segunda-feira, 26 de março de 2012

MUITO ALÉM DOS FETOS

Adorei este texto que peguei e traduzi daqui. A primeira pergunta é aquela típica que tod@s que defendemos a legalização do aborto já ouvimos. O resto é uma resposta à altura. Em forma de pergunta.

“E se o bebê que você abortou pudesse ter encontrado a cura do câncer?”
E se a pessoa trans espancada até à morte pudesse ter encontrado a cura do câncer?
E se o adolescente gay que se suicidou por causa de bullying pudesse ter encontrado a cura do câncer?
E se aquela jovem menina vendida pro tráfico sexual e morta por doenças sexualmente transmissíveis que não foram tratadas pudesse ter encontrado a cura do câncer?
E se um desses centenas de milhares de civis que foram mortos durante a guerra pudesse ter encontrado a cura do câncer?
E se aquela mulher que foi estuprada e depois morreu de complicações internas pudesse ter encontrado a cura do câncer?
E se todas as pessoas do planeta que não têm acesso ao ensino superior e viverão e morrerão na pobreza pudessem ter encontrado a cura do câncer?

385 comentários:

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Ana Clara Telles disse...

Oi, Lola.

Existe um 'e se' que também circula como resposta a essa pergunta idiota dos que se entitulam "pró-vida", você já deve ter ouvido:

E se a mãe de Hitler tivesse tido a oportunidade de fazer um aborto?


Tudo é relativo, não é mesmo? Esse argumento é, de longe, o mais idiota de todos.

Anônimo disse...

todos os atos são condenados, inclusive o aborto...não se justifica um ato errado, com outro...mesmo que vc estranhamente seja a favor do aborto(é uma vida ali que nem teve chance de se defender), usar desse argumento é falho...arrume outros, não outros erros.

Anônimo disse...

Mandou bem Lola:)

Suely disse...

Curto e grosso, como precisa ser nessa hora. Gostei muito. Um abraço.

Marcos disse...

Mulher que faz aborto ou é a favor do aborto = criminosa. Simples e sem contra-argumento.

Flavio Moreira disse...

Por quê todos aqueles que são contra a legalização do aborto só conseguem pensar no feto e não na mãe?
Eu tenho muita dificuldade em aceitar o aborto, mas não posso deixar minhas convicções pessoais e até minhas crenças obliterarem a minha percepção das coisas.
Não posso aceitar que mulheres morram em clínicas clandestinas tentando se livrar de uma gravidez indesejada. Não posso e não vou julgar porque uma pessoa decidiu abortar - se eu concordo ou não com ela é irrelevante para a sua segurança. Mas o que não dá é para compactuar com esse ato criminoso que é largar as mulheres à própria sorte nas mãos de médicos inescrupulosos. Ou mesmo, no auge do desespero, sem apoio de família ou amigos, usando de métodos heterodoxos para provocar o aborto como medicamentos, ervas e até objetos.
A questão do aborto é muito mais ampla: é de saúde pública, de educação, de acesso à informação, de exercício de cidadania.
Não dá para simplificar tanto.
É muito cansativo tentar fazer as pessoas enxergarem além do "direito à vida" do feto.

Lucas disse...

Por mais que eu seja contra a prática do aborto (como a muita gente é. Diferença básica entre ser a favor da legalização e ser a favor da prática), é sempre enervante ver qualquer criatura achar que uma frase de efeito (bem fraquinha, por sinal) e um "simples assim" resolvem tudo.

Gente que vê resposta simples em tudo é porque tem uma mente simples.

Anônimo disse...

Quem foi que inventou esse argumento absurdo? Como se a vida de uma pessoa só tivesse valor se ela tivesse a chance de achar a cura do câncer. Tenha santa paciência.

Sara disse...

Perfeito!

Maíra disse...

Brilhante!

Sara disse...

Flavio Moreira disse...
Por quê todos aqueles que são contra a legalização do aborto só conseguem pensar no feto e não na mãe?
Eu tenho muita dificuldade em aceitar o aborto, mas não posso deixar minhas convicções pessoais e até minhas crenças obliterarem a minha percepção das coisas.
Não posso aceitar que mulheres morram em clínicas clandestinas tentando se livrar de uma gravidez indesejada. Não posso e não vou julgar porque uma pessoa decidiu abortar - se eu concordo ou não com ela é irrelevante para a sua segurança. Mas o que não dá é para compactuar com esse ato criminoso que é largar as mulheres à própria sorte nas mãos de médicos inescrupulosos. Ou mesmo, no auge do desespero, sem apoio de família ou amigos, usando de métodos heterodoxos para provocar o aborto como medicamentos, ervas e até objetos.
A questão do aborto é muito mais ampla: é de saúde pública, de educação, de acesso à informação, de exercício de cidadania.
Não dá para simplificar tanto.
É muito cansativo tentar fazer as pessoas enxergarem além do "direito à vida" do feto.

26 de março de 2012 11:57

Anônimo disse...

O tema aborto é sempre espinhoso, mas quase sempre quem é contra a descriminalização/legalização sempre arrasta a dicussão para o lado da "moralidade". Aborto é fundamentalmente uma questão se saúde pública e direitos das mulheres. Proibir não fará com que deixe de existir.

Amana disse...

Tenho lido coisas beeem interessantes sobre os problemas da retórica "pro-choice", justamente por ser uma abordagem muito liberal. Em outras palavras: fundamenta o problema da escolha na INDIVIDUALIDADE da mãe, ou no direito INDIVIDUAL do feto de sobreviver.
E isso é um beco sem saída. Porque argumentos que são usados num sentido podem facilmente respaldar a defesa do outro lado. (por exemplo, a retórica dos direitos)
Esse tipo de abordagem liberal coloca, na situação da gravidez indesejada, as coisas em termos de que o corpo da mãe é um obstáculo à sobrevivência do feto, e que o feto é um obstáculo à liberdade individual da mãe.
Somem do debate TODAS as referências ao contexto social, às questões de classe, à divisão do trabalho em nossa sociedade, ao machismo... trata-se tudo da individualidade da mãe X da do feto.
Acho que essas respostas lançam luz em outras direções... e mostram a inconsistência desse tipo de argumento pro-life.

Carol M disse...

O que me irrita com os pró-barriga-alheia é que em momento nenhum eles pensam em como está se sentindo aquela mulher que passa por uma gravidez indesejada. Tratam-na como um fator irrelevante a ser criminalizado por não desejar aquele filho.

livia disse...

só adicionando uma frase ao comentário do Flavio Moreira:
agora se você acha que as mulheres que fazem aborto, independentemente do motivo, "merecem" morrer, é outra história. e não venha depois disso dizer que é contra a pena de morte.

Anônimo disse...

E se o Marcelo Valle tivessi sido abortado e se o Engenheiro Emerson tivesse sido abortado e se o Carl Marx tivesse sido abortado e se a Lola tivesse sido abortado.

Será que existiram os homens sanctos, será que existiria o feminismo, será que existiria o marxismo?

Tudo é relativo. E se realmente existir Deus e tudo isso for pecado? E se o papa for pop e não poupar ninguém?

Clarissa disse...

E se as mulheres que morreram de aborto clandestino pudessem ter encontrado a cura do câncer?

E se as adolescentes que engravidaram e tiveram que largar a escola e trabalhar pra cuidar da criança pudessem ter encontrado a cura do câncer?

Shishiu disse...

A gestante deve ser preservada sempre. Os que são contra o aborto geralmente trazem à baila argumentos de natureza moral e filosófica/religiosa/fezística. São, em sua maioria, os que acreditam que existe uma alma imortal. Psttt. Ridículo! Essas pessoas preterem a mãe (viva/real) em benefício de um ser que ainda não existe, que é apenas um amontoado de células.

O problema é o nosso narcisismo, que nubla a real dimensão do ser: Um saco de carne animado por impulsos elétricos.
Somos um super-computador cujas variáveis não se consegue prever, daí a nossa ilusão de livre-arbítrio, de escolha.

Valoriza-se por demais um amontoado de células sem consciência do "existir".
Nossa consciência - e consequente medo - da não existência vem da nossa capacidade evolutiva em perceber a morte. Não existe um antes. Como não existe um depois.

Pili disse...

e se, e se, e se...?

e se os ditos pró-vida forem financiados por... clinicas de aborto clandestinas????

eu adoraria saber como é o mercado por trás disso.

e acho que a invisibilidade do problema é um desafio muito maior do que qualquer debate moral que queiram levantar.

Branca disse...

Lola... acompanho seu blog e sou a favor de muito o que vc diz... mas esperava mais de você. Vou dizer com todas as letras: FALACIOSA.

Então as pessoas que são contra o aborto por esse motivo realmente não pensam nas possibilidades de morte de cada vida humana? Quer dizer, se você se preocupa até com uma pequena vida que será humana, tem sentido que se preocupe com o grande também.

E que o fato de que "shit happens" JUSTIFICA tirar DELIBERADAMENTE um bebê?

Que tipo de falácia é essa, quando uma pessoa responde a um argumento com dados que não tem nada a ver?

Você é falaciosa e tendenciosa com aquilo que pessoalmente não concorda. Ás vezes, não melhor que os mascus. E me arrasa dizer isso.

Anônimo disse...

A cura do câncer já foi encontrada, não quando está em fase terminal, mas a técnica de prevenção para não desenvolver e a técnica para curar em fase inicial.

Os chineses estudaram todas as mortes de câncer do país durante alguns anos e estamos falando de um país com 1 bilhão e 200 milhões de habitantes (o Brasil tem 190 milhões) e levaram quase uma década para analisar e entender todos os dados coletados.

Quem estiver interessanda em conhecer essa história e como fazer para evitar o câncer eu recomendo o filme "Forks over Knives" que traduzindo seria "Garfos no lugar de Bisturis".

Esse filme foi feito por dois médicos, tem linguagem acessível ao público e conta a história de mais de 40 anos de pesquisa científica e o que foi descoberto.

Eles mostram porque mesmo sabendo como prevenir e curar a informação não chega ao povão e porque são poucos os médicos que informam os seus pacientes sobre isso.

Jorge K. Silva disse...

EU QUERO FAZER UMA PERGUNTA.

Essa pergunta pode parecer besteira, mas eu já ouvi pessoas falando sobre isso várias e várias e várias vezes.

Por isso eu vou perguntar aqui, talvez porque não tenha coragem de perguntar ao vivo para alguém, pois eu acho que é racional porém muitooooo estranho.

O filho que vai nascer não é um problema da mãe apenas. O filho ou filha que está sendo gestado será um problema tanto para a mãe como para o pai.

Em algumas situações o filho é um peso trágico para a mãe. Em outras situações o filho é um problema trágico para o pai.

A pergunta é:

O aborto também é um direito do homem?

O pai pode ter o direito de pedir o aborto da criança que se nascer ele será obrigado a sustentar por duas décadas?

Mas por favor, não digam sim ou não. Me explique o por quê da coisa. Eu realmente quero entender.

Anônimo disse...

TRUCO !!! BINGO !!!

e... Se a mãe to Emerson tivesse feito um aborto?

e... Se a mãe do Marcelo tivesse feito um aborto?

Anônimo disse...

Forks Over Knives
três links pra quem quiser saber mais sobre.

http://en.wikipedia.org/wiki/Forks_Over_Knives

http://www.forksoverknives.com/

http://www.forksoverknives.com/about/the-fok-diet/

Anônimo disse...

"você nunca passou por isso, não pode opinar"

Há gente que mata gente por vingança, e aí? Você não sabe oq ue ela está sentindo. Merece ser condenada?

Há gente que rouba e é mula de drogas pra poder manter sua família. Fazem muito mal a muita gente. Você pode julgar?

Argumento falho.

Kazui disse...

E se os pró-vida tivessem descoberto a cura pro machismo?

Maíra disse...

Eu li artigo interessantíssimo aqui: http://blogueirasfeministas.com/2011/12/feto-nao-e-bebe/
É uma explicação realmente irrefutável, que resumidamente diz que se um feto não consegue sobreviver fora do útero da mãe (ainda que com ajuda de aparelhos) ele não pode ser considerado um bebê, pois ele precisa do corpo da mãe para sobreviver e o corpo é dela.
Eu nunca tinha pensado dessa maneira, mas gostei muito da abordagem.

Pili disse...

jorge K,

o aborto seguro e gratuito é direito de quem gesta e porventura precisa dele.

mas nao foi sempre assim.
há um tempo atrás muitos pais, maridos, etc forçavam suas subordinadas mulheres a abortar caso fosse de sua vontade.
ou forçavam suas mulheres a abandonar seus bebes, caso quisessem.
ou simplesmente os matavam, já após o parto.
ah, eles nao se incomodavam também em matar a mulher sob sua posse.
nem a lei, nem moral, nem a fé tinham nada contra esses caras.
A decisao estava totalmente de acordo com a vida da época. O que importava era o interesse do patriarcado.
De repente a necessidade do patriarcado mudou. Nao era mais interessante perder "braços" e automaticamente a lei, a religiao e a moral mudaram.
Apareceu o pensamento contrário ao aborto, até então, inédito.
e adivinha só:
a morte das mulheres continuou não importando nada.

Então que tal, só pra fazer uma experiencia, deixar a decisao sobre o futuro da gestaçao nas mãos de quem está gestando?
Assim, só pra ver o que acontece mesmo.
Ahn, que tal?

Emerson disse...

A típica simplificação argumentativa do ateu: "simples assim!".

Se o propósito aqui é o esclarecimento, não seria melhor inferir que a vida em risco de uma gestante que faz aborto em clínica clandestina é justificável por sua leviandade criminosa em não ter adotado técnicas de prevenção à gravidez?

Parece-me que, além de atéia, a Lola não tem filhos. Isso diz mais das razões de seu posicionamento que a superficialidade tosca das ideias desse post.

Eu não sou ateu, tenho filhos, e sou terminantemente contra o aborto. E não venha tentar desmerecer a fé em nome das tão sofisticadas teorias de que o ateu é mais inteligente e mais afeito a uma hipotética seriedade do mundo.

Anônimo disse...

Lola, queria que você desse sua opinião sobre aqueles jovens cientistas que defenderam a morte de recém-nascidos utilizando os mesmos argumentos dos pró-escolha.

Não vi ainda nenhuma feminista se manifestar a respeito e gostaria de analisar essa questão a partir do ponto de vista de vocês.

(Não, não sou masculinista, nem troll, nem sendo irônica ou sarcástica. É uma dúvida natural. Os pró-vida sempre me diziam que aborto é sinônimo de infanticídio e eu achava a afirmação absurda até eu me deparar com esse texto. De fato, será mesmo que isso é só questão "do corpo" da mulher? O feto é tão ser humano quanto o nascituro. Só porque ele é indefeso ele deve pagar com a irresponsabilidade alheia - e não digo da mulher, mas do estado, que não dá aparato suficiente pra que ela tenha uma gravidez planejada e sadia? Ao meu ver, é defender uma minoria - as mulheres - massacrando covardemente outra - os nascituros. Por favor, imploro, não quero ser vista como troll, só quero que vocês me esclareçam. Não tenho convicções religiosas a respeito disso e estou pronta pra ouvir opiniões divergentes. Obrigada.)

Emerson disse...

Outra questão corajosa e importante foi levantada aqui: nessa linha de pensamento, o genitor masculino (o pai, para fugir desse linguajar horrível das feminazis) não teria então direito de decidir se a mulher que leva seu embrião deve fazer aborto?

Mas vá falar isso em um ambiente feminista. Dizer que o pai quer o aborto mas a mãe não, aí desvirtua toda a razão do discurso para a nobreza das intenções maternas da mulher.

Por mais que vocês feministas se achem desobrigadas das diferenças de gênero, o gênero está patologicamente incrustado na mente de vocês.

Anônimo disse...

Shishiu, li seus argumentos dizendo que fetos são "amontoados de células", que não têm "consciência do existir".

Ora, os recém-nascidos também. Não têm consciência da própria vida. Daí aquela dupla de cientistas defender a morte de crianças defeituosas, com síndrome de Down, etc.

Voltamos à timocracia, à Esparta. Dos 140 caracteres do twitter passaremos aos grunhidos. Não me surpreenderei se daqui a 20 anos estaremos nos rastejando novamente.

E, se for levar esse argumento em conta, eliminem os pacientes em coma, também. Não têm consciência sobre a própria vida. Amontoados de células em cima de leitos, se aproveitando do tempo e do dinheiro de seus parentes.

André disse...

Essa argumentação é bastante problemática, mas uma irmã dela tem sido usada com freqüência por pessoas que são a favor da descriminalização do aborto (a de que a cura para o câncer pode estar nas plantas que serão desmatadas para a construção de Belo Monte, ou qualquer outra obra na floresta).

Anônimo disse...

Engraçado esse argumento de "MEU CORPO", ou "o homem não pode interferir":

Diga isso a uma gestante pobre, que não tem o que comer e infelizmente depende do cônjuge pra se alimentar - e conseqüentemente, o seu bebê.

Ou melhor, diga isso a ele.

Ele simplesmente vai querer fugir da sua responsabilidade. Como não se trata da criança, e sim exclusivamente do corpo da gestante, ele vai achar sensato oferecer ajuda à gestante somente a partir do parto. Antes disso, ele pode simplesmente afirmar: "o corpo é seu, o problema é seu. Não tenho nada a ver com isso."

Shishiu disse...

Caro anônimo,

Por que você não tenta realmente ler e entender o meu comentário ao invés de separar uma frase do que escrevi e discorrer sobre ela dois parágrafos completamente rasteiros?
Se você for colocar um pedaço do meu post entre aspas e comentar acerca, que pelo menos o faça com inteligência e honestidade.

Anônimo disse...

O critério para o início da vida humana deveria ser o mesmo para a morte. Se a parada total e irreversível das atividades encefálicas equivale a morte, e pessoas com morte cerebral só são mantidas vivas enquanto ligadas a aparelhos. Desligar esses aparelhos não é "assassinato".
Enquanto o cérebro não se formou, a situação do embrião é a mesma da pessoa com morte cerebral, o organismo está vivo, porém sem chance alguma de atividade cerebral.

André disse...

Outro ponto problemático dessa refutação é que ela coloca do mesmo lado o feto, transexuais, gays, mulheres, vítimas civis das guerras, etc. Aos invés de reduzir os direitos do feto para tornar o aborto mais palatável, o post faz o contrário.

Shishiu disse...

Não existir é não existir ora bolas. A diferença é que eu não dou importância ao antes e ao depois da atividade cerebral. A não existência pode ser angustiante para alguns (lembram do nosso narcisismo?), mas não somos especiais. Simplesmente não existimos antes. Voltamos a não existir depois.

Anônimo disse...

Maíra:

"É uma explicação realmente irrefutável, que resumidamente diz que se um feto não consegue sobreviver fora do útero da mãe (ainda que com ajuda de aparelhos) ele não pode ser considerado um bebê, pois ele precisa do corpo da mãe para sobreviver e o corpo é dela."

Mas é justamente por isso que é cruel. Se ele continuar no corpo da mãe, ele continuará sobrevivendo ali.

Sem dúvida, o argumento mais ridículo contra o aborto é: "então proíbam a punheta!"

Ora, se você deixar um embrião/feto por 9 meses no útero na mãe, ele continuará vivendo.

Experimente deixar esperma no chão por 9 meses pra ver o que acontece. Nem plantinha nasce ali.

Gameta e feto não é a mesma coisa. Feto e nascituro, (nascituro! óbvio que nascituro não é o mesmo que um homem adulto) sim.

Branca disse...

Carolinapaiva, seu argumento pode ser rebatido por um motivo simples: uma pessoa em morte cerebral está morta. No final de sua vida, sabe. Ela nasceu, cresceu, e morreu. Se você tirar todos os aparelhos, ela nao vai sobreviver por muito tempo.

Mas um embrião, além de ninguem muito claro quando a atividade neural e sensitiva começa, está se formando. Ele ainda nem nasceu. É o início da vida, mesmo que não haja consenso em quando a vida começa; tem de passar por essa fase. E se você deixar em paz, ele não morre: ele nasce, cresce, e só então morre.

Manter uma pessoa em morte natural "viva" é antinatural; mas interromper um processo imprescindível pra vida humana que se está formando?

Anônimo disse...

É preferível que uma mulher sem condições financeiras e/ou abandonada pelo parceiro covarde aborte, do que a criança nascer, viver negligenciada, não ter acesso a educação e se tornar um masculinista doente e/ou criminoso e/ou psicopata.

Não é o caso de todos os masculinistas - negligencia -, pois a maioria vive na aba d@ pai/mãe, por isso tem tanto tempo pra fazer sites, blogs, fóruns e passar a vida inteira amargurado destilando ódio.

A nova agora é fazer perfis falsos de mulheres. Por que eles não param de se reprimir e põem logo um salto, um perucon, e vão pra boite catar um go go boy e serem felizes assim como fazem os que já se assumiram?

Sai de Narnia, butitã.

Branca disse...

"É uma explicação realmente irrefutável, que resumidamente diz que se um feto não consegue sobreviver fora do útero da mãe (ainda que com ajuda de aparelhos) ele não pode ser considerado um bebê, pois ele precisa do corpo da mãe para sobreviver e o corpo é dela."

Ergo, é descartável. Me desculpe, mas essa pessoa estudou biologia?

A forma mamífera de reprodução é a mais evoluída entre os animais. Como somos muito complexos, nosso filhotes tardam muito em se desenvolver e precisam manter o calor que os desenvolverá. Assim, o fato de um filhote estar dentro da barriga da mãe é como um ovo, só que dentro, para poder permitir o correto desenvolvimento do animal.

Se você tirar um filhote da barriga de uma cadela, ele também não vai sobreviver. Claro, nenhum filhote está programado para enfrentar o mundo quando ainda está em formação. Quando estiver maduro, não se preocupe, ele respirará sozinho.

Só falta vocês quererem os seres humanos ovíparos. Não, melhor ainda! Dentro de jarras, como em "Admirável Mundo Novo".

Anônimo disse...

Branca

Sim, a vida intrauterina é considerada uma vida em potencial, pois é uma vida em formação, ou seja, não há vida desde o primeiro momento, ela se forma ao longo da gravidez. Abortar enquanto ainda não há vida não é assassinato, pois não há vida ali ainda. Agora, se formos analisar a situação seguinte: organismo vivo sem atividade cerebral = sem vida humana. Não é moralmente reprovável abortar nessa fase, pois não seria vida ainda.
A questão é que o critério para início da vida deve ser o mesmo usado para a morte, as atividades cerebrais.

Anônimo disse...

Tá bom, Shiushiu, seu post inteiro, pra não "distorcer as coisas" Agora, quero ver você rebater DIRETAMENTE:

"A gestante deve ser preservada sempre."

Por quê? Só por ser um ser humano que pode FALAR, CLAMAR por seus direitos, ter aparato em caso de estupro e risco de gravidez sem enumerar os métodos contraceptivos, enquanto o feto não pode se defender? É a luta do mais forte contra o mais fraco.

"Os que são contra o aborto geralmente trazem à baila argumentos de natureza moral e filosófica/religiosa/fezística"

Filosófica e religiosa, não, científica. Fezística não, humanista.

"São, em sua maioria, os que acreditam que existe uma alma imortal. Psttt. Ridículo!"

Também acho ridículo. Não falei de alma em momento algum.

"Essas pessoas preterem a mãe (viva/real) em benefício de um ser que ainda não existe, que é apenas um amontoado de células."

Devidamente refutado

"O problema é o nosso narcisismo, que nubla a real dimensão do ser: Um saco de carne animado por impulsos elétricos."

Assim são os animais. Diga isso aos veganos

"Somos um super-computador cujas variáveis não se consegue prever, daí a nossa ilusão de livre-arbítrio, de escolha."

Idem

"Valoriza-se por demais um amontoado de células sem consciência do 'existir'.
Nossa consciência - e consequente medo - da não existência vem da nossa capacidade evolutiva em perceber a morte. Não existe um antes. Como não existe um depois."

Pro feto, o depois é a VIDA.

Beijo.

Luciana disse...

Perfeito Lola!

Os “pró-vida” só defendem o feto, e a VIDA da mulher, não é importante? Quando o bebê nasce os defensores do feto pensam: “Já te ajudei a nascer oh moleque, agora te vira!”. Queria que os “pró-vida” bancassem as crianças órfãs que estão espalhadas por ai. Cadê eles quando a cada minuto, 12 crianças morrem de fome no mundo ou de doenças relacionadas a esta?! (Fonte: FAO).

Só temos essa discussão sobre o aborto devido à religião (principalmente a católica). A mesma crença que impede o uso de camisinha, contraceptivos e aborto. Engraçado, a igreja católica poderia impedir que homens se masturbassem, já que eles estão dispensando milhares de vidas.

O aborto é uma questão de saúde pública! Deveria ser permitido, cabe à mulher ou o casal levar a gravidez adiante. UMA ESCOLHA, e não uma imposição da religião.

Letícia M. disse...

Detesto basear minhas escolhas no "e se...", por isso, achei a resposta fraquinha...

M. disse...

E se a mulher que morreu por complicações devido à um aborto clandestino tivesse descoberto a cura do câncer? A culpa seria de quem é contra a legalização. :)

Anônimo disse...

Eu sou totalmente a favor do aborto, exatamente por todas as questões levantadas aqui, e a argumentação da Carolina Paiva é irrefutável e muito boa. Mas o que me incomoda é justamente o que já foi dito no tópico: feministas vivem falando em "direitos iguais", mas elas não querem direitos iguais. Elas querem ser superiores. Elas querem mandar.

Eu sou a favor do aborto se ele for acordado TANTO PELA MÃE QUANTO PELO PAI, a não ser em casos de estupro ou de risco de vida para a mãe. Se o filho for um fardo só para a mãe, mas o pai quiser criá-lo, ele tem esse direito. O contrário, idem. Se os dois acordarem que não o querem, aí sim, o aborto deve ocorrer.

Ou as feministas vão querer forçar os pais não tem direito de escolha na gestação a pagar pensão alimentícia também? Se vocês disserem que sim, vai quase bater o recorde mundial de incoerência. Afinal, não tem direito de opinar sobre o aborto, mas tem que sustentar pela vida toda!

Dri Caldeira disse...

Gostaria de saber se entre todas as mulheres que deram suas opiniões nesse post até agora, alguma teve de fazer um aborto por qq motivo. Ou por não poder criar mais um filho, pois não tem condições pra criá-lo. Ou por correr risco de morrerem ela e a criança. Ou, pelo pior de todos os motivos, ter sido estuprada e não conseguir suportar aquele "troço" nascido da violência crescendo dentro dela.
Antes de vcs se meterem à cientistas, sociólogos, religiosos, filósofos ou qq outra profissão pedante e arrogante que os fazem viver distanciados da realidade feminina de quem precisou fazer um aborto, conversem com uma mulher que não teve outra opção a não ser abortar. Olhem-na nos olhos e vejam a reação. Vejam se é fácil pra ela confessar que fez.

Branca disse...

Carolina, é detectada atividade cerebral a partir da 12ª semana. Mas desde a 5ª semana os fetos já têm uma estrutura chamada tubo neural, que está se especializando para tornar-se nervos e cérebro. Não se sabe, tampouco, quando os fetos começam a interpretar estímulos básicos como prazer e dor, porque mesmo uma formiga, que não tem cérebro, entende isso. Uma pessoa em morte cerebral está com o órgão se degenerando, enquanto uma em formação está se formando.

A questão é: se você deixar uma pessoa em morte cerebral seguir sem intervenção, ela vai morrer. A intervenção permite que siga respirando. Mas se você deixar seguir o desenvolvimento de um feto, ele deve viver. A intervenção que o matará.

Como é uma intervenção deliberada buscando interromper um processo de vida em potencial, pode não ser assassinato, mas também não é justo.

Anônimo disse...

Engenheiro Emerson (Dublê) disse...
Eu sou a favor do pré-aborto. Viva a punheta. Melhor tocar uma punheta bem batida do que foder uma mulher de merda. Uma punheta pode ser chamado de pré-aborto, pois impede definitivamente a concepção.

>>> hum... um dublê !!! a imitação é a mais autêntica demonstração de admiração, mas nesse caso me parece falta de criatividade... bem, qto à sua alardeada prática, punheta, tb ali páreo com o original onanismo... e Deus puniu Onan, cuidado!!! Estou me referindo ao segundo marido de Tamar... Judas, sogro de Tamar... pegou o fio da meada? Feliz punhetadas... cuidado pra não manchar as paredes do banheiro... e não erre na pontaria lá no vaso sanitário... agora, ocupe-se com o que vc tanto alardea, nesse ato solitário.

Branca disse...

Dri, não vi ninguém até agora falando de casos de risco de vida, ou de estupro. Você está falando agora. Antes de acusar, jogue a questão e espere a ser respondida.

E quanto o "você não viu, não sabe como é", por favor ,divida sua experiência. Se é assim, se tem de ver pra crer, explique-nos. Porque a minha experiÊncia foi de um pai que teve pedir de joelhos pra sua namorada não tirar o filho. O aborto não é uma questão apenas feminina.

Anônimo disse...

Branca

Aí entra a discussão da moralidade. Eu particularmente sou contra o aborto (aliás, acredito que todos aqui sejam, ninguém acha legal abortar, pois é interromper um processo de vida em formação, ainda que essa vida se forme depois) mas sou a favor da legalização, pois aborto é uma questão de saúde pública, não criminal.
Sou a favor da vida, logo não quero que mulheres morram em clínicas clandestinas por aí. Não acho justo que essas mulheres morram por causa de uma não-vida que poderá de transformar em vida em potencial que poderá se transformar em vida.

Lívia Ferreira disse...

Olá Lola.

Sempre acompanho seu blog. Quase nunca comento, mas dessa vez resolvi comentar porque para mim o texto foi bem fraco.

1º Sou contra o aborto. Sou cristã, pró-vida. Se uma amiga me perguntasse, eu tentaria convence-la de não abortar.
2º Sou a favor da legalização do aborto.Pois creio em um estado laico e que todos tem direito à escolha e principalmente à proteção e saúde.
3º Um erro não justifica o erro. Então, para mim os argumentos do texto não justificam um aborto.
4º Argumentos muito mais válidos seria: E se meu filho for um estuprador? E se meu filho matar seu filho? E se meu filho beber e dirigir bêbado? Se é pra falar de "e se" vamos olhar pra todos os lados.
"E se for" não é "é". E se o mundo fosse perfeito e todas engravidassem só porque quer um filho?

Achei o texto bem bobinho. Na minha opinião você já selecionou melhor suas repostagens.

Anônimo disse...

"Ou as feministas vão querer forçar os pais não tem direito de escolha na gestação a pagar pensão alimentícia também? Se vocês disserem que sim, vai quase bater o recorde mundial de incoerência. Afinal, não tem direito de opinar sobre o aborto, mas tem que sustentar pela vida toda!"

Se a mulher escolher não fazer um aborto mesmo que seja a vontade do pai, ele deve sim pagar a pensão alimentícia. A criança vai nascer, não tem culpa e ele estará arcando com a responsabilidade de pai.
Fazer um aborto não é como cortar o cabelo ou restaurar um dente, é uma decisão difícil, é dolorido demais para a mulher, ninguém faz aborto por gosto, não é justo que os homens possam simplesmente dizer que não vão pagar pensão para o filho pq preferiam o aborto.

Dri Caldeira disse...

Branca - o motivo pra se abortar pouco importa, ninguém faria uma coisa dessas por prazer. Cobrar atitude da mulher diante dessa situação é desumano, somos tratadas como criminosas, quando em qq circunstância, somos as verdadeiras vítimas. Não querer ter um filho pq se é jovem, ou pq se queira subir mais na carreira ou por que não se queira engordar, ainda que eu ache egoísmo, pois a gravidez PODERIA E DEVERIA ter sido evitada é direito da mulher, pois ela sabe o que quer para o futuro dela e dessa criança. A minha experiência Branca, foi traumática, trágica. Alguns dias atrás eu disse a Lola q iria mandar um email e que ela poderia usar como guest post, só que eu ainda não conseguia fazê-lo. A discussão sobre o aborto, Branca, vai além de leis do céu e da terra, de ser moralmente condenável ou não, de não deixar vir ao mundo uma pessoa que poderá ser boa. É uma violência tão grande contra mulheres, que depois do aborto, alguma coisa morre dentro da gente, principalmente nossa capacidade de amar.

Bizzys disse...

Ótimo texto, Lola!

Li um texto no tumblr da Riot outro dia, que também aborda esse tema. É perfeito para esses "pró-vida" que só se importam com o feto, mas depois que a criança nasce...
Não sei se você leu, segue o link:
http://theriotmag.tumblr.com/post/19742386909/stfuconservatives-let-me-tell-you-some-things

Branca disse...

Carolina

Essas mulheres não morrem por causa da vida em potencial. O feto está aí. Só existe. Não tem culpa de nada - nem está totalmente formado, vai ter culpa de quê? Ele não pensou, "vou grudar na parede do útero e crescer, só pra zuá". Entende?

Eu poderia ser a favor da legalização do aborto, SE eu não soubesse que a maioria dessas mulheres queria ter o filho mas abortam porque não tem condições. Oras, não é melhor da condições para que elas possam criar o filho decentemente, do que simplesmente liberar "e o problema é de vocês"

Se eu ou você engravidarmos e quisermos ter o filho, pedimos ajuda à quem? Se nosso país não ajuda as mulheres grávidas, vai ajudar a abortar? Não, não. É uma solução tão fácil que beira ao controle social dos livros de Aldus Huxley.

Defenderei a legalização do aborto, sim, mas só se derem condições adequadas pras mulheres grávidas terem a OPÇÃO de seguir com a gravidez, sem sofrer tanto. Cheguem aí e a gente conversa.

Engenheiro Emerson (Dublê) disse...

Eu tenho uma comunidade no Orkut em defesa do aborto de mulheres negras.

Menos um bandido no mundo, menos um pretinho com uma arma na mão.

Os impuros não podem me tocar.
Os impuros estão tocando o bumbum do meu füher.
Morte aos impuros.
Bomba na UnB.

Anônimo disse...

Sobre o direito de escolha do pai: já que a gravidez se dá no corpo da mulher, este homem teria ser o único responsável pelos gastos, não é? E se a mulher correr risco de vida, como fica? O homem se responsabilizará por sua morte? Ou por eventuais sequelas de um parto arriscado? Tem que ver bem isso dai.
Outra, muitos homens simplesmente somem, não pagam pensão nem nada disso.
A maioria dos homens que pagam pensão são os que assumem suas responsabilidades de pai, os que não querem não pagam. É assim na prática (não na teoria), e as exceções confirmam a regra.

Anônimo disse...

"Se a mulher escolher não fazer um aborto mesmo que seja a vontade do pai, ele deve sim pagar a pensão alimentícia. A criança vai nascer, não tem culpa e ele estará arcando com a responsabilidade de pai.
Fazer um aborto não é como cortar o cabelo ou restaurar um dente, é uma decisão difícil, é dolorido demais para a mulher, ninguém faz aborto por gosto, não é justo que os homens possam simplesmente dizer que não vão pagar pensão para o filho pq preferiam o aborto."

Depois feminismo prega DIREITOS IGUAIS.
Tá certo. E tem gente que acredita nessa.

Cris Lasaitis disse...

Eu responderia que "câncer" são centenas de doenças diferentes, para as quais todos os dias se encontram novos tratamentos e que nunca irá existir uma ÚNICA cura. E o perguntador saberia disso se tivesse tido a oportunidade de estudar mais.

E completaria que todas as pessoas têm potencial para contribuir com algo para a humanidade, mas as condições para que elas o façam raramente se aplicam.

Aquele menino pedindo esmola na esquina poderia ser um Mozart, mas e?

É nossa responsabilidade criar condições para aproveitar o máximo das capacidades humanas, enquanto lamentar por aquilo que poderia-ter-sido-e-não-foi não nos leva a lugar nenhum.

Filhote de Urubu disse...

26/03/2012 - 10h11
Doze pessoas são baleadas em festa de música eletrônica no DF


Avante Sanctos.

Kra Kra Kra
500 mil não nos fez falta.

Uma festa de música eletrônica terminou com 12 pessoas baleadas na madrugada desta segunda-feira em uma chácara em Ceilândia, cidade-satélite de Brasília (DF). Os disparos teriam sido feitos por dois homens, que fugiram. As informações são do "DFTV", TV Globo.

Segundo testemunhas, cerca de cem estudantes da UnB estavam no local quando ocorreram os disparos. As vítimas foram socorridas e nove delas foram encaminhadas para o Hospital de Ceilândia, duas para o Hospital de Taguatinga e uma para um hospital da rede particular. Nenhuma delas corre risco de morrer.

Branca disse...

Dri... nossa. Eu sinto muito pelo que tenha passado com você. Sinto de verdade. Ninguém merece passar por situações tão trágicas e horríveis, principalmente porque não há caminho certo.

Mas se você mesma diz que depois do aborto, morre a capacidade de amar... Dri, o aborto em si é uma violência contra a mulher, em muitos, muitos casos. Porque em muitos desses casos, a mulher quer o filho, mas não pode por mil fatores. Então, além da invasão que é o procedimento, expelir algo dentro de você, e do preconceito de quem te julga, há a dor da mulher que n4ao queria fazer isso, mas faz.

Não seria melhor que houvesse uma assistência pras mulheres grávidas, algo que funcionasse, e só então a liberalização do aborto praquelas que de verdade não querem nem tem opção?

E ademais, as que fazem pelos motivos que vc acha egoísta... olha ,meu avô morreu faz pouco. Foi horrível. Foi um acidente. Sofremos muito, minha mãe entrou em depressão, e ainda por cima não estávamos todos morando na mesma cidade. Destrambelhou muitos planos... e muitos avanços na falta de estabilidade emocional de meus familiares.

Mas a vida... continua. Apesar dos acidentes de percurso. Por isso não... não acho justo, nem certo, abortar por um erro de percurso.

Anônimo disse...

Branca

Defender a legalização do aborto e defender melhores condições de saúde para mulheres grávidas não são excludentes, pelo contrário.
E muitas mulheres morrem em decorrência de abortos mal-feitos. A falta de apoio, de condições de saúde (inclusive psicológicas), de instrução, fazem isso.
Tratar essas mulheres como criminosas ajuda em quê? Não é numa clínica clandestina que essas mulheres encontrarão apoio. Muito melhor é que essas mulheres possam ir a hospitais sem medo, sem vergonha. Isso só vai acontecer quando a vida e a dignidade dessas mulheres forem levadas em consideração e não somente as não-vidas que poderão vir a ser vidas em potencial que poderão vir a ser vidas.

Dri Caldeira disse...

Branca - tb não acho, mas no meu caso era inevitável, eu não suportaria olhar para a criança. Ainda que eu a entregasse para a adoção, a existência dela seria uma prova do que eu passei. O motivo pelo qual eu não gosto de comentar sobre o que me aconteceu é que normalmente as pessoas sentem pena e detesto isso. Ou raiva e me chamam de assassina. Mas não sou uma criminosa. Só sou uma mulher a quem mataram o desejo de amar.

Branca disse...

Carolina

Não, não são excludentes, mas isso não se vÊ nos argumentos a favor do aborto. Tudo oque se vÊ é "o corpo é MEU e eu faço o que quero", ou "você nunca passou por isso, não sabe o que é", ou "ser mãe é uma construção social". Eu não vejo ninguém falando Por uma reforma no trato com as famílias em potencial e auxílio à gestante, em todos os sentidos.

Porque Carol (posso te chamar assim?) tudo bem. Aborto legalizado. Eu vou decidida a abortar, e depois de conversar com as assistentes sociais mudo de ideia. Quero meu filho, mas ainda não tenho dinheiro, o pai se picou, me expulsaram de casa. E aí? Faço o quê?

Se n4ao há uma estrutura nesse sentido, defender o aborto é simplesmente empurrar todos os casos de gestação complicada por x ou por y para essa solução, e se quiser ter - se f*de aí.

Anônimo disse...

Lola, que tal um post sobre a cultura do falso estupro e o ex-bbb Daniel? Que tal falar das falsas acusações que destroem a vida de muitos homens? Do Daniel que mal podia sair na rua porque foi execrado como "estuprador" e agora, depois das declarações da "vítima" de que tudo foi consensual e consciente, ele tem que se reinserir na sociedade?
Isso foi só um exemplo que vimos na televisão, mas acontece diariamente.

Mas beleza, homens podem ter suas vidas destruídas, né.

Roger disse...

É sempre bom responder com uma ou duas perguntas do tipo: e se essa criança fosse um assaltante/sequestrador e você/sua família fossem a vítima? Quais são as reais chances?

Branca disse...

Dri, não tenho pena, porque já te vi comentando muito aqui no blog e se nota que é uma pessoa forte de de opinião. Ainda mais, é um ser humano que sobreviveu a uma situação pavorosa pra maioria das pessoas. Não tenho pena de gente forte. E todos devem respeitar quando uma pessoa cai num beco sem saída. O problema é quando há saída. Mas o passado é passado, e não vale a pena julgar, porque o dano maior foi todo pra você.

Espero que você reencontre o desejo de amar.

Anônimo disse...

Branca

Defendo a legalização pois ela representa também melhores condições de vida para a gestante. Como você disse, mulheres podem encontrar apoio e desistirem de abortar. Isso não acontece em clínicas clandestinas, tampouco se mulheres forem consideradas criminosas por abortar. A proibição do aborto é um obstáculo para que essas mulheres sejam tratadas com respeito, ao invés de serem tratadas como criminosas.
Defender a legalização não é defender oba-oba, ou a "solução mais fácil", ou "o corpo é meu e pronto", pelos menos não pra mim e pra muita gente.
.
Argumentos rasos existem dos dois lados. Também ouvi coisas incoerentes, como: "a mulher que aborta é uma assassina", ou "a mulher que aborta merece morrer e eu sou pró-vida".

Anônimo disse...

Roger tem razão

Pobre deveria ter o direito de abortar os futuros assaltantes. Mas eu acho que o melhor de tudo seria divulgar e incentivar a laqueadura e a vasectomia, já que a lei dá o direito de qualquer pessoa com mais de 25 anos fazer a esterilização.

Anônimo disse...

Jornal de Brasília

A expressão “enxugar gelo”, muito usada por investigadores e delegados da Polícia Civil do Distrito Federal nunca refletiu tanto a realidade como agora. Dos 107 traficantes presos nos primeiros três meses deste ano, na área central de Brasília, nenhum permanece encarcerado, segundo fontes da Secretaria de Segurança. Entre as 2,8 mil pessoas que foram detidas no mesmo período, por algum tipo de delito, apenas 700 suspeitos não conseguiram se livrar das grades.

http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/noticia.php?id=395988

E vocês acham que o nosso füher ficará preso mais do que uns 30 dias? Em breve estaremos de volta e muito piores. kra kra kra kra kra kra kra

Branca disse...

Carolina

Nunca, em nenhuma parte, eu vi uma argumentação utilizando melhores condições de vida para a gestante no discurso pró-escolha. Vi em defesa do respeito para a mulher que aborta, mas não em defesa das que desistem de abortar, ou pior: das que estão em dificuldades e nem pensam em tirar, que têm de sair da escola, que não têm creches públicas onde deixar os filhos...

Defender a legalização não é defender o oba-oba, não disse isso. Só disse que é uma solução incompleta, e que tampouco induz a algum tipo de reflexão coletiva a respeito do impacto do aborto e da questão da vida em potencial. Você perde balizas se não tem algum tipo de educação envolvida. Não é apenas ajuda financeira, nem apoio psicológico. É um verdadeiro apoio moral.

O argumento de muitos pró-vida é retrógrado e reacionário, e não estou de acordo. A diferença é que aqui neste espaço são imediatamente identificados como argumentos rasos, enquanto o do "o corpo é meu" é considerado de esquerda e defendido. =/

Anônimo disse...

Ops, acabei não respondendo, pode chamar de Carol, sim :)

Anônimo disse...

Achei o argumento um pouco estranho porque porque uma pessoa que é vítima da violência, da pobreza ou da doença não equivale a uma pessoa que não nasceu e que esse não-nascimento foi uma opção pessoal e intransferível da mulher que escolheu isso.

Sou a favor do aborto porque não acredito que impedir um nascimento não desejado é igual a morte. Antes abortar do que deixar nascer colocar na rua sujeito aí sim a morrer de fome, doença, violência ou ainda não morrer de nada, viver mas em condições sub-humanas, sem educação, sem saúde, sem mãe e sem amor.

Anônimo disse...

Lívia Suelen disse... 26 de março de 2012 14:07
Sempre acompanho seu blog. Quase nunca comento, mas dessa vez resolvi comentar porque para mim o texto foi bem fraco. . . . . .
Achei o texto bem bobinho. Na minha opinião você já selecionou melhor suas repostagens.

>>> E qdo eu acho ótimo a LoLa ter dado um break em textos longos e posta algo assim como o fez hoje.. texto curto, porém que faz a gente pensar bastante, alguém que SEMPRE acompanha os texto, mas mas QUASE NUNCA comenta, comentou hoje... texto curto, mas de grande valor, comentou pra desgostar... dá o que pensar, sabe?

e Se Steve Jobs tivesse sido abortado? (filho de mãe solteira)

e Se Obama tivesse sido abortado? (filho de casal interracial)

e Se Jesus tivesse sido abortado? (filho de mãe solteira)

e Se Idi Amin Dada tivesse sido abortado? (muçulmano genocida)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Idi_Amin

relaxa, minha gente.

Anônimo disse...

Branca

É exatamente isso que defendo, a qualidade de tratamento em todos os casos. O fato de eu ser a favor da legalização não quer dizer que eu não defenda também melhores condições de saúde para as grávidas. O Estado deve dispor de condições para que as mulheres que decidiram optar pela gravidez tenham qualidade de vida. Ser mãe não deveria ser um obstáculo para a vida profissional.
O que eu argumento é que tal visão de respeito não existe enquanto a gravidez for considerada uma punição para a mulher sexualmente ativa, que é o que muitos pró-vida defendem. O comum é: defender a vida intrauterina, mas se a mãe tiver dificuldades, soltam um "te vira, magrão" e pronto.

Branca disse...

Carol

É, mas isso você vê dos dois lados. A gestante perde igual. Os pró-vida falam que tem de ficar com o filho, mas depois que nasce, ninguém se importa. Os pró-escolha dizem que, se não tem condições, melhor tirar logo pra não dar problemas sociais no futuro, porque né?, quem pariu Mateus que o embale, você TINHA opção de "seguir seus sonhos".

De uma forma ou de outra, a gestante é a que mais se ferra. Por isso acho que o cuidado com a gestante e seu entorno (o pai, os eventuais filhos, os pais dela E DELE) deve ser prioritário à legalização do aborto, depois de recolher dados a respeito do impacto dessas medidas.

Carol M disse...

Branca, melhores condições para aquelas que desejam ter seus filhos são essenciais. Mas uma legalização do aborto não iria impedir isso.

Na formação do tubo neural não há atividade cerebral ainda, as células nervosas nem ao menos começaram a se diferenciar. Aquele grupo de células que forma o embrião é tão individual e senciente quanto o seu baço. Pesquisadores britânicos mostraram que fetos são incapazes de sentir dor ou sofrer antes de 24 semanas. http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1604234
Isso é o dobro de tempo do que se pede para legalização do aborto.

Uma mulher engravida por acidente (ou qq outro motivo) e decide que não quer ter aquele filho, o que ela precisa? Condenação, julgamento por terceiros, clandestinidade ou apoio moral, alguém que a escute, que a ajude a pensar sobre o tema e uma forma segura de levar sua decisão à diante?

Outra coisa, uma gestação é algo difícil. Acho totalmente desumano obrigar alguém a lidar com tantas mudanças no próprio corpo contra sua vontade. Isso é de uma violência que ignora o sofrimento pelo qual esta mulher vai passar.

vivianne disse...

Texto excelente, se o mundo ficasse vivendo do 'e se', não teríamos avançado em nada.

Anônimo disse...

a pessoa, só pra contrariar? ou pq já anda contrariada/o? pega um exemplo raríssimo de acontecer... um homem defendendo o nascimento de um bebê que a mulher quer abortar... xalapralá... se isso acontecesse com frequência, se os homens fossem todos dados a assumir a gravidez indesejada, daí sim valeria a pena questionarmos o caso... mas, hellowwww.... acorda ou a corda pq a realidade é bem outraaaaaaaaaaaaaaa.

Branca disse...

Carol M, essas pesquisas dobre a vida intrauterina mudam a cada 2 dias. E olha que eu sei, porque é um tema que me interessa e pesquiso muito...

Uma mulher que engravida por acidente (coisa rara de acontecer, com métodos contraceptivos por aí, mas enfim, podem falhar) precisa, primeiro, ter o apoio daqueles ao seu redor. Para isso, faz falta uma educação generalizada para homens e mulheres para lidar com a situação com responsabilidade, coisa que a legalização do aborto, por si, não proverá (porque se foca exclusivamente na mulher).

Depois de ter um seio onde se apoiar, ela precisa sim de um apoio, um ombro amigo e uma opinião profissional. Precisa, acima de tudo, de opções. Precisa ser corretamente instruída no que consiste a adoção, o aborto e o seguir adiante com a maternidade. E precisa estar segura de que receberá ajuda em qualquer caminho que tome, mesmo que seja seguir com a gravidez sem ter condições para tanto. Porque entenda, as clínicas de aborto nos países ricos não te orientam tão bem se você decide FICAR com o bebê.

E eu acho desumano que as pessoas morram, pronto, falei. Acho desumaníssimo menstruar também, ugh. Odeio injeção, acho horrível que me piquem. Mas o que eu acho mais desumano é condenar essa criatura dentro de você, que está se formando - e que estará poucos meses aí, e depois você pode dar pra adotar - à não-existência.

A maioria das pessoas a favor do aborto seria incapaz de dar um abortivo à sua cadela ou gata se pegarem cria na rua. São cachorros e gatos, e ainda por cima nem formados. Como você faz isso à sua própria espécie?

Branca disse...

Lis, eu estava falando com a Dri, para rebater o que ela diz de "eu sei o que acontece, você nunca viu uma mulher assim", pensando que ela se referia a terceiros. Se é por experiência, a minha é de um amigo que pediu pra namorada ter o filho e assumiu a menina por completo. Estava rebatendo um argumento e expondo que talvez o aborto não seja SÓ um problema feminino. Só isso.

Não se meta onde não é chamada, se não tem histórias pra contar da "realidade!.

Niemi Hyyrynen disse...

Não vejo muita diferença por exemplo quando os pró-vida vem com a idéia de impor a gestante que antes de abortar ela deve-se ver um ultrassom ou as tais aulas de "religião" que eles gostariam de colocar na grade curricular de qualquer escola PUBLICA.

Mas uma aula sobre tolerância e diversividade ou a mera menção a um aborto é contravenção né? É imposição...

Acho que muito além de fetos ou de
"se" ou "e/ou" deveriamos falar de livre escolha, acho engraçado esse papo de Deus criou o livre-arbitrio*

*menos pra mulher.

Anônimo disse...

Branca

Não discordo de você, tampouco disse que a legalização do aborto é mais importante do que a atenção à saúde das gestantes. A legalização seria parte desse cuidado. Se a gestante é a parte mais fraca, e se ferra dos dois lados, a atenção deve ser na saúde dela, fator que englobaria a saúde do embrião, feto e recém-nascido.
O problema é que a mentalidade da maioria precisa mudar. Gravidez não deveria ser relacionado à moralidade sexual da mãe. O filho não deveria ser visto como punição para a mulher sexualmente ativa "tomar juízo", e as mulheres que abortaram não deveriam ser vistas como criminosas.
.
Resumo da ópera: acho que chegamos em um ponto em comum, que a saúde da mulher grávida é o principal, e que o resto decorre disso,

Branca disse...

Carolina, eu acho que todo mundo deveria tomar juízo, homens e mulheres, porque a Revolução Sexual já foi há muito tempo e o mundo gira. Mas é muito bizarro condenar a mulher apenas, como se estivéssemos no século XIX. Não há senso de responsabilidade, e tudo cai na mulher. O que temo é que a legalização do aborto, apesar de melhorar a saúde e as condições das abortantes, diminua mais ainda a questão da responsabilidade sobre uma criatura viva. Já a perdemos durante a modernidade em relação ao meio ambiente, imagina se a perdemos em relação a nós mesmos..?

Não sei se estou divagando, mas às vezes acho que o feminismo está lutando com a melhores intenções mais pelo lado errado.

É. Gostaria que as outras pessoas também vissem que não é "a mulher" ou "o bebê", mas a GESTANTE, a que ficou com o menino na barriga. Que é tão idolatrada, mas tão abandonada. *suspiro*

Anônimo disse...

Branca

Olha, posso estar enganada, mas não vejo essa desvalorização da responsabilidade sobre a vida humana nos países que legalizaram o aborto.
De qualquer modo, a luta por melhores condições de saúde (uma luta também feminista) não desvaloriza essa responsabilidade.

Roxy Carmichael disse...

achei o texto excelente. penso que é por aí que devemos tratar o tema. devemos pensar nas pessoas que nasceram mas é como se não existissem, como se fossem alienígenas, como se fossem estorvos incômodos que temos de desviar de seus corpos (esses com cérebro diferentemente de um feto de menos de 12 semanas) quando dormem nas calçadas. vamos parar com essa hipocrisia que "defendemos a vida" daqueles que não podem se defender. aqueles que não podem se defender NÃO são as celulas que se desenvolvem dentro da barriga da mãe. são as pessoas que não tem SEQUER o que comer. pessoas que precisam garantir a sua sobrevivência e não tem tempo de pensar sobre sua existência. eu quero realmente defender o direito DESSAS pessoas, pois elas nasceram e são tratadas como LIXO. acho de uma hipocrisia tremenda essa fetichização do feto, de defender a vida do feto, enquanto tem pessoas MORRENDO de fome. quer imoralidade maior que essa?gente que morre de fome e todo mundo acha normal? e sinto muito, mas os pró-vida não se preocupam com essas pessoas e ninguém vai me convencer do contrário. porque os pró-vida deveriam defender todas as vidas sem distinção: desde os presidiários esquecidos nas piores condições de existência, às crianças que morrem vítimas de grupos de extermínio, as milhares de crianças à espera de adoção, pq a maioria dos casais quer adotar crianças BRANCAS. eu não vejo essas pessoas pressionando o governo, abrindo ongs, instituições de caridade, dando aulas na sala da siua propria casa pra garantir que essas pessoas tenham educação. e por que diabos os pró vida não se preocupam com a mulher que é um ser humano que está suscetível à falhas como todos os humanos?as pessoas em idade fértil engravidam pelos mais distintos motivos. vocês que acham que a mulher deve ser punida pq engravidou tb acham absurdo distribuir medicamento gratis pras pessoas soropositivas? afinal existe preservativo, quem contraiu hiv deve se ferrar?é por aí?
porque no fim das contas a questão de ser contra o aborto é basicamente uma questão de punir a mulher que tem vida sexual. de entender a mulher como cidadão de segunda classe, irracional que não sabe sequer prevenir uma gravidez com tanto método contraceptivo disponível. por fim eu gostaria de perguntar aos pró-vida se eles estão lutando também pela proibição e retirada das pílulas do dia seguinte do mercado?porque assim, a vida não aparece na concepção?a vida em potencial não deve ser preservada e defendida?pois a pílula pode ser tomada até 3 dias após o ato desprotegido. e aí?

Branca disse...

Carol

o que quero dizer é simplesmente assumir consequências de atos, entende? A vida humana está cada vez mais fácil. Já estou vislumbrando um futuro tipo Wall-E ou Admirável Mundo Novo... onde o sexo perderá por completo sua função reprodutiva pra ser apenas fonte de prazer imediato, o que gradualmente fará com que se perda um laço afetivo que se constrói com o sexo, mas não exclusivamente nisso.

Teremos filhos em potes e procriar será considerado nojento. =/

Acho que todo mundo deveria ler esse livro.

E gostaria que a luta por melhores condições de saúde a ambos sexos fosse uma bandeira feminista tão visível como o da legalização do aborto...

Unknown disse...

Lola adorei suas respostas.

Roxy Carmichael disse...

BRANCA
me desculpa
mas a vida não é valorizada.
e não é porque as pessoas fazem aborto clandestino, que erroneamente muita gente acha (espero que não seja o seu caso) que mulheres que fazem aborto o fazem como quem troca de camiseta. insisto, vamos parar com a ficção científica do huxley e pensar no que tá acontecendo agora?tem crianças morrendo de fome, tem presidiários dividindo a cela entre 50 pessoas onde deveriam caber 5, tem adolescente sendo jogada na cela masculina e sofrendo estupros coletivos, então assim, a vida NÃO é valorizada e devemos recuperar os valores com essas pessoas que JÁ existem e que vivem em condições SUB-HUMANAS.

Branca disse...

Hm, Roxy, a gente poderia passar a noite conversando sobre isso, mas alguns pró-vida estão bastante preocupados com as crianças que estão nessa situação de vulnerabilidade... e era o que estava falando com a Carol, que não adianta você encarar a coisa como aborto/não aborto sem prover oportunidades para a família se desenvolver de maneira digna, com um trabalho e apoio suficientes. Ou seja, condições para cuidar de uma futura família.

E a isso posso adicionar a falta de estímulos para a adoção enquanto a cada minuto surge uma clínica de fertilização in vitro, a falta de educação afetiva-sexual do mundo ocidental, a hipocrisia de pensar que o problema do aborto é exclusivo da mulher, quando deveria ser de todos ao seu redor também - e muitas gestações poderiam ser evitadas.

E sinceramente, Roxy... eu também não vejo muitos "pró-escolha" fazendo essas coisas de caridade, ongs, aulas, etc. Nem pró-vida. Eu vejo PESSOAS que fazem isso e pessoas que não fazem. Você faz? Eu faço.

E a pílula do dia seguinte não funciona se há concepção, ou seja, se o zigoto já se implantou. Funciona se houve fecundação sem implantação, e isso não é concepção.

Anônimo disse...

Branca

Assumir as consequências dos atos é uma coisa, defender a legalização do aborto é outra. Não é porque defendo a legalização que acho que as pessoas não deveriam assumir as consequências pelo o que fazem, mas não concordo com a demonização da mulher grávida nesse sentido.
Você sabia que a defesa do parto humanizado é uma bandeira feminista tão visível e polêmica quando a da legalização do aborto?
Sabia que 1/3 das mulheres sofrem violências na sala de parto? Sabia que uma das frases mais ouvidas por mulheres em trabalho de parto é "se não gritou para fazer, não grite agora"?
Não defendemos somente o respeito às grávidas que abortam, mas o de todas as mulheres.

Anônimo disse...

Esses patifes que se dizem pró-vida, não estão nem aí para milhares de crianças esparramadas pelas ruas, esmolando, cheirando cola, assaltando, se prostituindo, traficando, bebendo, se drogando.....
São apenas patifes e hipócritas.
Já disse aqui mas repito, se homem engravidasse, o aborto seria um dos dez mandamentos!

Sara disse...

FLAVIO MOREIRA vc sintetizou tudo o que um ser humano que tenha o mínimo de conciencia deveria pensar, parabens...

Roxy Carmichael disse...

o que eu vejo são pró-vidas que votam ou deixam de votar em políticos pela bandeira que levantam em relação ao aborto (preciso lembrar da lama que foi a eleição de 2010? em que a atual presidenta teve a sua candidatura seriamente prejudicada porque parte do eleitorado não estaria nem um pouco disposto a votá-la mesmo se ela defendesse bandeiras de bem estar social, caso ela se mostrasse favorável ao aborto, ou seja, um eleitorado que iria votar pensando nessa bandeira e NÃO na questão que é ÚNICA que importa que é a desigualdade social)
o que eu vejo é a esposa do opositor da dilma, condenando-a por ser a favor da descriminalização do aborto, tendo realizado um aborto no chile nos anos 70.
o que eu vejo é a bancada religiosa chantageando o governo sem o menor constrangimento. o que eu vejo são os pró-vida querendo encerrar o assunto com "mulher que aborta é assassina, simples assim", enquanto suas respectivas mulheres abortam e tem atendimento digno porque tem grana, enquanto as mulheres pobres morrem, mas a morte de pobres não costumar chocar muito os pró-vida...

Dri Caldeira disse...

Se servir de alguma coisa, eu não fui em clínica clandestina, não era uma "cabeça de porco", um "matadouro" fétido e nojento nos fundos de um bar decadante na grande São Paulo. Fui a uma clínica muito grande, iluminada, limpíssima, super conceituada que existia no bairro da Glória, no Rio de Janeiro. Sim, saí de Santos, fui pro Rio, pq não teria coragem de fazer aqui. As implicações eram muitas, família muito grande e aqui brincamos que a cidade é um ovo, sempre encontramos alguém que nos conhece ou alguém que conheça quem nos conheça. Tirem essa imagem "romanceada" das clínicas de aborto da cabeça, pq a realidade é bem diferente, a coisa é institucionalizada, só que funciona mais ou menos como o jogo do bicho: é crime, só que todos recorrem à ele.

Roxy Carmichael disse...

ao menos não a morte de pobres que já nasceram e não estão se desenvolvendo na barriga de suas mamães

André disse...

Yulia,
Esse argumento é bem fraco (se homem engravidasse o aborto seria legalizado). Homens também morrem e nem por isso a eutanásia é legalizada.

Dri Caldeira disse...

Lembrem-se de que em alguns estados norte-americanos o aborto é legalizado e que sempre eles sofrem ataques de grupos religiosos ou de extrema direita, jogam bombas, ou seus médicos são assassinados à tiros, bem como as pacientes. É tudo uma questão de respeito e amor ao próximo, entender o pq de se chegar nessa atitude tão extrema, coisa que só quem passa por isso é que pode dizer. Sinto muito bater nessa tecla, mas ser simpática à causa é pouco diante do sofrimento que passam as mulheres ricas ou pobres, as pobres, CLARO q sofrem muito mais.

Anônimo disse...

os pró-vida picaretas safados e HIPÓCRITAS, são da chamada bancada de (igreja) que fica pautando o governo querendo por exemplo legalizar o dia do orgulho hétero(???)
como se o hetero apanhasse na rua por ser hetero.... e agora querem criar um terceiro banheiro(???) nos lugares publicos, mas não é uma gracinha?
São os mesmos que não querem que casais homoafetivos adotem crianças abandonadas, não quer a legalização do casamento gay, são os mesmos que são contra o bolsa familia o prouni.
OU seja, a criança lá abandonada nas ruas nem se quer pode ter chance de crescer na vida se depender desses enganadores.
pró-vidas.... ta bom!!! conta outra!

Dri Caldeira disse...

Os pró-vida de plantão, quantas crianças adotaram?

Anônimo disse...

Homens também morrem e nem por isso a eutanásia é legalizada

_______________

se a minha argumentação foi fraca a sua foi ridícula.
tente outra vez.

Niemi Hyyrynen disse...

Andre

Se é assim...homens são estuprados tb mas quase ninguem é capaz de criar empatia por vitimas de estupro, (pelo contrário, algumas pessoas acham é bonito sob algumas circustancias).

Homem tambem morre e nem por isso a eutanasia é liberada, mas o que tem haver? Vc ta tentando fazer relação da morte natural com a eutanasia? (que é uma intervenção).

Pelo seu argumento poderiamos alegar uma série de pérolas como:

Há homens que alegam terem sido abduzidos mas nem por isso todas as pessoas acreditam em E.T

Daniel disse...

Oi Lola, tudo bem? Não tenho uma opinião formada sobre o aborto... Mas este texto tem alguns problemas (o texto, não a questão em discussão ou a posição defendida).

Se o autor quis fazer uma analogia entre "a trans que morreu", por exemplo, e o feto abortado, também está comparando a mãe que abortou com a pessoa que "espancou a trans até a morte". Imagino que não seja essa sua intenção.

Acho que o texto em alguns pontos, no lugar de defender a prática do aborto, criminaliza a responsável pelo ato (talvez, com exceção do último ponto).

De qualquer modo vou continuar acompanhando o debate, parabéns pelo blog.

Anônimo disse...

Ai, que preguiça...
Vamos dar uma aula de por que o aborto não deve ser uma decisão masculina: (coitadinhos dos homens, né? afinal, é sempre a "vagaba" da mulher que "arruma barriga" para "tirar dinheiro" deles por vinte anos. Camisinha, meus caros)
1) o corpo é da mulher;
2) A maior parte dos abortos praticados (sim, eles são feitos todos os dias, apesar de proibido... OOOOOHHHHHHH!) o pai não está dando a mínima para a mulher, menos ainda para o filho!;
3) Na maior parte dos casos, se a mulher tivesse um mínimo de apoio da família, do pai do feto, etc, ela não abortaria.
Então, pobres homens brancos heterossexuais, por favor, usem camisinha e parem de perguntar "ah, mas e o direito do pai?"
Se o "pai" estuprou a mãe, e aí? Vai me dizer que ele tem direito a que ela não aborte, pois "o filho é dele"?
Me poupe.....

Denise disse...

Dri,

Eu sou totalmente pro-escolha, mas a questão da adoção é bem mais complicada no Brasil. Eu tentei adotar, meu perfil estava relativamente aberto (relativamente pois não queria adotar adolescentes) e passei anos esperando. Desisti. No Brasil a mulher não pode entregar a criança para ser adotada, mesmo que a lei diga que sim. Isso causa uma serie de problemas.
Enfim, concordo que uma grande parte dos pro-vida pouco se importa com a mulher ou com a criança após o nascimento. Isso me enfurece.
E adoção não é a resposta para todas as pessoas, você mesma falou. Uma grande amiga minha passou por um aborto anos atras. Ela tinha todas as condições materiais e todo o apoio para ter a criança, inclusive do namorado, se assim ela decidisse. Mas não era a hora para ela. Ela não seria uma boa mãe naquele momento. Ela tem que ter o direito de tomar essa decisão. Mil vezes isso do que esses milhares de pais e mães que não quiseram ser pais mas que acabaram tendo que (mal) criar os filhos. Filho é muita responsabilidade e deveria ser sempre planejado.
Veja, não estou contestando você... Concordo com o que falou, só queria fazer um adendo sobre a questão da adoção.

Clarissa disse...

Achei a discussão entre a Carol e a Branca muito boa! Queria acrescentar que sou contra o aborto, mas a favor da discussão pela sua legalização pela sociedade e pelos seus representantes. E a favor também da IMEDIATA descriminalização.

Sobre a discussão, eu concordo com a Branca quando ela diz que temos que ter melhor assistência para as mulheres gestantes e com filhos recém nascidos. Mas a gente não pode esperar a situação melhorar completamente pra resolver o problema das mulheres que estão grávidas hoje.

É o mesmo argumento que usam os que são contra o bolsa-família. A gente não pode dar o peixe, tem que ensinar a pescar... Bom, se eu to morrendo de fome, me dá o peixe primeiro, depois você me ensina qualquer coisa.

A reeducação da sociedade é um processo que leva tempo, pelo menos algumas gerações. As mulheres sem condições grávidas hoje não tem como esperar esse tempo, elas já não tiveram essa oportunidade.

Também é importante, na minha opinião, o incentivo a adoção e um trabalho no sentido de educar toda a sociedade brasileira para respeitar as mulheres que tomam a decisão de gerar um filho sem querer criar a criança.

Angélica disse...

Ah, a patrulha da moralidade tem certeza que garantir uma gravidez indesejada (em qualquer pessoa que passe por uma) vai dar dignidade e condições humanas a quem nascer.
A patrulha da moralidade vai ter medo de queimar no fogo do inferno se pensar um pouco:
"apesar de todos os esforços dos justos e próbios religiosos e dos justos e próbios legisladores, o aborto acontece sem nenhum tipo de controle de saúde pública. A rica faz aborto e fala que colocou silicone, a pobre faz aborto e não fala nada, porque geralmente tem sequelas inegáveis. Será que não é momento de, por justiça social, por equiparação de direitos e por dignidade o aborto não deva ser tratado como o que é: uma questão de saúde pública?"
Mas é melhor evitarmos aquele fogo do inferno (que virá quando eu morrer, porque eu sei muito bem pra onde vou), caso eu considere que o aborto deve ser tratado com o que é: fato humano, que acontece em todos os lugares do mundo todos os dias e que ser criminalizado não o impede de acontecer.
Não. A Patrulha da moralidade não quer saber sobre a moral d@s que passam por dificuldades, somente quer impor a própria moral a todas as pessoas, não importando nem o contexto, nem a consequência.
________________________
Eu fiz estágio por 2 anos numa delegacia e cadeia pública. Eu vi mulheres sendo presas quase todos os dias, principalmente por tráfico ilícito de entorpecentes e associação para o crime.
Eu nunca, ainda bem, vi uma mulher detida por ter feito um aborto. Mas eu me perguntava o porquê disso:
ou 1. Todo mundo sabe desses crimes e ninguém denuncia;
ou 2. Quem pratica esse crime não é só a mulher grávida, mas em co-autoria com uma clínica hospitalar, um@ médic@, um profissional da área de saúde, um familiar, o pai da criança, que seriam punidos pelas iras da lei na mesma pena que a gestante;
ou 3. A mulher sofre tantas consequências por ter feito tudo errado, por medo, por falta de recursos, que vai para o hospital ou para o cemitério mesmo, não precisa ir para a cadeia.
E quanto às detentas que engravidavam dentro da cadeia? Será que a patrulha da moralidade ia lá defender o direito dela de ter uma gravidez sem perturbações e um parto humanizado?
Eu nuca vi. Eu via era um monte de condenações a essa mulher: "olha que burra! engravidou nessa condição! Será que ela acha que vão facilitar pra ela por causa da gravidez? Tomara que ela se fod** por usar uma gravidez pra ter favorecimentos na cadeia. Quero é ver criar o filho o resto da vida, dentro desse buraco e fumando crack!"
E a patrulha da moralidade só pensa que, melhor mesmo é a detenta gestante arcar com as consequências de ter uma vida tão desregrada! Que ela tenha um filho, pois, e que se vire para criá-lo!

Anônimo disse...

Clarissa

"É o mesmo argumento que usam os que são contra o bolsa-família. A gente não pode dar o peixe, tem que ensinar a pescar... Bom, se eu to morrendo de fome, me dá o peixe primeiro, depois você me ensina qualquer coisa."

Perfeito! Sempre quis falar isso nessas discussões, mas não encontrava as palavras exatas. :P

Angélica disse...

Clarissa

Clarissa e Carolina Paiva,

""É o mesmo argumento que usam os que são contra o bolsa-família. A gente não pode dar o peixe, tem que ensinar a pescar... Bom, se eu to morrendo de fome, me dá o peixe primeiro, depois você me ensina qualquer coisa."

Perfeito! Sempre quis falar isso nessas discussões, mas não encontrava as palavras exatas. :P"

Assino embaixo!

Dri Caldeira disse...

Angélica - não sou rica, mas tb não sou pobre. Eu não disse nada qdo fiz o meu. Eu fiz sozinha, sem ninguém perto, fui, fiz e voltei pra casa. Me explica como que a gente faz pra falar que morreu por dentro?

Caroline J. disse...

Gente, que puta preguiça de galera q ainda diz q o aborto é "uma vida q nem teve chance de se defender"... ai quanto emocionalismo barato...

Eu volto a dizer o que eu SEMPRE digo: "uma vida indefesa" é o caralho. Primeiro, pq vida por vida, tem milhares de vidas indefesas em torno de vc e vc nao liga de matá-las.
O bifinho do seu almoço, as formigas q vc pisa, os espermatozóides q vc descarta no chuveiro, os vermes intestinais q vc mata qdo toma vermífugo, as células da sua pele q morrem qdo vc se machuca. Todas essas coisas estavam VIVAS. Algumas delas, como os animais q morrem pra virar carne, com MUITA senciência e capacidade de sentir dor, muito mais do que o embrião abortado (sem capacidade nenhuma).

Vão se foder! "Vida" tá em todo lugar e eu não tô vendo ninguem defendendo que TODA VIDA É SAGRADA e então não vai comer mais churrasco nem matar barata.
E se for o caso de que SÓ A VIDA HUMANA É SAGRADA e as outras não - o que é um especismo podre - vale sempre lembrar q nenhum bebezinho é abortado no plano de aborto legal. É um embrião antes da formação de seu sistema nervoso. Não sente nem sabe nada. É um monte de células que depois se TORNARIAM um ser humano - mas não o são, da mesma forma q um ovo não é uma galinha e uma semente não é uma árvore.
Ningém é a favor de abortar fetos de 8 meses e meio. Existe um período seguro para isso.
E mesmo assim isso ainda é discutível em casos de risco para a vida da mãe, fetos anencéfalos, etc.
É por isso que o aborto tem q ser legalizado: haverá legislação e segurança no procedimento. Os abortos serão feitos na época certa, antes das 12 semanas, e sem apresentar riscos de vida para a gestante.
Não é possível q isso seja tão difícil de entender. O moralismo burro com raiz religiosa fala alto demais nessa sociedade. Sim - BURRO.

Caroline J. disse...

Ah sim - e vale sempre lembrar tbm, como disseram, que criminalizar o aborto não impede que ele continue sendo praticado.
Ou seja, quem é contra a descriminalização do aborto é a favor da morte de mulheres.
~Simples assim.~

Dri Caldeira disse...

Denise - eu entendo vc, só fiz a pergunta pq é uma defesa sem fundamentação dos pró-vida, a q aprendemos na escola/igreja - é pecado, é uma vida, etc, etc... Quem defende a vida tem que protegê-la tb quando ela já é uma realidade (a criança abandonada) não só qdo. ela é uma "promessa" (o feto).

lica disse...

Não entendi, vc tentou justificar a legalização do aborto, pq tantas outras coisas criminosas e abomináveis acontecem no mundo?
É uma resposta ruim para uma justificativa péssima.
Sou contra o aborto pelo único fato de que existem muitas formas de se evitar uma gravidez. Algumas dessas formas são distribuídas gratuitamente em postos de saúde. Por que nao usar nossa inteligência e medicina antes? Ao invés de usar na hora de tirar uma vida? (Estou perguntando de verdade, pois a opinião de uma pessoa como a você, Lola, a gente para pra rever nossos conceitos)

Daniel disse...

Carol: Vi o seu blog, parabéns pelo seu trabalho, muito bom.

Quanto ao debate, creio que o tom que está adotando é um pouco pesado, pode acabar impedindo que as pessoas possam se manifestar livremente.

Dri Caldeira: Sinto pelo que passou, não imagino o que diria à alguma amiga, não tenho palavras.

Sara M. disse...

Também não curti muito esse texto, coloca como se todo mundo que é contra a legalização do aborto fosse, por exemplo, favorável ou no mínimo completamente indiferente ao assassinato de transsexuais e ao bullying contra gays, o que não é verdade. Pessoalmente, sou contra o aborto, me considero uma feminista, mas sou contra o aborto, a favor da legalização por inúmeros motivos que já citaram aqui, é uma questão de saúde pública. Há os casos em que é dificil acreditar que alguem queira que seja proibido abortar, estupro, feto anencefalo, risco de vida para a mãe,etc. Até alguns anos atrás eu era favorável a legalização do aborto só nessas situações limite, mas quando uma amiga muito próxima achou que estava grávida, minhas certezas caíram, ela tinha 18 anos, era pobre (ainda é), havia acabado de ingressar em pedagogia por cotas, não trabalhava, o então namorado dela ganhava salário mínimo (e sinceramente, acho que o cara ia fugir), a mãe dela é, na minha humilde opinião, uma doente religiosa hipócrita, que muito provavelmente expulsaria minha amiga de casa se ela de fato estivesse grávida. Minha amiga, católica, se estivess realmente grávida, teria abortado, sabe-se lá como, poderia ter acabado mal, ela não tinha grana para ir a uma clínica clandestina, pesquisamos chás na internet, sim, pesquisamos, era eu também uma hipócrita, fui contra o aborto até uma pessoa próxima e sem opções ser esfregada na minha cara, ai segurei meus julgamentos (de chama-la de irresponsável, que no caso foi o que ela foi) e tentei ajuda-la, se tivesse sido preciso eu teria ido pessoalmente buscar alguma substância abortiva para ela.

Anônimo disse...

Depois do que a Dri Caldeira falou, acho que tod@s temos que nos recolher à nossa insignificância.
Sou "pró-escolha" ("pro-choice"), sempre fui, mas sou pessoalmente contra o aborto.
O que isso quer dizer? Isso quer dizer que eu entendo que deve ser legalizado, que as mulheres devem ter o direito de fazer num ambiente digno, como uma pessoa de classe média para cima faz.
Exceto por causas extremas EU não abortaria (por convicções pessoais e religiosas), mas não condenaria ninguém por abortar.
Como disse a Dri Caldeira, ninguém sabe o sentimento de uma mulher que, por qualquer motivo, tem que passar por isso.
Mas as pessoas se esquecem que Deus, para o bem ou para o mal, se Ele existe (eu acredito que sim), nos concedeu o LIVRE ARBÍTRIO.

lica disse...

Realmente não entendi o ponto. Vc está tentando justificar o aborto, pois várias outros crimes acontecem no mundo? É lamentável que uma criança seja vendida para o tráfico, se ela descobrisse ou não a cura do câncer, assim como é lamentável o aborto.

Sou contra o aborto pelo único fato de que temos muitos meios de prevenir uma gravidez. Inclusive alguns desses meios são distribuídos gratuitamente.

Por que nao usar nossa inteligencia e medicina antes da concepçao indesejada, ao invés de usar depois, para matar o feto?

Gostaria realmente de usar sua opinião, Lola, uma vez que tenho suas opiniões em alta consideração para rever as minhas.

Angélica disse...

Dri Caldeira, é verdade.

A questão é muito maior que inventar um crime e colocá-lo nas mãos da polícia para resolver.

Imagine se a polícia tem condições de perseguir abortos feitos todos os dias no Brasil?

Imagine só: é a instituição policial que vai cuidar de você depois de ter morrido por dentro, caso alguém fique sabendo que você fez um aborto e grite aos sete ventos para te denunciar.

Vê?

Isso não é assunto para a polícia, minha gente! Isso é um assunto muito mais profundo do que o Brasil ignorar o problema falando que já está resolvido - ah, se está criminalizado, já está solucionado.
Não!
Isso é uma estupidez sem tamanho!
Não é assim que vamos chegar onde os abortos acontecem, e muito menos nas condições que essas mulheres ficam antes e após o aborto.

Anônimo disse...

Branca disse... 26 de março de 201215:11
Lis, eu estava falando com a Dri . . . . Não se meta onde não é chamada, se não tem histórias pra contar da "realidade!.

>>> Branca, de Neve, sua resposta tava muito bem obrigada, até vc encerrar com a última frase que demonstra nada mais e nada menos do que modelo de diálogo das novelitchas mexicanas e brasileiras, que pena! Sério mesmo que a primeira parte da sua resposta estava boa, pra finalizar com essa pequenez?

Daniel disse...

Sobre a discussão, acho difícil defender estas duas bandeiras opostas.

Uma que defende o aborto em qualquer circunstância e outra que não o permite, indiferente do caso...

Julgo necessário que se encontre uma resposta que atinja todos os casos, leve em conta também (além da saúde física) fatores sociais e psicológicos

Quem sabe permita que uma mãe tenha em escolha e apoio em casos extremos (ainda preciso definir o que seriam estes casos extremos, realmente não sei) mas não permita que se torne um ato trivial, feito até mesmo por impulso, o que também é preocupante, mesmo para a saúde da mulher.

Uma discussão saudável pode realmente trazer respostas conciliatórias.

Iago Farias disse...

olha dona Lola eu sou fã do seu blog adoro as coisas q vc escreve mais pow aborto , aborto ?
o q é isso agora ??
porque aborto , vcs tem noção de que maldade é essa , isso não tem graça , não importa quão pobre a pessoa seja , quão deficiente ou sei la a vida ruim ou boa q ela leve , e ai eu te digo , todo mundo tem o direito de nascer ,m eu não sou religioso e nem estou fazendo apelo religioso , mas Deus , a pessoa que acredita em Deus sabe do que eu to falando e pra quem é ateu , eu sei que tem muito ateu que tem coração , religião ou fé não define carater , mas isos é demais , eu nem vou falar por que , o ser humano queria quebrar valores , ja quebrou , queria que aceitassemos as pessoas que se relacionam com pessoas do mesmo sexo , ja aceitamos , que eles se casassem no civil e religioso , ja conseguiram , que as pessoas façam o que bem entenderem , que vivam da maneira que quiserem tudo bem , mas aborto , é homicidio , vocês não podem falar de um assassino se vcs tiverem feito um abroto , se vcs fizeram um aborto , vcs tambem são assassinos , vcs tbm mataram um ser humano , pq apartir do momento q ele o esperma encontra o utero e se forma um feto , ele ja é um ser humano , vcs n tem o direito de fazer isso , se os moderninhos querem transar sem proteção , pegar um monte de doenças , engravidar varias vezes , é um direito seu , quiserem ser transformistas , quiserem virar homossexuais , bi , tri , tetra , penta sexuais , fiquem a vontade , mas se fizerem aborto devem ir pra cadeia , porque aborto é crime e se legalizarem o aborto eu mesmo vou a rua protestar contra isso pq isso é desumano , não tem graça , independete da vida ruim q a pessoa leve , TODO MUNDO TEM O DIREITO DE NASCER.

Angélica disse...

Uma das piores barbaridades que eu escuto sempre que cai no tema 'Aborto, uma questão de saúde pública', é o simples caso da mulher que quer decidir sobre o próprio corpo. Daí vem o guardião da moral e dos bons costumes e diz: "na hora do sexo tava bom e você nem pensou, agora não quer ter filho? É bom para você aprender!"

--- É demais! É o “'filho lição aprendida' – depois dessa, você toma juízo e cria seu filho, sua desajuizada!” ---

Daí eu tiro alguns ensinamentos brilhantes da mentalidade dos defensores da vida na barriga de terceira:
- a mulher faz filhos sozinha (e seeempre goza, adora! Todo sexo que culmina em gravidez foi um sexo gostoso!);
- sempre que a mulher engravida, foi ela quem quis engravidar, mesmo que não estivesse pensando nisso (afinal de contas deve ser instinto feminino engravidar sem querer, que nem para o homem é instinto sair por aí fazendo filhos);
- os homens podem evitar uma gravidez, mas o dever é da mulher, o corpo é dela e ela que sabe do seu próprio ciclo fértil (mas na hora de poder optar por não ter um filho, o corpo não é dela mais);
- Ser a favor da descriminalização e legalização do aborto implica, imediatamente, que todo mundo vai sair por aí agendando abortos e nunca mais vai prevenir uma gravidez (ah, mas deve ser uma situação muito fácil e prática engravidar e não poder ter um filho).

Anônimo disse...

A culpa da maioria esmagadora dos abortos é dos 'homens envolvidos', mesmo.
Ou vocês acham que numa união estável ou num namoro onde a parceira engravida e o homem diz que arcará com as consequências ajudando na criação do bebê a mulher optaria por abortar? Claro que não, né?!

A verdade é que na maioria ESMAGADORA das vezes, quando a mulher decide abortar é por pressão do parceiro ou o cara diz que não vai assumir e abandona a mulher gestante a própria sorte.

Essa ladainha de: "ah, mas a decisão também tem que ser do homem! Você que diz isso é um falso ou ouviu um covarde mentiroso dizendo isso e repete essa estupidez, pois sabe muito bem que se o cara está disposto a apoiar a mulher na gestação e criação do bebê, ela nem cogitará o aborto como opção.

O dia em que esses caras deixarem de ser covardes e assumirem sua responsabilidade na gestação da parceira, o número de abortos vai cair 90%.

Anônimo disse...

Correção: fecha aspas em:

"ah, mas a decisão também tem que ser do homem!"

Anônimo disse...

O legal é que as feministas vociferam contra um questionamento e demonstram claramente falta de noção de interpretação de texto. Todas as que reclamaram do direito do pai também escolher sobre o aborto falaram de estupros e risco de vida para a mãe, mas quando eu falei que os pais deveriam ter direito de escolha, deixei muito claro que "exceto em caso de estupro ou risco de vida para a mãe."

Ou seja, é mais fácil ignorar partes do texto que procurar um argumento decente.

Caroline J. disse...

Sim Anônimo, tenho 17 anos. =)

Daniel, eu sei, mas é que esse assunto me deixa muito puta da vida mesmo.
Pq as mulheres tão aí morrendo, sabe? Por causa da burrice das pessoas q impedem a legislação.
Eu não suporto esse negócio de querer tomar conta do útero das outras, de querer q o Estado ou os homens possuam os corpos das mulheres. E esses argumentos sem sentido sobre "o valor da vida".
Tenho ódio sim e vou expressar isso da maneira q me convir, pq isso é um atraso sem tamanho.


"Sou contra o aborto pelo único fato de que temos muitos meios de prevenir uma gravidez. Inclusive alguns desses meios são distribuídos gratuitamente."

Lica, é verdade, mas ainda assim gravidezes indesejadas ocorrem aos montes. Pq? Exatamente, não sei. Há sim muita falta de educação e informação sobre métodos anticoncepcionais; há a religião q só piora as coisas; há falta de planejamento familiar... acho q no final das contas a raiz de tudo está, principalmente, na educação mesmo.
Mas de qualquer forma, acidentes e imprevistos acontecem. Não adianta querermos saber e controlar tudo: acontece, e as mulheres continuam abortando. A questão não é questionar os motivos pelos q elas engravidam ou culpa-las por algum erro q cometeram. Gravidez não é castigo, ter filho não é castigo. Ninguem deve ser obrigada a aceitar uma maternidade indesejada. Seja lá como aconteceu, o aborto deve ser um direito, juntamente com planos de educação sexual e contraceptiva para toda a população.
E como eu disse antes, o aborto legalizado teria um prazo para ser feito. Não será legalizado o aborto de um bebê quase completamente formado. Trata-se da fase inicial da gestação, antes da formação do sistema nervoso do feto. Não há "assassinato", como os anti-aborto gostam de dizer, exibindo aquelas fotos de bebês retalhados.

Daniel disse...

Lago: Acho que nessa questão do aborto, existe um debate sobre quando de fato começaria a vida, o valor da vida humana em relação com outras formas de vida (como destacou a Carol) e até mesmo o que seria a vida...

Por isso, amigo, não basta dizer que é assassinato, sem que haja consenso sobre o que seria a vida.

E não dá pra resumir as circunstancias em que ocorre um aborto, a "se os moderninhos querem transar sem proteção".

Mude o discurso e vamos procurar respostas, perguntas já temos.

Beatriz disse...

Anônimo disse...
Depois do que a Dri Caldeira falou, acho que tod@s temos que nos recolher à nossa insignificância.
Sou "pró-escolha" ("pro-choice"), sempre fui, mas sou pessoalmente contra o aborto.
O que isso quer dizer? Isso quer dizer que eu entendo que deve ser legalizado, que as mulheres devem ter o direito de fazer num ambiente digno, como uma pessoa de classe média para cima faz.
Exceto por causas extremas EU não abortaria (por convicções pessoais e religiosas), mas não condenaria ninguém por abortar.
Como disse a Dri Caldeira, ninguém sabe o sentimento de uma mulher que, por qualquer motivo, tem que passar por isso.
Mas as pessoas se esquecem que Deus, para o bem ou para o mal, se Ele existe (eu acredito que sim), nos concedeu o LIVRE ARBÍTRIO.


Exprimiu exatamente o que eu sinto. E afirmo por experiência, que conheço muitos que se definem "pró-vida", mas levantam-se imediatamente pra clamar pela pena de morte e pelo corte dos serviços sociais pq não querem seus preciosos impostos gastos com "presidiário" e "vagabundo". Defendem a restrição dos direitos homossexuais, de forma que muitos gays têm suas vidas tornadas insuportavelmente dolorosas, e por não aguentarem as hostilidades, alguns se suicidam todos os dias.
Pró-vidas q se revoltam contra a morte do feto, mas não contra o assassinato ou a inviabilização de condições de vida para adultos. Que defesa da vida é essa? Cadê o respeito à dignidade humana?

Anônimo disse...

Anônimo 17:13

O engraçado também é a seletividade que vocês têm em relação a comentários. Levantei questões sobre os direitos do pai nesses casos, em resposta a questionamentos como o seu, mas deve ser mais conveniente ignorar não é? Já que vai de encontro a sua ideia central de que feministas são mulheres ilógicas dumal.
É por isso que nós não damos mais bola para essas cobranças: além da perda de tempo ao responder tais indagações, vocês ainda se fazem de desentendidos para não perderem o discurso.

Daniel disse...

Carol (seu site é realmente lindo, ainda estava vendo)...

...Ainda que não concorde com os seus motivos entendo, acredite, apenas penso que quando um dos lados se exalta, a discussão perde o foco, e se perde de ambos os lados. Ainda sim, se expresse como lhe convier (aliás, como impediria, rs), não julgo adequado mas está no seu direito.

Acho que vou me retirar, mais tarde volto para ver se desta postagem posso tirar algo de valor. Abraços.

Anônimo disse...

Anônimo disse...
O legal é que as feministas vociferam...

Se você está ouvindo gritos ou gente falando alto, pode ser esquizofrenia ou encosto, pois aqui as pessoas estão escrevendo.

Mordred disse...

Pró-Vida, falem com George Carlin:

http://www.youtube.com/watch?v=E4yXL6l8Yns

Ele já disse absolutamente tudo o que eu já quis dizer sobre o assunto.

Túlio disse...

Querem o direito de abortar? Beleza! Então o procedimento será assim: o feto será abortado com a mãe dando um tiro na própria cabeça!

Aí acabam com os dois problemas de uma vez só. Não é genial?!

Angélica disse...

Túlio,

Mas que beleza de argumento!

Você já pensou alguma vez?

Anônimo disse...

Campanha: seja pró-vida, incentive as pessoas a darem um tiro na cabeça!
Parabéns, champs, coerência e lógica mandam abraços do além.

Anônimo disse...

"Túlio disse...
Querem o direito de abortar? Beleza! Então o procedimento será assim: o feto será abortado com a mãe dando um tiro na própria cabeça!

Aí acabam com os dois problemas de uma vez só. Não é genial?!"

Opa! Esse está mesmo preocupadíssimo com a vida humana.

lica disse...

Carol,
Penso que política pública a favor do aborto, é tratar a consequência pela causa. Concordo que a solução sempre recai na educação, que tem resultados lentos.

Qnd penso na legalização, também penso que será oferecido o procedimento pelo SUS. Como obrigar um médico ou um enfermeiro, que são contra o aborto, e pensam estarem tirando uma vida, a realizarem o procedimento?

André disse...

Yulia e Niemy,

Quando se diz que: se os homens engravidassem, o aborto seria permitido. Está se dizendo que, se os homens precisassem abortar, este seria permitido. Isso só não ocorre, porque não são os homens que sofrem durante a gravidez. Isso é besteira. Doenças que causam mortes degradantes acometem homens e mulheres, nem por isso a eutanásia, que poderia aliviar o sofrimento desses homens é permitida. Além disso, esse raciocínio de vocês não bate com a opinião generalizada de que os namorados irresponsáveis são os maiores interessados e incentivadores dos abortos clandestinos.

Mordred disse...

Flodando com esse link até que eu pró-vida resolva assistir: http://www.youtube.com/watch?v=E4yXL6l8Yns

Discuta com Carlin. Pronto.

Ele mesmo já disse: vocês não não pro life, but anti women!

Hamanndah disse...

Minha querida Lola

Acho que este é o único tópico que discordamos

Todos merecem a vida e serem respeitados, trans, homo, héteros, mulheres, homens

Nenhum mulher ou homem merece ser estuprado(a) e espancado(a)

Todavia, o embrião é uma vida em formação, tão sagrada quanto qualquer uma dessas


Bjs
Hamanndah

Mordred disse...

"Querem o direito de abortar? Beleza! Então o procedimento será assim: o feto será abortado com a mãe dando um tiro na própria cabeça!

Aí acabam com os dois problemas de uma vez só. Não é genial?!"

__________________________________

Eles não ligam para a vida, só querer foder com a vida das mulheres mesmo. Isso te parece uma frase de alguém que se importa com a vida? É pró-barriga mesmo!

Caroline J. disse...

Lica,
boa pergunta essa dos médicos q são contra o aborto serem obrigados a fazer o aborto.
Por isso eu acho q tem q haver MUITA desmistificação a respeito disso. E pra isso deve haver campanhas informativas e um diálogo aberto sobre o aborto, que a criminalização não permite.
Mas a religião ainda é um empecilho enorme, o maior de todos a meu ver.

Caroline J. disse...

Ah, e Daniel, obrigada pelo elogio, hehe.

Roxy Carmichael disse...

Anônimo disse...
A culpa da maioria esmagadora dos abortos é dos 'homens envolvidos', mesmo.
Ou vocês acham que numa união estável ou num namoro onde a parceira engravida e o homem diz que arcará com as consequências ajudando na criação do bebê a mulher optaria por abortar? Claro que não, né?!
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sinto te informar, mas você está MUITO enganado. parte (e não uma pequena parte, mas parte significativa) das mulheres que abortam tem relações estáveis e até já tem um filho. nem todas as mulheres querem ser mães, nem todas as mulheres querem ser mães mais de uma vez. mulheres fazem abortos pelos mais diversos motivos, filhos que foram gerados nos mais diversos contextos e nos países onde o aborto não é crime, a taxa de abortos é INFINITAMENTE menor que os países em que a prática é proibida por um motivo muito simples, discutir o aborto é discutir a sexualidade e a saúde reprodutiva, assim como planejamento familiar e num país atrasado como o nosso, ninguém quer discutir isso de forma adulta e sensata. por isso, como alguma comentarista disse de forma bem acertada, espera-se que criminalizando o aborto não seja mais necessário discutir a sexualidade (principalmente a sexualidade da mulher) e a saúde e o planejamento familiar, que é o que deveria ser discutido de forma um pouco menos cretina nesse país.

Anônimo disse...

Eu gostaria muito que esses homens e mulheres que se posicionam de forma tão violenta contra o aborto parassem só dois minutos para pensar: Vocês pensam exatamento o que? Que acordamos de manhã, nos maquilamos colocamos o melhor vestido, um salto legal e decidimos: Opa, vou lá fazer um aborto!
Eu fiz um aborto aos trinta anos, fiz porque não quero filhos e engravidei, pasmem, tomando pílula. Quando peguei o teste de gravidez eu já sabia que faria um aborto, a outra hipótese nem passou pela minha cabeça.Mas não pensem que por isso tenha sido menos doloroso. Procurar um médico, uma clínica dar de cara com uma enfermeira pró vida, pró vida do feto, ela em nenhum momento perguntou como eu me sentia. Junte com tudo isso o medo de uma intervenção cirurgica por mais simples que ela seja.
Fazer um aborto não é passear no parque más muitas vezes é a só opção que temos porque assim é a nossa decisão e ela deve ser respeitada. E para aqueles que comentarem o quanto egoista eu sou pois minha única preocupação foi com meu bem estar só tenho a dizer que vocês estão cobertos de razão.
Até porque com uma gravidez de seis semanas não havia biológicamente ninguém mais com quem me preocupar.

Clarissa disse...

Sobre o direito dos pais: bom, se ele também fez sexo desprotegido com a mulher que teve um filho, então ele tem que arcar com os custos sim, a não ser que eles decidam entregar pra adoção. Se ele não quiser entregar pra adoção, ele pega pra criar e a mulher tem sim que pagar pensão também.

Agora quanto ao pai poder decidir se a mulher pode ou não pode, deve ou não deve fazer um aborto, me parece uma situação muito mais complicada.

1 - As mulheres que quisessem abortar simplesmente não diriam aos homens que estavam grávidas.

2 - Se o cara ficar sabendo, ela pode ainda dizer que o filho não é dele, que ela não sabe de quem é. O tempo necessário pra fazer dna em feto é maior do que o que a legislação permitiria para o aborto legal.

3 - Ninguém pode obrigar ninguém a passar por um processo cirúrgico, a não ser que a pessoa seja incapaz. Então não é possível que permitam que o cara decida se a mulher vai fazer ou não um aborto.

Resumindo, a responsabilidade pela gravidez é de ambos, mas quem decide pelo aborto deve ser a mulher sempre. Pelo simples fato da gravidez está ocorrendo no corpo dela, as consequências serão sempre maiores pra ela.

O último argumento é simples biologia, não to querendo segregar os homens, mas, infelizmente, eles não podem engravidar, amamentar, etc. Então não tem como eles tomarem decisões em relação a isso.

Caroline J. disse...

"E para aqueles que comentarem o quanto egoista eu sou pois minha única preocupação foi com meu bem estar só tenho a dizer que vocês estão cobertos de razão.
Até porque com uma gravidez de seis semanas não havia biológicamente ninguém mais com quem me preocupar."


Lindo, Anônima. ♥ Perfeito.

lica disse...

Carol,
Acho que a falta de diálogo se deve a baixa disposição que as pessoa têm para ouvir. De uma forma geral as pessoas só querem te enfiar a opinião delas e encerrar o assunto.

Eu sou contra o aborto mais fico dividida na questão da legalização. Então estou aberta para ouvir para a discussão. Acho bacana levantar a possibilidade de legalização, pois nos faz refletir sobre muitos conceitos e temas que estão embutidos.

Mas por hoje, vou voltar parra os meus afazeres.

abraços

Anônimo disse...

Opiniões não mudam o mundo.

Ainda bem, porque é tanta gente com opiniões estranhas...

Que diferença faz ser a favor ou contra? Conheço um monte de gente que se diz ser contra e que já fez aborto... vai entender!

Se você é contra o aborto, pode garantir uma boa vida para a mãe e o bebê? NÃO? Então, vá cuidar da sua vida!

Daniel disse...

De volta:

A Lica elevou (ao meu ver) a questão a outro nível. Além do problema de se tratar a consequência pela causa (embora não julgue que se resuma a isso), existe a questão de se aprovar um procedimento que talvez os médicos não se prontifiquem a executar.

Confesso que não havia pensado sobre isso... Embora isto não esclareça a questão sobre o aborto ser ou não válido, correto, aponta obstáculos sobre a viabilidade da legalização do procedimento... Interessante.

Talvez resolvendo a primeira questão (no caso de ser favorável ao aborto) a segunda já se resolva.

Embora ainda me preocupe o impacto social. Sem preconceito em torno do aborto, seria ele feito indiscriminadamente? E o impacto disto seria maior o menor do que o procedimento ser feito (como hoje é) na ilegalidade?

Branca disse...

Lis:

Tem razão, foi um final desnecessário. Até porque sim, na maioria das vezes o sofrimento é do outro lado, já sei. Devo ter perdido a cabeça pela sua grosseira e vontade me me humilhar porque tenho outra opinião, ademais de se meter numa conversa que estávamos tendo Dri e eu (e que ninguém mais se meteu) e acabei usando a primeira coisa que me veio à cabeça.

Mas não se preocupe. Aprendi a lição. Não vou mais dar ouvidos à provocações baratas. =)

Priscila Feijó disse...

Não da pra simplificar um assunto que tem tantas variante.
Eu nem tô para a mulher se ela engravidou por um descuido, camisinha e anticoncepcional é de graça!

Engravidou? ok
então aborta antes de 3 meses.

Situação 2
Foi estuprada?
Direito total ao aborto, e se fosse legalizado que acontecesse antes dos 3 meses.

Pq cá pra nós 3 meses é mto tempo.... Um aborto em que sai morto um bb formado e que já sente dor, sofrimento etc... Me desculpem, mas é sanar um problema as custas do outro.

Claro que sim , é uma questão de educação , conscientização , mudança de cultura e tal, eu tb não acho certo as mães não poderem(ou não conseguirem) abortar e a criança sofrer horrores nas mãos dos pais e parentes depois que nascem.

Então analisando tudo isso eu que sou mãe de duas meninas. a menos de um ano me tornei a favor da legalização do aborto. Acho que só assim esse problema vai poder ser discutido e conduzido da melhor forma.
Trazer para perto e entender o porque tanto se aborta e tratar a causa de tudo, entender porque aquela menina engravidou, o que pode ser feito para que não se repita e criar um ambiente em que ela não sinta vergonha de abortar.

Trecho do Dr. Drauzio Varela:

"... predomina o raciocínio biológico segundo o qual o feto, até a 12ª semana de gestação, é portador de um sistema nervoso tão primitivo que não existe possibilidade de apresentar o mínimo resquício de atividade mental ou consciência."

Branca disse...

Carol, desculpe por haver sumido =D Estava com uma amiga.

Sei da violência no parto, sei muito bem, aliás: já ouvi relatos escabrosos. E sim, sei que é uma bandeira feminista, isso, especificamente. Mas ainda não vi nenhum sistema feminista de assistência à gestante/família como mencionei, aqui no Brasil. Me corrijam se estiver errada... mas a maioria das organizações que se presam a dar abrigo, apoio e ajuda a reconstruir a vida são religiosas, na maioria católicas.

Devo dizer que não sou religiosa nem nada, mas contra fatos não há argumentos. Outra vez, corrijam-me se eu estiver errada.

E sim, Carol. você tem razão, as reformas deveriam ser feitas concomitantemente... mas há que ter um grande controle se isso for feito. Porque você sabe como funciona: bota uma lei imediata e vai arrumando o demais aos poucos, aos poucos, aos poucos.... até que vemos que a única coisa liberada agora mesmo é o aborto e houve pouco avanço no panorama geral. =/

Daniel disse...

Anônimo nº???

Opiniões mudam sim o mundo. Isto não é uma teoria, é um fato, comprovado aliás, pelos vários direitos conquistados ao longo da história e por todo o mundo através da discussão e mobilização popular, direitos que te permitem se expressar (mesmo que no anonimato) através da internet.

Mariane disse...

Quando minha mãe engravidou de mim, cogitou a possibilidade de abortar(e até tentou)... Nem por isso eu a julgo, respeito o fato de na época ela não querer mais filhos, porque já tinha um casal(que é o sonho de muitas mulheres).

Hoje vejo que ela se arrependeu muito de ter pensado e até tentado me abortar, porque somos muito grudadas...

Se eu não condeno minha mãe(isso não cabe a mim e a ninguém), por que vocês se acham tanto no direito de julgar as pessoas que já fizeram aborto e as que são a favor? Arrumem coisa melhor para fazer, a opinião de vocês não vai mudar nada.

Denise disse...

Daniel e Lica

Essa mesma discussão esta ocorrendo nos EUA, onde o aborto é legal.
Se o medico e o único no local para fazer um procedimento medico que ele é contra, ele pode se recusar? Vamos dizer que um medico testemunha de Jeová é o único no local que pode salvar a vida de uma pessoa fazendo uma transfusão de sangue, ele pode dizer que não faz? Eu acho que não. Se não quer fazer o procedimento então escolha outra especialidade. Se for ginecologista, então tem que fazer todos os procedimentos da profissão.
Nos EUA, para se compra a pílula do dia seguinte é necessária a receita. Tem farmácia que se recusa, apesar do medico ter passado a medicação e ser absolutamente legal. E além disso ainda se recusa a devolver a receita, fazendo com que a mulher tenha que voltar ao medico para pedir outra. Um absurdo! Mude de trabalho então.

Daniel disse...

Para o Anônimo troll:

Você sabia que esse tipo de postura por um lado motiva as mulheres a lutarem pelos seus direitos?A consciência de um inimigo real, que você está simulando, faz justamente o efeito oposto?

E por outro lado, com uma postura, digamos, tão ignorante, pela falta de argumentos, e violenta, só atraíra "aliados" (raramente, creio) que combinam exatamente essas características? A ignorância e violência?

Esse é realmente o seu objetivo? Isso me impressionaria mais do que suas palavras, pense nisso.

Mari disse...

Aborto = gerador "MASTER" de polêmicas

Clarissa disse...

Carol, você tem facebook? Queria muito postar alguns desenhos seus pros meus amigos e queria linkar pra sua página no facebook, se você tiver... se não, eu linko pro seu site, ok?

Parabéns pelos desenhos e pelo blog!
Você é linda! =)

Branca disse...

Carol... (a de 17 anos) vamos ver.

Pensar e proteger uma criatura que se tornará uma igual a você não é exatamente especicismo. Uma pessoa que mata um cão não vai enfrentar pena de morte, mas uma que mata outra pessoa pode. Matar um animal para se alimentar numa situação de desespero não é o mesmo que matar um companheiro de naufrágio. Se você acha que não, então pode seguir com sua lógica.

Segundo, que o que os grupos "pró-vida" (odeio esse termo, aliás, e não me considero parte dele) usam como argumento de "proteger toda vida" é, normalmente, uma merda. Se a maioria parasse pra pensar dois segundos no tema, diria simplesmente que, depois do início da gravidez, um novo ser humano se está formando e por isso, não deve ser interrompido - assim como, pra você que gosta de animais, ninguém deve dar abortivos a um animal de estimação que pega cria por aí.

Não sei por que as pessoas insistem de que "não é um bebÊ a ser abortado, é uma massa de células amorfas" Não sei. Quer dizer, tem de ter carinha de bebê pra você considerar esse bloco de células da sua própria espécie? Sim, porque o genoma dele é igual que o teu: humano. Genética básica. Você foi assim um dia. Seus filhos ,se você os tiver, também serão assim um dia.

Mas não tenha medo. Eles crescem aí, dentro da barriga. E se tornarão bebezinhos, olha que má-gi-co!! Já jogou pokémon? É tipo um pokémon, evolui!!

E sobre o ovo da galinha... olha, o ovo que a gente come é óvulo de galinha. Sabe. Elas não deixam a gente pegar ovo galado. Bicam. A gente não come pinto.

E sobre a semente, hmmm.... bem, as árvores estão melhor que a gente. Suas sementes podem ficar semanas ,às vezes anos, inertes até encontrar um bom lugar onde brotar. Mas vamos fazer um esquema prático de comparação semente/embrião:

pólen = óvulo e espermatozóide

fruto = saco vitelino, que alimentará o embrião enquanto não encontra lugar onde se fixar (é uma comparação mais ou menos)

Semente = zigoto

Plantar a semente = conceber o zigoto (concepção: quando o zigoto se cola na parede uterina. É daí que se começa a contar a gravidez)

Crescimento da planta = desenvolvimento da massa de células.

Ué gente, te malgo errado. Quando a plantinha começa a crescer, ela já é um brotinho. Assim não é uma árvore, mas é verdinho, precisa de cuidadinho... e oh! Em nossa comaração é o embrião crescendo.

Olha, desculap a linguagem de retardado. Mas PAREM COM AS COMPARAÇÕES RETARDADAS E REPETIDAS COMO VERDADE. Sério.

Branca disse...

MAS O Q -- Anônimo.. você não sabia que seu führer era cristão e que, se você fosse pagão nessa época, te mandaria pra Nuremberg direto?

Gente... esses trolls me fazem rir muito XDDD

Denise disse...

Priscilla,

Eu concordo que na maioria das situações 3 meses é suficiente, desde que não ocorram impecílios da parte que quem vai fazer o procedimento. Existem casos de clinicas que fazem o aborto mas que são na realidade pro-vidas disfarçados. Enrolam a mulher até passar da hora. E se tiver que haver permissão do estado, pior ainda. Todo mundo sabe que a justiça anda a passo de lesma. Quando a ordem sair a criança já vai estar falando.
Agora, existem situações onde os 3 meses não bastam. Eu, quando fiquei gravida já estava em idade mais avançada com risco maior de problemas genéticos para o bebe. A amônio não deve ser feita antes da semana 15, sendo melhor na 18, pois cedo aumenta muito o risco para o bebe, tanto de mal formação como de perda. Eu fiz a minha na semana 19 e se meu bebe tivesse problemas genéticos eu teria abortado. E digo isso sabendo que seria muito doloroso para mim.
Neste caso o limite de 3 meses não funciona. Como também não funciona se a gravidez apresentar risco de vida para a mãe.
A coisa não é preto e branco.

Branca disse...

E AINDA ERRA O NOME DO DEUS!! É Odin, com N. HAHAHA, eu morro!!! XDDDD

Branca disse...

E para aqueles que comentarem o quanto egoista eu sou pois minha única preocupação foi com meu bem estar só tenho a dizer que vocês estão cobertos de razão.
Até porque com uma gravidez de seis semanas não havia biológicamente ninguém mais com quem me preocupar.

---

Hm, babs, tinha uma grupo de genoma humano distinto de você, formando-se rapidamente pra se tornar uma pessoa como você, aí dentro.

Me parece surreal que haja pessoas que não considerem que uma criatura feita completamente de DNA humano independente, que se desenvolve de maneira independente, seja um nada. o__o Se as pessoas ficam radiantes quando seus animais estão prenhes...

Daniel disse...

Novamente ao Anônimo:
(brincando com um troll, que divertido ¬¬)

Bem, você deve saber (ou realmente está fingindo tudo) quem nem mesmo o movimento nacional socialista que tenta ingenuamente retornar atividade apoia atividades como as suas, quem estuda o assunto sabe muito bem como os "lobos solitários" atuam...

Ou seja, você não tem provavelmente uma ideologia definida, está apenas atirando para todos os lados, inviabilizando os grupos que julga defender e fortalecendo os seus inimigos...

Tente pensar mais um pouco (incrivelmente estou me divertindo) e te desafio a tentar algo novo... Um argumento!! Algo em prol da sua causa. Fique atento as falácias hein? Ou denunciará sua idade...

Anônimo disse...

"Com violência e ódio: melhores humanos
Com paz e amor: enfraquece a raça"

É muito fã de Star Wars, heim?!
Esse faz cosplay de Sith!
Deve ter uns 10 aninhos ou pelo menos essa é sua idade mental.
Que ridículo!

Denise disse...

Quanto a decisão da participação do homem. Outro assunto complicado, mas eu penso que com a liberdade de escolha vem também a responsabilidade.
Então se a mulher tem a liberdade de escolher se leva a gravidez adiante ou não, o homem também deve ter a liberdade de escolher se participa ou não. Ninguém pode obrigar a mulher a tem um filho que ela não quer. Isso é uma violência sem par, é tratar a mulher como um objeto. Mas ao mesmo tempo, uma vez que ela decida ter o filho, se o homem não quiser participar, eu acho que ele deve ter um período no qual ele escolhe se participa não. Mas, ele não pode dizer que sim, vai participar, e depois se manda. Isso não. Para ilustrar:
Susi e Mauro transaram, a camisinha falhou e ela ficou gravida. Eles não tem um relacionamento e o Mauro não tem como sustentar ou não quer filho agora. Susi quer o filho. Diga-se de passagem que neste caso o aborto é legal. Susi avisa ao Mauro que é isso que ela quer. Mauro não quer. Ele então se retira, oficialmente, da situação de pai. Nenhuma responsabilidade ou direito. Susi ainda tem a escolha de abortar ou não. Se abortar o custo é de ambos, se não, o cusot da criança é dela, pois a escolha foi dela.
Outro cenário. Susi não quer o filho, mas Mauro quer. Ele vai assumir totalmente. Susi pode ou não concordar em levar a gravidez adiante. Se concorda, ela declara oficialmente que Mauro é responsável e ela não. Se não concorda, ela aborta. Ainda acho que aqui o custo deve ser dividido senão vai ter uma penca de homens usando disso para não pagar nada. SeMauro der para trás adiante e Susi tiver que ficar com o bebe, então Mauro tem que se responsabilizar pelo sustento de ambos.
O que eu não concordo, e eu sou fesminista sim, é que a decisão seja exclusivamente da mulher e os encargos obrigatoriamente do homem. Igualdade de direitos deve ser para ambos.

Branca disse...

Daniel, não alimente os trolls. Eles crescem D:

Roxy Carmichael disse...

branca,
não é nem um pouco surreal.
como sabemos o embrião não sobrevive fora do corpo da mãe, não se alimenta de forma independente e em suas primeiras semanas não conta com sistema nervoso desenvolvido. vimos aí o drauzio varela - que é médico como todos sabemos - falando em sistema nervoso primitivo. agora bem, seria legal que a discussão fosse abordada de distintos prismas, o tema exige que assim o seja, evitemos o reducionismo do material genético se desenvolvendo. existe todo um contexto político, cultural, social enfim que define o ser humano portanto é bastante complicado comparar um ser humano adulto em pela capacidade intelectual que vota, que paga impostos (sim o conceito político é extremamente importante porque estamos falando em direitos políticos de humanos adultos sendo preteridos, sendo negados e não falo somente do direito que a mulher TEM sobre o próprio corpo e a própria vida que lhe é negado, como o direito que um homossexual tem de se casar e adotar uma criança, mas também, terei que ser repetitiva, direitos de milhares de pessoas pobres que lhe são negados diariamente, direitos básicos, e sim, uma coisa tem absolutamente TUDO a ver com a outra)com uma vida em potencial que se desenvolve e depende COMPLETAMENTE do corpo da mulher.
sabemos muito bem que essa questão bem como a questão da eutanásia (pra mim ambas deveriam ser discutidas de forma séria sem a canalhice com que geralmente são discutidas)são bastante complexos pois envolve biologia sim, mas envolve direitos, deveres, poderes, e PRINCIPALMENTE, o controle sobre os indivíduos.

Daniel disse...

Denise:

Não julgo que se possa fazer uma analogia usando similaridades entre uma aborto e um exame de sangue (cairia aí em uma falsa analogia), mas se em ambos os casos houver risco de vida, o médico tem um juramento a zelar...

Realmente você me pegou, não sei o que dizer... Tenho que pensar mais no assunto.

Mas nos EUA o médico pode se recusar? Gostaria de saber.

Anônimo disse...

Eu discordo. Os encargos devem ser obrigatoriamente de ambos. Sempre. Mas a decisão é da mulher. Não dá pra chegar para uma mulher grávida e dizer: se você não abortar eu não vou me responsabilizar pela criança. Isso é ser canalha; e camisinha que rompe a gente vê na hora, não precisa abortar, é só tomar pílula do seguinte, duvido que uma mulher se recuse. Isso quando rompe, o que é muito difícil.

Daniel disse...

Branca: Conheço o ditado, que inclusive deu origem ao nome... Era só uma experiência... Se causei algum mal ao dar atenção, me desculpo.

Acho que se tivesse um programinha de computador para discutir, me entreteria por horas... Maus hábitos.

Inaie disse...

respeito a opiniao de todo mundo - e exatamente por respeita-la, tenho que ser a favor do aborto. Principalmente num pais onde o aborto so e proibido para quem nao tem recursos financeiros. tem uns trocos? ta cheio de clinicas pra te "ajudar".

Eta lei mais hipocrita meu Deus...

Denise disse...

Daniel,

Pois é... Isso tem dado a maior polemica nos EUA, por causa da tal liberdade de religião. Esta chegando ao ponto das empresas católicas se recusarem a dar contraceptivo (leia-se pílula) como parte do plano. Aqui os planos pagam por medicamentos prescritos pelos médicos. Essas empresas dizem que fere sua consciência pagar por um plano de saúde para seus empregados, que oferece pílula. O interessante éque ninguém contesta pagar por um plano que prece Viagra.... Mas enfim.
Então, aqui depende do estado e das leis. Em geral podem sim, mas aqui se acha na maior parte dos lugarem um medico que vá fazer o aborto em uma clinica decente. Muitos estados tem leis que protegem os médicos e hospitais para se recusarem a fornecer tratamentos que ferem suas consciências. Essas são as palavras usadas pela lei.

Anônimo disse...

Muito além dos fetos

e dos afetos (desafetos incluídos)

Branca disse...

Roxy

Entendo o ponto de vista, e sim, é verdade. Há mil prismas a ser analisados, além do biológico, como os de controle social, sociológicos, antropológicos, etc. Mas o que eu peço é simplesmente coerência.

Assim como há ativistas "pró-vida" que fazem abortos quando lhes convém, "feministas" que chamam outras mulheres putas quando fazem o que querem de sua vida privada, "liberais" a favor da pena de morte, há gente que é a favor da legalização do aborto por x motivos e não consegue ser coerente quando a situação se apresenta. E vi comentários a favor do aborto aqui falando que "não é um ser humano" e está em grupos de defesa de animais. Aposto o que você quiser que, se fosse pra abortar um filhote de gato, iam fazer um escândalo.

Não é especicismo, é simplesmente que não consigo considerar que uma pessoa possa considerar tanto um animal e ter tão pouco apreço com um ser igual a ele aí dentro.

Sobre uma vida em potencial depender completamente do corpo da mulher, Roxy - é uma PENA, mas o mundo de Huxley ainda não chegou e ainda somos vivíparos. Quem sabe a evolução nos faz um favor e comecemos a botar ovos! Eu sei que não é uma questão puramente biológica: o fato da mulher ser a própria cápsula protetora da cria a pôs sempre numa posição inferior e de "propriedade", além de ser um ponto frágil pra qualquer homem (ou mulher mesmo) usar contra nós.

A mulher do comentário que eu disse que era surreal... se ela não queria mesmo ter filhos, e estava decidido, por que ela não se esterilizou? Quer dizer... não é eugenia nem nada ,ela não queria mesmo. Ela também podia ter usado camisinha, na verdade minha ginecologista sempre diz que é melhor combinar DOIS métodos contraceptivos para diminuir de verdade as possibilidades.

E que não é fácil fazer um aborto, ela disse. Não é. Mas ela se sentia mal por ela mesma, como quando uma pessoa quando vacila? É o que parece. Não dedicou nada ao feto... porque não sentiu nada. Ela que nã ose compare às mulheres que sofreram de verdade ao ter de fazer algo que não desejavam, mas tinham motivos de força maior, como a Dri.

Branca disse...

E relaxa, Daniel, é que é divertido mesmo =DDDD

Anônimo disse...

"Se homem pudesse engravidar,aborto seria sacramento"

Nunca essa frase foi tão verdadeira,basta considerar a quantidade de sacanagem em que esses ,falsos,moralistas se metem,vide os políticos que são contra os direito dos gays e são pegos com a boca,literalmente,na botija,já pensou? e os casados machões enrustidos?e se um cara desses engravidasse do namoradinho? meu amigo,uma milhão de abortos por ano seria fichinha...

Cética

Branca disse...

"se homem pudesse engravidar, aborto seria sacramento"

Não, porque a gravidez foi/é um dos elementos de dominação mais usado contra as mulheres. Se os homens pudessem engravidar, seria também um ponto delicado e certamente, as mulheres seríamos as dominadoras e eles estriam lutando por igualdade...

Cuidado, cuidado com o que se diz...

Denise disse...

Anônimo,

E nos casos onde a mulher leva a gravidez adiante para justamente se aproveitar do dinheiro do homem? E não venha dizer que isso não ocorre por que a mídia mostra que ocorre e eu conheço pessoalmente casos assim. O cara nem consegue ver a criança! Mesmo sustentando a mãe. Ele não só foi obrigado a fazer algo que não quis, mas também não tem direito algum.
Isso não é igualdade e o feminismo defende a igualdade para ambos os sexos, não apenas onde é favorável à mulher.
Se a mulher qu a criança então tenha responsabilidade e a sustente.

Rosanna Andrade disse...

lica

sobre como o aborto seria oferecido no SUS

O profissional de saude nao e obrigado a fazer procedimentos que sejam contrarios a sua etica pessoal. Portanto, se o medico ou enfermeiro for contra a pratica do aborto ele n e obrigado a fazer (mas tbm n deveria destratar a paciente, como em circunstancias em q o aborto ja e legalizado no pais). Porem, a instituicao hospitalar, esta sim, e obrigada a disponibilizar a paciente profissionais que possam atende-la (partindo da hipotese do aborto ser legalizado.)

Branca e carolinapaiva

Parabens pelo debate civilizado e de alto nivel. carolina, sua argumentacao da de dez no post, q contrariando a tendencia aqui na Lola, foi bem fraquinho. Branca, vc e a melhor argumentista "pro-life" q eu ja tive a oportunidade de ler, so nao me convenceu =) Como varias comentaristas pontuaram, tudo bem ser a favor de toda uma reestruturacao no ambito do cuidado com as gravidas, mas nem de longe isso seria se contrapor a legalizacao do aborto. As coisas deveriam andar juntas, e assim melhorar drasticamente a qualidade de vida destas mulheres. Portanto, ser a favor de uma maior assistencia as gravidas nao e argumento para ser contra o aborto.
Tambem vejo q e possivel ser contra a pratica, pelo motivo que for (etica, religiao), mas a favor da legalizacao, como varias outras comentaristas. Nao entendi pq esse n e o seu caso.
Por ultimo, no comentario q vc falou sobre sexo por prazer, infelizmente vc deu um tiro no pe.

"o sexo perderá por completo sua função reprodutiva pra ser apenas fonte de prazer imediato, o que gradualmente fará com que se perda um laço afetivo que se constrói com o sexo, mas não exclusivamente nisso."

A funcao do sexo nao e meramente reprodutiva, senao, para que o clitoris? Este e um orgao que existe unicamente para nos dar prazer sim!
Para vc pode ser q o sexo seja apenas para ser feito por amor e/ou reproducao, mas n estenda este tipo de opiniao para todos.
Eu ja fiz muito sexo apenas por prazer, sem querer criar lacos afetivos com ninguem. Isso faz parte da liberdade individual de cada mulher, coisa q as feministas lutaram e lutam ate hoje. Porque embora possamos fazer sexo com quem quisermos, dificilmente sairemos de um sexo casual sem a fama de puta. Maldito patriarcado.
Esta sua opiniao me fez desconfiar que o seu problema com a legalizacao do aborto passa pelo conceito de que o sexo somente por prazer e errado, e se as pessoas so fizessem com parceiros que amam dificilmente teriam que abortar. Me corrija se eu estiver errada.

Ah, e para tod@s que colocam as questoes de metodos contraceptivos: lembrem-se, isso n e matematica. Os metodos falham, mesmo nas condicoes ideais de uso. E as porcentagens de falha na pratica sao ate maiores (se alguem quiser eu ate procuro para postar). E valido pedir para q uma mulher carregue um filho indesejado por isso? Nao e uma falha do metodo, e uma caracteristica instrinseca a ele.
Gravidezes ocorrem pelos mais variados motivos, alem deste q eu ja pontuei: falha na hora de utilizar o metodo, desinformacao, irresponsabilidade. Mas condenar uma pessoa a mudar drasticamente a sua vida por conta disto, seja o motivo que for, e sim considerar o sexo algo "errado" e q portanto cabivel de punicao.

Anônimo disse...

Um comentário que acho necessário: Na Rússia o aborto vem sendo utilizado como método contraceptivo (para quem ainda acha que todas as mulheres sofrem com essa experiência). O número de abortos ficou tão alarmante que o governo estuda meios de restringir a prática. Dados aqui: http://aborto.aaldeia.net/estatisticas-aborto-russia/

Anônimo disse...

Motivo de força maior é quase sempre uma relação proibida. Razão suficiente para um aborto imediato.Às vezes é o pai da criança que toma a iniciativa do aborto o obriga a mulher a fazê-lo. E aí? A mulher deve resistir como fez Elisa Samudio ou não?

Branca disse...

Rosanna

Ei. EEEI! 8D VOCÊ ME ENTENDEU MAL!!

Falando do começo, obrigada pelos elogios. =) No entanto, desculpa, eu não dou "pro-life". Acho esse termo ridículo, como o termo "pro-choice". Simplesmente não gosto da ideia do aborto, e gostaria de evitar que ele fosse amparado pelos impostos que eu pago por pessoas que o fazem por razões egoístas. Mas no final fui convencida pelos argumentos da Carol e sim, o aborto deveria ser liberado ao mesmo tempo que a reforma é feita, só que com cautela para que as reformas não parem. E com muito, mas MUITO acompanhamento.

"o sexo perderá por completo sua função reprodutiva pra ser apenas fonte de prazer imediato, o que gradualmente fará com que se perda um laço afetivo que se constrói com o sexo, mas não exclusivamente nisso."

Rosanna, a palavra "apenas" define o sentido de tudo aí no que eu disse. DE JEITO NENHUM que eu penso que o sexo é apenas pra reprodução, ou apenas para vínculos afetivos. É pra prazer, prazer HARD, também. Tenho certeza que tem muita gente aqui que pensa que sou menina "certinha e boazinha". Não apenas não sou virgem como gosto muito de sexo.

Maaas o sexo tem muitas funções. Prazer, reprodutiva, afetiva, social, sociológica, política, antropológica, etc. O que disse simplesmente é que ele se torne APENAS uma ferramenta hedonista, perdendo todo seu sentido afetivo e reprodutivo. Na verdade, é o que mais se vê alardeado na tv e na internet. Tanto que eu disse que o afeto pode não passar pelo sexo.

Por favor, não ponha palavras na minha boca 8'D Eu não tenho nada com a vida sexual de ninguém. Não apenas não é da minha conta, não é da conta de ninguém. Eu só acho que as pessoas tem de ter noção do que fazem, até porque, como você disse, métodos contraceptivos são muito falhos e nosso corpo, infelizmente, está programado para se reproduzir independente da nossa vontade, se há oportunidade.

Pessoalmente, acho que maioria das pessoas que saem fazendo sexo casual correm um risco muito grande de tudo dar errado, porque se acontecer uma gravidez, quem dança é a mulher- infelizmente a Revolução Sexual não acompanhou o passo da distribuição de responsabilidades. Mas isso sou eu, quem quiser fazer o que quiser que faça e eu não vou apontar odedo pra ninguém dizendo "vossssccêêÊ, sua irresponsssssáááável". E eu também sei que a maioria dos casais que aborta está junto, bem...

Anônimo disse...

Os abortos no Brasil somam 1 milhão por ano. Não precisamos da Russia.

Natália Guerreiro disse...

hehe, engraçadinho, mas é tipo reclamar com defensores de animais que eles deveriam defender crianças abandonadas. uma causa não desmerece a outra.

(agora, que essa história de "descobrir a cura do câncer" é uma visão mto utilitarista da vida dos outros, ah, isso é. quer dizer que se eu viver bem e fizer o bem aos próximos, mas nada de grandioso, eu não conto?)

Branca disse...

Natália

Não desmerece em absoluto. Todo o contrário: uma pessoa que tem tanto amor pra dar que o dá pra todas as criaturas... eu AMO animais (e acho meus cachorros valem muito mais que muita gente)

...Mas aí diz que a criatura quase humana, de DNA humano, dentro dela não é nada. Desculpa. Não desce. Se você quiser defender indefesos, seja coerente.

Daniel disse...

Denise, obrigado pela atenção, vou pensar sobre o assunto.

Branca: Realmente é divertido, rs. Só não pode viciar...

Sobre o problema do aborto na Russia, comentado por um Anônimo,fiquei surpreso.

Em um país que absurdamente criminalizava o homossexualismo até 1993, e tem leis, ainda hoje, que punem propaganda homossexual...

Bem, vou me retirar por que a discussão aqui já está longe do meu conhecimento, se não posso contribuir, vou apenas acompanhar.

Até mais e fiquem com Deus.

PS: Sem ironia, devido a conduta da maioria dos "cristãos", fica difícil ser teísta e cristão (seguidor de cristo, simplesmente) sem estar supostamente ligado à uma série de absurdos que infelizmente são verdade na maioria dos casos.

Anônimo disse...

(agora, que essa história de "descobrir a cura do câncer" é uma visão mto utilitarista da vida dos outros.

Bem lembrado. Os geneticistas fazem questão de ressaltar que criança concebida artificialmente para salvar a vida de um irmão teve o propósito 'exclusivo' de aumentar a família. O uso do material genético foi algo assim...fortuito
ou
quando o discurso cria realidade. rs

Rosanna Andrade disse...

Branca

Ok, me desculpe entao pela ma interpretacao. Acontece mto em discussoes escritas.

Aquele comentario realmente destoou do restante da sua argumentacao e por isso eu o enfoquei.

Ja que vc n gosta do termo, desculpe pelo "pro-life". As vezes e mais pratico falar assim, mas esqueco de toda a carga preconceituosa que as palavras podem carregar.

Adorei o debate aqui hoje, espero que renda mais!
Infelizmente parece que sempre as questoes de legalizacao ou nao acabm caindo em qual e o periodo em que o embriao/feto passaria a ter direitos de cidadao equiparados ao da mae... se na concepcao, x semanas, apos desenvolvimento do sistema nervoso... me parece uma coisa muito pessoal, imprecisa msmo para ser usada num debate serio. Pq dificilmente sai do "achismo" (me incluo nessa).
Deveria haver uma forma mais pratica de chegar a uma conclusao, talvez juntar especialistas de diversas areas p debater (medic@s, psicolog@s, antropolog@s...), de preferencia de maneira laica. Enfim, divago...

So para constar, minha opiniao pessoal e intransferivel eh q no caso geral o aborto deveria ser legalizado competamente ate 12 semanas de gestacao. Em casos especificos (anencefalia, problemas graves congenitos, risco de vida para a mae, estupro) este prazo poderia ser aumentado.

Rosanna Andrade disse...

Branca

Seu comentario foi otimo pra ilustrar o q eu falei:

"Mas aí diz que a criatura quase humana, de DNA humano, dentro dela não é nada. Desculpa. Não desce. Se você quiser defender indefesos, seja coerente"

Pessoalmente eu acho q um embriao ate 3 meses, mesmo tendo DNA humano e tudo o mais, nao tem um direito superior ao da mae (ou do pai) de deecidir se quer seguir com a gravidez, q n e coisa trivial.
P mim, uma ninhada de gatinhos aos 40 dias ja tem sistema nervoso formado e n deveria ser abortada. Antes disso, n vejo problema, ate pq sou entusiasta da castracao e me considero defensora dos animais.

Mas sabe, isso sou eu... e embora diferente da minha sua opiniao n eh nada absurda. Como resolver este impasse de forma pratica, ou seja, legalmente falando?

Ainda n encontrei a resposta

Mordred disse...

http://www.youtube.com/watch?v=E4yXL6l8Yns

Quando os "pró-vida, pró-barriga, pró-a-minha-escolha-em-detrimento-da-sua" começarem a utlizar as mesmas energias que eles utilizam para agredir médicos que fazem abortos legais, assediar grávidas e fazerem protestos salvando vidas de seres que realmente sofrem, que realmente sentem dor, que são realmente humanos, eu vou começar a levá-los a sério. Vocês vêem algum destes adotando crianças? Vêem fazendo protestos contra o descaso que o governo tem com as crianças abandonadas? Vocês já viram algum destes fazendo protestos pela criação de orfanatos decentes? Já os viram propondo uma política mais efetiva de adoção? Quando eu ver esses fanáticos realmente preocupados com a vida, ficarei feliz em levá-los a sério.

Anônimo disse...

Denise, isso existe sim. Quem sou eu para dizer que uma coisa não existe. Eu mesma já ouvi falar que isso aconteceu pq o cara tinha muito dinheiro, etc. Mas, de qualquer forma, esses caras, geralmente, não foram forçados a fazer sexo com essas mulheres, na maioria da vezes também não eram adolescentes inexperientes que não sabiam colocar uma camisinha ou não perceberam que ela rompeu (gente, isso é muito raro). Provavelmente eles fizeram o que a maioria faz: tô sem camisinha, mas não tem problema, eu dou um jeito, não vai acontecer nada... Eu nunca caí nessa, nem nunca quis engravidar para me aproveitar do dinheiro de homem nenhum e nunca tive que pensar em aborto por nenhum motivo, ainda bem, mas se a mulher resolver fazer sem proteção ela só está cometendo o mesmo erro que o homem. Não pode ser julgada por isso, não pode ser coagida a abortar, não pode arcar com as responsabilidades sozinha. O direito que a mulher tem de escolher fazer um aborto tem que ser uma proteção para a mulher e não a oficialização da canalhice que já existe.
Só a minha opinião, por comentei na primeira vez que "eu Discordava", só isso.

Mordred disse...

Quando eu vir*

Anônimo disse...

Rosana, esse período é aquele quando o feto sobrevive fora do útero. Nesses casos, não se trata mais de aborto e sim de parto prematuro. E quem define essa data é a medicina neonatal.

Mordred disse...

Isso sem falar na hipocrisia dos que são contra o aborto, porque a vida começa com a concepção e são a favor da fertilização in vitro. Bem, na FIV vários óvulos fecundados viram embriões e destes selecionam 1 (ou mais de 1), mas o fato é que embriões humanos são descartados após. Alguém aí vê os fanáticos protestando em frente a clínicas que fazem FIV? Coerência pelamor!

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