segunda-feira, 3 de setembro de 2012

MONOGAMIA RIMA COM MONOTONIA

Bruna me enviou este email:
"Olá, Lola. Leio muito seu blog e posso dizer que fico admirada com tanta coragem e sangue frio. Mesmo quando trolls e haters claramente tentam te humilhar, vc consegue contornar a situação, parabéns mesmo. Acho que não teria o mesmo sangue frio, poucos teriam, creio. Sou muitíssimo sua fã, daquelas que quase sentem que te conhecem pessoalmente.
Desculpe pela tietagem! Estou escrevendo mesmo pois gostaria que, se houver tempo, qualquer hora você escrevesse algo sobre monogamia. Não sei, mas este é um assunto que me pega muito, tanto que vivo terminando relacionamentos por não conseguir manter-me feliz na monogamia por muito tempo e, atualmente estou tentando abrir um relacionamento de 4 anos. Aparentemente estou conseguindo (bom pra mim, não?). Enfim... estou bem resolvida com isso, mas como vc abre brecha e às vezes fala um pouquinho de seu marido e tal, além de ter opiniões muito boas, gostaria de saber o que você teria a dizer sobre este tema."

Minha resposta: Eu e o maridão completamos 22 anos juntos em agosto, e, até agora, a gente é feliz com a monogamia. Tem dado certo, até porque, na nossa vida pessoal, somos bastante conservadores, no sentido de não gostar muito de mudanças. Mas antes de conhecê-lo meu relacionamento mais longo não tinha durado nem dois meses, e eu jamais imaginaria que iria ficar com o mesmo cara (e só com ele) durante tanto tempo. Pô, eu nem pensava em casar!
Convenhamos: o modelo monogâmico de casamento geralmente fracassa. Mais da metade dos casamentos termina em divórcio (o que não quer dizer necessariamente que deram errado -- talvez tenha sido bom enquanto durou), e em 80% dos casos, quem pede a separação é a mulher. E aquela metade dos casamentos que vai até o fim da vida, que não acaba em divórcio, inúmeras vezes está longe de ser feliz. Quase sempre há uma grande dose de infidelidade, de ambas as partes, e muito tédio. E é pouco realista exigir que uma pessoa só se apaixone e sinta tesão por uma única pessoa pro resto da vida. O desejo pelo parceiro diminui (é inevitável), e, não raro, desaparece. Monogamia rima com monotonia.
E, no entanto, apesar de todas essas desvantagens, a maior parte das pessoas sonha em casar, em ser fiel, em ter filhos e envelhecer juntinhos. Acho que existe um grande desejo pra isso, independente do gênero e da orientação sexual. Temos nossos ideais românticos. E também não podemos esquecer que casamento não é apenas algo romântico entre duas almas gêmeas (ô terminho brega). É também um contrato financeiro. Duas pessoas vivendo juntas sob o mesmo teto, ambas trabalhando e recebendo seu salário (o que chamamos de dinks -- double income, no kids, ou dupla renda, sem filhos), geralmente vão gastar menos e guardar mais dinheiro do que se essas duas pessoas vivessem em casas separadas. Pelo menos até os filhos chegarem. Aí é uma cachoeira de dinheiro que se esvai (por uma boa causa, aceito).
Acabei de ler o monumental A Cama na Varanda, da psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins. Gostei tanto que recomendo também, ainda sem ler, os dois volumes que recebi do recém-lançado O Livro do Amor, dela também. Lins não é uma grande entusiasta da monogamia, pra dizer o mínimo. Se eu ainda vejo pontos positivos neste modelo de casamento, bom, ela não parece ver nenhum. E eu acho ótimo uma leitura mais radical dessas pra arejar "nossas ideias a respeito de amor e sexo" (que é o subtítulo de Cama). 
Lins conta que a existência deste modelo tradicional de casamento confunde-se com a instauração do patriarcado, que tem cerca de cinco mil anos. A gente apaga a história, convenientemente esquece todos os 25 mil anos que vieram antes, e passa a ver esta versão de convivência como a única forma possível e aceitável. Mas nossa pré-história não foi como juram as anedotas: que vinha um brucutu, batia na cabeça da escolhida com um tacape, e a arrastava pelos cabelos até sua caverna, onde se acasalariam para sempre. Esta é a versão patriarcal da história. Este mito, inclusive, surgiu no século 19. 
Na realidade, mulheres e homens dependiam uns dos outros para sobreviver num ambiente desfavorável. Viviam em comunidades, onde ninguém era de ninguém. O conceito de casal não existia, e homens, mulheres e crianças faziam parte de um grupo, sem pertencer exclusivamente a uma pessoa. Ninguém sabia que o homem tinha participação na concepção de um bebê. Acreditava-se que a mulher gerava vida sozinha, mas nem por isso ela era vista como superior ao homem, se bem que as estátuas de deuses eram todas femininas. Como diz Lins:
"A nossa história [a do patriarcado] se define e foi sustentada por dois aspectos fundamentais: a divisão sexual das tarefas e o controle da fecundidade da mulher. Trata-se de uma estrutura social nascida do poder do pai, com um rígido controle da sexualidade feminina. A ideologia patriarcal colocou em oposição homens e mulheres [sexo oposto, lembra?]. Ao contrário do que se pensa, essa divisão permitiu a dominação e, dessa forma, a submissão de ambos os sexos, não só das mulheres. A elas coube o status de 'inferiores' e aos homens o de 'superiores'. Eles pagam um alto preço para manter a adequação social imposta: não podem falhar. Homens e mulheres, por milhares de anos, abriram mão de sua autonomia e liberdade, visto que esse sistema e a liberdade pessoal são antagônicos" (2000, pg. 13). 
Logo, nosso atual sistema de casamento monogâmico é uma invenção patriarcal para controlar a sexualidade feminina e garantir que o herdeiro (que é o que importa) seja mesmo filho do patriarca. Claro que hoje em dia, em que casamentos arranjados entre famílias praticamente deixaram de existir na sociedade ocidental, pouca gente casa conscientemente pensando nisso. E claro que o casamento poligâmico também é uma invenção patriarcal, porque ninguém está imaginando uma mulher ter vários maridos, e sim um marido, o patriarca, o dono do poder econômico, que lhe permite comprar mulheres, ter para si um harém, em que possa impregnar todas suas esposas. Maior controle da fecundidade feminina, impossível. 
Lins fala do momento em que, com a domesticação dos animais, que coincide com o início da propriedade privada, as pessoas puderam notar a conexão entre sexo e concepção, e constatar a participação do macho. Aí tudo mudou: "A procriação exige que os dois sexos participem. Surge a noção do casal. O filho não está mais ligado exclusivamente à mãe. O homem pode agora dizer, orgulhoso: 'meu filho' e deixar sua herança para ele. Mas para que isso seja realmente possível, a mulher só pode fazer sexo com ele. Instala-se, então, o controle da fecundidade da mulher. Estando calcada num fato biológico, a procriação, esse controle é constituído como universal e eterno. A liberdade sexual da mulher, característica de épocas anteriores, sofre sérias restrições. Com o homem é diferente. Da mesma foram que o carneiro emprenha cinquenta ovelhas, ele também pode ter um harém, se desejar. Para garantir a fidelidade da mulher e, por conseguinte, a paternidade dos filhos, ela passa a ser propriedade do homem. Puni-la severamente ou mesmo matá-la é considerado simplesmente o exercício de um direito" (2000, pg. 25-6). 
Lins começa a terceira parte de seu livro com uma citação do poeta Percy Shelley (marido de Mary, autora de Frankenstein): "Nenhum sistema de associação elaboradamente hostil à felicidade humana sobrepujará o casamento". A ideia de que nos casamos por amor é uma criação recente. Mas as expectativas que criamos para o casamento mudaram, e hoje são bem inatingíveis. Companheirismo a dois que exclua todos os amigos, porque só o casal se basta? Sexo e tesão pra vida toda, com uma só pessoa? O amor que conquista tudo? Erotismo que sobrevive à rotina do dia a dia? Olha, vai ser preciso bem mais que uma lingerie sexy pra manter acesa a chama da paixão.
Se Lins é perfeita em diagnosticar os fracassos desta instituição social conhecida como casamento monogâmico, ela não é tão bacana em oferecer alternativas. Ela mal menciona o poliamorismo, que pode ser uma opção. Mas concordo totalmente com sua indagação: "por que o ciúme é aceito como fazendo parte do amor? Por que se defende a sua presença numa relação amorosa, mesmo sabendo que o preço pago é tão alto?" (pg. 162). Pois é, este ciúme, que vemos como algo tão natural e até necessário, é um entrave às experimentações. 
Diz Lins, parafraseando Wilhelm Reich: "Quando num casamento não há dependência econômica ou emocional, quando as duas pessoas se sentem livres e têm consciência de que a relação só vai existir enquanto for satisfatória do ponto de vista sexual e afetivo, um episódio extraconjugal pode ocasionar dois resultados: é apenas passageiro e não rivaliza com a relação estável, que sai até reforçada -- a pessoa não se sente coagida à obrigatoriedade de ter um único parceiro -- ou a nova relação se torna mais intensa e mais prazerosa que a anterior e rompe-se então com a antiga" (pg. 169).
Pois então. E antes que venham falar "Não disse? Não disse que as feministas querem acabar com o casamento?", queria lembrar que quem promove o marriage strike, a greve do casamento, são os masculinistas, não as feministas. Óbvio que, só pra variar, eles são contra o casamento pelos motivos errados: acham que as mulheres mudaram tanto, ficaram tão vadias, que nenhuma merece ser "premiada" (não riam, meninas!) com um compromisso sério de um homem honrado. Desnecessário dizer que somos totalmente a favor que mascus e demais machistas não se casem e muito menos reproduzam, né? Façam este favor à humanidade!
Outros conservadores, ao ler este texto, virão com papinho de "O feminismo quer acabar com a família tradicional! Corram para as colinas!" Ô psit, lamento informar, mas a família tradicional (pai, mãe, filhos) já não é mais maioria no Brasil. Hoje ela corresponde a 49,9%, segundo o Censo do IBGE de 2010. E a civilização não ruiu, obrigada. Tá tudo bem. Talvez até fiquemos melhor.

174 comentários:

Anônimo disse...

viva a putaria, vão começar a defender o que agora ? sexo na presença de crianças ? afinal sexo e algo tão normal não ?

Anônimo disse...

Pq a monogamia é monotonia? Se manter fiel uns aos outros é monotonia? O que vcs defendem é q as pessoas sejam usadas umas pelas outras por um tempo e depois descartadas? Bom, "moderno" é objetificação total dos seres humanos. É isso? Depois vem as feministas reclamar de "objetificação".

aiaiai disse...

Monogamia não rima com escravidão mas é quase isso, né?

É claro que existem casais monogâmicos e felizes e pra sempre. Mas é raro. Eu mesma já me vi na situação de monogamia feliz pacas, mas não pra sempre. Foram várias vezes. O que eu acho bacana também. Ou mais adequado à minha forma de ser. Amo uma pessoa de cada vez, intensamente!

O que eu gostaria de ver acontecer ainda nesse começo de século é uma abertura para outros tipos de relação. E o ciúme, na minha opinião, é o que mais impede essa abertura.

Aliás, ciúme é uma desgraça. Detesto, já sofri muito por causa de gente que sentia ciúme de mim. Pra mim é uma coisa inexplicável.

Se a pessoa sente ciúme, deveria terminar o relacionamento e pronto.

Elaine Cris disse...

Adoro a Regina Navarro Lins. É uma mulher corajosa, que não tem medo de dar a cara a tapa e diz coisas bárbaras, que muita gente parece se incomodar de ouvir.
Creio até que a Regina incomode mais aos homens que às mulheres, já que com a nossa criação machista, muitos gostam da ideia de que tédio em relacionamentos longos, sentir tesão por outras pessoas, é algo que pode ocorrer somente com homens, quando sabemos que também ocorre com mulheres.
Pessoalmente não tenho problemas com a monogamia, não acredito muito é em relacionamentos a longo prazo mesmo. Dos casamentos de longo prazo que acompanho mais ou menos de perto, pouquíssimos são aqueles em que as pessoas parecem satisfeitas.
Acho que não conseguiria viver bem em um relacionamento aberto, prefiro relacionamentos monogâmicos de médio prazo, rs, sei lá, mas aí já é uma visão pessoal minha.

Unknown disse...

Ignorando o comentário acima, achei ótimo texto, já tinha lido algo relacionado a isso em um trabalho universitário. Muitos fatos interessantes que os defensores da sociedade patriarcal não querem enxergar.

Anônimo disse...

Gosto mto das reflexões da Regina. Ler "a cama na varanda" me tornou outra pessoa, sem dúvida. Me fez entender e refletir mta coisa... Mas eu ainda tenho vontade de encontrar uma pessoa bacana e me estabelecer em um relacionamento monogamico - que seja bom enquanto dure. Não sonho com véu e grinalda e não sei se quero filhos (tá mais pra não que pra sim). Me considero feminista e não fico dizendo que quero q os casamentos acabem. Acho que cada um tem q decidir o que é melhor pra si, sempre com respeito.

Anônimo disse...

Mais do mesmo:

http://sul21.com.br/jornal/2012/02/a-sociedade-caminha-para-relacoes-amorosas-multiplas-diz-psicanalista/

Alguns comentários tirados de lá são muito bons:

“relações extra conjugais de certa maneira dizem respeito a ambos, pergunte para quem é fiel e pegou doença venérea de um parceiro”

"Os senhores de engenho também tinham relações múltiplas com as escravas que mais lhe agradavam."

"Acho que o grande risco das relações múltiplas é ficar ao lado da pessoa só nas horas boas e qnd a situação ficar difícil aquele que está melhorzinho pula fora."

"...acredito que você esteja certa na parte relacionada ao sexo, acredito que seremos poligâmicos, como vejo nossa juventude em festas ficando com todo mundo, e trocando de parceiros. Acho que sobre sexo isso é natural, temos curiosidades e desejos, mas em relação ao amor acho algo muito complicado, normalmente estamos ligados a uma pessoa, que nos apoia em todos os momentos, não entendo como funcionaria uma relação de amor múltiplo, não sei se funcionaria também."

"E me preocupo ainda mais com como ficarão os filhos dessas pessoas que se comprometem consigo mesmas e mais ninguém. Eles também serão livres para fazerem o que quiserem?"

"O novo fascina, mas tem data de validade."

Ana disse...

Eu concordo com todo o texto. Mas acho que falta pensar um pouco na necessidade das pessoas de ligações estáveis nesse mundo caótico onde tudo é descartável. Penso que a idéia de casal ainda representa sobretudo uma noção de estabilidade e refúgio, de proteção e afeto. Ser só nesse mundo é muito difícil. Se ser um casal convencional já é dificil também, imagina formar ligações poliamorosas! Não sou contra nada, só acho tão complicado... Mas, em resumo, acho que as pessoas casam e tem expectativas um pouco doidas: sexo selvagem todas as noites,etc. Porém, os que permanecem casados (os felizes)costumam ter expectativas diferentes: companheirismo, amizade, gostos em comum, conversa boa, projetos e atividades comuns, enfim.

Becx disse...

ahaha os mascus anonimos te amam, Lola! Primeiro comentário, e de quem é?! Dum fan macu anonimo! Mas tb viu Lola, aquela parte de sexo em frente das crianças ta mesmo muuuutio forte. Assim num pode! Ficar promovendo putaria, onde já se viu! Aposto que esse é subscriber seu! tem na barra dos favoritos e tudo mais!

Renata Lins disse...

Gosto muito do livro do Jurandir Freire Costa, "Sem fraude nem favor - o mito do amor romântico". Recomendo, a quem estiver interessado no tema. Abraços!

Unknown disse...

Sou daqueles pra quem o que pessoas adultas fazem consentidamente no espaço de suas vidas privadas não diz respeito a ninguém. Acho que o que importam são o consentimento e a transparência. Se há comum acordo e ninguém está enganando/sendo enganado, então para aquela linha (dois componentes), para aquele triângulo (três) ou para aquele quadrado (quatro componentes e assim sucessivamente...) está muito bom. Acho que a poligamia vai se tornar muito comum no futuro. Não é à toa que o tema já está sendo tratado até na novela das 21h daquela emissora famosa. Mas, para mim, não daria. Eu não consegueria me dedicar a mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Não me sobraria nem tempo nem coração. E não estou sendo romântico, não. É só uma questão de limitação pessoal mesmo. Talvez eu pense assim por ser parecido com a Lola em alguns aspectos - não sinto necessidades de grandes mudanças e adoro rotina. Quando mais previsível e tranquila, mais me sinto confortável na vida. As gerações do futuro, porém, vão crescer tendo como normais (leia-se: socialmente aceitos) esses arranjos familiares plúrimos. Talvez na minha próxima reencarnação eu me torne poligâmico, quem sabe? Mas espero que a humanidade do futuro tenha aprendido a respeitar diferenças, a ponto de monogâmicos e poligâmicos não sofrerem nenhum tipo de coerção social por suas livres escolhas individuais.

Anônimo disse...

então... eu acho super lindo o relacionamento que vc tem com seu marido, lola. mas não me vejo vivendo assim. eu sou bissexual além de tudo.

eu já estive perto de ter o relacionamento ideal, mas deu errado. o ideal seria um grande amigo por quem eu sentisse um grande tesão e quisesse dividir a vida. sabe aqueles amigos que a gente tem por mil anos? por que o namorado não poderia ser assim E ser tbem namorado? eu não entendo muito bem que duas pessoas se queiram bem e, de repente, se odeiem. curiosamente, isso dificilmente acontece com amigos. amigos se aproximam, se distanciam, se reaproximam... e dificilmente passam a se odiar. vc sabe que pode sempre contar com essa pessoa, confiar até a chave de casa a essa pessoa. e por que namoros são diferentes?

o que sinto é que rola ciúme, possessividade, competição, jogo de informação (não dizer o que pensa - o que é diferente de dizer absolutamente tudo) e falta de espaço. eu preciso ficar sozinha pra me sentir bem. preciso de tempos sozinha e quieta. se eu não tenho esse contato comigo, tendo a ficar bem triste.

desde que resolvi nunca mais namorar, até a enxaqueca sumiu. me sinto mais feliz, rio mais e me divirto mais.

só acho triste que, por eu ter escolhido viver como eu vivo, eu me sinta sozinha às vezes por não ter alguém por perto só pq eu disse que não queria namorar.

por mais que muito cara diga que acha lindo mulheres que transam sem querer se casar ou namorar, eles se sentem altamente inseguros qdo isso acontece. um dia que eu escolho sair com amigas ou mesmo sozinha e fazer minhas coisas, começam o questionário e a desconfiança.

ao longo da vida, eu quero é somar, sabe? qto mais gente do bem perto, melhor. só que os caras querem exclusividade.

pra mim, o importante é exclusividade do sentimento que a pessoa vá ter POR MIM. sabe, se o meu lugar estiver ok, tudo bem. amor não tem cota que acaba qdo a pessoa ama mais alguém. eu prefiro somar...

acho lealdade mais importante do que exclusividade.

Anônimo disse...

A verdade é essa! Não precisamos tanto assim de um relacionamento estável ( casamento), quanto as mulheres precisam, principalmente quando ficam mais velhas.
Tudo que as mulheres fazem, cozinha, cuidados de casa e afins o homem faz melhor. E se o homem for resolvido interiormente ele não sente nem solidão, ao contrário da mulher que entra em depressão profunda!

Conhecí uma menina que, já de certa idade, próximo dos 30 anos, chegou a me pedir em casamento.
Perguntei a ela por que ela queria casar e a menina disse: ” eu estou sentindo como se eu estivesse secando por dentro (depressão), eu quero e preciso ter filhos (necessidade biológica, a mãe natureza em ação)”. Apenas satisfiz um pouco a “sede” dela e mandei essa mina se catar.

Casamento não está nos meus planos e não sinto sequer necessidade um “afeto”.

Tenho sexo a hora que eu quiser, com quem eu quiser sem chateação e não tenho apego a mulher nenhuma.

Bruno S disse...

Acho uma questão bem interessante a ser debatida. Praticar a monogamia não é fácil e fugir dela como padrão me parece menos ainda.

A gente aprende com família, amigos, literatura, cinema, tv que devemos procurar uma pessoa com quem seremos felizes e contentes até o fim da vida sem desejar outra pessoa.

Quando boa parte das pessoas descobre que o companheiro escolhido e do qual gosta muito não é suficiente para seu desejo (sempre há a moça gente boa do trabalho, o cara engraçado do curso de línguas, aquele outro que pega ônibus sempre no mesmo horário).

No momento que a pessoa se vê desejando um terceiro, ou quarto ou quinto (sem deixar de lado seu oficial) a pessoa começa achar que o problema está nela ou no relacionamento, que estão caindo em tédio. Quando o problema pode ser mais simples. A monogamia não está lhe atendendo.

E nesse ponto que vejo dificuldades em fugir dessa situação. Não há motivos para terminar com alguém que gosta porque sente desejo(e quer praticá-lo) com outros. Propor abrir uma relação já estabelecida não me parece algo muito viável (muito provavelmente o parceiro, com os conceitos mais gerais sobre relacionamento, vai entender que se está pedindo um salvo conduto para "traí-lo".). Apostar na infidelidade acaba sendo a saída mais fácil (e mais perigosa e eticamente questionável).

Não vejo uma solução geral, muito menos motivo para questionar as escolhas dos demais.

No meu ver não há saída boa ou fácil.

Anônimo disse...

Boa reflexão. Discordo do Reich por ele avaliar que as pessoas buscam sempre relações mais prazeirosas do que as anteriores. Uma mudança de relação ocorre por múltiplas determinações. Na maioria das vezes, "apaixonar-se" por um novo parceiro ou parceira instala crises, problemas e menos prazer. Acho que é preciso reconhecer que não há saída pronta, é preciso trabalhar exaustivamente na construção de modos de viver mais satisfatórios. E, mesmo com tanto trabalho, muitas vezes o resultado é a frustração, a dor etc. Outras vezes, claro, há alegria na tristeza, companheirismo na frustração, amizade na raiva, tesão no tédio. -- Brian

Anônimo disse...

Eu vejo também que há muita intimidação de homens também, os casados. Eles não suportam a situação que vivem e sentem raiva de solteiros acima dos 30, que tem muita liberdade financeira, e consequentemente sexual.

Sarah de Souza disse...

Às vezes eu acho que as pessoas fazem força pra não entender coisas tão simples. Se não fosse tão triste, eu até riria de certos comentários como "Essas mulheres vão acabar com a raça humana" ou, como disseram aí em cima "Daqui a pouco vão querer fazer sexo na frente de crianças". Caramba, que mente pequena!
Liberdade sexual não tem nada a ver com irresponsabilidade, mas todo mundo sempre quer se meter na intimidade alheia.

Mirella disse...

o Anon das 11:17 é o que menos parece ter preconceitos, então acho legal responder.

“relações extra conjugais de certa maneira dizem respeito a ambos, pergunte para quem é fiel e pegou doença venérea de um parceiro”

Então, isto não é poliamorismo, para começar, é traição - tendo posto que a relação é monogâmica. Um dos preceitos mais importantes dos adeptos de poliamorismo é a importância de prevenção contra DST em toda relação. Isto sim é um sinal de respeito pelo parceiro: JAMAIS colocar a saúde do outro em risco.
Alguém que mantém relação monogâmica e, numa relação extraconjugal se relaciona sem proteção, mostra claramente que não tem amor nenhum ao seu "parceiro oficial". É falta de amor, respeito, consideração e etc e nada tem a ver com poliamorismo.

"Os senhores de engenho também tinham relações múltiplas com as escravas que mais lhe agradavam."
Felizmente vivemos numa sociedade em que a escravidão legalizada acabou. Geralmente estas "relações múltiplas" eram estupro e não sexo, para início de conversa. Não havia a vontade da escrava levada em consideração, tendo em vista que elas eram tidas como propriedades dos escravagistas. O conceito do poliamorismo é bem oposto a isto: "ninguém é de ninguém", no sentido de propriedade. Havendo consentimento e respeito de todas as partes envolvidas, sendo todos aptos para decidir por si, por que não?

"Acho que o grande risco das relações múltiplas é ficar ao lado da pessoa só nas horas boas e qnd a situação ficar difícil aquele que está melhorzinho pula fora."

isto não é uma relação - com sentimentos e compromisso. É "só sexo". É necessário separar as coisas: só porque você transa com alguém, não significa que irá se comprometer - estou falando inclusive fora do poliamorismo. Quando você traz isto para o ambiente do poli, parte-se do princípio que você tenha um companheiro, porém não restrinja o desejo sexual dele. Isto não é usar as pessoas, principalmente porque ninguém está sendo enganado. Quem não quiser viver um relacionamento aberto, não precisa! Mas é um relacionamento como qualquer outro: implica em dividir uma vida, construir algo. Apenas não se limita algo tão amplo como o desejo.

"E me preocupo ainda mais com como ficarão os filhos dessas pessoas que se comprometem consigo mesmas e mais ninguém. Eles também serão livres para fazerem o que quiserem?"

Tem tanta gente se preocupando com o filho dos outros (vide Ramalhete), vão adotar umas crianças aí, já que tá todo mundo preocupado, né! E por que não seriam livres para fazerem o que quiserem? Contanto que seja algo respeitando os limites legais, respeitando os desejos próprios e do outro, qual o problema? Menos patrulha, né gente! Cria seus filhos se os tiver e boa!

"O novo fascina, mas tem data de validade."
Poliamor pode ter nome novo mas não é novo não. A liberdade sexual pode ainda ser julgada, mas tá no mercado faz tempo!

Anônimo disse...

vamos não alimentar os trolls...

Anônimo disse...

Meu marido é quem veio com a proposta de um casamento aberto. No inicio me assustei, acredito até que tenha chorado.
Eu fui criada para casar, pertencer a um homem e ser feliz com ele e com muitos filhos... Mas as coisas não ocorreram bem assim. Que bom, que sorte a minha, pois ao contrário dos casamentos ditos monogâmicos, onde a traição rola solta, o meu se mostra diferente. As pessoas me perguntam como podemos nos amar tanto, depois de tanto tempo, e a resposta é que somo livres e fiéis. Fiéis? Sim, somos fiéis, pq toda relação existente fora do casamento passa antes por nós dois, não é feito às escondidas. A maioria dos casais monogâmicos que conheço traem, ou ja traíram seus parceiros.
Mas pq assusta tanto um relacionamento assim, se o casamento monogâmico beira ao fracasso? Acredito que por medo. Vivemos com medo de perder aquela pessoa que acreditamos que nos pertence de alguma forma... Mas abrir o relacionamento não significa uma bagunça total, ao contrário, exige muita confiança e auto estima. Mas e os filhos? Esse hj é o nosso maior desafio, pois temos dois filhos e o cuidado com as crianças nos consome um tempo absurdo.
Esta é outra questão Lola que queria te dizer. Fui criada para ser mãe e hj mãe de dois descubro que nao era o sonho da minha vida. La dentro de mim, sei que não foi uma opção consciente. Fui condicionada a ser mãe e tento desempenhar o meu papel da melhor maneira possível... Mas não me venham com esse papo mentiroso que ser mãe é padecer no paraíso. A nao ser que o paraíso seja uma parte melhorada do inferno. Filhos exigem tempo, dinheiro, e uma disponibilidade enorme. Se hj falo isso é pq refleti muito sobre mim, e me conheço o suficiente para afirmar que desde pequena, tudo que me foi oferecido foi a maternidade. Se amo meus filhos? Claro que amo. Faço tudo o que posso por eles, mas também tenho consciência do quanto sao custosos para mim e para minha liberdade.
Lola, por favor, escreva mais sobre a maternidade e como ela é inserida na vida da mulher desde que ela nasce. Estou farta desta áurea mentirosa em cima da maternidade mostrada pela mídia e reproduzida por nós. Um beijo, sou sua fã. Olha a tietagem, e não venda todos os seus livros, espero poder comprar um ainda este mês.
Débora B.

Sara disse...

Lola cada dia te admiro mais, me desculpe a babação, o seu desprendimento em falar tão abertamente sobre esse assunto, sem temer as criticas q costumam chover a quem não diz AMEM a monogâmia como sendo a única forma aceitavel de relacionamento digno.
Merece meus parabens.
Só complemento que acredito que essa instituição esta falida ja ha algum tempo, as que perduram ainda na minha opinião, são as rarissimas como parece ser seu caso, onde duas pessoas envolvidas se respeitam integralmente, ou como a maior parte delas que só sobrevivem pelo temor que uma separação envolve em diversos níveis.

Carolina disse...

Só tive um relacionamento, que foi monogâmico. Não me vejo em um relacionamento aberto, porque pra mim envolve uma "dedicação total", sabe? é bobo, ingênuo e etc, mas comigo, pra mim, funciona assim. e espero me relacionar com pessoas que pensem da mesma forma, pra funcionar pros dois, né? e que funcione enquanto ambos acreditarem nesse modelo.

mas também tenho amigas próximas que não conseguem viver monogamicamente. da mesma forma como, eu, naturalmente, não conseguiria abraçar o modelo de vida delas. também tenho amigas que não conseguiam ser monogâmicas, mas entraram num relacionamento onde outros fatores fizeram com que isso desse certo. acho que é uma coisa que varia MUITO com a pessoa, com o momento da vida, e que não há regras. tem gente sendo feliz de tudo quanto é jeito. e durabilidade do relacionamento não é garantido por nada, né? se fosse assim relacionamentos abertos durariam pra sempre, o que não é o caso. acho que abertos ou não relacionamentos devem durar enquanto fazem bem, mas não há nada que garanta essa "eternidade". e acho que exigir/desejar essa eternidade é o que nós dá essa sensação de "fracasso". essa procura pela pessoa com quem vamos passar o resto da vida juntos. um relacionamento não precisa ser necessariamente "longo", precisa dar certo enquanto durar.

e por último: acho válido analisar isso em perspectiva histórica. nos faz não aceitar o que é de hábito como coisa natural. sou monogâmica, mas sei que a monogamia é um modelo cultural, não natural. eu me sinto confortável nela? sim. assim como em parte me sinto confortável me depilando, que também é uma exigência cultural. monogamia é o caminho, a verdade e a vida? não pra todo mundo. mais liberdade de escolher como se relacionar e menos (perdão pelo termo meio chulo, Lola) cagação de regra. de ambos os lados. ;)

Bruno S disse...

COmpletando o prolixo comentário anterior, vou dar um pitaco sobre ciúme.

O que me incomoda no ciúme é que ele sempre me parece ligado a um conceito de ver o parceiro como propriedade a ser defendida. Me parece que a pessoa está querendo ser dona da vida da outra.

Unknown disse...

valores mais humanistas, solidários e igualitários. Pois os problemas dos relacionamentos, a meu ver está aí, e não na quantidade de pessoas com as quais nos relacionamos e transamos.
Não adianta em nada ser poliamorista ou monogãmico se os valores que se sustenta se baseia em desigualdades.
E, enquanto esta sociedade ainda não cehga -porque só a história dirá- acho que devemos nos relacionar e maneira igualitária -seja monogâmico ou poliamor- porque no fundo, é isso é a base para o relacionamento a meu ver.

bjos

Unknown disse...

Opa vou corrigir que saiu pela metade o comentário...rs

Anônimo disse...

Solteiro.

Não tenho um “grande emprego”, mas sempre me sobra muito recurso no fim do mês.
Não planejo viagens no fim de ano, elas simplesmente acontecem, às vezes nos finais de semana.
Quando vejo que um suposto “relacionamento” esfria, é sinal de que ela vai querer compromisso e castrar definitivamente, fujo e sigo para a próxima que dará a mesma qualidade da primeira vez.

Casados

Vários amigos estudaram muito mais, e tiveram empregos mais bem remunerados( e em alguns casos odeiam o trabalho).
Não podem se demitir, pois perderão a mulher ou deixarão a família na miséria.
Devem procurar imóveis 2 ou mais vezes mais caros dos que precisariam se fossem solteiros.
O sexo perde a qualidade. Se o homem perde um pouco do interesse da mesma mulher, o que dirá a mulher.
As amizades são poucas e sempre com outros homens casados acompanhados da mulher.
As viagens são terríveis: a organização estressante, os custos abusivos e a programação voltada ao luxo, compras e ostentação, coisas geralmente frugais. Quantos casais viajam aos Estados Unidos para fazer “compras em Miami?”, quantos homem solteiros fazem o mesmo caminho? Ir a Punta del Este ou Montevideo, curtir cassino-strippers, paella, bebida boa, sem compromisso com horário ou ficar às voltas de compras, restaurantes caros e medianos hotéis 5 estrelas?

Enfim, não case. Vai ser difícil te arruinares se tiveres um pouco de juízo e um emprego ( o qual tu poderás abandonar e procurar outro caso não goste).

E viva a liberdade.

Anônimo disse...

bruno s, já sofri muito com ciúme dos caras. era como se eu vivesse sendo acusada todo santo dia. péssimo.

Anônimo disse...

A blogueira aqui e meio contra a liberdade de expressão não ?
so publica oque convém as suas ideias, ou seja e uma moralista fantasiada de libertina,tenta falar de algo polemico, mas tem medo de polemica, no fundo e uma atitude hipócrita !!

lola aronovich disse...

Gente, os comentários de hoje estão OSSO. Metade é de mascu. Não sei se é do mesmo mascu, acho que não. Mas como eles são contraditórios, mon dieu! (vou publicar um ou outro de vez em quando, se bem que todo mundo aqui conhece a ideologia mascu). Primeiro os mascus choram, choram, choram (essa é uma das razões de sua revolta) que os tempos mudaram e que os anos 50 acabaram e que as mulheres de hoje não valem nada, ao contrário de suas avós (nem as mães deles se salvam). As mulheres de hoje são todas vadias carreiristas que não amam os homens. Ok. Mas eles odeiam as mulheres por não ligarem pros homens. Ué, cadê o desapego, rapaz? Se vcs fossem mesmo desapegados, não estariam num blog feminista se queixando, né? Daí eles falam que não vale mais a pena ter que investir (financeiramente) numa mulher ou sustentá-la. Filhote, vc não tinha acabado de dizer que a mulher é carreirista? Então ela trabalha, certo? Então ela ganha dinheiro. Por que diabos ela precisaria ser sustentada por vc?
Aí eles dizem que o feminismo foi maravilhoso porque agora eles conseguem pegar um monte de mulher. (Aham). Mas eles odeiam o feminismo e as feministas e inventam aqueles números de que 20% dos homens pegam 80% das mulheres (e eles evidentemente não estão nesses 20%). Opa, então o feminismo não é tão maraviilhoso assim? Decidam-se.
E outra: todo mundo aqui tá dando a maior força pra que vcs façam mesmo um marriage strike. Não casem, não se reproduzam, façam um favor à humanidade! Tá no texto. Ninguém discorda. Então pq vcs estão querendo me convencer que o marriage strike é uma maravilha? EU JÁ CONCORDEI!

Anônimo disse...

"Tudo que as mulheres fazem, cozinha, cuidados de casa e afins o homem faz melhor. E se o homem for resolvido interiormente ele não sente nem solidão, ao contrário da mulher que entra em depressão profunda!"

Ó. Nos curvamos a superioridade do sexo superior... rsrs

Ana disse...

Já li algumas coisas dessa Regina Navarro Lins e achei muito lugar-comum. Ok, é certo que a monogamia surgiu com a propriedade privada, que por muito tempo serviu para controlar a sexualidade feminina, mas os tempos são outros e a própria monogamia foi reinventada (ao menos no ocidente). Casamentos arranjados não mais existem, hoje é a própria pessoa arranjando casamento para ela, seja por fatores financeiros ou por amor. Também já existe o divórcio, que permite que um casal infeliz se separe. Se é por amor ou por dinheiro, hj ninguém é obrigado a se casar com ninguém. Claro que existem situações diferentes, de violência e coação, mas também não é essa infelicidade generalizada que a psicanalista coloca. Ter altos índices de divórcio não é a prova de que a monogamia fracassou. É a prova de que as pessoas são livres e podem optar por ficarem com alguém ou não. Da mesma forma que as pessoas podem optar por não casarem, ou terem múltiplos parceiros, ou simplesmente ficarem sozinhas ad infinitum.

Acho que é a Regina Navarro Lins que tb diz que o ciúme só existe pelo medo de perder a pessoa. Que se não existisse esse medo, ele não existiria. É outro lugar-comum. O buraco é muito mais embaixo, e não tem como simplificar um sentimento. Se fosse assim, mulheres casadas e corneadas há anos (aquelas que os maridos não largam de jeito nenhum) não o sentiriam.

Quanto ao questionamento da leitora, já vi muitas pessoas relatarem a mesma coisa, mas quando se apaixonaram pra valer, descobriram que a monogamia é a coisa mais lyndra do mundo. Resta ela descobrir se esse não é o seu caso, ou se realmente tende a relações abertas. Tb não acho que todos devam ser monogâmicos, afinal tem pessoas que não são mesmo, e o ideal é que procurem relacionamentos abertos ao invés de viverem uma mentira.

Quanto a mim, adoro a monogamia. É o modelo que me sinto bem e eu e meu marido nem pensamos em abrir a nossa relação. Não existe espaço para mais ninguém. E confesso que não consigo imaginar uma pessoa que supostamente ame a outra, não se incomodar com a possibilidade do cônjuge ter mais alguém.

Marcelly Sanches disse...

Olá Lola..que lindo eu poder comentar só com meu nome..por que as contas na internet me odeiam..simplesmente não ocnseguia logar aqui...
mas sobre o tema..eu prefiro pensar na liberdade em Marx..baseada na Autonomia, Emancipação plena e Igualdade..ou seja..se não estivessemos em uma sociedade como a nossa...capitalista..ou em alguns países completamente religiosos...ou seja..quaqluer sociedade que afete esses valores..talvez a união entre casais...fosse sim verdadeira e feliz...até esse desejar outro parceiro me parece individualista e consumista..a tenho um sofa..mas to querendo aquele outro ali..só pq não posso ter...talvez relacionamento seja só uma escolha..e deveria ser uma escolha de fato..realmente livre...e não condicionada como é hoje...as pessoas confundem escolhas com prisão...preso está quem não o sabe..quem sabe os motivos de sua prisão e concorda ainda sim é livre...o que chama de gaiola eu chamo de escolha...e a liberdade na nossa sociedade é relativa condenar o casamento não funciona..ele ainda chama-se casametno mas vem mudando cada vez mais..

Unknown disse...

Meu comentário anterior saiu pela metade..
Deixa ver se lembro..

Mas gostaria de dizer que apesar de feminista, como a Lola, sou monogamica por escolha...rs

Mas queria dizer que a meu ver, o problema dos relacionamentos não estão no tipo de relação (apesar de saber que o a monogamia é de tradição patriacrcal e funcional para o capitalismo), mas nos valores que a sociedade nos dá. Individualismo, egoismo, desigualdade e machismo não vão resolver em nada, mesmo que vc seja poliamorista. E tampouco a monogamia é a solução.

Resumindo, acho que devemos mudar a sociedade e seus valores, pois é aí que está o problema, e não com quantas pessoas nos relacionamos ou transamos...
Acho que esse é o foco a meu ver..

Bjs

Anônimo disse...

ai, lola, modera mesmo esses comentários pq, olha...

curiosamente, os mascus ficam atualizando a página pra verem se tem post novo, né? os primeiros! isso que é amor! sabe qual é a raiva deles? vc é casada e monogâmica. só pode! hahahah.

Anônimo disse...

Anônimo das 11:04
Tu não entende nada de mulher como todo mascuzao . Não existe esse negócio de que todas as mulheres querem ser mães,e muito menos casar, e quanto mais velha, mais difícil querer dividir seu espaço com outra pessoa, isso é FATO, ta aí no dia a dia, só não vê quem quer acreditar a todo pano nessa baboseira que os mascus pregam.

Anônimo disse...

"contra a liberdade de expressão".

amigo, faça um blog e se expresse o quanto quiser. a lola não é contra isso.

Ana disse...

Outra coisa que ninguém comenta e que me incomoda muito, é que vejo que em relacionamentos abertos, poliamor, etc, tb tem desigualdades, tb tem dois pesos e duas medidas. Já vi poliamor que só é poliamor quando o machinho da relação pode namorar/casar/trepar com duas mulheres ou mais, e ai delas se olharem para outros homens. A mesma coisa com relacionamentos abertos: alguns só são abertos se a mulher ficar com outra mulher e, de preferência, incluir o machinho. Muitas tb só entram nisso pra agradar o homem. Ou seja: esses modelos tb não são a coisa mais maravilhosa do mundo que os seus adeptos tentam fazer parecer. É poligamia com outro nome. O problema é que a galerë mordenex tem vergonha de ser comparada aos islâmicos e usam um outro termo erroneamente.

Marcelly disse...

Pro anônimo ali de cima descendo a lenha no casamento..

oi..com quem vc anda se relacionando mesmo?
eu sou mulher..não consumo nada que não precise..e preciso de muito pouco...adoro acampar , odeio luxos desnecessários...e ganho mais que meu namorado...

talvez seja uma questão de escolher a mulher certa..

sabe que tipo de mulher vc quer?
a de esquerda..consciente..inteligente.....que lê "admiravel mundo novo"..e entende que para ter rico tem que ter pobre..para ter consumo tem que ter explorado..

mas amor..desculpe...essa mulher não vai te querer por que vc simplesmente não vale a pena pensando assim...então...não culpe o casamento pela sua ineficácia... :)

Sonado Alaikor disse...

Dado a meus problemas psicologicos restantes de meus traumas, não costumo confiar plenamente nem em minha sombra, então relacionamentos me são pontos delicados.
Sou monogamico por conta de minhas orientações culturais de bases familiares (que mesmo bem aberta e pautada em dialogos e liberdades ainda é uma base familiar tradicional de pai+mae+filhos) e por conta de minhas escolhas pessoais.
Meu relacionamento de noivado é pautado em confiança. Não conseguiria ter intimidades muito grandes com ninguem se eu não confiasse plenamente no individuo e portanto me sinto feliz da forma que estou, algo que minha noiva alega ser similar para ela (não falarei sobre as condicionantes traumaticas dela...mas é preciso um louco para reconhecer e compreender outro...ewhaka).
Compreendo a origem do relacionamento monogamico por conta de meu estudo na faculdade em história ser mais voltado a História Cultural, assim como compreendo o funcionamento de praticamente todos os tipos de relacionamentos plurais por conta de meus envolvimentos libertarios, os acho mais corretos até que a monogamia em certos aspectos, mas não sai de minha zona de conforto ainda.

Já me aleguei assexuado por anos, sendo que só sai dessa alegação por conhecer alguem em quem confio totalmente. Duvido muito que alguma outra pessoa conquiste minha confiança totalmente tão cedo, então dificilmente me permitiria amar alguem, não sem sentir um profundo medo de que essa pessoa use isso contra min.

Paranoias a parte, a maioria dos relacionamentos monogamicos acabam pelo mau preparo dos homens para relacionamentos. Nossa criação ainda nos cobra um posicionamento de "supridores" que já não condiz com a sociedade moderna. Os machismos tornam muitos homens verdadeiros aleijados emocionais.
Também temos um problema que afeta a todos os gêneros que é a falta de dialogo e confiança. Algumas pessoas simplesmente tem vergonha e medo de confiar em quem convive na mesma cama, e assim, com o tempo, as pessoas que vão mudando naturalmente se tornam desconhecidos entre si.
Há ainda um problema gerado pela cultura, de que casamentos devem ocorrer. Pessoas despreparadas emocionalmente cheias de infantilidades casam esperando um conto de fadas pintado pela sociedade e acabam descobrindo que infelizmente a realidade é trash.

Em fim, ilusões destrõem a eternidade do momento...

Sonado Alaikor disse...

"A blogueira aqui e meio contra a liberdade de expressão não ?
so publica oque convém as suas ideias, ou seja e uma moralista fantasiada de libertina,tenta falar de algo polemico, mas tem medo de polemica, no fundo e uma atitude hipócrita !!"

A atual lei sobre comentários em blogs torna a lola responsável legal por qualquer coisa que postarmos aqui. Se alguém se ofender com racismos, machismos, ataques morais ou o que for, pode processar ela. Liberdade de expressão todos temos, podemos criar nossos próprios blogs, mas temos um dever de responsabilidade sobre o que expressamos.
Pense assim, você tem o direito a se expressar, e eu tenho o direito de não gostar; você tem direito a se expressar tirando onda com a minha cara e eu de me expressar descendo o sarrafo em você. Responsabilidade evita surras...

Carolina Paiva disse...

Super divertidos esses comentários de mascus, tava sentindo falta da lógica viril e irrefutável deles, rs.

E é lindo ver como ele sempre teimam em se fazer de desentendidos para posarem de grandes vítimas da sociedade.

Anônimo disse...

Quanto mais feminista um país, mais sexo casual, menos casamento, mais mulheres bêbadas, menos filhos, menos famílias, mais DST's.

Sonado Alaikor disse...

@Bruno S

"O que me incomoda no ciúme é que ele sempre me parece ligado a um conceito de ver o parceiro como propriedade a ser defendida. Me parece que a pessoa está querendo ser dona da vida da outra."

Sempre critico os ciumentos com base nisso cara, é realmente um problema invisível para eles.

@aiaiai

"Aliás, ciúme é uma desgraça. Detesto, já sofri muito por causa de gente que sentia ciúme de mim. Pra mim é uma coisa inexplicável."

Sou incapaz de sentir ciumes, pois a base de minha relação é a confiança. A noiva já disse uma ou duas vezes que sente falta as vezes, que não consegue identificar sempre minhas tentativas de zelo para com ela. As vezes tenho simulado ciumes de forma cômica com ela para que ela se sinta mais segura, mas sabemos ambos que é uma mentira, porque no dia em que eu não confiar mais nela, simplesmente não vai mais haver um motivo para permanecer com ela.

Terezaporto disse...

Bom, eu acho essa história de monogamia uma hipocrisia tamanha, e sim, sou bem hipócrita pois vivo num relacionamento monogâmico faz mais de dois anos, não por amor e sim por medo de perder a pessoa que amo, só pra constar, meu namorado é extremamente fiel, mas por medo de ser traído um dia.
Acredito que a monogamia, deveria fazer parte dos ditos "pré-requisitos" para o começo de um relacionamento, tipo: Você trabalha, é hétero, quer filhos, toma banho todos os dias? Porque assim, se você não é monogâmico e encontrasse alguém que é, e não aceita uma relação poligâmica, você passaria ao próximo, se encontrasse alguém que é monogâmico e aceita essa situação, beleza, vamos nos relacionar enquanto durar a felicidade, eu e boa parte das pessoas viveríamos bem melhor e mais completos. Até tentei propor um relacionamento aberto pro meu namorado, lá no começo, mas ele foi bem firme ao dizer que não aceitaria, então dei continuidade por amá-lo muito e não acreditar que aquilo iria pra frente, mas agora tenho um filho e está bem difícil me livrar dessa relação, em que sou bem feliz, mas não completa.

Sonado Alaikor disse...

@Carolina

Perfeito! Serio mesmo, conseguiu explicar algo que passei mais de 30 minutos pensando e ainda não descobri como poderia fazer, com experiencias de amigos não monogâmicos e a aceitação de certas convenções que me parecem aceitáveis (se não impostas) como o caso da monogamia ou o de comprar flores (minha noiva vê mal mas tem um puta de um olfato...ela adora flores por isso)

Anônimo disse...

Ocorre que o homem, normalmente, se preocupa em demasia com a mulher, por estar identificado com ela. São esses os que sofrem de paixão, não aceitam a ruptura, querem forçar as coisas, vivem fantasias.

Conferimos às mulheres um valor excessivo e desnecessário, transformando-as no centro e objetivo de nossas vidas, o que é um erro. Temos que trazer a consciência de volta, focá-las sobre nós mesmos, viver nossas vidas e deixar que elas vivam as vidas delas do modo que desejarem

Anônimo disse...

Num relacionamento moderno, a equação é simples e egoísta: Quanto mais se dá, menos se tem.

Li S. Nascimento disse...

Sim. O casamento tradicional seja ele monogâmico ou poligâmico tem no homem o fundador, a razão de ser do compromisso - o "ativo" como se diz, aquele que é o sujeito, que pratica a ação enquanto a mulher é o passivo, o objeto que sofre o ato...

Penso que temos progredido bastante com essa nova concepção de casamento advinda do amor em vez daquela que o encara como uma espécie de negócio familiar.

Infelizmente, porém, como tal "pacto de amor" surgiu de um ideal romântico, o casamento muitas vezes é encarado utopicamente e é claro que causará frustrações se for encarado desse modo. Precismos cultivar expectativas reais e concretas.

Que os laços de afeto sejam maiores que as tradições e as utopias...

Anônimo disse...

concordo com a ' censora do blog'tem muito chorão aqui.
Pare de se limitar, chorar feito um bundão. Estude, ignore os paspalhos e siga seus princípios. Em algumas civilizações, muitos da sua idade eram mandados para o meio da selva para ver se morriam ou viravam homens de verdade. E não tinham Formspring nem internet para chorar. Se você tem internet, comida quente no estômago, abrigo, estudo e dinheiro, você não está no inferno. Quem torna seus problemas um gigante é você mesmo

Anônimo disse...

Nossa Lola, só pra variar um pouquinho este texto é perfeito!!! (Como o blog inteiro por sinal)... Te acompanho a um tempão e geralmente acho algum post seu falando de alguma duvida minha ou alguma opinião coerente sobre assuntos como este....

Queria dizer que este post sobre monogamia simplesmente veio no momento exato para mim!!!! Ontem mesmo passei por uma situação desta, questionando durante uma festa porque os relacionamentos tem que necessariamente ser monogamicos... Nunca consegui permanecer muito tempo com o mesmo cara (da dois meses a "paixão" acaba) e sempre acabo me cobrando por não entrar numa relação estavel com uma pessoa só.... Assim, o post de hoje me ajudou bastante a lembrar que a monogamia não é o unico caminho que existe pros relacionamentos (e eu respeito muito quem faz esta escolha, assim como como qualquer escolha)....

Anônimo disse...

mais um que resolveu brincar com o estereótipo de que a mulher não presta para dirigir: http://jesusmanero.blog.br/mulher-pilotando-moto/

Erres Errantes disse...

Olá.
A poligamia está longe de ser a solução absoluta para a nossa vida sentimental, mas também não posso afirmar que ela não pode dar certo para alguns casais. Talvez a poligamia funcione com alguns, então não é justo condená-la e crucificar quem a pratica.
Mas, da minha parte, acho que seria muito difícil um acordo desse dar certo.Quando temos uma pessoa com quem vivemos um relacionamento agradável, onde há respeito e companheirismo, não acredito que sexo fortuito com outras pessoas vá acrescentar algo de relevante em nossas vidas. As explicações de Lins sobre a origem do casamento estão corretas, mas isso não significa que a monogamia ainda hoje seja algo que oprima as mulheres. A mulher pode ter vários parceiros sexuais, mas isso não garante que ela seja mais livre ou menos subserviente que as demais mulheres.
Além disso, discordo que a poligamia seja a panaceia para resolver os problemas conjugais. Acho que as pessoas não estão preparadas para lidar com a experiência de ter um relacionamento duradouro e lidar com as mudanças que isso acarreta ao longo do tempo. È claro que existe a rotina, os reveses que podem ocorrer na vida a dois, porém precismos entender que essas situações acontecem com todos e são inevitáveis. Depois de um tempo de relacionamento, o tesão já não é intenso como no começo, mas há também vantagens, como o fato de termos mais confiança e intimidade com o parceiro, coisas que só o tempo pode trazer ao relacionamento.
Então, me parece que recorrer à poligamia como uma forma de amenizar os problemas conjugais é uma maneira de culpar o outro pela nossa insatisfação. É preciso ter maturidade para entender que o relacionamento passa por fases e saber lidar com as mudanças.

Anônimo disse...

Bom, acredito que cada um sabe de si e de suas necessidades.
POrém, ao meu ver, quando se divide algo em muitas pessoas o resultado é bem pouco para todos.

Anônimo disse...

A pesquisa, que foi feita com 2.500 mulheres e homens brasileiros casados, mostrou que 19,2% vivem com menos de uma relação sexual por mês e que 51% deles estão insatisfeitos.

Entre os principais motivos para a insatisfação sexual no casamento, 58,3% dos homens acreditam que a frequência do sexo seja baixa.

------------

Viu paspalhos, mais de 70% dos homens vivem frustrados no casamento.

Anônimo disse...

O casamento não possui mais o “peso” de antigamente e perdeu totalmente o sentido de eficácia! O casamento não é
um mero contrato, ele tinha uma função social importante. Ele tinha como objetivo preservar a unidade familiar e os valores da educação familiar. Hoje não existe mais respeito pela instituição do casamento.

Outra razão pela qual o casamento também se banalizou, é que o sexo se tornou fácil fora do casamento! Os homens e as mulheres transam nos namoros, logo o casamento se tornou uma condição desnecessária para o sexo. Os relacionamentos
perderam a seriedade. Hoje, os casais vivem uma vida de casados nos namoros e isso banaliza rapidamente o relacionamento, já que o sexo acaba se tornando o objetivo imediato do mesmo. A coabitação se tornará um modelo de relacionamento comum no futuro!

A supervalorização do sexo é um fenômeno recente, de algumas décadas para cá! Hoje, o sexo se tornou um problema na maioria dos relacionamentos. A supervalorização do sexo ajudou a aumentar a intolerância às frustrações sexuais. As pessoas usam a falta de prazer sexual como motivo para o divórcio!

Stefano disse...

@Anônimo (10:24)
"viva a putaria, vão começar a defender o que agora ? sexo na presença de crianças ? afinal sexo e algo tão normal não ?"

Uma grande falácia "non sequitur", quer dizer, a conclusão não se sustenta na premissa. Mas, talvez, eu esteja sendo muito "exigente" com comentaristas "troll"... ou não?

Assunto delicado, difícil mesmo, Lola para todos nós. Consigo entender perfeitamente quando a coisa se trata de outras pessoas, que não me envolva. Mas, é extremamente complicado para eu compreender quando tento me colocar no lugar de alguém envolvido, quando tento fazer o exercício, mentalmente. Creio ter ciúmes em demasia (mesmo que sempre tente me policiar) para conseguir levar numa boa uma relação aberta. Por enquanto, vou vivendo meu amor monogâmico de forma intensa. Até quando? Não sei, mas isso não me incomoda hoje.

Anônimo disse...

erres errantes,

eu acho que algo é opressor qdo é imposto mesmo que a pessoa não queira. que monogamia funciona, sabemos, mas não pra todo mundo. veja o caso da lola.

na minha concepção, o ideal pra mim seria gostar mesmo de várias pessoas do mesmo jeito que gosto de vários amigos e não tenho apenas um amigo. acho perfeitamente possível que se goste de mais de uma pessoa e todos se respeitem. mas aí tem que rolar lealdade (coisa que eu acho mais complicada pelo que já vivi). nem sempre uma pessoa tem mais de um parceiro só pelo sexo.

eu mesma já gostei de algumas pessoas ao mesmo tempo e fiz sexo pq estar com essas pessoas era gostoso e eu gostei dessas pessoas. já fiz tbem sexo sem exatamente estar gostando da pessoa pq foi coisa passageira.

só pra dizer que nem sempre é apenas pelo sexo por sexo.

Mirella disse...

Quanto ao ciúme: odeio, odeio, odeio, abomino, abomino, abomino.

Ciúme é fruto de uma insegurança interna que você projeta nas ações do outro. Nunca, nenhuma segurança que o outro lhe der será o suficiente para saciar esse medo que a pessoa sente até que se resolva (geralmente através de terapia).
Ciúme diz muito sobre quem sente, não sobre o alvo. É doentio, tóxico, sufoca o outro.

Tenho seríssimos problemas com quem demonstra ciúme e quer controlar ou vigiar alguém. Ciúme eu também sinto (e é bem irracional), porém eu nunca demonstro. Deixo o ciúme morrer bem dentro de mim, pois sei que não há razão de ser.
É como eu sempre digo: se a pessoa com a qual estou quiser me enganar, trair etc, é uma escolha dela. Nada do que eu fizer poderá impedir. A pessoa precisa querer estar comigo e ser honesta por vontade própria, por respeito e amor a mim, da mesma maneira que ajo para com ela. É uma escolha que para mim vai além da fidelidade, é lealdade, respeito e consideração - que não tem nada a ver com monogamia. As pessoas mais desleais e desrespeitosas que conheci eram monogâmicas (digo no âmbito do relacionamento), conservadoras e adoravam defender a família, a tradição e a propriedade. Para em seguida abandonar filhos, cônjuges, família à própria sorte. O problema destas pessoas não está no tipo de relacionamento e sim no caráter. Ser adepto do poliamor ou da monogamia não torna ninguém nem monstro nem santo. Tudo depende do caráter dos envolvidos e é por isto que ciúme não tem razão de ser. Cobrar atitudes por ciúme é falta de respeito, de consideração e de segurança. Ciúme é doença.
Amar é diferente de cobrar, vigiar, encurralar. Se você faz isto, vá procurar tratamento antes que morra de infelicidade, seu casmurro.

Anônimo disse...

sexo é normal, siiiiiiiim!!!!!
e se você acha que dizer isso é a mesma coisa de dizer 'então façam sexo na frente de crianças', então você é um infeliz (no sentido mesmo de não ter felicidade, de ser um coitado desesperado e perdido no mundo)! sexo é normal e é uma delícia. viva!!!!

Lorena disse...

"Talvez eu pense assim por ser parecido com a Lola em alguns aspectos - não sinto necessidades de grandes mudanças e adoro rotina. Quando mais previsível e tranquila, mais me sinto confortável na vida. "

Me vi nesse comentário. Concordo plenamente. PRA MIM, monogamia é um acordo muito bom, muito válido e não me vejo encarando outras formas de relacionamento. Amo a rotina de casal, minha vida tranquila, isso é muito importante pra mim.
Em compensação, acho que o mito do amor romântico é um entrave à felicidade amorosa de muita gente. As pessoas muitas vezes permanecem presas em relacionamentos fracassados por acreditarem que precisam disso, precisam se relacionar, precisam de um@ companheir@, enfim, que precisam de alguém. E não é assim que as coisas funcionam. Acho que desmistificar a monogamia é importante, sim. Nem todo mundo gosta e aceita monogamia. E melhor que o acordo poligâmico seja explícito do que haver traição de confiança entre os envolvidos.
Pra mim, sendo pessoas adultas e estando de comum acordo, sempre, qualquer forma de amor é válida.

Stefano disse...

Momento "humor trash" (um pouco menos burro que os midiáticos): Lola, vai ser difícil os trolls não se reproduzirem, mesmo com o marriage strike... é que amebas se reproduzem assexuadamente, por divisão celular mitótica (hehehe).

Anônimo disse...

Oi Lola, tudo bem? Curti o post, tem umas reflexões que eu já fazia, embora ainda não esteja bem certa se concordo com alguns pontos específicos (por não ter me debruçado ainda profundamente sobre eles), mas enfim, não é esse o caso.

Já que você mencionou o seu relacionamento, eu tomo a liberdade de perguntar como vocês lidam com o ciúme, se é que há. Compreendo se você não quiser responder. É que pra mim isso ainda é muito complicado pois, mesmo tendo clareza sobre o absurdo da ideia de posse de um ser sobre outro e todas as implicações disso, não me sinto preparada para ver alguém que eu goste muito nos braços de outrem. Sei o quanto esse sentimento é motivado por uma enorme insegurança/baixa auto-estima ou sei lá mais o que, mas é isso. Não posso simplesmente ignorar, fingir que não acontece. Estou solteira no momento mas passei por isso recentemente com uma garota que eu alimentei expectativas, e foi horrível. Pior ainda foi a sensação de eu estar sentindo algo muito errado, que não era direito meu. Bom, a minha pergunta vai nesse sentido. Achei melhor explicar partindo da minha experiência pra dar uma luz sobre o que eu to querendo dizer com a pergunta.

Obrigada e um beijo.

Andreia.

Anônimo disse...

Nossa, mas não existe solução absoluta para coisas desse tipo! e tenho certeza que não foi essa a intenção da Lola!

Desculpe, mas ri dessa parte: 'Desnecessário dizer que somos totalmente a favor que mascus e demais machistas não se casem e muito menos reproduzam, né? Façam este favor à humanidade!'

E mais: Eu e meu namorido(?!)-Moraos juntos - Somos simpatizantes de uma vida mais libertária, falamos muito na possibilidade de um relacionamento aberto, mas ainda temos essa amarras da monogamia, do ciúme (e aquele certo sentimentozinho de posse)...mas pensamos que ao longo do tempo em que estivermos juntos hora ou outra vai acabar acontecendo... Só sinto (que pelo menos da minha parte) ainda não será agora.

Anônimo disse...

Não sei o que os mascus querem. Eles dizem que as mulheres são interesseiras e querem casar por dinheiro, mas esquecem que as mulheres hoje trabalham.

Dizem que não querem se casar, mas odeia quando uma mulher diz que não quer se casar.

Dizem que querem sexo casual, mas odeia quando tem mulheres dispostas a fazerem sexo casual.

Homens se toquem: não precisamos de vocês financeiramente nem somos dependentes de qualquer outra coisa que vcs inventam que nós somos.

Mascus, façam o que vocês vivem dizendo ué:Não se casem...Não queiram se casar, sumam do planeta, não tenham filhos ^^

Anônimo disse...

Uma mulher acorda durante a noite e percebe que o marido não está na cama.
Veste o hobby e desce para ver onde ele está. Encontra-o na cozinha,sentado, pensativo, diante de uma xícara de café. Parece consternado, olhar fixo na xícara.
Tanto mais, que o vê limpar uma lágrima. - O que se passa, querido?
O marido levanta os olhos e pergunta-lhe docemente:
- Você se lembra, há 20 anos, quando saímos juntos pela primeira vez? Você tinha apenas 16 anos.
- Sim, claro. Lembro como se fosse hoje. - responde ela.
O marido faz uma pausa. As palavras custavam a sair.
- Você se lembra quando o seu pai nos surpreendeu enquanto fazíamos amor no banco de trás do carro?
- Sim, lembro perfeitamente, diz a mulher sentando-se ao seu lado. Foi um susto!
O marido continua:
- Lembra quando ele apontou uma arma na minha cabeça dizendo:
- Ou casa com a minha filha, ou te mando pra cadeia por 20 anos?
- Lembro, lembro - responde ela, docemente.
Ele limpa mais uma lágrima e diz:
- Hoje,... Eu já estaria em liberdade!

Anônimo disse...

Lava tua boca para falar de casamento!

"Relação" aberta é sinônimo de egoísmo, sofrimento e violência emocional contra o parceiro, seja homem ou mulher.

Amor e fidelidade são inseparáveis. Só que nunca amou pode achar que o amor é uma mentira. Por isso a monogamia está em xeque na sociedade atual: porque as pessoas perderam a condição de sustentar compromissos.

Aos leitores deste blog que pretendem "superar" a civilização em matéria de afeto, desejo nada mais do que as consequencias disso. O fim da monogamia é o triunfo do capitalismo selvagem sobre as relações humanas.

Anônimo disse...

"Meu marido é quem veio com a proposta de um casamento aberto. No inicio me assustei, acredito até que tenha chorado.
Eu fui criada para casar, pertencer a um homem e ser feliz com ele e com muitos filhos... Mas as coisas não ocorreram bem assim. Que bom, que sorte a minha, pois ao contrário dos casamentos ditos monogâmicos, onde a traição rola solta, o meu se mostra diferente. As pessoas me perguntam como podemos nos amar tanto, depois de tanto tempo, e a resposta é que somo livres e fiéis. Fiéis? Sim, somos fiéis, pq toda relação existente fora do casamento passa antes por nós dois, não é feito às escondidas."

Cai na real, minha amiga, você está sendo usada! Ninguém merece tanta humilhação vinda de um homem. Sua vida não pode depender de manter-se iludida com esse discursinho dos anos 60. Quando você despertar dessa noite de trevas, a dor será insuportável.

Digo por experiência própria.

Sonado Alaikor disse...

@13:58

Não tem sido o meu caso, mas valeu a dica '-'

@14:09

Tenho a tendencia a não levar a sério adolescentes que se frustram na cama. Uma transa ruim é trabalho de mais de uma pessoa...

Mirella disse...

"O fim da monogamia é o triunfo do capitalismo selvagem sobre as relações humanas."


Lola, sua capitalista selvagem e consumista! tsc tsc tsc tsc

Anon das 14:34, vai tomar toddy, vai

Sandro disse...

A grande verdade é que as feministas querem substituir uma sociedade baseada em contratos e associações livres por uma baseada na violência e na força. O resultado será o total colapso social.

Bruna B. disse...

Post maravilhoso. Colocou em palavras tudo o que eu penso.
Desculpem os casados e casadas, mas 99% dos casamentos que eu conheço se resumem a uma mulher sendo dominada e feita de empregada/babá pelo marido.

Sad, but true.

Sara disse...

Mirella ganhou uma fã, maravilhoso seu comentário amei cada palavra e penso igualzinho .....

Mariana disse...

Lola, não tem nada a ver com o post, mas você viu a última do Rafinha Bastos?

http://www.youtube.com/watch?v=OzVbxJhCi_k&feature=share&list=ULOzVbxJhCi_k

Maíra disse...

Gostei do post e acho o ponto de vista válido, apesar de afirmar que não funciona para mim. Vivo numa relação completamente monogâmica há 11 anos com outra mulher e me sinto bastante satisfeita, realmente não tenho vontade de me relacionar com outras mulheres e acho que, se o tivesse, preferiria terminar meu relacionamento. Gosto da monogamia, mas acredito na liberdade das relações humanas, acho que cada um deve viver de acordo com o que funciona para si. Se o casal numa decisão conjunta decide viver um relacionamento aberto, por que não? O que as pessoas que criticam esse post não entendem é que o direito à liberdade deve ser respeitado, e não a obrigação de seguir isso ou aquilo! Ninguém deve ser obrigado a ser monogâmico, assim como o oposto também não deve ocorrer. "Putaria" e monotonia são conceitos completamente relativos, o que é para mim pode não ser para o outro. Uma pessoa monogâmica não é obrigada a ficar com outra que não o é, para mim isso parece muito óbvio! E isso da pessoa ser "usada" e depois descartada, ah gente, dêem um tempo, né? Por que alguém se colocaria numa posição de objeto, para afirmar que foi usada? Acho que isso é se vitimizar demais! Claro que enganar e trair é completamente diferente, por favor, não misturem as coisas! Não entendo essa dificuldade que algumas pessoas têm em aceitar o que é diferente do que sempre foi imposto pela sociedade.

Ass: Maíra (logada pelo blog!)

Alice disse...

mais feminista, mais decadente. ex: Suécia (nunca se viu tanta decadência).

mais machista, ápice. ex.: Afeganistão (nunca se viu tanto poder e glória, mesmo antes da invasão norte americana).

André disse...

Lendo alguns comentários até parece que o ser humano é um animal que não consegue controlar seus instintos.

Lord Anderson disse...

Bem, eu concordo e muito que o mito do amor romantico, no sentido de felizes para sempre que se sustenta em si mesmo, sem espaço para mais nada, realmente atrapalha a vida da gente.

Eu vi muitos casamentos infelizmente na minha vida, com coisas que iam desde violencia, abuso, há mudança no sentimento.


Não acredito muito em amor eterno, e não sou monogamico atualmente, mas tive relações assim antes. Algumas terminarem bem, outras não.

Mas conheço pessoas que são realmente felizes assim, e que não tem espaço para outros relacionamentos simplesmente pq se bastam.

Nos dias atuais eu não acho que monogamia seja uma prisão tão severa assim.

Há mais opções para relacionamentos e mesmo o casamento formal tem sido substituido por uniões estaveis.

Não acho que a monogamia vai acabar, mas ela vai ser mais flexivel e com menor pressão sobre quem a vive.

(sim, mesmo com tanto conservadorismo e machismo eu tento ser otimista :)

Lord Anderson disse...

Ah sim,Um post sobre relacionamentos e com menção a poliamorismo?

Melhor eu comentar pq ja tem gente demais achando que eu sou fake, seja lá oq isso significa. hheheheheh

Anônimo disse...

vc le a veja Lola -- dinks..??

Débora disse...

Anônimo disse...
"Meu marido é quem veio com a proposta de um casamento aberto. No inicio me assustei, acredito até que tenha chorado.
Eu fui criada para casar, pertencer a um homem e ser feliz com ele e com muitos filhos... Mas as coisas não ocorreram bem assim. Que bom, que sorte a minha, pois ao contrário dos casamentos ditos monogâmicos, onde a traição rola solta, o meu se mostra diferente. As pessoas me perguntam como podemos nos amar tanto, depois de tanto tempo, e a resposta é que somo livres e fiéis. Fiéis? Sim, somos fiéis, pq toda relação existente fora do casamento passa antes por nós dois, não é feito às escondidas."

Cai na real, minha amiga, você está sendo usada! Ninguém merece tanta humilhação vinda de um homem. Sua vida não pode depender de manter-se iludida com esse discursinho dos anos 60. Quando você despertar dessa noite de trevas, a dor será insuportável.

Digo por experiência própria.

3 de setembro de 2012 14:39


ANONIMO
Vc nao entendeu nada do que escrevi... Leia de novo.
Eu tive esse choque pq fui criada para ser assim, e nao para ser livre. Toda a educação que recebi foi para servir ao outro ser meiga, docil e fiel. Nao estou sendo usada e pra ser sincera, quem usufrui mais dessa liberdade sou eu. Quem vive mais relacionamentos externos ao casamento sou eu. Nao creio que isso seja por algum motivo especifico, acho que é por que aconteceu assim mesmo ate agora.
Engraçado as pessoas acharem como a Ana, que so os homens vivem outras relaçoes no poliamor. Nao funciona assim, os dois são livres para viver outras experiencias, e elas nao lembram em nada um harem masculino.
Uma relaçao assim, exige muita confiança e amor.
Espero mesmo que quem opte por ser monogamico seja de fato, pois infelizmente, a maioria dos monog. que conheço sao traidores. Juro, a maioria. Se nao estao traindo, ja trairam. Injusto tambem.
Vejo muitos homens que traem muito e nunca aceitariam uma traição da esposa. Muito injusto tambem. Afinal o que é um relacionamento aberto? No meu caso é o relacionamento que tem como base a confiança, o respeito e a fidelidade ao parceiro, e onde os dois podem se divertir.

Anônimo disse...

Alias, sobre esse tema o legal é aquele velho e bom ditado: "Não faça com os outros o que não deseja que seja feito com você."
Se td mundo tá a fim, façam o que bem desejar, mas fazer as coisas à bel-prazer sem o consentimento dos outros não dá, né?

Alice disse...

escreveu o anônimo: "quanto mais feminista, mais decadente."

exemplo 1: Suécia - alto grau de igualdade entre homens e mulheres e também de tudo de ruim que se possa imaginar (miséria, violência, ignorância... a família não existe mais lá.)

exemplo 2: Brasil - alto grau de desigualdade entre homens e mulheres e também tudo de maravilhoso que se possa querer de um país (ninguém trai, ninguém se divorcia, os filhos não são espancados nem estuprados, temos muita segurança no geral, miséria nula e uma educação de dar inveja a qualquer paizeco em que haja mais igualdade de gênero por aí...).

Relicário disse...

Eu ainda não me convenci que a monogamia não é o caminho...talvez não seja para todos, mas não há de se afirmar que não é para a maioria, pois desses 50% dos casamentos que acabam, 95% voltam a ter relações monogâmicas.

Além disso, eu ainda entendo que o relacionamento aberto é bem melhor para os homens, não consigo ver diferente disso, vejo a maioria das mulheres "aceitando" relacionamentos abertos, e usufruindo bem menos que eles...

Pra mim não me serve, respeito quem faz essa opção, mas me parece difícil demais. Talvez seja mais comum em momentos e modelos diferentes de relacionamentos, sem filhos, ou pós filhos..., mas na minha com três filhos pequenos, com muita responsabilidade, não consigo pensar em lidar com mais alguém no meio disso tudo, nem pensar...

Angélica

Anônimo disse...

Monogamia é para quem pode e não para quem quer.

A monogamia é o resultado de um estado psicológico de equilibrio emocional e estabilidade. Apenas uma pessoa que resolveu internamente todos os seus problemas psicológicos, todas as debilidades de auto-imagem e de auto-afirmação.

Se até a religião diz que devemos amar Deus acima de tudo ASSIM COMO AMAMOS A NÓS MESMOS. Ou seja, até mesmo os religiosos entendem que uma pessoa problemática jamais poderá encontrar a verdadeira religião porque os seusp problemas a mantém distante de Deus.

AMAR A SI MESMO só é possível depois que todos os problemas de auto-estima e auto-afirmação desapareceram. Assim também desaparece os conflitos internos e por consequência os conflitos externos.

Quem não está satisfeito com a monogamia é porque ainda procura algo. Procura o prazer que não vai encontrar, procura o sentimento que não existe. Procura fora, procura em outras pessoas, aquilo que deveria estar procurando dentro de si mesma.

Parabéns Lola por demonstrar um profundo equilíbrio que chegou mais ou menos cedo em sua vida adulta. Parabéns ao seu marido que parece ser um homem muito bem resolvido.

Marussia de Andrade Guedes disse...

Bruna
A monogamia pode existir sem a exigência de exclusividade sexual. Você pode ter uma relação monogamica e, mesmo assim, ter liberdade de se relacionar com outras pessoas. Estes relacionamentos podem envolver sexo e/ou amor. O poliamor é algo totalmente possível. Vc pode não gostar de várias pessoas mas amar é só uma? Portanto, a monogamia não é algo ruim. A exigência de exclusividade sexual é que é algo terrível, é tratar o outro como objeto, como propriedade, é não respeitar seus desejos e anseios. Ainda é, igualmente, uma atitude ingênua, já que muito raramente as pessoas são exclusivas umas das outras. Embora as pesquisas mostrem que 60% dos homens traem eu acredito, diante do que eu vejo, que este percentual é muito maior. As mulheres também traem , mas menos. E se há uma coisa que eu detesto é viver num mundo de fantasia. Eu acho que amor de verdade é você respeitar os desejos do seu parceiro. Intimidade existe quando seu parceiro divide com você seus anseios , mesmo que envolvam outras pessoas. Eu já li que ciúme não significa amor pelo outro e sim amor por você mesm@. Eu concordo com isto. Como eu disse, eu acho que o poliamor é algo possível mas, em geral, os relacionamentos extraconjugais envolvem apenas sexo. E o grande lance é separar sexo de sentimento. Os homens fazem isso muito bem. Eles são livres para isso , eles são treinados para isso. Você pode amar uma só pessoa mas isso não impede de vc desejar outras pessoas. E vc não vai deixar de amar @ parceir@ por ter realizado estes desejos. O amor envolve mais do que sexo. Eu não entendo como pessoas que defendem a liberdade em outros aspectos da vida social acham normal aprisionar seus/suas parceir@s! Não é a monogamia que é uma prisão e sim a exigência de exclusividade sexual.

Luciana Pacheco disse...

Esse post é muito esclarecedor pra quem acha que questionar a monogamia é "coisa de vadia".

Primeiro porque explica que, se ser vadia é usufruir da sua própria sexualidade com liberdade (o que, aliás, é uma coisa que os homens fazem sem culpa alguma), houve um tempo em que todas as mulheres eram "vadias" e, talvez bem mais felizes do que são hoje.

Segundo porque mostra que, historicamente, os homens defenderam muito a monogamia só na teoria (ou seja, quando dizia respeito às esposas e filhas deles), porque, na prática, eles em geral sempre se sentiram no direito de ter mais de uma mulher, sob alegações clássicas como "a carne é fraca", "homem é assim mesmo" e outras.

Enfim, sempre tive relacionamentos monogâmicos porque nossa sociedade prega que ficar com outra pessoa durante um relacionamento configura "infração", falta de caráter e de respeito. E, se gosto do meu companheiro, não vou querer que ele pense isso de mim. Mas acho muito saudável essa reflexão sobre as desvantagens da monogamia e como alguns casais conseguem buscar alternativas.


Sara disse...

Esse é o tipo de assunto que alvoroça os mascus de plantão, da pra se ver isso pela qualidade dos comentários.

InsoucianT disse...

O blog pode vir a ser a base do roteiro de uma novela da Globo ou de outra TV, mas a Globo é mais abrangente. Lola e Glória Perez de mãos dadas no roteiro. Uma pela roteirista de novelas de sucesso mais a experiência da perda da filha e como o machismo colaborou no desfecho da não devida punição dos criminosos; outra pela experiência escrevendo os posts, promovendo palestras e comentários recebidos no blog. Fica a dica.

Sara disse...

Saudades dos seus comentários Marussia, sempre muito bons...

Anônimo disse...

Esta contracultura de promiscuidade, que vocês chama aqui de poliamorismo, e uma nova moda contestadora incentivada pela mídia, como o "sexo, drogas e rock and roll" nos anos 70, basta irmos as cracolândias, para vermos o resultado.
As novelas, via de regra, apresentam as mulheres adúlteras como carentes e boazinhas; retratam os maridos como cruéis e opressores e os amantes (ricardões) como salvadores, heróis e gostosões. Tudo isso confere ao adultério uma aura sentimentalista de aparência sublime e heróica. Ao atingir a mente das pessoas, a mensagem comunica, subliminarmente (e às vezes quase explicitamente), que “adulterar é bom e bonito, ser marido é uma crueldade e que o bom mesmo é ter romance com as mulheres dos outros.” É claro que tudo isso atinge em cheio e destroça as bases psicológicas que estruturam a família.

Anônimo disse...

Eu namoro a 7 anos e sou infiel. Não tenho coragem de pedir um relacionamento aberto ao meu namorado e confrontar a sociedade (preguiça??) em relação a isso. Pra mim está bom assim. Acredito realmente que exista gente com o perfil mais monogâmico e outros com o perfil menos, então, monogamina não pode ser aplicada a todo mundo, ainda que as pessoas finjam que pode, por força de imposições da sociedade.

Não tenho ciumes do meu namorado e não acho que ele seja fiel. Foda são os homens que são infiéis e podam a namorada, achando que ela também não pode. Você que acha que ela não pode e morre de ciúmes, ta lascado porque a traição começa pela cabeça, se ela não te trai fisicamente por imposição da sociedade ou sua, sei lá, pode apostar que na hora do vamo ver eventualmente ela pensa em outro no seu lugar. Traição é uma coisa inevitável: física ou metafisicamente falando.

Anônimo disse...

o personagem Candinho da novela global, e para vocês um exemplo de sucesso no poliamorismo ?

Anônimo disse...

Luciana Pacheco

Você comete o mesmo erro dos masculinistas.

A generalização.

Você diz que todos os homens são iguais, que todos os homens são infiéis. Suas palavras foram "Os homens defendem a monogamia só na teoria". Isso é sintoma de misandria. Não difere em nada da misoginia masculinista, apenas está do lado oposto, mas é tão negativa e venenosa quanto.

Se cuida ;-)

Pescoço disse...

Mas então o que acontece quando a mulher deixa de ser bonita com o passar da idade? ninguem vai querer manter um relacionamento poligamo com ela. Vai encalhar sem filhos/mãe solteira EM TODOS OS CASOS yay!
Gostei do seu raciocinio, ter sexo com varias mulheres diferentes até encontrar outras que façam sexo melhor e sejam mais bonitas. Problema seria eu não encontrar uma mulher boa suficiente para ser mãe dos meus filhos..

Marussia de Andrade Guedes disse...

A exigência de exclusividade sexual é coisa de quem sabe muito pouco sobre amor e sexo. Eu acho que ninguém sabe tudo sobre amor e sexo e poucas pessoas sabem muito, mas quem cobra exclusividade ainda está no jardim da infância .

Anônimo disse...

vocês ficam discursando aqui teorias de relacionamento aberto, mas o que se ve na realidade e exatamente o contrario, mulheres reclamando que faltam homens para compromisso serio,Não faltam homens, faltam mulheres realistas, humanas e solidárias. Faltam mulheres tolerantes, capazes de aceitar os homens com condições mais limitadas do que as delas. As mulheres não ajudam, não crescem junto com o homem, não investem no homem. Elas querem um sonho delirante, falso, distorcido.

Elas querem um filme romântico cheio de clichês femininos egocêntricos. Elas querem ilusão e não realidade. Elas querem uma felicidade pronta, artificial, preguiçosa, sem esforço e sem mérito.

Anônimo disse...

Para mim vocês estão confundindo liberdade, com promiscuidade libertina,
As mulheres não reclamam de que não podem ser certinhas!
O comportamento mais comum das mulheres de hoje é reclamar da discriminação dos homens contra as promíscuas. Elas dizem que não querem ser discriminadas por causa do passado sexual, pois não discriminam o passado sexual dos homens! A lógica disso é simples: As promíscuas querem ser aceitas, principalmente na fase da pós-promiscuidade. A reclamação delas não é em relação ao presente, mas sim, em relação ao futuro.
No entanto, não vemos em lugar algum, mulheres sofrendo porque querem ser
certinhas, ou porque querem ser monogâmicas. Todas elas acham isso pré-histórico, velho e antiquado. Muitas acham isso um machismo arcaico, obsoleto, insuportável!

A questão da mulher não querer ser fiel não tem relação alguma com a crítica em si contra o machismo! A mulher não quer ser fiel, simplesmente porque não vê vantagens nesse comportamento. A promiscuidade feminina agrega um conjunto de lucros e vantagens que a mulher não suporta renunciar.

Anônimo disse...

algumas de vocês e favor de relacionamentos abertos com homens pobres, que andam de ônibus ??

ou do tipo da novela, onde um homem tem três mulheres, e banca elas em tudo ?

Leandro disse...

Para quem não sabe, existem princípios morais de grande importância para a eficiência dinâmica de qualquer sociedade, os quais estão sujeitos a este aparente paradoxo: a incapacidade de segui-los em um nível pessoal gera enormes custos em termos de eficiência dinâmica. Logo, certas instituições sociais são necessárias para transmitir e estimular estes princípios morais individuais, os quais, por sua própria natureza, não podem ser impostos pela violência e pela coerção, mas são, não obstante, de grande importância para a eficiência dinâmica de qualquer sociedade. É principalmente através da religião e da família que os seres humanos, geração após geração, conseguem internalizar estes princípios e, assim, aprendem a mantê-los e a transmiti-los para seus filhos. Os princípios relacionados à moralidade sexual, à criação e à preservação da instituição da família, à fidelidade conjugal, ao cuidado com os filhos, ao controle de nossos instintos primitivos, e à superação e coibição da inveja são todos de crucial importância para todo e qualquer bem sucedido processo social de criatividade e coordenação.

Mariana de Mesquita disse...

Sobre os comentários "mascu": é que nem aborto, meu querido: se legalizar, vc não é OBRIGADO a fazer, ok??? O mesmo pra maconha, tá?

Adorei o texto. Vi um filme delicioso esses dias; Dieta Mediterrânea - dir.: Joaquin Oristrell, 2008.

Anônimo disse...

Talvez o amor nos faça envelhecer antes da hora, e nos torna jovens quando a juventude passa. Mas como não recordar aqueles momentos? Por isso escrevia, para transformar a tristeza em saudade, a solidão em lembranças. Para que, quando acabasse de contar a mim mesma esta história, eu a pudesse jogar no Piedra - assim me dissera a mulher que me acolheu. Então - lembrando as palavras de uma santa - as águas poderiam apagar o que o fogo escreveu.

Todas as histórias de amor são iguais.

Mariana de Mesquita disse...

Sobre os comentários "mascu": é como aborto, meu queridos: se for legalizado, vc não será obrigado a fazer, ok? Maconha a mesma coisa...

Um filme sobre que amei: Dieta Mediterrânea - 2008 - Dir. Joaquin Oristrell.

Mariana de Mesquita disse...

Queridos amigos "mascu" favoraveis ao sexo na frente de crianças (poxa, que ideia! Nós nnca teriamos pensado nisso... se bem que, com a cama compartilhada com os bebês recém nascidos...). Bom: é que nem aborto, emus queridos: se for legalizado vc não será obrigado a fazer! É que nem maconha! Vc não será preso se não fumar quando for legalizada, tá?

Sobre o post, me lembrei de um filme delicioso: Dieta Mediterrânea - Filme 2008 - Dir.: Joaquin Oristrell.

Alice Fox disse...

"A exigência de exclusividade sexual é que é algo terrível, é tratar o outro como objeto, como propriedade, é não respeitar seus desejos e anseios. Ainda é, igualmente, uma atitude ingênua, já que muito raramente as pessoas são exclusivas umas das outras"




Quanto lugar-comum e achismo vejo nos comentários. De um lado os mascus chamando meio mundo de vadia por fazerem um questionamento, do outro lado os pseudo-mordenex (como a colega acima) que dizem que quem é diferente é infantil (como ela mesma disse "quem faz tal exigência está no jardim de infância e não entende nada de amor"). Então só existe um caminho para se compreender o amor? Ele não tem inúmeras formas de dar certo? Existe só uma maneira certa?

Engraçado que quem faz um discurso pró-liberdade, muitas vezes, tem um discurso autoritário mascarado. "Eu sou certo, eu sou descolado, e quem não concorda é um alienado pelo sistema". Quanto à exigência de exclusividade sexual, parto do princípio de que somos livres. Cada um pode querer para si o relacionamento que julga ideal. Se eu dou e quero exclusividade sexual, não existe problema nenhum em cobrar isso. Primeiro que não tem nada a ver esse papo de propriedade. Se eu quero exclusividade sexual e um potencial parceiro não quer, ele não é obrigado a ficar comigo. Não amarro ninguém no pé da cama, e nem coloco em cárcere privado. Ele está livre para procurar outra parceira que tenha as mesmas vontades que ele. Se alguém só gosta de relacionamento aberto, tb está no direito de fazer essa exigência. Aí, se a outra pessoa não quiser, é só pular fora também. Ninguém está tirando o caráter de sujeito do outro. Ninguém está sendo coisificado, mas cada um tem o direito de ter seus critérios sexuais/afetivos, e isso não tem nada a ver com tratar o outro como propriedade.

Tratar como propriedade é tolher as liberdades. É obrigar a pessoa a ficar com vc. É prendê-la, mantê-la em cárcere privado, forçá-la a fazer coisas que não quer, achar que ela só serve para uma coisa (sexo, cuidar da casa/filhos, colocar comida na mesa). E em um relacionamento igualitário isso não existe, com ou sem exigência de excluvidade sexual.

lola aronovich disse...

Pessoas queridas, fechei a opção de comentários anônimos agora à tarde, depois reabri, agora fechei de novo. Normalmente 90% dos comentários anônimos são de mascutrolls totalmente sem noção que já têm os espaços não visitados deles mas insistem em vir em blog feminista fazer copy & paste do Nessahan Walita. Só que hoje o percentual de comentários anônimos idiotas chegou a 99%. E são muitos comentários. É estranho, porque se eles são tão desapegados, se eles estão tão convencidos que o marriage strike é a solução (e achamos que pra vcs é, SIM, por favor, não desistam!), por que um assunto como monogamia mexe tanto com eles? Opa, acho que sei porquê. É que no universo mascu, a mulher tem que ser fiel e monogâmica pro cara ter certeza que o herdeiro é dele. Mas homem não, porque é biológico -- homem precisa espalhar sua sementinha. Ou seja, é exatamente esse temor que Regina Navarro Lins descreve, essa tentativa de controlar a sexualidade feminina. A revolta dos mascus é que eles não conseguem mais controlar nada disso. É que nem o menininho que brinca no playground como se fosse seu unvierso particular. Aí alguma criança vem sugerir uma brincadeira mais democrática, mais inclusiva, e o menino se ofende e vai embora, chorando que não quer mais brincar.
Mascus são meninos mimados e chorões, nada mais do que isso.

Elaine Cris disse...

"Mas então o que acontece quando a mulher deixa de ser bonita com o passar da idade? ninguem vai querer manter um relacionamento poligamo com ela. Vai encalhar sem filhos/mãe solteira EM TODOS OS CASOS yay!"

E só mulher bonita é que fica/transa/namora/casa/descasa/mora junto?
Meu filho, sai pra rua. A maioria das pessoas não é considerada bonita de acordo com certo padrão e está aí ficando, namorando, transando, casando, descasando.

Sara disse...

Até desanima ler os comentários hj, infelizmente acho q a monogâmia mais estritamente a da mulher é um dos pilares do machismo.
É triste ver como defendem essa pratica com unhas e dentes, culminando muitas vezes com os crimes passionais que tem aumentado assustadoramente, cometidos por homens que não admitem em nenhuma hipótese a perda da companheira, que considera propriedade sua, preferindo ve-las mortas do que livres.

Elaine Cris disse...

"É estranho, porque se eles são tão desapegados, se eles estão tão convencidos que o marriage strike é a solução (e achamos que pra vcs é, SIM, por favor, não desistam!), por que um assunto como monogamia mexe tanto com eles?"

Lola, acho que é porque eles vêem o tal marriage strike como uma espécie de punição para as mulheres. Mas a punição só é punição, se o "punido" a vê como tal.
Se você não gosta de jiló, alguém quer te castigar e diz que não vai te dar jiló, se você sair dando cambalhotas de alegria pela casa, a pessoa que queria te punir não vai ficar nada satisfeita com isso, rs.

Abçs e força com os trolls, rs

Anônimo disse...

acho engraçado a mascuzada vindo aqui falar
besteira pagando de falso moralistas..

os mesmos que frequentam o canal do bufalo
e o testosterona que fazem apologia ao estupro
e pedofilia...


''Aí eles dizem que o feminismo foi maravilhoso porque agora
eles conseguem pegar um monte de mulher. (Aham). ''

acho que não pegam é nada.....

quem vai sair com um troço com essa mentalidade?


"Tudo que as mulheres fazem, cozinha, cuidados de casa e afins o homem faz melhor. E se o homem for resolvido interiormente ele não sente nem solidão,
ao contrário da mulher que entra em depressão profunda!"

hahahahhahhahh


gostei da piada, conta a do papagaio agora.

''Também temos um problema que afeta
a todos os gêneros que é a falta de dialogo e confiança.''


o tal DR ficou muito MISTIFICADO... esse é o problema
a midia machista colocou isso como briga e muitas vezes
NÃO É briga, na hora de negociar o que menos interessa
é brigar!.... é necessidade de ajustar algumas coisas...
somente isso... mas infelizmente tem cara que simplesmente
REJEITA conversar não querem saber , viram as costas
e sai andando e quando isso ocorre, a gente acaba pensando
que o cara não tem NENHUM interesse no bom andamento da relação.
e aí sim é que começa a merda... vc quer ajustar o cara não quer
saber.... ai já viu.


''Quanto mais feminista um país,
mais sexo casual, menos casamento,
mais mulheres bêbadas, menos filhos,
menos famílias, mais DST's.''

ok, defecador ambulante....

lola aronovich disse...

Alguém perguntou, não lembro quem, como fica o negócio do ciúme no relacionamento entre o maridão e eu. Bom, em primeiro lugar gostaria de poder dizer que eu e o maridão somos super maduros, que somos pessoas independentes finaceira e emocionalmente, e adeptas do "sabemos que não é pra sempre, mas enquanto estamos felizes juntos, vamos ficando". Infelizmente não é assim. Claro, financeiramente somos independentes, sem dúvida. Se nos separássemos, não haveria nenhuma discussão pelo lado econômico, nenhum de nós sairia perdendo. Mas emocionalmente somos muito dependentes um do outro. Acho que, numa separação, nós dois sofreríamos demais, e não sei se e quando nos conformaríamos pra seguir em frente. Certamente seria uma barra e tanto.
Bom, sobre o ciúme, creio que não somos pessoas ciumentas. De vez em quando a gente brinca de ser ciumento, por exemplo, eu pergunto pra ele se ele fingiu que foi trabalhar, mas se na verdade foi ver as amantes. Ele responde coisas diferentes, de acordo com a ocasião. Mas é tudo brincadeira.
Acho que, como nós dois somos pessoas muito éticas, seria difícil um enganar o outro. Se houvesse uma traição (palavra forte, essa), o outro teria que saber, e a gente falaria sobre isso. Pra mim é impossível mentir, eu simplesmente não consigo.
Como já falei no post em que descrevo como a gente se conheceu e tal, nossos primeiros 3 anos juntos foram complicados, porque nenhum de nós havia estado num relacionamento sério e longo antes, porque era estranho se sentir meio sufocado (acho inevitável se afastar um pouco dos amigos, porque a gente sente vontade de ficar junto com o amado o tempo todo), e porque não tínhamos certeza que realmente queríamos ficar juntos. Quando eu me mudei de SP pra Joinville, e ele levou um semestre pra decidir se queria esta mudança pra vida dele, eu fiquei com 3 caras. Pra mim não foi traição porque eu não estava com o Silvio na ocasião, e nosso presente e futuro juntos não estavam definidos. E também aqueles 3 casinhos não significaram nada, foi só sexo, não tirou pedaço, ninguém se apaixonou nem nada. Não sei se durante aquele semestre Silvinho ficou com outras mulheres, nem perguntei. Eu contei pra ele dos meus casinhos (porque a gente se comunicava constantemente, e ele vinha lá de Osasco me visitar), e ele realmente não deu a mínima. Até porque ele é um homem bem resolvido. Ele tem várias inseguranças, como todo mundo, creio eu, mas essa de ter que vestir uma caricatura de gênero pra provar que é machão o tempo todo ele não tem. ALELUIA. Eu não ficaria com um cara assim.

Anônimo disse...

Lembrei

http://www.natgeo.com.br/do/videos/view/23777720-tabu-poliamor

Unknown disse...

Até entendo a ideia de poligamia, poliamor e tudo. Porém essa ideia me assusta. Sempre fui muito romântica, apegada e ao mesmo tempo caseira.
Uma vez uma namorada disse que tinha ficado com outra pessoa, eu comecei a chorar. Não senti raiva dela, e nem ciúmes, inclusive pedi um abraço dela. Mas me senti gelada e vazia por dentro. Foi terrível. Parecia que meu coração ia quebrar como vidro.
Felizmente ela foi compreensiva e cuidou bem de mim. ^__^

lola aronovich disse...

Muito interessante esse vídeo de 3 minutos, com legendas que vc postou, Dona. Vai causar engulhos nos mascus, porque, né? Uma mulher que já não é mais tão jovem e tá fora dos padrões de beleza ter não só um, mas DOIS homens? Isso vai contra todas as leis do universo mascu!
Mas, sinceramente, se todo mundo tá de acordo com aquele tipo de arranjo familiar, qual o problema? Quem disse que só pode existir um modelo? A bíblia? (ih, melhor não falar da bíblia, pra não ser denunciada por genocídio de cristãos novamente).


Raziel, entendo como a ideia pode ser assustadora. Aliás, se tem uma coisa em que mascus e feministas como a Regina Navarro Lins concordam é que o amor romântico é um mito (claro que as explicações que cada um dá são completamente diferentes), uma construção social. Eu me acho bem romântica, carente até. Dispenso flores, bombons, qualquer presente material, mas eu quero ouvir (e dizer) um "eu te amo" todo dia.
Legal vc estar comentando aqui, moça!

Unknown disse...

Não sei se o amor romântico é uma construção. Sei que ocitocina de um romance me faz muito bem.
Presentinhos eu gosto, mas coisas simples: Uma florzinha roubada do pé, ou jarrinho de flores ou outra plantinha de janela. Uma bijou feita à mão pela própria pessoa(já fiz muitas, e ficavam lindas porque eu me inspirava em RPG). Gosto de coisinhas simples e com significado.

Um presente que eu dei uma vez para uma menina foi uma caixa de chocolate de R$3.99 chamado Amor Carioca, puis num papel de presente de tema de gatinho e enchi de moedinhas de chocolate e florzinhas.
É algo simples, mas liga o fato d'eu ser carioca(e viver no RS e a menina ser gaúcha), o papel de presente de tema de gatinho ser porque nós duas amávamos gatinhos, e as moedinhas e florzinhas eu puis porque achei bonitinho.

Pena que ela descobriu meu... Awn... Passado Negro, e não quis mais falar comigo.(sabes do que eu falo, Lolinha =/ )

Também uma coisa que me arrependo do meu "Passado Negro", é porque eu estava revoltada atoa. Analisando mais a fundo, eu já fui muito feliz sim. Poderia ter sido mais, mas agora serei. ^_^ \o/ E não perderei mais tempo com bobeiras nunca mais...

Anônimo disse...

Bem... não vou nem comentar sobre alguns comentários feitos (ainda me pergunto como algumas pessoas pensam de uma forma tão pequena)...
Falando do post... Adorei ele!!! Compartilho cada ideia ali colocada, até porque não encontrei até hoje alguém que me fizesse pensar: Bem, é com este que quero passar o resto da minha vida e só com ele.... Sabe, não julgo casamentos monogamicos... alias, até gostaria de ter um (se achasse um parceiro legal)...
Agora, seja pela monogamia, seja com varios parceiros... uma coisa é clara: a liberdade TEM QUE VIR em primeiro lugar.... Ciume, Restrição, Medo de perder (alias, medo de perder me faz pensar na outra pessoa como um objeto, vc "detem" ela até certo ponto... e uma hora "perde"... O.o).... Enfim, não consigo ver um amor que tenha estes elementos na relação... Logico que é dificil abstrair TODOS os preceitos, parametros e regras na qual fomos criad@s... É dificil se despir destas ideias patriarcais de uma vez só... Alias, isto só se faz possivel (na minha concepção ao menos) através de muito trabalho interior..... Enfim.. pra terminar meu comentario deixo os parabéns por mais um texto otimo lola e uma citação do Bakunin: "
Amar é querer a liberdade, a completa independência do outro, o primeiro ato do verdadeiro amor, é a emancipação completa do objeto que se ama; não se pode verdadeiramente amar senão a um ser perfeitamente livre,independente não somente de todos os outros, mas mesmo e sobretudo daquele pelo qual é amado e que ele próprio ama".

Lord Anderson disse...

"o tal DR ficou muito MISTIFICADO... esse é o problema
a midia machista colocou isso como briga e muitas vezes
NÃO É briga, na hora de negociar o que menos interessa
é brigar!.... é necessidade de ajustar algumas coisas...
somente isso.."

Pois é. Pessoal faz DR parecer uma coisa terrivel pra nós homens, como se fosse apenas um momento para as mulheres reclamarem de tudo.

Eu ja tive essa visão tb. Acho que pq , homens são ensinados a não lidar com problemas emocionais, logo evitamos falar dele, fazemos de conta que esta tudo bem e acreditamos que se não falarmos do problema, ele vai sumir.

Claro que isso não acontece.

Ironicamente eu só fui lidar melhor com isso atraves do BDSM.
Como nele a comunicação honesta entre parceiros é fundamental eu fui aprendendo a ouvir e tb a falar.

A não finger que tudo esta otimo ou que nos entendemos magicamente pelo olhar.

Mas a verbalizar, expressar oq eu sinto, oq busco, minhas duvidas, limites , etc

Isso melhorou muitos as relações que tive.

É algo que vejo pouco na maioria das relações.

As pessoas precisam aprender a perder a vergonha e o medo e falar honestamente com o seu parceiro.

Afinal é com a pessoa que vc vai viver um relacionamento amoroso que vc precisa ter mais intimidade e sinceridade.

lola aronovich disse...

Raziel, amor romântico é uma construção social, sem dúvida alguma. Mas tanta coisa na nossa vida é construção social, e é até boa. A gente tem que parar de pensar que o que é natural é superior ao que é construído, não natural. Tipo: este computador não é natural, chocolate não é natural, ter a companhia dessas feras mal-domesticadas chamadas gatos em casa não é natural, e mesmo assim, eu adoro muito tudo isso!
Fico super feliz que vc esteja deixando todo esse passado negro da sua vida pra trás, Raziel. Aproveite todas as transformações e algum dia, quando se sentir confortável, conte sua história incrível aqui. Pra quem está boiando (todo mundo), Raziel já foi troll, mas comprou meu livro. E esse é só o topo do iceberg das reviravoltas de sua vida. Obrigada por me lembrar que mudar é possível, Raziel!


Danny, Lord, concordo totalmente com vcs. É tão legal acompanhar a sua evolução constante, Lord.

Unknown disse...

Verdade. Muita coisa não-natural é boa, são as tecnologias. ^_^

Olha, pode contar minha história sim. Se quiser, pode divulgar o que eu mandei pro e-mail. Se quiser, escrevo algo melhor. De fato, quem mais está me ajudando são as pessoas da internet, amigxs novos e antigxs. Não tenho nada a esconder, apenas fui subjetiva aqui para não desvirtuar o tópico. Mas se for publicar aqui, me avisa, para eu ficar atenta a esclarecer dúvidas e mal entendidos afim de evitar preconceitos.

Mudar é sempre possível. Nada é impossível para quem não tem a mente pequena.

Pensei em explicar a história agora aqui, mas estou cansada e temo acabar não sendo clara.

Lord Anderson disse...

Lola, obrigado.

Acredito que aprender, evoluir deve ser uma constante na nossa vida.


Quando a gente percebe que não sabe tudo e que pode sempre aprender mais, as coisas ficam mais facil.

E eu aprendi muito aqui no blog. Mas é bom não falar muito disso pq algumas pessoas desconfiam de mim quando eu concordo com vc, rs

Rafael disse...

Discordo no ponto de não deixar os mascus se reproduzirem, pois a personalidade e a inteligência não têm nada a ver com genética. Agora, se for pra impedir que eles possam criar uma criança eu sou 100% a favor.

CCX disse...

Casamento funciona? As vezes. Relacionamento aberto funciona? As vezes. Monogamia funciona? As vezes. O problema é que nem tudo funciona para todo mundo no campo amoroso. O mistério é encontrar a fórmula do seu agrado.
Ps: particularmente estou em um relacionamento monogâmico e feliz há 13 anos. Funcionou para mim, assim como para a Lola, mas não há receita de bolo.

Dree disse...

Sou monogamica mas acho o poliamor uma opção válida de relacionamento. O impotante é que todos os envolvidos estejam ciente e que nenhum deles esteje ali só pra agradar o companheiro (a).
Não é "usar" o outro, numa relação dessas a palavra é compartilhar, sejam prazeres sexuais ou simplesmente companhia. Não importa quantas pessoas estão num relacionamento se ele não é maduro, e equilibrado ele não é bom para niguem.E geralmente o poliamor por deixar claro desde o princípio a necessidade do dialógo, acaba por ser muitas vezes mais confortável e completo.

Fernando Taveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
B. de Campos disse...

Gente, as piadinhas com estupro no CQC estão fora de controle... Há alguma forma de juntarmos um grupo e mandar uma reclamação para a direção do programa?

Marta SP disse...

Muito legal o depoimento da anonima das 11:43.Eu não tenho mais vontade, tb, de ter um relacionamento "tradicional". No meu ultimo namoro, eu tinha momentos (varios), nos quais queria estar sozinha, em outros com amigos, amigas, familia sem a presença dele, e não pq não gostasse, mas pq é uma necessidade minha, de exercer minha individualidade, sei lá. Lembro de uma sábado q estava me sentindo mto mal, com dor de cabeça, e falei pro meu ex que queria ficar em casa, ele surtou, não sabia processar aquilo de jeito nenhum, e ficou me aborrecendo por horas, me deixando pior ainda. Eu gostaria q as pessoas não fossem tão dependentes da presença das outras. Quando vc vai encontrar com alguem pq está realmente a fim é tão melhor, não consigo entender como podem desejar alguem ali do lado, o tempo todo, a contragosto às vezes...Gostaria mto de encontrar alguem que pensasse como eu, q quisesse as alegrias da liberdade e o aconchego do encontro realmente desejado.

Samira B disse...

Adoro a Regina Navarro Lins, sigo seu twitter a acho que ela levanta questões muito pertinentes... Além da questão da monogamia, ela levanta que um dos problemas do casamento é a expectativa criada de que esta pessoa vai te completar em tudo, e atender a todas as suas necessidades. Eu concordo totalmente com esta questão e acredito que, independente da relação ser monogâmica ou aberta, se esta expectativa impossível não for superada por cada um, fica muito difícil ter um relacionamento longo e feliz: vc fica culpando o outro por não estar "realizado" 100% do tempo e ao mesmo tempo tem que lidar com a culpa que o outro joga em você pelo mesmo motivo - resultado: duas pessoas magoadas e ressentidas! Acho que quem opta por um relacionamento aberto simplesmente reconhece que esta equação não fecha. E tem aqueles que ajustam suas expectativas mantendo-se na monogamia, cada um buscando o que considera melhor pra sí mesmo.
Mas o peso social que tem uma traição deve tornar muito difícil manter um relacionamento aberto. Imagina seus amigos vindo te avisar que viram seu marido com outra pessoa na rua e você tendo que explicar a história toda... Se morar numa cidade pequena isto vai acontecer com alguma frequência. Alias, nem precisa ter um relacionamento aberto, se num casal um não tem ciúme quando o outro sai sozinho ou com os amigos, isto já causa certa estranheza em muita gente...Enfim, é sempre mais difícil agir diferente dos outros e descobrir seu próprio caminho.

Sara Marinho disse...

Eu compreendo que ciúmes e consequentemente monogamia são construções culturais ligadas ao sentimento de propriedade, mas eu cresci nessa cultura, então ainda que eu entenda que não é natural ou necessário sentir ciúmes, eu sinto, mas sei lidar com ele(ou não, só tive uma relação em que eu tinha o direito, digamos assim, de expressar meu ciúme, e foi bem rápida, talvez hoje em dia numa relação um pouco mais longa, eu não lidaria tão bem com isso). Eu tenho muita vontade de ter um relacionamento aberto,por vários motivos, tenho dificuldade de permanecer muito tempo ligada a uma pessoa só, acho que um relacionamento aberto daria uma dinâmica diferente a relação, e assim talvez eu não enjoasse, ou não enjoasse tão rápido, das pessoas, além disso, eu sou meio cética quanto a monogamia masculina, eu conheço homens monogâmicos de fato, mas são pouquissímos, tantas vezes descobri adultérios de amigos ou conhecidos homens, dos quais eu realmente não esperava isso, monogamia masculina em geral é um mito, não quero uma relação monogâmica para ser monogâmica sozinha...Enfim, acho que não posso dizer que realmente experimentei a monogâmia, só tive um namoro, que não durou nem dois meses, mas um relacionamento aberto me parece mais interessante, quanto ao poliamor, não sei bem, ainda tendo a ser sentimentalmente monogâmica, eu consigo facilmente sentir tesão e carinho por duas pessoas numa mesma epoca da minha vida, mas nas raras vezes em que me apaixonei fiquei meio que obcecada pelo indivíduo de cada ocasião, e não acho que eu consiga ficar obcecada por duas pessoas ao mesmo tempo...Mas sei lá, paixão passa com o tempo né?Talvez em cima daquele sentimento que fica depois que passa a paixão (amor?), o qual não cheguei a experimentar, eu conseguisseguisse ter relações baseadas no poliamor.

Anônimo disse...

pois é lord.... o primeiro passo
pra relação começar a desandar
é justamente isso, a falta de diálogo!!!

e a cultura e a mídia machista prestam MAIS ESTE deserviço , colocando a DR
como uma mera briga... E NÃO É,
NUNCA FOI. Já tive bastante problema com isso...
quando começava a dialogar na boa
o cara começava a dar PITI do nada...engraçado que a briga partia sempre do outro lado
pois ele já tinha a idéia preconceituosa e burra
de que dr era briga e se recusava a conversar de maneira sistematica...
o que vc acaba pensando??? mil coisas...
e uma delas é a de que o cara não está nem aí pra vc e nem pra relação. se com ele está
tudo bem, o resto não interessa....

ai vc vai ver , ler e conversar com as pessoas
e todos dizem a mesma coisa, FALTOU DIALOGO....
como estabelecer qualquer dialogo com a recusa sistematica de uma das partes? é impossível!
e com o tempo isso vai enchendo o saco, vai desgastando
e a relação vai pro saco mesmo e por um motivo totalmente
idiota.


''Acho que pq , homens são ensinados a não lidar com problemas emocionais, logo evitamos falar dele, fazemos de conta que esta tudo bem
e acreditamos que se não falarmos do problema, ele vai sumir.''

pois é.... esse é o ponto, o problema não vai sumir
como vai aumentar... se houvesse o ''confronto'' logo de cara
o problema seria resolvido e sem drama nenhum.

''Mas a verbalizar, expressar oq eu sinto, oq busco, minhas duvidas, limites , etc'

''Isso melhorou muitos as relações que tive.''

pois é... não é bem melhor assim?

isso não arranca pedaço de ninguém
hahah

Anônimo disse...

verdade,Lola.Mascus explodindo em 3,2,1...
hehehe

Anônimo disse...

Eu acredito na autonomia do indivíduo acima de tudo. Se quiser ter relaiconamento monogâmico, vá em frente, se não quiser, OK. Eu não vejo poligamia com bons olhos, mas a vida dos outros não me diz respeito. Eu mesmo não consigo ser poligâmico, acho muito estranho.

Anônimo disse...

lola, acho tão lindo vc e seu marido! fico olhando e suspirando...

Leandro disse...

O casamento é um contrato voluntário entre um homem e uma mulher, não importa se é instanciado através de cerimônia civil ou religiosa, é um contrato. Um homem e uma mulher firmam um contrato. Todo contrato prevê cláusulas, regras, direitos e deveres para as partes.

Eu não sou contra a rescisão do contrato (divórcio). Mas um contrato livre (sem estas leis estatais de divórcio), além de estabelecer direitos e obrigações às partes, também inclui disposições para a rescisão de contrato. Às vezes, após o acordo contratado foi totalmente satisfeito, por vezes, depois de um período de tempo. "Até que a morte nos separe", é a linguagem popular que descreve o termo de um casamento, mas é um conto de fadas. Metade dos casamentos terminam em divórcio, muitas vezes em circunstância amarga. Questões de adultério, finanças, educação dos filhos, emprego, violência psicológica ou física e até mesmo conflito de personalidade pode precipitar uma ruptura. Estas coisas são equivalentes a uma violação do contrato e os contratos incluem normalmente cláusulas de penalidades para tais eventualidades. A parte violadora pode ser penalizada com perda de bens, direitos, etc.

Ocorre que as leis de divórcio estatais não seguem a lógica de um contrato livre e voluntário, beneficiam uma parte em detrimento da outra, sem nenhuma investigação probatória ou avaliação de transgressão. Enfrentar isso nos termos de um contrato livre e voluntário implica que se uma parte violou o contrato, como por exemplo, se envolve em relações extraconjugais (adultério), tem comportamento abusivo (tipo, o marido estupra a esposa), há uma penalidade contratual (e até civil, neste caso o marido deve ser preso). Com as leis de divórcio estatais, isso não existe. O (ou A) parceiro(a) de mau comportamento não perde nada por violação dos termos do contrato. Toda a vantagem está com o parceiro que violou os termos do contrato. Considerando a natureza hipergâmica das mulheres, é compreensível que 80% dos pedidos de separação - a maioria dessas rescisões sem violação contratual - são feitos por elas. E elas é que são beneficiadas.

Anônimo disse...

o mascu "maria bergamo" agora é "marilia bergamachio", entao vou ignorar e nao alimentar o troll

mas o mascu anonimo eu preciso responder, pq me fez gargalhar aqui:

"Anônimo disse...
algumas de vocês e favor de relacionamentos abertos com homens pobres, que andam de ônibus ??
ou do tipo da novela, onde um homem tem três mulheres, e banca elas em tudo ?
3 de setembro de 2012 18:52"

amigo, esquece tudo oq te ensinaram. esquece essa historia de que mulher não gosta de sexo e só gosta de dinheiro. isso nao ecsiste. mulher gosta de dinheiro tanto quanto homens gostam de dinheiro, algumas são mais ambiciosas, outras menos. a maioria trabalha pra conseguir o próprio dinheiro, até pq dar golpe de baú em milionário como o cadinho da novela é praticamente impossivel já q a maior parte da populaçao (homens e mulheres) é pobre. a vida nao é igual a novelas, nas novelas todo mundo é rico, bonito e educado. mesmo as pessoas mais pobres sao cultas, bem articuladas e moram em casas lindas.

acho hilario como vcs sempre batem na mesma tecla de q mulher nao sai com homem pobre. filho, vai até uma favela, pergunte aos homens nos onibus se eles sao casados. a maioria deles será, com uma mulher igualmente pobre. pq a vida funciona assim: a gente busca alguem do nosso nivel socioeconomico, com rarissimas exceções.

Bruna B. disse...

"Marilia Bergamachio disse...
Monogamia é para quem pode e não para quem quer.
A monogamia é o resultado de um estado psicológico de equilibrio emocional e estabilidade. Apenas uma pessoa que resolveu internamente todos os seus problemas psicológicos, todas as debilidades de auto-imagem e de auto-afirmação."


Quanta arrogância, hein amiguinha?
Eu não sou monogâmica, já tentei (4 vezes) e nem por isso sou uma desequilibrada, miserável, com problemas psicológicos. Muito pelo contrário, sou extremamente bem resolvida e feliz nesta situação.
Larga mão dessa soberba porque tu não és a dona da razão.




Marussia

Não entendi o porquê de aquela resposta ser direcionada a mim.
Não afirmei que todas as pessoas devem largar seus relacionamentos monogâmicos e partir para o poliamorismo. As pessoas encaram o sexo, o amor, os relacionamentos de formas muito distintas, quem sou eu para cagar regra a respeito disso?
Defendo que a pessoa seja livre para se relacionar ou não com quem quiser, como bem entender.

Ah tá, fiz uma afirmação sobre os casamentos que conheço... A maioria é pura fachada, começando pelos meus pais, acabando em 90% dos meus amigos. Ambos traem, mentem, enganam, se detestam, mas mantém o casamento pelo status, pela imagem ou pelos filhos.
Outra coisa que me deixa triste é ouvir a maioria dos homens que conheço afirmar que quer casar para ter um comida quentinha e cama arrumada quando chegar em casa e um filho pra exibir pros amigos e levar aos jogos de futebol. Ou seja, o cara não quer uma companheira, quer uma mãe/babá/empregada.
Mas estou falando do meu círculo social, não estou generalizando e afirmando que todos os casamentos são uma porcaria.



"Anônimo das 18:52
algumas de vocês e favor de relacionamentos abertos com homens pobres, que andam de ônibus ??
ou do tipo da novela, onde um homem tem três mulheres, e banca elas em tudo ?"

Ó céus, que novidade, um mascu chorão que acha que toda mulher é interesseira. Estou até bocejando com tamanha surpresa.

Anônimo disse...

Penso que a monogamia é melhor pois o ser humano senti ciumes,e também se ter um relacionamento já é dificil imagina ter 2,3...fica complicado a vida no sentido pratico.Essa história de poder ter parceiros sexuais sem se envolver acaba deixando a pessoa vazia com o tempo.Quanto a traição acho que isso não existe pois o corpo é do seu parceiro se ele quis deixar ser tocado e tocar outra pessoa sexualmente foi sua escolha,isso pode acontecer alguma vez na vida num casamento de anos mas pra mim não é uma traição,nós somos humanos e as vezes temos ideias diferntes e as seguimos e vemos depois que estavamos errados ou certos mas se isso for algo rotineiro é melhor abrir o jogo para o parceiro e deixar ele fazer o que quiser também mas no fim vai ficar vazio e as pessoas voltam de novo para monogamia.Vamos parar dessa história de condenar os outros porque pularam a cerca e continuam casados ou namorando,isso vale para os homens e mulheres também,eles são apenas seres humanos acertando e errando até chegar ao que lhe deixa mas confortavel.Nunca esqueçam de usar camisinha.

Sonado Alaikor disse...

DR é algo tranquilo, mas eu acho isso pq lá em casa o povo sempre foi de manter um dialogo aberto.

Sobre divorcio...é um tópico que acho bastante delicado. Tenho um caso próximo ocorrendo onde há uma magoa da esposa que alem de acionar oficiais de justiça para tirar o marido de casa (ele nem sabia que o processo estava correndo...e não tem histórico de violência), ainda esta pedindo pensão (ela trabalha informalmente, esta fazendo só para sacanear mesmo).
Temo que eu seria parcial ultimamente, portanto é melhor eu nem adentrar o tópico...

Anônimo disse...

Lendo alguns comentários neste blog, eu noto que existe uma grande distancia , no que vocês dizem no discurso para "ficar bonito" e intelectual, e a realidade,porque ?

Sonado Alaikor disse...

"Lendo alguns comentários neste blog, eu noto que existe uma grande distancia , no que vocês dizem no discurso para "ficar bonito" e intelectual, e a realidade,porque ?"

Porque não é preciso ser gay para apoiar que eles se casem, não é preciso ser negro para apoiar igualdade racial, não é preciso ser mulher para defender uma igualdade dos gêneros, não é preciso viver na africa para compreender e se compadecer com as mazelas da fome.
Nem sempre é preciso vivenciar na pratica algo para que se defenda a pluralidade.

Mirella disse...

"ou do tipo da novela, onde um homem tem três mulheres, e banca elas em tudo?"


Anônimo das 18:52, você percebe que você acabou de perguntar se as pessoas aqui fazem igual à novela?


Gente...

Olha, uma diquinha: se ninguém quer ficar com você, tem mais a ver com a sua personalidade patética do que com andar ou não de ônibus. Bêj

Sara disse...

Bruna
"Ah tá, fiz uma afirmação sobre os casamentos que conheço... A maioria é pura fachada, começando pelos meus pais, acabando em 90% dos meus amigos. Ambos traem, mentem, enganam, se detestam, mas mantém o casamento pelo status, pela imagem ou pelos filhos."

Por uma incrível coincidência TODOS os casais que eu conheço a começar pelo meu próprio casamento rsssss, são tudo de fachada , vc citou alguns motivos para que isso aconteça, mas faltaram muitos outros, a separação dos casais não é assim tão simples como parece ser.
Talvez por isso eu seja tão contra a monogâmia como norma aceita pela sociedade, porque sair dessa NORMA não é nada facil.
QUEBRAR um tipo de contrato como esse muitas vezes custa a própria vida de quem participa dele, e é claro as mulheres são a imensa maioria das vitimas.

Anônimo disse...

Para os mascus entenderem:

1-Mulher é interesseira e quer ser sustentada pelos homens ----> As mulheres trabalham. AS MULHERES TRABALHAM. Botem isso na cabeça de vocês: MULHERES TRABALHAM.

2-Mulher quer casar com homem rico para ficar com a pensão----> AS MULHERES TRABALHAM.

3-Mulher não namora com homem pobre, pois querem ser sustentadas.----> AS MULHERES TRABALHAM. PESSOAS POBRES SE CASAM ENTRE SI.

4-A mulher é uma vadia que dá pra muitos e ao mesmo tempo não gosta de sexo.-----> NÃO É POSSÍVEL ISSO EXISTIR. SE É VADIA GOSTA DE SEXO, SE NÃO GOSTA DE SEXO NÃO FAZ SEXO.



Drica Leal disse...

Existe uma certa confusão no entendimento que algumas pessoas tem da crítica de Regina Navarro Lins e outros sobre o amor romântico.

Ela não está falando de acabar com as gentilezas, o carinho, os mimos que gostamos de fazer às pessoas que amamos e tal. A crítica é à ideia do amor por passe de mágica, à idealização do outro, a ter que corresponder às expectativas irreais para que esse amor continue. No amor romântico, não existe espaço para pessoas reais, com seus defeitos, limitações, as dificuldades de convivência e essas coisas de verdade que acontecem mesmo que exista o sentimento amor. Amar só não basta na hora de compartilhar nossa vida com quem quer que seja. Existe uma série de coisas que precisam ser acertadas para que duas ou mais pessoas (no caso do poliamorismo)vivenciem plenamente uma relação. Afinidades de gostos e opiniões, por exemplo. Na construção social que é o amor romântico, nada disso é levado em consideração.

Sem o amor romântico socialmente idealizado, passamos a nos relacionar com indivíduos, a respeitá-los e a nos respeitar também. Não tem nada a ver com acabar com o "romance".

Anônimo disse...

Gostei bastante do post mas cmo já disse outro comentador achei que essa psicanalista ficou muito no senso comum em certos aspectos.
Gostaria de indicar dois livros sobre relacionamento para aqueles que se interessam pelo assunto.
Um deles é a transformação da intimidade do autor Anthony Giddens que fala muito sobre como hje em dia estamos fazendo uma nova construção sobre o que é amor e por isso o numero alto de divórcios e discorre um pouco mais sobre o amor romântico.
O outro é o Committed da Elizabeth Gilbert a mesma autora do comer rezar e amar. Neste livro ela compele vários fatos históricos muito interessante sobre o casamento em diversas culturas diferentes. Leitura deliciosa.

Beijos
Alice

Drica Leal disse...

Gente, o caso da novela lá NÃO é um exemplo de poliamorismo.

Pelo que acompanhei, o tal Cadinho da novela construiu os três relacionamentos dele à base de muitas mentiras, enganação mesmo. E depois, a poligamia vale só pra ele. Assisti um episódio em que uma das mulheres dele saiu com outros caras pra uma balada depois que descobriu que estava sendo enganada, começou a ficar com um garotão e o cadinho fez a maior presepada por causa disso. Ela (personagem da linda Camila Morgado, adoro) propôs ao Cadinho um relacionamento aberto, onde ela também poderia ficar com quem ela quisesse, e ele não aceitou.

Em outro momento, uma das três mulheres (Carolina Ferraz) ia casar com outro homem e Cadinho sabotou o casamento, fez de tudo pra estragar a relação dela com o outro cara. isso não é poliamorismo, é EGOÍSMO e falta de respeito mesmo. Os relacionamentos do cadinho com as três mulheres, nas bases em que estão estabelecidos (só ele pode ter várias esposas e conseguiu manter os relacionamentos por anos enganando as 3), NÃO É POLIAMORISMO DE JEITO NENHUM!

Anônimo disse...

Desculpa só para complementar o comentário no livro Committed a autora inclusive fala um pouco sobre um casamento de uma sociedade (não lembro quando nem qual) na qual apenas a mulher é permitida ter dois maridos! É um livro muito bom!

Dária disse...

Adorei o post! E fiquei morrendo de vontade de ler os livros que você citou Lolinha. Excelente como sempre. E é ainda melhor pra quem, como eu, é em parte ativista em relação a relacionamentos abertos ver alguem com uma relação monogâmica tão duradoura ter uma mente tão aberta sobre o tema.

E boa sorte pra sua leitora, que ela consiga o que quer ;)

Jaque Oak disse...

Raziel e Lola, tocaram exatamente no ponto que eu gostaria de ver sendo debatido: casamento e amor romântico são construções sociais isso é fato, mas o que não é? A própria ideia(linda e apaixonante) da dignidade intrínseca ao ser humano, que faz dele um bem a ser protegido e respeitado pela sua simples existência, vem sendo construída pela sociedade ocidental desde a invenção do monoteísmo. Segundo Fábio Konder Comparato, talvez esta tenha sido a maior contribuição do povo de Deus a humanidade.
É claro que eu concordo que o amor romântico, assim como o mito da vocação e da maternidade, trazem muito sofrimento a todos nós. Essa idealização torna tudo tão inatingível e frustrante. Mas eu acredito que a mudança desses paradigmas deve partir de dentro para fora, não adianta questionar e criticar ideais inatingíveis se você continua preso a suas amarras internas esperando que a vida seja perfeita, sem grandes desafios e decepções.
Meus pais se conheceram aos 15 anos, casaram-se aos 19 e permanecem casados há 28 anos. Eles não são um casal hollywoodiano, mas são felizes apesar das dificuldades que uma relação tão longa inevitavelmente tem. Por outro lado, tenho três tias que nunca se casaram e vivem muito bem obrigada.
Então eu acredito que cada um de nós precisa entender suas necessidades e respeitar os próprios limites.
Acho que não fui muito coesa!Enfim, Lola, fiz um perfil no blog só para comentar nesse post haha Adoro seu blog e gostaria muito que um dia você viesse fazer uma palestra na minha universidade(UFPI), é tão pertinho da sua casa. Vou conversar com as moças daqui para ver essa possibilidade. Um abraço!

Anônimo disse...

Desde que sou menina – e minha infância foi nos anos 80, uma época de repressões e liberações – ouvia as mulheres dizerem: “... daí ele aprontou e foi dormir no sofá...” ou “... estamos há N meses sem transar, ele vai pagar pelo que me fez...”. Entendo que minha mãe ou minha avó pensassem que essa fosse a solução dos problemas de seu casamento, afinal sua educação rígida a impediam de ponderar de forma diferente. Mas quando adentro nas confabulações femininas em pleno ano de 2011 e ouço esse tipo de citação, eu me pergunto: o que há de errado com essas mulheres?

Parto da conjectura que o sexo é maravilhoso e hoje as mulheres podem desfrutar disso e viver suas mais intensas fantasias. Então porque deixar de fazer algo que é bom e que faz bem, e nos deixa mais bonitas e felizes? Porque hão de convir comigo que não são apenas vocês – os homens – os prejudicados nessa história, mas as damas também ficam sem “brincar no playground”.

A não ser que elas não gostem de sexo...

Liana hc disse...

Vejo mais problemas na cobrança e nas expectativas do que no tipo de relacionamento em si. Se as pessoas envolvidas são maduras e respeitam a si mesmas e aos outros, não vejo como dar errado. Se ou quando acabar não é porque "deu errado", é porque acabou mesmo, só isso. Mas nossa cultura transforma isso em algo maior do que deveria ser, e há cobranças e desajustes em muitos lados.

Sou adepta dos relacionamentos abertos, sou clara quanto a isso, só aceito quem concorda. Ficamos juntos e não peço satisfação do que fazem no tempo livre, assim como não faço relatório a ninguém da minha vida íntima. Desde que esses outros relacionamentos, meus e dos outros, não me tragam aborrecimentos e interfiram onde não devem, tá beleza. E não fico fazendo rotatividade na frente da minha filha. O que é de rua, é de rua. Não é qualquer um que vai chegar perto dela, seria desnecessário e até perigoso. Com bom senso e respeito, muitos arranjos são possíveis.

Vivianne disse...

Nossa eu penso tanta coisa sobre isso aí que nem sei o que comentar. Tô tentando focar em uma hora no que poderia escrever.
Em resumo eu fico de saco cheio de gente sendo infeliz do meu lado, mas ainda assim insistindo num relacionamento que só se faz mal em nome do "amor". Em ter uma vida controlada por uma outra pessoa que te julga, que não te deixa ser você mesmo. E isso é muito comum, credo. Uma menina da minha faculdade briga todo dia com o namorado (só por coisa absurdamente imbecil) e ainda diz que se eles persistem nesse relacionamento é porque se amam muito. Ow, gente. Se/quando um dia eu terminar com esse anjo que mora comigo, eu não vou ter a menor paciência pra isso e serei tão feliz quanto sou agora, solteira, enrolada e o que for.

Erres Errantes disse...

Alguém tocou no assunto DR... Bom, só para registrar aqui, eu acho que quem não curte fazer DR, ou acha isso dispensável, na verdade não gosta do parceiro e está cagando para o relacionamento. Isso é válido tanto para homens quanto para mulheres.

Marcos disse...

Quero ver se vão continuar pensando assim quando tiverem mais de 40 anos.

Roxy Carmichael disse...

que a sociedade mudou (ao menos um pouquinho), disso todos sabemos. no entanto amor romântico monogâmico continua andando de mãos dadas com capitalismo individualista no sentido em que no mundo pós-utopico, de esvaziamento do espaço publico, de fim do sentimento de comunidade e coletividade, todo mundo acha que tudo é uma merda, que politico nenhum presta e que a unica forma de amenizar a desgraça do mundo é escolhendo um objeto do desejo que vc admira, que vc se projeta e que vc exige o impossível, além de dedicar isso que vc chama de amor mas é totalmente egoísta porque visa principalmente receber esse amor e essa admiração de volta e aí você pode simplesmente dizer pro mundo cheio de desigualdades, fodam-se vocês todos porque eu já sou amada por um homem. eu ja imaginava que as monogamicas fossem ficar ofendidas com esse post, mas não deveriam porque ele defende a escolha pessoal. portanto ninguém está ameaçando a escolha de vcs. então achei desnecessário um monte de gente vir comparar com poliamorismo, como se esse ultimo fosse uma farsa e os falsos modernos fossem descobrir que no fundo no fundo o melhor mesmo é conservar as tradições, e para isso, deturpamos desonestamente tudo dizendo que se no passado monogamia era uma coisa, hoje em dia é algo "completamente diferente" porque hoje em dia eu todo poderoso consumidor tenho "a liberdade" de escolher entre a pepsi e a coca cola. monogamicas: sem desonestidade, por favor!

Luiza disse...

Sério que vai ter gente com 40 anos ainda na internet xeretando o que as feministas estão fazendo?

Meu Deus, não tem vida, não tem nada! Que dó desses caras hahahaha

Anônimo disse...

Engraçado...a minha irmã mais velha tem 40 anos, já casou, separou e os últimos 2 relacionamentos dela foi com rapazes uns 12 anos mais novos, inclusive um deles propôs casamento. Tem um bom emprego e resolveu fazer faculdade para mudar de área. Noossá, ela é de mentirinhá!

Na boa...pleno 2012 e ainda tem criatura que acha que a vida de um homem ou de uma mulher acaba aos 40? Nos dias de hoje, onde é mais comum alguém sair de casa depois dos 20 e chegar aos 80 muito bem, obrigada?

Poutz, tira o zóio do umbigo!

Sara disse...

Aleluia irmãos uma alma se salvou do purgatório kkkkkk!!!!!!

Mirella disse...

Marcos,

Por que? É aos 40 que o Deus Clonos (sic mascu) ataca?

Carol M disse...

Somos criados acreditando na monogamia e no amor romântico. E quem cresce e vê que não se encaixa corta um dobrado pra vencer a culpa e discriminação que vem com isso.
Vc descobre que ama mto a pessoa q está com vc, mas isso não reduz seu desejo por outros, acontece, mas o ciúme surge e vc não sabe lidar, pq te ensinaram a vida toda a possuir a outra pessoa.
E aí vc vê alguém que se segura e reprime simplesmente para obrigar o outro a fazer o mesmo, ao invés de buscar outra alternativa, como abrir o relacionamento e lidar com o ciúme, tentar uma relação livre, etc.
Sou grande fã da Regina Navarro Lins e tenho lido sobre relações livres e ficado maravilhada. Mas trazer isso pra vida prática e incluir sua cara metade nisso é difícil.
Quem diz que amor e fidelidade são inseparáveis tem no mínimo um umbiguismo muito grande.

Marcus Valerio XR disse...

"E a civilização não ruiu, obrigada. Tá tudo bem."

É aqui que está o problema. Praticamente todos os países socialmente mais avançados, onde a monogamia está em nítida decadência, tem suas taxas reprodutivas negativas, ou se não, a mesma é mantida pela população mais conservadora.

A julgar pela Suécia, Holanda e outros países europeus, a civilização local está ruindo sim, por não reprodução, e sendo gradualmente substituída pela Islam, poligâmico, e que não tardará a dar fim às conquistas feministas.

O futuro promete ser um Califado Universal.

Marcus Valerio XR
xr.pro.br

Sara disse...

Marcus valério VADE RETRO SATANAS TRES VEZES .....

Carol M disse...

Mascu profeta: tem ctz dos cenários que irão se desenvolver no futuro. Afinal as gerações de mulheres muçulmanas que vivem na europa irão atender cegamente a sharia e não irão cogitar seguir outros rumos...

Anônimo disse...

Eu acho gozação isso de que ciúme é invenção cultural ligada à noção de propriedade.
Crianças pequeniníssimas sentem ciúmes dos pais. Cachorros sentem ciúmes dos donos. Será que estão entupidos de cultura?
Em maior ou menor grau, e salvo poucas exceções, tememos ficar sem quem amamos, simples assim. O ciúme é um sentimento visceral. O que é cultural, e até certo ponto, é o modo como lidamos com ele.

Leandro disse...

Lola, na boa. Como já foi dito acima, o casamento deve ser um CONTRATO feito entre o homem e a mulher. E pode ser o contrato que quiserem: se quiserem um casamento tradicional, baseado na nos papéis tradicionais de gênero e na fidelidade conjugal; ou se quiserem fazer um contrato de casamento; se quiserem fazer um contrato de casamento... Enfim, é o contrato que o casal quiser. O problema é q hj em dia a família está estatizada, com leis de divórcio e pensão estatais, o Estado provedor (ou melhor, nós, os "taxpayers") faz o papel tradicional do pai. Isso precisa acabar. O que reivindicamos é a desestatização da família. Só isso.

Anônimo disse...

Mascus tem preconceito achando que vida sexual e afetiva de gente mais velha é sempre pior. Nada a ver. Acho que tem mais a ver com sorte e temperamento. Eu tenho 23 anos, não me dou muito bem nessa area e tenho amigas e conhecidas bem mais velhas que eu que tem relacionamentos melhores com homens mais novos, da mesma idade ou mais velhos que elas.
Queria eu ter um namorado como o de uma amiga minha recem-separada.
Ela tem 43 anos e namora um rapaz ótimo de 26 anos. Ele é louco por ela. Eu nos meus vinte e poucos ainda não encontrei um assim.
Pra felicidade não tem idade ou fórmula.

Aniram disse...

Lola, estou tentando ser uma leitora mais participativa, mas é difícil acompanhar sem me atrasar um pouco... Seu blog tem uma movimentação tão grande que demoro muito tempo pra ler tudo que já foi postado, comentado... E a cada minuto tem comentário novo... Não sei como vc não fica louca! hehehe

Sim, esse aqui li em 2 dias. Mas valeu muito à pena! É impressionante como preconceito vem muito da falta de informação, digo isso por mim, que nunca havia lido quase nada sobre o assunto. Se temas como esse fossem discutidos com mais frequencia, como as coisas seriam mais fáceis!

Os livros que você indicou parecem ser muito interessantes. Gosto bastante de leituras como essas, que nos dão uma visão bem diferente de temas tão enraizados culturalmente. E li cada comentário que foi postado aqui. É impressionante a variedade de opiniões! Só me faz ver que o que é mais necessário não é encontrar a forma ideal de se relacionar, mas aprender a conviver com as diferenças, e até mesmo procurar entender as opções diferentes das suas, por mais difícil que seja.

Que seu blog continue assim, promovendo esse tipo de reflexão e discussão. A prova de que são temas necessários está na quantidade enorme de gente que vem aqui, seja pra concordar, relatar, atacar, contribuir (fora os que lêem e não comentam nada).
Que seja sempre movimentado assim!!! Prometo que, no meu tempo, vou conseguindo ler tudinho (e participar também) Bjos!

Anônimo disse...

Acho que as pessoas estão confundindo amor e sexo. Não é pq amo alguém que deixo de ter desejo por outra. Tenho uma relação estável, e nem por isso deixo de querer sexo com outros homens. Em alguns momentos combinamos de sair com outras pessoas... em separado... cada um com seu "outro". Situações dessa só fortalecem nosso amor, cumplicidade e perspectiva de continuarmos por muito mais tempo juntos.

Anônimo disse...

Obaaaaaa,finalmente achei um blog de putaria,estava a dias procurando algo assim.
E estive lendo esse blog e percebo que aqui as mulheres não querem um namoro serio,e sim vários namorados e uma relação sem compromisso.
Atualmente estou com 4 mulheres assim,em relacionamentos abertos,funciona assim.
Quando estou com vontade de meter com uma delas eu ligo para ela,se ela não estiver ocupada com outro ou ela estiver animada,combinamos um encontro,vou até a casa dela,pego ela e já vamos direto a motel,afinal de contas,para que eu e elas iremos fazer coisas chatas como ir ao cinema,em casa de parentes,e todas aquelas coisas chatas que se exige um namoro monogâmico,não não e não,odiamos perder tempo,o nosso negocio é se encontrar e já ir ao motel fazer a parte mais divertida do relacionamento que é fazer sexo,depois disso cada um vai para sua casa viver a sua vida sem compromisso e encheção;;viram que maravilha?? Afinal de contas,pra que casar e namorar se podemos viver uma vida maravilhosa e com liberdade de opções,sem se prender a um parceiro que ficara velho,gordo e chato,vamos aproveitar o momento,o casamento foi feito pelos porcos capitalistas..
Porem hoje estou com um problema e estou muito triste e precisando de ajuda.
Atualmente só estou saindo com 4 mulheres que pensam assim como nos,desse magnifico blog,que geralmente quando a tabela se completa funciona assim,segunda feira saio com a A,terça feira saio com a B,terça feira saio com a C e quarta feira saio com a D,porem com essas mulheres quadradas e querendo relacionamento serio,tenho tido dificuldade para completar essa tabela,gerando assim um vácuo de 3 dias que ou tenho que repetir com uma das mulheres anteriores,ou tenho que bater uma bronha ou procurar uma puta,se uma das 4 resolve ficar menstruada ou de mimi,o vácuo na tabela aumenta,o que me gera um aumento de gastos imprevistos e desgaste físico excessivo com a masturbação.
Por isso venho aqui humildemente perguntar se algumas de vocês gostariam de completar essa minha tabela e ter comigo um relacionamento aberto, saudável e extremamente agradável a ambos.
Minhas exigecias:
Ter um corpo bonito para o meu pau ter condições de levantar.
Aceitar relacionamento aberto sem frescura e gastos.
Fazer sexo em qualquer posição.
Interessadas entrar em contato no seguinte e mail.
dick@hotmail.com

lola aronovich disse...

Ai ai, mascutroll anônimo das 19:13... Tem muita gente em relacionamentos abertos, muita gente que só quer sexo. Se as partes envolvidas estão de acordo, que mal tem? Mas duvido muito que vc tenha 4 amantes. Sabe por quê? Porque pra vc sexo é "meter". E, se vc realmente tem essa visão limitada do sexo, vc não deve ser um amante muito bom. E se vc não for um amante muito bom, vc até pode ter one night stands, mas um relacionamento sexual mais fixo... acho difícil.
Sem falar que mascus não conseguem ter 4 amantes NA VIDA (essa é a maior frustração deles), quanto mais em uma semana...
Leia a quarta parte do livro da Regina, A Cama na Varanda, que fala mais diretamente sobre sexo. Acho que dá pra entender melhor porque caras que só pensam em meter não dão orgasmos as suas parceiras.

Luiz disse...

Não vai tardar o futuro em que teremos uma economia sustentada só a base de nighclubs, prostíbulos, sex clubs, casas de swing... Ninguém mais vai trabalhar, gerar riquezas. Não haverá mais indústria...

Anônimo disse...

Acho que o importante é viver intensamente sem enganar ninguém (incluindo seu próprio coração).

Sara disse...

Anonimo das 19,13 vc se superou na sua capacidade de pobreza de espirito heimmmm, qts aninhos vc tem 10??? Começou mal , cresce um pouquinho camarada, e manera um pouco nas babaquices pq acredito q aqui ninguem tem ouvido em forma de penico.

AngieB disse...

Era 2001, meu estagio num orgao ambiental publico, estava no inicio da minha Faculdade de Direito, estavamos discutindo as mudanças do novo codigo civil, e com ela, mudanças de nomenclaturas sexistas. Um dos meus chefes entrou na discussao comigo de como a mulher nao devia ter o "patrio poder",o chefe da familia devia ser o homem por lei, porque a traiçao da mulher é pior que a do homem ao trazer um filho bastardo e enganar seu parceiro a cria-lo como seu... bla bla. E o que mais adorei foi a Doutrina que ele trazia para apoia-lo: toda do começo do seculo XX, quando o Codigo Civil de 16 tinha sido escrito.Seria engraçado se nao tivesse sido tragico.

Unknown disse...

É assim! Quem se atreve a rever a história do homem, vai ver que as culturas oscilam entre reprimir-reprimir demais-liberar-liberar demais.
Já tivemos no passado culturas onde se tentou vários tipos de condutas nos relacionamentos. E lá vem os problemas! Pensamos que liberar todos os nossos desejos é o que vai aumentar a tolerância e o amor entre as pessoas e vamos ver daqui a um tempo que não era por aí. Aí podemos pensar que devemos reprimir e até aniquilar as liberdades e depois de um tempo, vamos ver que só fomos predadores implacáveis sem percepção dos nossos próprios telhados de vidro, egoístas!
Não adianta, teremos que continuar reprimindo algumas coisas e liberando outras com cuidado, pesando as consequências e SEMPRE, SEMPRE,tentando se colocar no lugar do outro.
Nunca pensamos em como nossas atitudes vão cair sobre as crianças, fruto das nossas relações e realizações.
Depois que olhamos pra tráz choramos os tantos anos de prazer que tivemos estampado no sofrimento de nossas futuras gerações, das pessoas que mais amamos.
Tolerar, amar e perdoar, relevar; não é fazer apologia.
Não vejo nos depoimentos nenhum poliamor. Vejo polisexo. Não vejo compromisso com as consequências, vejo descompromisso.
Quem ama, cuida. Não só se diverte.
Vejo que o paradigma pós-moderno é "tenha prazer, isto é amor" As pessoas estão cada vez mais frias e cheias de ódio. Não é preciso se responsabilisar mais pelo que cativamos!E pensam que isto é liberdade de ser e ter identidade. na verdade vivemos uma crise plena de identidade e de expectativa de futuro!
Bem , diremos que sempre houve todas estas coisas no passado e que estamos hoje apenas oficializando, saindo da hipocrisia, assumindo nossos verdadeiros desejos antes ocultos! Veremos!
Quais os desejos que estamos ocultando agora?!
Mas... isto é pra depois que, mais uma vez na história, tivermos dado razões teóricas para os exterminadores do nosso mundo!

Bianca disse...

Estou lendo isso 6 anos depois desse comentário e sinto a mesma coisa q vc...