terça-feira, 13 de abril de 2010

JOVENS, GUARDEM DINHEIRO

Gosto muito de um exemplo que o Mauro Halfeld dá em seu livro Investimentos: Como Administrar Melhor seu Dinheiro. Ele fala de duas irmãs de 25 anos, Marcia e Patricia, que trabalham na mesma empresa. Ambas planejam se aposentar aos 60 anos, ou seja, dentro de 35 anos. Márcia vai começar a poupar agora, já: 2 mil por ano durante dez anos, dos 25 anos 35. Depois vai deixar o dinheiro aplicado, a uma rentabilidade de 8% ao ano, e só vai mexer nele quando se aposentar. Em outras palavras, Márcia poupará 20 mil reais (dez vezes dois mil por ano), e, aos 60, terá R$ 198.422,00.
Já Patricia está com muitas despesas no momento: compra da casa própria, carro, viagens, casamento, filhos... Ela vai começar a poupar apenas daqui a dez anos, quando estiver com 35. E aí aplicará 2 mil reais todo ano, durante 25 anos, até se aposentar aos 60. Ela guardará mais dinheiro que sua irmã, 50 mil (dois mil por ano durante 25 anos). Sabe quanto ela terá aos 60? R$ 146.212,00.
Marcia terá mais dinheiro que sua irmã, mesmo tendo poupado muito menos e por menos tempo. Isso por causa dos juros compostos, que não são difíceis de entender. Se a gente tem mil reais e consegue um rendimento de 10% ao ano (o que está cada vez mais duro de conseguir), no final de um ano terá 1,100. Mas, no ano seguinte, os 10% serão em cima dos juros também, ou seja, 1,210. A longo prazo, juros sobre juros significam um dinheirão. Juros compostos são um pesadelo quando a gente tem uma dívida (logo, não façam dívidas. Nunca, de jeito nenhum. Eu nunca tive uma dívida na vida. Só compro se tenho dinheiro pra pagar à vista. Se não tenho, guardo antes, depois compro), mas ótimos quando guardamos dinheiro. E quanto antes você começar a guardar dinheiro, menos precisará guardar.
Sei que esse discurso raramente funciona com os jovens. Afinal, no começo da nossa vida profissional a gente ganha mal, tá cheia de despesas (comprar casa própria, carro, viagens, casar, ter filhos), e nem gosta de pensar em como estará vivendo daqui a trinta anos. Além do mais, os jovens sabem que todo mundo morre um dia, mas não acham que isso vai acontecer com eles. E não confiam em guardar dinheiro. Primeiro é o medo que o governo dê calote (ué, vocês estavam vivos pra lembrar do confisco da poupança do Collor?), ou que o banco quebre. Dificilmente algo como o confisco vai acontecer novamente por aqui, não sem uma guerra civil. E os bancos vêm sendo protegidos pelo sistema. O risco é baixo. Ok, então é o medo de fazer tanto sacrifício, não gastar dinheiro, e tudo se acabar na terça-feira, quer dizer, e vocês não viverem o bastante pra chegar à aposentadoria. Claro, pode acontecer. Mas digamos que, estatisticamente, as maiores chances são, sim, que você viva até os 80, 100 anos. E há chances reais da previdência falir (ela é frágil em todo o mundo), das regras se modificarem, e de você não poder depender dela na aposentadoria.
Na última década, a classe média tem apostado bastante na aposentadoria privada. Paga-se um pouquinho por mês pra ter uma renda vitalícia após uma certa idade. Eu tentei isso quando tinha trinta anos, e não funcionou. Minha intenção era aplicar bem pouquinho, cem reais por mês, e foi o que comecei a fazer. Só que, se você quiser que a quantia seja reversível pro seu cônjuge, tem que se contentar com muuuuito menos. E fica uma coisa meio ridícula: se você morrer um dia antes de começar a receber a sua aposentadoria privada, o dinheiro vai todo pro cônjuge. Mas, se você morrer um dia depois de começar a receber, o banco fica com tudo. E o meu banco, Real, fez confusão, cobrou meus cem reais duas vezes e tal. E o maridão disse pra mim: “Se eles já estão fazendo coisa errada agora, imagine daqui a trinta anos”. Então a gente desisitiu, e passou a aplicar esses cem reais diretamente numa conta nossa no banco. Aposentadoria privada parece ser pra quem não tem disciplina, pra quem precisa ser cobrado.
Uma das regras mais básicas de todos os livros de finanças pessoais, tanto os nacionais quanto os internacionais, é o “pay yourself first”, “pague-se primeiro”. Ou seja, separe uma quantia todo mês do seu salário e a aplique. Assim você talvez fique livre das tentações de gastar esse dinheiro. Mas, pra saber quanto pode poupar, tem que saber quanto ganha e, principalmente, quanto gasta. Recomenda-se guardar no mínimo 10% todo mês.
10% não é o fim do mundo. Ninguém está falando em sacrifícios extremos, em parar de viver, em não poder curtir a vida. Basta se organizar. Mas não use esses 10% pra outras atividades. Se você quer viajar, planeje. Abra uma aplicação só pra esse propósito. E tenha um fundo de emergência, algo que vai suprir os gastos mensais se você perder o emprego (os especialistas indicam um fundo que dê pra você se virar por seis meses).
Uma coisa é simples: você precisa saber quanto gasta. Não dá pra economizar sem saber. Há autores que sugerem fazer tabelas com as despesas obrigatórias fixas (as que não mudam a cada mês e nem dá pra escapar, por exemplo, aluguel, iptu), as obrigatórias variáveis (você tem que consumir, mas o valor muda, como alimentação, telefone), as não-obrigatórias fixas (você pode viver sem, mas, se tiver, o valor é mais ou menos fixo, como TV a cabo, plano de saúde), e as não-obrigatórias variáveis (celular, viagens, cinema). Acho que isso é desnecessário e tende a afugentar quem tá começando a anotar. Só anote, ué. Mas anote tudo. Comprou um picolé? Chegue em casa e ponha lá no caderno, em lanchinho ou algo assim, o valor. Some no final do mês pra souber quanto gastou em picolé, em cafezinho, em sapatos. Porque uma coisa é torrar 80 reais por mês em chocolate conscientemente, como fiz numa época; outra é não saber que está gastando tanto com chocolate.
O esforço compensa, eu juro! Dá uma certa liberdade gastar um pouquinho menos todo mês para, em troca, nunca entrar no vermelho ou não perder o sono com contas pra pagar ou mês no fim do salário.
E, por mais que eu não aprove o tom reaça do José Pio Martins em Educação Financeira ao Alcance de Todos, numa coisa tenho que concordar com ele: devia haver aulas de educação financeira nas escolas. Pros pais é tabu falar de dinheiro, e dessa forma a pessoa no futuro nunca aprende a anotar gastos, gastar menos do que ganha, entender o sistema bancário, poupar e aplicar. Pelo contrário: aprende apenas a consumir. Opa, talvez seja essa a intenção? Pense bem: manter você escravo do sistema interessa a quem?

28 comentários:

Anônimo disse...

Parece que, pelo exemplo que foi dado, Márcia terá poupado 52 mil a mais do que Patrícia. Mas Patrícia terá comprado a casa, o carro, viajado, o que, no fim das contas, provavelmente ficará em bem mais do que os 50 mil da diferença. Fico com ela! Creio que não existe uma resposta única. Acho importante guardar, mas acho igualmente importante usufruir do rico dinheirinho ganho 'no tronco'. Tenho feito isso há mais de 20 anos com meu dindin de professora, já comprei meu chateau, meu tílburi, viajo pra caramba, faço minhas comprinhas e me permito alguns luxos. Encontrar o ponto de equilíbrio é que é...

abraço,
Mônica

Bruno S disse...

Embora seja importante a pessoa se precaver, a necessidade de poupar varia muito com o estilo de vida da pessoa e com o tipo de emprego que tem.

Quem é empregado de empresa em situação estável, com INSS, FGTS, poupança privada, plano de saúde depende muito menos de formar uma poupança do que quem trabalha como autônomo, por exemplo.

Também não adianta a pessoa ficar adiando a vida por conta da necessidade de poupar. Deixar de gastar numa viagem mais longa aos 20 anos para pensar numa aposentadoria me parece um tanto quanto irreal, além de uma escolha arriscada(não sabemos se teremos outra oportunidade de viajar e se precisaremos dessa grana depois).

Também acho bobagem a demonização do endividamento. Saber se endividar é tão importante quanto saber poupar. Pense se todo mundo que pretendesse comprar um imóvel ou um carro fosse poupar até poder pagar a vista?

Um imóvel simles no Rio de janeiro não sai a menos de 200 mil. Qunato tempo uma pessoa levaria pra poder comprar e desfrutar do bem? Não é melhor assumir os juros e poder antecipar a realização do valor?

Ana Flavia disse...

Lola, te adoro.
Sempre juntei dinheiro e paguei tudo a vista e sempre anotei cada centavo, mas minha renda sempre foi minina e tive eu mesma de investir na minha formacao. Qd juntei um pé de meia, fui fazer o tao sonhado intercambio e meu mochilao europeu. Entao, só fui comecar a juntar agora, quase aos 30.

Giovanni Gouveia disse...

Lembrei da história do consultor financeiro que chegou numa praia paradisíaca e encontrou um pescador deitado numa rede.
ávido por mostrar seus conhecimentos na área financeira foi dizendo pro pescador:
ao invés de ficar aí nessa rede você poderia estar trabalhando para poder juntar dinheiro.
"pra que"? perguntou o pescador
Olha, você vai se capitalizando juntando dinheiro e, no final, o que é mais legal, você vai poder pegar seu dinheiro e passar o resto da vida pescando e descansando numa praia paradisíaca...
"Mas não é justamente isso que eu estou fazendo agora?"
Nunca fui de acumular, também nunca tive renda que sobrasse, aí é "nas coxas" mesmo (antes de ser repreendido, lembro que esse termo vem da fabricação de charutos, que são enrolados nas coxas dos/das trabalhadores/as, e não na máquina), se der deu, se não der pago aluguel (como tenho feito desde que casei..)

Ana Flavia disse...

Bruno,

Concordo com vc quanto à aquisicao de imóvel: acho muito improvável pra muitissima gente (principalmente eu) juntar pra comprar um imóvel à vista. Acho mais viável financiar assim q possível pq o dinheiro que seria do aluguel já vai pra prestacao.
Mas, quanto ao endividamento, acho q se refere mais a coisa ridiculas como comprar um sapato ou bolsa de 50 reais em 3 ou 4x. E isso ocorre o tempo todo. Eu sempre viajei enquanto as colegas de trabalho nunca tinham dinheiro, viviam penduradas no cartao de crédito, com o qual pagavam até o almoco do dia a dia.

E estabilidade com carteira assinada é coisa relativa: uma amiga trabalho 20 anos na UNilever lá em Goiás. Entrou lá aos 15. Aos 35 foi demitida. Como nao tinha qq outra qualificacao alem de auxiliar de producao e nessa idade, está a quase dois anos sem arrumar emprego e o FGTS e acerto q recebeu está acabando...

Bruno S disse...

Ana,

com certeza sua amiga ao ser demitida tinha uma posição mais confortável que alguém contratado como PJ, por exemplo.

E parcelar compras, de acordo com a taxa de juros cobrada e com o planejamento da pessoa pode ser melhor que comprar à vista.

E cartão de crédito,m para mim, é uim ótimo instrumento de controle dos gastos. Gasto tudo nele e só faço a despesa uma vez no mês. Sempre tenho pouco dinheiro vivo na mão, afinal dinheiro na mão é vendaval.

Giovanni, dependendo da cidade que você mora aluguel pode ser melhor financeiramente do que comprar um imóvel.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Christina Frenzel disse...

Lolla,
acho que tem que haver um meio termo entre o poupar e o se endividar. Não tem como, por exemplo, poupar dinheiro para comprar um imóvel à vista, aqui no Rio, por exeplo. É inviável. O mesmo vale para um carro.
Agora, para pequenos bens, claro, se puder pagar à vista, melhor, mas tem-se que levar em consideração emergências, gastos não planejados e etc., aí, não adianta, tem que parcelar...
Quanto a aposentadoria, acho que um fundo privado é a melhor solução.

Beijos

Andrea disse...

Oi Lola, esse seu conselho de economizar é muito válido e espero conseguir seguir um dia. Ai ai ai... bem q vc diz q quem tá começando a vida, casando e tudo mais gasta q até nem sei. 10%? Hum... Se eu economizar isso não vou no cinema no fim do mÊs uahauhauhauhua Mas é legal saber mais sobre essas contas complicadas de previdência e tal. Pelo menos faz a gente refletir sobre o assunto e depois vc pode dizer "eu avisei, viu, viu!"

Abração!!!
Dea
http://segredosdaborboletadomar.blogspot.com/

Atena disse...

No meu caso, assumir uma dívida significou poupar. Explico: quando casei fiz um financiamento de apartamento pela caixa, de 50 mil (prestações decrescentes de 600 reais por mês durante dezoito anos). No quarto ano decidimos vender o apartamento que já estava valendo 120 mil, ou seja, valor suficiente para quitar o saldo devedor da caixa (por volta de 40 mil) e dar entrada em outro apartamento maior.

Claro que nesse meio tempo os demais imóveis valorizaram também, mas o interessante é notar que a dívida assumida no caso de imóveis vai ficando cada vez mais desatualizada por causa do mercado.

Roberta disse...

Obrigada pela dica Lolinha.

:D

Pati disse...

Ai, Lola, gostaria de ter te conhecido há 20 anos. Mas sempre há tempo de reparar os prejuízos, né??
Lola, teve um post em que vc sugere, a pedido de uma leitora, alguns blogs\sites bacanas para se ter notícia, o do Luis Azenha é um deles?? Beijoca, e desde já obrigada pela resposta e pelos ótimos post.
Pati Sato

Patrick disse...

Lola, concordo 100% com os seus textos sobre poupança. Apenas uma observação: algumas dessas taxas de juros são irrealizáveis. 8% ao ano é muito improvável em investimentos conservadores. A inflação não está sendo levada em conta e ela reduz significativamente o rendimento.

Masegui disse...

Eu tenho que passar longe desse post. Eu sou uma mistura de mão aberta e gastador descontrolado com o fato de ser pobre, só gostar de comprar a dinheiro (o inverso da minha patroa) e detestar dívidas e prestações. Não sei como eu sobrevivi até hoje... acho que é porque sou feliz com pouco dinheiro!

wagner disse...

Lola,
Sei que o assunto já passou, mas, para quem não conhece, não deixe de ver esse post, com uma seleção de anúncios de 50/60 anos atrás, inacreditáveis.

http://obviousmag.org/archives/2009/11/anuncios_sexistas.html

wagner disse...

Lola,
Sei que o assunto já passou, mas, para quem não conhece, não deixe de ver esse post, com uma seleção de anúncios de 50/60 anos atrás, inacreditáveis.

http://obviousmag.org/archives/2009/11/anuncios_sexistas.html

Dária disse...

Gostei do post! E gosto de organizações financeiras.

Tenho uma planilhinha de contas no Excel desde minha primeira "Bolsa-estágio" da faculdade... e anoto tudo! Tudo mesmo! Até balinha de 5 cents vão para em algum lugar la na lista.

Como você disse, compensa saber que nunca se estará no vermelho! ;)

Anônimo disse...

http://failblog.files.wordpress.com/2010/04/129152207239403675.jpg

Mara Goes disse...

Ai ai ai ai Lola.... eu não consigo guardar dinheiro, faço um montão de dívidas, me ferro inteira e não aprendo! Que invejinha de vc que consegue pagar tudo a vista! Eu sou um verdadeiro desastre!!!
Abraços,
Mara

Daniel disse...

Eu ainda estou na conta do papai e da mamãe, então não tenho essa de poupar para depois. Mas sou uma pessoa extremamente econômica. Não sou de sair muito de casa (quando saio raramente é para algo caro), não compro roupa cara, não tenho gastos com compras em geral quase. Meu único problema é quanto à compra de livros, dvds e camisetas (não quanto ao preço, jamais compro camiseta "de marca", mas sim porque AMO camisetas, aos montes).
Por isso acabei desenvolvendo uma técnica na hora de comprar esses produtos.
No caso das camisetas, eu compro mais por internet, porque odeio ir em loja de roupa. Então eu coloco o site onde achei ela nos favoritos. Aí fico um mês com aquele site ali. Quase todo dia entro e penso: "eu realmente quero essa camiseta?". O importante é que entro em dias em que meu humor é bem variado. Aí se em um único dia eu hesito, eu deleto dos favoritos e não vou mais atrás.
Se sobrevive um mês, é porque eu realmente quero, aí eu compro.

Livros e dvds compro (quase) sempre na loja. Aí eu tenho uma grana separada para comprá-los já. De vez em quando acrescento um pouco, ou tiro um pouco desse valor. No dia que for sair levo só o dinheiro que tá ali (normalmente ainda tiro algo antes de sair). E compro só aquilo. Não pesso mais dinheiro pros pais, não volto pra comprar depois, jamais usaria cartão de crédito. É o dinheiro que tenho ali. Se quiser muito um livro, vou ter que deixar outro. Se prefiro o outro, deixo o primeiro. Ponto.

(e ainda assim eu tenho uns 20 livros na minha estante esperando para ser lidos, sendo que leio bastante)

Anônimo disse...

Lola, nada a ver com seu post, mas olha esse ótimo bingo:
http://farm4.static.flickr.com/3393/3182892472_6937413609_o.jpg

Fernanda disse...

Ei, Lola e pessoas!

Só queria dizer que é preciso ter cuidado com esse raciocínio porque ele pode trazer mais mal do que bem.

É preciso lembrar que no início da carreira (pelo menos a minha foi assim) seu salário todo é 2 mil reais. Se você guardar 2 mil reais de 2 mil reais, não vai ter dinheiro nenhum! Zero! E quando você tem lá pros 35 anos a idéia é que 2 mil reais seja menos da metade do seu salário.

Então você fica lá... Economizando toooodo o seu salário. Isso só é possível sendo sustentado pelos pais, com ônibus pago pelo trabalho e sem poder comprar nem uma bala jujuba. Roupa, cinema, livro, comida... Nem pensar.

Você vai sair da casa dos seus pais como? Vai viver o que? Nunca vai sair para jantar ou ir ao cinema? E se precisar de alguma coisa médica? Viajar quando ainda não se tem compromisso com contas e filhos, nem pensar... Fazer cursos, se especializar também não rola, a não ser que papai e mamãe paguem.

Bom... Essa história das irmãs só funciona para quem ganha pelo menos uns 4 mil reais em início de carreira. Provavelmente só se elas forem médicas, herdeiras ou concursadas nos concursos top (minha mãe é concursada como professora é não ganha nem mil reais).

Veja você, Lola. Em que momento da sua vida até os 35 anos você tinha 2 mil todo mês para guardar?

Eu sou a favor da porcentagem. Eu guardo 50% do meu salário. Mais justo e possível de viver. E sem neuras... Se um mês eu precisei gastar mais (quando comprei meu computador, por exemplo) beleza... É só pensar se vale a pena mesmo e fazer isso só muito de vez em quando.

Também sou a favor do equilíbrio.

Seu blog é fantástico, Lola! Adoro...

Um beijo para todos!

Dária disse...

Fernanda, a Lola não quis dizer pras pessoas economizarem 2 mil reais por mês, e sim parcela de seus salários, uma porcentagem fixa... seja quanto for, não arriscando a própria sobrevivência e conforto, claro!

Isabela disse...

Lola, sou das tuas (ou vc que é das minhas...rss). Teria muitos casos de economia na minha vida, mas tenho um surreal que até hoje rio de mim mesma. Eu tava pra mudar de país e desfazia de quase tudo no apartamento do Rio. Eu tinha três velas de 7 dias que meu namorado alemäo tinha comprado prum jantar romântico. Usamos uma vez e elas ficaram de escanteio. Eis que um dia, no processo de vender minhas coisas todas do apê, o fósforo estava acabando. Pimba! Pra quem comprar um pacote de fósforos se estava era vendendo tudo!? Pois bem, as velas foram acesas ad infinitum (com todos os cuidados possíveis pra näo provocar um incêndio). As 3 foram liquidadas em 20 dias, eu me mudei, näo precisei dar fim nas velas e nem precisei gastar com fósforos. Nossa, eu teria inúmeros exemplos e acho que eu poderia escrever um livro com dicas...kakakakka...
Outra coisa: adoro ver vitrines mas odeio comprar roupas. Tenho amigas consumistas que me presenteiam sempre com second hand!
Beijos, Lola...

Oliveira disse...

Do blog do Tutty Vasquez:

"Lula voltou dos EUA falando para pequenos empresários que, para trabalhar por conta própria, o ser humano precisa encontrar o Ponto G da criatividade”.

Eu pergunto; como esse infeliz se acha no direito de dar conselho a qualquer empresário, grande ou pequeno, se ele mesmo nunca teve nem um carrinho de pipoca? Fora fato que sua metáfora do Ponto G é grosseira e inoportuna. Ninguém vê isso?

Oliveira disse...

Do blog do Tutty Vasquez:

"Lula voltou dos EUA falando para pequenos empresários que, para trabalhar por conta própria, o ser humano precisa encontrar o Ponto G da criatividade”.

Eu pergunto; como esse infeliz se acha no direito de dar conselho a qualquer empresário, grande ou pequeno, se ele mesmo nunca teve nem um carrinho de pipoca? Fora fato que sua metáfora do Ponto G é grosseira e inoportuna. Ninguém vê isso?

Bruno Rodrigues disse...

No poupa é que está o ganho, recomendo livro: "O homem mais rico da babilonia" Aproveitem também para ver como Ganhar Dinheiro sempre que lê UM E-mail

Wendson disse...

Eu preciso aprender a guardar meu dinheiro urgente :S
EU ganho bem no momento + gasto tudo com besteiras aff.


Wendson Silva
http://emprestimo-consignado.com/