de burca não teve nenhum caso). Eu me considero feminista e defensora dos direitos humanos, por que acho que um sem o outro não existe, e estudando a questão do véu eu puder perceber que na França é uma questão de respeito a diversidade religiosa.

E pensando em direitos humanos de maneira geral, existem outras questões que precisam sim ser debatidas como a mutilação genial, a proibição de trabalhar, a violência doméstica e tantas outras. E nessa hora precisamos ter em mente que é preciso respeitar a fé, mas debater as práticas. Só que ao debater as práticas, temos que garantir que o debate seja feito de maneira sem preconceitos e sem infantilizar o sujeito de direitos. Não adianta falarmos que as mulheres na Somália são oprimidas e ignora-las como sujeitos de direito e de lugar de fala.

Fico muito preocupada quando nossos tão batalhados direitos são usados para justificar outros preconceitos. Isso na Europa é muito forte, muito pesado e terrível.E acho que agora o Brasil tá nessa também. Que ao invés de criarmos uma rede de solidariedade feminista com mulheres em outros países, estamos retirando dessas mulheres a sua emancipação para justificar nossos preconceitos. Claro que não temos uma população muçulmana aqui suficiente para que criemos leis para eles, mas vendo os discursos colocados aqui no seu blog - esse lugar tão livre - imagino quantas pessoas aqui apoiariam banir o véu, os minaretes, a comida Halal e por aí vaí... por que é nessas leis que percebemos que os direitos das mulheres e - no caso da comida Halal - não são a questão, mas sim deixar claro "quem manda aqui" já que as questões centrais não são discutidas.

Acho que já escrevi demais, mas queria ainda compartilhar contigo que frequentei aulas de árabe em uma mesquita durante alguns anos e tive que usar o hijab e as vestimentas compatíveis, e depois disso fui passar um tempo em um país islâmico. E quer saber, Lola? O véu é a menor das nossas questões.

Mulheres ao redor do mundo tem direitos mil negados, de educação a saúde, a renda, a integridade física... Estive na Palestina, onde existem opressões diversas contra as mulheres, e pude perceber que entre o judaísmo e o islamismo não dava para dizer que mulheres estavam pior. Não em questão de religião.

Acho muito bom tod@s estam@s tão interessad@s nas mulheres islâmicas, mas acho que falta foco e sobra preconceito. O debate segue... só queria deixar aqui uma opinião tão bagunçada e pouco embasada que talvez seja mais desabafo que qualquer coisa.

Neide Barros disse...

Taí uma questão que já me rendeu muita reflexão, e no fim, acho que ninguém precisa da minha arrogância como salvação.

Esse texto da Rita Segato me ajudou muito nas conclusões que cheguei, deixo link para quem quiser http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-93132006000100008&script=sci_arttext


Anônimo disse...

''e podem por quantas fotos forem de garotinhas felizes de véu fazendo compras em Dubai, q pra cada garota dessa deve ter outras sofrendo todo tipo de violência, muitas vezes culminando com a morte em sentenças de morte por apedrejamento ou enforcamento, pra cada menina de véu q essas "feministas" postam tão bonitinhas , tem diversas Malala Yousafzai, Ayaan hirsi Ali, Aisha Ibrahim Duhulow, e milhares de outras. ''

~~~~~~~~~~

Uau, pontos extras por citar apedrejamento! Tava demorando!

E Lola, que felicidade de ver esse post! Até que enfim! (Achei que vc ia ficar quieta sobre assunto)
É sempre muito chato entrar aqui e ver gente que anda vendo tv demais falando em libertar as muçulmanas que não querem ser libertadas de nada (mas não que isso importe pras nossas super heroínas!)

E até parece que o problema é a religião. Eu sou atéia, mas alguém pode seriamente pensar que isso torna alguém mais tolerante automaticamente? Porque a quantidade de ateísta machista, racista, homofóbico, que se acha superior as pessoas religiosas, etc não é brincadeira.

Anônimo disse...

Off topc
http://www.planobrazil.com/g8-anuncia-medida-para-combater-estupro-como-arma-de-guerra/

Anônimo disse...

Não acredito nessa história de q as mulheres mulçumanas usam o véu pq acham bonito, ou pq querem.

Se acham bonito e usam é pq foram doutrinadas desde meninas a usá-lo. Assim como fomos ensinadas e forçadas a termos certos comportamentos desde crianças pelo simples fato de sermos mulheres, como nos depilar por ex.

Somos livres pra sairmos nas ruas com as pernas cheias de pêlos ou com as axilas iguais a da Baby do Brasil. Deveríamos, afinal isso é o natural. Nascemos com pêlos. Não há lei ou imposição q nos impeça de assumirmos o look natural. Alguma se atreve? Não. Pq vai ser criticada, olhada com nojo, até chamada de porca. Depilação é um ato anti natural, agressivo, doloroso, mais violento até que o uso do véu, já q usá-lo não implica sentir dor. Mas somos adestradas a depilar, enqto os rapazes são livres pra exibirem seus pêlos. A cobrança não existe pra eles.

Mas como bem disse a @pokerol, vai ter sempre alguém que vai dizer q faz por quer, pq acha bonito, pq é cultural...

Fazemos pq somos obrigadas pela sociedade, pq não queremos a reprovação dos outros.

Ou seja, nem mesmo no ocidente temos liberdade de escolha.

Esse papo do "é cultural" é só mais uma desculpa pra impor e ditar regras de comportamento as mulheres.

Amanda LF disse...


==== LINK PARA CALAR A BOCA DAS FEMINISTAS ISLAMOFÓBICAS ====

http://www.religiaodedeus.net/mito_e_realidade.htm


==== NÃO TENHAM PREGUIÇA PARA LER O TEXTO DO LINK ====

É assim que começa libertação do mundo do senso-comum e a entrada no mundo do conhecimento: PESQUISANDO COM SENSO CRÍTICO!

(ok, sei que o título está exagerado, mas é só para chamar atenção e que vocês pelo menos cliquem no link)

Sara disse...

obrigada por entender o q eu penso Julia, mas não se aflija por mim, sei defender o q eu penso, e não tenho medo de ameaças, só acho lamentável as baixarias q essas garotas q se dizem feministas estão fazendo, eu até posso ser contestada no q eu falo, ninguem tem q pensar igual a mim, mas pelo menos não inventei mentiras nem ficando tocando terror como elas estão fazendo no meu FB.

Anônimo disse...

Marussia, sobre: "todos os muçulmanos tratam as mulheres como seres humanos de segunda categoria", você perguntou a cada um deles? Conhece muitos? Eu já conheci muitos e discordo de você. Um sujeito ser muçulmano implica em... Ser muçulmano e nada além disso. Antes que diga que as escrituras muçulmanas estabelecem as mulheres como seres de segunda categoria, devo lembrar que as escrturas das três religiões monoteístas do Oriente Médio o fazem. Se você afirmar então que "todos os muçulmanos, cristão e judeus tratam as mulheres como seres humanos de segunda categoria" E dedicar o mesmo empenho a atacar cada um deles, aceito seu argumento.

Honestamente, acho que você pode é estar tão acostumada a um tipo particular de machismo e mosoginía que nem o percebe mais. Aquele que vem de fora te assusta, parece mais perverso pois não passa despercebido.

Anônimo disse...

Femen é teatro,um bando de desocupadas querendo aparecer.Porque não foram a Índia protestar contra a morte brutal de uma estudante estuprada e barbarizada coletivamente. É mais fácil quebrar uma loja de departamentos estilo Marisa pra causar do que lutar pelo que realmente importa para as mulheres .
Diego

Anônimo disse...

É fácil criticar estando no Brasil, conhecendo só meia dúzia de muçulmanos, quando muito.
Não gosto do Femen e ele não me representa...
Mas o fato é que aqui na França, onde vivo e faço faculdade, a situação está ficando insuportável por causa deles. Se você é mulher, ocidental e solteira, você é assediada, ouve besteiras. Minha universidade fica em Saint Denis, lugar de muitos imigrantes e filhos de imigrantes. Eles ficam o dia todo sentados na calçada ou em cafés e lotéricas, intimidando, cantando e até atacando as mulheres. Eu já fui atacada e quando fui denunciar, os policiais falaram que era complicado por causa de parecer racismo e xeonofobia. Ou seja, não é mais uma questão de deixa-los em paz com a cultura deles. A questão é que eles estão querendo transformar a cultura dos países para onde vão...
Se com uma mulher não islâmica fazem isso, o que não fazem com suas próprias mulheres? Fora que várias amigas me relataram o clima pesado para mulheres sozinhas em países como Tunísia, Marrocos, coisa que antes não existia. Festivais culturais foram cancelados no verão passado...
No caso disso qeu eles, que infelizmente é a maioria, estão fazendo com as mulheres sozinhas na França, se o governo continuar fechando os olhos com medo de racismo, nas próximas eleições O FN (Front national, extrema direita) é que vai ganhar. Porque ninguém aguenta mais.
E quanto a proibição do véu: uma lei do começo do século XX< quando a França virou estado laico, proibe uso de símbolos religiosos em locais públicos. Não se pode usar crucifixo, nem roupas de padre, freira (não vemos quase freiras nas ruas) e nem véu. Eles sabem disso antes de vir pra cá... Então, quando vc vai em um país laico, vc está aceitando as leis daquele país, nada mais. Porque por mais que seja escolha ou estético, aqui o véu é um símbolo religioso sim. E se é lei, tem que ser obedecida, lei que existe antes deles virem pra cá e que foi bem aceita pela primeira geração....
E nem vou entrar no mérito de que cada vez mais os crimes estão sendo cometidos por pessoas com véu (ou que se aproveitam do véu) e que ele dificulta e muito a identificação do suspeito, já que a maioria usa véu preto

Anônimo disse...

Gente essa Marussia ainda comenta aqui? Essa menina é burra que doi, vc tem muita paciência Lola. Parece um disco quebrado de assembleia de estudante playboy bancando o comuna. Eu não tenho saco.

Se vc não reconhece a liberdade da mulher de ser feminista de esquerda, direita, diagonal, islamica ou pagã, sério, vc q não é feminista, vc é uma cagadora de regra com baixa auto estima que vem aqui repetir o que te adestraram para se sentir inteligente. Risão pra vc.

Nota: tb sou de esquerda e milito. Me dá desgosto aguentar sua laia cheia de preguiça intelectual no movimento. Sério menina, ve se cresce.

Unknown disse...

Belo texto LOLA, adorei sua linha de raciocínio, simplicidade e verdade nas palavras! Me sinto, consideravelmente, masi esclarecido e elucidado no tema! Grato. "ecreva lola...escreva"!

Anônimo disse...

Oi Lola, seguinte.. estudo na UFSC e vira e meche vejo cartazes feministas colados por aqui. Acontece que elas não colocam um e-mail, ou qq contato nesses cartazes. Eu imagino que se eu procurar no google, devo encontrar alguma coisa, mas aí pensei que você poderia ter um espacinho aqui no blog meio que listando alguns grupos que se organizem em algumas cidades, pra gente entrar em contato. O que acha?

No dia 08/03, por exemplo, tinha uma menina sozinha segurando cartazes com dizeres feministas na fila do RU daqui... (tudo bem que ela estava com uma tiara de flores, mas talvez ela não esteja ciente dos problemas do Femen).

valeu!

Mirella disse...

"Uma muçulmana (a bem da verdade, qualquer mulher) só será livre de verdade quando o fato de usar um véu ou um biquíni não fizer diferença nenhuma para a sociedade na qual esta mulher estiver inserida!"

Concordo um milhão de vezes e depois concordo mais um pouco.

Anônimo disse...

"Uma muçulmana (a bem da verdade, qualquer mulher) só será livre de verdade quando o fato de usar um véu ou um biquíni não fizer diferença nenhuma para a sociedade na qual esta mulher estiver inserida!"

e eu concordo até o infinitooo


Sara disse...

Por vivermos em uma sociedade machista, q culpa a mulher por tudo,a grande maioria das mulheres estupradas ainda se acham culpadas pela própria violência q sofreram.
Crianças abusadas tem esse mesmo sentimento e raramente denunciam seus agressores, pq se sentem culpadas.
Não tenho nenhuma duvida q uma mulher q tenha crescido num âmbiente machista como o q é propiciado nesses paises de ditadura islâmica, ainda q tenha sido estuprada e receba a pena de morte por isso (como em varios casos q ja apareceram na midia) acredito q essa mulher apesar de toda a injustiça q receba, ainda assim ESTARA se sentindo culpada, pois foi educada dessa maneira.
Muitos islâmicos obrigam o uso do véu , não pq acham bonito ou elegante, e sim no intuito de esconder o corpo feminino, pq acham q nele reside o PECADO.
Portanto para mim o véu é um simbolo religioso.
Com todas as consequencias q isso implica.

Anônimo disse...

sobre o islã..passei a manhã tooda pesquisando...resultado?

super dificil saber o que pensar sobre...

na teoria..o Islã eh tão bom quanto o Candomblé..e tão ruim quanto..
na pratica..ai depeeeeeeende ...
e sim..eles cometem crimes gravissimos....mas a religião como um todo não deve ser punida...
e acho sim que no Islã os crimes contra a mulher sejam muiiito mais justificados pela religião do que no candomblé..ou budismo...
eu tenho sim uma visão ruim das religiões...e acho sim que elas são instrumentos de controlação...umas mais que as outras...e não acho que Deus queira isso..não acho que fé seja algo ruim..

mas neeem por isso..vou queimar uma biblia ou um alcorão..

mas as religiões tem sim responsabilidade pela disseminação de pensamentos como o machismo...por que seus adeptos a usam pra disseminar isso..
religião não é algo que vive além de seus adeptos..quem faz a religião é quem a vive...e como se vive...






quanto ao feminismo da direita...

genten..ninguem aqui confisca carteirinha de ninguem...como pessoa de esquerda socialista sou suuuuuuper contra a direita e adoraria que o capitalismo virasse passado..como feminista..respeito uma feminista de direita....espero que ela mude..mas nem por isso vou dizer que ela não eh feminista...
nem por isso vou fazer passeata contra ela..e nem por isso vou falar contra ela para grandes multidões..

SeekingWisdom disse...

Anonimo 08:59
Moça, por favor, reflita sobre o que você disse!
Eu poderia usar o seu discurso de fui vítima do islamismo (vc não foi vítima de um homem que a assediou, vc foi vítima de um islâmico que a assediou) para justificar toda sorte de preconceito no mundo!
É o mesmíssimo discurso de gays n podem adotar porque um gay assediou um garoto; n vou nem dar outros exemplos por causa do nojo. Se vc sse violentada por um negro vc viria acusar toda uma população negra por conta do que aconteceu com vc?
Acho que vc votaria fácil no front nacional com essa linha de pensamento. Vamos desbanalizar?
A grande maioria das pessoas que estão atacando islâmicos aqui não percebe o quão grotesco e cruel é negar a autonomia de um povo.
É como dissolver todas as tribos indigenas pq eles não tem os recursos que nós valorizamos para viver bem.
Já falei e vou repetir:
defendamos o estado laico; a mudança de leis irracionais; espalhemos uma cultura de igualdade tanto de gênero como raça; e também defendamos a liberdade de crença, de expressão e a autonomia dos outros!
Gente, não é possível que vcs compactuem com a "lógica" americana para justificar guerras no oriente: Eles não sabem o que é democracia, vaos levar a nossa democracia para eles!
Eu postei no poste da sociedade sexista um link de uma filósofa islâmica falando sobre uma leitura igualitária do alcorão. Ela afirma que o livro não trata mulheres como subhumanos.
Anonimo, o homem que te atacou precisa ser denunciado e a alegação de racismo precisa ser comprovada - não é só eu dizer racista! E falar que eles querem mudar a cultura dos outros países??? Por favor que grotesco. Influências culturais não são fruto de mera imposição e sim de uma interação (com seus conflitos e cooperações) entre culturas. Sobre a controversa lei francesa. A lei é um julgamento moral - nossa moral coletiva. Não quer dizer que ela não possa ou não deva ser questionada! A postura ética em sociedade não deve ser limitada pela autoridade. Acredito que a presença de símbolos religiosos em instituições públicas está correta, mas controlar a vestimenta de cada individuo???? 'Ah, mas se v estiver vestido de padre todos vão te associar como autoridade da igreja católica' - dane-se, mereceria o mesmo respeito que outro cidadão. Da mesma forma as pessoas identificam se alguém é rockeiro, punk, skatista, estudante etc etc etc. A imposição sobre a vestimenta é contrária à liberdade individual e prejudica a inclusão multicultural na sociedade (que pode ser extremamente positiva para o coletivo).
Tenho certeza que muitas mulheres são oprimidas na cultura islâmica (muitos homens e mulheres são oprimidos na nossa também), mas isso não justifica um ataque irracional a uma cultura que vc n conhece.
Santa paciência com esse autoritarismo de vocês.
Phillipe

Caroles disse...

Li o post e todos, todinhos, os comentários, e não sei com o que concordar no que diz respeito ao Islã. Acho complicado dizer que essas mulheres são livres, que elas escolhem usar o véu. Concordo que só há escolha se as duas opções estão disponíveis... O que não é o caso na cultura delas. Ao mesmo tempo admito que não conheço a cultura dessas mulheres, dessas pessoas, então não sou ninguém pra opinar. Não sei, vou continuar lendo e pesquisando.

Lica disse...

Como se comentou muito sobre religião e liberdade de religião neste post, fiquei pensando sobre minha luta psicológica diária para conciliar meu feminismo e meu novo status de católica.

Eu realmente acredito no cristianismo e na sua essência, e me faz muito bem seguir uma vida espiritual bem ativa.
O problema é que nos últimos anos eu passei a frequentar a igreja católica e... deus, como é difícil conciliar a convivência com a grande maioria dos católicos e meus ideias.

Pra começar, boa parte deles são de direita e extrema direita. No dia 31/03, por exemplo, tive colegas dando parabéns aos militares no facebook "não viram cuba".

É interessante como essas pessoas são tão ligadas a igreja e tem pensamentos tão errados contra a própria igreja. Tudo que eles ficam gritando pelo mundo, além de ser contrário a própria essência da vida cristã, vai contra metade do que diz o Catecismo da Igreja Católica.

O catecismo, que ao contrários das pessoas que me cercam, contém ideias de vida e mundo muito parecidos com os meus enquanto feminista e de esquerda. E talvez seja só isso que me manter dentro desta religião.

Uma coisa que pode soar estranho para feministas, é que hoje, por exemplo, eu namoro sem sexo (faz dois anos). Já namorei de forma normal, mas me sinto muito melhor namorando assim. Descobri que sexo não é tão essencial quanto eu pensava e também descobri muitas facetas legais de um namoro. São escolhas..

Concordo com todos que disseram que a liberdade e igualdade só acontece se a gente respeitar a escolhas das pessoas. De serem religiosos ou ateus, se despirem ou se cobrirem. Ainda que a gente não entenda o que motiva outro a fazer aquilo.

E definitivamente, o Femen não busca nada disso. É bem triste mesmo.

Amanda disse...

Como antiteísta, demorei muito para conseguir fazer a separação entre a religião como instituição e a religião como crença pessoal.

Acredito sim que a instituição é machista, proibitiva, retrógrada, aproveitadora e maléfica para a sociedade como um todo. Não falo isso do islamismo. Falo isso da religião como grande instituição, inclua aí catolicismo e judaísmo também. (Vou me ater aqui às três grandes religiões no mundo, porque são as que tem de fato poder de manobra na sociedade, mas diria que QUALQUER religião que chega na escala de instituição acabaria caindo nesses mesmos moldes. É pra isso que igreja é usada, politicamente. Restringir e manter as pessoas onde líderes acreditam que elas deveriam estar)

Mas é preciso ter em mente de que essa minha visão sobre a INSTITUIÇÃO que é a igreja NÃO se aplica, de maneira nenhuma, à crença pessoal de ninguém. A livre espiritualidade e a religião são direitos de todas as pessoas, essa escolha é pessoal e eu não sou NINGUÉM pra dizer pra uma mulher islâmica que ela usar o véu é opressor se ela não se sente assim. Muito menos posso afirmar que uma pessoa não pode ser feminista e islâmica. Na minha visão, o cristianismo sempre foi tão vil para com as mulheres quanto o islã, e nem por isso você vê gente por aí afirmando que feministas devem ser ateias.
Esse papo de "mais feminista que você, sua luta não é essa, mimimimi" é a PIOR coisa que poderia estar acontecendo nesse movimento.
E antes que falem que então precisamos parar de dizer que o FEMEN não é feminista, tenham em mente que o próprio FEMEN diz que não é feminista, que NÃO é feminista dizer para mulheres que você não conhece, não convive e essencialmente não compreende como eles deveriam reagir e enxergar a própria espiritualidade. Que NÃO é feminista dizer a QUALQUER mulher o que ela deve fazer e o que ela deve sentir. Dizer que "os olhos dela pediam por ajuda" enquanto elas seguravam um cartaz dizendo: "pare de me tratar de forma condescende" é no mínimo ridículo.

Chegamos aqui no ponto do RESPEITO.
Eu não tenho nenhuma consideração ou afeto por religião nenhuma. Mas eu respeito profundamente pessoas que escolhem para si uma crença, e respeito acima de tudo o DIREITO dessas pessoas de exercerem suas crenças, contanto que elas não machuquem ninguém. A partir do momento que a crença de alguém for que queimar bruxas é uma boa ideia, eu vou falar: Não, não, isso está errado e é abusivo. Quando a fala é "todas as mulheres devem usar véu, pois mulheres não podem exibir sua impureza/incitar o pecado no homem", eu vou ser a primeira na fila do protesto. Mas eu não vejo COMO "eu acredito em um deus e acho que usar esse véu o faz feliz, me fez feliz e é o que eu quero para mim" é anti-feminista.

Vamos sempre nos lembrar de checar nossos preconceitos e privilégios. Não vamos nós homexplicar pra cima de outras feministas. ELAS conhecem a realidade DELAS, ELAS tem propriedade para falar disso e NÃO podemos assumir que o nosso modelo de feminismo encaixa pra todo mundo.

Mirella disse...

Resumo do que penso:

Usar véu é como se manter virgem, fazer apenas trabalho doméstico.
O problema não é a virgindade, o véu, o trabalho doméstico. É a representação de opressão que estes atos tem dentro da cultura. É a dupla-moral, é o que motiva estas ações, e não estas ações de modo independente.
O que tem de ser questionado é: a maneira como os homens/a sociedade tratam mulheres com/sem véu, e não se mulheres podem ou não usar véu.
Como os homens/a sociedade tratam a moça que transa e a que não transa, e não se as moças devem ou não transar.
É o comportamento de quem discrimina que deve ser questionado. Na minha opinião, o foco está todo errado. Parece dica de "como não ser estuprada". O foco tem de ser em "como não estuprar".


Honestamente, vá o Femen reclamar com a Arábia Saudita. Aí, quem sabe, a gente conversa.

Thomas disse...

Sara, vou arriscar fazer papel de bobo aqui e responder com seriedade a você, porque há um lado de mim que não consegue ignorar o sentimento que talvez você seja um troll. Mas vamos lá.

Ninguém aqui está te perseguindo, a maioria apenas está discordando - e muito educadamente, por sinal - das suas opiniões equivocadas. Se alguém for um pouco mais enfático com você, isso apenas estará refletindo a qualidade das suas postagens.

Você diz que não tem medo de defender suas ideias. Talvez seja verdade. Mas é verdade também que você não soube responder nenhuma das críticas levantadas pela Lola, por mim e pelos outros que comentaram.

Até que você desista de falar coisas sem sentido e resolva pelo menos tentar explicar a sua posição com alguma lógica, acho que o melhor que todos aqui devem fazer é te ignorar neste assunto. Porque sinceramente, você não está contribuindo com nada à discussão. Julia, considere algumas dessas palavras para você também.

Valéria, muito legal você parar para digitar um textão como contraponto às opiniões da maioria aqui. Porém, se me permite dar uma dica para você, sugiro que não comente quando está furiosa.

Melhor parar e respirar, contar até 10, tomar um suco de maracujá, enfim, tudo o que seja necessário para você se acalmar e poder comentar de forma mais justa, com a compreensão do que realmente foi dito aqui.

A crítica da Lola e de quem concorda com ela é em relação ao ato preconceituoso de julgar todo um grupo de pessoas pela NOSSA percepção de sua cultura e religião. Botar todo mundo no mesmo saco, julgá-los todos como cruéis, ignorantes e suas mulheres como escravas que necessitam da NOSSA salvação é, como posso dizer, errado.

Não acho que ninguém aqui que concorda com a Lola ache que o islamismo é um mar de rosas. Somos sensatos e, como pessoas sensatas, sabemos criticar o que deve ser criticado de maneira pontual, sem julgamentos descabidos.

Agora, uma coisa é fato. Não importa quantos livros, quadrinhos, documentários e vídeos você veja sobre uma cultura, você não a compreenderá em sua totalidade se não tiver nascido lá, vivido lá, respirado aquele ar, absorvido aquela cultura com a sua pele. Todas essas mídias oferecem insights, nada mais que isso. E o máximo que um insight te permite é a possibilidade de interpretar algo da sua maneira, segundo seus princípios e preconceitos. Então, desnecessário dizer que de vez em quando podemos chegar a conclusões bem equivocadas.

Sem contar que seu argumento foi deveras tendencioso e eu poderia dizer a mesma coisa que você, apenas usando exemplos contrários.

Mas no final do dia o islamismo realmente não desce pela sua garganta, não é? Não vão ser algumas dezenas de pessoas - inclusive até de gente que é muçulmana - com bons argumentos, que vão mudar sua opinião, não é? Relaxa, não precisa mudar seu pensamento. Apenas seja tolerante e não comente quando estiver furiosa, porque assim corre o risco de distorcer o que está sendo discutido.

Anônimo disse...

Phillipe como sempre iluminando os posts! Acho muito divo esse rapaz... Beijos, Phillipe!

Celia disse...

Interessante este post, realmente é preciso acabar com a imagem que as muçulmanas só por usar véu são oprimidas, ou que vivem sob perseguição masculina. Lá nos países árabes existe violência como há aqui, não é algo exclusivo do mundo árabe a violência contra mulheres, e nem algo unânime, que seja regra por lá.

Eu sempre comento da minha amiga Esraa, de Alexandria, ela só anda de niqab (olhos de fora somente), eu só fui conhecer seu rosto há 1 ano, depois de 3 anos de amizade online. Ela está se formando em Farmácia, tem um emprego fixo, recentemente seguiu minha sugestão e pintou os cabelos de preto, não tem noivo nem namorado e nem pressa pra isso, e tem um senso de humor sarcástico que eu adoro (além de um excelente gosto musical, totalmente diferente daquelas baladinhas árabes que ouvimos pelas aulinhas de dança do ventre). Sim, ela é muçulmana, mas não é oprimida, e tem os conceitos dela sobre sexualidade, liberdade, casamento, q sinceramente eu vejo como culturais e não como uma coisa anormal q deve ser combatida. Acho q o preconceito vem principalmente do Ocidente, por não considerar uma cultura diferente da sua como democrática e ideal para aquele povo.

Anônimo disse...

Engraçado que pela lógica de algumas daqui, àquela garota que defendia o ensino para as mulheres jamais tirou o véu da cabeça nem quando foi baleada por um louco extremista - daqueles q ñ difere em nada dos mascus, não é feminista! PQP!!!

Sonado Alaikor disse...

@Marussia de Andrade Guedes

"(...)Mas eu, como feminista, não tenho o menor constrangimento em dizer que sou islamofóbica(...)"

Mude islamofóbia por gordofobia, machismo, racismo, antissemitismo. Pra min é tudo farinha do mesmo saco e você tendo orgulho de ter preconceitos é algo tão valido quanto os mascus. Aceito seu ponto, se aceitar eles, pode ser? Não?


"(...)E todos os muçulmanos tratam as mulheres como seres humanos de segunda categoria, não só os fundamentalistas.(...)"

Cite todos os seus nomes, um por um. Se não puder, não pode falar sobre todos eles. Conheci certa vez uma feminista nazista. Toda feminista é uma feminazi então? Não?

"(...)Gostei do comentário do anônimo das 19:20. Um defeito das pessoas de esquerda é aceitar tudo em nome deste multiculturalismo."

Seu defeito, ser uma radical intolerante e fascista. É não aceitando as pluralidades que mantemos segregação racial, segregação cultural e segregação de gênero. Mas se você não se importa em mudar o mundo tudo bem, posso compreender (mas não aceitar) seu posicionamento.

¬¬

Cora disse...


já admiti mais de uma vez aqui, todas as minhas dúvidas e contradições a respeito das religiões. acho a ideia do sagrado fascinante, mas não posso aceitar doutrinas que inferiorizem e agridam pessoas por conta de características contingentes (ser mulher, ser negro, ser homossexual). p. ex., a discriminação de gênero é um princípio básico da igreja católica (não só, como demonstram o islã e o judaísmo). não dá pra negar isso. então, não defendo religião pela religião (nem sequer as acho especiais. fico chocada com as merdas q o ser humano fez com a ideia do sagrado e como foi fácil criar mitos para oprimir!). defendo o direito das pessoas terem uma religião. e só isso. e se o faço, é apenas por respeitar pessoas e a liberdade das pessoas se associarem a uma religião.

outra coisa, não acredito q religiões devam desaparecer. acredito q os preceitos religiosos devam ser seguidos e cobrados apenas dos seguidores da religião e de mais ninguém. religião não deve ser imposta a ninguém. por isso mesmo não devemos impor a ninguém a rejeição à sua religião. são as duas faces violentas da mesma moeda. o problema é q muito fundamentalista não partilha desta ideia! e é preciso ter claro q muçulmanos (fundamentalistas ou não) criticam o ocidente, sua cultura e costumes.

neste sentido, acredito q a crítica à religião possa ser feita sem q se recorra às fobias (da mesma forma como religiosos criticam uns aos outros e aqueles sem religião). deve-se criticar qq tentativa de impor preceitos religiosos, o q não significa forçar pessoas a abandonarem suas crenças. defendo o apoio a dissidentes e a movimentos reivindicatórios dos próprios religiosos. existem feministas islâmicas? ou hinduístas? ou cristãs? elas tem o meu apoio.

forçar nosso modo de ver e pensar é tão violento qto os preceitos religiosos o são aos nossos olhos.

mas considero importante condenar qq violência ou violação aos direitos humanos. e fazer isso oficialmente, ou seja, devemos cobrar do governo um posicionamento oficial de repúdio à violência cometida em nome da religião (de qq religião. de td religião).

agora, religião não é exatamente uma escolha. ela pode ser uma escolha na conversão. como td cultura, ela é imposta pela família e pelo meio social em q nascemos. não escolhi ser católica. isto foi imposto a mim e precisei rejeitar a religião q me foi imposta (e pude fazer isso justamente pq há liberdade de crença). neste sentido, usar ou não trajes específicos só seria uma escolha de fato, se o não uso do traje fosse possível e não provocasse problema algum. e não é o que acontece. cobrir-se é um preceito da religião e, mesmo em países ocidentais, as islâmicas DEVEM se cobrir. obviamente, elas não consideram isso opressor, já q faz parte do q acreditam, então exigir q elas deixem de fazê-lo é tb uma violência (e notem q é sempre a mulher na berlinda).

mas o q me intriga são os motivos alegados para q a mulher se cubra: protegê-las da perseguição dos homens. só eu acho este motivo estranho e ofensivo aos homens?

e mais do q isso. esta justificativa tem uma consequência nefasta. mulheres descobertas estariam desprotegidas, tornando-se alvos. é a mesma história sempre. mulher não é respeitada por ser pessoa e por isso merecedora de respeito. mulher é respeitada sempre no condicional. se fizer isso, se vestir tal coisa, se exibir tal comportamento, se... sempre no condicional.

é assim no cristianismo. é assim no islamismo. sempre no condicional.

e aí fica patente a discriminação de gênero, q não pode sequer ser negada. nenhuma religião q imponha condições para q uma mulher seja digna de respeito pode negar a discriminação de gênero, principalmente pq isto acaba justificando violências.

bom, meu comentário está tão confuso qto é confusa minha percepção das grandes religiões monoteístas. só não acho q dê pra salvar quem não quer ou não precisa ser salvo. mas criticar religiões é, não só possível, como necessário.

Sonado Alaikor disse...

@Julia

"Agora quem criticar os muçulmanos ou o Islã vai ser chamado de nazista? Porque esse é o melhor cala a boca da história do universo. Constrange aquelas pessoas que tipo.. não são nazistas. É muito mais divertido oprimir mulheres quando ninguém enche o seu saco por isso."

Nazista nem sempre, mas colonialista provavelmente. Criticar algo é correto e devemos fazer, mas o generalismo é complicado sabe...a intolerância então, bah!

Sonado Alaikor disse...

Sei lá, desanimei desse papo todo ali pelo post 70. Vou é almoçar que esta sendo mais lucrativo...

Cora disse...


Mirella,

concordo com vc.

"Usar véu é como se manter virgem, fazer apenas trabalho doméstico.
O problema não é a virgindade, o véu, o trabalho doméstico. É a representação de opressão que estes atos tem dentro da cultura. É a dupla-moral, é o que motiva estas ações, e não estas ações de modo independente.
O que tem de ser questionado é: a maneira como os homens/a sociedade tratam mulheres com/sem véu, e não se mulheres podem ou não usar véu.
Como os homens/a sociedade tratam a moça que transa e a que não transa, e não se as moças devem ou não transar.
É o comportamento de quem discrimina que deve ser questionado."

só há liberdade de fato quando os diferentes podem conviver sem medo de sofrerem agressões apenas por serem diferentes.

só haverá liberdade para a mulher quando o respeito a ela não for expresso no condicional.

Cora disse...


quem sabe um tanto de radicalidade ajude os religiosos a perceberem os absurdos cometidos contra mulheres há milênios em nome das diferentes religiões?

olha isso! até judeus ultraortodoxos estão achando demais!

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/aumenta-numero-de-mulheres-seguidoras-de-seita-radical-em-israel/n1597389801026.html

Lu_ud disse...

Olha, eu cansei dessa discussao, porque ja estou desde o texto da Thatcher discutindo com Saras e Julias e quetais sobre islamofobia, e a cocnlusao a que cheguei é que nao adianta gastar latim, porque elas nao leem. Um debate acontece quando uma pessoa da um argumento, outra pessoa da um argumento contrario, e assim se vai crescendo. Mas o que esta acontecendo aqui é "eu odeio islamismo mesmo porque todos os islamicos sao lobo-maus comedores de criancinhas que oprimem suas mulheres, e essas mulheres que dizem nao ser oprimidas estao mentindo ou sao idiotas demais pra entender do que estao falando". Como se argumenta com alguem assim?

Eu ja disse, la no outro texto: 57 paises do mundo tem o islamismo como religiao oficial. 1,5 bilhoes de pessoas se declaram islamicas. E no entanto, toda vez que querem justificar seu odio, voces utilizam a mesma meia duzia de paises do eixo arabe. Dai a Julia vem e fala "além do que é só um pouquinhozinho hipócrita defender a merda quando você não está lá pra sentir o cheiro dela". Poe a gente pra pensar ne, voce esteve la pra cheirar? Porque apesar de todas essas mulheres muculmanas, que nasceram e cresceram la (la, em algum desses 57 paises ao redor do globo inteiro), terem dito que nao sao oprimidas, voce continua a dizer que sabe mais do que elas, porque a deusa Televisao, aquela-que-tudo-sabe, te mostrou algumas reportagens sobre o assunto. Como bem disse uma das muculmanas do "Muslimah Proud", "voce nao pode libertar quem esta livre". Mas a discussao morre ai ne, porque ja ate sei que voce vai gritar que estamos sendo idiotas e que elas nao sao livres coisa nenhuma e blablabla foda-se o multicuralismo. E naaaao, voce nao esta sendo eurocentrica, IMAGINA.

O unico aqui com argumentos racionais contra o islamismo é o Tomas, apesar de eu discordar de algumas coisas, que prefiro discutir em outro comentario. O resto esta so tentando justificar seu odio com uma postura de "vamos salvar o mundo das caries". Mas adivinha so? Odio nunca tem justificativa. Nunquinha.

De resto, Mirella e @pokeroll disseram tudo que eu penso.

Ah, e Sara, quando voce diz que criticas embasadas a orientacao politica e filosofica de uma mulher, sem nenhuma referencia a sua condicao de mulher ou sua aparencia, sao "slut shaming", voce esta esta dizendo que nenhuma mulher pode sofrer criticas intelectuais sem ter sua sexualidade envolvida. E isso é machismo. Opsy!

Aline D'Angelo disse...

Acho que o mais importante é que uma muçulmana quis colocar os peitos para fora para protestar enquanto outras protestam pelo uso do véu. Explico: eu estudo a questão das mulheres no islã, que sempre foi uma pulga atrás da orelha pra mim. Estudo e defendo os direitos humanos universais e sou feminista, mas ao mesmo tempo tento ser o mais sensível possível ao que pode ser relativo entre culturas e exorcisar qualquer tipo de preconceito. É um exercício intelectual pesado.

Assim, eu resumiria tudo que acho dessa discussão com em duas palavras: escolha e intenção. Quem quer melhor entender as muçulmana precisa olhar para casos como o de Amina e de muçulmanas em países laicos ou de lei islâmica branda. Em países em que a lei islâmica é aplicada às últimas consequencias fica complicada essa análise porque não se pode falar em escolha (esses sim deveriam ser um foco pesado de luta por quem está fora, onde a mulher é torturada e reprimida a níveis inacreditáveis), mas em muitos lugares não é assim.
As ocidentais que não param muito para tentar entender as muçulmanas presumem que todas se cobrem por serem obrigadas, que livres não escolheriam fazê-lo. Ledo engano. Mais: o fato de muitas escolherem se cubrir não quer dizer que suas atitudes sejam motivadas por mentalidades machistas. Estudei na Inglaterra um tempo, em uma cidade no norte onde a comunidade paquistanesa era imensa e era coisa muito comum ver muçulmanas cobertas na rua, assim como moças com traços árabes mas vestidas como ocidentais. Outras ainda, cobertas mas ultra maquiadas e cheias de acessórios.

O que se passava na cabeça de cada uma delas me fascinava. Que escolhas e visões motivavam tanta diversidade? Com o contato que tive pude ver que a maioria não estava obrigada a nada pela família, ou, mesmo que sentissem certa pressão da família para que se cobrissem, no final das contas tinham orgulho de fazê-lo. Foi aí que certa vez uma delas, que se vestia como ocidental, me disse uma coisa que me elucidou completamente: "Eu não me cubro porque não acho natural, tendo crescido aqui. Inclusive acho que o hijab é foi recomendado por Maomé pela dicrição que todos os seres humanos deveriam cultivar, e aqui eu sou mais notada se uso o hijab. Mas sabe, nesse país as mulheres pensam que quanto menos roupa se usa mais livre se é. Elas beiram o ridículo às vezes e se objetificam para aparecerem para os homens. Para eles, não por elas! Muitas de nós que escolhemos nos cobrir sentimos que estamos mandando uma mensagem de que não somos objetos, falando por nós mesmas (standing up for ourselves). Eu não acho que seja a melhor maneira, mas não deixo de entender as que entre nós acham. Veja com o que elas estão se comparando."

Ela estava certíssima. Para europeus que acham que o Brasil é a festa do caqui quando vêem imagens do carnaval, os ingleses se saem melhor do que a encomenda. Nunca vi em São Paulo uma saia tão curta quanto as que as inglesas usam para sair de noite, e em pleno inverno. Muitas delas tremem de frio enquanto esperam nas filas das baladas. E vêm exaltar sua liberdade para se vestirem como querem? Dizer que adoram estar de perna de fora no frio de -10°C? É o fato de serem livres ou a pressão socal que as fazem usar roupas desse tamanho?

Aline D'Angelo disse...

Como feminista, quero mais é que usem o que quiserem. Mas eu realmente quero que queiram, não que sigam um padrão que só as fazem acreditar que são livres. É o argumento do calor das muçulmanas cobertas, só que ao contrário. Ambos muito prblemáticos, porque eu não consigo cenceber que nenhum ser humano escolha passar calor ou frio se não se sentir pressionado de alguma forma. E eu acho que pressão social é uma forma de coerção. Uma mais branda e mais difícil de combater, mas ainda é uma.

Tudo isso pra dizer que medir o outro com a nossa régua muitas vezes faz com que entandamos suas intenções de forma completamente errada. O fundamental é que a mulher possa se vestir como quer, que seu corpo seja seu direito. Se Amina sentiu que para mandar essa mensagem ela precisava tirar a roupa, eu acho isso muito respeitável. Ao mesmo tempo, o Femen e muitas ocidentais erram muito feio ao julgarem a preferência das muçulmanas pelo uso do véu como motivada pelo machismo. Aqui nós reclamamos da objetificação na publicidade, por exemplo. Para muitas muçulmanas, se cobrir é sua forma de mandar o comercial de cerveja à merda. Não todas, admito. Em muitos lugares não há escolha. E em outros casos pode haver a motivação do machismo. E em outros casos ainda pode ser meramente seguir um preceito religioso enquanto se leva uma vida inerte, sem querer passar mensagem nenhuma com o que se veste, o que não é feminismo, mas também não chega a ser machismo. Aí acho que entra mais a questão da pressão para além da coerção, e estimular a reflexão para que as mulheres sejam menos inertes, já que livres oficialmente já são, é importante. Mas isso não deixa de ser diferente de fazer a brasileira ou a inglesa refetir sobre o que usa em vez de usar por inércia por já tomar sua liberdade for granted. Ou ainda, a mulher pode não mandar mensagem com sua roupa, usar por tradição e ponto ué, como tantas fazemos, mas ter pensamentos mais ativamente feministas em outros aspectos de sua vida, por que não? Mas, para além disso, as intenções de muitas mulheres mostram que usar o hijab em si pode ser uma escolha para além de inerte, e sim feminista. A ignorância e o preconceito dos ocidentais gera julgamentos tortos e erradíssimos.

Aline D'Angelo disse...

Por fim, não acredito que não se possa envolver com uma causa porque esta está no contexto de outra cultura, Lola. Não sou feminista-mas-só-pras-mulheres-brasileiras. Sou feminista para mulheres, period. Posso (e acho que devo até) olhar para além do meu umbigo, mas se me proponho a fazê-lo, claro, eu que tire preconceitos e falta de informação do caminho também. Isso é o que Femen e muitas outras nao fazem. Mulheres livres não são iguais, não têm que pensar e agir igual. Mas elas todas têm que ser livres. É por isso que se precisa lutar, e não pelo que cada uma vai escolher fazer com a sua liberdade. Da minha, eu faço não usar roupa curta. Mas também faço usar um pouco de maquiagem e me depilar. Acredito menos que a mulher é igual e deve ser livre por isso? Não. É claro que faço porque na minha cabeça não consigo me desvencilhar de um padrão, como as inglesas que passam frio e as muçulmanas que passam calor. Mas o feminismo é onde me apoio para decidir até onde um padrão vale a pena. Eu não me privo mais de doces para ser magra. Eu não fico torrando no sol, do que não gosto, por marquinhas de biquini. E tenho certeza que se o feminismo não estivesse em minha vida eu faria tudo isso porque já fiz. Mas vi que não precisava. Não sei o que eu acharia bonito se vários padrões não me tivesem sido impostos desde pequena, é verdade. Se faço essas coisas porque quero, quero porque acho bonito, e isso não é e nem nunca vai ser para ninguém completamente espontâneo. Mas aprendi a ver os excessos dos padrões e a tolerar o que está fora deles, até a procurar a beleza no que está fora, mesmo que não me pareça natural. E entender que eu posso seguí-los por querer, mas que se não quiser mais também posso parar. Posso usar algo porque gosto ou porque quero mandar uma mensagem. E posso mudar de idéia e passar de um para outro. E é isso que o feminismo tem que trazer a todo mundo em qualquer cultura.

Julia Goncalves disse...

Ótimo comentário Phillipe!

june_miller disse...

O que não entendo é porque toda vez que o Islamismo é críticado pela esquerda (e digo isso como ESQUERDISTA) ou por alguns ateus, ele é criticado com todo cuidado, com todo respeito, etc, sendo que esse mesmo cuidado não é feito com outras religiões cristãs. Eu NUNCA, NUNCA vi o Islamismo ser criticado por feministas "sérias", e essa é possivalmente uma das religiões mais machistas que existem. Eu conheço algumas mulheres que viveram em países escandinavos e os homens que a assidiavem sexualmente eram sempre, SEMPRE árabes, não posso dizer a religião deles com toda a certeza, mas a grande maioria dos árabes de lá são mulçumanos.

E qual é a razão desse véu, eu pergunto a vocês? Por que a mulher deve cobrir os cabelos? Foi como disseram aqui, elas são doutrinadas desde a infância para usarem esse véu e se existem feministas islâmicas que o defendem é porque é muito dífícil se liberar de idéias que foram incutidas em você desde a infância, principalmente se diz respeito a religiões.

E o Islamismo não é uma etnia ou nacionalidade, é uma religão. O que as pessoas criticam são ideías, não a nacionalidade. Não vou achar que um muçulmano é coitadinho só porque estão criticando a religão dele, mesmo que de forma agressiva. Católicos e protestantes sofrem críticas agressivas há tempos. A situação das muitas mulheres em países islamicos é intolerável e, sinceramente, embora uma coisa não anule a outra, raramente vejo uma feminista dando alguma voz a essas mulheres.

Não apoio o Femem e discordo das idéias e dos métodos usados por ele, mas (corrijam-me se eu tiver errada) eles são o único grupo feministas que ousa criticar a tratamento que muitos países e homens islâmicos dão a suas mulheres.

Anônimo disse...

http://ego.globo.com/famosos/noticia/2013/04/mulher-nao-e-objeto-mas-nao-deveria-se-apresentar-como-tal-diz-gerald-thomas.html

"Vem uma menina, de (praticamente) bunda de fora, salto alto de 'fuck me', seios à mostra, dentro de um contexto chamado PÂNICO e eu (que não deixo me intimidar e gosto desse pessoal) entro no jogo e viro as cartas – e os intimido ! (que nada! Brincadeira também!) (TUDO BRINCADEIRA, GENTALHA HIPÓCRITA que abriu uma facebook Page e debate e me massacra e passa dias editorializando e 'moralizando' uma questão tão simples e tão absolutamente inútil:
Eu, Gerald Thomas, faço a olho nu, na frente dos fotógrafos, das câmeras, das luzes, o que esse bando de carecas e pseudomoralistas gostaria de estar fazendo atrás de portas fechadas, com as luzes apagadas! EYES WIDE SHUT"

Anônimo disse...

Parei com a islamofobia quando uma amiga, mulçumana, me explicou que opressão é exigir que lhe privem da religião que ela quer ter. Que se sente protegida com o véu e que ninguém mostra os peitos para defender freiras da opressão. E o quanto lhe ofendia ser tratada como cidadã de segunda classe, oprimida em default, como se fosse alguém com capacidades mentais prejudicadas. Galerinha que insiste naquela coisa que se vê em filme de hollywood tá precisando arrumar uma amiga mulçumana esclarecida também.

Sara disse...

Muitas mulheres dentro da NOSSA cultura não tem ideia de q são oprimidas, como disse no comentário anterior são estupradas e ainda se sentem culpadas, pq cresceram acreditando q a mulher tem culpa de praticamente qualquer mal q ela sofrer.
Pois bem, eu como feminista devo deixar q ela continue pensando assim??? para q serve e a quem serve o feminismo???
As mulheres do diante do trono, não merecem nenhuma critica, devem ter suas posições respeitadas, ou cabe uma critica???
Como feminista é ético q eu ignore o q acontece nesses não tão poucos paises onde o islâmismo é a lei???
Devo então deixar q elas continuem sendo trucidadas, sem nem erguer minha voz contra, só pq elas foram, ensinadas q estão erradas SEMPRE?????
É provavel q muitas foram ensinadas a me odiar (como deu p ver pelos protestos do femen) mas eu não as odeio, pois percebo qual é a raiz desse ódio.

Anônimo disse...

Após causar polêmica ao colocar a mão por baixo do vestido de Nicole Bahls nesta quinta, 11, durante o lançamento de seu livro, Gerald Thomas justificou o ato ao jornal "O Globo".
"Meti a mão na menina. E tudo termina nos panos quentes, CPI que acaba em pizza, como todas as coisas no Brasil, esse paisinho de quarto mundo, Corsa que quer ser Mercedes", disse ele à coluna "Gente Boa".

http://ego.globo.com/famosos/noticia/2013/04/meti-mao-na-menina-diz-gerald-thomas-jornal-apos-polemica.html

Helena disse...

Olha Lola:

http://revistatpm.uol.com.br//so-no-site/notas/o-outro-lado.html

Um abraço!

Lu_ud disse...

Quem colocou o link do texto desse Sherif Muhamed? Sao tantos os comentarios que nao consegui encontrar... Mas obrigada pela fonte, fantastica.

Vou repostar o link, porque vale muito a pena:

http://www.religiaodedeus.net/mito_e_realidade.htm

E antes que alguem grite "ah, mas eu odeio cristaos e judeus tanto quanto muculmanos" (como ja gritaram, por sinal), pergunto: se voce odeia todas as religioes do mundo, o que te faz diferente dos religiosos que odeiam voce? Um belo mundo esse que voce quer construir. So que nao.

ViniciusMendes disse...

@Rodrigo

Eu tenho um arrepio sempre que eu ouço/leio "eu não assisti, mas certeza que não presta". O programa tá longe de ser ideal, mas ele simplesmente coloca os caras pra fazer a jornada dupla que as suas esposas costumam fazer. E que lidar com os filhos não é um mundo de alegria.

Longe se ser algo revolucionário, tem uns rancinhos de machismo, mas não é de todo inválido.

natasha disse...

mais uma vez a incoerência de algumas feministas que lutam pelo empoderamento da mulher mas ao mesmo tempo parecem achar que não temos cérebro e absolutamente tudo que fazemos não é por nossa vontade e sim fruto de manipulação da sociedade.

tem várias mulçumanas dizendo que n se sentem oprimidas no modo de vida delas e que n precisam de salvação nenhuma ,mas para a sara,femen e outros,elas estão mentindo ,não sabem do que estão falando ou só estão iludidas.

isso é preconceito religioso,eu não posso falar nada do islamismo porque não vivo isso,o candomblé no brasil também é alvo de muito preconceito,sempre escuto alguém dizendo que isso é coisa do demônio e grande parte assim como eu, é totalmente ignorante nessa religião.o povo fala sem saber de nada.

Marina P disse...

Amanda, a divisão que você faz da religião enquanto instituição e enquanto crença pessoal é bem interessante. Eu penso de uma forma semelhante e acho que essa é uma forma de entender melhor as posições que as pessoas assumem num debate desse tipo.

Eu, por exemplo, tenho uma religião. Essa religião, para mim, nada mais é do que uma forma organizada e institucionalizada de viver a minha fé; o mais importante não é a minha religião, é a minha fé. Através da religião eu faço parte de uma comunidade de pessoas que vive sua fé de uma forma relativamente semelhante à minha. Eu poderia continuar tendo a fé que eu tenho e acreditando em Deus como acredito mesmo sem ter essa religião? Sim. Há discrepâncias entre a minha fé pessoal e a religião que eu sigo? Há, mas são brandas o suficiente para que eu ainda assim me sinta à vontade nessa religião, mesmo porque as práticas dentro de uma religião podem mudar; o que não mudam são os dogmas. E olha, sou bem grandinha e me sinto livre o suficiente para dar um pé na religião se um dia ela se posicionar de uma forma radical ou que eu considere incompatível com as minha crenças. Claro que dentro de toda religião há pessoas com visão tradicional e pessoas mais abertas. Há pessoas de todos os tipos, assim como em qualquer grupo humano. Enquanto houver espaço para uma visão como a minha dentro da minha religião, não vejo porque não estar ligada a ela tentando melhorá-la a cada dia, ativamente. Imagino que o mesmo seja possível para xs muçulmanxs. Costumo dizer para as pessoas que há uma diferença entre fé, religião e Deus e que confundir essas 3 coisas gera uma série de desentendimentos.

Não me importa se uma pessoa é da religião A, B ou C, se é ateísta, etc: sempre será ruim para a sociedade querer que o estado acompanhe suas crenças pessoais e as transforme em leis. O estado laico continua sendo um dos meus maiores ideais. Olha que coisa bacana isso: alguém não concordar com nada que diz respeito à minha religião mas não me impedir de exercer a minha fé e eu ter a minha fé mas não querer que todo mundo aja de acordo com ela. Tudo de bom.

Pensando na realidade dxs muçulmanxs e tentando descobrir qual é a minha posição nesse debate eu consegui refletir muito, mas cheguei a poucas conclusões. Vejo que não sou a única. Detesto a ideia de agir como na época das cruzadas buscando salvar quem diz que sabe se defender e que não precisa de salvação, mas por outro lado me lembro de quando eu estava imersa numa lógica machista e rechaçava qualquer argumento feminista e de como foi importante ter acesso a pessoas com opiniões e posicionamentos distintos para amadurecer a minha própria forma de pensar. Talvez uma forma melhor de lidar com isso seja incentivar os debates e criar espaços onde as pessoas possam trocar ideias, como fazemos aqui no blog. Se eu acho que alguém precisa de ajuda mas essa pessoa diz que não precisa, o máximo que eu posso fazer é oferecer informação de todos os tipos, o que pode ajudar a consolidar o seu ponto de vista ou a transformá-lo. Nesse sentido eu acho que todos podem colaborar.

Cora, achei o seu comentário muito interessante e estou refletindo bastante sobre ele. Há várias intercessões com a minha forma de pensar. E soou um pouco "confuso" sim, mas acho que isso só mostra que o assunto é complexo e que você está tentando considerar aspectos diferentes ao elaborar seu raciocínio.

Anônimo disse...

agora, religião não é exatamente uma escolha. ela pode ser uma escolha na conversão. como td cultura, ela é imposta pela família e pelo meio social em q nascemos. não escolhi ser católica. isto foi imposto a mim e precisei rejeitar a religião q me foi imposta (e pude fazer isso justamente pq há liberdade de crença). neste sentido, usar ou não trajes específicos só seria uma escolha de fato, se o não uso do traje fosse possível e não provocasse problema algum. e não é o que acontece. cobrir-se é um preceito da religião e, mesmo em países ocidentais, as islâmicas DEVEM se cobrir. obviamente, elas não consideram isso opressor, já q faz parte do q acreditam, então exigir q elas deixem de fazê-lo é tb uma violência (e notem q é sempre a mulher na berlinda).

mas o q me intriga são os motivos alegados para q a mulher se cubra: protegê-las da perseguição dos homens. só eu acho este motivo estranho e ofensivo aos homens?

e mais do q isso. esta justificativa tem uma consequência nefasta. mulheres descobertas estariam desprotegidas, tornando-se alvos. é a mesma história sempre. mulher não é respeitada por ser pessoa e por isso merecedora de respeito. mulher é respeitada sempre no condicional. se fizer isso, se vestir tal coisa, se exibir tal comportamento, se... sempre no condicional.

é assim no cristianismo. é assim no islamismo. sempre no condicional.

e aí fica patente a discriminação de gênero, q não pode sequer ser negada. nenhuma religião q imponha condições para q uma mulher seja digna de respeito pode negar a discriminação de gênero, principalmente pq isto acaba justificando violências.
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assino embaixo!!!!

Anônimo disse...

Olha, acho que feminismo não tem nada com esquerda ou direita. Até porque esquerda e direita não são a mesma coisa que liberal e conservador.

Como, pelo que eu entendo, feminismo é um movimento sem cabeça e sem estrutura, então acho que não é nenhum absurdo a imprensa chamarem o FEMEM de feminismo. Afinal, elas lutam por causas relacionadas às mulheres, não é ?

Também não acho babaca o cara que fala "essas feministas", afinal, praticamente a única exposição a manifestações é a matéria do jornal, ele pode ser ignorante, mas não babaca.

Quanto ao islã, eu sinceramente acho que as pessoas tem muita dificuldade em entender o que é ua cultura diferente. Como o FEMEN escreveu no peito de uma garota "Fuck your morals".

Eu acho que se as mulheres realmente acham que essas mulheres de peito de fora tão fazendo mal para a imagem do feminismo, elas deveriam se manifestar a respeito, e não deixar a coisa correr solta.

Carol NLG disse...

Acho muito fácil falar mal de religiões e culturas alheias sem conhecer.

Sou mulher. Sou feminista. Fui criada católica, sou ateia. Moro num país muçulmano (República Islâmica da Mauritânia, pra quem quiser pesquisar). Acabo de chegar de um churrasco. Saí de casa de short e camiseta, e bebi vinho no evento.

Havia muçulmanos presentes. Eles tomaram suco, água, refrigerante, whatever. Não comeram porco. Quem quis nadar, nadou. Houve pessoas nadando de sunga, maiô, biquini e burquini (pesquisem). Esse é um fim de semana normal pra mim.

O problema não é a religião. São os extremistas religiosos. De qualquer religião. Há países islâmicos que seguem a sharia? Sim. Como feministas devemos lutar contra ela? Sem dúvidas! Mas não lutar contra a fé dos indivíduos, quando essa fé só fizer respeito a eles. Se a pessoa quer ( vontade é o elemento principal aqui) usar véu, não quer comer bacon, não come carne vermelha numa sexta-feira aleatória, eu não tenho nada com isso.

SeekingWisdom disse...

Aline D'Angelo,
concordo com quase tudo o que escreve exceto a parte sobre a lei islâmica.
Oras, se defendemos o Estado laico (ou seja, lutamos para que todos os Estados no mundo não sejam subjugados a valores de uma religião) não haverá uma lei islâmica mais branda e outra aplicada ao extremo cruel. Simplesmente haverá a lei do Estado laico, aplicável a todos os cidadãos e respeitando os direitos humanos.
Além da lei, haverá religiões e as pessoas serão livres para se associar a qualquer delas.
Isso é o que podemos/devemos fazer.
Abraços, Phillipe.

Mila disse...

Olha, se eu já acho difícil buscar uma síntese em movimentos feministas brasileiros , que dirá de mulheres brancas e europeias ditando às mulheres sul-americanas, negras, orientais, como se deve lutar e como se deve agir. Creio que um bom caminho seria movimentos mais organizados darem subsídios aos menores e que haja aprendizado mútuo entre as partes.
Outra coisa, o Femen só consegue a alcunha de único movimento feminista pq é midiático e explora isso bem. Só.

Anônimo disse...

Lex - 00:56

Não sou islamofóbicA e nem cristÃ. Eu não tenho religião. No mais, o que tá escrito naquele site sobre as imundices cometidas contras as mulheres justificadas por alá, cê pode encontrar net afora.

Você não tem o direito de nos acusar de islamofóbicAs e ignorantes, pois nem ao menos sabe o que significa ser islamofóbicx.

Até agora eu não li nenhuma declaração de ódio aos muçulmanos por aqui - somente aos fanáticos radicais.
Eu tenho todo o direito de criticar a doutrina islâmica e isso não me torna islamofóbicx, a não ser que eu comece a destilar palavras de ódio aos individuos muçulmanxs.











Anônimo disse...

Islamofobia?? Desculpa, querida, mas tem que ter fobia (medo) mesmo.
E você ainda se diz feminista? Ah, esqueci: você também é de esquerda, e ser de esquerda é, antes de tudo, acreditar defender idéias e ideologias que se contradizem...

Julia disse...

Thomas, o troll babaca machista aqui é você. Não tente inverter as coisas.

Eu sei porque você defende o islamismo e o direito das mulheres muçulmanas andarem por aí de burca. Pensa que me engana? Todo mascu tem inveja de homens muçulmanos. Mais não revelarei, fica por conta da imaginação de quem me lê nesse momento.

Vou dar uma dica pra você.. vá tirar uma sesta.

Seria bacana se no meio dela vc, sei lá, engasgasse com a própria saliva, morresse e fosse pro quinto dos infernos. Que tal?

Pensa nisso com carinho, tá?

Becx disse...

Engraçado é que o femem te representa mas vc não quis colocar o seu nominho aqui nessa afirmação! Preferir i anonimato. .. abraços

Sara disse...

Julia querida esse cara não merece uma única palavra sua, nem uma única.
Mas eu gostaria de saber se existe alguma outra religião fora o islã que tivesse seus livros sagrados como constituição do pais.

Lu_ud disse...

Depois do comentario da Julia pro Tomas, e a Sara concordando com ela, acho que fica decidido quem sao os trolls daqui ne? Sempre tem um em cada conversa, nesse caso sao dois. Porque uma pessoa que escreve algo assim nao esta querendo ser levada a serio, so esta querendo ofender.

Alias, muito me surpreende a Lola permitir esse comentario da Julia, desejando que Tomas engasgue com a propria saliva e morra, sendo que (segundo ela mesma) ela bloqueu outro comentario do genero mais cedo. Mas enfim.

Julia continua com sua politica de ignorar as criticas e usar ofensas no lugar de argumentos. Bom, minha politica com trolls de internet, sejam eles mascutrolls ou femitrolls, é sempre a mesma: ignorar.

Gente, regra basica de convivencia virtual, NAO ALIMENTEM OS TROLLS! Vamos colaborar ne, porque senao o debate fica inviavel.

Letícia Arcanjo disse...

Vou comentar em tópicos pra ficar mais organizado

- Sobre o Femen: Nunca entendi muito bem sobre o que elas protestam, quais os objetivos e no que elas realmente acreditam. Acho que a forma de protesto é ineficiente e só atrai atenção negativa. Mas não acho que seja essa coisa horrível que pintam. è um movimento novo que teve uma repercussão muito grande, mas teve seus deslizes por não ser bem organizado. Agora, isso de que elas só escolhem ativistas no padrão de beleza é mentira. Entre as brasileiras, tem ativistas gordas, magras, morenas e brancas. Pelo menos no Brasil, essa seleção de "bonitas" nunca existiu. Sejamos justos.

- Sobre a islamofobia, é obvio que o Femen não sabe absolutamente nada sobre o Islã.Não conhece a cultura, não conhece os dogmas, nem as leis dos países muçulmanos. Na minha opinião, pra opinar sobre alguma coisa é preciso conhece-la, e esse obviamente não é o caso. Então toda essa campanha contra o islã é um grande tiro no pé do Femen, e só vai servir pra desqualificar o movimento. Uma grande bola fora.

-sobre a Sara, tenho que defende-la. Eu acredito sim que ela possa realmente ter mudado de opinião sobre o que acreditava. Eu já passei por isso. Já fui muito machista, conservadora, uma verdadeira "reaça". Mas mudei de opinião quando conheci o feminismo mais a fundo. Durante a adolescência, nossa opinião está sendo formada, somos muito mais influenciáveis sobre opiniões e conceitos. Ela cresceu e mudou de opinião, ué.
Sobre a tal tatuagem, não sei se vocês sabem, mas remover tatuagem DÓI. É um laser que queima sua pele, dói, e demora várias sessões. Tem muita gente que não tem coragem de remover tatuagem por não suportar a dor.

lola aronovich disse...

Lud, não li esta parte do comentário da Julia. Realmente, não é legal desejar a morte de ninguém.
Só queria dizer que gosto muito de vc, da Sara, da Julia e de tantas outras pessoas que comentam aqui. Gostaria que a gente aprendesse a discordar sem brigar, sem que nos tornassemos adversárias. Sempre vamos discordar por alguma coisa. Isso é normal e saudável. O chato é querer cortar relações por causa de discordâncias. Acredito que temos muito mais que nos une do que nos separa, apesar dessas discordâncias. O assunto do multiculturalsmo pode ser uma pedra no sapato do feminismo. Porque é sempre aquele negócio de tentar respeitar costumes de culturas diferentes, e de confiar que as pessoas daquela cultura podem mudar esses costumes melhor do que nós, que estamos observando de longe e na maior parte das vezes não conhecemos bem o que está acontecendo. Eu não gosto de tradições da minha própria cultura (véu branco ao casar, pedir a mão pro pai etc), e não vou gostar de tradições de outras culturas. Eu sou do tipo Dane-se a tradição. Sei que estou me intrometendo na cultura alheia, mas quero que touradas e mutilação genital, entre tantos outros tipos de tradições danosas, acabem.
E eu tento me policiar para não ser muito anti-religiosa. Porque creio que TODAS as religiões são machistas (bom, pelo menos as grandes religiões que conheço). Mas também acho que religião é algo individual, de foro íntimo, e que pode até trazer benefícios individuais (pode dar alento a dor, pode fornecer respostas, pode dar esperança de viver de novo e encontrar um ente querido etc). Considero a religião islâmica extremamente machista. E a cristã e a judaica também. Mas, assim como nem todos os cristãos e judeus são machistas, nem todos os muçulmanos o são. E partir desse pressuposto (de que todo muçulmano é machista, e que toda muçulmana quer se libertar, e, pior, precisa de ajuda ocidental para conseguir) é preconceito. Não tenho opinião formada sobre véu, burca etc. Na minha visão ocidental, acho péssimo. Mas tem muita muçulmana que diz que é libertador. E, claro, o que muitas muçulamanas disseram contra o Femen é que elas acham opressor ter que se despir para protestar, para chamar a atenção. Adoro esse quadrinho que vcs já devem ter visto. Uma mulher ocidental, de biquini e óculos escuros, passar por uma mulher de burca. Na hora, as duas pensam exatamente a mesma coisa: "Tudo coberto menos os olhos... O que é uma cultura machista, cruel e dominadora!"
Não são apenas os países islâmicos que são países machistas que matam mulheres. O Brasil não é um país islâmico e também faz isso! Lembrando que até o Afeganistão tem mais mulheres no congresso que o Brasil... Claro que nem por isso eu gostaria de morar no Afeganistão, obrigada. Mas, por exemplo, tá cheio de engenheira no Irã. Só que quando a gente pensa no Irã, a primeira imagem que vem a nossa mente é de uma mulher apedrejada. Esse é o estereótipo de um país e não representa a realidade. Assim como quando muito estrangeiro pensa no Brasil pensa numa mulata sambando. E o que a gente acharia se feministas de outras partes do mundo quisessem libertar nós, brasileiras? Sério que a gente não se ficaria ofendida?

Lu_ud disse...

A justificativa da maioria das pessoas aqui que criticam o islamismo é sempre a mesma, a de que as mulheres vivem de maneira horrivel nos paises islamicos, de forma geral. Todo mundo aqui no “achismo” baseados apenas no que veem na televisao, algumas pessoas inclusive negando o depoimento de quem vive em paises islamicos porque, obviamente, elas nao sabem do que estao falando (?). Bom, vamos para de achismo? Ja que o problema é a forma como as mulheres sao tratadas, que tal nos referenciarmos a quem entende no assundo, como a ONU por exemplo? Eles tem um Indice de Inequalidade de Genero, o GI, que leva varios fatores em consideracao ao ser analisado. Sera que vai ter alguem colocando seus achismos acima das estatisticas da ONU? Pelo nivel de alguns comentarios, nem duvido…

Quem quiser saber os fatores, ver esse link aqui:
http://hdr.undp.org/en/statistics/gii/

Quem quiser a lista complete de paises, ver esse aqui:
http://hdrstats.undp.org/en/indicators/68606.html

Eu peguei apenas os 20 ultimos paises da lista, coloquei em ordem decrescente, e adicionei informacoes sobre as religioes dominantes. As informacoes sobre religioes peguei da Wikipedia mesmo. Segue abaixo:

20) Costa do Marfim: 45% Islamismo, 35% Cristianismo
19) Comores : 98% Islamismo
18) Malawi: 80% Cristianismo
17) Sudao: 97% Islamismo
16) Zimbabwe: 85% Cristianismo
15) Etiopia: 62,8% Cristianismo, 33,9% Islamismo
14) Liberia: 85,5% Cristianismo
13) Afeganistao : 99% Islamismo
12) Guine Bissau: 50% Islamismo, 40% Tribal
11) Serra Leoa: 60% Islamismo, 30% Cristianismo
10) Guine: 85% Islamismo
9) Burundi: 75% Cristianismo, 20% Tribal
8) Republica Centro-Africana: 66,2% Cristianismo, 18,9% Tribal
7) Eritreia: 62% Cristianismo, 36,5% Islamismo
6) Mali: 90% Islamismo
5) Burkina Faso: 60,5% Islamismo, 23,2% Cristianismo
4) Chade: 54% Islamismo, 34% Cristianismo
3) Mocambique : 46% Cristianismo, 20% Islamismo
2) Nigeria: 50,5% Islamismo, 48,2% Cristianismo
1) Republica Democratica do Congo: 95% Cristianismo

Dos 20 paises da lista, 11 sao islamicos, sendo que desses so 5 tem o islamismo como religiao realmente predominate, o resto esta mais proximo do 50/50 com outras religioes, especialmente o cristianismo. E o pior deles, a Republica Democratica do Congo é 95% cristao!!! Uau, sera que isso quer dizer que devemos sair por ai gritando que o cristianismo é uma religiao misogina que deve ser abolida? Ou sera que iremos entender que existe uma infinidade de fatores politicos e sociais que levaram o pais ate onde se encontra hoje? Olha que nem é uma escolha dificil heim…

Anônimo disse...

Os filhxs devem ser livres pra ter religiao ou nao.Isso deve ser aceito bem pela familia.Deve ter apresentaçao das outras opçoes,q há outras opçoes.

Lu_ud disse...

Considerando essa mesma estatistica, o Brasil esta em 85o lugar, abaixo de paises islamicos como Iran, Libia, e ate Arabia Saudita. Quando a Arabia Saudita, um dos paises mais apedrejados por feministas no mundo, tem mais igualdade de genero que o seu proprio pais, ta na hora de rever alguns conceitos.

Isso quer dizer que a Arabia Saudita seja um paraiso feminino onde as mulheres vivam felizes e saltitantes pelos bosques? Claro que nao, vemos o tempo todo noticias de apedrejamentos, casamentos forcados e outras violacoes aos direitos humanos por la. Mas isso convida a um exercicio mental, de tentar entender que uma cultura é algo extremamente complexo e mutavel, e que nem tudo é o que parece a primeira vista. Violencia nunca é aceitavel e deve ser combatida sempre, mas como varias pessoas ja comentaram aqui, combater a violencia religiosa nao é o mesmo que combater a religiao.

Lu_ud disse...

Lola, eu costumo ser muito agressiva nos meus comentarios, geralmente de forma inconsciente, porque sou muito ironica na vida real, mas o que funciona ao vivo nao funciona na internet, onde nao estao vendo nosso rosto nem ouvindo nossa voz. Estou tentando me policiar.

Mas fica dificil manter o nivel de civilidade na discussao quando uma parte do grupo para de debater e parte pra ofensas gratuitas. Acho que todo mundo deveria se ater a argumentos racionais e parar com o 'ad hominem' de desqualificar o argumentador. Ninguem vai magicamente achar que voce esta certo porque voce xingou seu adversario de chato e bobo, fica a dica.

Eu estou defendendo o islamismo com unhas e dentes porque detesto intolerancia, mas concordo com voce, o multiculturalismo é uma regiao nebulosa: onde acaba a cultura e comeca o crime? Na duvida, eu me apego a Carta de Direitos Humanos da ONU: tudo que contrarie a Carta nao é cultura e deve ser combatido. O resto é cultura e cabe a cada povo decidir se quer segui-la ou nao.

Pra mim, mulher branca ocidental feminsta, é extremamente inaceitavel que alguem sequer pense em ditar a forma como me visto, ou decida o que quer que seja da minha vida por mim. Mas isso porque sou herdeira dos filosofos ocidentais, da Revolucao Francesa e de todos os movimentos sociais que a seguiram. Eu nao posso chegar num pais que tem uma historia completamente diferente da minha e querer que os desejos daquelas pessoas sejam iguais aos meus. Nossos desejos sao fruto da nossa cultura. Algumas pessoas aqui disseram que as muculmanas so querem usar o veu porque foram doutrinadas desde criancas a isso. Bem, podemos argumentar que nos so NAO queremos usar o veu porque fomos doutrinadas desde criancas a isso. Achar que nossas escolhas sao 100% livres e pessoais é ignorancia, somos frutos do lugar onde vivemos. Eu tenho plena conscienca de que as coisas que eu quero foram moldadas pela minha cultura. Mas eu as quero mesmo assim, posso? O mesmo para as muculmanas. Sim, as escolhas delas foram moldadas pelo meio em que vivem. Mas sao escolhas delas, mesmo assim. Nao temos direito algum de chegar la e dizer que estao erradas.

Lu_ud disse...

Uma coisa que eu notei nos comentarios aqui, tanto de quem condena o islamismo como de quem defende, é uma critica universal a Sharia. Pessoal dizendo "aah, respeitamos a cultura, mas ninguem é louco de defender a Sharia"...

Gente, o que voces acham que a Sharia é?

A Sharia é um conjunto de normas morais, a versao islamica do Deuteronomio da Biblia. E assim como o Deuteronomio, tem centenas de interpretacoes, dependendo de quem le, do secto religioso que interpreta, e da cultura em que esta inserida. A Sharia em si nao é especialmente violenta ou prejudicial, assim como o Deuteronomio nao é. Alias, na letra, o Deuteronomio é mais violento que a Sharia, com passagens que dizem, entre outras coisas, que uma mulher casada estuprada que nao grita deve ser apedrejada ate a morte, que uma solteira estuprada deve casar com seu estuprador, e uma noiva que nao for virgem deve ser apedrejada ate a morte. No entanto nao vemos cristaos modernos fazendo nada disso. O mesmo é valido pra Sharia. Algumas pessoas escolhem seguir a Sharia, geralmente com interpretacoes proprias de seu conteudo. E claro, existem os fanaticos que querem levar tudo ao pe da letra (apesar de ate o pe da letra estar aberto a interpretacoes). O problema é quando um fanatico desses alcanca o poder politico e resolve tornar sua propria interpretacao da Sharia lei, como o que aconteceu com o Taliban no Afeganistao.

Mais uma vez, o problema nao esta na religiao, esta na TEOCRACIA. Uma teocracia, seja de que religiao for, nunca dara certo. Mesmo um Estado ateu, como o da Coreia do Norte, da China ou do Vietnam, é ruim para as pessoas. Nesses paises, os religiosos sao perseguidos, e ate condenados a trabalhos forcados e mortes (caso da Coreia do Norte). Porque um Estado laico é diferente de um estado ateu.

Nossa luta deve ser por estados laicos, e pelo fim das violacoes aos direitos humanos.

Julia disse...

Lu_ud, Thomas é um troll, é um mascu, é arrogante e é um idiota.

Eu frequento esse blog todos os dias e comentei em quase todos os posts de 1 ano pra cá, então é complicado quando você me ofende pra defender um mascu só porque ele tem uma opinião parecida com a sua. Aliás, esse post é ótimo pra os mascus porque eles puderam ter um descanso já que há muitxs feministxs que tem opinião sobre o tema igualzinha a deles e eles não precisam comentar.

Eu não sei porque esse tema é especialmente caro pra vc, se vc é muçulmana, não lembro de ter lido.. mas quero que vc saiba que nenhum dos seus argumentos nem de outros me fizeram mudar de opinião um pouquinho que seja.

Fica complicado quando dizem que vc critica o Islamismo porque viu algumas reportagens na tv, ou que vc acha que os americanos estão certos de invadir aqueles países com a desculpa de levar a democracia. Vcs pensam o que? Que vocês são os espertos e todo mundo que critica é idiota?

E outra coisa, eu não argumento com mascu, minha conversa com eles aqui é nesse nível, se te desagrada pule os meus comentários.

Sara disse...

Lola a minha admiração por vc só cresce quando percebo o respeito q vc tem por pessoas que pensam diferente de vc.
Nesses últimos assuntos abordados pensamos diferente, embora na maior parte de outros assuntos q vc traz ao seu blog, vc consegue exprimir até melhor do que eu minhas próprias opiniões.
Eu tenho certeza q de que em nenhum momento fui grosseira com quem quer q seja, bem diferente do q foram comigo , me chamando de troll de preconceituosa, burra e outros elogios rrrssss.
Eu não tenho ódio no meu coração, embora as vezes tema que o feminismo não avançe mais por conta de tantas divergencias entre nós mulheres, minha esperança não morre.
Apesar de tudo q li aqui minha opinião sobre essa religião não mudou, sei q ela não é melhor nem pior q outras, mas a influência dela na nossa atualidade é o q me preocupa.
Com excessão do Vaticano e de Israel que tem suas constituições baseadas em livros sagrados, só essa religião tem tantos paises onde o Alcorão é a lei, e eu vou continuar achando que isso é um grande mal, principalmente para mulheres.

Lu_ud disse...

Olha Julia, realmente nao conheco o Thomas, assim como nao conheco voce. Comento de vez em quando aqui na Lola, ja ha algum tempo, quando tem algum assunto que acho realmente interessante ou alguma discussao que me instiga. Mas nao fico guardando o nome das pessoas. Na verdade so sei meu proprio nome (tanto o real quanto o apelido) porque as pessoas ficam repetindo ele. E o Fabio do mingau, porque esse é inesquecivel.

Nao sei como o Thomas ou voce se comportaram em outras discussoes e francamente nao me interessa. Quando eu nao conheco uma pessoa, tenho essa mania chata de me importar com o que ela faz, e nao com o que fez. E nesse post em particular, o Thomas foi extremamente educado e racional. Quem se comportou como troll xingando todo mundo foi voce e Sara. E eu nem concordo com tudo que o Thomas disse como voce colocou, tanto que falei isso la no meu primeiro comentario, pode procurar. Eu ia responder ele mas acabei me perdendo no resto da discussao.

Uma das coisas que ele escreveu foi o seguinte: "adoraria entender porque exatamente o FEMEN te representa, num mundo em que existem feministas muito mais inteligentes e que contribuem muito mais para um diálogo interessante e relevante".

Nossa, eu ia amar que todos os mascutrolls dissessem que as feministas sao inteligentes, interessantes e relevantes, voce nao? Entao voce me perdoe se eu nao pulei na garganta dele e desejei que ele morresse engasgado com a propria saliva.

Voce tem todo o direito de discordar do que quiser, estamos numa democracia (sort off). Mas é aquela historia, quem fala o que quer ouve o que nao quer. E quem puxou o clima da discussao pro barraco foram voce e Sara.

E eu nem estou mais tentando convencer voces de nada, nao precisa se preocupar, ja desisti disso ha muito tempo, acho que mais ou menos na altura que voce falou (ou foi a Sara? nem lembro) que se orgulhava de ser islamofobica. Mas tem outras pessoas tentando contribuir pra discussao aqui, caso voce nao tenha notado.

De qualquer forma ja falei o que queria e ate mais um pouco porque eu me empolgo, e ja ia me abster mesmo de fazer mais comentarios, entao nem precisa se preocupar.

De repente na proxima a gente se encontre metendo o malho no Thomas juntas, quem sabe? Porque a beleza da diferenca é isso ne, a liberdade de ter opinioes. Fica ainda mais bonito quando expressamos elas com argumentos e nao com ofensas.

SeekingWisdom disse...

Julia e Sara,
os últimos debates sobre esse assunto foram péssimos. Concordo plenamente com a Lu_uD sobre essa agressividade e o ad hominem injustificado (ad hominem é assim oh: "Thomas é um troll, é um mascu, é arrogante e é um idiota.".
Vcs se portaram de maneira preconceitosa e intolerante, Isso não é uma ofensa pessoal e sim uma crítica fundamentada no discurso de vcs.

Por fim, vou dizer mais uma coisa desagradável. A burrice existe! Burrice não tem haver com a capacidade intelectual da pessoa. A característica da burrice é a fixação (a analogia com o animal é que o burro empaca). Ou seja, o burro é aquele que não é capaz de seguir o fluxo do debate: ouvindo os contraargumentos, refletindo e desenvolvendo novos contrapontos. O burro está fixo em suas ideias e insensível aos outros argumentos.
Não é questão de aceitar vozes dissonantes. Não, não é isso. Podemos ser discordantes em nossas opiniões e ainda sim estarmos dispostos a ouvir o argumento contrário, analisar esses argumentos e desenvolver uma opinião que enxergue o contraponto levantado.

Então, quando vcs dizem: ficam cheio de dedos para falar da cultura alheia; o islã precisa deixar de existir; nem toda cultura é válida, principalmente quando as mulheres são oprimidas nela

E aí ouvem de volta: não é questão de ficar cheio de dedos, é questão de tolerância religiosa; existem outras leituras do islã, inclusive feministas; devemos respeitar a cultura e a autonomia de um povo, não devemos subestimar isso.

E então vcs voltam a dizer: mas mulheres morrem; religião é lixo; elas estão validando machismo e misoginia.

Percebem que vcs não moveram? Que estão fixas na mesma ideia, apesar de terem sido expostas a diversas opiniões divergentes, de vários pontos de vista? Então, apesar de não ter lido o comentário onde vcs foram chamadas de burra eu estou aqui denotando que, nessa questão, a burrice está muito clara.

Falamos que somos contra a teocracia, que baseamos nossas opiniões na declaração universal de direitos humanos, que sabemos que mulheres são muito oprimidas na cultura deles e que os excessos devem ser questionados e rechaçados. Só que nada disso, nadinha, foi capaz de sensibilizá-las e incentivá-las a construir novos argumentos para mostrar seu ponto.

Não mudar de opinião não é, portanto, deficiência na produção de argumentos convincentes por parte do interlocutor, ao menos não necessariamente. Nessa caso em específico, está claro que não é a falta de argumentos e sim a fixação de vocês que impede o desenvolvimento do debate.

Não sou inimiguinho de vocês, mas o teor do discurso de vcs decepcionou bastante pela quantidade de preconceitos e intolerância.
Phillipe


Anônimo disse...

Engraçado que quando se trata de criticar o cristianismo,especialmente a influencia que as igrejas ocidentais tem na vida das mulheres,vocês sentam o cacete,mesmo quando mulheres pertencentes a essas igrejas afirmam que essa e uma escolha DELAS!vide a repercussão que o vídeo do diante do trono teve aqui no blog! Eu acho corretíssimo que se critique religiões e culturas que preguem e pratiquem a violência,seja física ou seja simbólica! Agora,nao consigo entender porque dessa relutância toda em criticar o Islã! Nao sao todos fundamentalistas,mas as mulheres nesses países sao submetidas a normas bem absurdas,costumes que DEVEM ser criticados,já que estão perpetuando o sofrimento de seres humanos(direitos humanos,lembram?) Sinceramente,rotular toda atitude de critica a uma cultura,por mais nefasta que essa seja,de PATRIARCAL E IMPERIALISTA e ridículo,especialmente quando a critica nesse caso tem como objetivo destruir toda a uma mentalidade de violência em relação a mulher que o Islã possui! Neguem isso! Na boa,algumas pessoas sao MUITO contraditórias...ou servem a interesses escusos ;)

Sara disse...

anon 17.46hs , foi exatamente isso q eu citei em meus comentários, inclusive até esse video q vc comentou, são dois pesos e duas medidas q eu não posso entender, a única explicação plausível seria q a ideologia politica esta sendo muito mais levada em conta do q a violência contra a mulher e seus interesses.
Pois pra mim é indefensável o q se pratica em nome dessa religião em vários lugares desse planêta.

SeekingWisdom disse...

Pois então, fui rever o texto onde a Lola critica o video evangélico incentivando a submissão e fui procurar os comentários feministas pedindo para a religião critã ser queimada. Sabe quantos eu contei? Pois é 0. Encontrei vários comentários de nossa queridíssima Sara com teor bem intolerante (religião sempre do mal) e reclamando das feministas que defendem a tolerância religiosa. Também havia menção de simpatia ao FEMEN e sua islamofobia.

Aliás, olha que trecho lindo encontro: "Algumas pessoas muito prejudicadas intelectualmente, não querem q sejam citados partes das escrituras para se debater o assunto em foco nesse post, q curiosamente se trata dos efeitos da religião na vida das mulheres, alegando falta de contexto histórico.
A dimensão da penuria mental dessas pessoas pode ser medida por essa objeção, visto que os religiosos usam a biblia para nortear suas posturas e conduta diante da sociedade nos dias atuais, e apesar de toda ardua luta de feministas por conquistas de direitos, querem q relativemos e respeitemos as crenças dessas pessoas religiosas que desejam regredir a situação injusta do passado."

Poxa Sara, estou começando a te entender. Quando o argumento da autora e os comentaristas te agrada no geral vc desqualifica as vozes dissonantes. Quando a sua voz é dissonante e você recebe críticas muito (muito mesmo, vezes 100) mais respeitosas, vc parte para o discurso de feministas me agridem.

Anonimo, mostra pra mim aonde há incoerência na defesa de tolerância religiosa aplicada ao islã e ao cristianismo aí a gente começa a conversar. Quem acusa precisa provar carx amigx.

Phillipe

ViniciusMendes disse...

Apesar de malharem o cristianismo diariamente e com bastante agressividade, não lembro de ter visto pessoas pregando com frequencia que devemos abolir totalmente o cristianismo... Mas vi isso com o islamismo.

Anônimo disse...

cada vez mais me decepiciono come ste blog....a autora desconhece que em muitas culturas,até mesmo auqi,nós mulheres somos educadas para gostar da opressão,ou será que a autora nunca ouviu falar do "culto das princesas"? mulheres pregando que são felizes sendo escravas de homens.

É justamente esta incapacidade de atacar o machismo feminino que nos deixa estancadas.Relativismo cultural puro...

Julia disse...

Phillipe, eu sei exatamente o que é ad hominem, não precisa querer me ensinar, não, querido. Eu sei que é atacar a pessoa e não os seus argumentos. E foi exatamente isso que eu QUIS fazer quando eu chamei o Thomas exatamente de tudo o que ele é. Há algum problema nisso pra vc? Pra mim não há nenhum.

O argumento dele completamente - vamos lá de novo - imbecil de que não podemos compreender se não vivemos naquela cultura não precisa de contestação. Inclusive ele usou trechos cafonas como "se não tiver nascido lá, vivido lá, respirado aquele ar, absorvido aquela cultura com a sua pele"

~absorvido.aquela.cultura.com.a.sua.pele~

Além de cafona é patético. A diferença de ares não tem tanta importância assim. Misoginia é misoginia em qualquer lugar. Ok?


Ele disse também que a Sara não sabe responder as perguntas feitas a ela como se alguém tivesse respondido as dela ou as minhas. E nem vou insistir pra que façam, já que eu sei que vcs não sabem as respostas. Ou se responderem vão ter que desmontar todo esse discursinho construído em duas caixas de comentários desse blog.

Eu tenho uma outra perspectiva, Phillipe. Pra mim quem não se moveu foram vocês. E aí começam a apelar para argumentos ridículos como "então vcs compactuam com a lógica americana??". Aí apelam chamando de racista (??) e nazista (!!!) quem discorda de vcs. Me pareceu que tiveram uma certa dificuldade em arrumar argumentos melhores.

E eu não estou empacada. Eu era assim como alguns de vcs aqui. "Não pode criticar a cultura alheia, religião muito menos." Hoje eu sei que esse negócio de "religião não se discute" é uma bobagem. Só não costumo discutir muito com religiosos porque os argumentos deles costumam ser pífios e acaba ficando cansativo.


E finalmente o assunto pra mim está encerrado quando começam a defender a Sharia e tomar as dores de mascus.

Rosanna Andrade disse...

Quanto ao caso Diante do trono... eh um argumento muito ruim.

Uma coisa eh pegar aquele video, aquela doutrina e critica-la. Ela nao engloba o cristianismo como um todo. Eu ja fui catolica e nunca me disseram para ser submissa ao meu futuro marido por exemplo. Cristaos em geral selecionam trechos mais ou menos importantes para si, ou alguem ai esta pensando em como tratar seus escravos?

Foi uma critica a uma faceta do fundamentalismo cristao, nao ao cristianismo como um todo (afinal Jesus ate defendeu uma adultera ou whatever, nao eh mesmo?).

Ai vcs pegam esse exemplo pra dizer que naquele caso foi feito com os cristaos o que vcs fazem com TODOS os mulcumanos agora...

Qual a parte de criticar aspectos ruins da cultura e nao a cultura como um todo vcs nao entenderam?

Vou concordar com o argumento do SeekingWisdom sobre burrice no sentido filosofico pq eh bem isso mesmo q esta acontecendo aqui.

E antes que me acusem de qqr coisa, sou ateia convicta. Kguei pra essas doutrinas todas, mas vamos ser coerentes.

Sara disse...

Julia eu não vou perder meu tempo com gente q não me acrescenta em nada, se querem ficar dando xiliques raivosos ai, fiquem a vontade.
Expus o q eu penso, e nada do q li me fez mudar , bem ao contrário , pesquisei mais, é até pior do q eu pensava essa situação.
Essa primavera Arabe muito possivelmente não tera os resultados q muitos esperam, e sim mais Irãs a caminho (espero q eu esteja errada). Mas no q depender dos tolerantes a misoginia, isso vai é longe.

Lu_ud disse...

"Ele disse também que a Sara não sabe responder as perguntas feitas a ela como se alguém tivesse respondido as dela ou as minhas".

E voltamos la pro meu primeiro comentario de novo, onde eu disse que voces nao leem o que a gente escreve. E ai, isso deeeesde o texto da Thatcher, e pelo jeito desde o texto do De Frente por Trono, as mesmas criticas se repetem. Muita preguica de quem passa a conversa inteira acusando os outros de nao escutarem, sem escutar coisa alguma. Serinho, voce LEU algum dos nossos comentarios? Porque nao da pra voce seriamente dizer uma coisa dessas, assim na cara dura, se tiver lido unzinho que seja. Acho que desde que voces comecaram a gritar a respeito da nossa imbecilidade em ser tolerantes que ninguem faz mais nada nessa discussao alem de argumentar sobre as opinioes de voces. Mas como o Phillipe, e eu, e o Thomas, e tres ou quatro anonimos diferentes, e mais algumas pessoas que agora estou com preguica de procurar, dissemos, em nenhum momento, e serio, em NENHUM MESMO, voces se deram ao trabalho de pegar qualquer dos argumentos que usamos e contraargumentar eles. Voces repetem a mesma ladainha em todos, TODOOOOS os comentarios, e é algo do tipo "estou certa porque estou certa porque estou certa, e voces sao idiotas". Sem argumentos racionais. Alias, sem argumentos, ponto. Sem fontes, sem provas, sem referencias, sem dados, sem nem uma elaboracao do pensamento, sem nadica de nada. Ai quando criticamos a ausencia absoluta de sentido, voce da um xilique nos acusando de dar um xilique. e olha que a gente nem ta pedindo pra voces mudarem de opiniao heim, so estamos pedindo pra EXPLICAR a porcaria da opiniao. E so pro caso de nao terem entendido, repetir a mesma afirmacao quinhentas vezes nao é explicar. Serio, tem que ter muita paciencia. Coisa que eu nao tenho. Entao vou seguir meu proprio conselho, e nao alimentar os trolls. Porque quando uma duzia de pessoas diz pra voce que voce esta sendo incoveniente e grosseiro, e mesmo assim voce nao acredita, ta faltando educacao e simancol na equacao. Voltem quando forem adultas.

Lu_ud disse...

Sara e Julia, sera que voces chegaram a perceber que voces nao sao as unicas pessoas criticando o islamismo aqui? Alias, o que nao falta aqui é gente criticando o isla. No entanto ninguem esta "perseguindo" os outros comentaristas, na verdade os outros comentaristas estao sendo levados a serio, e tem uma discussao interessante rolando (nao que voces tenham notado, ja que parece que nao leram comentario nenhum). Como é que os outros comentaristas, que acham basicamente as mesmas coisas que voces, estao sendo levados a serio e voces nao? Se fosse questao de opinioes opostas era pra estarmos "perseguindo" todo mundo, nao? Hmmm, MISTERIOS.

Lu_ud disse...

So passei pra deixar um ultimo comentario de super parabens pra Lola, que ao inves de estar curtindo a noite de sabado com o maridao, ta aqui moderando os comentarios de um barraco virtual. Haja dedicacao heim! Parabens mesmo. rs
bjs

Anônimo disse...

Lola, o Yahoo anda lendo vc?
http://br.mulher.yahoo.com/femen-autopromo-o-ou-novo-feminismo-122600488.html?page=all

Thaís disse...

Lola, há um tempo atrás alguém veioa qui e te pediu para falar sobre islamismo. E eu reclamei, dizendo que era muito errado condenar toda uma religião e cultura.

E vieram VÁRIXS me xingar por isso e me pedindo para explicar o porquê. Ignorei, estava com preguiça de discutir com gente colonialista.

Obrigada por escrever esse post. Eu amo as diversas culturas do oriente médio e ásia meridional, e acredito que pessoas que impõe sua cultura como a correta estão se esquecendo que todas elas possuem pontos positivos e negativos, e não cabe à nós querer escolher por eles.

Enfim, é isso. Obrigada :)

leila saads disse...

Gente, o Islamismo é uma das maiores religiões do mundo!!! Nem todo o país de maioria islâmica têm governos religiosos, inclusive em muitos países islâmicos as mulheres tem, constitucionalmente, igualdade em relação aos homens.
O Femen presta um desserviço ao partilhar essas declarações cobertas de PRECONCEITO e com pouquíssimo aprofundamento.
Sarah, mostrar os seios e andar de shortinho não é sinônimo de liberdade (embora eu lute por poder andar de boa no meu país com os seios nus também sem ser estuprada). O que eu quero dizer e que não necessariamente nós, ocidentais, somos mais emancipadas do que essas mulheres de véu. Aliás, essas declarações islamofóbicas, xenófobas e etnocêntricas só servem para enfatizar a nossa frágil emancipação. Essa luta que vocês travam não é por autonomia, é uma luta para impor UM ÚNICO MODELO DE COMPORTAMENTO, uma única visão de mundo, uma única forma de lutar. Nós, ocidentais, especialmente vocês do Femen, ainda enxergamos o mundo como os portugueses enxergavam os indígenas no Brasil - esses "mesmos" indígenas que vocês defendem pintando o corpo com os escritos "salvem os índios" e que tem inúmeros costumes e incontáveis crenças que nós poderíamos julgar machistas e retrógradas. Nós os enxergamos como alguém a ser salvo, e em nome dessa salvação trucidamos sua autonomia, seu direito de escolha!
Sua comparação com o Apartheid foi COMPLETAMENTE DESCABIDA. Será que não percebe a diferença entre uma PAÍS COLONIZADO como era a África do Sul e os países islâmicos emancipados? Você não percebe a diferença porque seu próprio olhar é colonizador!
Velho, custa ler um pouquinho, custa fazer um exercício de alteridade e tentar, minimamente, ter a noção de que culturas diferentes podem pensar o mundo de formas distintas????????
Os feminismos não produzem cartilhas prontas que dizem como cada mulher deve viver sua vida, qualquer feminismo que se proponha a isso, como o FEMEN faz, é um movimento COMPLETAMENTE TOTALITÁRIO!

Sara disse...

o dia q eu respeitar o islã e a selvageria q eles promovem pelo mundo, tb irei respeitar as religiões astecas q arrancavam corações de suas vitimas, ou encolhedores de cabeça Jivaros, ou quem sabe essas religiões animistas que praticam sacrificios humanos, qual a diferença?????

leila saads disse...

Sara, um texto interessante que propõe uma auto-reflexão:

http://www.mulheralternativa.net/2010/04/depilacao-e-burca-brasileira-uma-menina.html

Sara disse...

Comparar o uso OBRIGATÓRIO de burqas,khimar, niqab e outras excrescências absurdas com o objetivo de invisibilizar o corpo pecaminoso feminino como faz essa religião na minha opinião odiosa, com a depilação aqui no ocidente , é tão imbecil que nem vale um comentário mais longo.
Só revolta mesmo, com tanta gente pra validar um machismo de uma cultura hedionda.

Sara disse...

http://www.youtube.com/watch?v=22-E9OODECA

é sobre o sentimento de mulheres q vivem dentro dessa religião.

leila saads disse...

Querida, acho que você não leu o texto. Ele não fala de todos os países muçulmanos, fala da Tunísia, onde esses trajes que você descreveu não são obrigatórios.
Faça um exercício de alteridade, empatia, auto-reflexão. Não quero dizer que todos os países muçulmanos são maravilhosos, mas quero questionar essa ideia de "ocidentais salvadoras" que, na minha opinião, é uma puta falta de respeito.

Porque você não pega um avião e faz uma imersão cultural em algum desses países, conhecendo mulheres, conversando com elas. Alguém do FEMEN já fez isso? Estou falando de imersão, não de protestos em mesquitas. Ou elas se acham salvadoras do mundo todo olhando apenas para seus próprios umbigos?

Sara disse...

querida o dia q vc me ver pisando os pés em um desses paises, chama o hospicio, me coloca em uma camisa de força, tenho extremo asco dessa cultura q desvaloriza a mulher como eu creio q nenhuma outra tenha conseguido fazer pior.

Anônimo disse...

falam, falam e falam que o bendito traje NÃO É OBRIGATÓRIO em todos os países muçulmanos, mas a pessoa finge que não lê.

Ninguém vai mudar o mundo com essa preguiça mental toda, viu?

Carla disse...

Cadê meu comentário?

leila saads disse...

Lola, você sabe se esse perfil da Sara é fake?

Sara disse...

Pq acha q sou fake Leila Saads , pq não engulo essa religião machista aos extremos, pois saiba q não engulo mesmo, e tudo q estiver ao meu alcançe para fazer , para q esse cancer despareça do mundo vou fazer.

donadio disse...

Nos Narcóticos Anônimos tem um diálogo que eu acho que se aplica:

- Qual é a pior das drogas?
- É a que você está usando.


Qual é a pior religião? É a que está aqui, te oprimindo. No Paquistão, é sem dúvida o Islã. Aqui no Brasil, é a do velhinho que mora do outro lado do mundo, e, graças Àquele Que Não Existe, acaba de ir-se embora e nos deixar em paz, ou na nossa guerrinha cotidiana de sempre.

Ser anti-islâmico no Brasil chega a ser piada, ou seria se não fosse sintoma de tempo de mais na internet e tempo de menos na vida real, onde vc vê um muçulmano de vez em nunca. Aqui, a tirania a ser combatida é a dos padres e suas homílias contra o aborto, e a dos pastores e seus caça-níqueis disfarçados de religião.

Pra terminar, seria bom deixar de reproduzir e amplificar os estereótipos a respeito dos muçulmanos e dos países onde eles são maioria. Não, o Islã não é uma religião boazinha, de paz e amor - como o cristianismo também não é. Tem uma hierarquia reacionária de sacerdotes, que tende a se alinhar politicamente com o que existe de pior em suas sociedades - assim como o catolicismo e o protestantismo. Também não é uma religião extra-terrestre, baseada em idéias ininteligíveis para os humanos propriamente ditos (leia-se ocidentais). É uma religião como a Igreja Católica era, não mais de cinquenta ou sessenta anos atrás.

E, lembrando: quem deu força ao fundamentalismo islâmico foi o "Ocidente", para combater o comunismo. Jimmy Carter (prêmio Nobel da Paz e tudo), mandando armas e apoio para os fundamentalistas afegãos, para derrubar o regime pró-soviético de Cabul... anyone?

Ex-muçulmanos disse...

Lembrem-se de AYAAN HIRSI ALI antes de falar que o FEMEM é "islamofóbico" e de que o feminismo ocidental é COLONIALISTA. O islã não é uma raça. É apenas uma religião, ou seja, uma ideologia, e como tal, merece estar sob crítica. OUTRA COISA: não chame um grupo de mulheres de "fascista" só por causa da cor da pele branca. ELAS NÃO TÊM CULPA DE SEREM BRANCAS. É apenas o fenótipo das europeias.

Anônimo disse...

A cultura do Isla põe a mulher um nível inferior ao do homem, priva as mulheres de suas liberdades e direitos individuais. O Femen deveria apoiar isso? Seria incoerente e INSANIDADE. Apoio o Femen pq elas defendem o meu direito de ser mulher e são coerentes o suficientes para se posicionarem contra um tipo de cultura machista e misógina que nem precisa dizer qual é.

Se uma mulher quiser seguir essa cultura defendo o direito dela de fazer isso MAS JAMAIS vou permitir que ela tente me impor a cultura dela e esse é o problema com os islamicos. Eles querem ser aceitos em todos os lugares mas quando se instalam não respeitam a cultura e as leis do lugar e querem mudar tudo e impor a sua própria. Nostradamus previu a invasão islâmica e pra quem duvidou está aí acontecendo debaixo de nossos narizes.

Anônimo disse...

Mulher muçulmana executada por acusação de adultério.

O video contém imagens fortes.

https://www.youtube.com/watch?v=Aof_SSAvHTY

Lana disse...

Islâmismo = antônimo de feminismo.

Lana disse...

Maravilhosa, tá certíssima!