terça-feira, 29 de junho de 2010

O GOLEIRO E A CULPA DA EX-AMANTE

Vocês devem estar acompanhando as notícias em torno do caso do goleiro Bruno, do Flamengo. Bruno é aquele que, em março, para defender Adriano, que havia se envolvido em violência doméstica, perguntou: “Qual de vocês aí, que são casados, nunca brigou com a mulher, nunca discutiu ou nunca até saiu na mão com a mulher? É normal isso aí. Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher, xará”. Pelo que as evidências indicam, Bruno tem outras ideias sobre o que significa “sair na mão com a mulher”.
Sua ex-amante (pois ele é casado), Eliza, de 25 anos, está desaparecida há quase um mês. Na última vez que foi vista, disse às amigas que estava indo se encontrar com Bruno no sítio dele, em Minas. Ela já havia prestado queixa de agressão contra o goleiro, e estava lutando no tribunal para que ele reconhecesse a paternidade de seu filho, um bebê de 4 meses, e pagasse pensão. Uma denúncia anônima disse à polícia que Eliza foi espancada por Bruno e seus amigos no sítio, e que suas roupas haviam sido queimadas. E o bebê foi encontrado com a esposa de Bruno. Enfim, são evidências suficientes pra fazer do goleiro o suspeito número um no provável assassinato de Eliza.
Se isso tudo for comprovado, Eliza será mais uma mulher a ter sido morta pelo ex-companheiro, o que, como a gente sabe, é comum. Metade das mortes de mulheres no mundo é causada por companheiros ou ex. No Brasil, sete em cada dez mulheres assassinadas são vítimas do marido, namorado, amante, ou ex. É, lógico, uma epidemia causada pelo machismo, que faz com que a mulher seja vista pelo parceiro como sua propriedade. Um machismo que, além de falar de posse, ainda acredita em legítima defesa da honra.
Bruno não anda muito abalado com as acusações. Pelo contrário, declarou estar com a consciência tranquila: “Ainda vou rir muito de tudo isso”, disse ele à imprensa.
Talvez mais assustador que a declaração do goleiro do Flamengo são os comentários que aparecem nos sites dos principais jornais. No Estadão, há coisas desse nível (tudo sic):
- “Coisa de mulher vadia fica correndo atrás de homens com dinheiro prá ganhar pensão gorda, e ficar no bem bom”.
- “Por que as mulheres se metem com homens casados?”
- “o cara eh casado e a jovem foi se envolver com ele . . . .ambs estão errados !!!!!!!!!”
- “o corintians é mais tranquilo mesmo, os caras só querem saber de traveco! No Flamerda a barra pesa...”
E na Folha:
- “Deveria haver,junto com o treinamento,algum tipo de preparo para esses jovens q se alçam a carreira de atleta,principalmente se ele for oriundo das camadas mais pobres do país;atleta pobre(nem todos)não tem noção de família,de patriotismo,de dignidade e de lidar com os lados emocionais e financeiros.”
- “Vai ver o Bruno descobriu que o filho não era dele, daí se revoltou e empacotou a namorada.”
- “Como diz a musica das gaiolas, um otário para bancar.. é isso que a maioria das mulheres pensa, seja uma psedo modelo ou uma da favela.”
- “A moça segundo consta também gosta de um jogador de futebol e outras ralés; dizem q no Paraná, de onde é originária, mas trabalhava como modelo em São Paulo, também tinha um curriculo expressivo de amores. Estas meninas se iludem com jogadores de futebol e pagodeiros; ficam doidas para arrumar uma barriga para durante pelo menos 18 anos, ficarem as expensas desses o.t´.á.rios. Mas não justifica dar fim a uma pessoa; afinal de contas ela tinha um bebê; deveria haver compaixão.
Os casos mudam, mas a reação de algumas pessoas, não: a culpa é sempre da mulher! Ela que se envolveu com um homem casado (e não vice-versa), ela que engravidou (sozinha!), ela que procurou reconhecimento da paternidade, ela que pediu pensão. Ou seja, ela praticamente pediu pra morrer. Mereceu. Ou talvez não. De acordo com o último comentário, ela não mereceu o fim trágico porque tinha um filho.
De fato, deveria haver compaixão.

77 comentários:

Phoenix disse...

A culpa é sempre da mulher, a mulher é a que seguiu a serpente, a mulher é que é a safada mesmo e um marmanjão sair na mão com mulher, ou seja, espancá-la, a culpa é dela, ela que provoca.
Aliás, os estupros acontecem pq as mulheres se insinuam, né verdade?
Imagine aí, Lola, uma sociedade não-machista, como seria?!
Bjs

aiaiai disse...

Pior é que, de novo, não apenas li essas barbaridades...eu ouvi de pessoas próximas. Eu nem tava sabendo do caso e ontem, depois do jogo, ouvi as pessoas falando e o tom era exatamente esse: vagabunda, procurou, encontrou...ponto final! Lamentável de todas as formas possíveis.

Gabriela disse...

Felizmente da maioria das pessoas eu ouvi que o cara já tinha ficha corrida e que foi meio cagada ela correr atrás dele, que inteligente da parte dela seria tratar só através de advogados.

Ela não ter feito isso, pra mim, é um indício até forte de que ela não era apenas maria-chuteira. Que provavelmente foi atrás dele no sítio achando que não aconteceria nada por ela estar com um bebê pequeno, que talvez o cara quisesse conhecer o menino, esse tipo de coisa.

Mas claro, choveram comentários de "quem envolve com homem casado não presta"...

Umrae disse...

Ha, eu ouvi ontem da minha própria mãe: "é, mas uma menina dessas também não podia ser boa coisa!"

Porque, naturalmente, ainda impera a mentalidade de que ela que foi atrás por ser oportunista, o cara casado não tem obrigação nenhuma de resistir se ela deu mole, filho brota por geração espontânea, ou por alguma armadilha dela, e a obrigação de pagar pensão realmente é uma injustiça feita para favorecer mulher folgada.

Porque, para variar, os homens que pensam assim nunca querem assumir a culpa pelo que fazem. E as "senhoras de família" concordam que eles não precisam.

Umrae disse...

Ah, e note-se: ela merecia compaixão porque a maternidade, de certa forma, a redimia.

Ághata disse...

Depois as Feministas que são radicais quando dizem que, sim, homens vêem mulheres como coisas suas.

Marissa Rangel-Biddle disse...

O Bruno nunca prestou como ser humano, neh? A Eliza ja tinha denunciado eles por 2 vezes por agressao fisica. E se a gente fizer um apanhado mental rapido, veremos o quanto esses futebolistas estao sempre encrencados batendo em mulheres. E depois homens como o Kaka eh tratado como um imbecil porque nao ta por ai batendo na esposa, cheirando cocaina e se acabando em festas.

O que eh triste neste caso sao os comentarios, Lola. Como vc colocou no post, os comentarios sao tao crueis e sempre colocam a culpa na gente. E parece que isso nunca muda.

Tomara que encontrem logo o corpo dela.

Alexandre Martins disse...

Sei lá... acho que por mais que o cara seja um puta dum babaca ordinário que não vale um pão com ovo e uma dolly quente, ele só é culpado quando provado, e não quando considerado suspeito, único suspeito, meio suspeito, whatever.

Até lá, isso só gera argumento radical. Óbvio que podemos acompanhar. Só acho que não temos o direito de bater o martelo e sentenciar o cara.

Lily Dragon disse...

Alexandre, o negócio não é bater o martelo e julgar o cara - um dos princípios do direito penal é justamente a presunção de inocência até que ele seja provado como culpado.

O que é criticado é como a sociedade "bate o martelo" em cima da mulher imediatamente: ela que fez errado em ir vê-lo, ela que fez errado em engravidar, ela que fez errado em se envolver com homem casado... Como se não precisasse de uma outra parte para ser amante, para engravidar... O absurdo é que, mesmo que ela desapareça, é culpa dela?

A justiça vai dar a sua sentença no devido tempo (que, infelizmente, é lento), mas pelos comentários que nós vemos, quem está sentenciada pela sociedade é ela, mesmo diante das denúncias anteriores de agressão, de se recusar a pagar a pensão por um filho (querido, essa coisinha aí são 50% dos seus cromossomos. Não importa quem seja a mãe, é 50% dele...), de ser um suspeito do desaparecimento dela e, para mim, o pior, falar que VAI RIR MUITO COM TUDO ISSO?

"Ah, não fui eu quem matou mesmo, mas tipo, velho, ela morreu e eu me livrei dela, HAHAHAHAHAHA!"

É difícil ser uma defensora dos Direitos Humanos quando você vê que esse tipo de gente também faz parte da humanidade...

Isa disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Aline disse...

Então....segundo o último comentário, ela só teria direito a vida porque tem um filho, porque se não o tivesse poderia morrer.....TOSCO, BRUTAL, ANIMAL, SELVAGEM.
É só o que vem a cabeça quando leio este tipo de comentário e todos os outros, ela deixou de ser humana e virou uma coisa a ser eliminada.
Detalhe: pelo que comentam em favor desse infeliz-pertubado-prepotente é que ela deve ter forçado ele a deitar na cama, ele foi forçado a ter relações com ela, ele não poderia/sabia/conseguia dizer não? Quando decidiu dizer não resolveu agredir? Quem não sabe, não consegue responder, argumentar, depois de um breve raciocínio pode bater? Matar? Daí de noite vai pra casa tranquilamente....quando deveria ir para o zoológico, onde tem outros semelhante que o tratariam da mesma forma, ou na selva onde a sociedade funciona assim...só que a diferença é que na selva não duraria muito tempo, porque ali sim a lei funciona assim, talvez nem assim, porque se mata por território e fome.... (por enquanto ele é o suspeito).... enfim, é muito nojento pra discutir, esse povo ainda tem um cérebro do tamanho de um amendoim. É duro saber que tem tantos outros animais em potencial.

Bia Carvalho disse...

Oi Lola...
Desde que eu ouvi a declaração do Bruno defendendo o Adriano, eu achei um absurdo...
Ele, para mim, nunca teve cara de santo e não me espanto se ele tiver matado mesmo a menina.
Eu só sei que esses caras que acham que a culpa é dela são uns babacas... mas é sempre assim, não é?

bjs

Anônimo disse...

Alguém tinha alguma dúvida que a culpa era dela mesmo? (LOL)

O lance é que isto não é um caso individual; é uma prática social né? Práticas sociais consolidam um esquema simbólico presente na nossa sociedade. No caso, um esquema simbólico de dominação.

É o mesmo motivo pelo qual na França, onde o aborto é legal, as mulheres ainda encontram MUITA dificuldade e bloqueio para realizá-lo... São enroladas para não fazerem o aborto mesmo tendo este direito, em várias cidades e regiões. Escrevi hoje um texto legal no meu blog sobre essa relação da descriminalização do aborto com um esquema maior de dominação. Tá lá: http://bit.ly/b91RYJ

Aline disse...

PS: o que estão discutindo não é se ele é inocente ou culpado, é a opinião das pessoas quanto a possibilidade da culpa.

Anônimo disse...

alê, o problema é que esta história de "inocente até que se prova o contrário" é bem relativa no Brasil.

Se o suspeito é um homem rico, famoso, etc. como o Bruno então sim, todos saem defendendo que ele é inocente até que se prove o contrário. E alguém tem alguma dúvida que ele arruma um laranja fácil se a coisa sujar?

Se o suspeito ou a suspeita é pobre, é o oposto: é culpado até que se prove o contrário. Prova disto é o número de gente presa por engano que passa mais de ano na cadeia porque testemunhas acusam enganosamente de um crime que a pessoa não cometeu.

Agora, se o suspeito é homem e tem uma mulher envolvida, pode apostar que ele é inocente até que se prove o contrário enquanto ela já é culpada antes mesmo de ser suspeita de qualquer coisa... e sem nem o direito de provar o contrário.

Morro de vontade que alguém nos EUA faça um documentário mostrando que nem lá o sistema judicial é que nem no Law and Order.

Masegui disse...

Esse Bruno é um bandido perigoso, do tipo frio e calculista. Já deveria estar preso.

O pior é se não encontrarem o corpo da moça. Sem cadáver não há crime ou fica difícil provar.

Gabriela disse...

"ela merecia compaixão porque a maternidade, de certa forma, a redimia."

E pra alguns, parece que é somente por isso, ou porque o neném ainda mamava no peito. Fosse o mesmo caso, mas sem bebê no rolo, aposto que ia prevalecer os comentários de "ah, ela caçou".

Gabriela disse...

"Agora, se o suspeito é homem e tem uma mulher envolvida, pode apostar que ele é inocente até que se prove o contrário enquanto ela já é culpada antes mesmo de ser suspeita de qualquer coisa... e sem nem o direito de provar o contrário."

Só outro comentário: já tem gente dizendo que com certeza a mulher dele tá envolvida até o pescoço, porque o bebê foi encontrado com ela.

Não duvido que muito do bate-boca sobre o assunto vai se desviar pra isso: ele é um monstro, mas ela é pior porque foi conivente (sem saberem se foi mesmo), porque permitiu acontecer, etc.

Anônimo disse...

Eu também não gosto de fazer julgamentos antecipados (e me rebaixar ao nível desses comentários que a lola colou no texto, que sempre julgam a mulher sem perder tempo). Eu não gosto disso, não acho que a delegada devia dar declarações sobre o caso mas, já que deu, eu fui analisar os fatos.

Nada foi provado, mas as evidências praticamente sentenciam que o Bruno tá metido nisso. Somado às suas declarações passadas e também ás denúncias formuladas pela moça (ninguém comentou aqui, mas parece que ele e mais dois amigos - quando ela ainda estava grávida - a obrigaram, apontando até arma na cabeça dela, a ingerir medicamentos abortivos. no exame de corpo de delito, verificou-se indícios de agressão), dá pra ter uma leve certeza do seu envolvimento.

Isso de botar toda a culpa na mulher me cansa. As vezes eu canso de discutir, seja na internet, seja nas rodas familiares ou de amigos. Por incrível que pareça, muitas vezes o meu argumento é minoria. Mas nós aqui concordamos nesse ponto. =) ufa

E as pessoas não enxergam que mesmo se a moça fosse uma interesseira etc. e tal, nada mudaria. Isso não justifica crime nenhum! ou ele foi forçado a fazer sexo com ela?! E mesmo se o filho não for dele (e é), também não justifica a raivinha dele e muito menos crime algum.

Enfim... =/

Giovanni Gouveia disse...

Recentemente houve, aqui em pernambuco, o julgamento (após vinte e tantos anos) de um monstro que simplesmente matou a mulher e ainda atirou na filha (4 anos à época do crime) e no filho (2 anos à éoca do crime, que ficou com seqüelas permanentees, poi levou um tiro na cabeça).
O pai desse "digníssimo", advogado de porta de cadeia reconhecidíssimo aqui nestas bandas, declarou para a imprensa que "o filho estava certo, pois a mulher o havia chamado de corno, e caso o filho não tivesse feito o que fez não teria mais o direito de sentar-se à sua mesa...", também disse que "o problema era do código penal que não mais considerava adultério crime" e que "lésbica e viado é um lote de cabra safado" (não me pergunte que eu não sei a conexão disso com o crime, mas ele disse).
http://www.diariodepernambuco.com.br/vidaurbana/nota.asp?materia=20100518112316&assunto=82&onde=VidaUrbana

Detalhe, eles já estavam separados quando houve o crime.

Mari Moscou foi precisa sobre essa tal de "presunção de inocência" no código penal brasileiro, acrescento:
Negro nunca é inocente neste país,
Pobre nunca é inocente neste país,
Mulheres humilhadas, violentadas, estrupadas, espancadas, assassinadas... São as inimigas 'número um' da lei e da ordem, pois "provocaram".

**Dre** disse...

Nao me surpreende comentarios desses de leitores do Estadao, incluidos digitalmente e oriundos de um pais emergente.
Os mesmos que foram para a faculdade comigo, que por algum momento foram colegas de trabalho ou que ainda devo ter me envolvido uma vez na vida. Comentarios desses se tornam tao normais na nossa sociedade que todo mundo acha muito normal!
Ai vem as corporacoes com os mesmos pensamentos, as universidades, os governantes.... etc... e pior isso nao e so no Brasil!

Alexandre Martins disse...

Eu entendi o que você quis dizer gata. E concordo. Mas ainda acho que inocente é inocente até que provado o contrário, seja ele/ela/eleela/elaele/whatever branco/negro/amarelo/azul/listrado/furta-cor (rá!), pobre, rico, meio pobre, meio rico, podre de rico, milionário, bilionário, escaralhardário.

Não estou dizendo que funciona deste jeito, mas EU acredito que TEM que ser igual, não cortando o direito de quem tem, mas reinvidicando o direito de quem não tem quando este deixa de ser exercido.

E pessoalmente... sim. Eu acho que o Bruno é um puta dum escroto. Um cara que é figura pública que pergunta "quem nunca bateu na mulher" tem é que levar na cara pra deixar de ser besta.

Rê_Ayla disse...

q nem em casos de estupro, onde a mulher q pediu, q tava com roupa sensual e etc... machismo puro. O pior é q já ouvi mulheres falando assim de outras... q ela q pediu (pra apanhar, pra ser traída, pra seja lá o q for).

será tão difícil entender q NADA justifica violência? NADA justifica assassinato?...

Tanize disse...

As pessoas confundem a violência aplicada a mulheres com o desprezo que sentem por determinadas atitudes delas (como buscar uma vida fácil através de pensão-alimentícia; e não venham me dizer que isso não existe).

Sei que posso ser pisoteada por esse comentário...

Acho, mesmo, que pode-se achar um comportamento baixo e desnecessário, mas nem por isso querer a pena de morte para tal pessoa.

Esse caso é mais um em que muitas pessoas julgam o suposto comportamento dela como mais grave que qualquer suposta atitude que ele tenha tomado a seguir, simplismente porque já a desprezavam antes.

Dai disse...

esse assunto me dói demais. obrigada por escrever esse texto. vou encaminhar à minha lista de emails. beijos, lola (sem ler comentários desta vez, vai que me estresso!)

lola aronovich disse...

Isa, fui até o blog ou site que vc indicou, e tb recebi email de uma leitora que pediu que eu falasse sobre a acusação de estupro em Floripa. O que pude entender é que parece que três meninos de 14 anos estupraram uma menina de 13 ou 14, ex-namorada de um deles. Todos estudantes de um tradicional colégio particular de Floripa. Os meninos, que se encontraram num shopping, colocaram algum tipo de droga na bebida da menina e a levaram ao apartamento de um deles, onde ela foi estuprada, e seria estrangulada e morta se a mãe do menino (ex-mulher de um dos donos de um grupo de comunicação) não tivesse entrado no quarto naquele momento. A reclamação é que mais esse crime permanecerá impune e que os jornais e noticiários do grupo não estejam falando no caso.
Tô entrando em polêmica de novo, mas eis aqui a minha resposta:

Fui até o link que vc sugeriu, e a história realmente é horrível, se for verdadeira. Mas, pra colocar isso no meu blog (e eu já estou colocando, mesmo que nos comentários - o que é totalmente imprudente da minha parte), eu precisaria de alguma fonte um pouco mais concreta, um pouco mais respeitável, do que um site ou blog sensacionalista. Os comentários por lá também estão carregadíssimos de preconceito. Espero que a polícia esteja investigando o caso, e que os meninos sejam punidos, caso isso seja comprovado. Mas vale lembrar que a lei manda preservar a identidade dos acusados no caso de menores de idade. Assim, não se pode dar uma notícia do tipo "o filho de um dos donos do grupo *** e o filho do delegado tal estupraram uma menina". Lógico que, se os suspeitos tivessem mais de 18 anos, o grupo *** também não daria a notícia. Mas, neste caso específico, o grupo nem poderia noticiar. Sabe quando menores cometem um crime e no jornal saem apenas as iniciais? Se sai uma foto, é com aquela tarjeta cobrindo os olhos? É a lei que determina isso. E lembrar esse detalhe não tem nada a ver com defender estuprador. Quer dizer, um comentarista no tal site falou isso e o autor o mandou dar a rosca ou algo assim.
A gente sabe bem que não só no Brasil, mas no mundo inteiro, é difícil punir criminosos. O sistema judicial é falho, e quem tem dinheiro consegue contratar ótimos advogados. Mas vejo nesse caso um interesse enorme em xingar um dos donos do grupo de comunicação, sendo que não foi ele quem cometeu o crime, e sim seu filho de 14 anos (se isso for comprovado). E percebo um interesse tb em perseguir a escola. Pelos comentários do tal site, nem se sabe aonde estuda o filho do poderoso. E, mesmo que fosse naquele colégio, não foi na escola que o crime ocorreu. Acho meio complicado querer punir a escola.
Enfim, espero que o caso seja apurado e que os criminosos sejam punidos. Mas dentro do que manda a lei, que não é pena de morte nem castração, como defendem alguns. E respeitando o direito de preservar a identidade de quem é menor de idade.
(acho que daqui a pouco vou apagar este comentário e os outros que fizerem alusão direta aos envolvidos no caso. Se quiserem comentar, por favor, não entrem em detalhes - nada de nomes, please!).

Clara Gurgel disse...

Quando ele diz que,"ainda vai rir muito disso tudo",é porque está "tranquilo" quanto a sua inocência,ou porque acredita na impunidade?

Lola,curiosamente outro dia,quando comentava com um amigo meu sobre o seu blog,disse que você,além de outras coisas, era feminista.Foi então que ele me cortou e disse:"Ih...já sei tudo que ela tem à me dizer!" Bom...com certeza ele não sabe.Com certeza,muita gente não sabe que MUITO ainda precisa ser dito e,principalmente FEITO para que a mulher seja avaliada,se for o caso,pura e simplesmente pelas suas qualidades ou defeitos,mas nunca apenas pela sua condição de SER MULHER.

Leonardo Ivo disse...

Agora, se tem uma coisa que não suporto é mulher machista. Não tem coisa pior. O algoz defender suas idéias de dominação ja é uma coisa inaceitaveil, imagina isso partindo da vítima. Agora para acabar com este ciclo vicioso de machismo, racismos e toda sorte de violencia, da qual se inclui até as relações com os filhos( quand se aplicam surras,por exemplo), voces mulheres tem uma arma poderossima:o utero. Por um simples motivo: voces é que parem seus filhos e cuidam deles na maioria das vezes e por conseguinte transmitem vários valores socias a educação deles. Que tal começar ensinar a seus filhos ou futuros filhos de quem devem respeitar oproximo incondicionalmete, e no caso das mulheres ensinar aos seus filhos que elas são sujeitos e não objetos como a sociedade prega ha muitos seculos a fio. Voces tem uma arma em seus corpos e não sabem utiliza-as de forma corretamente. Pensem nisso! O que falei não é machismo, pois odeio isso e penso que mulheres e homens são a mesma coisa só diferenciando suas funções sexuais e nada mais, pois todo ser humano é como um computador com a diefença de que não pode ser apagado(sua memória) facilmente e tem vontade própria. E só!

Alcy disse...

Lola, tira esse negocio de que a gente so pode comentar com uma conta do google, pois qd alguem googa seu nome aparece todos os comentarios q vc deixou em blogs, um saco!

Anônimo disse...

A culpa é semrpe da mulher... clássico.
Só que ninguém sabe como foi essa relação.

Pode ter sido ele quem correu atrás dela, fazendo promessas, dizendo que o casamento não estava bem... que ia se separar... clássico também.

O problema aí, pra mim é que esse cara tem problemas sérios. Primeiro, fazer isso com uma pessoa por causa de dinheiro. Um dinheiro que seria uma pequena porcentagem do salário dele. E, detalhe, seria para o filho DELE.

Sei não, viu? Se não queria "problemas"... ficasse em casa ou usasse camisinha.

Gisela Lacerda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gisela Lacerda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Dáfni disse...

Nossa, é muito revoltante. Estou apavorada em imaginar que a menina foi espancada até a morte.

Pior é que, do jeito que as coisas são, vai acabar em pizza.

Carina Prates disse...

Pra variar...

Desânimo...

Isa disse...

Lola, entendo a situação e por mim, pode apagar o meu comentário.
Obrigada! :)

lola aronovich disse...

Obrigada pela compreensão, Isa. Vou apagar seu comentário, ok? Só pra não ter problemas legais...


Gabriela, muito bem lembrado! Como tem uma outra mulher na história (a esposa do Bruno), pode apostar que vai sobrar muito pra ela.


Peripecias, só dá pra comentar com conta do google? Nao pode comentar com esse "Open ID" que tem aí? Eu só fiz isso porque cansei dos comentários anônimos. Mas quem sabe eu libere geral mais um pouquinho, pra ver como estão os ânimos. É só que comentário anônimo quase sempre é muito covarde! E, desse jeito, tb acabei bloqueando boa parte do spam que chega a alguns posts. Foi bom!

Índigo disse...

@Leonardo Ivo isso que você disse só mantém as coisas como estão. Quer dizer que, porque UM CROMOSSOMO do meu pai definiu que eu ia ter útero significa que eu tenho esse "poder" sobre um suposto filho que eu tiver? Eu hein!
Ele ainda vai ser um indivíduo. Pra dar um exemplo bem xulo, posso ensinar a ele usar a mão direita, que (convenhamos) é mais prático na vida em sociedade, mas e se a criança for canhota? Tem coisas que escapam do nosso controle.

Além do mais, e é uma coisa que faz pensar muito se vou ter filho(s) ou não, é que eu sou OBRIGADAPORLEI a colocá-lo na escola. Esse lugarzinho horrivel pelo qual todo mundo já passou que só serve pra disseminar preconceitos.

Não é tão simples assim. Uma mulher machista é filha de outra mulher machista e neta de outra e por aí vai.

Esse discurso de que mulhertemuteroeéresponsavelpelosfilhos seja pra bem ou pra mal é tão católico que me dá até vontade de chorar.

Quer dizer que ter pinto e porra não serve pra nada além de punheta?

Débora Lima disse...

"Antes só do que mal acompanhada", né o ditado?
Mas as mulheres são ensinadas desde novas que não, estar só é o fim do poço, você tem que estar acompanhada, mesmo que não seja lá boa companhia...

Ághata disse...

(como buscar uma vida fácil através de pensão-alimentícia; e não venham me dizer que isso não existe)

Mhauhauahuhauhauhauhauhauhauhahauhauha!!!
Se tiver alguma otária que realmente pense assim (desculpe você, mas nunca ouvi de mulher alguma que 'ganhar barriga pra ganhar pensão é uma forma de sobreviver', só ouço isso vindo de macho msm), meus pêsames! Depois que ela pisar numa Vara de Família, vai mudar rapidinho de ideia...

[Sinceramente, qualquer pessoa que trabalhe na área ou que já tenha acompanhado casos sabe o quanto é difícil conseguir pensão alimentícia e manter o pagamento da pensão. É uma via crucis, as mulheres são aconselhadas a desistirem, são humilhadas, é sempre uma batalha. Engraçado que nunca pensam na criança nessas horas. Pensam que isso é um cabo de guerra entre ex-esposa e canalha.]

Ághata disse...

Leonardo Ivo, não sei como você acha que mulher machista é pior que homem machista e ainda acha que isso Não é Discriminação (machismo).

Desculpe, mas eu acho que é um homem machista é muito pior, porque, cá pra nós, uma mulher machista dificilmente vai me seguir na rua, me violentar e jogar meu corpo no lixo; quem costuma violentar as filhas, são os pais machistas, não as mães machistas; é mais provável que meus amiguinhos machistas é que coloquem droga na minha bebida e me estuprem, as minhas amigas machistas não vão fazer isso - podem me culpar pela violência que eu sofrer, coisa que meus amiguinhos vão fazer tbm, pode ter certeza. Posso trairou terminar um relacionamento com uma namorada ou um namorado, mas acho que é bem mais provavél que este último é que divulgue fotos minhas nuas pela internet, me espanque ou me mate por isso.
Então, sinceramente, acho os homens machistas bem pior.
Bem Pior.

Segundo, mulheres machistas são vítimas do seu próprio machismo.
Estão dando tiro no pé. Enquanto que homens que não são machistas, que até se dizem feministas são admirados por outras mulheres - ao contrário de mulheres feministas que são as feias, mau amadas e bigodudas. Feministas costumam sofrer bastante preconceito na sociedade - sabia que podemos perder um emprego por causa disso? Homens não.
Então, mesmo deste ângulo, continuo achando os homens machistas bem piores.

Outra coisa que achei bem engraçada foi a sua estratégia de romper o 'ciclo vicioso', quer dizer, enquanto a gente tá aqui penando pra dividir a criação dos pivetes com a parcela masculina da sociedade, o senhor diz para nós usarmos isso (a nossa "obrigação" injusta e milenar de educar a molecada) para mudar toda uma estrutura e cultura sexista?

Brincadeira, né?
E ainda quer que a gente pense nisso??
Que tal pensar antes de dar um conselho desses?

Tanize disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tanize disse...

Ágatha, apesar de você ter ligeiramente me chamado de machista, eu concordo que a grande maioria das mulheres que estão na justiça brigando por pensão alimentícia não queriam estar lá.

Mas, infelizmente, minha pouca experiência de vida já me deu algumas boas provas de que isso nem sempre é verdade. Ouvi relatos em primeira pessoa sobre isso (em secretaria de escola se ouve de tudo!).

Na minha opinião adimitir que há um grupo pequeno de mulheres interesseiras não é ser machista não.

Mas meu argumento é: ser interesseira é condenável pra muita gente, mas nem por isso é motivo para que ela seja violentada. NUNCA!!
Maaaas nem sempre as pessoas se lembram dessa segunda parte porque elas já desprezavam a pessoa pelo simples fato dela ter cometido o primeito ato.

Ághata disse...

Tanize, não foi minha intenção chamá-la ou insinuar que você é machista, só acho tosca mesmo essa ideia de que tem gente que pensa assim - "que ganhar pensão é uma forma de sobreviver", acho muito hilário e ridículo isso. Mas não acho que não existam pessoas interesseiras, não tenho nenhuma dúvida disso, enfim. Pretendia só comentar a frase de tão troncha que achei. Mas me desculpe se me expressei mal e lhe ofendi (tenho mania de digitar como se estivesse falando e dá nisso).

Gisela Lacerda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gisela Lacerda disse...

Giovani, eu li sobre esse caso. Saiu na Veja e me deu muita pena da menina, mas ao mesmo tempo admirei sua capacidade de luta. Muito triste e a duras penas.

Agatha, realmente isso que você falou é verdade. Se as pessoas soubessem o que ocorre nesses processos... Eu tive dois namorados que à época tinham acabado de se separar e estavam fazendo acordo sobre pensão. Um quis pagar até a mais, mesmo a juíza determinando um valor bem abaixo e, digamos, mais justo em relação ao salário dele. Mas infelizmente a maioria dos casos acaba mal. E na minha família tem uns 3.

Mesmo assim, posso perfeitamente entender o que Tanize disse a respeito de pensão alimentícia ter virado quase uma profissão para algumas mulheres.

E evidentemente, não podemos justificar barbárie de forma alguma.

Matou? Tem que ser punido com prisão perpétua. Sinceramente.

Adwilhans disse...

Não sei... pelo tom dos comentários, dá a impressão que o Bruno é um monstro e ela, coitada, uma santa. Pessoalmente, acho o Bruno um monstro (ok, sei que ainda não tem nada provado, mas a impressão geral é que ele é culpado pela morte dela), mas também acho ela uma pilantra - embora, claro, em outro departamento, não relacionado a temas criminais. Ele é um bandido que agride e, possivelmente/provavelmente, mata - irrelevante nesse caso qual a motivação; ela, ao menos aparentemente, é do tipo aproveitadora, que se envolve com um homem casado (vejam bem, não estou eximindo o Bruno por sua parcela de culpa no caso, afinal ele é casado e foi cafajeste também) já visando engravidar e obter uma pensão gorda. Ou alguém acha sinceramente que ela é uma bobinha apaixonada que engravidou porque esqueceu do método contraceptivo (ok, ele também não se cuidou, e tem sua parcela de culpa, mas não lhes parece que ela tinha isso como objetivo?)? Os exemplos de mulheres que fazem esse tipo de coisa são múltiplos, taí a Luciana Gimenez que não me deixa mentir (pra quem não sabe, teve um filho com o Mick Jagger numa estúpida pulada de cerca deste). Não confundam o que estou dizendo: não há justificativa para a agressão e, muito menos, para coisa pior, se houve. Mas, no quesito moralidade, a dita cuja não era nenhuma santinha.

Adwilhans disse...

Quanto à história da incrível dificuldade de conseguir uma pensão gorda e forçar o devedor a pagá-la, desculpem que tá por fora, mas isso só se aplica quando o devedor é um pé rapado ou quando não tem emprego fixo. Quem tem grana tem que pagar e não tem como escapar, o desconto vem na folha de pagamento.
Um detalhe que me lembrei da Luciana Gimenez: à época, quando saiu a decisão de uma corte nos EUA, se não me engano NY, em que ela ficou com uma pensão de U$ 10 mil, saiu reclamando que o valor era uma miséria. Para ela talvez, para as necessidades da criança com certeza não. Aí é que sempre está o x da questão: a pensão é para quem? Chega integralmente para quem é destinada ou boa parte é absorvida por quem também tem o dever de contribuir com a manutenção da criança? Sei que cada caso é diferente, tem muitas mulheres que são mesmo ludibriadas por malandrões, mas principalmente nos meios artísticos e esportivos, sempre aparece uma tiete/maria chuteira com má intenção. Não estou, como já disse, eximindo de culpa os marmanjos que "caem" nessa, pois não são crianças nem bobos e sim pilantras, cafajestes, mas não dá pra gente ficar tendo peninha das mulheres que buscam essa situação. Claro que, quando sofrem alguma violência/abuso, aí o caso muda de figura, e merecem toda nossa solidariedade - pelo combate à violência ou ao abuso, não por uma apologia ao seu comportamento, como vi em vários comentários, como se a mulher sempre fosse uma vítima. Se não houvesse crime envolvido e o Bruno estivesse pagando a pensão, eu pensaria dele "cafajeste e burro" e dela "pilantra e interesseira". Taí, falei.

Gisela Lacerda disse...

Sempre achei engraçadas as manchetes em jornais populares dizendo "que monstro". Elas estão sempre estampadas nas bancas e nas mãos de algumas pessoas até para quem não deseja vê-las. Pega por osmose/leitura dinâmica. A maioria é extremamente criativa. Editores de jornal são criativos. ;-))

Dizer 'monstro' é bom para quem cometeu a atrocidade pois faz desse ser alguém fora da categoria "humanus normallis". Sonho com o dia que alguém fará uma matéria cujo título seja: "humano. Simplesmente e perversamente humano."

Leonardo Ivo disse...

Voces me interpretaram mal. O que acontece é o seguinte. Como os filhos são na maioria das vezes criados pelas mulheres e são elas que tem mais contato com eles, voces mulheres nas condição de mães podem e devem ensinar seus filhos preceitos anti-machistas. No caso dos meninos tanto na infância como na adolescencia é ensinar a eles que as meninas não são objetos e sim pessoas iguais a eles que merecem tanto respeito quanto a suas mães, avós, pais e amigos. No caso de mãe com filhas, ensinaria a nunca se rebaixar a um homem seja ele menino ou adulto, deve aprender a se defender tanto fisicamente como verbalmente e emocianalmente de agressões como os homens aprendem desde criança, a se repeitarem e a respeitarem o seus próximos, a ter auto-estima e principalmente a ter pensamentos alfas como os meninos recebem desde criança. E isso tanto o pai como uma mãe podem dar, mas é muito mais facil a mãe ensinar issso, pois tme um nivle de contato mais intimo com seus filhos do que pai na maioria dos casos. Por isso sugeri isso, pois mudar a geração atual é muito mais dificil do que voce mudar uma geração futura. Voces ao fazerem isso como mães, obviamente não vão desfrutar deste novo tipo de realidade, mas verá seus filhos desfrutarem pro que voces trabalham por isso da mesma forma que voces fazem com eles no que se refere a vida profissional e social deles. Isso que propus é para o beneficio de voces e de suas filhas e netas. Quando digo que não aceito mulheres machias é porque é uma absurdo uma pessoa defender ideias que prejudiquem a si mesma. E algo quase irracional e absurdo. Por isso fico estarrecido. Peço desculpas a voces por passar uma imagem que não foi a que eu queria, uma vez que sou ant-machista.ABS!

Leonardo Ivo disse...

Agatha,
Uma mulher machista vai pergar para sua filha que ela tem qeu se sujeitar ao homem e no caso do flho va apoio o fato dele desrespeitar e até agredir sua namorada o esposa. Quando uma mulher é ant-machista ela luta com todas as forças para não se rebaixar e não apenas de seus filhos, mas a si mesma em primeiro lugar. Ela se valoriza, ela luta, ela não deixa homem sacanea-la. Os enfrenta de igual para igual. E principalmente tem auto-estima. Mulher machista em casos que a amiga dela se ferra na mão de um homem, ela apaga o incendio da amiga com gasolina, no sentido figurado da palavra. Isso é terrivel. Agora, eu não defendo o algoz, muito pelo contrario, o que defendo é que devemos enfrenta-lo e nocaso dos meninos lutar-mos para que eles também não virem. Tudé a educação que se recebe mais indole da pesso.a

Anônimo disse...

Nem tava sabendo dessa história, ando sem ler muitas notícias... Eu já não me assusto mais tanto com comentários em sites de jornal, onde a pessoa por estar anônima tem coragem de dizer coisas que não diria se tivesse que dar a cara a tapa. Chocante mesmo pra mim foi esse comentário dele dizendo que ainda vai rir muito - mesmo que ele seja totalmente inocente, como é que pode achar engraçado uma mulher ter sido provavelmente assassinada? É ver a mulher totalmente como objeto.

@Leonardo Ivo: Machismo não é um estado binário em que a pessoa está ou não está - a cultura brasileira é machista. Então, mesmo que a mãe e o pai (ou quem criar) eduquem a criança muito bem, ela ainda vai à escola, ainda vai ter família, ainda vai ter amigas e amigos e nem sempre vai estar sob vigilância, e assim vai fatalmente absorver algo dessa cultura dominante. Que bom que você é anti-machista, mas isso não impede que você diga coisas machistas sem notar, como acho que foi o caso.
Você dizer que as mulheres têm que ensinar os filhos a não serem machistas porque geralmente têm mais contato só reforça essa idéia de que quem tem de cuidar do filho é a mulher e ainda falha em dar conta do problema real: o que está errado é em primeiro lugar que as mulheres geralmente passem mais tempo cuidando dos filhos, porque o certo seria isso ser dividido igualmente entre os dois. Dito isso, aí sim, é responsabilidade dos dois educar a criança bem, ensinando não só a se defender de preconceitos mas principalmente a combater seus próprios preconceitos. Vale lembrar, claro, que filhos são pessoas livres, e não necessariamente vão se desenvolver como mãe e pai querem.
Outra coisa que você falou é que acha pior mulher machista que homem machista. Nesse ponto concordo com o que disse a Ágatha, e além disso, por ser o homem a levar vantagem com a cultura machista, acho que o homem é quem está principalmente errado, pois é o homem que colhe os frutos dessa situação injusta. Quem leva vantagem em cima dos outros é que tem muito maior responsabilidade de corrigir essa situação.

Índigo disse...

@Leonardo Ivo mas você tá partindo do pressuposto que todo e qualquer homem vai "sacanear" a mulher! Quer dizer que os homens são meus inimigos? Quê isso? Guerra dos sexos? Tem homem bacana também. Do mesmo jeito que tem mulher bacana. São pessoas, não é o órgão sexual que dita isso.

Agora, 'xa te perguntar, quantas mulheres (e homens) você conhece atualmente, que tem filhos pequenos e ficam com eles em tempo integral? Que não trabalham/estudam? Porque eu não conheço nenhum/a.

Umrae disse...

Leonardo, reitero os comentários da Ághata e do Primeirocego. Acontece o seguinte: os pais (ambos) têm que fazer um esforço sobrehumano para educar a criança a não incorporar o preconceito que ela vê na escola, na televisão, na sociedade, etc.
Adianta a mãe todo dia tentar ensinar e o pai dar mau exemplo, ou simplesmente não se manifestar?
Adianta a mãe ensinar que os dois têm responsabilidades e direitos iguais, mas só ela toma conta da criança e da casa enquanto o pai não se envolve, fazendo o oposto do que ela está ensinando? Ou você acha que a criança não percebe a incoerência?
Vê o absurdo?

Umrae disse...

Ah, e apenas para ilustrar que a mãe não é o único fator: Minha mãe é uma pessoa relativamente machista (apesar de também trabalhar fora, acha que não é obrigação do meu pai fazer nada dentro de casa e é conservadora a ponto de acreditar que mulher ainda deveria casar virgem ou no máximo só fazer sexo dentro de um relacionamento estável que "tenha futuro", enquanto os homens tem que "namorar bastante e aproveitar muito antes de se prender a alguém", e basicamente é dessas que acha que tudo é sempre culpa da mulher). Minha avó nunca foi assim. Ela sempre trabalhou fora. Ela pediu o desquite quando meu avô começou a beber demais (um pouco depois disso ele de fato se tornou alcoólatra), em uma cidadezinha de menos de 30000 habitantes em que todo mundo sabia da vida de todo mundo, sem se preocupar com o que os outros iam pensar, porque ela via que isso era melhor para ela e para os filhos. Aliás, minha avó nunca tolerou ninguém mandando na vida e nas decisões dela, como não tolera até hoje. E isso pode parecer pouco e uma decisão natural para nós, mas veja isso dentro do contexto da época e local.
Pois é, uma mãe feminista tem uma filha machista, que por sua vez tem uma filha feminista.

Ághata disse...

Adwilhans, sabe porque é que hoje em dia os juízes mandam descontar da folha de pagamento do cara?
Porque eles não pagam.
Só mandando o empregador tirar do salário do cara e pagar direto à esposa para ver este dinheiro.
SÓ dessa forma pros caras pagarem e pagar com regularidade!
Mesmo assim é uma luta e uma batalha para conseguir que o juiz mande descontar direto do pagamento do cara, até lá, já foram anos e anos em que a criança ficou sem receber seu pagamento.
Quem tá por fora é você que não acompanha ações de alimentos.

O que eu acho engraçado é as pessoas já presumirem que a mulher que foi assassinada é uma Pilantra porque se envolveu com um cara casado e ficou grávida!
Afinal, se ela se envolveu com um cara casado e engravidou é óbvio[?!] que era porque queria tirar dinheiro dele!

Outra coisa que eu acho o máximo são as pessoas insinuarem que é a mulher quem fica com a pensão alimentícia das crianças. Sabe, pelo pouco que eu vi - não vou nem entrar no mérito do trabalho que é - ter a guarda da criança sai Muito Mais caro. Pergunte aos paizinhos canalhas: ele gastava mais com os filhos quando morava com eles ou quando deixou de morar com eles? As pessoas acham que só porque a mulher recebe pensão, ela não gasta com os filhos! Como se quantia de 30% do salário do cara fosse o bastante pra bancar os filhos e os luxos da "pilantra".

Em que mundo essas pessoas vivem para pensarem desse jeito?

Você pode até pensar, Adwilhans, que ela é uma 'interesseira e pilantra', mas é bom que tenha consciência que só pensa isso porque ela é uma mulher que se envolveu e engravidou de um jogador de futebol que era casado(e não, isso não é sinônimo de que ela era pilantra e interesseira - talvez, isso nem passasse pela abeça das pessoas se o jogador tivesse se divorciado da esposa e casado com ela).

...engraçado como até quando a mulher é assassinada porque foi pedir pensão alimentícia, aparece pessoas para fazerem julgamentos morais baseados na conduta sexual dela.

Ághata disse...

"Adianta a mãe ensinar que os dois têm responsabilidades e direitos iguais, mas só ela toma conta da criança e da casa enquanto o pai não se envolve, fazendo o oposto do que ela está ensinando? Ou você acha que a criança não percebe a incoerência?
Vê o absurdo?"

Exatamente isso, Umrae. Não tem como.

Alexandre Martins disse...

"Só mandando o empregador tirar do salário do cara e pagar direto à esposa para ver este dinheiro.
SÓ dessa forma pros caras pagarem e pagar com regularidade! "

É isso aí! Homem não presta!

Os pais são todos canalhas!

Políticos são todos ladrões!

(Espaço reservado para argumentos generalizados/radicais)

Clara Gurgel disse...

Alexandre,tudo bem que a gente não pode generalizar,mas sei de casos de homens que,chegam ao cúmulo de pedirem para não serem registrados,só para não terem que pagar pensão.E casos tb,de homens que colocam seus bens no nome de terceiros pelo mesmo motivo.Não estou julgando o fato de "serem homens" mas sim o fato de serem,no mínimo,"covardes".

Clara Gurgel disse...
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bibi move disse...
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Marissa Rangel-Biddle disse...

Adwilians,

o problema eh que vc ainda ta no esquema da dicotomia Santa x Puta. Quando vc conseguir fazer o exercicio de sair desta dicotomia que soh lascou e lasca no's mulheres ao longo dos tempos, vc vai parar de classificar a Eliza em isso e aquilo e vai enxergar o machismo de uma forma mais clara.

Ai, Alexandre Martins, dah um tempo!

lola aronovich disse...

Sobre o negócio da pensão, faz tempo que tô querendo escrever sobre isso. Não é uma questão de generalizar, é estatística. Não chega a 50% o número de ex-maridos que pagam pensão pros filhos. Não estou nem falando de pagar pensão pra esposa, mas pros filhos. E não é só aqui no Brasil não. É fato que é muito, muito difícil cobrar pensão. O que acontece é que muitas vezes, num divórcio, ficam várias mágoas. E o ex-marido, pra se vingar, decide que não vai pagar nada. Ele começa um novo relacionamento, uma nova família, e simplesmente se esquece da antiga. Há estatísticas mostrando que a renda de um homem sobe 70% após um divórcio. Isso porque o que ele paga (quando paga!) de pensão é irrisório, comparado com o que era gasto com os filhos quando ele morava na mesma casa. Já a renda da mulher despenca. Nos EUA vi um documentário assustador sobre mulheres com filhos que viram sem teto após um divórcio. Assim, literalmente sem teto! De mulheres e crianças que precisam morar dentro de um carro, porque não tem casa. E não são mulheres miseráveis.
Vivemos numa sociedade que prega que a missão de toda mulher é ter filho, que cabe à mulher educar os filhos, que cuidar dos filhos é mais importante pra uma mulher do que trabalhar. E aí, num divórcio, a mulher tem pouquíssimo amparo legal!
Sabe aquela estatística que diz que, se vc quer melhorar a vida da sociedade como um todo, precisa começar melhorando a vida da mulher (que é sempre a parcela mais pobre de uma sociedade)? Uma mulher geralmente tem filhos e mora com eles. Deixar uma mulher sem nada é deixar seus filhos sem nada. É tão óbvio isso.

lola aronovich disse...

Bibi e outras pessoas, peço, por favor, que se quiserem comentar o caso do estupro em Floripa em que os envolvidos são todos adolescentes de 14 anos, não mencionem nomes e nem ponham links para sites que identificam os acusados. O sigilo de identidade de menores de 18 anos é garantido por lei. Este site que está dando a notícia, e fazendo muito sensacionalismo em torno dela, publica fotos do acusado, diz o nome, refere-se ao menino como "filho do fulano", divulga o nome inclusive da vítima, enfim, está fazendo o que simplesmente não pode. Não quero me envolver com isso não. E nem quero que meu blog seja processado por conta de comentários. Portanto, quem quiser falar sobre o caso aqui, pode falar, mas insisto na discrição: no names, no links, please!

Aline Schmitt disse...

lola,
no link que a bibi deixou tem um comentário excelente, demonstrando a diferença de tratamento pela RBS em dois casos envolvendo violência entre adolescentes. O 1º eu linkei o video aqui, em um outro comentario, para demonstrar como o machismo pode ser "um tiro no pé" (expressao que usaram aqui) também para os homens. O 2º é o caso do estrupro.

Já que não é pra postar links, acho válido copiar e colar esse comentário.

# DL said:

Repassando um email que recebi.

Olhem o que faz o poder e a força do “abafa”! Percebam a diferença entre as duas matérias abaixo.

A primeira trata da “luta do lixo”, uma luta entre amigos… a segunda trata de “estupro” e violência sexual cometida na capital por adolescentes.

Mas olhem a diferença de tamanho e conteúdo das matérias.

No primeiro fala que BRIGARAM ATÉ SANGRAR, que houve HUMILHAÇÃO e que a brincadeira era VIOLENTA… no segundo, só falaram que houve “suposta”violência sexual… por quê NÃO FALARAM DA VIOLÊNCIA NA MENINA? Por quê não falaram que ela foi ESTUPRADA? Porque não falaram que ela foi HUMILHADA?

No primeiro fala que os autores da BRUTALIDADE SÃO ADOLESCENTES DA CLASSE MÉDIA, PEQUENOS LUTADORES, QUE APANHAM ATÉ SANGRAR… no segundo, só fala em “suposta” violência sexual cometida contra adolescente… só… por quê não falaram em BRUTALIDADE? Por quê não falaram que os autores eram ADOLESCENTES DA CLASSE ALTA? Por quê não falaram que ela FOI ABUSADA SEXUALMENTE ATÉ TER QUE DAR???

No primeiro fala que os autores estudavam em colégio particular, entrevistaram um dos adolescentes; e que chegavam a lutar por acerto sobre namoradas… No segundo… todo mundo já sabe… Mas por quê não falaram que estudavam NO MESMO COLÉGIO PARTICULAR? Por quê NÃO ENTREVISTARAM ALGUM DOS AUTORES? Por quê não disseram que tudo ocorreu POR UM PROBLEMA ENTRE NAMORADOS???

No primeiro entrevistaram os pais, fizeram matéria televisiva na frente do tal colégio particular e foram até o Ministério Público para colher informações… No segundo, o do “estupro” (isso mesmo, o do estupro”, mil vezes mais grave!!!), nada! Mas por quê NÃO ENTREVISTARAM OS PAIS? Por quê NÃO FIZERAM MATÉRIA NA TELEVISÃO? E por quê ainda NÃO FORAM NO MINISTÉRIO PÚBLICO DESCOBRIR O QUE ACONTECEU? De certo vão ver o que não querem…

Isso é pra todos ficarem atentos com o que vêem e ouvem nesses meios de comunicação!!!

Leiam as matérias e percebam a diferença:

Aline Schmitt disse...

PRIMEIRA MATÉRIA
Luta do lixo: Brincadeira ou violência?

Vídeo divulgado na internet mostra adolescentes de classe média alta de Florianópolis brigando até sangrar num ringue improvisado numa casa. As brigas são marcadas em sites de relacionamento e quem não aceita participar ou pede para sair da luta é humilhado diante dos outros colegas. Uma prática violenta que chamou a atenção dos pais e do Ministério Público Estadual
Cenas de brutalidade. Socos. Chutes. Derrubadas e golpes de pescoço. A reportagem exibida ontem no Estúdio Santa Catarina, da RBS TV, mostra pequenos lutadores que apanham até sangrar em Florianópolis.

As brigas foram gravadas em vídeo pelos próprios participantes e colocadas na internet. Era por meio de uma comunidade virtual, chamada Luta do Lixo, que estes garotos com idades entre 11 e 17 anos marcavam os encontros para as disputas violentas.

As imagens, que na sexta-feira foram retiradas da internet, mostram que o principal alvo dos golpes é a cabeça dos jovens. As lutas duram, em média, 10 minutos e cada round é cronometrado em uma tela. As brigas só terminam quando um dos garotos desiste ou é nocauteado. Em algumas cenas, vale tudo, até estrangulamentos.

A reportagem do jornalista Francis Silvy descobriu que os estudantes que aparecem nas brigas são de famílias de classe média alta que frequentam colégios particulares na capital catarinense.

– Todo mundo estava querendo achar um para lutar. Muitos ficavam me dizendo: vamos lá, vamos lutar na Luta do Lixo. Uns 200 guris do meu ano e do oitavo estavam querendo participar – conta um dos participantes.

O ringue foi montado em uma área de lazer na casa da família de um rapaz de 17 anos, no Bairro Ratones, na região Norte da Ilha. Nas imagens é ele que faz o papel do juiz e orienta os garotos nos intervalos.

– Os meninos pediam para vir aqui. Geralmente tinha alguma rixa, algum acerto a fazer, desde namorada até não gostar do sujeito. Porque daí, todo mundo ia ver. Não ia ser uma briga na escola que, se alguém visse, eles seriam suspensos – explica o jovem de 17 anos.

Nos vídeos, muitos meninos também são humilhados. Em uma das imagens, um jovem de 13 anos pede o fim da briga e tenta sair do ringue, mas antes ele é obrigado a afirmar diante das câmeras que não aguenta mais.

– Fala aí que você é uma franguinha – grita outro garoto.

Lutas ganham fama nas escolas

Segundo os estudantes, as lutas começaram em março e ganharam popularidade entre os alunos de diversos colégios. No intervalo das aulas, o papo entre eles era sobre os resultados das disputas.

– Ah! Tu bateu pra caramba naquele cara. Quem perdia era normal a galera ficar zoando da cara dele. Todo mundo começava a rir. Eu vi no youtube, achei legal e quis ver como é que é. Acabei participando, mas não foi uma experiência muito boa – conta um estudante arrependido.

– Tu vê teu filho apanhando e ainda tendo que mostrar a boca sangrando para sair do ringue. É terrível. E o que me preocupou é que tem uns meninos mais velhos instigando os pequenos como se fossem galinhos de briga – desabafa a mãe do garoto que se arrependeu de participar da Luta do Lixo.

Outros pais também ficaram assustados com as imagens:

– Achamos que era uma brincadeira sob os olhos dos adultos e não alguma coisa assim sem nível e com esse risco. Ficamos impressionados. Isso é terrível. Não consigo reconhecer meu filho. É outra criança descontrolada. O vídeo é muito violento – avalia outro pai indignado.

Os equipamentos utilizados para as brigas, como tatames, sacos de pancada e cordas, que eram utilizados para organizar o ringue, ainda estão no local. Mas a dona da casa garante que as lutas foram proibidas.

Aline Schmitt disse...

– Achávamos que era uma brincadeira sem maldade, sem agressão. Mas, quando vimos que eles estavam se machucando e sangrando, isso acabou – garante.

De acordo com o promotora de Justiça da Infância e Juventude, Vanessa Cavallazzi, os garotos envolvidos nas brigas cometeram atos infracionais e estão sujeitos a medidas socioeducativas. Já os pais podem pagar multas entre três e 20 salários mínimos.

– Embora estas lutas tenham acontecido fora do colégio, eles também têm que combater e reprimir esta agressividade que teve origem ali dentro – avalia.


SEGUNDA MATÉRIA
Polícia apura denúncia de violência contra adolescente em Florianópolis

A 6ª Delegacia de Polícia Civil, de Florianópolis, apura denúncia feita por uma mãe envolvendo suposta violência sexual cometida contra a sua filha por adolescentes. Os envolvidos são menores de 18 anos. O inquérito ainda não foi concluído.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com o intuito de proteger e evitar dano a cidadãos ainda em formação, proíbe, em seu artigo 247, a identificação de menores vítimas ou de alguma forma relacionados a atos infracionais. O Grupo RBS obedece ao estatuto e reforça essa orientação em seu Guia de Ética, Qualidade e Responsabilidade Social, disponível em seu site.

Na tarde desta terça-feira, a direção do Colégio Catarinense, que foi citado em versões que circulam na internet, emitiu nota sobre o episódio alegando que os “adolescentes não são seus alunos”.
- 30 junho 2010 at 10:34

cris comenta tudo disse...

Histórias q acontecem por no interior. Sábado a noite, festa para adolescentes ricos numa badalada casa de shows. Um garoto de 19 anos "enche o caneco" e chama a namorada, de 16 anos para irem embora: Detalha ele ia dirigindo. Ela se recusa, eles discutem e ele a empura na calçada com violência. A mocinha começa a chorar e liga para a irmã mais velha. O rapaz, com certa dificuldade, entra em seu carro importado e arranca em alta velocidade, sem tomar conheciemnto q a rua está cheia de gente. Ele dá voltas e dpois passa na porta da casa de shows novamente. A namorada é amparada por amigos até a chegada da irmã. O otário continua seu showzinho... Pouco depois ele bate o carro contra um muro. Não morre pq o carro tinha air bag, mas o carro não vale mais nada. No dia seguinte, a mãe da moça vai até o hospital e encontra a então sogra da filha, q diz.."q bom q vc veio ver meu menino!" A mãe da moça, séria diz: não vim ver seu menino, vim trazer minha avó ao geriatra". A sogra responde: sua filha não veio ver o meu "bebe"(ela se refere a filho beberão assim). "Não, ela não veio, nem vai vir, se não quiser. Ele não merece a visita dela." Visivelmente irritada, a sogra diz : "Ela é namorada dele! Tinha a OBRIGAÇÂO de estar com ele naquele carro e não ficar na porta da boate, chorando, expondo MEU filho ao ridículo! Todos estão achando ele um canalha, mas ela q procurou, se tivesse OBEDECIDO ele e entrado naquele carro, nada disso teria acontecido!" Meio incrédula, a mãe olha pra outra senhora, dá um sorriso sarcástico e reponde: "Vai ver se eu tô na esquina..." Achei ilário!

Beatriz disse...

Adianto que não estou imputando culpa nenhuma à Eliza. Mas ela foi ingênua e isso tem de ressaltado, por que à cultura da dominação do homem corresponde uma cultura de submissão. E essa tem que acabar. Não se pode esperar que os homens machistas mudem,pois eles é que se beneficiam. As mulheres tem de se conscientizar antes de tudo, porque assim diminuirá o proveito que esses homens tiram das suas atitudes. Lembro agora do caso da Maria da Penha, que teve a lei batizada em sua homenagem. Ela tinha todas as condições pra sair daquela enrascada quando começaram as agressões mas continuou com o marido psicopata porque acreditava que casamento era assim mesmo e ela tinha que aguentar. Depois de levar o tiro ela ainda acreditava que não foi o marido que fez, contra todas as evidências. Depois de quase matá-la várias vezes ELE a deixou.

Adwilhans disse...

Ágatha, desculpe-me pela presunção, mas acho que quem está por fora de ações de alimentos deve ser você. Principalmente, quanto àquele tipo de ações a que me referi, em que o pai é rico ou tem emprego fixo e estável. Imagino que vc seja advogada, pelo tom que usou. Já o fui também, saí dessa vida para a de servidor público, e insisto: é muito fácil receber a pensão quando o pai tem grana ou emprego fixo e estável, exatamente a situação a que me referi (releia meu texto anterior antes de comentar, please). Em todos os casos em que atuei, e não foram poucos, em que havia indícios materiais do relacionamento entre a mãe e o suposto pai, o juiz de plano determinou uma pensão provisória.
Quanto à questão do valor da pensão, se é suficiente ou não para criar a criança, se a mãe se apropria do valor ou não, deixei bem claro no meu texto que estava me referindo às mulheres que se envolviam com homens RICOS, como esportistas ou artistas, não mulheres que se divorciam dos maridos e lutam por pensão nem garotas que se envolvem e se iludem com malandros. Fui bem específico no meu comentário, talvez você devesse interpretá-lo melhor antes de fazer uma crítica dissociada do que eu disse.

Leonardo Ivo disse...

Peço desculpas a voces pelas coisas que disse, uma vez que todas as pessoas, seja, por etnia, genero ou opção sexual temham os mesmos direitos e obrigações. Falei estas coisas, pois tenho uma mãe machista dentro de casa e uma irmã que passou passa pelo mesmo problema desta moça, com a diferença de que não foi assassinada e ele não é rico ou famosos, está passando pelo mesmo problema no que se refere a paternidade de minha sobrinha. Quando falei estas coisas não é por motivos de machismo, mas porque sonho, embora sendo homem, que voces mulheres sejam exatamente nós diferenciando apenas no vesturio e no fato da gravidez. Que voces tenham os mesmos direitos e obrigações que a gente(homens), que sejam inteiramente tratadas como nos em tudo e voces possam fazer tudo o que os homens tem direito de fazer sem serem quesitionadas ou codenadas por isso. Para qume não sabe, nas sociedades celtas, as mulheres tinham a mesma educação dos homens e os mesmos direitos e não eram tratadas como inferiores. isso que descrevi pode parecer utopia, mas ja foi realidade um dia e poderá ser de verdade hoje. Temos de lutar. Imagine como seria legal uma mulher cantando um homem da mesma forma como ele faria com ela? Convidando para sair de carro dela, para jantar(onde ela que começou tudo paga), pedindo em namoro, por exemplo? Isso é possivel! Mulher tendo que provar que é mulher para outra num teste de força, resistencia fisica ou carater como os homens fazem entre si(embora tais coisas que nos homens somos obrigados a assumir sejam tão fardos como os que as mulheres são obrigadas,no caso homem é não se abrir, ter que provar que e homem o tempo todo, esconder fraquesas, não chorar, por exemplo). Resumindo, eu defendo direitos iguais em todos os sentidos, não apenas do ponto de vista politico, educacional e trabalhista, mas principalmente cultural, onde os entraves são cada vez maiores.

L. Archilla disse...

Beatriz, o caso Maria da Penha não foi assim, não. Pelo menos segundo as entrevistas que ela deu, ela denunciou o marido várias vezes e a polícia não fez nada, porque a lei era muito branda em relação à violência doméstica.

Gabriela disse...

Eu adoro quando começa o assunto "pensão alimentícia", porque é cada opinião que aparece.

Primeiro, que fica parecendo que o responsável pela guarda (quase sempre a mãe) só pode pedir pensão se estiver vendendo o almoço pra comprar a janta. E tem que ter a vida mais ecônomica possível, comprar da fralda e do feijão mais baratos, cortar tudo que é supérfluo, etc... saiu disso, é uma "encostada que vai viver com a pensão da criança".

E onde que 10 mil reais pra uma criança com o padrão de vida do Lucas Jagger é muito? É muito pra mim, que sou classe média média, mas pra ele mal dá pra pagar o colégio.

E tipo, tem gente q no mínimo devia estar no quarto junto com o casal pra afirmar com tanta certeza que "é claro que essa mulher pretendia engravidar e viver de pensão". Bola de cristal perde...

Adwilhans disse...

Gabriela, são 10 mil dólares, não reais. E padrão de vida pro filho deve ser dado pelos pais, não por um apenas. Ou seja, mãe e pai devem contribuir para a manutenção do filho. É um erro típico - surpreendente de ouvir em um site feminista - achar que a manutenção da criança cabe apenas a quem não tem a guarda, e quem a tem não precisa contribuir em nada, a não ser o cuidado. O correto e que deveria ser o normal é que a criança fique com quem tem melhores condições materiais de provê-la, mas por fatores sociológicos que não cabem na discussão aqui, via de regra ficam com a mãe, mesmo que essa não tenha condições materiais para a própria subsistência. Veja, não estou aqui discutindo se isso acontece por culpa de a ou b, mas sim dizendo que acontece. Correto seria se ambos os pais tivessem o mesmo interesse na guarda (todos sabemos que na maioria das vezes só a mãe tem esse interesse ou, ao menos, aceita o encargo para não encarar a reprovação de uma sociedade hipócrita) e que a criança não virasse um estorvo para quem precisa lutar para sobreviver. Infelizmente, nossa sociedade predominantemente machista acaba por impor padrões distintos desses...

Gabriela disse...

Adwilhans, onde que eu disse que a única tarefa da mãe é cuidar da criança e o pai paga todas as contas?

Adwilhans disse...

Gabriela, quando vc diz que o Lucas Jagger tem que estudar num colégio de 10 mil reais por mês, está assumindo a noção de que ele deve ter o mesmo padrão de vida que qualquer outro filho do Mick Jagger. Só que não é assim que as coisas funcionam, ou, ao menos, como deveriam funcionar. Se a guarda é da Luciana Gimenez, ele vai viver no padrão dela, com o auxílio do pai - essa é a lógica. Como disse anteriormente, assumir que o Lucas deve viver no padrão Jagger implica excluir a mãe da equação financeira; simples assim. Talvez vc não tenha percebido, mas foi esse o seu raciocínio.

Gabriela disse...

Não, meu raciocínio não foi esse, não coloque palavras na minha boca.

Eu não disse que o filho do Mick Jagger deveria viver de acordo com o padrão do pai, mas que ninguém sequer questionou o padrão de vida da mãe antes de berrar "credo, 10 mil dólares é muito, claro que ela vai embolsar parte dessa grana". 10 mil pode ser muito pra mim, pra você, e acredito q pra maioria dos leitores desse blog - o que não significa que pra outros também seja muito.

Talvez o próprio fato da Luciana Gimenez ter conseguido ganhar mais do que a quantia inicial pode dizer algo a respeito disso.

Da minha parte, eu tenho nojo de caras que ganham rios de dinheiro, como um Ronaldo Nazário da vida, mas ficam brigando na justiça pra diminuir pensão (quase sempre uma quantidade que é troco de pão pra eles). Dá pra ver daí o interesse no bem estar da criança.

E antes que falem besteira, tenho o mesmo sentimento por mulheres que agem igual. Não cito nenhuma famosa porque não tenho conhecimento.

Serpentina EsKarlate disse...

Olá, cheguei a seu blog via o da Mayara.
Concordo plenamente com vc.
Eu também escrevi sobre a misoginia no Brasil e citei o caso Eliza, o caso Eloá e outro que aconteceu aqui em Minas.
Caso se interesse, vou gostar de receber comentários (até pq já há alguns de machistas que endossam o discurso misógino).
http://sereskarlate.blogspot.com/2010/07/brasil-misogino.html

Obrigada e parabéns pelo texto.
Karla