terça-feira, 29 de maio de 2012

DUAS OU TRÊS OPINIÕES CONTROVERSAS SOBRE ESTUPRO

Esta vem do blog I Blame the Patriarchy, de um post de 2006 (eu li faz um tempão, achei interessante, traduzi, e o esqueci numa dessas gavetas também conhecidas como arquivo de computador):
“Estupro não é um apenas um conjunto de incidentes cometidos por um contingente de psicopatas. É, como disse Susan Brownmiller, 'um processo consciente pelo qual todos os homens mantêm todas as mulheres num estado de medo'.
Se você é um homem, e não estupra mulheres, bom pra você, mas se você me mandar um comentário elaborando como o seu autocontrole nobre e pessoal invalida a afirmação de Brownmiller, você estará apenas se envergonhando. Independente do tipo de homem que você é, você se beneficia de mil formas diferentes da subordinação feminina perante a violência sexual. Os estupradores de verdade criam o choque e o espanto, mas eles são apenas a infantaria; cabe a você acabar o trabalho.
Você faz isso demonizando feministas, alugando mulheres para lap dances, deixando que os estupradores sejam absolvidos em corte, comprando lingerie sexy pra sua mulher, parabenizando sua namorada na plástica pros seios que fez, ignorando estupros em massa em lugares onde há guerra, passando o endereço virtual do último vídeo-sensação pornô, encarando sem parar a menina no ponto de ônibus, deixando que sua mãe lave sua roupa, “dando” sua filha em casamento, votando em gente que quer controlar os úteros, pressionando sua namorada a fazer anal porque todos seus amigos fazem, tendo uma opinião sobre o tamanho dos lábios vaginais, argumentando que striptease dá poder às mulheres [...], por sua inabilidade em conceber sexo sem dominação, e pela recusa, mesmo após trinta anos de mulheres inteligentes e estudadas te falando o contrário, em conceder que você não vê verdadeiramente as mulheres como você vê a si mesmo.
Mas a situação pras mulheres, você pode querer discutir, já que ouviu falar que homens começaram a compartilhar o trabalho doméstico, melhorou muito. Você acha? Então por que uma mulher americana é estuprada a cada dois minutos, e como 78% dos estupradores são maridos, namorados, ou paqueras? Menos de 16% desses estupros são notificados. O tempo médio que os poucos condenados cumprem de pena: onze meses.”

Se você achou o pedaço do post acima provocativo, espere até ler este, que é de um post de 2008 de outro blog feminista radical americano, Rage Against the Man-chine. Uma feminista sugere, apenas como exercício de pensamento (não pra levar a cabo), que, em casos de estupro, a lei seja mudada. Ao invés da vítima ter que provar que foi estuprada (o que em muitos casos não dá pra provar), o acusado é que deveria ter que provar que não estuprou:
“Há um perigo inerente nesse sistema que alguns homens inocentes seriam punidos, e isso é lastimável. Não é mais lastimável, porém, que o fato dos homens estuprarem com impunidade em proporções epidêmicas simplesmente porque suas vítimas não conseguem provar a uma sala cheia de misóginos que elas não consentiram a um ato sexual. As vítimas determinarão se um crime ocorreu, não os réus. Isso pode assustar os homens, e alguns deles dirão que as mulheres usarão a lei para puni-los, só por vingança. Isso pode acontecer raramente, mas a intenção é proteger o máximo de pessoas possíveis, e acusações falsas de estupro representam um centésimo dos estupros que não são punidos.”
Ela apresenta a ideia revolucionária de que, assim, os homens só poderiam fazer sexo com as mulheres que querem fazer sexo com eles: “estupro é uma punição por ser mulher”.
Como você pode imaginar, muitos comentaristas sentiram-se ultrajados por sua sugestão. E isso realmente é uma constante em qualquer discussão sobre estupro: os homens sentem-se acusados, acuados, dizem que não têm nada a ver com o tema, que não são estupradores e acabou. Não seria mais interessante canalizar essa revolta não contra quem te lembra que estupro existe, mas contra o crime do estupro em si? Nos EUA, por exemplo, há grupos de Men Can Stop Rape (Homens Podem Parar com o Estupro). Espero que sejam muito mais numerosos que grupos de Acusações Falsas de Estupro, quase sempre formados por mascus (pra eles, todas as acusações de estupro são falsas. Estupros só acontecem nas cadeias, entre prisioneiros. E quem liga pra eles? Não os mascus).
Este comentário entre os 202 deixados no post da Rage deve ter sido escrito por um mascu: “Se as mulheres não querem ser estupradas elas deveriam parar de beber. Sinto muito que homens são mais fortes e podem estuprar mulheres mas isso é genético e foi Deus quem quis assim”. Aham. Pelo menos ele sente muito.
Isto também é um pouco antigo, mas talvez sirva de inspiração pro grupo (já com mais de 270 membros) iniciado poucas semanas atrás pra combater in loco a propaganda sexista. Sei que vocês não fazem apologia à pichação, meninas. Foi assim: uma empresa acostumada a fazer comerciais e anúncios machistas, a American Apparel, teve que trocar um de seus outdoors nos EUA. Ele mostrava uma mulher sem rosto em pose insinuante.
Um carinha passou lá, viu o anúncio, ficou indignado com o tratamento que a propaganda dá às mulheres, foi pra casa, pegou tinta grafitti, voltou pro local, esperou até as 4 da manhã, e deixou lá o seu protesto: “Gee, I wonder why women get raped?” (“Puxa, eu me pergunto por que as mulheres são estupradas”). A empresa teve que trocar o outdoor. Detalhe: o presidente da empresa já foi acusado cinco vezes de assédio sexual.

279 comentários:

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Anônimo disse...

Concordo que o estupro DEVE ser assunto de todos, não só de mulheres. É óbvio que não dá para evitar que estupradores estuprem. As campanhas de conscientização não são voltadas aos estupradores (pelo menos, não aos que sabem que são), para que eles parem de estuprar.
As campanhas são voltadas à população. A quem culpa a vítima pelo estupro, a quem acha que vadias merecem ser estupradas, a quem acha que é válido xingar/humilhar/agredir mulheres por exercerem sua sexualidade, ou que acham que forçar sexo com uma mulher bêbada não é estupro.
Os textos são sim bem provocativos, mas, a meu ver, não mostram muito onde está o problema.
O problema não é que o marido dê lingerie para a esposa, nem que goste de ver mulheres fazendo strip, ou ver filme pornô.
O problema é como as mulheres são vistas nesse meio. Muitos se acham no direito de não respeitar uma atriz pornô, ou uma stripper. Esquecem-se que essas mulheres são SERES HUMANOS, que todas as mulheres são seres humanos. É aí que entra a misoginia.
Se mulheres fossem vistas como seres humanos, como gente, estupros e violências não seriam justificados, ou explicados "biologicamente" pelas pessoas.
Um exemplo: um radialista de Porto Alegre, integrande do programa "Pretinho Básico" da rádio Atlântida, fez um comentário pavoroso no twitter, sobre a Marcha das Vadias de poa. Ele disse que não respeitava mulheres que se auto intitulavam "vadias".
É esse pensamento que deve ser combatido! De que mulheres devem provar serem dignas de respeito e dignidade humana. De que só mulheres "decentes" merecem ser vistas como gente, como ser humano.
De que é moralmente liberado ou correto xingar/humilhar/agredir "vadias".
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Eu também não gostei do putro texto, que fala que o acusado é que deveria provar que não estuprou. Sei que é uma sugestão provocativa apenas, não para ser levada a sério, mas não gosto desse discurso de que "em dúvida, prenda/condene". Esse é um entendimento totalmente contrário aos direitos humanos, aos direitos de defesa dos acusados. Como garantista, tenho medo de um discurso desse tipo, que considera aceitável que se atropele direitos humanos dos acusados e presos em prol da segurança da população.

Anônimo disse...

errata: eu também não gostei de OUTRO texto. Não "putro".

-b. disse...

Bom dia Lola, tudo bem?

Há, no primeiro texto, uma parte em que a autora enumera atos cotidianos que considera dominadores sobre as mulheres. Não entendi a parte que ela fala da lingerie para a minha companheira, etc.

É uma peça de roupa, assim como compro vestidos, camisetas, camisas, para ela e ela me compra camisetas, cuecas e etc. Não entendi porque isso é um ato de dominação masculina.

O segundo texto joga no lixo a presunção de inocência, que é uma das bases do sistema jurídico todo. O ônus da prova sempre cabe ao acusador, não importa o gênero tanto de réu quanto de acusador(a). Entendo a intenção da reflexão sobre o assunto, inclusive acho que a idéia é provocar mesmo, nesse aspecto é bem bacana.

Tinha uma blogueira que tinha uma coluna só sobre essas propogandas escrotas, o assvertising. Era muito boa, praticamente toda semana tinha uma pérola para contar.

Marina disse...

-b, na minha opinião, a lingerie é uma dominação masculina pois é só mais uma imposição de que estejamos sempre lindas e prontas para satisfazer os desejos dos homens, e apenas deles!
Olha que absurdo, mesmo no sexo, quando a preocupação deve estar voltada para as sensações do momento, é imposto que as mulheres se preocupem com a aparência mais uma vez...Pq mulher não pode/deve sentir prazer não é mesmo?
Logicamente que existem exceções e a mulher pode curtir também usar a lingerie, mas eu, como mulher, digo que, na maioria das vezes, a intenção é de ser um enfeite bonito para o homem e só para ele.

kika disse...

Querida lolinha
Dê uma olhada no blog omarxismo cultural, fizeram um post sobre você, um dos comentadores diz que você é uma criminosa, que o massacre em Realengo foi arquitetado por você e suas comparsas, da para dar boas risadas. Bjo

Anônimo disse...

Eu nem achei os textos tão provocativos assim - eu entendo que, pra alguém posicionado confortavelmente na nossa sociedade, que nunca pensou no assunto, pareça excessivamente radical e cause uma reação ou outra de revolta.

Mas é óbvio que o sexismo só pode ser extinto com uma revisão total da sociedade. A gente precisa repensar tudo: das relações domésticas à indústria do sexo, da criação dos nossos filhos aos nossos padrões de consumo. Precisamos refletir sobre aquilo que nos rodeia e nós mesm@s - homens e mulheres precisam se olhar no espelho e pensar profundamente sobre identidades e práticas.

Não há espaço pra reformismo: não vai ser um homem que lava um prato de vez em quando, um comercial de produtos de beleza dizendo ser inclusivo, ou um pornô dirigido por uma mulher que vão ser os pilares da mudança da sociedade. No fim, as coisas só vão ser diferentes quando todo mundo sair de sua zona de conforto e pensar. Pensar mesmo, questionar tudo.

Marina disse...

Ah, e o outra coisa, eu conheço de um exceção a regra de presunção da inocência!A inversão do ônus da prova que ocorre quando há uma acusação de violação de patentes...O acusado que deve provar que não infringe a patente!
Logo, a ideia do texto não é tãããão descabida assim!

Karina disse...

Achei os textos exagerados, carregados de ódio e rancor. O (meu)feminismo busca a igualdade e não a inversão da opressão para o outro lado.
Mudando de assunto, mas nem tanto, Lola, você chegou a assistir o filme "Flores do Oriente"? Um dos mais machistas que já assisti. Revoltante.

Anônimo disse...

Texto interessantíssimo...faz pensar muitas coisas, mas tenho um crítica (que aliás é a mesma crítica que eu faria ao texto da depilação pubiana): temos que ter cuidado para não virar o que a gente critica. Achar que pode mandar e ter opiniões sobre o que uma mulher faz com o seu
útero é absurdo. Mas o que dizer de quem tem opniões e se incomoda com os pelos pubianos alheios? E com as lingieres alheias? Com as fantasias sexuais (dominação, por exemplo, que é fantasia de muitas, vamos admitir) alheias? Se uma mulher tem o direito de fazer o que ela quiser com seu útero também não teria de fazer com seus seios? E qual o problema de quem quer fazer uma cerimonia de casamento tradicional? Acho engraçado como as pessoas se incomodam com isso...nunca critiquei ninguém por não querer fazer a cerimonia do jeito X, Y ou Z, ou até por não querer fazer cerimônia alguma. Cada um tem as suas necessidades...e cada um sabe o que acha bonito e o que acha importante para si. Respeitar as diferenças também não impor suas crenças aos outros... Dizer que todo judeu é pão-duro não seria semelhante a dizer que toda mulher siliconada é alienada ou dominada?

Ser uma pessoa consciente, feminista, não-alienada, pró-legalização do aborto, e principalmente, uma pessoa íntégra honesta, que se preocupa e ajuda os outros tem pouco ou nada a ver com pelos pubianos, lingiere e silicone. Vamos pensar nisso também.

Erres Errantes disse...

Eu gostei do primeiro texto, não achei rancoroso, não. Acredito que é preciso carregar no discurso, para atribuir ao tema a seriedade que merece. Discursos mais amenos me parecem um tanto quanto reformistas.

Karina, vc pode resumir a história do Filme que vc sugeriu? Fiquei curiosa.

Abraços,
Rosa.

Anônimo disse...

Marina

Mesmo assim, não se pode condenar alguém se não há provas. É inconstitucional e não tem nada a ver com inversão do ônus da prova.

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Cara, erotismo não tem nada a ver com estupro!
pô, até com lingerie sexy, corpete e cinta liga estão implicando agora?
Desejo é crime agora?
Sair com mulheres cuja profissão é ser garota de programa e strippers agora é crime?
É um trabalho como outro qualquer e deveria ser regulamentado e respeitado.Elas trabalham com sedução e sexualidade.Pô o que tem isso?
Que cabeça doente liga libertinagem, sacanagem, erotismo com estupro?
Essa Susan é uma doente...

Becx disse...

Marina, lingerie é lingerie, tem casais de lésbicas que adoram... e ai? é machismo delas??Rs.
E outra, seu comentário se torna inválido quando menciona que é uma imposição masculina... não é. Homem quer sexo, nenhum nunca vai negar ou falar "hoje não, pois sua calcinha não é de renda". Se tiver uma lingerie no jogo pra atrair o olhar, apimentar, fazer diferente, ótimo. Se não, tudo bem. Se lingerie for imposição, ela é da mídia, da indústria,de outras mulheres que acham isso fundamental... mas eu nunca vi um homem exigindo isso, ou não vai ter sexo...

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

E antes que venham com merda, eu vou dizer
Quantos homens não aprenderam a grande arte de fazer amor nos braços de uma garota de programa?
Quantos garotos não foram ensinados sobre como fazer e o que fazer ante uma mulher?
E sim, há doçura entre uma garota de programa e um garoto que está iniciando a vida sexual.Existem mulheres belíssimas e legais, e ninguém tripudia de ninguém.

Bruno S disse...

Os textos são sim bem provocadores. E acho que é a intenção mesma.

Acho interessante o ofoco do primeiro no atos que demonstram tanto a "coisificação" da mulher e de sua aparência assim como a cultura de dominação.

No segundo texto, concordo bem com a Carolina Paiva.

De qualquer forma acho muito importante o envolvimento de nós homens na luta contra o estupro.

Depois de ler algumas vezes aqui que toda mulher tem sua história de terror, passei a acreditar que a maioria de nós homens já nos envolvemos em alguma delas. Mesmo que por omissão, por não levar a sério algum sinal ou até conivência com atitude de algum amigo. E por não nos envolvermos na questão acabamos tendo maior dificuldade em ver o que ocorre a nossa volta.

Erres Errantes disse...

Nada contra as garotas de programa e strippers.
Tudo contra ao sistema que faz mulheres terem que vender o corpo para sobreviver.
Existem mulheres que fazem isso porque gostam? Sim, podem até existir, mas é uma ínfima minoria.
Quase ninguém gosta de vender o próprio corpo. Ninguém vai me convencer de que a prostituição é algo bom, normal, saudável, ou o que quer que seja. E, partindo desse ponto de vista, acho que sair com garotas de programa é impor sim uma dominação de gênero, dos homens (clientes)às garotas, porque eles pagam para usar a mulher da forma que bem entender.

Anônimo disse...

-b, a idéia da lingerie é o cara escolhendo algo pra mulher dele, para agradar aos olhos *dele*, para o prazer dele.

A mulher que compra a cueca do marido vai comprar pensando na praticidade, no conforto, dificilmente vai comprar algo desconfortável, feito de um tecido que coça ou incomoda, só pra satisfazer o fetiche dela. Ou mesmo que ela pense que o companheiro dela vai ficar bonito e desejável com a cueca e a roupa que ela escolheu, dificilmente vai ser uma tanguinha ridícula que belisca a virilha.



E, de novo, pro pessoal do "achei isso aqui radical demais": o problema não é fazer o que se quer, o que se deseja, o que nos faz bem. O que a gente deve fazer é pensar no POR QUE DIABOS a gente faz o que a gente faz. Usar corpete tem algo a ver com um fetiche nosso, um desejo nosso, ou é medo de não ser desejada? Eu realmente quero sexo S&M? Minha identidade pede que eu aumente os seios, ou eu nunca pensaria nisso nos anos 80, na época em que as "siliconadas" não eram maioria?

Meu erotismo é realmente meu?

Eu sou livre? Eu exerço meu poder ou a minha insegurança?

Minha decisão é realmente minha?

Eu quero usar ou queimar esse sutiã? Por aí vai.

Erres Errantes disse...

Acho que um garoto deve iniciar a vida sexual com uma pessoa com quem ele tenha vivido uma história de sedução, de envolvimento mútuo, e não que esse contato com o outro gênero seja intermediado pelo dinheiro.

Anônimo disse...

Achar que a mãe lavar a roupa do filho, e ela lava da filha também, é dominação é coisa de retardado. Eu ponho a roupa dela pra lavar também e não me sinto dominado.

E mais, feminista sem visão do que significa liberdade ou democracia, realmente acha bela uma lei onde não existe mais a premissa da inocência. Isso é uma violação básica do direito humano e uma postura de DITADURA clara!

Todos queremos prender e eliminar os estupradores, mas eu me recuso a ser dano colateral desse tipo de lei. E se eu dar o mesmo valor pra minha vida como dou pra vida dos outros é ser "mascu", então que maravilha de eu já ser MRA.

PS: o mais chocante é a americana dizer como se não importasse "ah, vai acontecer raramente de um inocente se ferrar...", se fosse uma lei invertida queria só ouvir o que iam falar.

Anônimo disse...

Discordo da parte do texto que fala da lingerie,
Qual o problema se meu namorado quiser me ver linda numa lingerie especial na qual ele achou que ficaria bonita em mim? Pra mim, nenhum,
E se a própria mulher quiser vestir uma lingerie linda pro parceiro, qual o problema?
E a grande maioria dos homens ta mesmo nem aí pra lingerie ou cor da calcinha.
Nao gosto da presunção de culpa de um acusado.existe em direito a tal inversão do ônus da prova, mas isso nao e uma regra geral e deve ser aplicado conforme a individualidade e particularidade do caso.
( nao sou formada em direito, ok!!)
Bjs

Anônimo disse...

O problema não é a coisa em si, mas os significados.

O problema não é a prostituição - mas o que significa a prostituição.

O problema não é a operação pra aumento de seios, a pornografia, etc etc etc - mas o que significa isso.

Quais são os significados que eu coloco nessas coisas? E meu parceiro? E o resto da sociedade? Qual é o contexto? Pra quê? Por quê? De onde veio? Quais são as consequências? E as causas?

Anônimo disse...

Este texto prova que a ideologia feminista é propensa ao terror revolucionário e ao estado policial.

Anônimo disse...

Vamos propor então que toda vez que uma mulher pedir pensão alimentícia ela prove que vai gastar com o filho.

É a opressora tentando provar que é "vitima" !!!

Estado Bucetista, leis burras.

Anônimo disse...

hm, isso de lingerie, sei não. eu amo e uso mesmo na certeza de que vou ficar em casa sozinha. aliás, adoro ficar em casa sozinha usando minhas lingeries pra mim. ok, não vou usar corsets pra ficar em casa sozinha até pq, pra mim, não são confortáveis. eu sinto enorme prazer de botar uma lingerie bonita e deitar na minha cama maravilhosa. me sinto ótima assim. e mesmo na certeza de que não virá homem nenhum. sim, já usei lingeries lindas com homens, mas uso pra mim. nãou saria algo de que não gostasse.

sobre os textos... olha, não sei. confesso que eu era menos radical há uns tempos. atualmente, ando vendo os caras como potenciais estupradores. até os que "gostam" de mim. sabe, eu não viria como potencial estuprador um cara que me conhece há anos, é um homem trabalhador, conhecido por todo mundo e todo mundo que me conhece diz coisas boas sobre ele. acontece que, entre 4 paredes, tem gente que se transforma. um caso em particular meio que me traumatizou. eu gosto de sexo anal e faço na boa, mas costumo fazer depois de uns tempos já transando com o cara pq eu consigo entender como ele é (questão mesmo de movimentos, se vai me ouvir qdo eu disser que não tá bom, etc) na cama. pois bem. depois de uma noite perfeita, o cara foi pra minha casa e a gente comessou nos amassos. cara, o cara simplesmente montou em cima de mim (ele é lutador) e foi forçando anal com um pênis enorme, sem camisinha, sem ky, sem perguntar se eu queria, sem nada que indicasse que eu estava deixando! consegui tirar o cara de cima de mim (quase bati nele, pra falar a verdade - tem horas que me pergunto se mantenho meus músculos por causa de situaçÕes assim)e aí rolou aquele climão. na hora, fiquei super confusa, não sabia se mandava o cara embora e tal. eu fiquei quieta e ele acabou indo. mas o que me deixa de cara é que me parece que, qdo eles têm a mulher, eles podem fazer o que querem e do jeito que querem. e aposto que até hj ele não entendeu nada daquela noite e não achou que teria sido violento. o que ando percebendo é que eles não percebem que estão prestes a cometer um estupro. e isso é grave!

não é o mendigo pedófilo que é preso e aparece no datena. pode ser o cara com ótimas referências e amigo de todo mundo e elogiado por todo mundo como bom moço...

claro que nada disso é regra, mas tenho reparado que os caras criados com muitas irmãs têm sido absurdamente menos machistas comigo. até feministas, eu diria.

Marcelly disse...

kkk..eu li o outro blog..onde falam da Lola..juro que se não fosse sério..que se aquela pessoa não fosse um doente capaz de realmente fazer mal a outra mulher eu ia rir com tanata idiotice...

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Sobreviver?

Uma garota de programa de alto padrão cobra 300 reais.Digamos que ela atenda 3 clientes/dia, sendo que a semana dela é de 4 dias, sendo um dia da semana e o fim de semana para ela descansar:

3.600 reais,por baixo. Muitas fazem faculdade, sabem falar vários idiomas, e tem filhos.Mas é um trabalho que, realmente, expõe a vários riscos.Não somente delas, mas em relação a todas as garotas de programa.

O que eu sou a favor é regulamentar
a profissão, para que todas elas, as de alto padrão e as que não são, tenham um piso salarial da categoria e um adicional de risco, pois elas estão expostas a muitas doenças sexualmente transmissíveis.Assim, todas as garotas de programa teriam dignidade e não somente as de alto padrão.

Anônimo disse...

gente, que horror. escrevi "comessou". perdoem aí.

Anônimo disse...

Sei que nova nao e exatamente uma boa leitura pra nos mulheres, mas numa nova de poucos meses atras me deparei com uma matéria que falava sobre abuso sexual sem a consumação do ato sexual em si( sem penetração, por ex),- o famoso ' forcar a barra' pelo qual uns 99%. De nos mulheres deve ter passado alguma vez.
O sentimento e quase o mesmo do estupro: vergonha de si, nojo, auto acusação, e acusação dos ' amigos' e ' amigas' que souberam" mas o que vc tava fazendo lá com ele n cantinho escuro se queria só beijinhos e nada de amassos?"
Vale tudo: passar a mão no seu corpo se, seu consentimento, e vc tirando a mão do cara de onde vc nao quer que ele ponha e ele insistindo, sexo anal( ou tentativa de) sem perguntar e combinar antes, ( vide Relato da anonima acima)sem cuidado, enfiar sua mão no órgão genital dele de surpresa sem clima e consentimento prévios pra isso,
Isso e abuso, sim!!! Se e. Estupro ou nao, pela lei, nao sei( desculpem a ignorância)
O pior e que muitas dessas historias acontecem com amigo com quem vc saiu e conhecia ha anos,com o cara que vc tava a fim e sonhava a ficar há meses e nem imaginava que ele era grosso assim.
Só quem passou por isso sabe.
Nao acho nova a melhor leitura pras seguidoras desse blog, repito, mas aquela matéria em particular foi muito boa e muito esclarecedora.-;))

Elisa disse...

Recomendaram-se messe blog faz pouco tempo, e confesso que hoje não gostei do que li. Sou Juiza de Direito numa cidade de medio porte em Minas,e acredito ter algum conhecimento para questionar algumas coisas que li aqui. Os textos são bons como provocações e instrumentos de reflexão, mas são impraticáveis de serem levados a serio. Por exemplo, o ônus da prova é do acusador, salvo rarissimas excessões. Querer que alguem prove que não fez algo é cosntituir verdadeira prova "diabolica", teoricamente possivel, mas impossivel em termos praticos. Vocês se assustariam com o índice de falsas denunciações de crimes sexuais que existe, não é incomum descobrir-se ao final de um longo processo que o acusado era inocente, e que a denuncia foi motivada por "picuinhas" da suposta vítima. Além disto, incomodou-me ler que " todo homem é um violador". Peço perdão pelas palavras, mas essa é uma generalização burra, há uma serie de atos cotidinaos que fetivamente reforçam a dominação masculina, mas nem por isso eles tornam cada individuo do sexo masculino um criminosos em potencial. No que tange ao estupro há muito a ser discutido, e os homens tem um papel essencial nisso, mas a meu ver, textos como os de hoje são mais um retrocesso que um avanço no tema.

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Erres Errantes,

Rapaz, a primeira vez é uma questão bastante delicada.A adolescência, talvez, seja a época mais complicada da vida e geralmente as pesssoas não saem incólumes dela.
Eu acho válido um rapaz começar a sua vida sexual com uma garota de programa, para tirar dos ombros dele certos mitos e tabus que a sociedade coloca em suas mentes, e até para que ele saiba que o sexo não tem nada demais.

Anônimo disse...

Marina,

sobre o seu caso da patente, essa "inversão" de ônus só ocorre depois de provada que uma patente foi registrada antes.

Logo se você apresenta uma patente, não tem como querer provar que uma patente registrada anteriormente não usa algo que você "criou", já que já está provado que ela existe a mais tempo.

Portanto na verdade não ocorre inversão do ônus.

Karina disse...

Erres, o filme "Flores do Oriente" está em cartaz atualmente. Trata do Massacre de Nanquim acontecido entre a guerra entre Japão e China. Nesse massacre morreram 200 mil pessoas e foram estupradas 20 mil mulheres. A história é toda focada nos estupros. Num convento algumas estudantes donzelas e prostitutas ficaram abrigadas juntamente com um único homem adulto, interpretado pelo Cristian Bale (o único ocidental do filme). Claro que é ele que salva a pátria no fim. Não gostei porque o filme reforça a idéia de que o estupro de uma virgem é diferente do estupro de uma prostituta, se é que este último existe. Enfim, se eu contar mais posso estragar o fim de quem queira assistir (e eu não recomendo)

Anônimo disse...

A ong Da vida faz um belo trabalho sobre isso. Também não acho que se prostituir ou que contratar serviços de prostituas sejam atitudes que aumentam ou diminuem o machismo. Acho que é uma profissão e que elas deveriam ter direitos como todos tem. Para mim, o machismo está na forma como a sociedade as trata. Condena, mas faz uso. Isso sim, é machismo.

Anônimo disse...

Pois e, Elisa.
Compartilho da sua opinião sobre inversão do onus da prova
( nao sou formada em direito, mas tenho pai delegado de policia, então alguma coisa do assunto eu sei)
Inversão de ônus da prova e pra ser usada em casos individualizados e dependendo do contexto.
Sobre picuinhas? Bem, sei de um caso de um conhecido meu que foi acusado pela ex mulher de pedofilia com a própria filha d casal - e advinha quando! - quando ele se divorciou e largou dela...
Nao houve prova, testemunhas e o laudo da psicóloga que entrevistou a criança: caso típico de alienação parental.( vc que e juíza sabe melhor disso do que eu);)
No entanto, recomendo: fique nesse blog mais um tempo e leia mais posts, há muita coisa interessante. Na concordo com tudo o que leio, mas multa coisa e bacana de se refletir.

Erres Errantes disse...

Obrigada, Karina.

Anônimo disse...

caracala, eu respeito muito as garotas de programa e tal. mas muito cara que começa a vida sexual com elas acaba achando que transar é chegar lá, comer e ir embora no mínimo tempo possível. pq elas não são burras e fazem o trabalho delas pra receberem e irem ganhar mais. não sou contra cara que use os serviços delas, mas acho bem esquisito que existam caras que usem MUITO o serviço delas e só façam com elas algo de que a namorada não gosta. porque, com a namorada, ele vai ter qeu respeitar vontades (ou falta delas), vai ter qeu pensar se tá machucando... e muito cara nunca desenvolve isso. aí é mais fácil pegar prostituta pq elas não reclamam, fazem tudo, etc.

sei que toquei em pontos sobre os quais vc não falou, mas são minhas reflexões.

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Desculpe erres errantes, pensei que você fosse um cara.Abraço.

Erres Errantes disse...

Caracala, a adolescência é uma fase de descobertas, e uma primeira vez com uma prostituta não me parece algo que vá beneficiar um rapaz nessa fase da vida. Uma iniciação sexual com uma prostituta também pode acarretar muitos traumas ao garoto, pois ela é uma profissional que só está ali pelo dinheiro, e não uma pessoa com quem ele teve uma história de atração ou mesmo paixão.

Anônimo disse...

Anônimo, das 12:09 acho meio nojento homem que faz uma coisa em casa com a namorada/ esposa e outra com garota de programa.
Ele que decida o que quer da vida, com quem ficar, quais fantasias lhe bastam ou nao.
Ou então que abra o jogo' amor, como nao posso realizar todas as minhas fantasias contigo, vou pro puteiro encontrar quemme satisfaça no resto"
Quero ver se o cara tem cara de pau e coragem de assumir isso pra mulher....( rindo aqui de imaginar a cena)....

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Anônimo 12:09

Muito válido os seus pontos.Mas acho que isso vai da indole dos caras, e nem todos os caras que procuram prostitutas são assim.Eles procuram prostitutas para realizar fantasias, assim como casais também as procuram.Mulheres também procuram prostitutas.Talvez a prostitituta esteja no cerne do fetiche e da sexualidade.
Mas as vezes penso que se não fossemos uma sociedade reprimida sexualmente,condenássemos o sexo como algo sujo, não tivéssemos pudores e restrições por vezes hipócritas, talvez a prostituta não existisse.

Starsmore disse...

O que aprendi lendo alguns posts:
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-Mulheres são seres divinos que não se importam com aparência, homens são maus e compram lingerie pensando apenas neles. Aliás, só o fato deles escolherem algo para a companheira já prova que eles querem oprimir as mulheres e retirar qualquer direito delas terem uma opinião.

-O melhor jeito de um um garoto ter educação sexual é procurar uma prostituta para aprender que mulheres devem satisfazer homens sexualmente em troca de dinheiro. Eles precisam estar prontos para aplicar essa teoria quando casarem e tiverem uma serviçal em casa.

-O útero pode ser seu, mas se sua vagina for oferecida como forma de serviço eu vou palpitar na sua vida dizendo que é algo feio, sujo e antinatural. Aliás prostituição masculina não existe, porque mulheres jamais usariam dinheiro para comprar um orgasmo.
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Vou tirar nota A.

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Erres Errantes,

A dor, o medo e os dissabores são parte da vida.Ninguém está livre de sofre-los.Usando o mesmo raciocínio, o garoto pode ter sua primeira vez com uma menina, e falhado por estar nervoso.Ou descobrir que ela estava com ele e com outro garoto, etc etc... não necessariamente isso pode ocorrer com uma garota de programa
Sobre Traumas,Tudo vai depender de como você lida com os dissabores da vida.

ASTRA disse...

Foi muito bom você ter postado esse texto, Lola, pois tenho algo muito pertinente para compartilhar.

Aliás, com o seguinte relato eu dou um exemplo do que poderia ser uma resposta ao questionamento de Susan Brownmiller.
“Então por que uma mulher americana é estuprada a cada dois minutos, e como 78% dos estupradores são maridos, namorados, ou paqueras?”

Os estupradores tem o aval da própria população que conivente, por muitas vezes termina o serviço de “chutar cachorro morto” estuprando novamente as vitimas de violência sexual fazendo piadas como essa na TV, NORMALIZANDO o estupro. É uma tortura sucessiva. ex:

Ontem, eu que NÃO assisto ao famigerado programa “CQC”, estava na sala almoçando enquanto passava o tal programa na TV. E infelizmente ouvi algo me enojou bastante.

Era hora do tal "top five". Depois de apresentarem o 4º lugar, no qual mostrava um rapaz que acordava de uma anestesia no meio de uma cirurgia e batia nos médicos, um dos apresentadores, Marco Luque, fez o seguinte comentário:

- Sabia que comigo aconteceu isso, já?! ... Eu tava brincando de médico com minha amiguinha, tal, ela acordou também. Sorte que tinha mais dois amigos meus pra segurar ela pra continuar fazendo a "operação" que a gente tava fazendo..

Enquanto todos os 3 apresentadores riem, Marcelo Taz ri e comenta:

- O nome disso é outra coisa. Você acabou de confessar um crime aqui no nosso programa.

Trecho no vídeo, dos 1:44 até 2:33 minutos:

http://www.youtube.com/watch?v=2apEpHbdtGk&feature=related

Eu não achei nenhuma notinha sobre esse comentário infeliz do Marco Luque. Por que será?!

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Corrigindo: dissabores não necessariamente podem ocorrer com garotas de programa

Anônimo disse...

caracala, sim, concordo com isso de até mulheres procurarem prostitutas. mas falei em caso mais extremo. conheço caras que nunca tiveram a coragem ou a ideia de perguntarem pras parceiras se queriam transar de um outro jeito. um amigo meu uma vez disse que adora mulheres com meias 7/8 e tal. e aí eu perguntei se ele já transou com a mulher usando. ele disse que não. eu perguntei o motivo. ele:"não sei". sabe, as pessoas não se comunicam!

por que tá cheio de mulher aí doida pra realizar um monte de fantasia e os caras insistem em dizer que mulher tem menos tesão que homem? eu acho que é falta de comunicação. rola um "se eu falar que gosto disso, o que é que fulnao/a vai pensar?". sabe... uma perda de tempo...

hm, elas existiriam pra coisas de ocasião... ou o cara tá querendo variar ou o cara não tem ninguém e quer alguém... essas coisas. o mesmo com mulheres e garotos de programa. aliás, eu ainda acho que os garotos de programa não são mais famosos pq atendem mais a um gosto gay do que da mulher. uma vez vi um que tirou um pau enorme das calças pra "se vender" pra mim e levantou a camiseta pra eu ver o tanquinho... isso não é determinante pro meu tesão. hahahaha.

eu comentei aqui num outro dia que, num livro sobre serial killers que eu tava lendo, um que estuprava as vítimas disse que estuprava pq mulheres são "complicadas", dando a entneder que têm vontades. ou seja, o cara não queria se dar ao trabalho de seduzir, conquistar, se mostrar interessante. ele queria seres prontos pra ceder a todas as vontade dele. e é praticamente o que relatei acima naquele quase (ou de fato?) estupro comigo. se eu tava no quarto, eu era dele.

Anônimo disse...

"tá cheio de mulher aí doida pra realizar um monte de fantasia" - E tá cheio de mulher aí que é cheio de "não-me-toque" e se o cara quiser que ela faça alguma fantasia, ela se sente ofendida.

Anônimo disse...

anon das 12:53 - se ela não quer, ela não quer. fim. arrume alguma que dê certo contigo.

do mesmo jeito que tá cheio de cara com nojinho de vagina ou de pêlos.

Anônimo disse...

e outra, anon das 12:53, isso é via de mão dupla. não adianta só querer suas coisas e não saber das vontades dela.

não é ela que tem que fazer algo por vc pra realizar suas fantasias. o casal tem qeu fazer as coisas de comum acordo e que dê tesão aos dois.

Anônimo disse...

Como vc disse, se n quer, ñ quer, e fim. Um homem geralmente conhece sua namorada ou esposa, e se ela é cheia de "não-me-toque", sabe que é uma incapaz de realidade qqr fantasia...então recorre à prostituta...

Anônimo disse...

"e os caras insistem em dizer que mulher tem menos tesão que homem?" - Se a mulher tem tanta tesão qto o homem, então pq a demanda de mulheres por garotos de programa (a maioria dos clientes destes é gay, e ñ mulher) é muito inferior à demanda de homens por garotas de programa? Pq o consumo feminino de G Magazine (que tb é mais demanda por gay) é mto inferior ao consumo masculino de Playboy?

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Sim anônimo, não só falta de comunicação, como é repressão sexual também.Tipo: " Isso não se pode fazer com minha esposa, ela
tem que ser recatada, isso é para fazer com as outras mulheres na rua, as profissionais".
Mas também existe aquele negócio, por exemplo: " pô, minha mulher menstruou, tenho nojo de transar com ela, então só quando passar o período, ficar todo sujo de sangue..."
Eu acho que não deve existir pudores, limites.Se há consentimento da mulher, tudo deverá ser válido no campo sexual.

Anônimo disse...

Eu não concordei com tudo que os dois textos dos blogs americanos diziam, mas concordo com uma coisa que você disse Lola:

Alguns homens (atenção: eu usei a palavra alguns para não generalizar) ficam na defensiva quando falamos sobre machismo e misoginia. Eu não sei bem porque eles reagem dessa forma, mas acho que eles se sentem acuados ou até mesmo acusados.

Obviamente,essa relutância masculina em conversar sobre o machismo e misoginia é prejudicial por vários motivos.

Anônimo disse...

anon 12:59 - cara... eu sou mulher. vou te falar uma coisa. eu adoro sexo anal, adoro um monte de coisa que parece ser tabu (como diria minha médica, anal não é mais tabu e todo mundo faz), adoro chupar (mulheres têm fama de não gostarem). pois bem. se um cara me trata mal em outras circunstâncias, que não na cama, eu vou perdendo o tesão aos poucos. e já reparei que paro de chupar.

um ex meu reparou nisso e ficava me pressionando pra chupá-lo como se fosse um favor pra ele. e aí, eu, que já tava meio magoada com ele, começava o sexo pensando "ai, daqui a pouco, ele vai pedir pra chupar". ou seja, no fim, parecia que eu não gostava da coisa.

te digo um negócio por experiência própria: um casal aberto e que se comunique bem e resolva seus problemas raramente vai ter muita restrição na cama.

num outro fórum, li dia desses que um cara ficava puto se uma mulher conhecida por sair com muitos e fazer de tudo com eles não transasse com ele. como se ela estivese fazendo doce. cara, eu teria vergonha de dizer isso publicamente. atestado de incapacidade. a mulher dá pra todo mundo, faz de tudo com todo mundo e o infeliz não consegue conquistá-la (e nem falo em conquista amorosa ou pra casar)e poder curtir com ela como os outros fizeram.

não te ocnheço e não sei se é seu caso, mas te garanto que raramente uma mulher tem tanta trava na cama se o relacionamento está ok.

Anônimo disse...

anon das 13:03 - digo por mim. essa estética de revistas e garotos de programa não me agrada.

o que sei de mim e de outras mulheres é que é tudo muito voltado pro público gay.

se os garotos de programa aparecessem de terno, sendo educados e interessantes, a gente caía de 4. mulherada dá menos importância pra padrões de corpo e mais valor a um papo interessante e um comportamento interessante.

os meninos gays que conheço são absurdamente exigentes (que nem hmens héteros!) com corpos e tamanhos de pênis!

Marcelly disse...

http://omarxismocultural.blogspot.com.br/


serio que existem sites para falar mal do feminismo??..

sou nova nesse meio mais sinto asco por coisas do tipo...


ah...sabado agora..dia 02/05 tem Marcha das Vadias na minha cidade Londrina PR

Anônimo disse...

ai, caracala... nojinho de menstruação é o fim. hahahahaha. imagina um mancebo desses pra fazer anal.

bom, consentimento da mulher e do homem, né? já vi vários caras se retraindo qdo eu só quis beijar o bumbum deles. ou seja.

Anônimo disse...

Concordo em quase 100% com o primeiro texto. Tem a questão da lingerie, já debatida em vários comentários, mais umas coisinhas. Tem o destinatário: você faz isso, você faz aquilo, um recurso retórico que não acho dos mais felizes. Mas no geral é muito bom.

A inversão do ônus da prova, ou melhor, o fim da presunção de inocência é outra coisa. Trata-se de direito criminal e de privação de liberdade. É verdade que o estupro é um crime em que a prova muitas vezes é difícil, ou mesmo impossível. Mas não justifica a quebra de um princípio básico do Estado de Direito.

É só uma provocação? Então, tudo bem. Mas aí é pouco.

Marcelly disse...

esqueci de falar no coment

Lola..tem como fazer algo legalmente contra esse site??
me sinto ofendida e acho que tenho o direito de me defender e tirar algo do tipo do ar

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Não somente isso, mas também fazer sexo oral na esposa menstruada, então...

Anônimo disse...

caracala, nos 2 primeiros dias, eu não faria oral menstruada. aí é cheiro de sangue, nada agradável. hahahaha. 2 em 30 ou 31 dias.

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Não importa o odor, o que importa é dar vazão ao desejo mútuo.

Anônimo disse...

achei esse site


denuncia.pf.gov.br

Sil Teixeira disse...

Na minha opinião a prostituição é uma das coisas que mais colabora para a visão errada sobre a mulher. Não tenho nada contra as garotas de programa em si, sinto que são reflexos do sistema.
Um garoto (digo na faixa de 16/17 anos) que começa a sua vida sexual não tem que "procurar um garota de programa" para aprender como se faz, até porque ele não vai aprender muita coisa, vai aprender que "o que eu quero, eu posso". Seria muito mais interessante se ele aprendesse mutualmente com uma garota da sua idade, os dois fossem descobrindo o que gostam. Seria melhor para ambos, pois logo de início ele aprenderia a respeitar sua parceira, saberia que prazer é algo vindo de duas pessoas, não só de uma.
Essa visão de que as garotas de programa ensinam alguma coisa é quase ingênua para mim. Como um homem se dispõe a ficar com uma mulher que não tem NENHUM interesse nele, que não sente tesão. Essa mulher não pode escolher com quem se relacionar intimamente porque esse é o trabalho dela. Sendo que o homem pode muito bem chegar e escolher a garota de programa. Enquanto você, homem, está lá, tendo o seu total prazer porque você está usando uma pessoa para isso, essa pessoa pode estar fingindo que se sente bem, alías, é o que muito acontece. Elas aprendem a mentir prazer, mentir vontade, afinal o homem tem que se sentir bem, né? Tem que esquecer que está pagando, etc.
Os homens acabam reproduzindo vários ideais por aí: que mulher só transa por dinheiro. Que mulher não tem vontades. Que na hora da transa o prazer é apenas dele. Que a mulher tem que se exibir, fazer e acontecer e o papel do homem é ficar parado esperando. A mulher também reproduz alguns ideais: de ficar quieta se tem vontade de algo, de sempre deixar passar, de fingir que está se sentindo confortável. Algumas até pensam que é obrigação delas satisfazer apenas o companheiro para ter uma relação boa. Afinal, se ela não fizer, ele vai procurar na rua, certo? Deixando a mulher sempre insegura.
Engraçado que a sensualidade nunca está ligada ao homem, só a mulher. Homens podem sim ser sensuais (e muito!), só que são tão reprimidos nessa questão e pensam que é só obrigação da mulher aparecer toda sexy e fazer um show.
Afinal... Mulher nem tem vontade de fazer sexo, não é mesmo? HAHA

Anônimo disse...

Não é preciso ser mascu para discordar dos textos que a Lola postou hoje (ainda bem), nem adianta virem aqui falar sobre "feminazis misândricas do blog que querem implantar uma ditadura".
Deem uma olhadinha nos comentários antes de falarem bobagens.

Anônimo disse...

sil - perfeito.

Anônimo disse...

caracala, se o cara quiser, eu até faço. mas é complicado se o sangue é muito. acho maldade. hahahah. fica igual a filme de terror barato.

Marina disse...

Carolina, não sou advogada, mas acredito que na inversão do ônus da prova, o acusado deve provar que não cometeu o ato ilícito, caso contrário é considerado culpado por falta de provas que o eximam da culpa.
Não concordo com a aplicação disso para casos de estupro, mas achei muito interessante esse exercício.
Becx, primeiramente não existe essa dualidade, ou tem lingerie sexy ou não tem sexo e em nenhum momento eu disse que isso acontece.
O que eu disse é que é imposição da sociedade, homens, etc, do machismo em geral (chame como quiser), que a mulher esteja sempre linda e pronta para satisfazer os desejos do homem e que, muitas vezes (não todas), a lingerie significa exatamente isso.
Também disse que existem exceções, logicamente!Posso ter me expressado mal, mas quando disse imposição masculina, estava me referindo ao machismo, não à todos os homens...
Anônimo 11:58, não entendi o que vc escreveu..para existir infração de patente, logicamente que deve existir uma patente concedida (patente não se registra), caso contrário não existe matéria protegida a ser infringida..Eu não preciso ter uma patente para infringir uma outra..Enfim, não entendi o q vc quis dizer!
Gostei muito dos textos publicados neste post, mesmo que alguns os rotulem de "radicais" (no mau sentido) pois sempre mexem com a cabeça das pessoas e as fazem pensar!

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Sil Teixeira,

nem sempre o ideal condiz com a realidade.As coisas não são programadas do jeito que deveria ser;
o que falar da timidez e falta de desenvoltura e a pressão da virgindade para um adolescente?
Outra coisa: todo mundo usa todo mundo se for pelo seu raciocínio. E não há ingenuidade em meus comments, pois as pessoas podem ser HUMANAS.
E a questão da luxúria, da sacanagem, tão importante?
És contra a sacanagem?
E esse negócio de "não consegui em casa procuro na rua", te digo: isso é balela pois ninguém é de ninguém, tanto o homem quanto a mulher vão transar com quem quiser.Esse discurso é típico da sociedade monogâmica sexualmente reprimida.

Anônimo disse...

Concordo com a Sil, acho q a prostituição só colabora com a visão distorcida sobre a mulher, justamente por associar sexo a dinheiro e poder, assim como publicações como playboy, q no fundo não passa de uma outra modalidade de prostituição.

Anônimo disse...

mas, caracala, eu entendo o que a sil falou. se o cara procura a prostituta consciente de que aquilo é uma sacanagenzinha e que a mulher está agindo daquele jeito pq foi paga pra isso, é menos pior do que o guri que tá indo ali pra aprender sobre sexo. uma pessoa com uma sexualidade bem trabalhada (o que não significa necessariamente super bem resolvida)e "educada" vai entender uma experiência com prostituta de maneira diferente de um guri que achar que aquilo é sexo e pronto. não me espanta que mulheres ainda fingem orgasmo e caras não percebem... já gozei várias vezes sem o cara perceber e depois ele foi me dizer que eu não gritei, não fiz nada muito diferente... pois é. eu não tava encenando.

vc nunca viu esses relatos de caras com problema de ejaculação precoce que dizem que transaram muito tempo só com prostituta até pegarem uma namorada? já li um dizendo que se sentia até oprimido pela prostituta!

Anônimo disse...

Marina

Só que nesse exemplo do estupro essa situação é absurda sim. Ninguém pode ser condenado por um crime se não há provas. E o princípio da presunção de inocência? Se não há provas, o réu deve ser absolvido.
Na prática, se o homem não conseguisse provar sua inocência, seria acusado MESMO não havendo provas por parte da acusação.
É um absurdo.

André disse...

Concordo com os comentários da carolinapaiva.
Uma pergunta às lésbicas: vocês compram lingerie sexy para suas amadas?

Sil Teixeira disse...

Caracala,

A prostituição para mim é um caso que não tem nenhuma humanidade. Pelo simples fato que a pessoa não escolhe os seus parceiros.
O machismo reprime os garotos, concordo, pressionando-os em relação a sua virgindade, por isso mesmo que deveria ser desmistificado. O garoto deveria, como disse, aprender junto da sua parceira (podendo ser virgem ou não, isso sempre vai variar) como as coisas acontecem, respeitando a limitação do outro.
Não sou contra sacanagem, acho até o termo bobo, pois não vejo "sacanagem" como as pessoas se referem. Sexo sem pudores deveria ser o normal, não questão de sacanagem. Acho que deve ter sim luxúria, sensualidade, mas quanto os parceiros se escolheram e um sente tesão no outro.
Se um casal é monogâmico por escolha, certamente isso de "não consegui em casa procuro na rua" não deveria existir, mas é o que mais existe.

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Sil Teixeira;

Saí várias vezes com prostitutas na adolescência, e não sou nada disso que você fala.Gosto de dar prazer a uma mulher, se não vejamos;
beijo-lhes o pescoço, e a boca, dou pequenas mordidas em seus lábios; seguro-as pela cintura, enquanto faço o corpo delas deslizarem pelas minhas mãos.Tiro-lhes a blusa, enquanto beijo-lhes mais o pescoço, deslizo minha boca por entre seus seios, passo minha língua pelo seu corpo; retiro seu sutiã com dois dedos, os outro para segurar levemente seus cabelos; Chupo seus seios com voracidade, dou mordidinhas leves em seus mamilos.
Tiro a calça, beijo a virilha e suas coxas; aperto seu pé, massageando...
depois tiro sua calcinha com os dentes, e chupo, lambendo seu clítoris e beijando sua virilha, até ficar úmida e bem lubrificada.Enquanto chupo, aperto seus seios e pressiono com os dois dedos seus mamilos, levemente.
Peço que ela fique de quatro e me chupe,e eu de joelhos na frente dela, na cama. Pego ela pelos quadris, eu de joelhos, faço ela ficar em cima de mim, enlaçando suas pernas em volta de mim, enquanto vou penetrando.Nessa posição, vejo o rosto dela e fico beijando seu pescoço, e beijando seus seios.Vou variando as posições, daí pode vir a ser a posição cachorrinho, ou coloco um pouco de quatro, ou ela vem por cima,lentamente, fazendo ela gemer e gritar... ecos na noite.
Estória real, aconteceu no domingo passado, ces la vie.

Sil Teixeira disse...

Anônimo 13:37,

Sim, tudo colabora para que a mulher seja vista apenas como fonte de prazer. Como se ela não tivesse prazer. Além de padronizar as mulher.
Acho que também colabora para vários tipos de "abusos não identificados" feitos por namorados e maridos. Tipos de pressão, quando ele tenta convencer ao máximo a parceira a fazer algo que ela não quer porque ele só pensa no prazer dele. Muitas vezes a mulher cede por medo de perder o parceiro.

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Sil Teixeira

O homem também pode ser uma fonte de prazer para a mulher.E daí?

Maicon Vieira disse...

"Saí várias vezes com prostitutas na adolescência, e não sou nada disso que você fala.Gosto de dar prazer a uma mulher, se não vejamos;"

Como sabe que você não é uma exceção?

Sil Teixeira disse...

Caracala,

Obrigada pela descrição. HAHA
Em todo caso, não é porque você tem noção do que dá prazer em mulher que todos são iguais a ti. Não é importante para o homem debater sobre isso. E a prostituição como outras coisas sempre reforçam de que isso não é importante.
Continuo achando ingênuo pensar que alguém se sente bem nessa condição de não poder escolher um parceiro.

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Foi mal ter sido tão explícito, não conseguiria resumir em poucas palavras...

Sil Teixeira disse...

Caracala,

O homem É uma fonte de prazer para a mulher. HAHA Também acho o serviço ao contrário horrível. No caso homens que são garotos de programa. Óbvio que comparado as mulheres eles são uma minoria.

Teofilo Tostes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vinicius disse...

"É uma peça de roupa, assim como compro vestidos, camisetas, camisas, para ela e ela me compra camisetas, cuecas e etc. Não entendi porque isso é um ato de dominação masculina."

Então, li um monte de gente na caixa de comentários falando sobre o "cotidiano inofensivo", mas, acho que deveríamos ver que, mesmo aquilo que gostamos e fazemos naturalmente, também é recheado de significação.

Se é recheado de significação, é pq tá embebedado na linguagem e na cultura - Aí entra o argumento da violência simbólica: a própria cultura e linguagem são machistas, elas se utilizando de um ponto de vista machista, logo, todo e qualquer ação precisa estar em referência ao machismo (ao normativo).

Sendo assim, não dá pra "ficar fora" dessa contraposição. No fim das contas, ou se é machista ou se é contra-machista (ou se é normativo, ou se é contra-normativo).

E outra, se é "cotidiano", se é inconsciente, então é mais fácil pra analisar e descobrir que todo o significado intrincado na relação é estrutural, que é realmente algo que mantém a ordem/estrutura vigente "equilibrada". No More Aspas.

Vinicius disse...

Só pra complementar:

Não é que isso seja um ato de dominação masculina (pq só dá pra analisar, relacionando com o resto das relações sociais e pãns), mas está presente dentro de um sistema de relações que já são proveniente e embasadoras de um princípio onde o homem é o cargo alto da sociedade.

Erika disse...

Li e reli o texto e, sinceramente, não estou compreendendo o motivo de tanta indignação. Incrível como interpretação varia de pessoa para pessoa. Acho que afirmar que todos os homens se beneficiam da submissão das mulheres é absurdamente diferente de dizer que todos eles são estupradores. Ora, não dá pra negar que mesmo o mais feminista dos homens se beneficia do modo como as mulheres são tratadas em nossa sociedade, ele não precisa ter culpa para ser beneficiado. O simples fato de ele poder ter relação sexual com quem quiser, quantas vezes quiser e poder explorar livremente sua sexualidade na adolescência sem ser humilhado por isso (a menos que seja gay), já é um privilégio em comparação às mulheres. O fato de ele não ser obrigado pelos pais a lavar louça e arrumar a casa enquanto seus outros irmãos brincam ou apenas estudam, ou de poder chegar do trabalho e largar tudo para o ar em vez de ter que se dedicar aos afazeres domésticos também é outro pequeno privilégio... enfim... e quantos homens, mesmo quando se dizem progressistas com relação aos direitos das mulheres, não se comprazem ao usar expressões do tipo "comi", "fodi", "peguei", fazendo questão de perpetuar essa visão de que sexo é uma forma de dominação/violação do homem sobre a mulher? Já questionei vários amigos de esquerda, simpatizantes do feminismo, sobre a necessidade de se utilizar esses termos violentos quando palavras como "transar" também fazem parte do vocabulário comum, mas eles parecem não se importar muito com essas coisas e ainda demonstram certo prazer em usar esses termos. E quanto às lingeries? Será que são mesmo tão neutras assim? Por que não existe roupa sexy e desconfortável para o homem usar para agradar a mulher??? Porque a ideia da lingerie é de que cabe só a mulher agradar seu parceiro...
E, com relação à presunção de inocência, em vez de ficarmos com esse discursinho raso e automático de que isso ou aquilo é inconstitucional e etc, deveríamos compreender melhor a origem dessa opinião da autora do texto que, ao meu ver, perpassa uma temática fundamental e pouco lembrada: o descaso com as vítimas em nosso processo penal e a dificuldade monstro de se provar um crime de estupro. Esse fenômeno já recebeu o nome de "vitimização secudária" e afeta, em maior quantidade, vítimas de abuso sexual. Nosso sistema processual dificulta ao máximo a produção de provas e faz com que a vítima seja submetida praticamente ao mesmo sofrimento provocado pela violência sexual na tentativa de prová-la. O exame de corpo delito é quase sempre feito de modo desumano, isso quando não dizem que a vítima não deve tomar banho depois do abuso e nem trocar de roupa (como se fosse muito fácil ser abusada e ficar tranquilamente com o semen do estuprador e seu cheiro no corpo o dia inteiro, ou dias, esperando a boa e excelente atuação dos peritos!). Não aguentou e se lavou? Pronto. Praticamente já era! Sem falar que SEMPRE, se a vítima for jovem, analisam o hímen e calculam se este já foi rompido há muito tempo! Se tiver se rompido há muito tempo, pronto, um ponto contra a vítima!!! Também se não encontrarem pele nas unhas da vítima, indicando inexistência de luta corporal (por exemplo, se o medo era tanto que a mulher ficou sem reação - o que é o mais comum- ou se viu que o cara estava armado e preferiu não reagir para não morrer), também um ponto a menos para a vítima no processo! Enfim. A palavra da vítima, que deveria ser mais levada em consideração, é posta pela maioria dos magistrados como secundária, o que torna bastante difícil a punição desse tipo de crime. Acho que a intenção da autora foi sensibilizar para essse ponto, ou, pelo menos, deveríamos aproveitar seu texto para isso, em vez de ficarmos com essa de que o texto é feinho, bobinho, do clube do "mau" feminismo e etc.

Obs.: agora que o conceito de estupro é mais abrangente, não exigindo mais o famigerado coito vaginal, acho que, talvez, os meios de produção de provas estejam menos violentos.

Sil Teixeira disse...

Erika,

Estou de acordo com teu pensamento. Lingerie para mim se resume em roupa desconfortável e isso não existe para o homem. Sempre estou atenta a palavras que já estão enraizadas na nossa cultura. "Comi", "peguei", "dei" (Escutar essa das próprias mulheres me deixa meio irritada. Não dei nada, a vagina continua sendo minha. Não dou e nem empresto HAHA), "mina" me irrita bastante.

Anônimo disse...

11:45 está no caminho certo.
Ou a gente encara o triste fato de que TODOS são estupradores e/ou abusadores EM POTENCIAL, e tomamos as devidas precauções ou estaremos à mercê de ataques saídos de onde menos se espera. Culpa de quem? Não interessa. Interessa que sofremos um trauma que não queremos. Parabens, menina.

Anônimo disse...

Teófilo, deu mole quer dizer, deu ocasião. Damos mole em muitas situações. Uma amiga perdeu um anel de família por tê-lo deixado em cima de um móvel durante a visita de uns homens a serviço na casa dela. Eles estavam trabalhando, mas um deles furtou uma jóia, só porque a oportunidade se apresentou. Em Direito Penal, indaga-se sempre do motivo e da oportunidade para a prática do crime. No estupro e no abuso sexual não é diferente.

Anônimo disse...

off topic

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1095678-filme-os-vingadores-levanta-polemica-sobre-filhos-adotivos.shtml

Anônimo disse...

"Ensine os homens a respeitar"

quem vai ensinar? quando? como? onde?

Marcelly disse...

Anonimo:
em direito penal indaga-se isso??..otimo momento para pegar o direito penal..enfiar o orificio do termino digestivo de quem escreveu e escrever outro...

#prometinãoutilizarpalavrasdebaixocalão

Anônimo disse...

Marcelly, indaga-se porque o réu tem que ter tido oportunidade para praticar o crime, entende? Senão, qualquer um pode ser acusado de qualquer coisa em qualquer lugar. Motivo para estuprar não precisa, né?

Drica Leal disse...

Caracala:

"Mas as vezes penso que se não fossemos uma sociedade reprimida sexualmente,condenássemos o sexo como algo sujo, não tivéssemos pudores e restrições por vezes hipócritas, talvez a prostituta não existisse."

Nesse caso acho que a melhor saída é agir para que essas repressões fossem derrubadas, e não apelar para a a prostituição, isso só contribui para que a repressão sexual e os tabus nunca sejam derrubados, pois é mais fácil apalear para as "santas prostitutas" (e prostitutos, mesmo em em proporção menor) do que tentarmos exercer nossa sexualidade de uma forma livre e honesta entre sujeitos autônomos.

Drica Leal disse...

*sejam derrubadas

Marcelly disse...

corrija-me se eu estiver errada..se vc tiver oportunidade de roubar..se algo estiver ali na sua cara.tipo um anel em cima da mesa onde vc foi prestar algum tipo de seriço...perando o código penal..essa facilidade é levada em conta para sua absolvição...?..eh isso??

o motivo do roubo quase sempre é a condição social e não a oportunidade..para quem tem como principio não roubar, a oportunidade não existe.
assim como quem tem como principio não estuprar...esse individuo pode acabar tendo que cuidar de uma amiga bebada semi nua e mesmo assim não fará nada ilicito pra não dizer ediondo..a maxima a ocasião faz o ladrãi é ridicula..pra não dizer mais coisas...

o que causa o roubo é o ladrão e seu historico social..
o que causa o esturpo é o estuprador, seu historico social e seu historico pscicologico...e nunca.. a vitima..NUNCA...

se o codigo penal diz o contrario..mantenho minha opinião

Marcelly disse...

errata: serviço* ladrão..desculpem-me ..mas esse teclado me irrita..¬¬

Anônimo disse...

Não, Marcelly, essa oportunidade para a prática do crime corrobora com os indícios de autoria deste. Se eu não tive oportunidade de roubar, não posso ser acusada. Não exime de culpa não.

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Anônima 13:30

Veja o filme "O último tango em Paris" a respeito de fetiches e sexo livre.Veja o sexo transgredir qualquer limite.
Beijo.

Anônimo disse...

o motivo do roubo quase sempre é a condição social e não a oportunidade..para quem tem como principio não roubar, a oportunidade não existe.
assim como quem tem como principio não estuprar...esse individuo pode acabar tendo que cuidar de uma amiga bebada semi nua e mesmo assim não fará nada ilicito pra não dizer ediondo..a maxima a ocasião faz o ladrãi é ridicula..pra não dizer mais coisas...

Essa máxima pode ser ridícula mas é o que acontece. Existe outra máxima que diz que 'ladrão é preguiçoso', quer dizer, ele é adepto da lei do menor esforço, portanto, quanto mais complicar, para o ladrão é pior. Deixar uma porta de casa aberta é facilitar pro ladrão. É ocasião, é oportunidade. Não indaguemos se este ou aquele vai ou não praticar o furto porque não temos como saber. Eles não usam crachá de ladrão. Não podemos assumir honestidade nem hombridade pelos outros. Esperamos que todos sejam honestos e respeitadores mas isso não quer dizer que vamos abrir a guarda para todos.

Teofilo Tostes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcelly disse...

mas o que isso tem a ver com o estupro?..existe oportunidade para estuprar?

roubo é errado...mas é um crime mais ameno..se eh que existe escala quando o assunto é crime..mas n minha concepção crime contra propriedade privada eh muito menos importante que aquele contra uma vida...ou um corpo humano..

Anônimo disse...

Bom, Teófilo, em termos de seguro, pelo menos, se a vítima deu mole, ou seja, não tomou os devidos cuidados, pode se dar mal. Mas no DP, não se indaga da culpa da vítima por ter facilitado as coisas para o criminoso. Fosse assim, teríamos que sair armados todo tempo, né?

O que acontece é que o estupro na verdade é uma relação sexual, comum entre duas pessoas quaisquer, apenas sem o consentimento de uma delas. Ninguém consente em ser furtado, roubado, assassinado, né? Daí a dificuldade em se provar a ausência do consentimento, desde que houve facilitação para o crime, entende? é difícil, eu sei.

Teofilo Tostes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcelly disse...

seu ultimo comentario não fez o menor sentido pra mim..

claro que precisam de dois..uma VITIMA...
vítima
(latim victima, -ae)
s. f.
1. Pessoa ou animal oferecida em sacrifício aos deuses ou num ritual religioso.
2. [Por extensão] Pessoa que morre ou que sofre pela tirania ou injustiça de alguém.
3. Pessoa que foi assassinada, ferida ou atingida casualmente, criminosamente ou em legítima defesa ou por um acidente, catástrofe, crime, etc.
4. [Figurado] Pessoa que é sacrificada aos interesses de outrem.
5. Tudo o que sofre dano ou prejuízo.

e o estuprador:
estuprador |ô|
adj. s. m.
Que ou o que cometeu estupro.



agressor é a pessoa que será acusada e punida..vitima é a pessoa que será cuidada...e terá o direito de se defender dentro da legalidade de cada sociedade...

Anônimo disse...

Marcelly, existe oportunidade se o estuprador/abusador tem acesso à vítima sozinha e/ou vulnerável.

Anônimo disse...

agressor é a pessoa que será acusada e punida..vitima é a pessoa que será cuidada...e terá o direito de se defender dentro da legalidade de cada sociedade...

Sem dúvida. Mas você está pensando no pós-estupro. Eu penso no pré-estupro.

Anônimo disse...

Teófilo, a prescrição de crime no Brasil é uma excrescência aboninável. Enquanto o criminoso não morre, não vejo razão para prescrever coisa alguma. Isso é válido para questões patrimoniais, porque as pessoas precisam de uma certa segurança e estabilidade, mas em se tratando de crime, pelo amor!
Nos EUA não existe isso.

Teofilo Tostes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Acho engraçado que não nos arriscamos a uma série de coisas, mas quando se trata de estupro, nos arriscamos e queremos que nada aconteça NUNCA.

Drica Leal disse...

Então como resolver esse impasse entre acusações falsas de estupro e a dificuldade de uma vítima real em provar que foi violentada? Dificultando ainda mais o acesso das vítimas reais à Justiça? Desse jeito, só poderá haver acusação de estupro se o criminoso for pego no ato e ainda assim existirá a possibilidade da vítima ser desacreditada, se ela não tiver marcas de espancamento pelo corpo, a vagina dilacerada ou se o estuprador não estiver portando uma arma no ato!

Assim como acusações falsas de estupro, existem também acusações falsas de difamação, roubo, calúnia, assassinato, tráfico de drogas e muitas outros crimes. Essa Justiça perfeita e infalível, onde ninguém jamais será acusad@ ou condenad@ sendo inocente infelizmente é impossível! É cruel, é terrível que alguém seja acusad@ ou condenad@ por algo que não fez, mas em nome disso o que vocês sugerem, que todos os crimes reais sejam desconsiderados ou que o acesso das vítimas à Justiça seja cada vez mais tortuoso, difícil, quase impossível?

Anônimo disse...

Não vejo tanta desqualificação da vítima na prática não. Existe, sim, a conivência por parte dos outros homens, graças ao sprit de corps. E muita contemporização na hora da apenação.
A pena pelo estupro de consultório (consultórios de porta fechada são ótimas oportunidades) do ortopedista Paulo dos Santos Dutra em Caxias do Sul foi convertida em prestação de serviços à comunidade, quer dizer, uma pena compatível com um furto de uma galinha ou menos.

Fefa disse...

Olá Lola e todos!
Leio o blog todos os dias e praticamente nunca comento, embora leia todos os comentários, eles engradecem tanto...é injusto sim, mas na maioria fico aqui filosofando e me perco nos pensamentos, sem conseguir expressar em palavras o que sinto...

Mas hj vou tentar...me parece que o estupro é um problema mais social do que legal, logo, entendo que o direito penal não vai resolver o problema. Temos que entender que o estupro esgota o que se entende por crime e vai além do princípio da presunção de inocência...existem fatores históricos-sociais que os nossos legisladores não são capazes de incorporar em uma lei, em um princípio constitucional.

E eu nunca consigo resolver uma questão mental que sempre me aflige nessas discussões sobre estupro (que mais me parece aquela brincadeira do tostines ou de quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha): se inverter o ônus da prova, retirando a presunção de inocência agride os direitos humanos (e eu não discordo disso), deixar que aconteçam tantos estupros tbm não parece agredir direitos humanos? Como ponderar isso?

Eu, com toda sinceridade, ainda não sei.

Anônimo disse...

Pois é, Teófilo, aí é que entra a oportunidade para prática de crime de estupro no caso. O acusado realmente teve oportunidade? Isso é mais fácil de provar do que o não consentimento da vítima.

Anônimo disse...

A última foto do post, a mulher de pernas arreganhadas e ainda ser mulher negra?! Buscando encrenca.
TomaLá

Anônimo disse...

Erika

Não há necessidade de debochar a opinião dos outros para defender a sua.
Minha preocupação não é "bobinha e rasa", não. Não desmereça o que os outros dizem.
Entendi que a intenção da autora era a de provocar reflexão, mas acho perigoso esse discurso de que é válido passar por cima dos direitos básicos de alguém por um bem maior.
A vítima deve ser tratada como vítima, isso é óbvio e devemos bater nesta tecla se quisermos mudanças, mas presumir que qualquer um deve ser condenado sem provas é abrir um precedente perigoso sim, não é "bobinho". Tampouco falei do "feminismo mauzinho". Não acredito em maniqueísmos.

Teofilo Tostes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
RADFEM disse...

PROSTITUIÇÃO É ESTUPRO, CONSENTIMENTO NÃO PODE SER COMPRADO.

Tenho nojo desses homens escrotos e individualistas que defendem prostituição. Até parece que eles ligam para as mulheres, tratando a sexualidade delas como mercadoria.

Anônimo disse...

Fefa, eu gosto muito da presunção de culpa a partir de denúncias prévias. Não é 100% seguro, mas ajuda bastante. Se todos os abusadores fossem denunciados, mesmo que sem desdobramentos, saberíamos com quem estamos lidando. Não é pra isso que existe o atestado de bons antecedentes?

Anônimo disse...

A falta de oportunidade é apenas peça de defesa, meu caro. Nunca disse que desqualifica a vítima.
Acho que você não entendeu direito o que quer dizer oportunidade no direito penal.

Anônimo disse...

O discurso da sociedade como um todo, no que tange ao estupro, é perverso. A decisão do STJ que decide que estupro de menor de 14 anos não é crime, se ela for prostituta, confirma isso (e reforça a prática comum de desqualificação da vítima).

Agora, é claro que isso não justificaria uma outra perversão, que seria impor ao acusado (de qualquer crime) o ônus da prova. Isso, obviamente, é uma afronta aos direitos humanos.[2]

Mas defender os direitos humanos de "bandidos e marginais" é tão bobinho e raso, né?

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

RADFEM
foda-se, aqui é um blog de livre expressão, onde todos tratam as opiniões dos outros com respeito, sem xingamentos.Baixa o tom aí, fica na moral.
Vá para a vida, pois você não sabe nada dela.

Anônimo disse...

http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v19n55/a05v1955.pdf

Fatores que
mais influenciam o risco de vitimização dos indivíduos são: exposição, proximidade da vítima ao
agressor, capacidade de proteção, atrativos das ví-
timas e natureza dos delitos. A exposição é definida pela quantidade de tempo que os indivíduos
freqüentam locais públicos, estabelecendo contatos e interações sociais. O estilo de vida de cada
indivíduo determina em que intensidade os demais fatores estão presentes na sua vida. Assim,
determina em que medida os indivíduos se expõem ao freqüentar lugares públicos, qual a sua
capacidade de proteção, seus atrativos e a proximidade com os agressores.
A proximidade da vítima ao agressor diz respeito à freqüência de contatos sociais estabelecida entre ambos, o que depende do local de residência, das características socioeconômicas e dos
atributos de idade e sexo, assim como da proximidade de interesses culturais. Indivíduos com a
mesma idade costumam freqüentar os mesmos
ambientes nas atividades de lazer.
A capacidade de proteção está relacionada ao
estilo de vida das vítimas. Indivíduos que têm maior
capacidade de se resguardar, evitando contato com
possíveis agressores, têm menor probabilidade de
serem vitimados. Por exemplo, indivíduos que andam de carro em vez de ônibus têm maior capacidade de proteção porque diminuem a possibilidade de contato com os agressores. Do mesmo modo,
aqueles que contratam segurança privada diminuem a probabilidade de serem vítimas de crime.

aiaiai disse...

Teofilo Tostes,

estou indignada com uma coisa que vc comentou:

"a mesma que prevê pena mínima maior para roubo seguido de morte do que para estupro seguido de morte, e isso tem consequências para a dosimetria da pena e sua prescrição)"

Na nossa legislação a pena mínima é maior para roubo seguido de morte do que para estupro seguido de morte?

Caramba, tem que começar a mudança por ai, né? Que lógica segura uma lei dessas????

Anônimo disse...

esse estudo acima se atém ao favorecimento da vítima para a prática de crime, que o blog aqui não quer levar em consideração. Mas se não há crime sem vítima, vejamos o que o estudo diz.

Dri Caldeira disse...

Já dizia Machado de Assis: "A ocasião faz o furto. O ladrão já nasce pronto". O mesmo serve pro estupro. "A ocasião faz o estupro. O estuprador já nasce pronto". É claro que nem todo homem vai ter coragem de estuprar, mas tb é claro que todo homem curte subjugar uma mulher, com ou sem violência. 90% dos homens fazem parte de 2 grupos de homens: os que tem vontade de estuprar e estupram, e os que tem vontade de estuprar, mas ficam c/ medo. E o estupro, aqui, adquire o sentido de forçar a mulher a fazer o que não quer. Não só sexo, qualquer coisa. Beijo de língua, pegar nos peitos, passar a mão na bunda, encoxar, ficar roçando... Eu sou bem radical nessas coisas e nenhum dos dois textos me incomodou. Não quero que meus direitos sejam iguais aos dos homens, ainda não. Antes de conseguir isso, pelas vias legais, eu gostaria imensamente que eles sofressem muito, somente por serem homens. Escravidão do gênero, vamos ver se eles suportariam viver nas mesmas condições em que as mulheres vivem. Duvido, espanariam rapidinho.

Anônimo disse...

Um dos testes cruciais para a teoria das oportunidades diz respeito aos conflitos interpessoais,
em que as motivações não são de natureza econô-
mica. Trata-se de conflitos de natureza expressiva
que, entretanto, guardam as dimensões de um
comportamento racional. Oportunidades e intera-
ções espaço/tempo também parecem ser componentes importantes para esse tipo de delito.
Os modelos para agressão foram também estimados utilizando ora grupos de renda, ora a
proxy de riqueza (condição na residência). Além
disso, foram estimados dois modelos para agressão, um que tem como variável dependente os indivíduos que sofreram agressão (Modelo 5) e outro, os indivíduos que sofreram agressão e/ou
tentativa de agressão. Os resultados foram similares no sentido de que as características individuais
que determinam a probabilidade de vitimização
estão presentes em todos os modelos.
Com relação ao fator exposição, indivíduos
mais velhos têm a probabilidade de sofrer agressão menor do que os mais jovens. Por exemplo,
o Modelo Tentativa de agressão 1 (Tagre 1) indica que indivíduos de 35 a 44 anos de idade têm
probabilidade de sofrer agressão 63% menor, e,
entre indivíduos com 45 anos ou mais, esta probabilidade é 79% menor do que entre indivíduos
de 13 a 18 anos de idade. Os mais velhos tendem
a se expor menos, pois passam grande parte do
seu tempo cuidando de suas famílias. em contrapartida, a tendência entre os mais jovens é uma
maior exposição – aumenta o consumo de álcool
e a freqüência em lugares de vida noturna. Dessa
forma, como grande parte das agressões estão relacionadas à ingestão de álcool e a brigas entre
gangues, os mais jovens têm maior probabilidade
de sofrer esse tipo de crime
.

pg 85

Anônimo disse...

todo homem já nasce com poder de estuprar. Neste sentido a afirmação é correta. O ladrão também já nasce pronto do momento que tem duas mãos.
Não é à toa que no Islã, cortam-se as mãos do ladrão. Deviam cortar o pinto dos estupradores também.

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Uma coisa que quero deixar bem claro aqui: ninguém é de ninguém, todo mundo tem direito de transar com quem quiser, mesmo casado;
A mulher poderá, assim como o homem, sair e transar com quem quiser, como e quando quiser.
Parar com essa palhaçada de monogamia; essas paradas de assédio, de repressão a mulher e objetificação da mulher, só existem pois o contexto da sociedade, antes de tudo, é o casamento tradicional monogâmico.
Eu tinha uma namorada, era casada, e estava usando anel de casada.Simplesmente peguei a mão dela e tirei o anel, jogando dentro da bolsa dela.Ela se sentiu livre.
Ninguém pertence a ninguém. Sem limites, sem barreiras.

Anônimo disse...

o que tem isto a ver com o debate, caracala?

Camila Fernandes disse...

Gente, existe uma distância gigantesca entre a desqualificação ad vítima e a presunção automática da culpa do acusado!

Eu não acreidto que alguém queira mesmo que qualquer homem seja considerado culpado de um estupro, assim que for acusado do crime. Isso é irracional.

Agora, vou dizer o que deveria ser diferente - e que não tem nada com condenar homens inocentes:

Quando uma mulher fizer uma denúncia de estupro, @s policiais não perguntarem se ela estava usando uma roupa curta. Quando uma mulher fizer uma denúncia de estupro, não ter que ouvir que "você mereceu" ou "você procurou", mesmo se ela for uma prostituta ou se estiver em uma festa com bebida. Quando uma mulher fizer uma denúncia de estupro cujo acusado é seu companheiro, não escutar que o companheiro tem "direitos" sobre o seu corpo. Quando um homem fizer uma denúncia de estupro, a sua sexualidade não interferir na credibilidade do seu depoimento. Uma criança não seja levada a pensar que o abuso que sofre é sua culpa e, por isso, esconda da família como se o criminoso fosse ela mesma.

Agora, alguém me diga, em que, exatamente, qualquer uma dessas situações prevê a prisão de um inocente?

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Muita coisa;

O casamento monogâmico institui a mulher como propriedade do homem, como se esse tivesse "direitos" sobre a mulher, e isso extendido por toda a sociedade.Começa no casamento, passando pela criação dos filhos dentro desse molde de casamento, a noção de que a mulher deve servir ao homem.
Se você entende que a sociedade tem por base as famílias geradas nesse contexto de casamento monogâmico, você entenderá os valores repressores desta as mulheres.

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Todos tem direito de transar com quem quiser, mulheres e homens

Anônimo disse...

Lola, tudo bem? Eu sempre leio seus textos - algumas vezes eu não concordo com o seu posicionamento, outras concordo muito. Enfim, travo um diálogo com seu posicionamento, o que me permite "discutir" questões que, em certo sentido, até então não perpassavam meu cotidiano. Pena que eu nunca comente, né? rs. De qualquer maneira, queria te fazer uma pergunta que foge da postagem de hoje, mas que me deixa "encucado": creio (posso estar enganado, claro!) que o nome do seu blog deriva do filme "corra Lola, corra". E você, com suas excelentes crônicas sobre filmes, nunca fez uma sobre este que - como disse, suponho - gerou o nome do seu blog. Por quê? Enfim, uma pequena inquietação da minha parte. Mais uma vez,parabéns pelo blog e continue postando, pra gente ler, concordar, discordar, concordar em termos, discordar tb em termos, mas sempre se posicionar! Abraços, Humberto (JF / MG)

Vinicius disse...

" essas paradas de assédio, de repressão a mulher e objetificação da mulher, só existem pois o contexto da sociedade, antes de tudo, é o casamento tradicional monogâmico."

Não força. Não é a monogamia que dá razão aos estupros e assédios e etc e etc.. A monogamia também faz parte das coisas que são consequência e não causa. As relações monogâmicas da forma como são atualmente são o produto de diversas mudanças ao longo da história, juntamente com mudanças políticas, econômicas, religiosas, filosóficas e etc.

Seguir um discurso hedonista pós-moderno não resolve em merda nenhuma a situação não-simétrica entre os sexos e a autoridade que é naturalizada no tipo masculino.

Na real, eu acredito que seria até mais fácil desestabilizar vítimas de estupro, mantendo um discurso de "todos transam com todos, ela também queria transar comigo e agora tá dizendo que foi sem consentimento".

Qualquer discurso se adapta à novas formas da ordem social em qualquer aspecto.

Anônimo disse...

Teófilo,

você me parece ser um dos mais esclarecidos aqui no site. Já digo que sou masculinista, mas concordo com 99% do que você diz, afinal bom senso não depende de ideologia.

O que eu vou falar vai ser visto como imbecilidade, mas quero comentar sobre o que você disse na questão da facilitação do crime. Isso é usado como atenuante pelo fato de se entender como um convite para o ato não? Se alguém deixasse uma placa escrito "Me roube" ao lado de uma porta aberta, isso com certeza seria atenuante.

Porém, mulheres não saem com placas com palavras escritas pedindo para serem estupradas, mas os depoimentos que chegam nos tribunais é de que houve uma abertura inicial por parte da mulher. Em outros casos onde um maluco simplesmente aparece agredindo acredito que não tenham atenuantes.

Outro problema é o fato de muitos alegarem uma patologia psicológico para o ato, "nasceu de alguma forma assim". Então a sociedade precisa decidir se "as pessoas nascem de certa forma" ou se "todas nossas ações são decisões e não imperativos biológicos". E isso é uma discussão que afeta diversos outros movimentos.

Entretanto, sendo o estupro um crime hediondo, não tem um adicional de anos na cadeia depois? Porque roubo seguido de morte não é hediondo. Não estou muito a parte desses detalhes.

Anyways, por fim digo que acho que qualquer relação de maior com menor devia ser crime, como nos EUA, então isso que você citou de menores de 14 anos me deixou bastante chocado.

Anônimo disse...

Cara-cala, você não tem direito de transar com quem quiser. Preciso primeiro do consentimento da(s) outra(s) parte(s).

O casamento monogâmico tira a mulher do mercado e do assédio contínuo por parte dos outros machos. Só isso. E para sua informação, nem o marido tem o direito de transar com ela sem o consentimento desta.

Anônimo disse...

Essa questão da lingerie é interessante mesmo e o engraçado é que ,se o homem é um ser que está sempre disposto pro sexo, sua libido é cem mil vezes maior do que a mulher, é cheio de fantasias e blá blá ,pq é que cabe a mulher (que nem gosta de sexo, segundo esses mesmos homens viris) a obrigação de apimentar o sexo? (lingerie, fazer anal ,engolir ,aceitar outra na cama etc etc) pq tá cheio de revistas “femininas” ensinando tudo isso “como segurar seu homem” “faça se não outra faz” “apimenta seu casamento” enfim...não deveria ser o contrário não? ninguém vê matéria de professor de pole dance, ensinando os homens a seduzirem suas mulheres, anúncio de cuecas sexys ...


Cética

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

Ai, meu Deus do céu, um anônimo nervosinho e metido a engraçadinho falando merda.
É claro que estou falando dentro de um contexto de consentimento mútuo, deixa de ser energúmeno.
Sou estou dizendo que dentro deste contexto de consentimento, tanto o homem, quanto a mulher tem direito de transar com quem quiser e fazer com o seu corpo o que quiser.

Anônimo disse...

Camila Fernandes,

só queria adicionar que fazer perguntas sobre o que a vítima vestia, fazia, etc... pra traçar um perfil do criminoso e iniciar a investigação.

Isso também serve para saber a história como um todo, detectar falsas acusações, etc...

Pro resto que você falou concordo plenamente, ainda mais no caso de menores.

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Camila Fernandes disse...

Anônimo, é, claro. Saber onde a vítima estava, por exemplo, deve ser uma das primeiras - se não a primeira - pergunta de uma investigação, né? E em casos de estupradores em série, traçar o perfil da vítima é essencial não só para capturá-lo, como para prevenir futuros ataques.

Entretanto, de novo, existe uma grande diferença de fazer essas perguntas e observações com cunho investigativo, e usá-las para "culpar" e "responsabilizar" a vítima.

Anônimo disse...

Camila, é o contrário. O oportunidade tem que estabelecer uma possibilidade de o vitimizador ter praticado o crime, ou seja, onde este estava na hora do crime, que acesso teve à vítima, e não propriamente onde estava a vítima, é claro que esta deve ter estado exposta, mas a quem?

André disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
André disse...

Misandria não estimula reflexão, apenas radicalização e ódio.

Anônimo disse...

Camila Fernandes,

entendo a sua posição e concordo com ela. Não faz sentido nenhum quer humilhar a vítima.

Mas é uma questão de aprendizagem, se você faz A e acontece B, sendo B muito ruim, tente evitar fazer A então, pelo menos até o meio em que você se encontrar mudar ( e você pode fazer com que essa mudança ocorra mais rapidamente).

Embora seja ruim que policiais sejam insensíveis, acredito que ainda buscarão o criminoso.

E eu sei que mulher não é objeto, mas eu não sairia andando numa zona perigosa da cidade balançando notas de R$100. Se eu for assaltado eu sei que eu não me ajudei.

(Veja essa analogia para as mulheres que bebem até cair, para o caso de roupas chamativas, por si só, não vejo qualquer tipo de argumentação)

Sonado Alaikor disse...

Cheguei a ler tudo, mas não saberia como pontuar melhor ou complementarmente ao que Carolina Paiva, Bruno S, Elisa, Maria Valéria, Erres Errantes, Caracala (mesmo com alguns detalhes dispensaveis) e Drica.

Eu pensei seriamente em fazer algumas criticas e antes de ler as tinha mentalizado. Até a metade da leitura eu acabei reformulando todas, criando novas...mas não sobreviveram ao final da leitura deles.

Anônimo disse...

(Veja essa analogia para as mulheres que bebem até cair, para o caso de roupas chamativas, por si só, não vejo qualquer tipo de argumentação)

Exato. a oportunidade tem mais a ver onde a pessoa está e com quem do que como está vestida ou maquiada ou penteada. São dados irrelevantes.
No caso do álcool é diferente porque ele tira a capacidade de resistência da possível vítima e resistência é um fator importante no estudo da oportunidade.

Teofilo Tostes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

É mais ou menos como o CSI diz às vezes: eles tentam pôr o suspeito no local do crime, senão, babau.

Teofilo Tostes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sonado Alaikor disse...

"Eu sou bem radical nessas coisas e nenhum dos dois textos me incomodou. Não quero que meus direitos sejam iguais aos dos homens, ainda não. Antes de conseguir isso, pelas vias legais, eu gostaria imensamente que eles sofressem muito, somente por serem homens. Escravidão do gênero, vamos ver se eles suportariam viver nas mesmas condições em que as mulheres vivem. Duvido, espanariam rapidinho."

Dri Caldeira, leve em conta que sou libertário antes de igualitário de gêneros, que cheguei até as lutas feministas via luta por fim das hierarquias. Não me interessa o que tem no meio das pernas do ditador, ele é meu inimigo, aja como um e vai ser meu inimigo.
O mesmo vai valer para muitos homens feministas que em sua maioria ao que notei, são também libertários, assim para as libertarias também.
Ditadura de gênero é uma merda, tem de ser mudado, independe de sua vontade de vingança.

RADFEM disse...

Agora o rapaz me mandou baixar o tom e que eu não sei nada da vida?

MACHISTA!!!

Será que ele ia falar a mesma coisa em uma convenção feminista na vida real quando as mulheres contra a prostituição se pronuciassem?

belo exemplo de manexplicacionism temos aqui.

Anônimo disse...

"E assim, acho que continuo sem entender seu ponto, pois a minha argumentação era, o tempo todo, que a defesa dos acusados de estupro insistem em desqualificar a vítima, "

essa desqualificação é moralista ou falso moralista e não jurídica. Suponha que a moça estivesse desacordada pelo efeito do álcool. O suspeito pode tentar desqualificar o estupro porque ela estava bêbada,
portanto sem resistência ou falta de consentimento mas não refuta a autoria, entende? Nesse caso ele até confirma o ato criminoso. Ou que ela estava vestida assim ou assado, esse tipo de coisa, que é totalmente irrelevante para o juiz. O crime foi praticado de livre e espontânea vontade, isso é o que conta.

O que desqualifica a vítima, quer dizer, desqualifica o crime em si que eu estou falando, é a falta de oportunidade do suspeito para o crime. Ou ele não estava lá, ou estava lá mas não se aproximou da vítima ou se aproximou mas foi embora antes do crime ter ocorrido, ou estava com outra pessoa, etc. E tem os testes de DNA também que descartam a autoria de crime.

Anônimo disse...

o que o suspeito tem que fazer é provar o consentimento da vítima e não desqualificá-la. eita, to virando defensora de estuprador. com os diabos!!!

Enrico Montenegro Costa Rafaelli disse...

RADFEM,

Você chegou xingando e botando banca aqui no blog, sem ninguém ter xingado você ou sequer saber da sua existência; quer expressar uma opinião contrária, ótimo! mas o faça com polidez, sem revoltas ou agressões, chamando outrem de escroto.
E você não é o modelo de politicamente correta que pode chamar outras pessoas de machista, então baixa o facho e fica sussa.

RADFEM disse...

Legal, um bando de homem desqualificando feministas. Mas que bando de palhaço.

Vinicius disse...

"E queria agradecer a mulher que falou sobre omarxismocultural, excelente site (embora um tanto conservador)."

Piada né?

Este site é o conservadorismo em pessoa. É a filosofia individualista aliada a uma moral conservadora a lá Olavo de Carvalho.

Anônimo disse...

Vinicius,

se você acha que os direitos individuais não são importantes beleza. Mas o site se expressa de forma muito clara.

A pergunta é se você vai lá e lê o que está escrito, sem preconceitos, da mesma forma que venho aqui e leio o que a Lola escreve.

Piada é querer achar interessante qualquer lei onde a pessoa tem que se provar inocente em vez de provarem que ela é culpada!

Anônimo disse...

"E que no direito penal, não se indaga da culpa da vítima por ter facilitado as coisas para o criminoso (sim, é verdade, mas infelizmente não para os casos de estupro). E em seguida falou que é difícil provar ausência de consentimento, desde que houve facilitação para o crime (facilitação para o crime de estupro? é isso?)"

entendi a contradição que você viu mas tirou do contexto. Eu contrapus o crime de furto, roubo, assassinato que nunca é consentido com a relação sexual que pode ser consentida e que só vira crime na falta do consentimento. A facilitação é para o ato sexual, não para o crime, bem entendido.

-b. disse...

Marina:

No caso de violação de patentes procura-se pro documentos anteriores ao registro oficial (e concessão subsequente) que demonstrem que, ainda que não tivesse submetido o projeto ao escritório de marcas e patentes, já o havia elaborado.

Havendo tais documentos pode ter ocorrido espionagem e mesmo furto de propriedade intelectual.

Mas cabe ao acusador, primeiro, demonstrar os seus projetos, documentos e registros, e só então buca-se a insenção do acusado através de documentos anteriores.

Entendeu?

Marcelly:

Evidente que o direito penal indaga tanto motivo quanto da oportunidade, é na verdade meio óbvio, quer um exemplo?

Você me acusa de um crime qualquer, agressão, por exemplo.

No entanto eu não tenho nenhum motivo para agredir você (aparentemente, ao menos, uma vez que nem te conheço, nunca te vi, não tenho anda contra você) e estava, no momento em que me acusas de ter cometido o crime a 5000 km de distância, comprovadamente.

No caso de estupro vale o mesmo: se eu nunca vi a pessoa,estava em outro lugar (comprovadamente). Eu não tive a oportunidade, apra dizer o minimo, de estuprá-la.

Não é machismo, é pura lógica.

Você não faz algo que é impossível de ser feito. Simples assim

Vinicius disse...

"se você acha que os direitos individuais não são importantes beleza. Mas o site se expressa de forma muito clara.

A pergunta é se você vai lá e lê o que está escrito, sem preconceitos, da mesma forma que venho aqui e leio o que a Lola escreve.

Piada é querer achar interessante qualquer lei onde a pessoa tem que se provar inocente em vez de provarem que ela é culpada!"

Oxente, não há contradição em defender direitos individuais e não compactuar com uma filosofia individualista aristotélica.

Cara, não há "leitura neutra". Toda leitura é crítica, toda leitura julga, analisa e processa. É óbvio que se eu, que humildemente tento me guiar por métodos e princípios estruturalistas, apesar de ser estudante, vou lá e começo a ver um bando de individualizações subjetivistas e, para contornar o subjetivismo, um moralismo cristão barato, fico meio desconcertado.

E eu não lembro de ter dito que a proposta de provar sua inocência ao invés de provarem sua culpa fosse algo legal.

Anônimo disse...

Como de praxe, o espaço dos comentários virou um palco de agressão verbal tanto de um lado como do outro (feministas X sabe-se lá o quê realmente) e tudo virou um estupro para com as palavras. Entre fortes e fracos, mortos e por morrerem, todos se igualam no tratamento verbal.
Ómen

Anônimo disse...

Vinicius,

não falei que você disse que era piada, mas você chamou o site de piada certo?

E eu citei uma piada escrita aqui no site em que estamos, mas não vi você chamar o presente site de piada.

E tudo bem, se você não está pronto pra ler as coisas de uma forma neutra, isso vem com a prática, mas a prática só vem com a leitura dos mais diversos pontos de vista.

Leia livros feministas, mas leia livros com outros pontos de vista também. Nunca aceite metade da história e digo isso porque por aqui ao perguntar mais sobre algumas "histórias de vida" logo fui tachado de paranóico e machista.

Anônimo disse...

As instâncias de estupro presumido no CP precisariam aumentar até para dar uma meia-trava no atual estado de coisas.

-b. disse...

Drica Leal:

Uma coisa é defender um sistema judiciário mais competente, uma policia mais competente, uma sociedade mais amapradora para vítimas de estupro, outra coisa completamente diferente é simplesmente pisar em princípios legais porque "assim a justiça fica mais eficiente".

É exatamente o mesmo racíocinio do "bandido bom, bandido morto". Porque assim, veja bem, a justiça foi feita não? Mais rápida, mais simples, mais barata.

Defender mudanças, revoluções até, na maneiro como fazemos e aplicamos as nossas leis, todo apoio, retirar o ônus da prova da acusação por que "facilita" a justiça. Não.

Dri Caldeira:

"Já dizia Machado de Assis: "A ocasião faz o furto. O ladrão já nasce pronto". O mesmo serve pro estupro. "A ocasião faz o estupro. O estuprador já nasce pronto". É claro que nem todo homem vai ter coragem de estuprar, mas tb é claro que todo homem curte subjugar uma mulher, com ou sem violência. 90% dos homens fazem parte de 2 grupos de homens: os que tem vontade de estuprar e estupram, e os que tem vontade de estuprar, mas ficam c/ medo. E o estupro, aqui, adquire o sentido de forçar a mulher a fazer o que não quer. Não só sexo, qualquer coisa. Beijo de língua, pegar nos peitos, passar a mão na bunda, encoxar, ficar roçando... Eu sou bem radical nessas coisas e nenhum dos dois textos me incomodou. Não quero que meus direitos sejam iguais aos dos homens, ainda não. Antes de conseguir isso, pelas vias legais, eu gostaria imensamente que eles sofressem muito, somente por serem homens. Escravidão do gênero, vamos ver se eles suportariam viver nas mesmas condições em que as mulheres vivem. Duvido, espanariam rapidinho."

Sério? MESMO?

Pra você uma ditadura é, portanto, justificável, desde que o seu grupo esteja no poder?

Ou então, pós uma ditadura digamos, como na África do Sul, Mandella deveria ter primeiro criado bairros de brancos, roubado suas propriedades, estuprados suas mulheres, sistematicamente, só "para eles verem como é bom"?

Guarda o seu comentário num doc aí, e vai googlando ele de tempos em tempos, porque ele vai ser usado contra você em sites masculinistas, vai ser usado contra a Lola, vai ser usado contra o feminismo e vai ser usado contra as mulheres.


Você consegue ver o por quê?

Vinicius disse...

O que o texto trás à tona, e que é legal, é essa desaprovação óbvia (principalmente em relação ao segundo texto).

Essa desaprovação já mostra como estamos intrincados com a posição do indivíduo como inocente de tudo, por natureza, e que a culpa precisa ser comprovada para que haja qualquer tipo de ação de um aparelho repressor e etc.

Só que o estupro não é uma condição "neutra" de abuso. Não se vê muitas mulheres estuprando homens. Então, ao se direcionar a culpa como pressuposto, é óbvio que a culpa cairá sobre os homens e o argumento da verdade, vai ser automaticamente das mulheres.

Mas o que ocorre com o sistema moral onde a inocência é um pressuposto?

O poder está no grupo que estupra. Um grupo que não é misto, que tem um número brutalmente maior de homens.

É por isso que eu acho que não dá pra avaliar todos os descontentamentos a respeito do segundo texto como desaprovações de uma proposta que fere os direitos básicos do indivíduo, simplesmente. Eu não creio que o julgamento é tão puro assim.

Eu digo, façam um exercício mental - quando uma situação de estupro é proposta para avaliação, é muito mais provável que um homem se veja na situação de acusado e que a mulher se veja na situação de vítima (oras, pq realmente é assim que acontece).

Defender a inocência como pressuposto é algo natural para alguém que naõ é estuprador "pq não quer, pq tem valores e blá blá blá", entretanto, é muito difícil defender uma inocência pressuposta quando se corre o risco de ser estuprada a qualquer momento do dia e da noite.

Anônimo disse...

-b,

não se preocupe que não vai ser usado contra Lola, a não ser que ele mostre favorável a esse tipo de coisa.

Essa Dri já é conhecida por ser "revoltadinha".

Teofilo Tostes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Teofilo Tostes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Vinicius,

então torço para que você não seja um dano colateral de acusações infundadas, caso essa lei algum dia aconteça.

E mais, esse tipo de estatística que você usa é muito perigosa, já que determinados tipos de crimes são cometidos em muito maior quantidade por tipos específicos de pessoas (Etinia, determinados traços físicos, nível de renda, etc....).

Quer ver um exemplo de pressuposto de culpa? Guantanamo Bay.

Mas não tem problema né, você está seguro. Me lembra uma história:
"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário.

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns
desempregados
Mas como tenho emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde
Como eu não me importei com
ninguém
Ninguém se importa comigo."

Anônimo disse...

Teófilo,

sou o anônimo masculinista. Concordo, não existe razão que permita o ato do crime. Se deixo de me identificar é simplesmente porque já vi vários casos de pessoas serem expulsas daqui por terem opiniões diferentes.

De resto, você falou exatamente o que eu penso e só adiciono que devemos questionar os aparatos teóricos disponibilizados pela ciência quando utilizados em qualquer direção.

Mas gostaria de saber a sua opinião sobre a vítima se ajudar a evitar o crime.

Vinicius disse...

Até onde sei, mulheres e homens estão presentes em classificações de ricos, pobre, negros, asiáticos, baixos, altos, gordos e magros.

Poesia política é mais objetiva.

Anônimo disse...

Vinicius,

só usei o texto de Bertold Brecht na íntegra o.O

Mas você que aparenta apoiar uma posição de os fins justificam os meios. Eu não deixaria levarem os comunistas, proferir opinião é liberdade.

Não deixaria levar os sindicalistas, ou operários ou padres. E sou ateu e empresário.

Defender a liberdade ou o direito individual não é agir de forma egoísta.

Anônimo disse...

Vinicius,

mas entre os assaltantes, junte eles numa fila e tire fotos, meça as medidas e anote suas características.

Fizeram isso na Inglaterra, mas foi considerado uma forma de discriminação.

Você está apenas a fazer a mesma coisa no caso do estupro, e nessa estatística existem mulheres também.

Vinicius disse...

O que uma coisa tem a ver com a outra?

A questão não é defender que o pressuposto de inocência seja retirado, mas perceber que esse pressuposto de inocência não é do "indivíduo puro", é um pressuposto que já tem muito conteúdo.

O texto é bom por isso, ao propôr, mesmo que hipoteticamente, cutuca esse lado da coisa e deixa à vista uma reação não contra os direitos do "indivíduo", mas, na prática, contra os direitos de determinados indivíduos.

Anônimo disse...

Vinicius,

e como você decide quem são os determinados indivíduos? Quer dizer que um "determinado indivíduo" merece menos direitos que você?

Já que estamos em suposições, e se descobrirmos um tipo de crime que só é causado por homens brancos, cristãos entre 1,70 e 1,80m de altura, casados, ricos e heterossexuais. Esse determinados indivíduos merecem menos direitos?

E se eles fossem negros? E se fossem negros?

Mesmo entre todos esse subsegmentos existem os inocentes que sofreriam terrivelmente com tal mudança da lei.

Vamos instituir a pena de morte então, se um inocente morrer fazer o quê né, a justiça não é nem tem como ser perfeita. Se você aceitar o peso de ser esse inocente, então pelo menos eu aceito que você não é hipócrita.

Já eu me recuso a sofrer esse tipo de dano colateral.

Anônimo disse...

Eu vejo essa decisão possível apenas porque é resultante de uma prática jurídica em que a vítima de estupro é sistematicamente desqualificada (tem quatorze anos, mas é puta -- eis o que ela diz)."

Teo, o problema de ser prostituta é que o consentimento aí é presumido. O que me causa náusea é o STF ter admitido que menores absolutamente incapazes possam trabalhar como prostitutas e dando consentimento para atos sexuais com estranhos. Total aberração esta decisão.

Anônimo disse...

Um verdadeiro escárnio esta decisão do STF quanto à isenção de culpa dos estupradores das menores de 14 anos.

Anônimo disse...

19:14, a pena de morte de brasileiros inocentes é executada todos os dias, meu caro. Quem não pode ser executado é o condenado, esse sim é poupado, um verdadeiro privilegiado. Faça o que fizer, ele tem o respaldo da lei para no máximo cumprir 30 anos de prisão.

Anônimo disse...

Anonimo 19:26,

se você acha que está okay o estado matar inocentes... que pena que não estamos em uma ditadura então....

Um erro não faz com que outro seja permissível.

Anônimo disse...

lógico, cada um com seu erro e com sua pena de morte. mas não venha com mimimi que a realidade é bem outra.
Inocentes morrem e culpados ficam à solta ou presos no máximo por 30 anos. FATO.

Anônimo disse...

o Estado não mata mas deixa matar. Dá na mesma.

Anônimo disse...

resistência à força policial dá pena de morte. Olha só:

http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/em-cinco-anos-pm-de-sao-paulo-mata-mais-que-todas-as-policias-dos-eua-juntas-20110607.html

Anônimo disse...

Que horror essa do estupro de uma menina menor... 14 anos e os criminosos serem isentados? Num país onde UMA MULHER é presidente!!!

E não acredito que TODO HOMEM seja um estuprador em potencial.

charlles campos disse...

Sou um convertido à Lola:

http://charllescampos.blogspot.com.br/2012/05/tomando-posicao.html

Anônimo disse...

Theo Tostes !!!
Acabo de descubrir Chavela Vargas a través de tu blog y que voz preciosa tiene ella... estoy que me muero de encantamiento. Gracias! Voy a e-bay buscar algunos CD y quizá también DVD. Es la primera vez que me entero de cantante de Costa Rica. 93 años tiene ella y vive en México la guapa hace unas siete décadas!!!. -- Conecdes a Juan Luis Guerra? Él es de la República Dominicana, Santo Domingo, y podrás leer sobre él en Santa Wikipedia... y escucharlo em YouTube.
http://es.wikipedia.org/wiki/Juan_Luis_Guerra

tengo el CD Areito 440
saludos y gracias.

Anônimo disse...

oops.. conoces a Juan Luis Guerra? ....

Anônimo disse...

Letra de La Noche De Mi Amor
canta Chavela VArgas
letra Dolores Duran

Oye!
Quiero la rosa perlada de rocío
El mar, el sol y este cielo tan mío
para brindar la noche de mi amor.

Oye!
Quiero la estrella de eterno fulgor,
quiero la copa más fina de cristal,
para brindar la noche de mi amor.

Quiero la alegría de un barco volviendo
mil campanas de gloria tañendo
para brindar la noche de mi amor.

Ay quiero!
Quiero un querer tan intenso y profundo y también todo lo hermoso del mundo
para brindar la noche, la noche de mi amor

Sil Teixeira disse...

Adorei a fala da Radfem, sobre prostituição ser estupro.

Caracala, se foi um acordo do casal ser monogâmico eles devem seguir o acordo, pois tudo foi estipulado. Agora tem casais que não são assim... Não entendo sua revolta com a opção de relacionamento de outras pessoas. A questão não é pertencer a alguém, mas a traição no sentido de omitir um fato, enfim.

Denise Cabral disse...

Uma contribuição à reflexão sobre a questão do "abuso sexual" na midia:
Até quando vcs acham que a TV Globo vai ignorar as redes sociais (vale a pena ver apenas o globo.com; imagino o Facebook!) e prosseguir em sua cruzada pós-entrevista da Xuxa no Fantástico, em que esta fez a "revelação" (essa é a palavra técnica utilizada por uma psicologia para a resolução de um segredo - o do abuso sexual, que é sempre líquido e certo -, que é dado como universal e crônico, mantido por quem sofre "abuso sexual") de ter sofrido abuso sexual na infância e adolescência? Até quando o Fantástico, a pretexto de um "trabalho social", vai aterrorizar a classe C (a quem, por outro lado, glamuriza em suas novelas) fazendo-a crer que todas as famílias vivem trancafiadas, alienadas de suas crianças, com estas abandonadas e mal cuidadas, deixadas nas mãos de homens (ou mulheres... também tem disso na aterrorização...) tarados, anormais, pedófilos e incestuosos? Pois as classes B e A sabem muito bem que a pedofilia e o incesto (como práticas, como crimes) são desvios pontuais e, podemos dizer ,pela vida, apesar das estatísticas (infladíssimas, pois contêm as falsas denúncias), raros - até porque papais e mamães não ficam ausentes de casa por 15 horas por dia, como na classe C...
Quanto a Xuxa, ela tem uma vida pública e artística conturbada e ambivalente, em certo sentido. Direito dela. Não vamos demonizá-la, por exemplo, pelo que está no link abaixo (não deixem de ver!), é a vida profissional que ela quis e pôde ter. Hoje, ela e a TV Globo parecem precisar aumentar seu IBOPE, mantê-la no ar, vivaz e atual. Entrevistas confessionais são tradicionais, e em geral reveladoras de segredos ou de explicações. Mas o segredo de Xuxa (o abuso) virou cátedra: ela sabe e ensina agora, na TV, para milhões de brasileiros, como se comportam as crianças: que estas não contam, que mantêm segredo, que ficam aterrorizadas, envergonhadas, etc. etc., que se deve provocá-las e fazê-las falar (de abusos, de sexo, de incesto, de violência). Clichês desmentidos por qualquer um que lide com crianças sem neurose ou projeções, que seja um adulto confiável para elas: as crianças buscam se expressar, contar, revelar cada fato ou fantasia. Elas, de fato, pensam em voz alta!
Mas pais que trabalham 15 horas por dia não têm cabeça (nem tempo), muitas vezes, para ouvir suas crianças. E é sobre eles que o terror do Fantástico cai.
Em breve, a TV Globo ouvirá profissionais variados que modularão o tema. Mas o estrago já está feito, pois o "pedófilo" e o "incestuoso" já se materializaram como o fantasma da vez (antes, seriam os homossexuais, os pivetes, os negros...).
Eis o link de "Xuxa pedófila", em filme de Walter Hugo Khouri. Acontece nas melhores famílias... (cá prá nós, como ela teve cuca prá fazer esse papel?...sem demonizá-la, com certeza, nem a qualquer artista ou ser humano, a priori, mas vale a pergunta).

http://www.portaldobaixosul.com.br/index/paginas_ler/noticias/cat-/id-775/filme_com_xuxa_nua_gera_briga_judicial

(Caso não consigam abrir o link, a questão não é a briga judicial e a tentativa de auto-proteção de Xuxa, como cidadã da República, claro que não. É a foto de divulgação do filme: Xuxa deitada sobre um garoto de uns 12 anos... “Pedofilia”? Arte? Pornô? Quantas coisas se poderia descrever e redescrever sobre isso...)

Anônimo disse...

"eu gostaria imensamente que eles sofressem muito, somente por serem homens. Escravidão do gênero, vamos ver se eles suportariam viver nas mesmas condições em que as mulheres vivem. Duvido, espanariam rapidinho." Bom senso? não trabalhamos.

Sonado Alaikor disse...

"Legal, um bando de homem desqualificando feministas. Mas que bando de palhaço."

Isso significa que homens não podem ser feministas RADFEM?

"omarxismocultural"

Ao que parece não parece ser uma boa referencia, mas não terei tempo agora para conferir. Estou jogando textos acadêmicos sobre reacionários neo-liberais...

"Como de praxe, o espaço dos comentários virou um palco de agressão verbal tanto de um lado como do outro (feministas X sabe-se lá o quê realmente) e tudo virou um estupro para com as palavras. Entre fortes e fracos, mortos e por morrerem, todos se igualam no tratamento verbal.
Ómen"

Eu acho uma baita sacanagem também... x_x ...pode-se manter um bom dialogo, o tema é rico! xD

"Guarda o seu comentário num doc aí, e vai googlando ele de tempos em tempos, porque ele vai ser usado contra você em sites masculinistas, vai ser usado contra a Lola, vai ser usado contra o feminismo e vai ser usado contra as mulheres."

A Lola é sensata e a Drica é o tipico caso de fanatic@. Não vale a pena gastar tanto dedo.

"Caracala, se foi um acordo do casal ser monogâmico eles devem seguir o acordo, pois tudo foi estipulado. Agora tem casais que não são assim... Não entendo sua revolta com a opção de relacionamento de outras pessoas. A questão não é pertencer a alguém, mas a traição no sentido de omitir um fato, enfim."

Concordarei em todos os ângulos com o Sil Teixeira. Ou como por vezes falo a minha noiva (que apesar de ser muito aberta ainda segue preceitos conservadores muito fortes aqui na região) "Se foi combinado e os dois estão de acordo, é lei. Traição é o crime, que viola a lei..."

Para mais...fiquei com preguiça (falta de tempo) para ler os anônimos, então admito que não conseguirei argumentar um monte de coisas aqui...eawhjkehkjlwa

Li S. Nascimento disse...

Muito desapontada com o texto de hoje. E faço coro à juíza Elisa.
.
Mas, Elisa, leia outros posts, alguns são fantásticos. E seria deveras interessante que você pudesse compartilhar, como hoje, os seus pontos de vista, a partir dos paradigmas em que acredita e defende.
.
A pluralidade é fundamental. A oportunidade desses diálogos diálogos é maravilhosa.
.
Acrescento que, esses dois textos, principalmente o segundo, nada tem de feminista. Achei até mesmo misândrico. Propagá-lo não é uma boa ideia, na minha opinião, é claro.
.
Realmente temos que esclarecer para a população que a mulher, como ser humano que é MERECE ser respeitada como um SER HUMANO pelo simples fato de sê-lo. E ponto.
.
Não é porque ela veste roupa X ou Y, não é porque ela é submissa ou independente, não é porque ela é homo, hetero ou bi ou trans, não é pq é negra, branca ou amarela e nem pq pertence a determinado credo ou filosofia.
.
E o mesmo vale para os homens. Simples assim.

Sil Teixeira disse...

Fabio,

Primeiro que isso não é liberdade sexual, a garota de programa não escolhe seu parceiro, já disse várias vezes. Cade a liberdade em não poder escolher com quem você se relaciona?
Sim, todas essas mulheres são fruto do sistema, mas isso não significa que o sistema esteja certo. Afinal trabalho infantil existe porque tem demanda, mas isso não significa que é certo.
A mulher tem tanto libido quanto o homem, tanta vontade como ele, mas é reprimida socialmente. Não preciso conseguir NADA através de sexo, porque já tenho tudo que quero. Faço sexo porque gosto. Porque tenho libido. Porque tenho v-o-n-t-a-d-e.
Nesse teu pensamento mulheres que tem tudo conquistado não fazem sexo, né? Pff...

Palavra de mulher não faz curva.

Anônimo disse...

Essa vai para o fabio
Se Te Agarro Com Outro Te Mato
http://www.youtube.com/watch?v=a3C1TGqNISk

Anônimo disse...

Acho que toda vitima (ou o Estado)devia matar o estuprador. Aí está seu julgamento justo! Punição Exemplar. Não que isso diminua o crime, mas é menos um cretino entre nós!

http://www.youtube.com/watch?v=RqQn2ADZE1A

Vitima

Anônimo disse...

"Além disto, incomodou-me ler que " todo homem é um violador". Peço perdão pelas palavras, mas essa é uma generalização burra,"

Com a devida venia, Meritíssima, a senhora deve ter lido abusador/estuprador EM POTENCIAL, desde que não temos como diferenciar o criminoso do não criminoso. Esta premissa é válida somente quanto à precaução e atenção que devemos ter com relação aos homens em geral, principalmente aos que estão perto de nós. Juridicamente, esta premissa não tem valor.

Anônimo disse...

hehehe, 1 ano e meio só, e ainda morando em casas separadas? quero ver depois de 15 anos morando debaixo do mesmo teto essa certeza toda.

Anônimo disse...

"estou em uma relação a um ano e meio"

Fabio, dê meus pêsames à sua namorada, por favor.

Anônimo disse...

hahaha, gostei. Tadinho, gente.

Anônimo disse...

Sil Teixeira,

você está me dizendo que prostituta não pode recusar cliente? Ela automaticamente é uma escrava???

E eu concordo que mulher tem libido alta também, mas pelo que li por aê ela é bem concentrada em poucos momentos. Já um cara é normalmente 20 horas por dia.

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