sábado, 22 de setembro de 2012

"O QUE ME DÓI É ESSA IMPOTÊNCIA"

A S. me mandou este email:

"Fui numa festa aqui em Brasília, chamada criolina. Muito boa, boa companhia, bom ambiente. Eu estava com meu namorado, um amigo dele e uma amiga do amigo dele.
O que me irritou aconteceu quando entramos na fila pra pagar nossa consumação. O amigo do meu namorado e a amiga estavam na frente, eu e meu namorado atrás. Estávamos lá esperando quando vi um homem passar no meio da gente e passar a mão nessa amiga que estava conosco. Eu fiquei assustada na hora e minha primeira reação foi falar pra ela: "Eu vi quem foi!", mas o cara já tinha entrado no banheiro. Então ela me disse que não tinha sido a primeira vez. Ela estava muito irritada.
Eu fiquei realmente nervosa com o que tinha acontecido e quando paguei a minha parte vi que o cara também estava na fila. Falei para a amiga: "foi ele?", ela confirmou. Então eu perguntei: "Vc se importa se eu for falar com ele?" Ela respondeu que não.
Nesse momento eu já não era a pessoa mais calma da festa. Cheguei no cara e disse: "Eu vi o que vc fez! Eu vi que vc passou a mão na minha amiga! Vc tem noção de que esse tipo de coisa, na lei atual, é estupro?!" Ele tentou responder, mas não consegui formular uma frase. Eu continuei: "Vc quer ir pra delegacia comigo agora só porque vc é um babaca e acha que isso é aceitável?! Vamos pra delagacia comigo, senhor estuprador? Vamos?". Nisso meu namorado chegou, me tirou de lá e disse pro cara: "A gente tá vendo o que vc tá fazendo e isso não tá certo! Fica na sua!", e então saímos da festa.
Quando meu namorado foi me deixar em casa, nós brigamos. Ele disse que a minha abordagem está errada, que eu não vou mudar o mundo assim, que eu me arrisquei demais, que ele sabe que mesmo se eu estivesse sem nenhum homem por perto pra me defender, eu teria agido da mesma maneira. Que eu estava errada, que eu deveria ter convencido a amiga a denunciar o cara ao invés de tentar mudá-lo. Que se eu quero fazer a diferença que eu entrasse pra uma ONG, fizesse um blog e o c*ralho a quatro.
Ele tava bem irritado com a minha atitude e foi um tanto agressivo. Depois se desculpou e disse que concorda comigo em tudo, mas era um risco muito grande a se correr.
O que me dói também é o seguinte: no início do ano passado, eu fui atacada em um banheiro da UnB em dia que rolava festa lá. Eu já fiz boxe (por quatro meses, muito pouco tempo) e consegui dar uns três socos no cara e me livrar dele. Eu tinha um amigo me esperando do lado de fora do banheiro, e os seguranças da UnB já tinham sido avisados porque uma menina tinha sido ataca cinco minutos antes no mesmo banheiro. Então os seguranças aparaceram antes que o cara pensasse em sair do banheiro. Seguraram o cara até a polícia chegar.
OK, a polícia chegou. Eu, a outra guria que foi atacada e o cara que nos atacou, na mesma viatura. Na primeira metade do caminho, a gente escutou o cara pedindo desculpas. Na segunda metade, foi ele falando que ia nos matar, que ia nos perseguir e matar nossos amigos também.
No nosso depoimento, a gente citou isso e a policial (era na delegacia da mulher) perguntou se alguém poderia confirmar. Falamos dos policiais que conduziam o veículo, ela perguntou pra eles, e a resposta foi: "Não me recordo muito bem [não faziam nem dez min], mas ele pediu desculpas."
O meu ponto é: se nosso apoio na lei é falho, que segurança temos de procurá-la? Não digo que é errado! NUNCA! Sempre que sei que a lei está ao meu favor eu corro atrás, sendo fazendo BO, indo no Procon, etc. Mas eu entendo quem não tem total confiança. Eu entendo quem não se sente à vontade pra denunciar.
Acho que eu devia ter incentivado a amiga a denunciar de fato! Mas eu também penso... eu entro em muitos blogs que fazem a conscientização contra o estupro, acho linda essa divulgação. Mas os estupradores leem isso? Eles não querem saber disso, eles não pesquisam isso, eles não se interessam por isso, porque o que eles acreditam é outra coisa! Lola, me diz que estou erradíssima! Me diz que estou sendo extremamente radical. Por favor, estou frustrada demais com isso tudo! Me sentindo totalmente impotente!
Outro dia me ligaram a respeito do meu processo contra o cara que me atacou no banheiro. Perguntaram: "Vc que propor um acordo?", eu: "Como assim? Ele propôs algo?", responderam: "Não...", eu: "Vc quer que eu proponha que ele se arrependa, me peça desculpas e diga que isso nunca mais vai acontecer com ninguém?", do outro lado da linha: "Err...", eu: "Eu não tenho absolutamente nada pra propor, se ele tiver, me avise que eu penso a respeito." E desliguei.
É muita impotência. Um sentimento de impotência que parece não ter fim. Sinto que não tenho braços nem pernas, que não posso fazer nada, apesar da violência ter sido contra mim!"

Minha resposta: Esse sentimento de impotência é muito comum pra qualquer pessoa que já foi atacada (verbal ou fisicamente), que denunciou o agressor, e viu que nada foi feito. Dá muita raiva mesmo. Mas acho que temos que denunciar sempre.
É verdade, estupradores não leem blogs feministas. Mas há vários tipos de estupradores. Quem sabe esse cara que acha que tudo bem passar a mão numa menina leia blogs e reflita? (Sou otimista.) Já recebi várias mensagens de rapazes que achavam até engraçado aterrorizar uma mulher numa rua à noite, gritando-lhe "elogios", e que se arrependeram desse comportamento. E tem os caras que acham que "forçar um pouco" não têm nada de mais. Esses podem muito bem ser leitores de blogs. Além do mais, vai que o sujeito que passou a mão na sua amiga ficou completamente apavorado e nunca mais faça algo assim novamente? Pode acontecer.
Quer dizer, se dependesse da vontade de blogs feministas pra erradicar o estupro no mundo, acredite, o estupro não existiria mais. Mas nossa incapacidade de erradicar o estupro não quer dizer que não devemos falar sobre ele. Ademais, creio que falamos muito mais de cultura de estupro que de casos individuais.
Não acho que você está errada. Temos mais é que nos revoltar com a situação mesmo. E precisamos reagir, como vc reagiu: você foi pra cima do cara que passou a mão na sua amiga, você, em legítima defesa, socou um homem que queria te agarrar no banheiro, e ainda abriu processo contra ele. Isso é reação. Isso é a gente dizendo que os dias fáceis em que um sujeito nos agarrava e a gente só ficava com vergonha acabaram. Esses caras vão pensar duas vezes antes de tentarem repetir o feito.

86 comentários:

Lázaro Barbosa disse...

Se ela já se sentiu impotente com a birra do namorado e a negligência dos policiais, imagine o que ela não sentirá ao ler esta notícia: http://mariadapenhaneles.blogspot.com.br/2012/09/nojo-eterno-garota-de-8-anos-era.html

aiaiai disse...

É difícil e doloroso mesmo, mas desistir JAMAIS.

Acho que se cada um de nós, mulheres e homens conscientes, fizer a sua parte vamos avançar sim.

Aconteceu algo parecido comigo. Estava num lugar bem legal com duas amigas. A gente estava se divertindo muito, dançando as três juntas e também com alguns caras que sabiam chegar e pedir.
No meio da noite, eu volto do banheiro e tem um cara conversando com uma das minhas amigas. A outra estava dançando. Tudo bem. Ela não tava com cara de que estava gostando, mas tava tudo ok. De repente, o cara agarra ela e tenta beijar a força. A menina fica com cara de horror e empurra ele, e ele continua tentando. Daí eu gritei: para! E ele: não se mete. Chamei um garçom e o garçom foi direto nele. Foi muito legal. Colocou o cara pra fora da casa e veio falar com a gente, pedir desculpas e tal.

Acho que essa história mostra que as coisas estão mudando para melhor. Tem alguns que resistem para nos fazer desistir. Mas, a gente não vai desistir, né?

Anônimo disse...

ai, unb, unb... viu. e o negócio que me amedronta ali é que muitas vezes os alunos é que fazem a babaquice toda. gente que a gente pensa que teve educação, conseguiu entrar na unb... como se educação formal fizesse algo por certas pessoas.

uma vez, uma amiga tava estudando naquelas salinhas da biblioteca, aquelas sem porta (acho que ainda são assim. faz uns anos que não vou lá), e tirou os óculos pra descansar um momento. nisso, apareceu um vulto (pq ela é muito míope) se mexendo na porta. ela achou que era um conhecido e sorriu enqto pegava os óculos de novo. qdo pegou, era um cara sem calça se masturbando na frente dela. agora imagina se esse cara entra na sala e estupra a pessoa? a reação dela foi gritar desesperadamente. o cara saiu correndo.

eu concordo com a lola. pode não adiantar, a gente pode se sentir super impotente, mas a gente tem que denunciar. inclusive pra nossa cabeça ficar mais tranquila no sentido de de repente ajudar outras pessoas. quem denuncia faz o que é certo. se outras pessoas não fazem, a falta de noção é delas, não sua. até porque, se a gente não denunciar, aí é que nada vai adiantar mesmo!

a gente não muda o mundo, mas pode mudar algumas visões de mundo perto da gente e qto mais pessoas fizerem isso, a gente pode ir espalhando sementes, sabe? posso ser pollyana demais, mas acredito nisso. fique bem.

Patty Kirsche disse...

Eu já sofri vários tipos de violência. O que mais me dói hoje, foi a violência cometida por homens que eu amava na época. Isso de ser forçada, aconteceu várias vezes. Nem conseguiria contar quantas. E ninguém acreditaria em mim, porque eu me relacionava com esses caras. Além da certeza de que escolhi muito mal meus namorados na adolescência, também tenho a certeza de que não é claro para os rapazes o significado da palavra consentimento. Eles não sabem o que é estupro, ou não consideram grande violência forçar, ou acham que é o direito deles mesmo. O fato é que, para eles, não está claro que se a garota pede pra parar, é pra parar. Nem que se a garota diz não, não adianta ficar passando a mão nela. Uma vez, o irmão do meu namorado da época, estava me dando uma carona até minha casa. Ele cismou que eu tinha obrigação de transar com ele! E fez um retorno em direção a um motel. Eu falei sério com ele, disse pra ele me levar pra minha casa naquela hora, e ele mudou o caminho irritado. Depois reclamei com o irmão dele, que não tomou partido. Hoje eu entendo algo. Muitos caras acham que as garotas têm obrigação de dar prazer pra eles por uma razão ou por outra. O prazer não é nosso, percebe? O prazer é deles. E isso mostra o nosso lugar.

Iara De Dupont disse...

Adoraria ser otimista em relação a esse assunto e acreditar que um dia existirá punição para tudo isso.
Mas curiosamente ontem tive uma discussão que encheu meu coração de nuvens escuras.
Uma pessoa próxima a mim,um homem educado,culto e que conhece muito de feminismo fez uns comentários de baixo calão ao ver umas mulheres em um desfile de roupa intima.Na hora cortei,dizendo que ele podia pensar,mas dizer em voz alta agredia a todas que estavam ali.O cara surtou,começou com aquela famosa frase,repetida 376 vezes durante a discussão-Homem é assim mesmo.
Eu sou mais exaltada para discutir,mas ontem me segurei e tentei explicar o quanto agridem esses comentários,e apenas escutei-Paciência,não querem escutar isso,não desfilem de calcinha.
Escutei frases clássicas,homens são assim,vocês agora só querem saber de viados,homem pensa isso mesmo e fala e blablabla..
Quando achei que não podia ficar pior alguém se aproximou e perguntou o que estava acontecendo e ele logo respondeu-Coisas da Iara,com suas fantasias feministas!
Pois é.Eu juro que eu expliquei,mas isso fechou a discussão.O pior é que falo de uma pessoa super culta e que tem noçao de feminismo,conhece de perto as trágedias do machismo,mas o que eu posso fazer?
Então outro amigo se aproximou e disse-As vezes eu acho que a Iara não gosta de homem e fica querendo disfarçar.
Depois disso me levantei para ir embora,estava morrendo de dor de cabeça e não ia discutir esse tipo de coisas,porque parece que vale tudo para desmerecer o que uma mulher diz,eu fui clara quando disse que é muito agressivo estar perto de homens que fazem comentários de baixo nível.
Enfim,desanimei mesmo....não são pessoas que desconhecem a causa feminista,mas o que fazer?Também me sinto dando murros em parede.

Daniel Vieira disse...

"É verdade, estupradores não leem blogs feministas. Mas há vários tipos de estupradores. Quem sabe esse cara que acha que tudo bem passar a mão numa menina leia blogs e reflita? (Sou otimista.) Já recebi várias mensagens de rapazes que achavam até engraçado aterrorizar uma mulher numa rua à noite, gritando-lhe "elogios", e que se arrependeram desse comportamento. E tem os caras que acham que "forçar um pouco" não têm nada de mais. Esses podem muito bem ser leitores de blogs."

Eu pessoalmente nunca passei a mão em desconhecidas (ou em nenhuma mulher sem o consentimento dela), mas já fui do tipo que achava que não era o fim do mundo. Ou que "flertes inconvenientes" eram normais. E lendo o blog já repensei muito sobre minhas atitudes.

Estou longe de ser perfeito, longe de estar completamente consciente das consequências de tudo que eu faço, afinal foram mais de 20 anos crescendo numa sociedade que acha que estupro é só parte da cultura, da mesma forma que futebol ou novela das 8. Mas tenho me policiado cada vez mais.

Os mascus (inclusive diversos amigos meus que eu já tentei mostrar o lado feminista pra eles, infelizmente sem muito sucesso) acabam soltando o argumento da paranóia, de que agora eles (coitadinhos!) não podem mais "elogiar" uma mulher sem serem insultados por uma "feminazi". E que qualquer um que se policia é um "esquerdista feminazi politicamente correto".

Sobre a confrontação, acho extremamente importante, ao mesmo tempo concordo que é perigoso. Pra um sujeito que acha bonito passar a mão em mulheres numa festa, ser desafiado por uma mulher é tão insultante quanto sei lá, levar uma cuspida na cara, ou algo pior.

Quando eu era pré-adolescente, ali pelos meus 12 anos, eu tinha cabelo comprido. Fui a uma boate (matinẽ) com uma prima mais velha, de uns 16, mas pequena e magrinha. Lá, na pista de dança, um sujeito puxou meu cabelo algumas vezes. Eu que sempre fui covarde, deixei passar. Da terceira vez essa minha prima viu, e foi tirar satisfação com ele. Foi tudo muito rápido, só vi ele pegando ela pelos cabelos, girando e jogando no chão. Ele era forte, o típico "pitboy" da época.

A denúncia policial aconteceu. O sujeito era do Corpo de Bombeiros (militar). Rolou exame de corpo delito, e tudo mais. Mas simplesmente nada aconteceu. Ficou por isso mesmo, como se fosse uma "simples briga" numa festa.

O que estou dizendo é que se o sujeito chega ao ponto de achar que é bonito passar a mão em mulheres ou provocar garotinhos de 12 anos, ele vai ser capaz de defender esse "direito" na base da violência. E eu não duvidaria que depois ainda tiraria onda com os amigos "a vadia veio tirar satisfação, mostrei pra ela!"

Ainda que eu apóie totalmente confrontar esses imbecis, pelo amor de todos os deuses do seu panteão, tome muito cuidado.

Anônimo disse...

Lola, o que vou falar aqui não tem a ver com o post, mas queria saber se você poderia falar sobre as implicações negativas do funk na sociedade. Já vou dizendo que gosto de funk, acho bem divertido mas tenho que admitir que me desagrada muito ver toda aquela necessidade de ostentação de riqueza, aquelas mulheres objetificadas e a absurda sexualização das crianças(tem videos no youtube onde funkeiras famosas colocam suas filhas pequenas para dançar funk e dificilmente se vê vozes dissonantes nos comentários). Acho até que em certos momentos as pessoas aqui no blog tem uma condescendência bem desagradável com essa cultura vinda de grupos historicamente oprimidos, como eu ja vi acontecer aqui também em relaçao ao islamismo. Gostaria muito que você pensasse a respeito. Um abraço.

B. de Campos disse...

Lolíssima, eu gostaria, humildemente, de deixar aqui uma sugestão para o blog.

Acho que daria um maior alcance a essas ideias tão importantes de tolerância e combate aos preconceitos.

Sei que é trabalhoso, mas você tem toda a liberdade de recusar. O que você acha de fazer como nas revistas de avião? Assim, o post teria o texto em português e, logo abaixo, o mesmo transcrito em inglês?...

Claro que é só uma dica :)

Abraços!

B. de Campos disse...

Olha essa notícia, gente:

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1157801-human-rights-watch-denuncia-novas-restricoes-as-iranianas-nas-universidades.shtml

"As restrições são vistas por muitos, tanto no Irã como no exterior, como uma tentativa de reduzir o número de mulheres que tentam acessar o ensino superior e reforçar o domínio patriarcal."

Priscila Boltão disse...

Também me sinto assim. Tem horas q juro, queria nao ser feminista pra ver se a ignorância ajudava.
Mas não acho que ajude também.
A lembrança mais antiga que eu tenho de abuso, eu tinha 8 anos. E se que coisas aconteceram antes embora eu nao lembre com clareza. Histórias de horror, várias, e em todos os casos eu só senti medo e vergonha e culpa e impotência.
Aí na pior, aos 19 anos, foi a primeira vez q tomei alguma atitude (procurei o hospital, por medo de uma dst ou, deus me livre, gravidez) foi a primeira vez que tive de verdade consciencia do que era estupro. A médica do IML (q é sempre chamado pra fins de estatistica) perguntou se eu não ia denunciar e eu disse sem pensar duas vezes que nao. Ela me pressionou, e eu disse que não houve violencia, ele não me agrediu nem me arrastou, e que eu achava que estupro era uma palavra absurda nesse caso. Ela me olhou incrédula e disse "Nao importa a circunstância. Qualquer tipo de intimidade contra sua vontade é estupro, é violencia."
Eu não denunciei. Nem dessa vez nem em todas ao longo da minha vida. Eu fiquei pensando que eu ia estragar a vida desses homens que acho que no fundo nem tem idéia doq fizeram contra mim.
Sério.
Eu sei q isso é um sinal de culpa, vergonha, que eu não devia ter. Eu não consigo chamar isso de estupro. Mas sei que é. E honestamente, não tenho esperança nenhuma. Morro de medo pela minha sobrinha, bebezinha de 10 meses, por ser mulher num mundo desse. Entro em pânico qdo vejo ela no colo de um homem, não importa quão amigo da minha irmã seja.
Minha vontade é pega-la e fechar nós duas dentro de casa e nunca mais por os pés fora de casa sem pelo menos uma burka. Exatamente como o patriarcado quer.
Eu to tão cansada que as vezes parece que fazer oq eles querem parece menos doloroso, sabe? Tô tão cansada pq parece que cada soco que a gente dá no sistema, o backlash vem e dá três chutes de volta na gente.

Unknown disse...

é horrível, é nojento, é preocupante. mas tenho me convencido cada vez mais que DEVEMOS reagir. principalmente em uma festa cheia de gente (não que violências não aconteçam nesses lugares, mas, pelo menos, é bem mais fácil da vítima ser socorrida caso provoque a ira do agressor - que é o que muitas vezes acontece quando saímos da posição de "vítimas indefesas"). num beco escuro, por exemplo, não sei se eu teria coragem de responder... Mas, sinceramente, se as mulheres estão sujeitas a violência a toda hora e a todo momento, o que é aumentar um pouco essa chance? eu decidi que prefiro correr um risco a mais, se isso significa que estou me retirando da posição de menina indefesa e dizendo NÃO, eu NÃO aceito essa violência.

fugindo um pouco do foco, essa semana fiquei sabendo de uma história chocante dentro da minha família. a moça que trabalha na casa da minha tia - que é mulher, negra e super humilde - contou, aos risos, que sua filha apanhava do marido todos os dias e que dessa ultima vez o sujeito tinha APONTADO A ARMA na cara dela, na frente da filha de 10 anos. rindo, pessoal. ela contou isso RINDO. graças a edu testosterona, rafinha bastos e a tantos outros, ela acha graça da agressão que a filha dela sofre. enfim, sei que meu primo ficou insandecido com a história, mandou ela entrar no carro, buscou a filha e a neta dela e foi pra delegacia. a queixa foi prestada mas ela insistiu em voltar pra casa. mesmo o pessoal da delegacia tendo explicado pra ela que é nessa hora que a maioria dos assassinatos acontece - depois da primeira denúncia - ela, mesmo assim, quis voltar pra casa. disseram que ela podia ficar em abrigo com a filha e ela recusou. quis voltar pra casa pra esperar o marido que, há pouco, havia ameaçado ela na frente da filha com uma arma...

fiquei chocada cmo esse tipo de violência acontece tão perto da gente. é claro que a população negra sofre muito mais com o machismo, muito, muito mais. mas ele tá presente em todo lugar. o machismo não tem cor, não tem classe social. ele tá na rua, nas nossas casas, nas nossas camas. faz parte da nossa cultura. por isso temos que reagir sempre que podemos, porque, quando reagimos, passamos uma mensagem não só pros agressores, mas pra outras mulheres: vocês também podem e devem reagir! isso que vocês sofrem NÃO é "normal"!

Cri O. Lina disse...

o nome da festa já deveria ter sido um toque para moças precavidas estarem fora do ambiente.

Mariane disse...

Tinha dois homens com vocês e eles não fizeram nada? Eu no lugar de um deles deixava o sujeito sem mão e sem dentes!

Daniel Vieira disse...

@Mariane
por que você acha que todo homem tem que responder violência com mais violência?

Pili disse...

Não sou fã de martírios e acho que se sacrifício prestassee pra qualquer coisa o mundo hoje já seria um grande éden paradisíaco. Sou meio avessa à essa coisa cristã de sofrer em prol dos outros. Alias, se cristo é o grande ícone dessa cultura entao as pessoas deveriam justamente aprender a não repetir esse ritual sádico, ao invés de ficarem pra sempre aprisionadas nesse modelo. Enfim....

Quando a gente tem consciencia da opressao e disposição pra resolve-la primeiro a gente tem que
estar bem. E segura. Caso contrario a gente não ajuda nem ninguem, nem a si propria. Acuada, presa ou morta eu sei que nao vou conseguir transformar nada.

É isso que a gente vê na rede as vezes, quando as comunicadoras cansam da estrategia de hate mail e dao um tempo da internet pra reestabelecerem a calma em suas vidas. Aconteceu com a Laci green, com a propria Leticia dos cem homens, etc.
Eu adoraria dar a maior força pra que elas continuassem, e dou (dentro do limite que considero nao ser uma cobrança cruel), mas entendo que essa é uma decisao que cada uma faz por si. E respeito.

Enfim,
Se vc está disposta e acha que tem condição de confrontar machismo nos ambientes por onde anda, então lembre dicas simples:
Procure manter provas, um celular, um gravador, alguem cujo testemunho voce pode contar (ou seja, alguem que ja seja de sua confianca, porque estranhos podem nao ser solidarios) qualquer coisa. Digp a pessoa que vc esta gravando a conversa, iso alem de validar a prova numa lide judicial ainda fará com que a pessoa se controle mais e possivelmente voce lidara com menos violencia.
JAMAIS revide, revide apenas se a sua integridade realmente depender disso. A pessoa te xingou? Diga: nao aceito que vc me ofenda! A pessoa gritou? Diga: as pessoas ao redor estao vendo seu descontrole.
Pense sempre antes de agir! Antecipe o tipo de riscos que vc poderá correr e procure agir somente depois de se cercar das precaucoes que voce puder tomar.
E nunca duvide da estupidez humana. Ser pequena, estar machucada, nada é garantia de que a pessoa nao vai te atcar covardemente.
E principlamente,
Nao caia nessa armadilha de que a culpa é sua.

Anônimo disse...

Farei este comentário em anônimo por que minha identidade envolve sérias implicações.

Uma paciente, vítima de um marido abusivo (não chegou a ser espancada, mas todo o resto já aconteceu) está atualmente em uma situação horrível. Ela descobriu que o filho de 5 anos era levado pelo pai até a casa da amante (vizinha). A criança tem sérios problemas psicológicos, já houve suspeita de abuso sexual inclusive a agora se descobriu que ele presenciava as traições do pai. Desconfia-se que que a criança presenciava sexo, mas a situação pode ser ainda mais grave.
Os vizinhos poderiam ajudar nessa situação mas são omissos.
Encaminhei esta mãe ao CRAM e ao Conselho Tutelar.
Mas tem grande chance de este monstro jamais ser punido pelo que fez ao filho e à esposa (acreditam que além de tudo ele deixava faltar recursos à família e banca a amante?)
Me sinto impotente porque o máximo que posso fazer, além dos encaminhamentos necessários, é um laudo psicológico. Temo pela vida da paciente e me encontro impotente. Estou procurando montar em torno do caso uma rede de cuidado que possa evitar acontecimentos ainda mais trágicos, mas ainda assim, me sinto impotente.
Será que alguém pode me dar uma luz com relação a este caso. Existe algo que posso ser feito, efetivamente?

Anônimo disse...

Eu já trabalhei em portaria de casa noturna. Uma sugestão que posso fazer, é que a revista em mulheres geralmente é ineficiente, vocês podem facilmente entrar com objetos que sirvam para se defender.

Recomento carregar coisas que não sejam consideradas armas, mas que possam servir como tal, objetos pequenos e pontiagudos que sejam fáceis de sacar e usar de surpresa. Na hora de passar na portaria coloquem dentro da bolsa, depois passem para algum bolso ou outro lugar fácil de pegar em situação de emergência.

Mas pensem nisso como último recurso, para o caso de o sujeito já estar te agarrando mesmo. Mirem no pescoço, que é mais fácil de acertar e mais eficiente.

Só uma sugestão...

Koppe disse...

"Pili disse...
Não sou fã de martírios e acho que se sacrifício prestassee pra qualquer coisa o mundo hoje já seria um grande éden paradisíaco. Sou meio avessa à essa coisa cristã de sofrer em prol dos outros. Alias, se cristo é o grande ícone dessa cultura entao as pessoas deveriam justamente aprender a não repetir esse ritual sádico, ao invés de ficarem pra sempre aprisionadas nesse modelo.
"

Pois eu acho que essa mentalidade não só não é a solução como é algo que piora ainda mais a situação.

Se cada vítima de agressão fizesse o possível para revidar à altura, jamais aceitar, jamais se calar, jamais deixar por isso mesmo, o mundo seria um lugar perigoso para agressores e abusadores. Na forma como está, eles se sentem seguros para fazer o que fazem, e o mundo segue sendo um lugar perigoso para suas vítimas.

Certa vez vi aqui no blog um relato de uma mulher contando que foi estuprada e se defendeu dando uma garrafada no estuprador, mas ficou com mdo de dar uma segunda porque poderia matar. Teríamos menos estupradores no mundo se cada mulher, em vez de pensar assim, pensasse exatamente o contrário, e desse uma segunda, terceira, quarta, e quando a garrafa quebrasse, cravasse o gargalo pontiagudo no pescoço do agressor.

Não que eu ache que isso deva ser cobrado. Uma vítima de um crime não deve ter obrigações impostas a si (nem mesmo de levar adiante uma gravidez resultante da agressão, ouviram senhores anti-abortistas?), apenas devemos criar a mentalidade que a segurança, a integridade física e o bem estar da vítima têm valor e importância infinitos, enquanto a vida do criminoso... se sobrar tempo a gente se preocupa com isso. Nenhuma pessoa deveria se sentir culpada de matar para se defender. Essa culpa é falsa, é imposta desde a infância por lavagem cerebral, vinda da mesma fonte desse pensamento de "martírio, sacrifício, sofrer em prol dos outros" mencionado no comentário que citei.

Anônimo disse...

"Mariane disse...

"Tinha dois homens com vocês e eles não fizeram nada? Eu no lugar de um deles deixava o sujeito sem mão e sem dentes!"

Hoje as coisas não são tão fáceis assim não, valentona. Com a facilidade com que se consegue armas de fogo hoje em dia, o sujeito tem que pensar duas vezes antes de dar uma de justiceiro.

Anônimo disse...

è pra não haver risco disso homens e mulheres nao devem conviver em ambientes publicos ou particulares exceto se forem parentes ou conjuges...
Ei mas isso ja existe se chama Islã...

O preço da liberdade é o risco

Nih disse...

Anônimo disse...
è pra não haver risco disso homens e mulheres nao devem conviver em ambientes publicos ou particulares exceto se forem parentes ou conjuges...
Ei mas isso ja existe se chama Islã...

O preço da liberdade é o risco

22 de setembro de 2012 17:05

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As mulheres islamicas também são estupradas, aviltadas, espancadas e mortas.

Seu "argumento" não resiste a uma frase.

Cotidiano disse...

É fácil chamar de radical quem reage e corre atrás dos seus direitos.Só vai entender o que sentimos,qdo e se forem estuprados.Não tem jeito.
Mas acho q vc está certa.vai pra cima mesmo.

Rose disse...

anônimo disse...
"è pra não haver risco disso homens e mulheres nao devem conviver em ambientes publicos ou particulares exceto se forem parentes ou conjuges...
Ei mas isso ja existe se chama Islã...

O preço da liberdade é o risco"

22 DE SETEMBRO DE 2012 17:05

Sei que vc sabe, afinal ñ deve ser limitado a esse ponto, mas enfim,contornemos a sua má fé e vamos repetir: dentro de casa, no convívio familiar, da sagrada e tradicional família acontece mais de 70% dos casos de abusos contra mulheres.

Eu entendo a autora do post, eu to cansada de ver sempre as mesmas pesquisas com as estatística mostrando que o número de casos só aumenta. Cansada de ver as autoridades espantadas com isso. cansada de aprender e ensinar às minhas amigas como identificar um abuso e denunciar. cansada de, apesar de tudo isso, ver que pouca coisa efetivamente muda. Eu vejo os agressores soltos, as vítimas amendrotadas, revoltadas e cada vez mais presas nesse ciclo: agressão, denuncia e medo. Sinto muita raiva de ver queo outro lado da agressão, o AGRESSOR,dele pouco é exigido ou até mesmo orientado para não repetir. Tem homem que acredita que não é violento, a mulher é que faz ele "perder a cabeça".
Não sei, eu nunca vi uma campanha em que o centro do debate fosse direcionada a prevenção tendo o agressor como foco. Eu não tenho vivência pra isso, mas acredito que não adianta muito ensinar que temos direitos, que devemos sim denunciar e do outro lado, o agressor viver tranquilo, como se não tivesse feito nada de mais.

Elaine Cris disse...

Acho que a autora fez bem. Acho que seria mais arriscado se ela estivesse em um lugar afastado.
Me arrependo das vezes em que isso aconteceu comigo ou perto de mim e eu não falei nada. Mas geralmente, quando ocorre, é rápido, o covarde se aproveita de uma multidão ou da escuridão.
Quem sabe até você não está evitando que o próprio cara ou alguém próximo que escute, venha a fazer algo assim, porque tem cara que é criado mesmo com esse pensamento de que isso não é algo errado, que se a mulher se distraiu tem que tirar uma casquinha mesmo, que homem é assim mesmo, enfim.

Anônimo disse...

É fácil chamar de radical quem reage e corre atrás dos seus direitos.Só vai entender o que sentimos,qdo e se forem estuprados.Não tem jeito.
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não precisa ir muito longe....
como já foi dito aqui... esses mesmos lixos que assediam mulher sentem PAVOR COLOSSAL de serem assediados por homossexual nas ruas...
quando são... eles os espancam ...mas isso não é radicalismo deles? hahahah é minha cara....
quando o chicote muda de mão, a conversa é outra....

Sara disse...

Não tem" backlasch" pior do que esse das nossas autoridades policiais e judiciais, que ignoram o pedido de socorro ou se fazem de surdas as denuncias q recebem, de mulheres q sofrem todo tipo de violência.
Isso acaba intimidando a todas, e nos desanimando de procurar a justiça.

Anônimo disse...

Engracado...estou em Brasilia e ontem vi uma cena que tambem fiquei horrorizada! estava em uma festa e vi uma guria que abordava os caras beliscando o bumbum deles! estou solteira ha pouco tempo e nao sabia que as abordagens estavam tao desrespeitosas! tanto homens como mulheres! como queremos ter o direito de denunciar esse tipo de comportamento se estamos nos nivelando por baixo? fica o aviso! corrigir o erro nao 'e copia-lo!!!

Andrea disse...

eu me sinto impotente a td momento... ainda mais quando vejo q as pessoas parecem não enxergar o q acontece ao redor, ou enxergar e não se importar, não sei...

Carolina disse...

Lola, eu sou leitora assídua do seu blog, entendo a situação da cultura de estupro, a reconheço com tristeza em nossa sociedade. Concordo que tudo o que foi relatado nesse post é revoltante e causa mesmo uma sensação de impotência, eu mesma tenho minha história de horror, como você diz.

Mas vez ou outra percebo que existe um erro de interpretação a respeito da definição de estupro aqui no seu blog que acho necessário esclarecer para que as pessoas não apontem crime em tudo. Precisamos entender que existe um grande abismo entre uma conduta imoral, indecorosa, errada e uma conduta criminosa, aquela que é passível de pena.

Então peço que notem o artigo do Código Penal que já é conhecido de todas nós:

"Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos."

Notem que só configura CRIME quando o ato é realizado mediante violência ou grave ameaça. No caso da boate que a moça apresentou, isso não é crime, Lola. Você me entende?

Não deixa de ser abuso e revoltante, eu já passei por isso. Não quero defender ninguém. Mas não podemos achar que esse tipo de abuso levará alguém pra cadeia por 6 anos. Você entende que existe uma discrepância muito grande entre a ação e a pena? e o Direito tenta evitar isso, procura-se punir os crimes de maneira proporcional a gravidade.

Novamente repito que é abuso, que é imoral e merece reação da nossa parte SIM. Mas isso NÃO É CRIME, não configura estupro pela nossa legislação, percebam que existe os requisitos de VIOLÊNCIA ou GRAVE AMEAÇA, então peço a todos nós que continuemos em nossa luta pelo fim desses abusos,pelo fim dessa cultura que nos deixa impotentes, mas que entendamos que nem tudo que é errado é crime.

Se alguém quiser rebater, se achar que falei besteira, fico feliz em ouvir, mas por agora gostaria de deixar essa questão por aqui.

Bruno disse...

Alguns esclarecimentos: a conduta do rapaz não é estupro, tecnicamente falando, é uma contravenção penal (art.61, LCP).
Ademais, penso que a abordagem da autora do post foi muito agressiva. Ela n]ao tinha a certeza de que tinha sido aquele rapaz que perturbou a sua amiga e mesmo assim se viu no direito de fazer justiça com as próprias mãos e ir gritar impropérios chamando-o de estuprador.
Do mesmo modo que ele não tinha o direito de passar a mão na amiga dela, ela também não tinha o direito de sair gritando com quem quiser a hora que lhe aprouver só porque julga que está com a razão.

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=80JuBmps6Qk&feature=plcp já viu esse "senhor" falando sobre o feminismo? é tanto absurdo que não pode ser sério...

Julia disse...

Eu te apoio totalmente, A.S. Tem que reagir mesmo!
E que tipo de acordo dá pra fazer com um estuprador? To curiosa.

Unknown disse...

Concordo que não devemos nos calar também! Recentemente, fui à festa junina da politécnica da USP e fui assediada. Não que isso seja relevante, mas eu estava usando um vestido relativamente comprido, sapatilhas, com uma meia calça de lã bem grossa por baixo. Não estava "me insinuando", nem "pedindo nada", como machistas enchem a boca para falar. Estava atravessando a pista de dança, de mãos dadas com meu namorado -ele ía na frente abrindo caminho- quando de repente sinto uma passada de mão. Eu vi quem foi, um asiático que dava risadinhas para os amigos. Empurrei uma vez. Então o babaca passou a mão de novo em mim e eu o empurrei novamente. Na terceira vez que ele passou a mão em mim, não tive dúvidas: Joguei um copo de bebida inteirinha na cara dele - com esperanças de ter respingado em seus amigos. Meu namorado não viu nada, e preferi que fosse assim. Só pedi pra que ele acelerasse o passo e só quando estávamos fora de vista do asiático que contei pra ele o que tinha acontecido. Ele não gostou muito, mas entendeu. Pra falar a verdade, prefiro resolver por mim mesma esse tipo de problema, até por que se o cara resolvesse revidar, seria em mim e não nele. Enfim, o que me confortou mesmo foi a ideia que, talvez, depois disso, o cara não passasse a mão em mais nenhuma menina naquela noite. Bom, com certeza que ele pegou uma senhora gripe, tava bem frio aquele dia.

Unknown disse...

Só o início já me deixou com raiva e não quis ler tudo.
Como assim seu NAMORADO(E que teoricamente seria uma pessoa que te AMA ou ao menos gosta MUITO de ti) ao invés de te apoiar, ficar do teu lado, te puxa pelo braço como uma criança e ainda tem o descaramento de brigar contigo por tu "achar que tem direitos"?!!


Me perdoa se não li tudo. Se a coisa mudou ou algo do tipo. Mas NÂO tenho estômago para isso!

Jéssica disse...

@Pili

Por que tantas regras sobre como eu ou outras mulheres devemos cuidar das nossas vidas? Acha mesmo que eu acredito que você está preocupado com a gente? Cuide da sua vida ao invés de tentar controlar a dos outros.

Prefiro mil vezes correr o risco de morrer ou apanhar do que passar a vida sendo humilhada. Prefiro reagir e fazer o covarde sentir medo no meu lugar, e assim diminuir as chances de ele fazer isso com outra mulher. Essa escolha é minha.

Jéssica disse...

@Rose

Eu já vi duas propagandas que focavam no agressor... Pelo que eu me lembro a primeira ela era sueca e a catch-phrase era algo como "Homens devem usar sua força para proteger, não para bater em mulheres". A segunda era europeia, eu não lembro de qual país, e tinha cenas de mulheres aterrorizadas ou machucadas, e um homem agressor com uma auréola na cabeça, nela tinha alguma frase que justificava esse comportamento dele como "Ela pediu!"

Jéssica disse...

No link que passaram para a notícia sobre as universidade israelenses quererem aumentar as restrições para mulheres um homem postou um comentário do tipo "Essa é a cultura deles, não se pode impor que eles tratem homens e mulheres iguais se para eles não é assim. Isso é ocidentalização!" e este comentário é o que mais possui votos positivos...

Anônimo disse...

"Jéssica disse...

"No link que passaram para a notícia sobre as universidade israelenses quererem aumentar as restrições para mulheres um homem postou um comentário do tipo "Essa é a cultura deles, não se pode impor que eles tratem homens e mulheres iguais se para eles não é assim. Isso é ocidentalização!" e este comentário é o que mais possui votos positivos..."

E ainda tem gente que fica com medinho de falar mal do islã aqui no blog.

Mihaelo disse...

Na linha do que o anônimo das 16:16 disse, lembro do filme "Houve Uma Vez Dois Verões" no qual a personagem Carmem, interpretada pela cantora e atriz Júlia Barth, ameaça o rapaz de que se ele não se comportar no jantar na casa dele, ela usará o "spray" de pimenta.Esta é arma eficaz e fácil de portar numa bolsa.
E quanto ao amigo da autora do texto, ele é um machista enrustido que se passa por progressista.Afinal desfiles de modelos com lingerie é a coisa mais normal do mundo.Como uma empresa vai divulgar uma roupa se os modelos não a estiverem utilizando? Na terça passada eu assisti o espetáculo argentino "Fuerza Bruta" onde as atrizes nadavam em uma piscina de plástico transparente suspensa acima dos espectadores usando calcinha e sutiã e não ouvi nenhum comentário de baixo calão dos outros homens. É ridículo associar publicidade de lingerie à imoralidade como fizeram os pais dos alunos da professora e modelo italiana Michele Roth. Isso se trata de machismo simplesmente.Não faz nenhuma diferença se o machista é de esquerda ou se declara progressista, pois isto não anula a concepção de vida que ele tenha e que se manifesta no comportamento, que é o que vale para se confirmar se a pessoa é ou não progressista e não preconceituosa.
E que o machismo continua arraigado na sociedade podemos ter uma prova explícita disso pela Lei do Divórcio de 1977 que permitiu às mulheres o direito de não alterarem suas identidades ao casarem com a imposição de ter que adotar o sobrenome do marido. Apesar disso, até hoje pouquíssimas mulheres deixam de se submeter a essa imposição machista de caráter religioso e quase todas ainda são obrigadas a perder tempo e dinheiro para fazer a segunda via de todos os documentos ao casrem e quando se divorciam, novamente a via-crúcis de refazer todos os documentos e gastar mais dinheiro. Até mesmo religiões que falsamente se declaram progressistas em relação à questão feminina como o bahaismo, impõem essa obrigação às mulheres como pude perceber em uma moça polonesa dessa religião que ao casar aqui no nosso país, teve o segundo sobrenome alterado para o do marido. Assim caiu por terra o discurso que eles pregam em seus textos.É pura lorota!!!!

Anônimo disse...

O Islä quer restringir a entrada de mulheres, pelo fato que hoje elas são 60% nas universidades, e cada vez mais elas passam a frente dos homens no estudo, isso poë em risco o patriarcado. Não sei se um dia terei a oportunidade de ver esse povo mulçumano mudar a sua crueldade com as mulheres.

Anônimo disse...

Só vim avisar que não li, nem lerei !!!

lola aronovich disse...

Puxa, Anônimo das 11:43, sua mensagem é muito importante pra mim. Obrigada mesmo. Vc fará isso com todos os posts ou apenas com este? Agradeço a preocupação, mas economomize seus pontos de exclamação.


Pessoas, é o Irã, não Israel, que irá restringir a entrada de mulheres nas suas universidades. Uma notícia que li ontem dizia que essa medida parecia ser uma tentativa patriarcal de controle. Parecia ser?!

lola aronovich disse...

Eu escrevi economomize. Isso que ainda preciso escrever um post pra hoje e uma palestra de duas horas... O dia promete.

Sara disse...

Jessica eu NUNCA tive medinho de falar mal dessa religião esdruxula, acho e sempre achei que essa religião é uma mancha vergonhosa pra humanidade, e o que me deixa mais apavorada é o crescimento dela no mundo inteiro.
Tenho muito medo que um dia ela venha a tomar conta do mundo, e nesse dia o FEMINISMO nem mesmo uma lembrança será.
Vi um documentário na TV em que fizeram entre todos os paises de maioria islâmica um concurso para crianças que decoravam os textos do alcorão, pois bem chegaram a FINAL quatro estudantes e por incrível q possa parecer uma era MENINA, pelo pouco q deu pra saber , devia ser uma garota super dotada de inteligência, pois acreditem ou não, todos os meninos ganharam como prêmio estudarem nas melhores faculdades com tudo pago, ja para pobre da garota com tanto potencial, o próprio pai dela disse que ela não continuaria seus estudos e seria uma DONA DE CASA. Agora fico pensando em quantas garotas como essa são SUFOCADAS por esse lixo de religião????

lovely_vah disse...

Eu não quero entrar muito no mérito do Islã porque eu não tenho religião e critico todas, mas acho bastante problemática a visão de que os praticantes são terroristas, uns extremistas loucos. Fora que muitas mulheres que fazem parte da religião se sentem extremamente ofendidas quando nós, feministas, criticamos suas crenças. Ao mesmo tempo, não dá para fechar os olhos à ignorância propagada pela religião. Enfim, tenho uma opinião ainda dividida, em respeito as tantas mulheres do Islã que se irritam com nossas críticas.
Voltando ao assunto do post, eu entendo mais sua posição do que a do seu namorado, mas acabo entendendo as duas. Ele possivelmente ficou com medo de você ser agredida e até morta por aquele troglodita. No entanto, você fez o mesmo que, aliás, eu já fiz. Lembro no colégio um cara bem babaca que ficou passando a mão numa amiga minha várias vezes. Ela já estava ficando amedrontada. Eu fui falar com o cara, pedir que parasse, porque não era legal e a discussão ficou acalorada, e aí eu tomei um soco no nariz. Eu lembro de nem sentir dor, o sangue subiu e parti pra cima dando soco. Num momento, ele caiu e eu travei um estrangulamento, quase o fiz apagar. Não fiz judô e jiu jitsu por anos para apanhar de um babacão! Mas essa não é a realidade de todas as mulheres. Infelizmente, eu não vejo um futuro no qual seremos respeitadas. Já temos muito tempo de humanidade e NADA mudou. A verdade é que só dizimando a população mundial e começando tudo de novo para ter algum tipo de mudança.

Caos disse...

Koppe,

Essa da garrafada, sou eu.
O meu medo de matá-lo não era por pena, e sim por que achei que poderia encrencar pro MEU lado. Vai que eu não tenho como provar o que aconteceu e depois saio como assassina? Passou tanta porcaria na minha cabeça naquelas horas.

Pili disse...

Koppe,
Você diz que uma posição x nao deve ser cobrado. Otimo, combinamos.

Jessica,
Voce diz que essa escolha é sua. Otimo, combinamos.

No minha vida nao tem espaço para expresoes como cabelos faceis de puxar, roupas faceis de tirar, ambientes inadequados e outras dicas de segurança que só servem pra aumentar o slut shaming.
Eu divido as dicas que me importam com quem quiser ler porque sou a favor do compartilhamento de informacao, da articulacao, do estreitamento de laços... Sou contra o mito da rivalidade feminina. Nao entro em competicoes de quem é mais mulher, ou quem é mais feminista ou simplesmente quem é melhor.
Nao curtiu as dicas?
Outras pessoas talvez curtam.

eu não luto contra o machismo com a minha própria e anônima cara ensanguentada. Eu tenho medo de multidões e seus comportamentos de grupo porque se a maioria deles estã fechada contra voce, eles inventam o que quiser. Que você é que agrediu alguém, que você é que estava armada, o que seja. e contestar isso em juizo ja vai ser dificil, que dirá enquanto a situaçao aconttece. Brasil é um país que náo tem protecao alguma contra linchamentos... E linchamentos infelizmente acontecem em grande numero.
sempre que tenho a confiança de alguem pra dar um conselho eu digo. Se vc nao estiver bem, vc nao vai ajudar ninguem a ficar bem.

Agora sobre cultura cristã, sintam-se livres pra discordar.
Beijos e bom domingo.

Jéssica disse...

@Sara
"Jessica eu NUNCA tive medinho de falar mal dessa religião esdruxula"

Mas eu não te acusei disso, só citei o comentário na notícia õ_o

Jéssica disse...

@Carolina

Talvez a lei para esse caso não seria:
""Violação sexual mediante fraude" - Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima. Pena: reclusão de 2 a 6 anos"


"ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima"

Nih disse...

Bem, as religiões odeiam as mulheres, mas sem dúvida, o Islã atualmente é a religião que mais as odeia.
Mas há muitas mulheres islâmicas que com certeza discordariam da minha visão.
Convenhamos que ideias feministas são difíceis de ser engolidas mesmo por mulheres ocidentais. Não seria diferente com as islâmicas, muito pelo contrário.
O patriarcado seria impossível sem o apoio das mulheres nessa ilusão de que o machismo protege. Protege de quê, cara pálida?

Enfim, não sou simpática nem ao judaísmo, nem ao cristianismo e nem as islamismo. São religiões misóginas pelas quais a mim é impossível ter qualquer simpatia.

Mas no caso do Islã, por mais que eu tente "relativizar", sou islamofóbica mesmo e não consigo evitar. Só de ouvir à respeito me doem os ouvidos.

Nih disse...

Jéssica: geralmente esta lei não é aplicada a isso.
Inclusive a Lola relatou aqui um caso de estupro em que o estuprador foi indiciado por este crime. Aparentemente esta lei só serve para beneficiar estupradores.

Mas e se alguém me agarrar à força e me beijar? Isso é estupro ou sequer é crime? Não há como punir alguém que pratica este tipo de agressão? Não seria o caso de movimentação política em torno de leis mais rígidas para violações sexuais que não configurem estupro?

Aichego disse...

Sobre o Isla...
desculpa gernte, mas vcs estao misturando le com cre. Politica de paises com religiao... Eu nao tenho nenhuma mas tenho alguns amigos islamicos aqui no canada e sao pessoas muito bacanas. t

Sara disse...

desculpe Jessica quem acusou q temos medo de falar mal do islã foi o anon das 10.08hs , só q eu NÃO TENHO.
Só n falo coisas piores pq este blog não é meu e tenho muito respeito por ele.
Mas se for falar tudo q penso a respeito dessa religião , não seria publicado em lugar nenhum.

Nih disse...

Aichego disse...
Sobre o Isla...
desculpa gernte, mas vcs estao misturando le com cre. Politica de paises com religiao... Eu nao tenho nenhuma mas tenho alguns amigos islamicos aqui no canada e sao pessoas muito bacanas. t

____________________________

Entendo sua posição. Os islamicos não são terroristas e seria absurdo acusar tanta gente de ser terrível.
O que não exclui o fato de que as ditaduras teocráticas islamicas se apoiam no Corão para oprimir as mulheres de maneiras absurdas e nojentas.

Mutilações (genitais ou não), estupros coletivos, estupro marital, espancamentos, chibatadas, apedrejamentos e mais uma lista de coisas inimagináveis acontece por lá.
No Afeganistão, por causa daquelas jóias de pessoas que são os Talibãs, bombas são jogadas em escolas pelo simples fato de haverem meninas.

E tudo isso pode ser justificado pelo Corão.
E muito disto tem na Bíblia e na Torá também. Só que aparentemente, eles levam mais a sério seu "livro sagrado" do que os cristãos.
Nesse ponto estamos em vantagem...

Sara disse...

Se eu fizer uma caricatura ou piadinha com o BUDA ou com JESUS CRISTO, alguns rirão, outros podem se sentir ofendidos e protestar, mas nada alem disso, acho uma petulância sem tamanho dessa religião islâmica de promover ataques terroristas com varios mortos, como foi esse último na embaixada da Libia com a morte do embaixador americano, para se vingarem de filmes, livros ou caricaturas que alguem faça sobre esses M_ A desse maomé, eles tem feito o mundo refem de suas crenças, ninguem pode ousar critica-los, querem promover toda a selvageria de suas leis sem que ninguem no mundo proteste contra.

Anônimo disse...

Ai chego

RELIGIÃO MUÇULMANA: É o Islamismo,
criada por Maomé.
IMPÉRIO MUÇULMANO: O principal
objetivo era expandir a religião do
islamismo. Ficou conhecido também
como Guerra Santa, na qual os
muçulmanos tinham por objetivo invadir
outros povos para introduzir nelas a
religião islã. A expansão islâmica
sequenciou na ruralização na Europa, no
declínio da economia e o Mar
Mediterrâneo foi dominado pelos árabes!!
CONCLUSÃO: A politica dos árabes sofre
forte influencia do islamismo. A
propagação da religião do islamismo, foi o
principal motivo da expansão árabe na
Europa, ocupando as áreas territoriais de
outros para introduzir nelas a religião de
Alá, usando a força militar. E assim a
civilização árabe ficou unificada politica e
religiosamente.

Carolina disse...

Mordred:

Acho que o caminho não é criminalização desenfreada das condutas, quanto mais leis desse tipo, menos eficientes elas são. Veja só o racismo, é crime inafiançável e nem por isso conseguimos fazer esse problema sumir de nossas vidas. A punição criminal tem o caráter punitivo e educativo, mas deve-se entender que o Estado e suas penas são a última escala a que a gente deve recorrer. Antes disso vem toda a questão da cultura, da educação, da solução do problema no âmbito civil, pra só por último partirmos pro criminal. Isso é tendência do Direito como um todo.

Mesmo que esse tipo de conduta fosse de alguma forma abarcado pelo Direito Penal, ele nunca renderia uma prisão, no máximo uma multa. E seria plenamente a título educativo. Também amparado pela questão da proporcionalidade. O que pode ocorrer é a conduta ser enquadrada em alguma contravenção penal como aquela do art. 61 citada pelo Bruno alguns comentários acima ou entrar com ação de cunho civil pra pedir reparação moral.

Então é preciso levar em consideração a situação do sistema criminal desse país que vai de mal a pior, pra só muito depois pensarmos que criminalizar tais condutas vai resolver alguma coisa.

O problema está enraizado demais pra que a cadeia resolva esse tipo de conduta, infelizmente.




Anônimo disse...

Todos os terroristas são islâmicos, mas nem todo o islâmico é terrorista.

Anônimo disse...

Todos os terroristas são islâmicos, mas nem todo o islâmico é terrorista.

Sara disse...

anon 21.10, nem todos os grupos terroristas são islamicos, aqui na America Latina, temos a nossa cota
na Farc, Tupac Amaru, Sendero Luminoso entre outros, na Europa tem o Eta, grupo separatista basco, o Ira e muitos outros.

Aichego disse...

Acho feio que num blog cheio de comentaristas "ilumindad@s" a gente faca propaganda contra uma religiao. A igreja catolica matou muito. MUITO! os judeus de israel nao sao nenhuns mocinhos (nao me acusem de anti-semita, sou judia), os evangelicos estao por aih tolindo sonhos e roubando dinheiro. Mas sao todos assim? Nao nao sao. E as religioes evoluem etc. Alias sempre que pensamos em islamismo pensamos no ira, no afeganistao, mas tem a albania, tem toda uma parte europeia tem gente no mundo todo que segue essa religiao que pode sim, servir como um caminho de iluminacao. Eu sou ateia, gracas a deus, mas nao julgo ninguem baseado na sua religiao. A conversao da minha mae me ensinou isso. Odio nao leva a nada. O odio desses muitos (sim sao muitos) grupos extremistas nao pode nos tornar a nos extremistas tb. Porque isso nao ajuda ninguem.

Helen disse...

Anônimo do dia 22, 15:35.

Olha, infelizmente eu não consigo pensar em nada para te ajudar, qualquer ideia que sirva para a sua situação.

Eu SINTO MUITO por essa criança e por sua mãe, me enoja viver num mundo desses. Por favor, tente ajudá-los se puder, de verdade.

Todos os dias eu penso que se essa baboseira de fim do mundo fosse verdade, já tinha passado da hora, viu. ACABA LOGO! :(

Julia disse...

Mihaelo, essa imposição de adotar o sobrenome é do catolicismo? Como funciona isso? É um tema que me interessa muito, pois eu acho isso um total absurdo, mudar o nome depois que se casa. E vc falou das mulheres depois que se divorciam desfazerem o procedimento. Só uma minoria que faz isso, não? Já ouvi um caso de um marido que mudou o sobrenome para o da esposa também, mas continuo achando isso totalmente inútil.

E eu acho meio injusto meter o pau no Islamismo sendo que (quase) todas as religiões são a mesma porcaria (não tenho certeza se Umbanda e o Camdomblé são sexistas e machistas assim).

Lembro que uma entrevista que vi no youtube de uma mulher muçulmana super articulada defendendo o uso de um daqueles panos que cobrem a mulher. E ela dizia que as mulheres ocidentais é que eram oprimidas por terem sempre que estar arrumadas e bonitas e o quanto nós nos preocupamos com plásticas e afins, e que as mulheres islâmicas além de estarem protegidas dos olhares e comentários incovenientes dos homens podiam sair de casa como quisessem pois ninguém iria vê-las por debaixo daquele pano. E eu cheguei a conclusão de que nós mulheres estamos num beco sem saída mesmo.

Anônimo disse...

è pra não haver risco disso homens e mulheres nao devem conviver em ambientes publicos ou particulares exceto se forem parentes ou conjuges...
Ei mas isso ja existe se chama Islã...

O preço da liberdade é o risco
___________
????????
achar que mulher não é estuprada porque usa
burca , é muita vontade de ser imbecil....
até elas sofrem abusos... não diga bobagens...

Anônimo disse...

E ela dizia que as mulheres ocidentais é que eram oprimidas por terem sempre que estar arrumadas e bonitas e o quanto nós nos preocupamos com plásticas e afins, e que as mulheres islâmicas além de estarem protegidas dos olhares e comentários incovenientes dos homens podiam sair de casa como quisessem pois ninguém iria vê-las por debaixo daquele pano.
________________

Completamente deslocada da realidade essa muçulmana....

sim, existem pressão para fazer plastica e etc.... mas mesmo assim...
uma mulher fora dos padrões não vai apanhar na rua por causa disso...
agora experimenta uma muçulmana tirar o veu na rua.... matam ela na porrada....
completamente louca essa mulher...

Anônimo disse...

Aichego

Há vários grupos terroristas pelo mundo , além de islamistas extremistas. Mas de todas as religiões, o islamismo é o que pratica mais terrorismo com as mulheres. Já leu o Alcorão?

Sara disse...

eu prefiro um milhão de vezes ter o direito de me cobrir ou de me despir.
E preferia a morte se tivesse q viver numa ditadura religiosa onde meu corpo fosse considerado demoniaco e por isso tivesse q ser escondido de todos, perder a liberdade dos meus movimentos e visão enfiada numa vestimenta idealizada para que eu parecesse invisivel.
Preferia a morte mil vezes.

Nih disse...

Convenhamos: se roupas protegessem as mulheres, as índias seriam estupradas 24 horas por dia e as muçulmanas seriam intocáveis. Sabemos que o contrário está bem mais próximo da realidade.

Mirella disse...

Para cada um que lhe chamar de radical, devolva chamando de "omisso".
Funciona, é sério.

Anônimo disse...

Sabe do que eu estou cansada? Desse monte de mulher que parece não ter a mínima visão de história. O que o feminismo fez em cem anos não está no script - é historicamente talvez a maior revolução comportamental por que já passamos. Até há pouco tempo não podíamos votar, não podíamos ter propriedade, não podíamos trabalhar fora, não podíamos sair de casa à noite, não podíamos transar antes do casamento... Por favor, né, gente, não é de uma hora pra outra que se eliminam milênios de discriminação e opressão sexista. É isso aí, mesmo: os homens estão perdendo seu poder para a LEI, para a cultura, para a construção de um mundo melhor para as mulheres - muito deles vão reagir, muitos toscos não vão entender (e muitas mulheres serão coniventes). Cabe a nós continuar a esclarecer, punir, reagir, educar e não deixar que nos tomem o espaço que conquistamos. Precisamos de mulheres e homens conscientes nos espaços de poder: desde a sala de aula até o congresso - gente comprometida com as causas da mulheres, gente comprometidas por fazer um mundo mais justo e seguro.

Julia disse...

E essa mulher falava como se se cobrir interia na rua fosse a solução dos nossos problemas. Tentei achar essa entrevista mas foi deletada.
Mas olhem esse outro vídeo de uma mulher árabe falando à tv Al-Jazeerah. Tem legenda em português.

Título: MULHER CORAJOSA
http://www.youtube.com/watch?v=XQmXlyBa9xo

Nih disse...

Carolina disse...
Mordred:

Acho que o caminho não é criminalização desenfreada das condutas, quanto mais leis desse tipo, menos eficientes elas são.
_____________________________
Então, realmente não é crime uma pessoa praticar assédio comigo. Se um cara me puxar pelo braço e me forçar um beijo eu não posso denunciá-lo como agressor? Uma passada de mão, um beijo, um xingamento, etc. não são condutas passíveis de responsabilização jurídica? Nem que seja uma reparação em forma de multa?


"Veja só o racismo, é crime inafiançável e nem por isso conseguimos fazer esse problema sumir de nossas vidas."
_____________________________
O racismo é crime inafiançável, o que não quer dizer que o racismo tenha acabado, ok.
Mas prefiro viver um em mundo onde racismo é um crime inafiançável e por este motivo, as pessoas pensam duas vezes antes de chamar um negro de macaco. Pelo menos este tipo de constrangimento eles são são mais obrigados a serem submetidos. Então a criminalização ajudou sim, e muito!
__________________________________
A punição criminal tem o caráter punitivo e educativo, mas deve-se entender que o Estado e suas penas são a última escala a que a gente deve recorrer.
_______________________________

Então o que você sugere que deve ser feito em relação aos agressores? Tipo, porra nenhuma, como já tem sido desde sempre?
_________________________

"Antes disso vem toda a questão da cultura, da educação, da solução do problema no âmbito civil, pra só por último partirmos pro criminal. Isso é tendência do Direito como um todo."
_____________________________

Não dá pra pensar assim quando a dignidade humana está em jogo. Homens agridem mulheres desta forma simplesmente porque podem, porque a sociedade permite. Avançar a legislação nesse quesito seria um sinal claro a este neandertais de que eles não podem mais ter certeza de que ficarão impunes. Mesmo que seja "apenas" uma multa, é importante que exista algum tipo de sanção sim.
________________________________

"Então é preciso levar em consideração a situação do sistema criminal desse país que vai de mal a pior, pra só muito depois pensarmos que criminalizar tais condutas vai resolver alguma coisa."
____________________________

Não resolve. E você está ouvindo isso de uma pessoa que se assume como anarquista e abolicionista.
Infelizmente, estamos em um nível de "civilização" que as pessoas precisam ser protegidas da própria estupidez. Uma lástima isso, e para mim é especialmente lastimável ter que defender a existência de alguma lei que determine que as pessoas parem de agir selvagemente. Eu sei que muito crimes muito mais graves são impunes (homicídio, estupro e violência doméstica), apesar de haverem leis, mas por enquanto elas ainda são necessárias. È horrível pensar que precisamos de leis para coisas que deveriam ser óbvias, mas é isso: precisamos para ontem!

resumindo: criminalizar não resolve mas diminui nossa impotência diante disto.

Anônimo disse...

Convenhamos: se roupas protegessem as mulheres, as índias seriam estupradas 24 horas por dia e as muçulmanas seriam intocáveis. Sabemos que o contrário está bem mais próximo da realidade.
++++++++++++++++++++++

[2]

essa foi pra fechar o tópico

Carolina Guedes disse...

Mordred:

Te entendo e concordo que as penas também tem seu caráter educativo. O que eu quis rebater no meu último comentário foi muito mais a questão da exacerbação que as vezes sinto quando se trata de punir esse tipo específico de abuso que você citou, como foi o caso descrito no post. Eu sinto que as vezes quem comenta pensa que vai levar alguém que lhe passa a mão pra cadeia (passou em mim = estuprador = 6 anos de cadeia), mas isso não é verdade, dificilmente um dia será. Sinto na verdade que é mais desinformação mesmo.

Eu não me oponho a existência da multa, indenização, até mesmo de que a pessoa preste serviço assistencial como caráter reparador e educativo.

Quanto a sua primeira pergunta, se a conduta que você apontou seria crime ou não, possivelmente seria o caso de Violação Sexual Mediante Fraude que a Jéssica apontou e eu só vi agora, mas alerto que o Direito tem desses buracos interpretativos, que seria exatamente a definição do que é esse "ato libidinoso", esse "meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vítima". O que nos deixa a mercê do policial que registra o BO, do Juíz... e enfim costuma nos deixar bastante impotentes. E é aí que a cultura faz toda a diferença, se a sociedade como um todo reconhece a atitude como errada, o policial não vai achar frescura nossa, o Juíz não vai achar frescura nossa e assim por diante... e a lei ganha real força e efetividade.







Sara disse...

(Ju) muitissimo obrigada por postar esse video, sinceramente obrigada, até chorei escutando as palavras que a senhora do video proferiu, gostaria muito de acreditar que ela esteja viva ainda, mas creio que ela ja deva estar morta debaixo de quilos e quilos de pedras atiradas por seus compatriotas.
Acho tambem que é apenas pedras que o islã tem a oferecer a uma mulher que ouse PENSAR.
Mas ela resumiu exatamente , absolutamente TUDO o que eu penso sobre o islã, e acredito que com MUITO MAIS conhecimento de causa do que eu.
Adicionei o video nos meus favoritos, se esta mulher não estiver mais viva, quero salvar as palavras q ela deixou.

Julia disse...

De nada, Sara. Essa entrevista é muito forte mesmo. Também me emocionei muito quando a assisti a primeira vez. Essa mulher corajosa se chama Wafa Sultan, ela é psiquiatra e nasceu na Síria mas mora nos Estados Unidos. Segundo o wikipedia ela está viva, sim.

Mihaelo disse...

Ju:
A imposição obrigatória que existia até 1977 de a mulher ter que trocar seu segundo sobrenome pelo do marido é de origem patriarcal, mas como todas as religiões são patriarcais, elas referendam esta imposição e ignoram a Lei do Divórcio. Como a maioria da humanidade é religiosa, a maioria das mulheres continuam aceitando esta imposição que no Brasil não existe mais desde 1977. O machismo é tão violento que alguns proprietários de cartório(outra aberração estúpida do Brasil:cartórios privatizados. No Uruguai e na França o casamento e o registro civil são realizados nas prefeituras)dizem à mulher que ela terá prejuízos se não adotar o sobrenome do marido. Está aí a prova de que o machismo não desaparece com leis. É exatamente por isto que pouquíssimas mulheres mantêm o seu sobrenome, somente aquelas que são feministas, anarquistas ou ateistas e que portanto são a minoria da sociedade.

Quanto a apresentadora da TV egípcia, vê-se que ela não assistiu o filme de seu próprio país, o Cairo 678, caso contrário não diria tamanha estapafúrdia. No islã, a maioria das mulheres aceitam o machismo passivamente. Na praia, quando há uma muçulmana aqui no Brasil, ela chama muito mais a atenção do que as demais mulheres que estão de biquíni. Eu vi uma em Laguna no Carnaval de 2005. É impossível deixar de ficar observando tamanha aberração, uma mulher coberta da cabeça aois pés numa praia em pleno verão!

Sara disse...

Pesquisei sobre ela JU, por sorte ela esta viva, mas é bem obvio q deve ter se tornado mais um ALVO, a ser eliminado pelos fieis seguidores dessa tragica religião.
De qualquer forma te agradeço novamente foi um dos discursos mais veementes, verdadeiros e lucidos que eu tive a oportunidade de escutar, e não sei se é estupidez da minha parte mas me senti orgulhosa de que tenha sido JUSTAMENTE uma mulher que o proferiu.

Koppe disse...

Anônimo 25 de setembro de 2012 02:05, acho que tu não entendeu bem a situação. Se quando tu chegou no ponto o ônibus já tinha passado, perdeu. Não adianta chorar, gritar, recamar ou xingar muito no Twitter.

Se fosse o caso de tu estar na parada e fazer sinal e ele não parar, aí sim é coisa grave. Pode anotar o número ou a placa do ônibus, o horário e reclamar com a empresa, se for uma empresa decente o motorista vai ser punido. Recomendo usar o serviço telefônico, já ouvi boatos de que reclamações via internet não são levadas tão a sério quanto as reclamações via telefone.

Mas, se o ônibus já saiu da parada, aí ele pode ser punido se parar. É proibido parar fora do ponto. Se ele parou para a mulher, se arriscou a levar uma punição igual ou até mais grave.

Eu pego quatro ônibus por dia, dois de manhã pra ir pro trabalho e dois de noite pra voltar, e muitas vezes converso com cobradores e motoristas. As regras costumam ser bem claras quanto a parar fora do ponto ou não parar no ponto, e a maioria dos motoristas tem alguma história pra contar sobre punições do tipo.

E sim, isso é coisa do machismo, ficar fazendo favores especiais a mulheres com segundas intenções. Se não fosse pelo machismo o motorista não se sentiria na obrigação de demonstrar interesse na mulher, abrindo a porta pra ela fora do ponto. Uma atitude não é automaticamente feminista por beneficiar uma mulher.

Julia disse...

Também fiquei orgulhosa, Sara. Mas pra um homem mulçumano proferir um discurso desses ia precisar de muita iluminação, além de coragem.

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Mihaelo, MUITO obrigada pelos esclarecimentos. Eu me interesso muito por essa coisa de nome. Outra coisa que descobri sobre a França (país mulçumano e oriental nem me choca muito mais, mas quando se descobre coisas assim na FRANÇA, dá uma desanimada) é que não se adota o sobrenome da mãe no filhx. A mãe gera, pari e não pode colocar seu nome no filhx. Quer dizer, não podia, agora pode, desde 2002. Mas muitas ainda não colocam.
Dá pra se irritar bastante lendo esse relato aqui http://www.13anosdepois.com/2011/01/mae-da-vida-o-pai-da-o-sobrenome.html

Anônimo disse...

O mais importante dos blogs feministas, para mim, é que eles conscientizam mulheres. De que elas não devem se sentir culpadas, e isso é TUDO. O conforto emocional q essas mulheres recebem é importantíssimo. E cria uma rede de mulheres solidárias umas às outras q não vai fazer a vítima se sentir ainda pior com estava pedindo, também com aquela sainha, etc

Mihaelo disse...

Ju:

Eu percebi que na maioria dos países só existe um sobrenome que é o do homem(o pai). Esse costume de ter dois sobrenomes parece ser específico dos países ibéricos.Nos de língua espanhola a ordem é inversa a nossa:primeiro o sobrenome do pai e o segundo é o da mãe.
Apesar de a lei agora permitir que o homem possa acrescentar o sobrenome da esposa, eu desconheço homem que tenha feito isto.Já para as mulheres isso é algo "natural". Percebe-se que o machismo é algo natural não apenas para os homens, para a maioria das mulheres também.

Mirella disse...

Mihaelo,


eu conheço um! hehe
o marido de uma amiga adotou o sobrenome dela. segundo ele, pelo fato de o nome dele ser muito curto (ele possui um só sobrenome e minha amiga 2). Minha amiga tem ambos os sobrenomes, de pai e mãe, e o que ele adotou foi o do pai. Ficou aqui a dúvida agora: será que ele poderia adotar o sobrenome materno dela ou será que somente o nome do pai é "adotável"? Vou ter com ela.

Daniel Vieira disse...

OFF TOPIC de novo:
Oktoberfest em munique acabou de começar, e já rolaram dois estupros.
http://www.thelocal.de/national/20120926-45191.html

A. disse...

Tá certinha.
Esse tipo de coisa acontece muito em transporte público. E se você faz escnadalo, briga, quem é expulsa do ônibus é você.

Dá angústia essas coisas. Dá medo. Vontade de desistir quando parece que ninguém, além de nós, se importa.

Quanto ao namorado, é difícil dizer alguma coisa. É a reação de alguém que gosta da garota com medo que algo aconteça com ela. :/
É óbvio que é meio imbecil, mas é difícil dosar essas coisas.

Sabe aquilo quando você tem um filho, ele é quase atropelado, e depois que tudo passou você briga com ele? É medo que algo aconteça só. É... complicado. A pessoa se arrepende depois que passou, mas ali, na hora, fica com medo. Medo da impotência, casa o cara dê uma de maluco, em proteger alguém que ama.

Carolina Guedes disse...

por falar em impotência, olha essa merda toda: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/24728/uma+em+cada+tres+oficiais+foi+estuprada+no+exercito+dos+eua.shtml

nossa dá muito ódio. eu q não estou no lugar delas já me sinto revoltada ao extremo.