quinta-feira, 16 de março de 2017

GUEST POST: ESTUPRO DENUNCIADO, MAS NADA DE JUSTIÇA

Publico hoje o relato desesperado de Kari, 25 anos, que foi estuprada e, diante da impunidade, praticamente obrigada a sair do Brasil às pressas. 
O jornal Mossoró Hoje fez uma matéria sobre ela no dia 8 de março. Corajosa e insistente, Kari fez o que a maioria das vítimas não faz: denunciou. O acusado, um dos homens mais poderosos de Assu, cidade de 53 mil habitantes no Rio Grande do Norte, continua solto, mas ela recusa a se calar. 

Manchete da Gazeta do
Oeste
, jornal de Assu,
em maio de 2014
Fui estuprada há 3 anos por um dentista na minha cidade, Assu. Eu já dava aulas particulares de inglês à mulher dele, A., por 7 ou 8 meses. Ela começou a me convidar para um banho de piscina que eu sempre recusava porque trabalhava bastante e quando chegava a noite queria ficar com meu filho. 
No dia 28 de abril de 2014 eu aceitei esse banho de piscina depois da aula. Tenho que lembrar que antes da aula começar, A. me disse que tinha sido o aniversário do marido dela, J., e que ela iria contratar uma prostituta de presente pra ele. Eu fiquei surpresa mas continuei minha aula normal. 
Matéria do Mossoró Hoje em
marco deste ano
Quando a aula terminou eu fiquei surpresa com a insistência dela pra tomar banho de piscina pois estava chovendo. Quando entramos na piscina ela me falou que eu tinha um sex appeal enorme, ”que eu exalava sexo”. Eu novamente achei aquilo muito sinistro mas não sabia como sair daquela situação.
O marido dela apareceu do nada e pulou na piscina e perguntou sobre o que estávamos conversando. A. respondeu: “Estava falando pra Kari que ela tem o sex appeal enorme”. Então ele cheirou meu braço e disse "Sim". Fiquei muito constrangida, depois ele voltou e tocou a minha perna. Eu chamei a A. pra perto mas ela parecia estar gostando da situação. 
Pra quebrar o clima comecei a falar sobre trabalho. Ela me ofereceu o banheiro e eu fui. Entendi como se ela quisesse ficar a sós com o marido. Quando voltei pra piscina ele se aproximou de mim falando sobre trabalho. Isso me distraiu e A. saiu pelas minhas costas. Eu nao tinha percebido.
De repente ele me diz: "A. disse que você gostaria de colocar silicone, mas por quê? Seus seios são tão lindos” e baixou a parte de cima do meu biquíni e me atacou e arrancou a parte de baixo e me estuprou. 
Um dos delegados do caso
Eu gritava por A., mas ela não veio me ajudar, eu pedia pra ele parar. Ele me afogava e me estuprava! Depois de algum tempo eu já não tinha mais força pra me debater. Eu só esperava que aquilo acabasse. Tudo que vinha a minha cabeça era sair viva e ver meu filho novamente!
Chegou a um ponto que meu choro não cessava, então ele parou, pegou a parte de baixo do meu biquíni e me devolveu e me disse com a cara mais cínica do mundo: "Você gostou?” 
Eu tremia e chorava, e só falei "Isso é errado". Eu temia pela minha vida! 
Corri para o quarto onde eu ensinava A., e lá estava ela. O quarto de frente para a piscina com uma janela de vidro. Ela viu tudo! Eu tremendo e chorando com a voz falha disse: "Como você aceita isso? Eu confiava em você." E ela me disse: "Nada vai mudar entre a gente, está tudo bem”. Eu já não tinha mais reação. Ela me puxou pra me dar um banho e eu, por medo que me fizessem algo, deixei. Depois pedi pra ir pra casa, disse que iria chamar meu moto táxi de confiança, mas ela disse que iria me deixar em casa. Meu pai me ligou e disse”Onde voce está? Cuidado com esse povo”, como se ele pressentisse algo, mas eu não podia dizer nada pois ela estava do meu lado.  
Ela foi me deixar em casa e seu marido já não estava mais no jardim. Eu chorava, em estado de choque! Depois ela me mandou uma mensagem no celular que dizia: "Fique bem, minha amiga, eu gosto muito de você, você é uma pessoa que me faz muito bem e eu não quero perder isso.”
Passei a noite em minha casa pois sabia que meu pai tem o temperamento estourado e se dissesse a ele na noite ele teria ido lá e o J., que me estuprou, possui um arsenal de armas em casa e tem uma escola de tiro na cidade.
Às duas da manhã liguei pro meu esposo que está trabalhando na Inglaterra e ele me orientou a ir à polícia, mas tive muito medo, por serem pessoas influentes e perigosas!
Três anos se passaram e duas outras vítimas vieram adiante. A justiça é cega?

Meu comentário: Kari fez o que todos pedem que façamos: denunciou e luta por justiça. O inquérito policial comprovou a ocorrência da violência e o casal foi indiciado em maio de 2014. Mas os laudos técnicos dos exames não comprovaram o estupro (que, como apontou o delegado, não precisa incluir penetração para ser considerado estupro). 
Kari e seu pai foram ameaçados de morte. O pai de Kari, que é cabeleireiro e ativista dos direitos dos animais, falou à TV várias vezes. O caso já passou por sete promotores de justiça e, até agora, não houve condenação. Recentemente, Kari fez um vídeo, chorando. Ela tem toda a minha solidariedade.

39 comentários:

Anônimo disse...

Existe um "gut feeling" natural na gente, um instinto que fala que tem alguma coisa errada na situação. Mulher é ensinada a reprimir e a confiar cegamente nos outros, especialmente homens. Temos que parar de fazer isso.

Anônimo disse...

(TALITA)

Lola, sou leitora recente e comentarista mais recente ainda, mas esse post me motivou a interagir.
Uma das minhas melhores amigas desde a adolescência está num relacionamento em que tudo o que o namorado dela pede na cama, ela faz ainda que sem vontade. Se ela se nega, ele começa o drama de que "se fosse para outro, faria tudo". E aí ela cede. A última foi sexo a três. Eu falei para ela que tudo bem fazer (ela vem de família religiosa), desde que ela se sinta a vontade com a situação.

Eu sei que o post é sobre estupro, mas não pude deixar de identificar que talvez esse casamento também seja um relacionamento abusivo.

Anônimo disse...

A vitima foi inocente, tava na cara que a esposa estava querendo aliciá-la para o marido há meses. Mas ser inocente não é crime, especialmente para as mulheres numa situação dessas: somos praticamente ensinadas a agradar, a sermos educadas. A esposa, ainda que esteja num casamento abusivo e se ressinta dessa situação, não pode ser eximida da culpa que teve para o cometimento desse crime.

Eu não sei se ela tem algum fetiche em ver o marido transando com outra ou engole essa situação por medo (relacionamento abusivo), mas a vítima não tem nada a ver com isso e não merece sofrer as consequências. Tomara que ambos apodreçam na cadeia.

Alícia

Anônimo disse...

Mulheres, confiem em suas próprias percepções. Confiem em seus instintos.

titia disse...

Minha solidariedade e meu total apoio pra Kari, essa guerreira corajosa que denunciou e luta por justiça. O que eu realmente poderia dizer? É tristeza demais, dor demais, ver o mal que essa gente infernal faz. Meu total apoio pra Kari, que você encontre forças pra seguir em frente e, por mais que possa ser um desejo vão, que um dia a justiça seja feita.

Pessoas, a primeira anon está absolutamente certa: não ignorem seus instintos. Não tenham medo de ofender ou "magoar" os outros, não tenham medo de passarem por mal educadas, não acreditem nem por um segundo que vocês devem confiar no outro, quem quer que seja esse outro: se alguma coisa apertou saia correndo de quem te causou isso. Seja grossa, seja bruta, seja hostil mas não ignore seus instintos; fuja de quem te faz sentir mal. Vocês não tem obrigação de agradar nem de ser gentis e legais com ninguém.

titia disse...

Talita, esse relacionamento é completa e totalmente abusivo sem a menor dúvida. Se puder, dê a maior força pra sua amiga pular fora dessa e jogar o lixo fora.

Anônimo disse...

Óbvio que é um relacionamento abusivo. Como assim "se fosse para outro, faria tudo"? Que bosta de chantagem patética é essa? Ela tá com esse cara por pena? Se ela tem peninha e continuam com um manipulador barato, um chantagista escroto desses, talvez ela goste de ser feita de otária e dominada por esse pedaço de merda. Mulher nenhuma é obrigada a aguentar trastes abusivos como esse, nem se ele fosse o último homem na face da Terra. Pior ainda satisfazer contra a própria vontade cada fetiche desse canalha que nem de longe é o último macho do mundo. Tá faltando muita auto estima e respeito próprio pra sua amiga.

Anônimo disse...

"Existe um "gut feeling" natural na gente, um instinto que fala que tem alguma coisa errada na situação. Mulher é ensinada a reprimir e a confiar cegamente nos outros, especialmente homens. Temos que parar de fazer isso."


"Pessoas, a primeira anon está absolutamente certa: não ignorem seus instintos. Não tenham medo de ofender ou "magoar" os outros, não tenham medo de passarem por mal educadas, não acreditem nem por um segundo que vocês devem confiar no outro, quem quer que seja esse outro: se alguma coisa apertou saia correndo de quem te causou isso. Seja grossa, seja bruta, seja hostil mas não ignore seus instintos; fuja de quem te faz sentir mal. Vocês não tem obrigação de agradar nem de ser gentis e legais com ninguém. "


Exatamente, mulher é socializada pra ignorar todos os sinais, ser amável, ser educada (ou seja, falar sim pra qualquer merda), não desagradar, não se impor, ser linda, decorativa, Marcela Temer porque senãooooooooooooo onde já se viu uma mulher grossa desse jeito...

É tudo lavagem cerebral, é tudo pra meter a gente em roubada e ficar vulnerável a violência sexual, agressão, assédio moral, abuso físico e psicológico e tudo mais que fazem com a gente.

Que chamem de louca, de histérica, de machona, que falem. Não é disso que a gente precisa ter medo. Até porque, de mulher, sempre alguém tem o que falar.

Anônimo disse...

"Mulher é ensinada a reprimir e a confiar cegamente nos outros, especialmente homens."

Como????!!!!

Anônimo disse...

Meus intintos dizem que não posso confiar em homem nenhum.

Anônimo disse...

As pessoas do mundo não merecem simpatia e educação nenhuma. Sua vida e segurança vale mais que a opinião de merda dos outros.

A mãe dos gato tudo disse...

A questão do "gut feeling", como várixs aqui apontaram me fez lembrar do filme "Os homens que não amavam as mulheres", um filme bem controverso no feminismo por sinal.
Enfim, há uma cena em que o segundo protagonista, um jornalista do sexo masculino é convidado pelo assassino para um drink em sua casa.
Quando o assassino imobiliza ele, faz perguntas sobre as pessoas ignorarem o gut feeling.
Diz que a situação já estava super esdrúxula quando se encontraram - na porta da casa do assassino, o jornalista estava espionando ele e quando o assassino apareceu, o jornalista começou a correr! - Mas mesmo assim quando convidado para uma bebida aceitou.
Ele continua "O medo de ofender, de parecer rude, levou muitas mulheres à morte aqui".

Acho importante trazermos isso à tona. Somos condicionadxs a reprimir o gut feeling, sermos "amigáveis", "gentis".

Muito disso devido à racionalização extrema, à repreensão de tudo que é místico/sensitivo e, portanto, "feminino". Dizer que "sentimos" algo errado é quase um crime. Precisamos ter provas concretas, no mundo físico. Algo tangível.

Alguns teóricos dizem que está terminando o ciclo da geração "lógica", iniciada em meados do início do séc. XIX com a industrialização culminando no início da sua decadência no final dos anos 70/início dos anos 80 com a era digital. Agora, robôs fazem o trabalho lógico pra gente.
Na era pós-digital (a nossa) alguns estudiosos afirmam que com a expansão da robótica e evolução dos computadores, o diferencial será retornar à nossa humanidade.
Isso já é uma realidade. Bons gestores de pessoas, que consigam lidar com uma equipe multi-cultural/diversificada estão passando por uma supervalorização no mundo globalizado de hoje.
O professor que observar seus alunos e trabalhar seu potencial individualizado vai ser o cara das próximas gerações.
Eu tive uma professora assim. Ela tinha 40 crianças pra ensinar em escola pública, mas ela achava o diferencial de cada um. Mal sabia, já estava na vanguarda da era pós-digital.

As escolas mudarão de formato. Nos direcionaremos para a era do (auto)-conhecimento, da compreensão dos nossos sentimentos e emoções humanos. Não será mais considerado fraco/feio expressar-se através de choro, por exemplo. Não será mais louco ouvir a intuição.

Anônimo disse...

O que mais me preocupa é a denúncia passar por vários níveis e locais na justiça, mas nunca acontecer a responsabilização.

Anônimo disse...

A mulher do cara participou da violência! Viu a vítima como reles objeto e ainda se dizia amiga!?Ele nem se fala, um monstro.

Tem coisa que não dá pra deixar passar. Quando o Estado falha abre espaço para a justiça com as próprias mãos, é preciso que os homens da família da moça haja como deve agir um homem.

Anônimo disse...

Meeeeu Deus eu estou paralisada, que ódio, que medo...
Obrigada por partilhar sua história nem que seja para ficarmos mais ligadas.
Além de pedir justiça, espero de coração que você tenha uma boa vida ao lado de sua família, não permita que essa merda te derrube.

Cada dia eu dou mais e mais ouvido ao que chamamos de instinto e passo essa informação ao maior número de mulheres possível. Sentiu alguma coisa, QUALQUER COISA, caia fooora, não importaaa se vão nos achar estranhas, malucas, estéricas, mal educadas, o que for, melhor pensar o pior de uma situação que não era de fato ruim do que ignorar seus apelos internos.

Um abração.

Sandra

Anônimo disse...

"Na nova ciência do século XXI, não a força física, mas a força mental vai liderar o caminho. Dons mentais e espirituais serão mais necessários do que dons de natureza física. A percepção extra-sensorial terá prioridade sobre a percepção sensorial. E nessa esfera a mulher voltará a predominar. Ela, que foi venerada e adorada pelo homem primitivo por causa de seu poder de ver o invisível será mais uma vez o eixo — não como sexo, mas como mulher divina — sobre o qual a próxima civilização, como antigamente, girará."

Elizabeth Gould Davis, The First Sex (O Primeiro Sexo), capítulo 22 (1971). Este é o último parágrafo de seu livro, que explica a tese de que as mulheres eram originalmente o sexo dominante e superior.

Anônimo disse...

O que aconteceu foi horrível, mais o que me chamou muita atenção foi a própria mulher do cara ser comparsa dele, pra vc ver como o que somos ensinados no tal de relacionamento padrão não quer dizer nada o perigo mora ao lado.

Anônimo disse...

Minha total solidariedade e força à você.Tente se fortalecer o máximo que puder.Cuide da sua saúde mental e física,porquê só quem passa por tamanho sofrimento é que sabe os danos e as dores que sente.

Anónimo disse...

Resumiu todas minhas reações na maioria das respostas que dao por aqui kkkkkkkk

Anónimo disse...

Como????!

Anônimo disse...

"Mulher é ensinada a reprimir e a confiar cegamente nos outros, especialmente homens."

Tem certeza que não é o contrário?

Anônimo disse...

Parece que vivemos no Século XV quando tudo era permitido e as mulheres eram apenas objeto de prazer. O fato ocorrido recentemente mostra o quanto nós feministas temos que ainda lutar para mudar esse tipo de situação. A justiça em nenhum lugar do Brasil consegue ser a nosso favor. Estra mulher corajosa e sua família merece todo nosso respeito e solidariedade. Este casal precisa ser preso, para dar exemplo para a sociedade. um crime deste não pode ficar impune e a vitima tem que ser reparada por todos os constrangimentos que sofreu e as sequelas que ficaram. Queria poder estar perto para abracá-la, confortá-la, mas sei que muitas companheiras e sua família estão fazendo esse gesto. JUSTIÇA É O QUE ELA PRECISA.
Mary Ferreira, professora da UFMA

Anônimo disse...

aposto que se ela, a vítima, resolvesse fazer justiça com as próprias mãos, seria presa na velocidade da luz

enquanto isso fica aí o vagabundo e a distinta esposa circulando tranquilamente na vida, ostentando no Facebook e vitimizando sabe-se lá quantas outras mulheres

negócio é fazer um escândalo mesmo, aproveita que tu tá fora do Brasil e desce a lenha, tenta engajar umas pessoas famosas (Jout Jout, outros youtubers, vereadora Samia Bomfim, Jean Wyllys, procure no Facebook a advogada e ativista de direitos humanos Eloisa Samy, que foi quem atuou naquele caso famoso da jovem carioca estuprada por várias pessoas) e nunca pare de contar a sua história

força, linda, juntas somos mais fortes

titia disse...

18:32 não, não é.

Anônimo disse...

Ué, a Lola não quer mais colocar nome e foto das pessoas que ela ataca no blog dela? Agora é: "o acusado isso", "um dentista rico aquilo".

Por que será?

Anônimo disse...

Lola arregou legal com medo de mais processos no lombo.

Nem os mascus imaginavam que fosse tão fácil sossegar ela, kkkkk

Tá pianinho agora...

lola aronovich disse...

Ué, anon das 13:06, eu sempre fiz isso. Veja os outros guest posts com relatos de estupro. Algum tem o nome do estuprador? Não. Eu faço isso por dois motivos: um, porque mais importante que um caso específico, um estuprador específico, é o sistema. É isso que denunciamos. E dois, para evitar processos. E eu consigo evitar, sabe? Tanto que em nove anos de blog e mais de 4 mil posts, muitos com denúncias, sabe a quantos processos eu respondo? Dois. Sabe de quem? De dois mascus ex-presidiários que, pra não admitirem que ferraram com a própria vida, tentam culpar alguém pelo fracasso ambulante que são.

lola aronovich disse...

Faz quantos anos mesmo que vcs vêm tentando me calar, ô mascu das 13:18? 9 anos? 7 anos? Conseguiram? E não foi por falta de tentativa. Tentaram e continuam tentando me hackear, fazem site falso no meu nome e no do meu marido, me ameaçam de morte e estupro, ameaçam a minha família e minhas leitoras, ameaçam minhas advogadas, fazem denúncias falsas por script pro Google... E cá estou eu, nada sossegada, nada pianinho, totalmente destemida. Se eu não tenho medo de ameaças, vou ter medo de processinhos ridículos que não se sustentam? Quem tem medo são vcs, não eu. O próprio líder da quadrilha -- aquele que diz que mata BO no peito mas é um covarde de marca maior que faz sitezinho pra atacar os próprios companheiros -- já disse que tem medo de mulher (como se a gente não soubesse). Volte pro seu porão fétido e espera a mamãe que te sustenta te chamar pro lanche.

Anônimo disse...

HAHAHAHA!! PODIAM dormir sem essa mascus nojentos do pau mole!! Pisa mais Lolita!

Unknown disse...

Lola é destemida! Todo mundo sabe que hoje em dia no Brasil bandido tenta calar as "vozes" que se levantam com processos que não se sustentam..

Anônimo disse...

Mas o pai dela não tem um arsenal em casa? Por que ele não vai lá e enche ele de tiro?

titia disse...

Imagino que porque ele não é um bandido, 02:26. Quer justiça, não cometer um assassinato.

Unknown disse...

O estuprador tem um arsenal de armas em casa. Ele tem uma escola de tiros.

Anônimo disse...

Não entendi bem o desfecho... ela denunciou 3 anos depois ou logo em seguida? O marido falou pra ela denunciar no dia mas não foi e foi só 3 anos depois? Fez exame que comprovou algum tipo de agressão mas não penetração (que é estupro mesmo assim...)? Tem mais duas vítimas que tb denunciaram? Ou seja, fiquei com várias dúvidas.
Sinistro, né? Isso da mulher do cara fazer todo o esquema. Eu acho que não necessariamente ela é vítima do marido. Acho que ela está mais pra comparsa e sádica, que gosta de assistir. O pior é que parece que tem um 'modus operandis' do casal, indicando que não deve ter sido nem a primeira nem a última.

Anônimo disse...

Vai dar em pizza.

Anônimo disse...

Que família hetero feliz essa.

BLOG DO ESTUPRADOR JOVANE DANTAS disse...

FIZEMOS DENUNCIA NO OUTRO DIA DO ESTUPRO MINHA GENTE. SOU PAI DA VÍTIMA MANUELJUNIOR ASSU/R MEU FACE

Jhany disse...

Eu não confio em homem nenhum. Fui estuprada várias vezes, horrorisada, humilhada, ameaçada aos 12 anos. Eu não sei o que me deu que fui a um convite para ir a casa dele, na tv Tom e Jerry coisa de pedófilo querendo agradar a vítima. Mas percebi algo errado, ele não saia do quarto. E me levantei pra sair, era vizinho!
Tudo trancado, gelei, medo me agoniou. Não gosto de nada trancado até hoje.
Ele saiu do quarto parecendo o próprio cão. Eu de pé, um sôco no rosto que caí, este homem rasgou minha roupa. Eu tinha 12, mas parecia que tinha 10. Não tive chances.
Eu não tinha seios, ele me alisava, beijava praticamente meus ossinhos eu não tinha nada de adolescente.
Medo.
Vergonha.
Nojo.
Raiva.
Dor.
Me estuprando no chão. Me babava, me beijando parecia não ter fim. Eu nua, criança apesar da idade de 12 anos. E o inferno piorou quando senti algo me rasgando, cheiro de sangue e dor.
Era como um cavalo.
Quando tudo terminou o sangue escorria pelas pernas finas e doía andar, me vesti com os trapos e pulei pela janela. Aguento calada até hoje, minha mãe disse que não ia dizer nada porque meu pai e irmãos já homens matariam o infeliz, seriam presos e a culpa minha.
Tive febre, ela cuidou de mim, mas não era o silêncio que eu queria. Eu queria falar, gritar.
Quando eu chorava ela dizia chora baixinho.
Saí de casa, não suporto, a relação entre minha mãe acabou.
Vivo só, magoada e com medo.

Jhany disse...

Idiota, anencéfalo, defíciente social e moral.