quarta-feira, 11 de abril de 2012

AS INSPIRAÇÕES INSPIRADAS DE JOGOS VORAZES

Já falei de algumas polêmicas referentes a Jogos Vorazes, como as idiotices racistas de certos personagens serem interpretados por atores negros (vocês que me contaram que a Katniss deveria ser negra!), ou a Jennifer Lawrence ser gorda pro papel. O que não entendo muito bem são as comparações entre Crepúsculo e Jogos. Ok, as duas séries foram escritas por mulheres, estão fazendo grande sucesso, envolvem triângulos amorosos e contam com protagonistas mulheres (e devem ser saudadas por causa disso). Mas acho que as semelhanças a partir daí começam a forçar um pouco a barra. Até porque, a meu ver, o tema principal de Crepúsculo é sexo (ou desejo sexual, ou como esse desejo pode ser perigoso, ou abstinência sexual, mas enfim, tudo gira em torno de sexo). E o de Jogos é a manipulação da mídia e a derrubada de um sistema opressor.
Bom, a verdade é que acham que tudo é semelhante a Jogos. Por exemplo, Senhor das Moscas, grande romance de William Golding. Desculpe, não vejo semelhança alguma. Tem crianças lutando até à morte numa ilha deserta. As "crianças" de Jogos são mais velhinhas, e certamente não estão sem supervisão de adultos. Pelo contrário: haverá adultos olhando pra elas o tempo todo.Já vi gente acusando Jogos de ser plágio de Battle Royale, que eu nem conhecia. É um livro japonês de 1999, depois um mangá, depois um filme, em que os adultos, com medo dos jovens rebeldes, sorteiam uma classe de estudantes e os fazem disputar uma luta de três dias até a morte. Foi isso que saquei dos resumos.
Parece fascinante, mas pô, acusar Suzanne Collins de plágio é sacanagem. Ela alega que sua principal inspiração foi o mito de Teseu e o minotauro, e que nunca tinha ouvido falar em Batalha antes da primeira parte de Jogos estar no prelo. Não creio que hoje em dia exista algo 100% original. O que seria a obra do Taranta se não fossem todas as referências e os pastiches? Aliás, o que seria da obra do Shakespeare? O bardo copiou quase tudo de suas quarenta peças de outras fontes, principalmente de Hollinshed. Mas naqueles tempos não existia a palavra plágio e se inspirar em obras alheias era totalmente normal.
Uma das referências mais aparentes de Jogos encontra-se nas cenas iniciais do sorteio, que parecem tiradas de um dos contos clássicos da literatura americana, “The Lottery”, escrito por Shirley Jackson em 1948 (e que vopode ler aqui, na íntegra, em inglês. Não é longo nem difícil, e vale muito a pena). O conto, um libelo cruel contra as tradições, trata de um sorteio que acontece anualmente numa vila. Os chefes de família (todos homens) pegam um papel. A famíla sorteada então sorteia um de seus membros (filhinhos de cinco anos inclusos). O “vencedor” será apedrejado até à morte por todas as pessoas da vila. Assim como em "The Lottery", em Jogos a gente já pressente que o sorteio não rende bons prêmios.O que eu acho que a história tem de mais bacana não é a distopia, o sorteio, a luta até à morte, e sim a crítica à cultura do espetáculo. Mas óbvio que isso nada tem de original. O excepcional Truman Show já falava nisso. E há vários filmes de reality shows sangrentos. Existe O Sobrevivente, de 1987, em que Schwarzza faz um prisioneiro que precisa escapar da morte num show de TV (não é um mau filme, só que seria melhor se não fosse com o Schwarzza, musculoso e "heróico" demais pro papel).
Um que ainda não vi ninguém lembrar é um um outro Sobrevivente (em inglês cha
ma-se Series 7), este sem astros ou estrelas, em que um reality show sorteia seis concorrentes entre a população geral pra participar de um espetáculo de vida ou morte. É de mais de onze anos atrás, e a protagonista é a vítima gordinha de Silêncio dos Inocentes. Esses dois Sobreviventes foram bem proféticos. O que dói é constatar que, se na nossa vida real de hoje houvesse shows mortais como esses, e os participantes tivessem que se inscrever, em vez de serem sorteados e obrigados a participar, ainda assim haveria um monte de interessados. Tudo para ter seus quinze minutinhos de fama.
Aqui eu falo da questão de gênero em Jogos Vorazes.

69 comentários:

Elle disse...

Parabéns Lola pelas colocações.

Esse video fala muito sobre isso, de nada ser 100% original hoje

http://vimeo.com/14912890

e explica o processo da criatividade aqui

http://vimeo.com/32680066

recomendo muito toda a série dos videos!

Kazi disse...

Oi Lola! Bem, eu achei que vc nunca ia falar de Battle Royale rs. Eu assisti à Hunger Games e achei o filme fraquinho em vários aspectos (que não estão relacionados com os '"""""plágios""""""). O exemplo principal é exatamente o triangulo amoroso. Achei forçado e tenho certeza que só há este triângulo pq a protagonista é mulher. Porém, depois li que a autora meio que foi obrigada a inserir o triangulo por seu editor.

Sobre Battle Royale, já começo dizendo que sou suspeita para criticar. Sou fã da série à muito tempo. Não li o livro, mas sim o mangá e vi o filme. Olha, acho até precipitado da minha parte dizer que Hunger Games plagiou, mas as semelhanças vão muito além do fato destes jovens estarem lutando. Isso me prejudicou na crítica à Hunger Games. Enquanto assistia ao filme, a cada momento eu via um detalhe que já tinha sido usado em Battle Royale. Se você um dia se der ao trabalho de assistir ao filme japonês, vai perceber que ambos são muito diferentes de uma forma geral, mas muito parecidos em vários detalhes. Em Hunger (pelo menos no primeiro) não há nenhum aspecto revolucionário nos jovens e as sequências de batalha são muito mal feitas. Em Battle Royale, o foco é exatamente na reação dos jovens (principalmente porque eles não são treinados para tal luta, são pegos de surpresa) e as lutas.. Bem, são filmes diferentes, as lutas em Battle Royale são 300x mais violentas rs.

De qualquer forma, aguardo ansiosamente pela sua próxima postagem sobre Hunger Games!

Luma Perrete disse...

A Katniss não é descrita no livro como negra. No livro ela tem "olive skin". Li que muita gente imaginava ela como nativo americana. Ou que provavelmente ela era mestiça.

poetisa disse...

Oi moça, nossa admiro demais suas postagem, e confesso que tem umas que nem comento por medo mesmo, como foi o caso daqueles doentes mentais que colocava as barbaridades que cometia ou cometiam com negros, homoafetivos etc...
Admiro muito sua coragem, coisa que eu nao tenho..
Bom eu o único filme que gostei nesse sentido foi "Jogos Mortais", e ainda sim foi só o primeiro, os outros sairam da criatividade que o primeiro obteve...
Moça eu ando tentando a muito pedir ajuda a pessoas que tem blog, vblog como as dedilhadas para expor e orientar pessoas homoafetivos sobre algo q infelismente anda acontecendo, que é a adoçao de crianças e os mals tratos a elas. Eu escrevi em meu blog um testo a respeito disso, e de dois fatos: um que eu sobre pelo jornal e outro que aconteceu perto de mim...
Você escreve bem e consegue expor de maneira muito legal seu pensamento, gostaria q olhasse meu texto e me ajudasse com essa divulgaçao, para que concientizemos os homoafetivos sobre essa titude tao ruim..
Obrigada pela atençao
:)

MCarolina disse...

Achei legal o post, mas é chupinhado sim de Battle Royale. Isso não seria problema nenhum se a autora não insistisse que teve uma idéia "original". Taranta não tem problema nenhum em mostrar de onde tirou suas idéias e quais foram suas inspirações.

Anônimo disse...

inspirações inspiradas e
previsão prevista??????

Anônimo disse...

Lola, assista ao filme Battle Royale e depois fale pra gente se não achou um plágio descaradíssimo

sério, ASSISTA

Anônimo disse...

"Parece fascinante, mas pô, acusar Suzanne Collins de plágio é sacanagem. "

Sacanagem é falar que não é plágio sem ter visto o filme. Não é plágio. É plágio PARA CARAMBA.

Lord Anderson disse...

Ei anonima, ta um pouco atrasada.

A Lola ja descutiu essa noticia na semana passada.

Acho que antes de chegar soltando acusações seria bom ler o blog todo.

Ah e seria bom ver que outro assunto muito importante para todos os que lutam pela igualdade de generos e direitos da mulher, e a votação de hoje sobre o direito ao aborto no caso dos fetos com ancefalia.

nikky disse...

Jogos Vorazes não é plágio de Battle Royale. Falo isso por ter visto ambos os filmes, ter lido um volume de BR (porque não aguentei mais), e ter lido os três livros de JV. A semelhança de ter jovens se gladiando até a morte acaba por aí. Battle Royale é terror PURO, com a mesquinhez de falar que a razão de ter garotas e garotas se matando é porque os velhos tem "medo" dos jovens, enquanto JV é uma crítica ao entretenimento.

Sem querer soltar spoiler mas já soltando, o segundo livro de Jogos vorazes, por exemplo, não tem mais jovens se gladiando. Porque Jogos Vorazes, DIFERENTEMENTE de Battle Royale, não tem a iniciativa de matar JOVENS, e sim mostrar para toda uma nação que ninguém é livre, ou responsável por si mesmo, e que quem manda é a Capital.

Eu gosto de BR porque é terror japonês, sanguendo, simplesmente terror, e NADA MAIS que isso. Ele mostra os jovens se matando, cruelmente, porque BR é... isso. É adolescente se matando. Jogos Vorazes, não. É uma crítica. Entendam. Sinceramente, cansei de pessoas falando que JV é plágio de BR, sendo que nenhum dos dois é, de fato, original.

Lola, gostei muito de tu ter falado sobre Jogos Vorazes, em dois posts, e tô esperando muito o terceiro!

Anônimo disse...

Adorei o comentário acima. Adoro pessoas do bem.

Ainda não li Jogos Vorazes nem vi ao filme. Mas já que você citou algumas inspirações e outros filmes com temas parecidos, eu lembro de um terror japones chamado aqui no Brasil de O Portal, onde alguns jovens rumo a uma excursão escolar são desviados da estrada e postos num reality show onde os participantes são escolhidos para morrer no mesmo estilo de votações do big brother. É algo a se pensar.

O Guri

Valéria Fernandes disse...

Um... Eu vou tentar assistir Jogos Vorazes amanhã. Ia na segunda-feira, mas me deixei sugar por Escrava Isaura. Parece render muito material para análise mesmo.

Maree disse...

Acho complicado comparar o FILME de battle royalle com o FILME de jogos vorazes .... pra poder adaptar pra telona muito da história é cortada, olhando assim realmente parece que a única semelhança é "os jovens se matando" ... mas se vc comparar o livro/ mangá (são iguais praticamente) com os livros de jogos vorazes (o primeiro e o fim do terceiro) fica bem claro que houve sim uma "inspiração" ... como já disseram antes, não haveria problema se a autora não insistisse que não conhecia BR. Mas são semelhanças de enredo profundas demais pra ser coincidência (na minha opinião) ....

Josiane Caetano disse...

E ainda não pude assistir " Jogos Vorazes" por motivos "babys"- cuidar do minha neném- mas, pelo que li, ele me lembra um filme: "O olho que tudo vê" ( My little Eye). Será que só eu vejo uma associação entre estes filmes? Bem, pra falar o mínimo, ambos retratam reality shows que possuem sádicos como "patrocinadores".

Leleis disse...

eu tenho filhas adolescentes que amam Crepusculo então o que sei é que a Stephanie Meyer meio que lançou Jogos Vorazes, elogiando-o muito, havia a promessa de alguma ligação entre os filmes, tipo o trailer da parte 2 de amanhecer só sair na exibição de jogos (o que não ocorreu)... aí já viu, né, fez a cabeça da petizada em relação aos livros... http://osales.blogspot.com.br/2012/03/stephenie-meyer-autor-da-saga.html

Anônimo disse...

"como já disseram antes, não haveria problema se a autora não insistisse que não conhecia BR. Mas são semelhanças de enredo profundas demais pra ser coincidência (na minha opinião)"

sem dúvida
era só assumir, chamar de "homenagem", "inspiração" e já era, mas negar a chupinhação ficou bem ridículo

sex pistol disse...

1- triângulo amoroso é um tabu na sociedade;
2- A mídia manipula o sexo e o desejo sexual;
3-O sexo é usado pelo status quo como forma de opressão.

Anônimo disse...

Olha, o enredo em si não é nada original. Eu não me surpreendo que haja tantas semelhanças entre JV e BR, são duas obras inspiradas, a grosso modo, por situações semelhantes.
Temas como lutas entre jovens (ou pela sobrevivência em si), controle governamental, críticas a reality shows, conflitos internos, triângulos amorosos. Tudo isso veio de algum lugar. É óbvio que JV não é original, assim como BR também não é original. São histórias baseadas nas mesmas coisas, em maior ou menor grau.
Obs.: também vi muito de 1984 e Admirável Mundo Novo nos livros de JV.

miatrix disse...

gente.

pessoas lutando até a morte é uma idéia usada em MILHÕES de livros, MILHÕES de filmes, MILHÕES de contos, MILHÕES de lendas. e os casos reais? as experiências que realmente aconteceram? os gladiadores?

todo mundo tá plagiando a vida real? :P

acho que a maioria das pessoas não sabe direito o que é plágio. se vc vai pegar uma premissa de tudo que já foi feito, voce vai ver que não existe premissa nunca antes usada. o que existe é EXECUÇÃO diferente. e battle royale nao tem nada a ver com hunger games :)

e vale dizer que o mangá battle royale é realmente interessante, sempre vi como uma análise individual de cada um dos meninos do senhor das moscas, mas aí resolvi ler o livro, pensando "uau, uma história dessas deve ser muito boa na versao original". e achei horrivel :) a escrita é pobre e repetitiva, com aqueles errinhos cansativos de redação de primário. nem acredito que um mangá tão bom veio dalí.

quanto ao filme: fiquei enojada. alguém aí em cima comentou que eles exploram mais as batalhas. pois é. porque nao tá contando história alguma, é apenas um terrorzinho barato com muito sangue para todos os lados. no caso de hungergames, até as mortes mais pesadas foram descritas com cuidado pra que nao caia no fetichismo, porque nao é essa a história que a suzanne collins estava contando.

enfim. so far, nao encontrei mais ninguém que tenha lido as duas obras e tenha achado que uma influenciou a outra. pedir pra que a suzanne "admita" uma suposta inspiração em BR quando ela já tinha todo um repertório de referencias que independia de BR soa mais como um fã magoado querendo que sua obra preferida faça mais sucesso que outra que trata vagamente de um tema parecido.

nikky disse...

Sobre o comentário de cima (da carolinapaiva), realmente, eu vi muito de 1984 e Admiravel Mundo Novo, e até Fahrenheit 451. Na verdade, eu vi muito mais de 1984 por ser meu livro preferido do que o dos outros. E sinceramente, acho louvável essa "comparação", pelo fato de JV ser para o público mais jovem, e portanto ser mais "acessível" pra eles do que os que a gente citou, por exemplo.

Letícia M. disse...

Não assisti a Jogos Vorazes... ainda... Mas pelo que li aqui, realmente a primeira coisa que eu pensei foi "noooossa, é BR"!!!

As histórias são muitooooo semelhantes... Não sei o filme, pois ainda não vi, mas quem teve o prazer de ler o mangá (eu tenho a coleção), sabe que não é só violência e terror como disseram aí...

A história é mto bem bolada! Trata de instinto de sobrevivência, fala sobre a amizade e até que ponto ela existe quando se trata de vida ou morte... é sobre a loucura de quem está no poder... sobre escolhas... sobre como proteger quem se ama... Enfim...

Recomendo o mangá de BR!

miatrix disse...

a justine larbalestier tem um texto velhinho sobre isso que acho muito bacana

http://justinelarbalestier.com/blog/2008/01/28/the-non-infringability-of-plot-andor-ideas/

ela cita esse texto também, com uma listinha de premissas básicos de diversos livros, pra mostrar como isso é irrelevante: http://smartbitchestrashybooks.com/blog/on_ideas_repetitiveness_and_copyright_infringement/

:*

Anônimo disse...

Nikky

E o que eu acho bacana nisso tudo é que, com os vários artigos na internet comparando JV com outras obras, os jovens terão mais interesse em ler/assistir clássicos sobre o tema.
O que eu não entendo é essa irritação de alguns fãs de BR, já que a onda JV está trazendo visibilidade para o mangá.

Anônimo disse...

Essa leviandade ferrenha em acusar um autor de plágio foi muito bem marcada pela pena de Machado de Assis. Ele tentou acabar com Eça de Queiroz quando da publicação de "O Crime do Padre Amaro", comparando-o com "A Falta do Padre Mouret", de Émile Zola. Ambos publicaram seu romance no mesmo ano, 1875, e ambos abordam a vida de uma padre e seus pecadillos e como M. de Assis encontrou plágio é um enigma... pois nem de perto e nem de longe existe plágio... eu li os dois romances. Machado de Assis apenas expressou um acentuado complexo de vira-lata querendo badalar a obra de E. Zola e para isso achou por bem execrar a obra de E. Queiroz. Praquem se liga em plágio a torto e a direito, pode-se então dizer que em "Cem Anos de Solidão" G.G.Márquez plagiou Zola em cenas de "A Falta do Padre Mouret". Aliás, Zola era o preferido de Márquez. E... mais ainda, por algum tempo, a autora de "Harry Potter" foi insistente e arduamente acusada (e até processada) por plágio. E então...???

nikky disse...

carolinapaiva, concordo absolutamente contigo :D até as próprias inspirações da autora poderiam levar jovens a procurar mais sobre o assunto. E até, quem diria, procurar mais sobre BR, como tu mesmo disse, que serve ao menos pra divertir (o filme). Enfim, tem muito pano pra manga.

E faço das minhas palavras a da miatrix :)

Luna disse...

1. Olha, eu li o primeiro volume do mangá de BR faz séculos. Tipo, anos. Achei pesado e desisti de acompanhar (fiquei toda bolada pelo estupro seguido de morte de uma personagem que não lembro mais quem era).

Anos depois, conheci os Jogos Vorazes e achei muito semelhante a idéia. Mas nem passou pela cabeça que fosse plágio.

Eu li os três livros de HG.

Perdão, mas continuo sem achar plágio. Crianças se matando e reality shows sangrentos não são novidades. Há um mundo de exemplos de histórias semelhantes na literatura, cinema e na própria história da sociedade, vide os gladiadores.

2. Lola, eu li no livro que Katniss tem pele cor de oliva. Escolheram uma atriz branca pra fazer o papel, fato, mas não era pra Kat ser negra.

3. Eu realmente não entendo qual é o drama que as pessoas fazem em torno do triângulo amoroso. A série toda Katniss nem se decide a respeito. O foco do livro não é se ela ama Peeta ou não. A trilogia inteira fala de um zilhão de coisas.

Mas eu tenho a impressão que as pessoas só querem falar do bendito triângulo, como se só ele importasse, como se fosse esse o foco da série.

Não sei, eu sinto que as pessoas vêem Jogos Vorazes já com uma carga anterior de preconceito e interpretam as coisas de uma forma um tanto errônea.

miatrix disse...

nikky e carolinapaiva

cara, nao sei bem o quanto vai funcionar isso de atrair mais pessoas, por ser uma serie supostamente young adult. acho que quase todos os fans de hungergames falam que os dois ultimos livros saem bastante desse genero, se tornando mais adulto.

nao sei, nao sei, prevejo suicídio em massa depois de mockingjay. todos ficarão deprimido u_u

MÃS
mas uma coisa é fato. eu adoro distopias e eu ADORO quando focam nessa análise psicológica de 'até quando voce aguenta sendo civilizado, se sua vida está em jogo' or something. entao, depois que descobri senhor das moscas, corri atrás de tudo que tratava mais ou menos da mesma questão, e da selvageria do ser humano, e de como os pilares da civilização sao bem fracos, etc.

vai que aumenta um pouquinho a média de leitura por aqui né :)

nikky disse...

Ah miatrix, eu tenho esperança! heoiahoehoia mesmo sendo YA (ao menos no primeiro e parte do segundo livro, realmente), mas te entendo.

Por falar nisso, ouço falar muito de Senhor das Moscas agora por causa de Jogos Vorazes, sei que tem um filme, mas é em livro também não? Fiquei curiosa...

miatrix disse...

ok, vou tentar fazer desse meu ultimo comentario, sorry, gente -_-

"Mas eu tenho a impressão que as pessoas só querem falar do bendito triângulo, como se só ele importasse, como se fosse esse o foco da série."

sabe qual é o problema? é que o triângulo amoroso de crepúsculo vendeu. vendeu MUITO.

por mais que a lionsgate tenha feito um filme que mostre, como no livro, que o romance só tem importancia estratégica, rolou uma publicidade bem agressiva sobre isso. pelo menos no brasil.

a globo soltou um trailer falando algo tipo "o unico erro dela (katniss) foi se apaixonar". O_O ignorem a nerdisse, mas eu cheguei a ler o plano de marketing da lionsgate (tive motivos, ok?) e nao condiz com nada do que eles aprovaram. rolou uma tentativa desesperada de aumentar a publicidade, e imagino que tenha sido idealizada pelo distribuidor no brasil.

acho que esse trailer deve ter sido um dos responsáveis pras pessoas falarem tanto desse triangulo... mas quem realmente leu deve ter sacado que nao era o que tava mais acontecendo de mais importante né. ne? NE?

miatrix disse...

nikky, se nao me engano tem dois filmes, mas nao assisti nenhum.

mas o livro... eu adorei. adorei muito, mesmo. foi ele que me "acordou". se voce gostou de battle royale, voce devia dar uma chance. é aquilo que falei, o mesmo tema, essa questao de que o que 'nos segura' é convenção social, mas num ambiente selvagem... adeus!

e o livro é tao bem escrito! eu odiei com todas as minhas forças o livro do battle (o mangá eu adoro), como eu disse, mas o senhor das moscas é é é é é hty9wrh fuhgdif ::babando::

rola um excesso de descrições de plantas, se é que me entende, mas o livro é tao curtinho, que vale a pena :D

e tem pdf pra baixar por aí

Anônimo disse...

Um olhar diferente sobre Jogos Vorazes:

http://danizudo.blogspot.com.br/2012/04/jogos-vorazes-uma-amostra-da-nova-ordem.html

Anônimo disse...

Lola, vamos falar um pouco sobre temas importantes para o nosso país? A

Qual a sua opinião sobre a seguinte proposta da Comissão do Senado?

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1073827-comissao-do-senado-propoe-legalizar-casas-de-prostituicao.shtml

10/04/2012 - 09h09
Comissão do Senado propõe legalizar casas de prostituição

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DE SÃO PAULO

A Comissão do Senado de reforma do Código Penal quer o fim de punições para donos de prostíbulos. Para os membros da comissão, a medida só serve para policiais corruptos extorquirem donos dessas casas. A informação é da reportagem de Rogério Pagnan publicada na edição desta terça-feira da Folha.

Para os especialistas em direito que compõem a comissão, a proibição dos prostíbulos só serve para que corruptos possam extorquir os donos dessas casas.

Se aprovada no Congresso, a mudança abrirá caminho para a regulamentação da profissão. Isso porque será possível estabelecer vínculos trabalhistas entre o empregado do prostíbulo e o empregador, como já ocorre em países como Alemanha e Holanda.

Hoje, quem mantém casas de prostituição está sujeito a pena de reclusão de 2 a 5 anos mais multa. Já a prostituição em si não é criminalizada, tampouco é regulamentada no país.

Barone disse...

http://thelastpsychiatrist.com/2012/04/whats_wrong_with_the_hunger_ga_1.html e http://thelastpsychiatrist.com/2012/04/the_hunger_games_is_sexist_fai.html

Sanchez disse...

Lola, nada a ver com o post - sorry, mas vc teve conhecimento desse caso de estupro, e do "desfecho" dele?
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/12/blogueiro-que-denunciou-estupro.html

bjos

Kazi disse...

Eu tb não acho um plágio descarado. Mas as semelhanças vão além dos "jovens se matando". Mas são detalhes do filme, como o momento em que eles precisam correr para pegar a mochila com suprimentos. Em Battle Royale, também há a questão do entretenimento, a atenção que a mídia dá ao à batalha e a elevação do ganhador a celebridade. De qualquer forma, conhecendo os dois FILMES (repito, não li Hunger Games), afirmo que sim há muitas coisas SEMELHANTES. Isso me faz ter a suspeita de que os produtores e roteiristas de Hunger Games tiveram sua inspiraçãozinha meio forçada em Battle Royale, mas o que posso dizer? São histórias completamente diferentes.

Kazi disse...

E ao mesmo tempo que não entendo tamanha revolta dos fãs de Battle Royale, também não entendo tamanho empenho e revolta em defender Hunger Games. Apesar de gostar de BR e não ter curtido o filme HG, eu acho completamente pertinente as comparações. Do contrário, nem haveria tanta gente comparando.

Anônimo disse...

Eu não sabia disso, Lola: A mãe da menina de 12 anos que foi estuprada por cinco colegas de escola, em Sorocaba, a 107 km de São Paulo, está transtornada. A mulher de 32 anos, assim como o marido, revela que recebeu ameaças dos familiares dos adolescentes responsáveis pelo estupro - que ainda foi filmado e o vídeo postado na internet. Juntando forças para apoiar a filha, a mãe desabafou ao Terra. "Metade de mim morreu com o que houve com minha filha. A outra metade está viva apenas para tentar resolver essa situação. Está muito difícil para nossa família passar por tudo isso, não sabemos mais o que fazer."

A mãe disse que a decisão de tirar a menina da escola foi dela. "Minha filha está sofrendo bullying. Depois de tudo que ela passou, estava sendo mais humilhada", explicou. "Matriculamos ela em uma escola do outro lado da cidade, longe de tudo isso", disse.

Segundo a mãe, a menina iniciou tratamento psicológico depois do abuso sexual. "Ela quer mostrar que está bem, mas é apenas uma criança, que foi vítima de um crime. Nós queremos justiça. Queremos punições", finalizou. Como o estupro teria sido praticado por adolescentes - todos com idades entre 15 e 17 anos -, o caso é conduzido pela Delegacia da Infância e Juventude de Sorocaba.

De acordo com a Polícia Civil, o crime teria acontecido em dezembro do ano passado, mas a garota contou para a família apenas nesta semana, depois que um vídeo do estupro foi divulgado na internet. Após ter ido à delegacia com a filha e feito a denúncia contra os cinco suspeitos, o pai da vítima afirmou ter recebido ameaças. "Os pais de dois desses garotos vieram ao portão da minha casa me ameaçar, quiseram tirar satisfação, mesmo depois da atrocidade que foi feita com a minha filha", disse indignado. "Também recebi um recado, através de uma pessoa que nem conheço, que irão destruir todo meu comércio e que irão me pegar, porque fui à delegacia."

Segundo o pai da vítima, a menina contou que o estupro não aconteceu apenas uma vez - ela teria sido abusada pelos rapazes em três oportunidades. "Ameaçavam ela, que se não fizesse o que eles queriam, iriam inventar coisas sobre ela para nós. Não foi só uma vez não, foram três vezes e ela aguentou quieta e sozinha", disse. "E depois eles espalharam o filme que fizeram por todo o bairro, para todos da escola. Ela foi ofendida de cachorra e coisas muito piores pelas pessoas que assistiram a esse vídeo", completou.

Anônimo disse...

Para LoLa,
La Feminista - At the intersection of motherhood & feminism

08 March 2012
This year’s theme is “Connecting Girls, Inspiring Futures” and one of the prompts is: - How can we, as a culture and as members of the global community, involve, educate, and inspire girls in a positive way?

This is easy. Listen to girls. Make space for their voices. Educate them.

Of course in reality, it's not that easy. Too often we witness the powers that be conspire to silence girls. It is this silence that Rachel Simmons outlines in her must-read book, Odd Girl Out. When we tell or show girls that their voices are not valued, they silence their feelings, thoughts and yes, actual voices. They turn inward and all the fury they should be screaming about is pushed deep into their soul. And it hurts them.
http://www.vivalafeminista.com/

Anônimo disse...

pra essa pessoa alteradissima que apareceu aqui vociferando, a lola ja falou desse assunto... HA SEMANAS http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2012/03/nao-existe-autonomia-na-prostituicao.html

Anônimo disse...

A Lola falou sobre a prostituição INFANTIL. Queremos saber a opinião dela sobre a legalização da casas de prostituição adulta.

Anônimo disse...

e eu respondi à anonima alteradissima q falou sobre o stj absolvendo estuprador de criança

Sphynx disse...

Não entendo por que a capa americana do livro do Jogos Vorazes (e o verso da edição brasileira) tem citação da autora daquela gororoba nojentamente escrita e machista que é o Credopúsculo. Tenho que admitir que por causa disso eu tinha um preconceito com a trilogia - e o trailer agrada-fã não ajudou muito a melhorar a minha opinião também.

Mas, como teve gente cuja opinião cinematográfica eu levo a sério (este blog incluso, hehe) falando bem do filme, resolvi assistir, e é mesmo um filmão. E pelo que eu vi, o segundo filme vai ter outro diretor, espero que consigam um nome interessante.

Anônimo disse...

fora que nêgo tá forçando um triangulo em jogos vorazes onde nao tem.

Anônimo disse...

Feministing
LoLa,
Tavi Gevinson vai fazer 16 anos no dia 21 próximo e vc poderá ler sobre ela
http://en.wikipedia.org/wiki/Tavi_Gevinson

ver uma apresentação dela em vídeo, no post de hoje
http://feministing.com/

ps - volta e meia algo que leio no Escreva LoLa Eswcreva fica martelando na minha cabeça e dou por navegar pela net e vou descobrindo coisas assim... e não poderia deixar de compartir ;>)

Anônimo disse...

Não sou masculinista nem feminista, pois ambos tem algo em comum: tem / tiveram dificuldades de relacionamentos com sexo oposto, nunca vi homem masculinista sendo "normalzinho" e/ou rico... nem feminista que tivesse uma aparência agradável...

ah, tá. beijão, mascu. volta pro mar, oferenda.

Koppe disse...

Lola disse... "Não creio que hoje em dia exista algo 100% original. O que seria a obra do Taranta se não fossem todas as referências e os pastiches? Aliás, o que seria da obra do Shakespeare? O bardo copiou quase tudo de suas quarenta peças de outras fontes, principalmente de Hollinshed. Mas naqueles tempos não existia a palavra plágio e se inspirar em obras alheias era totalmente normal."

Quem plagia os plagiadores?

Acho interessante essa discussão sobre originalidade e falta dela. Uma coisa que acho importante acrescentar, é que na época de Shakespeare poucas pessoas tinham acesso fácil a obras de arte, menos ainda tinham acesso às obras específicas onde ele se inspirou. Impossível comparar com hoje em dia, quando existem pessoas que têm por hobby procurar semelhanças entre obras para expor isso publicamente - tarefa que se torna incrivelmente fácil na era do Google.

A minha opinião é que, o que conta hoje em dia não é exatamente a originalidade nas estruturas básicas de uma obra (aquele resumo de uma ou duas linhas nas contracapas dos DVDs ou livros), mas sim a forma como se mistura as influências e se desenvolve a utilização delas, de uma forma que consiga deixar o conjunto interessante como um todo. Por isso, acho que é um desfavor à cultura humana como um todo ficar criticando cada coisa de uma obra que pareça inspirado em outras, até porque, como eu disse, isso sempre foi feito, apenas não se tinha acesso tão fácil a tantas obras ao mesmo tempo para comparar.

Anônimo disse...

Feminista!'s "100 Great 20th Century Works of Fiction by Women"
http://www.listsofbests.com/list/52-feminista-s-100-great-20th-century-works-of-fiction-by-women

do Koppe
. . . acho que é um desfavor à cultura humana como um todo ficar criticando cada coisa de uma obra que pareça inspirado em outras, até porque, como eu disse, isso sempre foi feito, apenas não se tinha acesso tão fácil a tantas obras ao mesmo tempo para comparar.

>>> e do que sabe essa gente criticona a não ser do restrito que aprendeu em sala de aula (geralmente Letras) com profes caretas e pouco "viajados" na literatura?

sabrina disse...

para q homem quer licença paternidade?se geralmente o pai larga todo o trabalho de criar a criança nas costas das mães?
deve ser pra ficar 6 meses com o ku pro alto

Júlio disse...

A autora apagou meu comentário, quem cala consente... não ofendi ninguém, apenas questionei o modo de pensar dela sobre direitos iguais... e não me respondeu...

Giulia disse...

"Como o burrico mourejando à nora/ A mente humana sempre as mesmas voltas dá…/ Tolice alguma nos ocorrerá / Que não a tenha dito um sábio grego outrora…"

Mário Quintana

Anônimo disse...

eu ia postar alguma coisa, mas como meus olhos estão sangrando pela crítica impossivelmente favorável ao crepúsculo ficarei devendo.
se meus dedo não necrosarem prometo comentar o próximo post.

Kazi disse...

Pessoal, resolvi assistir Battle Royale depois de muitos anos e vou relatar aqui neste comentário as SEMELHANÇAS no roteiro. Interpretem como quiserem: plágio, inspiração, recursos comuns usados em roteiro de cinema, enfim, qualquer coisa. Resolvi fazer isto para tentar ilustrar o que estou querendo dizer: são duas obras com semelhanças porém com histórias absolutamente diferentes. E já começo dizendo que Battle Royale é violento e sanguinário, enquanto Hunger Games é mais romântico e sutil. Em BR, os estudantes se recusam a lutar, muitos cometem suicídio e em atos desesperados assassinam seus amigos sem querer, enquanto que em HG os jovens são treinados para matarem uns aos outros. Posso estar errada na interpretação das semelhanças, e estou aqui noso comentários da Lola pra debater e não pra reduzir a opinião de ninguém. Enfim, eis as semelhanças:

1) No começo de Battle Royale, logo vemos a elevação do vencedor (da edição anterior) à condição de celebridade. Aliás, o fato de haverem edições da batalha também é uma semelhança.

2) O governo implantou a batalha pra colocar medo e ordem na nação (usando os jovens como exemplo).

3) A apresentação da batalha é um vídeo promocional, e os jovens são parabenizados por terem sido escolhidos.

4) A autoridade que apresenta o vídeo aos jovens tem uma profunda admiração pelo que está sendo reproduzido.

5) Os jovens correm risco de morte se tentarem escapar da batalha (ou se afastarem perigosamente da zona). A diferença neste ponto é que em BR isto acontece através da monitoração em uma coleira (que explode), enquanto que em HG é através de câmeras e manipulação do ambiente.

6) A turma é escolhida através de sorteio.

7) Os jovens são avisados das mortes ocorridas. A diferença neste detalhe é que em HG não há nomes citados (apenas uma sirene), enquanto que em BR há nomes citados.

8) No grupo de jovens, sempre há os elementos mais perigosos e fortes, os mais frágeis e, principalmente, os "malvados" capazes de matar a sangue frio.

9) O protagonista precisa cuidar de uma personagem mais frágil.

10) Vários tipos de armas diferentes são disponibilizadas aos jovens.

11) Em certo momento, o casal principal do filme se encontra na seguinte situação: o rapaz está ferido e precisando de ajuda e a moça está bem e saudável.


Bem pessoal, é isso. Essas foram as únicas semelhanças que consegui encontrar (além do fato de serem jovens se matando até que só reste um). Fora do contexto do filme, podem soar como plágio, mas ambos os filmes são tão diferentes que eu tenho dificuldade em dizer que um é plágio do outro (de uma forma geral). Eu até ia dizer como Battle Royale termina, mas acredito que algumas pessoas aqui queiram assistir, então vou evitar o spoiler. :) Mas já adianto que é totalmente diferente de Hunger Games. ^^

lola aronovich disse...

Ótimo comentário, Kazi. Estou com muita vontade de ver Battle Royale! Só uma coisinha que eu não tenho certeza: em Jogos Vorazes, quando alguém morre, tem um barulho, tiro de canhão, algo assim. Mas depois o nome e o rosto da pessoa morta aparece pros demais participantes. De todo modo, estou contigo: dá pra ter um montão de semelhança entre dois filmes e ainda assim eles serem completamente diferentes.


Anônimo com os olhos sangrando e os dedos quase necrosados após saber que eu gostei muito de Crepúsculo: espero que vc se recupere. Força, filh@! Estou torcendo por ti.

Kazi disse...

Ah é, esqueci deste detalhe, é um canhão e não uma sirene. E sim, o nome e a foto aparecem depois. É que vi Hunger Games há umas semanas e por algum motivo eu memorizei que era uma sirene (?).

Olha, Battle Royale é muito legal. Mas como eu disse, é violento, perturbador e meio desesperador. É um filme japonês com muito drama. Para mim, o ponto alto de Battle Royale é o foco no desespero dos estudantes e a fragilidade deles perante tanta violência. É colocado em xeque a amizade, o companheirismo e as traições em potencial (em busca da sobrevivência). Acho que o foco de Hunger Games é a crítica ao espetáculo macabro e em como as pessoas se divertem com ele. De qualquer forma, para um primeiro filme, achei fraco. Não consegui me prender a nenhum personagem, os clichês me irritaram um pouco e não me sinto motivada a assistir à sequencia. Mas talvez eu assista. Mesmo desmotivada a assistir Crepúsculo, eu continuo acompanhando os filmes! rs

Anônimo disse...

Eita que essa LoLa é mesmo divertida... "Anônimo com os olhos sangrando e os dedos quase necrosados após saber que eu gostei muito de Crepúsculo: espero que vc se recupere. Força, filh@! Estou torcendo por ti. -LoLa
11 de abril de 2012 21:58

agora vão monitorar seus "gostos fictícios" tb? ai LoLa, haja bom humor !!!!

Majô disse...

Lola, outra referência que notei no filme foi na fotografia. Achei que a coloração tem um quê de Instagram.

Como eu acho essa rede social meio blergh, na minha interpretação, incluí essa referência no pacote das coisas que foram criticadas e/ou ridicularizadas, a exemplo da estética do belo e do show business do filme.

Sobre a trama... mesmo sem ler a trilogia, deu para perceber que fatos importantes foram muito simplificados, como a revolta no distrito 11. então, saí do cinema com a impressão de que o filme parte de uma boa ideia, mas não soube executá-la tão bem.

sobre as comparações com Crepúsculo, acho q elas são inevitáveis porque o filme é feito pelos mesmos produtores.

Carol disse...

Eu acho que pelo filme estar fazendo sucesso as pessoas já querem achar pelo em ovo e acusar a autora de Hunger Games de plagio, o fato é que como o filme é feito para adolescentes eu acho ótimo, n]ao vejo mal nenhum nas crianças de hoje em dia lerem Hunger Games e quererem saber mais sobre manipulação da mídia e futuramente lerem livros de "adultos" como 1984, o filme é ótimo, e sinceramente o romance não é o foco principal do filme, é obvio que a Katniss só beijou o Peeta pela própria sobrevivência, e é assim que eles fazem nos Big Brothers da vida, criam um casal pelo o publico vai se apaixonar e tudo mais...

Majô disse...

Lola, vi uma propaganda no cinema que me chamou a atenção. Vc conhece a campanha "Viva sem menstruar"? O que pensa disso?

Emendo uma cartela de anticoncepcional na outra há mais de um ano para um tratamento, mas percebo mudanças estranhas em mim e temo por impactos no futuro. Acho um tema bastante delicado, que vai além da discussão de direitos femininos. Eu não aconselharia outras mulheres a fazerem o mesmo.

Anônimo disse...

Esta crítica diz tudo
http://www.cinemaemcena.com.br/plus/modulos/filme/ver.php?cdfilme=8975

Anônimo disse...

Lola, Battle Royale é bem mais do que o que você colocou. Battle Royale é uma crítica aberta a sociedade.
Aqui um post interessante sobre o assunto: http://mobground.net/blog/battle-royale-apos-uma-decada-seu-comentario-social-continua-relevante-para-as-audiencias

Anônimo disse...

lola, não seria teseu e o minotauro?

Camila Guimarães Dias disse...

A Kat não é negra, Lola, ela tem pele cor de oliva.
Quanto a Battle Royale, achei pura carnificina. Os garotos sao pegos por surpresa, ou seja, como eles vao mudar o comportamento delinquente, se nem ao menos sabem que existe o tal decreto?

Eu sou a Ana Flávia disse...

Olá, entrei hoje pela primeira vez nesse blog para ler os posts de Jogos Vorazes. Achei extremamente interessantes suas colocações e estou esperando ansiosa pela continuação !

Alana disse...

O problema com a Kat foi o seguinte: a descrição da cor da pele dela nos livros nunca é muito direta... Como já falaram, só tem o tal do olive, que você pode encontrar em negros e brancos, só ter ascendentes de uma certa região da Itália; e algumas vezes ela diz que não é clara e loira quanto sua irmã e mãe... Só isso. O problema foi fazerem o casting especificamente só de atrizes brancas, nem mulata tinha. Eu acho que se já caíram de pau em cima por causa da Rue e do Cinna, imagina o caos que seria se fizessem a Katniss negra. Não podia ser mais claro como ainda somos muito racistas.
E também não gosto de triângulos amorosos. Na verdade, odeio. Mas pelo menos o jeito como a autora colocou esse ficou um pouco mais... Refreshing.
Só li Battle Royale em mangá, e achei um lixo. Machista, apelativo, superficial, cheio de clichês. Nunca consegui terminar, porque simplesmente não aguentava mais... Talvez os filmes e o livro sejam mais decentes. Mas era peito pulando pra cá, músculos saltando pra lá... Não é pra mim. Sobre plágio, é um besteirol, mesmo, acusar a autora. O próprio pessoal envolvido em Battle Royale descartou a possibilidade. Perdi a conta de quantas vezes li alguma coisa que começa com jovens jogados numa arena/ilha deserta, que têm que se matar; a diferença aparece em como a história se desenvolve, com quais objetivos.

Marcelly Sanches disse...

ahh..que delicia poder de falar de algo bacana aqui no seu blog que conheci hoje mas que eu lendo sem parar
Mas vamos falar dos Hunger Games...ó céus, o povo compara e reclama tudo...baby..tuuuddo é plagio..TUDO...chegamos ao auge de nossa criatividade..esgotamos..ou quase esgotamos..
pra quem não sabe..A autora teve a ideia de escrever o livro ao ver um reality show e depois passar pra outro canal e ver uma reportagem sobre a guerra do Iraque..dai ela somou um mais um e deu no que deu..
Ela é maravilhosa ao não falar sobre a cor da pele de praticamente nenhum personagem. Ela não foca nas diferenças raciais, entretanto ao ler pela segunda vez fica meio subentendido que o distrito onze é formado por negros e o doze por brancos...mas ela não afirma que seja uma regra...no livro não há racismo por parte dos personagens..só os leitores idiotas que criticaram a escolha dos atores pros tributos do onze.
E é idiotice discutir isso, a area dos doze distritos, pelo que calculei, abrange quase que a America toda..é como se ela saísse do doze aqui do Brasil e fosse pra Capital que seria em Nova York.. Mas o mais importante é o que ela faz com a mídia, com a política, com o PANEM (nome do país do livro) e o circenses...ela trás a tona discuções Marxianas de forma simples e quase inocente pra olhos não treinados, garanto que poucos repararam que a camiseta do senhor morto no distrito onze no segundo livro era vermelha..
eu dou os parabéns pra quem faz os leitores de algo nojento como Crepúsculo ler sobre política e talvez ver o quanto sua vida é fútil e alienada...

Anônimo disse...

Que gracinha esses comunistinhas querendo ver consciência social em tudo

Unknown disse...

Sim, é um plágio. Uma coisa é você ver reality da morte com jovens, outra ver controle governamental. Sem dúvidas BR foi o primeiro a conciliar as duas coisas, portanto JV plagiou a base de todo o seu roteiro de BR.

Rebs - Daugther of Poseidon disse...

Esse negócio de acusar a Susan Collin de plágio é muito sem noçao!!
O significado correto de plágio é : apresentar como seu trabalho ( dicionario aurelio )
O caso foi totalmente o contrario!!!
Foi a própria tia Susan que criou a trilogia. Apartir desse fato já não é mais plágio!
As pessoas estao falando isso,sem saber o significado correto da palavra.
Vai me dizer que inspiraçao é crime? Entao as delegacias estariam sempre lotadas! Quantas vezes você já nao se inspirou em alguma pessoa famisa para fazer uma música? Uma poesia? Tudo tem a sua inspiraçao!! Por exemplo : o Rick Riordan, autor da serie Percy Jackson e os Olimpianos,se inspirou na mitologia para fazer as serie. Isso é crime? Nao!! Isso é plágio contra quem ? Homero? Nao!
Agora vai me dizer que as fanfics sao plágio? Eu nao vejo assim. Eu vejo isso como um modo de dizer para a pessoa "plagiada" que é um fã.
Antes de dizer que é plagio,procure o significado da palavra no dicionario!!

Unknown disse...

Vá se informar melhor sobre o filme japonês.Esse jogos vorazes é um plágio descarado,vários críticos de cinema já confirmaram isso. Se fosse um filme brasileiro copiando pelo menos um diálogo ou cena de qualquer filme internacional ai seria apedrejado. Essa escritora é uma pirata!